AGC Brasil anuncia expansão de divisão de vidros automotivos

A AGC anunciou a expansão da capacidade produtiva de sua divisão de vidros automotivos, na usina de Guaratinguetá (SP). A decisão vai ao encontro das expectativas de crescimento do mercado automotivo nacional para os próximos anos.

Este texto foi originalmente publicado na edição 616 (abril de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: industrieblick/stock.adobe.com

Massfix desenvolve ação educativa em Mogi das Cruzes (SP)

A Massfix iniciou, no dia 11 de março, o projeto Vidro Vira Vidro, ação de conscientização ambiental por meio de gincanas e palestras educativas sobre a reciclagem de resíduos sólidos para escolas de Mogi das Cruzes (SP). De acordo com a empresa, que atua no setor da reciclagem de cacos de vidros, o projeto busca compartilhar com os estudantes a importância da reciclagem para a preservação do meio ambiente.

Este texto foi originalmente publicado na edição 616 (abril de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Divulgação/Massfix

Caleidoscópio – abril 2024

DADOS & FATOS

Confiança aumentando
De acordo com o Índice de Confiança dos Micro e Pequenos Empresários (IC-MPE), sondagem realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em conjunto com a Fundação Getulio Vargas (FGV), os proprietários de pequenos negócios terminaram o primeiro trimestre do ano 1,1 ponto mais otimistas em relação ao trimestre anterior.

Cálculo
O IC-MPE é medido desde 2019, período considerado pré-pandêmico. Os empresários são ouvidos com relação aos aspectos de demanda, produção, empregos, tendências de negócios, crédito, vendas, entre outros. A sondagem aponta que apenas a confiança do comércio ainda não conseguiu retornar ao nível anterior ao da pandemia.

Desempenho por segmento
De acordo com a pesquisa, os três principais segmentos da economia fecharam em alta nesse período: comércio subiu 1,5 ponto; serviços, 1,7; e indústria, 1,4. A indústria nacional também deve retomar o otimismo com as medidas recentemente anunciadas pelo governo federal, como a nova plataforma do programa Brasil Mais Produtivo, que vai engajar até 200 mil empresas na jornada de aumento da produtividade.

PIB de 2024
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê alta de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Na indústria, a expectativa é de alta de 2,1%, segundo o Informe Conjuntural do primeiro trimestre. A expectativa é de que o crescimento seja mais equilibrado entre os setores, com aumento de 2% da indústria da construção e 1,7% da de transformação – o oposto do visto em 2023, quando ambos caíram.

 

Foto: MAXSHOT_PL/stock.adobe.com
Foto: MAXSHOT_PL/stock.adobe.com

 

FIQUE POR DENTRO

Painel fotovoltaico ecológico
No Japão, a AGC finalizou com sucesso o primeiro teste para adicionar cacos de vidros reciclados de painéis fotovoltaicos na fabricação de float. A experiência ocorreu em 18 de março, na planta localizada em Kashima – cerca de 5 toneladas de vidro oriundos desses equipamentos foram utilizados na demonstração. Segundo a empresa, esse é outro passo importante na direção de uma indústria vidreira menos poluente, já que a popularização de soluções fotovoltaicas poderá resultar em um número enorme de painéis sendo descartados incorretamente em lixões ou mesmo na natureza.

 

RETROVISOR

10 anos de história
Há exatamente uma década, a Vivix inaugurava de forma oficial sua planta na cidade de Goiana (PE). A primeira indústria de vidros planos no Brasil com capital 100% nacional organizou um evento reunindo personalidades políticas e do setor vidreiro para comemorar o fato histórico.

Este texto foi originalmente publicado na edição 616 (abril de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Saiba como medir ondas de rolete em laminados

A última reportagem da seção “Por dentro das normas”, publicada na edição de fevereiro de O Vidroplano, apresentou os métodos de avaliação presentes na norma ABNT NBR 14697 — Vidro laminado para diferentes tipos de empenamento desse produto.

No caso das ondas de rolete (roller waves), que podem surgir em laminados termicamente tratados, a descrição da metodologia para medi-las é mais extensa (e complexa) que nos outros tipos – por isso, foi guardada para este mês. Confira como ela é feita.

Orientações gerais
Assim como no caso dos demais tipos de empenamento, a medição das ondas de rolete deve ser realizada na peça acabada de vidro laminado.

Para essa atividade, utiliza-se um perfil de alumínio com 350 mm de comprimento, com um relógio comparador posicionado em seu ponto médio.

 

normas1-abr2024

 

Passo a passo

1. O equipamento é posicionado sobre o vidro perpendicularmente à onda de rolete, de forma que ele descanse sobre os cumes da onda;

 

Posicionamento do equipamento transversalmente sobre a onda de rolete
Posicionamento do equipamento transversalmente sobre a onda de rolete

 

2. Em seguida, deve-se deslocar o equipamento ao longo do seu eixo, até encontrar o ponto em que o relógio comparador estabeleça o valor mais alto;

3. Nesse ponto, o relógio comparador está posicionado no ponto superior (pico) da onda de rolete – nele, o mostrador deve ser colocado na marcação zero;

 

Posicionamento do mostrador na marcação zero, no cume (pico) da onda de rolete
Posicionamento do mostrador na marcação zero, no cume (pico) da onda de rolete

 

4. A seguir, o equipamento é deslocado novamente ao longo do seu eixo até que o relógio leia o menor valor (isso indica que ele está posicionado no ponto inferior da onda), que deve ser registrado;

 

Deslocamento do relógio até o ponto inferior da onda de rolete
Deslocamento do relógio até o ponto inferior da onda de rolete

 

5. Finalmente, registra-se a altura da onda de rolete, calculada pela diferença entre o ponto zero e a leitura no ponto inferior. Para a peça ser aprovada, a altura da onda não pode ser maior que 0,3 mm.

 

Atenção!

  • Esse processo de medição pode ser realizado várias vezes sobre a mesma peça e trazer diferentes resultados, pois é pouco provável que as ondas de rolete sejam consistentes. O valor adotado deve ser o pior valor registrado nas medições;
  • A escala do relógio comparador normalmente se ajusta de forma que seja obtido um valor positivo quando o seu sensor é erguido – por isso, recomenda-se ter cuidado para não errar a leitura da altura da onda de rolete.

 

Limitações do uso do equipamento

  • O perfil com relógio comparador só pode ser usado em painéis de vidro com uma dimensão maior que 600 mm em sentido perpendicular à onda de rolete;
  • A medição não pode ser feita em uma distância menor que 150 mm da borda da peça, onde o equipamento não pode ser usado;
  • A deformação da região das bordas (compreendendo até 150 mm em relação a uma das bordas da peça) pode ser diferente da deformação dos roletes em relação ao restante da superfície do vidro;
  • Uma medição exata de onda de rolete só pode ser conseguida sobre uma peça plana de vidro – ou seja, se a peça tiver um empenamento total, o valor real da medição da onda de rolete pode ser afetado; portanto, esse fato deve ser considerado. Uma medição mais próxima do real pode ser obtida colocando a peça apoiada sobre uma superfície plana, como uma mesa, reduzindo o empenamento total devido ao seu próprio peso, especialmente no caso de peças grandes.

 

Uso alternativo do equipamento
Se o relógio comparador for montado no final do perfil de alumínio, ao invés de no centro, ele também pode ser usado para medir a elevação de borda.

Nesse caso, o corpo de prova deve ser colocado sobre a borda de uma mesa, com a borda da peça com a elevação sobressaindo entre 50 e 100 mm da borda de apoio, de forma que a elevação da borda fique como mostrado na figura abaixo:

 

normas5-abr2024

 

O equipamento deve ser deslocado até a borda do corpo de prova. A deformação máxima deve ser medida quando o relógio estiver apoiado no pico da elevação e tocar a borda do corpo de prova.

Associe-se e acesse o ABNT Coleção!
As empresas associadas à Abravidro têm acesso online à versão atualizada da ABNT NBR 14697 e a todas as outras normas técnicas do Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37), além de outras normas selecionadas relacionadas a nosso material, por meio do sistema ABNT Coleção.

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Foto de abertura: Cris Martins

Abividro lança material para aulas sobre vidro em cursos

Buscando ampliar o acesso ao conhecimento sobre o vidro plano, aplicado à construção, a Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro) e Fernando Simon Westphal, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), disponibilizaram um kit de materiais para auxiliar docentes na montagem de disciplinas sobre o assunto em universidades e cursos técnicos.

O conteúdo é baseado no livro Vidro Plano para Edificações, escrito por Westphal e lançado no ano passado. As aulas abordam todos os capítulos da publicação, desde a introdução sobre os diferentes tipos de vidro, passando pelos tópicos de desempenho térmico, lumínico, acústico e eficiência energética, além de orientações gerais sobre especificação de vidros para a construção civil e normas relacionadas.

Suporte completo para as aulas
As instituições de ensino superior e técnico que demonstrarem interesse nessa terão acesso a uma proposta de plano de aulas, suporte na montagem das apresentações, imagens e materiais de apoio, com a disponibilização de conteúdo em arquivo Microsoft PowerPoint, cópias do livro de Westphal para professores e bibliotecas e até aulas magnas com o autor e seções de dúvidas.

Fernando Westphal destaca que todo o material no kit é editável e pode ser expandido, conforme a necessidade do professor interessado em utilizá-lo em disciplinas já existentes ou na criação de uma nova. “O programa foi pensado em uma disciplina de três horas de aula semanais, cobrindo os aspectos mais relevantes para a especificação adequada do vidro plano para esquadrias e fachadas de edificações”, explica.

Mauricio Fernandes, consultor da Abividro e coordenador do programa Vidro Certo, informa que a iniciativa é mais uma ação para levar conhecimento de qualidade sobre o uso do nosso material: “Esperamos em breve ver as melhores escolas do Brasil incluindo essa matéria nas grades de cursos relacionados à construção.”

Objetivos da disciplina:

  • Apresentar conceitos gerais sobre o uso do vidro plano em edificações;
  • Atualizar o aluno quanto às normas e produtos disponíveis no mercado nacional;
  • Apresentar estudos de caso e peculiaridades na especificação de vidros para fachadas e coberturas;
  • Introduzir conceitos básicos sobre avaliação de desempenho e o uso de simulação computacional para análise de eficiência energética nas fachadas.

 

Reprodução
Reprodução

 

EAD vidreiro
Outra iniciativa que visa à divulgação de conhecimento técnico vidreiro é o Educavidro, plataforma online e gratuita de educação a distância (EAD) desenvolvida pela Abravidro em parceria com a Abividro. Lançado em agosto de 2023, o projeto é composto por aulas em vídeo, organizadas em treze cursos temáticos e sete trilhas profissionais.

Além de poder acessar os conteúdos técnicos do setor vidreiro a qualquer hora e de qualquer lugar, os alunos têm à disposição para as aulas um rico material de apoio como base. Aqueles que concluírem algum dos diferentes cursos disponíveis poderão obter um certificado, documento que será emitido pela própria plataforma e validado pelas principais entidades vidreiras do Brasil.

Este texto foi originalmente publicado na edição 616 (abril de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto de abertura: Reprodução

Termômetro Abravidro – Março 2024

MONITORAMENTO MENSAL DO DESEMPENHO DA INDÚSTRIA DE PROCESSAMENTO DE VIDROS BRASILEIRA
Desempenho – Março 2024

A percepção sobre o desempenho da indústria nacional de processamento de vidros foi de aumento pequeno nas vendas faturadas em m² em março de 2024 em relação a fevereiro.

O indicador de desempenho da indústria de processamento de vidros registrou alta de 1,7% no volume de vendas faturadas de vidros processados no mês, na comparação com fevereiro, sem ajustes sazonais.

Metodologia
A coleta de dados foi realizada nos primeiros dias úteis deste mês, por meio de formulário online. O estudo pode ser respondido por processadoras de todo o Brasil (cem participaram desta edição).

Este texto foi originalmente publicado na edição 616 (abril de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Partiu Simpovidro!

Anunciar uma nova edição do Simpovidro é uma sensação indescritível. Ver a expectativa e empolgação dos colegas vidreiros pelo principal encontro do setor na América do Sul só reforça a vontade de entregar um evento grandioso. E é exatamente isso que você pode esperar para a 16ª edição do simpósio, a ser realizada de 31 de outubro a 3 de novembro no Vila Galé Alagoas.

Clicando aqui, você pode conferir todos os detalhes do resort e informações sobre as acomodações. Não perca tempo e inscreva-se já – associado Abravidro conta com desconto exclusivo.

E enquanto nos preparamos para o Simpovidro, a Glass South America 2024 está cada vez mais perto. Clique aqui para conhecer a extensa programação da feira. Este ano, ela terá opções para os mais diversos perfis de visitantes.

Tem também muito conteúdo para o dia a dia de seu negócio. Você é beneficiador de vidros? Então, leia a matéria especial (clique aqui) sobre a importância do estoque para a organização dos processos. Você é vidraceiro? Veja a seção “Para sua vidraçaria” (clique aqui) e saiba o que é necessário para expandir sua atuação e virar serralheiro.

Boa leitura!

Iara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 616 (abril de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Saiba como transformar sua vidraçaria em serralheria

Os ramos do vidro e da serralheria são bastante próximos um do outro – afinal, o uso do nosso material em esquadrias se faz presente nos mais diversos tipos de instalação. Tendo isso em vista, muitas vidraçarias ampliam sua atuação e passam a trabalhar em ambas as áreas.

E você, já pensou em tornar sua empresa uma serralheria? Essa nova função abre novas oportunidades de negócios – mas implementá-la não acontece de uma hora para a outra: é preciso fazer um bom planejamento e estar preparado para todos os investimentos necessários, seja na aquisição de novas máquinas, seja na capacitação da equipe. Nas próximas páginas, O Vidroplano traz orientações para essa transição e apresenta depoimentos de vidraceiros que já passaram por ela.

O que faz uma serralheria?
“Na indústria de esquadrias, os processos executados tanto no chão de fábrica como na obra seguem uma sequência específica”, aponta o professor Alexandre Araujo, CEO do Canal do Serralheiro e coordenador da pós-graduação em engenharia de esquadrias de alumínio e fachadas envidraçadas. As etapas são as seguintes:

  1. Inicialmente, faz-se o corte dos perfis de alumínio, seguido pela usinagem deles;
  2. Em seguida, há a pré-montagem dos componentes, incluindo roldanas, fechos, escovas e gaxetas, entre outros;
  3. Os quadros e folhas são então montados, e os quadros das esquadrias são envidraçados;
  4. Finalmente, as esquadrias são embaladas e instaladas.

 

Foto: Divulgação Folle Comércio de Vidro
Foto: Divulgação Folle Comércio de Vidro

 

Por que entrar nesse segmento?
As próprias vidraçarias que tomaram essa decisão respondem – começando pela AS Vidraçaria, de Caruaru (PE). “Com as demandas do mercado, à medida que os clientes buscam soluções mais completas e integradas para seus projetos de construção e reforma, percebemos a oportunidade de oferecer serviços de serralheria para atender a essa demanda crescente”, conta Alexsandro Siqueira, proprietário da empresa. “Isso fez com que a vidraçaria oferecesse uma gama mais ampla de serviços e permitisse diversificar sua oferta, alcançando novos segmentos de mercado”.

Um dos principais atrativos para a mudança, claro, é o aumento da receita – esse foi o caso da Vidrarte, localizada em Itabira (MG). “Em busca de soluções para nossos clientes, sempre que podemos, participamos efetivamente de feiras voltadas para o ramo vidreiro; nessas visitas, começamos a entender que, além de funcional, produzir esquadrias traria uma margem de lucro absurdamente maior do que apenas fornecer os vidros temperados convencionais”, conta Luiz Henrique Brito Cruz Oliveira, analista-administrativo do empreendimento. “Essa percepção fez com que a Vidrarte passasse a buscar conhecimento e fornecedores parceiros para viabilizar o projeto.”

Trabalhar com atividades de serralheria também pode facilitar a própria operação da vidraçaria. “Além de a diversificação dos produtos nos garantir mais estabilidade financeira diante da oscilação do mercado, outro fator relevante é que, frequentemente, há demanda tanto de vidros como de esquadrias de alumínio dentro de uma mesma obra”, ressalta Gabriel Rocha, proprietário da RM Esquadrias, de Cachoeirinha (RS). Leonardo Folle, presidente da Folle Comércio de Vidro, de Marau (RS), concorda: “A ideia de ampliação surgiu a pedido de nossos clientes, de modo que pudéssemos entregar a eles um serviço ainda mais amplo e completo”.

 

Foto: Divulgação Canal do Serralheiro
Foto: Divulgação Canal do Serralheiro

 

Preparando-se para a ampliação
Antes de decidir que sua empresa também vai se tornar uma serralheria, é importante avaliar diversos fatores, como a demanda do mercado, a capacidade de investimento em novos equipamentos e treinamento e a viabilidade de integrar esses novos processos ao fluxo de trabalho existente.

“O valor médio para uma vidraçaria expandir suas operações para incluir os trabalhos com estruturas de alumínio pode variar significativamente, dependendo dos objetivos específicos do empresário – é crucial lembrar que, ao fazer a transição, a empresa passa de um simples prestador de serviços para uma indústria com metas de produtividade que estão relacionadas à capacidade de vendas e ao controle efetivo dos custos e despesas”, orienta Alexandre Araujo.

De acordo com o instrutor e CEO do Canal do Serralheiro, considerando a meta de faturamento, o investimento inicial para essa expansão pode começar a partir de R$ 150 mil. Esse valor seria destinado à aquisição de recursos necessários, como máquinas, equipamentos e softwares, essenciais para realizar as atividades de serralheria de alumínio.

A aquisição desses maquinários, por sua vez, traz outro desafio: a adequação do espaço de trabalho para acomodá-los sem comprometer as atividades habituais da vidraçaria e a circulação dos colaboradores. Em alguns casos, apenas mudar a disposição desses aparelhos pode não ser suficiente, como foi o caso da Silvestre Vidros, de São Paulo. “Depois de comprar os equipamentos mais modernos e funcionais que encontramos no mercado, acabamos mudando de endereço para um lugar mais amplo”, relata Andrea Oliveira, sócia-proprietária da empresa.

Saber que haverá custos para a adequação da vidraçaria e compra de novos instrumentos de trabalho pode parecer desanimador a princípio, mas lembre-se: trata-se de um investimento, não de um gasto perdido. E essa etapa pode até ser útil para expandir seus contatos: Andrea conta que foi durante a procura por máquinas que ela conheceu o fornecedor que se mantém como seu parceiro no mercado até hoje.

 

Foto: JackF/stock.adobe.com
Foto: JackF/stock.adobe.com

 

O passo a passo da transição
Oliveira, da Vidrarte, conta que sua empresa seguiu as seguintes etapas para tornar-se uma serralheria:

  1. Qualificação dos líderes para entender todo caminho a ser percorrido;
  2. Busca por fornecedores no mercado que ofereçam qualidade e boa relação custo-benefício;
  3. Readequação do espaço físico para implementação das novas máquinas e equipamentos para fabricação das esquadrias;
  4. Seleção de profissionais da área com pré-requisitos para desenvolver atividades em serralheria;
  5. Capacitação desses funcionários, por meio de cursos presenciais e online;
  6. Apresentação das novas soluções desenvolvidas pela empresa para o mercado (arquitetos, paisagistas, engenheiros e parceiros em geral).

Alexandre Araujo recomenda que o vidraceiro interessado nesse processo busque uma consultoria especializada para entender o montante do investimento necessário para equipamentos, materiais, mão de obra e capital de giro. “Também é importante identificar os sistemas de esquadrias de alumínio que se alinham aos objetivos de vendas da empresa. Ter uma ideia clara do faturamento pretendido em um determinado período é de igual modo crucial para buscar um espaço que atenda a capacidade de produção necessária para alcançar esse faturamento”, acrescenta. “Portanto, um planejamento cuidadoso e uma compreensão clara dos objetivos de negócio são essenciais para essa transição e evitam decepções futuras.”

Por fim, vale ressaltar que é preciso ter paciência para conseguir recuperar todo o investimento, o que reforça a importância de um bom planejamento. A boa notícia é que, se sua vidraçaria estiver trabalhando com qualidade, pode ter certeza de que esse retorno vem. No caso da Folle Comércio de Vidro, por exemplo, Leonardo Folle aponta que a empresa levou, aproximadamente, oito meses até começar a lucrar com a demanda nesse segmento.

A Butico Vidros, de Marabá (PA), teve experiência semelhante. “Iniciei o processo de ampliação em 2020, comprando equipamentos e buscando conhecimentos. Na verdade, começamos a decolar na área de serralheria só agora, mas já conseguimos recuperar o que investimos”, conta o diretor Francisco Cristino Cardoso da Silva, avaliando que o fundamental nessa transição é ter responsabilidade e compromisso. ”Tenha isso e não faltará cliente”, afirma.

“Vidro e alumínio são produtos complementares. É necessário que haja uma mudança cultural e muita resiliência para que uma vidraçaria se torne uma boa produtora de esquadrias, mas é extremamente gratificante atuar nesse mercado incrível e cheio de boas oportunidades”, destaca Gabriel Rocha, da RM Esquadrias.

 

Foto: Divulgação Canal do Serralheiro
Foto: Divulgação Canal do Serralheiro

 

Formando seus serralheiros
Essa é uma etapa crucial para o sucesso da sua empreitada. Afinal, não adianta ter toda a estrutura necessária para trabalhar com perfis e esquadrias se seus funcionários não souberem usá-la.

Opções de capacitação de qualidade não faltam. Cursos podem ser encontrados em instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), bem como junto a sistemistas de esquadrias que oferecem periodicamente cursos de aperfeiçoamento profissional. O Canal do Serralheiro também oferece treinamentos. Há um curso de formação para projetistas de esquadrias de alumínio e fachadas envidraçadas e, além dele, os profissionais envolvidos em orçamento, projetos e vendas que tiverem Ensino Superior podem se inscrever na na pós-graduação em engenharia de esquadrias de alumínio e fachadas envidraçadas. Para auxiliar na nova gestão, os empresários podem participar ainda de mentorias e consultorias oferecidas pelo Canal do Serralheiro.

Antes de começar a atuar com serralheria, a equipe da Silvestre Vidros passou por treinamentos e aperfeiçoamentos ministrados tanto pelo Senai como por instrutor presencial. Por sua vez, Júnior Furlanetto, sócio-diretor da Alto Padrão Vidros, de Belém, iniciou os trabalhos para levar sua vidraçaria para esse segmento há menos de dois meses, mas já está atento à importância de não apenas qualificar seus funcionários, mas também manter esse conhecimento em dia. “Hoje, o cenário nacional tem uma alta demanda de migração da vidraçaria para a serralheria por conta das obras de alto padrão; por isso, temos de nos atualizar todos os dias para acompanhar o mercado.”

Normas técnicas essenciais para serralheria
Assim como no trabalho tradicional dos vidraceiros, é fundamental que os empresários e colaboradores estejam familiarizados e em conformidade com as normas técnicas de serralheria. O professor Alexandre Araujo destaca algumas delas:

  • ABNT 10821 — Esquadrias externas para edificações;
  • ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações;
  • ABNT NBR 14718 — Guarda-corpos para edificações;
  • ABNT NBR 15575 — Edificações habitacionais – Desempenho.

“Essas normas estabelecem os padrões de qualidade e segurança que devem ser seguidos na indústria”, ressalta o CEO do Canal do Serralheiro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 616 (abril de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

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Entenda a importância dos estoques para uma processadora

A matéria especial de fevereiro de O Vidroplano explicou como evitar desperdícios durante as diversas etapas do processamento. Mas como ficam as matérias-primas antes e depois de serem beneficiadas? É aí que entra a importância dos estoques – não apenas para a conservação de vidros e insumos, mas também para a organização de toda a processadora.

Para esta reportagem, conversamos com fornecedores de soluções para estocagem (incluindo softwares) e buscamos entender como as próprias beneficiadoras encaram o tema.

Muito além da conservação
Antes de mais nada, é necessário saber que a função de um estoque vai muito além de ser um espaço destinado aos materiais usados na produção. “Ele serve para preservar e manter matérias-primas, componentes, produtos semiacabados, produtos acabados e materiais diversos destinados a suprir as necessidades de atendimento do pedido”, explica Cláudio Lúcio da Silva, instrutor técnico da Abravidro.

Todo empreendedor precisa ter em mente que, mesmo produtos parados no estoque custam dinheiro, alerta Cláudio Lúcio. “Afinal, envolvem depreciação, aluguel em certas situações, deterioração, obsolescência, manutenção de equipamentos de movimentação etc.” Por isso mesmo, tudo envolvendo a área física e a gestão do estoque deve ser pensado em detalhes.

 

Foto: Виталий Сова/stock.adobe.com
Foto: Виталий Сова/stock.adobe.com

 

Espaço
As características da área física vão variar de acordo com o tamanho da empresa e o layout de sua produção. No entanto, algumas recomendações valem para todas:

  • Manter o local limpo e organizado;
  • Identificar e distribuir corretamente;
  • Ter acesso restrito, com área demarcada e passagens desobstruídas.

Todos os materiais usados pela processadora em suas atividades devem ser estocados dessa maneira, não só as chapas de vidro. Isso inclui rodízios e óleos de corte, ferramentas abrasivas, telas e esmaltes, interlayers (PVBs, EVAs etc.), selantes, perfis de alumínio para insulados e cantoneiras de papelão para proteção, entre outros.

Além disso, a organização do espaço passa pela separação da situação das peças na produção:

  • Estoque de produtos em processo: itens intermediários ou semiacabados;
  • Estoque de produtos acabados: itens prontos para expedição ou disponíveis para a retirada pelo cliente;
  • Estoque de resíduos e refugo: materiais para reciclagem ou descarte (caco, pó da lapidação etc.).

De olho em todos os passos
O espaço físico é apenas parte do estoque: tão importante quanto é a gestão dele, como afirma Cláudio Lúcio: “É preciso criar políticas para isso, estabelecendo os interesses da empresa e a satisfação dos clientes. É essencial definir, de maneira formal, quais materiais estocar, as quantidades mínimas e máximas e o ponto de pedido”.

Entre os diversos métodos para gerir estoques, um dos mais conhecidos – e eficazes – é o PEPS, sigla para “primeiro a entrar, primeiro a sair”. Ou seja, os produtos que entraram primeiro no estoque serão os primeiros a sair da empresa. Dessa forma, tem-se controle sobre a rotatividade dos materiais, além de permitir com mais precisão o cálculo dos custos de produção e da margem de lucro.

Adquirir soluções inteligentes de estoque, portanto, não são meros gastos, mas investimentos que podem ajudar, inclusive, na saúde financeira da processadora. “A tecnologia atual é responsável por armazenar os pacotes ou colares, otimizando o espaço físico e melhorando o layout de entrada. Dessa forma garantem-se ainda o controle de inventário automatizado, o gerenciamento da rastreabilidade de lotes fabris, o abastecimento dos cortes automáticos com agilidade, a segurança etc.”, detalha Jones Hahn, fundador e CEO da Nex, empresa que atua no mercado de tecnologias para processos fabris de nosso setor.

 

Foto: Divulgação Nex
Foto: Divulgação Nex

 

Controle digital
Softwares ERP para processadoras contam com dispositivos para a gestão de estoques. “Esses sistemas avaliam a disponibilidade ao realizar pedidos de venda e ordens de produção, assim como a necessidade de compra de matérias-primas. Também registram o histórico de movimentações e até mesmo avaliam a tendência de consumo”, explica Carlos Santos, diretor da SF Informática, dona da solução GlassControl. O produto da empresa, na versão para indústrias, controla os insumos e componentes empregados nos vidros – como a tinta utilizada em uma peça serigrafada (revestida com esmalte cerâmico) ou o PVB em um laminado, por exemplo.

Priscila Kimmel, gerente-comercial da SystemGlass, explica como os softwares funcionam: “A cada adição de um novo produto ao sistema, ocorre a atualização automática do saldo de entrada de materiais. Esse processo assegura uma rastreabilidade eficiente, compatível com padrões e certificações de qualidade como os do Inmetro e ISO”. A cada faturamento, é acionada a baixa automática do produto, refletindo de maneira precisa e atualizada a disponibilidade dos itens. “Se houver a geração de materiais residuais, como retalhos, esses são automaticamente reintegrados ao processo, otimizando o reaproveitamento de recursos”, detalha Priscila. O módulo de estoque da fabricante está presente nos modelos GRICS e ToolGlass.

O passo a passo do controle automático de estoque de chapas de vidro
Com a ajuda de Jones Hahn, da Nex, listamos todas as etapas do processo:

  1. Recebimento da carga de vidro;
  2. Alimentação das informações do pacote no sistema e alocação do pacote na plataforma seletora;
  3. Envio da plataforma para dentro do armazém, garantindo as informações para o sistema de gestão;
  4. Otimizador ou engenharia executam a otimização conforme informação de estoque do sistema;
  5. Envio do arquivo otimizado para o sistema de estoque, que é interligado com a mesa de corte;
  6. Operadores da mesa de corte apenas abrem e carregam o arquivo recebido e o sistema leva as chapas otimizadas até o equipamento de forma automática;
  7. Após o corte, um sinal é emitido ao sistema dizendo qual chapa foi utilizada, dando baixa no estoque. Enquanto não for cortado e somente otimizado as chapas são reservadas e não poderão ser otimizadas novamente;
  8. Sempre que o estoque chegar em um nível definido pela empresa, o chamado “ponto do pedido”, o sistema emite um alerta de matéria-prima ao otimizador, que poderá ser sincronizado com os e-mails dos responsáveis da empresa.

 

Um estoque organizado dispensa o manuseio desnecessário das matérias-primas, evitando o desgaste dos produtos e também garantindo mais segurança aos operadores (Foto: Divulgação Vipel)
Um estoque organizado dispensa o manuseio desnecessário das matérias-primas, evitando o desgaste dos produtos e também garantindo mais segurança aos operadores (Foto: Divulgação Vipel)

 

O dia a dia nas processadoras
Na prática, com o nível de tecnologia envolvido nas atividades, uma beneficiadora não consegue trabalhar sem sistemas de estoque inteligente. Por isso, perguntamos a algumas processadoras como é o trabalho nesse sentido.

Segundo Crislene Soares de Oliveira, gerente de Marketing da mineira Pestana Vidros, toda a estrutura de armazenagem e movimentação da empresa está dimensionada para chapas jumbo (com tamanho de 6 x 3,2 m), as quais representam mais de 90% de seu mix, permitindo maior e melhor aproveitamento do espaço. “A movimentação e estocagem de chapas de vidro, principalmente as de grande dimensão, precisam garantir de forma irrestrita a segurança das pessoas envolvidas na tarefa”, esclarece. “Para isso temos processos muito bem-definidos, equipes treinadas, corredores de circulação amplos, SKUs (códigos para identificação de produtos) organizados e bem-dimensionados, além de automatização de várias etapas, de forma que os operadores tenham o mínimo possível de contato com o material.”

A Vipel, de Tubarão (SC), utiliza indicadores via sistema para apontamentos e previsões de demanda, seguindo ainda processos da certificação ISO 9001. “As chapas ficam armazenadas em cavaletes e paleteiras em um local organizado e limpo, com identificações para rastreabilidade do produto”, conta Jonas Vieira, coordenador de Produção da empresa. “Buscamos sempre usar o estoque mais antigo primeiro e aplicamos mensalmente uma contabilização no físico para executar o inventário e os ajustes necessários.”

Vinícius Moreira Silveira, diretor-executivo da PV Beneficiadora, do interior paulista, afirma que a empresa faz medições diárias da quantidade de insumos. “Dessa maneira, transformamos as compras desses itens em compras técnicas, não movidas por preço, mantendo o custo efetivo total adequado.” Além de ter locais específicos de armazenagem para cada tipo e espessura de vidro, a PV emprega o conceito just in time, baseado na ideia de não produzir antes da hora. “A matéria-prima só sai do estoque com direcionamento do PPCPE”, informa.

Os 5 inimigos do controle de estoque

  1. Falta de estabelecimento das políticas de estoque;
  2. Falta de local e condições adequadas, incluindo limpeza do espaço;
  3. Falta de organização e identificação dos produtos;
  4. Falta de inspeção de recebimento, controle de entrada, preservação dos itens de maneira adequada, guarda e saída;
  5. Transferência da responsabilidade: a responsabilidade da gestão dos estoques para a produção de produtos é do PPCPE e não de vendas, compras, produção ou expedição.

Este texto foi originalmente publicado na edição 616 (abril de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto de abertura: vpilkauskas/stock.adobe.com

Glass South America 2024 terá eventos simultâneos

A edição de 2024 da maior feira vidreira da América Latina está chegando – e você já precisa anotar na agenda quais eventos simultâneos da mostra irá conferir. A Glass, organizada pela NürnbergMesse Brasil (NMB) em parceria exclusiva com a Abravidro, será realizada mais uma vez no centro de exposições São Paulo Expo, na capital paulista, nos dias 12 a 15 de junho.

Este mês, durante reunião de aquecimento com expositores da feira, diversas informações ainda inéditas sobre a programação foram reveladas.

 

VIDRO EM AÇÃO
O tradicional espaço novamente mostrará ao vivo os ensaios e testes de segurança e resistência do vidro temperado e laminado. Este ano, as novidades serão a inclusão do novo ensaio de classificação de segurança do laminado e a demonstração do risco do uso de guarda-corpos fora das recomendações das normas técnicas.

 

ARENA DE CONTEÚDO
Dedicada a palestras conduzidas por grandes nomes nacionais e estrangeiros das áreas de arquitetura, design e do universo de vidros/esquadrias, a Arena de Conteúdo tem curadoria por parte da plataforma Architecture Hunter, um dos maiores hubs digitais de arquitetura do mundo. As apresentações serão realizadas nas tardes dos dias 12 a 14. Confira os palestrantes já confirmados:

  • Juan Ignácio Aranguren (Zaha Hadid Architects)
  • Ma Yansong (MAD Architects)
  • Laurent Troost (Laurent Troost Architectures)
  • FGMF Arquitetos

 

1º PRÊMIO ABRAVIDRO GLASS SOUTH AMERICA
A iniciativa, uma parceria entre a Abravidro e a NMB, contemplará todos os elos da cadeia vidreira em dez categorias diferentes. A cerimônia de premiação será no dia 12, dentro da Glass. Para ler o regulamento e se inscrever, acesse o site oficial da ação: www.premioabravidroglass.com.br.

 

VIDROCAST
Junto ao estande da Abravidro, que contará com toda a equipe da entidade, será montado um estúdio para gravações ao vivo do VidroCast, o podcast da associação, agora disponível em um novo formato, em vídeo também.

 

CARAVANAS DE ENTIDADES
A NMB contatou associações vidreiras regionais para levar as já tradicionais caravanas de profissionais à feira. Até o momento do evento de aquecimento, Adivipar-PR, Ascevi-SC, Simvidro-MG e Sindividros-RS estavam confirmados.

 

OFFICE 2024 BY OFFICE CONNECTION
Mostra voltada para as novas tendências em mobiliários corporativos que prometem redefinir os espaços de trabalho. É uma ótima oportunidade para vislumbrar o futuro desse segmento, inspirando-se para criar ambientes laborais funcionais e produtivos.

O evento é organizado pelo Office Connection, o maior programa de networking e conteúdo para profissionais que atuam nas áreas de arquitetura corporativa e comercial, recursos humanos e construtoras.

 

EXPO CONSTRUÇÃO OFFSITE
Uma das principais mostras de construção modular offsite da América Latina – esse tipo de construção envolve a montagem de estruturas fora do canteiro de obras, sendo transportadas para o destino final para a conclusão do projeto. O evento, referência para profissionais desse mercado, tem o foco em fomentar as principais tecnologias, produtos, métodos e processos de produção offsite, além de gerar oportunidades de networking.

 

JORNADA DO ESPECIFICADOR
Arquitetos e demais perfis de profissionais especificadores terão tours guiados por estandes de empresas para conhecer as soluções mais modernas envolvendo vidro.

 

PARCEIROS NA ARQUITETURA
Seguindo com a ideia de agregar os especificadores ao público da feira, a NMB criou parcerias com iniciativas voltadas para o relacionamento entre profissionais da arquitetura e do design, como Club & Casa Design e We.br Profissional, incluindo ainda mostras do ramo, como Casa Cor e Campinas Decor. Além disso, o reality show nacional The Real Estate Brasil, o primeiro do tipo voltado para a construção civil, que estreará em breve, também virou parceiro.

 

PROGRAMA COMPRADOR INTERNACIONAL
A NMB mapeou os principais compradores da América Latina e irá subsidiar a visita desses profissionais à Glass, de forma a incentivar ainda mais a realização de negócios.

 

Foto: Nürnberg Messe/Hans-Martin Issler
Foto: Nürnberg Messe/Hans-Martin Issler

 

Da Alemanha para o Brasil
Não podemos deixar de falar da maior novidade da Glass South America para 2024: a E-squadria Show, versão brasileira da Fensterbau Frontale, mostra alemã que é a maior do mundo no segmento de esquadrias. Também organizada pela NMB, conta com parceria da Fiera Milano Brasil e Expo Revestir, e apoio da Associação Brasileira das Indústrias de Portas e Janelas Padronizadas (Abraesp).

E já que citamos a Fensterbau Frontale, a edição 2024 dessa feira foi realizada de 19 a 22 de março no pavilhão de exposições Messe Nürberg, na cidade de Nuremberg. Nos quatro dias de evento, cerca de 75 mil visitantes de 112 países conferiram em primeira mão as novidades em janelas, portas e fachadas de quase mil expositoras. “Mais uma vez, a Fensterbau provou ser o ponto de encontro central dessa indústria”, comenta Elke Harreiss, diretora-executiva da feira. Na programação, destacou-se o Architecture-Window-Facade Forum, para a discussão de tópicos atuais do setor, além do pavilhão para “jovens inovadores”.

Este texto foi originalmente publicado na edição 616 (abril de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto de abertura: Marcos Santos e Meryellen Duarte

Óculos ajudantes

Se o negócio de óculos inteligentes (smart glasses) não deu muito certo para a Google, que descontinuou a produção de seu Google Glass um tempo atrás, para outras empresas a tecnologia segue de vento em popa, ganhando cada vez mais investimentos – como já mostramos nesta seção este ano. E, mesmo não sendo mais fabricado, o Google Glass acabou encontrando uma espécie de “segunda vida” graças a uma start-up holandesa chamada Envision, especializada em construir equipamentos e softwares para pessoas com deficiência visual.

Em 2017, a Envision criou um aplicativo que usava a câmera do celular para identificar objetos e ler placas, livros e outros materiais em tempo real. A popularidade do app fez a empresa se aprofundar na busca por soluções para melhorar a experiência dos usuários. Nada melhor e mais moderno, então, do que aplicar essa tecnologia em óculos inteligentes.

Então, a companha chegou a um acordo com a Google, utilizando o conhecimento da gigante multinacional nesse ramo para criar o Envision Glass. O produto, lançado em 2020, está passando por diversas melhorias com a introdução do uso de Inteligência Artificial em seu software. Hoje, o Envision Glass já consegue reconhecer rostos e fazer chamadas de vídeo.

E o futuro da solução promete muito mais: há negociações para instalar o sistema nos óculos de outras fabricantes de óculos inteligentes, como a Ray-Ban. Mais uma história – entre várias já mostradas em O Vidroplano – do vidro melhorando a vida das pessoas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 616 (abril de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: LaInspiratriz/stock.adobe.com

Boas e más notícias

rafaelribeiro-abr2024A importação de vidros planos há tempos voltou a ser ponto de atenção para a cadeia vidreira. Recentemente, a Abividro protocolou pedido de um novo antidumping para o float, agora para novas origens que têm se destacado no comércio internacional com o Brasil.

Estamos muito atentos a esse processo, em razão do aumento do risco de importação de vidros processados como rota de fuga desse instrumento de defesa comercial. Como eu já disse aqui em outro momento, a Abravidro monitora com preocupação o expressivo aumento no volume de laminados importados. Nos três primeiros meses deste ano, foram quase 8 mil toneladas. Não vamos medir esforços para proteger nossa cadeia.

E o olhar, agora, se volta ao temperado, que em 2022 foi responsável por 57,9% do volume total de processados não-automotivos produzidos naquele ano, segundo o Panorama Abravidro. Os números de importação até o momento são baixos e estáveis, mas circulam boatos no mercado de que os grandes operadores de importação começarão a ofertar também esse produto, o que pode ter efeitos desastrosos para a toda a indústria, que já opera com altos índices de ociosidade.

Por falar em Panorama, encerramos em abril a coleta de dados para a edição 2024 do documento, cujo conteúdo trará o retrato do mercado em 2023. A expectativa pelos dados é grande, visto que o estudo é uma importante ferramenta tanto para a gestão das empresas como para a defesa de interesses do setor.

E ainda no assunto números, também em abril, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revisou para cima a projeção do PIB desse segmento para 2024, marcando, agora, 2,3%. A construção é a maior demandante de nosso material, o que pode ser uma boa notícia para o segmento.

Mas a melhor notícia do momento você viu na capa desta edição: vem aí o 16° Simpovidro. O maior evento de relacionamento da cadeia vidreira será realizado em Alagoas, Estado que sediará o encontro pela primeira vez. É mais uma oportunidade imperdível de estarmos juntos para tratar de temas estratégicos para o setor de vidros planos. Espero vocês lá!

Rafael Ribeiro
Presidente da Abravidro
presidencia@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 616 (abril de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Marcos Santos

16º Simpovidro já tem data e local definidos

A notícia mais aguardada pelo setor vidreiro neste começo de ano enfim pode ser revelada: o 16º Simpovidro já tem data e local para acontecer! Organizado pela Abravidro, o principal encontro vidreiro da América do Sul será realizado de 31 de outubro a 3 de novembro no resort Vila Galé Alagoas, no município de Barra de Santo Antônio. Após passear pelo Rio de Janeiro na última edição, em 2022, o simpósio volta ao Nordeste – e será a primeira vez de Alagoas como sede do simpósio.

“A principal marca do Simpovidro é a integração entre os diferentes elos da cadeia. Todo o evento é pensado para o fortalecimento dessas relações e para a discussão de temas relevantes para o setor como um todo”, explica Rafael Ribeiro, presidente da Abravidro.

Conhecendo o hotel
Inaugurado em 2022, o Vila Galé Alagoas é o maior resort all inclusive do Estado. Localizado a cerca de 75 km do Aeroporto Internacional de Maceió – Zumbi dos Palmares (o trajeto até lá pode ser percorrido de uma a uma hora e meia de carro), está à beira da belíssima Praia do Carro Quebrado, conhecida por suas falésias e piscinas naturais de água cristalina. O espaço homenageia os escritores de língua portuguesa do Brasil e de Portugal e cada acomodação tem a referência de um artista. A recepção conta com uma exposição voltada para escritoras e uma galeria dos 54 prêmios nobéis de Literatura.

Estrutura de primeira
Em meio a toda beleza natural do litoral alagoano, o Vila Galé oferece estrutura de primeira qualidade e experiências incríveis aos seus hóspedes, incluindo:

  • Sistema all inclusive, com refeição e bebidas (incluindo as alcoólicas) à vontade
  • 492 quartos
  • 7 restaurantes – incluindo o Museu do Sertão, com pratos típicos locais
  • 5 bares
  • 4 piscinas – uma delas com 100 m de comprimento e parque aquático
  • Esportes: quadras de beach tennis, futebol, handebol e vôlei
  • Kids Club: recreação infantil com monitores

 

Foto: Divulgação Vila Galé Alagoas
Foto: Divulgação Vila Galé Alagoas

 

Acomodações
Os participantes poderão escolher entre duas modalidades de acomodações, cada uma com categorias distintas, para atender diferentes necessidades:

APARTAMENTOS

  • Apartamento standard: apartamentos de 31 m², localizados nas laterais do resort; incluem quarto e banheiro. Possuem duas camas de solteiro ou uma cama Queen Size. Têm vista para o resort. Acomodam, no máximo 3, adultos com uma cama extra por unidade, mediante disponibilidade.
  • Apartamento Família: apartamentos de 32 m², no térreo, localizados nas laterais do resort; incluem quarto e banheiro. Possuem duas camas de casal Queen Size. Têm vista para o resort. Acomodam dois adultos e duas crianças de até doze anos.
  • Apartamento Família Nep: apartamentos de 32 m²; incluem quarto e banheiro. Possuem uma cama de casal por unidade e um beliche ou cama superior. Têm vista para o resort. Acomodam dois adultos e duas crianças de até doze anos.
  • Apartamento Superior: apartamentos de 33 m²; incluem quarto, varanda e banheiro. Possuem uma cama de casal Queen Size. Têm vista para o mar. Acomodam dois adultos.

SUÍTES

  • Suíte Família: apartamentos de 62 m²; incluem quarto, sala, varanda e banheiro. Possuem uma cama de casal Queen Size e duas camas de solteiro em quartos separados por uma porta comunicante. Têm vista para o resort ou lateral para o mar. Acomodam dois adultos e duas crianças de até doze anos.

As acomodações acima especificadas incluem:

  • Telefone;
  • Acesso gratuito à internet via wi-fi;
  • Ar-condicionado;
  • Televisão LCD;
  • Canais por cabo;
  • Frigobar;
  • Cofre;
  • Banheiro privativo;
  • Secador de cabelo;
  • Amenities gratuitos;
  • Fechadura eletrônica de segurança;
  • Tomadas com 220V.

 

Sua marca no Simpovidro!
Não perca a chance de atrelar sua marca a um evento de visibilidade internacional. Fale com Rosana Silva pelo e-mail rsilva@abravidro.org.br ou telefone (11) 3873-9908 (ramal 1026).

Inscreva-se já!
Acesse agora mesmo o site www.simpovidro.com.br e garanta sua presença. As vagas são limitadas!

 

Foto: Marcos Santos e Andreia Naomi
Foto: Marcos Santos e Andreia Naomi

 

Simpovidro: o ponto de encontro do setor
Em novembro de 1995, nascia uma das principais iniciativas da Abravidro, tornando-se instantaneamente o ponto de encontro do setor vidreiro brasileiro: o Simpovidro. A estreia do evento foi no Hotel Intercontinental, no Rio de Janeiro. De lá pra cá, foram mais catorze edições organizadas em quase trinta anos de uma história riquíssima, cheia de conteúdo para as empresas, networking e celebração dos negócios.

A edição passada ocorreu em 2022, após hiato de três anos por conta da pandemia. Mais de 650 participantes se reuniram no Club Med Rio das Pedras, em Mangaratiba (RJ).

O time de palestrantes do 15º Simpovidro contou com o filósofo Mario Sergio Cortella; o doutor em Ciência Política, Leonardo Barreto; o jornalista Manoel Fernandes; a especialista em gestão Maria Augusta Orofino; o consultor jurídico Fabrício Soler; e o idealizador do Congresso Internacional de Felicidade, Gustavo Arns.

Este texto foi originalmente publicado na edição 616 (abril de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fotos: Divulgação Vila Galé Alagoas