Pensar em nosso material é imaginar projetos arquitetônicos com fachadas envidraçadas, monumentos ou instalações de grande porte. Mal imaginamos que variações do vidro podem existir numa escala de micrômetros (o equivalente à milésima parte de um milímetro).
Pesquisadores do Instituto Real de Tecnologia (KTH), na Suécia, conseguiram imprimir, de forma 3D, microópticos de vidro nas pontas de cabos de fibras ópticas. Microópticos são algo próximo de minúsculas lentes usadas para manipular a luz – e, com eles, será possível ter uma conectividade à Internet mais rápida, deixando sistemas de comunicação muito mais ágeis.
De acordo com Kristinn Gylfason, professora do KTH, esse método, ainda em testes, pode ajudar a superar limitações na estruturação de pontas de fibra óptica com vidro, que muitas vezes necessitam de tratamentos de alta temperatura – o que compromete a integridade dos revestimentos das próprias fibras. A técnica de impressão utilizada pode ainda ser valiosa na produção de produtos farmacêuticos e químicos.
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