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Conheça mais sobre o uso do vidro no setor moveleiro

Importante consumidor de vidro, o setor moveleiro também sofreu com as consequências da pandemia. No entanto, parece recuperar-se em bom ritmo, o que representa uma boa notícia para as empresas fornecedoras do material usado em mesas, armários, divisórias etc.

Em mais uma reportagem que analisa a situação dos principais clientes de nosso mercado em meio a um ano completamente atípico, O Vidroplano conversou com usinas, processadoras e fabricantes de móveis. Confira nas páginas a seguir como a produção foi afetada nos últimos meses, as diferenças entre o vidro destinado a esses equipamentos e à construção civil e as tendências em decoração observadas pelos especialistas.

Números
Segundo o Panorama Abravidro 2020, estudo produtivo do setor referente ao ano de 2019, feito pela Abravidro, os vidros usados em tampos e em alguns outros tipos de móveis representam 6,3% da indústria de transformação (excluindo os automotivos). Curioso notar que esse segmento teve queda tanto no faturamento (13% em comparação a 2018) e produção (4,5%).

De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), a fabricação de móveis em agosto de 2020 foi de 42,6 milhões de peças, aumento de 5% sobre julho. O acumulado no ano, porém, continua negativo: queda de 11,1% sobre 2019. O consumo aparente (o resultado da conta: produção + importações – exportações) desses produtos em agosto também aumentou 4,1% em relação a julho.

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Percepções do mercado
O mercado moveleiro se aqueceu rápido. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento das vendas em agosto é o maior da série histórica iniciada em 2012 (aumento de 39,9% em comparação com o verificado no mesmo mês do ano passado). As vendas somadas de junho, julho e agosto de 2020 representam um aumento de incríveis 119,2% na comparação com esses meses de 2019.

E o que dizem as empresas? Para a processadora Cinex, houve uma considerável retração econômica, pois todos estavam lidando com um cenário desconhecido de pandemia. “Quando os olhares das pessoas se voltaram para a casa e o home office se intensificou, isso despertou novos comportamentos de consumo e os negócios voltaram a crescer”, aponta Elaine Montipó, coordenadora-comercial da empresa. “Percebemos uma retomada rápida, graças ao consumo reprimido.”

Fabricio Flach, gerente-comercial da também processadora Tecnovidro, concorda. “O momento antes da quarentena era bom, e 2020 iniciou seguindo a tendência otimista e de retomada. Mas, depois disso, a produção e as vendas caíram cerca de 40%.” No entanto, Flach revela que, desde o final de julho, a demanda está maior que a do período pré-pandemia. “Mesmo com a parada, alguns de nossos clientes que atuam com móveis deverão superar os números de 2019.”

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O caso da Laca108, fabricante de divisórias, portas e painéis para decoração, é semelhante. “Começamos o ano bastante confiantes, com obras sendo realizadas. E aconteceu de, bem no início dessa crise, estarmos com projetos em andamento, o que nos fez sentir a queda um pouco mais para frente”, explica o proprietário Evandro Castro. A marca Glass11, de mobiliários feitos com vidro, já enxerga a situação por outro viés: “Esse setor aqueceu, mas menos do que a construção civil. Ainda não considero um bom momento, porque tem muito trabalho a ser feito”, analisa Matheus Moreira Silveira, seu diretor criativo e proprietário. Mesmo assim, com a realidade vivida atualmente, a empresa viu um aumento expressivo de 50% nas vendas.

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Tendências
Em reportagem da edição de julho, O Vidroplano mostrou possíveis tendências da arquitetura e decoração por conta da pandemia – e o papel relevante do vidro nesse contexto. Segundo o que já pode ser visto, as previsões estavam corretas. “Levando em consideração os nossos produtos, vimos uma crescente em todos os itens e complementos voltados para a área gourmet, uma vez que o convívio com a família foi estimulado. Além disso, portas deslizantes, que ao mesmo tempo conectam e dividem espaços, ganharam destaque”, alerta Fernanda Fialho, coordenadora de Relacionamento e Marketing da Cinex.

“Com mais tempo em casa, foi necessário repensar a funcionalidade de cada ambiente. Por exemplo, muitas pessoas precisaram transformar aquele quarto de visitas em um ambiente adequado de trabalho”, comenta Viviane Moscoso, gerente de Produto da Vivix. “Como resultado dessas adaptações, tivemos não só o aumento nas vendas do setor moveleiro, como também o crescimento da prestação de serviços de marcenaria e o consumo de matéria-prima, como é o caso do vidro.”

Conforme aponta Pedro Matta, gerente-comercial e Marketing da Saint-Gobain Glass, existem duas tendências em voga nos formatos dos móveis: “Dentro do mercado da arquitetura e design de forma geral, os principais estilos são o industrial e as formas geométricas”. O primeiro é marcado pelo minimalismo, remetendo a construções industriais, como grandes galpões. Já o segundo, como o nome indica, está ligado a formatos como hexágonos, triângulos, círculos etc.

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E as características de nosso material combinam com essas vertentes, sendo a principal delas sua baixa necessidade de manutenção, já que é fácil de limpar. Além disso, espelhos ou peças refletivas ajudam a amplificar os ambientes, tornando-os mais aconchegantes. “Temos observado maior utilização de vidros coloridos, aplicados como tampo de mesa sobre madeira, agregando o ar moderno em contraste ao rústico”, afirma Renato Sivieri, diretor de Marketing da Guardian. “Pode ser utilizado ainda em portas de armários e aplicado naquele espaço vazio entre a parede da pia e armários suspensos, ajudando a revigorar espaços.”

Espelhos também são bastante usados. “Podemos destacar um crescimento na aplicação de espelhos acidatos”, comenta Matheus Oliveira, gerente de Produtos|Vidros Decorativos da AGC. “Uma grande tendência é a de incorporar funcionalidade ao espelho, como iluminação em LED, aquecimento para evitar embaçamento e até som.”

Outros destaques das aplicações atuais do material em móveis:

– Espelhos em roupeiros;

– Vidros pintados em portas de armários;

– Vidros em apartamentos planejados, substituindo a madeira.

Acabamento impecável
Estética é a palavra-chave para o nosso material empregado em móveis. “É um conceito diferente do da construção, na qual o desempenho do vidro é um dos atributos mais importantes”, explica Sivieri, da Guardian. Como exemplifica Flach, da Tecnovidro, as peças devem ser quase perfeitas, sem qualquer tipo de defeito visual aparente. “Para isso, o processo de produção deve ser mais controlado e refinado, de forma a garantir perfeição nos detalhes, principalmente durante a lapidação e pintura.”

Vale lembrar que existem normas técnicas próprias para esse tipo de aplicação. “Deve-se respeitar as exigências da NBR 14488 — Tampo de vidro para móveis – Requisitos e métodos de ensaio, por exemplo”, aponta Rafael Matoshima, coordenador de Mercado da Cebrace, usina que disponibiliza em seu site um simulador para especificações que também auxilia no trabalho com o setor moveleiro.

Outra característica está nas espessuras, que tendem a ser padrão para aplicações mais usuais: “Nesse mercado, as estruturas comuns pedem vidro de 4 mm”, reforça Evandro Castro, da Laca108.

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Futuro das aplicações
Os móveis não são mais objetos com funções específicas. Faz tempo que se integram a conceitos de decoração e design, sendo parte fundamental da arquitetura de obras recentes. Por isso mesmo, as características do vidro fazem com que o material seja uma solução para qualquer tipo de mobiliário. “Muitos dizem que o vidro é um material frio, mas acreditamos que tenha propriedades e versatilidade para trazer o aconchego necessário para um ambiente”, destaca o analista de Marketing da Cinex, Mateus da Cruz. “Tendências que chegarão com força estão no uso de vidro colorido com estética retrô, assim como formas orgânicas que imitam a natureza. Também incluo os vidros mais grossos, com espessura de até 50 mm”, completa Silveira, da Glass11.

Mais futuras tendências:

– Aplicação de tecidos nos vidros, fazendo um jogo entre luz e sombra proporcionado pelos dois elementos;

– Maior uso de chapas com serigrafia;

– Personalização da impressão digital para padrões e imagens que o cliente escolher.

Este texto foi originalmente publicado na edição 575 (novembro de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Série “Abravidro Entrevista” ganha novas lives

No mês de julho, a série Abravidro Entrevista de lives no Instagram recebeu mais duas usinas para refletir sobre os impactos causados pelo novo coronavírus. No dia 2, a convidada foi a Vivix, enquanto a Guardian marcou presença no dia 13. Veja a seguir um pouco do que foi debatido em cada um dos encontros online.

Reajustando a produção
Na entrevista com a Vivix, o presidente da Abravidro, José Domingos Seixas, e a superintendente da associação, Iara Bentes, conversaram com Henrique Lisboa (presidente da usina), Izabela Zisman (gerente de Marketing) e José Henrique Ribeiro (diretor-comercial e de Marketing).

Segundo Lisboa, embora o mercado vidreiro tenha sofrido uma leve queda em 2019 em relação a 2018, os dois primeiros meses de 2020 foram muito bons e traziam um sentimento de retomada — o que acabou sendo interrompido com a pandemia. Isso levou a empresa a repensar suas ações para os meses seguintes. “Nossa primeira decisão foi o comprometimento total com a saúde dos colaboradores da Vivix, tanto no trabalho como nas recomendações para seus ambientes familiares”, contou. A empresa decidiu pela preservação dos empregos e renda salarial dos funcionários, considerando principalmente que eles são figuras fundamentais para minimizar os impactos da pandemia.

Outra ação adotada foi o ajuste da produção, interrompida por algumas semanas em abril e retomada em maio para garantir atendimento aos compradores. Houve ainda um empenho para manter a usina o mais próximo possível dos clientes, buscando ativamente soluções conjuntas para que todos possam sair da pandemia com o menor impacto possível. “Na cadeia vidreira, os elos são interdependentes: todos dependem uns dos outros”, avaliou Izabela Zisman.

Retomada do crescimento
José Henrique Ribeiro apontou que a demanda geral por vidros planos vem crescendo gradativamente. A previsão para o segundo semestre é a de que o mercado deve atingir em torno de 85% do esperado para um período normal. Ele também disse acreditar na retomada gradativa da economia, mas alertou: “Isso depende das medidas adotadas pelo governo nos próximos meses e da intensidade da pandemia no futuro próximo”.

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Apesar dos obstáculos, Lisboa avalia que o pessimismo com o futuro que havia em abril não se concretizou. “Como vimos que a maior parte dos nossos clientes se reorganizou, pudemos retomar a produção acima do que esperávamos para uma época de pandemia”, explicou. “Considero que, hoje, o pior já passou. Agora é o momento de ter pragmatismo para adaptar as empresas às novas demandas do mercado.”

Próximos passos
Segundo Lisboa, a Vivix já está com seu planejamento de produção ajustado para os próximos meses. Entre as medidas a serem tomadas, está a expansão de seu portfólio com o lançamento de dois novos produtos de controle solar ao longo deste ano. Izabela acrescentou que a usina tem refletido a respeito da readequação do setor vidreiro a partir de tendências como a maior adoção do trabalho remoto em alguns segmentos e a aceleração do uso de tecnologias — com destaque para as ligadas à Indústria 4.0 — em todos os negócios.

Um ponto levantado pelo público que acompanhava a entrevista foi sobre os planos da empresa para atuação nas regiões Sul e Sudeste. Lisboa respondeu: “Nosso projeto sempre foi ter mais uma planta. Contratempos no mercado impediram que ela se concretizasse, mas já estamos realizando seu pré-projeto e, embora sua localização ainda não tenha sido decidida, é possível que seja em uma dessas regiões”.

Desafios e oportunidades
Na segunda live do mês, os convidados foram Renato Poty (country manager da Guardian), Renato Sivieri (head de Marketing e Vendas) e Viviane Sequetin (gerente de Marketing). Poty, há quase quinze anos na usina, assumiu o comando da empresa no Brasil em plena pandemia da Covid-19. Apesar disso, comentou que o momento também traz oportunidades para repensar e adaptar os negócios. “Uma das nossas principais preocupações foi cuidar da saúde dos nossos colaboradores, porque são eles que movem a empresa”, destacou. “Interrompemos a produção dos fornos no começo da crise, deixando-os em modo de reciclagem, mas garantimos que haveria estoque suficiente para atender a demanda, retomando gradualmente a operação e observando todos os protocolos de segurança.”

Aproximação dos elos do setor
Viviane afirmou que a Guardian sempre esteve focada em iniciativas que gerem valor para toda a cadeia vidreira e contribuam para dividir conhecimentos com o público. Em tempos de pandemia, essas ações vieram principalmente com a organização de treinamentos online por meio de lives e webinars, e a criação do Plantão Guardian, para orientação dos clientes junto à equipe técnica da companhia, além de divulgar informações sobre as principais obras em andamento com o intuito de gerar oportunidades de negócios. “Além disso, estamos empenhados em melhorar a experiência nos canais digitais, oferecendo uma interface melhor para o consumidor dentro do site. Hoje, especialmente com a tendência de crescimento do sistema de home office, deveremos ter cada vez mais medidas nesse sentido”, explicou a gerente de Marketing.

Valorização dos produtos de alto desempenho
Segundo Sivieri, a Guardian precisou “segurar” o desenvolvimento de novos produtos durante esse período, mas assegurou que os planos da usina no Brasil não foram abandonados, apenas adiados em alguns meses. “Há expectativas muito boas de recomeço para o segundo semestre do ano, nosso setor mostrou grande capacidade de adaptação e transformação”, disse, apontando o aumento de trabalhos de retrofit e de pequenas reformas.

Para ele, é necessário buscar a venda mais criativa para que o setor consiga resultados positivos. “O mercado aprendeu que ter volume a qualquer custo não vale a pena. Este ano, estamos indo atrás de vendas menos volumosas e mais ricas, isto é, com foco nos produtos de valor agregado, incentivando o consumo de vidros refletivos.”

De acordo com a Guardian, o consumo de vidros de alto desempenho no Brasil ainda está muito aquém do desejado, em comparação a outros países no mundo — há muito trabalho de educação sobre esses produtos a ser feito junto à sociedade; é preciso alcançar as pessoas de fora da área de nosso material. Esse é o mesmo caso dos vidros insulados, os quais trazem não só conforto térmico, mas também a atenuação acústica nos ambientes, mostrando-se bastante vantajosos para novas obras.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 571 (julho de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conheça os cuidados para a troca de vidros em fachadas

A troca de vidros em fachadas ainda é um trabalho pouco explorado por vidraçarias. Trata-se de uma atividade delicada, exigindo profissionais capacitados em sua realização, planejamento prévio adequado e equipamentos que permitam a remoção da peça a ser substituída e a colocação de uma nova.

Nas páginas a seguir, O Vidroplano apresenta para os vidraceiros que desejam se especializar nesse serviço quais os cuidados e procedimentos a serem tomados, a forma como a colagem dos vidros deve ser feita e as orientações específicas para determinadas peças.

Sempre capacitada
Embora a tarefa seja complexa, nada impede que uma vidraçaria possa realizá-lo, seja ela grande ou pequena. “A substituição pode ser feita por qualquer empresa, desde que tenha conhecimento e muita técnica”, afirma a arquiteta Audrey Dias, consultora de Esquadrias e Vidros do Grupo Aluparts. Segundo ela, muitas empresas não estão capacitadas por não terem engenharia adequada para tais serviços.

Assim, é imprescindível que a vidraçaria disponha de uma equipe de projetos para entendimento e planejamento da execução, bem como equipamentos necessários, como balancins, ventosas, cordas e cintos de segurança, e operadores experientes nesses procedimentos. Para isso, Audrey afirma que os instaladores devem passar por cursos para realização de trabalho em altura, conforme determina a Norma Regulamentadora Nº 35 — Trabalho em altura (NR-35), manuseio de equipamentos e aplicação de fixações químicas. “Recomenda-se também o treinamento periódico para procedimentos de aplicação e colagem com silicone estrutural e fita dupla face estrutural junto aos próprios fornecedores dos produtos”, acrescenta.

A importância do planejamento
Os cuidados na troca dos vidros começam ainda no planejamento — todo cuidado nessa etapa é crucial para garantir a qualidade do serviço e a segurança dos instaladores.

“Normalmente, as substituições das peças são feitas em edifícios mais antigos que estão passando por algum tipo de reforma”, observa Luiz Barbosa, gerente técnico de Vendas da Vivix. Nesse caso, ele enfatiza que é importante avaliar se as chapas existentes atendem as normas técnicas, principalmente a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações, em relação à tipologia dos vidros, à segurança por eles oferecida e às áreas nas quais devem ser aplicados, a fim de reduzir os riscos de acidentes. Barbosa ressalta que, ainda que os vidros antigos estejam instalados em desacordo com essas publicações da ABNT, é responsabilidade da empresa contratada que a nova especificação atenda os requisitos delas.

Por falar em normas, Fábio Reis, gerente técnico da Guardian, lembra que há outras além da NBR 7199 cujas determinações precisam ser seguidas nesse trabalho: trata-se da NBR 15575 — Edificações habitacionais – Desempenho, e das específicas para colagem estrutural com o produto a ser utilizado:

Em caso de silicone estrutural, deve-se consultar a NBR 15737 — Perfis de alumínio e suas ligas com acabamento superficial – Colagem de vidros com selante estrutural;

Em caso de fixação com fita dupla face estrutural, a NBR 15919 — Perfis de alumínio e suas ligas com acabamento superficial – Colagem de vidros com fita dupla face estrutural de espuma acrílica para construção civil, atualmente em processo de revisão.

Além de um bom conhecimento dos textos técnicos, o vidraceiro deve ter em mãos a especificação técnica de todos os componentes do sistema: vidro, perfis, vedações, parafusos etc. “É a partir dessa informação que o profissional terá condições de orçar e entregar um produto final de acordo com as premissas que foram consideradas no projeto”, explica Nilson Viana, coordenador da Consultoria Técnica da Cebrace. Infelizmente, segundo ele, é muito comum perder essas informações com o passar dos anos. Por isso, quando precisam realizar alguma troca, os responsáveis pelo serviço encontram bastante dificuldade em identificar o produto correto.

Também há casos em que a troca das peças faz parte de um projeto de retrofit, ou seja, uma atualização na edificação. “Além de objetivar a renovação estética da edificação, deve priorizar os critérios de segurança, como a utilização de laminados”, afirma Ana De Lion, gerente de Desenvolvimento de Mercado da AGC. Outra recomendação importante: sempre que possível, o retrofit pode ser aproveitado para a aplicação de peças com mais tecnologia, como as de controle solar, que auxiliam na melhoria do conforto térmico da edificação e redução de custos de energia.

Passo a passo da troca dos vidros
Audrey Dias, do Grupo Aluparts, lista as etapas desse trabalho:

1- Identificar a especificação correta tanto do vidro como do sistema construtivo das esquadrias (stick ou unitizado)

2- Conferir as dimensões da peça a ser trocada

3- Remover o vidro existente

4- Preparar a superfície que receberá o novo vidro com boa limpeza técnica

5- Aplicar o novo vidro

“Em fachadas com sistema de fixação mecânica, por meio de ferragens, revisamos as vedações e o serviço se encerra. Já nas com fixação química, por meio de silicone estrutural ou fita dupla face, temos de aplicar presilhas de pressão para garantir a cura ou adesão corretas”, explica Audrey. Após o tempo indicado pelos fornecedores dos produtos, as presilhas são removidas e a vedação do sistema é então revisada.

Divulgação Adere
Divulgação Adere

 

Fixação
Conforme já comentado, o sistema construtivo da fachada faz toda a diferença na hora de planejar a troca dos vidros:

– O modelo stick permite a retirada do quadro de alumínio da fachada. “Nesse tipo, a reposição é simples, com a substituição do vidro podendo ser feita numa bancada com o procedimento normal de colagem. Antes da remoção do quadro, deve-se analisar se será possível reaproveitá-lo. Caso não seja, é necessário produzir outro, com o mesmo tipo de perfil já utilizado”, orienta Roberto Almeida, supervisor-comercial da Adere;

– Já no sistema unitizado, a remoção do quadro não é possível. “Sempre recomendamos que fixações mecânicas sejam colocadas temporariamente, como presilhas, até que o produto usado para a fixação atinja as resistências mecânicas necessárias para suportar o peso da peça e os esforços do projeto”, recomenda André Cunha, gerente técnico da Sika. Almeida, da Adere, alerta que, nesse tipo de sistema, a solução deve ser tratada caso a caso com todos os envolvidos no projeto.

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Independentemente do sistema da obra e do produto usado para fixar os vidros, é preciso dar atenção à limpeza. “Como estamos falando de uma aplicação que envolve adesão, é primordial limpar os substratos”, alerta Emir Debastiani, especialista técnico da Dow. Além disso, quando se usa selante de silicone estrutural, Debastiani explica que é importante ter cuidado com a temperatura das superfícies no momento da aplicação, seguindo as recomendações do fabricante do selante. Assim, a temperatura de aplicação estará dentro dos limites estabelecidos — níveis de calor muito elevados podem ocasionar problemas no silicone, como a formação de bolhas.

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A temperatura também é um quesito a ser avaliado caso a fixação das peças seja feita por meio de fita dupla face estrutural. De acordo com Victor Hugo Busato, engenheiro especialista de Aplicação da 3M do Brasil, ela não pode ser aplicada quando a temperatura ambiente e da superfície dos substratos forem menores que 10 °C. “A recolagem do vidro diretamente na esquadria também exige o uso de equipamentos adequados que consigam gerar uma pressão mínima”, recomenda Busato. “E todos os vidros substituídos nesse processo devem ser verificados e registrados para garantir que o processo de troca tenha sido efetivo, garantindo total segurança.”

Vale destacar que as fabricantes de produtos para fixação disponibilizam manuais e oferecem suporte técnico e, em alguns casos, até mesmo treinamento.

Uniformidade e desempenho
A uniformidade estética da fachada é um dos maiores desafios na troca de vidros. A sugestão é que sejam usados os mesmos produtos aplicados no projeto original. Se não for possível, o ideal é consultar a equipe técnica da fabricante do material para realizar a especificação mais adequada à necessidade da obra, indica Fábio Reis, da Guardian. Ao se aplicar um produto diferente, recomenda-se ainda fazer avaliações estéticas por meio de protótipos em tamanho real.

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Luiz Barbosa, da Vivix, comenta a respeito de outro elemento importante a ser considerado: “A substituição de qualquer elemento das fachadas deve ser de forma que os novos elementos não alterem as características arquitetônicas originais”. Segundo Nilson Viana, da Cebrace, vidros de controle solar merecem atenção especial nesse tipo de serviço. “Qualquer alteração na sua composição pode ocasionar mudança na coloração e, consequentemente, causar um efeito de heterogeneidade na estética do edifício”, analisa. Além da cor, possíveis mudanças na composição podem resultar na perda de desempenho térmico, gerando desconforto para os habitantes da edificação. É importante seguir criteriosamente as informações técnicas contidas nos projetos de arquitetura, assim como nos de consultoria de fachadas.

Por fim, para saber as dificuldades que encontrará, é recomendável que o vidraceiro avalie a arquitetura das fachadas antes de aceitar o trabalho. “Nós nos deparamos muitas vezes com fachadas inclinadas, recortadas e de difícil acesso e edificações sem pontos de ancoragem para fixação adequada do equipamento”, revela Audrey Dias, do Grupo Aluparts. “Obras com vidros em tamanhos especiais e torres com geometria diferenciada também podem tornar o trabalho mais complexo.” Para superar esses desafios é preciso contar com uma equipe técnica especializada em projetos, operadores treinados e atualizados com os novos sistemas de fachada, além, é claro, de equipamentos de qualidade.

Este texto foi originalmente publicado na edição 571 (julho de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Usinas desenvolvem vidros para o Brasil

“Valor agregado” é um termo bastante usado em algumas reportagens de O Vidroplano. Faz referência a um produto com características especiais, que leva mais benefícios aos clientes que itens considerados “padrões”, ao mesmo tempo em que garante maior lucro para quem o vende – afinal, é comercializado a um valor maior justamente por ser diferenciado.

Nos últimos tempos, as usinas nacionais apostam na criação de linhas assim, com a vantagem de serem pensadas para o mercado brasileiro. Mas por que nosso país precisa de produtos desse tipo? Como é a produção desses materiais? Para entender como tudo funciona, a equipe da revista conversou com as fabricantes que atuam no Brasil e já desenvolveram esses vidros – procurada, a Guardian não conseguiu atender o prazo para envio das respostas.

 

Por que fazer?
Incentivar a maior aplicação de nosso material é prioridade da indústria – afinal nossos números em relação ao consumo de vidro são bem inferiores aos de outras regiões do mundo, como América do Norte ou Europa. Lá fora, é normal a criação de produtos específicos para atender exigências de mercados, como permitir maior conforto térmico em regiões muito frias, por exemplo. E por aqui? Qual a necessidade de oferecer novas soluções aos clientes?

“A construção civil brasileira vem passando por algumas mudanças nos últimos anos, principalmente com o advento de normas técnicas que demandam maior desempenho e eficiência dos materiais e dos sistemas construtivos”, analisa Luiz Barbosa, gerente técnico de Vendas da Vivix. Por isso mesmo, a criação de vidros mais tecnológicos tende a se tornar mais frequente.

Além dos quesitos técnicos mais refinados, os novos vidros também precisam atender as preferências estéticas dos arquitetos e engenheiros, segundo Mônica Caparroz, gerente de Marketing da Cebrace. “Isso garante maior versatilidade aos projetos, já que são oferecidos designs exclusivos aliados a tecnologias de ponta”, analisa. Todas as usinas contatadas afirmaram que a demanda por esses produtos cresceu nos últimos tempos, o que explica a opção por investir em seu desenvolvimento.

“Os vidros ‘especiais’ têm a responsabilidade de oferecer algo a mais, contribuindo para o conforto interno nas edificações”, reforça Ana De Lion, gerente de Desenvolvimento de Mercado e Construção Civil da AGC. “São produtos que contam com um espaço no mercado, e têm potencial de crescimento gigante quando comparado com o uso do vidro comum incolor.”

 

Temperatura na medida certa
No Hemisfério Norte, é muito comum a aplicação de vidros de controle solar para oferecer conforto térmico durante invernos rigorosos – eles mantêm o calor captado ao longo do dia dentro das construções. No entanto, dadas as características do clima brasileiro, o objetivo por aqui é impedir a entrada do calor. Isso explica por que as empresas nacionais focaram na criação de linhas pensadas para essa questão: a principal particularidade do Brasil está justamente em seu clima.

“Entregar produtos dedicados à região só é possível se entendermos hábitos e respeitarmos nossa cultura e nosso clima”, afirma Ana De Lion, da AGC. “Pelo fato de o Brasil ser privilegiado em termos de posição geográfica, apresentando 92% do território em uma zona tropical, faz-se necessária a adaptação de produtos que otimizem a incidência solar que permeia a vida da população”, explica Luiz Barbosa, da Vivix.

Mônica Caparroz, da Cebrace, aponta que diversos fatores são analisados: “O resultado final é uma somatória das peculiaridades levadas em conta, tais como fatores estéticos (tonalidade, brilho, neutralidade) e técnicos (absorção de calor, reflexão). As questões de aplicação também são discutidas e levadas em consideração”.

 

A aceitação do mercado
Não basta produzir esses produtos: tão importante quanto é saber divulgar seus diferenciais aos possíveis consumidores. “Entregar valor é muito mais desejado que entregar o convencional, em que o diferencial de maior peso acaba sendo somente o preço”, reflete Ana De Lion, da AGC. “É lógico que há limitações de recursos e do alcance de algumas ações, mas a comunicação dos benefícios e vantagens de itens especiais são melhor percebidas e, assim, diferenciadas daquilo considerado comum”.

Nesse sentido, os departamentos de Marketing das usinas trabalham para abordar clientes e mercado com o objetivo de ajudá-los a compreender os benefícios de cada material. No caso dos atributos do vidro de controle solar, por serem mensuráveis (já que dá pra medir quanto de calor e radiação são “barrados” pelas chapas), a aceitação do público acaba sendo maior. Segundo as fabricantes, toda a cadeia precisa saber dessas qualidades:

– a construtora, para entender o valor do material no seu produto final;

– o instalador, para perceber os benefícios em sua atividade;

– o arquiteto, para ter noção de que o vidro vai além da função de fechar vãos;

– e o consumidor final, que é quem efetivamente viverá sob a influência dos vidros.

Obras de grande porte com essas linhas já podem ser encontradas pelo País, como os aeroportos de Porto Alegre e Fortaleza, e o Edifício One Sixty, em São Paulo, que usam a Linha BR, da Cebrace. Essa é uma prova de que os clientes já começam a preferir esses produtos, que trazem benefícios palpáveis aos ocupantes das edificações.

 

As linhas de controle solar brasileiras
Esses são os vidros feitos especialmente para nosso clima. Vale lembrar que cada um oferece redução de calor específica:

– Linha BR
Fabricante: Cebrace
Data de lançamento: fevereiro de 2018
Produtos: BRN 148 (neutro); BRS 131 (prata); BRN 130 (neutro); BRB 127 (azul); e BRZ 130 (semirrefletivo, bronze)

– Sunlux Shadow
Fabricante: AGC
Data de lançamento: maio de 2018
Produtos: Sunlux Shadow 14, Sunlux Shadow 20 e Sunlux Shadow 32

– Vivix Performa
Fabricante: Vivix
Data de lançamento: maio de 2018
Produtos: a linha se divide em duas famílias – a de monolíticos (nas cores bronze, cinza e verde) e a Duo, de laminados (bronze, cinza, verde e verde intenso)

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Como esses vidros são desenvolvidos?
Segundo as usinas contatadas, o processo se dá da seguinte forma (ele é bem semelhante em todas as empresas):

– É identificada uma necessidade do mercado vidreiro;

– Realizam-se pesquisas para saber o potencial de consumo de um possível novo produto. Os estudos devem apontar as oportunidades oferecidas por esse item para o atendimento das demandas da construção nacional;

– Na sequência, após o entendimento de que é válida a criação do produto, se define a tecnologia mais adequada para sua fabricação. É levada em consideração também sua “processabilidade”, ou seja, se poderá ser beneficiado por qualquer processadora, mesmo aquelas com parques fabris mais simples;

– Com o vidro pronto, são feitos testes para compreender se tecnicamente ele está adequado às condições locais;

– Após tudo estar aprovado, é hora de finalmente lançá-lo no mercado.

 

Quem participa?
“O desenvolvimento sempre irá priorizar a compreensão de todos os envolvidos na especificação, venda e uso do vidro”, comenta Mônica Caparroz, da Cebrace. “Foram realizadas pesquisas com arquitetos e consultores de fachadas, mas estamos sempre atentos às demandas dos processadores e distribuidores”.

A Vivix, segundo Luiz Barbosa, contratou consultorias especializadas para o mapeamento das informações necessárias para a estruturação do projeto – foram essas informações que apoiaram a empresa na tomada de decisão da tecnologia adotada. “Além disso, contamos com o apoio de clientes e profissionais da construção para a avaliação”, explica.

 

Novos lançamentos em primeira mão
Enquanto fechávamos esta edição de O Vidroplano, Cebrace e Vivix anunciaram novos produtos dentro de suas linhas exclusivas para o clima brasileiro. A Cebrace lançou na feira Expo revestir, realizada de 10 a 13 de março em São Paulo, o BRZ 130, feito para atender as demandas de arquitetos brasileiros por um vidro de controle solar com tonalidade bronze. Já a Vivix divulgou suas duas novas cores para laminados: Duo Azul (que bloqueia em 62% a entrada de calor no ambiente) e Duo Bronze Intenso (63%). Ambos possuem baixa reflexão luminosa interna e externa, o que se traduz em um vidro menos espelhado.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 567 (março de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Entrevista com Paulo Drummond e Henrique Lisboa

No final de janeiro, o mercado vidreiro recebeu a notícia de que o então presidente da Vivix, Paulo Drummond, deixaria a empresa. À frente da companhia desde o início do processo de sua fundação, em 2010, Paulo Drummond optou pelo desligamento para se dedicar a projetos pessoais. Em seu lugar, assumiu, no dia 2 de março, Henrique Lisboa, ex-diretor Comercial e de Marketing da empresa. Para entender o que representam essas mudanças na única usina vidreira de capital 100% nacional, conversamos com ambos, por e-mail. A conversa você encontra a seguir.

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Paulo, você liderou o projeto do grupo Cornélio Brennand no setor de vidros planos desde o início. Dez anos depois, qual o saldo da empreitada?

Paulo Drummond: Estar à frente da Vivix desde a sua concepção foi um privilégio e sem dúvida uma etapa de extrema relevância em minha trajetória profissional. Foram muitos os aprendizados e conquistas que ficarão em minha memória para sempre. Construímos uma das mais modernas fábricas de vidros planos do mundo, expandimos o nosso portfólio de produtos e melhoramos processos e serviços. Conquistamos o respeito do mercado cumprindo os acordos assumidos e buscamos estar próximos dos nossos clientes, conhecendo as suas particularidades e apoiando-os no desenvolvimento dos seus negócios. Acreditamos que este é um dos principais caminhos para a ampliação da base de consumo do vidro plano no País, além de outras realizações e desafios superados. Enfim, acredito que demos a nossa contribuição para a evolução do mercado e sem dúvida o saldo foi muito positivo e gratificante.

 

Na primeira entrevista que concedeu a O Vidroplano, em abril de 2010, você comentou que o setor vidreiro no Nordeste precisava de desenvolvimento e investimentos, e que a então CBVP vinha para ajudar nisso. Esse desenvolvimento do mercado ocorreu como o esperado ao longo dos anos?
PD: Apesar da maior e mais longa crise econômica que abalou o País, e sobretudo o setor da construção civil no qual estamos inseridos, o mercado como um todo evoluiu. Pudemos contribuir para um maior e melhor abastecimento do setor. Investimos na qualificação da cadeia a fim de compreendermos suas necessidades e assim realizarmos ações personalizadas, visando ao crescimento individual de cada empresa.

 

Todas as demais usinas de base nacionais passaram por mudanças no time de executivos nos últimos anos. Agora, acontece na Vivix também. O que você pode comentar sobre o processo de passagem de bastão para uma nova geração de executivos?
PD: A mudança faz parte de um processo natural de sucessão, seguindo as diretrizes gerais da empresa e os objetivos estratégicos para os próximos anos. Esta foi uma decisão planejada, sempre visando uma transição adequada. A partir de agora, assume a liderança do negócio Henrique Lisboa, executivo experiente que esteve ao meu lado desde a concepção da empresa e dará continuidade à trajetória de crescimento da Vivix.

 

Apesar da maior crise econômica que abalou o País, o mercado como um todo evoluiu”
Paulo Drummond

 

Henrique, você faz parte do grupo Cornélio Brennand há vinte anos. Como é ser indicado para se tornar presidente do braço do setor vidreiro?
Henrique Lisboa: O convite para assumir o comando da Vivix me deixa honrado e também desafiado a dar continuidade ao processo evolutivo da empresa. Faço parte da Vivix desde a sua concepção e visualizo claramente as oportunidades existentes para o setor e para a empresa. Tenho orgulho de pertencer a um grupo empresarial com mais de cem anos de existência, sinônimo de confiança e respeito aos acordos.

 

O processo de sucessão será marcado pela continuidade dos projetos já em andamento?
HL: Sim. Como já demonstramos ao longo desses últimos anos, seguiremos honrando os nossos compromissos assumidos com o mercado e clientes, criando permanentemente possibilidades que visam à evolução do nosso segmento e o fortalecimento da nossa cadeia.

 

Quais serão os desafios que você espera encontrar como presidente da usina?
HL: Precisaremos estar atentos às oportunidades que certamente virão com a retomada do crescimento econômico do País e buscar permanentemente soluções inovadoras, de olho na diferenciação e no desenvolvimento do mercado e dos clientes.

 

A Vivix apostou em modernizar seu parque fabril com tecnologia 4.0 nos últimos tempos. Como isso pode impactar positivamente nos negócios da empresa a partir de agora?
HL: A empresa investe constantemente em automação, tecnologia da informação e digitalização dos seus processos. A partir disso, criamos plataformas inteligentes que fazem com que a Vivix ganhe mais eficiência, velocidade, produtividade e segurança em todas as etapas. Tudo isso visando a uma evolução constante da empresa, a fim de oferecer sempre os melhores produtos e serviços ao mercado.

 

Sempre houve uma expectativa sobre o segundo forno da usina, muito por causa de declarações da própria empresa. Há algum planejamento quanto ao assunto?
HL: Sim. Desde o início do nosso projeto está previsto um segundo forno. Estamos acompanhando a evolução da economia para seguirmos com esse plano.

henrique-lisboa

 

Como se deu a escolha de José Henrique Ribeiro para o cargo de diretor Comercial e de Marketing?
HL: O José Henrique é formado em engenharia mecânica, com MBA em Administração de Negócios no Insper (SP). Ele é um profissional experiente, com forte histórico de atuação profissional dentro da área comercial/marketing, construído em empresas de ponta que atuam com foco no mercado. Será alguém que certamente trará grandes contribuições para o setor.

 

Quais desafios o setor vidreiro deve encontrar nos próximos anos? Vocês acham que nossas empresas estarão preparadas?
PD: Continuamos visualizando uma avenida de oportunidades para o mercado de vidros planos no País. Basta verificarmos o baixíssimo consumo per capita do material em comparação com alguns países da Europa e Estados Unidos. Acredito que a recuperação será moderada a cada ano e que iniciativas voltadas para a qualificação da cadeia e para a divulgação das diversas possibilidades de aplicação do vidro plano, inclusive com produtos de maior valor agregado, serão fundamentais para a evolução do mercado. Tudo isso, associado à recuperação da economia por meio de um novo modelo econômico, com taxas de juros mais baixas e maior incentivo ao crédito, impulsionará os financiamentos de imóveis e consequentemente o setor da construção civil.

 

“Precisamos focar esforços para elevar o nível de serviço dos profissionais em contato com o consumidor”
Henrique Lisboa

 

HL: O maior desafio é estar preparado para as novas oportunidades que virão, e um dos maiores gargalos que identificamos é a baixa qualificação da cadeia. O setor precisa focar esforços no sentido de elevar o nível de serviço dos profissionais que estão em contato direto com o consumidor final. Com uma maior qualificação e conhecimento do produto, surgirão novas possibilidades de aplicação, uma maior confiança na especificação e instalação do material, e consequentemente uma opinião maior valorização e consumo de vidros de maior valor agregado.
Paulo, do que mais sentirá falta em relação ao nosso setor?
PD: Sem dúvida, sentirei muita falta do convívio com as pessoas da empresa e do mercado. Fiz bons amigos.

 

Gostariam de deixar uma mensagem final ao setor e aos clientes?
PD
: Agradeço ao mercado pela confiança na Vivix e pelas relações construídas. Compartilho o meu mantra que é: “Seja simples, sonhe alto, seja grato e sorria muito!”.

 

HL: Reafirmamos o nosso compromisso com o desenvolvimento do nosso setor. Nosso objetivo é estar cada vez mais próximos dos consumidores, ofertando produtos e serviços que tragam valor para nossa cadeia. A evolução da Vivix somente será possível como consequência natural do crescimento e desenvolvimento dos nossos clientes.

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 567 (março de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Novo presidente na Vivix

Paulo Drummond (na foto, à esq.) está deixando a presidência da Vivix. Em seu lugar, assume Henrique Lisboa (à dir.), atual diretor Comercial e de Marketing da empresa. A mudança será efetivada no dia 2 de março. À frente da companhia desde o início do processo de sua fundação, em 2010, Paulo Drummond optou pelo desligamento para se dedicar a projetos pessoais. Em comunicado enviado à redação de O Vidroplano, a Vivix afirma que Paulo “contribuiu com sua notável capacidade empreendedora e visão de negócios de forma relevante para a constituição e consolidação da única indústria de vidros planos do país com capital 100% nacional”. O novo diretor Comercial e de Marketing já foi escolhido: será o engenheiro mecânico com MBA em Administração e Negócios, José Henrique Ribeiro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 565 (janeiro de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

14º Simpovidro reúne setor vidreiro brasileiro em meio a otimismo

O Simpovidro, organizado a cada dois anos pela Abravidro, sempre representa um momento para os profissionais do nosso setor analisarem o que ocorreu nos últimos tempos e se prepararem para o futuro. E expectativa para esse futuro foi o que pôde ser visto na 14ª edição do maior encontro vidreiro da América Latina: afinal, após anos sofrendo com a crise econômica e a baixa atividade da construção civil, 2019 marcou a volta do crescimento, ainda que pequeno, de nosso mercado. Com palestras que ajudaram a entender o que precisa ser feito e networking para aproximar clientes e parceiros, os 684 participantes presentes de 7 a 10 de novembro no Enotel Porto de Galinhas, em Ipojuca (PE), saíram energizados para os desafios a serem encontrados em 2020.

Palavra do presidente
A cerimônia de abertura ocorreu na noite de quinta-feira, 7, e teve início com o discurso do presidente da Abravidro, José Domingos Seixas, seguido pelas falas dos executivos das usinas de base, patrocinadoras do simpósio: AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass e Vivix (veja mais no quadro “Otimismo moderado: os discursos das usinas”, mais abaixo).

Domingos relembrou os diversos fatos que marcaram o setor desde a última edição do evento, em 2017, incluindo o desabastecimento do mercado, o fechamento da maior fabricante de vidro impresso nacional — a União Brasileira de Vidros (UBV) —, a greve dos caminhoneiros e a instabilidade das eleições. “Este ano, tivemos a inauguração de um novo forno. Neste momento, com a maior capacidade instalada da história de nossa cadeia no País, o mercado segue desaquecido”, lamentou.

presidente-abravidro-no-simpovidroO dirigente observou que o otimismo de todos com o início do novo governo não se tornou realidade. No entanto, medidas e números divulgados recentemente recuperam, aos poucos, a confiança do empresariado. Prova disso foi o anúncio do retorno do Glass Performance Days South America (GPD Same) em 2020. A edição sul-americana do mais relevante congresso vidreiro do mundo volta a ser organizada após seis anos de hiato. Será, mais uma vez, parte da programação da Glass South America, principal feira vidreira da América Latina (a Abravidro é parceira exclusiva da mostra).

Por fim, reforçou a ampla ação da Abravidro na defesa e fortalecimento do setor, com trabalhos para a criação de normas técnicas, formação de mão de obra e aperfeiçoamento de processos nas empresas, entre outros.

Números do 14º Simpovidro
684 participantes
– Público 33% maior que na edição 2017
160 profissionais envolvidos na organização, montagem e realização
– Cerca de 30 t de material usadas na estrutura do evento

Satisfação
No sábado, 9, após as palestras pela manhã (veja o conteúdo delas clicando aqui), José Domingos Seixas voltou ao palco para suas palavras de encerramento do evento. “Quando assumi a presidência da Abravidro, em 2017, ciente da importância do associativismo, estabeleci como meta unir a cadeia”, afirmou. “Apesar de sempre defender os interesses de processadores e distribuidores, a Abravidro sempre trabalha em parceria com as usinas e vidraceiros em busca do desenvolvimento de todos os elos da cadeia.”

Executivos das usinas de base também falaram: Franco Faldini (AGC); Flávio Vanderlei (Cebrace); Renato Sivieri (Guardian); Pedro Matta (Saint-Gobain Glass); e Henrique Lisboa (Vivix).

A mensagem que ficou de mais uma edição do simpósio é: um setor unido consegue crescer junto. O Simpovidro acabou, mas seus ensinamentos seguirão com todos que participaram dele.

 

Otimismo moderado: os discursos das usinas

A abertura do Simpovidro também é a aguardada ocasião em que as usinas vidreiras brasileiras expõem suas ideias e propostas para o setor. Confira abaixo os destaques de cada discurso.

AGC: coerência no trabalho
Francesco Landi afirmou que as expectativas econômicas eram altas para 2019, mas reforçou que “milagres” não ocorrem de uma hora para a outra. Segundo ele, a AGC tem foco na criação de parcerias comerciais, levando em conta o compromisso com o Brasil e a coerência nos negócios. Este ano, a empresa antecipou em quatro meses a entrega de seu segundo forno nacional. “Cumprimos nossa palavra”, afirmou. Após um vídeo com o histórico do grupo, Landi anunciou que, em breve, o vidro anticorrosão Luxclear e um novo refletivo serão comercializados. “Queremos crescer com vocês, respeitando todas as regras do mercado e de compliance. Não queremos o lucro fácil, pois apostamos em resultado de longo prazo.”

Cebrace: transformação da cadeia
A Cebrace mostrou um vídeo com sua trajetória de 45 anos, completados agora em 2019. Reinaldo Valu lembrou a retração de mercado ocorrida este ano, cravando: “Temos otimismo cauteloso para 2020”. Foram citadas as soluções de vidros criadas para o mercado brasileiro, como a linha Habitat de vidros de controle solar, e também o Domo, evento para arquitetos sobre inovação em fachadas. Leopoldo Castiella afirmou que “pensar no amanhã exige estruturar o hoje”, apontando ações para a transformação da cadeia, como a renovação do direito antidumping para vidros float. A importância da tecnologia 4.0 foi tema relevante: em 2020, espera-se que 100% das cargas da empresa sejam rastreáveis. A reforma e ampliação do forno de Caçapava (SP) e a construção do C6, em momento oportuno, estiveram na pauta. Outro vídeo mostrou o estágio das obras da nova planta da Vasa, na Argentina, empresa subsidiária da NSG/Pilkington.

Guardian: desafios constantes
Para Ricardo Knecht, “transformação faz parte de nossa cultura”. Para explicar o conceito, traçou uma analogia da indústria vidreira com a do cinema. A Sétima Arte passou por mudanças: salas VIP, pipocas especiais e cadeiras mais confortáveis levaram à geração de grandes receitas em comparação às salas comuns. Assim, segundo Knecht, nosso setor deve apostar no valor agregado de produtos e serviços. “Nosso compromisso é continuar buscando inovação.” O representante da Guardian anunciou ainda seu novo produto para uma das aplicações mais populares com vidro, o boxe de banheiro. O Showerguard é resistente à corrosão — mais informações foram mostradas no Cine Guardian, atividade que a empresa realizou ao longo do simpósio.

Saint-Gobain Glass: novas estratégias
Marcelo Machado explicou as estratégias da fabricante de vidro impresso (ou texturizado, como prefere a empresa) em 2019, entre as quais aproximar-se ainda mais dos clientes e fazer parcerias com empresas internacionais do Grupo Saint-Gobain: “Ampliamos nossa equipe, assim como nosso escopo de atuação, passando a atender o setor moveleiro de alto padrão”. A ideia é entender melhor as necessidades do mercado e desenvolver novas soluções. Machado citou também o uso desse produto em grandes obras recentes, como na unidade do Instituto Moreira Salles, na Avenida Paulista, em São Paulo, edifício que conta com fachadas de vidro impresso.

Vivix: futuro de tecnologia
Paulo Drummond foi enfático: o Brasil vive um novo momento econômico e político, graças à aprovação de reformas que sinalizam oportunidade para países desenvolvidos investirem aqui. “Estamos também próximos de uma reforma tributária; a simplificação de tributos será um grande passo”, analisou. Com a Europa estagnada economicamente, outros centros se mostram em alta para investimentos. O Brasil é um dos principais, já que a China segue sendo uma nação fechada e outros emergentes não contam com nosso potencial. Drummond lembrou que a Vivix ainda é uma empresa jovem, com cinco anos, mas que aposta no desenvolvimento, aplicando tecnologias 4.0 em seu processo produtivo.

 

Mais que apenas negócios
Além de conteúdo e networking, incluindo a organização da Feira de Oportunidades (saiba mais clicando aqui), o Simpovidro ofereceu lazer para os profissionais vidreiros e suas famílias. Ocorreram os tradicionais torneios de tênis, futebol e vôlei de praia, nos quais os participantes puderam se divertir e ganhar medalhas e brindes.

Este texto foi originalmente publicado na edição 564 (dezembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vivix marca presença na Casa Cor Pernambuco

A edição 2019 da mostra de decoração e arquitetura Casa Cor Pernambuco teve início no Recife em 14 de setembro e estará aberta ao público até 3 de novembro. Parceira da exposição, a Vivix forneceu vidros e espelhos para aplicações em 23 espaços, entre lofts, salas, estúdios, lojas, cafés e até cinema.

Um dos ambientes em que o vidro se faz mais presente é o restaurante Reserva Vivix (foto 1): projeto do escritório Dubeux Vasconcelos Arquitetura, é um cubo de vidro com 150 m². A integração com a natureza do lado de fora é proporcionada pelo uso de peças laminadas de controle solar Vivix Performa Duo (processadas pela Sanvidro), na cor verde intenso, que compõem toda a fachada e teto da edificação. À noite, um efeito de ilusão de óptica faz com que o restaurante pareça flutuar — o motivo é a estrutura da edificação estar suspensa a 30 cm do piso e rodeada por uma fita de LED que, acesa, proporciona a impressão de que o espaço está solto no ar.

Outro ambiente de destaque é a Joalheria ME (foto 2), assinada pela arquiteta Elisa Coelho. Sua fachada leva Vivix Performa Cinza, enquanto peças de incolor e espelhos da linha Vivix Spelia são aplicados nos expositores dos produtos da loja, ressaltando a elegância do espaço. Esses vidros foram processados pela Alumiaço.

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Cavaletes como principal modelo para entregas no Brasil

A Cebrace, líder de mercado em nosso setor, anunciou que passará a utilizar cavaletes, ao invés de colares, para entregar pedidos aos seus clientes. Assim, junta-se a outras usinas que já utilizam esse formato, que começou a ser usado em nosso país na década de 1990, quando do início do fornecimento de vidros jumbo a granel (em grandes quantidades, sem embalagens fracionadas). Mas, afinal, quais as vantagens disso para os clientes e para as próprias fábricas de vidro?

O que são?
Os cavaletes são estruturas metálicas, revestidas de borracha, que acomodam os vidros durante o transporte. Essas embalagens não interferem na produção: no momento da expedição, as pilhas de vidros são retiradas dos locais em que ficam armazenadas e colocadas nelas. Depois, são içadas para serem fixadas na carroceria dos caminhões.

Já os colares são molduras de aço, nas quais as chapas são encaixadas juntas e paralelas. Normalmente, a carga é enviada em vários colares unidos por uma brida de metal.

Mudanças
A substituição feita pela Cebrace se dará gradativamente e deve ser concluída até o final deste ano. “Isso ocorre por duas demandas: a primeira é a necessidade de maior controle de entrada e saída com uma gestão moderna e mais fluida”, explica o gerente de Logística, Valdimir Silva. “A segunda ocorre devido à nossa estratégia de consolidar internamente os pilares da Indústria 4.0.“

A ligação com a Indústria 4.0, cujo principal conceito é a interação de processos, vem do principal benefício dessa modalidade: a possibilidade de rastreabilidade dos cavaletes, graças a sistemas de código de barras. Isso é feito mediante uso de tecnologia IoT (Internet das Coisas). Por meio da instalação de um dispositivo no cavalete, torna-se possível gerar dados e acompanhar sua movimentação. Assim, o serviço de entrega é totalmente monitorado e rastreado, com controle e acompanhamento da origem até o destino.

Diferentes percepções
A AGC aposta nesse formato desde a inauguração de sua primeira planta no Brasil, em 2014. Na época, o fato foi até divulgado como um diferencial de sua operação. “Acreditamos que o sistema é mais seguro e torna a atividade de expedição mais ágil. Com ele, é possível transportar maior tonelagem de vidro em um mesmo bloco”, comenta Monica Gomes, gerente de Produção da companhia. Ainda segundo ela, o volume de expedição em cavaletes atualmente gira em torno de 83% do total de suas operações.

A Saint-Gobain Glass utiliza ambos os modelos, dependendo do produto a ser entregue. “O aproveitamento da carga e o tempo de carregamento são mais vantajosos com colares”, afirma o coordenador de Logística, Vlademir Alberto. “O uso do cavalete se dá exclusivamente quando utilizamos caixas de madeira, cuja manipulação requer maior cuidado pelo risco de quebras e acomodação no veículo”. A usina chegou a desenvolver um método de carregamento em que se torna possível o envio de caixas e colares em um único bloco, otimizando o frete.

Por sua vez, a Vivix usa apenas cavaletes. “São mais resistentes, evitando assim quebras durante a entrega. É um tipo de embalagem que contribui para a redução dos índices de avarias”, analisa o gerente-sênior de Operações, Francisco Conte. “Nossos clientes demonstram preferência por esse formato, visto que proporciona maior segurança.”

Contatada pela reportagem de O Vidroplano, a Guardian preferiu não participar da matéria.

O que dizem as processadoras?
Talvez as mais interessadas nessa questão sejam as beneficiadoras de nosso material — afinal, a forma como os pedidos são entregues influencia diretamente o seu trabalho. Para Ricardo de Oliveira, diretor da Vitral (DF), os cavaletes são, sim, melhores. “Eles tornam-se mais vantajosos para nós, pois facilitam bastante a retirada e chegada dos vidros”, explica.

A mesma opinião tem a Viprado (RS). “O transporte do vidro é uma arte que requer muita técnica e cuidados, sejam eles nas fábricas ou nos transformadores”, analisa o diretor-industrial, Rudimar Pedroni. Segundo ele, é necessário o uso de escada para o destravamento dos colares e maior esforço físico em relação à retirada da ferragem. “Quando recebemos vidros em cavaletes, temos segurança e um risco ergonômico próximo de zero”, comenta Pedroni, que complementa: “Na nossa visão, o uso de cavaletes deveria ser prática única para os descarregamentos convencionais.”

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Fim dos colares?
Dadas as vantagens do formato, fica a dúvida: os cavaletes se tornarão o padrão da indústria brasileira daqui para frente? “Cada vez mais, é importante ter o controle e a rastreabilidade das embalagens, algo diferente do que os colares oferecem, pois funcionam como se fossem ‘vasilhames’ no mercado vidreiro”, analisa Monica Gomes, da AGC.

Para a Saint-Gobain Glass, mais que uma mudança de padrão, o que está acontecendo é uma adequação. “Existe um movimento de maior uso dos cavaletes pelo fato de que boa parte da oferta se faz agora em caixas de madeira, como nos produtos importados”, comenta Vlademir Alberto, revelando que a usina seguirá com oferta mista dos dois sistemas.

“Assim como em outros setores, a logística reversa dos equipamentos passou a ser um dos grandes desafios”, comenta Valdimir Silva, da Cebrace. “Com o crescimento das vendas a granel, houve a necessidade de maior investimento em cavaletes.” Se a pergunta do título desta matéria será respondida, só o futuro dirá. No entanto, o setor caminha para confirmá-la.

 

Quais os benefícios dos cavaletes?
Além da importante questão da rastreabilidade, existem outras vantagens em relação aos colares:

– Com o uso de códigos de barras, é possível organizar as entregas por meio da localização dessas embalagens, utilizando as que estão mais próximas aos clientes e poupando fretes desnecessários;
– Melhor gestão do dimensionamento do parque fabril;
– Possibilidade de serem remontados na armazenagem, ocupando menos espaço;
– Segurança nas atividades de preparação, carregamento e descarregamento;
– Redução de movimentações das chapas e ganho de produtividade, já que o manuseio demandará menos mão de obra e tempo.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Rumo à Indústria 4.0

Este mês, a Vivix completou cinco anos de existência. Além de celebrar a ocasião, os executivos da usina de base continuam em uma busca incessante para ela se consolidar como uma indústria 4.0: para isso, estão investindo fortemente em automação e tecnologia da informação em todos os seus processos de produção. Segundo a empresa, os níveis de automação e sensoriamento do processo fabril já alcançam 90%.

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Benefícios muito além da beleza

Mais edições da mostra de arquitetura e design Casa Cor vêm sendo realizadas por todo o País, apresentando aos visitantes novas e surpreendentes formas de aplicação de vidros e espelhos. A estreia da Casa Cor Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, foi encerrada no final de setembro, enquanto os eventos no Recife e Rio de Janeiro continuam até o dia 4 de novembro. Veja alguns dos espaços que foram e são destaques nesses eventos utilizando nosso material em revestimentos e de forma estrutural.

CASA COR PERNAMBUCO
21 de setembro a 4 de novembro
Local: Casarão da Família Santos — Avenida Dezessete de Agosto, 1.112, Parnamirim, Recife

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Protegida contra o calor
A Vivix forneceu seus produtos para nada menos que 22 ambientes da mostra este ano. Entre eles, chama atenção a Casa do Futuro Vivix, projetada pelo arquiteto Diogo Viana. O principal material na estrutura da obra é o Performa. Vidro de controle solar da usina vidreira, ele reveste todas as paredes e o teto do local (foto), com processamento pela Sanvidro. Além de integrar o interior da casa aos seus arredores, as peças bloqueiam a passagem do forte calor da capital pernambucana, resultando em uma temperatura agradável para seus visitantes.

 

CASA COR RIO DE JANEIRO
18 de setembro a 4 de novembro
Local: Ladeira de Nossa Senhora, 163, Glória, Rio de Janeiro

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Praticidade transparente
Sustentável e prática. Essas foram as palavras de ordem no projeto do Loft Renault, assinado por Alexandre Gedeon e Hugo Schwartz, da InTown Arquitetura. O dúplex é itinerante, ou seja, pode ser transportado pronto para montar, o que gera menor quantidade de resíduos. Isso é possível graças à leveza de seus materiais — incluindo, claro, o vidro (fornecido pela Sá Martins Esquadrias), cuja transparência também contribui para a “mistura” dos cômodos: até mesmo o carro torna-se parte da decoração, parecendo estar dentro do living.

 

CASA COR RIBEIRÃO PRETO
22 de agosto a 30 de setembro
Local: Rua Garibaldi, 2.760, Alto da Boa Vista

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Natureza e arte em diálogo
Os arquitetos Mathe Benetti e Dariane Bertoni, do escritório Supra Design, assinaram a Loja CASACOR, com apenas 30 m² de área em meio à vegetação. Apesar do pequeno espaço, as paredes de vidro (processado pela Hiper Vidros) ao redor de todo o ambiente, inclusive em sua fachada (foto), não só eliminam qualquer sensação de confinamento como permitem o diálogo entre a arte do lado de dentro e a natureza do lado de fora.

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Para apreciar a arte — só a arte!
Retratos enfeitam a grande cabine sanitária no Lavabo do Ser, do designer de interiores Luis Trentino. Quem precisar usar o ambiente para sua finalidade original não precisa se preocupar: a grande estrutura de vidro (foto) instalada pela Riberbond, com peças fornecidas pela Tempermax, é revestida por uma película transparente inteligente, aplicada pela empresa de automação residencial Exclusif, que fica opaca quando a luz é acionada e garante a privacidade de quem estiver dentro nesse momento.

Este texto foi originalmente publicado na edição 550 (outubro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Como anda o setor vidreiro nacional?

A crise econômica no País já dura vários anos e o setor vidreiro foi duramente atingido, tendo como principal causa o encolhimento das atividades da construção civil, a maior mola propulsora de nossos negócios. Fatores internos do mercado de vidro também agravam a situação. Claro, não é apenas nosso mercado que sofre. Mas, afinal, o que está acontecendo?

Para entender o atual cenário, O Vidroplano faz um balanço dos indicadores econômicos da indústria brasileira, além de analisar os temas vidreiros que estão em pauta nas ruas e conversas de WhatsApp, incluindo questões como o abastecimento do mercado doméstico, as ações tomadas pelas usinas para resolver esse problema, as perspectivas para o segundo semestre e os possíveis investimentos futuros. O objetivo das páginas a seguir é jogar luz sobre o que gera dúvida e boatos para, quem sabe, encontrar saídas para nossas empresas.

Como está a indústria brasileira?
A situação pela qual o vidro passa é a mesma de todo esse setor, com escassez e aumento no valor da matéria-prima. Quem diz isso é a Sondagem industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para o mês de junho. Os três principais problemas enfrentados pelas indústrias no segundo trimestre são os mesmos do primeiro (veja o gráfico Principais problemas enfrentados pela indústria no 2º trimestre de 2018, mais abaixo). Atenção matéria-prima: com 26,9% de assinalações, o item teve aumento de percentual pelo quarto trimestre consecutivo, firmando-se na 3ª posição.

Outro dado relevante: houve aumento da atividade em relação a maio, o que reverteu a queda causada pela greve dos caminhoneiros, que interrompeu o transporte rodoviário de cargas durante vários dias.

O IBGE também revelou que a produção industrial recuperou-se em junho, com a maior alta da série histórica, iniciada em 2002. O acumulado do ano marca crescimento de 2,3% em relação a 2017.

A Sondagem industrial da CNI mostra ainda que há otimismo para os próximos meses com relação à demanda, compra de matérias-primas e exportações. Porém, a intenção de investimento segue caindo.

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Construção: em marcha lenta, mas com perspectivas futuras
Um dos motivos que impedem nosso setor de voltar a crescer é a estagnação da construção civil, responsável por cerca de 80% do consumo de vidros planos no Brasil. Enquanto grandes projetos estão paralisados ou nem saíram do papel, são as pequenas reformas e retrofits, tanto de empreendimentos residenciais como comerciais, que têm movimentado o mercado.

O índice de julho da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) mostra um movimento, ainda tímido, de retomada nesse setor, com aumento de 5,7% no faturamento de julho em relação ao mesmo mês em 2017. O crescimento acumulado no ano, em relação ao mesmo período em 2017, é positivo: 1,7%, número pouco maior que a projeção de crescimento anual de 1,5% feita pela associação.

Portanto, as coisas não estão tão ruins, mas ainda longe de se comemorar, como reforça o Monitor da construção civil, um dos índices mais relevantes desse mercado, produzido pelas consultorias Tendências e Neoway Creative.

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Como relembra o presidente da Abravidro, José Domingos Seixas, existia um clima geral de otimismo para 2018. “Os números dos primeiros meses indicavam uma retomada a ser consolidada ao longo do ano, ainda que de forma tímida. Mas os problemas enfrentados pelo País, principalmente a greve dos caminhoneiros, fizeram a produção diminuir, atingindo em cheio os planos das empresas”, analisa.

No entanto, o segundo semestre pode trazer coisas boas — tanto econômica como politicamente. “Temos esperança de que o mercado volte a se aquecer e a oferta de vidro se estabilize por completo”, afirma Seixas. “Em relação às eleições, nossa expectativa é de que o presidente escolhido atue na promoção de um novo ciclo de desenvolvimento, investindo em infraestrutura e projetos para o fomento da construção civil e que tenha um olhar atento aos temas tributários.”

O dirigente reforça ainda a postura da Abravidro para que o setor resolva os problemas pontuais enfrentados nos últimos tempos. “Continuamos trabalhando e pressionando para que as questões estruturais de nosso mercado sejam resolvidas, além de buscar o que de melhor pode ser feito no âmbito de nossas empresas.”

IACI

Falta vidro no mercado?
Uma questão que ronda o segmento há cerca de um ano é a dificuldade de alguns processadores no acesso à matéria-prima. No mês passado, a Abravidro realizou uma assembleia-geral extraordinária para discutir o tema. Na ocasião, a diretoria da entidade avaliou os dados do setor vidreiro e outros correlatos. Foi unanimidade entre os participantes que a situação está em via de ser normalizada e que qualquer questionamento ao direito antidumping vigente não seria oportuno neste momento. As usinas que atuam no Brasil são capazes de produzir 6.680 t/dia de vidros planos. Considerando esse número e os dados de consumo de vidros planos no País, é possível concluir que há uma sobreoferta de vidros no mercado. Em 2016 e começo de 2017, as usinas passaram a exportar parte da produção excedente. Desde setembro de 2017, quando surgiram os primeiros relatos de falta de vidro, essas companhias alegam ter tomado ações para reverter o problema. Segundo Franco Faldini, diretor de Vendas e Marketing da AGC, fatores pontuais que levaram a essa situação já estão sendo contornados pelas usinas. “Temos colocado esforços na busca por melhorias em logística e aumento da produtividade, além de drástica redução em exportações”, explica. Até a inauguração da nova planta (veja mais no boxe Novos investimentos no setor, mais abaixo), a empresa busca suporte para aumentar as importações.

A Cebrace não concorda com a expressão “desabastecimento generalizado”, já ouvida por aí. “Podemos reconhecer deficiência no serviço, e não na disponibilidade, em algum momento do segundo semestre de 2017 e início de 2018, mas entendemos que o mercado está abastecido de forma adequada”, analisa o gerente-comercial Flávio Alves Vanderlei. Para ele, os clientes têm sido atendidos conforme suas necessidades.

As plantas da Guardian estão produzindo com capacidade total, relata Ricardo Knecht, gerente-geral para a América do Sul: “Contamos com investimentos como a manutenção do forno de Porto Real (RJ), concluída em janeiro deste ano, o aumento da frota de caminhões e a ampliação do parque de embalagens”. A empresa também se esforça para trazer vidro de fora, ampliando a gama de produtos oferecidos por aqui.

A Saint-Gobain Glass aposta na proximidade com o cliente para entender necessidades e, com isso, conseguir oferecer os produtos. “Há uma demanda crescente por vidro no mundo. Observamos mercados, que antes dependiam exclusivamente da China, se abrirem para novas soluções e fornecedores, e o Brasil não está fora disso”, comenta Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da usina.

Segundo Henrique Lisboa, diretor-comercial e de Marketing da Vivix, a companhia tornou a investir na expansão da capacidade produtiva. E o fará por meio da instalação de equipamentos que aumentarão a produção em até 10%. “Além disso, diminuímos de forma significativa nosso programa de exportações, a fim de atender o abastecimento nacional, que é, indiscutivelmente, nossa prioridade.”

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Os efeitos da greve dos caminhoneiros
Como visto no gráfico Utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual, nesta reportagem, a paralisação do transporte rodoviário diminuiu fortemente a atividade industrial e a confiança dos empresários, gerando corrida por estoques por parte das processadoras.

De forma geral, as usinas foram afetadas tanto na produção como na logística por falta de matéria-prima e insumos. Somente com a aplicação de planos de contingência foi possível reverter a situação e passar a operar normalmente, com os níveis de antes da paralisação

A Vivix não precisou interromper sua produção, graças à proximidade da empresa para beneficiamento de matéria-prima, localizada a poucos quilômetros de sua planta. A companhia, no entanto, posicionou-se contra a tabela de fretes mínimos fixada pelo governo federal e informou que ainda existem dificuldades para a contratação de frete, o que segue impactando o abastecimento do mercado.

2018: o ano até aqui
Como visto no gráfico Índice de Atividade da Construção Imobiliária (IACI) nesta reportagem, existem dados concretos que indicam a melhora da construção civil. E, melhor ainda, as próprias construtoras acreditam nisso: a Cyrela, por exemplo, anunciou que crê na possibilidade de atingir metas internas e melhorar margens, permitindo uma nova distribuição de dividendos aos acionistas ainda este ano. A MRV, maior construtora de imóveis econômicos do País, lucrou 18% mais no segundo trimestre e estima um desempenho ainda mais robusto nos próximos meses.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também projeta crescimento para o setor automotivo (automóveis e máquinas agrícolas) em 2018. A associação prevê que sejam produzidos 11,9% a mais que em 2017, alcançando 3,02 milhões de unidades.

Mas como as usinas vidreiras enxergam 2018 e o que deve ser feito para a retomada dos negócios se tornar realidade? “Estamos enfrentando um ano de transição com alta volatilidade, incertezas políticas e pressões nos custos dos insumos básicos, além da sensível redução nas estimativas de crescimento econômico”, analisa Faldini, da AGC. A fabricante acredita que o segundo semestre não será muito diferente.

A Cebrace está otimista, porém com certa cautela, em relação aos próximos meses. “Começamos o ano com um cenário positivo a partir das previsões, principalmente com o PIB chegando a 2,5%. Infelizmente, o cenário foi alterado de forma substancial, devido às incertezas do Custo Brasil e do cenário político”, explica Vanderlei.

Para a Saint-Gobain Glass, existe a perspectiva de crescimento nas vendas, conforme comenta Zanatta: “Com uma oferta maior de mix de produtos para o mercado, podemos aumentar as possibilidades para nossos parceiros”.

Lisboa, da Vivix, concorda que pouco pode mudar este ano. “O mercado da construção civil apresentou resultado similar ao de 2017. Acreditamos que esse cenário se manterá no segundo semestre.”

O futuro do mercado e as eleições
As usinas foram contundentes em indicar o que precisa ser mudado para o setor voltar a crescer — e as eleições serão essenciais para isso. Os candidatos à presidência da República (leia mais no bloco Presidenciáveis debatem construção civil, mais abaixo) precisam mostrar propostas voltadas para trazer eficiência e competitividade para a indústria, incluindo:

– Estímulo à livre concorrência;
– Investimento em infraestrutura;
– Qualificação da força de trabalho;
– Reforma tributária, passando pela redução da carga de tributos por meio da simplificação do sistema atual;
– Redução da burocracia, que torna as operações corporativas pesadas e lentas;
– Redução da chamada “máquina pública”, com melhor gestão dos recursos arrecadados.

O vidro está caro?
Somente este ano, o mercado foi pego de surpresa por dois anúncios de aumentos da matéria-prima. Alguns produtos passaram a custar algo em torno de 25% a mais. Por que isso ocorreu?

“O setor ainda é impactado por alterações de custos que interferem na estrutura de preços e, como é de conhecimento notório, a fixação de preço é, por princípio e por decisão constitucional, livre”, reforça Faldini, da AGC.

Para se chegar a uma explicação, é preciso analisar as variáveis macroeconômicas, reflete Zanatta, da Saint-Gobain Glass. Diz ele: “Se levarmos em conta que somente para o item gás natural, responsável pela manutenção dos fornos, nós tivemos um aumento instantâneo, não gradual, é possível imaginar o desafio que seja fabricar a preços competitivos”.

A opinião é compartilhada pela Vivix, que relembra ainda a alta no preço da barrilha, material fundamental para a produção do vidro. “No entanto, é importante frisar que os preços realizados no mercado neste momento estão retornando aos praticados há quatro anos, antes da crise”, afirma Lisboa.

Por questões estratégicas, Cebrace e Guardian preferiram não comentar o assunto.

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Novos investimentos no setor

AGC
Em 2019, no segundo semestre, a AGC vai inaugurar sua segunda planta, também em Guaratinguetá (SP). “Tivemos ainda recentemente a instalação de um coater, que produzirá nossa linha de vidros de controle solar, a Sunlux Shadow, desenvolvida para climas tropicais. Em adição, temos promovido também inúmeras melhorias em nossa infraestrutura para o acendimento do novo forno”, destaca Faldini.

Cebrace
No editorial da edição de abril da revista publicada pelo Sincavidro-RJ, revelou-se que a Cebrace trabalha para obter licenças ambientais para a construção de nova planta. Segundo Vanderlei, a empresa realiza com frequência estudos de viabilidade para projetos, de forma alinhada às projeções econômicas e à necessidade do mercado. “Sempre procuramos antecipar demandas, investir em linhas de produção, ofertar produtos e aprimorar a capacidade produtiva”, comenta o gerente-comercial.

Guardian
Knecht, da Guardian, afirma que a companhia “segue atenta às oportunidades que nos permitam trazer para o mercado local inovação em produtos e serviços, ampliar nossa capacidade e fortalecer o relacionamento com nossos clientes”.

Saint-Gobain Glass
Zanatta, da Saint-Gobain Glass, também confirma o compromisso da fabricante: “Estamos constantemente investindo em tecnologias, processos e produtos para melhor atender o mercado”.

Vivix
Há pouco tempo, a Vivix ampliou sua produção e construiu uma linha para a fabricação de vidros de proteção solar. Para Lisboa, “os futuros investimentos estão sendo avaliados à luz dos desdobramentos políticos e econômicos”.

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Presidenciáveis debatem construção civil
A Coalizão pela Construção, grupo formado por 26 entidades da indústria da construção civil, incluindo a Abravidro, apresentou a agenda estratégica do setor para os candidatos à presidência da República em encontro da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), no começo de agosto, em Brasília. Confira as propostas dos presidenciáveis presentes. Jair Bolsonaro (PSL) alegou problemas de agenda e não participou.

Marina Silva (Rede Sustentabilidade)
Ampliará a proporção de investimento no setor de infraestrutura, passando dos atuais 2% do PIB para, pelo menos, 4%. Sobre licenciamentos ambientais, reforçará os mecanismos vigentes para dar agilidade aos processos.

Geraldo Alckmin (PSDB)
A solução para maior competitividade é diminuir a interferência do governo na atuação empresarial. Sua ideia é estimular a atividade empreendedora para destravar a economia. A vice-presidente da CBIC, Maria Elizabeth Cacho do Nascimento, sugeriu a criação de um conselho consultivo do setor, o que foi acatado pelo candidato.

Álvaro Dias (Podemos)
Terá um conselho consultivo para o setor. Para ele, o ajuste fiscal deve ser acompanhado por crescimento econômico. Isso reforça a necessidade de segurança jurídica, simplificando o modelo de tributação.

Ciro Gomes (PDT)
Defendeu a importância do setor para a reviravolta econômica do País, afirmando que a construção sempre responde aos estímulos do governo, criando empregos e gerando renda de forma rápida e a custos baixos. Para Ciro, o setor permitirá o trabalho necessário de diminuir despesa e aumentar a receita.

Henrique Meirelles (MDB)
Garantiu que o setor privado será incorporado aos planejamentos para investimentos. Citou ainda o Programa Brasil Integrado, projeto de infraestrutura urbana que retomará mais de 7 mil obras paralisadas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 548 (agosto de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vivix lança linha de controle solar

A Vivix Performa reúne vidros adequados para o clima brasileiro, que minimizam a passagem de calor, mantendo a transmissão de luz. De acordo com a usina, os produtos apresentam alta resistência mecânica e química. Outro destaque: a homogeneidade de cor ao longo da chapa (disponível nos tons incolor, verde e cinza), viabilizando a reposição de peças sem diferença de tonalidade.

Este texto foi originalmente publicado na edição 546 (junho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vivix e Adespec desenvolvem cola para vidros e espelhos

No final de novembro, a Vivix anunciou o lançamento da Colavix, cola voltada exclusivamente para a instalação de vidros e espelhos da companhia, fabricada e comercializada pela Adespec. Segundo a usina vidreira, o produto apresenta alto desempenho, não prejudicando a pintura das peças e protegendo-as contra manchas causadas pela umidade. Outras qualidades: é inodoro, fácil de limpar e tem cura mais rápida do que a do silicone — podendo ainda ser acelerada quando em contato com a umidade do ar ou borrifada com água em spray. O adesivo tem distribuição nacional e está presente em pontos de venda por todo o País.

Este texto foi originalmente publicado na edição 540 (dezembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fortes e capazes de dialogar!

Não poderia haver melhor momento para a realização do 13º Simpovidro. De 9 a 12 de novembro, o Costão do Santinho Resort foi o palco de discussão de pautas como a retomada do segmento após um longo período de baixa atividade e a questão do desabastecimento de float. Ao todo, 516 participantes, de dentro e fora do País, marcaram presença — número superior ao previsto pela Abravidro. E, apesar da conjuntura de crise econômica e política, o nível de excelência do Simpovidro seguiu o mesmo: o mais alto possível!

Confira a seguir a cobertura completa do simpósio em reportagens sobre as palestras, Feira de Oportunidades com os apoiadores do evento, atividades de lazer e uma galeria de fotos.

No tapete vermelho
IMG_1140Para homenagear o profissional vidreiro, que enfrentou as dificuldades do País, o tema escolhido para essa edição do Simpovidro foi o Oscar, a premiação do cinema americano. Historicamente, a solenidade de abertura é marcada por posicionamentos da Abravidro e das usinas de base (veja mais no quadro “O que disseram as usinas de base?”), que também são patrocinadoras do evento. José Domingos Seixas, presidente da Abravidro, reforçou a importância de uma solução rápida para o desabastecimento e aumentos sucessivos no valor do float. “Esperamos que nos próximos meses, não venhamos a enfrentar o problema oposto: excesso de matéria-prima e os leilões que já testemunhamos em outros tempos”, disse o dirigente.

O que disseram as usinas de base?
Durante a cerimônia de abertura, representantes das seis fabricantes nacionais de vidro — todas patrocinadoras do Simpovidro — discursaram.

AGC: ‘coater’ a caminho
IMG_1218Francesco Landi, diretor-geral da divisão de Vidros para Construção Civil e Indústria para América do Sul, anunciou a construção de um coater para a produção de vidros de controle solar em solo no Brasil — hoje, a AGC importa esses produtos. O empreendimento deve ficar pronto no segundo semestre de 2018. Além disso, a obra para o novo forno em Guaratinguetá (SP) está a pleno vapor.

Cebrace: desabastecimento foi algo pontual
IMG_1254O diretor-executivo da companhia, Reinaldo Valu, comentou que a empresa manteve seus fornos atuando com capacidade máxima, além de procurar oportunidades para exportação do material. Valu, para quem a questão do desabastecimento do mercado foi pontual, reforçou que os objetivos da Cebrace não se limitam a metas comerciais: a preocupação é com o desenvolvimento do mercado.

Guardian: os benefícios do vidro
IMG_1283Ricardo Knecht, gerente-geral para a América do Sul da Guardian, fez uma apresentação sobre as tendências no uso do vidro. Para ele, o mercado deve sempre se antecipar às necessidades dos clientes, fazendo com que o material seja elemento relevante para a sociedade. Um exemplo disso citado pelo executivo é o foco no maior aproveitamento da luz natural.

Saint-Gobain Glass: retomando produção de aramados
IMG_4756O coordenador de Marketing, Gabriel Zanatta, iniciou seu discurso com uma breve análise econômica, apontando que os últimos meses indicam uma tímida recuperação do setor. E, para o mercado sair fortalecido da crise, é necessário colocar o cliente como centro das atenções. Zanatta relembrou ainda que a empresa retomou a produção de vidros aramados, atendendo demanda dos consumidores.

União Brasileira de Vidros (UBV): novo sistema de logística
IMG_4777Presidente da empresa, Sérgio Minerbo revelou uma mudança importante em seu sistema de entrega de pedidos: vidros serão carregados para atender os clientes todos os dias da semana, de domingo a domingo. Este ano, a UBV comemora seu 60º aniversário tendo maior atuação no mundo digital. Aposta em aplicativos e conteúdos exclusivos online para propiciar maior interação com os clientes.

Vivix: lançamento de linha de controle solar
IMG_1354Paulo Drummond, presidente da usina, falou sobre a linha Performa de vidros para controle solar, que será lançada em 2018, e refletiu sobre a economia nacional, comentando a importância da estabilidade política para o País. Relembrou o alto déficit habitacional, reforçando que o crédito imobiliário ainda é baixo — e que isso precisa mudar, para gerar mais obras e esquentar o mercado da construção civil.

Encerramento: um evento marcado pela integração do setor
20171111_SIMPOVIDRO_FOTO CAIO GRAÇA_PEDRO SAAD - 1655 cópiaLogo após as palestras do sábado, é tradição representantes da Abravidro e das usinas de base voltarem ao palco para as considerações finais sobre o evento. José Domingos Seixas destacou o esforço feito para realizar o simpósio e considerou que o Simpovidro representa tudo que o setor pode fazer de grande. Também reforçou que a Abravidro é parceira dos processadores e distribuidores e está à disposição de todos nas suas demandas e necessidades.

Os três vice-presidentes da entidade — Emerson Arcenio, Rafael Ribeiro e Alexandre Pestana — concordaram que o objetivo do evento, a integração do setor, foi alcançado, e que toda a cadeia deve lutar, unida, pelo desenvolvimento dos negócios.

Falaram também:
Franco Faldini, gerente-executivo nacional de Vendas e Marketing da AGC;
Leandro Pozzer, gerente nacional de Vendas da Cebrace;
Renato Sivieri Barboza, diretor de Marketing da Guardian;
Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass;
Vitor Hugo Farias, coordenador de Vendas, Comércio Exterior e Marketing da UBV;
Danilo Gatto, gerente-comercial da Vivix.

Além de a identidade visual do encontro remeter ao cinema, o grupo Felchak foi responsável por shows cheios de dança, cores, emoção e referências a clássicos da Sétima Arte nas cerimônias de abertura e encerramento. Durante as manhãs na plenária, os artistas conduziam os palestrantes até o palco. E, no tapete vermelho antes do jantar de encerramento, interagiram com os participantes, brincando de ser tietes dos profissionais vidreiros, como se esses fossem atores e atrizes de Hollywood.

Este texto foi originalmente publicado na edição 540 (dezembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Para todos os públicos

vp_sincomaviSincomavi-SP, em São Paulo
Leis e regras em foco
No dia 10, durante a palestra Código de defesa do consumidor, a advogada Ana Luiza Santana abordou questões como troca de produtos, fixação de preços e prazos de entrega. De 16 a 18, o sindicato realizou o curso Novo Simples Nacional, com as principais regras desse regime de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicáveis às empresas de micro e pequeno portes.

 

vp_amvidAmvid-MG, em Belo Horizonte
Facilitando o aprendizado
A 8ª edição do Tecnovidro, nos dias 20 e 21, apresentou oficinas práticas para vidraceiros. Assim, foi possível aprofundar cada tema (como colagem de vidro, técnicas para montagem de insulados e erros de projetos com temperados). Outra novidade: um ciclo de palestras para arquitetos, designers e engenheiros. O evento teve apoio do Sebrae e da Gusmão Representações.

 

vp_sindividros-rsSindividros-RS, em Porto Alegre
Por dentro das normas
A palestra Aplicações de vidros na construção civil conforme as normas técnicas, no dia 21, com Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro, teve como foco as determinações da NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações. O sindicato já confirmou a intenção de promover o evento novamente em 2018 e levá-lo aos oficiais do Corpo de Bombeiros do Estado.

 

vp_sincavidroSincavidro-RJ, em Cabo Frio
Versatilidade do vidro
A NBR 7199 também foi enfatizada por Clélia no ciclo de palestras O vidro e suas aplicações na arquitetura moderna, no dia 26. O evento, direcionado para arquitetos e engenheiros, teve José Ricardo d’Araújo Martins, diretor do Sincavidro, comentando a versatilidade de nosso material, enquanto representantes da Cebrace e Vivix apresentaram seus principais produtos.

 

Nota:
O 8º Tecnovidro e a palestra ‘Aplicações de vidros na construção civil conforme as normas técnicas’ foram patrocinados por AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sofisticação transparente e refletida

As mostras Casa Cor de decoração e arquitetura realizadas por todo o País são espaços ideais para se conhecer novas formas de aplicação de vidros e espelhos. Veja a seguir alguns destaques com nosso material nas exposições realizadas na Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco.

CASA COR PERNAMBUCO
(21 de setembro a 12 de novembro, Recife)

Casa de vidro
pernambuco-refúgioAlém de patrocinar a edição 2017 da mostra, a Vivix ganhou um ambiente com seu nome, o Refúgio do Vidro Vivix (foto). Projeto do escritório Humberto e Analice Zirpoli Arquitetura, era completamente estruturado com laminados Vivix Lamina e aço. Suas paredes não só permitiam a completa integração com a natureza, mas também garantiam uma área climatizada e aconchegante, ideal para a proposta de uso do local como um canto de leitura ou para receber amigos.

 

Impossível não olhar
pernambuco-armazémUma boa vitrine é aquela que destaca e valoriza os produtos nela apresentados. Nesse sentido, a fachada do Armazém do Artesanato Sebrae (foto), de Roberta Borsoi, cumpriu seu papel: era inteiramente transparente, feita com peças incolores fornecidas pela Vivix, dando visibilidade a todo o interior e às obras ali exibidas.

 

CASA COR BAHIA
(20 de setembro a 29 de outubro, Salvador)

Almoço surrealista
Casa Cor Salvador 2017A proposta da Sala de Almoço (foto), de Gabriel Moreno, foi criar um ambiente totalmente espelhado. O resultado obtido com os espelhos Vivânce, da Cebrace, foi um jogo de reflexos entre as peças no qual os visitantes se veem contemplando um espaço infinito: quadros e outros objetos parecem flutuar.

 

 

Exótica e confortável
Casa Cor Salvador 2017A Mercearia (foto), criada por Rodrigo Rodrigues e Marcelo Rocha, tinha inspiração nos mercados de Marrakech, no Marrocos. Fora dela, o calor tradicional de Salvador. Dentro, uma temperatura agradável graças aos vidros de controle solar Habitat Neutro e Habitat Refletivo Champanhe, da Cebrace, instalados pela Transparence. O produto também protegeu o espaço interno e as samambaias dependuradas nas paredes de vidro contra os raios ultravioleta.


CASA COR RIO DE JANEIRO

(24 de outubro a 30 de novembro, Rio de Janeiro)

Refletindo Nova York no Rio
riodejaneiro-box21Bernardo Gaudie-Ley e Tânia Braida, do escritório Beta Arquitetura, elaboraram o Box 21 (foto) com base nos lofts de Nova York. Os tons de cinza e preto, com toques de verde e rosa, são ressaltados por aplicações amplas de espelhos Guardian, os quais ajudam a conferir leveza e atmosfera cosmopolita no ambiente.

 

Amplitude e tranquilidade
riodejaneiro-bemestarO Espaço de Bem-estar (foto) foi elaborado por Ângela Leite Barbosa para apresentar o Lapinha SPA, do município paranaense de Lapa. Para isso, uma sala de relaxamento contém tons claros em contraste com a madeira e tons de cinza nas paredes e no piso, criando uma atmosfera tranquila. Destaque-se o uso de espelhos Guardian em suas laterais (na foto, logo atrás da luminária): eles refletem a cortina e aumentam a percepção de amplitude do local.

Veja outras aplicações do vidro nessas mostras!

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sofisticação transparente e refletida — conteúdo extra

Os ambientes mostrados na versão impressa de O Vidroplano não foram os únicos que empregaram vidros e espelhos nas exposições da Casa Cor na Bahia, em Pernambuco e no Rio de Janeiro. Conheça outros desses espaços a seguir:

 

CASA COR BAHIA

(20 de setembro a 29 de outubro, Salvador)

Fotos: Marcelo Aniello

 

Tetos de espelhos

Casa Cor Salvador 2017

Para valorizar a arquitetura original do casarão em que a mostra foi organizada, o Living, do arquiteto sergipano Wesley Lemos, contou com um jogo de espelhos Vivânce, da Cebrace, com diferentes tonalidades no teto. O produto não só ampliou o espaço, mas também resolveu o quesito iluminação, já que o teto não poderia ser modificado.

 

Casa Cor Salvador 2017

Outro espaço com o teto todo espelhado foi o Home Bar, do arquiteto Flávio Moura. As peças da linha Vivânce, instaladas pela Artenele, refletiram com delicadeza a luminária luxuosa e a iluminação baixa do local.

 

Ampliação pelos reflexos

Casa Cor Salvador 2017

Uma das paredes do Spazzio Natuzzi Italia, projetado por Marlon Gama, foi toda revestida com espelhos Vivânce. As peças proporcionaram amplitude ao quarto e valorizaram a combinação de materiais nobres com cores neutras no ambiente.

 

Casa Cor Salvador 2017

As arquitetas Mila Caramelo e Mila Saraiva também apostaram no espelho Vivânce para o ambiente Varanda da Família — no caso delas, o produto usado tem cor cinza, reforçando a tonalidade que domina esse espaço.

 

Indo além do controle solar

Casa Cor Salvador 2017

Engana-se quem pensa que os vidros da linha Habitat, da Cebrace, só podem ser usados para proporcionar conforto térmico. Isso ficou claro no Quarto do Casal Sênior, criado por Rogério Menezes. Ali refletivos na cor cinza foram usados para revestir uma parede do ambiente, quebrando seu aspecto tradicional e deixando-o mais moderno.

 

CASA COR PERNAMBUCO

(21 de setembro a 12 de novembro, Recife)

Fotos: Eudes Santana

 

Mosaico de reflexos

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O Restaurante Toscana Concept, projetado pelo escritório FM Arquitetura, teve como um de seus pontos altos um painel de fundo com diferentes volumetrias. O efeito foi obtido por meio da montagem de um mosaico de espelhos Vivix Spelia.

 

Integração segura e confortável

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A fachada do Wine & Gin Bar, idealizado pela Amaral Tenório + Arquitetos, foi toda composta por laminados Vivix Lamina. Dessa forma, o ambiente permitiu uma experiência de integração com os visitantes, além de garantir a segurança de seu interior e contribuir para barrar o calor do lado de fora.

 

Espaço pequeno, amplitude imensa

café

Quem entrou no Café do Pátio, projetado por Acácio Costa e Viviani Manzi (da A2 Arquitetos), talvez nem tenha se dado conta de como o local era pequeno. Cortesia da fachada de vidros fornecidos pela Vivix, além do espelho Vivix Spelia aplicado atrás do balcão.

 

CASA COR RIO DE JANEIRO

(21 de setembro a 12 de novembro, Rio de Janeiro)

 

Altura ressaltada

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No Loft do Comandante, assinado por Ana Gomes e Jorge Delmas, o espelho Guardian foi usado nas paredes laterais da cozinha e sala de jantar, refletindo a esquadria do prédio e realçando seu pé-direito alto. Peças do espelho também foram aplicadas sobre a bancada do banheiro, sendo valorizadas pela iluminação com fitas de LED.

Este texto é um conteúdo digital exclusivo da edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Reflexos da sua criatividade

É difícil — talvez impossível — encontrar qualquer residência ou espaço comercial que não tenha um espelho: esse produto tem uma versatilidade muito grande, que permite sua aplicação em qualquer lugar, nos mais diversos tamanhos, formatos e composições.

Por isso, na hora de fornecer espelhos para um cliente, a criatividade de um vidraceiro faz toda a diferença. Vários desses profissionais já estão apresentando soluções criativas. Com isso, conseguem cativar o comprador e convencê-lo a ampliar a área espelhada de sua obra. Algumas das inúmeras possibilidades de soluções podem ser vistas a seguir.

 

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Reflexo bicolor
Se seu cliente estiver em dúvida entre um espelho prata ou bronze, por que não combinar os dois? O Bistrô do Jardim, na Casa Cor Rio de Janeiro 2016, tinha espelhos com duas cores diferentes combinando com o papel de parede. As peças ressaltaram e se integraram à estética do banheiro.

Projeto: Ricardo Melo e Rodrigo Passos
Espelhos: bronze e prata, da Guardian
Instalação: Vidraçaria Maracanã

 

Material com mais de mil e uma utilidades!
Segundo a arquiteta Bea Carneiro, da Se7e Arquitetura, o mercado implora por projetos inusitados. “O cliente necessita de um espaço com identidade própria. O pensamento ‘fora da caixa’ é imprescindível”.

É aí que o espelho entra: “Arquitetos e engenheiros têm descoberto, cada vez mais, um material com versatilidade, beleza e elegância, e o resultado da criatividade desses profissionais no seu uso já é visível”, observa Viviane Moscoso, gerente de Produtos da Vivix. Viviane Sequetin, gerente de Produtos Interiores da Guardian, concorda: “O visual clean também está de acordo com a arquitetura minimalista valorizada atualmente, além de contar com uma vasta diversidade de aplicações”.

espelhos-agcAssentos flutuantes
Espelhos revestem o ‘hall’ de entrada e toda a recepção do edifício Bella Torre, em Maringá (PR). Com as peças em toda a área ao redor do sofá embutido no local, tem-se a impressão que ele está suspenso no ar.

Projeto: Etni Arquitetura
Espelhos: Mirox Premium prata, da AGC
Instalação: Serginho Vidros (espelhos fornecidos pela Ouro Vidros Maringá)

O primeiro passo para a valorização do espelho é conhecer suas características e benefícios. “Para entender seu potencial, o vidraceiro deve se qualificar e fazer pesquisas de referências”, aconselha Estefânia Oliveira, analista de Marketing da AGC.

Exemplos diferenciados também convencem o cliente. Ana Carolina Granado, coordenadora de Mercado da Cebrace, sugere: “O profissional pode mostrar fotos do produto em obras e mostras de decoração.”

 

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Sem teto para a imaginação
Como valorizar um grande lustre italiano da década de 1960 em um ambiente com pé-direito (ou seja, a distância do piso ao teto) baixo? A solução foi espelhar completamente o teto — assim, o espaço ganhou amplitude visual, como se o pé-direito tivesse dobrado.
Projeto: Santos & Santos Arquitetura
Espelhos: Spelia prata, da Vivix
Instalação: MEC Vidros

 

Aliado da arquitetura
Os arquitetos consultados por O Vidroplano consideram o espelho um recurso estratégico para ambientes. Veja suas vantagens:
Profundidade visual: a designer Patricia Pasquini os utiliza bastante, em ambientes pequenos, por considerá-los um recurso que ajuda a ampliar o espaço e a deixá-lo aconchegante;
Camuflagem: para o arquiteto Zezinho Santos, da Santos & Santos Arquitetura, também são valiosos para revestir e ocultar elementos indesejados, como pilares ou vigas;
Iluminação e integração: o arquiteto Ricardo Melo destaca o papel do material de aumentar a claridade dentro do ambiente.

 

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Tornando perfeitas as imperfeições
Com a derrubada de paredes para a integração da cozinha ao ‘living’ no apartamento desta foto, muitas de suas vigas ficaram aparentes. O que poderia ser um defeito virou uma qualidade após elas serem revestidas com espelhos bronze, disfarçando-as e integrando-as à decoração.

Projeto: Patricia Pasquini
Espelhos: bronze, da linha Vivânce, da Cebrace
Instalação: Silvestre Vidros
Veja mais projetos com aplicações criativas de espelhos

Este texto foi originalmente publicado na edição 538 (outubro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

O amanhã se constrói hoje

capa-savaëteO consultor Bernard Savaëte, da BJS Différences, é um dos maiores especialistas sobre o mercado mundial: suas palestras no GPD estão entre as mais concorridas, pois trazem panoramas globais da fabricação de float.

Bernard, no GPD 2017, você apontou expectativas para o futuro dos negócios, como foco em energia, fornos com maior produtividade e reciclagem. O setor está no caminho certo?
Eu ainda não vi o suficiente para a criação de novos fornos. A indústria é fragmentada e poucas companhias têm capacidade de gerenciar, sozinhas, projetos desse porte. Eu realmente acredito que a cooperação será necessária para inovação nessa área. Além disso, a reciclagem vai ser uma preocupação chave nos próximos anos.

Quais serão as tendências para o vidro nas próximas décadas?
– Desenvolvimento de chapas em tamanhos extragrandes;
– Maior durabilidade e resistência mecânica do material;
– Diminuição das emissões de gás carbônico levará à mudança nos leiautes das fábricas;
– Maior produção de energia com vidro (BIPV e fotovoltaicos transparentes);
– Foco no conforto (térmico, acústico, visual) dos usuários;
– Carros sem motoristas modificarão o design dos veículos, permitindo envidraçamentos complexos neles;
– Em longo prazo, todos os insulados serão produzidos com ao menos um revestimento low-e;
– Tecnologia eletrocrômica será mais acessível.

Como será o crescimento da indústria mundial?
Até 2030, a população mundial deve chegar a 8,5 bilhões. Atualmente, a média é existir uma linha de float a cada 15 milhões de habitantes. Isso significa que precisaremos de quatro e cinco novas linhas por ano para servir a nova população. Fábricas terão de ser construídas principalmente em regiões como África, América do Sul e Sudeste Asiático.

 

O que pensa o setor vidreiro nacional?

capa-seixas“Como afirmo desde o momento em que assumi a presidência da entidade, o foco principal da Abravidro é unir todos os elos da cadeia vidreira, das usinas de base aos vidraceiros, passando por processadores e distribuidores. Somente assim será possível um desenvolvimento saudável do setor, visando ao crescimento de receitas e criação de novos produtos. E isso passa pelo investimento incessante em pesquisa e tecnologia. Ainda estamos bem atrás de outras regiões do mundo nesses quesitos. Se quisermos estar preparados para o futuro, que chega quando menos esperamos, num piscar de olhos, isso se mostra fundamental.”
José Domingos Seixas, presidente da Abravidro

 

capa-matta“A Cebrace enxerga uma crescente demanda pelo vidro de valor agregado. Estamos investindo na educação do mercado, principalmente na difusão de informações para o consumidor final. Para cada tipo de região e para cada obra, há um produto que pode ser mais funcional em estética e desempenho. Por isso, estamos sempre em contato com profissionais do setor com o objetivo de identificar as principais questões construtivas e arquitetônicas, pontos de partida para a criação de novas soluções.”
Pedro Matta, gerente de Marketing da Cebrace
capa-sivieri“A Guardian está sempre atenta ao mercado de arquitetura e construção em âmbito global, o qual traz, cada vez mais, projetos minimalistas e arrojados. Entre as tendências, destacamos o conforto térmico e acústico, edifícios sustentáveis com estética diferenciada e eficiência energética. As pesquisas realizadas por nós estão alinhadas às necessidades dos clientes e influenciadores. Nesse sentido, a empresa ouve as demandas do mercado para desenvolver novos produtos e soluções.”
Renato Sivieri, diretor de Marketing da Guardian
capa-zanatta“O vidro no Brasil ainda é um produto com consumo per capita baixo, se comparado com economias mais fortes. Contudo, com o avanço do conhecimento junto a públicos especificadores, e com uma maior versatilidade nas formas oferecidas pelo vidro texturizado, o produto passará a ser mais utilizado como um elemento de arte, não apenas no essencial, mas para todo tipo de solução decorativa.”
Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass

 

 

capa-minerbo“ É um material extremamente prático e versátil. Existe uma tendência para a ampliação do uso de vidro de modo a privilegiar a iluminação natural e a sensação de amplitude e integração entre ambientes. Os vidros impressos vêm ganhando força principalmente em espaços onde se busca a privacidade aliada ao design. Por isso, acreditamos que novas texturas e desenhos serão parte do futuro, permitindo que migrem de aplicações no interior das construções para o exterior em grandes fachadas comerciais.”
Sérgio Minerbo, presidente da União Brasileira de Vidros (UBV)
capa-viviane“O Brasil vem evoluindo em relação ao uso do vidro, mas ainda tem muito a crescer. O consumo per capita é bem baixo em relação ao mercado externo, por exemplo. Uma grande tendência será a maior utilização dos produtos de controle solar. Existe uma série de estudos de eficiência energética em andamento e não temos dúvidas de que o material fará, cada vez mais, parte do cotidiano das pessoas.”

Viviane Moscoso, gerente de Produto da Vivix

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 538 (outubro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Reflexos da sua criatividade – conteúdo extra

Gostou dos exemplos apresentados na reportagem da versão impressa de O Vidroplano sobre as inúmeras possibilidades que o espelho oferece para encantar seus clientes? Acredite, eles dão só um “gostinho” do que pode ser feito com esse produto: há muitos outros modos de inovar, seja em formatos, composições, tamanhos e até na finalidade de sua aplicação.

Despertamos sua curiosidade? Então veja mais exemplos interessantes do uso de espelhos logo abaixo.

 

Mosaico espelhado

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É possível inovar em um espelho no banheiro? Claro que é! Que o diga esse projeto, em um apartamento de São Paulo: várias peças foram usadas para compor um grande mosaico. Todas elas foram produzidas a partir de uma única chapa, para garantir que não haveria qualquer diferença — por mínima que fosse — entre as cores de cada uma.

Projeto: Marcelo Borges
Espelhos: prata, da Cebrace
Instalação: CBS Vidros

 

Tamanho e requinte que impressionam

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Para ampliar o espaço desta sala em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, uma parede inteira foi revestida com espelhos — cada peça, com 0,75 m de comprimento e 0,9 m de altura. Mas o diferencial não está só no tamanho; todos os espelhos foram bisotados, agregando elegância (além de amplitude) ao ambiente.

Espelhos: prata, da Cebrace
Instalação: Vidraçaria Possidonio

 

Reflexões nos reflexos

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Para a Casa Sebrae, elaborada na edição 2016 da Casa Cor Ceará, o uso de espelhos infinitos (dispostos de frente um para o outro) mostrou-se uma solução inteligente, barata e de forte impacto. Fora do local, também foram instalados espelhos sobre trilhos, cuja função não era só refletir os visitantes, mas também fazer estes refletirem: as peças eram usadas como um mural em que cada pessoa podia deixar sua mensagem para as arquitetas Bea Carneiro e Ticiana Sanford, criadoras do projeto.

Projeto: Se7e Arquitetura
Instalação: Color Glass

 

No formato da sua escolha

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Quem disse que espelhos só podem ser retangulares ou circulares? Se alguém que pensava assim passou em frente ao prédio da (Fiesp), em São Paulo, em abril de 2015, logo descobriu seu engano. Lá, e também em duas estações do metrô, foram expostas as peças da obra Puzzle, com espelhos recortados em forma de quebra-cabeça para revestir estruturas representando grandes peças desse jogo. A obra fez parte da iniciativa SelfAzul, apresentando o autismo de forma lúdica para a sociedade.

Projeto: Eduardo Srur
Espelhos: prata, da Guardian
Beneficiamento: Speed Temper

 

Sala de espelhos

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Os espelhos roubaram a cena na edição 2016 do Elle Fashion Preview, considerado um dos eventos de moda mais importantes do Brasil, realizado no Rio de Janeiro. Uma cabine de espelhos com fitas de LED cercava quem entrava nela com reflexos e efeitos infinitos. Nesse espaço futurista, era possível ainda gravar vídeos de trinta segundos para compartilhamento instantâneo nas redes sociais.

Projeto: Vivix
Espelhos: Spelia prata, da Vivix
Instalação: Dream Factory

 

Atenção na instalação!
– A norma NBR 15198 — Espelhos de prata – Beneficiamento e instalação deve sempre ser seguida para trabalhos com espelhos;
– A base onde o espelho será instalado precisa estar limpa, seca e livre de substâncias que possam agredir sua superfície;
– Deixe uma folga de pelo menos 3 mm entre o espelho e a base, para permitir a circulação de ar;
– Ao instalar mais de um espelho numa mesma superfície, deve haver uma folga de 1 mm entre eles;
– A fixação química de espelhos só pode ser feita com adesivos neutros, aplicados na vertical.

 

Este texto é um conteúdo digital exclusivo da edição 538 (outubro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 

 

 

Como estará o vidro em 2017?

Para dizer o mínimo, 2016 foi um período bastante difícil para o setor vidreiro nacional. Ao mesmo tempo que digeríamos a redução de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) e de 9,9% do consumo de vidros planos em relação ao ano anterior, seguimos com baixo desempenho econômico — as estimativas são de queda de 3,5%. Se não bastasse, vivemos em meio a um caos político que permanece mesmo após a queda da ex-presidente Dilma Rousseff.

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Sérgio Goldbaum, da GPM: “A evolução da economia brasileira depende do acerto político”

Diante disso, é natural o temor de que 2017 repita o mesmo cenário. “Não estamos exagerando ao afirmar que a evolução da economia brasileira, mais do que nunca, depende do acerto político entre os vários setores da sociedade”, ressalta o economista Sérgio Goldbaum, professor da Escola de Administração e Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP) e sócio da GPM Consultoria Econômica. “O momento é de cautela e de muita observação ao debate sobre as reformas (em especial a da Previdência), mas existe, sim, a possibilidade, não desprezível, de alguma retomada da economia a partir do segundo semestre de 2017”, complementa.

Setor vidreiro
“É preocupante a sobreoferta na usina de base. Ela possui capacidade produtiva superior ao consumo atual e dificuldade de promover ajustes, tanto para reduzir sua produção como para exportar excedente”, afirma Alexandre Pestana, presidente da Abravidro. Ele avalia também os demais elos da cadeia produtiva: “A indústria de transformação fez muitos investimentos, está com alto nível de endividamento e capacidade ociosa, ocasionando uma competição destrutiva com a perigosa deterioração das margens. O varejo se desorganizou e muitos sucumbem às dificuldades do momento”.

Apesar disso, o dirigente da Abravidro acredita que ações individuais de cada empresa podem fazer a diferença. “Precisamos tornar nossas empresas mais eficientes e produtivas, ter custos menores e entregar um produto e serviço de qualidade cada vez maior”, afirma.

Para termos ideia do que aguarda nosso mercado este ano, O Vidroplano entrevistou todas as usinas vidreiras do Brasil sobre seus planos e perspectivas para 2017. Responderam às mesmas perguntas Franco Faldini, gerente-executivo de Vendas e Marketing da AGC do Brasil; Flávio Alves Vanderlei, gerente-comercial da Cebrace; Juan Carlos de Abreu, diretor de Marketing da Guardian; Marcelo Machado, gerente-geral da Saint-Gobain Glass; Sérgio Minerbo, presidente da União Brasileira de Vidros (UBV); e Henrique Lisboa, diretor-comercial e de Marketing da Vivix. Pestana analisou cada um dos temas a partir das respostas dos executivos. Confira o resultado a seguir.

 

Expectativas para 2017
Quais são as expectativas da empresa para o mercado vidreiro nacional em 2017? Estima-se que haverá crescimento, estagnação ou queda no consumo de vidros planos?

Alexandre_pestana_EditorialPalavra de presidente
Nota-se um consenso entre os executivos das usinas vidreiras de que este ano será similar ao anterior e, se houver crescimento, ele será tímido e restrito ao segundo semestre. Os economistas Sérgio Goldbaum e Euclides Pedrozo Jr., sócios da GPM, destacam o ambiente de incertezas e a dependência de reformas e mudanças regulatórias para o Brasil — e para o vidro — reencontrar o crescimento sustentável. Os termos “desafio” e “atenção” resumem o ano que começa.

 

Faldinii (AGC)
Franco Faldinii (AGC)

Faldini (AGC): “A AGC acredita que o ano de 2017 continuará trazendo desafios relativos à demanda, mas estamos confiantes que haverá crescimento no setor, considerando as estimativas de crescimento do PIB do País, em torno de 1%”.

Vanderlei (Cebrace)
Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)

Vanderlei (Cebrace): “Em 2016, a situação econômica de nosso país teve grande influência das incertezas políticas, as quais continuam influenciando o ambiente econômico deste ano. Nesse sentido, ainda estimamos ter um primeiro semestre de crescimento quase nulo e uma sinalização de retomada a partir do segundo semestre. Esperamos que o crescimento da economia, mesmo que pequeno, acompanhe as expectativas informadas pelos órgãos competentes e seja refletido para todos os segmentos”.

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Juan Carlos Abreu (Guardian)

Abreu (Guardian): “Assim como foi em 2016, acreditamos que este ano será de desafios para o mercado. Como o setor depende da economia do País para se recuperar, o que deve acontecer a médio e longo prazos, vejo de forma conservadora uma melhora significativa no curto prazo. Para 2017, continuaremos aprimorando os processos, aumentando a eficiência e desenvolvendo produtos e serviços para as necessidades do mercado, criando valor para a sociedade e clientes e dando suporte aos parceiros para que prosperem.”

Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)
Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)

Machado (Saint-Gobain Glass): “O ano de 2016 foi difícil em comparação com 2015. A instabilidade política e a crise econômica se refletiram nos negócios e reduziram significativamente os investimentos de uma forma geral. No entanto, sempre acreditamos no desenvolvimento do setor, já que o mercado vidreiro é muito maduro e já passou por outras dificuldades, sempre se reerguendo. Para 2017, mesmo com tantas incertezas, não é possível desanimar. Precisamos continuar a acreditar no País e saber que a recuperação também depende das empresas, as quais devem aproveitar o momento para desenvolver novos canais”.

Sérgio Minerbo (UBV)
Sérgio Minerbo (UBV)


Minerbo (UBV):
“Iniciamos o ano com duas boas notícias: a inflação abaixo do teto da meta e a redução da taxa Selic [Sistema Especial de Liquidação e Custódia]. São indicadores importantes que, mais do que representar um ponto de vista econômico, sinalizam otimismo, e isso é sentido pelo consumidor. Inicialmente, acreditamos em um 2017 similar a 2016, ou seja, sem grandes mudanças nem para pior, nem melhor. Mas sempre gosto de lembrar que existe demanda reprimida no segmento da construção, e isso pode ser um fator surpresa positivo”.

Henrique Lisboa (Vivix)
Henrique Lisboa (Vivix)

Lisboa (Vivix): “Em nossas projeções, acreditamos que o mercado de vidros planos apresentará, em 2017, um resultado semelhante ao de 2016. E entendemos que o seu crescimento será gradativo a partir de 2018. Deveremos ter em mente que será um ano desafiador e que exigirá de toda a cadeia vidreira melhor planejamento, gestão responsável e criatividade. Continuaremos fazendo a nossa parte e buscando alternativas que minimizem o efeito do atual cenário”.

 

Expectativas para 2017

  • Produto Interno Bruto (PIB): crescimento de 0,5%
  • Produção industrial: crescimento de 1%
  • Inflação oficial (IPCA): 4,8%

Fonte: Focus – Relatório de Mercado, publicado pelo Banco Central do Brasil em 13 de janeiro de 2017

 

Valor agregado
O Panorama Abravidro 2016 mostrou que a participação dos vidros processados dentro do total consumido cresceu em 2015. Qual a avaliação sobre isso e a expectativa para 2017?

Alexandre_pestana_EditorialPalavra de presidente
Essa questão é estratégica nas cadeias mundiais de vidro plano. A participação de vidros de alto desempenho no Brasil é baixa, com potencial de crescimento mesmo em momentos adversos. Sempre se pode substituir um vidro comum por um temperado ou laminado e provar ao consumidor que um vidro de controle solar trará muito mais conforto e economia para sua casa.

Franco Faldinii (AGC)
Franco Faldinii (AGC)

Faldini (AGC): “Fica evidente que o vidro de maior valor agregado está ganhando mais espaço no mercado. Isso mantém o setor aquecido mesmo com a retração do consumo de vidros e possibilita também um equilíbrio na rentabilidade das empresas que atuam com esse segmento”.

Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)
Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)

Vanderlei (Cebrace): “Temos visto em alguns segmentos uma capacidade instalada muito superior à demanda, gerando assim uma competição que deteriora as margens dos vários elos da cadeia — isto é, processadores, distribuidores, vidraceiros”.

 

Juan Carlos Abreu (Guardian)
Juan Carlos Abreu (Guardian)

Abreu (Guardian): “O mercado em recessão ajuda o Brasil a se profissionalizar, desenvolvendo-se rápido. Com isso, a demanda por produtos processados deve continuar sua tendência mesmo que pressionado pelas condições de mercado. Isso demonstra a necessidade de investir em produtos e em treinamento da cadeia”.

Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)
Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)

Machado (Saint-Gobain Glass): “No mercado de vidros impressos, o consumo de vidros processados é muito utilizado para decoração. Acreditamos que o brasileiro está percebendo as vantagens estéticas e funcionais da aplicação dos vidros nos ambientes internos”.

Sérgio Minerbo (UBV)
Sérgio Minerbo (UBV)

Minerbo (UBV): “Temos visão similar. Nossos vidros de 7, 8 e 10 mm são processados e a venda dessas famílias se manteve mais estável, embora em volumes inferiores aos anos anteriores. Para 2017, acreditamos na manutenção do crescimento dos processados em relação ao montante de vidro plano consumido no País”.

Henrique Lisboa (Vivix)
Henrique Lisboa (Vivix)

Lisboa (Vivix): “As aplicações dos processados no Brasil ainda são bastante primárias. Há um baixo conhecimento sobre os benefícios desses produtos. Para o crescimento significativo do consumo, serão necessários investimentos em divulgação e em capacitação para a cadeia”.

 

Consumo de vidros laminados entre 2009 e 2015: aumento de 120%
Fonte: Panorama Abravidro 2016

O setor vidreiro no Brasil em 2015
Em relação ao ano anterior:

  • Capacidade nominal de produção: 6.950 t
  • Consumo total de vidros planos: queda de 9,9%
  • Consumo per capita de vidros planos: queda de 10,7%
  • Faturamento de vidros processados não automotivos: queda de 17%
  • Empregos na indústria de transformação: redução de 12,8% (mais de 4 mil vagas)

Fonte: Panorama Abravidro 2016

 

Intenção de investimentos
Há previsão de novos investimentos por parte de sua empresa neste ano?

Alexandre_pestana_EditorialPalavra de presidente
Como era previsto, a maioria dos investimentos em 2017 estará direcionada para serviços, ampliação de mix e aprimoramento dos processos internos das usinas de base. Diferente dos últimos anos, o foco é qualitativo e não mais em aumento quantitativo de capacidade produtiva. Como o Brasil tem como principal fragilidade sua capacidade competitiva e baixa produtividade, atacar esses pontos será a melhor forma de reverter o atual momento.

Franco Faldinii (AGC)
Franco Faldinii (AGC)

Faldini (AGC): “Em 2016, a AGC anunciou a construção de um forno, proporcionando mais que dobrar a capacidade diária de produção de vidro. A obra, já em andamento, é uma das grandes prioridades da AGC em 2017 e 2018”.

 

Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)
Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)

Vanderlei (Cebrace): “A Cebrace realizou investimentos em capacidade e em modernização de seu parque industrial, no sentido de bem-atender o mercado e ajudá-lo a evoluir. Em 2017, o foco estará em novos produtos e em projetos especiais, buscando oferecer alternativas para que nossos clientes sejam ainda mais competitivos”.

Juan Carlos Abreu (Guardian)
Juan Carlos Abreu (Guardian)

Abreu (Guardian): “Sim, temos previsão de continuar com os investimos em 2017. Eles serão divulgados no momento oportuno.”

 

Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)
Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)

Machado (Saint-Gobain Glass): “Sim, a Saint-Gobain Glass continuará com nosso plano de investir fortemente em nossos recursos humanos. Também investiremos para melhorar a produtividade e inovar com novos produtos, de modo a apresentar sempre as melhores alternativas aos nossos clientes”.

Sérgio Minerbo (UBV)
Sérgio Minerbo (UBV)

Minerbo (UBV): “Planejamos investir em melhorias operacionais que se traduzirão em qualidade e aspectos visuais, homogeneidade das texturas etc.”

 

Henrique Lisboa (Vivix)
Henrique Lisboa (Vivix)

Lisboa (Vivix): “Dando continuidade ao nosso planejamento de ampliação do portfólio de produtos, lançaremos, no segundo semestre, a nossa linha de vidros de controle solar”.

 

 

Como preparar a empresa vidreira para 2017?
Para Pedrozo Jr. e Goldbaum, da GPM Consultoria Econômica, a retomada do crescimento do mercado de vidros planos depende da evolução dos setores que fazem uso do material, como o de construção civil, automotivo e de eletrodomésticos. Portanto, para que se faça um bom planejamento, recomendam:

  • Acompanhar a conjuntura econômica e política do País;
  • Procurar novos mercados em potencial;
  • Defender o mercado doméstico contra a concorrência desleal;
  • Articular-se com outros segmentos da indústria na defesa dos interesses do setor, de maneira republicana e sem prejudicar a concorrência no setor.

 

Segmentação de mercado
Dentre os segmentos que mais utilizam vidro, há algum deles que a empresa considera estratégico para 2017? Em caso positivo, qual deles e por quê?

Palavra de presidente
Alexandre_pestana_EditorialConforme colocado pelos economistas da GPM, a construção civil tem as expectativas mais pessimistas se comparadas com as dos outros setores, enquanto a produção automotiva caiu mais de 34% nos últimos dois anos — o que sugere uma recuperação lenta e gradual. Precisamos voltar nossa atenção aos consumidores de vidro que possuem capacidade de recuperação mais rápida, como os de pequenas obras e reformas, decoração e uso interno nas habitações.

Franco Faldinii (AGC)
Franco Faldinii (AGC)

Faldini (AGC): “A AGC continuará com a sua estratégia voltada para o desenvolvimento dos vidros de valor agregado, como os vidros para decoração, movelaria e linha branca, além de novidades em vidros refletivos. O automotivo também é uma das forças estratégicas da empresa e estamos esperando grandes oportunidades com a retomada de crescimento da indústria”.

Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)
Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)

Vanderlei (Cebrace): “Devido à participação na utilização de vidro em nosso mercado, a construção civil sempre terá um foco especial para os nossos projetos. Porém, estamos frequentemente procurando desenvolver os demais mercados com soluções inovadoras, para que a participação destes evolua”.

Juan Carlos Abreu (Guardian)
Juan Carlos Abreu (Guardian)

Abreu (Guardian): “Neste momento de crise, precisamos estar atentos a todas as oportunidades. Apesar do momento ruim da construção civil, esta continuará sendo uma das nossas prioridades. Além disso, estamos trabalhando para ampliar a presença da Guardian nos segmentos moveleiro e de decoração. Para atender esse importante nicho, em 2016, nacionalizamos a produção do vidro DecoCristal — e a expectativa é dobrar sua produção nos próximos cinco anos.”

Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)
Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)

Machado (Saint-Gobain Glass): “Acreditamos no potencial de crescimento do segmento de decoração para 2017. Isso porque é um mercado grandioso, com infinitas possibilidades e que tem no vidro impresso uma opção versátil, que pode ser utilizada das mais diferentes formas, agregando beleza e sofisticação aos ambientes”.

Sérgio Minerbo (UBV)
Sérgio Minerbo (UBV)

Minerbo (UBV): “Praticamente, toda a nossa venda é para o segmento da construção civil e movelaria. Portanto, é para eles que olhamos com mais foco. Mas a economia está toda interligada, com diferentes velocidades de reação. Sem construção civil, não tem demanda para móveis, não tem decoração, não tem linha branca. No limite, não tem garagem para guardar o automóvel!”.

Henrique Lisboa (Vivix)
Henrique Lisboa (Vivix)

Lisboa (Vivix): “Todo o nosso mix de produtos tem a sua importância e, com exceção do automotivo, estamos desenvolvendo ações voltadas para esses segmentos”.

 

 

Construção civil
Em 2016

  • Índice de Atividade da Construção Imobiliária: -13,4% em relação a 2015 [1]
  • Vendas do comércio varejista de material de construção: -11,5% no acumulado de doze meses até novembro [2]
  • Custo Unitário Básico (Cub) médio Brasil (dezembro/2015 a novembro/2016): alta de 5,74% [3]

Cenário para 2017
Segundo Pedrozo Jr. e Goldbaum, da GPM Consultoria Econômica:

  • O setor deve retomar o crescimento, mas a médio prazo;
  • O envolvimento de parte das grandes empreiteiras nas investigações da Lava Jato e as altas taxas de juros no País impedem uma reação mais rápida.

Fontes:
[1] Tendências e Neoway Criactive
[2] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
[3] Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC)

 

Lançamentos de produtos
Há planos para o desenvolvimento ou lançamento de novos produtos no Brasil este ano? Se sim, quais são?

Alexandre_pestana_EditorialPalavra de presidente
Mesmo com a atual redução da área consumida de vidro, o potencial latente para produtos mais sofisticados é gigante e aproveitá-lo é a melhor forma de atenuar os efeitos da crise.

Franco Faldinii (AGC)
Franco Faldinii (AGC)

Faldini (AGC): “Temos grandes novidades para os nossos clientes em 2017. Novos produtos, novas tecnologias para a linha de vidros refletivos e grandes lançamentos em vidros decorativos. Teremos mais detalhes assim que finalizarmos as campanhas para divulgação”.

Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)
Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)

Vanderlei (Cebrace): “Sim, temos várias previsões de lançamentos para este ano, como produtos de proteção solar, vidros diferenciados para aplicação na construção civil e também novos produtos para o mercado de decoração e para linha branca”.

Juan Carlos Abreu (Guardian)
Juan Carlos Abreu (Guardian)

Abreu (Guardian): “Estamos trabalhando para sempre oferecer respostas às necessidades do nosso mercado, evoluindo em produto e serviço. Em breve, anunciaremos nossas novidades.”

Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)
Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)

Machado (Saint-Gobain Glass): “A Saint-Gobain Glass trabalha com um portfólio diversificado, mas continuamos sempre atentos acompanhando as tendências da arquitetura e procurando novos nichos de mercado para esse produto tão nobre e valorizado que é o vidro. No momento, ainda não temos a previsão de lançamento de produtos para este ano, mas nossas pesquisas e estudos sobre o assunto continuam em constante andamento”.

Sérgio Minerbo (UBV)
Sérgio Minerbo (UBV)

Minerbo (UBV): “Queremos fortalecer a presença dos produtos consagrados e consolidar o Mini-Boreal 7/8 mm, lançado no ano passado e que tem sido um impulsionador de vendas”.

Henrique Lisboa (Vivix)
Henrique Lisboa (Vivix)

Lisboa (Vivix): “Como citado anteriormente, ampliaremos o nosso portfólio de produtos com o lançamento dos vidros de controle solar”.

 

 

Setor automotivo

Em 2016

  • Produção automotiva (janeiro a novembro): queda de 11,2% [1]
  • Vendas de automóveis: queda de 20,47% [2]

Cenário para 2017
Para Pedrozo Jr. e Goldbaum, da GPM Consultoria Econômica:

  • A redução dos juros pode influenciar o aumento na demanda de automóveis, mas ele também depende da diminuição do desemprego;
  • A produção e as vendas no setor automotivo podem se estabilizar nos próximos meses, mas de forma lenta e gradual.

Fontes:
[1] Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea)
[2] Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave)

 

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Este texto foi originalmente publicado na edição 529 (janeiro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Com cor e bastante vidro

Beleza, elegância e inovação são palavras facilmente associadas à mostra Casa Cor de decoração e arquitetura. E o leitor de O Vidroplano sabe: a grande variedade de vidros e espelhos disponíveis no mercado pode contribuir muito para atingir esses resultados em qualquer espaço. Como acontece há bastante tempo, além da exposição em São Paulo, a Casa Cor também tem versões regionais, em diversas cidades do País. Veja a seguir algumas aplicações de nosso material nessas edições.

 

CASA COR BRASÍLIA
(22 de setembro a 9 de novembro, em Brasília)

casacor-brasília-restaurantePrivacidade para as refeições
O Restaurante Bloco C, projetado pelo escritório Studio HuB, incorporou elementos modernistas como homenagem a Brasília. O SGG Satinovo (8 mm), da Saint-Gobain Glass, foi usado em parte de seu fechamento (foto), permitindo a passagem de luz natural e agregando beleza ao espaço ao mesmo tempo que mantém sua privacidade em relação à área externa. Mais informações: br.saint-gobain-
glass.com, www.blococ.com.br e www.studiohub.com.br

 

casacor-brasília-fachadaPor uma fachada mais resistente
Modernidade e sustentabilidade foram os conceitos mostrados na Fachada Sustentável da 25ª Casa Cor Brasília. O projeto, de Roberto Lecomte, Catharina Macedo, Juliana Garrocho e Sheila Beatriz, do escritório Spirale, teve sua cobertura feita com SGG Aramado 6 mm (foto), da Saint-Gobain Glass: esse vidro impresso conta com uma tela metálica em sua composição, que oferece mais segurança em caso de quebra. Mais informações: br.saint-gobain-glass.com e spirale.arq.br

 

 

CASA COR PERNAMBUCO
(23 de setembro a 6 de novembro, em Recife)

casacor-pe-choperiaSegurança com elegância
Um dos locais em que a nova versão opaca do Vivix Lamina pôde ser observado foi na fachada (foto) da Choperia Canela, de Rafael Tenório. As peças de 5+5 mm traziam o logotipo do estabelecimento em sua superfície e formaram uma grande parede de vidro, oferecendo segurança e sofisticação ao ambiente. Mais informações: www.amaraltenorio.com.br e vivixvidrosplanos.com.br

 

casacor-pe-sala

Amplitude tropical
A Sala de Convivência, dos arquitetos Turíbio e Zezinho Santos, combinou a tropicalidade trazida pelas plantas e móveis de madeira a elementos como as peças de Vivix Spelia prata (6 mm) que revestiam todo o teto (foto) e parte da parede de fundo. Além da beleza, os espelhos também contribuíram para a sensação de amplitude do espaço. Mais informações: santosesantosarquitetura.com.br e vivixvidrosplanos.com.br

 

 

CASA COR RIO DE JANEIRO
(11 de outubro a 20 de novembro, em RJ)

casacor-rj-casavidro
Jardim à vista!

A Casa de Vidro, de Gabriela Eloy e Carolina Freitas, é, literalmente, o que seu nome indica: laminados 6+6 mm (foto) erguem-se do chão ao teto como paredes da construção, integrando-a ao jardim ao seu redor. As peças foram fabricadas pela Cebrace, processadas pela Viminas e instaladas pela SJL Materiais de Construção. Mais informações: eloyefreitas.com, www.cebrace.com.br, www.sjlmadeiras.com.br e www.viminas.com.br

 

casacor-rj-bistroEspelho em tiras
O banheiro do Bistrô do Jardim contou com um espelho bastante peculiar, montado a partir de listras irregulares de espelhos Guardian (6 mm) nas cores prata e bronze (foto), combinando com o papel de parede do local. A fabricante também forneceu o espelho Guardian usado no fundo do restaurante e laminados 6+6 mm com vidros de controle solar Light Blue 52 em sua face externa para sua fachada. Mais informações: www.guardianbrasil.com.br e www.ricardomelo.arq.br

 

 

CASA COR ESPÍRITO SANTO
(28 de setembro a 8 de novembro, em Vitória)

casacor-es-varandaCaminhando sobre vidro
Para passar da sala à área externa da Varanda Gourmet & Piscina, de Giovani Chisté, os visitantes atravessavam uma passarela de vidro sobre a água (foto). As peças foram fornecidas pela Blindex, assim como os vidros compondo os guarda-corpos colocados ao redor do espaço da piscina. Mais informações: www.blindex.com.br e (27) 99831-4949

 

 

 

CASA COR SANTA CATARINA
(25 de outubro a 4 de dezembro, em Florianópolis)

Casa Cor SC 2016Barreira física, não visual
Separando a sala interna e o restaurante no quintal do Restô Bar, assinado por Karoline Bernardo e Sidnei Machado, havia apenas as grandes portas envidraçadas (foto) com Habitat Neutro Incolor temperado (10 mm), da Cebrace, processado pela Linde Vidros, promovendo a total integração visual entre interior e exterior. Mais informações: sidneimachado.com.br, www.cebrace.com.br e www.lindevidros.com.br

 

 

Casa Cor SC 2016Privacidade garantida
O Pub Confraria do Chopp Honesto foi elaborado coletivamente pelos arquitetos Ricardo Fonseca, Mário Pinheiro, Beto Gebara, Luiz Fernando Zanoni e André Lima. A entrada do ambiente (foto) faz uso amplo do Habitat Refletivo Cinza temperado (10 mm), fabricado pela Cebrace e beneficiado pela Linde Vidros, cujo tom escuro e aspecto espelhado proporcionam alta privacidade ao local. Mais informações: studiomethafora.com.br, www.archdesign.arq.br, www.cebrace.com.br, www.gf.arq.br, www.lindevidros.com.br e www.psfarquitetura.com.br

 

 

CASA COR CEARÁ
(3 de novembro a 13 de dezembro, em Fortaleza)

casacor-ce-espaçosebraeComunicação e energia
Sustentabilidade e interatividade foram o foco do Espaço Sebrae, elaborado por Bea Carneiro e Ticiana Sanford. Na fachada, espelhos sobre trilhos (foto) foram instalados para funcionar como um mural de recados dos visitantes para as arquitetas, enquanto módulos fotovoltaicos com proteção de vidro, da Mapollis Engineering, captavam a energia solar para a iluminação da mostra inteira. Mais informações: www.mapollis.com e www.se7earquitetura.com

 

Fale com eles!
Casa Cor Brasília — www.casacor.com.br/brasilia
Casa Cor Ceará — www.casacor.com.br/ceara
Casa Cor Espírito Santo — www.casacor.com.br/espiritosanto
Casa Cor Pernambuco — www.casacor.com.br/pernambuco
Casa Cor Rio de Janeiro — www.casacor.com.br/riodejaneiro
Casa Cor Santa Catarina — www.casacor.com.br/santacatarina

Este texto foi originalmente publicado na edição 528 (dezembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

#VivixSpelia: empresa realiza ação de ‘marketing’ em evento de moda no Rio

O espelho foi protagonista da 5ª edição do Elle Fashion Preview, um dos mais importantes eventos de moda do País. Realizado no dia 11 de outubro, no AquaRio, Rio de Janeiro, teve a Vivix como uma das patrocinadoras. A usina vidreira aproveitou a experiência para estreitar laços com o consumidor final: preparou uma cabina com espelhos Spelia com efeitos de LED e áudio (foto), onde os participantes podiam entrar, curtir a experiência e produzir filmes de trinta segundos para compartilhamento em redes sociais, sempre acompanhado da hashtag #VivixSpelia. O vidro também esteve presente em um totem, no qual havia uma boneca (foto abaixo) com um vestido de espelhos confeccionado pela estilista pernambucana Roberta Imperiano. Segundo a gerente de Marketing da Vivix, Izabela Zisman, o espelho já faz parte do imaginário do mundo da moda — por isso, a opção de colocar o produto nesse ambiente. “Os espelhos Spelia possuem máxima qualidade e já são percebidos pelo mercado dessa forma, assim como as grandes grifes.” Mais informações: www.vivixvidrosplanos.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 527 (novembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui