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Norma para laminados entra em nova consulta nacional

A segunda consulta nacional para a norma ABNT NBR 14697 — Vidro laminado teve início no dia 14. O novo texto pode ser acessado no site da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) até o dia 12 de janeiro de 2023 – para opinar sobre ele, basta criar um cadastro e fazer login.  A revisão da norma foi realizada pelo Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37) e tem como objetivo atualizar seu conteúdo.

Este texto foi originalmente publicado na edição 600 (dezembro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Magnetu/stock.adobe.com

 

Unidade da Cebrace fabricará vidros texturizados

A Cebrace passará a fabricar sua linha de vidros texturizados na fábrica de Barra Velha (SC), local do forno C4. O comunicado foi feito no dia 12 de dezembro. A mudança ocorrerá após a Saint-Gobain Glass anunciar o encerramento das atividades da usina de São Vicente (SP), definido para março de 2023. Para a próxima etapa, a planta de Barra Velha será modernizada durante manutenção a frio, agendada para maio. A fabricante reforça que priorizará o abastecimento do mercado nacional durante a mudança. Havendo a necessidade, a empresa informa que contará com a Vasa, na Argentina, e outros parceiros no apoio às demandas do mercado interno.

Este texto foi originalmente publicado na edição 600 (dezembro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Marcos Santos

Em mostra de ‘design’ paulistana, Glass11 apresenta itens de vidro

De 17 de fevereiro a 18 de março, a exposição Odisseia foi realizada na Galeria Nicoli, em São Paulo, em parceria com a Glass11, marca de design de móveis com vidro. Essa é a segunda mostra promovida pela Glass11 (em agosto do ano passado, ela organizou a exposição TRANS aparências — Uma manifestação da realidade, como parte do festival paulistano Design Weekend). Ambas contaram com a cobertura de O Vidroplano — a reportagem sobre primeiro evento pode ser vista na edição 525 da revista, publicada em setembro de 2016.

A mostra não exibiu apenas os móveis de vidro comercializados, mas também peças decorativas com vidros e espelhos assinadas pela equipe da marca e designers da galeria.

Para Matheus Primo, diretor-criativo da Glass11, é prazeroso ver o vidro e o espelho entrando em um circuito não habitual. E faz convites frequentes a processadoras para participar de iniciativas como essa. “Se todos acreditarem nisso, a gente consegue fazer o vidro decolar ainda mais”, analisa.

Mais informações: galerianicoli.com.br e www.glass11.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 

Janelas para o mundo animal

Responda rápido: você já visitou um zoológico ou aquário? Muito provavelmente, a resposta é “sim”. Esses espaços reúnem educação, lazer e contato com a natureza, permitindo conhecer de perto animais de várias partes do mundo, seus hábitos e origens.

Crianças e adultos ficam fascinados a cada visita, mas o encontro entre humanos e animais também pode parecer distante e triste, com barras de ferro e grades protetoras dando ao ambiente o aspecto de uma prisão. Felizmente, esses espaços estão aos poucos ganhando uma cara nova e acessível, sem deixar de lado a segurança — cortesia do vidro, como era de se esperar.

Zoológicos: transparência com proteção para todos
Walmir Lopes, diretor-administrativo e proprietário da beneficiadora e laminadora Resinal, destaca que os visores de vidro em zoológicos já são bastante usados. “Aqui no Brasil, essa prática ainda é relativamente nova, mas vem crescendo”, observa.

Para o oceanógrafo Ricardo Cardoso, diretor-técnico do Aquário de São Paulo (que também conta com áreas para animais terrestres), o uso de visores de vidro é uma alternativa para substituir barras ou telas nas jaulas: “Eles permitem conforto acústico e são barreiras físicas mas não visuais, trazendo maior proximidade entre os animais e visitantes sem risco para ambos.”

Isso ficou claro com um vídeo que ganhou atenção no mundo inteiro este ano (você pode assistir a ele na versão mobile da revista). Pois é, trata-se de um leão dócil no Chiba Zoological Park, no Japão (saiba mais sobre ele abaixo), filmado no momento em que tentou saltar sobre uma criança para brincar com ela. O impacto do animal poderia ter machucado o garotinho, mas o visor de vidro não só bloqueou sua passagem como não sofreu uma única trinca. Isso comprovou para o mundo que esse zoológico pode ser visitado tranquilamente — todos estão protegidos pelo vidro.

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SOLUÇÃO DE PESO PARA VIDROS DE PESO: Onças-pintadas, primatas, leões-marinhos e serpentes: esses são apenas alguns dos habitantes do Zoológico de São Paulo (São Paulo) separados dos corredores do local apenas por visores de vidro. A Resinal foi responsável pelo fornecimento das peças (laminadas ou laminadas temperadas), especificadas em conjunto com o departamento responsável do zoológico, e as instalou em parceria com a Antovan, empresa de esquadrias. “O transporte e a instalação foram difíceis por conta do peso de cerca de 390 kg por peça de vidro”, conta Walmir Lopes, da Resinal — esse obstáculo foi vencido com o uso de um caminhão munck para transportar as peças até os caixilhos.

 

Aquários: visibilidade sem riscos
Em grandes aquários e oceanários, a responsabilidade dos visores não é só impedir a passagem dos animais, mas também suportar toda a pressão feita pelo volume de água contido nessas estruturas.

O vidro não é o único material que pode ser usado para visores, mas quem apostar nele vai encontrar uma série de vantagens: “O vidro, além de durável, é mais resistente ao surgimento de riscos em sua superfície e não amarela com o tempo, como o acrílico”, explica Remy Dufrayer, gerente de Desenvolvimento de Mercado da Cebrace.

Quanto aos habitantes deles, uma curiosidade: engana-se quem pensa que eles não percebem a mudança de casa. “Logo que introduzidos em um aquário, os peixes podem tentar nadar ‘através’ do vidro, ou ficar incomodados com a presença de pessoas olhando pelo lado de fora”, conta Thiago Carvalho, biólogo da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte. Com o tempo, eles se adaptam ao novo ambiente, mas Carvalho alerta que a ajuda dos visitantes é fundamental para isso: atitudes como bater nos vidros ou tirar fotos com flash causam estresse aos animais.

CONSCIENTIZAR PARA CONSERVAR: O Aquário da Bacia do Rio São Francisco (Belo Horizonte), inaugurado por iniciativa da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte, é o lugar certo para pesquisar e conhecer mais sobre as espécies da bacia, como a pirambeba, cascudo e surubim, além de mostrar a importância da conservação e revitalização do rio São Francisco. São 22 tanques com um total de 1 milhão de litros d’água. Os peixes são vistos através de 42 visores de vidro trilaminados temperados, com espessuras de até 40 mm. Os visores foram instalados pela Avec Design, empresa que também projetou e providenciou todos os seus componentes, dos vidros às interlayers para laminação. A Avec superou a ameaça de vazamentos com sua tecnologia de vidro encapsulado em silicone (VES) e a dificuldade de transporte dos vidros (alguns com até 3 x 2 m e mais de 1/2 t) com o uso de ventosa capaz de suportar até 1.000 kg. A resistência dos visores é reforçada pelas camadas de SentryGlas Plus, da Kuraray, entre as peças de vidro.
CONSCIENTIZAR PARA CONSERVAR: O Aquário da Bacia do Rio São Francisco (Belo Horizonte), inaugurado por iniciativa da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte, é o lugar certo para pesquisar e conhecer mais sobre as espécies da bacia, como a pirambeba, cascudo e surubim, além de mostrar a importância da conservação e revitalização do rio São Francisco. São 22 tanques com um total de 1 milhão de litros d’água. Os peixes são vistos através de 42 visores de vidro trilaminados temperados, com espessuras de até 40 mm. Os visores foram instalados pela Avec Design, empresa que também projetou e providenciou todos os seus componentes, dos vidros às interlayers para laminação. A Avec superou a ameaça de vazamentos com sua tecnologia de vidro encapsulado em silicone (VES) e a dificuldade de transporte dos vidros (alguns com até 3 x 2 m e mais de 1/2 t) com o uso de ventosa capaz de suportar até 1.000 kg. A resistência dos visores é reforçada pelas camadas de SentryGlas Plus, da Kuraray, entre as peças de vidro.

 

Da escolha à manutenção: todo cuidado é pouco!
Que o vidro pode garantir a proteção necessária em zoológicos e aquários, já está claro. Porém, esse tipo de aplicação não abre margem para qualquer tipo de erro, por menor que seja. Por isso, fique atento.

Tipo de vidro
Clélia Bassetto, consultora de Normalização da Abravidro, aponta que a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações define que os vidros para isolamento de jaulas precisam ser, no mínimo, laminados de segurança ou insulados compostos por laminados. No caso de aquários, Vanessa Santos, especialista de especificação de projetos da Kuraray para a América Latina, acrescenta que o ideal é a instalação de multilaminados.

Especificação
Remy Dufrayer, da Cebrace, apresenta as seguintes orientações:

  • Para zoológicos: os vidros devem suportar uma carga de, no mínimo, o dobro do peso do animal e considerar as dimensões físicas dele;
  • Para aquários: devem ser consideradas as dimensões do visor, a coluna d’água (pressão constante) e o número de apoios.

‘Software’ ajuda na escolha do vidro
A Cebrace oferece um programa gratuito de computador para o cálculo da espessura de vidros para aquários. Acesse: www.cebrace.com.br/CalculoEspessura/#/visorpiscina/primeiro-passo

VITRINAS PARA ESPÉCIES DO BRASIL E DO MUNDO: Considerado o maior aquário da América do Sul, o Aquário de São Paulo (São Paulo) conta com cerca de 3 mil exemplares representando centenas de espécies de peixes e outros animais de ambientes de várias partes do Brasil e do mundo. O local conta com visores de vidro laminados e multilaminados (que, juntos, correspondem a uma área de cerca de 300 m²), processados pela Cyberglass e instalados pela Avec Design — para o manuseio das peças (algumas das quais chegavam a 360 kg), foram usadas ventosas especiais, enquanto a tecnologia de VES foi aplicada em todas as bordas dos vidros.
VITRINAS PARA ESPÉCIES DO BRASIL E DO MUNDO: Considerado o maior aquário da América do Sul, o Aquário de São Paulo (São Paulo) conta com cerca de 3 mil exemplares representando centenas de espécies de peixes e outros animais de ambientes de várias partes do Brasil e do mundo. O local conta com visores de vidro laminados e multilaminados (que, juntos, correspondem a uma área de cerca de 300 m²), processados pela Cyberglass e instalados pela Avec Design — para o manuseio das peças (algumas das quais chegavam a 360 kg), foram usadas ventosas especiais, enquanto a tecnologia de VES foi aplicada em todas as bordas dos vidros.

 

Vedação
“Não há receita consagrada para a vedação de aquários: é necessário muito cuidado, testes e uso de materiais compatíveis”, observa José Guilherme Aceto, diretor da Avec Design. Algumas dicas para essa etapa são:

  • A espessura mínima para a aplicação do silicone é de 3 mm, indica Emerson da Silva, responsável pelo departamento financeiro da Silva Selantes;
  • Para aquários, o ideal é que os vidros sejam encaixilhados e bem-protegidos, para evitar contato das bordas com a água e a delaminação das peças — Aceto lembra que nenhuma fabricante de silicones selantes garante a durabilidade de juntas em contato permanente com a água;
  • O silicone não deve possuir antifungos — segundo Emerson, da Silva Selantes, eles podem liberar toxinas durante seu processo de cura capazes de matar os peixes.

 

‘TEM CERTEZA QUE TEM VIDRO AQUI?’: Essa é uma pergunta que pode facilmente ser feita por quem passar pela área dos leões no Detroit Zoo (Royal Oak, Estados Unidos). O efeito é obtido pelo envidraçamento ao redor: são multilaminados compostos por quatro peças de extra clear temperado (cada uma com quase 13 mm de espessura), intercaladas pelas películas estruturais SentryGlas, da Kuraray. Os números impressionam: a muralha de cerca de 73 m de vidro é capaz de resistir ao impacto de um caminhão de 2,5 t a mais de 60 km por hora. Mas, além da segurança, houve também o desafio de impedir que pássaros sobrevoando o local não percebessem os vidros extra clear e se chocassem contra eles — a solução encontrada foi a colocação de desenhos de aves e barras metálicas em partes da muralha.
‘TEM CERTEZA QUE TEM VIDRO AQUI?’: Essa é uma pergunta que pode facilmente ser feita por quem passar pela área dos leões no Detroit Zoo (Royal Oak, Estados Unidos). O efeito é obtido pelo envidraçamento ao redor: são multilaminados compostos por quatro peças de extra clear temperado (cada uma com quase 13 mm de espessura), intercaladas pelas películas estruturais SentryGlas, da Kuraray. Os números impressionam: a muralha de cerca de 73 m de vidro é capaz de resistir ao impacto de um caminhão de 2,5 t a mais de 60 km por hora. Mas, além da segurança, houve também o desafio de impedir que pássaros sobrevoando o local não percebessem os vidros extra clear e se chocassem contra eles — a solução encontrada foi a colocação de desenhos de aves e barras metálicas em partes da muralha.

 

Sistema
Visores de vidro são parte de um conjunto, que também envolve caixilhos, silicones selantes e componentes secundários específicos para cada caso. Nesse sentido, Vanessa Santos, da Kuraray, alerta: “Não adianta se preocupar com o vidro e se esquecer do resto: o sistema inteiro precisa ser eficiente”.

Após a instalação
Por mais segura que a instalação seja, é ideal que as empresas aconselhem os zoológicos e aquários a chamá-las periodicamente para avaliar os sistemas e realizar sua manutenção preventiva.

RESITÊNCIA ATÉ A TERREMOTOS: Para aproximar ao máximo seus visitantes dos animais expostos, como o leão brincalhão que é capa desta edição de O Vidroplano e os recintos das criaturas aquáticas, o Chiba Zoological Park (Chiba, Japão) aplicou visores de laminados temperados 15+15 mm com filme antiestilhaço em diversas de suas áreas de exibição. Houve um trabalho extenso de especificação e instalação das peças, pois era preciso levar em conta não só a possibilidade de impacto dos animais contra o vidro, mas também a de danos causados por terremotos. Outro desafio foi a redução da reflexão de luz para não atrapalhar a visibilidade, problema resolvido com a colocação de tetos nos corredores por onde os visitantes passam.
RESITÊNCIA ATÉ A TERREMOTOS: Para aproximar ao máximo seus visitantes dos animais expostos, como o leão brincalhão que é capa desta edição de O Vidroplano e os recintos das criaturas aquáticas, o Chiba Zoological Park (Chiba, Japão) aplicou visores de laminados temperados 15+15 mm com filme antiestilhaço em diversas de suas áreas de exibição. Houve um trabalho extenso de especificação e instalação das peças, pois era preciso levar em conta não só a possibilidade de impacto dos animais contra o vidro, mas também a de danos causados por terremotos. Outro desafio foi a redução da reflexão de luz para não atrapalhar a visibilidade, problema resolvido com a colocação de tetos nos corredores por onde os visitantes passam.

 

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
Aquário de São Paulo — www.aquariodesp.com.br
Avec Design — www.avec.com.br
Cebrace — www.cebrace.com.br
Chiba Zoological Park — www.city.chiba.jp/zoo
Cyberglass — www.cyberglass.com.br
Detroit Zoo — detroitzoo.org
Fundação Parque Zoológico de São Paulo — www.zoologico.com.br
Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte — www.belohorizonte.mg.gov.br/local/atrativo-turistico/artistico-cultural/aquario-da-bacia-dorio-sao-francisco-fundacao-zoo-botan
Kuraray — www.kuraray.com.br
Resinal — www.resinal.com.br
Silva Selantes — www.silvaselantes.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Marca inova com móveis feitos de vidro

Quem passou pela Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, em São Paulo, nos dias 10 a 14 de agosto, conferiu algo inusitado em mobiliários: mesas e poltronas com diversos tamanhos e formatos, bem como uma estante e um aparador — todos de vidro, seja temperado, acidado, extra clear, entre outros tipos. As peças, da Glass11, marca de design exclusiva para móveis de vidro, foram exibidas no local durante a exposição TRANS aparências — Uma manifestação da realidade, parte do festival urbano Design Weekend.

Criada pelo empresário Matheus Primo, a Glass 11 alia a criatividade na área de mobiliários à tecnologia e evolução do vidro. Para isso, os designers Arthur de Mattos Casas, Camilla D’Anunziata, Carol Gay, Leo Di Caprio, Maria Alice de Carvalho e Zanini de Zanine foram convidados para assinar a primeira coleção da marca. A inauguração da exposição, no dia 10, contou com a presença de Primo e de todos os designers da coleção, cujas peças já se encontram à venda.

Mais informações: glass11.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Para sua vidraçaria: vá além! Encante seu cliente

Você, vidraceiro, com certeza já deve ter ouvido falar no termo “valor agregado”. O conceito vem do marketing e significa fazer com que o produto ofereça mais benefícios do que o usuário espera. Um exemplo prático: o vidro, muito além do mero fechamento de vãos, pode atuar como elemento estético, de conforto acústico e térmico, trazer durabilidade a um móvel etc. Essa versatilidade é ainda mais visível nos vidros decorativos.

Em tempos de crise, saber vender seu produto é essencial — e um produto com alto valor agregado será vantajoso para você e seu cliente. Por isso, a coluna deste mês vai mostrar diversas soluções com esses vidros, sejam eles pintados, impressos, refletivos, opacos ou craquelados. Sabendo as diferentes formas de aplicar nosso material, você vai ganhar a confiança de seus consumidores e ampliar suas possibilidades de trabalho e lucro.

 

Como indicar vidros decorativos para seu cliente?

Conheça o produto
Saiba as características e benefícios dos vidros que você comercializa. “É preciso apresentar ao consumidor que o produto em um determinado ambiente ficaria muito mais agradável e com uma estética diferenciada”, ensina o gerente de Produção da Divinal Vidros, César Augusto Pereira. “Na maioria das vezes, o cliente nem sabe que os vidros decorativos existem e, por isso, acabam solicitando o básico”, afirma.

Mostre exemplos
Um detalhe importante na hora de convencer o cliente: tenha amostras e imagens das aplicações que você vai sugerir. Assim, ele vai saber exatamente o que esperar da instalação. “Normalmente, o cliente tem uma ideia sobre o que ele quer”, revela Carlos Duran, da Duran Vidros, especialista em soluções de decoração com nosso material. Ele comenta que cabe ao vidraceiro indicar o tipo do vidro que melhor se adapta à situação.

Custo x benefício
Um dos principais atrativos para o comprador. “Mostre que, além de beleza, os vidros também oferecem alta qualidade e segurança, entre outras características, unindo todos esses benefícios em uma única peça”, explica o gerente de Produção da processadora Palácio dos Cristais, Nilson Roberto Rocha. “Mesmo que tais opções tenham um custo um pouco mais elevado, é um investimento duradouro”, analisa.

Possibilidades inovadoras
Sempre explore os desejos do cliente. O vidraceiro deve estar antenado e capacitado para atender todo tipo de consumidor — a pessoa comum que precisa de uma solução simples para sua casa ou um arquiteto interessado nas últimas novidades do setor. “Por que indicar ao cliente um tampo incolor de acabamento simples se ele pode comprar, na mesma espessura, um vidro temperado pintado, com bisotê e cantos diferenciados?”, comenta o responsável pelo setor de Marketing da Vipel, Antônio Moreno Neto.

Facilidade de limpeza
Um dos maiores trunfos em relação a outros materiais. A limpeza é simples, feita geralmente com água e detergente neutro. “O vidro não mancha se, por exemplo, derrubarmos vinho nele, o que acontece com pedras porosas como o mármore”, reforça a arquiteta, consultora e escritora do blog All About That Glass, Monise Carvalho. “Além disso, o vidro é um material asséptico”, revela a coordenadora de mercado da Cebrace, Ana Carolina Granado, lembrando que o material não se contamina facilmente com bactérias.

 

Vidro impresso: texturas variadas

Características
“O produto tem a vantagem de ser adaptável a qualquer projeto arquitetônico”, confirma a responsável pelo Marketing da Saint-Gobain Glass, Marcela Félix Calabre. O coordenador comercial de Mercado Interno e Externo da União Brasileira de Vidros (UBV), Vitor Hugo Farias, fez uma lista dos principais benefícios desse material:

  • Privacidade, graças à textura existente na superfície das peças;
  • Luminosidade, já que permite a passagem de luz;
  • Durabilidade, pois disfarçam riscos e manchas;
  • Facilidade de limpeza.

Onde usar?

  • Boxes de banheiro, para garantir a privacidade do usuário;
  • Divisórias de ambientes e portas, tanto em projetos residenciais como comerciais. Aumentam a luminosidade do ambiente sem tirar a privacidade;
  • Piso de escadas, pois fornece não apenas uma estética diferenciada, mas também segurança, graças a sua textura antiderrapante;
  • Guarda-corpos e pisos. Podem ser instalados com aplicação de LEDs, cuja luz destaca o desenho presente na superfície do vidro e ainda funciona como complemento para a iluminação do ambiente.

 

Vidro pintado: cores por todos os lados

Características
Quando se pensa em decoração com vidro, é um dos primeiros tipos que vêm à cabeça. De preferência, deve-se escolher uma peça extra clear para a pintura, pois, assim, a massa do vidro não irá alterar a tonalidade da tinta aplicada. O material pode ser pintado a partir de duas técnicas:

  • Pintura a quente: o vidro deve passar por estufas de alta temperatura e forno de têmpera. “isso garante alta resistência, pois a tinta se funde ao vidro, não sendo possível removê-la”, ensina o diretor Comercial da Color Vidros, Vitor Maione;
  • Pintura a frio: a tinta seca em temperatura ambiente. Isso permite pintar qualquer tipo de vidro já processado (temperado, laminado, curvo, antirreflexo etc.).

Importante lembrar que as fábricas também possuem vidros desse tipo, que já são pintados no processo de fabricação. Uma grande vantagem está no fato de, em caso de troca de algum vidro instalado, a peça ter exatamente a mesma tonalidade da cor.

Onde usar?

  • Revestimento de paredes em geral. Uma solução inusitada é colocá-lo no lugar de um quadro negro em quartos infantis, escritórios e cozinhas. “Assim, é possível escrever com canetas próprias coloridas, sendo que a limpeza é muito simples, sem deixar poeira para trás”, explica a arquiteta Monise Carvalho;
  • Divisórias de ambientes e portas — de banheiros, por exemplo —, tanto em projetos residenciais como comerciais. O uso de ferragens especiais, com designs arrojados ou materiais nobres, pode valorizar ainda mais a presença do vidro;
  • Piso de escadas, trazendo mais brilho à estrutura do que um vidro comum. Porém, atenção: o ideal é instalar esse tipo em escadas com baixo tráfego de pessoas (em residências, de preferência);
  • Tampos de mesa e mobiliários em geral.

 

Vidros opacos: privacidade garantida

Características
O melhor exemplo é o vidro acidado. Além de serem opacos e foscos, podem ter desenhos ou letras em sua superfície. Ele é produzido a partir da aplicação de um ácido que o deixa com textura uniforme. Existe ainda o vidro jateado, com estética parecida, feito com pós abrasivos.

Onde usar?

  • Boxes de banheiro, para garantir a privacidade do usuário;
  • Divisórias de ambientes e portas, tanto em projetos residenciais como comerciais. Aumentam a luminosidade do ambiente sem tirar a privacidade;
  • Tampos de mesa, aparadores e mobiliários em geral;
  • O acidado é recomendado ainda para tampos de bancadas de cozinha. “Uma dica é pintar a face com brilho, o que deixa o tampo com uma cor acetinada muito bonita”, comenta a arquiteta Monise Carvalho. Não se recomenda fazer com jateados, pois a gordura pode manchar o vidro.

 

Espelho e vidro refletivo: ampliando os ambientes

Características
A capacidade de reflexão de espelhos e vidros refletivos pode ser explorada de várias maneiras. “Trazem leveza, modernidade e amplitude aos espaços”, comenta a gerente de Produtos da Vivix, Viviane Moscoso. Podem ser instalados em mobiliários e como revestimento, entre outras soluções.

Onde usar?

  • Revestimento de paredes, principalmente em banheiros, quartos e closets. Pode substituir espelhos emoldurados, deixando o espaço mais elegante e moderno;
  • Tampos de mesas e aparadores;
  • Portas de armários e guarda-roupas, para dar a sensação de que o local é maior;
  • Uma tecnologia interessante para ficar de olho e indicar aos clientes se chama magic mirror: um espelho com TV embutida. Ideal para divisórias e banheiros de suítes.

 

Vidro craquelado: a beleza das trincas

Características
Laminado composto por duas camadas externas de float e uma camada interna de temperado. Para ter o efeito de trincas, o temperado é quebrado — e as películas do laminado seguram todos os pedaços no lugar. É indicado para ambientes modernos, com estética futurista.

Onde usar?

  • Divisórias de ambientes;
  • Tampos e pernas de mesas e aparadores;
  • “Aplicar LEDs na lateral irá destacar a textura craquelada”, indica a arquiteta Monise Carvalho.

 

Atenção ao acabamento!
O acabamento do vidro também pode se transformar em elemento de decoração. Se o cliente não se interessar por um vidro diferente, mostre pra ele as várias opções de lapidação existentes, que vão além das tradicionais filete e meia cana: algumas delas incluem o bisotê, OG, 2G, 3G e bico de águia.

 

Nota: Até o fechamento desta edição, AGC e Guardian não responderam o contato da equipe de O Vidroplano. A AGC possui um site específico sobre o assunto: www.vidrosdecorativos.com

 

Fale com eles!
AGC — www.vidrosdecorativos.com
All About That Glass — www.allaboutthatglass.com
Brunete Fraccaroli — www.brunetefraccaroli.com.br
Cebrace — www.cebrace.com.br
Color Vidros — www.colorvidros.com.br
Divinal Vidros — www.divinalvidros.com.br
Duran Vidros— www.duranvidros.com.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Jóia Bergamo — www.joiabergamo.com.br
Maite Maiani — www.maitemaiani.com.br
Marcenaria Dedicatto — www.dedicattomobilia.com.br
Palácio dos Cristais — www.palaciodoscristais.ind.br
Patricia Martinez — www.patriciamartinez.com.br
Roberta Rocino — www.robertarocino.com.br
Saint-Gobain Glass — br.saint-gobain-glass.com
UBV — www.vidrosubv.com.br
Vipel — www.vipel.ind.br
Vivix — www.vivixvidrosplanos.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 522 (junho de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Os ‘guarda-costas’ do nosso material

Ao transportar o vidro, não basta escolher o tipo mais adequado de veículo para assegurar que nosso material chegará em perfeitas condições ao seu destino: ele também precisa ser protegido de vibrações, impactos, danos superficiais e até mesmo do contato entre uma chapa e outra.

É aí que entram os protetores e as embalagens, produtos voltados especialmente para a segurança de cada peça em relação aos perigos presentes na viagem e na hora de carregá-la e descarregá-la. Eles podem ser colocados em diferentes partes do vidro e ser fabricados com diferentes materiais, resultando em uma grande variedade de opções disponíveis no mercado.

Para ajudar a garantir essa segurança em todos os elos da cadeia vidreira, representantes do nosso setor, fabricantes de protetores e embalagens e especialistas apresentam a seguir informações sobre produtos para a segurança do vidro e os cuidados para sua aplicação.

Nas fabricantes: grandes cuidados para grandes vidros
As chapas de vidro são transportadas das fábricas para as processadoras presas em colares (molduras de aço travadas umas nas outras) ou em cavaletes (estruturas metálicas com borrachas, nas quais os vidros são apoiados e presos). Uma alternativa recente é a SteelCap, marca registrada de embalagem desenvolvida e patenteada pela brasileira Adezan (saiba mais no quadro Variedade de opções no mercado).

O principal protetor do vidro nessa etapa é o pó separador, aplicado de forma uniforme na superfície de cada chapa. “Ele possui um polímero que funciona como proteção mecânica durante o transporte e manuseio do vidro”, explica Marcio Silva, analista de Logística da AGC do Brasil. “O pó separador também ajuda a evitar a erosão e a irisação na superfície do vidro no atrito causado no transporte de longas distâncias por via terrestre”, acrescenta Francisco Conte, gerente de Logística da Vivix. No caso de vidros de controle solar, o uso de fitas adesivas especiais nas bordas é uma proteção adicional para impedir a oxidação de seu revestimento.

Isopores também ajudam na proteção da carga: “Usamos peças de isopor em formato de ‘I’ para intercalar os pacotes de vidro”, comenta Rafael Takai, engenheiro de Processos da Guardian. No caso de colares, também pode ser colocada espuma entre eles.

Vale destacar ainda o uso de grampos para fixar a carga nas travessas dos caminhões, e de forros: “São eles que protegerão os vidros contra intempéries durante o transporte”, aponta Silvio Ramos, supervisor de Logística Corporativa da Cebrace.

Nas processadoras: proteção não se limita à peça final
Os vidros temperados costumam sair das processadoras com os devidos protetores. O problema é que não basta proteger apenas a peça finalizada: “A maioria das empresas beneficiadoras não usa qualquer intercalário nos vidros entre uma etapa e outra do processamento — e, por isso, acabam tendo altos índices de perdas, com suas peças sofrendo riscos e avarias”, afirma Cláudio Lúcio da Silva, instrutor técnico da Especialização Técnica Abravidro. Segundo ele, muitas processadoras só colocam intercalários nos vidros já temperados, antes de seu transporte.

“Trabalhamos com várias opções para proteger os vidros durante sua movimentação: dependendo do tipo do vidro, tamanho e outros detalhes, podemos usar espaçadores de cortiça, barbantes de algodão, plásticos ou papel virgem alcalino”, explica Renato Santana, supervisor de Controle de Qualidade da processadora paulista GlassecViracon. “As cantoneiras também são fundamentais, especialmente para os vidros temperados, pois as quinas são as partes mais vulneráveis neles”.

Nas vidraçarias: assegurando qualidade ao cliente
“Normalmente, as vidraçarias utilizam os vidros nas condições em que lhe são entregues pelas beneficiadoras”, observa Cláudio Lúcio, da Abravidro. Segundo ele, os protetores e cuidados nessa etapa são os mesmos de uma processadora, embora os veículos para transporte sejam menores. Cantoneiras e calços de papelão são bastante usados em vidraçarias, bem como o revestimento de certas peças com plástico bolha.

Atenção na hora de entregar o produto ao cliente: alguns protetores são fixados com o uso de cola. Caso ela já venha aplicada no protetor ou os dois produtos sejam do mesmo fabricante, é importante consultá-lo para saber como remover os restos de cola da superfície do vidro — muitas vezes, passar levemente um pano com água é suficiente.

Perigo à frente!
A escolha de protetores e embalagens confiáveis é muito importante para o transporte do vidro, mas os cuidados não acabam aí. “O principal perigo é a movimentação da carga, o que não pode ocorrer”, comenta Marcela Calabre, responsável pelo Marketing da Saint-Gobain Glass. Mas, mesmo com o travamento das embalagens em escoras de madeira ou metal, Marcela reforça que o motorista precisa:

  • evitar freadas bruscas;
  • diminuir a velocidade em estradas acidentadas;
  • passar suavemente sobre lombadas e valetas.

Iniciativas como a campanha Amigo Vidraceiro, da AGC, têm sido realizadas para capacitar os motoristas e permitir que eles estejam sempre atentos a qualquer perigo e entendam suas responsabilidades.

 

Principais tipos de protetores para o vidro
Cantoneiras: são colocadas nas quinas (pontas) do vidro. O material mais usado é o papelão, de preço mais acessível, mas também podem ser feitas de isopor, madeira e outras opções

Calços: usados para proteger as laterais e a face do vidro. Nesse segundo caso, são conhecidos também como intercalários ou separadores, sendo comumente feitos com borracha, cortiça ou papelão

Perfis: colocados nas laterais do vidro (o ideal é que eles cubram toda a extensão de cada lateral da peça), o ideal é que sejam feitos de materiais resistentes, como plástico ou polietileno

Mantas: são usadas para revestir o vidro e oferecer maior resistência. Costumam ser feitas com materiais plásticos, e algumas vezes são substituídas por plástico bolha (mais acessível, mas menos resistente)

Filmes de proteção: revestem todo o vidro. Embora não agreguem resistência a impactos, esses produtos protegem o vidro de riscos, manchas, sujeira e umidade

 

Resistente a pancadas
Fora do Brasil, uma das opções para os vidros são os protetores de borda blindados da alemã Bohle. Tratam-se de peças emborrachadas capazes de proteger o vidro de impactos em colisões e até de quedas de mais de um metro de altura.

 

Variedade de opções no mercado
Não são poucas as empresas que trabalham com produtos para a proteção do vidro. Confira algumas delas a seguir:

Adezan: em vez de cavaletes, colares ou caixas de madeira, o grupo desenvolveu a SteelCap, embalagem para múltiplas chapas de vidro. O perfil interno de sua moldura é de papel laminado com calços de borracha para absorção dos impactos, enquanto o perfil externo, de aço, confere leveza e resistência. “A SteelCap é uma embalagem compacta, permitindo redução de custos, ganho de armazenagem e acesso rápido e fácil ao vidro ao desmontá-la, além de ser 100% feita com materiais recicláveis”, destaca Cesar Zanchet Filho, gerente de Projetos para Embalagens para Vidro da Adezan

C&A Embalagens: trabalha com cantoneiras (incluindo algumas específicas para espelhos) e calços de papelão — estes últimos também podem ser usados como separadores. A C&A também comercializa separadores emborrachados, que conferem maior proteção às peças. “A aplicação dos nossos produtos é rápida e fácil, e todos contam com garantia”, afirma Antéo Olivatto Junior, proprietário da empresa. “Contamos com um setor de qualidade para análise constante dos nossos materiais”

Cantoneiras Santana: a empresa desenvolve cantoneiras e calços de papelão (que podem ser personalizados com a impressão da logomarca do cliente), e também fabrica protetores especiais de papelão conhecidos como espingardas, capazes de proteger quase a metade da lateral de um vidro para boxe de banheiro

Packpol: além das cantoneiras e calços de papelão ondulado, também fabrica os mesmos produtos com polpa moldada de papelão. “Trata-se de um material mais sólido, cujo interior é formado de fibras entrelaçadas, garantindo maior resistência”, garante Elisa Tressoldi, proprietária da Packpol. A fixação dos protetores é feita com uma cola especial, que não provoca manchas nos vidros: os resquícios dela podem ser retirados manualmente, com pouco esforço

Projepack: para nosso setor, conta com a linha Modular Glass de máquinas para embalagem automática de cada peça de vidro com plástico termoencolhível. “Além da embalagem proteger o vidro contra sujeira, umidade e riscos, nossas máquinas podem embalar volumes de diferentes dimensões para atender às necessidades de cada cliente”, destaca Valter Moro, gerente comercial da empresa. Ele também destaca que a Projepack realiza treinamentos para ensinar os compradores a operar a Modular Glass e obter a melhor relação custo-benefício

Promaflex: para o setor vidreiro, fabrica filmes e espumas autoadesivos, cuja aplicação pode ser manual ou automática, além de contar com filmes para caixilhos. “Como nossas soluções são adesivas e removíveis, sua aplicação pode ser feita tanto na linha de beneficiamento do vidro como em sua montagem nas esquadrias ou até na própria instalação, garantindo sua proteção contra manchas e sujeiras até que as obras tenham sido finalizadas”, explica Andrea Velletri Martins, gerente de Marketing da Promaflex

Styroplast: disponibiliza cantoneiras, mantas e perfis de polietileno expandido, sem necessidade de material aderente para sua fixação ao vidro. “O maior diferencial de nossos produtos é a proteção contra impactos, pois o polietileno não transfere o impacto para os vidros”, aponta Luciano Marcolino, coordenador de Vendas da Styroplast

Superkraft: fabrica protetores de papelão ondulado, como cantoneiras e calços. “Nossos produtos podem ser comprados com cola ou sem cola”, explica Douglas Lopes, diretor comercial da Superkraft. “As cantoneiras sem cola podem ser usadas em vidros revestidos com plástico termoencolhível, enquanto para vidros não embalados, recomendamos o uso dos protetores com nossas colas, à base d’água, que podem ser removidas em seu destino final com um pano umedecido com água ou removedor”

 

Atenção!

  • Antes de adquirir intercalários, pergunte ao fabricante qual é seu pH para evitar manchas: vidros baixo-emissivos não podem receber intercalários com pH ácido, enquanto materiais com pH alcalino não são recomendados para a proteção de vidros sodo-cal comuns;
  • Evite adesivar qualquer material intercalário na superfície do vidro durante o seu processamento;
  • Jamais coloque protetores ou embale os vidros quando eles estiverem úmidos: certifique-se de que cada chapa ou peça esteja limpa e seca;
  • Para proteger vidros com face metalizada ou revestimento especial, costuma-se colocar de um lado do pacote o chamado “vidro de sacrifício”: “Trata-se de uma chapa diferente daquelas que está protegendo, não sendo recomendado para uso”, aponta Rosemara Rocha, engenheira de Aplicação da Cebrace.

 

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
Adezan — www.adezan.com.br
AGC — www.agcbrasil.com
C&A Embalagens — www.ceaembalagens.com.br
Cantoneiras Santana — (11) 4644-1251
Cebrace — www.cebrace.com.br
GlassecViracon — www.glassecviracon.com.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Packpol — www.packpol.com.br
Projepack — www.projepack.com.br
Promaflex — www.promaflex.com.br
Saint-Gobain Glass — br.saint-gobain-glass.com
Styroplast — www.styroplast.com.br
Superkraft — www.superkraft.com.br
Vivix — www.vivix.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 522 (junho de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

O que fazer com sua sucata?

Este texto foi originalmente publicado na edição 521 (maio de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

O que fazer com pedaços de vidro que não podem ser utilizados? A pergunta que muitos profissionais vidreiros se fazem tem uma resposta mais simples do que parece. A equipe de O Vidroplano conversou com fabricantes, processadores e empresas de reciclagem para saber quais as soluções existentes para o descarte de cacos e pó de vidro. Veja quais as opções disponíveis no mercado nas páginas a seguir.

Quais processos geram sucata?
Cacos
Todo vidro que não pode ser utilizado no processamento é considerado sucata. São diversos os motivos:
• Retalhos (pedaços que sobram) do processo de corte que não possuem tamanho adequado para serem aproveitados;
• Cacos que surgem de quebras durante a lapidação, furação ou no forno de têmpera — seja pelo manuseio errado das peças ou defeitos de fabricação;
• Baixa qualidade da matéria-prima, revelada pela presença de bolhas no vidro, por exemplo;
• Peças enviadas pelos fabricantes de vidro que não estão de acordo com o pedido realizado.
“Podemos dizer que a sucata gerada em todo o processo está em torno de 11% a 12% do vidro que entra na empresa”, comenta Albert Pestana, diretor-industrial da Pestana Vidros.

Pó de vidro
É gerado durante dois processos:
• Lapidação — polimento das bordas da peça;
• Furação/recorte — feitos para o encaixe de ferragens e acessórios.

O que fazer com os cacos?
Reciclagem
“O mercado ainda não nos oferece muitas opções para a comercialização dos cacos”, opina Vânia Felix, gerente-administrativa da New Temper. A melhor opção, sem dúvidas, está na reciclagem do vidro, escolha de inúmeras processadoras pelo Brasil, incluindo Brazilglass, Divinal Vidros, DVM Vidros, GlassecViracon, New Temper e Pestana Vidros. “Além de atender às normas ambientais de destinação, gera receita e possibilita a reutilização desses resíduos pelas empresas vidreiras, economizando recursos naturais e energia”, explica Maurício Zaramella, coordenador de Logística da GlassecViracon.

• Como fazer?
Para isso, é necessário entrar em contato com uma empresa especializada nesse serviço. De forma geral, essas companhias são responsáveis por coletar, tratar e destinar o vidro. Elas pagam às processadoras pela tonelada do material, de acordo com o tipo do produto (incolor, colorido, laminado, espelho etc.), e depois vendem para a indústria.

• Qual o destino?
“Atualmente, grande parte dos nossos volumes se destina à fabricação de float ou embalagem”, comenta Juliana Schunck, diretora da Massfix, uma das maiores empresas de reciclagem de vidro no País. “Entretanto, também destinamos para outros segmentos, como sinalização viária, jateamento e cerâmica.”

• Vantagens
Para o diretor-propretário da Pastglass, Benedito Aparecido Bueno, em relação ao custo-benefício, a coleta é a melhor forma de reúso da sucata. “Caso a empresa geradora queira destinar o material para aterros, terá de pagar muito caro”, diz ele. Sua companhia, especializada em reciclagem, também cria objetos decorativos com cacos, como fruteiras e lustres — mais uma forma de atrair lucro a partir de resíduos. A processadora Brazilglass também ganha dinheiro assim. “Vendemos sucata de laminado para fábricas de lustres e materiais de decoração”, comenta o diretor-comercial Carlos Almeida.

Retornar ao fabricante
Algumas fabricantes de vidro nacionais possuem programas para que seus clientes retornem os cacos.

• Vivix
Em fevereiro de 2015, a Vivix criou o Projeto Capta Caco. A ideia é simples e se baseia na gestão de logística reversa: a Vivix compra os cacos dos processadores e estes podem enviar a sucata quando forem retirar um pedido de vidro na fábrica. Além de eliminar o custo de descarte em aterros por parte das empresas, o projeto ainda gera receita para elas. Para participar, o cliente deve enviar materiais livres de impurezas e separados por cores.

• Guardian
Cerca de quarenta clientes participam de forma contínua do programa oferecido pela Guardian. “Incentivamos o retorno dos cacos no mesmo caminhão que carregará vidro em nossas unidades”, revela o gestor nacional de Meio Ambiente, Saúde e Segurança, Cléber Campos. “Em situações específicas, estabelecemos uma rota de coleta de cacos em locais de concentração”. A empresa afirma que todo caco recebido é revisado e avaliado para garantir que não existam contaminantes (sujeira, rebolos etc.) ou mistura entre cores de vidro.

A Cebrace, consultada a respeito, informou não possuir iniciativa desse tipo. As outras fabricantes também foram contatadas pela reportagem de O Vidroplano, mas, até o fechamento da edição, não retornaram com informações.

Bolsa de Resíduos da Fiesp: solução para compra e venda de descarte
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) possui, desde 2002, uma solução para fazer com que as empresas lucrem com a venda e compra de material descartado. Trata-se da Bolsa de Resíduos, um serviço gratuito e simples: basta se inscrever no site www.fiesp.com.br/servicos/bolsa-residuos-fiesp e cadastrar sua sucata. Assim, outras empresas poderão ver seu anúncio e entrar em contato.
Vale lembrar que a negociação não se dá por meio da plataforma — isso é de responsabilidade dos usuários. O objetivo da iniciativa é oferecer um espaço para a troca de informações. “Dos mais de 2.600 inscritos, cerca de 80% são pequenas e médias empresas”, revela Ricardo Garcia, criador do programa e membro do Departamento de Meio Ambiente da entidade. Qualquer empreendedor pode participar da Bolsa de Resíduos, basta possuir CNPJ.

Vidraceiros: como eles descartam
Vidraçarias também geram sucata, porém em menor quantidade se comparada às processadoras. Para elas, o descarte não tem segredos: o vidro deve ser levado a aterros ou coletado por empresas de reciclagem. Algumas processadoras oferecem parcerias para a coleta, separando caçambas especiais para o vidraceiro descartar seus materiais. Portanto, vidraceiro, pergunte ao seu fornecedor se ele recolhe sucata.

O que fazer com o pó de vidro?
O material deve ser tratado antes do descarte. Para isso, a empresa precisa ter uma central de tratamento de água. Em geral, o processo ocorre da seguinte forma:
• A água utilizada na lapidação e furação, misturada com o pó de vidro, descansa em tanques decantadores;
• Nessa mistura, são aplicados floculantes, substâncias químicas que separam materiais sólidos de líquidos;
• A massa de pó é retida enquanto a água é filtrada para ser reutilizada no processamento do vidro;
• Por fim, a massa de pó deve secar antes de ser embalada para o descarte.
O ambiente correto para a destinação do pó de vidro é o aterro industrial — local próprio para receber resíduos sólidos produzidos por empresas. “Creio que muitos não se preocupam com o destino final, dispensando em lugares impróprios para esse fim”, alerta Fernando Passi, da Divinal Vidros. Todas as processadoras precisam estar atentas à forma de descarte para neutralizar seu impacto ambiental.

Pó de vidro é reciclável?
Hoje, para a indústria vidreira, o pó não tem serventia. Porém, estudos apontam que ele pode ser usado como matéria-prima de argamassas e cerâmicas. O engenheiro civil e gerente-administrativo da DVM Vidros, Luís Augusto Knorst, abordou a substituição da cal hidratada por pó de vidro em argamassas de revestimento em sua monografia de graduação pela Universidade Federal de Ouro Preto (MG).
“Detectamos um aumento na resistência à compressão simples conforme o percentual de pó de vidro aumentava, e uma menor necessidade de água para se chegar à consistência desejada da argamassa, aumentando a durabilidade do material”, explica Knorst. “Como foi um estudo inicial, destacamos a necessidade de mais pesquisas sobre o tema”.

O que a legislação diz sobre o descarte de resíduos?
A principal lei brasileira a tratar do assunto é a 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que define diretrizes para o combate à poluição. A implementação da logística reversa pela indústria é abordada na PNRS, assim como outros objetivos fundamentais:
• Redução na geração de resíduos;
• Reutilização, reciclagem e tratamento;
• Disposição final adequada de rejeitos (materiais que não podem ser recuperados).
Vale salientar que o descarte ilegal de resíduos sólidos é crime ambiental.

Para sua vidraçaria: novidades na hora do banho

Este texto foi originalmente publicado na edição 521 (maio de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Foi-se o tempo em que a área do chuveiro era protegida por aquela incômoda cortina de plástico ou pelo acrílico feio! O vidro firmou seu lugar como o melhor material para o fechamento desses espaços, compondo boxes modernos, práticos e seguros.

É muito difícil encontrar alguma vidraçaria que não trabalhe com o comércio e instalação de boxes — ou seja, a concorrência nessa área é grande. Por isso mesmo, é fundamental ir atrás das novidades e possibilidades que o mercado oferece quando o assunto é boxe de banheiro. E pode ter certeza: o que não falta no nosso setor são opções para diferenciar seu produto e ajudar sua empresa a se destacar para os consumidores.

Sem espaço? Sem problemas!
Banheiros pequenos são bastante comuns hoje em dia, por isso é fundamental que o vidraceiro conheça as soluções disponíveis especialmente para eles:
-Um dos kits da Blindex, o Box Blindex Classic Open, conta com uma porta pivotante que se abre para dentro do boxe, com um sistema de dobradiças que garante seu fechamento suave. O produto pode ser usado em vãos a partir de 62,5 cm.
-Outra opção é o boxe Zephyros, da Novellini (empresa que atende diretamente o consumidor final), para vãos a partir de 66 cm. Ele é instalado entre duas paredes e consiste em uma porta sanfonada com duas peças de vidro temperado.
-O Box Fontana, da Di Vero, tem porta articulada, facilitando o acesso à área interna do boxe mesmo em espaços pequenos.
-O Flex 1.2, da Ideia Glass, destaca-se por sua versatilidade: tem tamanhos disponíveis tanto para vãos pequenos (a partir de 60 cm) como grandes, com portas sanfonadas sem trilho superior para maior aproveitamento do vão.

Boxes com laminados: da cor ao conforto
Kits para uso com vidros laminados não são tão comuns no mercado. Vale destacar que, com esse tipo de vidro, todas as suas bordas precisam ser protegidas da umidade com perfis ou silicone neutro, para não sofrer delaminação. Mas eles podem trazer soluções bastante interessantes ao cliente — e não estamos falando só em termos de segurança:
-A estética é um dos grandes diferenciais do Boxsil, desenvolvido pela Avec Design. O produto, com laminados 8 mm, pode apresentar grande variedade de cores e padrões, graças à película de PVB usada para a laminação. Por enquanto, a empresa atende apenas obras com maior volume e prazos de entrega definidos com antecedência. Mas, segundo seu diretor, José Guilherme Aceto, é possível que o Boxsil passe a ser oferecido para vidraceiros em breve.
-O SEALEDbox, da Mansur Vidros, tem fechamento completo do piso ao teto. Além da robustez dos laminados 12 mm, trilhos e suportes usados no boxe, o sistema é completamente vedado, ou seja, impede a saída do vapor e a entrada do ar frio. “O simples fato de poder desligar o chuveiro e tomar o banho sem passar frio promove uma economia de até 60% no consumo de água e ajuda a conservar nossos recursos hídricos”, acrescenta Cristiano Cordoni, diretor responsável pelo SEALEDbox. Vidraceiros paulistanos já podem intermediar a compra do produto sem precisar fazer sua instalação, apenas apresentando o boxe ao cliente, retirando seu pedido e passando-o para a equipe da Mansur Vidros fazer o atendimento e instalação — o próximo passo será a adoção do sistema de franquia.
-O Grupo Vipel Alump, por sua vez, conta com a linha de boxes Maxim, com opções de porta pivotante (3) e de correr (4). A primeira versão permite abertura da porta tanto para fora como para dentro — e ambos os modelos podem ser usados com laminados 4+4 mm (os laminados podem até ser refletivos) ou com temperados 8 mm.

Para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida
-O Box Articulado Arty, da Rollit, traz vantagens para cadeirantes: além da grande abertura de vão, suas portas deslizam com suavidade por conta de seu trilho superior e sistema de roldanas, exigindo menor esforço. Vidraceiros interessados em investir na acessibilidade também podem adquirir com a empresa sua linha de acessórios de banheiro para pessoas com deficiência, como apoios, assentos e puxadores.
-Este ano, a Ideia Glass lançou o Boxe Certo, modelo que permite o aproveitamento total do vão de suas portas pivotantes. Isso acontece porque elas podem ser abertas em 180 graus, tanto para dentro como para fora. Além de o vidraceiro poder instalar o kit em ambientes grandes ou pequenos, ele pode ser usado com temperados 8 mm ou com laminados 4+4 mm, em modelo de canto ou frontal, de acordo com a necessidade do cliente.
-O uso total do vão também é encontrado no Young 2.0, boxe articulado de canto da Novellini, empresa que atende diretamente os consumidores. Assim como o Zephyros (veja mais na página 28), esse produto já é acompanhado pelos vidros temperados com tratamento Crystal Clear, que impede o acúmulo de água e conserva sua superfície.

Dicas para ‘vender seu peixe’ (ou melhor, vidro)
DENTRO DAS NORMAS
Conhecer a norma ABNT NBR 14207 — Boxes de banheiro fabricados com vidros de segurança é obrigação de qualquer profissional dessa área. Por isso, a Abravidro está lançando o programa De Olho no Boxe (veja mais na página 33), que trará informações sobre o que a norma determina. Ela recomenda, por exemplo, que:
• Se trabalhe sempre com produtos testados e aprovados nos ensaios estabelecidos pela norma;
• Além de cumprir a norma, entregue sempre ao seu cliente um manual de uso e manutenção do boxe;

QUALIDADE EM PRIMEIRO LUGAR
“Hoje, muitos vendem o vidro abaixo do custo, quando o que realmente precisa ser feito é diferenciar seu produto, oferecendo mais benefícios”, alerta José Guilherme Aceto, da Avec Design. Roberto Liete, engenheiro de Desenvolvimento da Metalúrgica WA, acrescenta: “A opção mais barata acaba saindo cara, por conta dos defeitos que o produto apresentará, deixando o cliente insatisfeito”;

CONHEÇA MUITO BEM OS PRODUTOS
“Primeiro, o vidraceiro precisa ter todas as informações dos kits, para poder mostrar ao consumidor a garantia dos produtos, suas funcionalidades e acabamentos”, aconselha Godofredo Morelli, supervisor-comercial da Di Vero Inox. Para isso:
• Exija dos fornecedores os manuais de instalação;
• Entre em contato com eles em caso de dúvidas;
• Verifique se eles oferecem treinamentos para a instalação de seus produtos;

PARA VER E TOCAR
“Ter em sua loja um mostruário dos produtos de melhor qualidade é um recurso importante”, observa Caio Andrade, gerente-comercial da Rollit. Fotos e materiais promocionais também ajudam o cliente na hora de conhecer as opções;

CAPACITAÇÃO CONSTANTE
Leandro Gonçalves, gerente de Projetos da Divinal Vidros, recomenda: “A vidraçaria precisa investir tempo em capacitação e treinamento em vendas para ter uma equipe qualificada”.

Boxes de vidro: linha do tempo no Brasil
1966: Segundo a arquiteta especializada em vidros Monise Carvalho, responsável pelo site All About That Glass (voltado para as possibilidades e normas para o vidro na construção e decoração), esse foi o ano em que os boxes de vidro chegaram ao mercado brasileiro. Porém, poucas empresas trabalhavam com o produto, seu custo e prazo de entrega eram altos e, por isso, a demanda não era grande;
Década de 1980: A partir desse período, os boxes tornaram-se mais acessíveis, ganhando espaço nas residências do País;
Década de 1990: Popularização do produto. “Nesse período, quem tinha boxes para pronta entrega se destacava e prosperou no segmento”, aponta Monise;
Atualmente: O vidro não só se tornou a principal opção para boxes, como agregou novas funções ao produto. “Quando o boxe surgiu no mercado, sua principal função era impedir que a água do chuveiro avançasse para as outras áreas do ambiente”, lembra Glória Cardoso, coordenadora de Marketing da Blindex. “Hoje, o boxe se tornou também uma peça de design, contribuindo para a própria decoração do banheiro.”

Versatilidade e estética
A aparência do boxe tem boas chances de cativar seu cliente:
-Dentro da tendência recente do mercado do uso de boxes com roldanas aparentes, a Di Vero Inox destaca o Box Prada: mesmo usando ferragens de aço inox polido (que agregam beleza e garantem mais durabilidade ao sistema), ele pode ser usado com vidro padrão — ou seja, não exige que a peça seja feita de acordo com um projeto específico, o que encarece e demanda mais tempo da processadora.
-Boxes de vidro curvo e com roldana aparente trazem uma estética bastante interessante. Juntar as duas tendências em um só projeto permite um produto ainda mais diferenciado. É o caso do Neda, do grupo Vipel Alump, que já traz o recorte para uso com roldanas de aço inox. Esse kit pode ser usado com temperados curvos, que podem ainda conter pinturas ou incisões.
-Fruto da parceria entre a Ideia Glass e a processadora Unividros, o Box Luna facilmente se destaca pelo uso de vidros curvos. Além disso, sua instalação é facilmente adaptada nos cantos do banheiro, garantindo o aproveitamento de todo o espaço.

Vem aí um ‘site’ completo para você!
A Abravidro está lançando o site do programa De Olho no Boxe para estimular a aplicação da NBR 14207. Com uma área específica para os vidraceiros, o site oferecerá:
Informações sobre a norma técnica do produto: entenda o que diz a NBR 14207, fundamental para qualquer instalador de boxes;
‘Manual de utilização, limpeza e manutenção dos boxes de banheiro’: gratuito, pode ser baixado para seu computador, impresso, editado e entregue aos seus clientes;
Dicas de instalação: você saberá o que fazer para que o serviço fique benfeito, do jeito que a norma determina e o cliente espera;
Dicas de manutenção: veja como fazer a manutenção preventiva, obrigatória a cada doze meses, e prepare a sua empresa para prestar o serviço;
Conhecimento sobre os modelos de boxe e tipos de vidro: conheça os tipos de boxe disponíveis no mercado e os vidros que podem ser aplicados no produto;
Materiais de apoio: assista ao vídeo exclusivo sobre manutenção de boxes de banheiro. Baixe e imprima o fôlder com o resumo de tudo e um cartaz para sua vidraçaria divulgar para os clientes a necessidade da manutenção preventiva nos boxes. Tem também planilhas de checklist do boxe e de controle de manutenção;
Oportunidades de qualificação: confira as datas de cursos para vidraceiros em todo o País;
Possibilidades de novos negócios: cadastre sua empresa gratuitamente em nosso site. Sempre que um cliente procurar vidraceiros para comprar boxes ou fazer a manutenção preventiva, terá acesso aos contatos de sua empresa. Você também encontrará fornecedores de materiais para boxes que podem ser muito úteis ao seu negócio.
Acesse pelo portal da Abravidro ou pelo endereço
www.deolhonoboxe.com.br!

Inovações além dos kits
Um sistema diferenciado de boxe certamente mexerá com o consumidor, mas você pode tornar seu produto ainda mais inovador:
-Muitas fabricantes de kits, como a Metalúrgica WA, fornecem ferragens com diferentes opções de cores — branco, preto e brilhante, entre outras;
-Os próprios vidros instalados nos boxes podem fugir do incolor liso tradicional: processadoras fornecem vidros verdes, cinza, bronze, impressos e serigrafados, entre outros;
-No que diz respeito ao vidro, a Guardian desenvolveu o Box Espelhado Guardian, linha de vidros refletivos para boxe. “O efeito espelhado surge no lado mais claro do boxe, normalmente na face externa”, explica Juan Carlos de Abreu, gerente de Marketing da empresa. “O próprio consumidor pode brincar com esse efeito de acordo com o jogo de luz no ambiente”;
-Outra possibilidade é o tratamento da superfície do vidro para impedir o acúmulo de água e dificultar o aparecimento de manchas. Alguns produtos nessa linha incluem o Enduro Shield, da Abrasipa, o Glass Shield, da Avec Design e o Invisible Shield, da Mansur Vidros;
-Vale destacar ainda a iniciativa Blindex + Segurança: os vidros da empresa já saem da fábrica com uma película de segurança aplicada, como uma proteção adicional à grande resistência do temperado.

Garantindo a acessibilidade
A norma ABNT NBR 9050 — Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos tem como objetivo garantir que a maior quantidade possível de pessoas possa usar edificações por conta própria, independentemente de idade, estatura ou limitação. No caso de boxes de banheiro, veja algumas determinações da norma para as quais você deve estar atento:
• Quando houver porta no boxe, ela deve ter vão com largura livre mínima de 0,90 m e ser de material resistente a impacto;
• Dentre os tipos de porta, a de correr é recomendada, desde que sem trilho no piso;
• A área mínima dos boxes deve ser de 0,90 x 0,95 m.
A arquiteta Monise Carvalho lembra que a fixação do vidro também é muito importante nesse caso, pois o usuário pode se apoiar nele. Outro ponto fundamental é que, se o boxe tiver porta, ela deve garantir acesso fácil de socorro em caso de queda do usuário.
Para boxes com portas pivotantes que abrem para dentro, a NBR 14207 estabelece que uma de suas peças deve ser de fácil remoção.

Conheça as principais causas do surgimento de manchas no vidro

Quem trabalha em qualquer elo da cadeia vidreira sabe que é fundamental o vidro chegar ao usuário livre de qualquer imperfeição. Um desafio que algumas vezes compromete essa meta é o surgimento de manchas no material, algo que pode ser percebido pelo cliente. Mas, como evitar o problema? Reunimos informações técnicas sobre o assunto para lhe ajudar. Acompanhe!

Um nome, vários tipos

O termo “mancha” é usado de forma genérica para identificar vários defeitos visuais que podem surgir no vidro. Alguns deles são:

  • Ataque na superfície;
  • Deposição de material estranho na superfície;
  • Descontinuidade ou variação da camada superficial;
  • Variação da rugosidade da superfície do vidro.

 

Além da aparência

A estética não é o único aspecto do vidro afetado pelo surgimento de manchas. Outros problemas que elas podem trazer incluem:

  • Em vidros floatchapas com esse defeito são substituídas, levando não só à perda do vidro defeituoso, mas também ao atraso causado por sua reposição;
  • Em espelhos: a capacidade de reflexão da peça pode ficar comprometida;
  • Em laminados: se a mancha for interna, na face do vidro em contato com a camada intermediária, pode provocar sua delaminação parcial e comprometer a segurança da peça;
  • Em temperados: no caso de manchas causadas por ataque químico, elas podem provocar a erosão superficial do vidro, reduzindo sua resistência.

 

Vale observar que esses efeitos são diretamente proporcionais à intensidade e à extensão das manchas.

Como ocorrem e como evitá-las?

Na fabricação

Manchas não aparecem durante a fabricação do vidro em si. Contudo, o material ainda pode adquirir imperfeições em sua superfície antes de sair da fábrica ou da distribuidora. As causas podem estar na:

  • Estocagem das chapas em espaços úmidos;
  •  Ausência de materiais separadores entre as lâminas de vidro (quando uma chapa entra em contato com os elementos químicos presentes na superfície da outra).

 

Por isso, o vidro precisa ser armazenado em local seco, bem ventilado e protegido de umidade e poeira, com intercalários colocados entre uma chapa e outra. Também recomenda-se o transporte das peças verticalmente e sem impactos violentos ou repetitivos, de modo a também evitar riscos, como já mencionado em: “8 dicas para manusear, carregar e descarregar o vidro com segurança”

Pré-processamento

Cada etapa do beneficiamento do vidro pode levar ao surgimento de manchas. Estas podem ser causadas por erros nos maquinários e produtos utilizados ou devido a manuseios incorretos.

No corte, o vidro pode ganhar uma série de marcas em sua superfície, cujas causas incluem:

corte

  • Ventosas contaminadas por produtos químicos e umidade ou ventosas não originais (improvisadas);
  • Umidade do ambiente;
  • Óleo de corte com composição inadequada, seja por erro do fabricante ou decisão do processador em criar sua própria fórmula caseira em vez de comprar o produto adequado;
  •  Luvas usadas no manuseio do vidro que estejam contaminadas por produtos químicos, óleo de corte inadequado ou sujeira;
  • Ausência de intercalário entre as chapas, ou uso de intercalário com cola.

 

Na lapidação, a atenção deve ser constante, pois as manchas podem surgir também nessa atividade. Exemplos:

lapidacao

  • Marcas de correia;
  • Manchas de pinças;
  • Manchas causadas pela água usada na lapidação, quando seu pH não é neutro ou apresenta alta concentração de cálcio e magnésio;
  • Ataques superficiais causados pelo uso de produtos químicos inadequados para a limpeza do vidro.

 

serigrafia, de igual modo, pode levar ao surgimento de manchas. Algumas de suas causas são:

serigrafia

  • Densidade ou viscosidade inadequadas do esmalte a ser aplicado;
  • Falta de homogeneidade do esmalte;
  • Pressão e velocidade de impressão inadequadas;
  • Desnivelamento da máquina de impressão;
  • Falhas no contato ou descolamento da serigrafia no vidro.

 

Na têmpera

Nessa etapa, frequentemente surge um tipo especial de mancha, de aspecto colorido. Trata-se de um efeito inerente ao processo de têmpera, o qual provoca esforços diferentes na secção transversal da peça. A boa notícia é que a atenuação e a homogeneidade desse defeito podem ser controladas com o acompanhamento adequado ao processo.

A intensidade desse tipo de mancha depende de uma série de fatores, como a adoção de parâmetros de processo inadequados no forno de têmpera.

Outros tipos de mancha também podem surgir devido a diferentes fatores. Entre eles estão:

  • Uso de perfil térmico inadequado;
  • Uso de produtos químicos inadequados no aquecimento do forno;
  • Envio de vidro serigrafado para a têmpera sem a secagem prévia eficaz do esmalte aplicado sobre a superfície;
  • Uso de produtos ou métodos inadequados para tirar riscos do vidro. 

 

Na laminação

haze, tipo de mancha esbranquiçada, pode aparecer em vidros laminados devido a falhas no processo de autoclave. Para evitar esse defeito, os processadores devem seguir rigorosamente as instruções fornecidas pelos fabricantes da camada intermediária utilizada.

No transporte e na instalação

transporte-vidroMesmo que o vidro esteja isento de manchas após seu processamento, elas ainda podem surgir — e são causadas por erros:

  • Na aplicação do vidro;
  • No transporte do vidro;
  • No acondicionamento das peças na obra;
  • No uso de produtos inadequados para sua instalação, manutenção e limpeza.

 

O que é irisação?

Trata-se de um processo que pode surgir em locais em que a estocagem do vidro é feita sem controle da umidade ou sem colocação de intercalários entre as chapas. Nesses casos, pode haver condensação entre as lâminas, o que leva a película de água confinada entre as chapas iniciar uma reação química de corrosão na superfície do vidro.

O resultado é o aparecimento de manchas semelhantes a um arco-íris no revestimento da superfície do vidro.

Curiosidades

vidro

Quais são os tipos de vidro mais propensos ao surgimento de manchas?
Placas especiais, como as baixo-emissivas (low-e), são aquelas que apresentam esse tipo de defeito com mais frequência, devido aos elementos químicos presentes em seus revestimentos. As más condições de armazenagem e manuseio também afetam especialmente os vidros acidados (que sofrem tratamento superficial à base de ácido fluorídrico) e refletivos.

Em seguida, vêm os vidros coloridos, os sodo-cálcicos (mais suscetíveis ao processo de irisação) e, finalmente, os incolores.

Vidros impressos são mais vulneráveis ao aparecimento de manchas?
Não. A propensão dos impressos ao surgimento desse tipo de defeito é igual à de outros tipos de vidro.

É possível remover manchas do vidro?
Em alguns casos, sim. Porém, há um alerta: é necessário primeiro que um especialista identifique o tipo e causa da mancha para então determinar se a remoção é possível e como isso é feito.

Leia também: “Evite manchas no vidro! Veja 7 dicas práticas para o processamento

Você sabe instalar espelho corretamente?

Confira o que se deve —  e não se deve — fazer na instalação do material de acordo com as normas

Espelhos oxidados, trincas na superfície, distorção óptica: esses são alguns dos problemas que surgem quando a instalação de espelhos não é feita de maneira correta.

Buscando ajudar os profissionais que trabalham nessa área, O Vidroplano preparou um “roteiro” especial para a instalação correta e segura de espelhos. Nesta reportagem, as fotos apresentam a instalação química (isto é, feita com o uso de adesivos), mas alguns procedimentos listados também se aplicam à instalação com elementos mecânicos — os cuidados específicos podem ser vistos no quadro abaixo.

Antes de instalar o espelho, é importante verificar suas medidas e as do espaço em que ele será colocado e conferir se a superfície que o receberá está limpa, seca e livre de umidade

Os adesivos (substâncias para fixação) devem ser elastoméricos neutros, como silicones de cura neutra de base alcoxi sem solventes tóxicos (fabricados por empresas como Adespec, Alpatechno e Tekbond) ou fitas dupla face isentas de solventes

Adesivos devem ser aplicados na superfície em que será feita a colagem em filetes na vertical — nunca na horizontal — para permitir a circulação de ar e evitar o acúmulo de umidade no verso do espelho

Na fixação, é fundamental que haja espaço de 3 mm entre o costado do espelho e o substrato, para permitir a circulação de ar e o escoamento da umidade

Seguir a norma é indispensável!

A Associação Brasileira de Normas Técnicas tem um texto específico para a instalação de espelhos: trata-se da NBR 15198 — Espelhos de prata – Beneficiamento e instalação.

É fundamental que todos os profissionais que trabalham com instalação de espelhos leiam essa norma, para saber todos os cuidados a serem tomados, evitar erros e ter conhecimento para responder às dúvidas de seus clientes.

Instalação mecânica

Esse tipo de instalação faz uso de elementos que não agem quimicamente para a fixação de espelhos. Veja a seguir os tipos de instalação mecânica e alguns cuidados para cada um.

  • Aparafusamento
  • Devem-se usar arruelas ou espaçadores plásticos em ambos os lados do espelho;
  • O aperto completo é feito apenas no final, preferencialmente pelas diagonais das peças;
  • Deve-se evitar o contato direto entre os parafusos de fixação e a peça do espelho, utilizando entre eles materiais como silicone neutro ou arruelas de borracha ou plástico.
  • Botão francês
  • Utilize apoio de borracha ou plástico, para evitar contato direto entre o metal e o espelho;
  • O número de botões a se usar deve ser proporcional às dimensões do espelho — segundo Luiz Cláudio Rezende, gerente industrial da Viminas, deve-se pedir ao fabricante do botão qual limite de peso ele suporta sem quebrar.
  • Molduras
  • Utilize molduras e elementos de fixação que não absorvam umidade;
  • Para instalação com molduras metálicas, use espaçadores macios (como calços de borracha ou clipes plásticos);
  • O espelho deve estar encaixado na moldura, com no mínimo 5 mm em todas as arestas;
  • Evite elementos de fixação que possam causar danos às superfícies e arestas do espelho.
  • Presilhas ou garras
  • O número de presilhas ou garras a serem utilizadas deve ser proporcional às dimensões do espelho;
  • Deve haver espaçamento de pelo menos 3 mm entre o costado do espelho e o substrato.

O que NÃO se deve fazer

Wagner Domingues, coordenador de Engenharia de Aplicação da Cebrace, aponta alguns dos erros mais frequentes na instalação química de espelhos:

  • Usar colas com solventes orgânicos (como “colas de sapateiro” e “colas para tapete”) para a fixação, em vez de silicone neutro ou adesivo recomendado pela fabricante do espelho;
  • Não nivelar a superfície em que o espelho será colado, quando for necessário;
  • Aplicar o adesivo em forma de círculos, o que gera acúmulo de umidade e causa a oxidação do espelho;
  • Usar quantidade insuficiente de material de colagem de acordo com o tamanho e peso do espelho;
  • Não usar protetor de borda, o que facilita a oxidação;
  • Usar mantas ou jornais entre o espelho e a parede, o que propicia o surgimento da umidade por bloquear a ventilação;
  • Usar cera automotiva para “limpar” o espelho — como o produto costuma ter solventes ou silicones, causa manchas no espelho.

A equipe do departamento técnico da Guardian observa outros problemas comuns:

  • Espelhos instalados em saunas, banheiros, piscinas ou qualquer outro ambiente com alto índice de umidade ou atmosfera corrosiva são propensos à oxidação;
  • Não é recomendado o uso de iluminação tipo spot direcionado diretamente ao espelho, pois gera muito calor e pode deteriorar a camada de prata ou trincar a peça.

Fale com eles!

ABNT — www.abnt.org.br

Abravidro — www.abravidro.org.br

Adespec — www.adespec.com.br

Alpatechno — www.alpatechno.com.br

Cebrace — www.cebrace.com.br

Guardian — www.guardianbrasil.com.br

IV Centenário — (11) 2091-5833

Tekbond — www.tekbond.com.br

Nota da redação: O Vidroplano agradece à IV Centenário por permitir o acompanhamento do processo de instalação de espelhos para a produção das fotos que ilustram esta reportagem