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Como está o mercado de vidro impresso?

A situação desse produto um ano após o fechamento da UBV

No dia 3 de abril de 2018, o setor vidreiro foi pego de surpresa com o anúncio do encerramento das atividades da União Brasileira de Vidros (UBV), a então maior fabricante de vidros impressos do Brasil, com sessenta anos de história. Hoje, com somente a Saint-Gobain Glass fabricando o produto no País, como está se saindo esse mercado? Relembre a seguir os motivos pelos quais a UBV fechou e confira qual o futuro da aplicação desse item na arquitetura e decoração.

Um ano depois

Como ficou o setor ao longo desse tempo? “Em termos práticos, o mercado se manteve”, explica Pedro Matta, gerente-comercial e de Marketing da Saint-Gobain Glass. “Tivemos contratempos com relação ao nível de serviço, uma vez que nossos estoques foram consumidos em velocidade maior que o reabastecimento.” No entanto, a usina afirma ter buscado produtos em outras fontes do grupo, conseguindo atender os clientes de forma regular.

Os negócios no início de 2019 mostraram-se bons até o mês passado, quando ocorreu uma queda importante nas vendas. “Um pouco por conta do mercado, outro tanto por conta da oferta de vidros importados”, explica Matta. “Entendemos que neste ano ainda haverá ajustes entre oferta e demanda, com um cenário em que o vidro acompanhe o ritmo da economia do País.”

Ciclo de demanda

Nos últimos anos, o vidro impresso tem sido mais usado em revestimentos na arquitetura e decoração. Inclusive, existe a percepção, por parte de alguns profissionais vidreiros, de que há um encolhimento desse setor no mundo. No entanto, para a Saint-Gobain Glass, vivemos um momento de transição no uso desse item. Matta afirma: “Não esperamos crescimento em comparação a 2018, tampouco; com os elementos que temos até agora, há motivo para acreditar em queda forte”.

mobiliárioContratempos

No final do ano passado, alguns clientes comentaram a respeito de problemas pontuais nas peças de 8 mm da SGG. Segundo a empresa, isso aconteceu devido a uma contaminação da matéria-prima, descoberta somente após a entrega dos produtos. “Uma vez que a questão fora identificada, estabeleceram-se todas as ações para controle. Agora já temos de volta os níveis de qualidade desejados”, garante o executivo.

Futuro do impresso

Na edição de 2017 da Casa Cor São Paulo, a mostra voltada para decoração e arquitetura apresentou diversos ambientes com soluções de vidro impresso, principalmente em mobiliários. Em 2018, porém, o material pouco foi visto no evento. Afinal, qual será o futuro do produto nesses nichos tão relevantes para nosso setor? “São ramos que crescem seu interesse à medida que se tornam conhecedores dessas alternativas”, analisa Matta. “Com uma nova equipe dedicada ao tema, estamos concentrando esforços para tornar essa oferta mais conhecida. Dentro desse escopo, temos ainda o suporte técnico que vai ajudar a proporcionar o encontro da melhor solução para cada projeto.”

Crescimento ou estagnação?

Muitos desses prognósticos vão depender, na verdade, da situação econômica brasileira ao longo de 2019. “Com o País na atual situação, a indústria nacional perde força e competitividade”, reflete Matta. “O desemprego assusta muito e, com ele, o baixo consumo das famílias brasileiras não ajuda nesse processo necessário de retomada. Assumimos uma postura de otimismo, mas o momento requer atenção.”

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O fim da UBV

Desde 2017, executivos da usina avaliavam a situação da empresa, pois a vida útil de seu forno se esgotaria em 2018. Reformar o equipamento para um novo ciclo de produção custaria de R$ 15 a 20 milhões. Além disso, chegou-se à conclusão de que seria necessário um crescimento de 30% no volume de vendas para a usina retomar uma situação financeira estável. As baixas perspectivas de melhoras para a construção civil em curto prazo mostravam que isso era algo pouco provável. Assim, foi decidido não realizar os reparos e encerrar a produção.

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fim do estoque

Após anunciar, em abril, o encerramento de suas atividades, a União Brasileira de Vidros (UBV) esgotou em julho todo o seu estoque de vidros impressos. A informação foi dada por Sérgio Minerbo, presidente da usina. Segundo ele, apenas a área administrativa da UBV ainda permanece em funcionamento por ora.

Este texto foi originalmente publicado na edição 548 (agosto de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Última impressão

Já passavam das 17 horas da terça-feira, 3 de abril, quando uma notícia caiu como uma bomba no setor vidreiro nacional: a União Brasileira de Vidros (UBV), maior fabricante de vidros impressos do País, com seis décadas de história, encerrava suas atividades. O anúncio foi feito por meio de carta enviada a clientes, assinada pelo presidente da empresa, Sérgio Minerbo — não deixe de ler a entrevista exclusiva de O Vidroplano com Minerbo, na qual ele comenta os motivos que levaram à decisão. Os canais de comunicação da Abravidro foram os primeiros a repercutir o assunto e o portal da associação teve um boom de acessos de pessoas interessadas em saber: como isso aconteceu?

Mercado sem perspectivas
fornoA UBV, fundada por distribuidores de vidros em 1957, atualmente era controlada por três famílias, todas elas com investimentos variados. Desde o ano passado, com os executivos da empresa, os investidores avaliavam com atenção a situação da UBV, levando em consideração o mercado, as condições econômicas e as perspectivas para a construção civil nacional. Isso porque a vida útil do forno se esgotaria em breve, mais precisamente este ano, e algo precisaria ser feito.

Reformar o equipamento para um novo ciclo de dez anos de produção implicava um investimento de R$ 15 a 20 milhões. Inviável, na visão dos controladores. Por isso, foram cogitados dois cenários: realizar a manutenção a quente no forno, para fazê-lo durar mais um ano, ou parar a produção.

Com baixas perspectivas de melhoras no mercado em curto prazo (a empresa considerava necessário um crescimento de 30% no volume de vendas), não se realizaram os reparos. O equipamento parou de funcionar no próprio dia 3, quando começou o processo de drenagem, que terminou alguns dias depois.

Segundo o comunicado, pedidos em carteira e demandas do mercado serão atendidos enquanto houver produtos disponíveis — espera-se que os estoques durem cerca de sessenta dias. Outro assunto abordado: a usina garantiu que os funcionários terão todo o suporte possível nos próximos meses até deixarem a empresa. E isso inclui até um workshop sobre vários temas para ajudar os profissionais na recolocação.

Reflexos da decisão
No dia do anúncio, a usina enviou também uma carta à Abravidro, em que registra o orgulho de ter feito parte, juntamente com as empresas e entidades associadas, da história do desenvolvimento do mercado no Brasil e no mundo. “Temos certeza de que, com a participação da Abravidro, o segmento continuará crescendo e se desenvolvendo”, afirma Minerbo no documento.

A Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), à qual a UBV era associada, comentou a notícia por meio de seu superintendente, Lucien Belmonte. “É muito triste ver uma fábrica nacional desse porte, inovadora e batalhadora, chegar ao ponto em que o retorno sobre o investimento não justifica a produção. Produzir em nosso País está ficando cada vez mais inviável”, lamentou.

Agora, o setor conta com apenas um fabricante do produto no Brasil, a Saint-Gobain Glass, que possui capacidade para gerar 180 t/dia do produto. Procurada pela reportagem de O Vidroplano para comentar o assunto, a usina preferiu não se manifestar.

Legado de sessenta anos
simpovidroA UBV foi fundada em 1957. Sua fábrica, localizada no Jardim Guanabara, no extremo Sul da cidade de São Paulo, tinha capacidade nominal de produção de 240 t/dia.

Uma das pioneiras na introdução de chapas espessas e de grandes dimensões no mercado nacional, fornecia aos segmentos de decoração e construção civil, atendendo diferentes tipos de aplicação, como boxes de banheiro, portas, divisórias, esquadrias, engenharia, móveis e molduras. A empresa ainda exportava para locais como México, Paraguai e países da África.

Este texto foi originalmente publicado na edição 544 (abril de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

“Do ponto de vista do negócio, era o que tinha de ser feito”

Após dez anos à frente dos negócios da União Brasileira de Vidros (UBV), Sérgio Minerbo tem apenas mais alguns meses de trabalho na empresa. Até julho, será ele o responsável por conduzir as últimas ações em relação ao encerramento das atividades da fábrica. Na sala de reuniões da planta localizada no Jardim Guanabara, extremo Sul da cidade de São Paulo, o solícito executivo recebeu Iara Bentes, editora de O Vidroplano, para explicar o que levou à decisão que pegou o setor de surpresa (leia mais clicando aqui). Ele comenta ainda sua visão em relação ao futuro do vidro impresso no Brasil e as dificuldades da indústria nacional em tempos de crise econômica.

IMG_1036A notícia surpreendeu todo o setor, principalmente pelo fato de a UBV não ter demonstrado anteriormente sinal de que poderia tomar essa decisão. Afinal, quais fatores levaram ao encerramento das atividades?
Sérgio Minerbo — Nós iniciamos a campanha desse forno em 2008, com projeto de vida útil de dez anos. Inicialmente, existia a expectativa de se fazer campanhas adicionais. A partir de 2015, quando a crise da construção civil começou a se aprofundar, percebemos que o vidro impresso estava sendo substituído por outros produtos em uma velocidade muito rápida. Então, o fim da vida útil do forno coincidiu com o mercado em crise. Se isso acontecesse em momentos diferentes, talvez a decisão tivesse sido outra. Do ponto de vista do negócio, era o que tinha de ser feito.

Não é viável reformar o forno?
Sérgio — Em 2017, traçamos cenários e um deles era realizar um reparo a quente para fazê-lo durar mais um ano, dando tempo pra analisar o mercado. O outro era drenar o forno e parar a produção. Tudo foi preparado do ponto de vista técnico e de gestão interna para esse reparo. Mas a gente olhou o volume de vendas de novembro a março e não fazia sentido rodar mais um ano e estocar vidro. Até o último momento, existia a expectativa de que pudesse mudar. No entanto, olhando o mercado externo, exportação e mercado interno, as vendas tinham de subir, no mínimo, 30%. E é um crescimento muito grande para acontecer num prazo tão curto.

Como os colaboradores ficaram sabendo?
Sérgio — O contato com o pessoal sempre foi próximo. Algumas vezes ao ano, fazíamos os “ciclos de diálogo”, em que a direção colocava-se à disposição para apresentar números como volume de venda, custos. Isso para todos terem noção de como caminhava a empresa. E a gente nunca escondeu que as vendas estavam difíceis. Mas quando você toma a decisão, não deixa de existir um espanto geral. A empresa está em condição de pagar todas as rescisões. No dia 3 [de abril], data do anúncio, estávamos com cerca de 140 colaboradores. Não sairão todos ao mesmo tempo. Ainda em abril, as áreas de produção e manutenção serão as primeiras. Ficam ainda os funcionários dos setores de logística, vendas e administração, com o objetivo de vender o estoque. Vale citar que a UBV está oferecendo um workshop para ajudar os profissionais na recolocação. São oito horas voluntárias, nas quais o funcionário vai aprender noções de gestão financeira, empreendedorismo, atualização currículo etc.

A produção parou no dia 3 de abril? Quanto vidro existe em estoque?
Sérgio — No dia 3, começou a drenagem no forno, processo que terminou alguns dias depois. Quanto aos estoques, devem durar uns sessenta dias a partir de agora [a entrevista foi gravada no dia 10]. Não estamos reservando produtos e continuamos seguindo a política comercial de sempre, sem nos aproveitarmos da situação. A resposta dos clientes tem sido positiva, inclusive nos itens exclusivos como o Quadrato.

Vocês pensaram na opção de vender a empresa?
Sérgio — A mesma percepção que nós, executivos e acionistas, temos, de que o vidro impresso encolheu no mundo, um possível comprador também teria. A venda não era viável. Hoje, tem-se um mercado no Brasil que não comporta duas usinas — e sabendo ainda que existe mais um aqui do lado, na Argentina. Não há essa concentração de players em nenhum outro lugar do mundo, exceto na China.

IMG_1101O vácuo no fornecimento de impresso será suprido em curto prazo?
Sérgio — Na capacidade produtiva, não será possível suprir. Acho que vai faltar metro quadrado no mercado. Porém, nosso concorrente, uma empresa global, pode lançar mão de importações. A vantagem de ser uma empresa independente é que se tem muito mais agilidade para tomar decisões. Quando a gente decidiu importar, fomos para a China, encontramos bons fornecedores e pronto. E a desvantagem é não ter um suporte por trás. Em qualquer dificuldade de mercado, não dá para exportar para empresas coligadas em outros mercados para se manter operando.

Qual era a participação de mercado da UBV?
Sérgio — Por capacidade de produção e importação, minha estimativa era de 55%. No vidro espesso, talvez 60%, 70%. Era um mercado em que não se sentiam os efeitos da concorrência.

Como foram os negócios da UBV na última década, ao longo da vida útil do forno?
Sérgio — Quando o inauguramos, em 2008, percebemos que o vidro de espessuras finas estaria sob concorrência muito intensa, principalmente por conta dos produtos importados. Naquele momento, decidimos que o vidro espesso seria o caminho — e praticamente criamos esse mercado no Brasil, assim como o de chapas grandes.

O espesso chegou a tomar mais de 40% de nosso volume de produção em toneladas produzidas. Isso nos permitiu trabalhar com conforto até o início da crise. Em 2008, a indústria impunha ao mercado o que ele queria. E nós trouxemos algo diferente: quem define o que quer comprar é o mercado. O consumidor queria chapas grandes. Mas como se faz isso do ponto de vista técnico? Hoje, são coisas consolidadas, só que na época foi preciso pensar. Por isso, me orgulho de dizer que, mesmo sendo empresa nacional, fomos os líderes setorde inovação no mercado de impresso. Teria sido confortável não fazer os espessos, chapas grandes, mas era necessário sair da zona conforto. A percepção de atender o mercado com excelência a UBV teve, talvez, seis anos antes das outras empresas.

Qual o futuro do impresso no Brasil e no mundo?
Sérgio — O encolhimento do mercado de vidro impresso no mundo inteiro não é novidade para ninguém. É um produto que tem sido substituído por outros materiais, sendo mais usado em revestimentos na arquitetura. Vejo grande demanda para painéis fotovoltaicos com vidros low-iron, com baixo teor de ferro, que são produzidos com tecnologia próxima à do impresso. Para isso, os países precisam saber fabricar esses painéis de modo eficiente, incluindo todos os seus componentes (eletrônicos, perfis de alumínio etc.). É uma pena que ainda não haja demanda no Brasil pra suportar uma fábrica dessas. É mais barato importar esse vidro cortado e temperado do que produzir aqui. Chegamos a fazer gestão junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para incentivar a indústria local, mas nunca conseguimos fazer esse projeto andar. A decoração é tendência forte na Europa, não no Brasil, pois a mão de obra de instalação é deficiente por aqui. Os espessos ainda têm muito espaço. E o apelo da privacidade nos boxes também é muito importante.

Este texto foi originalmente publicado na edição 544 (abril de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vida que segue

domingosFoi com uma mistura de surpresa e choque que soubemos este mês que a União Brasileira de Vidros (UBV) está deixando o mercado vidreiro. Aos profissionais que atuam e atuaram na usina, deixo aqui minha sincera solidariedade neste momento difícil. O fim da fabricante engrossa as estatísticas das empresas que não resistiram à crise da construção civil, iniciada em 2015. Foram muitos os transformadores de vidro abatidos nesse período.

Mas, como empreendedores, temos de olhar para a frente, para o futuro, e buscar a energia necessária para seguir o caminho. E, para isso, nada melhor que marcar presença na maior feira de nosso setor no Brasil, a Glass South America, que será realizada de 9 a 12 de maio, em São Paulo.

Em sua 13ª edição, o evento conta mais uma vez com o apoio da Abravidro — e repetiremos a iniciativa Vidro em Ação, com a realização de ensaios técnicos em nosso material ao vivo durante a mostra. A Glass é uma excelente oportunidade para se atualizar, conhecer os lançamentos de produtos, conferir tendências e, claro, encontrar parceiros e fornecedores. Para nós, será também a ocasião para dar ainda mais visibilidade à campanha #TamoJuntoVidraceiro, lançada no mês passado e muito bem recebida pelo mercado.

Logo depois da feira, teremos a Copa do Mundo, o que impacta o ritmo e a produtividade do primeiro semestre. Depois, surgem as eleições, que sempre deixam um clima de incerteza no ar. Os dados econômicos dos primeiros meses de 2018 reforçam a percepção de que este ano será de recuperação, mesmo que em ritmo moderado. O importante agora é fazer a nossa parte!

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 544 (abril de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fortes e capazes de dialogar!

Não poderia haver melhor momento para a realização do 13º Simpovidro. De 9 a 12 de novembro, o Costão do Santinho Resort foi o palco de discussão de pautas como a retomada do segmento após um longo período de baixa atividade e a questão do desabastecimento de float. Ao todo, 516 participantes, de dentro e fora do País, marcaram presença — número superior ao previsto pela Abravidro. E, apesar da conjuntura de crise econômica e política, o nível de excelência do Simpovidro seguiu o mesmo: o mais alto possível!

Confira a seguir a cobertura completa do simpósio em reportagens sobre as palestras, Feira de Oportunidades com os apoiadores do evento, atividades de lazer e uma galeria de fotos.

No tapete vermelho
IMG_1140Para homenagear o profissional vidreiro, que enfrentou as dificuldades do País, o tema escolhido para essa edição do Simpovidro foi o Oscar, a premiação do cinema americano. Historicamente, a solenidade de abertura é marcada por posicionamentos da Abravidro e das usinas de base (veja mais no quadro “O que disseram as usinas de base?”), que também são patrocinadoras do evento. José Domingos Seixas, presidente da Abravidro, reforçou a importância de uma solução rápida para o desabastecimento e aumentos sucessivos no valor do float. “Esperamos que nos próximos meses, não venhamos a enfrentar o problema oposto: excesso de matéria-prima e os leilões que já testemunhamos em outros tempos”, disse o dirigente.

O que disseram as usinas de base?
Durante a cerimônia de abertura, representantes das seis fabricantes nacionais de vidro — todas patrocinadoras do Simpovidro — discursaram.

AGC: ‘coater’ a caminho
IMG_1218Francesco Landi, diretor-geral da divisão de Vidros para Construção Civil e Indústria para América do Sul, anunciou a construção de um coater para a produção de vidros de controle solar em solo no Brasil — hoje, a AGC importa esses produtos. O empreendimento deve ficar pronto no segundo semestre de 2018. Além disso, a obra para o novo forno em Guaratinguetá (SP) está a pleno vapor.

Cebrace: desabastecimento foi algo pontual
IMG_1254O diretor-executivo da companhia, Reinaldo Valu, comentou que a empresa manteve seus fornos atuando com capacidade máxima, além de procurar oportunidades para exportação do material. Valu, para quem a questão do desabastecimento do mercado foi pontual, reforçou que os objetivos da Cebrace não se limitam a metas comerciais: a preocupação é com o desenvolvimento do mercado.

Guardian: os benefícios do vidro
IMG_1283Ricardo Knecht, gerente-geral para a América do Sul da Guardian, fez uma apresentação sobre as tendências no uso do vidro. Para ele, o mercado deve sempre se antecipar às necessidades dos clientes, fazendo com que o material seja elemento relevante para a sociedade. Um exemplo disso citado pelo executivo é o foco no maior aproveitamento da luz natural.

Saint-Gobain Glass: retomando produção de aramados
IMG_4756O coordenador de Marketing, Gabriel Zanatta, iniciou seu discurso com uma breve análise econômica, apontando que os últimos meses indicam uma tímida recuperação do setor. E, para o mercado sair fortalecido da crise, é necessário colocar o cliente como centro das atenções. Zanatta relembrou ainda que a empresa retomou a produção de vidros aramados, atendendo demanda dos consumidores.

União Brasileira de Vidros (UBV): novo sistema de logística
IMG_4777Presidente da empresa, Sérgio Minerbo revelou uma mudança importante em seu sistema de entrega de pedidos: vidros serão carregados para atender os clientes todos os dias da semana, de domingo a domingo. Este ano, a UBV comemora seu 60º aniversário tendo maior atuação no mundo digital. Aposta em aplicativos e conteúdos exclusivos online para propiciar maior interação com os clientes.

Vivix: lançamento de linha de controle solar
IMG_1354Paulo Drummond, presidente da usina, falou sobre a linha Performa de vidros para controle solar, que será lançada em 2018, e refletiu sobre a economia nacional, comentando a importância da estabilidade política para o País. Relembrou o alto déficit habitacional, reforçando que o crédito imobiliário ainda é baixo — e que isso precisa mudar, para gerar mais obras e esquentar o mercado da construção civil.

Encerramento: um evento marcado pela integração do setor
20171111_SIMPOVIDRO_FOTO CAIO GRAÇA_PEDRO SAAD - 1655 cópiaLogo após as palestras do sábado, é tradição representantes da Abravidro e das usinas de base voltarem ao palco para as considerações finais sobre o evento. José Domingos Seixas destacou o esforço feito para realizar o simpósio e considerou que o Simpovidro representa tudo que o setor pode fazer de grande. Também reforçou que a Abravidro é parceira dos processadores e distribuidores e está à disposição de todos nas suas demandas e necessidades.

Os três vice-presidentes da entidade — Emerson Arcenio, Rafael Ribeiro e Alexandre Pestana — concordaram que o objetivo do evento, a integração do setor, foi alcançado, e que toda a cadeia deve lutar, unida, pelo desenvolvimento dos negócios.

Falaram também:
Franco Faldini, gerente-executivo nacional de Vendas e Marketing da AGC;
Leandro Pozzer, gerente nacional de Vendas da Cebrace;
Renato Sivieri Barboza, diretor de Marketing da Guardian;
Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass;
Vitor Hugo Farias, coordenador de Vendas, Comércio Exterior e Marketing da UBV;
Danilo Gatto, gerente-comercial da Vivix.

Além de a identidade visual do encontro remeter ao cinema, o grupo Felchak foi responsável por shows cheios de dança, cores, emoção e referências a clássicos da Sétima Arte nas cerimônias de abertura e encerramento. Durante as manhãs na plenária, os artistas conduziam os palestrantes até o palco. E, no tapete vermelho antes do jantar de encerramento, interagiram com os participantes, brincando de ser tietes dos profissionais vidreiros, como se esses fossem atores e atrizes de Hollywood.

Este texto foi originalmente publicado na edição 540 (dezembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

O amanhã se constrói hoje

capa-savaëteO consultor Bernard Savaëte, da BJS Différences, é um dos maiores especialistas sobre o mercado mundial: suas palestras no GPD estão entre as mais concorridas, pois trazem panoramas globais da fabricação de float.

Bernard, no GPD 2017, você apontou expectativas para o futuro dos negócios, como foco em energia, fornos com maior produtividade e reciclagem. O setor está no caminho certo?
Eu ainda não vi o suficiente para a criação de novos fornos. A indústria é fragmentada e poucas companhias têm capacidade de gerenciar, sozinhas, projetos desse porte. Eu realmente acredito que a cooperação será necessária para inovação nessa área. Além disso, a reciclagem vai ser uma preocupação chave nos próximos anos.

Quais serão as tendências para o vidro nas próximas décadas?
– Desenvolvimento de chapas em tamanhos extragrandes;
– Maior durabilidade e resistência mecânica do material;
– Diminuição das emissões de gás carbônico levará à mudança nos leiautes das fábricas;
– Maior produção de energia com vidro (BIPV e fotovoltaicos transparentes);
– Foco no conforto (térmico, acústico, visual) dos usuários;
– Carros sem motoristas modificarão o design dos veículos, permitindo envidraçamentos complexos neles;
– Em longo prazo, todos os insulados serão produzidos com ao menos um revestimento low-e;
– Tecnologia eletrocrômica será mais acessível.

Como será o crescimento da indústria mundial?
Até 2030, a população mundial deve chegar a 8,5 bilhões. Atualmente, a média é existir uma linha de float a cada 15 milhões de habitantes. Isso significa que precisaremos de quatro e cinco novas linhas por ano para servir a nova população. Fábricas terão de ser construídas principalmente em regiões como África, América do Sul e Sudeste Asiático.

 

O que pensa o setor vidreiro nacional?

capa-seixas“Como afirmo desde o momento em que assumi a presidência da entidade, o foco principal da Abravidro é unir todos os elos da cadeia vidreira, das usinas de base aos vidraceiros, passando por processadores e distribuidores. Somente assim será possível um desenvolvimento saudável do setor, visando ao crescimento de receitas e criação de novos produtos. E isso passa pelo investimento incessante em pesquisa e tecnologia. Ainda estamos bem atrás de outras regiões do mundo nesses quesitos. Se quisermos estar preparados para o futuro, que chega quando menos esperamos, num piscar de olhos, isso se mostra fundamental.”
José Domingos Seixas, presidente da Abravidro

 

capa-matta“A Cebrace enxerga uma crescente demanda pelo vidro de valor agregado. Estamos investindo na educação do mercado, principalmente na difusão de informações para o consumidor final. Para cada tipo de região e para cada obra, há um produto que pode ser mais funcional em estética e desempenho. Por isso, estamos sempre em contato com profissionais do setor com o objetivo de identificar as principais questões construtivas e arquitetônicas, pontos de partida para a criação de novas soluções.”
Pedro Matta, gerente de Marketing da Cebrace
capa-sivieri“A Guardian está sempre atenta ao mercado de arquitetura e construção em âmbito global, o qual traz, cada vez mais, projetos minimalistas e arrojados. Entre as tendências, destacamos o conforto térmico e acústico, edifícios sustentáveis com estética diferenciada e eficiência energética. As pesquisas realizadas por nós estão alinhadas às necessidades dos clientes e influenciadores. Nesse sentido, a empresa ouve as demandas do mercado para desenvolver novos produtos e soluções.”
Renato Sivieri, diretor de Marketing da Guardian
capa-zanatta“O vidro no Brasil ainda é um produto com consumo per capita baixo, se comparado com economias mais fortes. Contudo, com o avanço do conhecimento junto a públicos especificadores, e com uma maior versatilidade nas formas oferecidas pelo vidro texturizado, o produto passará a ser mais utilizado como um elemento de arte, não apenas no essencial, mas para todo tipo de solução decorativa.”
Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass

 

 

capa-minerbo“ É um material extremamente prático e versátil. Existe uma tendência para a ampliação do uso de vidro de modo a privilegiar a iluminação natural e a sensação de amplitude e integração entre ambientes. Os vidros impressos vêm ganhando força principalmente em espaços onde se busca a privacidade aliada ao design. Por isso, acreditamos que novas texturas e desenhos serão parte do futuro, permitindo que migrem de aplicações no interior das construções para o exterior em grandes fachadas comerciais.”
Sérgio Minerbo, presidente da União Brasileira de Vidros (UBV)
capa-viviane“O Brasil vem evoluindo em relação ao uso do vidro, mas ainda tem muito a crescer. O consumo per capita é bem baixo em relação ao mercado externo, por exemplo. Uma grande tendência será a maior utilização dos produtos de controle solar. Existe uma série de estudos de eficiência energética em andamento e não temos dúvidas de que o material fará, cada vez mais, parte do cotidiano das pessoas.”

Viviane Moscoso, gerente de Produto da Vivix

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 538 (outubro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Um novo nome para um velho conhecido

No começo de maio, a Saint-Gobain Glass anunciou uma mudança na forma de chamar seus produtos: a empresa não se refere mais a eles como vidros impressos, mas sim como vidros texturizados.

Mas por que essa mudança foi feita? De que forma isso interfere no mercado? E, afinal, por qual nome o consumidor deve chamar esse vidro? O Vidroplano conversou com representantes das duas principais fabricantes de vidros impressos no País para esclarecer essas e outras dúvidas para o setor.

Um produto, três denominações
Essa não é a primeira vez que esse vidro ganha nome diferente. Décadas atrás, principalmente nos anos 1980 e 1990, ele era chamado de “vidro fantasia”, por conta do aspecto visual que seus relevos traziam às peças. Inclusive, ainda hoje é possível encontrar vidraçarias e profissionais que usam o termo. Com o tempo, “vidro impresso” passou a ser usado como o padrão da indústria, refletindo o processo de impressão da textura feito na massa do vidro.

vp_vidroimpresso1APor que a mudança?
O coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass, Gabriel Zanatta, explica os motivos que levaram a empresa a escolher a nova terminologia: “Mesmo antes de adotarmos essa nomenclatura em alguns testes junto aos clientes e especificadores, já havíamos reparado na sua fácil compreensão, pois esse nome se liga à principal característica desses vidros, a textura”. Ainda segundo Zanatta, os clientes frequentemente associavam o termo “impresso” a um float com um adesivo (feito em impressora) colado, o que dificultava na hora de realizar negócios.

O termo “vidro texturizado” substituirá “vidro impresso” no Brasil?
Não no caso da União Brasileira de Vidros (UBV): “Impressão é o nome do processo de fabricação do nosso produto, então não vemos necessidade de adotar um novo termo para se referir ao mesmo processo de produção”, aponta Diego Mota, gestor de Marketing da usina vidreira. “São justamente os relevos impressos sobre uma das faces do vidro que caracterizam os produtos fabricados há sessenta anos pela UBV.”

vp_vidroimpresso2Vale lembrar que o termo “vidro impresso” é utilizado em materiais técnicos no País, como o Manual técnico do vidro plano para edificações, lançado recentemente pela Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), e a norma específica sobre esse produto, a NBR NM 297 — Vidro impresso, publicada pela ABNT. O nome aparece ainda em partes da NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações, o mais importante texto normativo do setor vidreiro.

Como fica agora?
Considerando as normas e demais textos técnicos no Brasil, a nomenclatura oficial permanece sendo “vidro impresso”. Apesar disso, assim como muitas empresas ainda usam o termo “vidro fantasia”, nada impede que processadores, vidraceiros e especificadores acabem adotando o nome criado pela Saint-Gobain Glass. “Com essa nomenclatura mais moderna, inicia-se uma nova era na indústria, com um melhor entendimento do conceito do vidro texturizado, ao mesmo tempo que ele passa a ser mais acessível aos especificadores e consumidores nas mais diferentes soluções de mercado”, opina Zanatta. E você, gostou do nome “vidro texturizado”? Vai adotar?

Fale com eles!
Saint-Gobain Glass — br.saint-gobain-glass.com
UBV — www.vidrosubv.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Acontece

Teve festa em abril! No dia 15, a União Brasileira de Vidros (UBV) completou sessenta anos de vida! Parabéns!

 

vp_acontece_eastmanA Internet se tornou o braço direito das empresas vidreiras quando o assunto é oferecer soluções para os clientes. Prova disso é a nova ferramenta da Eastman: ela serve como mostruário de cores das películas para laminados Vanceva. Lá no site www.vanceva.com/color-selector, é possível ainda personalizar cores!

 

 

 

vp_acontece_tek_energyLembra-se da reportagem de O Vidroplano sobre fotovoltaicos, na edição de abril de 2017? Mostramos um panorama desse setor e como ele pode ser importante para as empresas vidreiras. Agora, mais boas notícias: a brasileira Tek Energy se tornou distribuidora do Calyxo, painel fotovoltaico alemão de filme fino que deve ser laminado entre vidros temperados. Outra prova do crescimento desse mercado!

 

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 533 (maio de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Comemorando aniversário, UBV lança aplicativo para vidraceiros

Uma novidade da União Brasileira de Vidros (UBV) pretende facilitar o dia a dia dos vidraceiros, principalmente na interação com seus clientes. Trata-se do UBV Vidro Design. O aplicativo, criado em comemoração aos sessenta anos da fabricante, mostra em detalhes a textura dos vidros da fabricante. Com isso, o consumidor saberá qual a estética do vidro antes mesmo de ele ser instalado. Além disso, a ferramenta permite a criação de orçamentos. “Entramos na fase de maturidade com novas tecnologias para melhor atender os clientes”, explica o presidente da empresa, Sergio Minerbo. “Isso demonstra que estamos antenados para facilitar a vida de quem trabalha com esse produto.” O aplicativo está disponível para dispositivos móveis Android e iOS.

Mais informações: www.vidrosubv.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Como estará o vidro em 2017?

Para dizer o mínimo, 2016 foi um período bastante difícil para o setor vidreiro nacional. Ao mesmo tempo que digeríamos a redução de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) e de 9,9% do consumo de vidros planos em relação ao ano anterior, seguimos com baixo desempenho econômico — as estimativas são de queda de 3,5%. Se não bastasse, vivemos em meio a um caos político que permanece mesmo após a queda da ex-presidente Dilma Rousseff.

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Sérgio Goldbaum, da GPM: “A evolução da economia brasileira depende do acerto político”

Diante disso, é natural o temor de que 2017 repita o mesmo cenário. “Não estamos exagerando ao afirmar que a evolução da economia brasileira, mais do que nunca, depende do acerto político entre os vários setores da sociedade”, ressalta o economista Sérgio Goldbaum, professor da Escola de Administração e Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP) e sócio da GPM Consultoria Econômica. “O momento é de cautela e de muita observação ao debate sobre as reformas (em especial a da Previdência), mas existe, sim, a possibilidade, não desprezível, de alguma retomada da economia a partir do segundo semestre de 2017”, complementa.

Setor vidreiro
“É preocupante a sobreoferta na usina de base. Ela possui capacidade produtiva superior ao consumo atual e dificuldade de promover ajustes, tanto para reduzir sua produção como para exportar excedente”, afirma Alexandre Pestana, presidente da Abravidro. Ele avalia também os demais elos da cadeia produtiva: “A indústria de transformação fez muitos investimentos, está com alto nível de endividamento e capacidade ociosa, ocasionando uma competição destrutiva com a perigosa deterioração das margens. O varejo se desorganizou e muitos sucumbem às dificuldades do momento”.

Apesar disso, o dirigente da Abravidro acredita que ações individuais de cada empresa podem fazer a diferença. “Precisamos tornar nossas empresas mais eficientes e produtivas, ter custos menores e entregar um produto e serviço de qualidade cada vez maior”, afirma.

Para termos ideia do que aguarda nosso mercado este ano, O Vidroplano entrevistou todas as usinas vidreiras do Brasil sobre seus planos e perspectivas para 2017. Responderam às mesmas perguntas Franco Faldini, gerente-executivo de Vendas e Marketing da AGC do Brasil; Flávio Alves Vanderlei, gerente-comercial da Cebrace; Juan Carlos de Abreu, diretor de Marketing da Guardian; Marcelo Machado, gerente-geral da Saint-Gobain Glass; Sérgio Minerbo, presidente da União Brasileira de Vidros (UBV); e Henrique Lisboa, diretor-comercial e de Marketing da Vivix. Pestana analisou cada um dos temas a partir das respostas dos executivos. Confira o resultado a seguir.

 

Expectativas para 2017
Quais são as expectativas da empresa para o mercado vidreiro nacional em 2017? Estima-se que haverá crescimento, estagnação ou queda no consumo de vidros planos?

Alexandre_pestana_EditorialPalavra de presidente
Nota-se um consenso entre os executivos das usinas vidreiras de que este ano será similar ao anterior e, se houver crescimento, ele será tímido e restrito ao segundo semestre. Os economistas Sérgio Goldbaum e Euclides Pedrozo Jr., sócios da GPM, destacam o ambiente de incertezas e a dependência de reformas e mudanças regulatórias para o Brasil — e para o vidro — reencontrar o crescimento sustentável. Os termos “desafio” e “atenção” resumem o ano que começa.

 

Faldinii (AGC)
Franco Faldinii (AGC)

Faldini (AGC): “A AGC acredita que o ano de 2017 continuará trazendo desafios relativos à demanda, mas estamos confiantes que haverá crescimento no setor, considerando as estimativas de crescimento do PIB do País, em torno de 1%”.

Vanderlei (Cebrace)
Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)

Vanderlei (Cebrace): “Em 2016, a situação econômica de nosso país teve grande influência das incertezas políticas, as quais continuam influenciando o ambiente econômico deste ano. Nesse sentido, ainda estimamos ter um primeiro semestre de crescimento quase nulo e uma sinalização de retomada a partir do segundo semestre. Esperamos que o crescimento da economia, mesmo que pequeno, acompanhe as expectativas informadas pelos órgãos competentes e seja refletido para todos os segmentos”.

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Juan Carlos Abreu (Guardian)

Abreu (Guardian): “Assim como foi em 2016, acreditamos que este ano será de desafios para o mercado. Como o setor depende da economia do País para se recuperar, o que deve acontecer a médio e longo prazos, vejo de forma conservadora uma melhora significativa no curto prazo. Para 2017, continuaremos aprimorando os processos, aumentando a eficiência e desenvolvendo produtos e serviços para as necessidades do mercado, criando valor para a sociedade e clientes e dando suporte aos parceiros para que prosperem.”

Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)
Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)

Machado (Saint-Gobain Glass): “O ano de 2016 foi difícil em comparação com 2015. A instabilidade política e a crise econômica se refletiram nos negócios e reduziram significativamente os investimentos de uma forma geral. No entanto, sempre acreditamos no desenvolvimento do setor, já que o mercado vidreiro é muito maduro e já passou por outras dificuldades, sempre se reerguendo. Para 2017, mesmo com tantas incertezas, não é possível desanimar. Precisamos continuar a acreditar no País e saber que a recuperação também depende das empresas, as quais devem aproveitar o momento para desenvolver novos canais”.

Sérgio Minerbo (UBV)
Sérgio Minerbo (UBV)


Minerbo (UBV):
“Iniciamos o ano com duas boas notícias: a inflação abaixo do teto da meta e a redução da taxa Selic [Sistema Especial de Liquidação e Custódia]. São indicadores importantes que, mais do que representar um ponto de vista econômico, sinalizam otimismo, e isso é sentido pelo consumidor. Inicialmente, acreditamos em um 2017 similar a 2016, ou seja, sem grandes mudanças nem para pior, nem melhor. Mas sempre gosto de lembrar que existe demanda reprimida no segmento da construção, e isso pode ser um fator surpresa positivo”.

Henrique Lisboa (Vivix)
Henrique Lisboa (Vivix)

Lisboa (Vivix): “Em nossas projeções, acreditamos que o mercado de vidros planos apresentará, em 2017, um resultado semelhante ao de 2016. E entendemos que o seu crescimento será gradativo a partir de 2018. Deveremos ter em mente que será um ano desafiador e que exigirá de toda a cadeia vidreira melhor planejamento, gestão responsável e criatividade. Continuaremos fazendo a nossa parte e buscando alternativas que minimizem o efeito do atual cenário”.

 

Expectativas para 2017

  • Produto Interno Bruto (PIB): crescimento de 0,5%
  • Produção industrial: crescimento de 1%
  • Inflação oficial (IPCA): 4,8%

Fonte: Focus – Relatório de Mercado, publicado pelo Banco Central do Brasil em 13 de janeiro de 2017

 

Valor agregado
O Panorama Abravidro 2016 mostrou que a participação dos vidros processados dentro do total consumido cresceu em 2015. Qual a avaliação sobre isso e a expectativa para 2017?

Alexandre_pestana_EditorialPalavra de presidente
Essa questão é estratégica nas cadeias mundiais de vidro plano. A participação de vidros de alto desempenho no Brasil é baixa, com potencial de crescimento mesmo em momentos adversos. Sempre se pode substituir um vidro comum por um temperado ou laminado e provar ao consumidor que um vidro de controle solar trará muito mais conforto e economia para sua casa.

Franco Faldinii (AGC)
Franco Faldinii (AGC)

Faldini (AGC): “Fica evidente que o vidro de maior valor agregado está ganhando mais espaço no mercado. Isso mantém o setor aquecido mesmo com a retração do consumo de vidros e possibilita também um equilíbrio na rentabilidade das empresas que atuam com esse segmento”.

Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)
Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)

Vanderlei (Cebrace): “Temos visto em alguns segmentos uma capacidade instalada muito superior à demanda, gerando assim uma competição que deteriora as margens dos vários elos da cadeia — isto é, processadores, distribuidores, vidraceiros”.

 

Juan Carlos Abreu (Guardian)
Juan Carlos Abreu (Guardian)

Abreu (Guardian): “O mercado em recessão ajuda o Brasil a se profissionalizar, desenvolvendo-se rápido. Com isso, a demanda por produtos processados deve continuar sua tendência mesmo que pressionado pelas condições de mercado. Isso demonstra a necessidade de investir em produtos e em treinamento da cadeia”.

Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)
Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)

Machado (Saint-Gobain Glass): “No mercado de vidros impressos, o consumo de vidros processados é muito utilizado para decoração. Acreditamos que o brasileiro está percebendo as vantagens estéticas e funcionais da aplicação dos vidros nos ambientes internos”.

Sérgio Minerbo (UBV)
Sérgio Minerbo (UBV)

Minerbo (UBV): “Temos visão similar. Nossos vidros de 7, 8 e 10 mm são processados e a venda dessas famílias se manteve mais estável, embora em volumes inferiores aos anos anteriores. Para 2017, acreditamos na manutenção do crescimento dos processados em relação ao montante de vidro plano consumido no País”.

Henrique Lisboa (Vivix)
Henrique Lisboa (Vivix)

Lisboa (Vivix): “As aplicações dos processados no Brasil ainda são bastante primárias. Há um baixo conhecimento sobre os benefícios desses produtos. Para o crescimento significativo do consumo, serão necessários investimentos em divulgação e em capacitação para a cadeia”.

 

Consumo de vidros laminados entre 2009 e 2015: aumento de 120%
Fonte: Panorama Abravidro 2016

O setor vidreiro no Brasil em 2015
Em relação ao ano anterior:

  • Capacidade nominal de produção: 6.950 t
  • Consumo total de vidros planos: queda de 9,9%
  • Consumo per capita de vidros planos: queda de 10,7%
  • Faturamento de vidros processados não automotivos: queda de 17%
  • Empregos na indústria de transformação: redução de 12,8% (mais de 4 mil vagas)

Fonte: Panorama Abravidro 2016

 

Intenção de investimentos
Há previsão de novos investimentos por parte de sua empresa neste ano?

Alexandre_pestana_EditorialPalavra de presidente
Como era previsto, a maioria dos investimentos em 2017 estará direcionada para serviços, ampliação de mix e aprimoramento dos processos internos das usinas de base. Diferente dos últimos anos, o foco é qualitativo e não mais em aumento quantitativo de capacidade produtiva. Como o Brasil tem como principal fragilidade sua capacidade competitiva e baixa produtividade, atacar esses pontos será a melhor forma de reverter o atual momento.

Franco Faldinii (AGC)
Franco Faldinii (AGC)

Faldini (AGC): “Em 2016, a AGC anunciou a construção de um forno, proporcionando mais que dobrar a capacidade diária de produção de vidro. A obra, já em andamento, é uma das grandes prioridades da AGC em 2017 e 2018”.

 

Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)
Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)

Vanderlei (Cebrace): “A Cebrace realizou investimentos em capacidade e em modernização de seu parque industrial, no sentido de bem-atender o mercado e ajudá-lo a evoluir. Em 2017, o foco estará em novos produtos e em projetos especiais, buscando oferecer alternativas para que nossos clientes sejam ainda mais competitivos”.

Juan Carlos Abreu (Guardian)
Juan Carlos Abreu (Guardian)

Abreu (Guardian): “Sim, temos previsão de continuar com os investimos em 2017. Eles serão divulgados no momento oportuno.”

 

Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)
Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)

Machado (Saint-Gobain Glass): “Sim, a Saint-Gobain Glass continuará com nosso plano de investir fortemente em nossos recursos humanos. Também investiremos para melhorar a produtividade e inovar com novos produtos, de modo a apresentar sempre as melhores alternativas aos nossos clientes”.

Sérgio Minerbo (UBV)
Sérgio Minerbo (UBV)

Minerbo (UBV): “Planejamos investir em melhorias operacionais que se traduzirão em qualidade e aspectos visuais, homogeneidade das texturas etc.”

 

Henrique Lisboa (Vivix)
Henrique Lisboa (Vivix)

Lisboa (Vivix): “Dando continuidade ao nosso planejamento de ampliação do portfólio de produtos, lançaremos, no segundo semestre, a nossa linha de vidros de controle solar”.

 

 

Como preparar a empresa vidreira para 2017?
Para Pedrozo Jr. e Goldbaum, da GPM Consultoria Econômica, a retomada do crescimento do mercado de vidros planos depende da evolução dos setores que fazem uso do material, como o de construção civil, automotivo e de eletrodomésticos. Portanto, para que se faça um bom planejamento, recomendam:

  • Acompanhar a conjuntura econômica e política do País;
  • Procurar novos mercados em potencial;
  • Defender o mercado doméstico contra a concorrência desleal;
  • Articular-se com outros segmentos da indústria na defesa dos interesses do setor, de maneira republicana e sem prejudicar a concorrência no setor.

 

Segmentação de mercado
Dentre os segmentos que mais utilizam vidro, há algum deles que a empresa considera estratégico para 2017? Em caso positivo, qual deles e por quê?

Palavra de presidente
Alexandre_pestana_EditorialConforme colocado pelos economistas da GPM, a construção civil tem as expectativas mais pessimistas se comparadas com as dos outros setores, enquanto a produção automotiva caiu mais de 34% nos últimos dois anos — o que sugere uma recuperação lenta e gradual. Precisamos voltar nossa atenção aos consumidores de vidro que possuem capacidade de recuperação mais rápida, como os de pequenas obras e reformas, decoração e uso interno nas habitações.

Franco Faldinii (AGC)
Franco Faldinii (AGC)

Faldini (AGC): “A AGC continuará com a sua estratégia voltada para o desenvolvimento dos vidros de valor agregado, como os vidros para decoração, movelaria e linha branca, além de novidades em vidros refletivos. O automotivo também é uma das forças estratégicas da empresa e estamos esperando grandes oportunidades com a retomada de crescimento da indústria”.

Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)
Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)

Vanderlei (Cebrace): “Devido à participação na utilização de vidro em nosso mercado, a construção civil sempre terá um foco especial para os nossos projetos. Porém, estamos frequentemente procurando desenvolver os demais mercados com soluções inovadoras, para que a participação destes evolua”.

Juan Carlos Abreu (Guardian)
Juan Carlos Abreu (Guardian)

Abreu (Guardian): “Neste momento de crise, precisamos estar atentos a todas as oportunidades. Apesar do momento ruim da construção civil, esta continuará sendo uma das nossas prioridades. Além disso, estamos trabalhando para ampliar a presença da Guardian nos segmentos moveleiro e de decoração. Para atender esse importante nicho, em 2016, nacionalizamos a produção do vidro DecoCristal — e a expectativa é dobrar sua produção nos próximos cinco anos.”

Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)
Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)

Machado (Saint-Gobain Glass): “Acreditamos no potencial de crescimento do segmento de decoração para 2017. Isso porque é um mercado grandioso, com infinitas possibilidades e que tem no vidro impresso uma opção versátil, que pode ser utilizada das mais diferentes formas, agregando beleza e sofisticação aos ambientes”.

Sérgio Minerbo (UBV)
Sérgio Minerbo (UBV)

Minerbo (UBV): “Praticamente, toda a nossa venda é para o segmento da construção civil e movelaria. Portanto, é para eles que olhamos com mais foco. Mas a economia está toda interligada, com diferentes velocidades de reação. Sem construção civil, não tem demanda para móveis, não tem decoração, não tem linha branca. No limite, não tem garagem para guardar o automóvel!”.

Henrique Lisboa (Vivix)
Henrique Lisboa (Vivix)

Lisboa (Vivix): “Todo o nosso mix de produtos tem a sua importância e, com exceção do automotivo, estamos desenvolvendo ações voltadas para esses segmentos”.

 

 

Construção civil
Em 2016

  • Índice de Atividade da Construção Imobiliária: -13,4% em relação a 2015 [1]
  • Vendas do comércio varejista de material de construção: -11,5% no acumulado de doze meses até novembro [2]
  • Custo Unitário Básico (Cub) médio Brasil (dezembro/2015 a novembro/2016): alta de 5,74% [3]

Cenário para 2017
Segundo Pedrozo Jr. e Goldbaum, da GPM Consultoria Econômica:

  • O setor deve retomar o crescimento, mas a médio prazo;
  • O envolvimento de parte das grandes empreiteiras nas investigações da Lava Jato e as altas taxas de juros no País impedem uma reação mais rápida.

Fontes:
[1] Tendências e Neoway Criactive
[2] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
[3] Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC)

 

Lançamentos de produtos
Há planos para o desenvolvimento ou lançamento de novos produtos no Brasil este ano? Se sim, quais são?

Alexandre_pestana_EditorialPalavra de presidente
Mesmo com a atual redução da área consumida de vidro, o potencial latente para produtos mais sofisticados é gigante e aproveitá-lo é a melhor forma de atenuar os efeitos da crise.

Franco Faldinii (AGC)
Franco Faldinii (AGC)

Faldini (AGC): “Temos grandes novidades para os nossos clientes em 2017. Novos produtos, novas tecnologias para a linha de vidros refletivos e grandes lançamentos em vidros decorativos. Teremos mais detalhes assim que finalizarmos as campanhas para divulgação”.

Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)
Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)

Vanderlei (Cebrace): “Sim, temos várias previsões de lançamentos para este ano, como produtos de proteção solar, vidros diferenciados para aplicação na construção civil e também novos produtos para o mercado de decoração e para linha branca”.

Juan Carlos Abreu (Guardian)
Juan Carlos Abreu (Guardian)

Abreu (Guardian): “Estamos trabalhando para sempre oferecer respostas às necessidades do nosso mercado, evoluindo em produto e serviço. Em breve, anunciaremos nossas novidades.”

Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)
Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)

Machado (Saint-Gobain Glass): “A Saint-Gobain Glass trabalha com um portfólio diversificado, mas continuamos sempre atentos acompanhando as tendências da arquitetura e procurando novos nichos de mercado para esse produto tão nobre e valorizado que é o vidro. No momento, ainda não temos a previsão de lançamento de produtos para este ano, mas nossas pesquisas e estudos sobre o assunto continuam em constante andamento”.

Sérgio Minerbo (UBV)
Sérgio Minerbo (UBV)

Minerbo (UBV): “Queremos fortalecer a presença dos produtos consagrados e consolidar o Mini-Boreal 7/8 mm, lançado no ano passado e que tem sido um impulsionador de vendas”.

Henrique Lisboa (Vivix)
Henrique Lisboa (Vivix)

Lisboa (Vivix): “Como citado anteriormente, ampliaremos o nosso portfólio de produtos com o lançamento dos vidros de controle solar”.

 

 

Setor automotivo

Em 2016

  • Produção automotiva (janeiro a novembro): queda de 11,2% [1]
  • Vendas de automóveis: queda de 20,47% [2]

Cenário para 2017
Para Pedrozo Jr. e Goldbaum, da GPM Consultoria Econômica:

  • A redução dos juros pode influenciar o aumento na demanda de automóveis, mas ele também depende da diminuição do desemprego;
  • A produção e as vendas no setor automotivo podem se estabilizar nos próximos meses, mas de forma lenta e gradual.

Fontes:
[1] Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea)
[2] Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave)

 

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Este texto foi originalmente publicado na edição 529 (janeiro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Saint-Gobain e UBV lançam novas plataformas na Internet

O setor vidrsggeiro investe no mundo online. A Saint-Gobain inaugurou a plataforma Experiências dentro de seu site (www.saint-gobain.com.br), que auxilia o consumidor na realização do seu projeto de reforma, construção ou acabamento, com dicas sobre instalações e mão de obra — incluindo vidro.

 

blogubvA UBV, por sua vez, criou o Blog UBV (www.vidrosubv.com.br/blog). O espaço apresenta notícias e informações a respeito de treinamentos e palestras da empresa, além de eBooks gratuitos.

 

Mais informações: www.saint-gobain.com.br e www.vidrosubv.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 528 (dezembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Fábrica da UBV em SP recebe visita de projeto social

O projeto Reciclázaro esteve presente na fábrica da UBV em São Paulo no dia 7 de outubro. A instituição, também localizada na capital paulista, acolhe pessoas em situação de rua e vulnerabilidade social, oferecendo oficinas de inserção produtiva, como fusing glass, trabalho artístico por meio do vidro, e reciclagem do material. A visita teve como objetivo mostrar todo o processo de produção do vidro impresso, passando por cada uma das diferentes etapas, como o recebimento da matéria prima, controle de qualidade, processo de logística e armazenagem. Além disso, os participantes assistiram a uma palestra sobre o mercado de vidro. Mais informações: www.vidrosubv.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 527 (novembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Com novidades para vidraceiros e consumidores, página da UBV na Internet é reformulada

No começo de junho, a União Brasileira de Vidros (UBV) redefiniu o leiaute de seu site. O objetivo, além de melhorar o aspecto visual da página, também foi torná-la mais responsiva, adaptando sua visualização de acordo com a tela do usuário, seja em um computador, celular ou tablet. Outra novidade do site é que agora os vidraceiros podem se cadastrar para pedir o envio gratuito pelos Correios de um kit de amostras dos vidros da fabricante.

Saindo do âmbito do vidro, a UBV também lançou o e-book #DicasUBVcasa, com dicas como a forma de tirar manchas de caneta do sofá ou acelerar a secagem das roupas. Voltada ao consumidor final, a obra pode ser acessada no próprio site da fabricante.

Mais informações: www.vidrosubv.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 522 (junho de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui