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Conheça os principais momentos da história da Abravidro

1990

Maio
Nasce a Andiv (que passaria a se chamar Abravidro em 2008), a primeira entidade do segmento vidreiro com alcance nacional. A sede ficava em São Paulo, na Rua Cardoso de Almeida, no bairro de Perdizes. José Carlos Bulgari é o presidente escolhido para liderar a associação em seus primeiros passos.

 

1991

 

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Setembro
A entidade passa a editar sua principal porta-voz: a revista O Vidroplano, publicação cedida pelo Sincavidro-RJ.

 

1992

Maio
José Carlos Bulgari é reeleito presidente.

 

1994

Maio
Bulgari eleito mais uma vez para seguir na presidência – é o único com três mandatos à frente da associação.

Agosto
A entidade promove o Salão da Indústria do Vidro (SIV), realizado dentro da Feira Internacional da Indústria da Construção.

 

1995

 

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Novembro
Estreia aquele que se tornaria o maior encontro do setor vidreiro na América Latina. O 1º Simpovidro ocorreu no Hotel Intercontinental, no Rio de Janeiro, com a participação de 128 empresas. O espaço foi totalmente tomado pelos profissionais vidreiros participantes – chegou, inclusive, a faltar quartos.

 

1996

Maio
Léo Carlos Moran é eleito presidente.

 

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Novembro
Nasce a Glass South America, maior do setor na América Latina. Em três dias de evento, quase 4 mil profissionais percorreram os corredores do Expo Center Norte, em São Paulo. O evento passaria a contar com apoio exclusivo da Abravidro a partir da 2ª edição, em 1997.

Dezembro
2º Simpovidro é organizado em Gramado (RS).

 

1997

Junho
A associação se muda para uma nova sede – na mesma rua em que ficava a antiga, em Perdizes, capital paulista.

 

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Julho
Pela primeira vez, a entidade reúne uma comissão de estudos para elaboração de normas técnicas vidreiras.

Novembro
Fortaleza é a sede do 3º Simpovidro – seria a última vez da periodicidade anual do encontro.

 

1998

Abril
Fundação da Associação de Câmaras de Vidro do Mercosul (Acavime), em Buenos Aires, Argentina, com Léo Moran como primeiro presidente.

Maio
Entra no ar o site da entidade. A seção “Ache Fácil”, também existente na revista O Vidroplano, surge como importante ferramenta para ajudar profissionais a encontrar fornecedores de produtos e serviços relacionados ao segmento.

Junho
Parceria internacional: a associação recebe material de treinamento da entidade americana National Glass Association (NGA).

 

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Outubro
Fundação do Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37), sediado na Abravidro. O órgão se torna o responsável pelo desenvolvimento e atualização das normas técnicas vidreiras.

 

1999

Março
Léo Carlos Moran sofre um grave acidente e fica impossibilitado de seguir na presidência. José Ricardo D’Araújo Martins assume o cargo interinamente.

Maio
Gilberto Ribeiro é eleito o novo presidente.

Dezembro
4ª edição do Simpovidro, agora um evento bienal, ocorre em Salvador.

 

2000

Março
Registro da entidade na Confederação Nacional da Indústria (CNI) e integração na Comissão da Indústria da Construção (CIC) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Abril
Morre Léo Carlos Moran, um dos idealizadores e fundadores da Abravidro.
Criação do Comitê Setorial Mercosul de Vidros Planos (CSM 21). A associação é escolhida como secretaria técnica do órgão.

Junho
Inauguração da Biblioteca Fausto Monteiro Simões, na sede da entidade.

Julho
Início da parceria com Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ) para o processo de certificação dos vidros temperados.

Outubro
Presença global: Abravidro monta estande na Glasstec, a principal feira vidreira do mundo, na Alemanha. Durante o evento, é disponibilizada ao público uma edição especial de O Vidroplano totalmente em inglês.

 

2001

Fevereiro
Entidade passa a fazer parte do Conselho Deliberativo da ABNT.

Abril
Mais uma feira internacional com estande da associação. Dessa vez, em Miami, nos Estados Unidos, na mostra NGA Show.

Junho

  • Inauguração da galeria de retratos de ex-presidentes montada na sede.

 

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  • Gilberto Ribeiro ministra palestra, representando a Abravidro, no Glass Performance Days (GPD), o principal congresso de nosso mercado no mundo, realizado na Finlândia.

Dezembro
Costão do Santinho (SC) é a sede do 5º Simpovidro.

 

2002

Maio
José Ricardo D’Araújo Martins assume a presidência da associação.

Agosto
Além de entidades de classe, empresas também passam a fazer parte do quadro associativo.

 

2003

Março
Assinatura de convênio com o Senai para formação de mão de obra qualificada.

Outubro
Mudança de sede para a Rua Monte Alegre, ainda no bairro de Perdizes.

Dezembro
6º Simpovidro é organizado em Angra dos Reis (RJ).

 

2004

Fevereiro
Anunciada a consultoria gratuita para o processo de certificação dos temperados pelo Inmetro.

Abril
Oficina do Vidraceiro Cícero Leite, na Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo (Tatuapé), começa a funcionar com participação da entidade.

 

2005

Maio
Wilson Farhat Júnior é eleito presidente.

Dezembro
Costa do Sauípe (BA) se torna a casa do 7º Simpovidro.

 

2007

Maio
Em parceria com a Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD), é organizado um ciclo de palestras sobre o vidro em cinco capitais brasileiras.

Setembro
Início do trabalho com o Corpo de Bombeiros de vários Estados visando à inclusão das normas vidreiras nas instruções técnicas da corporação.

 

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Outubro
Jubileu de ouro: cinquenta anos de O Vidroplano conta com festa em São Paulo e homenageia idealizadores da publicação.

Dezembro
8ª edição do Simpovidro ocorre em Foz do Iguaçu (PR).

 

2008

Maio

  • Novo nome: Andiv passa a se chamar Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos (Abravidro). O objetivo da mudança era demonstrar claramente a abrangência nacional do trabalho da associação.
  • Wilson Farhat Júnior é reeleito presidente.
  • Com pleito da Abravidro junto ao governo federal, é aprovada a redução do Imposto sobre produtos industrializados (IPI) para vidros processados.

 

2009

Junho
Lançamento do programa de qualificação online para associados, contendo quase quarenta cursos na área de gestão.

Novembro
Club Med Trancoso, na Bahia, recebe 9º Simpovidro.

 

2010

Janeiro
É criado curso de extensão universitária abordando a utilização de vidro, em parceria com Centro Universitário Belas Artes, de São Paulo.

Maio

  • Abravidro comemora vinte anos.

 

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  • 1ª edição do Glass Performance Days South America (versão sul-americana do GPD), organizado pela Abravidro em parceria com a NürnbergMesse Brasil durante a Glass South America desse ano.
  • Lançado o programa Vidro em Movimento! Manual do Empregador, sobre prevenção de acidentes de trabalho.

Agosto
É criada a cartilha A substituição tributária aplicada ao vidro plano, documento que informa o setor a respeito das alíquotas de IVA-ST ajustadas de cada Estado.

 

2011

Novembro
10ª edição do Simpovidro é realizada no Hotel Transamerica Ilha de Comandatuba, em Una (BA).

 

2012

Maio

  • Lançamento do Panorama Abravidro. Único estudo econômico e produtivo sobre a produção vidreira nacional, é produzido anualmente pela entidade com base em informações fornecidas por processadores de todo o País.
  • O Vidroplano agora pode ser lida em tablets e smartphones por meio de aplicativo.

Setembro
Após pleito da associação, governo federal anuncia aumento do Imposto de importação dos temperados e laminados.

Outubro
Em outro pleito liderado pela Abravidro, governo concede desoneração da folha de pagamentos às indústrias de processamento.

 

2013

 

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Outubro
Recorde histórico: 908 pessoas, incluindo profissionais do setor e familiares, participam do 11º Simpovidro, realizado no Hotel Iberostar Praia do Forte, em Mata de São João (BA).

 

2014

Janeiro
Parceria com a Universidade São Judas é assinada para a criação de curso de extensão universitária.

Fevereiro
Entidade participa do processo para publicação pela ABNT da norma de sistemas de envidraçamentos de sacadas (ABNT NBR 16.259).

Abril
Mais uma parceria para criação de curso de extensão universitária, dessa vez com a Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Maio
Alexandre Pestana é reeleito presidente.

 

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Agosto
É publicada a Edição nº 500 da revista O Vidroplano.

Setembro
Governo aprova redução temporária do Imposto de importação para PVB, após pleito da Abravidro.

 

2015

Março

  • Lançamento do programa De Olho no Boxe, que orienta vidraceiros e consumidores sobre a importância da manutenção preventiva em boxes de banheiro, com dicas de instalação e cuidados no dia a dia.
  • Suplemento Caixa Acústica, publicado ao longo de três meses em O Vidroplano, traz soluções acústicas com nosso material.

Maio
Festa de comemoração dos 25 anos da Abravidro na Fiesp.

 

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Outubro
É inaugurada a atual sede da entidade, no edifício Comercial Casa das Caldeiras, no bairro da Água Branca.

Novembro
Hotel Vila Galé Marés, em Camaçari (BA), é a sede do 12º Simpovidro.

 

2016

 

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Junho
Estreia o espaço Vidro em Ação dentro da Glass South America. Iniciativa apresenta ao vivo testes de segurança para o vidro temperado e laminado.

Julho
Publicação da revisão da principal norma vidreira, a ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações.

Agosto
Especialização Técnica Abravidro ganha mais um módulo, o de Planejamento, Programação, Controle da Produção e Estoques (PPCPE) – único treinamento de PCP voltado às necessidades do mercado vidreiro.

Setembro
Morre José Carlos Bulgari, primeiro presidente e um dos idealizadores e fundadores da entidade.

Dezembro
Abravidro participa do É de Casa, da TV Globo, mostrando como se faz a manutenção preventiva dos boxes de banheiro.

 

2017

Maio
Novo presidente: José Domingos Seixas é eleito para o comando da entidade

Julho
Reuniões para a elaboração de normas do ABNT/CB-37 passam a ter participação remota, via Internet.

Outubro
O Vidroplano completa sessenta anos de vida.

Novembro
Costão do Santinho (SC) recebe mais uma vez o Simpovidro – dessa vez sua 13ª edição.

 

2018

Março
Lançamento da campanha #TamoJuntoVidraceiro, com orientações sobre as boas práticas a serem adotadas pelos processadores na relação com os vidraceiros em relação a temas como o cumprimento de normas técnicas, atendimento e política comercial.

 

2019

Maio
Panorama passa a ser publicado também em inglês e espanhol.

Julho
Parceria com a Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec) para criação de curso de extensão universitária.

Agosto
Entidade participa da confecção da revisão da ABNT NBR 14.718 — Esquadrias – Guarda-corpos para edificação – Requisitos, procedimentos e métodos de ensaio.

Novembro
Enotel Porto de Galinhas, em Ipojuca (PE), se torna a casa do 14º Simpovidro.
Representando o setor: Abravidro participa de discussões sobre o novo modelo regulatório em desenvolvimento pelo Inmetro.

 

2020

 

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Janeiro
Abravidro retorna ao É de Casa, da TV Globo, para falar sobre a instalação, uso e manutenção do vidro em boxes de banheiro.

Fevereiro
Juntamente com o Comitê Brasileiro de Qualificação e Certificação de Pessoas (ABNT/CB-99), Abravidro promove trabalho para a produção da ABNT NBR 16.823 — Qualificação e certificação do vidraceiro – Perfil profissional, conhecida como “norma do vidraceiro”.

Março
1º episódio do VidroCast, o podcast da Abravidro, vai ao ar.

Maio
Trinta anos da fundação da entidade.

Junho
José Domingos Seixas inicia segundo mandato como presidente.

 

2021

Agosto
Por meio do ABNT/CB-37, Abravidro participa da publicação da ABNT PR 1010, prática recomendada sobre vidros voltada para a construção.

 

2022

Fevereiro
Lançamento do Termômetro Abravidro, novo indicador da entidade que passa a medir mensalmente o desempenho das vendas de vidros processados.

Agosto
Ocorre a primeira reunião do grupo Construção É +, formado por entidades setoriais do Brasil, incluindo a Abravidro. O objetivo é debater o desenvolvimento da construção civil nacional.

Dezembro

  • O Vidroplano alcança a marca de 600 edições.

 

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  • Após hiato de três anos causado pela pandemia, Simpovidro volta a ser realizado. 15ª edição é organizada no Club Med Rio das Pedras, em Mangaratiba (RJ).

 

2023

Fevereiro
Associados da Abravidro ganham acesso ao ABNT Coleção, biblioteca digital contendo normas técnicas vidreiras e outras relacionadas ao trabalho com vidro.

Junho
Início do mandato de Rafael Ribeiro como presidente.

Agosto
Em parceria com a Abividro, é lançado o Educavidro, plataforma online gratuita de ensino a distância com conteúdo técnico especial sobre o trabalho com vidro.

 

2024

Janeiro
Consultoria oferecida pela Abravidro para a certificação Inmetro dos vidros temperados ganha versão online.

 

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Junho
Para celebrar o setor: Abravidro e NürnbergMesse Brasil criam o Prêmio Abravidro Glass South America, voltado para laurear os diversos elos da cadeia vidreira. A cerimônia de entrega da 1ª edição ocorre durante a feira vidreira.

Novembro
16º Simpovidro é realizado no Vila Galé Alagoas, em Barra de Santo Antônio.

 

2025

 

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Abril
Curso inédito: Abravidro e Sinbevidros-SP lançam treinamento sobre gestão financeira estratégica para empresas vidreiras.

Maio
Associação completa 35 anos.

Este texto foi originalmente publicado na edição 629 (maio de 2025) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Finalizando o ano

rafaelribeiro-dez2024Depois de doze meses intensos, eis que 2024 chega ao fim. Foi um ano marcado pelo ritmo forte de importações de vidros float e com incremento importante também nas compras internacionais de vidros processados, enchentes no Rio Grande do Sul, disparo do dólar e outros desafios.

Tivemos um período de dificuldades a vencer, mas também de encontros, reuniões e bons negócios, com a realização da Glass South America no primeiro semestre e do Simpovidro no segundo, proporcionando momentos de interação com nossos colegas e parceiros do mercado.

Mas 2024 também se apresentou como um ano de muito trabalho em diversas frentes da nossa entidade: além dos eventos, defesa de interesses de olho nas questões tributárias e de comércio exterior; educação e treinamento da cadeia, com nossa especialização técnica, turmas de PPCPE e o Educavidro, que completou um ano; e desenvolvimento do mercado, com consultoria de certificação do temperado e da nova certificação do vidro laminado. Teve também o Prêmio Abravidro Glass South America, reconhecendo a excelência das empresas que atuam em nosso setor, e presença forte na conformidade técnica, com palestras por todo o Brasil para disseminar o conteúdo das normas vidreiras, e discussões de aprimoramento no texto de normas essenciais para o setor e também sobre novos temas no âmbito do Comitê Brasileiro de Vidros Planos da ABNT, o CB-37, sediado na Abravidro.

Reconhecendo tudo que foi feito e com a dimensão de tudo que ainda há por fazer, deixo aqui meus votos de boas festas e um feliz 2025! Que seja um ano melhor, com mais prosperidade, e que saibamos, todos os elos da cadeia, atuar de forma consciente e responsável pelo aumento do consumo do nosso material e pela rentabilidade de nossas empresas.

Boas festas!

Rafael Ribeiro
Presidente da Abravidro
presidencia@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 624 (dezembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Marcos Santos

Confira os destaques das palestras do 16º Simpovidro

Clique nos links abaixo para acessar os pontos chave de cada apresentação feita no principal encontro vidreiro da América Latina:

 

 

 

 

 

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 623 (novembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Apoiadoras do 16º Simpovidro mostram produtos na Feira de Oportunidades

Como já é tradição no Simpovidro, os intervalos entre as palestras da sexta-feira e do sábado oferecem um momento único aos participantes: a Feira de Oportunidades. Instalada na entrada da Plenária Simpovidro, é um local estratégico para o relacionamento entre as empresas apoiadores do simpósio e os demais participantes, garantindo a exposição das marcas e diversas oportunidades de negócios – já virou tradição parcerias comerciais serem iniciadas ou renovadas ali.

Na Feira foram montados estandes das apoiadoras, onde eram mostrados seus produtos e lançamentos. Além de se inteirar das novidades do mercado, quem passou por todos os espaços, coletando o selo de cada empresa em uma cartela, concorreu a prêmios sorteados no jantar de encerramento, na noite do sábado.

Confira a seguir a opinião dos apoiadores sobre a 16ª edição do evento.

O grupo italiano Biesse apresentou suas soluções para automação do processamento de vidro, incluindo maquinários
como mesas de corte, lapidação e CNCs das marcas Intermac, Forvet e Movetro. “O Simpovidro oferece para nós uma experiência de estar mais próximos de nossos clientes. Com isso, a gente consegue ter um relacionamento melhor, entender um pouco mais a necessidade do mercado e construir uma relação de longo prazo”, comentou Ricardo Mello, gerente de área da empresa no Brasil.

Comemorando vinte anos de presença em solo nacional, outra italiana, a Bottero, divulgou os maquinários para beneficiamento, incluindo mesas de corte e lapidadoras. Além disso, apresentou ao mercado seu novo gerente nacional de Vendas e Pós Vendas, Gustavo Gonçalves de Carvalho. “A percepção do evento foi bem positiva por conta da possibilidade de aproximação com os clientes, amigos e o mercado. O ambiente proporciona algo descontraído, sem formalidades”, opinou.

“No Simpovidro, a gente faz um apanhado da situação do mercado, e isso é importante pra nós”, apontou o diretor-comercial da Diamanfer, José Pedro Ruiz. “Apoiar o evento é uma forma de devolver aos nossos clientes todo o apoio que eles nos dão ao longo dos anos.” A fabricante de ferramentas e acessórios destacou as linhas de rebolos da marca Polivetro, além de brocas, fresas e escariadores.

No estande da Glass South America, a principal feira vidreira da América Latina, estava o pessoal da NürnbergMesse Brasil, organizadora da mostra, divulgando as novidades para sua próxima edição, a ser realizada no Distrito Anhembi, em São Paulo. “No Simpovidro, nós realizamos muito networking e negócios e nos atualizamos por meio do conteúdo de extrema qualidade oferecido aqui”, analisou o diretor do Portfólio de Construção Civil da empresa, Alexandre Brown.

As mais novas versões dos softwares GlassControl para a gestão da produção vidreira, de vidraçarias a processadoras, marcaram presença na Feira de Oportunidades. “Em todas as edições, o Simpovidro oferece muita integração com todos os elos da cadeia vidreira. Apoiamos desde 2009 o evento, pois é muito importante rever os clientes, além de conquistar novos”, revelou Carlos Santos, diretor da SF Informática, empresa responsável pela marca GlassControl.

“Relacionamento, parceria, troca de experiências: o Simpovidro é tudo isso, principalmente para nós que fornecemos maquinários para o setor”, refletiu Verônica Rabelo, executiva de Vendas da GlassParts. A empresa conta com mais de 2 mil itens em seu catálogo, de equipamentos a insumos, como lapidadoras, biseladoras, mesas de corte, fornos de EVA, furadeiras, rebolos diamantados, cortadores e óxido de cério, entre outros

Representando marcas como a Tecglass, Gemata, Macotec e Fenzi, a GR Gusmão oferece acessórios e equipamentos para beneficiar e manusear o vidro, atendendo clientes de todo o Brasil. “Desde sua 1ª edição, o Simpovidro tem como mote a interação entre os profissionais vidreiros dos mais variados Estados brasileiros. Então, o Simpovidro representa pra mim essa união de todos os profissionais com seus familiares”, contou o diretor Yveraldo Gusmão.

Apoiando o simpósio pela 2ª vez, a Italotec representa marcas internacionais, como Schiatti Angelo e Denver, além de produzir soluções para armazenamento e movimentação do vidro. “Nossa estreia, na edição passada, foi muito importante, tivemos um resultado muito grande e, por isso, voltamos. Aqui é bom porque trabalhamos e nos divertimos, e isso faz a diferença”, explicou o diretor Silvio Moutinho.

“O Simpovidro enriquece o setor vidreiro por reunir os empresários em um único lugar, num ambiente descontraído. É
algo muito agregador para os negócios como um todo”, declarou Genilson Muniz, da Muniz Representações, empresa que representa a italiana Keraglass no Brasil. A fabricante europeia produz equipamentos como fornos de têmpera, impressoras digitais e sistemas de armazenamento e classificação de vidro, entre outros itens.

A Kuraray apresentou sua extensa linha de interlayers para vidros laminados, que fazem parte da marca Trosifol, incluindo, por exemplo, a película estrutural SentryGlas. “A sinergia que você tem, o fato de encontrar colegas, trocar informações… A gente trabalha em conjunto com clientes, fornecedores, e a interação encontrada aqui é maravilhosa. Realmente recomendo o Simpovidro”, afirmou o coordenador-comercial e de Vendas Técnicas da empresa, Marcos Aceti, que estreou no evento este ano.

“O Simpovidro oferece muitas ideias e momentos para se reinventar, para pensar os negócios de uma forma diferente – e fazendo isso num ambiente com todos os seus amigos, parceiros e fornecedores”, analisou Moreno Magon, cofundador da Latamglass. Além de representar a finlandesa Glaston no Brasil, a companhia produz fornos de têmpera modulares, oferecendo serviços técnicos e detendo a marca de rebolos Tools 4U, da Diamut.

A austríaca Lisec, fabricante de maquinários para processamento, incluindo linhas para insulados, é outra companhia estrangeira que marca presença no simpósio. “É um evento único, que não tem igual no segmento. Ele nos traz a oportunidade, em um ambiente despojado e agradável, de reencontrar clientes, amigos, para conversar – não só sobre negócios, mas sobre assuntos gerais”, comentou Luiz Garcia, diretor da Lisec Sudamerica, a subsidiária regional da matriz europeia.

Fabricante de sistemas de persianas para vidros insulados, a Screenline, marca da italiana Pellini, apoia o Simpovidro pois acredita que o evento seja um importante momento para a atualização sobre o que ocorre no mercado. “É quando podemos mostrar as novidades, incluindo soluções que acabaram de ser lançadas lá fora”, refletiu o presidente Roberto Papaiz, que também dirige a Eurocentro.

Desde 2005 fabricando fornos de têmpera (planos e curvos), fornos de laminação com EVA e máquinas a jato d’água para furação e recorte de vidros, a SGlass acredita na capacidade de união do Simpovidro. “Estar aqui é um meio de conhecermos pessoas diferentes e concretizar negócios, seja durante o evento ou mesmo mais tarde. Há muitas pessoas necessitadas que talvez não saibam como chegar até nós, e aqui nós tiramos proveito disso”, afirmou Milton Henriques, pai do diretor da empresa, Sandro Henriques.

A Vetro Máquinas mostrou soluções diversas para maquinários e insumos: dos filmes de EVA e fornos para laminação da espanhola Pujol aos cortadores manuais da japonesa Toyo e colas UV da italiana Loxeal. “O simpósio, como sempre foi em anos passados, é bem produtivo. Conversamos com muitos clientes e parceiros, e vamos aproveitar o pós-evento para nos aproximar ainda mais”, confirmou Roberto Alves, vendedor da empresa.

Este texto foi originalmente publicado na edição 623 (novembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fotos: Marcos Santos e Andreia Naomi

16º Simpovidro une elos e gerações do setor vidreiro

De 31 de outubro a 3 de novembro, o Vila Galé Alagoas, no município de Barra de Santo Antônio, recebeu a 16ª edição do Simpovidro, evento bienal organizado pela Abravidro. E quem participou desse que é o principal encontro vidreiro da América Latina pôde conferir ao vivo a relevância do simpósio: é ali, em meio às palestras, em meio aos momentos de lazer com as famílias e de networking com outros profissionais, onde nosso setor consegue olhar ao redor, refletir sobre seus movimentos e analisar o caminho a seguir.

 

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Panorama do ano
A tradicional cerimônia de abertura contou com discurso do presidente da associação, Rafael Ribeiro, e também dos executivos das quatro usinas que atuam em solo brasileiro (e patrocinadoras do evento): AGC, Cebrace, Guardian e Vivix. O simpósio teve ainda como apoiadoras as empresas Biesse, Bottero, Diamanfer, Glass South America, Glass Control, GlassParts, Gusmão Representações, Italotec, Keraglass, Kuraray, Latamglass, Lisec, Screenline, Sglass e Vetro Máquinas.

Ribeiro fez uma breve análise do mercado vidreiro ao longo de 2024, um período cheio de dificuldades para os negócios das empresas. “Iniciamos o ano com números fracos no Termômetro Abravidro, sem reação de consumo nos dois primeiros trimestres. Como se não bastasse, no final de abril, o Rio Grande do Sul sofreu com o desastre das enchentes, trazendo redução drástica no consumo do vidro na região, e resultando em danos estruturais sérios em três processadoras de vidro”, comentou. Em nome dos gaúchos, ele agradeceu aos diversos profissionais que ajudaram as empresas a se reconstruírem.

Os altos volumes de importação de float e também de vidros processados, além da abertura de um novo processo antidumping do float incolor, para três novas origens, foram outras preocupações mencionadas. “A Abravidro, como sempre, tem acompanhado de perto os movimentos de mercado, e promovido iniciativas de proteção da cadeia vidreira inclusive junto ao Governo Federal. Prezaremos sempre pela proteção da indústria nacional, mas, acima de tudo, o interesse dos processadores de vidro, que são os nossos associados”, assegurou.

Por fim, apesar de todas as dificuldades vividas, Ribeiro deixou uma mensagem de esperança — afinal, é também disso que o Simpovidro se trata: “Nossos familiares estão aqui para diversão, mas é nossa obrigação, como empresários, aproveitar esse momento para interagir com fornecedores, trocar informações com colegas e refletir sobre os temas apresentados pelos nossos palestrantes. Eu serei otimista!”.

 

A palavra das usinas
Um dos momentos mais aguardados pelos participantes do Simpovidro são os discursos das usinas de vidro com atuação no Brasil na abertura do evento. Este ano, AGC, Cebrace, Guardian e Vivix revelaram ao mercado suas visões a respeito do presente e futuro do segmento.

 

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AGC: foco em agregar valor
O presidente da AGC e diretor-geral de Vidros Arquitetônicos da fabricante para a América do Sul, Isidoro Lopes, comentou que, ao longo de sua história de mais de 117 anos, a multinacional japonesa ajudou a impulsionar a indústria mundial por meio do nosso material. “O vidro é um dos principais negócios da AGC mundialmente. Estamos focados na agregação de valor e nos vidros refletivos para a nossa região”, afirmou. Para Lopes, o futuro do segmento é de otimismo — e isso vem do fato de que o vidro é cada vez mais protagonista em um mundo que procura soluções inovadoras e sustentáveis: “O material tem papel no combate às mudanças climáticas, trazendo economia e eficiência energética aos edifícios. É nossa responsabilidade como indústria buscar a redução de emissões em toda a produção”. A prova disso está no Projeto Volta, uma parceria tecnológica com a francesa Saint-Gobain para a construção de uma fábrica de fusão híbrida nas instalações da AGC em Barevka, na República Tcheca. A iniciativa prevê a redução de até 75% na emissão de CO2 durante os processos fabris. Lopes comentou ainda alguns dados de segmentos consumidores de vidro, como a construção civil (que tem expectativa de crescimento na ordem de 3,5% este ano), automotivo (projeção de 10% de crescimento) e o moveleiro (que deve aumentar em 8% o uso de vidro nos móveis), citando ações para expandir a produção de vidros para automóveis. “O mix de produtos em nosso mercado ainda é simples, mas está evoluindo. Se tivermos um pouco de estabilidade, a demanda subirá”, comentou.

 

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Cebrace: perspectivas de mercado
Os dois diretores-executivos da Cebrace, joint-venture entre NSG e Saint-Gobain, falaram durante a cerimônia. Lucas Malfetano, representante da NSG, disse que o Simpovidro sempre é um encontro especial para a empresa, ainda mais este ano, quando a usina completou cinco décadas de existência: “É um privilégio estar aqui com parte do nosso time, representando toda nossa equipe que trabalha para oferecer o melhor produto e serviço possíveis. O reconhecimento é para todos os colaboradores”. A Cebrace também vê com esperança uma melhora no desempenho do mercado. “Acreditamos em crescimento neste ano e também no próximo. Estou para fazer trinta anos no mercado do vidro e nunca estive tão otimista sobre o potencial do vidro como estou agora. Há muito espaço para aumentar o consumo do material no País, tanto de insulados e vidros de valor agregado para eficiência termoacústica”, apontou. A sustentabilidade teve destaque: segundo Malfetano, a Cebrace reduziu 20% da emissão de CO2 nas operações. E uma novidade foi revelada: o vidro texturizado 8 mm será relançado para atender a demanda do mercado.
Wiltson Varnier, que representa a Saint-Gobain, estreou no Simpovidro este ano com uma fala cheia de confiança: “Chego em um momento de otimismo. Posso assegurar que na Europa e China o cenário não é esse. Teremos crescimento no mercado brasileiro em 2024 e 2025”. Para ele, a descarbonização dos processos industriais será uma constante cada vez mais intensa. “Temos a possibilidade de provocar impactos positivos nas indústrias consumidoras: podemos impactar no sentido da descarbonização. O setor automotivo e de construção emitem mais da metade do CO2 do planeta. Estamos engajados em nossas ações e na mobilização de nossos parceiros para o assunto”, comentou.

 

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Guardian: busca por processos automatizados
“O Simpovidro destaca o impacto que geramos para a indústria e para a construção civil”, apontou o diretor-executivo para a América do Sul da Guardian, Renato Poty. Ele fez uma breve análise dos sinais positivos vistos na economia nacional atualmente, como a baixa histórica da taxa de desemprego e a inflação controlada, o que fortalece o poder aquisitivo. Por outro lado, a taxa de juros segue elevada, o que pode comprometer investimentos no Brasil. “Setores de médio e alto padrão sofrem mais com juros elevados”, revelou. Segundo ele, a oferta e a demanda por nossos produtos estão desbalanceadas, com a entrada de importados afetando o valor do vidro no mercado brasileiro. “Nossa aposta é no aumento de 3% na demanda por vidros este ano. Esse número deve se manter entre 2% e 3% em 2025”, indicou. Segundo Poty, o segmento vidreiro tem um desafio crescente com a falta de mão de obra qualificada — o que pode gerar desequilíbrio nas empresas caso não se invista em tecnologia e na automatização dos processos: “Precisamos avançar na digitalização de nossos negócios. O futuro depende da capacidade de inovar. Espero que este evento inspire nossas ideias e caminhos nesse sentido”. Poty também comentou a importância do vidro na arquitetura moderna, por valorizar a integração entre ambientes e a entrada de luz natural, conceitos essenciais para tornar as construções mais sustentáveis. Em relação ao tema da sustentabilidade, a Guardian lançou as declarações ambientais de produto, um compromisso em medir e reduzir o impacto de seus vidros no meio ambiente.

 

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Vivix: investimentos no setor
A Vivix completou dez anos de atividades em 2024, como bem lembrou o presidente da usina, Henrique Lisboa: “Nascemos com o propósito de contribuir com a evolução do mercado e acreditamos que faremos isso em conjunto com a evolução dos clientes”. Entre as iniciativas recentes da empresa para atingir esse objetivo, está o Vivix Facilita, plataforma para trabalho integrado com clientes com diversas funcionalidades. Segundo Lisboa, as duas áreas prioritárias da Vivix são transformação digital e a agenda ESG. “Recebemos um prêmio da Siemens em inovação. Além disso, nossa agenda é guiada pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Investimos 200 milhões de reais em uma usina de geração solar e toda nossa energia consumida será gerada a partir de fontes sustentáveis”, informou. Em relação ao mercado, confiança é a palavra-chave daqui pra frente. “Nos próximos sete anos devemos crescer 4% ao ano. No mundo o consumo de vidro deve crescer 5%, muito por conta dos vidros para painéis solares”, revelou Lisboa. O projeto do segundo forno da usina, anunciado em junho de 2022, seguirá assim que as projeções positivas de aumento de consumo de vidro no  Brasil começarem a se concretizar. “Seremos responsáveis, não queremos causar nenhum dano com a implementação de uma planta no momento errado. Mas a construção é uma decisão já tomada.”

 

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Lazer e interação
Outro importante pilar do Simpovidro são os momentos de lazer e de interação. Para isso, a Abravidro preparou uma programação diversa, incluindo esportes, como vôlei de praia, tênis e beach tênis. Na noite de sexta-feira, os participantes aproveitaram o luau para trocar ideias e ouvir música. E não podemos deixar de mencionar a festa de encerramento, no sábado à noite, realizada logo após o jantar, animada pelo show do grupo Soraya e Banda Platinum.

 

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Reflexões finais
Como é tradição no evento, após as palestras do sábado, o presidente da Abravidro e executivos das usinas voltaram ao palco para analisar o evento. Rafael Ribeiro demonstrou satisfação com o que viu ao longo dos dias: “O Simpovidro é um espaço de reflexão e de debate da cadeia. Este ano, mais uma vez, atendemos esse anseio. Agradeço a cada um de vocês pela participação.”

O gerente-executivo Comercial e de Marketing da Divisão de Vidros Arquitetônicos para a América Latina da AGC, Marcelo Botrel, lembrou que está de volta ao setor depois de bastante tempo e agradeceu pelo acolhimento recebido. “Temos muitos desafios enquanto mercado, mas os desafios vêm acompanhados de oportunidades. Nós, da AGC, estamos prontos para enfrentar esses desafios juntos”, afirmou.

Flavio Vanderlei, gerente Comercial da Cebrace, é mais um profissional com experiência no setor, presente no Simpovidro desde 2003. “Este vai ser o 4º ano consecutivo de crescimento da economia brasileira. A reforma tributária ainda trará benefícios e a construção civil está aquecida”, lembrou, otimista.

O gerente-comercial Sênior da Guardian, Rafael Rodrigues, também abordou o abastecimento do mercado, reforçando o compromisso da empresa com as demandas. Ele ainda incentivou a participação no Guardian Top Projects 2025, premiação que reconhece trabalhos com vidro nas áreas de construção civil, arquitetura e design.

O último a falar foi o gerente Comercial da Vivix, Daniel Gifford. “Contratamos três consultorias e todas estimam crescimento de 4% do nosso mercado em 2025”, revelou. O executivo lembrou que há muito potencial de crescimento para o vidro no Brasil, e que esse incremento deve estar ancorado em vidros de maior valor agregado: “Para isso, precisamos que a cadeia trabalhe em conjunto”.

Este texto foi originalmente publicado na edição 623 (novembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fotos: Marcos Santos e Andreia Naomi

Inteligência artificial: palestra de Pedro Doria no 16º Simpovidro

Quem é?
Jornalista, escritor e palestrante, é colunista da rádio CBN e do jornal O Globo. Responsável pela direção de algumas das principais redações do País ao longo dos anos, fundador da startup de jornalismo Meio e autor de bestsellers sobre a história do Brasil.

Tópicos abordados
– Homogeneização da cultura: esse é um dos impactos dos algoritmos da inteligência artificial (IA) no mundo, e isso se reflete em todos os aspectos da cultura – pela primeira vez temos as mesmas referências visuais sobre política, esportes, moda, arquitetura etc. Plataformas como o Instagram e o Pinterest passam a ditar a moda, e o que é tendência em um canto do mundo passa a ser também em outro;

– Gerações da IA: atualmente, o mundo vivencia a 3ª geração, que consiste na inteligência artificial generativa – alguns exemplos são ferramentas como o Midjourney e o ChatGPT; a versão 2.0 deste último, inclusive, passou no Teste de Turing, criado para definir quando uma tecnologia se torna “independente”;

– Aliada ou ameaça?: embora diversas obras de ficção científica indiquem que a IA pode acabar com as pessoas, ela não tem a capacidade de perceber a própria existência por meio do pensamento. Contudo, é preciso ter cuidado com sua capacidade de persuasão;

– O futuro desse cenário: ainda não se sabe se, entre cinco e vinte anos, a humanidade permanecerá no controle sobre os modelos de IA. Mas já é possível afirmar que essa tecnologia vai pegar nosso mundo e virar de cabeça para baixo.

Este texto foi originalmente publicado na edição 623 (novembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Marcos Santos e Andreia Naomi

Perspectivas econômicas: palestra de Ana Maria Castelo no 16º Simpovidro

Quem é?
Coordenadora de Projetos da Construção na Fundação Getulio Vargas/Ibre desde 2010, onde comanda e desenvolve estudos e análises setoriais. É responsável pela divulgação de dois importantes estudos para o setor da construção – o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) e a Sondagem da Construção.

Tópicos abordados
– Análise do Brasil em 2024: este ano, o País teve um crescimento acima do esperado, com mercado de trabalho forte e segunda menor taxa de desemprego da série histórica; por outro lado, há a dúvida se esse crescimento é sustentável – isto é, se há o potencial de crescer sem gerar inflação;

– Crescimento da construção: a alta vem num ritmo muito forte em 2024, superando o nível pré-pandemia. Olhar para esse segmento é importante para avaliar a sustentabilidade do crescimento, porque se trata de um elemento fundamental dos investimentos;

– As “dores do crescimento”: a escassez de mão de obra em relação à demanda e o aumento dos custos dessa mão de obra são fatores que levam à discussão da sustentabilidade do atual momento da construção civil nacional;

– Desafios e tendências para 2025: entre eles estão a ampliação dos investimentos em infraestrutura, a diminuição do déficit habitacional e o aumento na participação das profissionais mulheres na construção. É preciso também melhorar a taxa de investimento, pois isso permite que tenhamos condições de crescer sem pressionar a inflação.

Este texto foi originalmente publicado na edição 623 (novembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Marcos Santos e Andreia Naomi

Panorama político: palestra de Creomar de Souza no 16º Simpovidro

Quem é?
Historiador, mestre em relações internacionais e doutorando em política comparada pela Universidade de Brasília, é fundador da Dharma Political Risk and Strategy, hub de inteligência e estratégia em assuntos públicos e prevenção de risco. Atuou em 2019 como coordenador da Frente Parlamentar Mista de Economia e Cidadania Digital, via construção do Instituto Cidadania Digital.

Tópicos abordados
– A política “faz preço”: isso ocorre porque as empresas e seus resultados são altamente vulneráveis a riscos políticos. Nesse cenário, os empreendedores que melhor manejam os riscos políticos adquirem vantagem competitiva mais robusta;

– Riscos atuais: as tensões geopolíticas e militares na Europa, Oriente Médio e no entorno geoestratégico da China, o crescimento do extremismo político em democracias, os impactos das mudanças climáticas e o risco de ressurgência de crises sanitárias são alguns dos acontecimentos recentes que podem ter impacto nas empresas;

– “Lula é o mesmo, mas o Brasil mudou”: houve um foco no estímulo ao consumo no primeiro ano do mandato, um pensamento parecido com o realizado vinte anos atrás, e uma tentativa de estabelecer diálogos com o Legislativo com estímulos do passado – mas, hoje, o congresso tem mais apetite e interesses do que antes;

– Perspectivas para 2025: é necessário que o Poder Executivo consolide uma aproximação e ajuste melhor sua relação com o Legislativo – o desafio no próximo ano será equilibrar a pressão por corte de gastos com a parte do governo que exige maiores investimentos em um ambiente pré-eleitoral.

Este texto foi originalmente publicado na edição 623 (novembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Marcos Santos e Andreia Naomi

Como entender as pessoas: palestras de Érica Belon no 16º Simpovidro

Quem é?
Doutora em administração, mestre em educação e pós-graduada em neurociência e comportamento, com MBA internacional em gestão empresarial. Conta com mais de trinta anos de experiência atuando diretamente na gestão de times, elaboração e execução de projetos e tomada de decisões, tendo treinado mais de 80 mil profissionais.

Tópicos abordados
– Diferença entre pensar como dono e como empresário: a empresa é reflexo do dono, que precisa saber como implementar processos e estruturar seu negócio – o segredo do sucesso está em três pilares: pessoas, processos e performance;

– Valorizando a equipe: o cliente interno, que é o colaborador, importa; é preciso mostrar para ele e para o mercado que trabalhar na sua empresa é uma boa experiência, pois são as pessoas que definem o sucesso do negócio – quem está fazendo isso ganha o jogo;

– Inteligência x performance: inteligência significa competência, ou seja, tudo que se aprende na teoria. Ter inteligência não significa ter performance: o que vai mudar a realidade do negócio é ter pessoas com mentes habilidosas para saber
realizar o que é necessário;

– Entendendo de pessoas: apenas quando os empresários têm essa capacidade é que conseguem sair do âmbito estratégico; aplicar conceitos da neurociência na contratação pode ser extremamente valioso para a gestão dos colaboradores da empresa.

Este texto foi originalmente publicado na edição 623 (novembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Marcos Santos e Andreia Naomi

Negócio familiar: palestra de Isabelle Randon no 16º Simpovidro

Quem é?
Membro da 3a geração do Grupo Randon, empresa de soluções em transportes, e sócia-fundadora da IR Family & Business. Atua também na Family Business Network (FBN), uma instituição internacional que promove e fortalece o papel da família empresária em mais de 56 países.

Tópicos abordados
– Potencial da gestão familiar nas empresas: a família tem um poder enorme de levar seus valores para dentro dos negócios; a cultura de uma família impacta na cultura de identidade e na força do legado da empresa;

– Família, propriedade e empresa: esses são os três eixos da governança definidos pelo professor John Davis, renomado especialista em governança familiar. Ao organizar esses eixos, é essencial não misturar o lado pessoal com o profissional;

– Sucessão familiar de sucesso: para que isso seja possível, é importante observar o que deve ser preservado da fórmula usada pela família até ali, e o que precisa ser inovado;

– Mitos e verdades sobre o processo de sucessão: esse trabalho envolve o diálogo com sócios e herdeiros, a fim de alinhar os objetivos familiares, implementar estruturas adequadas e preparar a nova geração para a continuidade do legado – mas não significa simplesmente trocar os mais velhos pelos mais novos sem critério ou afastar a família dos negócios.

Este texto foi originalmente publicado na edição 623 (novembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Marcos Santos e Andreia Naomi

De olho nas finanças: palestra de Flávio Málaga no 16º Simpovidro

Quem é?
Sócio-fundador da assessoria Malaga|AAS, professor de Finanças Corporativas e de Contabilidade do MBA Finanças do Insper, e autor dos livros Retorno de ações e Análise de demonstrativos financeiros e da performance empresarial. É PhD e mestre em finanças, com MBA pela Boston University em microeconomics.

Tópicos abordados
– Juros elevados e economia “caminhando de lado” em 2025: os empresários não devem esperar por milagres e empurrões macroeconômicos, pois a dinâmica deverá ser a mesma dos últimos anos – uma reforma tributária que pode não mudar muito o cenário, confusão política e instabilidade fiscal;

– Cuidando das finanças do seu negócio: a empresa mais próspera, capaz de gerar mais valor, vale mais; por isso, é recomendável buscar gerar valor por meio de decisões operacionais que permitam melhorar seu modelo competitivo, entregar uma rentabilidade sobre o capital acima do custo de capital e destravar o crescimento;

– Quanto mais competitivo o segmento, mais relevantes é a gestão financeira: a inteligência ou a cultura financeira não garantem o sucesso da empresa, mas são condições necessárias observadas naquelas que conseguem prosperar, obter êxito financeiro e gerar valor.

Este texto foi originalmente publicado na edição 623 (novembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Marcos Santos e Andreia Naomi

Perto do fim

rafaelribeiro-nov2024O ano de 2024 vai se aproximando do seu final e, como de hábito nesta época, os dias têm sido intensos e cheios de afazeres. A sensação é de que a demanda pelo nosso material tem se mostrado mais aquecida, embora as margens ainda estejam longe do ideal. O mês de novembro concentrou dois feriados que devem impactar o faturamento das empresas, já que diminuiu o número de dias úteis.

Não posso deixar de falar aqui da 16ª edição do Simpovidro, realizada do fim de outubro ao começo de novembro, uma ótima oportunidade de encontrar amigos, parceiros e fornecedores e trocar ideias e impressões sobre o mercado e os desafios que temos vivido. As palestras trouxeram provocações e reflexões interessantes, as quais proporcionaram ótimas conversas à beira da piscina e do belo mar da região! As perspectivas trazidas pelos executivos das usinas de base também injetaram uma boa dose de entusiasmo, com previsão de crescimento do nosso mercado não apenas este ano como nos que estão por vir.

E uma notícia importante deste mês que merece registro porque deve impactar o mercado a partir de dezembro foi a aprovação, pelo governo federal, do pleito da Abividro de aumento da tarifa de importação do float incolor, que sai de 9% para 25%. Diferentemente do direito antidumping, que impacta apenas algumas origens, essa medida é válida para todo o vidro float incolor que entrar no País a partir do início da vigência, por um período de doze meses. O volume de vidro float incolor importado disparou em 2023, chegando a 123 mil toneladas, maior nível desde o início do direito antidumping, em 2014. Este ano, o acumulado até outubro já beira as 122 mil toneladas – ou seja, vai superar 2023. Porém, nos últimos meses temos percebido redução nos números, resultado do aumento do frete e da moeda (dólar), além do andamento do processo de antidumping. É uma oportunidade para a indústria nacional recuperar o terreno perdido.

Espero que essa oportunidade seja aproveitada com inteligência.

Rafael Ribeiro
Presidente da Abravidro
presidencia@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 623 (novembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Marcos Santos

Missões cumpridas

Da Alemanha para Maceió, de Maceió para São Paulo: as últimas semanas trouxeram diversas missões complexas, todas devidamente cumpridas.

A primeira começou em Düsseldorf, onde estive para visitar a Glasstec, a mais importante feira de nosso segmento no mundo. Conversei com players mundiais sobre novidades da indústria e ainda pude ver a forte presença de profissionais brasileiros por lá.

Na semana seguinte, foi a vez daquilo que esperávamos ansiosamente: o 16º Simpovidro. O volume de trabalho para organizar o simpósio é proporcional à minha felicidade ao ver o evento dar certo – exatamente o que aconteceu em mais esta edição. Esse foi o meu quarto Simpovidro e a sensação é de muita satisfação. Ver pessoas com atuações tão distintas no mercado reunidas, demonstrando sinergia, capacidade de diálogo e interesse em enfrentar em conjunto os grandes desafios que temos em nosso setor, renova as energias.

O Simpovidro é uma iniciativa que dá certo porque envolve muitas pessoas comprometidas com a sua realização. Agradeço ao presidente Rafael Ribeiro e aos demais membros da diretoria da Abravidro pela confiança e apoio – e, claro, ao nosso time aguerrido e competente de colaboradores, cuja atuação de excelência há anos é reconhecida pelo mercado. Não posso deixar de citar os parceiros Bahia Eventos e Verbus Comunicação, que atuaram, respectivamente, na produção e comunicação do principal encontro vidreiro nacional. Deixo ainda meu muito obrigado aos patrocinadores, apoiadores e a todos os participantes.

Como se não bastasse isso tudo, ainda deu tempo de produzir esta O Vidroplano especial, com a cobertura desses dois eventos que colocam o setor para andar pra frente.

Boa leitura!

Iara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 623 (novembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Confira o guia para o 16º Simpovidro

De 31 de outubro a 3 de novembro, o setor vidreiro nacional tem um ponto de encontro oficial: o resort Vila Galé Alagoas, no município de Barra de Santo Antônio. Após ter sido realizado no Rio de Janeiro em sua mais recente edição, em 2022, o simpósio volta para o Nordeste – e, desta vez, para um Estado que nunca sediou o evento. Está pronto para conhecer as belezas de Alagoas, enquanto amplia seu networking e adquire conhecimento para enfrentar os desafios da cadeia? Pois o 16º Simpovidro chegou!

Vila Galé Alagoas
O Vila Galé Alagoas é o maior resort all inclusive de seu Estado. Inaugurado em 2022, está localizado a cerca de 75 km do Aeroporto Internacional de Maceió – Zumbi dos Palmares, à beira da tradicional praia do Carro Quebrado, um símbolo nordestino conhecido pelas falésias e piscinas naturais de água cristalina. O espaço se propõe a homenagear escritores de língua portuguesa do Brasil e de Portugal, com cada acomodação tendo a referência de um artista. A recepção conta com uma exposição focada em escritoras e também uma galeria dos vencedores do Prêmio Nobel da Literatura.

 

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Estrutura 5 estrelas
O resort oferece experiências incríveis aos seus hóspedes, graças a uma estrutura de primeira qualidade que inclui:

  • Sistema all inclusive, com refeição e bebidas (incluindo as alcoólicas) à vontade 492 quartos
  • 7 restaurantes – incluindo o Museu do Sertão, com pratos típicos locais
  • 5 bares
  • 4 piscinas – incluindo uma com 100 m de comprimento e parque aquático
  • Esportes: quadras de beach tennis, futebol, handebol e vôlei
  • Kids Club: recreação infantil com monitores

Programação pensada para sua empresa
Além dos momentos de lazer e interação, uma das marcas do Simpovidro é a programação de palestras. Este ano, serão abordados assuntos fundamentais para o dia a dia das empresas vidreiras: de gestão estratégica e de riscos a empreendedorismo e governança, passando por política, economia, ambiente digital e muito mais.

  • Dra. Érica Belon
    Gestora especialista em administração, educação e comportamento
    Lucro e liberdade: como sair do operacional e saltar para o estratégico
  • Flávio Málaga
    PhD e mestre em finanças
    Governança financeira nas empresas vidreiras
  • Isabelle Randon
    Especialista em governança familiar
    Como garantir a longevidade da sua empresa
  • Creomar de Souza
    Historiador, especialista em relações internacionais e política
    Panorama político: desafios e possibilidades
  • Ana Maria Castelo
    Mestre em economia
    Perspectivas econômicas para 2025
  • Pedro Doria
    Jornalista, escritor e especialista em tecnologia
    A Inteligência Artificial muda tudo

O que vestir
O Simpovidro pede roupas menos formais – afinal, estamos falando de um evento realizado num lugar paradisíaco. Para certas atividades da programação, no entanto, a Abravidro recomenda o uso de certos trajes. E lembre-se: as informações abaixo são somente sugestões. O participante está livre para ir como desejar!

  • Cerimônia de abertura
    Quando: quinta-feira, 31 de outubro, às 20h
    Local: Plenária Simpovidro, no Centro de Convenções do hotel
    Traje: passeio (homens com blazer com calça social sem gravata; mulheres com pantalonas, vestidos ou tailleurs e sapatos de salto médio ou baixo)
  • Palestras
    Quando: manhãs de sexta-feira e sábado, 1º e 2 de novembro
    Local: Plenária Simpovidro
    Traje: livre. Só é proibida a entrada na plenária com roupas de banho
  • Luau no caribe brasileiro
    Quando: sexta-feira, 1º de novembro, a partir das 21h, após o jantar
    Local: no gramado ao lado do restaurante da piscina
    Traje: livre
  • Jantar de encerramento (com o tema Cores de Maceió)
    Quando: sábado, 2 de novembro, às 20h
    Local: na plenária do Centro de Convenções do hotel
    Traje: homens com calça jeans ou de sarja, bermudas e camisas de manga curta e sapatos tipo mocassim ou até tênis; mulheres com vestidos leves, saias, pantalonas e sandálias com ou sem salto

Este texto foi originalmente publicado na edição 622 (outubro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fotos: Divulgação Vila Galé Alagoas

Celebrando o setor

Chegou, enfim, o 16º Simpovidro, um dos momentos mais aguardados do ano para o setor vidreiro brasileiro. A Abravidro trabalhou muito para criar mais um evento memorável para os profissionais de nossa cadeia – e, clicando aqui, você confere um guia para curtir o simpósio ao máximo.

E se o Simpovidro é uma celebração do segmento, esta edição de O Vidroplano também atua nesse sentido. A reportagem de capa mostra os detalhes de um processo comum nos últimos tempos: a construção de atrações turísticas pelo mundo tendo o vidro como principal elemento. Clicando aqui, elencamos algumas das mais incríveis obras envidraçadas recentes que se tornaram pontos de visitação de milhares de pessoas. De São Paulo ao Rio Grande do Sul, no Brasil, passando pelos Estados Unidos, nosso material está cada vez mais pop.

Os desafios de trabalhar com fachadas inclinadas também ganharam espaço na revista. Esse tipo de projeto envolve diversas outras variáveis, além das já encontradas na especificação de fachadas comuns. Projetistas e instaladores explicam conceitos como inclinações positiva e negativa, o que muda na logística para a instalação das estruturas e os tópicos relevantes a serem levados em conta para a escolha dos vidros.

Veja ainda o que de melhor foi encontrado na edição 2024 da feira norte-americana GlassBuild America, como fazer a marcação de vidros que passam por tratamento térmico e os melhores momentos da entrevista com a diretoria da AGC para o VidroCast.

Boa leitura!

Iara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 622 (outubro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Momento de reflexão

rafaelribeiro-out2024Enfim chegou outubro, o tão aguardado mês do Simpovidro. Por aqui estamos ansiosos para rever associados, amigos, parceiros, fornecedores e clientes. Nosso simpósio chega à sua 16ª edição mantendo a essência de ser um evento de relacionamento, negócios e, claro, um momento para refletir a partir dos temas das palestras. Este ano não será diferente e nossa proposta é pensar em temas fundamentais para os negócios, como governança financeira, gestão de riscos e provocações para sairmos da operação e conseguirmos atuar de forma mais estratégica em nossas empresas. Vamos falar também sobre o que esperar da política e da economia e sobre como a Inteligência Artificial vai impactar a sociedade, nossas empresas e a vida de cada um de nós. Nossos familiares estarão conosco no simpósio para diversão, mas o empresário deve aproveitar essa oportunidade para refletir.

E a pausa para reflexão vale para muitos outros temas do nosso dia a dia como empresários do setor vidreiro, como venho propondo aqui mensalmente. O ano de 2024 tem sido repleto de desafios, com a demanda fraca, o aumento da informalidade, a dificuldade em repassar os aumentos nos custos e os grandes volumes de vidros importados chegando ao Brasil, agora incluindo os processados.

Pensar nesses desafios — e soluções — de forma conjunta, com cada um refletindo sobre suas responsabilidades como ator da cadeia é um dos melhores caminhos para melhorarmos o ambiente de negócios no setor vidreiro.

Aproveite o Simpovidro para rever os amigos e parceiros e para fazer negócios, mas também para fazer essa pausa e pensar de que maneira podemos atuar, juntos, para o desenvolvimento do mercado, proporcionando melhores resultados para nossas empresas e para toda a cadeia! Nos encontramos em Maceió!

Rafael Ribeiro
Presidente da Abravidro
presidencia@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 622 (outubro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Marcos Santos

AGC participa de entrevista no VidroCast

No começo de outubro, o VidroCastpodcast da Abravidro – recebeu Isidoro Lopes, presidente da AGC no Brasil, e Marcelo Botrel, anunciado em agosto como novo gerente-executivo Comercial e de Marketing da divisão de Vidros Arquitetônicos para a América do Sul. Os dois executivos conversaram com Iara Bentes, superintendente da Abravidro e editora de O Vidroplano: o bate-papo abordou do retorno de Botrel ao setor vidreiro e os objetivos da empresa no Brasil, até um balanço dos resultados em 2024 e as perspectivas para o Simpovidro. A seguir, confira alguns destaques da entrevista.

Botrel, antes de tudo, bem-vindo de volta! Você já atuou no setor em outra usina de base e deixou o mercado em 2014. O que você tem observado de diferente nesse primeiro mês de atividades, após dez anos?
Marcelo Botrel – Ainda é muito cedo para falar, mas para mim foi muito bom, pois estou revendo muitos amigos de longa data, com várias empresas que evoluíram muito. Isso é ótimo porque significa que elas se organizaram e cresceram.

Na nota em que a AGC anunciou a vinda do Botrel, vocês informaram que dois dos principais objetivos da empresa são contribuir para o fortalecimento da marca e colaborar com o planejamento estratégico da AGC aqui na região. Como esperam obter sucesso nesse desafio?
Isidoro Lopes – Obviamente, ao trazer um executivo do nível do Marcelo, com a experiência que ele tem, nós queremos não só vender vidro: queremos parcerias duradouras com os nossos clientes, buscar modelos de negócios e parceiros para outras atividades e ajudar os clientes no desenvolvimento dos seus negócios, para que seja uma relação de ganhos para todos os parceiros que estão com a AGC.

Vocês dois conhecem bastante o nosso setor e a cadeia de processamento. Estreitar o relacionamento com esse público é um desafio para a AGC?
MB – Sim, é um desafio. Se você me uma pequena observação que eu faço desses últimos tempos em que fiquei fora do setor, essa relação era mais cultivada no passado. Então, acho que é uma oportunidade; o relacionamento com a cadeia de processamento sempre é um componente importante nessa indústria. Não significa que esse distanciamento tenha acontecido por parte de todas as indústrias: vejo que na AGC, por exemplo, há um cuidado muito grande na relação com esses clientes, tanto na confecção de produtos como na atenção com o atendimento.

 

“Na área de vidros arquitetônicos do nosso país, ainda há muitas oportunidades de crescimento dentro da construção civil” (Isidoro Lopes)
“Na área de vidros arquitetônicos do nosso país, ainda há muitas oportunidades de crescimento dentro da construção civil”
(Isidoro Lopes)

 

Isidoro, numa conversa recente, você comentou um movimento que foi feito pela AGC na Europa, o “from volume to value” (do volume para o valor). O Brasil tem condições de fazer esse movimento também, considerando as adversidades que o nosso mercado vem enfrentando com a entrada de grandes volumes de vidro importado no País?
IL – Acho que toda a cadeia do vidro no Brasil busca isso. Obviamente, o Brasil ainda busca volume; todos ainda têm uma necessidade de volume para manter o negócio competitivo. Mas você pode observar que produtos de valor agregado estão sendo lançados a todo momento, como vidros refletivos, laminados de temperados, serigrafados… É uma tendência natural do segmento buscar mais valor agregado. Na área de vidros arquitetônicos do nosso país, ainda dá para trabalhar muito em termos de volume; há muitas oportunidades de crescimento dentro da construção civil, e a gente também pode agregar valor a esse volume – dá para fazer os dois: “volume and value”.

Vocês lançaram recentemente o vidro de controle solar Sunlux Champanhe. Como o mercado recebeu essa novidade?
MB – O mercado recebeu muito bem: já temos vários clientes interessados e recebemos vários pedidos. Esse é um produto com foco tanto para a construção civil como para a indústria moveleira; é muito versátil, muito bonito e tem um bom nível de controle térmico – só traz vantagens.

Já estamos fechando o terceiro trimestre e entrando na reta final do ano. Qual o balanço que a AGC faz da performance do setor em 2024?
IL – De forma resumida, devemos fechar este ano um pouco acima de 2023 – algo em torno de 3%. Nós esperávamos um cenário um pouco pior, mais nebuloso; estamos vendo uma inflação mais controlada, o PIB já chegando perto dos 3%, o índice de confiança da construção civil vem subindo… estamos mais otimistas. E, para 2025, esperamos mais um pequeno crescimento.

 

“Vejo que, na AGC, há um cuidado muito grande na relação com os clientes, tanto na confecção de produtos como na atenção com o atendimento” (Marcelo Botrel)
“Vejo que, na AGC, há um cuidado muito grande na relação com os clientes, tanto na confecção de produtos como na atenção com o atendimento”
(Marcelo Botrel)

 

Quais são as grandes diferenças em termos de demanda por produto no Brasil, na comparação com outros países?
IL – O mix de vidro incolor na Europa, por exemplo, é muito baixo, acho que menor que 5%; há um grande uso lá de vidros insulados e refletivos, entre outros – ou seja, esses produtos que, no Brasil, são chamados de especiais, para eles já são uma demanda normal.

Quais vocês acham que seriam os caminhos para a gente conseguir desenvolver o mercado brasileiro nos níveis da Europa e dos Estados Unidos?
MB – Acho que esse desenvolvimento passa pelo investimento em tecnologia – mas, para investir mais do que já está sendo feito, é preciso tornar sua empresa rentável. Todo mundo tem que estar ganhando: o cliente também, o processador também; se a indústria caminhar nesse sentido, pode-se buscar mais tecnologia, mais equipamentos, mais profissionais. As parcerias com as associações são fundamentais para transmitir o conhecimento para esse desenvolvimento. E é preciso que o País dê as condições para que a população tenha mais acesso à informação e a recursos financeiros, para que ela possa então buscar e consumir produtos de qualidade mais alta.

Por último, quais são as suas expectativas para o Simpovidro?
MB – Eu estou ansioso para reencontrar muita gente; a AGC estará em peso lá com a nossa equipe comercial. É um encontro que promove a integração. Quando você conecta o fabricante, o cliente final e até o vidraceiro, isso é muito bom para a cadeia do vidro: todos devem estar na mesma página, e o Simpovidro é um ambiente propício para isso.

IL – A AGC enxerga o Simpovidro como uma união do segmento; é uma ocasião extremamente importante para manter essa ligação entre os vários elos da nossa cadeia e para discutir temas importantes para o setor vidreiro como um todo, com o adicional de ser um ambiente mais descontraído, com todos se conhecendo também como pessoas, não só como profissionais.

Este texto foi originalmente publicado na edição 622 (outubro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fotos: Ivan Pagliarani

Mais do mesmo

rafaelribeiro-set2024O setor vidreiro tinha expectativas de que o segundo semestre do ano trouxesse maior dinamismo às vendas do nosso material e um resultado melhor para a cadeia, mas o que estamos vendo até agora não passa de mais do mesmo: recuperação no preço da matéria-prima, corrida de processadores e distribuidores para reforçar seus estoques antes da virada das tabelas (para a manutenção do preço antigo pelo maior prazo possível) e a consequente dificuldade no repasse dos reajustes, por parte da cadeia de processamento, aos clientes.

Isso sem falar que o repasse, quando acontece, leva em conta apenas os percentuais de aumento da matéria-prima, não incluindo outras despesas relevantes na formação do preço de nossos produtos, como já pontuado aqui anteriormente. Não à toa temos visto queda no faturamento da indústria de transformação de vidros processados não automotivos, como mostrou o Panorama Abravidro para os anos de 2022 e 2023.

Também na categoria repeteco está o grande volume de importados. Embora nos últimos meses tenha diminuído o ritmo de entrada do float, os processados seguem crescendo e deixando todos nós preocupados. A ociosidade já registra índices alarmantes na cadeia de processamento, que conta com cerca de 570 fornos de têmpera em um mercado que, em seu melhor momento, chegou a 66 milhões de m² – e, em 2023, não alcançou 55 milhões de m². O cenário com grandes importações de processados só vai deteriorar ainda mais o mercado.

A saúde da cadeia de processamento, já abalada por anos de resultados fracos, concorrência acirrada e informalidade crescente, vai ficando cada dia mais fragilizada. A importância da governança financeira estará em pauta no Simpovidro, assim como outros assuntos importantes para o dia a dia de nossas empresas. Nosso evento, ponto de encontro de toda a cadeia vidreira, está chegando e, mais uma vez, vamos trazer temas relevantes para a reflexão dos tomadores de decisão das empresas. Assim seguimos contribuindo para o desenvolvimento do setor de vidros planos no Brasil, uma das principais missões da Abravidro.

Rafael Ribeiro
Presidente da Abravidro
presidencia@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 621 (setembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Marcos Santos

Conheça os palestrantes do 16º Simpovidro

A programação de palestras do 16º Simpovidro está fechada – e repleta de conteúdo útil para sua empresa! Este ano, importantes nomes vão trazer ideias para ajudar as companhias vidreiras em temas relevantes do dia a dia: de gestão estratégica e de riscos a empreendedorismo e governança, passando por política, economia, ambiente digital e muito mais. Já se inscreveu no evento? O Simpovidro será realizado de 31 de outubro a 3 de novembro, no resort Vila Galé Alagoas. A seguir, conheça os palestrantes e os temas a serem abordados por eles.

 

Foto: Miriam Marostica
Foto: Miriam Marostica

 

 

Dra. Érica Belon
Doutora em administração, mestre em educação e pós-graduada em neurociência e comportamento, com MBA internacional em gestão empresarial, conta com mais de trinta anos de experiência atuando diretamente na gestão de times, elaboração e execução de projetos e tomada de decisões. Durante todo esse tempo treinou mais de 80 mil profissionais, implementando o método de gestão estratégica de pessoas em diversas empresas, de variados segmentos, por meio de consultorias. No 16º Simpovidro, falará sobre Lucro e liberdade: como sair do operacional e saltar para o estratégico.

 

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 

 

Flávio Málaga
PhD e mestre em finanças, com MBA pela Boston University em microeconomics, é sócio-fundador da assessoria Malaga|AAS, especializada em finanças corporativas, contabilidade, projetos de fusões e aquisições e governança financeira. Atua também como professor de Finanças Corporativas e de Contabilidade do MBA Finanças do Insper. É também escritor, tendo publicado os livros Retorno de ações e Análise de demonstrativos financeiros e da performance empresarial, e já foi entrevistado no VidroCast, o podcast da Abravidro. No 16º Simpovidro, falará sobre Governança financeira nas empresas vidreiras.

 

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 

 

Isabelle Randon
Membro da terceira geração do Grupo Randon, empresa de soluções em transportes, e sócia-fundadora da IR Family & Business, se envolveu com governança familiar desde cedo, participando ativamente da implementação de diversas iniciativas, como a academia de acionistas. Atua ainda na Family Business Network (FBN), uma instituição internacional que promove e fortalece o papel da família empresária em mais de 56 países. No 16º Simpovidro, falará sobre Como garantir a longevidade da sua empresa.

 

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 

 

Creomar de Souza
Historiador, mestre em relações internacionais e doutorando em política comparada pela Universidade de Brasília, é fundador da Dharma Political Risk and Strategy, hub de inteligência e estratégia em assuntos públicos e prevenção de risco. Com atuação no setor de análise de cenário político para entidades privadas e organizações internacionais, atuou em 2019 como coordenador da Frente Parlamentar Mista de Economia e Cidadania Digital, via construção do Instituto Cidadania Digital. No 16º Simpovidro, falará sobre Panorama político: desafios e possibilidades.

 

Foto: Marcelo Freire
Foto: Marcelo Freire

 

 

Ana Maria Castelo
Mestre em economia, é coordenadora de Projetos da Construção na Fundação Getulio Vargas/IBRE desde 2010. Na instituição, comanda e desenvolve estudos e análises setoriais. Responsável pela divulgação de dois estudos muito importantes para o setor da construção – o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) e a Sondagem da Construção. No 16º Simpovidro, falará sobre Perspectivas econômicas para 2025.

 

Foto: Leo Martins
Foto: Leo Martins

 

Pedro Doria
Jornalista, escritor e palestrante, é colunista da rádio CBN e do jornal O Globo. Responsável pela direção de algumas das principais redações do País ao longo dos anos, é o fundador da startup de jornalismo Meio. Tendo estudado em Stanford, na universidade instalada no Vale do Silício, polo tecnológico dos Estados Unidos, acompanha as transformações impostas pelo digital há três décadas. Já escreveu bestsellers sobre a história do Brasil. No 16º Simpovidro, falará sobre o tema A Inteligência Artificial muda tudo.

 

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Este texto foi originalmente publicado na edição 621 (setembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto de abertura: Marcos Santos e Andreia Naomi/Divulgação

Para você e sua empresa

Como se vê na capa desta edição de O Vidroplano, a programação de palestras do principal encontro vidreiro da América Latina enfim foi revelada. Para o 16º Simpovidro, convidamos especialistas de diversas áreas para levar ideias relevantes ao dia a dia de nossas empresas. Em um mercado concorrido como o vidreiro, estar bem preparado para os desafios que surgem é fundamental – e os temas das palestras vão ao encontro dessa necessidade. Clique aqui e confira a lista completa dos conferencistas que participarão do simpósio, de 31 de outubro a 3 de novembro, no Vila Galé Alagoas.

Temos também outros destaques na revista, como uma reportagem especial sobre um tema do qual ouviremos muito daqui pra frente, inclusive no Simpovidro: Inteligência Artificial, a famosa IA. De que forma ela poderá impactar o setor vidreiro? Conversamos com usinas e fabricantes de maquinários para processamento para entender o salto que a tecnologia vidreira pode dar com esse conceito cada vez mais integrado à vida de cada um de nós.

Na seção “Para sua vidraçaria”, saiba como realizar a manutenção de diversos sistemas envidraçados, incluindo envidraçamento de sacada, guarda-corpos e boxes de banheiro, além de portas e fachadas de vidro. Cada tipo de instalação conta com particularidades especiais para preservar a qualidade e segurança.

Leia também uma entrevista imperdível com Flávio Málaga, PhD e mestre em finanças (e que será um dos palestrantes do Simpovidro), e com Victor Villas Casaca, presidente do Sinbevidros-SP, sobre temas importantes como rentabilidade, fluxo de caixa, política de preços e gestão financeira – e confira o papo na íntegra em nosso podcast, o VidroCast.

Boa leitura!

Iara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 621 (setembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

VidroCast traz episódio sobre gestão e finanças

Cuidar da gestão e das finanças de uma empresa não é uma tarefa simples: é preciso acompanhar atentamente tanto os indicadores internos como o cenário externo para a tomada de decisões – e todo esse cuidado se torna ainda mais importante em um mercado tão concorrido como o vidreiro. Para ajudar os gestores do nosso setor nesse trabalho, o VidroCast recebeu dois convidados especiais: Flávio Málaga, mestre e PhD em finanças, confirmado como um dos palestrantes do 16º Simpovidro (veja mais clicando aqui); e Victor Villas Casaca, presidente do Sinbevidros-SP e vice-presidente da Abravidro.

Málaga e Casaca conversaram com Iara Bentes, superintendente da Abravidro e editora de O Vidroplano, abordando tópicos como fluxo de caixa, o perigo de entrar em “guerra de preços” e as particularidades de empresas de gestão familiar. A seguir, confira alguns destaques do episódio – e assista à entrevista completa no YouTube.

Antes de entrar na parte complexa da nossa conversa, gostaria de começar com uma provocação: qual o objetivo de uma empresa?
Flávio Málaga – Essa é uma pergunta cuja resposta varia de acordo com quem responde. De forma geral, independentemente do perfil da empresa, o objetivo deveria ser sempre o mesmo: os gestores-executivos entenderem o que se passa financeiramente, se é algo sustentável e, a partir daí, tomar decisões sobre o que fazer com ela, se mexe ou não na política de preços, avaliando a produtividade e a eficiência e tomando decisões com base nesses dados para manter o negócio sustentável.

Victor Casaca – Olhando para o nosso mercado, quando um investidor aporta capital, ele quer remunerar esse capital da forma mais eficiente possível – e, se estiver assumindo algum risco, ele vai querer um retorno acima do que o mercado daria para ele. Acho que o vidro, uns quarenta anos atrás, passou por uma “época de ouro”, com poucos players e margens mais atrativas, em que o controle não era tão necessário. Como todo mercado, o setor cresceu, as margens foram ficando mais apertadas e, por isso, o desenvolvimento do controle do negócio se faz essencial.

 

“Quando você tem a família se sustentando pelo negócio, com pessoas não preparadas para a função, isso tende a levar a conflitos societários” (Flávio Málaga)
“Quando você tem a família se sustentando pelo negócio, com pessoas não preparadas para a função, isso tende a levar a conflitos societários”
(Flávio Málaga)

 

Qual a importância do fluxo de caixa em uma empresa, em especial no caso do perfil geral das empresas vidreiras, em que o investidor é o próprio dono?
FM – Como o fluxo de caixa é uma dinâmica consolidada de três atividades, é importante saber pegar essa métrica e abri-la nestas três vertentes: operacional, de investimento e de financiamento – lembrando que o fluxo de caixa da operação é o grande lastro da empresa, então é muito importante conhecer não só o fluxo consolidado, mas também as métricas separadas.

VC – As pessoas muitas vezes não entendem a variação de caixa, ou seja, por que o lucro não vira caixa, e esse é um problema muito sério em diversas empresas: “Por que o meu caixa diminuiu se o meu lucro aumentou?”. Os gestores acham que o simples aumento de vendas vai gerar caixa de alguma forma, e não é bem por aí.

Então, qual a relação entre lucratividade e política de preço?
FM – A política de preço é direcionadora das receitas e da capacidade de agregar valor ao custo que você tem para fornecer um produto ou serviço. Nem todos os clientes são iguais: alguns toleram precificações maiores – alguns serviços permitem diferenciar um cliente do outro. O importante é poder calibrar a estratégia de precificação de acordo com o perfil do seu cliente, mas você também precisa conhecer seus custos. O grande problema é quando a empresa trabalha com capacidades ociosas, e isso leva a uma briga de preços no mercado: gera o vício do cliente e compromete a sustentabilidade do negócio.

VC – Essa política comercial tem reflexos péssimos para o setor como um todo. Algo que seria pontual acaba se tornando recorrente e a gente entra numa espiral negativa sem fim. E acredito que muito dessa espiral aconteça por falta de conhecimento financeiro, por querer acompanhar o concorrente até o último gole, sem entender que aquilo já virou um prejuízo. É o ego, a emoção, falando acima da razão.

O preço não deveria ser um diferencial no mercado vidreiro, considerando que as condições para as empresas são muito parecidas, mas na prática é ele que define quem ganha a venda. Como a gente faz para reverter esse cenário?
FM – Não há uma resposta simples; em todo caso, você tem que olhar para dentro: onde trabalhar o seu ciclo operacional e financeiro, saber lidar com estratégias de preços pontuais para clientes específicos e extrair o máximo da eficiência da sua gestão. E, nessas horas, se tomar suas decisões às cegas, sem algo que dê algum embasamento, a chance do seu negócio ter um colapso é grande.

 

“Os gestores acham que o simples aumento de vendas vai gerar caixa de alguma forma, e não é bem por aí” (Victor Casaca)
“Os gestores acham que o simples aumento de vendas vai gerar caixa de alguma forma, e não é bem por aí”
(Victor Casaca)

 

A Abravidro tem uma contribuição importante nesse sentido de criar uma cultura de dados para o nosso setor no Brasil com os nossos dois levantamentos, o Panorama Abravidro e o Termômetro Abravidro, ambas fornecendo informações a se somar para a tomada de decisão do gestor. Mas vemos que nem todas as empresas contribuem para essas pesquisas ou consomem esses dados.
VC – Sim, e isso é uma pena, porque são materiais muito ricos. O próprio Termômetro nos dá uma visão de curtíssimo prazo do que está acontecendo e permite ao gestor da empresa compará-la aos seus pares para identificar se ela está sendo eficiente ou não. A base para qualquer planejamento é entender o cenário em que seu negócio está inserido.

Quais são as principais diferenças entre as empresas com gestão familiar e as com gestão executiva?
FM – Eu prefiro não rotular que a gestão executiva seja melhor que a familiar. Conheço muitas famílias que conseguiram tornar suas empresas uma potência. Minha recomendação para as empresas familiares é que elas tenham uma gestão cada vez mais profissionalizada, mesmo que seja feita pela própria família. Se você tem familiares que são absolutamente competentes, por que não? A questão é quando você tem a família se sustentando pelo negócio sem entender o que a operação pode gerar, com pessoas que recebem mais do que o mercado pagaria e que não estão preparadas para a função. Isso tende a levar a conflitos societários entre pais, filhos e irmãos que não se falam, e a empresa vira uma gestão pessoal de conflitos. É preciso ter em mente que o que importa é a sustentabilidade do negócio, porque é ele que sustenta a família. O segredo não é binário – entre uma gestão totalmente profissionalizada e outra totalmente familiar, há vários cenários intermediários.

Este texto foi originalmente publicado na edição 621 (setembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fotos: reprodução

Voe com desconto para o 16º Simpovidro

Agora é a hora de comprar sua passagem aérea para o 16º Simpovidro! O evento será realizado de 31 de outubro a 3 de novembro, no resort Vila Galé Alagoas, em Barra de Santo Antônio – e você tem desconto exclusivo de 10% adquirindo sua passagem aérea por meio do banner inteligente da companhia aérea Gol no site oficial do simpósio. Importante: o banner apresenta como destino apenas o Aeroporto Internacional de Maceió – Zumbi dos Palmares; na hora de escolher o local de partida, irá aparecer apenas a sigla do aeroporto, não o nome completo – a lista com todas as siglas você também encontra no site do Simpovidro.

 

Seja apoiador do Simpovidro – assim como as empresas abaixo!

apoiadoressimpovidro-ago2024

Vincule sua marca a um evento de visibilidade internacional. Fale com Rosana Silva pelo e-mail rsilva@abravidro.org.br ou tel. (11) 3873-9908 (ramal 1026).

Este texto foi originalmente publicado na edição 620 (agosto de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: kittikunfoto/stock.adobe.com

Em busca de soluções

rafaelribeiro-ago2024O mercado vidreiro não é para amadores e o ano de 2024 tem deixado isso bem claro. Enquanto a demanda se mantém abaixo da expectativa, os preços dos vidros processados seguem em queda e agora o foco de preocupação está no volume crescente de importações de laminado e temperado. O laminado importado, que, em 2023, registrou um aumento expressivo em relação a 2022, segue crescendo em volume e já passou das 16 mil t este ano. O temperado ainda registra números baixos, mas, como principal produto da cadeia de processamento, deixa todos em alerta.

O cenário de câmbio desfavorável e frete caro fez cair o volume total de vidros importados no mês de julho ao menor nível do ano, mas já são quase 180 mil t nos sete primeiros meses de 2024. No fim de julho o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços publicou a circular que oficializa a abertura de investigação para um novo direito antidumping para a importação de float, dessa vez das origens Malásia, Paquistão e Turquia, medida solicitada pelas indústrias que atuam no Brasil. A Abravidro, já habilitada como parte interessada no processo, acompanha de perto o processo e está atenta aos movimentos e impactos que um novo direito antidumping pode trazer para toda a cadeia.

E por falar na atuação da Abravidro e sua preocupação com o ambiente de negócios, estivemos em Brasília este mês para uma reunião com o senador Izalci Lucas, em que tratamos dos desafios do nosso setor. A interlocução com o poder público é fundamental na busca por soluções eficientes.

Os desafios também estão em mente na hora de definir os temas e nomes dos palestrantes do 16º Simpovidro! Como sempre, a Abravidro tem feito uma seleção de profissionais que podem contribuir com seu conhecimento para o desenvolvimento de nossas empresas e, consequentemente, do nosso setor. Os nomes serão anunciados em breve! E você, já garantiu sua participação no principal evento de relacionamento e conteúdo da cadeia vidreira? Espero você lá!

Rafael Ribeiro
Presidente da Abravidro
presidencia@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 620 (agosto de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Marcos Santos

Inscreva-se agora para o 16º Simpovidro

De 31 de outubro a 3 de novembro, o Vila Galé Alagoas, o maior resort all inclusive do Estado (localizado no município de Barra de Santo Antônio), espera por você para o principal encontro vidreiro da América Latina. Já se inscreveu para o evento? Então, corra, pois as vagas são limitadas – e fechando seu pacote em julho, você garante uma melhor condição de pagamento, com parcelamento em até quatro vezes.

 

Seja apoiador do Simpovidro – assim como as empresas abaixo!

 

simpovidro2-jul2024

 

Vincule sua marca a um evento de visibilidade internacional. Fale com Rosana Silva pelo e-mail rsilva@abravidro.org.br ou tel. (11) 3873-9908 (ramal 1026).

Este texto foi originalmente publicado na edição 619 (julho de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Divulgação Vila Galé Alagoas

Custo ou investimento?

rafaelribeiro-jul2024Na gestão de nossas empresas, muitas vezes discutimos se determinada despesa é um custo ou um investimento. Quando o resultado é intangível, essa discussão é ainda mais rica. Num ano cheio de eventos, como este de 2024, me peguei fazendo também essa reflexão sobre a participação nesses eventos. Para mim, não há dúvidas: é um grande investimento!

Passado um mês da 15ª edição da Glass South America, revejo um filme na cabeça com tantos momentos importantes vividos por lá, tantos encontros, reencontros e oportunidades geradas, não só como expositor e presidente da Abravidro, mas também como visitante e industrial.

Durante a pandemia, que impactou severamente o mercado de eventos, adiando edições e mudando calendários, muito se questionou sobre o futuro das feiras e mostras, com o avanço do virtual. A volta à normalidade rapidamente respondeu a quem tinha dúvidas: os eventos seguem com força total, resultado da valorização dos encontros presenciais, olho no olho, em meio à overdose de telas que nos cercam.

Feiras e eventos, como a Glass South America e o Simpovidro, são oportunidades valiosas no mundo corporativo. Neles é possível encontrar fornecedores, clientes, parceiros e até mesmo concorrentes, num só lugar, favorecendo o networking e o relacionamento, otimizando esforços, encurtando distâncias, proporcionado novos contatos e a retomada de contatos (e contratos), além daquele aspecto essencial, o qual toda empresa busca e valoriza: a geração de novos negócios. São também excelentes para garantir reconhecimento e visibilidade às marcas junto ao seu público de interesse. E no setor vidreiro não é diferente: quem não é visto, não é lembrado.

Como parceira exclusiva da Glass South America e organizadora do Simpovidro, a Abravidro é uma entusiasta do papel dos grandes eventos também no desenvolvimento do mercado, com a discussão de temas relevantes para o setor. Na edição deste ano da Glass, a Arena de Conteúdo trouxe grandes nomes para falar do vidro e seu papel nas edificações, atraindo público de vidreiros e também de especificadores. Da mesma maneira, no Simpovidro, escolhemos a dedo temas e palestrantes que possam provocar reflexões, debates e adoção de práticas que contribuam para o desenvolvimento do mercado. E assim seguimos, investindo em busca de um melhor ambiente de negócios para todos nós! E a sua empresa, tem investido ou não?

Rafael Ribeiro
Presidente da Abravidro
presidencia@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 619 (julho de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Marcos Santos