O Portal AECweb, especialista em arquitetura, organizou o seminário Vidros de controle solar e as tendências em empreendimentos residenciais: como atender à NBR 15757, transmitido ao vivo pela Internet. Com patrocínio da Guardian, o evento teve Fernando Westphal, professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), falando sobre o desempenho de obras que utilizam esse tipo de vidro. Assista ao seminário na íntegra pelo link bit.ly/palestraAEC.
Arquivo da tag: Normas Técnicas
Normas em evidência
Este ano, a busca por informações sobre as normas evoluiu de forma impressionante — e não apenas por conta da criação de novas. O Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37), com sede na Abravidro, conseguiu vitórias em diferentes frentes.
A principal delas: após anos de trabalho da Abravidro, as normas estão sendo mais abordadas e discutidas em palestras, eventos técnicos, publicações setoriais e na imprensa. Além disso, recebemos inúmeras consultas sobre, por exemplo, o tipo de vidro adequado para guarda-corpos, de acordo com a NBR 7199.
Importante destacar ainda a presença cada vez maior de vidraceiros nas comissões de estudos. A procura da classe pelas reuniões cresceu, o que mostra que estão mais preocupados com o tema.
Outro destaque foi viabilizar junto à ABNT a participação remota, pela Internet, nas reuniões das comissões de estudo. Essa era uma demanda antiga da sociedade e uma bandeira da Abravidro para permitir a cooperação de empresas do País todo.
Vale citar ainda uma novidade da ABNT. Aqueles que tiverem presença acima dos 75% nas comissões de estudo terão acesso gratuito a um exemplar digital da norma em que colaboraram por meio do sistema ABNT Coleção, com direito a duas impressões.
Retrospectiva: os trabalhos do ABNT/CB-37 em 2017
– Revisão da NBR 14697 — Vidro laminado
– Início da elaboração da norma para vidros termoendurecidos
– Continuidade da elaboração da norma de qualificação dos vidraceiros
Publicação de novas normas
– Revisão da NBR 14564 — Vidros para sistemas de prateleiras — Requisitos e métodos de ensaio
– Conclusão da NBR 16673 — Vidros revestidos para controle solar — Requisitos de processamento e manuseio, que está em fase de publicação
Participação em outros comitês
– Revisão da NBR 14718 — Guarda-corpos para edificação
– Revisão da NBR 10821 — Esquadrias para edificações
– Revisão da NBR 15000 — Blindagens para impactos balísticos — Classificação e critérios de avaliação
– Revisão da NBR 15919 — Perfis de alumínio e suas ligas com acabamento superficial — Colagem de vidros com fita dupla-face estrutural de espuma acrílica para construção civil
– Revisão da NBR 15737 — Perfis de alumínio e suas ligas com acabamento superficial — Colagem de vidros com selante estrutural
– Revisão da NBR 14651— Ferragens para vidro — Requisitos e métodos de ensaio
– Revisão da NBR 14925 — Unidades envidraçadas resistentes ao fogo para uso em edificações
– Revisão da NBR 11742 — Porta corta-fogo para saída de emergência;
– Continuidade da elaboração das normas sobre modelagem de informação da construção (BIM)
Divulgação das normas
– Além da elaboração das normas, a Abravidro também realizou palestras para a conscientização sobre o tema para arquitetos, engenheiros, vidraceiros, bombeiros e estudantes em São Paulo, Santa Catarina (em parceria com a Ascevi), Rio de Janeiro (Sincavidro), Fortaleza, Porto Alegre (Sindividros-RS) e Belo Horizonte (Amvid).
– Participação na elaboração do Guia de Esquadrias para Edificações da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e do Guia de Esquadrias de Alumínio da Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal), destacando a importância do vidro adequado para cada aplicação conforme a NBR 7199.
Este texto foi originalmente publicado na edição 540 (dezembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.
O sucesso dos prédios envidraçados só depende de nós
Edifícios envidraçados são cada vez mais comuns na paisagem urbana nacional — o que não impede que sempre apareça uma nova obra que surpreenda pela originalidade do uso do nosso material. Pensando nisso, a empresa de consultoria de vidro Ci & Lab realizou o Glass Façades Day. Realizado na CasaE Basf (construída como um espaço sustentável e ecoeficiente), em São Paulo, no dia 31 de outubro, o evento reuniu profissionais especializados em projetos e construções de fachadas de vidro para promover um debate sobre sua especificação correta e eficiente, além de apresentar tendências e soluções inovadoras nesse mercado.
O Glass Façades Day teve como co-realizadora a revista Projeto e patrocínio das empresas Eastman e Guardian, além da Abravidro entre seus apoiadores. O encontro teve, literalmente, a “casa lotada”, preenchendo as 42 vagas disponibilizadas.
Normas: as principais aliadas para uma boa fachada
O primeiro passo para garantir o bom uso do vidro nessas estruturas é seguir atentamente as determinações presentes nas normas técnicas. Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro, mostrou o quanto isso é importante: no caso de guarda-corpos, por exemplo, os participantes ficaram impressionados com osvídeos mostrados por ela em que a fixação do vidro e a ancoragem do sistema não foram feitas adequadamente.
A principal norma para esse trabalho, indicou Clélia, é a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações. Para projetar a esquadria correta para cada edificação, a engenheira Fabíola Rago Beltrame, diretora do Instituto Beltrame de Qualidade, Pesquisa e Certificação (Ibelq), enfatizou que é indispensável conhecer a NBR 10821 — Esquadrias para edificações.
Betania Danelon, gerente técnico-industrial da Guardian, explicou que a especificação dos vidros para um projeto também precisa considerar o clima da região, os efeitos da obra sobre seus arredores e deles sobre ela (como um prédio em uma área urbana com ruído intenso), entre outros fatores, lembrando que cada trabalho requer uma solução específica.
Beleza e conforto em um só produto!
Outras palestras do evento apresentaram diferentes casos para mostrar que o Brasil não fica atrás do resto do mundo quando falamos de fachadas de vidro impressionantes. Dois destaques, os edifícios Vitra e Jatobá, estão na capital paulista: o primeiro é todo revestido com laminados cuja face externa leva o vidro low-e SunGuard Royal Blue 40, da Guardian, ganhando um visual azulado uniforme e ganhos no bloqueio de calor e eficiência acústica, enquanto as aberturas mais projetadas nas fachadas do segundo levam peças laminadas com uma combinação de películas coloridas de PVB da Eastman conferindo uma cor final próxima do mogno, a ponto de fazer quem as vê pensar que a estrutura é de madeira.
Falando de fachadas de vidro marcantes, uma justa homenagem foi feita no Glass Façades Day ao arquiteto Carlos Bratke, falecido no começo do ano: ele é responsável por diversos edifícios envidraçados que conferem identidade visual à Zona Sul paulistana.
Ao final do evento, a mensagem que ficou para todos é que uma boa fachada não pode ser apenas bonita, é preciso que siga todos os procedimentos corretos na sua especificação e instalação e traga bom desempenho energético, térmico e acústico. Afinal, como apontou Júlio Lanza, responsável pelo desenvolvimento de mercado de arquitetura de Películas de Alta Performance da Eastman na América do Sul, “um edifício ineficiente logo se torna desinteressante para seus potenciais ocupantes”.
Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.
Dê sua opinião na consulta nacional
O projeto de norma 37:000.03-009 — Vidros revestidos para controle solar – Requisitos para manuseio e processamento está próximo de ser publicado pela ABNT. Elaborado pelo Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37), o texto está em consulta nacional até 4 de dezembro — e pode ser consultado no site bit.ly/consultaABNT.
A norma será um complemento da NBR 16023 — Vidros revestidos para controle solar – Requisitos, classificação e métodos de ensaio, como explica Wagner Domingues, coordenador da comissão de estudos, que também é engenheiro de aplicação da Cebrace: “O texto pretende padronizar a produção e melhorar a capacitação da mão de obra de empresas que beneficiam o produto, afinal ele exige um tratamento diferenciado do float comum”.
A têmpera deverá ser feita com fornos adequados à emissividade de cada vidro. A laminação também terá cuidados especiais: para produtos com prata, deverá seguir as recomendações do fabricante. “É preciso desmitificar os vidros de valor agregado, pois eles não são difíceis de trabalhar”, sugere Domingues.
Algumas das novas recomendações
– Estocar o vidro em armazéns ventilados e cobertos, a 15 m das portas de entrada;
– Controlar o tempo de estocagem por meio da rastreabilidade do produto (tempo máximo de estocagem recomendado é de até seis meses para vidros com prata);
– Manusear o produto somente com luvas recomendadas pelo fabricante;
– Usar óleo de corte parafínico (sem derivados do petróleo) e evaporativo;
– Sempre cortar o vidro com a metalização para cima;
– A água de lapidação deverá ter pH controlado entre 6,5 e 7,5;
– Depois da lapidação, a lavagem deverá ser feita com água desmineralizada.
Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.
Trabalhando para difundir o vidro
No RS
O Sindividros promoveu o 1º Circuito do Vidro na Universidade nos dias 25 a 27 de setembro. Ao todo, 221 alunos de três instituições de Ensino Superior assistiram às palestras O vidro na arquitetura e na construção, ministradas por Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro, em três campi da UniRitter (FAPA, Zona Sul e Canoas), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em pauta, os diferentes tipos do material e as principais normas técnicas, como a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações. Representantes da Guardian e da UBV apresentaram os produtos de suas empresas.
Os eventos tiveram patrocínio da AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix.
Em MG
No dia 3 de outubro, Clélia foi à cidade de Barbacena para um encontro com vidraceiros da região, organizado pela processadora MB Temper, em conjunto com a Amvid.
Os temas discutidos na ocasião foram os vidros de segurança e suas principais aplicações de acordo com a NBR 7199, NBR 16259 (sobre envidraçamento de sacadas) e NBR 14207 (boxes de banheiro), assim como iniciativas da Abravidro, como o site De Olho no Boxe, voltado para vidraceiros e consumidores.
Veja a agenda de reuniões do ABNT/CB-37
Novos parâmetros para vidros resistentes ao fogo
Um dos trabalhos que a comissão de estudos coordenada pelo Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio (ABNT/CB-024) está realizando tem influência direta no setor vidreiro: revisar a NBR 14925 — Unidades envidraçadas resistentes ao fogo para uso em edificações para que a norma seja atualizada de acordo com os conceitos internacionais. Em função disso, o ABNT/CB-37, comitê sediado na Abravidro, renovou a parceria com o CB-024 na elaboração do projeto, pois já havia participado da primeira versão da norma, em 2003.
A revisão está sendo baseada em duas normas europeias, a EN 357 — Glass in building – Fire resistant glazed elements with transparent or translucent glass products – Classification of fire resistance (Vidro em edificações — Resistência ao fogo de elementos envidraçados com produtos de vidro transparentes ou translúcidos) e a EN 13501 — Classement au feu des produits de construction et éléments de bâtiment. Partie 2: classement à partir des données d’essais de résistance au feu à l’exclusion des produits utilisés dans les systèmes de ventilation (Classificação ao fogo de produtos de construção e elementos de edificações. Parte 2: classificação usando dados de testes de resistência ao fogo, excluindo serviços de ventilação).
Ampliando as classificações
O novo texto está sendo produzido e será discutido na reunião plenária em breve por toda a comissão antes do envio à ABNT para início do processo de consulta nacional. Segundo Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro, “a principal alteração do documento é a introdução de parâmetros de avaliação do vidro, como estanqueidade, isolamento, redução da radiação térmica e integridade mecânica, que serão apresentados por meio de tabelas com a classificação em relação ao tempo de resistência”.
Dessa forma, ampliou-se bastante a avaliação dos elementos construtivos em relação ao seu desempenho, pois, atualmente, a classificação é feita apenas levando em conta a resistência ao fogo.
Parte de um sistema
Mas, por que usar o termo “elemento construtivo” ao invés de apenas “vidro”? “Um conjunto envidraçado resistente ao fogo, seja uma porta, divisória ou janela, deve sempre ser avaliado como um todo, nunca de forma isolada — e isso inclui todos os componentes do sistema, como esquadria e vedações”, explica Clélia. Portanto, o laudo de ensaio de resistência a ser exigido em função da especificação é do sistema e não apenas do vidro.
Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br
Abividro e Abravidro promovem curso sobre desempenho térmico de esquadrias
O treinamento Desempenho Térmico de Esquadrias, organizado pela Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro) em parceria com a Abravidro, foi ministrado por Fernando Simon Westphal, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Realizado no dia 16 de agosto, o curso teve como objetivo orientar os fabricantes desses produtos em relação à sua avaliação, como determina a norma NBR 10821 — Esquadrias para edificações.
Para avaliar o desempenho térmico, Westphal apresentou os programas Optics (para verificação das propriedades dos vidros), Therm (que permite identificar a condutividade térmica das esquadrias, de acordo com sua composição) e Window (para a avaliação de todo o conjunto do sistema).
Os três programas são gratuitos e podem ser baixados pela Internet. “Um evento como esse é um passo muito importante para se colocar em prática as novas determinações da NBR 10821 revisada este ano”, afirma Westphal. Silvio Bueno de Carvalho e Clélia Bassetto — respectivamente, gerente técnico e analista de Normalização da Abravidro —, participaram do curso. Para mais informações sobre as próximas turmas acesse: bit.ly/2uHhhkW
Palavra do leitor
Envidraçamento de sacadas
Gostaria de receber o resumo da norma técnica ABNT NBR 16259 — Sistemas de envidraçamento de sacadas — Requisitos e métodos de ensaio para fornecer a um condomínio em que estamos realizando o envidraçamento de sacadas.
José Carlos de Oliveira
Opção Vidros
São Bernardo do Campo, SP
A revista O Vidroplano, na edição de fevereiro de 2014, publicou uma reportagem bem-detalhada sobre o que determina a NBR 16259. Vale a pena ler e compartilhar com o condomínio. Você pode acessá-la no seguinte link: www.magtab.com/leitor/136/edicao/7796. De qualquer forma, conforme o item 5.1 da norma, fica estabelecido que, se o sistema utilizar painéis de vidro, este deve ser laminado, de acordo com a ABNT NBR 14697 ou temperado, seguindo a ABNT NBR 14698.
Clélia Bassetto
Analista de Normalização da Abravidro
(11) 3873-9908
Participar da elaboração das normas ficou mais fácil!
Em julho, o Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37) e a Abravidro introduziram uma nova forma de participação nas reuniões da comissão de estudos que trabalha para a criação da norma dos vidraceiros. Profissionais de todo o Brasil agora podem fazer parte do debate, em tempo real, via Internet. A ferramenta que possibilita a participação remota foi disponibilizada pela ABNT, em atendimento a uma demanda antiga de vários setores da sociedade. Outras comissões também irão permitir a cooperação de empresas de várias regiões do País, como a que cuida da revisão da NBR 14697 — Vidro laminado e a do projeto do texto de vidro termoendurecido.
Ampliando a discussão
Desde 2016, quando a Abravidro iniciou o trabalho para a elaboração da norma de qualificação dos vidraceiros, temos visto crescimento no número de participantes. Com a novidade do acesso pela Internet, tivemos na reunião do mês passado trinta participantes de forma remota, além dos presentes na sede da Abravidro. “A busca para ampliar a participação de pessoas e empresas na elaboração das normas sempre foi uma bandeira da Abravidro e do CB-37”, comenta Clélia Bassetto, analista de Normalização da entidade. Para ela, com mais profissionais participando dos processos, a conscientização sobre a aplicação das normas técnicas também aumenta, trazendo mais segurança. É importante destacar a contribuição do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que tem a tarefa de elaborar um perfil profissional.
Para a coordenadora-técnica da Abravidro, Vera Andrade, o novo formato fluiu da melhor maneira possível. “Todos os participantes online tiveram a oportunidade de falar e apresentar suas posições em relação aos temas abordados.”
A tecnologia foi usada por profissionais da Bahia, Brasília, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e interior de São Paulo, entre outras regiões, alguns deles pela primeira vez participando da elaboração de uma norma. Também vale destacar a importância do grupo da Comissão de Estudos que tem participado presencialmente desde o início, contribuindo para a evolução do projeto, para o engajamento dos profissionais do setor e na divulgação do trabalho.
Alinhando o conteúdo
Neste ano, já foram realizadas seis reuniões com a participação de vidraceiros, processadores e instrutores de cursos — mesmo número de encontros do ano passado. A norma vai definir os parâmetros e requisitos para qualificar a profissão de vidraceiro. Isso permitirá que ele exerça seu trabalho com qualidade, dignidade, segurança e credibilidade por parte dos clientes. No momento, está sendo feita a estruturação do texto para se definir o tipo de conteúdo que fará parte de sua versão final.
Os padrões de desempenho também são discutidos, incluindo, por exemplo, a capacidade de identificar a necessidade de manutenção em instalações e de realizá-las.
Como participar das reuniões de normas pela Internet
Não está em São Paulo durante os encontros da comissão de estudos? Não tem problema: agora, profissionais de qualquer lugar do Brasil podem participar em tempo real pela Internet.
Para isso, siga os passos abaixo:
– Envie um e-mail para cb37@abnt.org.br dizendo que tem interesse em fazer parte das reuniões;
– Você receberá um convite com um link para acesso à ferramenta;
– Faça o download da ferramenta e pronto!
Importante
Certifique-se de que seu computador tenha:
– Câmara
– Microfone
– Caixas de som
– Internet de banda larga de qualidade
Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br
Hora de arregaçar as mangas!
O Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37) está trabalhando, desde junho, em dois novos projetos: a revisão da norma sobre vidros laminados e a criação do texto a respeito de vidros termoendurecidos. As reuniões já começaram — temos realizado encontros separados para cada atividade no mesmo dia, como forma de aproveitar a presença dos participantes para a elaboração dos textos.
Laminados em revisão
O objetivo da revisão da norma NBR 14697 — Vidro laminado é atualizar o texto e deixá-lo em concordância com a revisão publicada pela Organização Internacional de Normalização (ISO).
Já estamos na terceira reunião para essa atividade. Durante as discussões, diversos pontos modificados na norma internacional estão sendo analisados e outros requisitos podem ser incorporados à NBR 14697. Um ponto muito importante é que esse trabalho servirá como base para a certificação do vidro laminado, tema que será discutido na sequência.
Nova norma para termoendurecidos
O vidro termoendurecido também ganhará uma norma brasileira. Conhecido ainda como semitemperado, esse material passa por um tratamento térmico semelhante ao dos vidros temperados, sendo duas vezes mais resistente que o float.
A elaboração de uma norma para eles, com base na europeia EN 1863, é uma demanda vinda do próprio setor vidreiro nacional. Com ela, será possível determinar, entre outros aspectos, as características do produto, sua forma de processamento e a metodologia de avaliação da sua qualidade.
Após a avaliação do texto base inicial, a comissão irá determinar os pontos que precisam ser revisados e adequados.
Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro
Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br
Prepare-se para mudanças nos guarda-corpos
Neste mês, a coluna “Falando em normas” mostra o andamento da revisão da NBR 14718 — Guarda-corpos para edificações. Veja a seguir as principais mudanças a serem inseridas no texto do documento.
Maior abrangência
A versão revisada da norma irá incluir aplicações de guarda-corpos em locais com grande fluxo de pessoas, como shopping centers, aeroportos, estádios e ginásios esportivos. Isso implica na inclusão de novos valores de cargas para avaliação dessas instalações — afinal, deverão ser ainda mais resistentes quando instalados nesses espaços.
Atualização de requisitos
A comissão de estudos pesquisou normas internacionais com o intuito de atualizar os parâmetros do documento nacional, por exemplo, com relação à deflexão no ensaio de esforço horizontal. Na norma atual, os guarda-corpos não podem ter uma deflexão maior que 20 mm, na proposta de alteração, o limite para a deflexão é 25 mm.
Ainda sobre o ensaio de esforço horizontal, verificou-se a necessidade de reavaliar sua metodologia, especialmente nos guarda-corpos de vidros estruturais (onde o vidro é fixado apenas na parte inferior). Com este objetivo, a comissão de estudos, realizou o ensaio de esforço horizontal no Laboratório da Falcão Bauer, em um sistema de guarda-corpos estrutural, fornecido pela Tec-Vidro, para que os técnicos avaliassem os procedimentos a serem adotados para uniformizar a metodologia dos ensaios realizados tanto em obra como nos laboratórios.
A revisão do texto está sendo realizada pela comissão de estudos especial de esquadrias, coordenada por Fabiola Rago, com participação da Abravidro desde o início do processo. Participe também, veja a agenda de reuniões do nosso site http://abravidro.org.br/normas-tecnicas/agenda-de-reunioes/
Os vidros permitidos em guarda-corpos
A NBR 14718 faz referência à NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações para estabelecer o tipo de vidro a ser utilizado. São eles:
– Laminado: também pode ser temperado laminado. Em caso de quebra, os cacos permanecerão presos à camada intermediária, impedindo a abertura do vão;
– Aramado: vidro impresso translúcido que tem uma rede metálica de malha quadriculada incorporada à sua massa. Essa rede segura os estilhaços de vidro caso ele se quebre.
* A NBR 7199 também permite a aplicação de insulados, desde que composto por laminado ou aramado.
Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro
Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br
Pensadas para olhar e admirar
As primeiras vitrinas como são hoje conhecidas surgiram na Europa durante o período da rainha Vitória (1832-1895), do Reino Unido, elaboradas como janelas que mostravam as mercadorias ao público passante. Desde então, elas sofreram uma série de evoluções, tornaram-se um elemento constante na arquitetura urbana, mas ainda é nelas que as pessoas veem o que há de novo ou as opções mais atrativas e, se gostarem do que viram, entram na loja para conhecer mais e possivelmente fazer uma compra.
Quando bem-escolhido, o vidro de uma vitrina consegue valorizar ainda mais os produtos expostos e, assim, aumentar as oportunidades de vendas do estabelecimento. Assim, quando um cliente procurar sua vidraçaria para instalar uma vitrina, que tal mostrar para ele as vantagens que um produto de valor agregado oferece? Acredite: com isso, ele sairá ganhando. E você também!
Fundamental para as vendas
“Em média, 70% das decisões de compras ocorrem na vitrina, pois ela é o primeiro impacto e contato com o consumidor”, observa Heloisa Omine, professora de Comunicação no Ponto de Venda da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). “E, mesmo quando a loja está fechada, a vitrina continua a expor e atrair o consumidor.” A arquiteta Marina Debasa, sócia do escritório Arquitetude, acrescenta que a transparência dessas estruturas permite que as pessoas vejam as peças em diferentes ângulos e se interessem por seus detalhes sem que seja preciso tocar nelas.
E onde o vidro entra? Viviane Moscoso, gerente de Produtos da Vivix, responde: “Uma boa vitrina tem como papel atrair os clientes, e a função do vidro é utilizar a transparência para gerar proximidade entre o consumidor e o produto”. Outros benefícios trazidos pelo material são a segurança contra furtos e a estanqueidade do ambiente.
Mas é só isso que um vidro traz? Tudo depende do tipo escolhido.
‘Extra clear’: cores sem nenhuma distorção
Uma opção bastante recomendada para esse tipo de aplicação é o vidro extra clear. Leandro Gonçalves, gerente de Projetos da processadora Divinal Vidros, explica: “Por se tratar de um produto com baixo teor de ferro em sua composição, o extra clear tem um aspecto menos esverdeado que o incolor comum, trazendo uma excelente oportunidade de valorizar as cores e aparência real do produto exposto”.
Antirreflexo: visibilidade garantida a qualquer hora
“Um vidro incolor apresenta, em média, 8% de reflexão de luz — ainda que baixa, ela pode comprometer a visualização dos produtos, dependendo da orientação da vitrina e da incidência de luz sobre ela”, afirma Luiz Barbosa, diretor da Ci & Lab, empresa de projetos e consultoria para vidros, esquadrias e fachadas e parceira da processadora Brazilglass, de Ribeirão Pires (SP).
Para evitar esse problema, o mercado já dispõe de vidros com baixa reflexão, ou antirreflexo: mesmo laminado, ele pode ter reflexão luminosa menor que 2%, maximizando a visualização dos produtos expostos nas vitrinas.
Laminados: proteção reforçada
De acordo com a norma ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações, apenas vidros temperados, aramados ou laminados podem ser aplicados em vitrinas. Dentre eles, os temperados podem parecer a melhor opção pelo preço, mas deixam o vão aberto em caso de quebra.
Por isso, Viviane Moscoso, da Vivix, aconselha o uso de laminados ou multilaminados, compostos de duas ou mais lâminas de vidro intercaladas por películas ou resinas para a adesão entre as camadas. “Em caso de quebra”, diz ela, “como a camada intermediária mantém os fragmentos no lugar até que sua troca possa ser feita, os produtos da vitrina ficam protegidos”.
Vidro sem interferência
Um dos desafios ao planejar uma vitrina é permitir que o máximo do seu vão seja transparente, o que pode ser comprometido pelas emendas entre as peças de vidro.
Para evitar esse problema, Ana Granado, coordenadora de Mercado da Cebrace, aconselha: “O vidraceiro pode, junto com um arquiteto, desenvolver um projeto para a vitrina e dimensionar o tamanho das peças maiores, usar acessórios que suportem esta aplicação com pouca interferência no acabamento final, e fazer o acabamento das emendas com perfeição.”
Renato Sivieri, diretor de Marketing da Guardian, lembra que o uso de chapas de grandes dimensões já é comum para vidraceiros. Mas alerta: “As especificações de cada vitrina devem ser analisadas individualmente.”
Luz para o vidro
Vidros especiais garantem maior visibilidade, mas a iluminação para o lado de dentro da vitrina também é importante para
destacar os produtos expostos. A professora Heloisa Omine, da ESPM, indica como pontos fundamentais:
– Que ela permita flexibilidade;
– Que seja pensada de acordo com o tema da vitrina (se ele precisa de iluminação geral, focal em pontos específicos ou mesmo teatral);
– Que permita a boa visualização dos produtos que o lojista pretende enfatizar.
Uma solução indicada pela professora é a iluminação por meio de LED, mais sustentável e duradoura. “As fitas de LED podem ser usadas para iluminar prateleiras, displays ou mesmo para que o espaço da vitrina seja percebido como um grande cubo mágico, capturando o olhar de quem passa pela sua frente”, acrescenta.
O que encontrar no mercado?
Não faltam produtos no Brasil para elaborar e instalar vitrinas especiais. Conheça alguns deles a seguir.
Nome: Planibel Clearvision
Produto: vidro extra clear
Empresa: AGC
Diferenciais:
– Permite 92% de transmissão de luz e a visibilidade das cores sem nenhuma distorção;
– Transparência e visibilidade se mantêm mesmo quando o vidro é usado com espessuras de até 19 mm.
Nome: Temperado Blindex
Produto: vidro temperado
Empresa: Blindex
Diferenciais:
– Fácil de limpar;
– Conta com padrões modernos e exclusivos;
– Melhora a acústica do ambiente;
– Disponível em versão lisa, impressa ou serigrafada.
Nome: Diamant
Produto: vidro extra clear
Empresa: Cebrace
Diferenciais:
– Não interfere na cor das roupas e objetos da vitrina, proporcionando uma visão muito mais clara e neutra.
Nome: Optiview
Produto: vidro antirreflexo
Empresa: Cebrace
Diferenciais:
– Camada de produtos químicos em uma das faces do vidro o torna capaz de reduzir a reflexão em quase 80%;
– Bloqueia raios ultravioleta, que podem desbotar e ressecar os tecidos e produtos expostos na vitrina.
Nome: Saflex e Vanceva
Produto: películas de PVB
Empresa: Eastman
Diferenciais:
– A linha Saflex oferece proteção extra contra danos e passagem de ruídos, enquanto a Vanceva conta com opções variadas de cores para ressaltar a aparência da vitrina;
– Ambas filtram 99% dos raios ultravioleta.
Nome: UltraClear
Produto: vidro extra clear
Empresa: Guardian
Diferenciais:
– Alta transparência e transmissão de luz.
Nome: TG System
Produto: sistema de envidraçamento estrutural
Empresa: Pilkington
Diferenciais:
– Diminui a necessidade de alvenaria para a instalação da vitrina.
Nome: Vidro Antivandalismo
Produto: vidro multilaminado
Empresa: PKO do Brasil
Diferenciais:
– Laminado com película estrutural;
– Suporta até setenta machadadas e marteladas sem se quebrar totalmente.
Nome: Vivix Lamina
Produto: vidro laminado
Empresa: Vivix
Diferenciais:
– Saído já laminado diretamente da fábrica;
– Disponível em espessuras de 10 e 12 mm.
A chave para uma boa vitrina é VOCÊ!
Com vidros especiais para o projeto de vitrina do seu cliente, a qualidade da obra está garantida, certo?
Errado! “A forma de instalação interfere diretamente na qualidade e segurança do produto”, aponta Glória Cardoso, coordenadora de Marketing da Pilkington. Ana Granado, da Cebrace, destaca que os acessórios utilizados, o tipo de instalação, o dimensionamento das peças de vidro e o acabamento nas junções são alguns itens essenciais para um resultado final satisfatório.
É aí que você entra, vidraceiro: cabe ao profissional analisar o projeto, indicar a melhor solução de envidraçamento e estar atento ao que deve ser feito para uma instalação não só benfeita, mas que ajude a destacar a vitrina.
Algumas dicas para isso são:
ANALISE TODOS OS RISCOS PARA O PROJETO: Leandro Gonçalves, da Divinal Vidros, observa que, para instalar uma vitrina exposta diretamente para a rua, por exemplo, a possibilidade de quebra que poderá causar acidentes às pessoas próximas a ela precisa ser considerada. É fundamental também checar se todos os componentes do sistema são compatíveis com o vidro, qual a melhor forma de ancoragem para sua fixação na obra e se será preciso fazer alguma intervenção na alvenaria;
ESTEJA SEMPRE ATUALIZADO: conheça as características de cada produto para poder indicar ao comprador seus benefícios e como ele contribui para o projeto da vitrina. “A boa informação é sempre a melhor estratégia de convencimento”, afirma Renato Sivieri, da Guardian;
PARA SER O MELHOR, TRABALHE COM O MELHOR: Glória Cardoso, da Pilkington, alerta que o vidraceiro deve evitar composições de produtos não testados, que podem causar desconforto para o cliente após a instalação;
PROTEJA OS VIDROS: segundo Luiz Barbosa, da Ci & Lab, a Brazilglass alerta que, caso os vidros sejam encaixilhados, o uso de calços de borracha e a vedação nas bordas e laterais são fundamentais para evitar o contato direto entre o vidro e os perfis. Já em casos em que uma peça de vidro está ao lado da outra, a processadora indica que deve haver um espaço entre suas bordas, preenchido com silicone incolor neutro;
INCREMENTE O PROJETO: quem disse que a área de exposição da loja só pode levar vidros na vitrina? Marina Debasa, do escritório Arquitetude, sugere o uso de prateleiras de vidro para destacar ainda mais os produtos;
DEDIQUE-SE AO PÓS-VENDA: suas oportunidades de negócios não acabam com o fim da instalação da vitrina. Lembre ao seu cliente que ela precisa passar periodicamente por manutenção e limpeza para garantir sua durabilidade.
Fale com eles!
AGC — www.agcbrasil.com
Arquitetude — arquitetude.com.br
Blindex — www.blindex.com.br
Brazilglass — www.brazilglass.com.br
Cebrace — www.cebrace.com.br
Ci & Lab — www.cielab.com.br
Divinal Vidros — www.divinalvidros.com.br
Eastman — www.br.eastman.com
ESPM — www.espm.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Pilkington — www.pilkington.com/pt-br/br
PKO do Brasil — www.pkodobrasil.com.br
Vivix — vivixvidrosplanos.com.br
Proteção contra fogo? O vidro também oferece!
Fogo versus vidro: quem vence essa batalha? O mito antigo de que o vidro é frágil contra o fogo acabou faz tempo: a tecnologia da indústria permite que nosso material funcione como uma barreira segura contra chamas. Isso quer dizer que contra incêndios ele é um ótimo remédio. Por isso, O Vidroplano mostra as principais características dos vidros resistentes ao fogo e os diferentes tipos existentes no mercado. Veja ainda quais são as fabricantes que oferecem o produto no Brasil e como ele deve ser usado em projetos na construção civil.
O que é?
Os vidros resistentes ao fogo, conhecidos pela sigla VRF, têm como objetivo bloquear o curso de chamas, gases e fumaça em casos de incêndio. Assim, permitem a evacuação segura do local. Esse material, dependendo de sua composição, pode resistir de 15 a 120 minutos e sua aplicação varia de acordo com a necessidade do ambiente. Para efeito de comparação, um vidro float comum normalmente resiste somente de 3 a 5 minutos nas mesmas condições.
Como o vidro não combate o fogo, mas, sim, retarda sua ação, os bombeiros devem sempre ser chamados em situações de incêndios.
Quais os tipos?
Os vidros são identificados pelas normas de acordo com seu desempenho. Cada um é indicado para diferentes tipos de uso. Ao todo, são três classificações:
Classe E
– Também chamado de para-chamas;
– Principal característica: integridade;
– Impede a progressão das chamas, fumaças e gases tóxicos;
– Não bloqueia a radiação do calor, por isso é restrito a locais em que não haverá fluxo de pessoas, nem próximo a materiais combustíveis;
– Modo de fabricação semelhante ao do float, passando em seguida pelo processo de têmpera;
– Composição química com coeficiente de expansão térmica bem inferior ao do float. Isso garante que a peça não se quebre quando exposta a elevados diferenciais de temperatura.
Classe EW
– Também chamado de para-chamas redutor de radiação térmica;
– Principais características: integridade e controle de radiação;
– Impede a progressão das chamas, fumaças e gases tóxicos;
– Reduz a radiação de calor no lado protegido, garantindo uma temperatura confortável ao ser humano e impedindo a ignição de materiais combustíveis a uma distância de 1,5 m do vidro;
– Modo de fabricação depende do modelo: pode ser tanto semelhante ao do float, passando em seguida pelo processo de têmpera, como do laminado ou insulado;
Classe EI
– Também chamado de corta-fogo;
– Principais características: integridade e isolamento;
– Impede a progressão das chamas, fumaças e gases tóxicos;
– Bloqueia a radiação de calor;
– Opção com maior desempenho;
– Modo de fabricação, dependendo do fabricante, é parecido ao do laminado;
– É feito com temperados intercalados com gel intumescente, cuja característica é reagir e se expandir em contato com altas temperaturas. Ele é o responsável por isolar o ambiente do calor.
Qual tipo de projeto pode usar esses vidros?
Em qualquer projeto que necessite de compartimentação (divisão de um espaço sem separá-los por completo) para efeito de incêndio, seja comercial ou corporativo. “É uma excelente opção para não se perder os efeitos visuais de amplitude e iluminação promovidos pela transparência do produto, se comparado com as alternativas opacas”, explica Paulo de Moraes, gerente-técnico e comercial para América do Sul da Vetrotech Saint-Gobain.
Confira algumas sugestões de uso:
– Porta corta-fogo: aplicação frequente, mas normalmente oferecida ao mercado na versão metálica, que não proporciona possibilidades arquitetônicas. Quando feita de vidro, oferece valor agregado, além de alto desempenho, beleza e segurança. Essas portas podem ser inteiramente feitas com nosso material ou ter apenas visores envidraçados — as normas indicam o tamanho permitido para os visores (confira detalhes no final da reportagem);
– Fachadas: nessas estruturas, os vidros evitam que as chamas atinjam andares superiores, por exemplo. Para a utilização do vidro corta-fogo em fachadas, a peça precisa ter uma camada adicional de laminação, evitando assim reações químicas influenciadas pela radiação solar;
– Saídas de emergência: corredores para evacuação rápida de pessoas também podem levar os vidros, de forma a isolar o ambiente não só do fogo, mas também de fumaça e gases tóxicos;
– Proteção de itens frágeis: outra aplicação importante é na proteção de peças que não podem correr o risco de serem destruídas — ou que não resistiriam aos efeitos de proteções ativas como os sprinklers (sistemas instalados em tetos que descarregam água) —, incluindo obras de arte, documentos, livros e servidores;
– Outras soluções diversas: telhados, janelas, fechamento de átrios, portas deslizantes, hall de elevadores etc.
Mas e as lareiras?
Lareiras estão na moda em residências de luxo, servindo também como elemento de decoração. Por isso, o vidro é um material constantemente aplicado nessas estruturas. Assim, basta usar um para-chamas ou corta-fogo e está tudo certo, correto? Errado.
O vidro próprio para esse tipo de aplicação é o cerâmico, também chamado de vitrocerâmico. Por ter coeficiente de expansão térmica praticamente nulo, ele irradia o calor gerado pelo fogo, auxiliando no processo de combustão. O mesmo vale para churrasqueiras, estruturas que também precisam de irradiação.
Portanto, já sabe: nada de para-chamas ou corta-fogo em lareiras.
Como deve ser feita a instalação?
Vidraceiro, fique ligado: a instalação desses sistemas deve obedecer a regras. Quando for solicitado para instalações assim, consulte caixilheiros especializados nessas soluções. Geralmente, trata-se de projetos de grande porte, no qual arquitetos ou engenheiros estão envolvidos diretamente.
Os fabricantes de perfis exigem conhecimento técnico específico para o trabalho com esse tipo de solução. Essas empresas podem oferecer treinamentos para permitir que o profissional vidreiro esteja apto a realizá-lo. Carlos Montibeller, coordenador de Vendas de Produtos Especiais da Pilkington, alerta: “O produto precisa ser instalado como solução completa, sempre acompanhado da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e certificado do vidro em conformidade com as normas”. A ART é um documento que define, para efeitos legais, os responsáveis-técnicos pela execução de serviços e obras registrados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).
Produtos encontrados no Brasil
De acordo com as empresas consultadas, todos os produtos são fabricados fora do País e importados conforme demanda dos clientes.
– AGC: Pyropane (para-chamas) e Pyrobel-Pyrobelite (corta-fogo).
– Pilkington: Pyroclear (para-chamas) e Pyrostop (corta-fogo).
– Schott: Schott Pyran (para-chamas) e Schott Pyranova (corta-fogo).
– Vetrotech Saint-Gobain: Pyroswiss, Keralite, Vetroflam e Contraflam Lite (para-chamas) e Contraflam (corta-fogo).
Atenção aos acessórios e esquadrias!
Não é somente o vidro que precisa ter características especiais, mas também todos os elementos usados no conjunto. “As paredes, caixilhos, materiais de isolamento e demais componentes precisam ser adequados para terem o mesmo tempo de resistência ao fogo”, revela Fernanda Roveri, engenheira de Vendas da Schott. A certificação de ensaio deve, inclusive, conter a descrição completa de cada componente utilizado, com dimensões e material de fabricação.
Perfis devem ser feitos de aço carbono, aço 1010, 1020, inox, alumínio ou até madeira: tudo vai depender do tipo de sistema instalado e da quantidade de tempo necessária para a resistência ao fogo. É a velha máxima: cada projeto precisa de uma solução específica. Os perfis também precisam ser tubulares, com os canais preenchidos com fibra cerâmica.
Acessórios usados
– caixilhos;
– fitas cerâmicas;
– vedadores entumecentes;
– parafusos de fixação;
– silicones, entre outros.
Os bombeiros precisam aprovar projetos com esse vidro?
“Como todo produto que oferece proteção ativa ou passiva contra incêndio”, explica Paulo de Moraes, da Vetrotech Saint-Gobain, “sua aplicação depende da análise e aprovação do Corpo de Bombeiros do Estado em que se dará a aplicação.” Os oficiais da corporação analisam se a classificação e o tempo de resistência da solução apresentada são adequados aos requerimentos do espaço. Após a aprovação do projeto em si, são verificadas as certificações dos produtos a serem instalados. Com isso, garante-se que o desempenho do sistema seja comprovado por ensaios, estando em conformidade com as normas técnicas.
O que as normas dizem?
“O elemento construtivo como um todo deve ser avaliado quando a questão diz respeito à resistência ao fogo. A norma brasileira, que trata desse assunto, destaca essa abordagem”, explica Antônio Fernando Berto, do Laboratório de Segurança ao Fogo e a Explosões do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Portanto, o vidro sozinho não é analisado, mas, sim, o conjunto completo — no caso de uma porta, por exemplo, todos os seus componentes, incluindo esquadrias, parafusos, entre outros, são ensaiados. “Não se deve lidar de forma isolada com um tema tão sensível, uma vez que, no caso de um incêndio, o sistema inteiro será colocado à prova, não somente o vidro”, opina Franco Faldini, diretor de Vendas e Marketing da AGC na América do Sul.
Portanto, devem ser exigidos certificados do sistema inteiro, inclusive das dimensões ensaiadas, nunca certificados isolados de cada componente.
A NBR 11742 — Porta corta-fogo para saída de emergência passou por recente revisão e em breve entrará em consulta nacional. A nova versão do documento agora possui requisitos específicos sobre o emprego de VRF nas portas corta-fogo, sendo dividido em duas categorias:
– Visores, cuja área de vidro está limitada a 0,10 m² da porta;
– Área de vidro não limitada, com dimensões condicionadas pelas características e limitações construtivas do vidro.
Outra norma sendo revisada é a NBR 14925 — Unidades envidraçadas resistentes ao fogo para uso em edificações (essa trata somente do uso de vidros). O trabalho visa a deixar os requisitos nacionais de acordo com os presentes em normas estrangeiras, definindo questões como composição das instalações e respectivas classificações de resistência ao fogo.
Fale com eles!
AGC — www.agcbrasil.com
IPT — www.ipt.br
Pilkington — www.pilkington.com/pt-br/br
Schott — www.schott.com
Vetrotech Saint-Gobain — www.vetrotech.com
Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.
‘Tour’ de normas por Santa Catarina
Educar profissionais da construção civil sobre as normas vidreiras é um dos trabalhos mais eficazes e recompensadores realizados pela Abravidro. Afinal, essas iniciativas disseminam a cultura de boas práticas com nosso material, evitando assim sua especificação errada. Pensando nisso, a Abravidro participou do tour O vidro na construção civil, idealizado pela Associação Catarinense das Empresas Vidreiras (Ascevi).
Visitamos, de 24 a 28 de abril, universidades de Tubarão, Palhoça, Rio do Sul, Blumenau, Balneário Camboriú e Joinville para levar conteúdo técnico a alunos, vidreiros e vidraceiros. Ao todo, quase setecentas pessoas foram alcançadas.
Interesse por conhecimento
Essa foi a terceira vez que realizamos uma ação semelhante em parceria com a Ascevi, representada nos eventos pela coordenadora associativa Magda Borba Frutuoso. E o tour de palestras só cresce: na primeira, foram visitadas duas universidades. Depois, cinco. Agora, passamos por oito instituições. É muito gratificante ver a abrangência do trabalho da Abravidro no Ensino Superior, ajudando na formação de futuros arquitetos e engenheiros.
Embora voltado para estudantes, os encontros tiveram também a participação de profissionais de diversos elos da cadeia vidreira — prova de que o setor como um todo busca qualificação técnica.
Conteúdo de qualidade
As palestras abordaram a aplicação dos vidros, incluindo os diferentes tipos e seus respectivos comportamentos (como o temperado e laminado), os benefícios proporcionados às obras e, claro, a importância da aplicação das normas para a segurança na especificação dos vidros. O destaque ficou para a ABNT NBR 7199 — Projeto, execução e aplicação de vidros na construção civil, documento mais importante de nosso setor.
Como foi a programação do ‘tour’
24/4
Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) — Tubarão
85 participantes, contando ainda com a presença das empresas Vipel Vidros e Art Vidros
25/4
Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) — Palhoça
95 participantes. Estiveram presentes a MS Vidros e Steinglass, representada por Sandro Renzi, diretor da Ascevi e também da Abravidro
26/4
Fundação Universitária para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi) — Rio do Sul
170 participantes, incluindo a gerência da Rohden Vidros
27/4
Universidade Regional de Blumenau (Furb) — Blumenau
60 participantes
Universidade do Vale do Itajaí (Univali) — Balneário Camboriú
75 participantes. Prestigiou o evento Samir Cardoso, da Personal Glass e diretor da Ascevi
28/4
Universidade Católica da Santa Catarina — Joinville
40 participantes
Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) — Joinville
40 participantes
Universidade da Sociedade Educacional de Santa Catarina (Unisociesc) — Joinville
95 participantes, entre eles profissionais da Mauriglass
Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro
Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br
Normas técnicas são temas de palestras da Abravidro em SP e MG
Março foi mais um mês no qual a Abravidro levou informações técnicas para o setor. Clélia Bassetto, sua analista de Normalização, participou, no dia 11, da docência do Curso de Vidraceiro da Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo, em São Paulo. O programa De Olho no Boxe (www.deolhonoboxe.com.br), voltado para a manutenção dos boxes de banheiro, foi abordado, assim como as normas de produto (laminados e temperados).
No dia 14, Vera Andrade, coordenadora-técnica da entidade, foi a Belo Horizonte falar sobre o tema Normas técnicas para a aplicação de vidros na construção civil. A apresentação fez parte do projeto Papo Técnico, do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) — vale lembrar que o evento contou com parceria da Associação Mineira do Comércio Atacadista, Varejista e dos Beneficiadores do Vidro (Amvid).
Clélia também palestrou, no dia 27, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Os alunos de duas turmas de Especialização em Construção Civil, Excelência Construtiva e Anomalias aprenderam sobre a NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações e as diversas utilidades de nosso material.
Mais informações: www.abravidro.org.br, www.amvid.org.br e www.sinduscon-mg.org.br
Um suporte importante para o vidro
A versão original da NBR 14564 — Vidros para sistemas de prateleiras — Requisitos e métodos de ensaio é do ano de 2000. Portanto, já era hora de atualizar seu conteúdo, fato que aconteceu recentemente: no fim de fevereiro, a ABNT publicou a revisão do documento realizada pelo Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37). O objetivo da comissão de estudos foi deixar o texto mais didático, além de rever as referências sobre cálculo para espessuras e modos de fixação.
Principais novidades
Novos tópicos essenciais para o uso de nosso material nesse tipo de produto agora fazem parte da NBR 14564. Confira alguns deles:
– Peças não retangulares: o cálculo da espessura de peças não retangulares agora é contemplado pela norma — vale lembrar que a espessura de peças retangulares já era abordada pela versão antiga.
– Fixação mecânica e química: prateleiras com fixação mecânica (feita por furos) e química (com o uso de adesivos e selantes) são cada vez mais comuns nas casas, lojas e escritórios brasileiros. Por isso, a comissão incluiu requisitos indicando como instalar essas duas modalidades.
– Lapidação ou filetagem dos cantos: outro destaque são os requisitos sobre o acabamento dos cantos expostos. Foram incluídas figuras ilustrativas que mostram como se deve realizar essa tarefa, minimizando as dúvidas sobre o processo.
Linguagem mais acessível
A atualização da escrita também se fazia necessária — afinal, eram dezessete anos da publicação original. Incorporamos termos usados hoje em dia, ao mesmo tempo que trabalhamos para deixar o texto sem expressões complexas e didático.
Além disso, foram estabelecidos os limites de tolerâncias da espessura das peças, levando em conta as normas dos vidros vigentes (como a de float, temperado e laminado) que ainda não existiam na época da primeira versão. Com isso, a NBR 14564 segue os demais requisitos do setor.
Adquira seu exemplar da norma
Todos os profissionais que realizam a instalação de prateleiras de vidro devem estar atentos às mudanças com a nova publicação. Para adquirir a norma, basta acessar o catálogo da ABNT: www.abntcatalogo.com.br.
Revisão da norma de esquadrias é publicada
As cinco partes revisadas da NBR 10821 — Esquadrias externas para edificações foram publicadas pela ABNT em fevereiro e já podem ser consultadas no site da associação. A principal novidade é a criação das partes 4 e 5, que abordam os requisitos adicionais de desempenho das esquadrias, incluindo desempenho térmico e acústico, além da instalação e manutenção dos produtos. Mais detalhes você vai conferir na próxima edição de O Vidroplano, em abril.
Clélia Bassetto, consultora de Normalização da Abravidro
Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br
Sua empresa possui sistema de gestão de qualidade?
Escrito por Cláudio Lúcio da Silva
A filosofia da qualidade precisa estar inserida na cultura e na rotina de toda a empresa, indo da alta direção aos demais colaboradores. Isso não é responsabilidade apenas do funcionário designado para o setor que cuida desse assunto. No setor vidreiro, essa máxima deve valer também! Um sistema de gestão de qualidade é vital — agora, mais do que nunca, nesse tempo de menor atividade. Mas, afinal, como deve funcionar o controle de qualidade?
Controle total
Um sistema desse tipo documenta processos, procedimentos e responsabilidades de forma a coordenar e dirigir as atividades de uma empresa. Basicamente, ele tem a função de garantir a satisfação do cliente e os interesses da empresa, além de mitigar os riscos da operação.
Mudanças para melhor
A implementação de um sistema de gestão da qualidade afeta positivamente todos os aspectos do desempenho de uma organização, incluindo:
– Melhoria dos processos industriais;
– Redução de desperdício;
– Redução de custos;
– Ajuda na identificação de oportunidades de formação;
– Envolvimento dos funcionários nos processos.
Entendimento do mercado
O sistema de qualidade plenamente em execução é importante também para permitir que a empresa enxergue do que realmente o seu mercado necessita, analisando seu negócio a partir de elementos como:
– Expectativas e necessidades;
– Relação entre o produto gerado, produto esperado pelo cliente e o produto fornecido para ele;
– Comunicação com os clientes,
– Forma na qual os produtos são disponibilizados.
A recomendação para as empresas interessadas é que se implementem sistemas de gestão da qualidade baseados na ISO 9001:2015, pois ela contém os requisitos mais atuais e próximos aos novos paradigmas da indústria.
Fale com eles!
Cláudio Lúcio da Silva ministra os módulos da Especialização Técnica Abravidro. É expert em transformação de vidros, com experiência em modelagem, implantação e gestão de processos industriais. claudiolucio.s@hotmail.com
Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.
Abravidro apresenta vidros de segurança para bombeiros em Fortaleza
No dia 27 de janeiro, a consultora de Normalização da Abravidro, Clélia Bassetto, palestrou para cerca de oitenta oficiais do Corpo de Bombeiros de Fortaleza, das áreas de avaliação de projetos e vistoria de edificações sobre os vidros de segurança e sua aplicação na construção civil. As principais normas relacionadas ao tema foram apresentadas, incluindo a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações. Clélia enfatizou também ali a importância da inclusão dessa norma às instruções técnicas dos Bombeiros em todos os Estados do País. Além dela, estiveram presentes no encontro a gerente de Produtos da Vivix, Viviane Moscoso, e o consultor da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), Luiz Jorge Pinheiro.
Alunos do Senai, em São Paulo, também assistiram à palestra
No dia 6 de fevereiro, em São Paulo, Clélia falou no Curso do Vidraceiro, ministrado na Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo. Seu tema foi dividido em duas partes. Na primeira, os estudantes aprenderam detalhes das normas de produto, incluindo a de temperados e laminados. Na sequência, foi a hora de se conhecer as normas de aplicação, com ênfase na NBR 7199. O programa De Olho no Boxe (www.deolhonoboxe.com.br), específico para a manutenção dos boxes de banheiro, também foi abordado.
Mais informações: www.abividro.org.br, www.abravidro.org.br e vivixvidrosplanos.com.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 530 (fevereiro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.
Texto sobre vidros para sistemas de prateleiras em consulta nacional
Após um minucioso trabalho realizado pela comissão de estudos, o projeto de revisão da ABNT NBR 14564 — Vidros para sistemas de prateleiras – Requisitos e métodos de ensaio está em consulta nacional. Esse processo vai até o dia 13 de fevereiro. Portanto, se tiver interesse em checar os detalhes das mudanças feitas no texto da norma, a hora é agora!
Renovação de conteúdo
As normas são instrumentos dinâmicos e devem retratar as necessidades crescentes do mercado. Por isso, precisam sempre ser atualizadas de acordo com a demanda do setor vidreiro. A revisão da NBR 14564 vai ao encontro desse pensamento, fazendo parte da revisão sistemática da ABNT para a atualização do acervo das normas brasileiras.
Vários tópicos relevantes foram abordados ao longo das reuniões. Vale destacar as condições de apoio para o vidro, a estabilidade vertical e horizontal da peça, o acabamento das bordas e cantos e o contato com outros materiais.
As tolerâncias dimensionais diferenciadas para encaixe e peças sobrepostas também ganharam espaço. A determinação da espessura do vidro leva em conta a superfície da peça (se está totalmente apoiada ou não), assim como os diferentes formatos e tipos de fixação.
Ressaltam-se ainda no documento os requisitos para os ensaios de desempenho, assim como o manuseio, armazenamento e transporte dos produtos.
Trabalhos finais
Após a consulta nacional, a comissão tem a tarefa de avaliar as observações de todos os participantes do processo para poder liberar o texto final para publicação na ABNT.
Como faço para consultar a norma?
É simples! Basta acessar o site da ABNT pelo link www.abntonline.com.br/consultanacional.
Wagner Domingues, coordenador da comissão de estudos
Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 529 (janeiro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Semeando normas vidreiras pelo Brasil
Uma das principais ações da Abravidro em relação às normas técnicas vidreiras é a parceria com o Corpo de Bombeiros. A iniciativa faz parte do trabalho desenvolvido pela entidade para que a NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações seja incluída nas instruções técnicas das corporações em todo o País. Recentemente, duas ações foram realizadas com esse objetivo.
Em 22 de setembro, representei a Abravidro na reunião com os oficiais do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. O evento foi realizado no Clube dos Oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais, em Belo Horizonte, e reuniu mais de 250 membros de batalhões de todo o Estado. Alessandra Rodrigues, diretora-executiva da Amvid, também participou da reunião.
Na semana seguinte, no dia 28, visitei o Corpo de Bombeiros do Tocantins, na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-TO), em Palmas. Estiveram presentes oficiais especialistas em vistorias e análises de projetos de construção civil de vários grupamentos daquele Estado.
O conteúdo das palestras abordou os requisitos de aplicação do vidro de acordo com a NBR 7199, vidros de segurança e também vidros corta-fogo e para-chama. O objetivo é fazer com que os oficiais saibam identificar os tipos de vidro instalados e se eles estão de acordo com a norma no momento de analisar projetos e fazer a vistoria nas edificações, para a concessão do Habite-se, documento que atesta se o imóvel foi construído seguindo as exigências legais. As duas iniciativas contaram com a participação do consultor da Abividro, Luiz Jorge Pinheiro.
Clélia Bassetto, consultora de Normalização da Abravidro
Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 527 (novembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Norma de blindados deve ser dividida em partes
A revisão que estamos fazendo na NBR 15000 — Blindagens para impactos balísticos possui alguns pontos essenciais. Um deles é a criação de uma família de normas, tratando de pontos que complementam a norma atual. Também pretendemos atualizar os ensaios a que os produtos são submetidos. A seguir, resumo o andamento dos nossos trabalhos.
Divisão do texto
Desmembrar a norma em várias partes vai nos ajudar a abordar todos os aspectos da blindagem balística, como os de proteção da vida humana e dos bens de propriedades de terceiros, e também da “blindagem arquitetônica” (instalações fixas e autotransportáveis). Com isso, a previsão é de que a NBR 15000 ganhe uma parte específica para terminologia e outra para materiais e ensaios.
Existe também a intenção de se criar a terceira parte, voltada para ensaios em dispositivos de resistência balística.
Ensaios atualizados
A revisão dos ensaios é o outro foco. A ideia principal é estabelecer procedimentos perfeitamente executáveis, sem fazer com que os produtos percam suas características de proteção ao consumidor final. As variações de temperatura nas faces dos vidros durante os testes, por exemplo, estão sendo retiradas do texto.
Christian Conde, vice-presidente da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), voluntário importante no trabalho sendo desenvolvido, relembra outros pontos do novo conteúdo da norma. “Os ensaios de material opaco flexível tiveram alteração na preparação das amostras”, revela, acrescentando que serão ensaiados de forma stand alone — ou seja, sem nenhum material adicional conjugado, como o aço do automóvel agregado a painéis balísticos em blindagens automotivas. “Haverá ainda ampliação de níveis na tabela de proteção balística alternativa”, alerta.
Serão introduzidos também tópicos para auxiliar na elaboração desses ensaios, facilitando a repetição dos testes em qualquer laboratório (já que, hoje, somente o Exército pode realizá-los), como suportes de corpo de prova e moldura para corpos de prova flexíveis.
Expectativa para conclusão
A revisão se desenvolve dentro do esperado, com uma reunião da comissão de estudos por mês. Esse processo é bastante normal, inclusive pela importância do assunto e dificuldade para obtenção de consenso em todos os seus aspectos. Há expectativa de finalizarmos os trabalhos no primeiro semestre de 2017.
No momento, estamos trabalhando apenas nos aspectos relacionados aos materiais que apresentam propriedades de blindagem balística, principalmente na questão de testes de desempenho.
Atenção, pequenas e microempresas:
Vocês podem adquirir normas técnicas por 1/3 do valor cheio por meio da parceria da ABNT com o Sebrae. Para mais informações, acesse: abntcatalogo.com.br/sebrae
Escrito por: General Paulo Benedito Pacheco, coordenador da Comissão de Estudos
Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
NBR 7199: atual e mais completa
No fim de julho, a grande referência para a aplicação do vidro na construção civil mudou com a publicação pela ABNT da revisão da norma NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações. O mais importante texto técnico vidreiro passou por completa atualização, num trabalho coordenado pelo Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37), sediado na Abravidro.
Com o objetivo de mostrar o que muda com esta nova versão, O Vidroplano preparou este especial e explica com detalhes a norma que precisa estar embaixo do braço de todos os vidraceiros e especificadores de vidro em todo o Brasil.
Visão geral da nova versão
- Clareza no texto
A norma teve sua redação alterada, de forma a eliminar dúvidas de interpretação — principalmente em relação à indicação dos vidros para cada tipo de aplicação; - Referências internacionais
Outro objetivo da revisão era deixar o texto de acordo com as mais reconhecidas normas internacionais — considerando, claro, as particularidades do mercado brasileiro; - Mais segurança
Todo vidro instalado abaixo de 1,1 m em relação ao piso, seja interno ou externo, em qualquer pavimento, deve ser de segurança. Para cada aplicação, devem ser verificados quais são os tipos de vidro de segurança (temperado, laminado ou aramado) exigidos pela norma, pois em algumas aplicações somente o laminado e o aramado são permitidos.
O que é a ‘NBR 7199’?
Como o próprio nome indica, é ela quem estabelece as regras gerais para a utilização dos vidros na construção civil. Todos os profissionais vidreiros e especificadores de vidro devem segui-la, sem exceção. A nova versão foi publicada em 20 de julho e já está em vigor.
Números da nova ‘NBR 7199’
- Possui 57 páginas
- Mais de 60 profissionais participaram da revisão
- Esses profissionais representam mais de 40 empresas
- Ficou em consulta nacional por 60 dias, entre 8 de abril e 9 de junho de 2016
- O texto contou com mais de mil acessos no site da ABNT durante a consulta nacional.
Aplicações de vidro
Esse é o “coração” da NBR 7199. Aqui são definidos os tipos de vidro para cada aplicação. Na versão anterior, os requisitos estavam listados ao longo do texto, o que poderia causar interpretações erradas. Agora, o conteúdo está organizado em uma tabela — muito mais simples de ser consultado. A tabela também inclui novas aplicações como muros de vidro, piso de vidro, vidro blindado, vidro resistente à explosão, vidros para retardar ações de arrombamento, entre outras.
Agora, veja o que a norma diz sobre o vidro correto em diferentes aplicações. Atenção, pois esse é um dos erros mais encontrados em instalações, o que é inadmissível por comprometer a segurança dos usuários!
Coberturas, marquises, claraboias e fachadas inclinadas (vidros não verticais)
- Laminado
- Aramado
- Insulado (em sua composição, a peça interior deve ser laminada ou aramada)
Na versão anterior: desde 1989, o vidro laminado e aramado já eram exigidos.
Guarda-corpos
- Laminado
- Aramado
- Insulado (composto com os vidros acima)
Na versão anterior: desde 1989, o vidro laminado e aramado já eram exigidos.
Portas, vitrinas e divisórias
Nestas aplicações, todos os vidros instalados abaixo de 1,1 m em relação ao piso devem ser de segurança, independente do pavimento em que estejam instalados:
- Temperado
- Laminado
- Aramado
- Insulado (composto com os vidros acima)
Acima de 1,1 m em relação ao piso, além dos vidros de segurança citados, o vidro a ser utilizado também pode ser float ou impresso, desde que encaixilhado ou colado em todo o perímetro.
Na versão anterior: essas aplicações eram citadas somente no parágrafo em que se referia ao pavimento térreo de edificações.
Aplicações com vidros que retardam a propagaçao do fogo
Para fechamentos em que é exigida resistência à propagação do fogo durante determinado período de tempo:
- Laminado (com camada intermediária resistente ao fogo)
- Aramado
- Insulado (composto com os vidros acima)
Obs.: a classificação quanto ao tempo de resistência ao fogo deve ser conferida na NBR 14925 — Unidades envidraçadas resistentes ao fogo para uso em edificações.
Envidraçamentos projetantes móveis
Instalações com caixilhos móveis que se projetam para o exterior:
- Laminado
- Aramado
- Insulado (em sua composição, a peça interior deve ser laminada ou aramada)
- Temperado
– No térreo e 1º pavimento: pode ser autoportante ou totalmente encaixilhado;
– Acima do 1º pavimento: deve ser totalmente encaixilhado e com projeção máxima limitada a 250 mm da face da fachada ou da aba de proteção. - ‘Float’ ou impresso
– No térreo e 1º pavimento: deve ser encaixilhado ou colado em todo o perímetro;
– Acima do 1º pavimento: deve ser encaixilhado ou colado em todo o perímetro
e com projeção máxima limitada a 250 mm da face da fachada ou da aba de proteção;
– Em todos os casos, a área do vidro não pode exceder 0,64 m².
Na versão anterior: A exigência dos vidros de segurança era apenas nos edifícios com mais de dois pavimentos, com projeção superior a 250 mm em relação à face da fachada ou aba de proteção. Não havia diferenciação entre os vidros de segurança, nem limitação de área para o vidro comum, nem sobre a instalação.
Fachadas (vidros verticais)
ABAIXO DE 1,1 M EM RELAÇÃO AO PISO
A partir do primeiro pavimento (inclusive), e no pavimento térreo dividindo ambientes com desnível superior a 1,5 m:
- Laminado
- Aramado
- Insulado (composto com os vidros acima)
No pavimento térreo:
- Temperado
- Laminado
- Aramado
- Insulado (composto com os vidros acima)
ACIMA DE 1,1 M EM RELAÇÃO AO PISO
- Temperado
- Laminado
- Aramado
- ‘Float’ ou impresso (encaixilhado ou colado em todo o perímetro)
- Insulado (composto com os vidros acima)
Na versão anterior: não havia citação aos vidros em fachadas aplicados no pavimento térreo com ou sem desnível.
Aplicações com vidros para retardar ações de arrombamento
Para isolamento de jaulas em zoológicos, barreiras de separação em estádios esportivos, vitrinas e fechamentos em geral que necessitem dessa característica:
- Laminado
- Insulado (composto com laminado)
Instalações especiais
São consideradas instalações especiais pisos, degraus, visores de piscinas e aquários, além de estruturas de vidro. Nestes casos, o vidro exigido é:
- Laminado
Obs.: em pisos, quando a estrutura não estiver com a superfície totalmente apoiada, pode-se utilizar também laminado temperado. Além disso, os apoios das bordas devem ter uma vez e meia a espessura total do piso.
Cálculo da espessura: o passo a passo
O novo texto estabelece a metodologia de cálculo para a espessura do vidro. A norma inclui um passo a passo para a operação. As fórmulas usadas foram atualizadas conforme a norma francesa DTU 39, passando a considerar também vidros apoiados em dois e três lados.
Ficou mais fácil fazer o cálculo! Veja as etapas:
- Determine a pressão do vento, de acordo com a norma NBR 6123 — Forças devidas ao vento em edificações;
- Especifique a pressão do cálculo (de acordo com o tipo de aplicação: vidros verticais ou inclinados, instalados em áreas internas ou externas);
- Calcule a espessura de referência, de acordo com a quantidade de apoios e dimensões da peça;
- Avalie se a instalação permite a aplicação do fator de redução na espessura;
- Efetue a verificação da resistência, expressa em mm, referente à composição de vidro preestabelecida;
- Calcule a “flecha” e confira se os valores encontrados atendem aos critérios admissíveis;
- Por fim, confira se a espessura da composição atende os requisitos de resistência e de “flecha admissível”.
Obs.: Além do roteiro, a norma traz exemplos de cálculos aplicados, em Anexos normativos.
Na versão anterior: não contemplava o cálculo da flecha, o fator de equivalência para cada tipo de vidro e a orientação para cálculo de espessura de vidros não retangulares, que estão abordados neste texto revisado.
CÁLCULO DE ESPESSURA ‘ONLINE’
A Cebrace possui um software online (www.cebrace.com.br/CalculoEspessura/#/pressao-vento/primeiro-passo) no qual o usuário informa dados sobre o projeto, como região do País, topografia, números de apoios do vidro e demais informações da edificação e o cálculo é feito conforme a norma.
Aplicações com vidros blindados e resistentes à explosão
A NBR 7199 cita a norma do produto, NBR 15000 — Blindagens para impactos balísticos — Classificação e critérios de avaliação, que trata sobre a avaliação e classificação dos vidros blindados. Sobre os vidros resistentes à explosão, a norma referenciada é a americana ASTM F 1642, que possui os métodos de ensaio para vidros com essa característica.
Instalações com normas específicas
- Boxes de banheiro, NBR 14207;
- Sistemas de envidraçamento de sacadas, NBR 16259.
Curiosidades da nova ‘NBR 7199’
Normas dentro de normas: é bastante comum uma norma técnica citar outras em seu texto. Por exemplo: na parte de aplicações de vidro, para falar sobre boxes de banheiro, a NBR 7199 faz menção à NBR 14207 — Boxes de banheiro fabricados com vidros de segurança, norma que contempla os requisitos para esse tipo de instalação. Ao todo, são dezenove normas referenciadas.
Tipos de instalação: alguém aí sabe de cor quais as formas de se instalar o vidro? Segundo a norma, são seis: em esquadrias, autoportante, mista, estrutural, painel colado (estrutural) e revestimento.
Aprenda a armazenar: a norma indica também a espessura máxima da pilha com chapas de vidro para armazenamento:
- Float, espelhos e laminados: pilhas de até 600 mm
- Insulados e impressos: pilhas de até 300 mm
- Temperados: pilhas de até 800 mm.
Incline corretamente: a inclinação das chapas é importante para o armazenamento e transporte dos vidros. O texto informa que o material deve ser inclinado de 4 a 6 graus em relação à vertical.
Utilize equipamentos de proteção individual: foi incluído um Anexo com as informações sobre os equipamentos de proteção individual recomendados durante o manuseio dos vidros.
Vidros em esquadrias
Todas as regras sobre esquadrias referenciam a norma ABNT NBR 10821, que estabelece os requisitos e os métodos de ensaio de esquadrias.
Na versão anterior: havia algumas descrições dessas regras
Como adquirir a norma?
- Onde comprar: Até o fechamento desta edição, a norma custava R$ 178,00 no site da ABNT (www.abntcatalogo.com.br);
- Micro e pequenas empresas: graças à parceria entre Sebrae e ABNT, a norma pode ser comprada por 1/3 do valor normal. Acesse: www.abntcatalogo.com.br/sebrae;
- Associados da Abravidro: a entidade irá investir para que as empresas associadas recebam a nova versão gratuitamente em breve.
Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Vidraceiro, participe da criação da norma sobre a sua profissão!
Já faz tempo que se consulta a Abravidro em busca de referências técnicas sobre o trabalho padrão do vidraceiro. Para atender essa necessidade do mercado, o Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37), sediado na entidade, obteve autorização da ABNT para a criação de uma norma específica para a qualificação desses profissionais.
O que esperar da norma?
Assim como já acontece em outras profissões da área da construção civil (a exemplo de pedreiros e pintores), a futura norma estabelecerá as competências que o profissional deve ter e definirá as bases para sua avaliação. O texto contribuirá com a melhoria da qualidade dos serviços prestados, orientando sobre as práticas corretas da profissão e sobre a importância da aplicação das demais normas relacionadas aos vidros planos.
Vale ressaltar que, no futuro, os vidraceiros poderão ser certificados, comprovando que atendem a norma relativa à sua profissão. A elaboração do texto é a primeira etapa para a criação de procedimentos para a certificação. A Abravidro, por sua vez, irá trabalhar nesse processo logo após a publicação do documento.
Início dos trabalhos
Quando anunciamos em nosso site essa excelente notícia, recebemos vários e-mails de pessoas interessadas em participar do processo. Isso mostra o quão importante será o trabalho a ser feito nos próximos meses. Alguns dias depois de fecharmos esta edição de O Vidroplano, a comissão reuniu-se pela primeira vez, no dia 18 de agosto. Na ocasião, foram apresentados os objetivos da comissão, assim como seu papel na elaboração da norma. Escolheu-se ainda seu coordenador e secretário, além de se criar um cronograma para as futuras reuniões.
Ajude a fazer a norma!
Se você não esteve no primeiro encontro, não tem problema. A participação segue aberta a todos os voluntários: a agenda de reuniões do ABNT/CB-37 pode ser conferida em www.abravidro.org.br. Para receber o convite, mande e-mail para cb37@abnt.org.br e solicite sua inclusão na comissão de estudo. Importante: quem não puder comparecer às reuniões também poderá contribuir. Basta enviar sugestões para esse mesmo endereço eletrônico.
Atenção, pequenas e microempresas:
vocês podem adquirir normas técnicas por 1/3 do valor cheio por meio da parceria da ABNT com o Sebrae. Para mais informações, acesse: abntcatalogo.com.br/sebrae
Clélia Bassetto, consultora de Normalização da Abravidro
Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Os alicerces para o mercado de amanhã
Sei da dificuldade em enxergar o saldo positivo deste momento de baixa atividade do mercado vidreiro. Sem dúvida, entre esses resultados estão os ganhos de eficiência e os incrementos na produtividade das empresas. Mas vejo que estamos indo muito além disso, promovendo ações estruturais para o futuro desenvolvimento de nosso mercado. E um grande exemplo é a recente revisão da NBR 7199, a principal referência técnica de nosso setor.
Moderna e mais completa, a nova versão da norma irá melhorar a compreensão dos parâmetros de segurança do vidro na construção civil e será protagonista de uma série de atividades da Abravidro para a disseminação de conhecimento técnico. Ao mesmo tempo que produzimos as normas de que o País precisa, intensificamos sua divulgação, com a ampliação do programa de palestras em várias regiões do Brasil e a formação de novos conteúdos em nossos canais de comunicação. Nessa mesma linha, a NBR 7199 vidreira já faz parte das Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros de doze Estados brasileiros, com os quais temos contato contínuo na capacitação de oficiais. Além disso, permanecemos com as ações para incluir os parâmetros do vidro nas demais corporações.
O programa De Olho no Boxe é outro bom exemplo, pois busca habilitar os vidraceiros a fazer a manutenção periódica do produto e também conectar o cliente final às empresas cadastradas. E por falar em vidraceiro, este mês daremos o primeiro passo para um trabalho inovador e extremamente importante: ao invés de normalizar produtos, dessa vez faremos uma norma que vai definir o perfil ideal desse profissional. Na área de certificação, estamos formando parcerias com novos laboratórios e organismos certificadores, o que deve facilitar o acesso ao selo Inmetro nos temperados.
A produção das indústrias processadoras permanece importante. Como complemento à já consagrada Especialização Técnica, nas próximas semanas lançaremos mais um programa inédito. Dessa vez vamos quebrar todos os paradigmas e turbinar a área de Planejamento e Controle da Produção (PCP), numa proposta totalmente especializada no vidro plano, com sistemáticas de trabalho ainda desconhecidas por nossas empresas.
É a Abravidro cumprindo o seu papel, reunindo forças e criando oportunidades para construirmos os alicerces do mercado em que sonhamos atuar amanhã!
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
‘Quebra ou não quebra?’
Destacar-se em meio a todas as atrações da Glass South America não era tarefa fácil, mas quem passou pelo espaço Vidro em Ação, no pavilhão de maquinários, pôde constatar que ele conseguiu essa façanha.
Nesse estande, os visitantes puderam ver de perto quatro diferentes ensaios de certificação do vidro segundo as normas técnicas da ABNT, realizados pelo Falcão Bauer, laboratório acreditado pelo Inmetro. Normalmente, o acesso a esses testes é restrito e eles não podem ser filmados ou fotografados. Inovações para o isolamento acústico também foram mostradas.
A união faz a força
O Vidro em Ação é resultado da parceria entre a Abravidro, o Instituto Falcão Bauer, a Universidade do Som, a NürnbergMesse Brasil e o site Setor Vidreiro. Ele foi apoiado pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), ABNT, Agmaq, Cebrace, Divinal Vidros, Guardian, Interbox e PKO do Brasil.
Gabriel Batista, criador do Setor Vidreiro, apresentou todas as 23 rodadas de ensaios de forma descontraída e didática. Nos dias 8, 9 e 10, cinco rodadas foram realizadas — já no sábado, houve oito apresentações.
Ao final de cada sessão, sorteou-se um exemplar da NBR 16259 — Sistemas de envidraçamento de sacadas — Requisitos e métodos de ensaio. O sorteio dos 23 exemplares só foi possível pelo apoio da ABNT a essa iniciativa.
Silvio Bueno de Carvalho, gerente-técnico da Abravidro, coordenou o Vidro em Ação e afirma: “Os visitantes ficaram impressionados e puderam conhecer melhor uma parte dos testes a que os vidros certificados pelo Inmetro são submetidos”.
Conheça os ensaios
- Para vidros temperados (segundo a NBR 14698 — Vidro temperado):
- IMPACTO DE CLASSIFICAÇÃO DE SEGURANÇA: Um pêndulo formado por pneus e chumbo é lançado contra a chapa, fixada verticalmente, atingindo seu centro. O lançamento é feito de três alturas diferentes: 0,20, 0,45 e 1,20 m. A chapa não deve quebrar: se isso acontecer, os dez maiores fragmentos não podem exceder a massa equivalente a 6.500 mm² do vidro original.
- FRAGMENTAÇÃO: Com uma ferramenta especial, o técnico atinge o vidro. Após alguns minutos, um gabarito quadrado é colocado sobre a área com os maiores fragmentos, para contá-los. Um vidro com espessura de 4 a 12 mm precisa ter, no mínimo, quarenta fragmentos, enquanto os de 15 a 19 mm devem ter pelo menos trinta — em ambos os casos, a quantidade máxima permitida de fragmentos é 100.
- CHOQUE MECÂNICO: O vidro é apoiado na horizontal e uma esfera de cerca de 1 kg é lançada para baixo, no centro da chapa, de uma altura definida por sua espessura. Para ser aprovado, o vidro não pode quebrar.
- Para vidros laminados (segundo a NBR 14697 — Vidro laminado):
- IMPACTO DE CLASSIFICAÇÃO DE SEGURANÇA: O procedimento é idêntico ao ensaio de impacto de classificação de segurança para temperados. Dependendo da altura da qual o pêndulo for lançado, o laminado pode ser classificado como Classe 1 (a 1,20 m), 2 (a 0,45 m) ou 3 (a 0,20 m) se não quebrar com o impacto. Se quebrar, o vidro não pode permitir a passagem de uma esfera de aço de 76 mm de diâmetro em algum orifício.
Silêncio transparente
O Vidro em Ação exibiu duas cabinas acústicas para demonstrar soluções para o bloqueio de ruídos e destacar que isso só é possível quando todos os componentes do sistema (como esquadrias, vedações e o próprio vidro) são bem-especificados.
- Cabina Acústica Sem Ventilação — Trazia um alto-falante dentro de si. A música alta dele mal era ouvida quando a cabina estava fechada. O isolamento acústico, de 34 dB, foi possível pelo uso de vidro duplo (comum 6 mm, câmara de ar de 6 mm e laminado 4+4 mm), perfis especiais de alumínio e vedação sem frestas.
- Cabina do Silêncio — Do tamanho de uma cabina telefônica, seus painéis acústicos funcionam como labirintos geométricos, que fazem com que o ruído se perca enquanto o ar passa de um ambiente a outro. A cabina exibida era de acrílico, mas também pode ser feita de vidros de 4 e 5 mm. Nos testes de laboratório, os painéis permitiram um isolamento de 35 dB.
Fale com eles!
ABNT — www.abnt.org.br
Abravidro — www.abravidro.org.br
Instituto Falcão Bauer — www.institutofalcaobauer.com.br
NürnbergMesseBrasil — www.nuernbergmesse-brasil.com.br
Setor Vidreiro — www.setorvidreiro.com.br
Universidade do Som — atenuasom.com.br/universidadedosom
Este texto foi originalmente publicado na edição 523 (julho de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui