Arquivo da tag: Mercado

Por dentro do mundo das ferragens para vidro

Um vidraceiro não trabalha só com o vidro, mas também com as ferragens, parceiras quase inseparáveis de nosso material. São elas que permitem a fixação e a movimentação dos vidros em portas, janelas, fachadas e outras aplicações na construção civil. Apesar do grande número de opções no mercado, a escolha da ferragem deve ser feita com muito cuidado, para garantir a segurança do vidro instalado e das pessoas próximas a ele.

Por isso, conversamos com profissionais do ramo e preparamos uma reportagem especial para você, vidraceiro.Também adiantamos um pouco do que deve dizer a norma técnica para ferragens em fase de desenvolvimento. Boa leitura!

De olho nas matérias-primas

Ferragens para vidro podem ser feitas com diferentes materiais. Embora o projeto de norma em desenvolvimento (saiba mais sobre ele na página 40) não defina uma matéria-prima específica para sua fabricação, é importante conhecer o que cada uma delas tem a oferecer.

Zamac

Características: O zamac é uma liga metálica não ferrosa, com resistência mecânica similar à do latão. É hoje o material mais utilizado
na fabricação de ferragens para vidro
Aplicações: Apresenta bons resultados em ambientes internos, segundo Wellington Neves, gerente-comercial da Gold News. Nelson Libonatti, diretor-geral da Glass Vetro, acrescenta que o zamac é mais recomendado em instalações em que as ferragens não precisem suportar grandes esforços
Custo: Costuma ser bastante acessível, apenas mais caro que o polímero

Latão

Características: Marco Musolino, diretor-comercial da Metalúrgica GMS, explica que o latão é um material nobre, com excelentes
resistências mecânica e à corrosão
Aplicações: Indicado para áreas litorâneas, com maresia, e zonas industriais (também pode ser usado em aplicações internas e externas)
Custo: O mais alto do mercado — segundo Libonatti, da Glass Vetro, ele chega a ser até 15% mais caro que o aço inoxidável

Aço inoxidável

Características: Laurenil de Castro, diretora-comercial da Belga Metal, aponta que ele é considerado um material de alto padrão, com grande resistência mecânica e que dispensa a necessidade de acabamentos, já apresentando brilho característico
Aplicações: Libonatti, da Glass Vetro, indica que a aplicação depende da composição do aço inox:
• Inox 201: apesar de ser mais barato, apresenta restrições para uso em áreas externas
• Inox 304: aconselhado para uso em áreas externas
• Inox 316: composição mais resistente à maresia, ideal para áreas litorâneas
Custo: As ferragens de aço inox geralmente estão entre as mais caras no mercado, podendo custar até 20% a mais que o zamac

Polímero

Características: Ao contrário das outras matérias-primas normalmente usadas para fabricar ferragens, o polímero não é um metal, mas um material plástico
Aplicações: Max Del Olmo Filho, diretor-comercial da AL Puxadores, observa que o polímero pode ser usado tanto em aplicações internas como externas, pois não oxida.
Custo: Costuma apresentar os preços mais competitivos do mercado

Alumínio

Características: Material leve, dispensa acabamento superficial, apresentando por si só um aspecto liso e um pouco fosco. Gleibe Rodrigues, sócio-proprietário da Ferragens TQ, destaca que é possível escolher a liga e têmpera ideais do alumínio para conferir à ferragem a dureza e resistência necessárias para sua aplicação
Aplicações: Segundo Bernardo Grimberg, diretor-comercial da BonnaDio, pode ser usado em aplicações externas ou internas, apresentando boa durabilidade
Custo: As ferragens de alumínio costumam encontrar-se na média: nem caras, nem baratas

Finalizando o produto

Hoje, diferentes opções de acabamento são usadas para conferir uma aparência bela e harmoniosa às ferragens. E elas não contribuem  só para a estética do produto: segundo Edinilson Ferreira de Macedo, responsável pelo setor de Engenharia de Desenvolvimento da Metalúrgica WA, o acabamento também ajuda a preservar as peças em relação ao passar do tempo, além de protegê-las contra a  oxidação. Veja os principais acabamentos:

1) Cromado

Como é feito — Por meio de uma série de “banhos” da ferragem para recobri-la com uma camada de cromo;
Aparência — A peça cromada tem maior brilho e aspecto espelhado. Por esse motivo, as manchas causadas pelo contato e riscos ficam mais visíveis, exigindo mais cuidados em sua instalação e manutenção;
Em que materiais — Mais utilizado com latão e zamac. Não costuma ser feito com ferragens de alumínio, pois o processo para cromação desse material é mais trabalhoso, mas empresas como a Ferragens TQ já dispõem de tecnologia para isso.

2) Escovado

Como é feito — Por meio da abrasão (lixamento) da ferragem;
Aparência — A ferragem escovada tem a cor do material usado em sua fabricação, com pequenas ranhuras (linhas muito finas na mesma direção) em sua superfície;
Em que materiais — Usado normalmente em ferragens de aço inox e latão

3) Pintado

Como é feito — Com a aplicação de tinta em pó à base de epóxi e poliéster, em cabinas de pintura eletrostática;
Aparência — A pintura forma um filme rígido sobre a ferragem, permitindo que a tinta tenha ampla fixação à peça (sem escorrer) e confira a cor desejada a ela — segundo Denise Fonseca, gerente-comercial da Glasspeças, há uma ampla variedade de cores disponíveis, como preto, branco, cinza e bronze, entre outras;
Em que materiais — Bastante utilizado em ferragens de zamac. Peças de alumínio e latão também costumam receber esse acabamento.
Acetinado — Segundo Márcio Tavares, gerente-comercial da Stam, trata-se de uma variação do acabamento pintado, com a aplicação de pintura eletrostática com aspecto de aço ou alumínio fosco.

O que você encontra no mercado

As empresas especializadas em ferragens que responderam à nossa reportagem oferecem diversas soluções. Confira!

Adequação ao mercado — Uma das ações recentes da Metalúrgica WA foi a mudança do alumínio para o zamac como matéria-prima para suas ferragens. Para a empresa, o novo material permite processos produtivos mais enxutos e preços mais competitivos.

Ampla abertura — A Glass Vetro promete vários lançamentos em junho de 2016. Enquanto isso, a empresa já comercializa as dobradiças da linha Premium, disponíveis em zamac (foto), aço inox ou latão: elas proporcionam a abertura da porta para ambos os lados, em 180°.

Beleza e resistência — Um dos destaques da Gold News no mercado é a linha 48 de dobradiças. De aço inox, elas apresentam design com cantos arredondados e superfície polida. Podem ser aplicadas em diversos tipos de porta de vidro, mesmo em áreas litorâneas.

Matéria-prima diferenciada — A AL Puxadores afirma ter revolucionado o mercado nacional com a introdução das ferragens de polímero, com custos mais atrativos e acabamento diferenciado. A empresa já está preparando novas soluções para o mercado envolvendo o material.

Para vidros grandes — As dobradiças Jumbo da Belga Metal, para portas de grandes dimensões, são de aço inox e suportam até 130 kg.

Privacidade garantida Um dos lançamentos exclusivos da Ferragens TQ foi a fechadura para portas de vidro em cabinas de banheiros públicos. O produto, para portas de vidro, conta com display informando se o espaço está livre ou ocupado.

Prontas para emergência — A linha de soluções da BonnaDio inclui o kit para instalação de barras antipânico. As peças, incluindo a  fechadura na face do vidro oposta à da barra, são de aço revestido com pintura eletrostática.

Segurança extra — A Dobradiça Superior + Segurança, da Metalúrgica GMS, foi desenvolvida para uso em portas de vidro com película de segurança (também pode ser usada em outras portas). Com trava de segurança que a mantém fixa ao mancal (ferragem em que o eixo da porta é apoiado) superior, se o vidro quebrar, ela segura a porta no lugar, evitando acidentes.

Versatilidade no travamento — Uma das soluções oferecidas pela Stam é o Miolo 2002 para fechaduras. O produto tem mecanismo de lingueta com trava universal, podendo ser instalado em portas de vidro de bater ou de correr, e seu cilindro é intercambiável — ou seja, é possível trocá-lo sem precisar desmontar toda a fechadura.

Vidro em movimento — A Glasspeças possui uma linha de carrinhos Stanley com sistema de mão amiga (foto, aplicados na parte superior da porta), o qual permite a abertura e o fechamento de um sistema com uma folha de vidro fixa e até dez folhas móveis bastando mover uma das peças de vidro.

Para a proteção — A Pado oferece sua linha Glass, com fechaduras para portas e janelas de vidro. A caixa, tampa e lingueta do produto são de aço inoxidável, enquanto o cilindro é de zamac. As fechaduras estão disponíveis no padrão Blindex (com lingueta dupla ou simples) e Santa Marina — com pino. Os produtos possuem acabamento cromado, cromado acetinado, bronze oxidado e bronze.

Sem risco de contaminação

Embora ainda não seja usado para fabricação de ferragens para vidro no Brasil, o cobre antimicrobiano é apontado por Roney Margutti, gerente de Tecnologia do Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não Ferrosos no Estado de São Paulo (Siamfesp) e coordenador da Comissão de Estudo Especial de Ferragens (ABNT/CEE-188), como uma tendência a médio prazo para o mercado nacional de maçanetas, fechaduras e puxadores.

No estacionamento do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, guichês e corrimãos já foram
revestidos com cobre. “Devido ao risco de contaminação por micro-organismos, há uma iniciativa de se desenvolver produtos com esse material, para uso principalmente em espaços públicos”, explica. O cobre tem capacidade de eliminar 99,9% das bactérias de suas superfícies, reduzindo riscos de transmissão de doenças. Dentre suas características destacam-se:

• Ação bactericida contínua, ideal para evitar a contaminação de superfícies de contato em espaços públicos;
• Coloração dourada avermelhada;
• Excelente resistência mecânica e à corrosão.

Especificação: todo cuidado é pouco

A especificação de ferragens para vidro é fundamental para a segurança da instalação. As fontes consultadas para esta reportagem recomendam que sempre se deve conferir:

  • Se o produto apresenta garantia;
  • Se a fabricante das ferragens tem histórico confiável;
  • As espessuras e dimensões máximas do vidro para as quais os produtos são recomendados;
  • Qual a facilidade de reposição das ferragens, quando necessária;
  • Se a região em que o vidro será instalado requer ferragens com materiais ou acabamentos específicos.

Aprendendo a instalar corretamente

As fabricantes de ferragens são ótimas fontes para orientar os vidraceiros como instalar seus produtos. A Glass Vetro, por exemplo, realiza treinamentos em sua matriz, nas lojas franqueadas e mesmo nas instalações do cliente interessado: “Ensinamos toda a parte de aplicabilidade e instalação das ferragens no vidro, os cuidados e a verificação de normas técnicas relacionadas a esse trabalho”, aponta Nelson Libonatti.

Norma a caminho!

Embora não haja atualmente uma norma em vigor específica para ferragens para vidro, isso deve mudar em breve: um projeto de norma para elas já está sendo elaborado pela ABNT/CEE-188. “No momento, estamos na fase de testes laboratoriais”, explica Roney Margutti, coordenador da comissão. “Se tudo correr bem, devemos liberar o texto do projeto para consulta nacional em meados deste ano.”

Alguns pontos destacados pela norma são:

• A descrição e os códigos das ferragens, para facilitar a comunicação entre os elos da cadeia produtiva (fabricantes de ferragens, processadores e vidraceiros;
• As especificações para o recorte do vidro para cada uma das ferragens;
• A marcação de identificação do fabricante na ferragem;
• O desempenho mínimo esperado para as ferragens, como:
• Resistência dos parafusos de fixação;
• Resistência à corrosão do conjunto montado;
• Durabilidade das ferragens móveis;
• Verificação do escorregamento dos vidros.

Fale com eles!

ABNT — www.abnt.org.br
AL Puxadores — www.alindustria.com.br
Belga Metal — www.belgametal.com.br
BonnaDio — www.bonnadio.com.br
Ferragens TQ — ferragenstq.com.br
Glass Vetro — www.glassvetro.com.br
Glasspeças — www.glasspecas.com.br
Gold News — www.goldnews.com.br
Metalúrgica GMS — www.gms.com.br
Metalúrgica WA — www.metalurgicawa.com.br
Pado — www.pado.com.br
Siamfesp — www.siamfesp.org.br
Stam — stam.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

‘A AGC tem o ‘DNA’ japonês: quando fala, faz’

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Na tarde do dia 10 de março, em um hotel próximo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, a editora de O Vidroplano, Celina Araújo,  conversou com Jean- François Heris, presidente global da divisão Building (produtos para construção civil) da AGC. Participaram também do encontro Alexandre Pestana, presidente da Abravidro, e o presidente da AGC Vidros do Brasil, Davide Cappellino. Minutos antes de dar a notícia a um grupo de 20 clientes, Heris anunciou em primeira mão a construção da segunda fábrica

da AGC no Brasil (leia mais na pág. 15), além de revelar a visão da Entrevista exclusiva: Alexandre Pestana e Celina Araújo conversaram
com Jean-François Heris e Davide Cappellino, executivos da AGC empresa sobre o mercado vidreiro nacional em meio ao momento econômico ruim.
Como o mundo todo já sabe, o Brasil passa por uma séria crise econômica. Por que a AGC irá investir no País nesse momento conturbado?
Heris – Essa decisão está totalmente alinhada com a escolha que a AGC fez cinco anos atrás de entrar no Brasil, pois acreditávamos muito no grande potencial a longo prazo deste país. E essas condições continuam. A decisão da segunda fábrica dá continuidade à nossa implementação por aqui. O Brasil está, sem dúvidas, enfrentando um momento difícil, mas a cadeia vidreira e seus empreendedores continuam criando valor e tendo um potencial importante.

Qual o balanço que a AGC faz da presença do grupo no Brasil até agora?
Heris – Obviamente, tivemos de dar os passos necessários de quem começa uma produção desse porte, enfrentando os desafios do mercado, que já teve momentos mais fáceis que outros. Tivemos também um time que trabalhou duro para alcançar as metas e clientes que apreciaram o que oferecemos. Por isso, estamos satisfeitos com nossos dois anos de produção de vidro no Brasil.
Quando a segunda planta de vocês começar a operar, a AGC irá fabricar 1.450 t de ‘float’ por dia. Vocês pretendem atingir algum mercado específico com esse aumento?
Heris – Temos objetivos de longo prazo para o Brasil e para a América do Sul, com uma fatia de mercado que seja comparável ao que temos em outras regiões, sempre em torno ou acima de 20%. A intenção é aumentar a capacidade instalada para acompanhar o crescimento de nossa participação no mercado brasileiro, pensando também na exportação para países vizinhos, acelerando nossa presença nesses lugares.

Para quais setores essa produção será direcionada?
Heris – A produção do nosso segundo forno, de 850 t por dia, vai ser focada para os produtos voltados para a construção: aplicações externas, fachadas, decoração etc. Em geral, o forno já existente vai continuar a atender o segmento automotivo. Atualmente, tem-se um momento difícil em termos de volume de vendas de carros no Brasil, mas também temos confiança de que, mais uma vez, pelos
elementos estruturais do País, o volume volte a crescer.

Vocês mencionaram que a nova fábrica será construída na Região Sudeste. Quais fatores podem determinar a escolha da cidade?
Heris – Por enquanto, ainda estamos explorando algumas opções. Claro, um candidato natural é Guaratinguetá, mas temos outras opções bastante interessantes também. Daqui a duas ou três semanas [esta entrevista foi concedida em 10 de março], vamos divulgar a localização.

A experiência de vocês deve confirmar que, no Brasil, gasta-se muito tempo para a aprovação de licenças ambientais e outros documentos necessários para o início de uma obra desse porte. A AGC já possui um cronograma do projeto?
Heris – Nosso plano é terminar a construção no final de 2018. A parte de licenciamento ambiental ainda depende
da localidade exata. Já começamos a trabalhar vários cenários e logo vamos formalizar o pedido às autoridades. Mas, na verdade, não estamos muito preocupados com essa questão. No primeiro float, a AGC já tomou uma posição de respeito muito forte às legislações ambientais, até mesmo na aplicação das melhores tecnologias disponíveis. Então, acreditamos que será um processo bastante rápido, que vai nos permitir manter nosso planejamento.

Existe algum fator que poderia atrasar o cronograma da AGC? Por exemplo, se a economia piorar ainda mais…
Heris – A AGC tem o “DNA” japonês: quando fala, faz. E faz aquilo que fala. Vocês nunca viram no passado anúncios ou boatos sobre o  segundo forno da AGC. A AGC fala só quando sabe que pode falar. E agora é pra valer.

Hoje, o Brasil possui quatro fabricantes de ‘float’, sendo que dois deles (Cebrace e Vivix) já anunciaram projetos para a construção de novas linhas — aguardam apenas um melhor momento econômico para iniciá-los. Vemos, portanto, maior competição para a manutenção ou aumento das participações de mercado. Como vocês avaliam essa situação? 
Heris – A AGC não está fazendo projetos. Os acionistas da AGC tomaram a decisão: o novo forno está financiado, decidido, até mesmo presente no site oficial do grupo. Estamos falando da realidade. Não gostamos de comentar os concorrentes. São grandes empresas que obviamente têm projetos. Mas, de qualquer jeito, estamos implementando uma decisão tomada.

Vocês acreditam que o mercado brasileiro irá comportar a quantidade de vidro fabricada se os concorrentes da AGC iniciarem seus projetos de novas fábricas nos próximos anos?
Heris – A AGC chegou no Brasil com uma proposta para nossos clientes, envolvendo produtos de alta qualidade, inovação, logística e confiabilidade. Fizemos uma promessa e queremos entregá-la. Fazemos esse investimento para que os clientes continuem a contar conosco, para que eles possam crescer junto com a AGC.

Quando a AGC acendeu seu forno, em 2013, foi anunciado que o grupo estava planejando a construção de um ‘coater’ para 2015 ou 2016. Vocês ainda querem fazer esse investimento?
Heris – Não temos decisões tomadas sobre a instalação de um coater. Estamos acompanhando muito de perto a evolução do mercado dos produtos que poderíamos produzir nesse equipamento. A AGC já tem a tecnologia em casa, nós mesmos produzimos os nossos coaters. Quando acharmos que teremos espaço para o projeto, a implementação vai ser bastante rápida.

Gostaria de deixar alguma mensagem especial para o setor vidreiro brasileiro?
Heris – O Brasil está enfrentando um momento difícil, isso é claro. Mas os brasileiros podem ter muito orgulho de sua capacidade de empreender, de trabalhar, da sociedade e também da cadeia vidreira nacional. É uma tendência natural ser exageradamente pessimista na crise e exageradamente otimista nos momentos bons. Nós achamos que todos da cadeia precisam ter confiança, orgulho daquilo que sabemos fazer, acreditar na nossa capacidade de mudar as coisas. Achamos que a retomada da economia pode acontecer bem mais rápido do que se espera.

Fale com eles!
AGC — www.agcbrasil.com

Acontece

A Saint-Gobain, dona da Saint-Gobain Glass e integrante da joint venture que comanda a Cebrace, realizou, em novembro, seu último evento no Brasil para comemorar seus bem-vividos 350 anos. Receptividade foi a marca do encontro. Promovido em São Paulo, teve o simpático e comunicativo Thierry Fournier — presidente da Saint-Gobain para o Brasil, Argentina e Chile — como mestre de cerimônias. Ele e diretores das várias empresas do grupo estavam à disposição para conversar com a imprensa.

A Guardian retomou sua estratégia de aposta em figuras midiáticas para divulgar seus produtos. A campanha publicitária sobre o  espelho Guardian tem como estrela a atriz Letícia Spiller, uma das protagonistas da novela I Love Paraisópolis, da TV Globo, que esteve no ar até o início de novembro. Mas fique atento se quiser vê-la nas páginas das revistas (inclusive de fora do setor): o anúncio será veiculado até o final do ano.

Os vidreiros leitores da Veja, revista semanal de maior circulação do Brasil, devem ter notado anúncios de duas fábricas do setor na edição de 18 de novembro. Além do Espelho Guardian, que ocupou uma página, a Vivix reservou três páginas para lançar nacionalmente seu espelho, o Vivix Spelia. De acordo com a empresa, trata-se do único espelho do País em que toda a água e prata utilizadas em sua produção são recicladas.

Já que estamos falando sobre a divulgação de marcas, mais uma ação recente: a Vipdoor Solution está com site novo! O espaço ficou mais intuitivo para se navegar. Possui chat online, formulário para envio de orçamento e descrição de produtos com especificações técnicas. Para conhecer a nova “casa” da empresa na Internet, basta acessar www.vipdoor.com.br.

Eastman lança nova coleção de PVBs coloridos

A série Saflex Earth Tones de camadas intermediárias (PVB) para laminados acaba de entrar no catálogo de produtos da Eastman. Já disponível no Brasil, a coleção possui onze matizes diferentes (incluindo tons de azul, cinza, verde, marrom e bronze), baseadas nas cores do céu, mar e terrenos naturais. Segundo a empresa, o produto possibilita a arquitetos e designers diferentes variações na transmissão de luz para o interior de ambientes. Mais informações: www.br.eastman.com

Sinduscon-SP organiza mais um Seminário Internacional BIM

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon) organizou, no dia 22 de outubro, o 6º Seminário Internacional BIM. O evento reuniu mais de quatrocentas pessoas em São Paulo e contou com o apoio institucional da Abravidro, representada no evento pela coordenadora-técnica Vera Andrade. Profissionais brasileiros e estrangeiros que atuam com a tecnologia BIM — também conhecida como Modelagem da Informação da Construção — participaram do seminário. As palestras centralizaram o tema no uso dessa ferramenta, a qual permite a análise e controle das informações a respeito do ciclo de vida de um edifício. “Os ganhos em custos, prazos, qualidade e produtividade compensam largamente os investimentos realizados com a tecnologia”, comentou José Romeu Ferraz Neto, presidente do sindicato, na abertura do evento. Mais informações: www.portalsinduscon.com.br/portal

Lisec promove fórum para inauguração de centro de competência

No dia 8 de outubro, a multinacional Lisec inaugurou seu novo centro de competência para pesquisa, produção e treinamento em processamento de vidros planos, instalado em Hausmening, Áustria. No mesmo dia, a empresa realizou o Lisec Glass Forum, evento que combinou palestras sobre temas como automação e unidades quádruplas de vidros insulados com peças finas a uma visita às suas instalações — nelas, os convidados puderam ver as últimas tecnologias da Lisec para o processamento do vidro em funcionamento.

“A principal meta do Glass Forum foi permitir que nossos clientes conhecessem a nova fábrica de processamento”, explica Luiz Garcia da Silva Júnior, diretor- executivo da Lisec Sudamerica, que apresentou as instalações para diversos visitantes — dentre os quais estiveram brasileiros, como Rogério Oliveira, diretor da Bahia Vidros, e Leandro Gonçalves, gerente de Projetos da Divinal Vidros.

Mais informações: www.lisec.com

Cuidado com os cortadores de vidro piratas!

A Glass Vetro, distribuidora oficial da Toyo no Brasil e América do Sul, iniciou ações para combater a falsificação de cortadores de vidro da marca japonesa. Segundo João Rett, responsável pelo departamento técnico da companhia, além de o material falsificado não ser confiável e ter menos durabilidade, o diamante na ponta do cortador pode ocasionar um corte desigual, o que demandará mais gastos no acabamento da peça.

Além de produzir vídeos informativos sobre o assunto, a Glass Vetro está comercializando um novo lote de cortadores — ele tem um selo holográfico desenvolvido pela Toyo para comprovar a autenticidade. “O formato do rótulo é tão sensível que as partes detalhadas seriam quebradas em pedaços ao tentar descascá-lo fora”, destaca Rett.

Mais informações: www.glassvetro.com.br e www.toyo-jp.com

Segurança (e experiência) certificada

A certificação nos projetará no mercado com mais credibilidade, confirmando nosso esforço contínuo em atingir objetivos.” É assim, certo de que tomou a atitude correta, que Muller de Castro, diretor-geral da Vidrometro, fala sobre a conquista do selo concedido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ) aos temperados de 6, 8 e 10 mm.

Essa atitude vai ao encontro da ideia de que, independente do tempo que uma empresa tem no mercado, é sempre importante estar atento às novas tendências e demandas. A Vidrometro, de Belo Horizonte, tem mais de quarenta anos de atuação e, de acordo com Castro, sempre se orgulhou de oferecer vidros especiais que superem as expectativas em termos de segurança, sofisticação e design.

Mesmo com toda essa experiência, a processadora não abriu mão da certificação. “Garantimos a segurança de nossos produtos e
melhoramos nossa organização interna e imagem perante a sociedade”, ressalta.

Detalhes da conquista
O processo de certificação da empresa mineira começou em julho e teve fim em outubro deste ano. “Não encontramos nenhuma dificuldade, pois os bons procedimentos de produção já eram uma prática”, orgulha-se. Como associada da Abravidro, a Vidrometro teve direito à consultoria gratuita da entidade. “A associação nos direcionou e incentivou em todos os aspectos, principalmente nos
processos internos e no preparo das amostras”, conta o diretor-geral.

Depois de ressaltar a importante participação dos colaboradores na conquista do selo, Castro mira o futuro já pensando na ampliação das certificações da empresa. “Acreditamos que o diferencial nos manterá na preferência dos clientes e ampliará nossas conquistas no setor de construção civil.”

Síndrome de planejamento

*Por Tom Coelho

Possivelmente você acompanhou pela mídia o que aconteceu com alguns estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ocorrido em outubro deste ano. Refiro-me especialmente aos atrasados, impedidos de fazer a prova por encontrar os portões
fechados. Houve de tudo: uns sem documento com foto para identificação, outros esqueceram de levar caneta preta transparente e alguns erraram o endereço do local de prova, entre outras situações.

Isso ilustra um mal que aflige a todos nós. Sofremos de uma síndrome de falta de planejamento — típica de nossa cultura. Assim, temos o péssimo hábito de protelar e fazer tudo na última hora simplesmente porque não programamos nossas atividades. No mundo corporativo não é diferente. Poucas são as empresas que fazem planejamento estratégico anual. Como consequência, surgem desequilíbrios financeiros, interrupção da produção por falta de matéria-prima, atrasos em entregas, problemas de qualidade, elevação dos índices de acidentes no trabalho, indisponibilidade de capital humano qualificado e perda de produtividade, dentre outros.

Para a falta de planejamento, não há justificativas
Voltando ao Enem: os retardatários alegaram que o ônibus atrasou, que o trânsito estava intenso, que não havia vaga para estacionar. Tudo isso explica, mas não justifica. O mesmo princípio aplica-se ao mundo dos negócios. O dia a dia de uma empresa é repleto de imprevistos e questões que exigem rápida resolução. No entanto, um planejamento bem-executado, com margens para minimizar imprevistos, certamente ajuda a evitar mais consequências.

Os malefícios decorrentes da falta de planejamento podem ser traduzidos em uma palavra: frustração. Para os atrasados do Enem, minutos ou segundos significam um ano perdido. Para uma empresa, não gerir bem o tempo e os planos para o futuro pode resultar na perda de clientes, comprometer a imagem da companhia ou até levá-la à falência.

Por isso tudo, que tal começar a desenvolver, agora, o hábito do planejamento?

Tom Coelho é educador, palestrante sobre gestão de pessoas e negócios, escritor e autor de oito livros. www.tomcoelho.com.br

Velozes e envidraçados

Automóveis ganham áreas maiores de vidro. Material confere ‘glamour’ e modernidade

Fachadas imponentes, portas, coberturas, divisórias e tantas outras aplicações do nosso material estão cada vez mais disseminadas pelo Brasil e exterior — o que não significa que muitas dessas obras não continuem impressionando por sua estética e outros benefícios.

Mas não é só em estruturas fixas que o vidro brilha. Basta dar uma espiada nas ruas, nas lojas ou mesmo nos concorridos salões de automóveis realizados pelo mundo afora para notar que o vidro tem sido mais explorado pelos projetistas de automóveis. Carros, ônibus e outros veículos apresentam áreas envidraçadas cada vez maiores — e a tendência é que esse crescimento não pare tão cedo

Nas páginas a seguir, O Vidroplano apresenta um pouco mais sobre o aumento do vidro em veículos, os benefícios e desafios desse processo e traz alguns cases que ilustram o uso amplo e diferenciado do nosso material nesse setor.

Expansão para todos os lados
Segundo levantamento feito pelo Instituto Autoglass, organização especializada em vidros automotivos, de 1970 a 2008 houve um
crescimento de 14% da área total envidraçada e de 49% da área dos para-brisas, considerando apenas o mercado nacional.

No exterior, que dita tendências ao mercado brasileiro, a situação não é diferente. “Estão adotando para-brisas mais amplos e complexos e tetos solares maiores”, informa Matthew Beecham, editor-associado do portal online britânico just-auto.com, focado em novidades e análises do setor automotivo.

Ele explica que o envidraçamento da superfície de certos carros da montadora francesa Peugeot, por exemplo, cresceu ao longo dos anos: o Peugeot 304 tinha uma área envidraçada de cerca de 2,24 m², aumentando para 2,82 m² no Peugeot 305; 2,96 m² para
o 306; 3,57 m² para o 307; e 5,34 m² para o Peugeot 307 SW.

E esse crescimento ainda não chegou ao seu limite. “Observando os veículos lançados nos últimos cinco anos, constatamos que
a tendência é aumentar ainda mais essa área envidraçada em função do design, da área de visão do motorista e da maior sensação de espaço e conforto interno que o vidro proporciona”, observam Fabricio Kameyama e Danilo Bandeira. Eles, que concederam entrevista juntos à nossa reportagem, são, respectivamente, diretor-comercial para a América do Sul e gerente de Desenvolvimento
de Novos Produtos e Processos da Pilkington, empresa que também atua no segmento de vidros automotivos. “Isso tem levado
ao aumento crescente de novas soluções de montagem, em função das formas complexas que esses vidros têm”, acrescenta Carlos Henrique Mattar, gerente de Marketing da Cebrace.

Integração de espaços
Uma das principais vantagens do aumento na área envidraçada de veículos é o maior campo de visão obtido, permitindo ao motorista enxergar partes do ambiente externo que antes não conseguiria ver. Para atingir esse objetivo, alguns modelos de automóveis vêm ampliando duas áreas especificamente:

Para-brisas
Localizado na parte frontal dos veículos. Há dois padrões que vêm se destacando entre as montadoras. Para entendê-los, veja o quadro
abaixo:
– Cielo: o para-brisa estende-se em direção ao teto, terminando acima da área da cabeça do motorista;
– Panorâmico: o para-brisa estende-se para as laterais, dobrando-se próximo às portas dianteiras e aumentando a visibilidade.

Teto
Ao invés dos antigos tetos solares, de aberturas menores, as montadoras estão lançando mão de tetos panorâmicos. Nosso material pode ocupar toda a área do teto, garantindo o pleno aproveitamento da iluminação natural no interior do ambiente.

Janelas
Se em automóveis o vidro cresce nos para-brisas e tetos, em veículos de transporte coletivo isso ocorre principalmente nas janelas laterais. “Além de ser uma tendência de design, esse crescimento proporciona aos passageiros visibilidade maior do ambiente externo, permitindo que eles possam apreciar muito mais a viagem”, considera Vinícius Pitombo, gerente-geral do Grupo Tecnovidro,
processadora de vidros automotivos. E o potencial para nosso setor é ainda maior nessa área. Segundo Kameyama e Bandeira, da Pilkington, um ônibus possui área envidraçada de cinco a seis vezes maior do que a de um veículo de médio porte.

Além das aparências
O aumento da área envidraçada em veículos também apresenta desafios para o conforto do motorista. Felizmente, o mercado já dispõe
de tecnologias que tornam o vidro mais do que um elemento de design, como películas e revestimentos de controle solar.

Uma opção, inclusive, é velha conhecida do setor, o vidro laminado. Embora seja obrigatório apenas nos para-brisas (veja mais na página 30), seu uso em outras partes do veículo pode ser vantajoso: “Hoje processamos os laminados usados no teto solar duplo do jipe T4, da Troller [marca que pertence à Ford]”, explica Laerte Gouveia, supervisor-comercial de Vidros de Reposição Automotiva da Fanavid, “e, além de contribuir para o design, ele gera mais isolamento acústico no interior do veículo”. A acústica também é valorizada nos automóveis fora do Brasil: “Na Europa, temos visto uma demanda crescente por para-brisas e vidros laterais acústicos na última década”, comenta Matthew Beecham, do portal just-auto.com. Segundo ele, o uso de vidros laterais laminados ainda é concentrado
em carros de grande porte, mas há oportunidades para sua disseminação — especialmente considerando que já existem laminados com
películas especiais, que conferem benefícios como maior segurança, isolamento acústico e conforto térmico. Para Mattar, da Cebrace, o uso de PVB acústico em vidros de para-brisas e tetos solares ou panorâmicos já é uma realdade, inclusive no mercado brasileiro.

Antecipando o futuro
Apenas a criatividade humana pode estabelecer os limites para a aplicação do vidro sobre rodas.
Ideias originais e inusitadas são constantemente vistas em protótipos apresentados em salões de automóveis e outros eventos — mesmo que muitas vezes eles não cheguem a ser lançados, como os mostrados nesta reportagem, os conceitos neles apresentados podem ser incorporados a futuros projetos. “O vidro é um material interessante para o setor automotivo
porque oferece versatilidade e segurança, além de permitir inovações de design”, opina Silvio de Carvalho, gerente-técnico da Abravidro.

Novas funções devem ser esperadas para o vidro nos próximos anos. “Existem hoje imenso interesse e demanda pela tecnologia de head-up display, que consiste na projeção de informações no para-brisa como se ele fosse uma tela, e também pela tecnologia eletrocrômica, de vidros capazes de mudar de cor”, apontam Kameyama e Bandeira.

Para atender essas e outras demandas, é imprescindível que o setor vidreiro se mantenha sempre em evolução. Pitombo, do Grupo Tecnovidro, chama a atenção para a importância de investir em processos e equipamentos de produção e na qualificação
de funcionários.

O desenvolvimento do nosso material, claro, é recompensador. “Muitas vezes, o mercado exige mudanças. E quanto mais opções fornecermos para atender essas mudanças, mais vidros poderão ser colocados nesse setor”, considera Gouveia, da Fanavid.

Um pouco de história
Engana-se quem pensa que o aumento da área envidraçada sobre rodas no mundo começou a acontecer há pouco tempo. Sua primeira aplicação em carros começou por volta de 1904, com o surgimento do vidro temperado — então usado no para-brisa dos veículos.

Desde então, outras aplicações foram surgindo. Ratna Chatterjee, consultorachefe da Automotive R&D Management Consulting (ARDMC, rede mundial de consultoria para serviços de pesquisa e desenvolvimento para a indústria automotiva), aponta que, em 1929, a maioria dos veículos já era equipada com painéis de vidro plano por todos os lados. Além da visibilidade, o material também protegia motorista e passageiros do vento, chuva, poeira e detritos.

No começo da década de 1960, ela acrescenta, surgiram as janelas laterais de vidro curvo, que proporcionavam maior flexibilidade no design dos veículos.

LANÇADOS NO BRASIL
VISÃO PRIVILEGIADA
Automóvel: C3 (versões Tendance e Exclusive)
Montadora: Citroën
Lançamento: 2014
Diferencial: adoção do para-brisa Zenith (processado pela Pilkington), que tem 1.350 mm de comprimento (o tamanho dos para-brisas dos modelos anteriores era de 990 mm), erguendo-se até acima da cabeça do motorista.
Benefícios: aumento de 80% no ângulo de visão, grande luminosidade natural proporcionada ao interior do veículo e maior sensação de espaço.

DEIXA A LUZ ENTRAR!
Automóvel: Novo 308
Montadora: Peugeot
Lançamento: 2015
Diferencial: teto panorâmico de vidro laminado, com quase 1 m² de área (resultando em uma área envidraçada total de
4,86 m² no veículo).
Benefícios: maior sensação de espaço e ótimo aproveitamento da luminosidade interna (a entrada de luz pode ser regulada por meio de acionamento elétrico da cortina do teto).

VENDO TUDO DO JANELÃO
Veículos: frota de ônibus superarticulados na cidade de São Paulo
Encarroçadora: Caio Induscar
Lançamento: 2015
Diferencial: grandes janelas de vidros inteiriços nas laterais dos veículos.
Benefícios: as janelas dos novos ônibus permitem grande aumento do campo de visão dos passageiros — segundo a assessoria da São Paulo Transporte S.A. (SPTrans), responsável pela gestão do sistema de transporte público por ônibus na cidade, a escolha vem ao encontro de um projeto de ônibus urbano mais moderno.

INTERIOR SEGURO E SILENCIOSO
Automóvel: Equus
Montadora: Hyundai
Lançamento: 2012 (o modelo deixou de ser comercializado em 2014)
Diferencial: todos os vidros são laminados com filme à prova de som.
Benefícios: maior isolamento acústico no interior do veículo, permitindo uma experiência de condução mais tranquila, além de maior segurança para o motorista e os passageiros.

LANÇADOS NO EXTERIOR
VIAJANDO NO ‘EXPRESSO VIDRO’
Veículo: Glacier Express (trem)
Percurso: Alpes suíços (de Zermatt a St. Moritz)
Diferencial: enormes janelas laterais de insulados laminados (com revestimento externo para proteger o
interior dos raios ultravioleta), que se erguem quase até o teto dos vagões, e claraboias envidraçadas.
Benefícios: a ampla área envidraçada proporciona aos passageiros uma vista panorâmica dos arredores, além de assegurar conforto térmico e acústico.

CARROS-CONCEITO
VIDRO INTELIGENTE
Protótipo: Hidra
Estúdio de design: Fioravanti
Apresentação: 2008
Diferencial: grande teto solar de vidro e para-brisa com revestimento nanotecnológico hidrofóbico (capaz de repelir água).
Benefícios: capacidade do para-brisa de repelir água e poeira para os cantos, dispensando a necessidade de limpadores e proporcionando visão clara mesmo sob chuva forte, além de proteger o interior de raios ultravioleta danosos.

PEQUENO NO TAMANHO, GRANDE NA TRANSPARÊNCIA
Protótipo: POP
Montadora: Kia
Apresentação: 2010
Diferencial: apesar do tamanho pequeno (cerca de 3 m de comprimento), o protótipo apresenta grande uso de vidro, com seu para-brisa se projetando até as colunas traseiras, cumprindo também a função de teto e quase se mesclando ao vidro traseiro, além de janelas laterais oblongas (em formato de pílulas).

À ESCOLHA DO FREGUÊS
Protótipo: Vision D
Montadora: Škoda
Apresentação: 2011
Diferencial: ampla área envidraçada, ligando parabrisa, teto panorâmico e vidro traseiro como se fossem uma única peça.
Observação: embora o Vision D seja um protótipo, o uso amplo do vidro pode ser adotado nos veículos da empresa checa. “Nossos clientes têm a oportunidade de customizar as áreas envidraçadas em todos os nossos modelos”, informa David Haidinger, responsável pela Comunicação de Produtos da Škoda.

Fale com eles!
ABNT — www.abnt.org.br
Abravidro — www.abravidro.org.br
ARDMC — www.ardmc.com
Caio Induscar — www.caio.com.br
Cebrace — www.cebrace.com.br
Citroën — www.citroen.com.br
Fanavid — www.fanavid.com
Fioravanti — www.fioravanti.it
Glacier Express — www.glacierexpress.ch
Hyundai — www.hyundai-motor.com.br
Instituto Autoglass — www.institutoautoglass.org.br
just-auto.com — www.just-auto.com
Kia — www.kia.com.br
Peugeot — carros.peugeot.com.br
Pilkington — www.pilkington.com/en/br
Škoda — skoda-auto.cm
SPTrans — www.sptrans.com.br
Tecnovidro — www.tecnovidro.com.br
Troller — www.troller.com.br

Nova casa do vidro brasileiro é inaugurada

Em noite marcada por homenagens, Abravidro celebra a abertura de sua sede

O dia 23 de outubro de 2015 já está marcado na história da Abravidro. Nessa data foi inaugurada oficialmente a nova sede da entidade, no Edifício Comercial Casa das Caldeiras, no bairro da Água Branca, em São Paulo (saiba mais sobre o empreendimento e
seus vidros na reportagem da pág. 16). Na ocasião, esteve presente um grupo de cerca de setenta pessoas, formado por sua diretoria e alguns fornecedores do setor.

Para Alexandre Pestana, presidente da associação, a nova casa dos vidreiros brasileiros não significa apenas uma construção mais moderna e confortável, “é o sinal de que agora estamos efetivamente estruturados e preparados para o crescimento e o desenvolvimento de novas atividades, compatíveis com as crescentes demandas do setor vidreiro”, afirmou em seu discurso.

A mensagem do presidente se deu logo após ele e os vice-presidentes Gilberto Ribeiro, Alfredo dos Anjos Martins e Antônio Skardanas, juntamente com o ex-presidente Wilson Farhat Júnior, em um gesto simbólico, desfazerem a fita inaugural do novo imóvel. Antes, Celina Araújo, superintendente da Abravidro, apresentou alguns números e detalhes sobre a nova sede.

Uma noite de homenagens
A cerimônia também contou com a atualização da galeria de ex-presidentes da Abravidro — criada em 2001, na gestão de Gilberto Ribeiro. Agora, o retrato de Wilson José Farhat Júnior está ao lado dos de José Carlos Bulgari, Léo Moran, Gilberto Ribeiro e José Ricardo D’Araújo Martins.

Pestana, para homenagear Wilson, destacou cinco pontos da sua personalidade e gestão: amigo, negociador, educador, organizador de eventos e alguém que atuou diretamente na formação de uma nova identidade para a Abravidro. “Wilson, eu sei que cinco
capítulos é muito pouco para condensar tudo que você fez por nós. Receba a nossa eterna gratidão por tudo!”, concluiu o dirigente.

Visivelmente emocionado, o discurso de Wilson relatou algo que poucos no setor sabem. Quando jovem, seu desejo era ser médico. “No fim, como presidente da Abravidro, prestei um serviço parecido com o de um médico quando cuida de um paciente. Buscamos desenvolver projetos, melhorar a comunicação, os resultados, a integração, tudo para o bem do setor”, comparou. Ele ainda relembrou
algumas peculiaridades do cargo de presidente que ocupou e agradeceu a todos que contribuíram ou contribuem com a entidade.

Para encerrar a solenidade, outra homenagem — esta, uma surpresa: Rosana Silva, gerente de Atendimento da Abravidro, foi destacada por seus dez anos na entidade, completados este ano. Agora, ela faz parte de um seleto grupo de funcionários decanos da associação, formado por Celina Araújo, Silvio de Carvalho (gerente-técnico) e Maurício Botelho (coordenador-administrativo).

A Abravidro conta hoje com:
• 207 empresas associadas de todo o Brasil
• 13 entidades regionais cada vez mais
fortalecidas
• 13 funcionários e 5 consultores externos

Pode entrar, a casa é sua!

Além de atender as necessidades operacionais da associação, nova sede da Abravidro é um ‘showroom’ vidreiro

Depois de doze anos instalada em um conjunto comercial, a Abravidro está em uma nova sede — a quarta de sua história. O local, dentro  do Edifício Comercial Casa das Caldeiras, no bairro da Água Branca, em São Paulo, acompanha o crescimento da entidade nos últimos anos.

Agora, a diretoria, a equipe de funcionários da associação e os integrantes das comissões do estudo do ABNT/CB-37 terão mais conforto e condições para executar seus afazeres. Além do maior número de estações de trabalho, a nova sala de reuniões tem mais capacidade e pode transformar-se num auditório.

No entanto, a nova sede não seria plena se o vidro não fosse explorado ao máximo, em todas as suas funcionalidades. “Nossa intenção”, explica Celina Araújo, superintendente da Abravidro, “é mostrar aos mais diversos públicos algumas aplicações do vidro que não são tão conhecidas por quem é de fora do segmento.”

E não é por menos. Nosso material, como você poderá conferir a seguir, foi largamente utilizado em diferentes soluções. No projeto, assinado pela arquiteta Selma Paioletti, foram aplicados vidros temperados, laminados, de controle solar, temperado-laminado, insulado-laminado com persiana embutida,com impressão digital de alta definição, pintura a frio em cores especiais e colagem UV. Há ainda acessos com portas automatizadas e vidros encapsulados com mecanismo embutido.

Ficou curioso para conhecer? Então aproveite as páginas a seguir e faça um tour pela sede. Não deixe também de nos fazer uma visita pessoalmente. Será sempre um prazer recebê-lo!

Números da nova sede
– 280 m²
– 6 vagas de garagem
– 17 posições de trabalho
– Sala modular para reuniões com até 33 pessoas ou um auditório com 50 lugares

Localização estratégica
– Fácil acesso às marginais dos rios Pinheiros e Tietê: fica na entrada da Ponte Pompeia
– Comércio de qualidade no entorno (está em frente ao Bourbon Shopping São
Paulo e a alguns metros do Shopping West Plaza)
– Está a 1 km do Terminal Rodoviário e Metrô da Barra Funda

Por dentro do Comercial Casa das Caldeiras
O empreendimento conta com:
– Terreno de mais de 9 mil m²
– 26 andares
– 535 salas
– As mais modernas tecnologias de segurança, mobilidade e comunicação

Um dos grandes diferenciais desse conjunto é a vista privilegiada das varandas (veja foto abaixo), com um amplo jardim de frente para a Casa das Caldeiras — construção das antigas Indústrias Matarazzo tombada pelo patrimônio histórico da cidade de São Paulo.

Na fachada: vidro de controle solar
Os vidros instalados na fachada do edifício são os de controle solar SunGuard Royal Blue 40 clear, da Guardian. Processados pela Cyberglass, são laminados de 8 mm (4 mm + polivinil butiral incolor + 4 mm). Eles proporcionam maior entrada da luz solar ao mesmo tempo que bloqueiam o calor, gerando assim mais conforto e economia de energia elétrica — usam-se menos a luz artificial e aparelhos de ar condicionado. A instalação dos vidros ficou a cargo da J Gianini Esquadrias de Alumínio.

RECEPÇÃO
Como a primeira impressão é a que fica, esse ambiente usou e abusou do vidro. Ele aparece na porta automática da entrada, destacado pela iluminação com LED no móvel principal, revestindo paredes em cores diferentes (inclusive com uma porta “invisível”) e em prateleiras. Confira algumas soluções:

Porta inteligente
Logo na chegada, tem-se a porta automática deslizante ES 200 Easy, da dorma+kaba, com uma folha fixa e outra móvel. Por ter o lado externo voltado para um corredor de passagem de usuários do condomínio, o sensor de presença está apenas no interior da Abravidro — abrindo a porta automaticamente para os que saem. Na entrada, a porta é acionada pela
recepcionista por uma botoeira instalada no balcão. Os vidros são temperados laminados fabricados pela Terra de Santa
Cruz. Assim, em caso de quebras, o vão permanece fechado até a reposição. Já o modelo de porta ES 200 Easy é modular e pode receber ainda controle de acesso biométrico, por cartão ou alfanumérico, de acordo com o projeto.

Revestimento colorido na porta invisível
As paredes receberam dois tipos de vidros: temperado (da Guardian, processado pela Cyberglass) pintado a frio pela Color Vidros, e o Coverglass, da Cebrace — todos com espessura de 6 mm (foto). No caso desse último, foram usados vidros brancos e pretos, processados pela GlassecViracon. Já em uma das paredes, onde estão os vidros amarelos (pintados), havia um grande desafio: tornar a porta de um banheiro invisível, sem recuo e puxador aparente. A solução foi aplicar do lado interno da porta a mola hidráulica MA 200-2 (foto em detalhe), da dorma+kaba, de velocidade regulável. Com ela e um simples empurrão, a porta é acionada pelo lado externo (o que elimina puxadores). Vale ressaltar ainda a tecnologia de pintura a frio da Color Vidros. São mais de 5 mil cores de tintas à base de água — por não levar solventes, não agride o meio ambiente. Todos os vidros foram fixados na parede pela IV Centenário com o selante adesivo
Pesilox FixTudo branco, da Adespec.

Prateleiras de vidro
Outro destaque da recepção são as prateleiras de vidro (10 mm) da Guardian, temperadas pela Cyberglass, colocadas sobre parede revestida pelo Coverglass branco. Tudo instalado pela IV Centenário com suportes do tipo “tucano” fornecidos pela Glass Vetro. As prateleiras expõem premiações recebidas pela associação.

Revisteiro que é a cara da Abravidro
Para exibir os exemplares de O Vidroplano, a arquiteta Selma Paioletti projetou um amplo revisteiro todo de vidro 10 mm pintado a frio
pela Color Vidros. São cinco prateleiras fixadas em uma peça maior de vidro por colagem ultravioleta (UV), da Loxeal, fornecida pela Glass Vetro. Esse vidro maior foi fixado à parede com Pesilox FixTudo branco, da Adespec. A execução ficou a cargo da IV Centenário Vidros.

A variedade dos vidros impressos
Um móbile exclusivo decora um dos cantos da recepção. No teto, foram aplicados suportes e cabos de aço fornecidos pela Glass Vetro. Na ponta desses cabos, há vários modelos de vidros impressos da Saint-Gobain Glass e União Brasileira de Vidros (UBV), além de vidros
coloridos da Vivix e AGC. A execução também foi da IV Centenário.

SALA DE REUNIÕES E EVENTOS
Uma das maiores demandas da Abravidro era um local maior para as suas reuniões, palestras e treinamentos. Por isso, a nova sala tem capacidade para reuniões de até 33 pessoas ao redor da mesa ou 50 lugares em formato auditório. O espaço abriga ainda a Biblioteca Fausto Simões, que conta com a coleção de O Vidroplano desde 1970, além de livros, revistas, estudos, catálogos, anuários e demais materiais relacionados ao setor vidreiro e ao segmento da construção civil no Brasil e no mundo.

Obra de arte que barra o som
Uma divisória que isolasse o ambiente nos aspectos visual e acústico de forma não convencional era outra necessidade da Abravidro. Assim, num trabalho conjunto entre a Avec Design e a AtenuaSom, foi instalada uma divisória com quatro folhas — duas fixas, nas extremidades, e duas móveis, no centro. As peças de vidro Diamant (extra clear) da Cebrace (de 1,20 de altura por 2,60 m de largura) foram temperadas (10 mm de espessura) e receberam impressão digital da Speed Temper, por meio de tecnologia da israelense Dip-Tech. Para garantir o perfeito desempenho acústico da instalação, a Avec encapsulou as peças de vidro: elas receberam perfis de silicone em suas bordas, o que permitiu o acoplamento perfeito. Entre as folhas fixas e móveis, existe um perfil “mão de amigo” garantindo a vedação do sistema. Além disso, os trilhos e guias foram embutidos no piso e teto. Para não interferir no conjunto, os  puxadores são de vidro extra clear (19 mm) cortados com jato d’água, lapidados e polidos artesanalmente — a fixação no sistema se deu por cola UV.

Biblioteca com estantes modulares
Foram produzidas estantes modulares de vidros lapidados de 19 mm de espessura, da Guardian, processados pela Cyberglass e unidos
pela IV Centenário por meio de cola ultravioleta (UV), fornecida pela Glass Vetro. Cada módulo é formado por três peças independentes, sobrepostas e que podem ser removidas sem nenhuma dificuldade. O interessante é que o próprio peso dos vidros garante estabilidade à estrutura.

Galeria envidraçada
A Galeria de Ex-presidentes da Abravidro é feita com duas peças de vidro (6 mm) intercaladas pelas fotos, formando uma espécie de sanduíche. Espaçadores da Glasspeças, além de fixar a estrutura na parede, unem as peças de nosso material. Quem processou os vidros foi a Cyberglass e a execução foi da IV Centenário.

Mosaico
A ampla parede da sala de reuniões foi revestida por um mosaico de peças de tamanhos irregulares composto por Coverglass branco, da Cebrace, processados pela GlassecViracon, e vidros beges (Guardian), processados pela Cyberglass e pintados a frio pela Color Vidros. No entanto, quadros de luz fixados na parede apresentavam um desafio. Para cobri-los, foram usados botões prolongadores da Glasspeças. Os vidros, de 6 mm, foram colados com adesivo Pesilox FixTudo branco, da Adespec. A IV Centenário executou o
trabalho.

ÁREA DE TRABALHO
Dentro da tendência atual de espaços abertos e integrados nos escritórios, a equipe da Abravidro conta com seus diversos departamentos alocados num espaço único, favorecendo a comunicação e a gestão de informações. O vidro também está lá…

Privativa e, ao mesmo tempo, integrada
A única intervenção na ampla área de trabalho da equipe está em uma divisória que separa a sala da superintendência. Mesmo assim, a ideia é que o elemento forneça privacidade — com isolamento acústico — e, ao mesmo tempo, mantenha a integração. Para isso, a AtenuaSom propôs uma divisória composta por seis módulos fixos e uma porta pivotante com persianas embutidas. A peça leva vidros insulados — laminado de 6 mm (3+3), câmara de 20 mm (com persiana) e um laminado de 8 mm (4+4) — instalados sobre caixilhos
de padrão europeu, mais pesados. Tal conjunto reforça o isolamento acústico e térmico da sala e conta ainda com persianas SL20C, da ScreenLine, representada pela Eurocentro. Seu acionamento é por um sistema magnético, o que garante o total isolamento e durabilidade. As persianas podem ser totalmente recolhidas, integrando visualmente os espaços, ou abertas, bloqueando a visão. Os vidros do conjunto foram fabricados pela Cebrace e processados pela Multivetro.

Lousa de vidro colorido
A área de eventos da Abravidro precisava de um painel para expor cronogramas, controles e anotações. Portanto, uma grande peça de vidro incolor 8 mm, da Guardian, foi temperada pela Cyberglass e recebeu em seu verso uma película amarela, da Placart. Para fixá-la na parede, a IV Centenário utilizou prolongadores da Glasspeças.

Abafadores impressos
Os abafadores (divisórias entre as estações de trabalho) são de vidro temperado e impresso (6 mm) pela Speed Temper, com tecnologia digital da Dip-Tech. Para fixação, vale ressaltar a solução da Mackey, fabricante de todo o mobiliário da nova sede: os abafadores são presos às mesas com garras de zamac.

NOS BANHEIROS, COR É O QUE NÃO FALTA
A nova sede da Abravidro conta com seis banheiros. Cada um tem decoração com paredes revestidas de vidros 6 mm (da Guardian, lapidados pela Cyberglass) de cores diferentes (pintura a frio, da Color Vidros). Há também os espelhos de 4 mm, fabricados pela Guardian e processados pela Cyberglass. Espelhos e vidros foram fixados pela IV Centenário com Pesilox FixTudo branco, da Adespec.

Fornecedores
Fabricantes de vidro
AGC — www.agcbrasil.com
Cebrace — www.cebrace.com.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Saint-Gobain Glass — br.saint-gobain-glass.com
UBV — www.vidrosubv.com.br
Vivix — www.vivixvidrosplanos.com.br

Processadores
Cyberglass — www.cyberglass.com.br
GlassecViracon — www.glassec.com.br
Multivetro — www.multivetro.com.br
Speed Temper — www.speedtemper.com.br
Terra de Santa Cruz — www.terradesantacruzvidros.com.br

Instalação e soluções especiais
AtenuaSom — www.atenuasom.com.br
Avec Design — www.avec.com.br
IV Centenário Vidros — www.vidrosivcentenario.com.br

Impressão digital
Dip-Tech — www.dip-tech.com/pt
Speed Temper — www.speedtemper.com.br

Pintura a frio

Color Vidros — www.colorvidros.com.br
Porta automática e mola
dorma+kaba — www.dormakaba.com

Persianas
Eurocentro — www.eurocentro.com.br
Screenline — www.screenline.com.br

Ferragens
Glasspeças — www.glasspecas.com.br
Glass Vetro — www.glassvetro.com.br

Adesivos e selantes
Adespec — www.adespec.com.br

Um grande alento ao meu coração

Escrevo este texto bastante feliz. Afinal, nossa reportagem de capa descreve um sonho que se tornou realidade. Resultado do seu apoio de sempre, da união de todos do setor e de muito trabalho, a Abravidro conta agora com uma estrutura maior, que vai contribuir para
que possamos fazer muito mais pelo segmento.

Como bônus, ainda trabalhamos em frente a uma paisagem linda, que você confere na foto da página 17. E, mais uma vez, o vidro está fazendo toda a diferença. Além das potencialidades do produto que apresentamos na matéria, nossa nova sede conta com seis janelas enormes, proporcionando-nos intenso contato com o ambiente externo. Veja que interessante: mesmo com as persianas
instaladas, a equipe é unânime em dizer que sente-se mais confortável com elas recolhidas, deixando o vidro desempenhar seu papel de integrar ambientes e melhorar a temperatura interna.

Outro ponto que me encheu de alegria foi a prontidão das empresas vidreiras em fazer parte do projeto. Todos os convidados a ceder produtos e serviços a esse sonho nos atenderam imediatamente, demonstrando bastante satisfação em poder participar. Nessa semana em que as tragédias de Mariana (MG) e Paris nos levam a questionamentos sobre o mundo em que vivemos, exemplos vivos de trabalho colaborativo estão sendo um grande alento ao meu coração.

Grande abraço,
Celina Araujo
Editora

O cerco continua a se fechar

Polícia Federal inicia operação contra importação ilegal e apreende carga de vidros automotivos em Mogi das Cruzes (SP)

Em julho, O Vidroplano relatou a apreensão, realizada pela Polícia Federal (PF) no Paraná, de vidros importados ilegalmente. A boa notícia para o setor vidreiro é que os esforços do órgão para combater táticas comerciais ilegais não terminaram. No dia 19 de agosto, a PF apreendeu vidros automotivos em Mogi das Cruzes, Região Metropolitana de São Paulo.

Cerco à ilegalidade
A apreensão realizada pela PF fez parte da Operação 300, cujo foco é barrar a importação fraudulenta e comercialização de vidros automotivos nos Estados da Federação. A carga, vinda da China, era formada por 300 mil unidades de para-brisas laminados.

Não foi divulgado o nome das empresas e pessoas envolvidas. No entanto, imagens da ação indicam que a loja Vidroshima fazia parte do esquema ilegal. Segundo a PF, os produtos, com preços subfaturados, eram distribuídos para todo o Brasil a partir de um galpão em Mogi das Cruzes. A suspeita é de que todo o esquema, da importação à distribuição, seja operado por um único grupo, que, segundo estimativas, domina cerca de 40% do mercado de vidros
automotivos no País.

Suspeita-se ainda que os para-brisas não atendam aos requisitos de segurança exigidos pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Ao todo, foram cumpridos catorze mandados de busca e apreensão em cinco galpões e sete mandados de condução coercitiva, quando pessoas são conduzidas às autoridades para depoimento. Os envolvidos serão inicialmente indiciados por descaminho e associação criminosa.

Automotivos devem ser certificados pelo Inmetro
No dia seguinte à apreensão, foi ao ar a entrevista do gerente-técnico da Abravidro, Silvio de Carvalho, ao Diário TV, da TV Diário, filiada da Rede Globo na região de Mogi das Cruzes. O tema foi pautado pela emissora após a PF realizar constantes blitze nos arredores da cidade para identificar veículos com para-brisas não certificados pelo Inmetro e também por conta da repercussão da apreensão da carga ilegal.

O gerente-técnico comentou as orientações e determinações presentes nas normas desses produtos e citou, por exemplo, que a Resolução 254/2007 do Contran indica que o para-brisa deve sempre ser laminado. Assim, em caso de quebra, os cacos permanecem presos à película intermediária, evitando ferimentos aos ocupantes.

Silvio também falou da obrigatoriedade da marcação que comprova a certificação desse tipo de vidro pelo Inmetro. Para ter certeza da veracidade da marcação, basta acessar o site do instituto (www.inmetro.gov.br) e conferir a relação de empresas certificadas.

Nunca o Simpovidro foi tão necessário!

Alexandre_pestana_EditorialO ano é de crise e a prioridade geral é se ajustar a essa nova realidade. Fazem parte desse ajuste corte de custos, ganhos de eficiência e, principalmente, novas formas de fazer nossas empresas gerarem lucro. Tudo isso é muito difícil, sobretudo num ambiente instável como o atual.

Em paralelo, estamos organizando, pela 12ª vez, o maior encontro do setor vidreiro no Brasil, o Simpovidro. E, na contramão da tal crise, já atingimos a expressiva marca de quase 700 inscritos no evento. Mas, por que centenas de
empresários decidiram não cortar esse investimento?

Para mim, a única resposta é porque lá teremos uma visão mais detalhada do momento em que vivemos e seus desdobramentos futuros, com foco essencial no direcionamento que devemos dar às nossas empresas. O Simpovidro é uma oportunidade exclusiva para dialogar com os principais tomadores de decisão de várias regiões do Brasil, de todos os elos da cadeia produtiva vidreira. Lá também estaremos atualizados sobre o ambiente macroeconômico e ferramentas de gestão empresarial — pilares fundamentais para a formulação de objetivos e estratégias. Pode parecer pretensioso — e sei que sou suspeito para esta declaração —, mas acredito que nunca na história do vidro no Brasil o Simpovidro foi tão necessário.

Observo o cenário vidreiro no exterior e me chama a atenção a crise recente enfrentada pela Europa. Após 2008, em alguns países, quase 1/3 dos processadores de vidro sucumbiu aos desafios de mercado e quebrou.

Fico preocupadíssimo com a possibilidade de processadoras nacionais não estarem devidamente preparadas e morrerem ao longo de nossa atual crise. Cumprindo o seu papel, a Abravidro está trabalhando muito para que os participantes do Simpovidro 2015 tenham os mais avançados recursos para sobreviver e construir os melhores alicerces na preparação para o novo período que virá.