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Cebrace lança novo vidro de controle solar

No final de março, a Cebrace anunciou a ampliação de seu portfólio com o lançamento do Cebrace Cool Lite KST 143, desenvolvido especialmente para aplicações em fachadas comerciais. O vidro tem um aspecto refletivo prata e, segundo a fabricante, proporciona um visual moderno e sofisticado aos projetos arquitetônicos. De acordo com a Cebrace, além da estética diferenciada, o KST 143 se destaca pelo excelente equilíbrio entre a entrada de luz e o controle solar, garantindo ambientes mais confortáveis e eficientes, apresentando 38% de transmissão luminosa e fator solar de 0,35. O novo produto está disponível para o mercado vidreiro na versão monolítica, podendo ser laminado, temperado ou insulado.

Este texto foi originalmente publicado na edição 628 (abril de 2025) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Reprodução Instagram

De olho no futuro

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) publicaram o primeiro artigo no mundo a abordar o uso de redes neurais artificiais para prever as propriedades dos vidros por meio de sua composição química. O trabalho, assinado por André de Carvalho, Edgar Zanotto e Daniel Cassar, marca o início do desenvolvimento de um software que, se bem sucedido, permitirá definir a composição química desejada para a fabricação de nosso material com as características que o fabricante desejar (como coeficiente térmico de expansão e viscosidade), sem a necessidade de testar inúmeras possibilidades em laboratório antes de encontrar a correta. O artigo foi publicado na última edição de uma das principais revistas da área de Engenharia de Materiais, a Acta Materialia.

Este texto foi originalmente publicado na edição 551 (novembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Medição inteligente

A Alliare Consultoria e Tecnologia anunciou estar na fase final de desenvolvimento da Trena Inteligente, em parceria com a Bosch. Trata-se de um aparelho digital que, além de medir as dimensões em obra, conecta-se com o software Builtek (foto), da consultoria, que analisa as informações recebidas e as envia diretamente para o celular do projetista da obra ou ao fabricante do produto que está sendo aplicado. Isso, além de permitir a redução de problemas desde a fabricação das peças que serão aplicadas no vão até a instalação delas, coloca os instrumentos de medição para a integração digital da Indústria 4.0.

Este texto foi originalmente publicado na edição 551 (novembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vidro também é arte

Nas páginas de O Vidroplano, é comum ver o papel do vidro na construção civil, na arquitetura e até na tecnologia. Porém, ele também apresenta diversas características que o tornam interessante para artistas nacionais e internacionais. A Glasstec, evento vidreiro mais importante do mundo (e que estampa a capa desta edição), que o diga: uma de suas atividades simultâneas é a mostra Glass Art, em que peças de várias partes do mundo feitas com o nosso material encantam os visitantes da feira.

Por meio de diferentes técnicas, o vidro pode gerar obras impressionantes. A seguir, veja o que alguns artistas vidreiros têm a dizer sobre as qualidades, métodos de trabalho e aplicações.

Dando forma à expressão
Uma das definições de arte apresentadas pelo dicionário Michaelis descreve-a como sendo a “atividade que supõe a criação de obras de caráter estético, centradas na produção de um ideal de beleza e harmonia ou na expressão da subjetividade humana”. Em outras palavras, é um ofício que envolve criatividade — e, com isso, precisa de substratos que traduzam essa capacidade da mente do artista para o plano físico.

Nesse sentido, o vidro mostra-se um material bastante valioso. “São muitas as qualidades que ele pode oferecer para um projeto, da transparência e resistência física à grande versatilidade de cores, texturas e espessuras que pode ter”, explica Matheus Primo, diretor-criativo da Glass11, produtora de peças de mobiliário a partir de vidros e espelhos.

Gustavo Benini, fundador do Ateliê Benini, comenta que a variedade de tipos de vidro disponíveis no mercado abre espaço para inúmeras formas de manifestação artística. “A arte com vidro é uma arte de persistência e de dedicação na qual se tem o domínio completo das operações”, avalia. Cida Kitze, criadora do ateliê Artes & Ideias, concorda: “Trabalhar com vidros artísticos é um constante aprendizado de tentativa e erro. Há sempre algo a mais para descobrir”. Ambos os espaços instalados em São Paulo não só produzem peças de arte, mas também oferecem cursos de capacitação para artesãos interessados em suas técnicas.

vp_seibert1Vale ainda citar a possibilidade de reaproveitamento de materiais. Um dos trabalhos realizados pela artista gaúcha Carmem Seibert, por exemplo, envolve a fusão de garrafas de vidro descartadas. “Gostaria que mais pessoas tivessem o prazer de realizar esse tipo de arte, pois uma garrafa leva mil anos para se decompor na natureza”, aponta a artesã.

Ao longo dessa reportagem, algumas técnicas para obras de arte com vidro são apresentadas — e, como as fotos bem mostram, nosso material permite uma grande diversidade de aparências e efeitos, com muita beleza e criatividade.

Cores agregadas à arte
Embora a transparência seja um dos aspectos atrativos do vidro, ele também pode ser combinado a tintas e pastas para ganhar coloração. Há diferentes maneiras de como esse processo pode ser feito: aplicando tintas para secagem a altas temperaturas com pincel, dissolvendo-as na cola usada nas peças e com pulverização de pós coloridos, entre outras.

Mas existe um ponto em comum entre todas essas possibilidades destacadas pelos artistas ouvidos por O Vidroplano: “A aplicação dessas tintas praticamente sempre é efetuada de maneira artesanal e manual”, ressalta Thomas Kitze, filho de Cida e integrante do Artes & Ideias.

Criatividade em exposição
A mostra Glass Art, braço da Glasstec, tem como objetivo mostrar o lado criativo da indústria vidreira. Para isso, reúne expositores de galerias com renome internacional com trabalhos variando de vasos a esculturas e pinturas em vidro.

EFEITOS DE PERSPECTIVA
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Entre as peças apresentadas na Glass Art este ano, a do alemão Wilfried Grootens chamou atenção. À primeira vista, parecem vidros moldados em formatos ovais, esféricos ou cúbicos, mas seu processo de criação é muito mais complexo que isso: ele corta o vidro em um grande número de camadas, cada uma recebendo pinturas ou desenhos individualmente. Elas são então, cuidadosamente, agrupadas e coladas. O resultado salta aos olhos. Por fora, parece que a obra sempre foi um objeto inteiro; por dentro, as cores aplicadas em cada camada juntam-se para formar corpos tridimensionais, que parecem flutuar dentro do vidro, com aspecto diferente dependendo da posição do observador.

CORPOS DE VIDRO
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Outro destaque da Glass Art foi o trabalho do artista espanhol Carmelo López, elaborado com o tema Changing human figures through time and movement (Mudando as figuras humanas por meio do tempo e do movimento). Para López, o material escolhido para suas esculturas reflete perfeitamente o tema, pois, quando derretido, o vidro encontra-se em movimento fluido, solidificando-se em um momento concreto capturado nas peças apresentadas.

MAIS OBRAS DA GLASS ART 2018
Muitos outros artistas expuseram trabalhos na Glass Art, com as mais variadas técnicas e resultados. Veja algumas delas:

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Aproveitando a maleabilidade do vidro
Uma das técnicas para o trabalho com nosso material é o fusing. Como o próprio nome diz, ela envolve a fusão ou derretimento do vidro. “As chapas são colocadas em moldes e a pintura é aplicada a elas imediatamente antes de levá-las ao forno, onde são aquecidas a 810 ºC”, explica Carmem Seibert (nas fotos, algumas obras da artesã feitas com essa técnica). Ela tomou conhecimento do fusing quando procurou uma alternativa para a argila na produção de peças japonesas. Hoje, trabalha com peças float descartadas por vidraçarias e com garrafas usadas.

 

Tradição secular
vp_benini2Os vitrais já existem há mais de quinhentos anos. “São trabalhos artísticos com vidro trabalhado, geralmente coloridos e usados em peças planas para uso em janelas e vãos em que exista passagem de luz. Isso revela a beleza desse tipo de obra, cujo modo de produção pouco mudou de lá para cá”, conta Gustavo Benini (nas fotos, alguns vitrais feitos pelo Ateliê Benini). O método tradicional de produção dos vitrais consiste na soldagem de peças de vidro cercadas por chumbo e estanho, até atingir o formato desejado.

 

Do chumbo para o cobre
vp_arteseideias2No início do século 20, o artista norte-americano Louis Comfort Tiffany desenvolveu uma nova forma de criar vitrais. Em vez de usar o chumbo, ele criou uma fita de cobre adesiva, muito mais maleável, que é aplicada nas bordas dos vidros cortados. Esse método permitiu o uso de vitrais em abajures e cúpulas arredondadas, além da composição de desenhos rebuscados e sinuosos no estilo art nouveau, mais geométrico (nas fotos, obras de vitral Tiffany feitas pelo Ateliê Artes & Ideias).

Sem limites para a criatividade
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Criada em 2016, a Glass11 reúne designers e arquitetos para elaborar mobiliário e objetos de vidro que aliam arte e praticidade. Colagem ultravioleta, incisões, curvatura e laminação são algumas das práticas adotadas para alcançar o produto desejado, dependendo de suas características (abaixo, algumas das peças da Glass11).

“Não temos limites físicos para uma execução, há somente a preocupação de que as peças tenham apelo estético e valor comercial. Se for um projeto exclusivo para um determinado cliente, o céu se torna o limite!”, afirma Matheus Primo. Para ele, é importante que as grandes fabricantes de vidro fomentem o uso do material de forma artística, permitindo que os especificadores possam dar asas à criatividade.

Este texto foi originalmente publicado na edição 551 (novembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Proteção dos céus

Localizado no coração da Cidade do México, o Manacar Mall faz parte de um belo empreendimento comercial. Suas fachadas, guarda-corpos e outras estruturas com vidro chamam a atenção de quem passeia ali dentro. Mas é a cobertura envidraçada o maior trunfo arquitetônico: de insulados com películas estruturais, ela permite a entrada de luz solar em todos os andares do edifício, além de garantir resistência até mesmo contra terremotos.

Objetivo: transparência total
complexoEsse projeto faz parte da Torre Manacar (foto ao lado), um complexo de 180 mil m² que conquistou o prêmio Projeto do Ano, entregue pela Obras, revista mexicana do setor de construção civil, graças à sua grandiosidade. Reúne escritórios, lojas, restaurantes e cinema, incluindo ainda estacionamento para 2.700 veículos.

As formas do shopping foram desenhadas pelo já falecido arquiteto Teodoro González de León, um grande apreciador de nosso material. “Ele priorizava o uso de vidro, com o objetivo de fundir a obra ao ambiente ao redor, deixando o máximo possível de iluminação no espaço interno”, comenta Hatumi Hirano Beltran, arquiteto e gerente de Projetos da TGL Arquitectos. A fachada tem duas funções: garantir transparência e, ao mesmo tempo, privacidade, já que as placas instaladas possuem um pequeno grau de reflexão. Para maximizar essas características, foram usados painéis de grandes dimensões.

Domo de vidro nas alturas
DSC_3088O incrível teto da obra possui curvatura, lembrando uma cúpula da arquitetura clássica. Mas se as formas remetem a um estilo mais tradicional, os vidros usados são exemplo da modernidade vidreira. São 644 peças triangulares e retangulares de insulados de temperados laminados com mais de 36 mm de espessura.

Os guarda-corpos, usados em todos os andares, também são envidraçados e ganharam laminados de temperados 20 mm, com interlayer estrutural SentryGlas, da marca Trosifol, da Kuraray.

Segurança máxima
DSC_3097Andres Lelo de Larrea, consultor da HEG, empresa responsável por instalar nosso material, explica a escolha de interlayers estruturais: “O foco era desenvolver soluções confiáveis que garantissem a segurança dos visitantes em eventuais impactos nos guarda-corpos ou em relação a terremotos, no caso dos painéis suspensos no telhado”.A proteção contra desastres naturais é relevante numa obra desse porte, já que a capital mexicana está sujeita a terremotos — o país é um dos que mais possuem atividades sísmicas no mundo. Graças ao vidro, os clientes do Manacar Mall podem ficar tranquilos.

Ficha técnica
Autor do projeto: Teodoro González de León (do escritório TGL Arquitectos)
Local: Cidade do México, México
Conclusão: julho de 2017

DSC_3134Especificação técnica
Vidros usados na cobertura: insulados de temperados laminados (câmara de ar 12 mm entre duas lâminas formadas por chapa de 6 mm + interlayer Trosifol Clear PVB 1,14 mm + chapa de 6 mm)
Fornecedora: Vitro Architectural Glass
Processadora: Cristacurva
Instaladora: HEG
Total de vidro usado: 2.600 m²

Este texto foi originalmente publicado na edição 550 (outubro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Mobiliário de vidro é arte

A VilleArt, fornecedora de móveis e objetos de decoração, está colocando na praça novas peças desenvolvidas por designers nacionais. As mesas do conjunto Oásis, assinado por Rejane Carvalho Leite, levam tampo de vidro extra clear com pintura metalizada, enquanto a estrutura do Bar Bola (foto), de Bianca Barbato, alterna espelhos bronze a peças extra clear com pintura metalizada. Os produtos são feitos com vidros e espelhos decorativos da linha InGlass, da Guardian, voltada para os mercados de arquitetura e interiores.

Este texto foi originalmente publicado na edição 550 (outubro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

O futuro chegou. E agora?

Há uma revolução acontecendo no mundo. E o que nosso setor tem a ver com isso? Tudo! O conceito de “digitalização industrial” veio para ficar. Nas feiras estrangeiras de alcance mundial, como Glasstec (Alemanha) e Vitrum (Itália), ou em fóruns vidreiros, como o Glass Performance Days (GPD), o tema é tratado como realidade: expositores fazem questão de divulgar que seus equipamentos atendem esses requisitos.

Segundo o estudo Tendências mundiais e nacionais com impacto na indústria brasileira, produzido este ano pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), o desenvolvimento da Indústria 4.0 no País é fundamental para a competitividade das companhias, tanto no mercado interno como externo. Afinal, o Brasil ainda está atrás de nações estrangeiras na questão tecnológica. Quem não acompanhar essas mudanças ficará com os negócios estagnados por conta de processos obsoletos e desperdício de recursos. Por outro lado, quem embarcar terá maior produtividade e mais capacidade de gerir sua infraestrutura, ficando passos à frente dos concorrentes.

Por isso, chegou a hora de conferir por que será necessário abraçar esse novo momento da indústria mundial. Veja nas próximas páginas os benefícios que podem ser gerados e noções gerais de como o empresário deve se preparar.

O que é a Indústria 4.0?
O nome vem do fato de ser considerada a Quarta Revolução Industrial, consistindo no uso de maquinários automatizados e conectados por tecnologias digitais. Essa conexão entre sistemas, máquinas e pessoas permite a coleta e a troca de dados entre eles (é a tão falada Internet das Coisas).

As empresas brasileiras estão preparadas?
A revolução ainda está acontecendo e está longe de terminar. Mesmo os países mais avançados, como a Alemanha e os Estados Unidos, ainda se adaptam às mudanças, conforme revela Vinícius Fornari, especialista em Políticas e Indústria da CNI. “Seria especulação dizer quando isso pode se tornar realidade por aqui. No entanto, é uma situação que deve ser encarada como oportunidade para o mercado se desenvolver”, afirma.

Porém, a relevância de se usar tecnologia precisa estar presente na cultura industrial. Pesquisa realizada em 2016 pela entidade, envolvendo mais de duas mil companhias nacionais de todos os portes, revela que apenas 58% delas conhecem a importância do digital — e pouco menos da metade utiliza recursos desse tipo.

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Afinal, o que as empresas vidreiras precisam fazer para serem 4.0?
Caso não tenham maquinários automatizados e softwares que gerenciem processos (chamados ERPs), as companhias terão de se adaptar. O fundamental para estar na Indústria 4.0 é:

– Possuir equipamentos controlados por tecnologias digitais;
– Adaptar layouts e processos;
– Desenvolver competências para lidar com novos modelos de negócio.

Segundo Vinícius Fornari, da CNI, os gestores precisam conhecer seus empreendimentos, com atenção a dois fatores essenciais:

– Tamanho dos negócios;
– Necessidades da produção (capacidade, consumo de energia, prazos de entrega, turnos de funcionários etc.).

A partir disso, será possível traçar metas. O ideal é desenvolver um plano empresarial estratégico de longo prazo, analisando o tipo de investimento a ser feito.

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Os segredos das máquinas

Atualmente, instalar um sistema ERP tornou-se fundamental para a produtividade. Mas só isso não basta. Cláudio Lúcio da Silva, instrutor técnico da Abravidro, afirma que não é qualquer maquinário automático que pode ser considerado 4.0. Existe uma série de fatores que devem ser atendidos pelos equipamentos.

O mais importante deles é a conexão e o acesso à nuvem (forma de armazenar dados na Internet ao invés de local físico). Com ela, será possível gerar relatórios em tempo real com dados da produção, permitindo acompanhar todo o beneficiamento, transporte e entrega, com o objetivo de evitar erros e retrabalhos. “Isso vai reduzir drasticamente o famoso ‘jeitinho’, tornando as etapas transparentes”, destaca Cláudio Lúcio.

Outros requisitos básicos:

Set up autônomo;
Sistema de autocorreção e adequação de processos;
Sistema de monitoramento de perdas (para analisar tempo de processamento, desempenho e qualidade dos produtos).

A tecnologia vidreira evoluiu bastante nos últimos anos — e soluções próprias para atender esses novos desafios industriais já são fornecidas por fabricantes de maquinários. “Hoje, podemos disponibilizar linhas integradas completamente automáticas em qualquer tamanho de instalações e com flexibilidade de opções, permitindo maior otimização da mão de obra”, comenta Gianluca Ceriani, diretor da Bottero do Brasil.

Preparando-se para o inevitável
As fábricas em geral vão adotar modelos 4.0 em um futuro próximo. Porém, não é necessário começar uma corrida maluca atrás de soluções imediatas. Como pudemos ver ao longo da matéria, o empreendedor vidreiro precisa:

– Preparar um plano estratégico para conferir que tipo de investimento terá de fazer;
– Saber em quais setores sua empresa pode evoluir tecnologicamente;
– Ficar atento às soluções em maquinários oferecidas pelo mercado.

Assim, estará pronto para entrar nessa nova fase da indústria mundial.

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O que a Indústria 4.0 vai trazer de bom para a produção vidreira?
Em artigo para o Glastory, site de conteúdo técnico vidreiro da Glaston, o diretor de Negócios da empresa, Miika Äppelqvist, explica que “o objetivo de automatizar uma linha de têmpera não é adicionar tecnologia ao processo apenas pelo bem da tecnologia. Na verdade, trata-se de eliminar ações e trabalhos que não agregam valor”. Markus Kerzendorfer, gerente de Projetos de Software da Lisec, aponta as mudanças que podem ocorrer:

– Aumento de velocidade da produção, devido ao controle online das máquinas (sem entrada manual de dados)
– Mais produtividade, pois o sistema assume o controle produtivo
– Menos erros, já que existe menor intervenção humana
– Integração automática de retalhos e menos chapas remanescentes no corte
– Rastreamento de dados. É possível registrar quais parâmetros para cada máquina foram usados para produzir determinado vidro

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Por que estar “sempre online
Riku Färm, engenheiro de Gestão de Produtos da Glaston, indica (em artigo no Glastory) os benefícios gerados a partir da perspectiva do profissional vidreiro:

ENGENHEIROS DE MANUTENÇÃO — poderão analisar falhas de máquinas a distância. Os equipamentos podem ainda detectar peças que estão em risco de falha iminente;
GERENTES DE PRODUÇÃO — terão menos trabalho manual, pois conseguirão retorno preciso sobre os produtos feitos e a capacidade de processamento;
OPERADORES — conhecerão os níveis de produção. Os equipamentos conseguem, automaticamente, sugerir configurações ideais para determinado tipo de vidro;
GERENTES DE FÁBRICA — terão à disposição a análise completa da fábrica, incluindo estado de maquinários.

 

IMG_8666PPCPE é 4.0!
Você quer modernizar sua empresa, mas não sabe como começar? Um importante primeiro passo para as processadoras é participar do módulo de Planejamento, Programação, Controle da Produção e Estoques, da Especialização Técnica Abravidro. Como explica Cláudio Lúcio, o treinamento está alinhado com esses conceitos: “Tem o foco nas necessidades imediatas das empresas, trazendo alto desempenho e excelência”.

No curso são apresentados:
– PCP profissional voltado ao beneficiamento de vidros para arquitetura e construção civil
– Capacidade efetiva do parque industrial e prevenção de problemas que afetam a produção
– Perdas geradas no processo de atendimento do pedido
Softwares de gestão: obtenha o melhor funcionamento do sistema
– Visualização do pedido perfeito

A próxima turma será realizada em 23 e 24 de agosto (mais informações no link bit.ly/próximoPPCPE).

 

A Indústria 4.0 na prática — estudo de caso: AGC
700409Empresas de qualquer tamanho deverão se adaptar à tecnologia digital, inclusive usinas vidreiras. A AGC, por exemplo, baseou sua planta no Brasil, inaugurada em Guaratinguetá (SP) em 2014, na ideia de “fábrica inteligente” desde o início da operação. “Esse modelo também será replicado em nossa segunda planta, que está em construção na mesma cidade”, revela Monica Gomes, gerente de Produção da companhia.

Segundo a AGC, dois passos foram fundamentais para utilização desse conceito:

– Pesquisa aprofundada por soluções inovadoras, realizada pelas áreas de engenharia e tecnologia da informação. No caso, a equipe nacional contou com apoio das holdings do grupo na Europa e Ásia para saber o que caberia ou não na sua produção;
– Formação de equipe de profissionais tecnicamente capacitados para trabalhar com as tecnologias. Assim, o treinamento da mão de obra se mostrou fundamental.

“Os investimentos valem muito, pois tornam os processos mais robustos, eficientes e seguros, contribuindo para a melhoria dos resultados globais e, consequentemente, tornando a AGC ainda mais competitiva no mercado brasileiro”, define Monica Gomes.

Este texto foi originalmente publicado na edição 545 (maio de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.