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Empresas vidreiras avaliam primeiro semestre do ano

O ano de 2023 anda tão instável para o setor vidreiro que O Vidroplano resolveu voltar ao tema da tradicional reportagem sobre as expectativas do segmento para os negócios, publicada no início de cada ano. Com o primeiro semestre quase fechado, está na hora de fazer balanços, avaliações e se preparar para a sequência dos meses.

Conversamos com economistas e diretores de companhias vidreiras para entender quais foram os movimentos do mercado até aqui e como a atual situação pode afetar os próximos passos de nossa cadeia.

Construção em baixa…
A construção civil, principal consumidora de vidros do País, não vive um bom momento. Como se vê na seção “Caleidoscópio” (clique aqui), o PIB desse segmento caiu 0,8% no primeiro trimestre quando comparado com os três últimos meses do ano passado. Segundo o estudo Indicadores Imobiliários Nacionais, organizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) em parceria com o Senai, houve queda de 44,4% no lançamento de unidades residenciais em janeiro, fevereiro e março em relação ao último trimestre de 2022. Na comparação com o início do ano passado, a baixa ficou em 30,2%.

Esses dados se refletem na indústria da construção: a edição mais recente dos Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), revela que a parte dessa cadeia voltada para a transformação está perdendo dinamismo. Após seis meses sem registrar variação negativa, o faturamento real recuou 1,3% em abril, na comparação com março. E, embora o emprego e a utilização da capacidade instalada tenham permanecido estáveis, houve baixa nas horas trabalhadas na produção.

…mas com perspectivas de alta
Apesar do cenário, não há pessimismo. O Índice de Confiança do Empresário Industrial, outro estudo da CNI, avançou 1,2 ponto este mês, subindo de 49,2 para 50,4. Esse resultado demonstra otimismo por parte do setor, quebrando uma sequência de três meses abaixo dos 50 pontos (o que representa falta de confiança). O Índice de Expectativas, medindo o otimismo para o segundo semestre, também aumentou, chegando a 53,5 pontos.

A sensação de que as coisas podem melhorar vem de algumas movimentações do governo federal, como o reestabelecimento do programa Minha Casa, Minha Vida. “É mais um passo para elevarmos os investimentos na construção civil e a consequente geração de emprego e renda”, comenta o presidente da CBIC, José Carlos Martins. Além disso, o corte da taxa básica de juros da economia nacional, a taxa Selic, pelo Banco Central é muito aguardado: isso deve aumentar o poder de compra da população, ajudando na realização de pequenas reformas, e incentivar investimentos.

Automotivo com grandes esperanças
Dos segmentos consumidores de vidro, esse é um que não pode reclamar de 2023 até agora. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), maio teve produção 27% maior que em abril, alcançando 228 mil novos automóveis – e as vendas também aumentaram 13%. No consolidado dos cinco primeiros meses do ano, ambos os indicadores estão maiores na comparação com 2022. É importante citar também o programa federal para reduzir impostos e baratear o valor de automóveis no Brasil, o qual deve entrar em vigor em breve. Com ele, a expectativa de crescimento para o restante do ano deve aumentar consideravelmente – tanto que nove montadoras de carros, dez de caminhões e nove de ônibus aderiram ao projeto, colocando à disposição 233 versões de 31 modelos, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Materiais de construção no aguardo
A pesquisa mais recente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) indica queda de 3,7% em abril no faturamento do segmento. No total, os quatro primeiros meses do ano tiveram queda de 6,9%.

Mesmo assim, a entidade prevê crescimento de 2% para 2023. “Continuamos acreditando no crescimento sustentável do setor, com o devido foco dado pelo poder público, como a retomada de obras paradas e de infraestrutura”, explica o presidente da Abramat, Rodrigo Navarro.

Se virá mesmo uma melhora para esses setores, só o tempo dirá. Pelo menos, todos enxergam uma luz no fim do túnel.

E o que o vidro pode esperar?
Agora que vimos um panorama geral sobre outros segmentos, chegou a hora de entender o nosso setor. O Vidroplano pediu a opinião do economista Sergio Goldbaum, da GPM Consultoria, responsável pela apuração e sistematização dos dados do Panorama e pelo Termômetro Abravidro, a respeito dos resultados do primeiro semestre e das possibilidades para o segundo.

O Termômetro mostra um 2023 bastante instável, com recordes negativos e positivos na série histórica, e abaixo da média de 2022 no volume de vendas faturadas de vidros processados. O que é possível analisar desses números?
O primeiro semestre parece confirmar o ciclo de desaquecimento que já se anunciava no final de 2022. Tivemos abril com o pior resultado da série, certamente influenciado pela sequência de feriados naquele mês. Ainda que maio apresentasse o melhor resultado da série, não foi capaz de compensar os resultados negativos de novembro de 2022 e de fevereiro e abril deste ano.

Em relação aos segmentos que consomem vidro, qual a análise a ser feita?
Eles ainda se ressentem do longo ciclo de alta da taxa de juros. Os indicadores de produção do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] para materiais de construção, automóveis, móveis e eletrodomésticos até abril (o dado mais recente) estão todos andando de lado ou caindo.

Quais as expectativas para o segundo semestre, tanto na questão macroeconômica como para o segmento vidreiro especificamente?
O ciclo de alta da taxa de juros certamente começará a ser revertido em breve. A inflação oficial está convergindo para dentro da meta e a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresenta forte queda, influenciada pela valorização cambial das últimas semanas. Com isso, a atividade econômica começará a se recuperar, talvez lentamente no princípio. À medida que alguns programas de incentivo começam a sair do papel, a recuperação deve se acelerar.

 

A opinião de nossas empresas
Consultamos novamente as empresas ouvidas para a reportagem de janeiro sobre as expectativas para o ano. As perspectivas delas mudaram seis meses depois? A seguir, confira a opinião de quatro companhias de diversos elos da cadeia e, na sequência, a das usinas.

Daniel Domingos
Eastman
“O primeiro semestre está em linha com o que prevíamos, já que, ao final de 2022, certos desafios em relação ao consumo começavam a surgir, demandando cuidado com o planejamento para o ano que se iniciava. Dessa forma, nosso planejamento foi cauteloso em relação ao cenário macro que se apresentava, o que, de certa forma, acabou se confirmando. Historicamente para nós, o segundo semestre sempre se apresenta com maior demanda, e é com essa perspectiva que estamos trabalhando, principalmente com os produtos de maior valor agregado, como o PVB acústico e o PVB estrutural.”

 

Ricardo Costa
GlassParts
“Tivemos um primeiro semestre de bons negócios, apesar de menores em relação ao mesmo período de 2022. Mas não criamos muitas expectativas por sabermos que iria ser um período de muitas mudanças políticas, o que ocasionaria instabilidade. Já para o segundo semestre estamos otimistas, pois já se sinaliza uma melhora no mercado. Estamos sentindo uma retomada gradual dos investimentos, com maior número de consultas, inclusive por equipamentos de maior porte e também por equipamentos periféricos que agregam uma maior oferta de produtos aos clientes dos beneficiadores.”

 

Yveraldo Gusmão
GR Gusmão
“O primeiro semestre ocorreu sem grandes expectativas, com governo novo, muitas mudanças, insegurança, clientes apreensivos, administrando com cautela. Diria que nosso mercado está sofrendo com estas variações e indefinições. Para o segundo semestre, diante do quadro atual, tenho uma esperança de que possamos reagir. O mercado da construção tem negócios que caminharam no ano passado, antes das eleições, e deve dar continuidade a eles, pois os investidores não podem continuar segurando os projetos, isso é muito prejudicial. O mercado mundial como um todo está muito incerto, mas acredito que o governo vai se mexer para liberar investimentos, baixar juros. A máquina pública depende de faturamento para gerar arrecadação; se o comércio continua sem faturar, não há arrecadação.”

 

Sandro Eduardo Henriques
Sglass
“Obtivemos 40% a mais de vendas que o esperado nesse primeiro semestre, superando e muito nossas expectativas. Apesar da queda da venda de vidro, muitos empresários vêm acreditando e investindo em novos equipamentos com tecnologias mais avançadas. Acreditamos que nossas vendas deverão manter ou mesmo superar o primeiro semestre ao longo do restante do ano, tendo em vista a melhoria de nossos processos internos, com diminuição de custos e consequentemente melhores preços para os clientes. Além disso, historicamente o segundo semestre é sempre mais aquecido economicamente no ramo vidreiro.”

 

Isidoro Lopes
AGC
“Podemos definir o primeiro semestre como bastante desafiador. Com isso, aumenta a necessidade de sempre termos a melhor leitura a respeito das necessidades dos nossos clientes. Devido ao atual cenário um pouco mais conservador do que esperávamos, temos alguns resultados que não estão exatamente em linha com as expectativas projetadas, mas seguimos trabalhando para mitigar esses desalinhamentos e transformar os desafios em oportunidades.

Por enquanto, a performance no Brasil é um reflexo do que está ocorrendo nas outras regiões do mundo, assim como na América do Sul, com preços sendo pressionados e volumes com retração. Acreditamos que as maiores dificuldades para o setor hoje estejam relacionadas à insegurança político-econômica de um novo governo e à polarização que dificulta o diálogo, atrasando as mudanças necessárias para o desenvolvimento. Os desafios econômicos ao redor do mundo, assim como os juros altos, estão prejudicando a demanda na ponta. Além disso, o aumento da entrada de vidros importados na região deixa a situação ainda mais complexa. Os países asiáticos tentam encontrar mercado para sua enorme capacidade produtiva, e isso impacta todo o mercado vidreiro mundial.

Em linhas gerais, todos os setores consumidores de vidro apresentaram queda no consumo de nosso material, com exceção do mercado automotivo, que aumentou o consumo em relação a 2022 devido ao nosso posicionamento nesse segmento.

Acreditamos que o mercado vai reagir positivamente com a diminuição da insegurança e uma acomodação natural do novo governo, que deve conseguir articular as questões político-econômicas, o que vai gerar confiança, motivando o consumo de vidro e a retomada dos investimentos pelos empresários e investidores estrangeiros.”

 

Lucas Malfetano e Manuel Corrêa
Cebrace
“Chegamos ao fim do semestre com muita preocupação, porque havia uma expectativa de o mercado andar ‘de lado’, mas percebemos piora, com volumes abaixo do previsto e o preço em um patamar ainda mais baixo. A preocupação maior neste momento é com o volume de importados no País, pois contam com uma vantagem tributária advinda da histórica guerra fiscal, impactando de forma significativa nosso mercado.

Em geral, o semestre trouxe uma situação bem preocupante para a construção civil. Não só no vidro, mas também em outros materiais, observamos esse movimento que afeta o varejo e traz consequências para toda a cadeia vidreira. A América do Sul, como um todo, enfrenta os mesmos problemas, como vemos na Colômbia e em outros países (com exceção da Argentina, onde a construção civil parece ser um porto seguro contra a inflação).

Ao acompanhar o Termômetro Abravidro, fica evidente a queda na tendência dos volumes e uma consequente degradação das margens dos transformadores, o que, infelizmente, pode estimular descaminhos fiscais. Ainda assim, acreditamos que o pior já passou. A expectativa é de um segundo semestre melhor, conforme acompanhamos a sazonalidade do segmento. Lembrando que os vidros de valor agregado encontram oportunidades para conquistar mais espaço no mercado – e isso depende de nosso empenho e compromisso em disseminar informações e capacitar o setor a respeito do vidro certo.

Nosso planejamento, inclusive, antecipando essas oscilações, calhou de ser realizado no momento ideal em relação às paradas para reforma, a exemplo do que está sendo realizado no forno C4, em Barra Velha. Essa unidade terá no segundo semestre um novo forno totalmente preparado para produzir com redução das emissões de CO2. Isso servirá tanto para a capacidade produtiva do incolor, como para a produção da nova linha de texturizados. Por isso, é preciso manter os investimentos e pensar a longo prazo, enxergando que não podemos abandonar o que precisa e vem sendo feito para manter nosso compromisso com a excelência do nível de serviço e disponibilidade, independentemente das intempéries de mercado.”

 

Renato Poty
Guardian
“No começo do ano, o mercado enfrentou diversas incertezas tanto no âmbito macroeconômico como no político, com impacto significativo na decisão dos clientes de aumentar seus volumes. Como já esperávamos, a construção civil sofreu uma desaceleração nas atividades, devido à redução do poder de compra dos consumidores e ao aumento das taxas de juros, condições que resultaram ainda no adiamento dos lançamentos imobiliários.

Tivemos de continuar trabalhando estrategicamente o equilíbrio da produção e dos estoques para atender de forma responsável as demandas de mercado, sem destruição de valor para nossos clientes e parceiros de negócio. Nós imaginávamos um ano desafiador. Porém, por outro lado, tínhamos a expectativa de que a economia apresentasse algum crescimento, o que não se confirmou. De toda forma, sabemos que, tradicionalmente, o segundo semestre reserva números mais positivos para o setor.

Não temos visto grandes diferenças no desempenho no Brasil em relação ao restante da América do Sul, pois o mercado da região também está impactado por demanda retraída e juros altos. Esse é um contexto global. O que temos visto de maneira mais acentuada em nosso país é um impacto maior na entrada de vidros importados, o que gera desequilíbrio na oferta para uma demanda baixa. É fundamental que sigamos focados na criação de valor no longo prazo para atender a cadeia e manter a busca por competitividade de custos e soluções, de forma responsável e sustentável.

A Guardian tem uma expectativa positiva para o segundo semestre. Felizmente, vemos uma recente retomada de alguns indicadores econômicos que, somada a uma possível queda dos juros, deverão ajudar a alavancar importantes setores da economia que impactam nosso segmento.”

 

Henrique Lisboa
Vivix
“As decisões de longo prazo, como a compra de um imóvel ou até mesmo o início de uma reforma, necessitam de um ambiente em que o consumidor se sinta seguro, o que não vimos acontecer dentro da primeira metade do ano. Juros ainda em patamares elevados e a desaceleração da indústria já no último trimestre do ano passado, bem como incertezas no campo econômico, têm adiado a retomada da construção.

Em relação ao vidro, o primeiro semestre se comportou diferentemente de nossas projeções. Janeiro foi um mês no qual a retomada foi mais lenta que em anos anteriores, e o que vimos de fevereiro em diante foi um mercado em compasso de espera. O baixo nível de atividade da construção impacta todos os segmentos do mercado, não se restringindo apenas ao vidro plano: tintas, cerâmicos e vendas do varejo apresentaram resultados aquém do esperado. Como comparação, a indústria brasileira como um todo apresentou retração de 0,1% no primeiro trimestre, após uma retração de 0,3% no último trimestre de 2022. O mercado de vidro plano também se retraiu nesse período.

Por outro lado, o avanço no Congresso das votações sobre o novo teto de gastos deve estimular os agentes econômicos na retomada de investimentos, além de abrir espaço para uma gradual redução nos juros. Com uma nova perspectiva sobre investimentos, emprego e renda, acreditamos que o mercado da construção e o setor vidreiro possam experimentar um novo ciclo de recuperação.

Os desafios para o segundo semestre continuam relacionados a questões de confiança do consumidor, juros e grau de endividamento das famílias. Não obstante, acreditamos que, com as sinalizações do governo, teremos o ambiente necessário para a retomada. No segundo semestre, inclusive, iniciaremos a terraplenagem para nossa segunda planta.”

Este texto foi originalmente publicado na edição 606 (junho de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: william87/stock.adobe.com

Conheça os vencedores do Top Projects Guardian 2023

No dia 1º de junho, a Guardian Glass realizou, no Palácio Tangará, em São Paulo, a cerimônia de entrega do Top Projects Guardian 2023, prêmio que visa a reconhecer os talentos responsáveis por projetos com vidros da fabricante. O evento contou com a presença de importantes personalidades dos mercados da construção, arquitetura, decoração e vidreiro.

Foram contemplados profissionais e empresas responsáveis pela execução de obras tanto no Brasil como na América do Sul. Em sua 2ª edição, foram laureados processadores de vidros e espelhos, construtoras, consultores, fabricantes de esquadrias, arquitetos, designers e vidraceiros.

Caminho para a vitória
Uma comissão composta por profissionais de associações, imprensa e entidades especializadas no segmento vidreiro, arquitetura e construção civil ficou encarregada de analisar os 174 projetos inscritos – a Abravidro participou da comissão. Para estar entre as finalistas, as obras precisaram se destacar em quesitos como design, tecnologia e inovação ao utilizar os produtos da usina. Após a seleção técnica, os classificados foram apresentados ao público para votação popular, fase que alcançou mais de 50 mil votos. Confira a seguir os trabalhos vencedores em cada uma das cinco categorias.

 

CASAS (esquadrias/fachadas)
Fazenda Santa Helena

  • Local: Belmiro Braga (MG)
  • Produto utilizado: SunLight
  • Processador: Grupo Paris
  • Arquiteto: Lourenço Sarmento Arquitetura e Aletheia Westermann Arquiteto

 

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EDIFÍCIO COMERCIAL (esquadrias/fachadas)
World Trade Center Free Zone 2

  • Local: Montevideo, Uruguai
  • Produto utilizado: AG 43 On Clear e Chrome
  • Processador: Vidrieria Bia
  • Arquiteto: Ernesto Kimelman e David Ruben Flom

 

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EDIFÍCIO MULTIUSO (hotel, hospital, shopping, escola, uso misto e institucional)
Primavera Office

  • Local: Florianópolis (SC)
  • Produto utilizado: Chrome On Clear
  • Processador: Santa Rita Vidros
  • Arquiteto: ARK 7 Arquitetos

 

Primavera Office

EDIFÍCIO RESIDENCIAL (esquadrias e fachadas)
One Batel

  • Local: Curitiba (PR)
  • Produto utilizado: Neutral Plus 41 On Clear
  • Processador: GlassecViracon
  • Arquiteto: Bohrer Arquitetura

 

Plaenge - ONE. Foto: Guilherme Pupo

INTERIORES (aplicação de vidros e espelhos em decoração)
Galeria dos Restaurantes

  • Local: São Paulo (SP)
  • Produto utilizado: espelho Âmbar e Silver 20
  • Processador: Bonneville | Tempermax
  • Arquiteto: Daiane Antinolfi
  • Vidraceiro: Europa Vision

 

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Este texto foi originalmente publicado na edição 606 (junho de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito das fotos: Divulgação Guardian

Pinacoteca de São Paulo recebe vidros da Guardian

A Pinacoteca de São Paulo, um dos mais importantes museus de arte do Brasil, recém-inaugurou um espaço expositivo alinhado às demandas pela sustentabilidade na construção. Chamado Pina Contemporânea, o local tem no vidro um aliado para esse objetivo: foram instalados ali 1.700 m² de vidro de controle solar SunGuard Neutral 70 Série High Performance, da Guardian. Com estética neutra, o produto conta com índice de bloqueio de calor acima de 40%, contribuindo para o desempenho térmico do prédio.

O projeto de expansão, assinado pelo escritório Arquitetos Associados em parceria com Silvio Oksman, foi pensado para integrar o novo edifício ao centenário Parque da Luz e aos tradicionais bairros paulistanos do Bom Retiro e da Luz. A Pina Contemporânea conta ainda com certificação ambiental Leed Silver, que reconhece a eficiência do método construtivo, como o uso de materiais sustentáveis e o aproveitamento inteligente da energia solar.

Este texto foi originalmente publicado na edição 605 (maio de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Divulgação/Guardian Glass

Guardian retoma atividades do forno de Tatuí (SP)

A Guardian retomou as atividades do forno de Tatuí, em São Paulo, após breve parada realizada no mês passado, como parte do plano de manutenções da empresa, com o propósito de manter a qualidade da sua produção. De acordo com Renato Poty, diretor executivo da fabricante, a reforma seguiu conforme o planejado, com os reparos concluídos no dia 30 de março e a produção retomada já no dia 31.

Este texto foi originalmente publicado na edição 604 (abril de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Divulgação Guardian

Cebrace e Guardian anunciam reparos em fornos

Duas plantas nacionais passarão por reparos nos próximos meses. A Cebrace vai antecipar uma grande reforma no C4, forno localizado na cidade de Barra Velha, em Santa Catarina, a ser iniciada em abril e com previsão para terminar em agosto. Já a Guardian começa, no dia 27 de março, uma manutenção a quente programada para a usina de Tatuí, interior de São Paulo, com duração prevista de até onze dias – o forno passou pelo mesmo procedimento em fevereiro de 2021. Segundo ambas as companhias, o mercado será atendido normalmente durante o período de parada.

Este texto foi originalmente publicado na edição 603 (março de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: sergofan2015/stock.adobe.com

O que podemos esperar para o setor em 2023?

Talvez nem mesmo com uma bola de cristal seja possível enxergar o futuro da economia nacional com precisão – ainda mais em um ano que marca o início de um novo governo e com o País continuamente mergulhado num processo de instabilidade política. Mesmo assim, refletir sobre o que pode acontecer no setor é fundamental para o mercado se organizar. De olho nisso, O Vidroplano começa 2023 com a tradicional reportagem a respeito das expectativas de nossas empresas em relação ao novo ano.

Conversamos com economistas e diretores de companhias vidreiras para entender os movimentos do mercado em 2022 e como isso deve afetar os próximos meses. Além disso, analisamos diversos indicadores econômicos para descobrir o que eles revelam para o futuro.

Visão geral
A estimativa de crescimento da construção civil, o maior mercado consumidor de vidro no Brasil, é de 6% em 2022, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Contudo, esse dado isolado não justifica o atual cenário no segmento, explica Ana Maria Castelo, mestre em economia pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora de Projetos da Construção da Fundação Getúlio Vargas/Instituto Brasileiro de Economia (FGV/Ibre). “A construção é um todo heterogêneo. A grande questão é saber como esse crescimento repercutiu na indústria, afinal, estima-se queda de 7% na produção da indústria de materiais. Então, houve um descompasso entre os dois setores.”

Essa diferença pode ser explicada por diversos fatores. Ao contrário do período inicial da pandemia, no qual as reformas feitas pelas famílias lideraram as atividades da construção, o ano passado contou com as grandes construtoras como o foco do crescimento. Diversos prédios vendidos em 2020 e 2021 estão sendo erguidos – portanto, vários materiais aplicados na fase final das obras, incluindo o vidro, ainda nem foram fabricados ou comercializados. “Isso traz perspectivas melhores para 2023 no quesito consumo de vidro”, aponta Ana.

Em relação a questões macroeconômicas, há dois grandes problemas. “As taxas de juros subiram e endividaram as famílias, fazendo com que gastassem bem menos com materiais de construção. O final do ano passado revela bem esse resultado, com o PIB tendo desacelerado no último trimestre”, comenta a economista. Há ainda a chance de uma recessão mundial eclodir. Ou seja, 2023 pode reservar bons resultados, mas muita coisa dependerá de fatores externos ao nosso setor.

De olho na construção
De acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a indústria está menos confiante em relação às condições atuais e expectativas. O medidor caiu 2,2 pontos este mês na comparação com dezembro, ficando abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que indica desconfiança por parte desse segmento.

Segundo a Sondagem Industrial, também da CNI, a produção industrial teve baixa de 5,9 pontos na passagem de novembro para dezembro. Embora tal queda seja expressiva, a entidade afirma que dezembro é marcado pela desaceleração da produção. Com 42,8 pontos, o resultado ficou acima da média para dezembro.

Outro indicador que caiu na comparação com novembro foi o de utilização da capacidade instalada: -4 pontos, chegando a 67%. Mais uma vez, a queda não significa nada de anormal para o período.

Apesar desse resultado negativo, há fatores para se comemorar: a falta ou alto custo de matérias-primas deixaram de ocupar a 1ª posição no ranking dos principais problemas da indústria. O tópico atingiu o menor patamar de assinalação das empresas participantes da pesquisa desde o terceiro trimestre de 2020. Quem passou a liderar a lista de problemas foi a elevada carga tributária – demonstrando mais uma vez a importância de uma reforma nesse sentido. Em 3º lugar ficou a demanda interna insuficiente.

De olho nos materiais
Este mês, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulgou uma pesquisa com os números para esse segmento em 2022. O resultado foi de baixa de 7% no faturamento, um grande contraste com o crescimento de 8,1% visto em 2021.

“São inúmeros os fatores que levaram nosso setor a sofrer com quedas constantes e significativas”, explica o presidente da entidade, Rodrigo Navarro. “Podemos citar o elevado endividamento das famílias em um contexto de orçamento doméstico mais disputado com gastos com alimentação, o que tem deprimido a demanda por materiais. Outros fatores são a taxa de juros em patamar ainda elevado e a inflação de 2022, que fechou em 5,79%.”

De olho nos automóveis
O mercado automotivo mostrou bons resultados em 2022. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção cresceu 5,4% sobre 2021, número acima da projeção da entidade. Ao todo, foram 2,37 milhões de unidades fabricadas. Em relação às vendas, viu-se estabilidade: 2,1 milhões, representando pequena queda de 0,7%, número dentro do previsto desde a metade do ano.

Para 2023, espera-se aumento de 2,2% na produção de veículos e de 3% nas vendas. “A questão do crédito é o tema mais urgente a ser atacado. Precisamos de juros mais baixos para atrair mais compradores para os veículos novos, sobretudo os modelos de entrada”, analisa o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite. “Além disso, temas como a reindustrialização e a descarbonização nos impõem desafios e oportunidades.”

Foto: Anton Gepolov/stock.adobe.com

Foto: Anton Gepolov/stock.adobe.com

Otimismo com boa dose de precaução

O Vidroplano ouviu a opinião do economista Sergio Goldbaum, da GPM Consultoria, responsável pelo Panorama Abravidro, a respeito das possibilidades do setor para 2023.

Com os dados já divulgados por entidades e associações no final do ano e agora nas primeiras semanas de janeiro, como foi o 2022 da construção civil, o principal cliente do mercado de vidro?
Sergio Goldbaum — Nas sondagens da indústria da CNI, capta-se o humor do mercado, a sensação dos operadores do mercado, mês a mês, e não a atividade propriamente dita. A análise dos números mostra que 2022 ainda foi um ano aquecido para o setor, especialmente entre os meses de junho a outubro, mas também sugere que o desaquecimento sazonal de final de ano pode ter sido um pouco mais intenso do que nos últimos anos – talvez refletindo os eventos extraordinários de novembro e dezembro, como as eleições e a Copa do Mundo, ou eventualmente antecipando um 2023 de maior cautela do setor. Outra série que acompanha o nível de atividades da indústria da construção civil é a série de volume de vendas de materiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa série foi revisada em fevereiro de 2022, o que destacou com muito mais intensidade o aquecimento das vendas de materiais de construção no período da pandemia após maio de 2020. Na nova série revisada, o volume de vendas no ano passado permaneceu, em média, no nível relativamente aquecido que já tinha sido observado em 2021.

O que as empresas vidreiras podem esperar de 2023 em relação à economia do País?
SG — O ano de 2023 será muito desafiador por muitos motivos. No âmbito doméstico, espera-se que os lamentáveis acontecimentos de 8 de janeiro em Brasília possam ser superados. No âmbito internacional, ainda há muita incerteza em relação à política econômica, incluindo a política industrial, nos EUA, e aos desdobramentos do conflito entre Rússia e Ucrânia. Mas a série de expectativas de vendas de insumos da construção civil oferece uma resposta objetiva: novamente se observa relativo otimismo dos empresários da construção civil ao longo de todo o ano de 2022, com súbita reversão das expectativas no final do ano.

E o que se pode analisar em relação a outros mercados consumidores, como o automotivo e o de linha branca, para este ano?
SG — Em relação à indústria automotiva, 2022 marcou a recuperação após dois anos muito ruins, mas ainda está muito abaixo dos picos de produção observados em 2012 e 2013. Automóveis são bens de consumo duráveis, e o forte choque negativo da pandemia vai continuar a ser compensado nos próximos anos. Numa perspectiva de longo prazo, a indústria automotiva no mundo passa por transição e a nacional está tentando encontrar seu lugar nesse novo ambiente. A indústria de eletrodomésticos, ao contrário, viveu um momento de muito aquecimento durante a pandemia. Eletrodomésticos também são bens de consumo duráveis, mas, ao contrário da indústria automotiva, o choque positivo da pandemia vai ser compensado negativamente por um tempo.

É possível para o setor vidreiro sonhar com crescimento este ano?
SG — No início do ano passado sugerimos precaução ao segmento, especialmente por conta do aumento importante da taxa de juros e de seu impacto na indústria da construção civil. Entretanto, ao longo do ano, as expectativas na sondagem da CNI quanto ao lançamento de novos empreendimentos permaneceram otimistas, com súbita reversão no final do ano. O insumo vidro processado entra nas últimas etapas do processo construtivo. Assim, mesmo que o pessimismo do final do ano passado se revele justificado, o setor ainda teria alguns meses antes de ser afetado. E, por isso, a sugestão de algum otimismo com uma boa dose de precaução permanece para este ano.

 

A opinião vidreira
A seguir, confira o que nosso segmento tem a dizer sobre suas perspectivas e expectativas para 2023. Primeiro, confira as empresas de diversos elos da cadeia; na sequência, as usinas.

 

Daniel Domingos
Eastman
“Apesar de desafiador, 2022 se revelou um ano em que conseguimos crescer em vários segmentos, principalmente com os interlayers estruturais e cores, o que foi muito positivo e revela um amadurecimento do nosso setor, no sentido de oferecer produtos de maior valor agregado. Nós acreditamos que 2023 será bem similar a 2022, com algumas oportunidades em segmentos específicos com chance de crescimento e consolidação de nossa parte, o que apoiará o crescimento do consumo do vidro laminado, algo que vem se consolidando nos últimos três anos.”

 

Ricardo Costa
GlassParts
“Em relação ao ano passado, posso afirmar que tivemos um período de negócios muito bom, com crescimento. Para 2023, a GlassParts está bastante otimista, pois esperamos que, passadas as incertezas políticas e econômicas, retornaremos a ter um mercado ativo.”

 

Yveraldo Gusmão
GR Gusmão
“Eu diria que, apesar de um ano com tantos acontecimentos (feiras, eventos, Copa do Mundo), analiso 2022 como um período bom. Com as expectativas de negócios, os investidores estarão mais seguros quando o novo governo se organizar. O nosso setor terá muito trabalho, pois a construção está na fase final de várias obras. Passamos um ano de 2022 com grandes expectativas, mas nem todas se tornaram realidade. Para 2023, apesar das mudanças políticas, no final tudo se reverte; trabalharemos bastante para isso.”

 

Sandro Eduardo Henriques
Sglass
“Podemos afirmar com satisfação que superamos nossas expectativas: 2022 foi o segundo melhor em termos de vendas desde 2014. E também alcançamos uma marca significativa, ao chegar ao número de 250 fornos de têmpera produzidos. Esperamos que 2023 seja um ano promissor. No entanto, é importante lembrar que a indústria vidreira é altamente dependente das condições políticas e econômicas e pode ser afetada por fatores imprevisíveis. Os governantes eleitos fizeram grandes promessas de avanços sociais e econômicos, o que pode impulsionar a demanda por vidro em diversos setores, como os de construção, linha branca e de geração de energia. Vamos acompanhar a evolução dos acontecimentos e estaremos preparados para adaptar nossas estratégias de negócios. Para isso, é fundamental investir em novas tecnologias, como a automatização de processos, para tornar a produção mais eficiente e reduzir custos.”

 

Isidoro Lopes
AGC
“2022 foi um ano conservador quando comparado a 2021. Tivemos um primeiro trimestre forte, porém a sequência foi instável, já sendo impactada pela turbulência política no País. As adaptações da forma de trabalho e a recuperação do setor de serviços fizeram com que o nível de desemprego diminuísse, mas a renda da população brasileira não melhorou. A inflação subindo, juros altos e câmbio oscilante levaram os índices de confiança do consumidor e da indústria a cair. Com isso, caiu o consumo, o que prejudicou a demanda. Sendo assim, fechamos o ano com um saldo negativo em relação a 2021.

O controle dos custos dos materiais importados e o custo do frete internacional impactaram no valor das matérias-primas e dos sobressalentes para manutenção de equipamentos. O menor fornecimento de alguns componentes importantes para nossa indústria – causado por ações que estão fora do nosso controle, como as restrições e lockdowns chineses, interrupção de produção de algumas matérias-primas ao redor do mundo devido às limitações de emissões de carbono (era melhor parar de produzir do que pagar as taxas de carbono) – acabou criando um desequilíbrio na oferta, o que atinge os custos até hoje.

Para 2023, prevemos uma estagnação no primeiro semestre e uma recuperação moderada da demanda para o segundo. Estimamos um leve crescimento de 2,5% a 3% para nosso setor. A construção civil continua crescendo, mas perdeu um pouco da intensidade quando comparada a 2021. Já sobre o setor automotivo, temos excelentes expectativas, com crescimento tanto da produção como do mercado de reposição. O moveleiro e a linha branca possuem fatores para acreditarmos no crescimento, pois estão diretamente ligados às políticas sociais e ao maior foco do novo governo para o fomento do consumo e distribuição de renda. Se isso for efetivado, pode ser uma grata surpresa.

Para o mercado local, tivemos a oportunidade de aprender com a pandemia de que ter fontes nacionalizadas de produtos e serviços com qualidade e agilidade é vital – principalmente para as usinas, que dependem da longevidade de seus equipamentos e estabilidade dos processos. Nossas empresas, portanto, precisam estar preparadas para o caso de outra retomada repentina, assim como foi em 2020 e 2021, pois quando a demanda sobe de forma inesperada é crucial termos parcerias sólidas que gerem a oportunidade do cumprimento dos compromissos assumidos.”

 

Lucas Malfetano e Manuel Corrêa
Cebrace
“Em 2022, é importante destacar a retomada dos encontros presenciais, nos quais tivemos a oportunidade de estar em meio a excelentes momentos de confraternização. Contudo, observamos um comportamento de mercado diferente, com a não prioridade dos investimentos em reforma. Experimentamos um ano atípico, com uma redução do volume de vendas maior do que o esperado, resultando em uma queda superior a 20%, como tem apontado o Termômetro Abravidro. Isso nos motivou a manter ainda mais os esforços voltados para o que é a essência da Cebrace: aprimorar de forma contínua e robusta a qualidade dos produtos e serviços, priorizando a inovação e a sustentabilidade. Realizamos a reforma dos fornos C1 e C2, garantindo o fornecimento contínuo para os clientes – e podemos dizer que mantivemos o fornecimento sem rupturas durante o período de reforma. Encerramos o ano com esses fornos preparados para produzir cada vez melhor e com o C2 com uma estrutura adequada para reduzir as emissões de CO2.

Nossa expectativa para 2023 é de crescimento modesto quando comparado a 2022. Compreendemos que se faz necessário mais tempo para que as mudanças de governo e cenário econômico se estabeleçam. No geral, os números mostram que os mercados consumidores apresentarão crescimentos tímidos, mas ainda será necessário entender com clareza como será o ano em cada segmento. A expectativa é de que os custos de produção sejam estabilizados, sem aumentos de insumos expressivos. E outra das prioridades da Cebrace este ano é apoiar no trabalho das associações, visando a combater os descaminhos fiscais e reforçar a busca pela simplificação tributária.

Estamos vivenciando um importante período de transformação. Falamos nos últimos eventos sobre a aceleração da transformação digital, que exige de todos nós um olhar para a frente, adequando processos a essa mudança. É possível perceber uma nova geração entrando para o mercado do vidro, trazendo novas ideias e oxigenando os negócios. Isso exige que os líderes estejam preparados para planejar, educar e facilitar a transição sem perder o foco da sustentabilidade: como podemos inovar mais, melhor, com menor impacto e mais eficiência? Mais que um ponto de atenção, são reflexões que todas as empresas vidreiras devem experimentar.

Os vidros de valor agregado têm margem para conquistar mais espaço no mercado e isso depende da disseminação de informações. Que todo o setor possa abraçar essas oportunidades, investindo em profissionalização, divulgação e na melhor estratégia para cada um.”

 

Renato Poty
Guardian
“Com o cenário macroeconômico mais complexo em 2022 em comparação com 2021, ano passado foi um período de aprendizados para a Guardian. Tivemos de trabalhar estrategicamente o equilíbrio da produção e estoques para atender de forma responsável as demandas de mercado, sem destruição de valor para nossos clientes e parceiros de negócio, contribuindo para criação de valor em toda a cadeia de vidros planos através de iniciativas focadas no setor consumidor de tais produtos. Os principais desafios foram relacionados à demanda mais retraída de alguns segmentos e à inflação dos principais insumos do processo produtivo de vidros planos. A crescente escalada dos custos da barrilha, gás natural e logística ao longo do ano aumentou de forma significativa o custo de produção.

Acreditamos que 2023 será um ano de crescimento do mercado, mas ainda com uma pressão de custos importante no valor final do vidro plano. Os mercados de float fora do Brasil estão com previsão de desbalanço entre oferta e procura em algumas partes do ano, segundo nossas estimativas, o que poderia atrair mais importações. De maneira geral, a Guardian tem uma visão positiva para este ano com base nas obras já lançadas e novos investimentos da iniciativa pública e privada, representando um cenário favorável para a construção civil, principalmente no segundo semestre. Já a previsão para os demais segmentos é menos otimista.

Acreditamos que temos melhores perspectivas para 2023 devido à menor pressão inflacionária, porém a economia global está demonstrando tendência de desaceleração, o que pode afetar o equilíbrio de oferta e demanda de vidros no Brasil. Por isso, as indústrias vidreiras têm de continuar focadas em iniciativas para o desenvolvimento do setor, trabalhando para a educação de toda a cadeia e criação de valor com foco no longo prazo. Equilíbrio de inventário é fundamental para atender as crescentes demandas dos nossos clientes.

A Guardian está comprometida com o crescimento do setor de forma sustentável, por isso investimos constantemente em inovação de produtos e serviços, visando a melhorar a experiência dos nossos clientes e parceiros, com foco no benefício mútuo.”

 

Henrique Lisboa
Vivix
“Mesmo com todas as dificuldades, navegando em um cenário bastante diferente do que havíamos projetado e incluindo todo o impacto externo que ocorreu dentro dos negócios em geral, consideramos que tivemos um saldo positivo em 2022. Acreditamos que cada vez mais essa imprevisibilidade fará parte dos negócios, e precisaremos estruturar as nossas empresas para operarmos de forma cada vez mais ágil, inovadora e responsiva a novas situações. Certamente a principal dificuldade enfrentada no ano passado foi a forte inflação dos insumos, gerada por acontecimentos geopolíticos externos que nos forçaram a implementar aumentos de preços ao longo do ano, e que também provocaram impactos no mercado em 2022.

Após uma retração em 2022, estamos projetando para 2023 um leve crescimento de nosso setor, recuperando parte do que foi perdido no ano passado. Com relação à construção civil, linha branca e movelaria, esperamos também um leve crescimento. Já para o setor automotivo, acreditamos em uma recuperação significativa, o que ajudará no equilíbrio do segmento de vidros planos.

Embora haja um carregamento muito forte dos custos que incorreram sobre as empresas no ano passado, não estamos esperando aumentos significativos em relação aos insumos ao longo deste ano. Portanto, sob o ponto de vista de inflação do setor de vidros planos, acreditamos que teremos um ano estável, apesar de que com um impacto relevante nos custos, decorrente de 2022.

Eu diria que as empresas vidreiras deverão cada vez mais buscar caminhos para agregar valor aos seus negócios, entender e atuar de forma integrada na sua cadeia e dedicar esforços para que o consumidor final valorize o produto e o serviço que recebe dos agentes que fazem parte do nosso segmento. Além disso, é preciso gerenciar os custos e preços de vendas com bastante equilíbrio e cuidado. Nosso mercado é dinâmico, sendo impactado externamente de muitas formas. Precisamos estar atentos às necessidades da cadeia e às mudanças que o mercado está nos sinalizando, para ajustarmos as nossas empresas e, assim, podermos evoluir juntamente com todo o mercado.”

Este texto foi originalmente publicado na edição 601 (janeiro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: evannovostro/stock.adobe.com

15º Simpovidro reúne setor vidreiro brasileiro

Quem esteve no Club Med Rio das Pedras, em Mangaratiba (RJ), de 17 a 20 de novembro, não teve dúvidas: o Simpovidro é o melhor ponto de encontro do setor vidreiro brasileiro. A 15ª edição do simpósio organizado pela Abravidro é a primeira após a pandemia da Covid-19. E ficou claro que o segmento estava sentindo falta dele: o evento recebeu 655 participantes, mesmo em um ano tão cheio de atividades como foi 2022 (confira a retrospectiva clicando aqui).

Perseverança, sustentabilidade, inovação e associativismo foram algumas das palavras-chave que marcaram esse Simpovidro e indicaram os pontos para os quais a cadeia deve se preparar para 2023.

“Tempos estranhos e de aprendizado para todos”
A solenidade de abertura teve início com o discurso de José Domingos Seixas, presidente da Abravidro. “São três anos desde a última edição do Simpovidro. Naquela ocasião, não tínhamos a mais vaga ideia do que o País e o mundo viveriam dali pra frente.” Com essas palavras, Seixas iniciou sua reflexão sobre os impactos sofridos pelo setor vidreiro nacional nos anos recentes – e a forma como nosso segmento reagiu a eles.

O dirigente da Abravidro observou que, num primeiro momento, após a chegada da pandemia, houve retração no mercado, tanto no fornecimento de float como nas atividades de processadoras. Contudo, meses depois, a demanda pelo nosso material passou a crescer, como mostrado no Panorama Abravidro 2021: “Foram tempos estranhos e de muito aprendizado para todos, inclusive para a própria Abravidro”, avaliou.

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Para reforçar esse ponto, Seixas listou algumas das ações desenvolvidas pela associação. Destacou o lançamento do Termômetro Abravidro, agradecendo a todas as processadoras que têm participado das pesquisas e convidando as demais a se juntar à iniciativa. Enfatizou também a realização da Glass South America 2022 e o recorde de público obtido pela feira e exibiu um vídeo de apresentação do programa Vidro Certo, desenvolvido pela Abravidro e pela Abividro, no qual foi anunciada a iniciativa EducaVidro, a qual trará uma série de aulas especiais visando à educação a distância.

Ao final do discurso, José Domingos Seixas deixou a todos um recado: “2022 não foi um ano fácil, foi bastante desafiador, e 2023 não será diferente. Mas a Abravidro continuará lutando pelo nosso mercado. Conte com a gente”.

Novos rostos e sustentabilidade marcam mensagens das usinas
A cerimônia de abertura do Simpovidro é o momento em que as usinas vidreiras brasileiras falam sobre a situação vivida pelo mercado e apresentam seus planos para o setor. Este ano, todos os executivos que discursaram estrearam no evento como líderes de suas fábricas.

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AGC: soluções para a sustentabilidade
Isidoro Lopes afirmou que o vidro continuará tendo uma importante contribuição no combate à emissão de carbono. “Sustentabilidade é uma questão de sobrevivência, não é uma moda que vai passar, e a AGC busca liderar esse caminho da inovação para continuar a oferecer soluções que ajudam o planeta e a humanidade”, enfatizou.

Para comprovar a ideia, o presidente da AGC mostrou um vídeo com as tecnologias e processos sustentáveis contra o aquecimento global utilizados pela empresa, incluindo a adoção de conceitos ESG e a fabricação de vidros de controle solar, como o Sunlux Shadow, que garante conforto térmico e economia aos usuários.

Segundo Lopes, a visão da usina para 2023 é de muita incerteza econômica. “Mas somos também um pouco otimistas: planejamos um crescimento moderado para o próximo ano, com expectativa de recuperação do comércio, melhor desempenho da indústria e a continuidade do crescimento do setor da construção civil.”

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Cebrace: em busca do futuro
Lucas Malfetano reforçou em seu discurso o compromisso de continuidade de tudo que a Cebrace tem feito nos últimos anos: “A companhia vai continuar inovando e liderando o mercado, preocupada não só com o próximo trimestre, mas com as próximas décadas”, disse, destacando a importância dos conceitos de segurança, sustentabilidade e inovação para a empresa. O diretor-executivo comentou ainda sobre a atenção da empresa com a segurança dos processos nos reparos recentes em fornos da usina no Brasil e no acendimento da 2ª planta da Vasa, na Argentina.

Por sua vez, o diretor-executivo Manuel Corrêa afirmou que a cadeia vidreira nacional tem uma nobre missão: “É o momento de as lideranças do nosso setor começarem a escrever qual o futuro que a gente quer”. Nesse sentido, Corrêa comentou a importância de se criar valor para os clientes finais e de se apoiar o trabalho das entidades vidreiras, buscando o desenvolvimento e a qualificação dos profissionais. No final, Corrêa e Malfetano apresentaram um vídeo institucional com iniciativas da Cebrace.

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Guardian: mercado em constante mudança
Rafael Rodrigues, gerente-regional de Vendas da Guardian para a América do Sul, esteve na solenidade para representar Renato Poty, diretor-executivo da empresa para a América do Sul, que não pôde comparecer ao evento. Mesmo assim, Poty gravou um vídeo para saudar os participantes do 15º Simpovidro.

No vídeo, ele abordou a importância do desenvolvimento do mercado de forma sustentável, comentando iniciativas da Guardian nesse segmento para a construção civil e no investimento em inovação e serviços. “O mercado vidreiro está em constante mudança, e as empresas precisam estar preparadas para elas, pois ainda há muito espaço para o crescimento do vidro no Brasil em relação a outros países”, destacou, ressaltando o comprometimento da empresa em atender a demanda do mercado nacional por conforto e bem-estar com seus vidros de alto desempenho.

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Vivix: capacidade de adaptação à prova
Henrique Lisboa observou que os últimos anos foram diferentes e provocaram reflexões nos negócios: “Tivemos de exercitar a nossa capacidade de nos adaptar a diversas situações; todos fomos desafiados a sermos diferentes, criativos e, sobretudo, protagonistas das mudanças das nossas empresas”, avaliou.

Para o presidente da Vivix, há hoje uma atenção maior dos consumidores em relação a como as empresas tratam seus colaboradores, a comunidade em que estão inseridas e o meio ambiente. Nesse sentido, Lisboa alinhou algumas das ações da Vivix para os próximos anos, como a futura instalação de um parque solar, construído pela Atiaia Renováveis, que será responsável por abastecer 100% das duas unidades da usina com energia limpa e renovável.

Com relação ao mercado vidreiro nacional, Lisboa considera que houve uma acomodação do mercado em 2022. “Acreditamos que, no ano que vem, começaremos a retomada de crescimento, ainda leve. Nosso segmento tem volatilidades pelo caminho, sempre foi assim, mas somos otimistas a médio e longo prazos.”

Conhecimento e networking
Nos dias 18 e 19, a Plenária Simpovidro trouxe palestras enriquecedoras para o planejamento das empresas, ministradas por Gustavo Arns, Manoel Fernandes, Mario Sergio Cortella, Maria Augusta Orofino, Fabricio Soler e Leonardo Barretto – veja mais clicando aqui.

Do lado de fora da plenária, a Feira de Oportunidades reuniu os participantes com as empresas apoiadoras do simpósio (leia mais clicando aqui).

Túnel do tempo
Todos que iam para a Plenária Simpovidro ou voltavam dela passavam por uma ponte com painéis relembrando cada uma das 14 edições anteriores do evento. Fotos, números, informações e até a logomarca de cada Simpovidro estavam presentes, celebrando a história daquele que veio a se tornar o principal encontro vidreiro da América Latina.

 

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Prontos para 2023?
“Só tenho a agradecer. Este Simpovidro só pôde ser realizado graças a todos vocês”, afirmou José Domingos Seixas em sua mensagem após o final das palestras no sábado. O dirigente destacou a importância do associativismo para o desenvolvimento do setor: “A Abravidro tem mais de 200 associados, mas esse número representa só um pedaço de todo o nosso mercado”, avaliou, convidando as empresas presentes no simpósio a se juntarem ao trabalho sério da entidade. A cerimônia de encerramento – que não representou o fim do evento – contou com falas de Mauro Gallo (AGC), Flávio Vanderlei (Cebrace), Rafael Rodrigues (Guardian) e José Ribeiro (Vivix).

Ao longo dos quatro dias de Simpovidro, ficou claro que 2023 será um ano de desafios – porém, a julgar pela pela empolgação mostrada pelos participantes na hora de posar para a capa desta edição que você está lendo, parece que o setor está preparado para encarar as dificuldades com sustentabilidade e união.

 

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Negócios, negócios… diversão à parte!
Como de costume, as atividades de lazer também foram fundamentais no 15º Simpovidro. Este ano, tivemos torneio de tênis, partidas de futebol, tênis de praia, arco e flecha, esqui aquático, caiaque…

Não podemos esquecer ainda do coquetel de abertura, do luau no segundo dia e do jantar de encerramento – que foi seguido por sorteio de prêmios e um show da banda carioca Eletra, que, com repertório eclético de covers, colocou todos para dançar durante mais de duas horas. Após o show, um DJ deu continuidade às festividades seguindo pela madrugada.

Este texto foi originalmente publicado na edição 600 (dezembro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Créditos das fotos: Marcos Santos e Andreia Naomi

Museu do Ipiranga ganha novos vidros da Guardian

Após nove anos fechado, o Museu do Ipiranga, em São Paulo, foi reaberto ao público para a comemoração do bicentenário da Independência do Brasil no dia 7 de setembro. A edificação, que passou por amplo processo de restauração e modernização, teve as fachadas reformadas – e para a revitalização das janelas foram aplicadas peças do SunGuard Neutral 70, vidro de controle solar da Guardian. Segundo a empresa, o produto oferece alto desempenho, incluindo entrada de luz de 72%, bloqueio de calor de 41% e reflexão de 8%, idêntica à de um vidro incolor. Com estética neutra, as peças garantirão maior conforto aos visitantes do museu, mais eficiência energética para o edifício e, graças à capacidade de bloquear os raios UVA e UVB, também contribuirão ativamente para a proteção de pisos, mobiliários e, claro, das obras.

Este texto foi originalmente publicado na edição 599 (novembro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da imagem de abertura: Divulgação Guardian

Conheça a logística das usinas de base

Quem trabalha com o processamento de vidros sabe como é importante para os seus negócios que a matéria-prima encomendada chegue com a qualidade intacta e dentro do prazo. Para garantir que essas necessidades sejam atendidas, as fabricantes de nosso material no Brasil contam com setores de logística responsáveis pela organização e planejamento da entrega dos produtos – e também pelo transporte propriamente dito deles, é claro.

Quer saber mais sobre como funciona esse processo nas fabricantes de vidro e os avanços que essas empresas vêm implementando em sua logística? O Vidroplano apresenta essas e outras informações a seguir.

Como é feita?
Cada fabricante conta com particularidades no seu processo de logística, mas a atividade como um todo traz semelhanças.

Francisco Conte, diretor de Operações da Vivix, afirma que a empresa olha com muita atenção a jornada de cada encomenda. Segundo ele, o pedido é acompanhado por meio de um sistema interno e várias áreas têm visibilidade dessa jornada. “Assim que o pedido é emitido, nós começamos os preparativos para atender, para que, quando o produto efetivamente chegar à nossa expedição, já estejamos prontos para faturá-lo da forma mais rápida e providenciar seu transporte até o nosso cliente no menor tempo possível”, comenta.

Na Guardian, tudo começa quando o cliente entra em contato com o setor de atendimento. Ali a necessidade e o prazo de entrega são verificados. “Após a inclusão do pedido em nosso sistema, a Guardian organiza as datas de carregamento. Na data agendada, o caminhão é apresentado e a carga é carregada para o início do transporte”, detalha o analista-sênior de Logística, Adriano Santos.

No caso da AGC, Fernando Pereira (engenheiro de Assistência Técnica) e Antônio Carlos (gerente de Logística) explicam que, após a confirmação do pedido junto ao time de Customer Service (serviço ao consumidor), é feito o agendamento na grade de carregamento com até 10 horas de antecedência, de forma que a fabricante tenha tempo hábil para montar o pedido e atender o cliente no horário programado. Após a montagem dos pedidos e a finalização do carregamento, o veículo segue para pesagem e conferência na balança e é então liberado para viagem.

Evolução constante
Santos, da Guardian, destaca que, com as transformações frequentes pelas quais o trabalho de logística passa, as empresas precisam ter cada vez mais flexibilidade e agilidade para buscar as melhores soluções. “Os tipos de embalagem, veículos e até mesmo o processo de gerenciamento da informação avançaram nos últimos anos, e nós trabalhamos continuamente para trazer isso para nosso atendimento”, aponta.

Pereira e Antônio Carlos, da AGC, observam que a modernização dos processos de logística tem tido grande efeito na redução de acidentes durante o transporte do vidro, além de permitir o monitoramento das cargas. Novas medidas de segurança foram sendo implementadas na empresa com a evolução das tecnologias, como a utilização de grampos para o travamento do cavalete no barrote do caminhão e freios para evitar o movimento da carga. Melhorias realizadas nas embalagens e nos veículos também contribuíram para manter a integridade dos produtos até o seu destino final.

A Vivix tem avaliado constantemente seu serviço de entrega, expedição e monitoramento de encomendas por meio de pesquisas realizadas mensalmente com os consumidores, com o objetivo de fazer evoluir seus processos ao longo do tempo. “As cargas são agendadas para retirada de acordo com a conveniência dos clientes e dos nossos parceiros transportadores”, ressalta Francisco Conte.

Empilhando a carga
Parte do processo de logística envolve o acondicionamento e a embalagem das chapas em uma estrutura para protegê-las de riscos e avarias durante o transporte. Mas qual seria a melhor opção nesse sentido?

A resposta varia de empresa para empresa. Por muito tempo, o colar era a embalagem mais usada. Contudo, em 2013 a AGC trouxe para o Brasil os cavaletes: a usina considera esse um importante recurso que revolucionou o modo como os blocos de vidros são preparados e carregados, diminuindo o tempo de preparação de carga em quase 50% do tempo em relação aos colares – para Fernando Pereira e Antônio Carlos, essas estruturas também oferecem menor risco de incidentes durante a preparação.

Os cavaletes de fato se popularizaram no Brasil, mas isso não significa que outros equipamentos foram abandonados. De acordo com Santos, a Guardian trabalha hoje com uma série de opções, as quais incluem tanto cavaletes padrão (formato “A”) ou para vidros jumbo (formato “L”) como colares (formato “LI”), todos no modelo retornável. “Temos ainda a opção de utilização de caixas tipo moldura, para envios sem a necessidade do retorno da embalagem”, acrescenta o analista-sênior de Logística da empresa.

No caso da Vivix, os cavaletes são a estrutura utilizada quando o transporte dos vidros é feito pelo modal rodoviário. “O objetivo, além do olhar para o cliente e sua satisfação, é permitir que a carga chegue sem avarias e com a segurança necessária para a operação”, afirma Francisco Conte. Ele destaca haver cuidado e atenção da fabricante com a logística reversa desses materiais, a fim de que possam ser reaproveitados.

Valdimir Silva, gerente-corporativo de Logística da Cebrace, relata que a empresa utiliza dois tipos de cavaletes metálicos, sendo um desmontável para o transporte convencional e outro para o transporte em inloaders. “O cavalete desmontável permite maior aproveitamento na logística reversa, quando retorna vazio dos clientes”, ele explica.

Acompanhamento em tempo real
Entre as evoluções na logística das usinas, uma das mais importantes é a possibilidade de monitoramento da situação da carga, seja pela empresa, seja pelo próprio cliente.

A AGC, por exemplo, conta com um sistema rastreador online para controlar os pedidos. A empresa também faz uso de ferramentas tecnológicas para eleger a melhor definição de rota e realizar o monitoramento da carga dentro da fábrica ou já na estrada, permitindo a entrega dentro do prazo e com total segurança.

O monitoramento das cargas também é um ponto em que a Vivix busca sempre inovar. “Hoje temos o nosso portal Vivix Facilita. Cerca de 70% dos pedidos já são feitos dentro da plataforma, permitindo aos clientes esse acompanhamento de perto da situação da encomenda”, detalha Conte. O diretor de Operações da Vivix acrescenta que essa evolução no controle, com acompanhamentos mais digitais e automatizados, permite cada vez mais visibilidade sobre a jornada do pedido, não só para o cliente, mas também para todos os colaboradores da empresa envolvidos no processo.

A Cebrace também permite acompanhar os processos digitalmente, em tempo real. “Os clientes hoje conseguem visualizar as informações sobre seu pedido por intermédio de aplicativos de e-commerce. Isso se dá, por exemplo, no rastreamento dos veículos para entrega das cargas”, afirma Valdimir.

Na Guardian, a organização da logística é compartilhada com o cliente por meio de e-mails comunicando os status de cada fase da encomenda, desde o pedido até a entrega. Esse controle também está presente durante o transporte propriamente dito. “O monitoramento é realizado por meio do controle de rastreamento nos veículos. Com ele, podemos acompanhar por georreferenciamento a localização do transporte em execução”, explica Adriano Santos.

Pela terra…
Falamos até aqui da organização das encomendas e da embalagem delas – mas como as usinas fazem para levá-las aos clientes?

No Brasil, a malha rodoviária ainda é a principal opção para o transporte de cargas. Com isso, caminhões são os veículos mais utilizados para esse trabalho. Mas há vários tipos de veículo, cada um com capacidade para transportar um determinado limite de peso ou volume – e alguns deles também têm características diferenciadas no acondicionamento das chapas. As usinas costumam contar com vários modelos de veículos, afinal, um caminhão que transporte uma carga acima da sua capacidade irá quebrar, enquanto usar um veículo grande para transportar uma encomenda pequena representa desperdício de recursos.

Os tipos mais utilizados para o transporte das chapas são:

  • Truck — caminhão pesado, com eixo duplo na carroceria, e capacidade média de carga de 12 t;
  • Carreta — composta por cavalo mecânico (com dois eixos) e semirreboque (com três eixos), com capacidade média de 24 t;
  • Carreta “vanderleia” — semelhante à carreta, mas com três eixos no cavalo mecânico e maior espaçamento entre os três eixos do semirreboque, com capacidade média de 36 t;
  • Bitrem — combinação de dois semirreboques, com sete eixos e capacidade média de 38 t;
  • Rodotrem — combinação de dois ou mais semirreboques, com nove eixos e capacidade média de 50 t (para dois semirreboques);
  • Inloader — caminhão com baixo centro de gravidade e ausência de eixos entre as rodas do semirreboque. Sua capacidade média é de 24 t, mas pode ter variações menores (mini-inloader) ou maiores (bi-inloader).

“Trabalhamos com vários tipos de caminhão, mas buscamos sempre atuar com parceiros transportadores que nos ofereçam tecnologia e controle, com veículos pneumáticos e com rastreamento”, informa Santos, da Guardian.

…ou pelo mar
No caso da Vivix, além do transporte rodoviário, a usina também oferece a opção do modal marítimo. Francisco Conte explica que as cargas transportadas pelo mar passam pelo mesmo sistema de monitoramento: após o faturamento, a transportadora contratada envia atualizações diárias de localização, as quais são consolidadas e repassadas aos clientes. “Está sendo implementado o monitoramento de cargas automático, tanto no modal marítimo como no rodoviário, e em breve essa informação estará disponível na webservice para consulta dos nossos clientes.”

A Cebrace também trabalha com essa opção, ressaltando que há destinos em que o transporte rodoviário fica inviável, como em algumas cidades e Estados da Região Norte do País, onde a cabotagem predomina. “Também utilizamos o transporte marítimo para abastecimento de nossos centros de distribuição, que estão estrategicamente localizados em pontos que permitem o melhor atendimento a nossos clientes”, explica Valdimir Silva.

Qual o limite de percurso?
Todas as usinas deram a mesma resposta para essa questão: não há distância máxima para as entregas. A AGC, por exemplo, informa que atende todo o Brasil e alguns países da América do Sul, avaliando o percurso, o tipo de veículo e a tarifa de frete para realizar o transporte de vidro da fábrica até o cliente.

Portanto, quando for fazer seu pedido de vidros, lembre-se da verdadeira viagem que ele faz para chegar com qualidade e segurança à sua processadora.

Investimento na área pelo mundo
Segundo um relatório publicado este ano no portal Research and Markets, o mercado de logística na China é hoje o maior em termos de tamanho no mundo, e provavelmente crescerá ainda mais. Para incentivar essa tendência de crescimento, o governo da China estabeleceu metas claras para o futuro, com investimentos maciços na implementação da Belt and Road Initiative (BRI), plano de governo que consiste em aprimorar a infraestrutura de rotas terrestres e marítimas ligando o país a outros continentes. O relatório cita que, em 2018, as exportações chinesas aumentaram 25%.

No caso da Europa, de acordo com a Mordor Intelligence (empresa especializada em inteligência de mercado), os investimentos em logística no continente subiram para 38,64 bilhões de euros em 2020. Isso é impulsionado pelo enorme crescimento do comércio eletrônico na Europa. No entanto, a consultoria aponta que a falta de compromisso dos governos com o desenvolvimento de portos marítimos ou redes rodoviárias, somada à reconfiguração das cadeias de abastecimento, vêm dificultando o crescimento desse mercado.

Este texto foi originalmente publicado na edição 599 (novembro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: DZMITRY PALUBIATKA/stock.adobe.com

Guardian vende operações na Rússia

De acordo com comunicado emitido em julho por Dave Robertson, presidente e chief Operating Officer (COO) da Koch Industries (grupo proprietário da Guardian), os negócios da fabricante vidreira na Rússia foram vendidos para uma empresa privada do setor de construção. O acordo incluiu duas plantas locais que empregam cerca de 600 funcionários.

Este texto foi originalmente publicado na edição 597 (setembro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 

Crédito da foto de abertura: Reprodução

Associados da Abravidro visitam Sampa Sky

No dia 29 de junho, antes da abertura oficial da Glass South America, a Abravidro levou associados ao Sampa Sky, uma das mais novas e importantes atrações de São Paulo: a estrutura conta com dois decks retráteis feitos inteiramente de vidros, os quais oferecem aos visitantes a sensação de flutuar pelo céu da cidade. O passeio foi realizado em parceria com a Guardian, fornecedora de vidros para a obra. Os multilaminados temperados do Sampa Sky são feitos de quatro peças com 10 mm cada (sendo a externa de ClimaGuard SunLight e as internas de float incolor), unidas por PVBs estruturais da Eastman. A GlassecViracon é a responsável pelo processamento.

Este texto foi originalmente publicado na edição 595 (julho de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da imagem de abertura: Divulgação Abravidro

Glass 2022 – Expositores (parte 2)

 

O novo sistema Claroflex Pivot Side Lock, da Claroflex, destaca-se pelo fechamento lateral, dispensando a presença de trava nos painéis e, assim, mantendo a área envidraçada da sacada sem obstáculos visuais. O produto também proporciona maior estanqueidade, isolamento acústico e redução na troca de calor com o ambiente externo devido à forte compressão dos painéis e redução do espaço entre eles.

Claroflex

 

Uma das paredes do estande da Components foi parcialmente revestida com peças de vidro pintadas com suas tintas hidrossolúveis (à base d’água). Outra linha de tintas, também demonstrada no estande, é voltada para aplicação em ferragens, permitindo combinar suas cores às dos vidros.

Components

 

Cristal Quality exibiu suas linhas de vidros laqueados. A empresa trabalha tanto com pintura a quente (temperável junto com outros vidros) como a frio, com chapas nas cores branca, preta, cinza ou off-white – segundo ela, os produtos também podem ser laminados.

Cristal Quality

 

A novidade em destaque da Diamanfer era a presença da linha de produtos da Polivetro. A marca, fundada em 2019, fez sua estreia na Glass apresentando rebolos para brilho e polimento e óxido de cério. Além disso, via-se toda a linha de ferramentas diamantadas da Diamanfer, como rebolos periféricos, rebolos copo (metálicos e resina), brocas, fresas e escareadores.

diamanfer

 

Diamant e a Horizon dividiram o mesmo estande no pavilhão italiano para apresentação institucional das duas empresas. A primeira trabalha com ferramentas diamantadas, enquanto a outra fabrica persianas para aplicação em vidros insulados.

Diamant e Horizon

 

Diversas soluções em processados de valor agregado destacavam-se no estande da Divinal: além das linhas em parceria com Blindex (vidros para o boxe Power Box) e Cebrace (linha Habitat de controle solar), havia multilaminados e insulados, entre outros. Um dos chamarizes era uma instalação instagramável contendo um painel e um banco envidraçado – os visitantes faziam fila para tirar fotos no local.

divinal

 

A DXMAX participou pela primeira vez como expositora na Glass 2022. Seu destaque na feira foi o DX900, selante de silicone estrutural para vidros: segundo a empresa, o produto tem grande resistência a raios ultravioleta e a intempéries, alta elasticidade e opção nas cores branca, preta, cinza, bronze e incolor.

DXMAX

 

Mostrado ao vivo na Glass pela primeira vez no mundo, o novo interlayer da Eastman para laminados – Saflex FlySafe 3D – traz insertos tridimensionais e reflexivos para evitar que pássaros colidam com o vidro. Esses insertos (que cobrem menos de 1% da área do painel) captam a luz em diferentes ângulos e produzem um brilho sutil, alertando os animais sem comprometer a vista ou a beleza das fachadas.

 

eastman

Além dos equipamentos de proteção individual (EPIs) já conhecidos no mercado, a Exfak deu atenção especial a seu uniforme resistente a corte, composto de balaclava, camisa e calça feitas de fio de Spectra (fibra de vidro). Outra novidade foram os óculos de proteção conjugados com protetores auriculares. As duas soluções são patenteadas pela empresa.

Exfak

 

A FDS Glass representa na América do Sul mais de 20 fabricantes chineses e europeus de maquinários e equipamentos para o nosso setor. Na Glass 2022, a empresa usou seu estande para se apresentar aos visitantes e fortalecer sua marca, a fim de contribuir para a expansão de seus negócios no Brasil.

FDS Glass

 

O estande da Fenetech teve como objetivo apresentar aos visitantes o software FeneVision ERP, voltado para gerenciar, visualizar e analisar todas as áreas das operações das indústrias vidreiras, com a unificação de todas as funções do negócio em um sistema, desde a estimativa à programação, produção, faturamento e envio do nosso material.

Fenetech

 

O Grupo Fenzi dedicou seu estande para mostrar as soluções das marcas Alu-Pro, Fenzi e Tecglass. O destaque foi o perfil warm edge Chromatech Ultra, para vidros insulados. As tintas para espelhos e as decorativas para vidro foram exibidas já aplicadas em peças presentes no espaço.

 

Fenzi

 

O estande institucional da Finoglas apresentou todas as linhas para lapidação, mesas de corte, lavadoras e outros produtos da empresa (bem como os da Mountain e da Taketech) em vídeos nos telões espalhados pelo espaço.

finoglass

 

No estande da Finotech, a empresa apresentou sua linha de adesivos e selantes de silicone acrílico para aplicações com vidro nos segmentos de construção civil e fachadas.

Finotech

 

A película inteligente TecNeo (da startup de mesmo nome) foi mostrada em laminados presentes no estande da Fise. O produto é feito de cristal líquido e, além de permitir integração visual ou privacidade aos ambientes com a possibilidade de mudança entre o estados transparente e translúcido, ele também possibilita a projeção de imagens no vidro, controle solar e proteção contra raios ultravioleta.

Fise

 

O estande da Forel teve um telão exibindo vídeos de suas diversas linhas de maquinários. A empresa dedicou atenção especial à apresentação das soluções para fabricação de vidros insulados, indicadas para empresas que atendem o segmento de refrigeração ou para a área de construção civil.

Forel

 

Uma porta de vidro instalada no estande da FVT Acessórios mostrava as dobradiças jumbo inferior e superior reforçadas da empresa, feitas de latão, bem como a nova fechadura com maçaneta 1520 TA, de zamac, para vidros com espessura de 8 ou 10 mm.

FVT Acessórios

 

A linha Colorato de suportes de policarbonato chamou a atenção no estande da GDS: o produto está disponível em várias opções de cores vibrantes, além de ser resistente e prático de instalar. Os visitantes também puderam ver a fenda Flex (que comporta quatro milimetragens diferentes, de 4 a 8 mm), os espelhos orgânicos e as molas de piso da empresa.

GDS

 

O destaque no estande da Gemata foi a Sprayglass, máquina da Rollmac (braço da empresa) para a aplicação de tinta em placas de vidros com sistema de pulverização automático. O produto foi mostrado em funcionamento no estande, e duas unidades da máquina foram vendidas durante a feira.

Gemata

 

A General Glasses exibiu peças de vidro laminadas com diferentes opções na sua linha de interlayers de PVB e EVA: além das opções incolores básicas, o catálogo inclui películas coloridas e outras com benefícios adicionais, como interlayers acústicos e estruturais. Segundo a empresa, os produtos estão disponíveis para laminação de vidros com todas as medidas buscadas no mercado.

General Glasses

 

O grupo italiano Giardina, fabricante de máquinas para pintura de vidro (com spray ou com rolo), marcou presença com a Marval, seu braço voltado para a produção de linhas para insulados (incluindo extrusoras de perfis e robôs selantes) e lavadoras.

giardina-marval

 

A Glass Company exibiu vídeos da Lasermek, máquina a laser com variadas funções, como corte e perfuração do vidro ou remoção de coatings de sua superfície. O estande também trazia informações sobre a Firemek, máquina para a produção de vidros resistentes ao fogo.

Glass Company

 

A Glass Online usou seu estande para apresentar a revista Glass-Technology International. Trata-se de uma das principais revistas internacionais para profissionais envolvidos nas indústrias de vidros plano e curvo, desde as fábricas de float até os processadores e instaladores, entre outros elos da cadeia.

Glass Online

 

O destaque da Glassinox foi o Box Moove: segundo a empresa, ele proporciona a maior abertura de vão do mercado, otimizando o aproveitamento de espaço. O Box Esfera também chamou a atenção, com fechamento até o teto, mantendo o vapor d’água somente na área interna, além de ter um design diferenciado desenvolvido em parceria com arquitetos.

Glassinox

 

Os robôs da ABB para rotação de vidros em lapidadoras, vistos no espaço da Glassparts, fizeram sucesso: diversos cartazes de “vendido” foram colados no maquinário exposto na feira, indicando a alta procura dos clientes por soluções de automação. Outros equipamentos para processamento também podiam ser conferidos por lá, incluindo a lapidadora ZM9, de nove rebolos, da chinesa Enkong.

glassparts

 

A fabricante de ferragens e acessórios para vidros Glasspeças levou sua linha de produtos nos padrões Santa Marina e Blindex 3000 e 2000. Completando 25 anos, a empresa ofereceu gratuitamente um catálogo especial sobre seus itens – a publicação tem mais de 150 páginas e traz diversas informações técnicas. Dois lançamentos foram revelados: o acabamento na cor rosé e a torre pivotante (para peças de 1 x 2,60 m).

glasspeças

 

A Glassteck Ferragens mostrou em seu estande as cores especiais para suas ferragens de alumínio: além das opções comuns como a cromada, branca e preta, todas elas também estão disponíveis nas cores rosé, dourada, dourada escovada e ônix. Outra novidade são os carrinhos de piso para portas deslizantes, que suportam até 100 kg.

Glassteck Ferragens

 

A biseladora ZX261C e a lapidadora ZX9325P foram os destaques no estande da Globral Internacional: segundo a distribuidora, representante exclusiva da marca ZXM no Brasil, ambos os produtos têm qualidade avançada, preço competitivo e estão disponíveis em estoque para pronta entrega. A empresa também faz a instalação das máquinas para os clientes, com técnicos próprios.

Globral Internacional copiar

 

Várias empresas estrangeiras representadas pela GR Gusmão no Brasil estavam presentes no estande da marca, incluindo a Macotec (mesas de corte para monolítico e laminado), Tecglass (impressão digital em vidro) e Fenzi (insumos para insulados, como perfis e selantes). De fabricação nacional, os destaques eram as ventosas e os classificadores da Lock Metalúrgica, cujo funcionamento foi demonstrado ao vivo durante o evento.

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Dois produtos foram lançados pela Guardian: o Bird1st (vidro com padrão impresso para evitar choques de pássaros) e o Espelho Âmbar. A usina divulgou ainda o Guardian Plus, programa de fidelidade para vidraceiros e fabricantes de esquadrias, e revelou os vencedores do Top Projects, prêmio para obras que usam seus vidros de controle solar – venceram os edifícios Helbor Wide (categoria residencial) e Birmann 32 (comercial), ambos de São Paulo. A atriz Ellen Rocche, garota propaganda da marca, também esteve no estande interagindo com visitantes.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 595 (julho de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 

Créditos das fotos: Marcos Santos e Meryellen Duarte

Fachada de mansão paulista tem vidros de controle solar

A Residência Gênesis parece uma daquelas casas estrangeiras que já mostramos algumas vezes nesta seção “Vidro em obra”. A estética moderna, o uso de vidros tecnológicos, a intensa interação entre interior e exterior permitida por nosso material… Tudo faz parecer crer que seja um projeto internacional de alto padrão. Mas a realidade é que ela está aqui, em nosso país – o que só reforça como nossa arquitetura e design de interiores não devem em nada aos feitos em outros lugares do mundo.

Localizada em Alphaville, bairro nobre de Barueri (SP), a 40 minutos da capital, a casa recebeu cerca de 500 m² de vidro de controle solar, responsáveis não apenas por regular o clima dentro da construção, mas também por proteger móveis da ação dos raios ultravioleta.

Na tendência verde
Projetada pela Alca Engenharia, a obra tem 1.880 m² construídos. Como a sustentabilidade é um de seus principais conceitos, a casa ganhou tecnologias que diminuem o impacto do empreendimento ao meio ambiente – ao mesmo tempo que trazem bem-estar aos ocupantes.

Um dos destaques são os fechamentos em steel frame, um sistema construtivo formado por perfis de aço galvanizado que gera uma quantidade mínima de resíduos. Além deles, a obra conta com painéis fotovoltaicos para a geração de eletricidade limpa e ainda com um sistema de reaproveitamento da água da chuva.

Janelas para a natureza
Aproveitar ao máximo a vista da paisagem é outra prioridade. E, para garantir isso, foram criados vãos enormes, de 5 m de altura por 15 de largura, os quais receberam peças do ClimaGuard SunLight, da Guardian. “O material possibilitou toda a integração necessária, sem nenhuma interferência”, conta a arquiteta Christiana Arantes, autora do projeto.

A iluminação natural no interior dos cômodos é total – o que contribuiu bastante para a redução no consumo de eletricidade com ar-condicionado e luzes artificiais, por exemplo. “Em quase todos os ambientes projetamos uma claraboia de vidro para possibilitar ainda mais entrada de luz natural, já que há grande incidência de sol na casa”, relata Christiana.

Nosso material não marca presença somente nas fachadas. Todas as paredes da suíte master são de vidro, incluindo as do banheiro no espaço. Por isso, não se esqueça: se estiver com dúvidas sobre qual material pode proporcionar ar moderno a uma construção, escolha o vidro.

A grandiosidade da Residência Gênesis
– 6 suítes
– Piscina aquecida
– Academia
– Quadra de squash
– Elevador panorâmico
– Garagem com vaga para 20 automóveis
– Adega climatizada

Ficha técnica
– Obra: Residência Gênesis
– Autor do projeto: Alca Arquitetura
– Local: Alphaville (Barueri, SP)
– Fabricante dos vidros: Guardian
– Fabricante das esquadrias: TecLine
– Instalação dos guardas-corpos, adega, boxe e espelhos: Vidros Quitaúna

Este texto foi originalmente publicado na edição 594 (junho de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Edson Ferreira

Guardian tem novidades dentro e fora do Brasil

A fabricante lançou no Brasil o SunGuard HP Select Gold (foto), vidro de controle solar que integra a Série High Performance. Com tonalidade dourada, o produto foi desenvolvido para suprir a demanda da arquitetura por vidros de impacto estético e, ao mesmo tempo, atender exigentes requisitos de performance. Segundo a empresa, o SunGuard HP Select Gold bloqueia, aproximadamente, 66% do calor e permite a entrada de 37% de luz solar no ambiente interno.

Na Europa, a Koch Industries (grupo proprietário da Guardian) anunciou que a fabricante vidreira fechará suas duas plantas para fabricação de vidro na Rússia. Segundo Dave Robertson, presidente e Chief Operating Officer (COO) da Koch Industries, as sanções anunciadas ao país no início de abril, combinadas com a resposta do governo russo, tornaram as condições insustentáveis para a companhia continuar as operações por lá. A Guardian afirma que está trabalhando com sua equipe de gerenciamento local para encontrar uma estratégia de saída que mantenha seu compromisso com a segurança dos cerca de 600 funcionários afetados.

Crédito da imagem de abertura: Divulgação Guardian

Este texto foi originalmente publicado na edição 593 (maio de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Guardian lança programa de fidelidade

Direcionado a vidraceiros e fabricantes de esquadrias, o Guardian Plus tem como objetivo estreitar o relacionamento da marca com profissionais da cadeia vidreira, proporcionando maior valor para seus negócios. Entre os benefícios oferecidos pelo programa, estão a possibilidade de essas empresas se associar à marca Guardian, receber materiais de comunicação para suporte nas vendas — como mostruários e displays — e ter prioridade nos lançamentos de novos produtos e novidades da marca, além de poder participar de treinamentos, eventos e ações cooperadas para geração de demanda. Também está contemplado no Guardian Plus um sistema de pontos, com premiações de acordo com o volume de compra. A atriz Ellen Rocche é a estrela da campanha publicitária do programa. As inscrições passarão por análise da Guardian para aprovação.

Crédito da imagem de abertura: Divulgação Guardian

Este texto foi originalmente publicado na edição 592 (abril de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

O Simpovidro está de volta!

Se os eventos presenciais ganharam força total em 2022, um dos mais importantes de nosso setor não poderia ficar de fora: o Simpovidro está de volta! A 15ª edição do maior encontro vidreiro da América Latina será realizada de 17 a 20 de novembro no Club Med Rio das Pedras, localizado na cidade fluminense de Mangaratiba, a cerca de 100 km da capital. Prepare-se para dias de conteúdo profissional de primeira qualidade, networking e lazer em meio a um resort all inclusive fincado em um dos litorais mais belos do Brasil.

Reencontro
O simpósio recebe não só participantes brasileiros mas de diversas partes do mundo, todos interessados em trocar conhecimentos e fechar negócios. E a edição deste ano é especial por diversos motivos:

– É o primeiro Simpovidro depois da pandemia, marcando de vez o retorno dos eventos do setor;

– É a oportunidade perfeita para rever antigos clientes depois de muito tempo de isolamento – e também conhecer futuros parceiros;

– Após quase 20 anos, o Simpovidro volta a ser realizado no Sudeste, em um dos mais belos e luxuosos resorts da região;

– O Club Med Rio das Pedras será exclusivo para os participantes do Simpovidro. Isso significa que apenas os profissionais vidreiros e suas famílias estarão no hotel durante o encontro.

“Retomar o Simpovidro é tarefa que deixa a Abravidro muito honrada. Por isso, reencontrar todos no final do ano servirá como mais uma prova de união do setor, algo fundamental para nos preparar para mais um ciclo de crescimento”, reflete José Domingos Seixas, presidente da Abravidro.

Conheça o Club Med Rio das Pedras

Crédito: Club Med Rio das Pedras
Crédito: Club Med Rio das Pedras

 

Em estilo neocolonial e à beira de uma praia de areia dourada, esse resort está localizado em meio à Costa Verde fluminense, em plena Mata Atlântica, uma das florestas tropicais com maior biodiversidade do planeta. O Club Med possui o certificado Travellers’ Choice 2021, do site de avaliação de hotéis Trip Advisor, prêmio voltado a estabelecimentos que oferecem serviços de excelência e são bem avaliados pelos hóspedes. Além de toda a beleza natural, o local possui estrutura de primeira qualidade para seus hóspedes, contendo:

– Sistema all inclusive, com refeição e bebidas (incluindo alcoólicas) à vontade;

– 2 restaurantes, sendo um de especialidades brasileiras;

– 4 bares (além de 1 premium pago à parte e 1 exclusivo para a categoria La Réserve de acomodações);

– 4 piscinas (incluindo 1 mais afastada e exclusiva para maiores de 16 anos, chamada “piscina calma”, 1 do Mini Club e 1 exclusiva para a categoria La Réserve de acomodações);

– Modalidades esportivas como tênis, tênis de praia, futebol, handebol e vôlei, escola de tiro com arco, esqui aquático, wakeboard e caiaque;

– Recreação infantil com monitores (para crianças a partir de 4 anos).

Outro diferencial do Club Med Rio das Pedras é a localização: está a pouco mais de 100 km do Aeroporto Internacional do Galeão e do Aeroporto Santos Dumont, ambos no Rio de Janeiro. Para quem parte de São Paulo, a distância é de cerca de 400 km e o acesso de carro é fácil para quem mora nos Estados da Região Sudeste.

Acomodações

Crédito: Club Med Rio das Pedras
Crédito: Club Med Rio das Pedras

 

 

Os participantes poderão escolher entre três modalidades de acomodações (mais informações no site www.simpovidro.com.br):

Superior: área de 27 ou 37 m², com ocupação máxima de 3 a 5 pessoas;

Deluxe: área de 27, 37 ou 41 m², com ocupação máxima de 3 a 5 pessoas;

La Réserve: são as acomodações mais luxuosas do Club Med Rio das Pedras. A Suíte tem 70 m² e conta com sala de estar separada, closet, banheira e varanda com vista para o mar e para a Mata Atlântica. Já a Penthouse, localizada no último andar, tem 120 m², tudo o que a Suíte reserva e ainda um ofurô conectado ao toalete. Ambas são configuradas exclusivamente com uma cama de casal, para até dois ocupantes.

Diferenciais do La Réserve:
– Piscina exclusiva com borda infinita
– Café da manhã continental servido no quarto
– Champanhe servido na taça às 18h no salão particular
– Serviço de bar e snacking privativo na conciergerie
– Minibar (bebidas não alcoólicas) reabastecido diariamente
Wi-Fi Premium
– Roupão de banho
– Chinelos
– Toalha de praia disponível no apartamento

INSCREVA-SE, JÁ!
Basta acessar o site www.simpovidro.com.br e se cadastrar. As vagas são limitadas!
Informações? Dúvidas?
Entre em contato com a Central de Atendimento Simpovidro pelo telefone (11) 3873-9908.

Patrocinadores do 15º Simpovidro
– AGC
– Cebrace
– Guardian
– Vivix

Seja apoiador do encontro!
Tenha visibilidade nacional e internacional ao atrelar sua marca ao maior encontro vidreiro da América Latina. Entre em contato com Rosana Silva pelo e-mail rsilva@abravidro.org.br ou tel. (11) 3873-9902 e veja as condições.

Crédito da imagem de abertura: Club Med Rio das Pedras

Este texto foi originalmente publicado na edição 592 (abril de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Top of Mind Casa e Mercado 2021 apresenta vencedores

A edição 2021 do Top of Mind Casa e Mercado teve a cerimônia realizada e transmitida no dia 9 de dezembro. Promovida anualmente pela revista Casa e Mercado, a premiação tem como objetivo o reconhecimento e a valorização das marcas mais lembradas pelos especificadores de arquitetura e design de interiores. Diversas empresas de nosso setor estão entre as homenageadas. A Blindex e a Guardian receberam dois prêmios cada: a primeira na categoria Boxe para Banheiro, e a segunda na de Espelhos – e ambas ganharam na categoria Vidros em Geral. A Reiki recebeu o prêmio em Sistema de Fechamento de Sacadas, enquanto quatro empresas dividiram o de Esquadrias: Weiku, Sasazaki, Talentus Esquadrias e Claris.

Crédito da imagem: Reprodução

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

LLUM Batel recebe prêmio internacional de sustentabilidade

O edifício curitibano LLUM Batel venceu a edição 2021 da Leed Homes Awards, premiação que celebra anualmente alguns dos projetos residenciais com certificação Leed mais inovadores e transformadores do mundo. A obra, executada pela Construtora Laguna, foi contemplada como o Projeto do Ano, pelo seu desempenho excepcional no sistema de classificação Leed e também foi um dos trabalhos laureados com o prêmio de Projeto Multifamiliar Excepcional. A edificação, que já apareceu em reportagem de O Vidroplano (edição de outubro de 2019), tem 3 mil m² de laminados do vidro de controle solar SunGuard Light Blue 52 on clear, da Guardian. As peças foram processadas pela Blue Glass.

Crédito da imagem: Studio Connecta

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

O que nosso setor pode esperar para 2022?

Apesar da variante Ômicron, parece que enfim dá para enxergar o fim da pandemia – ou algo próximo à vida antes dela – graças à vacinação contra a Covid-19, cada vez mais abrangente no País. E a grande pergunta que paira no ar é: quando o mercado de vidro conseguirá retomar o crescimento?

A resposta depende de vários fatores, e é isso que esta reportagem especial de O Vidroplano mostra. Como já é tradição há vários anos, conversamos com as usinas nacionais e empresas fornecedoras para a indústria de transformação (maquinários, acessórios e insumos) para saber como foi o 2021 de cada uma e suas perspectivas para 2022. Além disso, mostramos o desempenho do ano passado de alguns dos principais segmentos consumidores de vidro.

Gargalos atrapalham indústria
Segundo o estudo Economia brasileira 2021-2022, publicado em dezembro pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a produção industrial brasileira no ano passado deve fechar com desempenho negativo, causado principalmente pelos gargalos nos processos produtivos em diversos setores. O reflexo disso está na escassez ou no aumento acentuado do preço de insumos essenciais. O alto custo da energia elétrica e dos derivados do petróleo também é um dos fatores relevantes para esse resultado – o barril de petróleo, por exemplo, está 30% mais caro do que antes da pandemia. E tudo leva a crer que tais gargalos também ocorrerão em 2022.

Olhando de forma específica para a indústria de transformação, onde se encaixam as processadoras vidreiras, a entidade espera um crescimento de 5,2% para o ano passado, o que representa uma revisão para baixo da previsão de crescimento de 7,9% divulgada anteriormente. A queda se deveu exatamente pela falta de resolução desses gargalos produtivos. Para 2022, a expectativa é de um ritmo fraco, com crescimento de apenas 0,5%. Vale ressaltar que, enquanto a atividade econômica como um todo teve pico de atividade no primeiro trimestre de 2021, o da indústria de transformação se deu mais pra trás, no final de 2020.

Outros dados importantes
Na edição mais recente do estudo Indicadores Industriais, publicada em outubro pela CNI, revela-se que o faturamento da indústria de transformação está numa tendência de baixa desde o começo do segundo semestre do ano passado: caiu 2% em relação a setembro, terceira queda mensal consecutiva.

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Deflator: IPA/OG-FGV

 

Apesar de menor que nos meses de maio a agosto, a produção industrial se manteve estável de setembro a novembro, chegando a 50,4 pontos na última medição da Sondagem Industrial (edição de novembro).

De olho no futuro, a indústria inicia 2022 com confiança menor do que em anos anteriores. O Índice de Confiança do Empresário Industrial, mais um estudo da CNI, recuou 0,7 ponto em janeiro, chegando a 56 pontos. Acima dos 50 significa confiança positiva – mas na comparação com dezembro, os empresários parecem confiar menos nos negócios a serem feitos.

 

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Como o vidro pode encarar 2022
O que nosso setor pode extrair desses números? Para Sérgio Goldbaum, economista da GPM Consultoria Econômica, empresa responsável pelo Panorama Abravidro, existem dois fatores a serem levados em conta. “De um lado, as expectativas para a indústria e para a demanda de insumos nos próximos seis meses continuam positivas. Mas, de outro, o forte aumento da Selic, a taxa básica de juros da economia, promovido pelo Banco Central ao longo do segundo semestre de 2021, sugere que o ciclo de obras da construção civil esteja se aproximando do fim.” Como uma Selic alta afeta diretamente também a indústria automotiva, outra importante consumidora de vidro processado, vale acender um sinal de alerta: “Acho que há motivos para o mercado iniciar 2022 com alguma cautela”, justifica Goldbaum.

 

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Imagem: Aleksei/stock.adobe.com

 

Por isso, a retomada de um crescimento no nível do começo da década passada talvez não esteja tão perto – mas é impossível cravar qualquer prognóstico, até pelas incertezas que a pandemia ainda gera. “Não sei se podemos falar em ‘retomada’, pois, retrospectivamente, o desempenho do setor não foi tão negativo nos últimos dois anos, ainda que tenha sido heterogêneo do ponto de vista regional”, analisa o economista. “Além disso, os dados da CNI mostram que ainda há tração na atividade, apesar de o aumento da taxa de juros sugerir um desaquecimento da economia no médio prazo. No curtíssimo prazo, imagino que a variante Ômicron deva afetar a mão de obra em vários segmentos, desfalcando equipes, mas se tudo der certo será um efeito passageiro e transitório.”

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O presidente da Abravidro, José Domingos Seixas, também enxerga com cautela as possibilidades para este ano. “O bom desempenho do setor no final de 2020 não se repetiu da forma que esperávamos em 2021. Esperamos que, com a vacinação bem adiantada, a vida possa voltar ao normal em 2022, retomando assim o ciclo normal de consumo de nosso produto”, afirma.

Números da construção
O constante aumento no valor dos materiais de construção foi a principal marca desse segmento em 2021, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) subiu 13,46% de janeiro a novembro do ano passado – é o maior patamar desde 2003. Apesar de o vidro não estar presente na lista dos insumos mais caros, as esquadrias de alumínio estão, apresentando aumento de mais de 44%. “Essa situação gera um descasamento da renda da população com o preço dos imóveis, o que é preocupante”, comenta o presidente da entidade, José Carlos Martins.

Mesmo assim, o bom momento desse setor no final de 2020 continuou em 2021: os cálculos devem indicar que a construção cresceu 7,6%, melhor desempenho dos últimos dez anos. No entanto, esse resultado positivo esconde que esse ramo está 27,44% inferior ao do pico de atividades alcançado em 2014. “Podemos dizer que 2021 foi o ano do mercado imobiliário como reflexo do que aconteceu em 2020. O crescimento foi sustentado pelo que já estava contratado e não será possível manter o atual nível de desempenho se não forem tomadas medidas urgentes para repor a capacidade de compra das famílias de baixa renda”, enfatiza Martins.

Para 2022, a CBIC projeta crescimento de 2%, inferior ao do ano passado. Isso se deve justamente pela alta das taxas de juros, comentada por Sérgio Goldbaum, e também pela queda do poder de compra da população.

 

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Imagem: phonlamaiphoto/stock.adobe.com

 

Números do automotivo
Na medição da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o desempenho desse segmento em 2021 teve ligeira melhora na comparação com 2020. Ainda assim, ficou abaixo do potencial de demanda interna e externa por automóveis. “A crise global de semicondutores provocou paralisações de fábricas ao longo do ano por falta de componentes eletrônicos, levando a uma perda estimada em 300 mil veículos”, explica o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes.

Em relação à produção, dezembro fechou como o melhor mês do ano, com 210.900 veículos. O total anual foi de 2,24 milhões de unidades, o que representa alta de 11,6% sobre 2020. Isso fez o Brasil retomar a 8ª colocação no ranking mundial de fabricação. Dezembro também teve o maior volume de vendas do ano passado (207.100 unidades licenciadas). Apesar disso, o número coloca esse mês como o pior dezembro dos últimos cinco anos.

Para 2022, o prognóstico é de 2,3 milhões de veículos vendidos (alta de 8,5% sobre 2021) e 2,46 milhões de unidades produzidas. “Apesar das turbulências econômicas e do ano eleitoral, apostamos numa recuperação de todos os indicadores da indústria, os quais poderiam ser ainda melhores se houvesse um ambiente de negócios mais favorável e uma reestruturação tributária sobre os produtos industrializados”, reflete Moraes.

Visão vidreira
A seguir, veja o que disseram as empresas de maquinários, ferramentas e insumos que retornaram o contato de O Vidroplano a respeito do mercado e seus prognósticos para 2022. Na sequência temos a opinião das usinas nacionais sobre esses tópicos.

 

Bottero
Registramos um saldo positivo relativo às vendas entre agosto de 2020 e agosto 2021, o que superou nossas expectativas. O cenário do ano passado em relação ao retrasado foi favorável devido à reposição da força de trabalho e ao avanço da vacinação, combinados com a retomada mais forte da atividade econômica, graças à expansão da construção civil em 2021. Este ano ainda será complexo, com a manutenção do vírus voltando a ameaçar a economia e trazer incertezas. No entanto, devemos sempre aceitar obstáculos como necessários e abraçar o novo, além de não deixar de investir para que se alcancem resultados diferentes.
Mauro Faccio, gerente de Vendas Regional

 

Diamanfer
O ano de 2021 foi um de altos e baixos, com muita dificuldade na administração em relação à elevação de custos. No entanto, seguindo a evolução positiva do setor, foi um período de crescimento e bons resultados. Temos boas perspectivas de negócios para 2022. Acreditamos na continuidade dos negócios, principalmente na área da construção civil, arquitetura e decoração de interiores. Porém, sugerimos atenção e cautela quanto à evolução da pandemia, situação política do País e até área esportiva, pois teremos Copa do Mundo – associada a tudo, ela também pode influenciar a economia.
José Pedro Ruiz, diretor comercial

 

Eastman
O ano passado foi positivo para a Eastman, principalmente se levarmos em conta que os desafios nas mais diversas áreas ainda permanecem ativos e seguem impondo o ritmo da economia global. A questão logística, o grande tema de 2021, seguirá apresentando papel importante à medida que os novos desafios se apresentam. Do lado positivo, destaco a dedicação e resiliência de nossa equipe em fazer as coisas acontecerem dentro de um ambiente de incertezas e desafios nunca antes enfrentados. Estamos otimistas com as oportunidades que se apresentam para 2022.
Daniel Domingos, gerente-comercial para América Latina

 

GlassParts
Tivemos resultados satisfatórios em 2021 e notamos que, apesar da falta de muitos insumos e os constantes aumentos de matérias-primas, o mercado se manteve comprador com um saldo muito positivo. A demanda aumentou como um todo, o que contribuiu para que as empresas fizessem investimentos e aumentassem seu consumo de insumos. Isso acabou gerando um prazo maior para atender as demandas, fora questões como o dólar muito instável e o preço dos fretes internacionais disparando. Vários fatores contribuem para que o ano de 2022 seja de incertezas. Apesar desses fatores, o mercado tem de se descolar desse cenário, pois temos diversos eventos este ano que contribuirão para fomentar o setor.
Ricardo Costa, diretor-comercial

 

AGC
2021 confirmou o fato de que as famílias passaram a valorizar mais o ambiente em que vivem. Apesar das dificuldades, agravadas pela instabilidade política e econômica, o saldo foi muito positivo, principalmente para a construção civil, mas também em menor nível para a movelaria e linha branca. Nossas linhas ficaram com percentual acima dos 100% de utilização no período.

Podemos acrescentar que o saldo do balanço entre oferta e demanda foi de significativa falta no primeiro semestre, para uma pequena sobra na parte final, reflexo da inflação e subida de juros, além da redução da confiança do consumidor e indústria. O setor conseguiu recuperar os estoques mais para o fim, e isso nos dá um certo conforto para entregar melhores serviços aos clientes. Mas, ao mesmo tempo, acende um alerta, pois as incertezas podem levar o mercado a atitudes precipitadas. A rentabilidade de todos poderá ser impactada por ações de poucos. Então, coerência e cautela são necessárias.

O aprendizado da companhia em uma situação tão extrema e inédita contribuiu para passarmos por uma otimização brutal de recursos. Essa foi a forma de superar a inflação dos insumos básicos essenciais ao nosso setor, a qual afetou e continua afetando severamente os custos de produção e logística. Antes da crise, um planejamento do forno float era feito para seis meses, com pequenas alterações de uns dias a mais ou menos daquela cor ou espessura. Agora, descobrimos que é possível melhorar o atendimento, reduzir tempos de troca e desafiar todo o time.

Em 2022, podemos esperar um crescimento moderado ou estagnação de alguns setores, como o moveleiro e de linha branca. Esperamos um crescimento significativo do automotivo, pois esse setor está ávido disso: tem capacidade instalada, pedidos e filas de espera, sendo uma fórmula perfeita para crescer. Em relação à construção, esperamos uma guinada do segmento de reformas e melhorias para a conclusão e avanço dos lançamentos, além dos investimentos em infraestrutura de que o País sempre carece.

E neste Ano do Vidro, precisamos evoluir na comunicação e na normalização para podermos gerar mais valor percebido. O consumidor ainda não compreende todos os benefícios do vidro e todo o potencial que ainda podemos ofertar, e essa tarefa é nossa!
Isidoro Lopes, diretor-geral da Divisão de Vidros Arquitetônicos América do Sul

 

Cebrace
Os segmentos industriais, além de sofrer com a escassez de alguns insumos, como acompanhamos no segmento automotivo, ainda sentiram oscilações negativas em seus mercados, principalmente aqueles ligados ao varejo, moveleiro e de linha branca. Por outro lado, a construção civil alcançou, na maior parte do ano, bons números de vendas e lançamentos, ainda que também impactada no último trimestre. Independentemente das oscilações desses segmentos, conseguimos atender nossos parceiros de forma plena, procurando otimizar as produções para suprir as necessidades do mercado e contando com um ótimo desempenho de nosso parque industrial. Em 2021, o comportamento foi mais linear em boa parte do tempo, permitindo sermos mais assertivos com relação ao planejado.

O impacto negativo está alinhado com os grandes aumentos de insumos para todos os setores. Tivemos também efeitos negativos relacionados a alguns dos principais indicadores que influenciam a economia, como alta taxa de desemprego, principalmente nas classes mais baixas, além de alta da inflação, reduzindo o poder de compra. Tivemos o maior choque de juros dos últimos 20 anos. Esperamos que para 2022 haja melhor equilíbrio desses indicadores, para que assim o mercado se desenvolva.

Para o mercado da construção civil, que representa 80% do mercado do vidro, tivemos ainda a divulgação recente da Fundação Getúlio Vargas de que o PIB para esse ramo recuou para a previsão de 2% de crescimento. Podemos dizer que, nesse segmento, ainda teremos reflexos do boom nas vendas e lançamentos dos últimos dois anos, sabendo que a entrada do vidro acontece no final da obra. Por isso, ainda será necessário entender o quanto de impacto será sofrido com a acomodação do mercado da reforma, coadjuvante do crescimento do vidro recentemente.

Entendemos que, para enfrentar os desafios que estão por vir, devemos continuar investindo em inovação e agregar valor aos nossos produtos e serviços, assim como estar atentos às oportunidades da evolução digital. Também é preciso cautela com a pandemia. No último ano, perdemos amigos no setor e será essencial continuarmos atentos aos protocolos de prevenção.

Com isso, nossa mensagem para o mercado vidreiro é a de que, com desenvolvimento e sustentabilidade, a categoria deverá se fortalecer na economia nacional.
Leopoldo Castiella e Manuel Corrêa, diretores-executivos

 

Guardian
Acredito que foi um ano positivo e de restabelecimento de negócios, após um 2020 tão adverso e afetado pela pandemia. Mantivemos um bom equilíbrio entre suprimento e demanda por vidros até o terceiro trimestre, mesmo com os desafios impostos na cadeia de suprimento, os quais não nos permitiram restabelecer os níveis ideais de estoque ao longo desse período. Já no quarto trimestre, houve retração da demanda, o que possibilitou melhorar a recomposição do estoque.

Sobre o mercado de vidros planos, sem dúvida ele passou por uma transformação muito grande. Foram fundamentais para o progresso do setor os modelos de gestão aplicados na melhoria de processos para atender as necessidades dos clientes. Por outro lado, a situação econômica do Brasil deteriorou-se ao longo do ano passado e reduziu o poder de compra dos consumidores. O preço dos vidros considerados commodities estava pressionado em 2019 por uma oferta maior do que a demanda, o que reduziu o valor do produto. Com o início da pandemia, existe uma preocupação maior em trabalhar com estoques mais equilibrados.

Com certeza, a queda no poder de compra teve papel significativo nos resultados de 2021, especialmente no segundo semestre. Isso, somado a outros fatores, como os desafios políticos e econômicos e a inflação pressionando os custos das principais matérias-primas para a produção de vidro, nos coloca em posição de alerta no início deste ano. Contudo, o potencial de melhora do mercado de vidros planos é muito grande.

Com base no atual cenário macroeconômico e de incertezas políticas, esperamos um ano com menor crescimento em comparação ao anterior, mas ainda positivo para todos os mercados consumidores. A construção civil, por exemplo, deverá sofrer redução no ritmo de atividade, em função da queda do poder de compra e da elevação dos juros. Por outro lado, a demanda deve continuar positiva graças aos lançamentos imobiliários realizados nos últimos anos.

Por isso, o setor precisa continuar se transformando e investindo em novas tecnologias para produtos e soluções de alto valor agregado. Somado a isso, o avanço da profissionalização da cadeia vidreira é fundamental para trazer soluções inovadoras para os consumidores e, consequentemente, valorizar os negócios.
Renato Poty, diretor-executivo

 

Vivix
No primeiro semestre de 2021, nós tivemos uma demanda de mercado bastante expressiva, com excelentes resultados. No segundo semestre, o saldo também foi positivo, porém menor em comparação ao período inicial do ano.

Em 2020, todos nós fomos pegos de surpresa com a rápida necessidade de isolamento social e os novos formatos de comunicação e de trabalho. Hoje, operamos nesse cenário de pandemia de forma planejada e estruturada. Isso nos permitiu voltar a pensar nas estratégias de longo prazo e nas suas adaptações ao mundo atual, que, com continuidade ou não da pandemia, mudará de forma mais acelerada e intensa.

O fator mais importante para o setor não crescer mais foi a forte alta da inflação de insumos e serviços. Isso afetou não apenas o nosso setor, mas todo o segmento industrial no Brasil e no mundo. Para reverter esse cenário, investimos continuamente em produtividade, eficiência e soluções alternativas para esses insumos. Em 2022, esperamos um crescimento do mercado de vidro plano moderado, na ordem de 3% no total da demanda. Os setores da construção civil, moveleiro e de linha branca devem continuar basicamente em linha com o que aconteceu em 2021. E acreditamos também que haverá um crescimento na indústria automotiva.

Em relação às empresas vidreiras, a busca por eficiência e produtividade, o foco em produtos de maior valor agregado e a capacitação dos agentes da cadeia em contato com consumidor final são, sem dúvida, importantes medidas a serem implementadas. Para que o vidro seja reconhecido como um material nobre, alcançando níveis mais altos de crescimento, é preciso expandir o acesso aos seus mais variados tipos de aplicação, além de divulgar mais amplamente o diversificado portfólio de produtos oferecidos ao consumidor.

É de extrema importância nos adaptarmos às tendências que vieram junto com a pandemia, provocadas por novos estilos de vida, novos olhares para dentro das residências e também para os espaços corporativos que estão sendo adaptados aos novos formatos de trabalho. São muitas as oportunidades para o momento. O vidro pode ser um elemento que proporciona integração com ambientes externos e internos, conforto, iluminação natural, versatilidade, amplitude e fácil limpeza.
Henrique Lisboa, presidente

Crédito da imagem: william87/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Arquitetos comentam os benefícios dos vidros de controle solar

Em outubro, O Vidroplano publicou uma matéria especial sobre o mercado de vidros de controle solar para residências. Este mês, voltamos ao tema para apresentar projetos de casas e edifícios residenciais com esses materiais espalhados pelo Brasil. Os arquitetos envolvidos explicam os motivos que levaram à escolha do produto e quais benefícios eles oferecem para as obras.

 

CASA JJ
Local: Eusébio, CE
Vidros usados: laminados 4+4 mm de Performa Duo Bronze (Vivix, processados por Amazon Temper), no fechamento frontal

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No condomínio Alphaville Eusébio, em Eusébio (CE), a arquiteta Lara Ximenes é a responsável pelo design da Casa JJ. “A fachada principal fica na direção do Sol poente, por isso a importância da utilização desse tipo de vidro, para permitir a entrada de iluminação natural ao mesmo tempo que garante o conforto térmico dos moradores”, explica a arquiteta. De acordo com Lara, a cidade se localiza próximo ao litoral cearense, tendo incidência solar elevada. Isso explica a preocupação dos clientes com esse assunto, afinal eles também participaram do processo de escolha do material a ser aplicado. Como não poderia deixar de ser, o vidro auxilia na eficiência energética do local, exigindo menor uso do sistema de refrigeração.

 

arquitetura-waveWAVE ALPHAVILLE
Local: Barueri, SP
Vidros usados: SunGuard Light Blue 52 (Guardian, processados por Tempermax), nos fechamentos dos apartamentos voltados para as sacadas

Inspirado nos arranha-céus de metrópoles internacionais como Dubai, Nova York e Miami, o Wave Alphaville aposta em formas curvas para trazer movimento e suavidade ao projeto. Criado pelo Studio Era Arquitetura, o prédio, empreendimento da Módena Cipel Incorporadora e Construtora, teve suas obras concluídas em dezembro do ano passado. Os apartamentos, de alto padrão e disponíveis em versões de até três quartos, apostam na tecnologia. Os vidros não ficam de fora dessa escolha: os de controle solar na fachada envidraçada não só barram o calor, mas também contribuem para a transparência que oferece total visão dos arredores.

 

arquitetura3CASA ONDA
Local: Castro, PR
Vidros usados: laminados 4+4 mm de Habitat (Cebrace, processados por Linde Vidros), nos fechamentos frontais e em janelas

Assinada pela arquiteta Monica Menarim Requião, do escritório Menarim Arquitetura, a residência ganhou esse nome por conta do telhado curvo que remete ao movimento da água. O projeto se inspira na arquitetura orgânica. Ao imitar formas encontradas na natureza, busca maior interação com o meio ambiente. Aqui, essa ligação é ainda mais forte, já que todas as fases da construção seguiram conceitos de sustentabilidade, fato que concedeu à obra a certificação GBC Brasil Casa, conquistada em 2018. O uso de vidros de controle solar parte desse princípio, pois ajudam a diminuir o uso de energia, graças ao menor uso de ar-condicionado, em torno de 30%. “Nós, arquitetos e urbanistas, estamos atentos ao que o mercado oferece de melhor. Conheci esses vidros em um curso de MBA em construção sustentável e eles me chamaram muito a atenção”, comenta Monica.

 

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CASA AZUL
Local: Sinop, MT
Vidros usados: Habitat Refletivo Champanhe (Cebrace, processados por Guaporé Vidros), nos fechamentos frontais e em janelas

Outra residência a ganhar certificação de sustentabilidade é a Casa Azul, com design de Carol Barreto. Construída em um condomínio fechado de alto padrão, recebeu o Selo Procel Edificações, outorgado pela Eletrobras e Inmetro para edificações com excelente eficiência energética. Mais uma vez, nosso material contribuiu diretamente para o feito. A versão do Habitat instalada nos vãos, juntamente com esquadrias de alumínio de acabamento amadeirado, barra 40% da entrada de calor. A versão refletiva do produto garante também maior privacidade aos moradores, limitando a visão dos interiores durante o dia. “A qualidade do conforto térmico era uma das prioridades para a busca da certificação. Como a região de Sinop é muito quente, nesse projeto foi priorizada a escolha assertiva dos materiais construtivos”, explica a arquiteta.

 

arquitetura1JR&M HOUSE
Local: Campinas, SP
Vidros usados: ClimaGuard SunLight (Guardian, processado por Cyberglass), na fachada frontal

Projeto da Uffizi Arquitetura, a JR&M House tem um total de 450 m², construídos em 2019, num extenso terreno de 900 m², no condomínio Montblanc, em Campinas (SP). A casa recebeu fechamento envidraçado do chão ao teto, ao longo de toda a extensão de sua fachada frontal. Pelo fato de vários cômodos estarem expostos à luz natural (como cozinha e salas de estar e jantar), o vidro de controle solar foi a melhor escolha para preservar o mobiliário, já que consegue reduzir a entrada dos raios ultravioleta, responsáveis por desbotar e estragar objetos e estofados. O material também evita o efeito de ofuscamento no ambiente interno e, claro, garante conforto térmico aos interiores.

 

arquitetura6CASA JD
Local: Fortaleza
Vidros usados: laminados 4+4 mm de Performa Duo Cinza (Vivix, processados por Amazon Temper), na fachada frontal

O projeto, do escritório Marcus Novais Arquitetura, buscou aliar a estética contemporânea ao alto desempenho em conforto térmico, juntamente com transparência extra para os interiores. Localizado no condomínio residencial Alphaville Fortaleza, na capital cearense, a Casa JD conta com um pano de vidro em sua parte frontal. “A escolha desses vidros foi guiada também pela necessidade estética de termos um material mais reflexivo na fachada, gerando contraste com a opacidade do restante da estrutura”, conta o arquiteto Lucas Novais. Segundo ele, os clientes se envolveram com as especificações dos diferentes elementos da casa, incluindo o vidro: “Eles entendiam ser o ponto de maior destaque da obra voltado para a rua. Em suma, a solução foi perfeita”.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Confira a segunda parte da cobertura da Casa Cor SP

TRANSPARÊNCIA, PRIVACIDADE E BELEZA
Essas três características estiveram presentes na grande divisória de vidro impresso que separa o quarto do banheiro do closet no espaço Casa A Leve, elaborado pelo escritório Gustavo Martins Arquitetura. A estrutura, fornecida pela Dimare, trouxe peças de Martelado, da Cebrace, aplicadas em esquadrias de alumínio pintadas na cor preta. O fechamento do ambiente utilizou portas de correr feitas com esquadrias da Esqualyvale e vidros temperados incolores 6 mm, também da Cebrace.

 

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LUZ NOS INTERIORES
A presença de iluminação natural marcou a Casa Olaria NJ+, do arquiteto Nildo José. Grandes portas pivotantes, com vidro de controle solar ClimaGuard Sunlight (da Guardian) temperado 10 mm incolor, permitem a entrada em todo o espaço interno da luz que banha o jardim. O Espelho Guardian 5 mm do banheiro, com formato orgânico, foi desenhado pelo próprio Nildo. Por fim, um vão em uma das paredes ganhou revestimento de temperado 10 mm com película branca fosca, de forma a deixá-lo translúcido. Os vidros foram fornecidos e instalados por Silvestre Vidros e Vidros Quitaúna.

 

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PORTAS GRANDES E BOXE AUTORAL
Os arquitetos Alexandre Gedeon e Hugo Schwarz, da InTown Arquitetura e Construção, foram os responsáveis pelo Loft do Colecionador. Ao fundo do ambiente, as portas de correr chamaram a atenção pelo tamanho: cada uma das quatro folhas tinha 3 m de altura e, juntas, somavam 7,5 m de comprimento. A estrutura, instalada pela Sá Martins, levou laminados incolores 10 mm feitos pela Viminas com vidros da Cebrace, aplicados no Sistema Chroma minimalista com pintura eletrostática na cor preto fosco, da Perfil Alumínio. No banheiro, o boxe, desenhado pela própria InTown, era feito de aço carbono e tinha vidros incolores 6 mm da Cebrace (temperados pela STA Vidros) com película de segurança. A estrutura foi fornecida pela Método Esquadrias.

 

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BELEZA ESPELHADA
Reflexos eram o principal conceito da Casa Alva, do escritório BC Arquitetos. Ao longo de toda a área de entrada, a parede revestida de espelhos 5 mm, fornecidos pela AGC e instalados pela Casa Mansur, dava a impressão de que o ambiente tinha o dobro do tamanho, graças à reflexão gerada pelo material. No fundo do local, uma área externa continha o banheiro, formado por uma grande peça de laminado 10 mm com borda antidelaminação, cuja função era isolar a parte destinada ao banho.

 

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CASA COR PE
Instalada no pavilhão externo do Shopping Center Recife até 5 de dezembro, a edição 2021 da Casa Cor PE tem como tema a necessidade de uma pausa em um mundo de excessos, cujo foco é a criação de espaços mais aconchegantes. E, claro, não poderiam faltar nossos materiais por lá. A Vivix, patrocinadora oficial do evento, forneceu vidros e espelhos para diversos ambientes. A seguir, alguns com soluções diferenciadas.

 

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BAR VIVIX, DE JAIME PORTUGAL
O espaço visualmente mais encantador da mostra usa o material em um jogo de cores. A parte externa tem cobertura do vidro de controle solar Performa Duo Azul – com o Sol do dia, as peças ficam num tom azulado, enquanto à noite se tornam transparentes. No interior, o bar se divide exatamente em duas metades: uma totalmente preta e outra totalmente branca. Para gerar o efeito desejado, o revestimento de balcões, paredes e mesas utilizou o vidro pintado Decora nessas respectivas cores. Além disso, enfeitam o local espelhos Spelia incolores e cinzas.

 

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LIVING SECO, DE VITRU ARQUITETOS
Os arquitetos Magno Costa e Thaíssa Tenório se inspiraram nas moradias rudimentares em rocha, ainda encontradas em algumas partes do mundo. Marcado por tons terrosos, o ambiente conta com espelhos Spelia incolores, os quais ajudam a refletir tais cores. Os vidros de controle solar Performa cinzas são aplicados no fechamento do jardim de inverno. Ali estão plantas do Semiárido Brasileiro – outra referência ao tema geral do ambiente.

 

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CAFÉ SANTA CLARA, DE JULIANA DJICK
Reconectar as pessoas em um momento pós-pandemia é a ideia da arquiteta Julian Djick ao construir a estrutura com uma grande varanda, toda fechada com os vidros de controle solar Performa Duo na cor cinza. Com isso, é possível tomar um café sem se sufocar com o calor da capital pernambucana. O expositor de alimentos no interior da loja tem float incolor, permitindo que os visitantes vejam o que está à venda com a transparência necessária.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fesqua ganha edição virtual em 2021

A edição 2021 da Feira Internacional da Indústria de Esquadrias (Fesqua) foi adiada para 14 a 17 de setembro de 2022 devido à extensão da fase emergencial no Estado de São Paulo, ocasionada pelo agravamento da pandemia da Covid-19. Em seu lugar, foi realizada a Fesqua Virtual nos dias 29 e 30 de setembro em uma plataforma 100% digital, reunindo diversos players dos segmentos de esquadrias, fachadas, vidros, acessórios, componentes, máquinas e equipamentos para a indústria.

 

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Se você não visitou a mostra, confira aqui o que ela trouxe em termos de produtos, conteúdo e oportunidades.

Um pavilhão diferente
Visitar os estandes da Fesqua Virtual mostrou-se uma tarefa bem mais fácil do que costuma ser nas feiras presenciais: sem precisar de um mapa para saber o caminho que leva ao espaço de cada empresa, bastava procurar o nome de cada uma na lista das expositoras e clicar em qual desejava visitar naquele momento.

O visitante era então direcionado para a página da companhia dentro do evento, customizada para se parecer com um estande. Ali, era possível conferir produtos e serviços em destaque, baixar catálogos, assistir a vídeos e até falar com atendentes por meio de chat ou pelo WhatsApp.

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A Fesqua Virtual também contou com um auditório, onde era possível assistir a vídeos com conteúdo técnico sobre diversos assuntos, como interlayers (apresentado pela PKO do Brasil com participação da Kuraray) e tipos de fachada (Canal do Serralheiro). Havia ainda uma seção de networking para buscar contato com empresas ou profissionais de acordo com o tipo de produto ou serviço procurado.

 

 

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A rede credenciada Privacy Glass foi o carro-chefe da PKO do Brasil. Por meio dela, as empresas que desejam inserir o vidro polarizado de mesmo nome em seu portfólio podem se credenciar e ter acesso a treinamentos para garantir que seu trabalho com o produto esteja sempre em conformidade com as normas de instalação e manuseio da PKO. A rede também fornece atendimento completo e personalizado, desde o entendimento da obra e especificação técnica até a instalação do Privacy Glass.

 

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A Divinal Vidros disponibilizou um catálogo virtual com todos os produtos comercializados por ela – entre eles, destacou os vidros de proteção solar da linha Habitat, da Cebrace, enfatizando os benefícios trazidos ao ambiente, como conforto térmico (reduzindo a entrada de calor em até 70%), economia de energia e beleza. O estande virtual também trouxe vídeos mostrando o processo de produção de vidros temperados, laminados e insulados na empresa.

 

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A Guardian dedicou atenção especial aos seus produtos de controle solar. Um deles, o ClimaGuard SunLight, combina alta transparência com 29% de bloqueio de calor, enquanto o recentemente lançado SunGuard Âmbar chama a atenção por sua cor diferenciada, além de proporcionar 44% de entrada de luz e bloqueio de 54% do calor, com baixos índices de reflexão externa e interna.

 

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A Udinese e a Perfil Alumínio tiveram estandes separados na Fesqua Virtual, mas um dos destaques da feira foi a parceria das duas empresas no desenvolvimento do Sophia Silence. Trata-se de um novo sistema acústico para esquadrias de alto padrão, resultado da união do trabalho e dos conhecimentos dos segmentos de perfis, componentes e esquadrias. A estrutura permite bloqueio acústico de 41 dB – segundo a Udinese, o maior do Brasil. Outros diferenciais são o travamento multiponto, fechamento 100% perimetral da esquadria e possibilidade de instalação das persianas integradas da Udinese.

 

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Embora a Kömmerling tenha disponibilizado seu catálogo, o estande da empresa focou-se em apresentar vários vídeos mostrando ao visitante o cenário do mercado de janelas de PVC no Brasil, além de explicar as oportunidades que ele oferece para os interessados em ingressar nesse segmento e a possibilidade de trabalhar em parceria com ela.

 

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A AL Indústria usou a feira para lançar o Kit Box Reto: se antes a empresa só contava com perfis na opção arredondada, o novo produto traz tanto o perfil como a guia inferior em versões retas, facilitando a instalação da estrutura no substrato. Também foram disponibilizados vídeos para falar desse e de outros produtos da AL, como o Kit Sacada sem Rolamento.

 

Desempenho do vidro em debate
A próxima edição do Seminário de Soluções Acústicas em Vidro (VidroSom) será realizada em formato totalmente online no dia 10 de novembro. Como aquecimento, a organização desse evento incluiu o Conversa Franca VidroSom na programação oficial da Fesqua Virtual.

Edison Claro de Moraes, diretor da Universidade do Som e idealizador do VidroSom, foi o mediador da conversa, reunindo especialistas de diferentes setores para discutir assuntos com relação ao nosso material. Marcos Holtz, sócio-diretor da Harmonia, comentou sobre a evolução trazida pela norma ABNT NBR 15575 — Edificações habitacionais – Desempenho nos segmentos de esquadrias e de desempenho acústico em edificações. Fernando Westphal, professor e pesquisador do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), abordou a economia trazida por vidros de melhor performance térmica e/ou acústica, observando que nem sempre essa economia é perceptível imediatamente, mas sim a longo prazo.

Ao ser perguntado se o conforto térmico e acústico é vendido de forma adequada pelos escritórios de arquitetura, Celso Rayol, presidente da Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura do Rio de Janeiro (Asbea-RJ), lamentou que o assunto tenha sido abandonado pelas universidades, enfatizando que o primeiro passo para a divulgação da importância desses benefícios passa pela formação dos arquitetos. Nesse sentido, Danila Ferrari, consultora de Mercado da Cebrace, destacou que a empresa desenvolve um trabalho junto aos pontos de venda, como as vidraçarias, para que as informações sobre esses produtos cheguem ao consumidor final – segundo ela, o Brasil já conta com algumas das melhores soluções do mundo na área de controle solar.

Outros assuntos debatidos envolveram a comparação entre esquadrias de PVC e de alumínio. A engenheira Priscila Andrade, do Clube do PVC, destacou que o segmento do PVC já trazia detalhamentos técnicos de desempenho térmico e acústico desde o começo, mas ressaltou ser contra a postura de diminuir um material para elogiar o outro, apontando que ambos contam com perfis de qualidade no mercado. Também se debateu o desempenho do vidro insulado e o do laminado para isolamento acústico – segundo Carlos Henrique Mattar, diretor-comercial da Saint-Gobain, a escolha depende do ruído que se pretende isolar, sendo possível combinar as duas soluções.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 586 (outubro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conheça vidros de controle solar para residências

Com a crise de abastecimento energético em curso e o verão, época de maior consumo de eletricidade, chegando em breve, a preocupação com a conta da luz aumenta. Indústrias geralmente apostam em sistemas modernos para gastar menos esse insumo, mas residências também têm soluções para a situação. Além das fontes de energia alternativas como a solar, cujos painéis são produtofeitos com nosso material –, uma opção essencial para a época atual são os vidros de controle solar, especialmente os voltados para o segmento residencial. Disponíveis no mercado há alguns anos, são uma ótima possibilidade de negócios para ser explorada pelas empresas do setor.

O Vidroplano conversou com fabricantes do produto, especialistas e arquitetos para conhecer suas aplicações na arquitetura e também o que fazer para aumentar ainda mais o alcance do material aos consumidores.

 

Casa com Vivix Performa Duo Cinza: dependendo da tipologia, esses vidros podem garantir não só o bloqueio do calor, mas também maior entrada de luz graças à transparência das chapas, superior à encontrada em alguns produtos direcionados à arquitetura comercial

 

Aceitação do público
Já se vão quase dez anos do lançamento da primeira linha de vidros de controle solar para residências – a Habitat, da Cebrace, apresentada ao segmento em 2012. De lá para cá, o conforto térmico e a eficiência energética se tornaram temas básicos em qualquer grande projeto arquitetônico. Mas e nas casas e prédios projetados para moradia, isso também ocorreu?

“Vejo que há uma boa aceitação no mercado. Finalmente, os projetistas começam a enxergar o vidro de controle solar como uma solução mais sensata em obras novas, no lugar da tradicional aplicação de películas após a construção”, aponta o engenheiro Fernando Simon Westphal, consultor técnico da Abividro e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “É importante salientar que muitos empreendimentos residenciais exigem vidros menos refletivos do que os comerciais, pois dispõem de áreas menores de janela. Em muitos casos, os vidros mais transparentes, com menos reflexão, são mais adequados, permitindo maior aproveitamento da luz natural.”

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Patrícia Spinosa, gerente da Rede Habitat da Cebrace, comenta que seus produtos estão instalados em milhões de m² de obras pelo País, comprovando a maior exigência dos consumidores apontada pelo professor Westphal. “Claro, há muito a ser explorado em termos de conhecimento e disseminação de informações sobre esse vidro com tecnologia diferenciada, mas a Cebrace trabalha nesse sentido por meio de treinamentos com especificadores, pontos de venda e comunicação digital”, explica Patrícia.

Segundo a arquiteta Cláudia Guimarães, do escritório mineiro Dávila Arquitetura, o crescente uso dos vidros de controle solar teve como principal marco a publicação, em 2013, da norma técnica ABNT NBR 15575 — Edificações habitacionais – Desempenho. “Esse vidro tornou-se uma das maneiras de garantir o atendimento dos níveis de conforto térmico e lumínico exigidos pelo documento. Em sua maioria, nossos clientes são construtoras e entre as quais existe a conscientização da necessidade da aplicação desse material”, comenta.

 

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Na mostra de decoração Campinas Decor deste ano, a designer de interiores Vani Mazoni usou SunLight, da Guardian, em seu Espaço Conexão. O material foi empregado em uma janela com incidência do Sol, de forma a oferecer conforto térmico aos visitantes que passavam pelo ambiente

 

O que muda?
Além das estratégias comerciais para alcançar o consumidor residencial, existem diferenças entre essas linhas e as de controle solar “tradicionais”? Viviane Sequetin, gerente de Marketing da Guardian, explica: “Para o desenvolvimento dos produtos, são definidos os principais atributos necessários especificamente para atender as necessidades e tendências do setor residencial, incluindo o bem-estar dos usuários, com foco no conforto e buscando a combinação ideal entre entrada de luz e bloqueio de calor”. De forma geral, ela aponta, as linhas contam com vidros neutros, os quais oferecem alta transmissão luminosa e baixa reflexão interna e externa – a combinação ideal para residências.

Portanto, a diferença está nas especificações técnicas. O processo de produção é o mesmo de outros vidros com revestimento, sendo dividido em dois tipos: online ou offline. No online, os materiais metálicos que compõem a camada de proteção solar são depositados em uma das faces da chapa na própria linha de produção do float, como explica Luiz Barbosa, gerente técnico de Vendas da Vivix: “Pelo fato de a peça ainda estar quente, esses materiais se fundem a ela, fazendo com que a camada adquira a mesma resistência mecânica do vidro”. Já no offline, essa etapa se dá em uma linha independente, própria para isso, utilizando um equipamento à vácuo chamado coater.

“O maior desafio está no entendimento das demandas desse mercado”, afirma Patrícia Spinosa, da Cebrace. “Como vivemos em um país tropical, com alta incidência solar, para termos integração de espaços dentro de casa sem abrir mão do conforto, esse vidro é o melhor aliado.”

E o apelo pelo item não vem apenas de sua característica principal, como argumenta Westphal: “Muitos guarda-corpos são executados com vidros de controle solar laminados por questões estéticas. Com o tempo, o uso naturalmente vai se expandindo para as janelas de dormitórios e salas, à medida que se aumenta a demanda e há redução no preço dos produtos”. A tendência da aplicação de laminados para melhorar o desempenho acústico das esquadrias pode facilitar a utilização de um vidro de controle solar nessa composição. “No caso, o incremento no custo fica muito menor do que comparado a uma situação original com vidro monolítico”, exemplifica o professor.

 

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Em vãos que recebem diretamente luz natural ao longo do dia, o vidro de controle solar ajuda na preservação dos móveis e demais objetos no interior da residência, principalmente itens estofados, com maior tendência para desbotar e perder a cor original

 

Dinheiro no bolso
A economia trazida pelos vidros de controle solar se dá em várias frentes. “A primeira, e mais óbvia, por permitir a entrada de luz natural ao longo do dia, o que reduzirá a necessidade de luz artificial. A segunda, por reduzir a utilização de equipamentos para climatizar o ambiente interno, como ar-condicionado, climatizadores e ventiladores”, reforça Luiz Barbosa, da Vivix. “Diante dos aumentos sucessivos da tarifa de energia, é imprescindível que o consumidor adote medidas para garantir o consumo racional”, reforça Viviane, da Guardian. De acordo com ela, os vidros de controle solar podem reduzir em até 75% a entrada de calor em uma casa – dependendo da tipologia do produto.

Na prática, isso pode ser confirmado? Segundo Westphal, em estudo recente do qual participou, feito por simulação computacional para um apartamento de três dormitórios em São Paulo, o uso desse material conseguiria reduzir o consumo de energia em climatização em cerca de 25%. Isso demonstra a eficácia da solução além da teoria.

E os benefícios não ficam restritos à economia na conta no fim do mês. “À parte do conforto ambiental, devemos pensar também em benefícios para a saúde, uma vez que os raios UV são prejudiciais ao corpo humano — e esses produtos são capazes de barrar boa parte deles para fora das edificações”, alerta a arquiteta Cláudia Guimarães.

Portanto, da próxima vez que pensar em uma casa confortável, lembre-se de que os vidros de controle solar podem exercer papel fundamental para o aconchego do lar.

 

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Em Brasília, o residencial Via Ômega, projetado pelo escritório Dávila Arquitetura, ganhou design modernista, com marquises no térreo e painéis de azulejos nas áreas comuns. Na fachada, panos de vidros de controle solar com o objetivo de amenizar o forte calor da capital brasileira

 

As soluções disponíveis
Confira alguns dos materiais indicados para aplicação em residências:

Habitat
Pensada exclusivamente para o clima brasileiro, a linha da Cebrace foi a pioneira no País a ser desenvolvida a partir da necessidade de conforto térmico e estético para esse tipo de construção. Bloqueia quase 100% dos raios ultravioleta (UV), protegendo móveis do desbotamento precoce.

ClimaGuard SunLight
Com capacidade de bloquear duas vezes mais calor do que um vidro comum, o vidro da Guardian permite a entrada adequada de luz solar, evitando o efeito de ofuscamento no ambiente interno.

Vivix Performa
Lançada há pouco mais de três anos, também é um produto exclusivo para o clima nacional, embora não seja direcionado apenas para o segmento residencial. Barra a entrada de até 65% da radiação solar direta incidente.

Este texto foi originalmente publicado na edição 586 (outubro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Guardian anuncia mudança na equipe

Renato Sivieri (à esquerda) deixou a diretoria-comercial para a América do Sul da usina de base. Ele agora responde, desde 1º de setembro, pelo time de Marketing para as Américas, com base em Michigan, Estados Unidos. Com a mudança, Renato Poty (à direita), atual country manager da Guardian no Brasil, passa a ter maior participação nas atividades da área comercial. Rafael Rodrigues, gerente-sênior de Vendas, segue como principal ponto de contato com os clientes.

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Mostras de arquitetura voltam a ser realizadas

Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, eventos presenciais estão aos poucos sendo retomados pelo Brasil. Este mês, três exposições de arquitetura e design podem ser visitadas em Goiás, Pernambuco e São Paulo – e, como de costume, é possível encontrar vidros e espelhos em seus ambientes. Confira alguns destaques!

 

RIOMAR CASA
(26 de agosto a 26 de setembro — RioMar Shopping, Recife)

Valorizando o verde
A cor verde está bastante presente no Bangalô da Praia, elaborado pelo arquiteto Paulo Veloso – e ela não se restringe à pintura nas paredes: peças laminadas de controle solar Vivix Performa Duo Verde Intenso (foto), da Vivix, foram aplicadas no ambiente não só para a otimização do seu conforto térmico interno, mas porque sua tonalidade harmoniza com as cores previstas no projeto. O banheiro do bangalô também conta com o espelho Vivix Spelia incolor.

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Beleza com utilidade
Vidros pintados Vivix Decora Nude foram utilizados pelos arquitetos Thyago Amaral e Igor Santos, sócios do escritório Morais Amaral Arquitetura, para revestir uma das paredes do Quintal Corporativo (foto). As peças não estão lá apenas pela sua beleza. A ideia foi conferir ao ambiente uma parede multifuncional, com coloração que conversasse com o espaço e que pudesse trazer outro uso, possibilitando anotações e desenhos em sua superfície (detalhe).

Casa de Vidro
Esse é literalmente o nome dado pela processadora Sanvidro ao espaço projetado por ela para a mostra (foto). Como o objetivo é destacar a versatilidade do vidro, nosso material é visto aplicado das mais diversas formas — há temperados e laminados com tecido utilizados como piso e mobília, além de peças nas cores branca e nude da linha Vivix Decora revestindo as paredes.

 

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CASA COR GOIÁS
(28 de agosto a 12 de outubro — Flamboyant Shopping Center, Goiânia)

Privacidade com elegância
O Lounge Vitrine Flamboyant, assinado pela arquiteta Milena Niemeyer, foi concebido para ser um marco de boas-vindas aos visitantes da Casa Cor Goiás 2021. O ambiente é composto por um centro circular de bate-papos, descanso e apoio para conexão – nesse sentido, as várias divisórias douradas de vidro canelado (foto), fornecido pela Cinex, contribuem para garantir a privacidade visual e o distanciamento entre as pessoas, sem comprometer a sensação de amplitude do espaço e agregando elegância a ele.

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Reflexos por todos os lados
Grandes espelhos Cebrace na cor prata (foto), fornecidos pela MS Vidros e Esquadrias, revestem parte das paredes da Sala de Banho Aldeia, idealizada pelo arquiteto Leo Romano. O que não falta no ambiente, aliás, são espelhos. Peças emolduradas decorativas, executadas pela Movelaria Brasileira, distribuem-se em pontos de destaque visual na sala de banho.

 

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CAMPINAS DECOR
(3 de setembro a 2 de novembro — Colégio Técnico de Campinas (Cotuca), Campinas, SP)

Diversas possibilidades para o vidro
Como o próprio nome indica, o Espaço Viver Guardian (foto), criado pela designer de interiores Fabrícia Pellizzon e pelo arquiteto Fernando Pellizzon, do estúdio Pellizzon Arquitetura e Interiores, não poderia deixar de trazer vários produtos da fabricante. O ambiente conta com portas e boxe de vidro ReflectGuardian (refletivo voltado para interiores), paredes revestidas com peças pintadas da linha DecoCristal nas cores branco e off white, janelas com vidro de conforto térmico ClimaGuard SunLight e espelhos Guardian Evolution, além de um vidro pintado na cor azul, criado especialmente para a Campinas Decor em parceria com a Color Vidros. Os produtos foram processados pela Cyberglass e fornecidos pela Vidraçaria Decorvid.

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Retrofit que veio para ficar
A Campinas Decor 2021 está sendo realizada no antigo prédio do Colégio Técnico de Campinas (Cotuca). Fechado desde 2014 por falta de condições de uso, graças ao convênio firmado entre a organização da mostra e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o imóvel, construído em 1918, foi reformado e modernizado, reforçando a política da Campinas Decor de recuperar espaços do patrimônio público. Uma dessas mudanças é o uso do vidro de controle solar ClimaGuard SunLight, da Guardian, na fachada do Cotuca (foto), o que deve contribuir para aumentar o conforto térmico dos ambientes e o bem-estar de alunos e professores após o término da exposição.

 

Casa nova e aberta para visitas
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Outro evento que voltará ao formato presencial em 2021 é a Casa Cor São Paulo, considerada a maior e mais reconhecida mostra do segmento de arquitetura, decoração, design e paisagismo das Américas. Este ano ela será realizada no novo espaço de eventos multiuso da capital paulista, o Parque Mirante, anexo ao estádio Allianz Parque. Segundo a organização, o local estará preparado para obedecer aos protocolos sanitários e garantir a integridade física de todos nesse período de pandemia. A Casa Cor SP 2021 começa em 21 de setembro e segue até 15 de novembro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.