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Unidade da Cebrace fabricará vidros texturizados

A Cebrace passará a fabricar sua linha de vidros texturizados na fábrica de Barra Velha (SC), local do forno C4. O comunicado foi feito no dia 12 de dezembro. A mudança ocorrerá após a Saint-Gobain Glass anunciar o encerramento das atividades da usina de São Vicente (SP), definido para março de 2023. Para a próxima etapa, a planta de Barra Velha será modernizada durante manutenção a frio, agendada para maio. A fabricante reforça que priorizará o abastecimento do mercado nacional durante a mudança. Havendo a necessidade, a empresa informa que contará com a Vasa, na Argentina, e outros parceiros no apoio às demandas do mercado interno.

Este texto foi originalmente publicado na edição 600 (dezembro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Marcos Santos

Revestido de tecnologia

Segundo o Cambridge Dictionary, um dos principais dicionários da língua inglesa, coating significa “camada de determinada substância que cobre uma superfície”. E essa é mesmo a melhor expressão para se entender o que são os vidros com coating, também chamados de revestidos: o float recebe um revestimento metálico, invisível a olho nu, aplicado a uma de suas faces. Assim, passa a fornecer benefícios como conforto térmico e propriedades como autolimpante e antirreflexo, entre outras.

Com as usinas nacionais oferecendo esse vidro por aqui, é hora de conhecer mais sobre eles. Confira a seguir como são fabricados e quais os tipos disponíveis no mercado nacional, além de dicas sobre sua instalação.

Como funciona?
Para a produção desse vidro, são utilizadas placas de float. “Elas devem ser peças de excelente qualidade em termos ópticos, de tensão e planicidade”, ensina Mônica Gomes, gerente de Produção da AGC. Se o material usado não estiver de acordo com esses padrões de qualidade, o desempenho do produto final será prejudicado. O revestimento que a chapa recebe é composto por metais e óxidos metálicos em partículas minúsculas, com o diâmetro de 1 milésimo de um fio de cabelo. Pedro Matta, gerente de Marketing da Cebrace, explica: “O tipo de metal aplicado e suas combinações estão totalmente relacionados ao produto que se vai fabricar, pois cada um possui uma ‘receita’”.

Essa camada se torna a responsável por transformar o vidro, fazendo com que ele tenha novas características. No de controle solar, por exemplo, ela atua como um filtro à radiação solar, permitindo maior passagem de luz do que de calor.

Os principais tipos de vidro revestidos são:
Controle solar
Low-e (de baixa emissividade, também possui características de controle solar)
Autolimpante
Refletivo
Antirreflexo

 

edifício
Edifício Projesul, em Taubaté (SP), com Stopray da AGC: durante instalação do produto, revestimento nunca pode ficar voltado ao ambiente externo

 

Modos de fabricação
Existem dois modelos usados pela indústria:

Online

– Também conhecido como processo pirolítico;
– Realizado na própria linha de produção do float;

'Coater' da Cebrace, em Jacareí (SP): equipamento é instalado após a linha de produção do 'float'
‘Coater’ da Cebrace, em Jacareí (SP): equipamento é instalado após a linha de produção do ‘float’

– Revestimento é aplicado com o vidro ainda quente (a uma temperatura de cerca de 650 ºC) por barras de deposição;
– Garante uma superfície de revestimento resistente e durável;
– Porém, há limitação nas possibilidades de cores e tipos de revestimento possíveis de serem produzidos.

Offline

– Também chamado de processo magnetrônico ou sputtering;
– Realizado após a produção do float, em uma linha independente;
– Revestimento é aplicado com o vidro em temperatura ambiente a partir de um sistema a vácuo (coater). Com isso, as moléculas são depositadas igualmente por toda a superfície;
– Garante maior gama de cores e tipos de revestimento possíveis de serem produzidos.

Onde os vidros revestidos podem ser instalados?
Hoje em dia, os vidros de controle solar são aplicados em larga escala em prédios comerciais, ajudando a reduzir o ganho de calor e o consumo de energia elétrica. Porém, o lançamento de linhas residenciais do produto por parte das usinas nacionais, além do aumento das áreas envidraçadas em projetos arquitetônicos urbanos, propiciou o uso em outros empreendimentos.

“Edifícios com alto desempenho ambiental, com certificação Leed para construções sustentáveis, por exemplo, são todos compostos por eles em suas fachadas”, afirma o engenheiro Fernando Westphal. Professor da Universidade Federal de Santa Catarina e sócio-fundador da ENE Consultores, Westphal complementa: “A escolha do tipo adequado a cada clima geralmente é feita por softwares que simulam as condições a que a obra será submetida, avaliando questões como o balanço entre passagem de luz e calor”.

Os vidros revestidos, sejam eles também autolimpantes ou antirreflexos, podem ser aplicados em locais como:
FACHADAS
COBERTURAS E CLARABOIAS
ESTRUTURAS EXTERNAS EM GERAL

 

shopping
Contra o calor: cool Lite SPN 114, da Cebrace, em cobertura do Shopping Boulevard de Camaçari (BA)

 

Cuidados durante a instalação
A principal dica de todas: o revestimento nunca pode ficar voltado ao ambiente externo. Por ser composto por metais, pode sofrer oxidação. A face revestida deve estar virada para a câmara de ar, no caso de insulados, ou colocada contra o PVB, no caso de laminados. Dessa forma, o revestimento ficará protegido contra o contato direto com o ar.

Lidia Cunha, coordenadora de Produtos da Vivix, reforça algumas boas práticas: “Os vidros produzidos online podem ser manuseados, armazenados, processados e aplicados como o float, devido à alta resistência mecânica e química das camadas depositadas”. No entanto, segundo ela, os fabricados de forma offline exigem cuidados adicionais, visto que suas camadas são mais sensíveis e vulneráveis.

Algumas ações para serem levadas em conta:
Limpeza correta: não usar produtos químicos e abrasivos para limpar o vidro, em especial a face revestida. Água e sabão neutro bastam;
Sem interferências: não se podem aplicar plásticos ou filmes de proteção sobre o coating, nem fazer qualquer marcação com caneta ou etiqueta;
Armazenamento: manter as chapas sem contato direto com o Sol e em ambientes ventilados.

Atenção, vidraceiro!
Você também pode instalar esse tipo de vidro, basta seguir os cuidados básicos citados acima em relação ao revestimento.

De olho nas normas!

Edifício Vitra, projeto do arquiteto polonês Daniel Libesking em São Paulo: 'low-e' de controle solar, da Guardian, reduz em 64% a transmissão do calor
Edifício Vitra, projeto do arquiteto polonês Daniel Libesking em São Paulo: ‘low-e’ de controle solar, da Guardian, reduz em 64% a transmissão do calor

Para a correta especificação e utilização desses produtos, a norma técnica a ser seguida é a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações. Seu texto mostra exatamente como o material deve ser instalado, dependendo do projeto.

Outro documento importante para os revestidos será a norma sobre processamento dos vidros de controle solar. Porém, ela ainda está sendo elaborada pela Comissão de Estudos do ABNT/CB-37, sediado na Abravidro, sem previsão de conclusão.

Em relação aos vidros de controle solar, a NBR 16023 — Vidros revestidos para controle solar – Requisitos, classificação e métodos de ensaio define como deve ser feita sua fabricação.

Vidros revestidos encontrados no Brasil

AGC
Stopray (controle solar)
Stopsol (refletivo)
Sunergy (controle solar)
Sunlux (refletivo)
Todos são importados mediante demanda

Cebrace
Bioclean (autolimpante)
Habitat (controle solar para residências)
Linhas S, K e SK (controle solar)
Optiview (antirreflexo)
Reflecta Float (controle solar)
Todas as linhas de controle solar e Optiview são produzidas na planta de Jacareí (SP)

Guardian
SunGuard (controle solar)
Residence (controle solar)
Ambas as linhas são produzidas na planta de Porto Real (RJ)

Vivix
A empresa vai lançar, em outubro deste ano, os primeiros vidros de sua linha de controle solar. Os produtos serão fabricados na planta de Goiana (PE) e distribuídos para todo o País

Como anda o mercado?
Para Pedro Matta, da Cebrace, uma oportunidade para o crescimento da demanda está no mercado residencial. “A melhor forma para garantir o consumo é divulgar a informação para o consumidor em relação ao aumento de conforto que os produtos com revestimento apresentam.” Leonardo Arantes, gerente de Produtos do Segmento de Arquitetura da Guardian, concorda: “Ainda existem muitas pessoas que desconhecem a existência desses produtos”. Ele também comenta que as normas técnicas nacionais precisam estimular o crescimento da eficiência energética, da mesma forma que acontece em países como os Estados Unidos e da Europa. Com isso, o mercado passará a desenvolver produtos mais robustos, oferecendo mais opções aos consumidores.

Como alerta o engenheiro Westphal, o setor vidreiro precisa se mexer: “É muito importante aumentar a divulgação técnica sobre as propriedades desses vidros e seus indicadores de desempenho, aplicados a cada tipo de clima e edificação”. Cursos e palestras voltados para especificadores podem ser uma solução para o problema.

Fale com eles!
AGC — www.agcbrasil.com
Cebrace — www.cebrace.com.br
ENE Consultores — www.eneconsultores.com.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Vivix — www.vivix.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 537 (setembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Arbax lança mola para piso

A Arbax, fabricante de rebolos e acessórios, colocou no mercado a Action, sua primeira mola para piso, para portas de vidro com até 1 m de largura, 2,1 m de altura e peso de 100 kg. Além de ser compacta, tem um amortecedor incorporado que prolonga ou libera a pressão externa causada por pessoas ou por ventos fortes.

Mais informações: www.arbax.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Proteção contra fogo? O vidro também oferece!

Fogo versus vidro: quem vence essa batalha? O mito antigo de que o vidro é frágil contra o fogo acabou faz tempo: a tecnologia da indústria permite que nosso material funcione como uma barreira segura contra chamas. Isso quer dizer que contra incêndios ele é um ótimo remédio. Por isso, O Vidroplano mostra as principais características dos vidros resistentes ao fogo e os diferentes tipos existentes no mercado. Veja ainda quais são as fabricantes que oferecem o produto no Brasil e como ele deve ser usado em projetos na construção civil.

O que é?
Os vidros resistentes ao fogo, conhecidos pela sigla VRF, têm como objetivo bloquear o curso de chamas, gases e fumaça em casos de incêndio. Assim, permitem a evacuação segura do local. Esse material, dependendo de sua composição, pode resistir de 15 a 120 minutos e sua aplicação varia de acordo com a necessidade do ambiente. Para efeito de comparação, um vidro float comum normalmente resiste somente de 3 a 5 minutos nas mesmas condições.

Como o vidro não combate o fogo, mas, sim, retarda sua ação, os bombeiros devem sempre ser chamados em situações de incêndios.

 

Quais os tipos?
Os vidros são identificados pelas normas de acordo com seu desempenho. Cada um é indicado para diferentes tipos de uso. Ao todo, são três classificações:

Classe E
– Também chamado de para-chamas;
– Principal característica: integridade;
– Impede a progressão das chamas, fumaças e gases tóxicos;
– Não bloqueia a radiação do calor, por isso é restrito a locais em que não haverá fluxo de pessoas, nem próximo a materiais combustíveis;
– Modo de fabricação semelhante ao do float, passando em seguida pelo processo de têmpera;
– Composição química com coeficiente de expansão térmica bem inferior ao do float. Isso garante que a peça não se quebre quando exposta a elevados diferenciais de temperatura.

Classe EW
– Também chamado de para-chamas redutor de radiação térmica;
– Principais características: integridade e controle de radiação;
– Impede a progressão das chamas, fumaças e gases tóxicos;
– Reduz a radiação de calor no lado protegido, garantindo uma temperatura confortável ao ser humano e impedindo a ignição de materiais combustíveis a uma distância de 1,5 m do vidro;
– Modo de fabricação depende do modelo: pode ser tanto semelhante ao do float, passando em seguida pelo processo de têmpera, como do laminado ou insulado;

Classe EI
– Também chamado de corta-fogo;
– Principais características: integridade e isolamento;
– Impede a progressão das chamas, fumaças e gases tóxicos;
– Bloqueia a radiação de calor;
– Opção com maior desempenho;
– Modo de fabricação, dependendo do fabricante, é parecido ao do laminado;
– É feito com temperados intercalados com gel intumescente, cuja característica é reagir e se expandir em contato com altas temperaturas. Ele é o responsável por isolar o ambiente do calor.

 

Qual tipo de projeto pode usar esses vidros?
escada internaEm qualquer projeto que necessite de compartimentação (divisão de um espaço sem separá-los por completo) para efeito de incêndio, seja comercial ou corporativo. “É uma excelente opção para não se perder os efeitos visuais de amplitude e iluminação promovidos pela transparência do produto, se comparado com as alternativas opacas”, explica Paulo de Moraes, gerente-técnico e comercial para América do Sul da Vetrotech Saint-Gobain.

Confira algumas sugestões de uso:

Porta corta-fogo: aplicação frequente, mas normalmente oferecida ao mercado na versão metálica, que não proporciona possibilidades arquitetônicas. Quando feita de vidro, oferece valor agregado, além de alto desempenho, beleza e segurança. Essas portas podem ser inteiramente feitas com nosso material ou ter apenas visores envidraçados — as normas indicam o tamanho permitido para os visores (confira detalhes no final da reportagem);

Fachadas: nessas estruturas, os vidros evitam que as chamas atinjam andares superiores, por exemplo. Para a utilização do vidro corta-fogo em fachadas, a peça precisa ter uma camada adicional de laminação, evitando assim reações químicas influenciadas pela radiação solar;

Saídas de emergência: corredores para evacuação rápida de pessoas também podem levar os vidros, de forma a isolar o ambiente não só do fogo, mas também de fumaça e gases tóxicos;

Proteção de itens frágeis: outra aplicação importante é na proteção de peças que não podem correr o risco de serem destruídas — ou que não resistiriam aos efeitos de proteções ativas como os sprinklers (sistemas instalados em tetos que descarregam água) —, incluindo obras de arte, documentos, livros e servidores;

Outras soluções diversas: telhados, janelas, fechamento de átrios, portas deslizantes, hall de elevadores etc.

Mas e as lareiras?
Lareiras estão na moda em residências de luxo, servindo também como elemento de decoração. Por isso, o vidro é um material constantemente aplicado nessas estruturas. Assim, basta usar um para-chamas ou corta-fogo e está tudo certo, correto? Errado.
O vidro próprio para esse tipo de aplicação é o cerâmico, também chamado de vitrocerâmico. Por ter coeficiente de expansão térmica praticamente nulo, ele irradia o calor gerado pelo fogo, auxiliando no processo de combustão. O mesmo vale para churrasqueiras, estruturas que também precisam de irradiação.
Portanto, já sabe: nada de para-chamas ou corta-fogo em lareiras.

 

Como deve ser feita a instalação?
Vidraceiro, fique ligado: a instalação desses sistemas deve obedecer a regras. Quando for solicitado para instalações assim, consulte caixilheiros especializados nessas soluções. Geralmente, trata-se de projetos de grande porte, no qual arquitetos ou engenheiros estão envolvidos diretamente.

Os fabricantes de perfis exigem conhecimento técnico específico para o trabalho com esse tipo de solução. Essas empresas podem oferecer treinamentos para permitir que o profissional vidreiro esteja apto a realizá-lo. Carlos Montibeller, coordenador de Vendas de Produtos Especiais da Pilkington, alerta: “O produto precisa ser instalado como solução completa, sempre acompanhado da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e certificado do vidro em conformidade com as normas”. A ART é um documento que define, para efeitos legais, os responsáveis-técnicos pela execução de serviços e obras registrados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).

 

Produtos encontrados no Brasil
De acordo com as empresas consultadas, todos os produtos são fabricados fora do País e importados conforme demanda dos clientes.

AGC: Pyropane (para-chamas) e Pyrobel-Pyrobelite (corta-fogo).

Pilkington: Pyroclear (para-chamas) e Pyrostop (corta-fogo).

Schott: Schott Pyran (para-chamas) e Schott Pyranova (corta-fogo).

Vetrotech Saint-Gobain: Pyroswiss, Keralite, Vetroflam e Contraflam Lite (para-chamas) e Contraflam (corta-fogo).

 

Atenção aos acessórios e esquadrias!
bancoNão é somente o vidro que precisa ter características especiais, mas também todos os elementos usados no conjunto. “As paredes, caixilhos, materiais de isolamento e demais componentes precisam ser adequados para terem o mesmo tempo de resistência ao fogo”, revela Fernanda Roveri, engenheira de Vendas da Schott. A certificação de ensaio deve, inclusive, conter a descrição completa de cada componente utilizado, com dimensões e material de fabricação.

Perfis devem ser feitos de aço carbono, aço 1010, 1020, inox, alumínio ou até madeira: tudo vai depender do tipo de sistema instalado e da quantidade de tempo necessária para a resistência ao fogo. É a velha máxima: cada projeto precisa de uma solução específica. Os perfis também precisam ser tubulares, com os canais preenchidos com fibra cerâmica.

Acessórios usados
– caixilhos;
– fitas cerâmicas;
– vedadores entumecentes;
– parafusos de fixação;
– silicones, entre outros.

Os bombeiros precisam aprovar projetos com esse vidro?
“Como todo produto que oferece proteção ativa ou passiva contra incêndio”, explica Paulo de Moraes, da Vetrotech Saint-Gobain, “sua aplicação depende da análise e aprovação do Corpo de Bombeiros do Estado em que se dará a aplicação.” Os oficiais da corporação analisam se a classificação e o tempo de resistência da solução apresentada são adequados aos requerimentos do espaço. Após a aprovação do projeto em si, são verificadas as certificações dos produtos a serem instalados. Com isso, garante-se que o desempenho do sistema seja comprovado por ensaios, estando em conformidade com as normas técnicas.

 

O que as normas dizem?
teste“O elemento construtivo como um todo deve ser avaliado quando a questão diz respeito à resistência ao fogo. A norma brasileira, que trata desse assunto, destaca essa abordagem”, explica Antônio Fernando Berto, do Laboratório de Segurança ao Fogo e a Explosões do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Portanto, o vidro sozinho não é analisado, mas, sim, o conjunto completo — no caso de uma porta, por exemplo, todos os seus componentes, incluindo esquadrias, parafusos, entre outros, são ensaiados. “Não se deve lidar de forma isolada com um tema tão sensível, uma vez que, no caso de um incêndio, o sistema inteiro será colocado à prova, não somente o vidro”, opina Franco Faldini, diretor de Vendas e Marketing da AGC na América do Sul.

Portanto, devem ser exigidos certificados do sistema inteiro, inclusive das dimensões ensaiadas, nunca certificados isolados de cada componente.

A NBR 11742 — Porta corta-fogo para saída de emergência passou por recente revisão e em breve entrará em consulta nacional. A nova versão do documento agora possui requisitos específicos sobre o emprego de VRF nas portas corta-fogo, sendo dividido em duas categorias:

Visores, cuja área de vidro está limitada a 0,10 m² da porta;
Área de vidro não limitada, com dimensões condicionadas pelas características e limitações construtivas do vidro.

Outra norma sendo revisada é a NBR 14925 — Unidades envidraçadas resistentes ao fogo para uso em edificações (essa trata somente do uso de vidros). O trabalho visa a deixar os requisitos nacionais de acordo com os presentes em normas estrangeiras, definindo questões como composição das instalações e respectivas classificações de resistência ao fogo.

 

Fale com eles!
AGC — www.agcbrasil.com
IPT — www.ipt.br
Pilkington — www.pilkington.com/pt-br/br
Schott — www.schott.com
Vetrotech Saint-Gobain — www.vetrotech.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Acabamentos na pauta do dia

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

De 1º a 4 de março, o Transamerica Expo Center, em São Paulo, recebeu a Expo Revestir. Em sua 14ª edição, ela é uma das principais feiras sobre acabamentos da América Latina. Mais de 230 expositores apresentaram seus produtos a mais de 63 mil visitantes em uma área de 40 mil m². O vidro também se fez presente, assim como nos anos anteriores da mostra, embora de forma tímida se comparada à grandiosidade do evento.

O visitante interessado em nosso material viu um importante anúncio da Cebrace. Algumas processadoras, parceiras da Cebrace no projeto anunciado durante a feira, também marcaram presença. Foi o caso da Vidrosistemas, associada à Abravidro. Em conversa com nossa reportagem, Fernando Kabata, engenheiro de Planejamento de Obras da empresa, comemorou a parceria, explicando que ela vem ao encontro do trabalho da processadora para atender às mais variadas necessidades de seus clientes.

Voltando à mostra, os visitantes conferiram ainda outros produtos relacionados ao setor, incluindo pastilhas, portas e janelas antirruídos, torneiras e misturadores que podem ser instalados em bancadas envidraçadas, além de cooktops e coifas com vitrocerâmico (material altamente resistente a choques térmicos, temperaturas altas e peso).

Veja a seguir algumas novidades que a equipe de O Vidroplano encontrou nos estandes da feira.

Vivânce foi a palavra mais falada no estande da Cebrace. Afinal, esse é o nome da nova marca da empresa, revelada em primeira mão durante a feira. Todos os produtos da fabricante indicados para uso na decoração agora fazem parte da marca, incluindo o Espelho Cebrace, Coverglass (vidro pintado), Diamant (extra clear), Optiview (antirreflexo), Prisma (extragrosso) e Reflecta (refletivo). O estande tinha diversas aplicações desses materiais, com destaque para o telão suspenso por cabos, feito de Diamant laminado com PVC opaco (foto à esq.) ; a estante com revestimento de Coverglass vermelho e porta de Reflecta incolor; o mosaico de Coverglass preto e fórmica em uma das paredes; e a mesa de Prisma. A Cebrace divulgou ainda a criação de parcerias com processadoras e distribuidoras, cujo objetivo é mostrar as várias possibilidades de uso dos vidros a arquitetos e engenheiros. Mais informações: www.cebrace.com.br

A Astra levou à Expo Revestir o espelho Acessibilidade, espelheira que permite inclinar a peça em até 10 graus para cima ou para baixo, de acordo com a necessidade do usuário, o que facilita a visualização para crianças, idosos ou pessoas com deficiência. Destaque também para o espelho Bonito (com dimensões de 150 x 72 cm e bordas bisotadas com proteção antioxidação) e os gabinetes Apolo (15 mm, branco, com mistura de vidro e pó de pedra) e William (com temperado preto 12 mm). Mais informações: www.astra-sa.com.br

O NT70, da Crystalcor, é um produto à base d’água usado para a limpeza e impermeabilização de qualquer tipo de vidro e espelho. Segundo a empresa, pode ser aplicado em boxes de banheiro, janelas, janelas de carro e também em grandes aplicações, como fachadas, por exemplo. Mais informações: www.performance.eco.br

Um dos grandes destaques (literalmente) da Atenua Som foi a porta antirruído de grande dimensão, disponível em até 3,20 m de altura (o modelo no estande tinha 2,80 m): ela apresenta design minimalista, com pouco uso de perfis, para proporcionar maior interação visual entre os ambientes interno e externo sem deixar de garantir um excelente isolamento do ruído. A empresa também exibiu sua janela antirruído de correr vertical (para uso recomendado com laminados 6 ou 8 mm) — que permite a parada das folhas em qualquer posição sem que a guilhotina caia sobre as mãos do usuário — e o vidro polarizado, peça laminada com um filme de cristal líquido conectado à corrente elétrica: seu acionamento permite deixar o vidro transparente ou opaco. Mais informações: atenuasom.com.br

Eletrodomésticos com vidro marcaram o espaço da Elettromec. A coifa Magma, por exemplo, apresenta acabamento temperado na cor vermelha, além de contar com iluminação em LED, função timer e comando touch. As adegas trazem portas com tecnologia low-e (vidro de baixa emissividade), minimizando a condensação de vapor d’água. Nosso material se fez presente ainda em produtos como os fornos da linha Nero, Luce e Massima, com opções de modelos com portas de vidro duplo ou triplo (há possibilidade de remoção das folhas para limpeza) e revestimento de temperado preto no painel, contando com comando digital ou eletrônico, e nos cooktops Vetro (a gás), Vitrocerâmico (elétrico) e Indução (elétrico). Mais informações: elettromec.com.br

A Doka apresentou sua nova linha de espelhos clássicos, com cinco opções de modelo, como o Park. Todos têm molduras nas opções preta e branca com acabamento manual delicado e apresentam alta resistência à umidade e proliferação de mofos e fungos. O estande da empresa também exibiu um espelho de piso que não precisa ser fixado à parede. Mais informações: www.banheirasdoka.com.br

Na entrada do estande da Hansgrohe, os grandes chuveiros da linha Rainmaker Select chamavam a atenção: a superfície por onde a água cai é feita de vidro temperado branco (com comprimento de 46 a até 58 cm), com todos os furos no material feitos a laser de precisão. Temperados (nas opções branca e preta) também compunham a superfície dos sistemas de acionamento de chuveiro ShowerSelect Glass, permitindo abrir e fechar a água com o simples toque de um botão. Mais informações: www.hansgrohe.com.br

A Kohler levou arte ao pavilhão de exposições. A linha Artists Edition de cubas artesanais de vidro é marcada pela sofisticação de seus itens, indicados para banheiros e lavabos. O modelo Briolette (foto) é inspirado em formas geométricas retas, enquanto o Lavinia se diferencia pela textura ondulada do vidro. Vale citar ainda o Spun e o Kallos, este último inspirado na arte grega. Mais informações: br.kohler.com

O vitrocerâmico branco da Coifa Juliet 90, da Tramontina, oferece uma estética limpa e sóbria às cozinhas em que será instalada. Possui ainda comando touch de três velocidades, timer e lâmpadas LED. A empresa mostrou vários eletrodomésticos com nosso material, como o cooktop a gás Brasil 5GG TRI 70 que leva vidro temperado. Vale citar também o Vitro Grill Design, feito de aço inox e superfície vitrocerâmica. Mais informações: www.tramontina.com.br

Pastilhas de vidro: formatos e cores variadas
A Expo Revestir é reconhecida por apresentar diversas soluções construtivas usando-se pastilhas de vidros. Neste ano, não foi diferente. A Colormix mostrou a linha Hexagonal, com espessura de 4 mm — também foi mostrada a linha Nanomosaico, com peças pequenas, criada pelo designer Paulo Mutza. Dentre as novidades da Dune em mosaicos de vidro destacaram-se a Gilded e a Tinsel, com aplicação de folhas de ouro e prata, respectivamente, além do revestimento Identity Glass, de grandes dimensões. O principal lançamento da Glass Mosaic foi a linha Matisse, que possui peças de vidro (6 mm de espessura) e mármore e está disponível em variados tamanhos.

No estande da Level Acabamentos, havia um grande mosaico, chamado Bonaparte Wall. Criado pelo arquiteto e designer Carlo Dal Bianco, o trabalho ganhou pastilhas italianas da Bizassa, empresa representada pela Level no Brasil. A Obra Vítrea revelou ao público as linhas Rupestre (6 mm, importada, com decoração em serigrafia) e Madeira (4 mm, de fabricação nacional), enquanto a Vetro Designer exibiu suas pastilhas exclusivas da série Bolhas, feitas com vidro pintado e recozido.

Fale com eles!
Expo Revestir — www.exporevestir.com.br

Por dentro do mundo das ferragens para vidro

Um vidraceiro não trabalha só com o vidro, mas também com as ferragens, parceiras quase inseparáveis de nosso material. São elas que permitem a fixação e a movimentação dos vidros em portas, janelas, fachadas e outras aplicações na construção civil. Apesar do grande número de opções no mercado, a escolha da ferragem deve ser feita com muito cuidado, para garantir a segurança do vidro instalado e das pessoas próximas a ele.

Por isso, conversamos com profissionais do ramo e preparamos uma reportagem especial para você, vidraceiro.Também adiantamos um pouco do que deve dizer a norma técnica para ferragens em fase de desenvolvimento. Boa leitura!

De olho nas matérias-primas

Ferragens para vidro podem ser feitas com diferentes materiais. Embora o projeto de norma em desenvolvimento (saiba mais sobre ele na página 40) não defina uma matéria-prima específica para sua fabricação, é importante conhecer o que cada uma delas tem a oferecer.

Zamac

Características: O zamac é uma liga metálica não ferrosa, com resistência mecânica similar à do latão. É hoje o material mais utilizado
na fabricação de ferragens para vidro
Aplicações: Apresenta bons resultados em ambientes internos, segundo Wellington Neves, gerente-comercial da Gold News. Nelson Libonatti, diretor-geral da Glass Vetro, acrescenta que o zamac é mais recomendado em instalações em que as ferragens não precisem suportar grandes esforços
Custo: Costuma ser bastante acessível, apenas mais caro que o polímero

Latão

Características: Marco Musolino, diretor-comercial da Metalúrgica GMS, explica que o latão é um material nobre, com excelentes
resistências mecânica e à corrosão
Aplicações: Indicado para áreas litorâneas, com maresia, e zonas industriais (também pode ser usado em aplicações internas e externas)
Custo: O mais alto do mercado — segundo Libonatti, da Glass Vetro, ele chega a ser até 15% mais caro que o aço inoxidável

Aço inoxidável

Características: Laurenil de Castro, diretora-comercial da Belga Metal, aponta que ele é considerado um material de alto padrão, com grande resistência mecânica e que dispensa a necessidade de acabamentos, já apresentando brilho característico
Aplicações: Libonatti, da Glass Vetro, indica que a aplicação depende da composição do aço inox:
• Inox 201: apesar de ser mais barato, apresenta restrições para uso em áreas externas
• Inox 304: aconselhado para uso em áreas externas
• Inox 316: composição mais resistente à maresia, ideal para áreas litorâneas
Custo: As ferragens de aço inox geralmente estão entre as mais caras no mercado, podendo custar até 20% a mais que o zamac

Polímero

Características: Ao contrário das outras matérias-primas normalmente usadas para fabricar ferragens, o polímero não é um metal, mas um material plástico
Aplicações: Max Del Olmo Filho, diretor-comercial da AL Puxadores, observa que o polímero pode ser usado tanto em aplicações internas como externas, pois não oxida.
Custo: Costuma apresentar os preços mais competitivos do mercado

Alumínio

Características: Material leve, dispensa acabamento superficial, apresentando por si só um aspecto liso e um pouco fosco. Gleibe Rodrigues, sócio-proprietário da Ferragens TQ, destaca que é possível escolher a liga e têmpera ideais do alumínio para conferir à ferragem a dureza e resistência necessárias para sua aplicação
Aplicações: Segundo Bernardo Grimberg, diretor-comercial da BonnaDio, pode ser usado em aplicações externas ou internas, apresentando boa durabilidade
Custo: As ferragens de alumínio costumam encontrar-se na média: nem caras, nem baratas

Finalizando o produto

Hoje, diferentes opções de acabamento são usadas para conferir uma aparência bela e harmoniosa às ferragens. E elas não contribuem  só para a estética do produto: segundo Edinilson Ferreira de Macedo, responsável pelo setor de Engenharia de Desenvolvimento da Metalúrgica WA, o acabamento também ajuda a preservar as peças em relação ao passar do tempo, além de protegê-las contra a  oxidação. Veja os principais acabamentos:

1) Cromado

Como é feito — Por meio de uma série de “banhos” da ferragem para recobri-la com uma camada de cromo;
Aparência — A peça cromada tem maior brilho e aspecto espelhado. Por esse motivo, as manchas causadas pelo contato e riscos ficam mais visíveis, exigindo mais cuidados em sua instalação e manutenção;
Em que materiais — Mais utilizado com latão e zamac. Não costuma ser feito com ferragens de alumínio, pois o processo para cromação desse material é mais trabalhoso, mas empresas como a Ferragens TQ já dispõem de tecnologia para isso.

2) Escovado

Como é feito — Por meio da abrasão (lixamento) da ferragem;
Aparência — A ferragem escovada tem a cor do material usado em sua fabricação, com pequenas ranhuras (linhas muito finas na mesma direção) em sua superfície;
Em que materiais — Usado normalmente em ferragens de aço inox e latão

3) Pintado

Como é feito — Com a aplicação de tinta em pó à base de epóxi e poliéster, em cabinas de pintura eletrostática;
Aparência — A pintura forma um filme rígido sobre a ferragem, permitindo que a tinta tenha ampla fixação à peça (sem escorrer) e confira a cor desejada a ela — segundo Denise Fonseca, gerente-comercial da Glasspeças, há uma ampla variedade de cores disponíveis, como preto, branco, cinza e bronze, entre outras;
Em que materiais — Bastante utilizado em ferragens de zamac. Peças de alumínio e latão também costumam receber esse acabamento.
Acetinado — Segundo Márcio Tavares, gerente-comercial da Stam, trata-se de uma variação do acabamento pintado, com a aplicação de pintura eletrostática com aspecto de aço ou alumínio fosco.

O que você encontra no mercado

As empresas especializadas em ferragens que responderam à nossa reportagem oferecem diversas soluções. Confira!

Adequação ao mercado — Uma das ações recentes da Metalúrgica WA foi a mudança do alumínio para o zamac como matéria-prima para suas ferragens. Para a empresa, o novo material permite processos produtivos mais enxutos e preços mais competitivos.

Ampla abertura — A Glass Vetro promete vários lançamentos em junho de 2016. Enquanto isso, a empresa já comercializa as dobradiças da linha Premium, disponíveis em zamac (foto), aço inox ou latão: elas proporcionam a abertura da porta para ambos os lados, em 180°.

Beleza e resistência — Um dos destaques da Gold News no mercado é a linha 48 de dobradiças. De aço inox, elas apresentam design com cantos arredondados e superfície polida. Podem ser aplicadas em diversos tipos de porta de vidro, mesmo em áreas litorâneas.

Matéria-prima diferenciada — A AL Puxadores afirma ter revolucionado o mercado nacional com a introdução das ferragens de polímero, com custos mais atrativos e acabamento diferenciado. A empresa já está preparando novas soluções para o mercado envolvendo o material.

Para vidros grandes — As dobradiças Jumbo da Belga Metal, para portas de grandes dimensões, são de aço inox e suportam até 130 kg.

Privacidade garantida Um dos lançamentos exclusivos da Ferragens TQ foi a fechadura para portas de vidro em cabinas de banheiros públicos. O produto, para portas de vidro, conta com display informando se o espaço está livre ou ocupado.

Prontas para emergência — A linha de soluções da BonnaDio inclui o kit para instalação de barras antipânico. As peças, incluindo a  fechadura na face do vidro oposta à da barra, são de aço revestido com pintura eletrostática.

Segurança extra — A Dobradiça Superior + Segurança, da Metalúrgica GMS, foi desenvolvida para uso em portas de vidro com película de segurança (também pode ser usada em outras portas). Com trava de segurança que a mantém fixa ao mancal (ferragem em que o eixo da porta é apoiado) superior, se o vidro quebrar, ela segura a porta no lugar, evitando acidentes.

Versatilidade no travamento — Uma das soluções oferecidas pela Stam é o Miolo 2002 para fechaduras. O produto tem mecanismo de lingueta com trava universal, podendo ser instalado em portas de vidro de bater ou de correr, e seu cilindro é intercambiável — ou seja, é possível trocá-lo sem precisar desmontar toda a fechadura.

Vidro em movimento — A Glasspeças possui uma linha de carrinhos Stanley com sistema de mão amiga (foto, aplicados na parte superior da porta), o qual permite a abertura e o fechamento de um sistema com uma folha de vidro fixa e até dez folhas móveis bastando mover uma das peças de vidro.

Para a proteção — A Pado oferece sua linha Glass, com fechaduras para portas e janelas de vidro. A caixa, tampa e lingueta do produto são de aço inoxidável, enquanto o cilindro é de zamac. As fechaduras estão disponíveis no padrão Blindex (com lingueta dupla ou simples) e Santa Marina — com pino. Os produtos possuem acabamento cromado, cromado acetinado, bronze oxidado e bronze.

Sem risco de contaminação

Embora ainda não seja usado para fabricação de ferragens para vidro no Brasil, o cobre antimicrobiano é apontado por Roney Margutti, gerente de Tecnologia do Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não Ferrosos no Estado de São Paulo (Siamfesp) e coordenador da Comissão de Estudo Especial de Ferragens (ABNT/CEE-188), como uma tendência a médio prazo para o mercado nacional de maçanetas, fechaduras e puxadores.

No estacionamento do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, guichês e corrimãos já foram
revestidos com cobre. “Devido ao risco de contaminação por micro-organismos, há uma iniciativa de se desenvolver produtos com esse material, para uso principalmente em espaços públicos”, explica. O cobre tem capacidade de eliminar 99,9% das bactérias de suas superfícies, reduzindo riscos de transmissão de doenças. Dentre suas características destacam-se:

• Ação bactericida contínua, ideal para evitar a contaminação de superfícies de contato em espaços públicos;
• Coloração dourada avermelhada;
• Excelente resistência mecânica e à corrosão.

Especificação: todo cuidado é pouco

A especificação de ferragens para vidro é fundamental para a segurança da instalação. As fontes consultadas para esta reportagem recomendam que sempre se deve conferir:

  • Se o produto apresenta garantia;
  • Se a fabricante das ferragens tem histórico confiável;
  • As espessuras e dimensões máximas do vidro para as quais os produtos são recomendados;
  • Qual a facilidade de reposição das ferragens, quando necessária;
  • Se a região em que o vidro será instalado requer ferragens com materiais ou acabamentos específicos.

Aprendendo a instalar corretamente

As fabricantes de ferragens são ótimas fontes para orientar os vidraceiros como instalar seus produtos. A Glass Vetro, por exemplo, realiza treinamentos em sua matriz, nas lojas franqueadas e mesmo nas instalações do cliente interessado: “Ensinamos toda a parte de aplicabilidade e instalação das ferragens no vidro, os cuidados e a verificação de normas técnicas relacionadas a esse trabalho”, aponta Nelson Libonatti.

Norma a caminho!

Embora não haja atualmente uma norma em vigor específica para ferragens para vidro, isso deve mudar em breve: um projeto de norma para elas já está sendo elaborado pela ABNT/CEE-188. “No momento, estamos na fase de testes laboratoriais”, explica Roney Margutti, coordenador da comissão. “Se tudo correr bem, devemos liberar o texto do projeto para consulta nacional em meados deste ano.”

Alguns pontos destacados pela norma são:

• A descrição e os códigos das ferragens, para facilitar a comunicação entre os elos da cadeia produtiva (fabricantes de ferragens, processadores e vidraceiros;
• As especificações para o recorte do vidro para cada uma das ferragens;
• A marcação de identificação do fabricante na ferragem;
• O desempenho mínimo esperado para as ferragens, como:
• Resistência dos parafusos de fixação;
• Resistência à corrosão do conjunto montado;
• Durabilidade das ferragens móveis;
• Verificação do escorregamento dos vidros.

Fale com eles!

ABNT — www.abnt.org.br
AL Puxadores — www.alindustria.com.br
Belga Metal — www.belgametal.com.br
BonnaDio — www.bonnadio.com.br
Ferragens TQ — ferragenstq.com.br
Glass Vetro — www.glassvetro.com.br
Glasspeças — www.glasspecas.com.br
Gold News — www.goldnews.com.br
Metalúrgica GMS — www.gms.com.br
Metalúrgica WA — www.metalurgicawa.com.br
Pado — www.pado.com.br
Siamfesp — www.siamfesp.org.br
Stam — stam.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui