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Hora de reencontrar o crescimento

2019 marca o início de um novo governo, renovando a esperança de retomada do crescimento de nosso setor, tão abalado pela crise que atinge o Brasil desde os idos de 2015. Nesses primeiros dias do ano, temos visto a nova gestão trabalhando para entender a máquina pública e atender os anseios do eleitorado em diversas frentes. A diretoria da Abravidro acredita em bons resultados e vai trabalhar ativamente para isso!

Mas não adianta depositar toda a nossa expectativa nas mãos dos novos governos federal e estaduais. É preciso que cada um de nós faça a sua parte também, como indivíduos e também como empresários. E a Abravidro, por meio de seu variado escopo de atuação, também continuará contribuindo para o crescimento e desenvolvimento do setor. Os módulos de especialização técnica e PPCPE, por exemplo, são ótimas oportunidades de qualificar ainda mais a mão de obra em busca do tão desejado aumento de produtividade nos negócios. Há também oferta de consultoria para a obtenção da certificação do vidro temperado, um diferencial importante para quem produz esse tipo de vidro. Ainda no tema qualificação, temos cursos online sobre uma variedade de temas, oferecidos exclusivamente aos nossos associados.

E na esteira das nossas atividades, o Simpovidro, mais tradicional encontro dos profissionais do setor, chega, este ano, à sua 14ª edição. Esperamos em breve anunciar novidades sobre o evento!

Além disso, seguiremos acompanhando temas de interesse do nosso mercado e agiremos sempre que necessário para buscar soluções e encaminhamentos para questões sensíveis aos vidreiros.

Um assunto recorrente neste espaço, o combate à informalidade e à sonegação ganhou destaque na primeira quinzena deste mês, em virtude de operação deflagrada pela Receita Federal, resultando na aplicação de multas da ordem de R$ 138 milhões a empresas da Região Sul do País. Nossa expectativa é que a repercussão da referida operação seja eficaz em inibir empresas que adotam práticas ilegais e desleais em nosso segmento. O impacto danoso da informalidade e da chamada criatividade tributária em nosso setor é mais que conhecido e torna nosso ambiente de negócios extremamente desigual.

DomingosJosé Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 553 (janeiro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Expectativas em alta

Passadas as eleições, os brasileiros acompanham com atenção o noticiário político e os primeiros movimentos do presidente eleito. Os empresários, em especial, têm grandes expectativas quanto à capacidade de Jair Bolsonaro e sua equipe conseguirem recolocar o País na rota do crescimento.

Enquanto o novo governo se prepara para assumir em janeiro, 2018 vai se aproximando do fim e os diversos setores da economia vão fazendo o balanço final do ano e suas apostas para 2019. Para o setor vidreiro, foi um período conturbado, com falta de vidro, paralisação dos caminhoneiros e tabelamento de frete, além de sucessivos aumentos no preço de nossa matéria-prima. Mas o último trimestre, nossa alta temporada, está bastante movimentado para os processadores e promete bons resultados para encerrar o período. A conferir!

Em reunião recente na Fiesp, diversos setores ligados à construção civil apresentaram seus números. Em comum, uma trajetória acentuada de queda de faturamento e empregos gerados nos últimos anos e o otimismo em relação ao que está por vir. E esse sentimento positivo não se dá apenas pelo resultado dos pleitos de outubro, mas também pelos sinais que já podem ser percebidos, como o aumento do uso da capacidade instalada da indústria de materiais de construção, melhores resultados no consumo do aço em relação a 2017, crescimento na importação de máquinas e equipamentos e também na contratação de profissionais por parte dos escritórios de engenharia e arquitetura. Cimento e agregados, no entanto, ainda vivem um ano difícil, com altos índices de capacidade ociosa e resultados bem distantes dos já alcançados em outros tempos.

Mas ainda há muita incerteza sobre os planos do futuro governo para realizar o que foi prometido durante a campanha. Um ponto em especial tem preocupado o setor industrial e merece a atenção do mercado vidreiro: o plano de governo de Bolsonaro fala em “redução de muitas alíquotas de importação e das barreiras não tarifárias”. Aguardaremos atentos pelas definições enquanto trabalhamos para aproveitar o mercado aquecido deste fim de ano.

DomingosJosé Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 551 (novembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

E que venha o ano-novo!

Dezembro é sempre um mês de muito trabalho para os profissionais do setor vidreiro e este ano não tem sido diferente. Todo mundo em ritmo acelerado para dar conta das entregas antes das férias coletivas, algumas empresas fazendo turno extra, inclusive. Esse é um ótimo sinal, em especial depois de um ano tão turbulento, com problemas no abastecimento de vidro, paralisação dos transportes, incertezas por conta das eleições e sucessivos aumentos no preço da matéria-prima.

O fim do ano é o período mais aquecido do nosso mercado, não há dúvidas. Mas as apostas são de que o ritmo deve continuar intenso em 2019. A expectativa é de retomada da construção civil, gerando maior demanda pelo nosso material. As condições para isso — do ponto de vista econômico — estão dadas e, se o novo governo dedicar-se a cumprir a agenda proposta durante a campanha eleitoral, são boas as chances de o nosso país entrar novamente nos trilhos e voltar a crescer.

E se a perspectiva é deixar para trás esse período sombrio, não podemos perder de vista os aprendizados que ele nos trouxe. O clichê de a crise ser também uma oportunidade mostrou-se verdadeiro para quem esteve atento e buscou melhorias em seus processos reduzindo custos e perdas; em sua produtividade, qualificando suas equipes e conseguindo melhores resultados; e em seu posicionamento no mercado, buscando novos nichos ou novas formas de atuar. Enfim, tivemos quem soube fazer do limão uma limonada: aprender com as adversidades torna-nos aptos a obter melhores resultados.

Em janeiro, iniciaremos a coleta de dados para o nosso Panorama Abravidro, pesquisa que vai nos dar uma visão mais real de como foi o ano para o setor. Na edição de 2018 da pesquisa, chamavam atenção o elevado grau de endividamento dos processadores ao mesmo tempo que cresciam discretamente a intenção de investimentos e a expectativa de manutenção ou aumento do faturamento das empresas. Agora é a hora de verificar se essas impressões confirmaram-se no resultado do ano e também de conhecer o que o empresário vidreiro espera para o futuro.

Despeço-me com votos de boas-festas e um 2019 com muitos prédios no horizonte!

DomingosJosé Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Eleições, promessas e expectativas

Foi dada, enfim, a largada para o início oficial das eleições 2018. Num ano em que o Brasil tem dificuldades para sair da crise econômica, política e moral que se abateu sobre o País, precisamos estar especialmente atentos — como cidadãos e também como empresários — ao que dizem os milhares de candidatos sobre os seus planos para o nosso futuro.

O setor vidreiro tem grandes expectativas sobre o que o próximo governante da nação brasileira pode fazer para recuperar a atividade da construção civil. No começo deste mês, a Abravidro, uma das 26 entidades que compõem a Coalização pela construção, esteve representada no encontro O futuro do Brasil na visão dos presidenciáveis, do qual participaram cinco candidatos à presidência da República.

O objetivo do evento era saber como o setor da construção pode contribuir para melhorar o País e também, claro, conhecer o que os presidenciáveis pensam para o segmento. O porta-voz da coalização, José Carlos Martins, presidente da CBIC, apresentou dados e argumentos que mostram o impacto do setor na economia brasileira: participação no PIB, geração de empregos diretos e indiretos e outros, num verdadeiro ciclo virtuoso. Martins também foi preciso sobre as demandas do nosso setor: segurança jurídica, crédito, planejamento e estímulo ao capital privado.

Os candidatos presentes ao debate deram sinais de entender a importância do segmento e dois deles chegaram a se comprometer a, se eleitos, criar um conselho consultivo da construção.

Depois do auge vivido nos anos de 2013 e 2014, período sem precedentes para o mercado vidreiro nacional, a queda vertiginosa que nos atingiu vem deixando como marcas a queda no número de empregos gerados, os aumentos da informalidade e da criatividade tributária, a concorrência desleal e o fechamento de empresas por todo o País.

Seja quem for o eleito, nossa expectativa é recuperar a capacidade de investimento e voltar a ver novos prédios subindo no horizonte das cidades brasileiras.

DomingosJosé Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 548 (agosto de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Estreitando laços com a energia solar

José Domingos Seixas, presidente da Abravidro, esteve presente na cerimônia de posse do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), principal entidade nacional desse setor. O evento, realizado no dia 4 de julho na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, empossou a diretoria eleita para os próximos dois anos (2018 a 2020). Ronaldo Koloszuk (foto) é o presidente da nova formação do conselho.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Em busca do equilíbrio

Neste mês de julho, a Abravidro realizou uma assembleia-geral extraordinária para discutir o momento pelo qual o setor vidreiro vem passando. A reunião teve quórum altíssimo, com presença de representantes de diversos Estados, e foi intensa, pois incluiu a avaliação de dados do segmento – ou de outros que o impactam diretamente, no Brasil e no mundo.

A restrição de oferta que ainda afeta alguns processadores esteve na pauta, assim como o direito antidumping vigente, que sobretaxa importações de vidro originário da Arábia Saudita, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos da América e México. Foi consenso entre os presentes que questionar o antidumping neste momento não é a solução para os problemas do nosso setor. Vivemos em um ambiente absolutamente competitivo, com quatro usinas atuando no País, nove fornos ativos e mais um que deve entrar em operação nos próximos doze meses, acrescentando novecentas toneladas/dia à capacidade instalada da indústria nacional.

É nosso papel exigir das usinas o pleno atendimento ao mercado doméstico, já que elas têm plenas condições para isso. Mas vale uma provocação: na busca pelo equilíbrio entre oferta e demanda, o que é pior, abundância ou restrição de vidro? Há pouco mais de um ano, sentimos na pele o impacto do excesso de matéria-prima: política predatória de preços, com os menores valores históricos do vidro.

E em meio a tudo isso, temos de buscar garantir a rentabilidade de nossas empresas, num cenário em que a informalidade cresce a cada dia, assim como outras formas de concorrência desleal. Em outros tempos, a alta rentabilidade de nossos negócios encobria erros e problemas. Agora vivemos um outro momento, em que é necessário termos uma gestão de excelência, atenta e profissional, sem espaço para erros de estratégia.

Não são poucos os desafios colocados para os profissionais vidreiros. Cabe a nós trabalhar e pressionar para que as questões estruturais sejam resolvidas e tenhamos matéria-prima para trabalhar, mas também buscar o que de melhor pode ser feito no âmbito de nossas empresas, como nosso compromisso e contribuição para um mercado justo e próspero.

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

A retomada é logo ali

A edição 2018 do Panorama Abravidro, único estudo produtivo do vidro plano no País, já mostrava esta tendência: na pesquisa com processadores, 85% deles esperam manter ou aumentar o faturamento este ano e 73% têm intenção de fazer investimentos. Durante a Glass South America, realizada de 9 a 12 de maio, no São Paulo Expo, a esperança pela retomada do crescimento do mercado pôde ser vista ao vivo.

A maior feira do setor na América Latina, organizada pela NürnbergMesse Brasil em parceria exclusiva com a Abravidro, teve aumento de 10% no número de visitantes conferindo as novidades de 215 marcas expositoras.

Balanço final
domingosPara José Domingos Seixas, presidente da Abravidro, a feira refletiu o atual momento do setor. “Depois de dois anos de queda de mercado, em 2017 o consumo se estabilizou — e isso já é uma grande indicação de que melhores negócios virão. Todos nós acreditamos muito em 2018”, comenta.

João Paulo Picolo, diretor-geral da NürnbergMesse Brasil, revela que o evento superou as expectativas dos próprios organizadores. “Entramos, confesso, com um sentimento de dúvida. Mas conseguir entregar uma feira como essa, com tanto sucesso, não poderia ser mais satisfatório.”

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O bom resultado era visto nos estandes. Desde o primeiro dia, momento geralmente mais tranquilo da mostra, representantes das empresas atendiam interessados em conhecer produtos e soluções. Reuniões para fechar compras de maquinários eram outra cena bastante comum. Picolo destaca também a presença de profissionais de diferentes partes do País (foram mais de quinze caravanas de várias regiões), além de estrangeiros, principalmente da América Latina.

Nova casa
Uma mudança significativa dessa edição foi o local da mostra, que saiu do Transamerica Expo Center e foi para o São Paulo Expo (antigo Centro de Exposição Imigrantes). Reformado recentemente e localizado em uma região mais central da cidade, o espaço agradou a todos por seus corredores largos e estacionamento de fácil acesso.

Prepare-se para 2020!
No último dia de evento, foi divulgada a data para a próxima Glass: 3 a 6 de junho de 2020. Enquanto a futura edição não chega, saiba o que as empresas nacionais e estrangeiras mostraram ao público — a começar pelos espaços da Abravidro, recheados de informação técnica para todo o setor.

sãopauloexpoNúmeros da Glass 2018
Mais de 14 mil visitantes
Público 10% maior que em 2016
215 marcas expositoras
25 mil m² de feira

 

Eventos paralelos
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O congresso Glass Façades Day, idealizado pela revista Projeto, discutiu o uso do vidro em fachadas com arquitetos e consultores, apresentando exemplos de todo o mundo, como a Casa do Deserto (Espanha) e o Emporia Shopping Center (Suécia). Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro, participou da abertura do evento.

Várias empresas, entre elas as usinas vidreiras, aproveitaram para promover ações especiais de relacionamento com os clientes, dentro e fora do pavilhão, incluindo coquetéis, visita a showroom e almoço.

Este texto foi originalmente publicado na edição 546 (junho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Como sobreviver em ambiente tão volátil?

Realizada há pouco mais de um mês, a Glass South America foi um bálsamo de otimismo. O clima positivo refletia a expectativa do empresariado, detectada no Panorama Abravidro para o ano de 2018 divulgado durante o evento.

Mas logo em seguida à feira vieram as manifestações dos caminhoneiros, travando as estradas brasileiras, derrubando vendas e impossibilitando entregas de matéria-prima e também de produtos processados, com forte impacto no faturamento de toda a indústria e, consequentemente, no PIB do País.

E quando as estradas foram liberadas, foi a vez de as usinas de base anunciarem aumento significativo nos preços de seus produtos, o segundo do ano. Num cenário em que ainda não houve efetiva recomposição dos estoques e em que a oferta do mix de produtos segue comprometida, os aumentos deixam o mercado em estado de alerta.

O ambiente político e econômico brasileiro segue em alto grau de volatilidade e parece ter virado o País de cabeça para baixo. A indústria brasileira vive momentos difíceis. O dólar segue em alta, com valorização de cerca de 18% nos seis primeiros meses do ano. A energia para uso industrial, insumo básico para o processador de vidro, teve reajuste de mais de 30% anunciado em Minas Gerais no último trimestre, o que deve ser uma tendência para outros Estados. O preço do gás, essencial para as usinas de base, sofreu aumento de 21%. Frete, combustível e outras despesas seguem o mesmo ritmo.

Em meio a toda essa turbulência, com a percepção de risco aumentando a cada minuto, é inevitável que, como empreendedores, nos perguntemos sobre como nossas empresas vão sobreviver e gerar lucro. A resposta certamente passa pela recuperação do valor do vidro — e é um debate que vai além da venda de produtos com valor agregado e outros pontos que defendemos regularmente. Trata-se de uma discussão estrutural, sobre empresas trabalhando de forma ética e responsável e o setor, como um todo, atuando em prol de sua recuperação e desenvolvimento.

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 546 (junho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Muito trabalho e aprendizado

Há um ano eu assumia a presidência da Abravidro. Estar à frente da principal entidade do setor vidreiro tem sido um grande aprendizado e um desafio de igual tamanho. Nesses doze meses, tive a oportunidade de conhecer os bastidores do Simpovidro, representar a Abravidro em reuniões com parceiros e representantes de diferentes esferas do governo em diversos pleitos. Passamos também pelo longo desgaste do desabastecimento de vidro float no mercado doméstico, com paradas de fornos para manutenção a quente e a frio. Tivemos troca de comando em algumas de nossas entidades regionais afiliadas e lançamento de uma importante campanha para estreitar o relacionamento entre processadores e vidraceiros. Até anúncio de fechamento de uma das usinas de base nacionais ocorreu nesse período.

Para passar por tudo isso em tão pouco tempo, foi fundamental contar com o apoio e presença dos vice-presidentes Emerson Arcênio, Rafael Ribeiro e Alexandre Pestana, os quais participam ativamente do dia a dia da Abravidro e me dão todo o suporte de que preciso. Também tenho a sorte de contar com a Iara Bentes, superintendente que, em curtíssimo tempo, assumiu nossas causas e vem trabalhando com garra e determinação — características da Abravidro.

Passado esse primeiro ano tão intenso, fico feliz em observar os sinais de que a economia começa a se recuperar enquanto nosso setor, por sua vez, dá indícios de que o pior já passou. No Panorama Abravidro 2018, que chega a você encartado nesta edição de O Vidroplano, vemos que o faturamento caiu novamente em 2017, mas na casa de um dígito apenas, o que é um alívio. Já o consumo do vidro processado se estabilizou após dois anos de queda. A expectativa do empresário vidreiro para 2018 é majoritariamente positiva, apesar de o nível de endividamento ainda ser significativo. Portanto, não deixe de ler o estudo, ele é um importante aliado para o seu sucesso nos negócios.

Falando em informação e negócios, não tem como não pensar na Glass South America. O mercado vidreiro em peso estará no evento — e ele mais uma vez promete apresentar o que há de melhor em nosso segmento. A Abravidro estará na feira com um estande em que os visitantes poderão conferir os destaques da campanha #TamoJuntoVidraceiro, um showroom com peças de vidro em instalações diversas e, claro, todos os serviços e produtos da entidade apresentados por nossa valorosa equipe. Uma bela maneira de comemorar esse aniversário!

DomingosJosé Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 545 (maio de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vida que segue

domingosFoi com uma mistura de surpresa e choque que soubemos este mês que a União Brasileira de Vidros (UBV) está deixando o mercado vidreiro. Aos profissionais que atuam e atuaram na usina, deixo aqui minha sincera solidariedade neste momento difícil. O fim da fabricante engrossa as estatísticas das empresas que não resistiram à crise da construção civil, iniciada em 2015. Foram muitos os transformadores de vidro abatidos nesse período.

Mas, como empreendedores, temos de olhar para a frente, para o futuro, e buscar a energia necessária para seguir o caminho. E, para isso, nada melhor que marcar presença na maior feira de nosso setor no Brasil, a Glass South America, que será realizada de 9 a 12 de maio, em São Paulo.

Em sua 13ª edição, o evento conta mais uma vez com o apoio da Abravidro — e repetiremos a iniciativa Vidro em Ação, com a realização de ensaios técnicos em nosso material ao vivo durante a mostra. A Glass é uma excelente oportunidade para se atualizar, conhecer os lançamentos de produtos, conferir tendências e, claro, encontrar parceiros e fornecedores. Para nós, será também a ocasião para dar ainda mais visibilidade à campanha #TamoJuntoVidraceiro, lançada no mês passado e muito bem recebida pelo mercado.

Logo depois da feira, teremos a Copa do Mundo, o que impacta o ritmo e a produtividade do primeiro semestre. Depois, surgem as eleições, que sempre deixam um clima de incerteza no ar. Os dados econômicos dos primeiros meses de 2018 reforçam a percepção de que este ano será de recuperação, mesmo que em ritmo moderado. O importante agora é fazer a nossa parte!

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 544 (abril de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

#TamoJunto!

DomingosÉ com muito entusiasmo que anunciamos nesta edição de O Vidroplano a campanha #TamoJuntoVidraceiro. Resultado de um trabalho feito a muitas mãos, o projeto teve como ponto de partida o abaixo-assinado recebido no ano passado, em que um grupo de vidraceiros pedia à entidade algumas providências no sentido de melhorar a relação entre esses trabalhadores e os processadores. A Abravidro recebeu as reivindicações e sentou-se à mesa com esses profissionais, buscando entender as necessidades dos vidraceiros e oferecer uma resposta que atendesse os seus anseios.

O projeto que você verá apresentado nas próximas páginas tem um papel estruturante no desenvolvimento do mercado. Sua principal finalidade é gerar uma integração entre esses dois elos da cadeia vidreira como nunca se viu. A essa meta, soma-se o potencial para qualificar o consumo do vidro no Brasil, um objetivo comum a todo o nosso setor, por meio de materiais que orientam sobre sua aplicação correta. Nosso desejo é que as boas práticas sugeridas pela Abravidro sejam adotadas por todos os processadores do País, proporcionando uma relação saudável e profissional com seus clientes. Desde quando assumi a presidência da associação, eu falo que o foco da minha gestão é unir a cadeia vidreira, para que possamos trabalhar juntos pelo desenvolvimento do nosso setor. O #TamoJuntoVidraceiro é uma ação nesse caminho.

E no que diz respeito à nossa relação com o outro elo da cadeia, as usinas de base, os últimos meses deixam um grande aprendizado. Desde o mês de setembro, enfrentamos uma grave situação de desabastecimento de vidro float, que aparentemente resultou de uma combinação de fatores, como: paradas de dois fornos para manutenção — sendo uma delas a frio —, falha de programação nas campanhas dos fornos e balança comercial desfavorável, com grandes volumes destinados à exportação e importação inexpressiva. Juntos, esses problemas levaram a um desequilíbrio da oferta de vidro com efeitos desastrosos.

Mas já aprendemos que, para que o problema não se repita, precisamos ser ainda mais vigilantes, mantendo aberto o diálogo, buscando um melhor planejamento das campanhas dos fornos e monitorando as ações das fábricas de forma mais próxima para garantir o pleno atendimento do mercado doméstico. E a Abravidro continuará fazendo os alertas e propondo as correções de rumo que acharmos necessárias, em qualquer âmbito ou esfera competente.

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 543 (março de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

No limite!

domingosNo exercício da nossa missão de zelar pelos interesses da indústria de transformação e distribuição de vidro plano no Brasil, a Abravidro tem atuado em diversas frentes na busca por uma solução para o maior problema que enfrentamos desde o mês de setembro de 2017: o desabastecimento de float.

As explicações fornecidas pelas usinas de base são insatisfatórias: atribuem a escassez a fatores “circunstanciais” e vêm sempre acompanhadas da promessa de que a situação estará normalizada em breve. É o que temos ouvido desde outubro de 2017. No entanto, a promessa não foi cumprida. E o mais grave é que o mercado não vê perspectiva de que a situação se normalize no médio prazo.

Como se não bastasse, o cenário de escassez coincidiu com três anúncios de aumentos de preços pela indústria de base em 2017, em um período de apenas seis meses!!

Apesar de todos os esforços da Abravidro até o momento, que incluíram reuniões individuais com cada uma das indústrias de base e repetidos apelos para que a situação fosse regularizada, isso não ocorreu e o desabastecimento vem se prolongando há cinco meses.

Diante disso, enviamos, no início deste mês, um ofício às usinas de base (AGC, Cebrace, Guardian e Vivix) com um ultimato para que o problema seja efetivamente solucionado até 20 de março.

Não voltando ao normal a situação até o prazo informado, a Abravidro não hesitará em agir na defesa dos interesses do setor vidreiro brasileiro, em qualquer âmbito ou esfera competente. No final de janeiro, contratamos a assessoria jurídica Nasser Sociedade de Advogados, com competência reconhecida e especializada em direito comercial, que, desde então, vem trabalhando no caso e tem nos orientado sobre o melhor caminho a seguir na busca de uma solução para o desabastecimento.

A Abravidro sempre buscou a solução de problemas por meio de negociação e diálogo, mas, se for necessário partir para o litígio, assim o faremos.

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 542 (fevereiro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Um chamado aos processadores!

A Abravidro já começou a preparar o único estudo econômico sobre a produção do setor vidreiro nacional. Para isso, precisa de sua participação, processador! Em um ano que começa com a promessa de retomada econômica (ainda que tímida, por enquanto), tomar decisões bem-embasadas é fundamental para qualquer empreendedor.

Daí vem a importância do Panorama Abravidro, publicado anualmente desde 2012. O documento é consultado por quem tem o poder de decisão nas empresas e por especialistas do vidro plano no Brasil e exterior. “É a maior referência de mercado do nosso material. As informações obtidas revelam a dimensão do setor em relação ao Produto Interno Bruto (PIB)”, afirma José Domingos Seixas, presidente da Abravidro. “O estudo também nos permite fazer demandas ao governo em prol de toda a cadeia. Assim, a participação das indústrias de transformação é essencial para o sucesso do projeto.”

E, mais uma vez, a publicação seguirá dois pilares já consagrados ao longo dos anos: a confidencialidade dos dados e a presença de economistas renomados na avaliação das informações.

O que é o Panorama Abravidro
Importância do estudo
Para o mercado
– Base de referência para a identificação dos problemas do setor e encaminhamentos de pleitos ao governo nas áreas tributária, trabalhista e de defesa comercial, entre outras.

Para as empresas
– Compreensão das perspectivas econômicas futuras;
– Referência para a análise de viabilidade de investimentos;
– Identificação de novos mercados a serem explorados;
– Maior qualidade na definição de estratégias a serem tomadas.

Como os dados são coletados?
O questionário para a pesquisa está na plataforma online para coleta de dados Survey Monkey. As perguntas podem ser acessadas pelo link https://pt.surveymonkey.com/r/PanoramaAbravidro

Quem os avalia?
A análise é feita pelos economistas Sérgio Goldbaum e Euclides Pedrozo, da GPM Consultoria, os mesmos das edições anteriores do estudo. Eles contam com um e-mail exclusivo para esclarecer dúvidas dos participantes: panoramaabravidro@gmail.com.

A Abravidro acessa as informações enviadas pelas empresas?
Não. Apenas a GPM Consultoria tem acesso aos dados enviados pela plataforma Survey Monkey e ao e-mail de contato com as empresas participantes. As informações individuais não passam por qualquer funcionário ou diretor da Abravidro. Os profissionais da GPM Consultoria envolvidos na elaboração do estudo assinaram um termo de confidencialidade registrado em cartório assumindo que apenas os números consolidados e agregados são tornados públicos, sem distinguir uma empresa da outra.

Até quando se pode preencher e enviar o questionário?
O prazo final é 2 de março.

Quando o Panorama Abravidro 2018 será lançado?
– O estudo será parte da edição nº 545 de O Vidroplano, a ser publicada em maio;
– Além da versão impressa, a publicação também fica disponível no aplicativo da revista O Vidroplano para celulares e também no site da Abravidro, em www.abravidro.org.br/mercado/panorama-abravidro

Este texto foi originalmente publicado na edição 541 (janeiro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Desenvolvimento setorial requer compromisso

DomingosNeste começo de ano, quero aproveitar este espaço para reafirmar o compromisso da Abravidro com o desenvolvimento do nosso setor. Seguimos acreditando na importância da qualificação profissional permanente e, para isso, oferecemos cursos de especialização técnica e PCP. Assim como a qualificação profissional é fundamental, o mesmo vale para os nossos produtos — a certificação do vidro temperado é um importante recurso nesse sentido. Por isso, a Abravidro oferece consultoria às empresas interessadas em obter esse diferencial.

Tão importantes quanto esses fatores são as boas práticas comerciais. Os chamados descaminhos do vidro vêm sendo utilizados por empresas de todo o País e estão em nosso radar pelo prejuízo que têm causado ao setor.

Também trazem perdas financeiras e prejudicam a imagem do segmento como um todo o uso de vidros em desacordo com as normas técnicas. Seja por desconhecimento ou, pior, por má-fé, ainda são frequentes os relatos de vidro fora de norma em diversos Estados, o que é inaceitável. Desde 1998, a Abravidro é a sede do ABNT/CB-37, sendo responsável pela produção e revisão de normas técnicas de vidros planos. O tema ganhou visibilidade no último ano e a aplicação segura do vidro deve ser a bandeira de todos nós.

E como um setor desenvolvido requer compromisso e atuação responsável de todos os elos da cadeia, continuamos monitorando a questão do abastecimento de vidro aos processadores por parte das usinas de base. Embora melhor que no ano passado, a situação ainda não foi regularizada e a indisponibilidade de vidro colorido ainda é realidade para alguns processadores.

Por falar em compromisso de todos, quero convidar os processadores de vidro a participar da 7ª edição do Panorama Abravidro, único estudo sobre o desempenho produtivo e econômico do setor de vidros planos do Brasil. O questionário que serve de base para o levantamento deverá ser preenchido até 2 de março. O estudo será lançado no mês de maio. Conto com vocês!

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 541 (janeiro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Seguindo em frente

DomingosE eis que chegou dezembro, o último mês de um ano que ficará marcado como um dos piores da história do mercado vidreiro. Foi mais um período em que assistimos à queda da demanda por nossos produtos, especialmente na área da construção civil — e fecha com retração de 6% no terceiro ano seguido de declínio. E dentro de 2017 passamos por outro grave problema, quase uma contradição: a falta de vidro, que causou transtorno e um verdadeiro tsunami no mercado nos últimos meses. A situação agora parece normalizada e o intervalo comercial das festas de fim de ano será uma ótima oportunidade para as usinas regularizarem seus estoques de forma definitiva. A manutenção a frio do forno parado em setembro segue conforme cronograma e sua produção deverá ser retomada para janeiro, o que também deve ajudar nisso.

Um balanço de 2017 não pode deixar de fora a 13ª edição do Simpovidro, o evento mais importante do nosso setor. Em um ano difícil como esse, o simpósio tornou-se ainda mais necessário. A realização do tradicional encontro da cadeia vidreira em cenário adverso chegou a ser questionada por alguns, mas não nos deixamos abater e mais uma vez reunimos os principais atores do nosso mercado superando a expectativa de público e registrando altos índices de satisfação dos participantes.

Mas dezembro não é tempo apenas de olhar o que passou. É hora também de olhar para frente e pensar o futuro. A economia começa a registrar melhora, as perspectivas vão ficando mais favoráveis e o ano-novo já passa a ser encarado como uma real oportunidade de voltar a crescer, mesmo que em patamares mais tímidos.

Em 2018, conte com a Abravidro e nossa equipe para trabalhar com você no desenvolvimento de nosso mercado. Elaboração e revisão de normas técnicas, cursos de especialização, consultoria no processo de certificação, o melhor conteúdo sobre o mercado, combate à sonegação fiscal, consultoria técnica e jurídica, defesa dos interesses dos processadores e distribuidores são algumas das atividades que estão em nossa pauta no ano que está por começar.

Feliz Natal e que 2018 seja próspero para todos nós!

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 540 (dezembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fortes e capazes de dialogar!

Não poderia haver melhor momento para a realização do 13º Simpovidro. De 9 a 12 de novembro, o Costão do Santinho Resort foi o palco de discussão de pautas como a retomada do segmento após um longo período de baixa atividade e a questão do desabastecimento de float. Ao todo, 516 participantes, de dentro e fora do País, marcaram presença — número superior ao previsto pela Abravidro. E, apesar da conjuntura de crise econômica e política, o nível de excelência do Simpovidro seguiu o mesmo: o mais alto possível!

Confira a seguir a cobertura completa do simpósio em reportagens sobre as palestras, Feira de Oportunidades com os apoiadores do evento, atividades de lazer e uma galeria de fotos.

No tapete vermelho
IMG_1140Para homenagear o profissional vidreiro, que enfrentou as dificuldades do País, o tema escolhido para essa edição do Simpovidro foi o Oscar, a premiação do cinema americano. Historicamente, a solenidade de abertura é marcada por posicionamentos da Abravidro e das usinas de base (veja mais no quadro “O que disseram as usinas de base?”), que também são patrocinadoras do evento. José Domingos Seixas, presidente da Abravidro, reforçou a importância de uma solução rápida para o desabastecimento e aumentos sucessivos no valor do float. “Esperamos que nos próximos meses, não venhamos a enfrentar o problema oposto: excesso de matéria-prima e os leilões que já testemunhamos em outros tempos”, disse o dirigente.

O que disseram as usinas de base?
Durante a cerimônia de abertura, representantes das seis fabricantes nacionais de vidro — todas patrocinadoras do Simpovidro — discursaram.

AGC: ‘coater’ a caminho
IMG_1218Francesco Landi, diretor-geral da divisão de Vidros para Construção Civil e Indústria para América do Sul, anunciou a construção de um coater para a produção de vidros de controle solar em solo no Brasil — hoje, a AGC importa esses produtos. O empreendimento deve ficar pronto no segundo semestre de 2018. Além disso, a obra para o novo forno em Guaratinguetá (SP) está a pleno vapor.

Cebrace: desabastecimento foi algo pontual
IMG_1254O diretor-executivo da companhia, Reinaldo Valu, comentou que a empresa manteve seus fornos atuando com capacidade máxima, além de procurar oportunidades para exportação do material. Valu, para quem a questão do desabastecimento do mercado foi pontual, reforçou que os objetivos da Cebrace não se limitam a metas comerciais: a preocupação é com o desenvolvimento do mercado.

Guardian: os benefícios do vidro
IMG_1283Ricardo Knecht, gerente-geral para a América do Sul da Guardian, fez uma apresentação sobre as tendências no uso do vidro. Para ele, o mercado deve sempre se antecipar às necessidades dos clientes, fazendo com que o material seja elemento relevante para a sociedade. Um exemplo disso citado pelo executivo é o foco no maior aproveitamento da luz natural.

Saint-Gobain Glass: retomando produção de aramados
IMG_4756O coordenador de Marketing, Gabriel Zanatta, iniciou seu discurso com uma breve análise econômica, apontando que os últimos meses indicam uma tímida recuperação do setor. E, para o mercado sair fortalecido da crise, é necessário colocar o cliente como centro das atenções. Zanatta relembrou ainda que a empresa retomou a produção de vidros aramados, atendendo demanda dos consumidores.

União Brasileira de Vidros (UBV): novo sistema de logística
IMG_4777Presidente da empresa, Sérgio Minerbo revelou uma mudança importante em seu sistema de entrega de pedidos: vidros serão carregados para atender os clientes todos os dias da semana, de domingo a domingo. Este ano, a UBV comemora seu 60º aniversário tendo maior atuação no mundo digital. Aposta em aplicativos e conteúdos exclusivos online para propiciar maior interação com os clientes.

Vivix: lançamento de linha de controle solar
IMG_1354Paulo Drummond, presidente da usina, falou sobre a linha Performa de vidros para controle solar, que será lançada em 2018, e refletiu sobre a economia nacional, comentando a importância da estabilidade política para o País. Relembrou o alto déficit habitacional, reforçando que o crédito imobiliário ainda é baixo — e que isso precisa mudar, para gerar mais obras e esquentar o mercado da construção civil.

Encerramento: um evento marcado pela integração do setor
20171111_SIMPOVIDRO_FOTO CAIO GRAÇA_PEDRO SAAD - 1655 cópiaLogo após as palestras do sábado, é tradição representantes da Abravidro e das usinas de base voltarem ao palco para as considerações finais sobre o evento. José Domingos Seixas destacou o esforço feito para realizar o simpósio e considerou que o Simpovidro representa tudo que o setor pode fazer de grande. Também reforçou que a Abravidro é parceira dos processadores e distribuidores e está à disposição de todos nas suas demandas e necessidades.

Os três vice-presidentes da entidade — Emerson Arcenio, Rafael Ribeiro e Alexandre Pestana — concordaram que o objetivo do evento, a integração do setor, foi alcançado, e que toda a cadeia deve lutar, unida, pelo desenvolvimento dos negócios.

Falaram também:
Franco Faldini, gerente-executivo nacional de Vendas e Marketing da AGC;
Leandro Pozzer, gerente nacional de Vendas da Cebrace;
Renato Sivieri Barboza, diretor de Marketing da Guardian;
Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass;
Vitor Hugo Farias, coordenador de Vendas, Comércio Exterior e Marketing da UBV;
Danilo Gatto, gerente-comercial da Vivix.

Além de a identidade visual do encontro remeter ao cinema, o grupo Felchak foi responsável por shows cheios de dança, cores, emoção e referências a clássicos da Sétima Arte nas cerimônias de abertura e encerramento. Durante as manhãs na plenária, os artistas conduziam os palestrantes até o palco. E, no tapete vermelho antes do jantar de encerramento, interagiram com os participantes, brincando de ser tietes dos profissionais vidreiros, como se esses fossem atores e atrizes de Hollywood.

Este texto foi originalmente publicado na edição 540 (dezembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Luz no fim do túnel

editorialEstamos na reta final de 2017 e o mercado celebra o esperado movimento do último trimestre do ano, tradicionalmente o melhor período para o setor vidreiro. Paralelamente, os indicadores econômicos também registram discreta melhora — e há a expectativa de que o ano se encerre com crescimento da economia, ainda que pequeno, após dois anos de retração, sinalizando boas perspectivas para 2018, uma luz no fim do túnel. A confiança do empresário industrial vem crescendo, assim como o uso da capacidade instalada.

Este ano tem sido difícil para o nosso mercado, mas quem conseguiu aproveitar os tempos árduos para fazer melhorias em suas empresas e nos processos, chega ao momento de maior volume de demanda e trabalho mais eficiente e pronto para entregar um resultado melhor a seus clientes. O clichê de associar crise à oportunidade não se dá à toa.

Cumprindo seu papel de qualificar e desenvolver nosso mercado, a Abravidro encerrou em outubro sua programação de cursos de especialização técnica. Ao todo, foram sete turmas do PPCPE, três delas realizadas em nossa sede, em São Paulo, e outras quatro realizadas em entidades regionais associadas: Ascevi-SC, Sindividros-RS, Amvid-MG e Abravid-DF. O treinamento tem conteúdo e metodologia exclusivos para o nosso setor, além de materiais de apoio essenciais para o dia a dia de uma empresa vidreira. Investir em qualificação da mão de obra é também fundamental em tempos de crise. E quem conseguiu enxergar isso e investir certamente colherá os louros.

Estamos todos trabalhando para encerrar o ano com o melhor resultado possível! E a sua empresa, sai fortalecida desse ciclo para o novo momento da economia?

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Passado, presente e futuro

domingosA revista O Vidroplano chega aos 60 anos reconhecida como o mais respeitado veículo de comunicação do setor vidreiro. Na retrospectiva publicada mais à frente, é possível relembrar alguns marcos da publicação e também da história do vidro no Brasil: inauguração de fornos, a entrega da primeira carga de float produzido no País, fundação da Abravidro, cobertura da 1ª edição do Simpovidro e outros. Em suas páginas, encontramos mês a mês informação de qualidade, atualidades, tendências e os principais destaques e movimentos do nosso mercado.

O momento, no entanto, não é propício para comemorações. Já estamos na segunda quinzena de outubro e o desabastecimento de float para o mercado doméstico continua sendo a principal pauta entre os processadores. Diante disso, a Abravidro voltou a se reunir com as quatro usinas para demandar o efetivo restabelecimento da oferta ao mercado. Em todos os encontros, a mensagem foi a mesma: é imperativo que as fabricantes priorizem o atendimento do mercado interno, aumentem seus esforços nas operações logísticas, sejam mais assertivas nas campanhas de seus fornos e não se aproveitem da situação para a prática de venda casada.

Como afirmei em circular enviada aos nossos mais de duzentos associados em todo o País, é inaceitável que os transformadores e processadores tenham dificuldade na compra de vidro. A escassez do produto, especialmente no período do ano em que, historicamente, o mercado está mais aquecido, é extremamente danosa para toda a cadeia produtiva.

A Abravidro e o mercado vidreiro aguardam uma rápida reação por parte das usinas. Se isso não ocorrer, outras providências serão tomadas para garantir o abastecimento do mercado doméstico.

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br


Este texto foi originalmente publicado na edição 538 (outubro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

O amanhã se constrói hoje

capa-savaëteO consultor Bernard Savaëte, da BJS Différences, é um dos maiores especialistas sobre o mercado mundial: suas palestras no GPD estão entre as mais concorridas, pois trazem panoramas globais da fabricação de float.

Bernard, no GPD 2017, você apontou expectativas para o futuro dos negócios, como foco em energia, fornos com maior produtividade e reciclagem. O setor está no caminho certo?
Eu ainda não vi o suficiente para a criação de novos fornos. A indústria é fragmentada e poucas companhias têm capacidade de gerenciar, sozinhas, projetos desse porte. Eu realmente acredito que a cooperação será necessária para inovação nessa área. Além disso, a reciclagem vai ser uma preocupação chave nos próximos anos.

Quais serão as tendências para o vidro nas próximas décadas?
– Desenvolvimento de chapas em tamanhos extragrandes;
– Maior durabilidade e resistência mecânica do material;
– Diminuição das emissões de gás carbônico levará à mudança nos leiautes das fábricas;
– Maior produção de energia com vidro (BIPV e fotovoltaicos transparentes);
– Foco no conforto (térmico, acústico, visual) dos usuários;
– Carros sem motoristas modificarão o design dos veículos, permitindo envidraçamentos complexos neles;
– Em longo prazo, todos os insulados serão produzidos com ao menos um revestimento low-e;
– Tecnologia eletrocrômica será mais acessível.

Como será o crescimento da indústria mundial?
Até 2030, a população mundial deve chegar a 8,5 bilhões. Atualmente, a média é existir uma linha de float a cada 15 milhões de habitantes. Isso significa que precisaremos de quatro e cinco novas linhas por ano para servir a nova população. Fábricas terão de ser construídas principalmente em regiões como África, América do Sul e Sudeste Asiático.

 

O que pensa o setor vidreiro nacional?

capa-seixas“Como afirmo desde o momento em que assumi a presidência da entidade, o foco principal da Abravidro é unir todos os elos da cadeia vidreira, das usinas de base aos vidraceiros, passando por processadores e distribuidores. Somente assim será possível um desenvolvimento saudável do setor, visando ao crescimento de receitas e criação de novos produtos. E isso passa pelo investimento incessante em pesquisa e tecnologia. Ainda estamos bem atrás de outras regiões do mundo nesses quesitos. Se quisermos estar preparados para o futuro, que chega quando menos esperamos, num piscar de olhos, isso se mostra fundamental.”
José Domingos Seixas, presidente da Abravidro

 

capa-matta“A Cebrace enxerga uma crescente demanda pelo vidro de valor agregado. Estamos investindo na educação do mercado, principalmente na difusão de informações para o consumidor final. Para cada tipo de região e para cada obra, há um produto que pode ser mais funcional em estética e desempenho. Por isso, estamos sempre em contato com profissionais do setor com o objetivo de identificar as principais questões construtivas e arquitetônicas, pontos de partida para a criação de novas soluções.”
Pedro Matta, gerente de Marketing da Cebrace
capa-sivieri“A Guardian está sempre atenta ao mercado de arquitetura e construção em âmbito global, o qual traz, cada vez mais, projetos minimalistas e arrojados. Entre as tendências, destacamos o conforto térmico e acústico, edifícios sustentáveis com estética diferenciada e eficiência energética. As pesquisas realizadas por nós estão alinhadas às necessidades dos clientes e influenciadores. Nesse sentido, a empresa ouve as demandas do mercado para desenvolver novos produtos e soluções.”
Renato Sivieri, diretor de Marketing da Guardian
capa-zanatta“O vidro no Brasil ainda é um produto com consumo per capita baixo, se comparado com economias mais fortes. Contudo, com o avanço do conhecimento junto a públicos especificadores, e com uma maior versatilidade nas formas oferecidas pelo vidro texturizado, o produto passará a ser mais utilizado como um elemento de arte, não apenas no essencial, mas para todo tipo de solução decorativa.”
Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass

 

 

capa-minerbo“ É um material extremamente prático e versátil. Existe uma tendência para a ampliação do uso de vidro de modo a privilegiar a iluminação natural e a sensação de amplitude e integração entre ambientes. Os vidros impressos vêm ganhando força principalmente em espaços onde se busca a privacidade aliada ao design. Por isso, acreditamos que novas texturas e desenhos serão parte do futuro, permitindo que migrem de aplicações no interior das construções para o exterior em grandes fachadas comerciais.”
Sérgio Minerbo, presidente da União Brasileira de Vidros (UBV)
capa-viviane“O Brasil vem evoluindo em relação ao uso do vidro, mas ainda tem muito a crescer. O consumo per capita é bem baixo em relação ao mercado externo, por exemplo. Uma grande tendência será a maior utilização dos produtos de controle solar. Existe uma série de estudos de eficiência energética em andamento e não temos dúvidas de que o material fará, cada vez mais, parte do cotidiano das pessoas.”

Viviane Moscoso, gerente de Produto da Vivix

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 538 (outubro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Turbulências no caminho

domingosO mês de setembro deixa um saldo negativo no bolso dos processadores de vidros planos: as fábricas anunciaram mais uma alta no preço do float e também do vidro impresso, o terceiro de 2017, menos de sessenta dias depois do último aumento. Num cenário de redução da demanda e de dificuldade de repasse desses aumentos, assistimos com preocupação à desorganização das usinas e seu impacto sobre o mercado vidreiro, que vive momentos difíceis, inclusive com o fechamento de tradicionais empresas do setor e com crescente e preocupante avanço da informalidade e sonegação.

O desabastecimento do mercado foi outro assunto em pauta. O problema é resultado de uma combinação de parada para manutenção de um forno e destinação da produção de dois para exportação e vidros automotivos. Para garantir que não haverá prejuízo aos nossos negócios, fizemos um “corpo a corpo” com as fábricas, que asseguraram que não faltará vidro. Vamos continuar acompanhando a questão, em especial com a chegada do fim do ano, período em que nosso mercado costuma estar mais aquecido.

Em meio a tudo isso, os indicadores econômicos seguem pouco favoráveis para a indústria da construção civil, nosso principal motor. O setor ainda sofre os reflexos da crise econômica e política, embora quedas um pouco mais suaves sejam lidas por alguns analistas como indicativos de início de lenta recuperação.

Mas nem só de problemas vivemos este mês. Já rompemos a barreira dos 300 inscritos para a 13ª edição do Simpovidro e praticamente fechamos a grade de palestrantes, com nomes que vão nos ajudar a avaliar o momento político, econômico e do mercado e nos preparar para o novo ano. Espero que até a data de nosso evento, as turbulências tenham ficado para trás.

Este texto foi originalmente publicado na edição 537 (setembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Adesão e engajamento

DomingosDas 12 edições do Simpovidro já realizadas, lembro-me de estar presente em dez delas. Sempre que pude, quis participar com minha família, por acreditar que é um importante momento de reunião de toda a cadeia vidreira, além de uma oportunidade de acesso a conteúdos que são úteis, de alguma forma, em minha empresa.

Agora que caminhamos para a 13ª edição, meu envolvimento com o simpósio está sendo bem diferente, com a possibilidade de acompanhar todas as etapas desde o começo. E, como presidente da Abravidro, posso dizer que é muito gratificante ver a receptividade do mercado ao nosso evento. Em pouco menos de um mês do lançamento, já registrávamos mais de duzentos inscritos, de mais de sessenta empresas do Brasil e do exterior, e dezesseis empresas apoiadoras.

Outro número positivo que vale comemorar é o de pessoas que participaram remotamente da reunião de discussão da norma do vidraceiro, realizada no final de julho, na sede da Abravidro: trinta profissionais acompanharam o debate pela Internet. A participação online nos encontros sobre normas sempre foi um desejo de nossa equipe técnica, por seu potencial de envolver mais pessoas e expandir o universo de contribuições na construção dos padrões que vão reger o mercado. A partir de agora, a intenção é que a interatividade esteja disponível em todas as reuniões do ANBT/CB-37.

Enquanto isso, os números da economia brasileira, em especial do vidro, continuam pouco favoráveis. A construção civil atravessa um momento delicado, com recuo de investimentos tanto no setor público como no privado, tendo reflexos diretos em nosso segmento. Nesse cenário, a informalidade vem crescendo dia a dia, o que não é bom para os negócios. A Abravidro, exercendo seu papel de defender os legítimos direitos e interesses do mercado, segue atenta e vigilante para que isso não prejudique ainda mais a cadeia vidreira nacional.

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vem aí mais um Simpovidro!

domingosÉ com muita alegria que anunciamos a 13ª edição do Simpovidro, o maior encontro vidreiro do Brasil! Em um ano de crise como o que estamos vivendo, nós, da Abravidro, entendemos que a sua realização se torna ainda mais importante e necessária.

Nosso simpósio reúne, a cada dois anos, os maiores empresários da cadeia vidreira de todas as regiões do País, em uma excelente oportunidade de networking e interatividade, em meio a um ambiente propício para a geração de negócios. Este ano não será diferente!

Se, em 2015, buscamos inspiração no circo para nos reinventarmos em meio ao caos político e econômico, agora o evento será realizado com o propósito de reconhecer o segmento, que vem lutando bravamente contra o desaquecimento do nosso mercado. Por isso, nos basearemos no Oscar, a badalada festa anual do cinema.

O encontro será mais curto, com duração de três dias, mas estamos trabalhando para oferecer uma programação de excelência, como já é tradição no Simpovidro. Há anos, frequento o simpósio com a minha família e estou muito feliz em poder participar como organizador desta vez. Acompanhei de perto as visitas técnicas para a escolha do local e as negociações para podermos oferecer as melhores condições de inscrição. Chegamos a considerar fazê-lo nos arredores de São Paulo, já que o Estado concentra parte expressiva dos participantes, mas o custo para se fazer um evento no padrão do nosso na região era inviável.

Por isso, deixamos a Bahia, que acolheu as últimas quatro edições do Simpovidro, e seguimos para Santa Catarina, no belíssimo Costão do Santinho Resort. No momento, estamos focados na seleção de palestrantes de alto nível para, mais uma vez, levar conteúdo de qualidade aos participantes.

Agora, contamos com o envolvimento de cada um de vocês para fazer desta edição mais um sucesso de público!

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Ações para o setor voltar a crescer

A noite de 19 de maio marcou o início de um novo período na história da Abravidro. A diretoria-executiva para o triênio 2017-2020 foi empossada em evento realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. O novo presidente, José Domingos Seixas, industrial da processadora paulistana Cyberglass, terá a missão de liderar a entidade pelos próximos três anos e já revelou ações práticas que podem contribuir para mais um ciclo de desenvolvimento do setor.

alexandreAgradecimentos e reflexões
Despedindo-se da presidência após dois mandatos consecutivos (de 2011 a 2017), o discurso de Alexandre Pestana rememorou momentos distintos deste período — do incrível aumento do consumo de vidro no começo da década à atual retração do mercado. Além de agradecer pelo apoio que teve de todos os elos do setor, Pestana ressaltou os esforços da associação para o desenvolvimento vidreiro nas questões técnica e tributária e também na organização da cadeia produtiva. Às usinas de base, direcionou uma reclamação: a grande concentração de volumes de vidro está sendo distribuída por poucos atacadistas, sem qualquer agregação de valor. “A indústria de transformação não precisa de atravessadores. Vocês, usinas de base, sempre nos atenderam diretamente e, neste momento de crise, isso não deve mudar”, afirmou.

Novo modelo de gestão
domingosNa sequência, José Domingos Seixas anunciou um novo modelo de gestão colaborativa e compartilhada. “A Abravidro cresceu tanto que nossas ações não podem se restringir à disponibilidade do principal líder”, explicou. Por isso, os vice-presidentes da entidade também participarão da supervisão dos projetos, melhorando ainda mais a capacidade de resposta às demandas do mercado.

Domingos comentou os diversos pleitos a serem conduzidos pela associação, como a neutralização do Imposto sobre produtos industrializados (IPI) do vidro processado. Medidas contra os conglomerados de empresas de pequeno porte (EPPs) e as indústrias travestidas de comércio também devem ser tomadas em breve. “No momento em que perdemos todas as referências de conduta, precisamos moralizar o setor, pois a competência precisa suplantar a deslealdade”, afirmou o dirigente. Mais detalhes sobre o novo presidente e seus futuros projetos estão na entrevista nesta edição.

Surpresas e emoção
Alexandre Pestana foi homenageado com duas lembranças: o álbum Retratos da presidência, com imagens do período, e o livro Sem medo de obstáculos – exemplar único contendo seus editoriais na revista O Vidroplano e discursos feitos ao longo dos dois mandatos. Cada membro da diretoria do triênio 2014-2017 recebeu peças de cristal com suas imagens gravadas em três dimensões.

Na despedida da superintendente e editora de O Vidroplano, Celina Araújo, que deixa a Abravidro no dia 30 de junho, foi produzida uma revista estilizada (A dama de vidro) que conta sua atuação nestes catorze anos na entidade.

Ana Cristina Pestana, esposa de Alexandre Pestana, também recebeu lembrança em reconhecimento ao apoio da família durante o mandato de seu marido. A homenagem foi entregue por Gláucia Seixas Guerrero, sobrinha de José Domingos Seixas.

Nova superintendente
Iara Bentes, nova superintendente da Abravidro, foi apresentada ao mercado no evento. Jornalista brasiliense, ela tem passagens pelo Ministério da Educação e Confederação Nacional das Indústrias (CNI). Iara também assume como editora de O Vidroplano a partir da edição de julho de 2017.

 

Diretoria-executiva para o triênio 2017-2020
Presidente
José Domingos Seixas

Primeiro-vice-presidente
Emerson Arcênio

Segundo-vice-presidente
Rafael Gustavo Araújo Ribeiro

Terceiro-vice-presidente
Alexandre Pestana

Diretores
Adiney Jaime de Oliveira
Alfredo dos Anjos Martins
Antônio Skardanas
Luiz Carlos Mossin
Marcus Aurelius de Andrade Pezotti
Maurício Silva Ribeiro
Rafael Nandi da Motta
Ricardo de Oliveira
Rogério Eduardo Ferreira de Oliveira
Vinícius Silveira Marques
Vítor Maione Samos
Walter Luiz Araújo Guarino
Conselheiros fiscais
Leonardo Bráz Vieira Santos
Rosemari Bremm Oliveira
Sandro Henrique Rensi

Conselheiros fiscais suplentes
João Roberto Musumeci
Victor Villas Casaca
Arisson Rodrigues Ferreira

Gestor do ABNT/CB-37
Aldo Machado Simões

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

‘A competitividade às escuras precisa se transformar em parceria’

Empossado em cerimônia realizada no dia 19 de maio, o novo presidente da Abravidro, José Domingos Seixas, assumiu oficialmente o cargo em 1º de junho. Portanto, ele começa a pôr em prática seus planos para os próximos três anos na maior entidade vidreira do Brasil.

A equipe de O Vidroplano conversou com Domingos para conhecê-lo melhor e saber de seus projetos e visão de mercado. “Meu foco principal é unir não apenas processadores e distribuidores, mas também usinas de base e vidraceiros”, comentou. Veja a seguir a íntegra da entrevista.

Para começar, gostaríamos de saber um pouco sobre sua trajetória no setor.
José Domingos Seixas — Nossa empresa completa 92 anos em 2017 — foi fundada pelo meu avô, com o nome de Seixas e Cia. Há doze anos mudamos o nome para Cyberglass e meus sobrinhos Rodrigo e Gláucia já representam a quarta geração no negócio, o que me dá muito orgulho. Trabalho no vidro há 46 anos, iniciei com meu pai, naquela época em que se carregava vidro na mão e se cortava com diamante. Vivenciei toda a mudança de nosso mercado quanto ao acesso à matéria-prima, formação das indústrias de processamento, aumento do consumo de vidro e, agora, esse momento de retração.

Com toda essa experiência, o que o motivou a aceitar o convite para ser o presidente da Abravidro?
_MG_5767Domingos — Foi algo muito pessoal, despertado pela minha aproximação dos sindicatos e também de Alexandre Pestana, pessoa que admiro muito. Eu já admirava o trabalho de seu antecessor, Wilson Farhat Júnior, e quando me aproximei da entidade, vi que era um trabalho tremendamente dedicado, honesto e árduo. A capacidade da Abravidro de contribuir com o desenvolvimento de nosso setor me motivou muito.

Quais são seus principais objetivos como presidente da Abravidro?
Domingos — Meu foco principal é unir não apenas processadores e distribuidores, mas também usinas de base e vidraceiros. Existe uma competitividade às escuras que eu gostaria que se transformasse em parceria. Este é meu maior objetivo: fazer com que essa união promova desenvolvimento do mercado. Afinal, formamos uma cadeia produtiva, em que um elo depende do outro, temos de somar para que todos ganhem.

Você assume a Abravidro em um momento muito difícil do setor. Vimos o consumo de vidro aumentar nos últimos anos, assim como a capacidade instalada em todos os elos da cadeia. No entanto, ocorreu uma queda abrupta da demanda pelo material a partir de 2015. O que o segmento precisa fazer nesse momento de baixa atividade?
Domingos — Ninguém tem a solução para a crise, mas vejo que precisamos nos movimentar e nos mobilizar para viabilizar a nossa atividade apesar da crise. Existe uma política de governo que não está clara, de impostos malcobrados em nosso setor, gerando um desequilíbrio muito grande e estimulando a competição desleal, portanto, essa será uma grande prioridade.

Por outro lado, acredito que a crise não é só econômica — é política e social também e a Abravidro tem muito a contribuir com educação, disseminando conhecimento em várias frentes de trabalho. Estou aqui para representar uma classe e, junto com a diretoria, buscar não apenas uma, mas várias soluções. Vou acompanhar os projetos pessoalmente, mas diante da grande extensão do trabalho da Abravidro, estou dividindo tarefas para que não fique tudo concentrado apenas no presidente. Para isso conto também com nossa nova superintendente Iara Bentes, que em tão pouco tempo já se mostrou capaz e envolvida com a Abravidro.

Sobre a questão tributária no setor vidreiro, que você acaba de mencionar, o que pode ser melhorado?
_MG_6030Domingos — O modelo tributário do vidro plano é um pouco deturpado, sujeito a interpretações que geram competição desleal, dificultam a fiscalização e estimulam a informalidade. O ideal para nossa categoria seria o sistema monofásico, em que todos os impostos seriam recolhidos pelo primeiro elo da cadeira produtiva, logo no fornecimento da matéria-prima. Tentamos por um momento levar isso até Brasília, mas nos deparamos com inviabilidade técnica de implementação. Hoje, estamos pleiteando a equalização do Imposto sobre produtos industrializados (IPI). A ideia é aumentar a alíquota desse imposto na base e reduzir o porcentual na indústria de transformação, estimulando a completa formalização das operações e proporcionando facilidade de controle do mercado. Nesse momento, é nisso que a Abravidro está trabalhando, junto com a Abividro, representante das usinas de base.

Outro ponto relevante é a organização da cadeia produtiva vidreira. No modelo clássico, temos a usina de base fazendo a fusão do vidro e produzindo a matéria-prima. Depois, vem a indústria de transformação e, por fim, seus clientes — vidraceiros, construtoras, indústria automobilística, moveleira e de linha branca. Essa organização, atualmente, não é seguida à risca. Como o senhor vê isso?
Domingos — As usinas de base trataram o mercado de forma deturpada. No passado, elas não tiveram armas suficientes para lidar com a importação de vidro e uma fórmula criada para combater essa importação foi dar poderes a alguns — que se transformaram em grandes distribuidores de nosso produto, meros intermediários que não agregaram valor a essas operações. Isso fez com que os processadores de vidro perdessem poder de negociação, tanto na relação das usinas com o mercado como do próprio mercado com seus clientes. E os negócios se tornaram muito predatórios, ainda mais com a retração do consumo.

A Abravidro tem concentrado energias na divulgação de conteúdo técnico, assim como na formação de novos treinamentos para a cadeia produtiva. Quais serão os planos nesse sentido para seu mandato?
_MG_5767Domingos — Como já coloquei, temos grandes planos ligados à educação. A Abravidro tem feito muita coisa, mas ainda assim está cheia de projetos na gaveta. Nos próximos três anos, temos de colocá-los em prática — são quase noventa iniciativas diferentes a serem levadas adiante. Esse é meu maior objetivo: manter as rotinas e colocar em prática tudo aquilo que já foi planejado. Vamos profissionalizar cada vez mais nosso setor e isso inclui principalmente a participação dos vidraceiros, profissionais fundamentais para essa evolução.

Por falar em vidraceiros, como você enxerga o trabalho deles nos próximos anos?
Domingos — No discurso de posse, mencionei que hoje o vidraceiro está tão técnico e provido do conhecimento de normas que é preciso trazê-lo para perto de nós para discutir práticas e melhores caminhos na utilização do vidro. Penso que, no futuro, aqueles que não tiverem alto nível técnico estarão fora do mercado. Precisamos construir um setor em que não haja espaço para amadorismo em todos os elos da cadeia produtiva.

Que mensagem você deixa para os leitores de ‘O Vidroplano’?
Domingos — A minha mensagem é de colaboração. Farei uma gestão participativa, mantendo a transparência característica da Abravidro e ampliando canais com as empresas associadas. Não são apenas os 23 da diretoria que devem carregar essa classe pra frente, mas, sim, todas as mais de duzentas empresas associadas à Abravidro. Estamos abertos a todos.

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Oportunismo e insensibilidade

domingosConfesso que gostaria de abordar outro assunto neste primeiro editorial. No entanto, mal a nova diretoria da Abravidro assumiu e já temos pela frente um velho e conhecido problema. Inesperadamente, fomos surpreendidos pelo anúncio de um novo reajuste de preços de nossa matéria-prima, teoricamente vigente a partir do início de julho. Dessa vez, a justificativa foi o aumento do gás natural, o que não explica muita coisa, pois, ano passado, esse valor caiu e não obtivemos redução de valores.

A novidade revoltou a classe vidreira, por uma série de razões. A principal delas é bastante óbvia: o mercado está absurdamente retraído, com sobreoferta de produtos, ociosidade e grande competitividade, num ambiente refratário à absorção desse reajuste pela ponta final. Estamos cientes de que todos — usinas de base, processadores e varejistas — estão trabalhando com margens muito achatadas e precisam recompor seus custos. No entanto, há alguns anos estamos sofrendo com o sobe e desce dos preços da matéria-prima, obtendo um resultado já conhecido: muita turbulência e prejuízo, principalmente porque somos obrigados a investir pesado em estoque no período pré-aumento e tudo retrocede semanas depois.

Somado a tudo isso, as usinas de base concentram o fornecimento de grandes volumes de matéria-prima em clientes intitulados distribuidores que, ao atuar como meros atravessadores, estimulam a informalidade e muitas outras distorções — no final, a conta do aumento do preço do vidro ficará no bolso dos processadores.

Não precisamos ser profundos conhecedores de nosso setor para concluir que o cenário favorece a quebra de muitas indústrias transformadoras no Brasil. Com o objetivo de melhorar seus resultados no curtíssimo prazo, as usinas esqueceram de avaliar o que vem depois, numa atitude que classifico como oportunista e insensível, pois pode custar a perenidade de empreendedores que estão batalhando muito para se manter vivos. Só posso garantir uma coisa: a Abravidro não vai ficar de braços cruzados.

José Domingos Seixas, presidente da Abravidro

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.