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Vidro na arquitetura

No dia 25 de abril, o ArchGlass Summit 2019 foi realizado na Casa Itaim, em São Paulo. Direcionado a arquitetos e organizado pelo portal ArchGlass Brasil, o evento teve apresentações de especialistas em vidro, vidraceiros e empresários do ramo a respeito das funcionalidades do material e suas aplicações.

Este texto foi originalmente publicado na edição 557 (maio de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Tradição que se rende à modernidade

Palácio do século 17 localizado em Paris recebe auditório com fachadas duplas de vidro

O Institut de France é uma entidade secular: desde 1795 administra centenas de instituições científicas e fundações de belas artes francesas, incluindo museus, castelos e palácios. O suntuoso prédio em que está sediado, na capital do país, é ainda mais antigo, sendo datado do século 17. A construção é um clássico do barroco parisiense — e acaba de ser renovada graças à tecnologia vidreira, ganhando recentemente um moderno auditório com fachadas duplas feitas com laminados gigantes de mais de 5 m de altura.

Ficha técnica
Autor do projeto: Atelier Marc Barani
Local: Paris, França
Conclusão: fevereiro de 2019

Deixa o Sol entrar

Auditorium de l'Institut de France, Paris
O espaço, com capacidade para 350 pessoas, leva em conta fatores estéticos pretendidos pelo autor do projeto, o arquiteto francês Marc Barani, como claridade e transparência. Por conta disso, o vidro extra clear foi o material escolhido para revestir as fachadas.

Com baixo teor de ferro em sua composição, possui massa sem o tom esverdeado tradicional do float comum, permitindo maior passagem de luz natural para os interiores. Para garantir o controle da iluminação, cortinas são usadas nas paredes. O resultado garante uma estética diferenciada, misturando a luminosidade artificial com a vinda de fora. Assim, a eficiência energética do prédio é favorecida, tornando-o mais agradável para seus frequentadores.

Segurança em dobro

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O visitante também pode ficar tranquilo em relação à segurança e ao conforto acústico do auditório. A obra conta com uma estrutura complexa e moderna, já mostrada nas páginas de O Vidroplano em algumas construções recentes: as fachadas duplas. Literalmente, trata-se de duas paredes envidraçadas separadas por uma pequena distância. Como o espaço receberá apresentações artísticas de variados tipos, isso ajudará a isolar acusticamente o ambiente.

A processadora espanhola Tvitec usou PVBs estruturais Sentryglas, fabricados pela multinacional Kuraray, para oferecer a resistência necessária aos laminados, de mais de 5 m de altura, contra possíveis atos de vandalismo.

Especificação técnica
Vidros usados:
Fachada interna: laminados extra clear 10 + 12,2 mm de espessura, com duas camadas de PVB;
Fachada externa: laminados extra clear 15 + 15.2 mm de espessura, com duas camadas de SentryGlas (0,89 mm cada).
Processadora: Tvitec

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Casamento renovado

A relação próxima entre a gigante da tecnologia Apple e o vidro é antiga. Quase todas as lojas da marca pelo mundo têm nosso material como principal elemento arquitetônico, estrutural ou decorativo. Em 2018, isso reforçou-se ainda mais: cinco Apple Stores foram inauguradas no segundo semestre, todas desenvolvidas pelo renomado escritório inglês de arquitetura Foster and Partners. Cada uma apresenta um uso diferente do vidro, confirmando sua versatilidade de aplicações. Saiba mais sobre os estabelecimentos nas próximas páginas!

 

milãoApple Piazza Liberty
Milão, Itália
Inauguração: julho
As grandes cidades italianas são conhecidas por suas praças e fontes. E esses foram os elementos arquitetônicos nos quais a fabricante inspirou-se para criar a Apple Piazza Liberty, localizada na Corso Vittorio Emanuele, uma das vias para pedestres mais populares de Milão. A entrada da loja é uma caixa envidraçada de quase 8 m de altura rodeada por jatos de água. A estrutura dá acesso ao subsolo, espaço para os consumidores. A transparência é fundamental aqui: ela é a responsável por garantir a interação da luz do Sol com a água ao longo do dia. À noite, um sistema de iluminação especial ajuda a criar uma experiência multissensorial, para quem passa por ali, em conjunto com os reflexos gerados por nosso material.

 

macauApple Cotai Central
Macau, região administrativa especial da China
Inauguração: julho
Construída em meio a uma pequena floresta de bambus, a Apple Cotai Central assemelha-se, segundo a própria Foster and Partners, a uma “lanterna de papel” gigante — item tradicional da cultura chinesa. Sua fachada inovadora é formada por cinco peças de vidro sobrepostas por revestimentos cerâmicos. Isso cria a inusitada ilusão de uma estrutura feita de pedra sólida, mas que permite a entrada de luz. À noite, o jogo de iluminação interna e externa da loja parece fazer o prédio “irradiar” certo brilho.

O andar térreo ganhou ainda um fechamento envidraçado tradicional (ou seja, apostou na transparência) com visão para as árvores externas. Assim, a natureza do lado de fora torna-se parte essencial do interior do local.

 

parisApple Champs-Élysées
Paris, França
Inauguração: novembro
Uma das principais fabricantes de eletrônicos do mundo casa perfeitamente com uma das mais famosas avenidas do mundo. A Apple Champs-Élysées reúne história e tecnologia, já que foi instalada num típico prédio barroco parisiense do século 19, restaurado recentemente. O grande destaque do projeto é o teto solar do pátio central. Ali, instalou-se uma estrutura chamada kaléidoscope, formada por pirâmides revestidas de espelhos. Seu objetivo é refletir o ambiente interno do edifício, criando imagens fragmentadas que mudam conforme o visitante se move pelos andares. Essas reflexões, segundo os arquitetos, remetem ao cubismo, movimento artístico do começo do século 20 que teve no pintor espanhol Pablo Picasso seu maior ícone. A parte externa do teto também ganhou painéis fotovoltaicos para a produção de energia elétrica a partir da luz solar.

 

quiotoApple Zero Gate
Quioto, Japão
Inauguração: agosto
Minimalismo é a palavra chave da Apple Zero Gate, construída no bairro de Shijo Dori, coração comercial de Quioto. Na frente das janelas envidraçadas, está uma estrutura formada por papel especial em molduras de madeira. Além de fazer referência às tradicionais residências japonesas feitas com esses dois materiais, ajuda a criar uma estética que mistura transparência com translucidez. Vidros também estão presentes nas portas automáticas que levam os consumidores para dentro da loja e em todo o fechamento do térreo, agregando a tranquilidade do ambiente interno à movimentação da rua, além de reforçar a estética clean e zen buscada pelo escritório.

 

bangkokApple Iconsiam
Bangkok, Tailândia
Inauguração: novembro
À beira do rio Chao Phraya, na capital tailandesa, ergue-se a primeira Apple Store desse país asiático, empreendimento pertencente ao Iconsiam Center, que reúne shopping center, hotéis e residências. A bela vista dos arredores da cidade abre-se aos visitantes graças às fachadas estruturais de vidro: peças de mais de 10 m de altura permitem a entrada abundante de luz natural. A integração dos ambientes é essencial no projeto — e não poderia ser atingida sem nosso material.

O aspecto clean da obra é reforçado pelos materiais aplicados. Além do vidro, o interior tem madeira (no telhado e em mesas) e aço escovado (colunas).

Este texto foi originalmente publicado na edição 553 (janeiro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Galpão para morar

A reportagem especial de O Vidroplano deste mês (veja clicando aqui) mostra exemplos de como nosso material controla a luminosidade nos ambientes. Pois o vidro serve também — muito bem — para manter estável a temperatura interna dos edifícios. Prova disso é o The Conservatory, residência construída em Pretória, na África do Sul.

Ficha técnica
Autora do projeto: Nadine Engelbrecht
Local: Pretória, África do Sul
Conclusão: segundo semestre de 2018

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Conforto mais que necessário
O vidro escolhido para revestir a obra foi o low-e (de baixa emissividade) laminado, com 6 mm de espessura. A especificação levou em conta o clima da região (seco e quente), com grande amplitude térmica — a temperatura pode variar em até 20 ºC num único dia. Isso explica a opção pelo low-e, cujo revestimento metálico diminui a transferência de calor entre ambientes: o isolamento das construções é fundamental na África do Sul.

Temperatura na medida certa
O destaque visual do The Conservatory é o galpão central, com fachadas (frontais e traseiras) e paredes laterais envidraçadas. Essa estrutura é usada como saguão de entrada e também sala de jantar, embora tenha muito mais importância para o projeto: funciona como uma espécie de “ar condicionado” da obra, controlando a temperatura do restante da casa. “No inverno, as portas do espaço ficam fechadas enquanto as internas são abertas para aquecer os cômodos adjacentes, já que o galpão é mais quente durante o dia”, explica a arquiteta Nadine Engelbrecht. “No verão, ele é inteiramente aberto, permitindo que a ventilação natural penetre todo o ambiente.”

Uma das condições exigidas pelo casal de ocupantes da casa era integrar o projeto às colinas de Pretória que circundam a área, oferecendo bela visão da cidade. A transparência do vidro atua também nesse sentido, ajudado ainda pelas portas envidraçadas do galpão.

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Especificação técnica
Vidros usados: laminados low-e 6 mm, instalados em todos os fechamentos da casa, incluindo o galpão central
Esquadrias: Yebo Windows & Doors
Portas de correr do galpão: Coroma

Este texto foi originalmente publicado na edição 553 (janeiro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Escritório moderno tem vidro

Nem é preciso voltar muito no tempo para lembrar a estética dos escritórios antigos. Na década de 1990, e até mesmo em parte da passada, as cores sóbrias dominavam os ambientes. O diálogo com o exterior era feito através de pequenas janelas, quase sempre com cortinas. No espaço interno, a presença de paredes de alvenaria ou divisórias gerava pouca comunicação entre os funcionários.

Em parte graças à tecnologia vidreira, arquitetos passaram a apostar mais no material desses projetos — e a situação mudou para melhor. Hoje, as áreas de trabalho recebem mais luz natural, dispensam o uso excessivo de ar condicionado e garantem maior versatilidade na hora de separar os setores da empresa, pois permitem disposições, formas e cores variadas.

A seguir, veja como o vidro tem posição de protagonista na parte estrutural e na decoração de um escritório, oferecendo mais qualidade de vida para quem trabalha nesse ambiente.

Quatro (principais) razões para usar vidro
As empresas e profissionais contatados pela reportagem de O Vidroplano mencionaram que os clientes, em geral, buscam os seguintes atributos, todos eles encontrados no vidro:

Luz: fator relevante para a economia de energia elétrica e para a produtividade dos trabalhadores (saiba mais no item “A importância da luz natural“);

Compartimentação: a transparência permite dividir um espaço sem separá-lo por completo, fazendo com que as equipes de trabalho interajam visualmente;

Estética: coloridos, curvos, serigrafados ou impressos, os vidros deixam o ambiente mais belo, elegante ou ousado, dependendo da obra;

Acústica: a diminuição de barulho oferecida pelo vidro é maior do que a de outros materiais.

Privacidade ao gosto do cliente O vidro impresso é mais uma possibilidade interessante para escritórios, pois oferece transparência com privacidade, de acordo com o padrão das peças escolhido pelos arquitetos. “Por meio de sua textura, é possível gerar soluções com vida própria e quase que exclusivas, ao mesmo tempo que passa uma sobriedade ao ambiente”, analisa Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass. Outras soluções são os vidros polarizados, conhecidos como “inteligentes”, que mudam de transparente para translúcido com tecnologia que envolve um interlayer com partículas suspensas em cristal líquido e corrente elétrica (detalhes sobre o material, incluindo ainda outros tipos que oferecem controle de luminosidade, como os de controle solar e eletrocrômico, você verá na matéria especial de janeiro de O Vidroplano. Não perca!).

 Privacidade ao gosto do cliente
O vidro impresso é mais uma possibilidade interessante para escritórios, pois oferece transparência com privacidade, de acordo com o padrão das peças escolhido pelos arquitetos. “Por meio de sua textura, é possível gerar soluções com vida própria e quase que exclusivas, ao mesmo tempo que passa uma sobriedade ao ambiente”, analisa Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass.

Outras soluções são os vidros polarizados, conhecidos como “inteligentes”, que mudam de transparente para translúcido com tecnologia que envolve um interlayer com partículas suspensas em cristal líquido e corrente elétrica (detalhes sobre o material, incluindo ainda outros tipos que oferecem controle de luminosidade, como os de controle solar e eletrocrômico, você verá na matéria especial de janeiro de O Vidroplano. Não perca!).

Tendências modernas
Para Jorge Chakur, diretor da Penha Vidros, o desenvolvimento tecnológico das indústrias de base no Brasil ampliou o leque de opções. “Percebo claramente uma escolha por chapas menos refletivas do que aquelas utilizadas no passado recente”, analisa. “Hoje são preferidas chapas com tons mais neutros, porém sem perder a eficiência energética.”

O uso em ambientes pequenos é outro destaque, já que vidros e espelhos ajudam a oferecer amplitude, como reforça Viviane Moscoso, da Vivix: “Caso não haja necessidade de uma reflexão tão aberta, pode-se utilizá-lo em cores como bronze, cinza ou com películas que proporcionem, também, leveza e sofisticação”. “Há ainda uma inclinação para a iluminação por trás das peças, tornando-as mais vivas e chamativas”, explica Claudio Mansur, CEO da Casa Mansur.

“Ao buscar por conforto acústico, o insulado é o mais requisitado. Junto com ele entram as persianas entre vidros”, comenta Nicole Fisher, diretora de Produção da Atenua Som, referindo-se ao aumento de aplicações que visam a impedir a entrada de barulho nas edificações.

Marcos Eugênio Gervazoni, do departamento comercial do Grupo Tecnovidro, aponta uma constatação interessante no mercado: “Também recebemos solicitações de vidros recortados ou modelados, nas quais percebe-se nitidamente que está sendo feita a substituição de um componente que, até então, poderia ser de madeira ou metal”. Ou seja, nosso material está substituindo outras matérias-primas.

Benefícios para o trabalho
As facilidades geradas pelo material ajudam na manutenção do escritório:
– Oferece grande durabilidade;
– Não necessita de cuidados especiais para a pintura, no caso de vidros coloridos;
– Por ser lisa, sua superfície não absorve água ou gordura;
– Garante praticidade na limpeza;
– Não necessita de rejuntes durante a instalação, o que garante menos espaço para acumulação de sujeiras e bactérias.

Mil e uma cores
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Como citado na abertura desta reportagem, as cores sóbrias não mais predominam nos espaços corporativos. Novamente, o vidro contribuiu para a mudança de conceito, agora graças às placas coloridas, serigrafadas ou com impressão digital. “Edifícios comerciais e hospitalares já estão sendo construídos com esses produtos aplicados, principalmente em hall de elevadores, por exemplo. A maior parte dessa utilização está concentrada em revestimento de paredes e móveis”, comenta o diretor-comercial da Color Vidros, Vitor Maione. Os vidros estão ainda em:

– Lousas de salas de reunião;
– Tampos de mesa;
– Divisórias e mobiliários diversos, como os cachepôs, vasos grandes que enfeitam recepções.

cores“Vale citar as tintas especiais que se fundem ao vidro e até mesmo os PVBs coloridos para novos tipos de aplicação”, explica Luiz Cláudio Rezende, consultor técnico da Viminas. Existem efeitos, muito além das cores sólidas, que também podem ser explorados por designers de interiores, incluindo tons metalizados, fluorescentes, perolizados e texturas aveludadas. “Com essas possibilidades, a decoração ganha mais liberdade e facilita a harmonização com o ambiente”, afirma Maione.

A importância da luz natural
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Estudos científicos internacionais e brasileiros, contando um da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 2014, revelam que o Sol tem impacto direto sobre o ciclo biológico humano. O uso excessivo de luz artificial pode prejudicar a saúde: é real a ligação entre falta de iluminação natural e distúrbios de humor e psiquiátricos (como estresse e depressão), alteração no metabolismo e queda na produção de hormônios. Sem acesso à luz solar, as pessoas não trabalham satisfatoriamente, pois sua concentração e produtividade são afetadas.

Em entrevista sobre o assunto para a revista Época, uma das pesquisadoras envolvidas na pesquisa da UFGRS, Betina Martau, professora-adjunta do departamento de arquitetura, afirmou que a importância do contato com luz natural de dia precisa ser difundida. “Os arquitetos devem compreender a responsabilidade que têm em relação às pessoas que irão ocupar determinada construção”. Ainda segundo a professora, um escritório perfeito em termos de luminosidade é inteiro iluminado naturalmente. “A possibilidade de contato com o exterior é benéfica emocionalmente. Em espaços sem contato visual com o exterior, é necessário que o controle da intensidade, espectro e cor da luz esteja acessível ao funcionário.”

O escritório modular do futuro
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A Corning, em parceria com a fabricante de divisórias SnapCab, desenvolveu dois sistemas modulares que indicam como serão as áreas de trabalho em breve. O modelo Pod é móvel, customizável (o cliente pode mudar cores e aspectos visuais) e serve como espaço privativo para reuniões. Já o Portal é uma espécie de lousa multimídia que pode ser usada como tela para apresentações. Ambos são feitos com o vidro Gorilla Glass laminado, material com alta resistência a riscos e quebra.

hulicIntegração com o exterior
Em fevereiro de 2018, O Vidroplano mostrou em detalhes o prédio comercial Hulic & New Shibuya, erguido em Tóquio. Embora a obra seja exceção no quesito transparência ao extremo, deixando totalmente à mostra o interior dos escritórios, lojas e restaurantes presentes em seus dez andares, esse conceito de integração em grande escala já aparece no Brasil em projetos como os da EZ Towers, em São Paulo.

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Envidraçadas, coloridas e premiadas

A Eastman, multinacional fabricante de películas para vidros, divulgou no final de julho os vencedores da edição 2018 do prêmio bienal Vanceva World of Colors Awards. A iniciativa foi criada para homenagear obras que utilizam as películas coloridas para laminados desenvolvidas pela marca. Veja quais foram as escolhidas este ano:

Vencedora na categoria Aplicação Exterior: Ponte de Conexão da Clínica Infantil de Oncologia Princesa Maxima, Holanda

Vencedora na categoria Aplicação Interior: Escola para Surdos e Cegos de Utah, Estados Unidos

Menções honrosas:

Centro de Visitantes da Nasa, Cabo Canaveral, Estados Unidos

Academia A. J. Fitness, Honduras

Ponte Rainbow Glass Cliff, China

Edifício de Ciência da Computação da Queen’s University, Irlanda do Norte

Este texto foi originalmente publicado na edição 548 (agosto de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conectando o vidro a mentes criativas

Durante a Glass South America 2018, a Saint-Gobain Glass apresentou o Atrium, um canal de soluções com vidros impressos e meio de contato direto entre arquitetos, designers e beneficiadores. Porém, mais informações só vieram após o evento: a ferramenta é uma plataforma de relacionamentos e negócios para integrar a cadeia vidreira com outros profissionais da construção. Além de possibilitar a troca de informações e conhecimento, ainda permitirá que uma equipe de suporte técnico presencial e online indique as melhores possibilidades de uso do vidro impresso. Parte da iniciativa envolveu o lançamento da Capitel, uma revista digital ligada à plataforma. O hotsite do Atrium entrará no ar em breve e ficará disponível a todos os interessados, segundo a usina vidreira.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Britânica, transparente e moderna!

Na América do Norte e Europa, as universidades são bem parecidas umas com as outras. Geralmente, estão instaladas em prédios históricos, a maioria de estilo vitoriano (construções marcadas pela presença de torres, muitas janelas, simetria e ângulos retos). Se você não se lembra do formato desses edifícios, recorde-se de filmes que se passam nesses locais, como Uma mente brilhante, gravado em Princeton, ou A rede social, rodado em Harvard, ambas nos Estados Unidos. Porém, há poucos anos surgiu uma obra para sacudir essa mesmice: o novo campus da Sheffield Hallam University, na Inglaterra, usou a tecnologia vidreira para dar um ar de modernidade a esse tipo de projeto.

Ficha técnica
Autor do projeto: escritório Bond Bryan Architects
Local: Charles Street, Sheffield, Inglaterra
Área: 9,5 mil m²
Conclusão: 2015

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Estrutura multividro
Pode até parecer chavão dizer que determinada obra eleva o uso do vidro — afinal, existem várias desse tipo pelo mundo. Mas esse prédio merece o elogio: é quase um mostruário de várias possibilidades que nosso material oferece a arquitetos e engenheiros.

A fachada se divide em duas partes. A primeira reveste o edifício, sendo formada por insulados com propriedades térmicas especiais, para garantir o conforto necessário aos estudantes, principalmente durante o rigoroso inverno britânico.

A segunda parece um conjunto de brises (quebra-sóis), mas muito mais complexo: é uma enorme estrutura ancorada no exterior do imóvel, formada por vidros autoportantes extra clear com sistema de iluminação de LED — tudo fornecido pela Lumaglass, empresa vidreira da Escócia.

Algumas peças autoportantes são jateadas, outras permaneceram transparentes e a parte final ganhou as lâmpadas de LED. Essa junção criou um visual bastante peculiar: vista de longe, a obra parece um código de barras gigante — efeito pretendido pelos arquitetos para fazer a construção se destacar em meio ao ambiente urbano.

As luzes são controladas por um sistema de gerenciamento de bateria, que monitora o estado e a carga delas, evitando assim panes no funcionamento.

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Integração à comunidade
A construção recebe a Faculdade de Desenvolvimento e Sociedade, criada para treinar professores e pesquisar assuntos relacionados a artes, ciências sociais e educação. O campus foi idealizado com a intenção de ser um espaço para a comunidade local. Isso fica explícito quando se percebe a reordenação das vias ao redor.

A Charles Street, rua ao lado do prédio, tornou-se exclusiva para pedestres, ganhando bancos e iluminação. Quem está andando pelos arredores pode ainda atravessar o complexo a pé, passando pelo átrio com cobertura envidraçada que liga as duas partes do edifício.

Outra curiosidade que mostra a preocupação da universidade em se integrar à cidade são os conceitos de sustentabilidade aplicados ao projeto, incluindo sistemas de reaproveitamento de água e um grande jardim coberto em parte do telhado, cujo acesso se dá por dentro do edifício.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Arco-íris francês

Pense num edifício envidraçado. Talvez você tenha imaginado panos de vidros enormes na fachada, refletindo os arredores — a estética típica dos projetos com nosso material em grandes cidades. Porém, lá em Bordeuax, conhecida como uma das capitais do vinho na França, o Arc en Ciel (literalmente “arco-íris”, em francês) aposta nas cores como elemento visual e em um formato arredondado, dando novo fôlego ao conceito de obra comercial e residencial com vidro. A seguir, confira como o uso inteligente de PVBs coloridos alterou para melhor a paisagem de um bairro essencialmente residencial.

Ficha técnica
Autor do projeto: escritório Bernard Buhler Agency
Local: Grand Parc, Bordeaux, França
Área: 4,3 mil m²
Conclusão: 2010

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Modernização
O projeto é fruto de um processo de renovação do bairro de Grand Parc. Localizado próximo a um shopping center, foi concebido como um ponto de convergência urbano, representando o tráfego de carros, trens e pessoas dos arredores. Seu caráter misto lhe permite comportar cerca de quarenta apartamentos, além de escritórios. Segundo o arquiteto francês Bernard Buhler, responsável pelo design do edifício, é dividido em três partes distintas:

– O térreo é cercado por uma estrutura de metal (atrás do prédio há um estacionamento para trinta automóveis);
– O 1º andar, ambiente todo fechado com vidros incolores, é destinado aos escritórios, sendo também espaço de transição entre a rua e as habitações acima;
– Os demais andares são exclusivos para os apartamentos.

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Fachada multicores
Do 2º ao 6º andar, está o que salta aos olhos de quem passa nas ruas da vizinhança: a fachada cheia de cores, formada por laminados processados com Vanceva, a linha de PVBs coloridos da Eastman.

A instalação dos vidros seguiu ideias únicas e bastante inovadoras. Nosso material não fecha totalmente os vãos: ele está instalado verticalmente de forma a permitir a entrada de luz natural e a ventilação em abundância nos corredores que dão acesso às moradias. Esses corredores foram pensados para servir como local de circulação e ponto de encontro dos moradores, transformando o prédio em uma pequena comunidade pronta para a interação entre as pessoas.

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Relevo de caixas
Como se não bastasse o caleidoscópio de cores, a fachada também foi criada com base em conceitos ousados para dar tridimensionalidade ao projeto. Grandes caixas de concreto (com fechamento de vidro serigrafado) se projetam para fora em determinados pontos dos andares. O objetivo, segundo o arquiteto Buhler, é fornecer uma quebra no ritmo visual da estrutura.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Eficiência e beleza em um único material — conteúdo extra

Não havia ocasião melhor do que a Glass South America para realizar a 2ª edição do congresso Glass Façades Day, promovida no dia 10 de maio pela Ci&Lab em parceria com a revista Projeto e a organização da maior feira do setor vidreiro na América Latina. Ocupando uma pequena sala no mezanino do São Paulo Expo, o evento discutiu o uso criativo e eficiente do vidro nas fachadas de edificações em termos de design, tecnologia e desempenho.

A Abravidro, apoiadora do congresso juntamente com a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea) e a Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), foi representada na sessão de abertura por sua analista de Normalização, Clélia Bassetto. Em sua fala, foi enfatizada a importância da especificação e aplicação corretas do nosso material, além de comentar o trabalho constante da Abravidro na conscientização e capacitação do setor vidreiro nacional para atingir esse objetivo e garantir que as instalações de vidro tenham sempre boa segurança e desempenho.

Sem limites para a criatividade
Além de patrocinar o Glass Façades Day, a usina vidreira Guardian e a fabricante de películas de PVB Eastman responsabilizaram-se por duas das palestras do evento. A primeira, representada por Betânia Danelon (gerente de Especificações Técnicas) e Denys Castilho (gerente de Produtos de Arquitetura), impressionou os espectadores ao apresentar o case da Casa do Deserto, uma residência revestida praticamente só com vidros da multinacional erguida no Deserto de Gorafe, na Espanha, cuja temperatura pode chegar a 48 ºC durante o dia e 0 ºC à noite.

Quem pensava que o vidro iria tornar o interior da casa uma estufa, errou feio: o uso de insulados triplos na fachada e vidros refletivos no teto da obra garantia o conforto térmico mesmo com condições climáticas tão extremas. Houve ainda espaço para a apresentação de um case nacional, o edifício Mr. Shan Business Offices, em Porto Alegre, cuja fachada com vidros SunGuard Blue trouxe conforto e economia de energia além de uma estética totalmente diferenciada das edificações ao seu redor.

Por sua vez, Daniel Domingos, gerente-comercial da Eastman para a América Latina, falou sobre o shopping center Emporia, localizado em Malmo, na Suécia. PVBs coloridos foram instalados na fachada azul e amarela de vidro curvo do empreendimento, oferecendo uma estética especial para o prédio.

A importância da especificação criteriosa
Para que o vidro garanta a estética e o desempenho esperados, sua especificação correta é fundamental. Igor Alvim, diretor técnico da QMD Consultoria, falou sobre a necessidade de antecipar e prevenir as patologias de fachadas, ou seja, falhas na escolha do nosso material que podem causar problemas na aparência e na eficiência dessas estruturas. Alguns cuidados para isso são o planejamento antecipado, o monitoramento constante das obras, a realização de testes in loco, para verificar a necessidade de ajustes antes de sua finalização, e, principalmente, a capacidade de aprender com os erros passados.

Um ponto muito importante a se considerar na especificação é o isolamento acústico. Nesse sentido, Edison Claro de Moraes, presidente da ProAcústica e diretor da Atenua Som, destacou o potencial do vidro insulado, especialmente quando combinado com esquadrias de PVC. Ele também alertou para que os especificadores convençam os fabricantes de janelas e instaladores a usar vidros adequados e evitar deixar frestas — elas podem colocar tudo a perder.

Com sua grade de palestras, o Glass Façades Day contribuiu para aproximar arquitetos e profissionais do setor vidreiro e permitir a troca de experiências entre eles. De fato, sua realização dentro da Glass South America não poderia ter sido mais produtiva.

Este texto é um conteúdo digital exclusivo da edição 546 (junho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Grupo Saint-Gobain premia projetos arquitetônicos sustentáveis

vp_saint-gobain1No dia 15 de março, a multinacional anunciou, em São Paulo, os vencedores do 5º Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura — Habitat Sustentável, ação apoiada pela Abravidro. A premiação tem o objetivo de prestigiar projetos, concluídos ou em desenvolvimento, que proponham soluções de conforto para os usuários e sustentabilidade, visando à preservação do meio ambiente. Ao todo, escolhidas por uma comissão técnica formada por profissionais das empresas do Grupo Saint-Gobain, 25 obras (divididas entre as categorias Profissional e Estudante) foram laureadas. Na categoria Profissional (edificação comercial), a obra vencedora foi a Nasp (foto 1), na capital paulista, projetada pelo escritório Dal Pian Arquitetos: a edificação, cuja fachada traz brises (quebra-sóis) de temperados laminados de 20 mm com serigrafia quadriculada, foi mostrada na edição de maio de 2017 de O Vidroplano. A categoria Estudante teve como 1º colocado O urbanismo sustentável: do plano ao edifício, de Gabriela Bastos Porsani (aluna da Universidade Presbiteriana Mackenzie) — o projeto considerou o uso de vidros como fechamento em todos os andares de um parque linear para permitir a entrada de luz natural no espaço interno, além de apresentar painéis fotovoltaicos nos telhados para ajudar na redução de gastos com eletricidade.

vp_saint-gobain2Workshop cria casas em menos de 24 horas
Também em março, nos dias 17 e 18, a Saint-Gobain Glass foi apoiadora da edição São Paulo do Archathon, maior workshop de arquitetura e design das Américas. As equipes que participaram do evento tiveram o desafio de criar em menos de 24 horas o projeto de uma casa com os produtos das empresas parceiras da atividade, incluindo os vidros texturizados da SGG, além de contar com a ajuda de arquitetos renomados. O projeto vencedor (foto 2), com aplicação de vidro aramado na cor bronze, foi do escritório AYÁ, das arquitetas paulistanas Gabriela Verzaro, Lara Mauad e Lis Figueiredo Martins.

 

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 544 (abril de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Padrões que são tendência

Presente no Brasil há várias décadas, o vidro impresso é um clássico do mercado nacional que não perde sua relevância. Antes, era um produto usado principalmente em janelas e boxes de banheiro. Hoje, ganhou a atenção de arquitetos e decoradores, que encontram nele uma solução diferenciada, perfeita para levar textura, luminosidade e privacidade a qualquer tipo de ambiente.

O Vidroplano conversou com a Saint-Gobain Glass e União Brasileira de Vidros (UBV), as duas fabricantes de vidro impresso de nosso país, e ouviu também arquitetos para conhecer as tendências no seu uso. Nas páginas a seguir, confira aplicações criativas e únicas, que revelam diferentes visões sobre a aplicação desse material.

O que é?
O impresso se caracteriza por possuir um padrão de desenho na superfície, adquirido durante o processo de fabricação. Pode ser beneficiado de diferentes maneiras:

– Lapidado;
– Temperado;
– Curvado;
– Pintado;
– Serigrafado;
– Laminado;
– Espelhado.

Impressos também podem ser usados estruturalmente, como comprova a arquiteta Patricia Martinez. O Listral K (também chamado de Mini-Boreal), da Saint-Gobain Glass, fornecido pela Blindex, foi laminado com float incolor para a construção de um cubo totalmente envidraçado.
Impressos também podem ser usados estruturalmente, como comprova a arquiteta Patricia Martinez. O Listral K (também chamado de Mini-Boreal), da Saint-Gobain Glass, fornecido pela Blindex, foi laminado com float incolor para a construção de um cubo totalmente envidraçado.

Qual o nome certo?
Vidro impresso é a nomenclatura oficial, utilizada na norma específica do produto, a NBR NM 297 — Vidro impresso, publicada pela ABNT, e no mais importante texto normativo do setor, a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações.

Porém, ainda hoje é possível encontrar profissionais que utilizam um termo antigo, que vem sendo usado desde as décadas de 1980 e 1990: vidro fantasia, que faz referência à beleza visual do produto.

Em maio de 2017, surgiu outro nome, quando a Saint-Gobain Glass passou a chamar suas linhas de vidro texturizado. Segundo a empresa, ele se liga mais facilmente à principal característica do material, a textura.

Como é fabricado?
Além de possuir as mesmas matérias-primas do float, o impresso passa por um processo de fabricação muito semelhante até a saída do forno, quando a massa vítrea é resfriada para cerca de 800 ºC.

– Na sequência, ocorre a impressão da textura do vidro, por meio de rolos de aço;

– A massa vítrea passa por entre dois desses rolos (e o espaçamento entre eles determina a espessura): o superior é liso, enquanto o inferior contém o padrão do desenho;

– Em seguida, ocorre o resfriamento final da chapa — esta poderá ser cortada nas medidas definidas e embalada para ser encaminhada ao estoque.

O arquiteto Mauro Defferrari criou uma fachada com muro e totens, na edição 2013 da Casa Cor Rio Grande do Sul, usando Quadrato 8 mm, da UBV. A iluminação especial durante a noite realçava os atributos do material com padrão quadriculado. Uma estrutura desse porte é sugestão interessante para empreendimentos como restaurantes e casas noturnas — elas precisam captar a atenção do público antes mesmo de ele entrar no estabelecimento.
O arquiteto Mauro Defferrari criou uma fachada com muro e totens, na edição 2013 da Casa Cor Rio Grande do Sul, usando Quadrato 8 mm, da UBV. A iluminação especial durante a noite realçava os atributos do material com padrão quadriculado. Uma estrutura desse porte é sugestão interessante para empreendimentos como restaurantes e casas noturnas — elas precisam captar a atenção do público antes mesmo de ele entrar no estabelecimento.

Características e benefícios
– Textura
Graças aos padrões de desenho na superfície, o vidro impresso confere volume e tridimensionalidade ao ambiente, servindo como elemento de decoração por si só.

– Luminosidade
Garante a passagem de luz natural ou artificial, ajudando a integrar espaços.

– Privacidade
Apesar da transparência da peça, os padrões de desenho na superfície impedem de se ver nitidamente o que está do outro lado.

Tendências modernas
Para Vitor Hugo Farias, coordenador de Vendas, Comércio Exterior e Marketing da UBV, “nos últimos anos foi percebido um maior crescimento da demanda para aplicação desse produto em boxes de banheiro, muros e escadas”. Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass, concorda: “Ocorreu um aumento do consumo de soluções como espelhos, revestimentos de parede e artigos moveleiros. Por isso, o mercado de decoração de interiores é uma tendência para o curto prazo em relação ao vidro com valor agregado.”

Para a designer de interiores Patrícia Kolanian Pasquini, o impresso se destaca em vários quesitos: “Primeiro, a durabilidade, que não se tem em nenhum outro produto. Na sequência, cito a sofisticação e o brilho natural. É também um produto funcional, pois é prático de limpar e exige pouca manutenção no dia a dia.”

Um produto que chama a atenção
patríciapasquiniA designer Patrícia Kolanian Pasquini apostou no produto em seu ambiente Cozinha Urbana, da Casa Cor São Paulo 2017. Um armário, fabricado pela Florense, ganhou portas com o material (4 mm de espessura). Repare nas fotos à direita: é o item do espaço que mais chama a atenção, muito pelo contraste entre as superfícies planas e o padrão em relevo do vidro. “Esse mobiliário é uma releitura de produtos que tínhamos em casa quando éramos crianças”, comenta Patrícia. “Inclusive, vi várias pessoas passando a mão na porta durante o evento, interessadas no que o vidro trouxe de diferente ao espaço.”

escadaUma estrutura que combina com as características dos impressos: escadas. Afinal, a superfície desenhada das peças atua como antiderrapante. O projeto da foto, presente em um iate (o Hemisphere 140, fabricado pela MCP Consultoria e Engenharia Naval), conta com impressos instalados em um sistema autoportante. Há ainda uma iluminação de LED distribuída pelos degraus, para destacar o relevo do vidro.

Movimentação das fabricantes
Há pouco tempo, a Saint-Gobain Glass reorganizou seus produtos, passando a dividi-los em três linhas. “A Stillo é formada por vidros de massa mais clara e texturas simétricas, a Vitta se baseia em tendências modernas de decoração e a Tecnika apresenta itens com uniformidade, suavidade e discrição”, como explica Zanatta.

A UBV, por sua vez, preparou um aplicativo que permite ao usuário simular a aplicação dos vidros no ambiente real. “Ele garante agilidade e contribui para acelerar o processo de decisão do consumidor, pois oferece a perspectiva imediata de como ficaria o ambiente com o vidro instalado.” A ferramenta permite ainda ao instalador tirar fotos e enviar orçamentos.

Outra mudança introduzida pela UBV na relação com o cliente aconteceu no terceiro trimestre de 2017: a empresa está carregando produtos para serem entregues aos clientes todos os dias da semana, facilitando a logística de seus parceiros.

 

Aramado também é impresso
aramado2 cópiaO aramado é um vidro de segurança, com um processo de fabricação semelhante ao do impresso:

– Após sair do forno, a massa vítrea passa por entre dois rolos de aço;
– Nesse momento, uma tela metálica quadriculada é acrescentada à massa.

No Brasil, a Saint-Gobain Glass é a única empresa que fabrica esse item. A produção foi retomada no segundo semestre de 2017, atendendo a demanda dos consumidores nacionais e também do mercado externo, como Oriente Médio e África. A UBV também oferece o material, via importação.

Aplicações do aramado
– Coberturas
– Balaustradas
– Guarda-corpos
– Vitrines
– Claraboias
– Divisórias
– Portas de áreas restritas em hospitais ou shopping centers

 

Não é sempre que se encontra uso de impressos em fachadas. Por isso, a nova sede do Instituto Moreira Salles, recém-inaugurada em São Paulo e com projeto do escritório Andrade Morettin Arquitetos, destaca-se como importante tendência para o futuro. As peças laminadas insuladas utilizaram Master-Carré, da Saint-Gobain Glass, com padrão de desenho formado por pequenos quadrados.

Não é sempre que se encontra uso de impressos em fachadas. Por isso, a nova sede do Instituto Moreira Salles, recém-inaugurada em São Paulo e com projeto do escritório Andrade Morettin Arquitetos, destaca-se como importante tendência para o futuro. As peças laminadas insuladas utilizaram Master-Carré, da Saint-Gobain Glass, com padrão de desenho formado por pequenos quadrados.

Este texto foi originalmente publicado na edição 543 (março de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Exposição conta detalhes de residências históricas com vidros

A Casa de Vidro de Lina Bo Bardi, em São Paulo, hospeda, até 4 de março de 2018, a mostra Casas de vidro — História e conservação. Vê-se ali a aplicação do material em quatro projetos, incluindo a clássica obra de Lina (com todas as fachadas envidraçadas, foto) e três internacionais, criadas pelos arquitetos Philip Johnson, casal Charles e Ray Eames e Mies Van Der Rohe. O evento, apoiado pela AGC, conta com imagens, estudos de referência e maquetes que explicam as soluções estéticas dos projetos.

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sofisticação transparente e refletida

As mostras Casa Cor de decoração e arquitetura realizadas por todo o País são espaços ideais para se conhecer novas formas de aplicação de vidros e espelhos. Veja a seguir alguns destaques com nosso material nas exposições realizadas na Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco.

CASA COR PERNAMBUCO
(21 de setembro a 12 de novembro, Recife)

Casa de vidro
pernambuco-refúgioAlém de patrocinar a edição 2017 da mostra, a Vivix ganhou um ambiente com seu nome, o Refúgio do Vidro Vivix (foto). Projeto do escritório Humberto e Analice Zirpoli Arquitetura, era completamente estruturado com laminados Vivix Lamina e aço. Suas paredes não só permitiam a completa integração com a natureza, mas também garantiam uma área climatizada e aconchegante, ideal para a proposta de uso do local como um canto de leitura ou para receber amigos.

 

Impossível não olhar
pernambuco-armazémUma boa vitrine é aquela que destaca e valoriza os produtos nela apresentados. Nesse sentido, a fachada do Armazém do Artesanato Sebrae (foto), de Roberta Borsoi, cumpriu seu papel: era inteiramente transparente, feita com peças incolores fornecidas pela Vivix, dando visibilidade a todo o interior e às obras ali exibidas.

 

CASA COR BAHIA
(20 de setembro a 29 de outubro, Salvador)

Almoço surrealista
Casa Cor Salvador 2017A proposta da Sala de Almoço (foto), de Gabriel Moreno, foi criar um ambiente totalmente espelhado. O resultado obtido com os espelhos Vivânce, da Cebrace, foi um jogo de reflexos entre as peças no qual os visitantes se veem contemplando um espaço infinito: quadros e outros objetos parecem flutuar.

 

 

Exótica e confortável
Casa Cor Salvador 2017A Mercearia (foto), criada por Rodrigo Rodrigues e Marcelo Rocha, tinha inspiração nos mercados de Marrakech, no Marrocos. Fora dela, o calor tradicional de Salvador. Dentro, uma temperatura agradável graças aos vidros de controle solar Habitat Neutro e Habitat Refletivo Champanhe, da Cebrace, instalados pela Transparence. O produto também protegeu o espaço interno e as samambaias dependuradas nas paredes de vidro contra os raios ultravioleta.


CASA COR RIO DE JANEIRO

(24 de outubro a 30 de novembro, Rio de Janeiro)

Refletindo Nova York no Rio
riodejaneiro-box21Bernardo Gaudie-Ley e Tânia Braida, do escritório Beta Arquitetura, elaboraram o Box 21 (foto) com base nos lofts de Nova York. Os tons de cinza e preto, com toques de verde e rosa, são ressaltados por aplicações amplas de espelhos Guardian, os quais ajudam a conferir leveza e atmosfera cosmopolita no ambiente.

 

Amplitude e tranquilidade
riodejaneiro-bemestarO Espaço de Bem-estar (foto) foi elaborado por Ângela Leite Barbosa para apresentar o Lapinha SPA, do município paranaense de Lapa. Para isso, uma sala de relaxamento contém tons claros em contraste com a madeira e tons de cinza nas paredes e no piso, criando uma atmosfera tranquila. Destaque-se o uso de espelhos Guardian em suas laterais (na foto, logo atrás da luminária): eles refletem a cortina e aumentam a percepção de amplitude do local.

Veja outras aplicações do vidro nessas mostras!

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sofisticação transparente e refletida — conteúdo extra

Os ambientes mostrados na versão impressa de O Vidroplano não foram os únicos que empregaram vidros e espelhos nas exposições da Casa Cor na Bahia, em Pernambuco e no Rio de Janeiro. Conheça outros desses espaços a seguir:

 

CASA COR BAHIA

(20 de setembro a 29 de outubro, Salvador)

Fotos: Marcelo Aniello

 

Tetos de espelhos

Casa Cor Salvador 2017

Para valorizar a arquitetura original do casarão em que a mostra foi organizada, o Living, do arquiteto sergipano Wesley Lemos, contou com um jogo de espelhos Vivânce, da Cebrace, com diferentes tonalidades no teto. O produto não só ampliou o espaço, mas também resolveu o quesito iluminação, já que o teto não poderia ser modificado.

 

Casa Cor Salvador 2017

Outro espaço com o teto todo espelhado foi o Home Bar, do arquiteto Flávio Moura. As peças da linha Vivânce, instaladas pela Artenele, refletiram com delicadeza a luminária luxuosa e a iluminação baixa do local.

 

Ampliação pelos reflexos

Casa Cor Salvador 2017

Uma das paredes do Spazzio Natuzzi Italia, projetado por Marlon Gama, foi toda revestida com espelhos Vivânce. As peças proporcionaram amplitude ao quarto e valorizaram a combinação de materiais nobres com cores neutras no ambiente.

 

Casa Cor Salvador 2017

As arquitetas Mila Caramelo e Mila Saraiva também apostaram no espelho Vivânce para o ambiente Varanda da Família — no caso delas, o produto usado tem cor cinza, reforçando a tonalidade que domina esse espaço.

 

Indo além do controle solar

Casa Cor Salvador 2017

Engana-se quem pensa que os vidros da linha Habitat, da Cebrace, só podem ser usados para proporcionar conforto térmico. Isso ficou claro no Quarto do Casal Sênior, criado por Rogério Menezes. Ali refletivos na cor cinza foram usados para revestir uma parede do ambiente, quebrando seu aspecto tradicional e deixando-o mais moderno.

 

CASA COR PERNAMBUCO

(21 de setembro a 12 de novembro, Recife)

Fotos: Eudes Santana

 

Mosaico de reflexos

restaurante

O Restaurante Toscana Concept, projetado pelo escritório FM Arquitetura, teve como um de seus pontos altos um painel de fundo com diferentes volumetrias. O efeito foi obtido por meio da montagem de um mosaico de espelhos Vivix Spelia.

 

Integração segura e confortável

bar

A fachada do Wine & Gin Bar, idealizado pela Amaral Tenório + Arquitetos, foi toda composta por laminados Vivix Lamina. Dessa forma, o ambiente permitiu uma experiência de integração com os visitantes, além de garantir a segurança de seu interior e contribuir para barrar o calor do lado de fora.

 

Espaço pequeno, amplitude imensa

café

Quem entrou no Café do Pátio, projetado por Acácio Costa e Viviani Manzi (da A2 Arquitetos), talvez nem tenha se dado conta de como o local era pequeno. Cortesia da fachada de vidros fornecidos pela Vivix, além do espelho Vivix Spelia aplicado atrás do balcão.

 

CASA COR RIO DE JANEIRO

(21 de setembro a 12 de novembro, Rio de Janeiro)

 

Altura ressaltada

comandante
No Loft do Comandante, assinado por Ana Gomes e Jorge Delmas, o espelho Guardian foi usado nas paredes laterais da cozinha e sala de jantar, refletindo a esquadria do prédio e realçando seu pé-direito alto. Peças do espelho também foram aplicadas sobre a bancada do banheiro, sendo valorizadas pela iluminação com fitas de LED.

Este texto é um conteúdo digital exclusivo da edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Reflexos da sua criatividade

É difícil — talvez impossível — encontrar qualquer residência ou espaço comercial que não tenha um espelho: esse produto tem uma versatilidade muito grande, que permite sua aplicação em qualquer lugar, nos mais diversos tamanhos, formatos e composições.

Por isso, na hora de fornecer espelhos para um cliente, a criatividade de um vidraceiro faz toda a diferença. Vários desses profissionais já estão apresentando soluções criativas. Com isso, conseguem cativar o comprador e convencê-lo a ampliar a área espelhada de sua obra. Algumas das inúmeras possibilidades de soluções podem ser vistas a seguir.

 

espelhos-guardian

Reflexo bicolor
Se seu cliente estiver em dúvida entre um espelho prata ou bronze, por que não combinar os dois? O Bistrô do Jardim, na Casa Cor Rio de Janeiro 2016, tinha espelhos com duas cores diferentes combinando com o papel de parede. As peças ressaltaram e se integraram à estética do banheiro.

Projeto: Ricardo Melo e Rodrigo Passos
Espelhos: bronze e prata, da Guardian
Instalação: Vidraçaria Maracanã

 

Material com mais de mil e uma utilidades!
Segundo a arquiteta Bea Carneiro, da Se7e Arquitetura, o mercado implora por projetos inusitados. “O cliente necessita de um espaço com identidade própria. O pensamento ‘fora da caixa’ é imprescindível”.

É aí que o espelho entra: “Arquitetos e engenheiros têm descoberto, cada vez mais, um material com versatilidade, beleza e elegância, e o resultado da criatividade desses profissionais no seu uso já é visível”, observa Viviane Moscoso, gerente de Produtos da Vivix. Viviane Sequetin, gerente de Produtos Interiores da Guardian, concorda: “O visual clean também está de acordo com a arquitetura minimalista valorizada atualmente, além de contar com uma vasta diversidade de aplicações”.

espelhos-agcAssentos flutuantes
Espelhos revestem o ‘hall’ de entrada e toda a recepção do edifício Bella Torre, em Maringá (PR). Com as peças em toda a área ao redor do sofá embutido no local, tem-se a impressão que ele está suspenso no ar.

Projeto: Etni Arquitetura
Espelhos: Mirox Premium prata, da AGC
Instalação: Serginho Vidros (espelhos fornecidos pela Ouro Vidros Maringá)

O primeiro passo para a valorização do espelho é conhecer suas características e benefícios. “Para entender seu potencial, o vidraceiro deve se qualificar e fazer pesquisas de referências”, aconselha Estefânia Oliveira, analista de Marketing da AGC.

Exemplos diferenciados também convencem o cliente. Ana Carolina Granado, coordenadora de Mercado da Cebrace, sugere: “O profissional pode mostrar fotos do produto em obras e mostras de decoração.”

 

espelhos-vivix

Sem teto para a imaginação
Como valorizar um grande lustre italiano da década de 1960 em um ambiente com pé-direito (ou seja, a distância do piso ao teto) baixo? A solução foi espelhar completamente o teto — assim, o espaço ganhou amplitude visual, como se o pé-direito tivesse dobrado.
Projeto: Santos & Santos Arquitetura
Espelhos: Spelia prata, da Vivix
Instalação: MEC Vidros

 

Aliado da arquitetura
Os arquitetos consultados por O Vidroplano consideram o espelho um recurso estratégico para ambientes. Veja suas vantagens:
Profundidade visual: a designer Patricia Pasquini os utiliza bastante, em ambientes pequenos, por considerá-los um recurso que ajuda a ampliar o espaço e a deixá-lo aconchegante;
Camuflagem: para o arquiteto Zezinho Santos, da Santos & Santos Arquitetura, também são valiosos para revestir e ocultar elementos indesejados, como pilares ou vigas;
Iluminação e integração: o arquiteto Ricardo Melo destaca o papel do material de aumentar a claridade dentro do ambiente.

 

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Tornando perfeitas as imperfeições
Com a derrubada de paredes para a integração da cozinha ao ‘living’ no apartamento desta foto, muitas de suas vigas ficaram aparentes. O que poderia ser um defeito virou uma qualidade após elas serem revestidas com espelhos bronze, disfarçando-as e integrando-as à decoração.

Projeto: Patricia Pasquini
Espelhos: bronze, da linha Vivânce, da Cebrace
Instalação: Silvestre Vidros
Veja mais projetos com aplicações criativas de espelhos

Este texto foi originalmente publicado na edição 538 (outubro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Reflexos da sua criatividade – conteúdo extra

Gostou dos exemplos apresentados na reportagem da versão impressa de O Vidroplano sobre as inúmeras possibilidades que o espelho oferece para encantar seus clientes? Acredite, eles dão só um “gostinho” do que pode ser feito com esse produto: há muitos outros modos de inovar, seja em formatos, composições, tamanhos e até na finalidade de sua aplicação.

Despertamos sua curiosidade? Então veja mais exemplos interessantes do uso de espelhos logo abaixo.

 

Mosaico espelhado

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É possível inovar em um espelho no banheiro? Claro que é! Que o diga esse projeto, em um apartamento de São Paulo: várias peças foram usadas para compor um grande mosaico. Todas elas foram produzidas a partir de uma única chapa, para garantir que não haveria qualquer diferença — por mínima que fosse — entre as cores de cada uma.

Projeto: Marcelo Borges
Espelhos: prata, da Cebrace
Instalação: CBS Vidros

 

Tamanho e requinte que impressionam

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Para ampliar o espaço desta sala em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, uma parede inteira foi revestida com espelhos — cada peça, com 0,75 m de comprimento e 0,9 m de altura. Mas o diferencial não está só no tamanho; todos os espelhos foram bisotados, agregando elegância (além de amplitude) ao ambiente.

Espelhos: prata, da Cebrace
Instalação: Vidraçaria Possidonio

 

Reflexões nos reflexos

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Para a Casa Sebrae, elaborada na edição 2016 da Casa Cor Ceará, o uso de espelhos infinitos (dispostos de frente um para o outro) mostrou-se uma solução inteligente, barata e de forte impacto. Fora do local, também foram instalados espelhos sobre trilhos, cuja função não era só refletir os visitantes, mas também fazer estes refletirem: as peças eram usadas como um mural em que cada pessoa podia deixar sua mensagem para as arquitetas Bea Carneiro e Ticiana Sanford, criadoras do projeto.

Projeto: Se7e Arquitetura
Instalação: Color Glass

 

No formato da sua escolha

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Quem disse que espelhos só podem ser retangulares ou circulares? Se alguém que pensava assim passou em frente ao prédio da (Fiesp), em São Paulo, em abril de 2015, logo descobriu seu engano. Lá, e também em duas estações do metrô, foram expostas as peças da obra Puzzle, com espelhos recortados em forma de quebra-cabeça para revestir estruturas representando grandes peças desse jogo. A obra fez parte da iniciativa SelfAzul, apresentando o autismo de forma lúdica para a sociedade.

Projeto: Eduardo Srur
Espelhos: prata, da Guardian
Beneficiamento: Speed Temper

 

Sala de espelhos

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Os espelhos roubaram a cena na edição 2016 do Elle Fashion Preview, considerado um dos eventos de moda mais importantes do Brasil, realizado no Rio de Janeiro. Uma cabine de espelhos com fitas de LED cercava quem entrava nela com reflexos e efeitos infinitos. Nesse espaço futurista, era possível ainda gravar vídeos de trinta segundos para compartilhamento instantâneo nas redes sociais.

Projeto: Vivix
Espelhos: Spelia prata, da Vivix
Instalação: Dream Factory

 

Atenção na instalação!
– A norma NBR 15198 — Espelhos de prata – Beneficiamento e instalação deve sempre ser seguida para trabalhos com espelhos;
– A base onde o espelho será instalado precisa estar limpa, seca e livre de substâncias que possam agredir sua superfície;
– Deixe uma folga de pelo menos 3 mm entre o espelho e a base, para permitir a circulação de ar;
– Ao instalar mais de um espelho numa mesma superfície, deve haver uma folga de 1 mm entre eles;
– A fixação química de espelhos só pode ser feita com adesivos neutros, aplicados na vertical.

 

Este texto é um conteúdo digital exclusivo da edição 538 (outubro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 

 

 

Persianas que brincam com a LUZ

Apesar de a arquitetura minimalista ser forte tendência mundial, ainda existe espaço para obras com formas provocantes. Na Suíça, a sede de um grupo especializado em gestão de imóveis passou por revitalização, recebendo nova fachada envidraçada. Até aí, nada de novo. No entanto, basta olhar com atenção para notar que a estrutura foge do comum: há ali brises (quebra-sóis) feitos com nosso material em toda a parte externa do prédio. E eles não servem apenas para o quesito estético, pois garantem economia de energia para todo o edifício. Como? Veja a seguir detalhes sobre o projeto, incluindo a função dessas persianas transparentes.

Ficha técnica
Projeto: Reforma da sede da Société Privée de Gérance (SPG)
Local: Genebra, Suíça
Autor: Giovanni Vaccarini Architetti
Conclusão: Segundo semestre de 2016

vidroemobra-internaLuz, sombra e vento
Segundo o escritório do arquiteto italiano Giovanni Vaccarini, responsável por assinar o novo projeto, o tema central da reforma era criar espaços de trabalho com qualidade para os funcionários da SPG por meio da sustentabilidade energética.

A solução encontrada para se chegar a esses objetivos foi aplicar vidro de forma pouco usual — mas que já começa a ganhar adeptos ao redor do mundo, até mesmo no Brasil (veja mais no quadro Brises de vidro ganham espaço na arquitetura, mais abaixo).

A fachada é um sistema duplo de envidraçamento. Ou seja, são duas peles de vidro — uma interna (de insulados) e outra externa (com temperados). O espaço entre essas peles de vidro, de 30 cm, permite a ventilação, reduzindo o uso de ar condicionado. A estrutura ainda garante a entrada de luz natural, porém de forma moderada, com sombreamento, graças aos brises já citados.

Persianas transparentes
A função dos brises é ajustar a iluminação que entra no edifício, além de criar um aspecto estético diferenciado ao brincar com a reflexão das luzes.

Vidro: Extra clear laminado (10+10 mm)
Acabamento: Serigrafia (padrão formado por pequenos quadrados brancos)
Dimensão: Peças com 20, 40 e 60 cm
Instalação: Ancoragem pelo lado exterior feita por elementos modulares de aço e produzidos pela empresa Stahlbau Pichler. Esse sistema permitiu que cada quebra-sol fosse ancorado individualmente, reduzindo interferências visuais e ajudando no gerenciamento do peso do vidro acrescentado à fachada (cerca de 100 t)

vidroemobra-noturnaUm novo conceito para fachadas
Foram utilizados princípios visuais capazes de alterar a percepção do volume arquitetônico. Para quem observa o prédio do lado de fora, parece que ele está em constante transformação, graças às persianas envidraçadas, as quais refletem a luz de variadas formas. O padrão da serigrafia ajuda a enfatizar isso, criando uma sensação de névoa. À noite, os vidros são iluminados por LEDs brancos — parece que a fachada se move, tremulando como se fosse fogo.

Quem está dentro do edifício também aproveita essa ilusão óptica. Ao olhar para fora, é possível conferir o efeito descrito pelos criadores do projeto como janela aumentada: a vista do exterior é amplificada e transformada por conta da luz. “O resultado é extraordinário, no sentido literal do termo — fora do ordinário, do comum. Um sistema simples que produz uma complexa multiplicação de visões, uma arquitetura cinética”, define Vaccarini.

vidroemobra-naturaBrises de vidro ganham espaço na arquitetura
A sede da SPG não é a primeira obra a instalar quebra-sóis com o material. E não é preciso ir longe para encontrar outro exemplo. Em São Paulo, a nova sede da empresa de cosméticos Natura (foto ao lado) possui brises de temperados laminados de 20 mm, com serigrafia quadriculada. As estruturas, que usam vidros beneficiados pela GlassecViracon, foram instaladas pela ArqGlass.

Durante o Glass Performance Days (GPD) 2017, principal fórum vidreiro do mundo, uma das palestras abordou o assunto. No caso, Marcin Brzezicki, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Wroclaw, na Polônia, abordou as tendências atuais no design de fachadas transparentes, citando peles de vidro com formações geométricas tridimensionais, vidro com impressão digital e quebra-sóis com o material. Por isso, se quiser que seu projeto esteja na moda, vale a pena considerar brises envidraçados.

Fale com eles!
ArqGlass — www.arqglass.com.br
Giovanni Vaccarini Architetti — www.giovannivaccarini.it
GlassecViracon — www.glassecviracon.com.br
SPG — www.spg.ch
Stahlbau Pichler — www.stahlbaupichler.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 537 (setembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Uma arquitetura cada vez mais transparente

Foi-se a arquitetura de estéticas mirabolantes, cheias de detalhes. Vivemos hoje uma época de minimalismo: menos é mais. E, graças à evolução da tecnologia vidreira, o vidro está no centro desse estilo. Um marco desse conceito é a loja da fabricante de eletrônicos Apple, em Xangai, China. O projeto é quase 100% sem interferência visual de ferragens, com painéis de vidro curvos de 12,5 m. A boa notícia é que a estética clean se torna realidade também no Brasil. O Vidroplano conversou com especialistas para entender os desafios dessas obras formadas por vidros maiores, de menos emendas e de poucas ferragens aparentes.

Tecnologia que gera tendência
Um dos grandes desafios dos projetos clean é conseguir aliar a transparência do vidro com alto desempenho. “Com a inovação da indústria vidreira, buscamos nos manter em constante evolução para atender as transformações do mercado”, comenta Estefânia Oliveira, analista de Marketing da AGC.

Na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na capital paulista, a transparência vem do vidro estrutural, que tem o objetivo de segurar o peso da marquise. Colunas e vigas em balanço e teto sção feitos de laminados de temperados planos e curvos. A obra é da Avec Design.
Na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na capital paulista, a transparência vem do vidro estrutural, que tem o objetivo de segurar o peso da marquise. Colunas e vigas em balanço e teto sção feitos de laminados de temperados planos e curvos. A obra é da Avec Design.

A tendência atual na arquitetura envolve duas constantes: aumento dos vãos transparentes, além da diminuição e ocultação dos sistemas de fixação.

“O aumento da tecnologia na fabricação dos vidros temperados e laminados permitiu aos projetistas serem mais arrojados nos projetos”, analisa o diretor técnico da Brazilglass, Luiz Barbosa. A opinião é compartilhada por José Guilherme Aceto, diretor da Avec Design: “A disponibilização da matéria-prima em grandes medidas, como o vidro jumbo, e novos equipamentos para beneficiamento nos colocaram em condições de realizar obras mais modernas”.

Vidro estrutural: ideal para todo tipo de projeto
O vidro estrutural é uma ótima aposta para oferecer maior transparência, pois suporta os esforços de vento e o próprio peso da estrutura envidraçada. Ele dispensa o encaixilhamento e sempre deve contar com placas temperadas e laminadas. Pode ser usado como pilares, colunas ou vigas, entre outras formas. “É importante que o projetista saiba calcular todos os esforços solicitantes inerentes a cada projeto”, explica Cintya Mourão, sócia-proprietária do Ci & Lab Projetos e Consultoria.

E não são apenas grandes obras que recebem vidro estrutural. Um simples guarda-corpos engastado, que não usa ferragens para se manter em pé, está dentro do conceito. Martin Mittelstaedt, diretor-operacional da Q-Railing, comenta: “A tendência atual nos guarda-corpos é utilizar somente vidro, deixando de lado montantes e postes”.

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Em Bruxelas, na Bélgica, o vidro na fachada do centro de convenções Square-Brussels Meeting Centre permite total visão da estrutura entrelaçada de cabos na parte interna do edifício. Foi usado estraclear Planibel Clearvision, da AGC

 

Selantes e ‘interlayers’: transparência e segurança
Já que o conceito clean envolve menos ferragens, os selantes e os interlayers (camadas intermediárias dos laminados) se tornam essenciais para a transparência, garantindo vedação e firmeza do sistema.

“Os melhores selantes são os de silicone, com durabilidade e estabilidade”, afirma Aceto, da Avec Design. O sistema de pele de vidro para fachadas structural glazing se baseia nesse produto: as placas de vidro são coladas a quadros com silicone estrutural.

Em relação aos interlayers, existem os que oferecem rigidez aos laminados — como os já populares SentryGlas, da Kuraray, e Saflex, da Eastman. “Esse tipo de interlayer estrutural é perfeito para vencer grandes vãos livres, o que significa vidros mais finos com maior resistência”, analisa José Carlos Alcon, consultor-sênior da Kuraray.

Os selantes devem sempre ser compatíveis com os interlayers, para evitar que os componentes de um agridam o outro.

O projeto da Vidroforte para a passarela sobre a Avenida Chucri Zaidan, em São Paulo, levou em conta a necessidade de rigidez e entrada de luz natural na estrutura. Laminados de temperados de 12 e 16 mm, feitos com Habitat, da Cebrace, oferecem ainda controle solar
O projeto da Vidroforte para a passarela sobre a Avenida Chucri Zaidan, em São Paulo, levou em conta a necessidade de rigidez e entrada de luz natural na estrutura.
Laminados de temperados de 12 e 16 mm, feitos com Habitat, da Cebrace, oferecem ainda controle solar


O que as normas dizem

A NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações deve ser consultada em todas as obras. Ela indica o tipo de vidro a ser usado (laminado, temperado, aramado etc.) em cada aplicação (fachadas, coberturas, claraboias, divisórias, guarda-corpos, portas etc.).

Atenção ao beneficiamento
Julia Schimmelpenningh, gerente global de Aplicações da Eastman, chama a atenção para fatores do processamento do vidro que farão a diferença para uma obra clean segura e benfeita.
TÊMPERA — O processo precisa ser consistente e bem-monitorado. Os desvios na fabricação podem levar à distorção óptica, padrões de onda de rolos na superfície das chapas e curvatura da peça, o que afetará a transparência do vidro. Luiz Augusto Soares, da Vidroforte, reforça: “Com bons parâmetros de qualidade no processo, esses problemas não acontecem”;
LAMINAÇÃO — O vidro deve ser bem-adaptado ao tamanho em que será laminado e ter alinhamento adequado na borda. Trabalhe com películas de PVB com certificados de conformidade e que possam ser rastreadas por lotes, indicando assim o histórico de produção.

Guarda-corpos engastados, que não usam ferragens para se manter em pé, precisam ser ancorados corretamente
Guarda-corpos engastados, que não usam ferragens para
se manter em pé, precisam ser ancorados corretamente


Vidraceiro, atenção ao tipo de vidro e à instalação!

CÁLCULOS EXATOS — “A espessura do vidro depende do tamanho da peça e do local de aplicação”, reforça Ana Carolina Granado, coordenadora de Mercado da Cebrace. “Além disso, é preciso analisar a pressão do vento na estrutura envidraçada”. Leonardo Arantes, gerente de Produtos de Arquitetura da Guardian, lembra: “Em razão das diferenças entre as regiões do Brasil, teremos diferentes níveis de resistência que a estrutura vidro+alumínio deverá suportar”. Vale lembrar que a Cebrace oferece um software online para o cálculo de espessura (www.cebrace.com.br/CalculoEspessura);
CONTROLE DO SOL — A questão térmica é uma dificuldade a ser encarada em estruturas externas como passarelas e claraboias. Uma solução nesses casos é indicar o uso do vidro de controle solar, que barra a entrada do calor sem abdicar da transparência;
PENSE NO SISTEMA COMO UM TODO — “O vidro deve ser especificado como um sistema, nunca isoladamente”, alerta Viviane Moscoso, gerente de Produtos da Vivix. Isso inclui elementos de fixação, selantes, ferragens e todos os componentes;
AJUDA MECÂNICA — O peso de uma chapa de vidro jumbo ou com dimensões maiores do que as comuns irá dificultar a instalação manual. O ideal é utilizar pórticos, ventosas hidráulicas e automóveis de transporte. E tem mais: quem for instalar não pode ficar sem EPIs como capacete, luvas, mangotes anticorte, botas e óculos de segurança;
ANCORAGEM DOS PERFIS — “Também é fundamental a fixação correta dos perfis de base que irão receber os vidros”, relembra Martin Mittelstaedt, da Q-Railing, “principalmente a utilização de ancoragens adequadas recomendadas pelo fabricante”.

Fale com eles!
AGC — www.agcbrasil.com
Avec Design — www.avec.com.br
Brazilglass — www.brazilglass.com.br
Cebrace — www.cebrace.com.br
Ci & Lab — www.cielab.com.br
Eastman — www.br.eastman.com
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Kuraray — www.kuraray.com.br
Laminar Vidros — (21) 3214-0700
Pilkington — www.pilkington.com/pt-br/br
Q-Railing — www.q-railing.com/pt-br
Vidroforte — www.vidroforte.com.br
Vivix — www.vivix.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a edição digital da revista

Simplicidade sem perder a elegância

O que é essencial para ter uma boa qualidade de vida? Essa reflexão é proposta pela 31ª edição da Casa Cor, realizada no Jockey Club de São Paulo. Este ano, a maior mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas tem o tema O design mais próximo das pessoas.

A presença do nosso material na mostra é marcada pela criatividade e uso de diversas soluções vidreiras: de espelhos cortados em formatos diferenciados a vidros aramados e impressos, oferecendo textura aos ambientes. Veja a seguir a primeira parte dos destaques do evento — e não deixe de conferir esta mesma seção na edição de julho da revista O Vidroplano para conhecer outros espaços criativos e originais. A Casa Cor SP 2017 vai até 23 de julho, funcionando da terça-feira a domingo (e feriados), das 12 às 21 horas.

 

PORTAS DE GRANDES DIMENSÕES

espac¦ºo_convidados2Boas-vindas em tamanho jumbo
O convite à visita ao Espaço dos Convidados, de Denise Barretto, fica claro já em sua porta de entrada (foto), com três folhas de correr tamanho jumbo, totalizando 7,4 m de comprimento por 4,3 m de altura. Cada folha pesa cerca de 350 kg e é composta de laminado 8+8 mm, emoldurado pela esquadria Feal Slim 120, da Tecnofeal. Os vidros foram fornecidos pela processadora paulista GlassecViracon. Mais informações: www.denisebarretto.com.br, www.glassecviracon.com.br e www.tecnofeal.com.br

 

Transparência que integra ambientes
casa_sustentável1De longe, já é possível ver toda a beleza e imponência da Casa Sustentável, criada por Mariana Crego, graças às portas envidraçadas que formam o espaço (foto), com 2,65 m de altura, fazendo com que a luz natural inunde o interior. As estruturas são de peças temperadas de Habitat neutro incolor 8 e 10 mm, da Cebrace, processadas pela Divinal Vidros. As esquadrias de PVC foram fabricadas pela EBL. Mais informações: marianacrego.com.br, www.cebrace.com.br, www.divinalvidros.com.br e www.ebldobrasil.com.br

 

 

CRIATIVIDADE COM VIDRO

casa_brasil1Espaço e transparência para as refeições
Na Casa Brasil, de Leo Romano, duas peças da obra Mesa de Jantar Pi, da designer Jacqueline Terpins, foram juntadas para formar um único e grandioso mobiliário transparente (foto): ele é inteiramente composto de vidros float 15 mm, inclusive suas pernas. Mais informações: www.leoromano.com.br e www.terpins.com

 

 

Banho de vaidade sem culpa
casa_cosmopolita2Vidros e espelhos encontram-se por toda parte na Casa Cosmopolita Cosentino, da designer de interiores Paola Ribeiro, mas é no banheiro que eles reforçam seu potencial para a criatividade. Nele, a área da banheira mostra como nossos materiais podem agregar sofisticação a qualquer espaço, com paredes inteiramente revestidas com espelhos Guardian prata e teto de vidro (foto) para integração com o espaço externo. Os espelhos foram fornecidos pela vidraçaria PS do Vidro e instalados pela Vidraçaria Criativa, enquanto a cobertura de vidro ficou a cargo da Gattai. Mais informações: www.criativavidracaria.com.br, www.gattai.com.br, www.guardian.com.br, www.paolaribeiro.com.br e www.psdovidro.com.br

 

estu¦üdio_bossa1Diversão envidraçada
Quem pensa que o bom e velho pebolim não combina com espaços sofisticados definitivamente não visitou o Estúdio Bossa, projetado pelo arquiteto Marlon Gama: a bela mesa para o jogo (foto), fabricada pela Teckell e fornecida pela Casual Móveis, tem seus pequenos “craques” de madeira apoiados em vidros curvos extra clear, com 15 mm de espessura, nas suas laterais. O tampo da mesa também é de extra clear. Mais informações: www.casualmoveis.com.br, www.marlongama.com.br e www.teckell.com

 

Tijolo de vidro
lavabo_deca2Apesar de pequeno, o Lavabo Deca, de Lucas Coelho, traz um uso inusitado de espelhos. O material é usado como revestimento de uma das paredes. Até aí, nada de mais, certo? A diferença está no modo: o designer de interiores usou azulejos feitos com espelhos bisotados, o Tijolo Mirror Bronze, da Colormix. Cada peça possui 7,5 x 15 cm, com espessura de 8 mm. Mais informações: contato@lucascoelhointeriores.com e colormix.com.br

 

 

UM TOQUE DE TEXTURA

sui¦üte_master1Quarto com sensações variadas
Os arquitetos Thiago Manarelli e Ana Paula Guimarães fizeram da Suíte Master um espaço marcado por texturas. Na entrada do closet, está instalado um painel articulável de espelhos 5 mm (foto), da Inovart, que ajudam na reflexão do ambiente. Dentro do espaço, tem um armário com prateleiras de temperados 4 mm, construído pela Florense. A iluminação de LED embutida nos perfis de alumínio oferecem cor ao nosso material. No banheiro, o destaque fica para as divisórias de aramado 7 mm — fornecidas pela Inovart —, uma solução diferente para fornecer privacidade aos usuários. Mais informações: www.mgarquitetos.com, www.florense.com.br/pt e www.marcenariainovart.com.br

 

Espelhos, impressos e ‘float’ em um só lugar
cozinha_urbana1Tem textura de todos os tipos na Cozinha Urbana, de Patrícia Pasquini. Ao entrar no espaço e olhar para o lado esquerdo, o visitante verá espelhos bronze 6 mm da linha Vivânce, da Cebrace, revestindo uma parede (foto). A arquiteta usou peças cortadas em formas variadas, trazendo tridimensionalidade à estrutura. Mais à frente, está um armário, sobre a pia, com portas de impresso incolor 4 mm. Ao lado, outro armário enfeita o espaço — este é inteiro feito com nosso material, incluindo portas e prateleiras. Ambos os mobiliários foram fornecidos pela Florense. Mais informações: www.patriciapasquini.com.br, www.cebrace.com.br e www.florense.com.br/pt

 

Fale com eles!
Casa Cor SP — casacor.abril.com.br/mostras/sao-paulo

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Pensadas para olhar e admirar

As primeiras vitrinas como são hoje conhecidas surgiram na Europa durante o período da rainha Vitória (1832-1895), do Reino Unido, elaboradas como janelas que mostravam as mercadorias ao público passante. Desde então, elas sofreram uma série de evoluções, tornaram-se um elemento constante na arquitetura urbana, mas ainda é nelas que as pessoas veem o que há de novo ou as opções mais atrativas e, se gostarem do que viram, entram na loja para conhecer mais e possivelmente fazer uma compra.

Quando bem-escolhido, o vidro de uma vitrina consegue valorizar ainda mais os produtos expostos e, assim, aumentar as oportunidades de vendas do estabelecimento. Assim, quando um cliente procurar sua vidraçaria para instalar uma vitrina, que tal mostrar para ele as vantagens que um produto de valor agregado oferece? Acredite: com isso, ele sairá ganhando. E você também!

Fundamental para as vendas
“Em média, 70% das decisões de compras ocorrem na vitrina, pois ela é o primeiro impacto e contato com o consumidor”, observa Heloisa Omine, professora de Comunicação no Ponto de Venda da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). “E, mesmo quando a loja está fechada, a vitrina continua a expor e atrair o consumidor.” A arquiteta Marina Debasa, sócia do escritório Arquitetude, acrescenta que a transparência dessas estruturas permite que as pessoas vejam as peças em diferentes ângulos e se interessem por seus detalhes sem que seja preciso tocar nelas.

E onde o vidro entra? Viviane Moscoso, gerente de Produtos da Vivix, responde: “Uma boa vitrina tem como papel atrair os clientes, e a função do vidro é utilizar a transparência para gerar proximidade entre o consumidor e o produto”. Outros benefícios trazidos pelo material são a segurança contra furtos e a estanqueidade do ambiente.

Mas é só isso que um vidro traz? Tudo depende do tipo escolhido.

vp_vidraçaria-extraclear cópia‘Extra clear’: cores sem nenhuma distorção
Uma opção bastante recomendada para esse tipo de aplicação é o vidro extra clear. Leandro Gonçalves, gerente de Projetos da processadora Divinal Vidros, explica: “Por se tratar de um produto com baixo teor de ferro em sua composição, o extra clear tem um aspecto menos esverdeado que o incolor comum, trazendo uma excelente oportunidade de valorizar as cores e aparência real do produto exposto”.

 

Antirreflexo: visibilidade garantida a qualquer hora
vp_vidraçaria-antirreflexo cópia“Um vidro incolor apresenta, em média, 8% de reflexão de luz — ainda que baixa, ela pode comprometer a visualização dos produtos, dependendo da orientação da vitrina e da incidência de luz sobre ela”, afirma Luiz Barbosa, diretor da Ci & Lab, empresa de projetos e consultoria para vidros, esquadrias e fachadas e parceira da processadora Brazilglass, de Ribeirão Pires (SP).

Para evitar esse problema, o mercado já dispõe de vidros com baixa reflexão, ou antirreflexo: mesmo laminado, ele pode ter reflexão luminosa menor que 2%, maximizando a visualização dos produtos expostos nas vitrinas.

Loja de vidroLaminados: proteção reforçada
De acordo com a norma ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações, apenas vidros temperados, aramados ou laminados podem ser aplicados em vitrinas. Dentre eles, os temperados podem parecer a melhor opção pelo preço, mas deixam o vão aberto em caso de quebra.

Por isso, Viviane Moscoso, da Vivix, aconselha o uso de laminados ou multilaminados, compostos de duas ou mais lâminas de vidro intercaladas por películas ou resinas para a adesão entre as camadas. “Em caso de quebra”, diz ela, “como a camada intermediária mantém os fragmentos no lugar até que sua troca possa ser feita, os produtos da vitrina ficam protegidos”.

 

vp_vidrac¦ºaria-instalac¦ºa¦âoVidro sem interferência
Um dos desafios ao planejar uma vitrina é permitir que o máximo do seu vão seja transparente, o que pode ser comprometido pelas emendas entre as peças de vidro.

Para evitar esse problema, Ana Granado, coordenadora de Mercado da Cebrace, aconselha: “O vidraceiro pode, junto com um arquiteto, desenvolver um projeto para a vitrina e dimensionar o tamanho das peças maiores, usar acessórios que suportem esta aplicação com pouca interferência no acabamento final, e fazer o acabamento das emendas com perfeição.”

Renato Sivieri, diretor de Marketing da Guardian, lembra que o uso de chapas de grandes dimensões já é comum para vidraceiros. Mas alerta: “As especificações de cada vitrina devem ser analisadas individualmente.”

 

vp_vidrac¦ºaria-iluminac¦ºa¦âoLuz para o vidro
Vidros especiais garantem maior visibilidade, mas a iluminação para o lado de dentro da vitrina também é importante para
destacar os produtos expostos. A professora Heloisa Omine, da ESPM, indica como pontos fundamentais:

– Que ela permita flexibilidade;
– Que seja pensada de acordo com o tema da vitrina (se ele precisa de iluminação geral, focal em pontos específicos ou mesmo teatral);
– Que permita a boa visualização dos produtos que o lojista pretende enfatizar.

Uma solução indicada pela professora é a iluminação por meio de LED, mais sustentável e duradoura. “As fitas de LED podem ser usadas para iluminar prateleiras, displays ou mesmo para que o espaço da vitrina seja percebido como um grande cubo mágico, capturando o olhar de quem passa pela sua frente”, acrescenta.

O que encontrar no mercado?
Não faltam produtos no Brasil para elaborar e instalar vitrinas especiais. Conheça alguns deles a seguir.

Nome: Planibel Clearvision
Produto: vidro extra clear
Empresa: AGC
Diferenciais:
– Permite 92% de transmissão de luz e a visibilidade das cores sem nenhuma distorção;
– Transparência e visibilidade se mantêm mesmo quando o vidro é usado com espessuras de até 19 mm.

Nome: Temperado Blindex
Produto: vidro temperado
Empresa: Blindex
Diferenciais:
– Fácil de limpar;
– Conta com padrões modernos e exclusivos;
– Melhora a acústica do ambiente;
– Disponível em versão lisa, impressa ou serigrafada.

Nome: Diamant
Produto: vidro extra clear
Empresa: Cebrace
Diferenciais:
– Não interfere na cor das roupas e objetos da vitrina, proporcionando uma visão muito mais clara e neutra.

Nome: Optiview
Produto: vidro antirreflexo
Empresa: Cebrace
Diferenciais:
– Camada de produtos químicos em uma das faces do vidro o torna capaz de reduzir a reflexão em quase 80%;
– Bloqueia raios ultravioleta, que podem desbotar e ressecar os tecidos e produtos expostos na vitrina.

Nome: Saflex e Vanceva
Produto: películas de PVB
Empresa: Eastman
Diferenciais:
– A linha Saflex oferece proteção extra contra danos e passagem de ruídos, enquanto a Vanceva conta com opções variadas de cores para ressaltar a aparência da vitrina;
– Ambas filtram 99% dos raios ultravioleta.

Nome: UltraClear
Produto: vidro extra clear
Empresa: Guardian
Diferenciais:
– Alta transparência e transmissão de luz.

Nome: TG System
Produto: sistema de envidraçamento estrutural
Empresa: Pilkington
Diferenciais:
– Diminui a necessidade de alvenaria para a instalação da vitrina.

Nome: Vidro Antivandalismo
Produto: vidro multilaminado
Empresa: PKO do Brasil
Diferenciais:
– Laminado com película estrutural;
– Suporta até setenta machadadas e marteladas sem se quebrar totalmente.

Nome: Vivix Lamina
Produto: vidro laminado
Empresa: Vivix
Diferenciais:
– Saído já laminado diretamente da fábrica;
– Disponível em espessuras de 10 e 12 mm.

A chave para uma boa vitrina é VOCÊ!
Com vidros especiais para o projeto de vitrina do seu cliente, a qualidade da obra está garantida, certo?

Errado! “A forma de instalação interfere diretamente na qualidade e segurança do produto”, aponta Glória Cardoso, coordenadora de Marketing da Pilkington. Ana Granado, da Cebrace, destaca que os acessórios utilizados, o tipo de instalação, o dimensionamento das peças de vidro e o acabamento nas junções são alguns itens essenciais para um resultado final satisfatório.

É aí que você entra, vidraceiro: cabe ao profissional analisar o projeto, indicar a melhor solução de envidraçamento e estar atento ao que deve ser feito para uma instalação não só benfeita, mas que ajude a destacar a vitrina.

Algumas dicas para isso são:

analiseANALISE TODOS OS RISCOS PARA O PROJETO: Leandro Gonçalves, da Divinal Vidros, observa que, para instalar uma vitrina exposta diretamente para a rua, por exemplo, a possibilidade de quebra que poderá causar acidentes às pessoas próximas a ela precisa ser considerada. É fundamental também checar se todos os componentes do sistema são compatíveis com o vidro, qual a melhor forma de ancoragem para sua fixação na obra e se será preciso fazer alguma intervenção na alvenaria;

atualizadoESTEJA SEMPRE ATUALIZADO: conheça as características de cada produto para poder indicar ao comprador seus benefícios e como ele contribui para o projeto da vitrina. “A boa informação é sempre a melhor estratégia de convencimento”, afirma Renato Sivieri, da Guardian;

melhorPARA SER O MELHOR, TRABALHE COM O MELHOR: Glória Cardoso, da Pilkington, alerta que o vidraceiro deve evitar composições de produtos não testados, que podem causar desconforto para o cliente após a instalação;

protejaPROTEJA OS VIDROS: segundo Luiz Barbosa, da Ci & Lab, a Brazilglass alerta que, caso os vidros sejam encaixilhados, o uso de calços de borracha e a vedação nas bordas e laterais são fundamentais para evitar o contato direto entre o vidro e os perfis. Já em casos em que uma peça de vidro está ao lado da outra, a processadora indica que deve haver um espaço entre suas bordas, preenchido com silicone incolor neutro;

incrementeINCREMENTE O PROJETO: quem disse que a área de exposição da loja só pode levar vidros na vitrina? Marina Debasa, do escritório Arquitetude, sugere o uso de prateleiras de vidro para destacar ainda mais os produtos;

posvendaDEDIQUE-SE AO PÓS-VENDA: suas oportunidades de negócios não acabam com o fim da instalação da vitrina. Lembre ao seu cliente que ela precisa passar periodicamente por manutenção e limpeza para garantir sua durabilidade.

 

Fale com eles!
AGC — www.agcbrasil.com
Arquitetude — arquitetude.com.br
Blindex — www.blindex.com.br
Brazilglass — www.brazilglass.com.br
Cebrace — www.cebrace.com.br
Ci & Lab — www.cielab.com.br
Divinal Vidros — www.divinalvidros.com.br
Eastman — www.br.eastman.com
ESPM — www.espm.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Pilkington — www.pilkington.com/pt-br/br
PKO do Brasil — www.pkodobrasil.com.br
Vivix — vivixvidrosplanos.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Proteção contra fogo? O vidro também oferece!

Fogo versus vidro: quem vence essa batalha? O mito antigo de que o vidro é frágil contra o fogo acabou faz tempo: a tecnologia da indústria permite que nosso material funcione como uma barreira segura contra chamas. Isso quer dizer que contra incêndios ele é um ótimo remédio. Por isso, O Vidroplano mostra as principais características dos vidros resistentes ao fogo e os diferentes tipos existentes no mercado. Veja ainda quais são as fabricantes que oferecem o produto no Brasil e como ele deve ser usado em projetos na construção civil.

O que é?
Os vidros resistentes ao fogo, conhecidos pela sigla VRF, têm como objetivo bloquear o curso de chamas, gases e fumaça em casos de incêndio. Assim, permitem a evacuação segura do local. Esse material, dependendo de sua composição, pode resistir de 15 a 120 minutos e sua aplicação varia de acordo com a necessidade do ambiente. Para efeito de comparação, um vidro float comum normalmente resiste somente de 3 a 5 minutos nas mesmas condições.

Como o vidro não combate o fogo, mas, sim, retarda sua ação, os bombeiros devem sempre ser chamados em situações de incêndios.

 

Quais os tipos?
Os vidros são identificados pelas normas de acordo com seu desempenho. Cada um é indicado para diferentes tipos de uso. Ao todo, são três classificações:

Classe E
– Também chamado de para-chamas;
– Principal característica: integridade;
– Impede a progressão das chamas, fumaças e gases tóxicos;
– Não bloqueia a radiação do calor, por isso é restrito a locais em que não haverá fluxo de pessoas, nem próximo a materiais combustíveis;
– Modo de fabricação semelhante ao do float, passando em seguida pelo processo de têmpera;
– Composição química com coeficiente de expansão térmica bem inferior ao do float. Isso garante que a peça não se quebre quando exposta a elevados diferenciais de temperatura.

Classe EW
– Também chamado de para-chamas redutor de radiação térmica;
– Principais características: integridade e controle de radiação;
– Impede a progressão das chamas, fumaças e gases tóxicos;
– Reduz a radiação de calor no lado protegido, garantindo uma temperatura confortável ao ser humano e impedindo a ignição de materiais combustíveis a uma distância de 1,5 m do vidro;
– Modo de fabricação depende do modelo: pode ser tanto semelhante ao do float, passando em seguida pelo processo de têmpera, como do laminado ou insulado;

Classe EI
– Também chamado de corta-fogo;
– Principais características: integridade e isolamento;
– Impede a progressão das chamas, fumaças e gases tóxicos;
– Bloqueia a radiação de calor;
– Opção com maior desempenho;
– Modo de fabricação, dependendo do fabricante, é parecido ao do laminado;
– É feito com temperados intercalados com gel intumescente, cuja característica é reagir e se expandir em contato com altas temperaturas. Ele é o responsável por isolar o ambiente do calor.

 

Qual tipo de projeto pode usar esses vidros?
escada internaEm qualquer projeto que necessite de compartimentação (divisão de um espaço sem separá-los por completo) para efeito de incêndio, seja comercial ou corporativo. “É uma excelente opção para não se perder os efeitos visuais de amplitude e iluminação promovidos pela transparência do produto, se comparado com as alternativas opacas”, explica Paulo de Moraes, gerente-técnico e comercial para América do Sul da Vetrotech Saint-Gobain.

Confira algumas sugestões de uso:

Porta corta-fogo: aplicação frequente, mas normalmente oferecida ao mercado na versão metálica, que não proporciona possibilidades arquitetônicas. Quando feita de vidro, oferece valor agregado, além de alto desempenho, beleza e segurança. Essas portas podem ser inteiramente feitas com nosso material ou ter apenas visores envidraçados — as normas indicam o tamanho permitido para os visores (confira detalhes no final da reportagem);

Fachadas: nessas estruturas, os vidros evitam que as chamas atinjam andares superiores, por exemplo. Para a utilização do vidro corta-fogo em fachadas, a peça precisa ter uma camada adicional de laminação, evitando assim reações químicas influenciadas pela radiação solar;

Saídas de emergência: corredores para evacuação rápida de pessoas também podem levar os vidros, de forma a isolar o ambiente não só do fogo, mas também de fumaça e gases tóxicos;

Proteção de itens frágeis: outra aplicação importante é na proteção de peças que não podem correr o risco de serem destruídas — ou que não resistiriam aos efeitos de proteções ativas como os sprinklers (sistemas instalados em tetos que descarregam água) —, incluindo obras de arte, documentos, livros e servidores;

Outras soluções diversas: telhados, janelas, fechamento de átrios, portas deslizantes, hall de elevadores etc.

Mas e as lareiras?
Lareiras estão na moda em residências de luxo, servindo também como elemento de decoração. Por isso, o vidro é um material constantemente aplicado nessas estruturas. Assim, basta usar um para-chamas ou corta-fogo e está tudo certo, correto? Errado.
O vidro próprio para esse tipo de aplicação é o cerâmico, também chamado de vitrocerâmico. Por ter coeficiente de expansão térmica praticamente nulo, ele irradia o calor gerado pelo fogo, auxiliando no processo de combustão. O mesmo vale para churrasqueiras, estruturas que também precisam de irradiação.
Portanto, já sabe: nada de para-chamas ou corta-fogo em lareiras.

 

Como deve ser feita a instalação?
Vidraceiro, fique ligado: a instalação desses sistemas deve obedecer a regras. Quando for solicitado para instalações assim, consulte caixilheiros especializados nessas soluções. Geralmente, trata-se de projetos de grande porte, no qual arquitetos ou engenheiros estão envolvidos diretamente.

Os fabricantes de perfis exigem conhecimento técnico específico para o trabalho com esse tipo de solução. Essas empresas podem oferecer treinamentos para permitir que o profissional vidreiro esteja apto a realizá-lo. Carlos Montibeller, coordenador de Vendas de Produtos Especiais da Pilkington, alerta: “O produto precisa ser instalado como solução completa, sempre acompanhado da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e certificado do vidro em conformidade com as normas”. A ART é um documento que define, para efeitos legais, os responsáveis-técnicos pela execução de serviços e obras registrados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).

 

Produtos encontrados no Brasil
De acordo com as empresas consultadas, todos os produtos são fabricados fora do País e importados conforme demanda dos clientes.

AGC: Pyropane (para-chamas) e Pyrobel-Pyrobelite (corta-fogo).

Pilkington: Pyroclear (para-chamas) e Pyrostop (corta-fogo).

Schott: Schott Pyran (para-chamas) e Schott Pyranova (corta-fogo).

Vetrotech Saint-Gobain: Pyroswiss, Keralite, Vetroflam e Contraflam Lite (para-chamas) e Contraflam (corta-fogo).

 

Atenção aos acessórios e esquadrias!
bancoNão é somente o vidro que precisa ter características especiais, mas também todos os elementos usados no conjunto. “As paredes, caixilhos, materiais de isolamento e demais componentes precisam ser adequados para terem o mesmo tempo de resistência ao fogo”, revela Fernanda Roveri, engenheira de Vendas da Schott. A certificação de ensaio deve, inclusive, conter a descrição completa de cada componente utilizado, com dimensões e material de fabricação.

Perfis devem ser feitos de aço carbono, aço 1010, 1020, inox, alumínio ou até madeira: tudo vai depender do tipo de sistema instalado e da quantidade de tempo necessária para a resistência ao fogo. É a velha máxima: cada projeto precisa de uma solução específica. Os perfis também precisam ser tubulares, com os canais preenchidos com fibra cerâmica.

Acessórios usados
– caixilhos;
– fitas cerâmicas;
– vedadores entumecentes;
– parafusos de fixação;
– silicones, entre outros.

Os bombeiros precisam aprovar projetos com esse vidro?
“Como todo produto que oferece proteção ativa ou passiva contra incêndio”, explica Paulo de Moraes, da Vetrotech Saint-Gobain, “sua aplicação depende da análise e aprovação do Corpo de Bombeiros do Estado em que se dará a aplicação.” Os oficiais da corporação analisam se a classificação e o tempo de resistência da solução apresentada são adequados aos requerimentos do espaço. Após a aprovação do projeto em si, são verificadas as certificações dos produtos a serem instalados. Com isso, garante-se que o desempenho do sistema seja comprovado por ensaios, estando em conformidade com as normas técnicas.

 

O que as normas dizem?
teste“O elemento construtivo como um todo deve ser avaliado quando a questão diz respeito à resistência ao fogo. A norma brasileira, que trata desse assunto, destaca essa abordagem”, explica Antônio Fernando Berto, do Laboratório de Segurança ao Fogo e a Explosões do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Portanto, o vidro sozinho não é analisado, mas, sim, o conjunto completo — no caso de uma porta, por exemplo, todos os seus componentes, incluindo esquadrias, parafusos, entre outros, são ensaiados. “Não se deve lidar de forma isolada com um tema tão sensível, uma vez que, no caso de um incêndio, o sistema inteiro será colocado à prova, não somente o vidro”, opina Franco Faldini, diretor de Vendas e Marketing da AGC na América do Sul.

Portanto, devem ser exigidos certificados do sistema inteiro, inclusive das dimensões ensaiadas, nunca certificados isolados de cada componente.

A NBR 11742 — Porta corta-fogo para saída de emergência passou por recente revisão e em breve entrará em consulta nacional. A nova versão do documento agora possui requisitos específicos sobre o emprego de VRF nas portas corta-fogo, sendo dividido em duas categorias:

Visores, cuja área de vidro está limitada a 0,10 m² da porta;
Área de vidro não limitada, com dimensões condicionadas pelas características e limitações construtivas do vidro.

Outra norma sendo revisada é a NBR 14925 — Unidades envidraçadas resistentes ao fogo para uso em edificações (essa trata somente do uso de vidros). O trabalho visa a deixar os requisitos nacionais de acordo com os presentes em normas estrangeiras, definindo questões como composição das instalações e respectivas classificações de resistência ao fogo.

 

Fale com eles!
AGC — www.agcbrasil.com
IPT — www.ipt.br
Pilkington — www.pilkington.com/pt-br/br
Schott — www.schott.com
Vetrotech Saint-Gobain — www.vetrotech.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

O ‘envidraçador’ da Berrini

A arquitetura nacional sofreu uma grande perda em janeiro deste ano: faleceu Carlos Bratke, um dos grandes nomes desse segmento, aos 74 anos. Autor de inúmeros projetos premiados, diversos deles trazendo o vidro como elemento de destaque, Bratke deixou um grande legado na maior metrópole do País, São Paulo.

O “dono” da avenida
Segundo o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), a região da avenida Luís Carlos Berrini, na Zona Sul de São Paulo, recebeu mais de sessenta obras assinadas por ele — incluindo todos os edifícios mostrados nas páginas desta reportagem, repletos do nosso material.

Currículo de respeito Profissão vem de berço: Carlos Bratke é filho do consagrado arquiteto urbanista Oswaldo Bratke Mestre do ofício: além de arquiteto e urbanista, Bratke foi professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Faculdade de Arquitetura do Centro Universitário Belas Artes Relevância entre os colegas: seu extenso currículo traz ainda períodos como presidente da Fundação Bienal de São Paulo (1999 — 2002) e do Instituto de Arquitetos do Brasil (1992 e 1993).
Currículo de respeito
Profissão vem de berço: Carlos Bratke é filho do consagrado arquiteto urbanista Oswaldo Bratke
Mestre do ofício: além de arquiteto e urbanista, Bratke foi professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Faculdade de Arquitetura do Centro Universitário Belas Artes
Relevância entre os colegas: seu extenso currículo traz ainda períodos como presidente da Fundação Bienal de São Paulo (1999 — 2002) e do Instituto de Arquitetos do Brasil (1992 e 1993).

Não há dúvidas de que seus projetos transformaram a região que, a partir da década de 1990, tornou-se um dos maiores e mais valorizados centros comerciais da cidade. Ruth Verde Zein, professora de Arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, destacou em reportagem feita pelo portal UOL que, quando o arquiteto começou sua carreira, o eixo comercial de São Paulo concentrava-se na Região Central e na Avenida Paulista. “Hoje, há múltiplas centralidades na cidade, e a construção dos prédios na Berrini foi um marco para que isso acontecesse”, aponta.

Vidro ganhou a sua admiração
Por mais estranho que possa parecer, o arquiteto demorou a adotar o vidro como um elemento de destaque em seus projetos. Em depoimento ao portal iG, em 2014, ele disse que no início de sua carreira preocupava-se com a quantidade de luz do Sol que poderia entrar através do nosso material e aquecer os ambientes.

Felizmente, a evolução constante do vidro, que com o passar do tempo trouxe ainda mais qualidades agregadas, conquistou Bratke: “Do ponto de vista tecnológico, o vidro é o material com mais condições de se desenvolver”, disse, em 2005, à revista PROJETOdesign.

Assim, a arquitetura brutalista (conhecida pelo uso amplo de concreto aparente) foi perdendo espaço nos trabalhos de Bratke e dando lugar cada vez mais às grandes torres de aço e vidro, que hoje conferem uma identidade visual única à Zona Sul paulistana. A prova disso está logo abaixo.

vp_vidroemobra-jacarandáAbraço colorido
Obra: Edifício Jacarandá
Ano de conclusão: 2015
Vidros: de controle solar (algumas peças laminadas com películas coloridas de PVB, da Eastman), em tons variados de verde, amarelo e cinza
Fornecedores: Cebrace (fabricante) e GlassecViracon (processadora)
Diferenciais: a fachada do edifício consiste em um bloco retangular entre duas lâminas curvas. A pele de vidro revestindo toda essa estrutura não só confere um aspecto multicolorido à obra, mas também contribui para o controle térmico e de luminosidade em seu interior.

vp_vidroemobra-empresarialUm prédio de dois formatos e duas cores
Obra: Centro Empresarial e Cultural João Domingues de Araújo
Ano de conclusão: 2005
Vidros: laminados de controle solar 4+4 mm azuis (Cool Lite Azul 114AI + PVB incolor + vidro incolor), laminados de controle solar 4+4 mm brancos (Optiwhite extra clear + PVB branco Pure White + vidro incolor), e laminados 5+5 mm incolores
Fornecedor: Pilkington
Diferenciais: a estrutura da obra lembra um prisma retangular que teve seu interior e a área central de suas laterais removidos, encaixando-se em seu lugar um “cilindro” revestido por laminados de controle solar azuis, dando-lhe um aspecto espelhado, enquanto os trechos da estrutura retangular alternam essas peças com laminados brancos.

vp_vidroemobra-ireneCubo de vidro
Obra: Edifício Irene de Azevedo Soares Cury
Ano de conclusão: 2013
Vidros: laminados de controle solar 4+4 mm prata (Cool Lite Prata 125PN + PVB incolor + vidro incolor), e temperados laminados 16 mm
Fornecedor: Pilkington
Diferenciais: o hall de entrada do prédio é revestido com temperados laminados incolores, estruturados com ferragens e cabos de aço inox. Assentado sobre essa base, há um grande bloco de escritórios, de formato quase cúbico, com suas quatro faces laterais revestidas por vidros laminados de controle solar — a disposição das estruturas permitiu um melhor aproveitamento do espaço mesmo com a limitação de sua altura.

vp_vidroemobra-tinelliBoas-vindas ao verde (mas não ao calor)
Obra: Edifício Attilio Tinelli
Ano de conclusão: 2001
Vidros: refletivos 8 mm azuis e prata
Fornecedor: GlassecViracon
Diferenciais: a fachada do prédio passa a impressão de ter sido desmontada, com a possibilidade de “encaixá-la” novamente. O conforto térmico é garantido pela pele de vidro composta por peças azuis e prata, fixadas na obra com silicone estrutural.

VP-VIDROEMOBRA-PADREANTONIOPara deixar a luz entrar
Obra: Edifício Padre Antonio
Ano de conclusão: 2013
Vidros: laminados transparentes e opacos
Fornecedor: Pilkington
Diferenciais: a alternância entre peças transparentes e opacas revestindo todas as quatro fachadas da obra garantiram um aspecto visual próprio. Além disso, a pele de vidro permite grande aproveitamento da iluminação natural no interior do prédio durante boa parte do dia.

 

Fale com eles!
Carlos Bratke Ateliê de Arquitetura — www.carlosbratke.com.br
CAU/BR — www.cau.org.br
Cebrace — www.cebrace.com.br
Eastman — www.br.eastman.com
GlassecViracon — www.glassecviracon.com.br
iG — www.ig.com.br
Mackenzie — portal.mackenzie.br
UOL — www.uol.com.br
Pilkington Brasil — www.pilkington.com/pt-br/br
PROJETOdesign — arcoweb.com.br/projetodesign

Este texto foi originalmente publicado na edição 530 (fevereiro de 2017) da revista O VidroplanoLeia a versão digital da revista.

Obra-prima renovada pelo vidro

São Conrado é um dos bairros nobres da Zona Sul carioca, localizado entre sua bela orla e a icônica Pedra da Gávea, ponto turístico da cidade. Como se a beleza natural não bastasse, a região abriga o antigo Hotel Nacional, um dos marcos da arquitetura brasileira. Projetado por Oscar Niemeyer em forma cilíndrica, o prédio é todo revestido por vidro desde sua fundação, em 1972.

Hotel NacionalNo entanto, nenhum hóspede usufruía a estonteante vista proporcionada por sua fachada envidraçada desde 1995, quando o hotel fechou as portas. Foram necessários 21 anos para que, em 15 de dezembro, essa joia brasileira voltasse a hospedar — agora sob o comando do grupo hoteleiro espanhol Meliá, com o nome Hotel Gran Meliá Nacional Rio de Janeiro.

Antes disso, foi necessário que o prédio passasse por um amplo retrofit, nome que os arquitetos dão ao processo de modernização de uma obra a fim de atualizá-la. Seus vidros antigos da fachada foram trocados por vidros de controle solar da Cebrace, processados pela Disvidro. O grande desafio das empresas envolvidas era manter as características originais do projeto de Oscar Niemeyer tombado desde 1998 como patrimônio do município do Rio de Janeiro.

 

Reforma
Hotel NacionalO novo projeto do hotel tem o arquiteto Marcos Leite Bastos como autor. A construtora Orca também participou como responsável pela execução. Manter a estética visual criada por Niemeyer, incluindo a integração com o bairro, estava entre as metas do projeto.

“Esse prédio, como foi projetado, não se encaixaria em nenhum outro local do mundo. Ele é cilíndrico para que os olhos o atravessem e o vejam diante dos morros como parte da paisagem”, explicou Bastos ao jornal O Globo no fim de 2016. “Os cálculos arquitetônicos foram feitos pensando na linha do horizonte, de modo que, de qualquer parte da recepção, fosse possível ver o mar à meia-distância entre o piso e o teto. Tudo isso que o Niemeyer pensou está sendo mantido, mas estamos colocando materiais novos e modernos”, concluiu.

 

2MG_7558Escolha dos vidros
A QMD Consultoria preparou o projeto da fachada baseado em três pilares:

– Estética diferenciada;
– Proteção contra os raios solares;
– Luminosidade natural sem ofuscamento.

Para encontrar a melhor especificação que atendesse todos esses quesitos ao mesmo tempo, foram realizadas diversas simulações de desempenho energético, analisando também a economia que os vidros poderiam trazer ao empreendimento em relação ao uso de ar condicionado e conforto térmico e acústico. “Ainda fizemos inúmeros protótipos, de forma a aprovar os vidros pelo lado externo, visto que o empreendimento é um retrofit e as características visuais da fachada deveriam ser mantidas”, explica Igor Alvim, da QMD.

 

Interior envidraçadoApartamento Supreme II
Por dentro, o hotel também está recheado com o material, fornecido pela Cebrace, processado pela Disvidro e instalado pela CHB Alumínio:

– A academia e o spa possuem fechamento de laminado incolor 12 mm (300 m² no total). A mesma especificação está nos guarda-corpos da esplanada e do mirante, localizados no topo do prédio;
– Os guarda-corpos das escadas de acesso de vestiários e banheiros na área da piscina ganharam laminados incolores 10 mm;
– Na escada em caracol da piscina, foram instalados guarda-corpos com 100 m² de temperado laminado incolor 10 mm;
– Um dos bares do hotel, o Roof Top Bar, está no 33º andar. Voltado para a badalação, com música e iluminação especial, ele é cercado por vidros que desempenham a função de isolamento acústico.

 

Hotel NacionalEspecificação do vidro
Laminados de Cool Lite ST (6 mm + 5 mm de float bronze)
Fornecedor: Cebrace
Processador: Disvidro
Quantidade: 12 mil m²
Principais benefícios: redução do calor em 63% e transmissão luminosa de 25%. Isso garante menor uso de sistemas de ar condicionado e iluminação artificial.

 

Por dentro da instalação
A técnica escolhida para a instalação da fachada foi o sistema unitizado. Composto por frames (módulos) de alumínio nos quais o vidro é encaixado e colado com silicone estrutural, esse sistema é bastante versátil e possibilita a construção de fachadas planas, com ângulos e curvas, como é o caso do hotel. Outra vantagem é a rapidez com que ele pode ser instalado. Segundo Igor Alvim, diretor técnico da QMD, o sistema permite que as obras cumpram os cronogramas previstos pelas equipes de planejamento.

 

2MG_7619okCuriosidades desse clássico carioca
Único hotel de Niemeyer — Não há nenhum outro hotel no mundo com a assinatura de Oscar Niemeyer, o mais famoso arquiteto brasileiro, essencial para a consolidação da arquitetura moderna. Até por isso, quando o prédio foi leiloado pela prefeitura carioca, uma das condições impostas era a de que ele permanecesse como um hotel. A obra ainda contou com o paisagismo de Roberto Burle Marx.

Era pra ser maior — O projeto inicial previa a construção de um edifício de 55 andares. No entanto, mais tarde, optou-se por parar a obra no 34º pavimento.

Reduto da alta sociedade — De 1972 até 1995, a elite carioca frequentava assiduamente o empreendimento. O local deu lugar a festas antológicas e recebeu celebridades como a atriz e cantora norte-americana Liza Minneli e B.B. King, mais famoso guitarrista de blues da história. Também foi sede do conceituado Free Jazz Festival.

Prepare o bolso — O hotel tem 413 quartos com vista para a Praia de São Conrado, Rocinha e Pedra da Gávea. Existem diversas classificações: o preço médio de uma diária é de R$ 800.

 

Fale com eles!
CHB Alumínio
Cebrace
Disvidro
Gran Meliá Nacional
QMD Consultoria

Este texto foi originalmente publicado na edição 529 (janeiro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Barreiras transparentes

O uso do vidro como elemento principal em muros ou portões não traz apenas segurança, mas também resultados visuais surpreendentes: mesmo uma construção antiga ganha uma aparência contemporânea fazendo uso do nosso material. Ele ainda oferece uma grande variedade de opções para valorizar qualquer casa, edifício ou condomínio, trazendo beleza e proporcionando a integração entre o interno e o externo.

A seguir, conheça as vantagens que o vidro oferece em muros e portões e alguns exemplos que ilustram a variedade de ferragens e possibilidades de instalação.

Curvas envidraçadas A proprietária de uma residência em Maringá (PR) quis trocar sua grade por algo que combinasse com a fachada moderna da casa. O arquiteto Romulo Scandelai aproveitou a mureta curva do local para idealizar um muro de vidros também curvo: a solução foi fornecida pela Serginho Vidros, que instalou os temperados curvos 10 mm verdes presos a colunas com fixadores Evolution, semelhantes a braços de spiders e fabricados com alumínio maciço polido especialmente para esse projeto.
Curvas envidraçadas A proprietária de uma residência em Maringá (PR) quis trocar sua grade por algo que combinasse com a fachada moderna da casa. O arquiteto Romulo Scandelai aproveitou a mureta curva do local para idealizar um muro de vidros também curvo: a solução foi fornecida pela Serginho Vidros, que instalou os temperados curvos 10 mm verdes presos a colunas com fixadores Evolution, semelhantes a braços de spiders e fabricados com alumínio maciço polido especialmente para esse projeto.


Por todos os lugares e com todos os estilos

Não importa a região do País, a presença do vidro cercando edificações é fácil de ser observada. “Ao circular pela Região Metropolitana de Vitória, vemos diversos condomínios que trocaram seus muros de alvenaria com grades por muros de vidro nos últimos anos”, observa Luiz Cláudio Rezende, gerente de Relacionamentos da processadora capixaba Viminas Vidros Especiais. Vander Matta, proprietário da vidraçaria Wander Box, em São Gonçalo (RJ), concorda: “O número de gradis de vidro em Niterói e outras cidades do Rio de Janeiro é bastante grande”.

Os clientes também têm se mostrado mais interessados pelas tendências do setor nessa área. “Um dos principais fatores para isso é a gama de novas soluções de vidros e ferragens no mercado, o que permite que os moradores e proprietários consigam diferenciar seus imóveis e valorizá-los”, explica Gustavo Calegari, coordenador de Marketing da Guardian.

Muralha colorida O condomínio Morada Imperial, em Salvador, conta com um muro de nada menos que 2 mil m² do vidro refletivo SunGuard Light Blue 52 na base verde, da Guardian. A estrutura traz uma série de benefícios aos seus moradores: além da leveza estética que proporciona ao imóvel, também se harmoniza ao conjunto do edifício e contribui para a redução da entrada de calor no ambiente.
Muralha colorida
O condomínio Morada Imperial, em Salvador, conta com um muro de nada menos que 2 mil m² do vidro refletivo SunGuard Light Blue 52 na base verde, da Guardian. A estrutura traz uma série de benefícios aos seus moradores: além da leveza estética que proporciona ao imóvel, também se harmoniza ao conjunto do edifício e contribui para a redução da entrada de calor no ambiente.

Um material, muitas qualidades
Mas o que torna o vidro tão atrativo para esse tipo de aplicação? Motivos não faltam:

  • Economia: “Apesar de a mão de obra ser especializada, o custo final acaba sendo menor porque são necessárias menos pessoas para a montagem, além de ser um trabalho mais rápido e de limpeza mais fácil”, aponta João Rett, técnico da Glass Vetro;
  • Aproximação dos espaços: Remy Dufrayer, gerente de Desenvolvimento de Mercado da Cebrace, ressalta que a transparência do vidro confere leveza e integração entre os ambientes interno e externo;
  • Modernidade e valor: para Marcela Félix Calabre, responsável pelo setor de Marketing da Saint-Gobain Glass, essa solução é ideal para o retrofit de imóveis que não possuem muros ou em algumas situações em que são muito baixos. “Muros de vidro agregam beleza e modernidade às casas, prédios e condomínios”, reforça;
  • Visibilidade: “A transparência do vidro permite observar o que acontece do outro lado”, afirma Dufrayer — dessa forma, é possível para o porteiro ou morador enxergar se alguém tenta pular o muro ou emboscar quem esteja entrando ou saindo do local, por exemplo;
  • Segurança: além do motivo apontado anteriormente, nosso material também contribui para a segurança do local por conta de sua resistência. “O vidro pode substituir qualquer outro material, desde que especificado, aplicado e instalado adequadamente”, indica Viviane Moscoso, gerente de Produtos da Vivix;
  • Sustentabilidade: para quem teme o aumento no consumo de água para a limpeza e manutenção dessas estruturas, Leandro Gonçalves, gerente de Projetos da processadora Divinal Vidros, lembra: “Vidros autolimpantes têm sido uma opção para projetos sustentáveis e inovadores”.
Vigilância favorecida Temperados azuis encaixilhados, fornecidos pela Viminas, compõem o muro de vidro ao redor do Edifício Duarte Aquino, em Vitória. Como benefício, a segurança é fator chave da instalação: a guarita do prédio é interna — por isso, os vidros permitem que as pessoas observem qualquer movimentação estranha,seja fora ou dentro do espaço cercado.
Vigilância favorecida
Temperados azuis encaixilhados, fornecidos pela Viminas, compõem o muro de vidro ao redor do Edifício Duarte Aquino, em Vitória. Como benefício, a segurança é fator chave da instalação: a guarita do prédio é interna — por isso, os vidros permitem que as pessoas observem qualquer movimentação estranha,seja fora ou dentro do espaço cercado.


Satisfação do projetista ao usuário final

Além de todas as razões apontadas acima, a estética e a diversidade têm sido elementos fundamentais para o avanço do vidro nessas obras. Segundo o arquiteto Romulo Scandelai, nosso material traduz a modernidade, a limpeza e a amplitude visual, contribuindo significativamente para a valorização do imóvel. “Temos aplicado esses muros em diversos projetos de nosso escritório, com as mais variadas cores de vidro e formas de instalação, conseguindo resultados estéticos interessantes e a satisfação de seus proprietários”, comenta.

A popularização, claro, não aconteceria se as pessoas não quisessem essas estruturas. “O muro de vidro em minha residência trouxe um design diferenciado, o qual, em conjunto com o trabalho de paisagismo que fiz, deixou o ambiente ainda mais bonito”, destaca Elaine Horta sobre sua casa em Saquarema, RJ. Já Rachel Amorim, moradora do edifício Spot Ipiranga, em São Paulo, destaca o aproveitamento da luminosidade e a estética agradável proporcionados pelo gradil de vidro: “Creio que isso dá a sensação de ampliação do ambiente”, comenta, acrescentando: “Também acho uma solução interessante em questão de segurança, por poder saber exatamente o que me espera do outro lado”.

Barreira contra o vento Para permitir que os moradores do condomínio Residencial Lagosta, em Praia Grande (SP), pudessem apreciar a vista de frente para o mar sem sofrer com os ventos fortes do litoral Norte paulista, a vidraçaria Nalu Glass projetou um muro de temperados 10 mm incolores. Para sua fixação, foram usadas as torres Fit, da WR Glass, tornando a instalação mais prática sem necessidade de furação das peças. Resultado: elegância agregada à estrutura.
Barreira contra o vento
Para permitir que os moradores do condomínio Residencial Lagosta, em Praia Grande (SP), pudessem apreciar a vista de frente para o mar sem sofrer com os ventos fortes do litoral Norte paulista, a vidraçaria Nalu Glass projetou um muro de temperados 10 mm incolores. Para sua fixação, foram usadas as torres Fit, da WR Glass, tornando a instalação mais prática sem necessidade de furação das peças. Resultado: elegância agregada à estrutura.

Mantendo tudo no lugar
“A escolha da forma de fixação dos vidros depende do projeto da estrutura”, explica Wilson Rangel, diretor da Shammah Vidraçaria e Serralheria. As mais comuns são:

  • Caixilhos: “Esses sistemas permitem a fixação das folhas em dois, três ou quatro lados, além de oferecer muitas opções estéticas e estruturais”, comenta Sérgio da Silva, diretor-comercial da vidraçaria Serginho Vidros;
  • Spiders: embora costume ser uma solução mais cara, destaca-se por sua resistência. “Os spiders suportam carga maior, permitindo que os vidros sejam dispostos em forma de muro ou parede”, indica Willmerson Ramos, sócio-diretor da WR Glass;
  • Colunas: além da resistência, Ramos destaca que elas também podem contribuir para estéticas diferenciadas e modernas da instalação;
  • Perfis: podem ser embutidos, tendo assim interferência visual mínima nas estruturas envidraçadas.
Beleza com privacidade Vidros texturizados são a alternativa para quem quer a estética do vidro em volta de seus imóveis sem permitir que seu interior seja visto do lado de fora. A Saint-Gobain Glass conta com soluções nessa área: na Casa Cor Brasília 2016, por exemplo, o Jardim da Entrada foi protegido por um muro de Satinovo temperado 10 mm, garantindo a privacidade do ambiente.
Beleza com privacidade
Vidros texturizados são a alternativa para quem quer a estética do vidro em volta de seus imóveis sem permitir que seu interior seja visto do lado de fora. A Saint-Gobain Glass conta com soluções nessa área: na Casa Cor Brasília 2016, por exemplo, o Jardim da Entrada foi protegido por um muro de Satinovo temperado 10 mm, garantindo a privacidade do ambiente.

 

Proteção que vem de cima

Outra tendência na área da vp_especial-cobertura cópiaconstrução é o uso de coberturas de vidro, protegendo os usuários de condições climáticas, como chuvas, ou da queda de objetos. “Sejam suspensas ou apoiadas, essas estruturas proporcionam um visual mais alegre e mais bonito”, explica João Rett, da Glass Vetro, que lançou este ano o Sistema de Cobertura GV, com aço inox 304. “O ideal é que qualquer cobertura de vidro seja feita com laminados temperados a partir de 5+5 mm”, frisa Rett.

 

 

Veja abaixo mais algum exemplos:

Tornando o belo ainda mais belo Laminados 4+4 mm foram instalados com tubos de alumínio anodizado branco pela vidraçaria Wander Box nos portões do Condomínio Terra Verde, em Itaipu (RJ). O projeto feito pelas arquitetas Ana e Julia Benayon, do escritório Benayon Design, priorizou o nosso material pela elegância e valorização que ele confere ao espaço e pela amplitude visual para os funcionários da portaria — muito superior àquela conferida por grades de ferro.
Tornando o belo ainda mais belo
Laminados 4+4 mm foram instalados com tubos de alumínio anodizado branco pela vidraçaria Wander Box nos portões do Condomínio Terra Verde, em Itaipu (RJ). O projeto feito pelas arquitetas Ana e Julia Benayon, do escritório Benayon Design, priorizou o nosso material pela elegância e valorização que ele confere ao espaço e pela amplitude visual para os funcionários da portaria — muito superior àquela conferida por grades de ferro.
Afastando a claustrofobia na cidade grande  Tanto as portas de entrada como o muro lateral do edifício Spot Ipiranga, erguido em São Paulo pela construtora BN Engenharia, fazem uso do nosso material. Ambos usam laminados 6+4 mm incolores, envoltos por perfis de alumínio com pintura eletrostática. “O conceito seguido para a escolha do gradil de vidro foi a integração visual entre as áreas”, explica Tathiana Jorge, gerente de Projetos da BN Engenharia.
Afastando a claustrofobia na cidade grande
Tanto as portas de entrada como o muro lateral do edifício Spot Ipiranga, erguido em São Paulo pela construtora BN Engenharia, fazem uso do nosso material. Ambos usam laminados 6+4 mm incolores, envoltos por perfis de alumínio com pintura eletrostática. “O conceito seguido para a escolha do gradil de vidro foi a integração visual entre as áreas”, explica Tathiana Jorge, gerente de Projetos da BN Engenharia.
Vidro sustentando vidro Um aspecto interessante do muro de vidro laminado temperado extra clear do edifício Berrini One, em São Paulo, é que ele é fixado a colunas também feitas com o nosso material. Isso foi possibilitado pelo sistema Flexiglass, da T2G Engenharia,  que é totalmente transparente e permite a ligação direta entre estruturas de vidro.
Vidro sustentando vidro
Um aspecto interessante do muro de vidro laminado temperado extra clear do edifício Berrini One, em São Paulo, é que ele é fixado a colunas também feitas com o nosso material. Isso foi possibilitado pelo sistema Flexiglass, da T2G Engenharia, que é totalmente transparente e permite a ligação direta entre estruturas de vidro.

Fale com eles!

Benayon Design — benayondesign.com
BN Engenharia — www.bnengenharia.com.br
Cebrace — www.cebrace.com.br
Divinal Vidros — www.divinalvidros.com.br
Glass Vetro — www.glassvetro.com.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Nalu Glass — naluglass.com
Saint-Gobain Glass — br.saint-gobain-glass.com
Scandelai Arquitetura — www.scandelai.com.br
Serginho Vidros — www.serginhovidros.com.br
Shammah Vidraçaria e Serralheria — www.shammahvidros.com.br
T2G — www.t2g.com.br
Viminas — www.viminas.com.br
Vivix — vivixvidrosplanos.com.br
Wander Box — www.wanderbox.com.br
WR Glass — www.wrglass.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 527 (novembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui