A Abravidro criou, em 2012, o Panorama Abravidro. O documento é publicado anualmente e traz dados atualizados do mercado brasileiro, incluindo informações sobre as indústrias de base e de transformação, assim como os números da produção de vidro no País, faturamento, balança comercial internacional, entre outras. Para se chegar aos dados divulgados no documento, a Abravidro convida empresas a participarem de uma pesquisa. Os resultados são consolidados pela GPM Consultoria Econômica, contratada para apurar as informações do setor e relacioná-las com a Pesquisa Industrial Anual do IBGE, números oficiais de importação e exportação do governo, além de declarações da indústria de base à revista O Vidroplano.
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Panorama Abravidro 2022
A Abravidro criou, em 2012, o Panorama Abravidro. O documento é publicado anualmente e traz dados atualizados do mercado brasileiro, incluindo informações sobre as indústrias de base e de transformação, assim como os números da produção de vidro no País, faturamento, balança comercial internacional, entre outras. Para se chegar aos dados divulgados no documento, a Abravidro convida empresas a participarem de uma pesquisa. Os resultados são consolidados pela GPM Consultoria Econômica, contratada para apurar as informações do setor e relacioná-las com a Pesquisa Industrial Anual do IBGE, números oficiais de importação e exportação do governo, além de declarações da indústria de base à revista O Vidroplano.
Panorama Abravidro 2021
A Abravidro criou, em 2012, o Panorama Abravidro. O documento é publicado anualmente e traz dados atualizados do mercado brasileiro, incluindo informações sobre as indústrias de base e de transformação, assim como os números da produção de vidro no País, faturamento, balança comercial internacional, entre outras. Para se chegar aos dados divulgados no documento, a Abravidro convida empresas a participarem de uma pesquisa. Os resultados são consolidados pela GPM Consultoria Econômica, contratada para apurar as informações do setor e relacioná-las com a Pesquisa Industrial Anual do IBGE, números oficiais de importação e exportação do governo, além de declarações da indústria de base à revista O Vidroplano.
Panorama Abravidro 2019
A Abravidro criou, em 2012, o Panorama Abravidro. O documento é publicado anualmente e traz dados atualizados do mercado brasileiro, incluindo informações sobre as indústrias de base e de transformação, assim como os números da produção de vidro no País, faturamento, balança comercial internacional, entre outras. Para se chegar aos dados divulgados no documento, a Abravidro convida empresas a participarem de uma pesquisa. Os resultados são consolidados pela GPM Consultoria Econômica, contratada para apurar as informações do setor e relacioná-las com a Pesquisa Industrial Anual do IBGE, números oficiais de importação e exportação do governo, além de declarações da indústria de base à revista O Vidroplano.
Panorama Abravidro 2019
En un esfuerzo inédito para mapear las acciones del sector vidriero nacional, Abravidro creó en 2012 el Panorama Abravidro. El documento, editado por la entidad, se publica anualmente. El Panorama Abravidro incluye datos actualizados del mercado brasileño, incluyendo informaciones sobre las industrias de base y transformación, así como los números del consumo aparente de vidrio en el país, la capacidad nominal de producción de vidrios planos de las fábricas, balanza comercial internacional, entre otras.
Para llegar a los datos divulgados en el documento, Abravidro invita a las empresas a participar en una investigación. Los resultados son consolidados por la GPM Consultoria Econômica, contratada para averiguar las informaciones del sector y relacionarlas con la Pesquisa Industrial Anual (Encuesta Industrial Anual) del IBGE, cifras oficiales de importación y exportación del gobierno, además de declaraciones de la industria de base a la revista O Vidroplano.
Panorama Abravidro 2019
In an unprecedented effort to map the actions of the national flat glass sector, Abravidro created Panorama Abravidro in 2012. The document, edited by the entity, is published every year. It brings updated data of the Brazilian market, including information on the base and transformation industries, as well as the numbers of the apparent consumption of glass in Brazil, nominal capacity of production of flat glass in the factories, international trade balance, among others.
In order to reach the data disclosed in the document, Abravidro invites companies to participate in a survey. The results are consolidated by GPM Consultoria Econômica, hired to calculate the information of the sector and relate it to the IBGE’s Pesquisa Industrial Anual (Annual Industrial Survey), to official import and export figures from the government, as well as to statements from the base industry to the O Vidroplano magazine.
Panorama Abravidro 2020
A Abravidro criou, em 2012, o Panorama Abravidro. O documento é publicado anualmente e traz dados atualizados do mercado brasileiro, incluindo informações sobre as indústrias de base e de transformação, assim como os números da produção de vidro no País, faturamento, balança comercial internacional, entre outras. Para se chegar aos dados divulgados no documento, a Abravidro convida empresas a participarem de uma pesquisa. Os resultados são consolidados pela GPM Consultoria Econômica, contratada para apurar as informações do setor e relacioná-las com a Pesquisa Industrial Anual do IBGE, números oficiais de importação e exportação do governo, além de declarações da indústria de base à revista O Vidroplano.
Panorama Abravidro 2018
Em um inédito esforço para mapear as ações do setor vidreiro nacional, a Abravidro criou em 2012 o Panorama Abravidro. O documento, editado pela entidade, é publicado anualmente. Ele traz dados atualizados do mercado brasileiro, incluindo informações sobre as indústrias de base e de transformação, assim como os números do consumo aparente de vidro no País, capacidade nominal de produção de vidros planos das fábricas, balança comercial internacional, entre outras.
Para se chegar aos dados divulgados no documento, a Abravidro convida empresas a participarem de uma pesquisa. Os resultados são consolidados pela GPM Consultoria Econômica, contratada para apurar as informações do setor e relacioná-las com a Pesquisa Industrial Anual do IBGE, números oficiais de importação e exportação do governo, além de declarações da indústria de base à revista O Vidroplano.
Ações para o setor voltar a crescer
A noite de 19 de maio marcou o início de um novo período na história da Abravidro. A diretoria-executiva para o triênio 2017-2020 foi empossada em evento realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. O novo presidente, José Domingos Seixas, industrial da processadora paulistana Cyberglass, terá a missão de liderar a entidade pelos próximos três anos e já revelou ações práticas que podem contribuir para mais um ciclo de desenvolvimento do setor.
Agradecimentos e reflexões
Despedindo-se da presidência após dois mandatos consecutivos (de 2011 a 2017), o discurso de Alexandre Pestana rememorou momentos distintos deste período — do incrível aumento do consumo de vidro no começo da década à atual retração do mercado. Além de agradecer pelo apoio que teve de todos os elos do setor, Pestana ressaltou os esforços da associação para o desenvolvimento vidreiro nas questões técnica e tributária e também na organização da cadeia produtiva. Às usinas de base, direcionou uma reclamação: a grande concentração de volumes de vidro está sendo distribuída por poucos atacadistas, sem qualquer agregação de valor. “A indústria de transformação não precisa de atravessadores. Vocês, usinas de base, sempre nos atenderam diretamente e, neste momento de crise, isso não deve mudar”, afirmou.
Novo modelo de gestão
Na sequência, José Domingos Seixas anunciou um novo modelo de gestão colaborativa e compartilhada. “A Abravidro cresceu tanto que nossas ações não podem se restringir à disponibilidade do principal líder”, explicou. Por isso, os vice-presidentes da entidade também participarão da supervisão dos projetos, melhorando ainda mais a capacidade de resposta às demandas do mercado.
Domingos comentou os diversos pleitos a serem conduzidos pela associação, como a neutralização do Imposto sobre produtos industrializados (IPI) do vidro processado. Medidas contra os conglomerados de empresas de pequeno porte (EPPs) e as indústrias travestidas de comércio também devem ser tomadas em breve. “No momento em que perdemos todas as referências de conduta, precisamos moralizar o setor, pois a competência precisa suplantar a deslealdade”, afirmou o dirigente. Mais detalhes sobre o novo presidente e seus futuros projetos estão na entrevista nesta edição.
Surpresas e emoção
Alexandre Pestana foi homenageado com duas lembranças: o álbum Retratos da presidência, com imagens do período, e o livro Sem medo de obstáculos – exemplar único contendo seus editoriais na revista O Vidroplano e discursos feitos ao longo dos dois mandatos. Cada membro da diretoria do triênio 2014-2017 recebeu peças de cristal com suas imagens gravadas em três dimensões.
Na despedida da superintendente e editora de O Vidroplano, Celina Araújo, que deixa a Abravidro no dia 30 de junho, foi produzida uma revista estilizada (A dama de vidro) que conta sua atuação nestes catorze anos na entidade.
Ana Cristina Pestana, esposa de Alexandre Pestana, também recebeu lembrança em reconhecimento ao apoio da família durante o mandato de seu marido. A homenagem foi entregue por Gláucia Seixas Guerrero, sobrinha de José Domingos Seixas.
Nova superintendente
Iara Bentes, nova superintendente da Abravidro, foi apresentada ao mercado no evento. Jornalista brasiliense, ela tem passagens pelo Ministério da Educação e Confederação Nacional das Indústrias (CNI). Iara também assume como editora de O Vidroplano a partir da edição de julho de 2017.
Diretoria-executiva para o triênio 2017-2020
Presidente
José Domingos Seixas
Primeiro-vice-presidente
Emerson Arcênio
Segundo-vice-presidente
Rafael Gustavo Araújo Ribeiro
Terceiro-vice-presidente
Alexandre Pestana
Diretores
Adiney Jaime de Oliveira
Alfredo dos Anjos Martins
Antônio Skardanas
Luiz Carlos Mossin
Marcus Aurelius de Andrade Pezotti
Maurício Silva Ribeiro
Rafael Nandi da Motta
Ricardo de Oliveira
Rogério Eduardo Ferreira de Oliveira
Vinícius Silveira Marques
Vítor Maione Samos
Walter Luiz Araújo Guarino
Conselheiros fiscais
Leonardo Bráz Vieira Santos
Rosemari Bremm Oliveira
Sandro Henrique Rensi
Conselheiros fiscais suplentes
João Roberto Musumeci
Victor Villas Casaca
Arisson Rodrigues Ferreira
Gestor do ABNT/CB-37
Aldo Machado Simões
Panorama Abravidro 2017
Em um inédito esforço para mapear as ações do setor vidreiro nacional, a Abravidro criou em 2012 o Panorama Abravidro. O documento, editado pela entidade, é publicado anualmente. Ele traz dados atualizados do mercado brasileiro, incluindo informações sobre as indústrias de base e de transformação, assim como os números do consumo aparente de vidro no País, capacidade nominal de produção de vidros planos das fábricas, balança comercial internacional, entre outras.
Para se chegar aos dados divulgados no documento, a Abravidro convida empresas a participarem de uma pesquisa. Os resultados são consolidados pela GPM Consultoria Econômica, contratada para apurar as informações do setor e relacioná-las com a Pesquisa Industrial Anual do IBGE, números oficiais de importação e exportação do governo, além de declarações da indústria de base à revista O Vidroplano.
‘Nosso maior patrimônio: o respeito de todo o setor’
Primeiro semestre de 2011, posse como presidente da Abravidro: por melhores que fossem os prognósticos, nem o mais inventivo guru poderia prever o cenário agitadíssimo que aguardava o setor vidreiro.
Atingimos o auge no consumo de vidros no Brasil e atraímos vultosos investimentos de toda a cadeia produtiva vidreira. Entraram dois novos players fabricando float e, na sequência, encaramos a maior retração econômica do País.
Agora, prestes a deixar a liderança da maior entidade vidreira brasileira —, Alexandre Pestana conversou com O Vidroplano a respeito das ações da associação ao longo desses seis anos. Ele refletiu sobre a importância de alguns projetos, como o Panorama Abravidro, orgulhou-se do número de associados da entidade e reafirmou a importância da interação com o ramo varejista, composto pelos vidraceiros. Um de seus recados ao mercado: “Com a crise, a Abravidro passa a ser ainda mais imprescindível, pois atua como principal interlocutora na organização da cadeia produtiva vidreira”.
Nesses seis anos de mandato, de qual projeto mais se orgulha de ter encabeçado?

Alexandre Pestana — Em meio a tantas ações que a Abravidro realiza, fica muito difícil eleger apenas uma delas. Entre muitos projetos, fizemos a implementação da Especialização Técnica, a desoneração da folha de pagamentos, três edições do Simpovidro e atuamos firme na questão tributária. Porém, o Panorama Abravidro, que estamos publicando pelo sexto ano consecutivo, é algo que me marca pessoalmente. Tinha grande frustração por não conseguir quantificar nosso mercado — a ausência dos números era um grande entrave para muitos objetivos. Em 2012, nossa diretoria decidiu abraçar essa causa e cada um de nós foi a campo mobilizar as empresas para responder à pesquisa. Hoje contamos com uma amostra de quase setenta processadoras, representantes de uma parcela significativa de nosso mercado. O Panorama Abravidro abriu portas para várias conquistas que vieram depois.
E dentre os seus projetos iniciais, o que não conseguiu fazer?
Alexandre Pestana — Desde que me elegi, sempre quis fazer projetos com foco nos vidraceiros. Considero que eles têm um poder enorme de alavancar nosso setor. Ocorre que essa atividade de mercado extremamente intensa nos primeiros anos de meu mandato impôs à Abravidro uma agenda extensa, com ações focadas no segmento como um todo. Apenas ao final tivemos oportunidade de trabalhar com os varejistas de forma mais direta, algo que eu queria ter feito antes. Pelo menos construímos alicerces firmes para várias ações que deverão ser lançadas em breve, o que muito me orgulha.

O que foi feito que não estava previsto inicialmente?
Alexandre Pestana — Esse é um ponto interessante. Assim que assumi a presidência, estava muito preocupado em formular um plano de trabalho, quando a Celina [Araújo, superintendente da Abravidro] disse uma frase que define exatamente o ritmo da entidade: “A Abravidro trabalha diante das demandas de mercado e a maioria delas não pode ser prevista”. Achei estranho, mas hoje vejo o quanto esse posicionamento é desafiador, pois é preciso ser dinâmico para atuar nas mais diversas frentes, em prazos muito curtos.
Apenas como exemplo: em 2012, estávamos levantando os números setoriais para um pleito ao governo sobre defesa comercial. Essa pesquisa propiciou a edição do primeiro Panorama Abravidro. Com eles em mãos, fomos a Brasília solicitar uma redução do IPI dos vidros processados e não encontramos um cenário favorável. No entanto, por estarmos no lugar certo e na hora certa, vimos a oportunidade para pleitear a desoneração da folha de pagamentos, que acabou saindo. Nosso trabalho é cheio de situações desse tipo. Num outro viés, gerenciamos algo impensável nos dias de hoje: a falta de matéria-prima em nosso mercado.
Qual é a principal marca de sua gestão?

Alexandre Pestana — Começamos o mandato com cem empresas associadas à Abravidro e hoje, apesar da crise, temos mais de duzentas. Esse número traduz muito do que aconteceu no setor de 2011 para cá. Recebemos a entidade com grande confiança e credibilidade por parte do mercado e procuramos manter e ampliar esses atributos, pois considero este nosso maior patrimônio: o respeito de todo o setor.
Seu período à frente da Abravidro compreendeu o auge do consumo de vidros planos no Brasil e também a maior crise econômica de todos os tempos. Em sua avaliação, quais foram os principais erros e acertos do setor nesses anos?
Alexandre Pestana — Assim como todo o País, acredito que erramos mais na pujança do que na recessão. Motivados com o crescimento observado até 2014, nossa principal preocupação era aumentar a capacidade produtiva, sem nos atentarmos para a eficiência e o cálculo de retorno dos investimentos. Agora, o ônus desse comportamento está sendo debitado, pois estamos com um excedente produtivo incalculável, pouco preparados para um ambiente tão competitivo. Essa queda brusca no consumo de vidro teve grandes impactos, pois nossos erros não são mais acobertados pelo crescimento de mercado. Portanto, estamos aprendendo a ser industriais muito mais competentes.
Por outro lado, nossa capacidade empreendedora permitiu que tenhamos hoje um parque industrial atualizado, com tecnologia de ponta, alinhado aos mais modernos do mundo.

Em junho de 2014, época de sua reeleição na Abravidro, você comentou em entrevista para ‘O Vidroplano’ que a indústria precisava mudar a forma de atender o mercado. Isso aconteceu?
Alexandre Pestana — Quando o mercado está ascendente, temos um consumidor menos exigente e também mais oportunidades de negócio. Agora, o cenário se inverteu: precisamos estar mais atentos às demandas dos clientes e buscar maior eficiência. Nessa revolução no padrão de consumo, a indústria tem um grande desafio, adequando-se à nova realidade.
O que mudou na Abravidro internamente e institucionalmente durante o seu mandato?

Alexandre Pestana — A Abravidro ampliou seu protagonismo, assumindo papel contundente em todas as questões que impactam a cadeia produtiva vidreira. Internamente, a estrutura da Abravidro modificou-se bastante. Já tínhamos uma equipe de alta performance, que foi ampliada para que possamos oferecer um portfólio de serviços essenciais às processadoras diante da crise. Criamos em nosso estatuto o cargo de superintendente, regulamentando as atividades de gestão e proporcionando maior dinamismo ao dia a dia da entidade. Tudo isso foi concretizado com a mudança de nossa sede — a qual agora demonstra o enorme potencial de conforto e segurança que o vidro pode proporcionar.
E como você vê o futuro do mercado e da Abravidro?
Alexandre Pestana — Na maior parte desse mandato que começou em 2011 e termina agora, vivemos sob grande pujança e a Abravidro foi muito importante para discutir os grandes temas surgidos.
Com a reversão do cenário econômico e uma drástica redução no consumo de vidros nos últimos dois anos, considero a Abravidro imprescindível! Nossas empresas, em especial os processadores, precisam se adaptar à realidade, muito mais desafiadora. Por isso, uma entidade forte e atuante passou a ser decisiva. Um dos principais papéis da Abravidro neste momento é atuar como principal interlocutora na organização da cadeia produtiva. Mais do que nunca, é preciso dialogar com as usinas de base e promover o desenvolvimento dos varejistas, considerando a realidade da indústria de transformação.

Hora de passar o bastão!
Após 71 meses ocupando este espaço tão nobre, encerro meu período como presidente da Abravidro com uma gostosa sensação de dever cumprido e de entregar nossa entidade a excelentes mãos.
Nosso próximo presidente, José Domingos Seixas, nasceu no vidro e carrega a tradição de uma empresa com mais de noventa anos de mercado. Um dos diretores mais autênticos que tivemos, é crítico quando necessário e chega à nossa liderança contando com o apoio da classe em todas as regiões do Brasil. Ao seu lado terá Iara Bentes, a nova superintendente, finalista de um processo seletivo profissionalizado e bastante criterioso. Muito mais do que um currículo impecável, Iara apresenta as principais credenciais para estar à frente de nossa equipe: muita energia e força para manter a Abravidro em ritmo acelerado, produzindo dezenas de projetos simultâneos.
Sobre a questão do dever cumprido, é inevitável fazer uma sequência de agradecimentos. Primeiramente, porque o vidro tem o privilégio de contar com uma entidade formada por empresários idealistas, voluntários à disposição do mercado que se dedicam a uma causa comum — algo raro num mundo cada vez mais egoísta e individual. Obrigado também à nossa equipe de colaboradores — muito mais que competentes, eles são apaixonados por aquilo que fazem e seria impossível a Abravidro ser o que é sem essas pessoas maravilhosas.
Também sou grato a todos os integrantes do mercado vidreiro. Afinal, nada faria sentido se os profissionais envolvidos em cada elo de nossa cadeia produtiva não participassem de nossas ações. Andarmos de mãos dadas, com o objetivo de desenvolvermos esse setor, fez com que chegássemos lá.
Registro também o que disse na última assembleia-geral presidida por mim, em abril: liderar uma entidade que participa das principais decisões estratégicas do mercado vidreiro cria sempre grandes expectativas sobre suas ações e, por isso, gera uma pressão grande a quem a preside. Encerro essa jornada com o espírito associativista revigorado, graças à força transformadora proporcionada pela união de todos.
Os alicerces para o mercado de amanhã
Sei da dificuldade em enxergar o saldo positivo deste momento de baixa atividade do mercado vidreiro. Sem dúvida, entre esses resultados estão os ganhos de eficiência e os incrementos na produtividade das empresas. Mas vejo que estamos indo muito além disso, promovendo ações estruturais para o futuro desenvolvimento de nosso mercado. E um grande exemplo é a recente revisão da NBR 7199, a principal referência técnica de nosso setor.
Moderna e mais completa, a nova versão da norma irá melhorar a compreensão dos parâmetros de segurança do vidro na construção civil e será protagonista de uma série de atividades da Abravidro para a disseminação de conhecimento técnico. Ao mesmo tempo que produzimos as normas de que o País precisa, intensificamos sua divulgação, com a ampliação do programa de palestras em várias regiões do Brasil e a formação de novos conteúdos em nossos canais de comunicação. Nessa mesma linha, a NBR 7199 vidreira já faz parte das Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros de doze Estados brasileiros, com os quais temos contato contínuo na capacitação de oficiais. Além disso, permanecemos com as ações para incluir os parâmetros do vidro nas demais corporações.
O programa De Olho no Boxe é outro bom exemplo, pois busca habilitar os vidraceiros a fazer a manutenção periódica do produto e também conectar o cliente final às empresas cadastradas. E por falar em vidraceiro, este mês daremos o primeiro passo para um trabalho inovador e extremamente importante: ao invés de normalizar produtos, dessa vez faremos uma norma que vai definir o perfil ideal desse profissional. Na área de certificação, estamos formando parcerias com novos laboratórios e organismos certificadores, o que deve facilitar o acesso ao selo Inmetro nos temperados.
A produção das indústrias processadoras permanece importante. Como complemento à já consagrada Especialização Técnica, nas próximas semanas lançaremos mais um programa inédito. Dessa vez vamos quebrar todos os paradigmas e turbinar a área de Planejamento e Controle da Produção (PCP), numa proposta totalmente especializada no vidro plano, com sistemáticas de trabalho ainda desconhecidas por nossas empresas.
É a Abravidro cumprindo o seu papel, reunindo forças e criando oportunidades para construirmos os alicerces do mercado em que sonhamos atuar amanhã!
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Como está o mercado de vidros no Brasil?
Nesta edição que está sendo distribuída na Glasstec, a mais importante feira de vidros do mundo, O Vidroplano convidou o presidente da Abravidro para uma entrevista em que ele coloca suas percepções e perspectivas sobre o nosso mercado. Confira!
Como você vê o mercado de vidros no Brasil atualmente?
Sempre acreditei, e mais ainda agora, na força do vidro no Brasil. Apesar de ser bisneto, neto e filho de vidreiro, minha conclusão se dá pela visão privilegiada que tenho do setor como presidente da Abravidro.
O vidro plano acompanhou o desenvolvimento do País e cresceu intensamente nos últimos dez anos — em algumas ocasiões de forma abrupta e, de certa maneira, desorganizada. Ao lado de grandes oportunidades e valores, somos também reféns de um modo espontâneo e pouco sistematizado de fazer as coisas. Nosso atual momento é de ajustes, quando estamos desfazendo alguns excessos cometidos nesses anos de prosperidade. Precisamos de reformas estruturais e exigimos posturas éticas, imprescindíveis para a retomada do desenvolvimento — isso vale para o Brasil de forma geral e também para o setor vidreiro.
Mas você acredita nessa retomada?
Não há dúvida sobre nossa capacidade. Porém, a incerteza está no tempo e intensidade. Assumir os erros, abandonar estruturas arcaicas e reconstruir os alicerces políticos e econômicos serão a verdadeira alavanca dessa reversão. Somos um país com mais de 8 milhões de km², quase 205 milhões de habitantes e uma oferta de recursos naturais raras no planeta. Tudo isso sem guerras e conflitos sociais, religiosos, étnicos ou naturais.
Ao olharmos para a indústria de processamento de vidro, a conclusão é que ela reflete o Brasil dos últimos tempos. Há pouco mais de vinte anos, nosso consumo de processados era muito baixo, a produção de float estava concentrada em apenas duas multinacionais e poucas empresas independentes se arriscavam na transformação do produto.
E como o mercado está estruturado atualmente?
Principalmente nos últimos dez anos, houve uma explosão na produção e no número de indústrias processadoras. Nosso consumo per capita chegou próximo a dez quilos e o transformado, incluindo o automotivo, representa 2/3 desse total. Hoje temos quase quinhentos processadores cobrindo todo o território nacional, oferecendo ao mercado um amplo portfólio de soluções em vidro, em grande quantidade e alta qualidade. No entanto, como falei, o momento é de ajustes e os fatores que promoveram esse crescimento acelerado não estão mais presentes. Vivemos um período de turbulência, com forte retração no consumo.
Diante disso, todos se perguntam: estamos no fundo do poço? Quando voltaremos a crescer? Se a retomada ocorrer, em que intensidade será? As respostas a essas questões vão além da capacidade de avaliação do cenário, pois passam por variáveis que não estão bem-definidas.
E o que se pode esperar?
O fato é que a profundidade das transformações exigidas para a retomada do crescimento do País e do mercado vidreiro faz desse um processo doloroso e extenso. O futuro é garantido, pois o potencial de consumo de vidro no Brasil não mudou, muito pelo contrário. Podemos ir muito além dos 9,83 kg por habitante atingidos em 2013, mas, para isso, precisamos ter coragem e responsabilidade para superar as dificuldades momentâneas. Temos observado que boa parte dos processadores está tirando valiosas lições dessa crise, aperfeiçoando processos, ganhando produtividade, reduzindo drasticamente as perdas e se posicionando no mercado de forma muito mais estratégica.
Mas qual a expectativa quanto ao consumo de vidro?
De acordo com o Panorama Abravidro 2016, nosso consumo aparente caiu 9,9% em 2015. Certamente, teremos uma nova queda em 2016 comparada à de 2015, devido ao baixo desempenho dos principais mercados consumidores de vidro — construção civil e automotivo. Para 2017, a tendência é de estagnação ou um tímido crescimento. Ao olharmos em perspectiva, vemos que o período 2014-2017 representa o fim de um ciclo de prosperidade vivido pelo setor vidreiro desde o início deste século. Como disse, estão sendo anos de grande aprendizado para nossa indústria de transformação — que estará mais amadurecida, aperfeiçoada e mais bem preparada para um novo ciclo de crescimento. E termino com as mesmas palavras que comecei: eu acredito na força do vidro no Brasil!
O mercado de vidros planos no Brasil
- 9 linhas de produção de vidro float
- 2 fabricantes de vidro impresso
- Capacidade nominal de 6.950 toneladas de vidro plano por dia
- Quase 500 indústrias de processamento de vidros
Participação por produto em 2015
- 42,7%: Automotivo Comum, Outros
- 34,9%: Temperado
- 9,1%: Laminado
- 7,1%: Espelho
- 5,7: Tampo, curvo, etc.
- 0,4%: Insulado
Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Panorama Abravidro 2016
Em um inédito esforço para mapear as ações do setor vidreiro nacional, a Abravidro criou em 2012 o Panorama vidreiro, rebatizado em 2015 como Panorama Abravidro.
Em 2016, o documento, que é editado pela entidade e publicado anualmente no mês de maio, chega a sua quinta edição.
O Panorama Abravidro é o único no Brasil a trazer um retrato econômico e produtivo do setor vidreiro, incluindo informações sobre indústrias de transformação confrontadas com dados oficiais do Governo e também com os cedidos pela indústria de base.
Para se chegar aos dados divulgados no documento, a Abravidro convida empresas a participarem de uma pesquisa. Os resultados são consolidados pela GPM Consultoria Econômica, contratada para apurar as informações do setor e relacioná-las com a Pesquisa Industrial Anual (PIA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), números oficiais de importação e exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), além de declarações da indústria de base à revista O Vidroplano.
‘A AGC tem o ‘DNA’ japonês: quando fala, faz’
Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Na tarde do dia 10 de março, em um hotel próximo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, a editora de O Vidroplano, Celina Araújo, conversou com Jean- François Heris, presidente global da divisão Building (produtos para construção civil) da AGC. Participaram também do encontro Alexandre Pestana, presidente da Abravidro, e o presidente da AGC Vidros do Brasil, Davide Cappellino. Minutos antes de dar a notícia a um grupo de 20 clientes, Heris anunciou em primeira mão a construção da segunda fábrica
da AGC no Brasil (leia mais na pág. 15), além de revelar a visão da Entrevista exclusiva: Alexandre Pestana e Celina Araújo conversaram
com Jean-François Heris e Davide Cappellino, executivos da AGC empresa sobre o mercado vidreiro nacional em meio ao momento econômico ruim.
Como o mundo todo já sabe, o Brasil passa por uma séria crise econômica. Por que a AGC irá investir no País nesse momento conturbado?
Heris – Essa decisão está totalmente alinhada com a escolha que a AGC fez cinco anos atrás de entrar no Brasil, pois acreditávamos muito no grande potencial a longo prazo deste país. E essas condições continuam. A decisão da segunda fábrica dá continuidade à nossa implementação por aqui. O Brasil está, sem dúvidas, enfrentando um momento difícil, mas a cadeia vidreira e seus empreendedores continuam criando valor e tendo um potencial importante.
Qual o balanço que a AGC faz da presença do grupo no Brasil até agora?
Heris – Obviamente, tivemos de dar os passos necessários de quem começa uma produção desse porte, enfrentando os desafios do mercado, que já teve momentos mais fáceis que outros. Tivemos também um time que trabalhou duro para alcançar as metas e clientes que apreciaram o que oferecemos. Por isso, estamos satisfeitos com nossos dois anos de produção de vidro no Brasil.
Quando a segunda planta de vocês começar a operar, a AGC irá fabricar 1.450 t de ‘float’ por dia. Vocês pretendem atingir algum mercado específico com esse aumento?
Heris – Temos objetivos de longo prazo para o Brasil e para a América do Sul, com uma fatia de mercado que seja comparável ao que temos em outras regiões, sempre em torno ou acima de 20%. A intenção é aumentar a capacidade instalada para acompanhar o crescimento de nossa participação no mercado brasileiro, pensando também na exportação para países vizinhos, acelerando nossa presença nesses lugares.
Para quais setores essa produção será direcionada?
Heris – A produção do nosso segundo forno, de 850 t por dia, vai ser focada para os produtos voltados para a construção: aplicações externas, fachadas, decoração etc. Em geral, o forno já existente vai continuar a atender o segmento automotivo. Atualmente, tem-se um momento difícil em termos de volume de vendas de carros no Brasil, mas também temos confiança de que, mais uma vez, pelos
elementos estruturais do País, o volume volte a crescer.
Vocês mencionaram que a nova fábrica será construída na Região Sudeste. Quais fatores podem determinar a escolha da cidade?
Heris – Por enquanto, ainda estamos explorando algumas opções. Claro, um candidato natural é Guaratinguetá, mas temos outras opções bastante interessantes também. Daqui a duas ou três semanas [esta entrevista foi concedida em 10 de março], vamos divulgar a localização.
A experiência de vocês deve confirmar que, no Brasil, gasta-se muito tempo para a aprovação de licenças ambientais e outros documentos necessários para o início de uma obra desse porte. A AGC já possui um cronograma do projeto?
Heris – Nosso plano é terminar a construção no final de 2018. A parte de licenciamento ambiental ainda depende
da localidade exata. Já começamos a trabalhar vários cenários e logo vamos formalizar o pedido às autoridades. Mas, na verdade, não estamos muito preocupados com essa questão. No primeiro float, a AGC já tomou uma posição de respeito muito forte às legislações ambientais, até mesmo na aplicação das melhores tecnologias disponíveis. Então, acreditamos que será um processo bastante rápido, que vai nos permitir manter nosso planejamento.
Existe algum fator que poderia atrasar o cronograma da AGC? Por exemplo, se a economia piorar ainda mais…
Heris – A AGC tem o “DNA” japonês: quando fala, faz. E faz aquilo que fala. Vocês nunca viram no passado anúncios ou boatos sobre o segundo forno da AGC. A AGC fala só quando sabe que pode falar. E agora é pra valer.
Hoje, o Brasil possui quatro fabricantes de ‘float’, sendo que dois deles (Cebrace e Vivix) já anunciaram projetos para a construção de novas linhas — aguardam apenas um melhor momento econômico para iniciá-los. Vemos, portanto, maior competição para a manutenção ou aumento das participações de mercado. Como vocês avaliam essa situação?
Heris – A AGC não está fazendo projetos. Os acionistas da AGC tomaram a decisão: o novo forno está financiado, decidido, até mesmo presente no site oficial do grupo. Estamos falando da realidade. Não gostamos de comentar os concorrentes. São grandes empresas que obviamente têm projetos. Mas, de qualquer jeito, estamos implementando uma decisão tomada.
Vocês acreditam que o mercado brasileiro irá comportar a quantidade de vidro fabricada se os concorrentes da AGC iniciarem seus projetos de novas fábricas nos próximos anos?
Heris – A AGC chegou no Brasil com uma proposta para nossos clientes, envolvendo produtos de alta qualidade, inovação, logística e confiabilidade. Fizemos uma promessa e queremos entregá-la. Fazemos esse investimento para que os clientes continuem a contar conosco, para que eles possam crescer junto com a AGC.
Quando a AGC acendeu seu forno, em 2013, foi anunciado que o grupo estava planejando a construção de um ‘coater’ para 2015 ou 2016. Vocês ainda querem fazer esse investimento?
Heris – Não temos decisões tomadas sobre a instalação de um coater. Estamos acompanhando muito de perto a evolução do mercado dos produtos que poderíamos produzir nesse equipamento. A AGC já tem a tecnologia em casa, nós mesmos produzimos os nossos coaters. Quando acharmos que teremos espaço para o projeto, a implementação vai ser bastante rápida.
Gostaria de deixar alguma mensagem especial para o setor vidreiro brasileiro?
Heris – O Brasil está enfrentando um momento difícil, isso é claro. Mas os brasileiros podem ter muito orgulho de sua capacidade de empreender, de trabalhar, da sociedade e também da cadeia vidreira nacional. É uma tendência natural ser exageradamente pessimista na crise e exageradamente otimista nos momentos bons. Nós achamos que todos da cadeia precisam ter confiança, orgulho daquilo que sabemos fazer, acreditar na nossa capacidade de mudar as coisas. Achamos que a retomada da economia pode acontecer bem mais rápido do que se espera.
Fale com eles!
AGC — www.agcbrasil.com
O Brasil e o vidro em 2019!
Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Assim como todos os integrantes de nosso mercado, confesso que fui surpreendido com o anúncio do investimento da nova linha de produção de float feito pela AGC. Passada a surpresa inicial, constatei que a entrada de novos players no vidro do Brasil está tendo consequências além daquelas imediatamente previstas.
Anteriormente, novas linhas eram construídas quando o mercado já estava maduro para absorver sua produção — tínhamos até nos acostumado à tradicional falta de matéria-prima nos momentos de demanda aquecida às vésperas do acendimento desses fornos. Agora, assim como ocorre em nossa indústria de transformação, o investimento é feito a partir de uma expectativa de consumo futuro. Portanto, num cenário de baixa atividade e sobre-oferta de vidro como o atual, a atitude da AGC pode parecer precipitada — assim como três anos atrás seria loucura imaginar uma queda tão grande como vivenciamos hoje.
Outro ponto importante é o fato de a líder mundial em fabricação de vidros decidir alinhar a sua participação de mercado ao que já tem em outras partes do mundo. Essa visão melhora a posição de nosso país no contexto vidreiro global, principalmente no acesso a novas tecnologias para aplicação do produto.
O anúncio da AGC também sinaliza um novo arranjo de forças do vidro no Brasil, com uma competição cada vez mais acirrada entre as fabricantes e, certamente, uma reavaliação mais profunda por parte de quem opera no País há mais tempo.
Conforme as manifestações de vários clientes da AGC no momento do anúncio do novo forno, a decisão da empresa vem como uma luz no fim do túnel para quem está bravamente lutando para ultrapassar os tão amargos dias atuais. Eles nos obrigaram a olhar um pouco mais à frente, nos lembrando que estão mantidos vários fundamentos que impulsionaram um crescimento vultoso de nosso mercado entre 2006 e 2013. Nosso déficit habitacional e de infraestrutura ainda é gigantesco e, portanto, temos um baixo consumo de vidro per capita comparado a outros países, o que nos leva a um enorme potencial de desenvolvimento.
Vejo que os japoneses estão se organizando para o Brasil de 2019. E você, está preparando sua empresa para quando o mercado voltar a crescer?
Como quebrar a sua empresa
Enfim, chegamos ao tão aguardado mês de novembro, reconhecidamente o melhor período do ano em volume de vendas de vidro no Brasil. Porém, como quase tudo neste ano, principalmente no campo dos negócios, estamos nos frustrando novamente.
Mas o que mais preocupa é a constatação de que os preços praticados hoje no setor vidreiro são inferiores aos do último janeiro.
Algo difícil de compreender face ao reajuste de preços da maioria dos insumos, dissídios trabalhistas e aos galopantes aumentos de custo de energia elétrica — em algumas regiões, foram mais de 80%! Para piorar, o custo do vidro em chapa, nossa principal matéria-prima, entrou numa gangorra perigosa, deixando-nos sem qualquer referência segura para trabalhar.
Como alguns têm acompanhado, venho alertando neste espaço sobre a importância de as empresas perseguirem a eficiência dos processos e o reposicionamento de mercado e de produtos, em busca de melhor performance. No entanto, o que se vê na prática é uma guerra de preços irresponsável e sem limites, em todos os elos de nossa cadeia produtiva. Nesse salve-se quem puder, os resultados ficam comprometidos, a inadimplência atinge níveis estratosféricos e… ninguém ganha dinheiro, muito pelo contrário!
Vejo muita gente reclamando das loucuras da concorrência, mas, para minha surpresa, muitos desses são os primeiros a tomar decisões impensadas. Compreendo a ansiedade do empresário ávido pela geração de caixa, mas atitudes imediatistas sem a correta análise de custos são fatais para o negócio.
Dois meses atrás, trouxe aqui o exemplo da crise europeia de 2008, quando, em alguns países, 1/3 dos processadores de vidros fechou as portas. O pior é que tenho ouvido notícias de algumas empresas que já encontraram esse caminho aqui no Brasil, algo que me entristece demais! Por isso, faço aqui um pedido. Seja você integrante da usina de base, distribuidor, indústria processadora ou varejista: esteja consciente de que a decisão está individualmente nas suas mãos, a cada negociação que você faz no dia a dia. Reflita!
Nova casa do vidro brasileiro é inaugurada
Em noite marcada por homenagens, Abravidro celebra a abertura de sua sede
O dia 23 de outubro de 2015 já está marcado na história da Abravidro. Nessa data foi inaugurada oficialmente a nova sede da entidade, no Edifício Comercial Casa das Caldeiras, no bairro da Água Branca, em São Paulo (saiba mais sobre o empreendimento e
seus vidros na reportagem da pág. 16). Na ocasião, esteve presente um grupo de cerca de setenta pessoas, formado por sua diretoria e alguns fornecedores do setor.
Para Alexandre Pestana, presidente da associação, a nova casa dos vidreiros brasileiros não significa apenas uma construção mais moderna e confortável, “é o sinal de que agora estamos efetivamente estruturados e preparados para o crescimento e o desenvolvimento de novas atividades, compatíveis com as crescentes demandas do setor vidreiro”, afirmou em seu discurso.
A mensagem do presidente se deu logo após ele e os vice-presidentes Gilberto Ribeiro, Alfredo dos Anjos Martins e Antônio Skardanas, juntamente com o ex-presidente Wilson Farhat Júnior, em um gesto simbólico, desfazerem a fita inaugural do novo imóvel. Antes, Celina Araújo, superintendente da Abravidro, apresentou alguns números e detalhes sobre a nova sede.
Uma noite de homenagens
A cerimônia também contou com a atualização da galeria de ex-presidentes da Abravidro — criada em 2001, na gestão de Gilberto Ribeiro. Agora, o retrato de Wilson José Farhat Júnior está ao lado dos de José Carlos Bulgari, Léo Moran, Gilberto Ribeiro e José Ricardo D’Araújo Martins.
Pestana, para homenagear Wilson, destacou cinco pontos da sua personalidade e gestão: amigo, negociador, educador, organizador de eventos e alguém que atuou diretamente na formação de uma nova identidade para a Abravidro. “Wilson, eu sei que cinco
capítulos é muito pouco para condensar tudo que você fez por nós. Receba a nossa eterna gratidão por tudo!”, concluiu o dirigente.
Visivelmente emocionado, o discurso de Wilson relatou algo que poucos no setor sabem. Quando jovem, seu desejo era ser médico. “No fim, como presidente da Abravidro, prestei um serviço parecido com o de um médico quando cuida de um paciente. Buscamos desenvolver projetos, melhorar a comunicação, os resultados, a integração, tudo para o bem do setor”, comparou. Ele ainda relembrou
algumas peculiaridades do cargo de presidente que ocupou e agradeceu a todos que contribuíram ou contribuem com a entidade.
Para encerrar a solenidade, outra homenagem — esta, uma surpresa: Rosana Silva, gerente de Atendimento da Abravidro, foi destacada por seus dez anos na entidade, completados este ano. Agora, ela faz parte de um seleto grupo de funcionários decanos da associação, formado por Celina Araújo, Silvio de Carvalho (gerente-técnico) e Maurício Botelho (coordenador-administrativo).
A Abravidro conta hoje com:
• 207 empresas associadas de todo o Brasil
• 13 entidades regionais cada vez mais
fortalecidas
• 13 funcionários e 5 consultores externos
Pode entrar, a casa é sua!
Além de atender as necessidades operacionais da associação, nova sede da Abravidro é um ‘showroom’ vidreiro
Depois de doze anos instalada em um conjunto comercial, a Abravidro está em uma nova sede — a quarta de sua história. O local, dentro do Edifício Comercial Casa das Caldeiras, no bairro da Água Branca, em São Paulo, acompanha o crescimento da entidade nos últimos anos.
Agora, a diretoria, a equipe de funcionários da associação e os integrantes das comissões do estudo do ABNT/CB-37 terão mais conforto e condições para executar seus afazeres. Além do maior número de estações de trabalho, a nova sala de reuniões tem mais capacidade e pode transformar-se num auditório.
No entanto, a nova sede não seria plena se o vidro não fosse explorado ao máximo, em todas as suas funcionalidades. “Nossa intenção”, explica Celina Araújo, superintendente da Abravidro, “é mostrar aos mais diversos públicos algumas aplicações do vidro que não são tão conhecidas por quem é de fora do segmento.”
E não é por menos. Nosso material, como você poderá conferir a seguir, foi largamente utilizado em diferentes soluções. No projeto, assinado pela arquiteta Selma Paioletti, foram aplicados vidros temperados, laminados, de controle solar, temperado-laminado, insulado-laminado com persiana embutida,com impressão digital de alta definição, pintura a frio em cores especiais e colagem UV. Há ainda acessos com portas automatizadas e vidros encapsulados com mecanismo embutido.
Ficou curioso para conhecer? Então aproveite as páginas a seguir e faça um tour pela sede. Não deixe também de nos fazer uma visita pessoalmente. Será sempre um prazer recebê-lo!
Números da nova sede
– 280 m²
– 6 vagas de garagem
– 17 posições de trabalho
– Sala modular para reuniões com até 33 pessoas ou um auditório com 50 lugares
Localização estratégica
– Fácil acesso às marginais dos rios Pinheiros e Tietê: fica na entrada da Ponte Pompeia
– Comércio de qualidade no entorno (está em frente ao Bourbon Shopping São
Paulo e a alguns metros do Shopping West Plaza)
– Está a 1 km do Terminal Rodoviário e Metrô da Barra Funda
Por dentro do Comercial Casa das Caldeiras
O empreendimento conta com:
– Terreno de mais de 9 mil m²
– 26 andares
– 535 salas
– As mais modernas tecnologias de segurança, mobilidade e comunicação
Um dos grandes diferenciais desse conjunto é a vista privilegiada das varandas (veja foto abaixo), com um amplo jardim de frente para a Casa das Caldeiras — construção das antigas Indústrias Matarazzo tombada pelo patrimônio histórico da cidade de São Paulo.
Na fachada: vidro de controle solar
Os vidros instalados na fachada do edifício são os de controle solar SunGuard Royal Blue 40 clear, da Guardian. Processados pela Cyberglass, são laminados de 8 mm (4 mm + polivinil butiral incolor + 4 mm). Eles proporcionam maior entrada da luz solar ao mesmo tempo que bloqueiam o calor, gerando assim mais conforto e economia de energia elétrica — usam-se menos a luz artificial e aparelhos de ar condicionado. A instalação dos vidros ficou a cargo da J Gianini Esquadrias de Alumínio.
RECEPÇÃO
Como a primeira impressão é a que fica, esse ambiente usou e abusou do vidro. Ele aparece na porta automática da entrada, destacado pela iluminação com LED no móvel principal, revestindo paredes em cores diferentes (inclusive com uma porta “invisível”) e em prateleiras. Confira algumas soluções:
Porta inteligente
Logo na chegada, tem-se a porta automática deslizante ES 200 Easy, da dorma+kaba, com uma folha fixa e outra móvel. Por ter o lado externo voltado para um corredor de passagem de usuários do condomínio, o sensor de presença está apenas no interior da Abravidro — abrindo a porta automaticamente para os que saem. Na entrada, a porta é acionada pela
recepcionista por uma botoeira instalada no balcão. Os vidros são temperados laminados fabricados pela Terra de Santa
Cruz. Assim, em caso de quebras, o vão permanece fechado até a reposição. Já o modelo de porta ES 200 Easy é modular e pode receber ainda controle de acesso biométrico, por cartão ou alfanumérico, de acordo com o projeto.
Revestimento colorido na porta invisível
As paredes receberam dois tipos de vidros: temperado (da Guardian, processado pela Cyberglass) pintado a frio pela Color Vidros, e o Coverglass, da Cebrace — todos com espessura de 6 mm (foto). No caso desse último, foram usados vidros brancos e pretos, processados pela GlassecViracon. Já em uma das paredes, onde estão os vidros amarelos (pintados), havia um grande desafio: tornar a porta de um banheiro invisível, sem recuo e puxador aparente. A solução foi aplicar do lado interno da porta a mola hidráulica MA 200-2 (foto em detalhe), da dorma+kaba, de velocidade regulável. Com ela e um simples empurrão, a porta é acionada pelo lado externo (o que elimina puxadores). Vale ressaltar ainda a tecnologia de pintura a frio da Color Vidros. São mais de 5 mil cores de tintas à base de água — por não levar solventes, não agride o meio ambiente. Todos os vidros foram fixados na parede pela IV Centenário com o selante adesivo
Pesilox FixTudo branco, da Adespec.
Prateleiras de vidro
Outro destaque da recepção são as prateleiras de vidro (10 mm) da Guardian, temperadas pela Cyberglass, colocadas sobre parede revestida pelo Coverglass branco. Tudo instalado pela IV Centenário com suportes do tipo “tucano” fornecidos pela Glass Vetro. As prateleiras expõem premiações recebidas pela associação.
Revisteiro que é a cara da Abravidro
Para exibir os exemplares de O Vidroplano, a arquiteta Selma Paioletti projetou um amplo revisteiro todo de vidro 10 mm pintado a frio
pela Color Vidros. São cinco prateleiras fixadas em uma peça maior de vidro por colagem ultravioleta (UV), da Loxeal, fornecida pela Glass Vetro. Esse vidro maior foi fixado à parede com Pesilox FixTudo branco, da Adespec. A execução ficou a cargo da IV Centenário Vidros.
A variedade dos vidros impressos
Um móbile exclusivo decora um dos cantos da recepção. No teto, foram aplicados suportes e cabos de aço fornecidos pela Glass Vetro. Na ponta desses cabos, há vários modelos de vidros impressos da Saint-Gobain Glass e União Brasileira de Vidros (UBV), além de vidros
coloridos da Vivix e AGC. A execução também foi da IV Centenário.
SALA DE REUNIÕES E EVENTOS
Uma das maiores demandas da Abravidro era um local maior para as suas reuniões, palestras e treinamentos. Por isso, a nova sala tem capacidade para reuniões de até 33 pessoas ao redor da mesa ou 50 lugares em formato auditório. O espaço abriga ainda a Biblioteca Fausto Simões, que conta com a coleção de O Vidroplano desde 1970, além de livros, revistas, estudos, catálogos, anuários e demais materiais relacionados ao setor vidreiro e ao segmento da construção civil no Brasil e no mundo.
Obra de arte que barra o som
Uma divisória que isolasse o ambiente nos aspectos visual e acústico de forma não convencional era outra necessidade da Abravidro. Assim, num trabalho conjunto entre a Avec Design e a AtenuaSom, foi instalada uma divisória com quatro folhas — duas fixas, nas extremidades, e duas móveis, no centro. As peças de vidro Diamant (extra clear) da Cebrace (de 1,20 de altura por 2,60 m de largura) foram temperadas (10 mm de espessura) e receberam impressão digital da Speed Temper, por meio de tecnologia da israelense Dip-Tech. Para garantir o perfeito desempenho acústico da instalação, a Avec encapsulou as peças de vidro: elas receberam perfis de silicone em suas bordas, o que permitiu o acoplamento perfeito. Entre as folhas fixas e móveis, existe um perfil “mão de amigo” garantindo a vedação do sistema. Além disso, os trilhos e guias foram embutidos no piso e teto. Para não interferir no conjunto, os puxadores são de vidro extra clear (19 mm) cortados com jato d’água, lapidados e polidos artesanalmente — a fixação no sistema se deu por cola UV.
Biblioteca com estantes modulares
Foram produzidas estantes modulares de vidros lapidados de 19 mm de espessura, da Guardian, processados pela Cyberglass e unidos
pela IV Centenário por meio de cola ultravioleta (UV), fornecida pela Glass Vetro. Cada módulo é formado por três peças independentes, sobrepostas e que podem ser removidas sem nenhuma dificuldade. O interessante é que o próprio peso dos vidros garante estabilidade à estrutura.
Galeria envidraçada
A Galeria de Ex-presidentes da Abravidro é feita com duas peças de vidro (6 mm) intercaladas pelas fotos, formando uma espécie de sanduíche. Espaçadores da Glasspeças, além de fixar a estrutura na parede, unem as peças de nosso material. Quem processou os vidros foi a Cyberglass e a execução foi da IV Centenário.
Mosaico
A ampla parede da sala de reuniões foi revestida por um mosaico de peças de tamanhos irregulares composto por Coverglass branco, da Cebrace, processados pela GlassecViracon, e vidros beges (Guardian), processados pela Cyberglass e pintados a frio pela Color Vidros. No entanto, quadros de luz fixados na parede apresentavam um desafio. Para cobri-los, foram usados botões prolongadores da Glasspeças. Os vidros, de 6 mm, foram colados com adesivo Pesilox FixTudo branco, da Adespec. A IV Centenário executou o
trabalho.
ÁREA DE TRABALHO
Dentro da tendência atual de espaços abertos e integrados nos escritórios, a equipe da Abravidro conta com seus diversos departamentos alocados num espaço único, favorecendo a comunicação e a gestão de informações. O vidro também está lá…
Privativa e, ao mesmo tempo, integrada
A única intervenção na ampla área de trabalho da equipe está em uma divisória que separa a sala da superintendência. Mesmo assim, a ideia é que o elemento forneça privacidade — com isolamento acústico — e, ao mesmo tempo, mantenha a integração. Para isso, a AtenuaSom propôs uma divisória composta por seis módulos fixos e uma porta pivotante com persianas embutidas. A peça leva vidros insulados — laminado de 6 mm (3+3), câmara de 20 mm (com persiana) e um laminado de 8 mm (4+4) — instalados sobre caixilhos
de padrão europeu, mais pesados. Tal conjunto reforça o isolamento acústico e térmico da sala e conta ainda com persianas SL20C, da ScreenLine, representada pela Eurocentro. Seu acionamento é por um sistema magnético, o que garante o total isolamento e durabilidade. As persianas podem ser totalmente recolhidas, integrando visualmente os espaços, ou abertas, bloqueando a visão. Os vidros do conjunto foram fabricados pela Cebrace e processados pela Multivetro.
Lousa de vidro colorido
A área de eventos da Abravidro precisava de um painel para expor cronogramas, controles e anotações. Portanto, uma grande peça de vidro incolor 8 mm, da Guardian, foi temperada pela Cyberglass e recebeu em seu verso uma película amarela, da Placart. Para fixá-la na parede, a IV Centenário utilizou prolongadores da Glasspeças.
Abafadores impressos
Os abafadores (divisórias entre as estações de trabalho) são de vidro temperado e impresso (6 mm) pela Speed Temper, com tecnologia digital da Dip-Tech. Para fixação, vale ressaltar a solução da Mackey, fabricante de todo o mobiliário da nova sede: os abafadores são presos às mesas com garras de zamac.
NOS BANHEIROS, COR É O QUE NÃO FALTA
A nova sede da Abravidro conta com seis banheiros. Cada um tem decoração com paredes revestidas de vidros 6 mm (da Guardian, lapidados pela Cyberglass) de cores diferentes (pintura a frio, da Color Vidros). Há também os espelhos de 4 mm, fabricados pela Guardian e processados pela Cyberglass. Espelhos e vidros foram fixados pela IV Centenário com Pesilox FixTudo branco, da Adespec.
Fornecedores
Fabricantes de vidro
AGC — www.agcbrasil.com
Cebrace — www.cebrace.com.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Saint-Gobain Glass — br.saint-gobain-glass.com
UBV — www.vidrosubv.com.br
Vivix — www.vivixvidrosplanos.com.br
Processadores
Cyberglass — www.cyberglass.com.br
GlassecViracon — www.glassec.com.br
Multivetro — www.multivetro.com.br
Speed Temper — www.speedtemper.com.br
Terra de Santa Cruz — www.terradesantacruzvidros.com.br
Instalação e soluções especiais
AtenuaSom — www.atenuasom.com.br
Avec Design — www.avec.com.br
IV Centenário Vidros — www.vidrosivcentenario.com.br
Impressão digital
Dip-Tech — www.dip-tech.com/pt
Speed Temper — www.speedtemper.com.br
Pintura a frio
Color Vidros — www.colorvidros.com.br
Porta automática e mola
dorma+kaba — www.dormakaba.com
Persianas
Eurocentro — www.eurocentro.com.br
Screenline — www.screenline.com.br
Ferragens
Glasspeças — www.glasspecas.com.br
Glass Vetro — www.glassvetro.com.br
Adesivos e selantes
Adespec — www.adespec.com.br