Idealismo desde sempre

Impossível não dedicar esta coluna ao primeiro presidente da nossa Abravidro, José Carlos Bulgari, falecido no último 30 de setembro. Infelizmente, não tive o prazer de conhecê-lo, mas isso não importa. A sua figura representa o início de um projeto que começou com vidreiros de um grupo pequeno, mas com ideais muito grandes.

Hoje, fico me perguntando se, há 26 anos, eles poderiam imaginar no que se transformaria aquele sonho inicial. Se era possível supor que nosso mercado contaria com cerca de quinhentos distribuidores e processadores de vidros, seis usinas e um mercado que atingiu consumo de quase 10 kg de vidro plano per capita. Dava para prever que aquele embrião se tornaria uma entidade de classe com mais de duzentas associadas, treze regionais pelo Brasil e responsável por um rol de serviços essenciais a quem trabalha com vidro?

Ouso dizer que o Brasil conta hoje com uma das mais bem-formadas estruturas associativistas do setor vidreiro em todo o mundo. Executivos europeus e americanos sempre se surpreendem com a disposição demonstrada pelos integrantes de nossa cadeia produtiva para se relacionar e trocar experiências, obtendo resultados tão importantes. E esse trabalho não se limita a quem faz parte das diretorias e conselhos da Abravidro ou de suas regionais, mas, principalmente, pelas empresas associadas de todo o Brasil, as quais se dispõem a fazer parte das atividades propostas e movimentar todo um setor.

Ainda assim, nossos horizontes continuam ilimitados, como têm sido desde a fundação. Por isso, acredito que há muito a ser feito — mas, sem aquele começo de trabalho, não teríamos chegado até aqui. À família de José Carlos Bulgari, envio as nossas condolências e minha gratidão pelo trabalho iniciado. Àquele grupo de idealistas, reafirmo meu compromisso incondicional de que nossa entidade permanecerá firme em seu propósito de devolver ao mercado vidreiro o dobro de toda energia, força e dedicação direcionados à Abravidro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 526 (outubro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Um setor dinâmico e tecnológico

Mais uma vez, Düsseldorf, cidade do Oeste da Alemanha, respirou vidro por vários dias, de 20 a 23 de setembro. Em suas ruas, cartazes e bandeiras saudavam a maior feira vidreira do mundo, que acontece por lá a cada dois anos. À noite, fora dos pavilhões, a maior concentração de vidreiros de muitos lugares do mundo era na Altstadt, a cidade velha, onde ficam vários restaurantes e bares. Como já virou tradição, O Vidroplano cobriu a feira ao vivo. Celina Araújo, editora da revista e superintendente da Abravidro, visitou vários estandes para enviar ao Brasil, em tempo real, informações exclusivas. Muitos brasileiros nos acompanhavam pelas redes sociais, portal, newsletters ou até pelo Whatsapp!

Na volta, um desafio: selecionar as novidades que serão mostradas no espaço limitado de um meio de comunicação impresso. Já se tornou clichê, mas repetimos: o vidro é o material do amanhã e está cada vez mais adaptado a novas necessidades, interagindo com outras tecnologias.

Como consequência da crise econômica, o número de brasileiros foi menor do que em anos anteriores — estima-se cerca de quinze empresas. E como o cenário exige diferenciação, aproveite as páginas a seguir para conferir os lançamentos que, um dia, chegarão também a nosso país.

Dessa vez, nada de frio!
Para se adequar ao calendário da Messe Düsseldorf, a Glasstec foi realizada em setembro, ao contrário do período tradicional: outubro ou novembro. A temperatura agradável motivou os participantes — “O setor vidreiro demonstrou suas facetas e potencial”, comentou o diretor da Messe Düsseldorf, Joachim Schäfer. “Vimos uma indústria inovadora, que olha para o futuro com otimismo.”

O vidro e suas faces
A Glasstec reúne o mundo do vidro: enquanto o espaço Glass Technology Live contou com palestras de especialistas em tecnologia, e mostrou tendências e produtos recém-desenvolvidos (para saber mais, clique aqui), instaladores de vidros automotivos participavam de uma competição na Autoglass Arena. Artistas vidreiros e designers expunham suas obras na sempre bela Glass Art, ao mesmo tempo que estudiosos se encantavam com um espaço que reunia uma enorme variedade de livros sobre vidro. Ficou com vontade de visitar e já quer se programar para a próxima edição? Anote: a Glasstec 2018 acontecerá de 23 a 26 de outubro.

A Glasstec 2016 em números

  • 1.235 expositores de 52 países (acima de dois anos atrás)
  • 40 mil visitantes (3 mil a menos que em 2014)

Os dados são da Messe Düsseldorf, organizadora da feira

‘O Vidroplano’: sempre marcando presença!
A maior revista vidreira do Brasil contou com dois pontos de distribuição na feira da Alemanha: logo na entrada, ao lado de periódicos vidreiros do mundo todo, e também no estande da Glass South America.

Cebrace e Guardian recebem seus clientes em jantares especiais
Como sempre acontece, a quinta-feira, penúltimo do evento, tem uma noite agitadíssima, com coquetéis e jantares organizados por muitas empresas. Enquanto a Lisec organizou um animado happy hour com o tema Lisec Hits, apresentando seus produtos como se fossem sucessos musicais, a Cebrace e a Guardian reuniram clientes em jantares.

  • Mangia che te fa bene Realizado no restaurante italiano Bocconcino, o encontro da Cebrace tinha à mesa os clientes do grupo do continente sul-americano. Os convidados foram recebidos por Leopoldo Castiella, Reinaldo Valu e Flávio Vanderlei.
  • Megaprodução mundial — Na arena de esportes Iss Dome, a Guardian reuniu milhares de clientes de todo o mundo em um jantar megaproduzido e inovador. Dividido em quatro áreas temáticas, a proposta era que os convidados circulassem por todo o espaço, provando diferentes estilos de gastronomia em meio à decoração característica e conferindo várias atrações musicais e de entretenimento. No palco central, Kevin Baird, presidente e CEO da Guardian, deu as boas-vindas e anunciou o show de abertura. Renato Poty e Vilcen Soave eram os anfitriões dos clientes brasileiros. Aliás, o Brasil contou com atenção especial dos organizadores: um dos bares temáticos era dedicado ao nosso país. Em clima praiano, tinha indicações da distância para algumas de nossas cidades e também referências aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Fale com eles!
Glasstec — www.glasstec-online.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 526 (outubro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Como administrar uma vidraçaria ou serralheria

Escrito por Alexandre Araújo

Um negócio só sobrevive se o modelo de gestão for profissional. O gestor não pode administrar uma vidraçaria ou serralheria apenas com conhecimentos de fabricação e instalação de portas, janelas, boxes, espelhos, telhados ou fachadas — isso são características de gestores inexperientes.

No meu livro A arte da gestão nas serralherias e vidraçarias, recém-lançado pela Editora A4, dou dicas para uma administração correta e, acima de tudo, bem-sucedida. Abaixo, veja cinco passos iniciais:

Passo 1 — Faça o planejamento estratégico da sua empresa
Devem constar em sua elaboração fatos importantes, tais como forças, fraquezas, objetivos e metas que você quer alcançar em certo espaço de tempo. Além disso, elabore um plano de ação para alcançar esses objetivos.

Passo 2 — Divida a empresa em departamentos
É necessário que haja uma divisão de departamentos para que se tenha uma visão ampla do negócio. As principais áreas de uma empresa são financeira, operacional, de marketing e de recursos humanos.

Passo 3 — Crie rotinas de trabalho para cada departamento
É de extrema importância estabelecer horários divididos corretamente perante todos os departamentos e funcionários envolvidos neles. Uma rotina ou plano de trabalho devem conter os objetivos e metas dos departamentos, além das principais atividades de cada pessoa envolvida, operacional ou gerencial.

Passo 4 — Delegue as tarefas que só você sabe fazer
Lembre-se: trabalhe menos e gerencie mais. É de extrema importância focar na gestão da empresa para que isso aconteça. Prepare as pessoas para substituir você nos trabalhos.

Passo 5 — Capacite sua mão de obra
Não fique preso ao pensamento de que o funcionário aprende e depois vai embora para o concorrente. É melhor ele aprender e — enquanto decide se vai embora ou não — melhorar a sua produção, do que continuar incapacitado na empresa, dando diversos prejuízos.

Para mais dicas, leia o meu livro. Ele pode ser adquirido em www.divergenciasdosaber.com.br.

Fale com eles!
Alexandre Araújo é professor universitário, consultor e instrutor do Sebrae. É diretor do Canal do Serralheiro e autor de três livros.
alexandre.s.araujo@uol.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 526 (outubro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Janelas para o mundo animal

Responda rápido: você já visitou um zoológico ou aquário? Muito provavelmente, a resposta é “sim”. Esses espaços reúnem educação, lazer e contato com a natureza, permitindo conhecer de perto animais de várias partes do mundo, seus hábitos e origens.

Crianças e adultos ficam fascinados a cada visita, mas o encontro entre humanos e animais também pode parecer distante e triste, com barras de ferro e grades protetoras dando ao ambiente o aspecto de uma prisão. Felizmente, esses espaços estão aos poucos ganhando uma cara nova e acessível, sem deixar de lado a segurança — cortesia do vidro, como era de se esperar.

Zoológicos: transparência com proteção para todos
Walmir Lopes, diretor-administrativo e proprietário da beneficiadora e laminadora Resinal, destaca que os visores de vidro em zoológicos já são bastante usados. “Aqui no Brasil, essa prática ainda é relativamente nova, mas vem crescendo”, observa.

Para o oceanógrafo Ricardo Cardoso, diretor-técnico do Aquário de São Paulo (que também conta com áreas para animais terrestres), o uso de visores de vidro é uma alternativa para substituir barras ou telas nas jaulas: “Eles permitem conforto acústico e são barreiras físicas mas não visuais, trazendo maior proximidade entre os animais e visitantes sem risco para ambos.”

Isso ficou claro com um vídeo que ganhou atenção no mundo inteiro este ano (você pode assistir a ele na versão mobile da revista). Pois é, trata-se de um leão dócil no Chiba Zoological Park, no Japão (saiba mais sobre ele abaixo), filmado no momento em que tentou saltar sobre uma criança para brincar com ela. O impacto do animal poderia ter machucado o garotinho, mas o visor de vidro não só bloqueou sua passagem como não sofreu uma única trinca. Isso comprovou para o mundo que esse zoológico pode ser visitado tranquilamente — todos estão protegidos pelo vidro.

zoosp
SOLUÇÃO DE PESO PARA VIDROS DE PESO: Onças-pintadas, primatas, leões-marinhos e serpentes: esses são apenas alguns dos habitantes do Zoológico de São Paulo (São Paulo) separados dos corredores do local apenas por visores de vidro. A Resinal foi responsável pelo fornecimento das peças (laminadas ou laminadas temperadas), especificadas em conjunto com o departamento responsável do zoológico, e as instalou em parceria com a Antovan, empresa de esquadrias. “O transporte e a instalação foram difíceis por conta do peso de cerca de 390 kg por peça de vidro”, conta Walmir Lopes, da Resinal — esse obstáculo foi vencido com o uso de um caminhão munck para transportar as peças até os caixilhos.

 

Aquários: visibilidade sem riscos
Em grandes aquários e oceanários, a responsabilidade dos visores não é só impedir a passagem dos animais, mas também suportar toda a pressão feita pelo volume de água contido nessas estruturas.

O vidro não é o único material que pode ser usado para visores, mas quem apostar nele vai encontrar uma série de vantagens: “O vidro, além de durável, é mais resistente ao surgimento de riscos em sua superfície e não amarela com o tempo, como o acrílico”, explica Remy Dufrayer, gerente de Desenvolvimento de Mercado da Cebrace.

Quanto aos habitantes deles, uma curiosidade: engana-se quem pensa que eles não percebem a mudança de casa. “Logo que introduzidos em um aquário, os peixes podem tentar nadar ‘através’ do vidro, ou ficar incomodados com a presença de pessoas olhando pelo lado de fora”, conta Thiago Carvalho, biólogo da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte. Com o tempo, eles se adaptam ao novo ambiente, mas Carvalho alerta que a ajuda dos visitantes é fundamental para isso: atitudes como bater nos vidros ou tirar fotos com flash causam estresse aos animais.

CONSCIENTIZAR PARA CONSERVAR: O Aquário da Bacia do Rio São Francisco (Belo Horizonte), inaugurado por iniciativa da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte, é o lugar certo para pesquisar e conhecer mais sobre as espécies da bacia, como a pirambeba, cascudo e surubim, além de mostrar a importância da conservação e revitalização do rio São Francisco. São 22 tanques com um total de 1 milhão de litros d’água. Os peixes são vistos através de 42 visores de vidro trilaminados temperados, com espessuras de até 40 mm. Os visores foram instalados pela Avec Design, empresa que também projetou e providenciou todos os seus componentes, dos vidros às interlayers para laminação. A Avec superou a ameaça de vazamentos com sua tecnologia de vidro encapsulado em silicone (VES) e a dificuldade de transporte dos vidros (alguns com até 3 x 2 m e mais de 1/2 t) com o uso de ventosa capaz de suportar até 1.000 kg. A resistência dos visores é reforçada pelas camadas de SentryGlas Plus, da Kuraray, entre as peças de vidro.
CONSCIENTIZAR PARA CONSERVAR: O Aquário da Bacia do Rio São Francisco (Belo Horizonte), inaugurado por iniciativa da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte, é o lugar certo para pesquisar e conhecer mais sobre as espécies da bacia, como a pirambeba, cascudo e surubim, além de mostrar a importância da conservação e revitalização do rio São Francisco. São 22 tanques com um total de 1 milhão de litros d’água. Os peixes são vistos através de 42 visores de vidro trilaminados temperados, com espessuras de até 40 mm. Os visores foram instalados pela Avec Design, empresa que também projetou e providenciou todos os seus componentes, dos vidros às interlayers para laminação. A Avec superou a ameaça de vazamentos com sua tecnologia de vidro encapsulado em silicone (VES) e a dificuldade de transporte dos vidros (alguns com até 3 x 2 m e mais de 1/2 t) com o uso de ventosa capaz de suportar até 1.000 kg. A resistência dos visores é reforçada pelas camadas de SentryGlas Plus, da Kuraray, entre as peças de vidro.

 

Da escolha à manutenção: todo cuidado é pouco!
Que o vidro pode garantir a proteção necessária em zoológicos e aquários, já está claro. Porém, esse tipo de aplicação não abre margem para qualquer tipo de erro, por menor que seja. Por isso, fique atento.

Tipo de vidro
Clélia Bassetto, consultora de Normalização da Abravidro, aponta que a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações define que os vidros para isolamento de jaulas precisam ser, no mínimo, laminados de segurança ou insulados compostos por laminados. No caso de aquários, Vanessa Santos, especialista de especificação de projetos da Kuraray para a América Latina, acrescenta que o ideal é a instalação de multilaminados.

Especificação
Remy Dufrayer, da Cebrace, apresenta as seguintes orientações:

  • Para zoológicos: os vidros devem suportar uma carga de, no mínimo, o dobro do peso do animal e considerar as dimensões físicas dele;
  • Para aquários: devem ser consideradas as dimensões do visor, a coluna d’água (pressão constante) e o número de apoios.

‘Software’ ajuda na escolha do vidro
A Cebrace oferece um programa gratuito de computador para o cálculo da espessura de vidros para aquários. Acesse: www.cebrace.com.br/CalculoEspessura/#/visorpiscina/primeiro-passo

VITRINAS PARA ESPÉCIES DO BRASIL E DO MUNDO: Considerado o maior aquário da América do Sul, o Aquário de São Paulo (São Paulo) conta com cerca de 3 mil exemplares representando centenas de espécies de peixes e outros animais de ambientes de várias partes do Brasil e do mundo. O local conta com visores de vidro laminados e multilaminados (que, juntos, correspondem a uma área de cerca de 300 m²), processados pela Cyberglass e instalados pela Avec Design — para o manuseio das peças (algumas das quais chegavam a 360 kg), foram usadas ventosas especiais, enquanto a tecnologia de VES foi aplicada em todas as bordas dos vidros.
VITRINAS PARA ESPÉCIES DO BRASIL E DO MUNDO: Considerado o maior aquário da América do Sul, o Aquário de São Paulo (São Paulo) conta com cerca de 3 mil exemplares representando centenas de espécies de peixes e outros animais de ambientes de várias partes do Brasil e do mundo. O local conta com visores de vidro laminados e multilaminados (que, juntos, correspondem a uma área de cerca de 300 m²), processados pela Cyberglass e instalados pela Avec Design — para o manuseio das peças (algumas das quais chegavam a 360 kg), foram usadas ventosas especiais, enquanto a tecnologia de VES foi aplicada em todas as bordas dos vidros.

 

Vedação
“Não há receita consagrada para a vedação de aquários: é necessário muito cuidado, testes e uso de materiais compatíveis”, observa José Guilherme Aceto, diretor da Avec Design. Algumas dicas para essa etapa são:

  • A espessura mínima para a aplicação do silicone é de 3 mm, indica Emerson da Silva, responsável pelo departamento financeiro da Silva Selantes;
  • Para aquários, o ideal é que os vidros sejam encaixilhados e bem-protegidos, para evitar contato das bordas com a água e a delaminação das peças — Aceto lembra que nenhuma fabricante de silicones selantes garante a durabilidade de juntas em contato permanente com a água;
  • O silicone não deve possuir antifungos — segundo Emerson, da Silva Selantes, eles podem liberar toxinas durante seu processo de cura capazes de matar os peixes.

 

‘TEM CERTEZA QUE TEM VIDRO AQUI?’: Essa é uma pergunta que pode facilmente ser feita por quem passar pela área dos leões no Detroit Zoo (Royal Oak, Estados Unidos). O efeito é obtido pelo envidraçamento ao redor: são multilaminados compostos por quatro peças de extra clear temperado (cada uma com quase 13 mm de espessura), intercaladas pelas películas estruturais SentryGlas, da Kuraray. Os números impressionam: a muralha de cerca de 73 m de vidro é capaz de resistir ao impacto de um caminhão de 2,5 t a mais de 60 km por hora. Mas, além da segurança, houve também o desafio de impedir que pássaros sobrevoando o local não percebessem os vidros extra clear e se chocassem contra eles — a solução encontrada foi a colocação de desenhos de aves e barras metálicas em partes da muralha.
‘TEM CERTEZA QUE TEM VIDRO AQUI?’: Essa é uma pergunta que pode facilmente ser feita por quem passar pela área dos leões no Detroit Zoo (Royal Oak, Estados Unidos). O efeito é obtido pelo envidraçamento ao redor: são multilaminados compostos por quatro peças de extra clear temperado (cada uma com quase 13 mm de espessura), intercaladas pelas películas estruturais SentryGlas, da Kuraray. Os números impressionam: a muralha de cerca de 73 m de vidro é capaz de resistir ao impacto de um caminhão de 2,5 t a mais de 60 km por hora. Mas, além da segurança, houve também o desafio de impedir que pássaros sobrevoando o local não percebessem os vidros extra clear e se chocassem contra eles — a solução encontrada foi a colocação de desenhos de aves e barras metálicas em partes da muralha.

 

Sistema
Visores de vidro são parte de um conjunto, que também envolve caixilhos, silicones selantes e componentes secundários específicos para cada caso. Nesse sentido, Vanessa Santos, da Kuraray, alerta: “Não adianta se preocupar com o vidro e se esquecer do resto: o sistema inteiro precisa ser eficiente”.

Após a instalação
Por mais segura que a instalação seja, é ideal que as empresas aconselhem os zoológicos e aquários a chamá-las periodicamente para avaliar os sistemas e realizar sua manutenção preventiva.

RESITÊNCIA ATÉ A TERREMOTOS: Para aproximar ao máximo seus visitantes dos animais expostos, como o leão brincalhão que é capa desta edição de O Vidroplano e os recintos das criaturas aquáticas, o Chiba Zoological Park (Chiba, Japão) aplicou visores de laminados temperados 15+15 mm com filme antiestilhaço em diversas de suas áreas de exibição. Houve um trabalho extenso de especificação e instalação das peças, pois era preciso levar em conta não só a possibilidade de impacto dos animais contra o vidro, mas também a de danos causados por terremotos. Outro desafio foi a redução da reflexão de luz para não atrapalhar a visibilidade, problema resolvido com a colocação de tetos nos corredores por onde os visitantes passam.
RESITÊNCIA ATÉ A TERREMOTOS: Para aproximar ao máximo seus visitantes dos animais expostos, como o leão brincalhão que é capa desta edição de O Vidroplano e os recintos das criaturas aquáticas, o Chiba Zoological Park (Chiba, Japão) aplicou visores de laminados temperados 15+15 mm com filme antiestilhaço em diversas de suas áreas de exibição. Houve um trabalho extenso de especificação e instalação das peças, pois era preciso levar em conta não só a possibilidade de impacto dos animais contra o vidro, mas também a de danos causados por terremotos. Outro desafio foi a redução da reflexão de luz para não atrapalhar a visibilidade, problema resolvido com a colocação de tetos nos corredores por onde os visitantes passam.

 

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
Aquário de São Paulo — www.aquariodesp.com.br
Avec Design — www.avec.com.br
Cebrace — www.cebrace.com.br
Chiba Zoological Park — www.city.chiba.jp/zoo
Cyberglass — www.cyberglass.com.br
Detroit Zoo — detroitzoo.org
Fundação Parque Zoológico de São Paulo — www.zoologico.com.br
Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte — www.belohorizonte.mg.gov.br/local/atrativo-turistico/artistico-cultural/aquario-da-bacia-dorio-sao-francisco-fundacao-zoo-botan
Kuraray — www.kuraray.com.br
Resinal — www.resinal.com.br
Silva Selantes — www.silvaselantes.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

É feira de negócios? Pode contar com o vidro!

O vidro não foi esquecido nas três importantes exposições na área da construção civil no País entre julho e agosto deste ano: ForMóbile, Greenbuilding Brasil e Construsul. Mesmo não sendo o produto mais destacado nelas, ele foi mostrado em aplicações interessantes, compondo portas ao lado de couro e alumínio ou em grandes portas de correr com função termoacústica. Também não faltaram produtos para o vidro, de limpadores e tintas a películas de controle solar. Saiba mais a seguir.

7ª ForMóbile — Feira Internacional de Fornecedores da Indústria de Móveis e Madeira (foto acima)
Local: Pavilhão do Anhembi, em São Paulo
Data: 26 a 29 de julho

Diversos protetores para o transporte e armazenamento de vidros puderam ser vistos no estande da Bonapel. Entre eles estiveram cantoneiras de polietileno expandido, material cujo acolchoamento garante maior resistência a impactos. A empresa também apresentou cantoneiras e calços de papelão. Mais informações: www.bonapel.com.br

Móveis de vidro foram usados pela Cristal Quality, beneficiadora com foco na indústria moveleira. A especialidade da empresa é sua linha de vidros pintados com laca (tinta formulada à base d’água, sem solventes), mas ela também fornece peças acidadas ou com baixo teor de ferro. Mais informações: www.cristalquality.com.br

A novidade da Montana Química foi a linha Lacksteel Metalizado — lançamento —, para a pintura de vidro. Além de conferir efeito metalizado às peças, o produto permite a criação de cores e tonalidades exclusivas, opção vantajosa para aplicação em móveis personalizados. A Montana também exibiu essa linha na Construsul. Mais informações: www.montana.com.br

As portas mostradas pela Roma Glass chamaram a atenção: além daquelas de vidros especiais (como argentatos, acidados, refletivos e pintados), a empresa também trabalha com portas compostas por diferentes materiais, como vidros laqueados, couro ecológico e perfis de alumínio. Mais informações: www.romaglass.com

 

Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo
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Local:
São Paulo Expo, em São Paulo
Data: 9 a 11 de agosto

Apesar do pouco espaço na 7ª Greenbuilding Brasil, o vidro não passou totalmente despercebido: a Eastman mostrou suas películas para o material, com destaque para a Vista VS61. A empresa informa que ela oferece alta taxa de transmissão luminosa e tem capacidade de rejeição de calor a qualquer tipo de vidro. Mais informações: www.eastman.com.br


19ª Construsul — Feira Internacional da Construção
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Local:
Fenac Centro de Eventos e Negócios, Novo Hamburgo (RS)
Data: 3 a 6 de agosto

A processadora gaúcha Multividros apresentou sua linha de laminados e multilaminados de controle solar e eficiência energética feitos com vidros da Guardian. Também foi mostrado um ensaio com vidro insulado em uma caixa acústica para demonstrar a redução da passagem sonora. Mais informações: www.multividros.ind.br

A Pró Vidros apresentou soluções integradas para arquitetura. Algumas delas foram sistemas de guarda-corpos para vidros, sistemas de envidraçamento de sacadas e perfis de alumínio com pintura reproduzindo o aspecto de madeira. Mais informações: www.providros.com.br

A Vonder aproveitou sua participação na Construsul para o pré-lançamento de seu Limpador Multiuso para Vidros. Segundo a empresa, trata-se de um produto biodegradável que pode ser usado para limpeza a seco, polimento, brilho e proteção de vidros e espelhos em carros, boxes de banheiro e outras aplicações. Mais informações: www.vonder.com.br

A linha Max Slider de portas de correr foi a principal novidade da Weiku do Brasil. As portas podem ter até 4,5 m de altura e possuem roldanas reforçadas na base para deslizamento suave. São indicadas para uso com vidros insulados, para garantir maior eficiência termoacústica aos ambientes. Mais informações: www.weiku.com.br

Fale com eles!
Construsul — www.feiraconstrusul.com.br
ForMóbile — www.feiraformobile.com.br
Greenbuilding Brasil — www.expogbcbrasil.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Nosso setor em festa

No dia 3 de setembro, no Clube Paineiras do Morumby, em São Paulo, entregou-se o Prêmio Destaque Anavidro 2016. Organizada anualmente pela Associação Nacional de Vidraçarias, a cerimônia contou com discurso do presidente nacional da entidade, José Miguel, o qual anunciou Cláudio Luiz Acedo como seu sucessor a partir de outubro. Carlos Henrique Mattar, ex-gerente de Marketing da Cebrace, foi homenageado pelos anos de dedicação ao mercado. Teve também apresentação musical, com a banda São Paulo Show. Ao todo, foram entregues troféus para empresas em quinze categorias diferentes, todas escolhidas a partir do voto popular. Conheça os vencedores a seguir.

1 - ArbaxRebolos e brocas para vidro
Ouro: Arbax
Prata: Poliglass
Bronze: Diamanlan

2 - GlassvetroAcessórios para vidro
Ouro: Glass Vetro
Prata: Pado
Bronze: WR Glass

3 - Space GlassDistribuidor de vidro
Ouro: Space Glass
Prata: Divibrás
Bronze: Pestana Vidros

4 - ALFábrica de ferragens
Ouro: AL Indústria
Prata: Multimetais
Bronze: Glasspeças

5 - Tec-Vidro‘Kits’ para boxe e instalação
Ouro: Tec-Vidro
Prata: Ideia Glass
Bronze: Orion

6 - Corte Certo‘Softwares’ e programas direcionados ao setor
Ouro: Corte Certo
Prata: Projeto Certo
Bronze: Glasscontrol

7 - AgmaqMáquinas e equipamentos para vidro
Ouro: Agmaq
Prata: Bottero
Bronze: Gusmão Representações

8 - MoldurarteMolduras
Ouro: Moldurarte
Prata: Casa Castro
Bronze: Molducolor

9 - DormaMolas para portas
Ouro: dorma+kaba
Prata: Soprano
Bronze: Meron

10 - AlumiplastPerfis de alumínio
Ouro: Alumiplast
Prata: SP Alumínio
Bronze: Olga Color

11 - dormakabaPortas automáticas, automação e controle
Ouro: dorma+kaba
Prata: Prime
Bronze: Edlei

12 - AdespecSelantes, gaxetas e adesivos (materiais para vedação)
Ouro: Adespec
Prata: Poliplás
Bronze: Dow Corning

13 - DivinalTêmperas de vidro
Ouro: Divinal Vidros
Prata: Tempermax
Bronze: Vitron

14 - PKOVidros laminados
Ouro: PKO
Prata: Divimax
Bronze: Laminar

15 - UnividrosVidros especiais
Ouro: Unividros
Prata: Cyberglass
Bronze: Fanavid


Fale com eles!

Anavidro — www.anavidro.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Palavra do leitor

Programa De Olho no Boxe
Wagner Gerone, São Paulo, SP — Excelente iniciativa, que nos ajuda muito na conscientização dos futuros profissionais. Parabéns a toda equipe da Abravidro.

Edição de agosto de ‘O Vidroplano’
Vipel, Tubarão, SC — Parabéns pelas excelentes matérias e conteúdos de extrema relevância para todo o mercado.

Normas técnicas
Ricardo Câmara (Central do Vidraceiro), Rio de Janeiro, RJ — Parabéns pelas matérias publicadas na edição 524 de O Vidroplano sobre as normas técnicas. Elas são de leitura simples e muito objetivas.

Nota da redação: Na última edição, nossa reportagem de capa, na página 26, abordou a nova versão da ABNT NBR 7199. Já a seção “Falando em normas”, na página 53, foi sobre a nova norma que o ABNT/CB-37 está elaborando para os vidraceiros.

Lançamento do módulo de PPCPE da Especialização Técnica Abravidro
Rafael Vicelli, Curitiba, PR — O curso é show de bola e é ministrado pelo instrutor-técnico Cláudio Lúcio da Silva, que sabe das coisas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Acontece

O Vivix Spelia, espelho da Vivix, subiu na passarela em sua nova campanha publicitária. De abrangência nacional, a peça usa o slogan “A grife do espelho” para fazer alusão ao mundo da moda, onde o produto está sempre presente. Para lançar a campanha, a usina investiu pesado: anunciou em duas páginas da revista Veja, do dia 7 de setembro. O mesmo anúncio pode ser visto nesta edição de O Vidroplano. Espelho, agora, também é fashion!

Festa em dobro na Fenzi! O tradicional grupo italiano de acessórios e selantes para vidro insulado completou 75 anos de vida. Além disso, a Fenzi South America, seu braço sul-americano, comemorou seu 20º aniversário. Muitos anos de vida para os colegas italianos.

Por falar em nosso continente, mudanças na gerência da Eastman na América Latina. Juan Moncada é o novo diretor-geral da região. Há 25 anos no grupo, Moncada vai trabalhar para fazer os negócios regionais da empresa crescerem. Boa sorte!

Quem também anunciou trocas na diretoria foi a Guardian. E, dessa vez, a mudança ocorreu aqui no Brasil: Renato Poty assumiu, interinamente, o cargo de diretor-executivo, que estava ocupado por Eduardo Borri desde julho de 2014. Ele está na empresa há onze anos e cuidava da diretoria financeira. Bons negócios, Poty!

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Pilkington inaugura loja de vidros automotivos em São Paulo

O braço automotivo da Pilkington, conhecido pela sigla AGR (Automotive Glass Replacement), ganhou uma loja na Zona Leste de São Paulo para atender o mercado de reposição de vidros automotivos. Inaugurado no dia 18 de agosto, com a presença de clientes e parceiros, o espaço é baseado no conceito small hub: conta com galpão menor para oferecer atendimento mais rápido ao cliente, com entrega em 24 horas, além de disponibilidade para retirada imediata dos produtos.

Mais informações: www.pilkington.com/en/br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Marca inova com móveis feitos de vidro

Quem passou pela Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, em São Paulo, nos dias 10 a 14 de agosto, conferiu algo inusitado em mobiliários: mesas e poltronas com diversos tamanhos e formatos, bem como uma estante e um aparador — todos de vidro, seja temperado, acidado, extra clear, entre outros tipos. As peças, da Glass11, marca de design exclusiva para móveis de vidro, foram exibidas no local durante a exposição TRANS aparências — Uma manifestação da realidade, parte do festival urbano Design Weekend.

Criada pelo empresário Matheus Primo, a Glass 11 alia a criatividade na área de mobiliários à tecnologia e evolução do vidro. Para isso, os designers Arthur de Mattos Casas, Camilla D’Anunziata, Carol Gay, Leo Di Caprio, Maria Alice de Carvalho e Zanini de Zanine foram convidados para assinar a primeira coleção da marca. A inauguração da exposição, no dia 10, contou com a presença de Primo e de todos os designers da coleção, cujas peças já se encontram à venda.

Mais informações: glass11.com.br

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Por um produto de acordo com as normas

Com quase trinta anos de experiência no mercado, a Têmpera Primos fornece vidros beneficiados para os setores de construção civil, decoração e moveleiro do Estado de Santa Catarina. No fim do ano passado, os clientes da empresa receberam uma excelente notícia: os temperados de 6, 8, 10 e 12 mm produzidos pela processadora foram certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ).

Melhorias no processo
Com a evolução do mercado vidreiro ao longo dos anos, os padrões de segurança aumentaram muito. “A certificação promove um ciclo evolutivo de melhorias dos processos de produção e no ambiente de trabalho”, define o diretor da empresa Denílson Bonfanti. “Não basta apenas oferecer o produto, mas, sim, mostrar que estamos focados na satisfação dos clientes.”

A adequação da produção da temperadora aos requisitos das normas durou cerca de quatro meses — o selo foi concedido em 18 de dezembro de 2015. “Obtivemos o selo sem nenhuma inconformidade”, explica, reforçando a presença ativa de Edweiss Miguel e Silva, consultor da Abravidro, ao longo do processo.

Comunicação aprimorada
A certificação sempre exige a participação de todos os funcionários. Com a Têmpera Primos, não foi diferente — focou-se muito na comunicação dentro da organização em todos os setores. E Bonfanti avisa: “As melhorias seguirão sendo aprimoradas, pois os controles são muito válidos para o aprimoramento de todo o processo interno”.

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
IFBQ — www.ifbauer.org.br
Inmetro — www.inmetro.gov.br
Têmpera Primos — www.temperaprimos.com.br

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Um nível acima da concorrência

Há mais de duas décadas no setor vidreiro, a matriz da Mirandex se localiza em Ji-Paraná, Rondônia. Em 2015, visando a expandir sua presença no mercado para atender a crescente demanda por vidros na Região Norte, a empresa inaugurou uma filial na capital acreana Rio Branco. No último mês de maio, essa filial recebeu uma importante chancela para seus negócios: a certificação para temperados do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ).

Negócios diferenciados
Para Marco Miranda, diretor da processadora, a certificação garante visibilidade maior para as companhias que se dispõem a participar do processo, “colocando-nos em um seleto grupo de empresas sérias e preocupadas com a qualidade e segurança dos produtos”. Com o mercado cada vez mais exigente, reflete Miranda, o selo abre portas para novas parcerias. Para seguir nesse caminho de confiabilidade, a filial já se prepara para outra certificação, a ISO 9001.

Empresa mobilizada
A preparação para a certificação durou cerca de dois meses. Como já possuía um sistema de qualidade, não houve problemas na assimilação dos novos processos. “Foi uma mobilização geral com os funcionários: todos se empenharam muito para aprender”, conta o diretor. Um técnico em gestão da produção industrial da matriz foi enviado para o Acre com o objetivo de organizar a filial antes dos ensaios finais. Vale lembrar que a matriz conquistou o selo em 2011, tendo recebido a consultoria oferecida pela Abravidro na época. Desta vez, no entanto, a filial não buscou o apoio da entidade.

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
IFBQ — www.ifbauer.org.br
Inmetro — www.inmetro.gov.br
Mirandex — www.mirandex.com.br

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Tudo muda o tempo todo…

Não é simples ter compromisso com a vanguarda. Profissionalmente, quem se predispõe a permanecer sempre à frente precisa estar atento ao seu lado, ao outro lado do mundo, ao seu mercado, a outros mercados, ao seu cliente, ao cliente de outras empresas… Parece incansável! Mas, se tudo isso for muito bem-conectado e planejado, está dada a fórmula das grandes conquistas. Se fosse fácil, muitos alcançariam o sucesso, mas a vitória efetiva é reservada aos competentes e incansáveis, não tem jeito.

E você? Tem feito a si mesmo algumas provocações? Será que não está na hora de expandir os serviços de sua vidraçaria? De começar a trabalhar com novos materiais? Já avaliou outros mercados relacionados ao seu? Sim, eu sei que nessa rotina cada vez mais desafiadora e corrida de todos nós, fica muito difícil encontrar espaço para avaliações. Como pensar no ano que vem se precisamos mesmo é honrar os compromissos a serem cumpridos hoje? Não é fácil, mas é necessário.

A reportagem da seção “Para sua vidraçaria” pretende lhe despertar para essa reflexão, quem sabe até indicar alguns caminhos para sua análise. E, ao final, a conclusão pode até ser permanecer exatamente onde está, mas certamente com muito mais convicção — e pronto para uma reavaliação mais adiante —, pois, como diz uma conhecida canção, “tudo muda o tempo todo…”.

Grande abraço,

Celina Araujo
Editora

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Bernardinho e a difícil tarefa de mudar a si mesmo

Escrito por Silvio Celestino

Em uma entrevista, Bernardinho, treinador da Seleção Brasileira Masculina de Vôlei, disse que teve de mudar seu jeito de lidar com os atletas para vencer as Olimpíadas de 2016. Esse grupo não reagia bem quando ele se agitava na ânsia de mexer com os brios e motivar os atletas — algo que caracteriza a sua carreira.

Essa é uma competência difícil de desenvolver em um líder: adaptação às circunstâncias e pessoas. Em geral, principalmente após um período de sucesso, acredita-se que encontrou a melhor maneira de ser com os liderados e que é ela a responsável exclusiva pelos resultados.

Mas as pessoas ou situações mudam, e insistir nos velhos hábitos resultará em frustração, raiva e desorientação. O líder deve ter capacidade de adaptação. Portanto, atenção às alterações no cenário.

Há elementos da realidade que você não controla
Uma crise econômica, uma lei que gera novos custos ou uma tecnologia que coloca sua empresa em rota de extinção: o líder deve estar atento a tudo que represente uma mudança no seu contexto. O gestor também tem de se interessar sobre as melhores maneiras de lidar com cada situação. Trabalhar sob pressão gera estresse na equipe no longo prazo, embora seja apropriado em momentos de crise e com funcionários problemáticos. Ser democrático ao tomar decisões é apropriado quando se deseja mais informações sobre a situação, mas demorado demais em momentos difíceis. Há um meio de ser para cada momento.

Adapte-se às situações
É admirável ver alguém como Bernardinho, um campeão, fazendo isso. Sem essa capacidade, você verá líderes esbravejando na intenção de motivar, mas, em alguns momentos, isso pode ser muito danoso à equipe. Adapte-se à situação e controle-se.

Você é o líder de sua própria vida
Embora não controlemos todas as situações, sempre podemos aceitá-las e integrá-las em nossas histórias, fazendo o possível para ter sucesso. Adultos toleram frustrações e se comportam da melhor maneira possível para atingir os resultados e ter o que desejam.

Bernardinho mais uma vez provou que um líder maduro deve sempre buscar seu desenvolvimento para cumprir seus propósitos, ser um exemplo aos demais e vencer. Vamos em frente!

Fale com eles!
Autor do livro ConveFotos: Marie Hippenmeyerrsa de Elevador – Uma Fórmula de Sucesso para sua Carreira, Sílvio Celestino é sócio-fundador da Alliance Coaching. www.alliancecoaching.com.br e www.facebook.com/Alliance CoachingBrasil

 

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Do jeito que está, não pode continuar!

Alexandre_pestana_EditorialA decisão do Senado Federal pela saída definitiva da presidente Dilma Rousseff, ocorrida no último 31 de agosto, é muito mais do que um marco histórico. Consolidou-se também a ruptura de um modelo econômico desastroso, que levou o Brasil à sua maior crise econômica de todos os tempos. Nesse período de dificuldades gravíssimas para todo o setor produtivo, renovamos a esperança de transformações estruturais — econômicas, políticas e sociais — que ofereçam condições mínimas para a viabilização de nossas atividades.

No setor vidreiro, verificamos a deterioração de toda a cadeia de valor. Assim como nos demais segmentos da economia, estamos sufocados por um arcabouço legal completamente arcaico. As exigências para funcionamento, as leis trabalhistas e tributárias e a infraestrutura inadequada exigem mudanças urgentes para o País reencontrar o caminho do crescimento.

Nesse cenário conflituoso, a nossa confusa legislação tributária gera grandes danos ao setor vidreiro. Como uma cadeia produtiva pode se organizar tendo algumas empresas suportando uma carga tributária superior a 30%, enquanto suas concorrentes assumem apenas 10%? A esse desequilíbrio, somam-se ainda opções desleais de alguns empresários, os quais se utilizam de manobras bem-conhecidas e condenadas pela fiscalização.

Diante dessa realidade tão preocupante em todas as regiões do Brasil, a diretoria da Abravidro concluiu que chegou a hora de pleitearmos políticas tributárias direcionadas ao mercado de vidros planos. Precisamos corrigir distorções e, principalmente, melhorar o equilíbrio e a competitividade entre as empresas. Pelo histórico de nossa entidade em torno do tema, somos cientes de sua complexidade. No entanto, disso depende a sobrevivência de centenas de empresas e milhares de empregos de nossa indústria de transformação.

Neste novo ciclo político, são grandes as expectativas de que o governo tenha uma porta aberta para o diálogo com a classe produtiva. Sabemos e defendemos a austeridade financeira exigida atualmente, mas nosso pleito não envolve renúncia fiscal — pelo contrário, precisamos apenas de reorganização e condições igualitárias de competitividade. Pode ser difícil, mas a Abravidro vai concentrar todos os esforços junto a esse objetivo. Afinal, temos uma certeza: do jeito que está, não pode continuar!

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Chegou a hora de a vidraçaria virar serralheria?

Até pouco tempo atrás, o vidraceiro era um profissional que trabalhava somente com o vidro. Aos poucos, os kits de instalação (como os de boxe) entraram na lista de serviços oferecidos. Hoje, é necessária mais uma reinvenção: trabalhar com esquadrias. Por isso, chegou o momento de se perguntar: vale a pena a vidraçaria virar também serralheria e, assim, oferecer ainda mais aos clientes? O Vidroplano conversou com especialistas para conseguir uma resposta.

Por que ser serralheiro?
O mercado dos pequenos vidraceiros, aos poucos, vem sendo tomado pelas serralherias. “Antigamente, o serralheiro era contratado para fabricar as esquadrias e o vidraceiro, para colocar o vidro. Hoje não funciona mais assim”, conta Alexandre Araújo, professor universitário, consultor e instrutor do Sebrae. Também diretor do Canal do Serralheiro, Araújo explica que o cliente está mais exigente, com pouco tempo e, por isso, prefere resolver todo o serviço com apenas um profissional.

“Nosso mercado não vende somente preço, mas, antes de tudo, conveniência, beleza e conforto ao cliente”, analisa Juan Gomes, responsável pelo Marketing da Fise (produtora de componentes para esquadrias). E reforça: “Encontrar um local com portfólio completo passa segurança ao consumidor”.

Existe ainda outra situação: a falta de conhecimento sobre a importância da relação entre o alumínio e o vidro. “Quando um vidraceiro inicia no ramo, ele nem imagina que boa parte de suas obras precisará de estruturas de alumínio”, recorda Ricardo Câmara, personal coach e diretor da Central do Vidraceiro, empresa especializada em formação de mão de obra para o setor vidreiro. “Devido à falta de conhecimento sobre serralheria, ele é obrigado a dispensar algumas obras”, completa.

Segundo o engenheiro Ângelo Arruda, diretor da Vidrosistemas, especializada em instalação de vidros, o mercado está segmentado por custo: existem as obras de valor baixo e apertado, de soluções econômicas, e os projetos caros, com alta tecnologia. “O vidraceiro tem de escolher o melhor nicho de trabalho baseado em sua capacidade”, aconselha.

Primeiros passos
Alan Bernardes, diretor da Alumake, desenvolvedora de softwares para esquadrias, aponta algumas ações para serem postas em prática pelo vidraceiro antes de ele se aventurar pelo mundo da serralheria:

  • Fazer uma pesquisa de mercado em sua região, considerando potenciais clientes, público-alvo, concorrentes e seus mercados atuantes;
  • Definir a linha de produtos com que irá trabalhar;
  • Verificar se seu local de trabalho comporta a demanda de mercado e as novas instalações necessárias para a atividade.

Rafael Nandi da Motta, diretor da processadora Vipel, chama a atenção ainda para a importância de o vidraceiro fazer parcerias com distribuidoras de vidro e fabricantes de perfis. Para isso, cita como exemplo a própria Vipel e a Alump, empresa de alumínio do grupo. “Damos todo o suporte ao profissional que se interessar em virar serralheiro”, afirma o diretor. “Oferecemos treinamento, apresentamos produtos e soluções e também damos acesso a fornecedores de máquinas e equipamentos.”

um_mercado_que_se_abre2 cópiaÉ preciso contratar mão de obra especializada?
Em primeiro lugar, o trabalho com esquadrias necessita de conhecimento técnico específico. Portanto, não basta “entender” sobre serralheria para se dar bem. A melhor solução é inscrever toda a equipe em treinamentos sobre o assunto.

Um exemplo de curso desse tipo pode ser encontrado em diversas unidades do Senai pelo País — entre em contato com a unidade de seu Estado para saber se o curso é ministrado no local. Trata-se do Curso de Qualificação Profissional Serralheiro de Alumínio, voltado para a fabricação de esquadrias para edificações. Sua carga horária é de 160 horas.

Mais uma dica esperta: a Abravidro traz em seu site (www.abravidro.org.br) uma agenda completa de treinamentos realizados nos quatro cantos do Brasil. Alguns deles são organizados por entidades do setor de alumínio, como a Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal) e Associação Brasileira do Alumínio (Abal).

Além dos cursos, é possível ainda contratar um serralheiro com experiência em corte, usinagem e montagem. Assim, esse profissional irá auxiliar a equipe nos processos industriais. Também é importante contar com um técnico especializado em orçamentos e projetos diferenciados.

Mas, afinal, vale a pena se tornar um serralheiro?
Um novo e crescente mercado vai se abrir para o vidraceiro quando começar a trabalhar como serralheiro. “A diversificação de negócios em uma empresa é um fator muito importante, pois, com isso, a vidraçaria passa a depender menos de um mercado só e sente menos suas oscilações”, reflete Rafael Motta, da Vipel. “É sempre bom lembrar que todo ramo tem seus riscos; portanto, o vidraceiro terá de dar um passo de cada vez”, analisa Ricardo Câmara, da Central do Vidraceiro. Antes de se jogar de cabeça nesse segmento, faça a lição de casa:

  • Avalie os riscos;
  • Analise em quanto tempo o investimento a ser feito poderá ser recuperado;
  • Calcule se vai conseguir atender a demanda.

Se as respostas estiveram dentro do que espera, bem-vindo ao mundo das esquadrias!

 

O que faz uma serralheria?
A serralheria faz o corte e a usinagem dos perfis de esquadrias. O espaço inclui:

  • Linha de montagem para a colagem dos vidros;
  • Setor de expedição e logística do material que será enviado para as obras pronto para ser instalado.

 

Um mercado que se abre
Quais obras o vidraceiro-serralheiro pode conseguir? “O mercado de serralheria de alumínio é muito grande: vai do portão automatizado às fachadas glazing”, explica Max Del Olmo, diretor da AL Indústria, vidraçaria até a década de 2000, quando passou a trabalhar exclusivamente com alumínio. Veja a seguir uma lista dos trabalhos mais importantes para o negócio. Os projetos podem ser de empreendimentos comerciais (pequeno e médio porte) e também de residências de alto padrão.

  • Instalação de fachadas;
  • Envidraçamento de sacadas;
  • Coberturas;
  • Claraboias fixas e/ou retráteis;
  • Guarda-corpos;
  • Portões e muros.

 

Qual o investimento a ser feito?
PrintAs fontes ouvidas pela equipe de O Vidroplano deram diferentes respostas a respeito do valor médio para esse tipo de investimento. Dependendo do tamanho do empreendimento, dos produtos que serão comercializados e do perfil de cliente que se quer atender, pode variar de R$ 15 mil a R$ 100 mil.

De acordo com a estimativa prática passada pelo consultor Alexandre Araújo: uma serralheria com capacidade para até 2 t de esquadrias por mês — ou com faturamento aproximado de R$ 140 mil mensais — teria um investimento de R$ 60 mil.

 

O que é necessário para virar uma serralheria?
Émerson Diniz, diretor-comercial da empresa de softwares W. Vetro, e Fernando Kappel, gerente de Operações da processadora Vidratto, listaram os itens mais relevantes para a atividade.

  • Equipamentos e maquinários
    • Estampo — Usado para usinagem dos perfis, faz furações, recortes e rasgos (para a passagem dos trilhos nas folhas de correr em janelas e portas, por exemplo);
    • Pantógrafo e entestadeira — Maquinários que também fazem usinagem e encaixes de fechaduras;
    • Furadeira de bancada;
    • Serra circula;
    • Mesas de montagem;
    • Ferramentas manuais — Martelo, chave de fenda, parafusadeira etc.;
    • Cavaletes — Para estoque de perfis e esquadrias prontas;
  • ‘Software’ de gestão
    Cuida do orçamento e do processo de produção, facilitando a elaboração dos pedidos e evitando desperdício de matéria-prima;
  • Veículos para transporte

 

Os cuidados a serem tomados no início dos negócios
Toda atividade comercial tem seus riscos. Antes de se tornar um serralheiro, siga os passos a seguir para aumentar as chances de ganhar dinheiro nesse ramo.

  • FAÇA A CORRETA ANÁLISE DOS CUSTOS
    Quando o cálculo dos custos operacionais não é feito, o profissional fará vendas baseadas em valores que não cobrem os gastos de produção. Por isso, considere a composição completa dos custos, incluindo matéria-prima, mão de obra, despesas fixas (eletricidade, água, aluguel etc.) e demais variantes;
  • O MOMENTO DA VENDA É CRUCIAL
    “Por ser uma área que trabalha com vendas técnicas, deve-se investir em pessoal comercial qualificado em entender as necessidades do cliente e ofertar a solução correta”, pontua a engenheira Priscila Oliveira de Andrade, gerente de Vendas da Kömmerling, que acrescenta: “Hoje, buscamos experiências ao comprar; portanto, o segredo é mudar a concepção de venda para atingir a excelência em atendimento”.
  • PEDIDO SEM DESPERDÍCIO
    O corte não otimizado do alumínio traz prejuízos em matéria-prima e financeiros. Afinal, o alumínio, uma vez cortado, não pode ser emendado. A solução está em softwares de gestão com módulos para a realização de pedidos que otimizam o processo de fabricação e diminuem drasticamente o desperdício. Além disso, esses sistemas ajudam em outras áreas. “A maior preocupação das empresas é com o caixa”, revela Celso Boderguini, gerente-comercial da Perfil Alumínio do Brasil, fabricante de perfis extrudados. “Então, uma gestão eficaz, aliada a rígido controle de custos, minimiza os riscos”.

 

O que dizem as normas técnicas?
A NBR 10821 — Esquadrias externas para edificações, norma técnica mais importante sobre esquadrias, cita os testes de desempenho para esses produtos, condições ideais de instalação e manutenção, entre outros assuntos.

A engenheira Fabíola Rago, consultora-técnica da Afeal, indica outros textos relevantes para o setor. “Se o vidraceiro seguir essas normas, estará no caminho correto”, afirma.

  • NBR 12609 — Alumínio e suas ligas – Tratamento de superfície – Anodização para fins arquitetônicos – Requisitos: trata do processo de anodização do alumínio;
  • NBR 14125 — Alumínio e suas ligas – Tratamento de superfície – Revestimento orgânico para fins arquitetônicos – Requisitos: sobre esquadrias pintadas;
  • NBR 15969 — Componentes para esquadrias: a respeito dos componentes de esquadrias (roldanas, escovas etc.);
  • NBR 13756 — Esquadrias de alumínio – Guarnição elastomérica em EPDM para vedação – Especificação: trata da vedação com guarnição EPDM;
  • NBR 15575 — Edificações habitacionais – Desempenho: norma de desempenho em edificações que também aborda o desempenho acústico e térmico das esquadrias.

 

Eles são vidraceiros e serralheiros
Ninguém melhor do que vidraceiros que já trilharam esse caminho para explicar como a mudança acontece.

A Casa Sulina, de Itajubá (MG), já tinha mais de vinte anos de experiência no setor vidreiro quando, em 1998, realizou sua primeira obra com esquadrias. Percebendo o crescimento da procura por esses produtos, especializou-se no assunto a partir de então. O investimento feito nesse momento não foi tão grande, mas aos poucos a empresa se adequou à tecnologia dos maquinários pneumáticos. Hoje, o foco de seus negócios está em projetos com temperados e alumínio. “É um trabalho gratificante, mas que demanda muita dedicação”, revela o gerente César Nabak. “A busca por conhecimento é muito importante, assim como o cuidado com o produto, principalmente no acabamento.”

 

Fale com eles!
AL Indústria — www.alindustria.com.br
Abal — www.abal.org.br
Afeal — www.afeal.com.br
Alumake — www.alumake.com.br
Alump — www.alump.com.br
Canal do Serralheiro — www.canaldoserralheiro.com.br
Casa Sulina — www.casasulina.com
Central do Vidraceiro — www.centraldovidraceiro.com.br
Fise — www.fise.com.br
Kömmerling — www.kommerling.com.br
Perfil Alumínio do Brasil — www.perfilcm.com.br
Vidratto — www.vidratto.com
Vidrosistemas — www.vidrosistemas.com.br
Vipel — www.vipel.ind.br
W. Vetro — www.wvetro.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

De Aracaju a Porto Alegre

Este mês, a seção “O vidro pelo Brasil” traz as novidades das últimas semanas em nada menos que sete Estados do País. Isso mostra que as oportunidades de capacitação são cada vez maiores — e, a julgar pelo número de pessoas participando das atividades a seguir, não falta gente interessada nelas. Confira mais detalhes nas próximas páginas!

 

Amvid-MG, em Belo Horizonte

vp_amvid1 cópiaPele de vidro com talento mineiro…
Nossa primeira parada nessa viagem pelo País é a capital mineira: nos dias 8 e 9 de agosto, a Amvid e a empresa Alclean, que lançou recentemente um kit com o mesmo nome para instalação de pele de vidro em obras de pequeno porte, promoveram o curso Sistema Glazing Alclean.

O instrutor Celso Freitas apresentou à turma, na sede da entidade mineira, o conjunto da Alclean, suas tipologias e aplicações, além de ensinar a elaborar orçamentos e aplicar as normas técnicas, entre outros assuntos. A instalação do kit também foi mostrada na prática.

…e oficinas variadas no MinasCon
vp_amvid2 cópiaA Amvid também realizou o 7º Tecnovidro, durante o MinasCon 2016 (13º Encontro Unificado da Cadeia Produtiva da Indústria da Construção), no Expominas. No total, o evento reuniu 210 vidraceiros e 198 especificadores: no dia 7, as atividades focaram os vidreiros das caravanas de Muriaé, Juiz de Fora e Patos de Minas, enquanto o dia 8 foi dedicado aos participantes da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Nos dois dias, oito oficinas trataram de assuntos como soluções térmicas, segurança, vidros decorativos e estratégias de negociação, incluindo um grupo de teatro. O 7º Tecnovidro teve patrocínio das usinas de base AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix, além do apoio do Sebrae, Sesi, Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e Contagem Alumínio.

 

Abravid-DF, em Brasília
vp_abravid cópiaComo ter sucesso no mercado atual?
Do Sudeste, passamos para a capital do País: lá, no dia 12 de agosto, a Abravid reuniu profissionais vidreiros no workshop Painel Moderado para debater o futuro do mercado. O evento contou com o patrocínio das usinas de base AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, UBV e Vivix. Em meio a temas como normalização e segurança, destacou-se a venda de vidros com valor agregado: segundo as discussões, o vidraceiro precisa ser o elo entre o cliente final e o produto a ser vendido, estar sempre bem-informado e conhecer os vidros a serem especificados.

 

Sindividros-RS, em Porto Alegre
vp_rs-sindividros cópiaEntendendo melhor a gestão empresarial
Um dia depois, na Região Sul, o Sindividros-RS organizou o curso Gestão Empresarial, para vidraçarias e serralherias. A atividade, realizada no Milão Hotel, faz parte do projeto Qualividros – Qualificar para transformar.

A aula ficou a cargo de Alexandre Araújo. Consultor e instrutor do Sebrae, ele ajudou os participantes a analisar as forças e fraquezas no ambiente interno de uma empresa e também as oportunidades e ameaças fora dela, para que todos entendessem a gestão de um negócio e como elaborar um plano de ação.

 

Adevibase-BA/SE, em Aracaju
Para a instalação correta de fachadas envidraçadas
No Nordeste também não faltou vp_adevibase cópiaespecialização em fachadas. Nos dias 19 e 20 de agosto, 22 profissionais participaram do curso Fachada Pele de Vidro – Sistema Glazing, realizado pela Adevibase no Aracaju Praia Hotel. Foram apresentados os tipos de fachada e seu manuseio, cálculo de projeto e instalação. As usinas Cebrace e Vivix — patrocinadoras do curso juntamente com a AGC, Guardian, Saint-Gobain Glass e UBV — também palestraram sobre seus produtos.

 

Sincomavi-SP, em São Paulo
vp_sincomavi cópiaO caminho certo para o vidro
De volta ao Sudeste, o Sincomavi organizou o curso Logística no Comércio Varejista em São Paulo. As aulas aconteceram nos dias 23 e 31 de agosto, além de 1º de setembro. Anderson Ozawa, professor do curso, falou sobre formação e giro de estoque, administração de prazos de entrega, controle de pedidos e planos de emergência, entre outros temas importantes para a organização da cadeia logística no varejo.

 

Sindividros-ES, em Cachoeiro do Itapemirim
vp_es-sindividros cópiaDo envidraçamento de sacadas às molas para porta de vidro
Nos dias 26 e 27 de agosto, o Sindividros-ES realizou a Oficina do Vidro – Encontro de Capacitação em Vidro no Centro Integrado Sesi/Senai de Cachoeiro do Itapemirim. A Abravidro foi apoiadora, juntamente com o Sebrae e Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).

Os 120 participantes da oficina puderam escolher entre os cursos de envidraçamento de sacadas, fachada pele de vidro e instalação de portas com molas Dorma — que, aliás, fez parte do time de patrocinadores do evento ao lado da AGC, Alclean, Cebrace, Diamanfer, Guardian, Perfil Alumínio do Brasil, Saint-Gobain Glass, Tec-Vidro, UBV e Vivix.

 

Ascevi-SC, em Joinville
Abravidro leva normas técnicas a treinamento
vp_ascevi cópiaNossa última parada nessa viagem é na cidade de Joinville, onde o 3º Qualifique e Sirva-se foi promovido pela Ascevi em 27 de agosto, juntando capacitação e confraternização com feijoada. Vera Andrade (foto), coordenadora-técnica da Abravidro, palestrou aos 215 participantes na Associação Atlética Banco do Brasil sobre as vantagens da aplicação correta das normas técnicas no dia a dia do vidraceiro. A recém-revisada NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações e a NBR 14207 — Boxes de banheiro fabricados com vidro de segurança foram destacadas por Vera, além de falar sobre o programa De Olho no Boxe. O evento também contou com apresentações das empresas Cebrace, Guardian, Real Vidros, Saint-Gobain Glass, UBV e Vivix.

Fale com eles!
Abravid-DF — www.abravid.com.br
Adevibase-BA/SE — adevibase.org.br
Amvid-MG — www.amvid.org.br
Ascevi-SC — www.ascevi.com.br
Sincomavi-SP — www.sincomavi.org.br
Sindividros-ES — sindividros@gmail.com
Sindividros-RS — www.sindividrosrs.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Norma de blindados deve ser dividida em partes

A revisão que estamos fazendo na NBR 15000 — Blindagens para impactos balísticos possui alguns pontos essenciais. Um deles é a criação de uma família de normas, tratando de pontos que complementam a norma atual. Também pretendemos atualizar os ensaios a que os produtos são submetidos. A seguir, resumo o andamento dos nossos trabalhos.

Divisão do texto
Desmembrar a norma em várias partes vai nos ajudar a abordar todos os aspectos da blindagem balística, como os de proteção da vida humana e dos bens de propriedades de terceiros, e também da “blindagem arquitetônica” (instalações fixas e autotransportáveis). Com isso, a previsão é de que a NBR 15000 ganhe uma parte específica para terminologia e outra para materiais e ensaios.

Existe também a intenção de se criar a terceira parte, voltada para ensaios em dispositivos de resistência balística.

Ensaios atualizados
A revisão dos ensaios é o outro foco. A ideia principal é estabelecer procedimentos perfeitamente executáveis, sem fazer com que os produtos percam suas características de proteção ao consumidor final. As variações de temperatura nas faces dos vidros durante os testes, por exemplo, estão sendo retiradas do texto.

Christian Conde, vice-presidente da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), voluntário importante no trabalho sendo desenvolvido, relembra outros pontos do novo conteúdo da norma. “Os ensaios de material opaco flexível tiveram alteração na preparação das amostras”, revela, acrescentando que serão ensaiados de forma stand alone — ou seja, sem nenhum material adicional conjugado, como o aço do automóvel agregado a painéis balísticos em blindagens automotivas. “Haverá ainda ampliação de níveis na tabela de proteção balística alternativa”, alerta.

Serão introduzidos também tópicos para auxiliar na elaboração desses ensaios, facilitando a repetição dos testes em qualquer laboratório (já que, hoje, somente o Exército pode realizá-los), como suportes de corpo de prova e moldura para corpos de prova flexíveis.

Expectativa para conclusão
A revisão se desenvolve dentro do esperado, com uma reunião da comissão de estudos por mês. Esse processo é bastante normal, inclusive pela importância do assunto e dificuldade para obtenção de consenso em todos os seus aspectos. Há expectativa de finalizarmos os trabalhos no primeiro semestre de 2017.

No momento, estamos trabalhando apenas nos aspectos relacionados aos materiais que apresentam propriedades de blindagem balística, principalmente na questão de testes de desempenho.

Atenção, pequenas e microempresas:
Vocês podem adquirir normas técnicas por 1/3 do valor cheio por meio da parceria da ABNT com o Sebrae. Para mais informações, acesse: abntcatalogo.com.br/sebrae

PAISANOEscrito por: General Paulo Benedito Pacheco, coordenador da Comissão de Estudos

Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br

 

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Por que fazer? PPCPE

Ao aplicar o módulo, sua empresa terá:

– Maior controle da produção
– Redução de perdas, quebras e acidentes
– Redução de custos operacionais
– Melhor cumprimento de prazos
– Conhecimento sobre a capacidade de produção
– Planejamento da produção com plano de contingência

 

Destaques do conteúdo PPCPE

Serão apresentados:

– PCP profissional voltado ao beneficiamento de vidros para arquitetura e construção civil
– Capacidade efetiva do parque industrial e prevenção de problemas que afetam a produção
– Perdas no processo de atendimento ao pedido
Softwares de gestão: obtenha o melhor funcionamento do sistema
– Visualização do pedidos perfeito

 

Especialização técnica

Por que fazer?

Entre as vantagens oferecidas, podem-se destacar:

– Melhoria de qualidade dos produtos
– Otimização dos processos produtivos
– Maximização de horas trabalhadas
– Aproveitamento dos insumos e redução de perdas

Informações gerais sobre os módulos de Processamento

Duração: cada módulo tem 8 horas de duração, divididas entre as aulas teóricas e práticas (depois das aulas, o aluno pode solucionar dúvidas enviando e-mails ao instrutor)

Local das aulas: dentro da própria empresa

Número de alunos por turma: no máximo, 12

Estrutura necessária: espaço para as aulas teóricas, equipamentos de produção disponíveis, matéria-prima e ferramentas básicas adequadas a cada módulo, e EPIs para os alunos

Quem deve fazer: profissionais da área de processamento e seus gestores

Material didático: fornecido inteiramente pela Abravidro. Inclui:

– Literatura técnica
– Eslaides (com vídeos, fotos e figuras que facilitam a compreensão da teoria)
– Tabelas de consulta rápida para o chão de fábrica
– Modelos de formulários de controle para a produção
– Avaliações dos alunos antes e depois do curso

Certificado de participação: ao final do curso, cada aluno recebe o seu

Agregando valor à marca: caso a empresa tenha contratado três ou quatro módulos, ela também recebe uma placa atestando a especialização de sua equipe

No Rio Grande do Sul, novo presidente toma posse

A seguir, você confere os últimos acontecimentos nas associações vidreiras espalhadas pelo País. Não deixe de conferir a agenda para os próximos eventos.

Sindividros-RS, em Porto Alegre
Sindicato gaúcho define nova diretoria
A eleição da diretoria do Sindividros foi realizada na sede do sindicato gaúcho no primeiro dia de agosto. A nova gestão, que estará à frente dos trabalhos do Sindividros até julho de 2019, tem Rafael Ribeiro (foto, à dir.) como presidente. A votação também definiu os membros do conselho fiscal e os delegados da associação junto à Abravidro e à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).

Diretoria do Sindividros-RS para 2016-2019
Presidente
Rafael G. A. Ribeiro (suplente: Gilberto Ribeiro)
Secretário
José A. G. Paycorich Júnior (suplente: Herberto Heinen)
Tesoureiro
José Antônio G. Paycorich (suplente: Leonir Nicaretta)
Conselho fiscal
Jaime Schaeffer
Ricardo Prochnow
Werner Jorge Roeben
Andreas Weimer (suplente)
Elton Thomas (suplente)
Marco Aurélio De Bastiani (suplente)
Delegados representantes junto à Abravidro e Fiergs
Gilberto Ribeiro
Rafael G. A. Ribeiro
Herberto Heinen (suplente)
José Antônio G. Paycorich (suplente)

Ascevi-SC, em Florianópolis
Aprendizado, solidariedade e feijoada
A Abravidro, representada por sua coordenadora-técnica Vera Andrade, marcou presença no 6º Qualifique e Sirva-se Florianópolis, da Ascevi. Vera falou aos 155 participantes do evento sobre as normas técnicas para o setor vidreiro, explicando as oportunidades de mercado que elas trazem para os vidraceiros que as seguem. Ela também apresentou o programa De Olho no Boxe, lançado este ano pela Abravidro para orientar os profissionais do vidro e os consumidores finais sobre a importância da manutenção preventiva em boxes de banheiro.

Outras palestras foram das usinas Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix, patrocinadoras do treinamento juntamente com a AGC. A Ascevi teve ainda apoio das empresas Diamanfer, ECG E-commerce, Linde Vidros, Para-fácil Batentes e Solução Sacadas.

Embora as inscrições para o Qualifique e Sirva-se fossem gratuitas, 150 quilos de alimentos não perecíveis foram arrecadados para doação a duas entidades beneficentes da região. Ao final, os participantes puderam desfrutar da tradicional feijoada do evento.

Amvid-MG, em Belo Horizonte e Juiz de Fora
Atividades para empreendedores e vidraceiros
Os profissionais que querem abrir seu próprio negócio ou reestruturar suas vidraçarias puderam aprender isso no Começar Bem no Mundo do Vidro 2016. Organizada e realizada pela Amvid, de 11 a 15 de julho, em sua sede e em parceria com o Sebrae, a atividade reuniu quinze participantes e forneceu conhecimentos de administração e operação para abrir uma empresa de forma saudável para todo o mercado.

Também em julho, no dia 4, teve início a turma do Programa de Qualificação para Vidraceiros do Interior do Estado de Minas Gerais (TreinaVID) para o curso de Especialização em Medição e Instalação de Vidros Temperados e Especiais – Nível I em Juiz de Fora, com direito à aula prática de instalação de espelhos. Gratuito, o treinamento, concluído no dia 2 de agosto, contou 24 alunos. Destaquem-se a parceria com a Escola Móvel Sesi/Senai, patrocínio das usinas AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, UBV e Vivix e apoio das empresas Alclean, Brastemper, Belga Metal, Pestana Comércio de Vidros e Tec-Vidro. E, atenção: os demais cursos do TreinaVID em Juiz de Fora e Governador Valadares também serão gratuitos. Participe!

Sincavidro-RJ, no Rio de Janeiro
Normas e inovações para a construção
O Instituto do Vidro, inaugurado em abril pelo Sincavidro em sua sede, busca estreitar o relacionamento entre o setor vidreiro e os profissionais da construção civil. Com essa premissa, no dia 21 de julho, o espaço recebeu cerca de quarenta arquitetos e engenheiros para conferir, em uma palestra da consultora de Normalização da Abravidro, Clélia Bassetto, a importância de esses profissionais conhecerem as determinações das normas para especificação e instalação de vidros.

Os visitantes também acompanharam a palestra de José Ricardo d’Araújo Martins, diretor do Sincavidro, sobre novas tecnologias e atributos dos vidros, e passaram pelos estandes de diversas empresas no salão de exposições do instituto, apreciando seus produtos e inovações.

Fale com eles!
Amvid-MG — www.amvid.org.br
Ascevi-SC — www.ascevi.com.br
Sincavidro-RJ — www.sincavidro.com.br
Sindividros-RS — www.sindividrosrs.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

NBR 7199: atual e mais completa

No fim de julho, a grande referência para a aplicação do vidro na construção civil mudou com a publicação pela ABNT da revisão da norma NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações. O mais importante texto técnico vidreiro passou por completa atualização, num trabalho coordenado pelo Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37), sediado na Abravidro.

Com o objetivo de mostrar o que muda com esta nova versão, O Vidroplano preparou este especial e explica com detalhes a norma que precisa estar embaixo do braço de todos os vidraceiros e especificadores de vidro em todo o Brasil.

Visão geral da nova versão

  • Clareza no texto
    A norma teve sua redação alterada, de forma a eliminar dúvidas de interpretação — principalmente em relação à indicação dos vidros para cada tipo de aplicação;
  • Referências internacionais
    Outro objetivo da revisão era deixar o texto de acordo com as mais reconhecidas normas internacionais — considerando, claro, as particularidades do mercado brasileiro;
  • Mais segurança
    Todo vidro instalado abaixo de 1,1 m em relação ao piso, seja interno ou externo, em qualquer pavimento, deve ser de segurança. Para cada aplicação, devem ser verificados quais são os tipos de vidro de segurança (temperado, laminado ou aramado) exigidos pela norma, pois em algumas aplicações somente o laminado e o aramado são permitidos.

O que é a ‘NBR 7199’?
Como o próprio nome indica, é ela quem estabelece as regras gerais para a utilização dos vidros na construção civil. Todos os profissionais vidreiros e especificadores de vidro devem segui-la, sem exceção. A nova versão foi publicada em 20 de julho e já está em vigor.

Números da nova ‘NBR 7199’

  • Possui 57 páginas
  • Mais de 60 profissionais participaram da revisão
  • Esses profissionais representam mais de 40 empresas
  • Ficou em consulta nacional por 60 dias, entre 8 de abril e 9 de junho de 2016
  • O texto contou com mais de mil acessos no site da ABNT durante a consulta nacional.

Aplicações de vidro
Esse é o “coração” da NBR 7199. Aqui são definidos os tipos de vidro para cada aplicação. Na versão anterior, os requisitos estavam listados ao longo do texto, o que poderia causar interpretações erradas. Agora, o conteúdo está organizado em uma tabela — muito mais simples de ser consultado. A tabela também inclui novas aplicações como muros de vidro, piso de vidro, vidro blindado, vidro resistente à explosão, vidros para retardar ações de arrombamento, entre outras.

Agora, veja o que a norma diz sobre o vidro correto em diferentes aplicações. Atenção, pois esse é um dos erros mais encontrados em instalações, o que é inadmissível por comprometer a segurança dos usuários!

 

Coberturas, marquises, claraboias e fachadas inclinadas (vidros não verticais)

  • Laminado
  • Aramado
  • Insulado (em sua composição, a peça interior deve ser laminada ou aramada)

Na versão anterior: desde 1989, o vidro laminado e aramado já eram exigidos.

 

Guarda-corpos

  • Laminado
  • Aramado
  • Insulado (composto com os vidros acima)

Na versão anterior: desde 1989, o vidro laminado e aramado já eram exigidos.

 

Portas, vitrinas e divisórias
Nestas aplicações, todos os vidros instalados abaixo de 1,1 m em relação ao piso devem ser de segurança, independente do pavimento em que estejam instalados:

  • Temperado
  • Laminado
  • Aramado
  • Insulado (composto com os vidros acima)

Acima de 1,1 m em relação ao piso, além dos vidros de segurança citados, o vidro a ser utilizado também pode ser float ou impresso, desde que encaixilhado ou colado em todo o perímetro.

Na versão anterior: essas aplicações eram citadas somente no parágrafo em que se referia ao pavimento térreo de edificações.

 

Aplicações com vidros que retardam a propagaçao do fogo
Para fechamentos em que é exigida resistência à propagação do fogo durante determinado período de tempo:

  • Laminado (com camada intermediária resistente ao fogo)
  • Aramado
  • Insulado (composto com os vidros acima)

Obs.: a classificação quanto ao tempo de resistência ao fogo deve ser conferida na NBR 14925 — Unidades envidraçadas resistentes ao fogo para uso em edificações.

 

Envidraçamentos projetantes móveis
Instalações com caixilhos móveis que se projetam para o exterior:

  • Laminado
  • Aramado
  • Insulado (em sua composição, a peça interior deve ser laminada ou aramada)
  • Temperado
    No térreo e 1º pavimento: pode ser autoportante ou totalmente encaixilhado;
    Acima do 1º pavimento: deve ser totalmente encaixilhado e com projeção máxima limitada a 250 mm da face da fachada ou da aba de proteção.
  • ‘Float’ ou impresso
    No térreo e 1º pavimento: deve ser encaixilhado ou colado em todo o perímetro;
    Acima do 1º pavimento: deve ser encaixilhado ou colado em todo o perímetro
    e com projeção máxima limitada a 250 mm da face da fachada ou da aba de proteção;
    – Em todos os casos, a área do vidro não pode exceder 0,64 m².

Na versão anterior: A exigência dos vidros de segurança era apenas nos edifícios com mais de dois pavimentos, com projeção superior a 250 mm em relação à face da fachada ou aba de proteção. Não havia diferenciação entre os vidros de segurança, nem limitação de área para o vidro comum, nem sobre a instalação.

 

Fachadas (vidros verticais)
ABAIXO DE 1,1 M EM RELAÇÃO AO PISO
A partir do primeiro pavimento (inclusive), e no pavimento térreo dividindo ambientes com desnível superior a 1,5 m:

  • Laminado
  • Aramado
  • Insulado (composto com os vidros acima)

No pavimento térreo:

  • Temperado
  • Laminado
  • Aramado
  • Insulado (composto com os vidros acima)

ACIMA DE 1,1 M EM RELAÇÃO AO PISO

  • Temperado
  • Laminado
  • Aramado
  • ‘Float’ ou impresso (encaixilhado ou colado em todo o perímetro)
  • Insulado (composto com os vidros acima)

Na versão anterior: não havia citação aos vidros em fachadas aplicados no pavimento térreo com ou sem desnível.

 

Aplicações com vidros para retardar ações de arrombamento
Para isolamento de jaulas em zoológicos, barreiras de separação em estádios esportivos, vitrinas e fechamentos em geral que necessitem dessa característica:

  • Laminado
  • Insulado (composto com laminado)

 

Instalações especiais
São consideradas instalações especiais pisos, degraus, visores de piscinas e aquários, além de estruturas de vidro. Nestes casos, o vidro exigido é:

  • Laminado

Obs.: em pisos, quando a estrutura não estiver com a superfície totalmente apoiada, pode-se utilizar também laminado temperado. Além disso, os apoios das bordas devem ter uma vez e meia a espessura total do piso.

 

Cálculo da espessura: o passo a passo

O novo texto estabelece a metodologia de cálculo para a espessura do vidro. A norma inclui um passo a passo para a operação. As fórmulas usadas foram atualizadas conforme a norma francesa DTU 39, passando a considerar também vidros apoiados em dois e três lados.

Ficou mais fácil fazer o cálculo! Veja as etapas:

  1. Determine a pressão do vento, de acordo com a norma NBR 6123 — Forças devidas ao vento em edificações;
  2. Especifique a pressão do cálculo (de acordo com o tipo de aplicação: vidros verticais ou inclinados, instalados em áreas internas ou externas);
  3. Calcule a espessura de referência, de acordo com a quantidade de apoios e dimensões da peça;
  4. Avalie se a instalação permite a aplicação do fator de redução na espessura;
  5. Efetue a verificação da resistência, expressa em mm, referente à composição de vidro preestabelecida;
  6. Calcule a “flecha” e confira se os valores encontrados atendem aos critérios admissíveis;
  7. Por fim, confira se a espessura da composição atende os requisitos de resistência e de “flecha admissível”.

Obs.: Além do roteiro, a norma traz exemplos de cálculos aplicados, em Anexos normativos.

Na versão anterior: não contemplava o cálculo da flecha, o fator de equivalência para cada tipo de vidro e a orientação para cálculo de espessura de vidros não retangulares, que estão abordados neste texto revisado.

 

CÁLCULO DE ESPESSURA ‘ONLINE’
A Cebrace possui um software online (www.cebrace.com.br/CalculoEspessura/#/pressao-vento/primeiro-passo) no qual o usuário informa dados sobre o projeto, como região do País, topografia, números de apoios do vidro e demais informações da edificação e o cálculo é feito conforme a norma.

 

Aplicações com vidros blindados e resistentes à explosão
A NBR 7199 cita a norma do produto, NBR 15000 — Blindagens para impactos balísticos — Classificação e critérios de avaliação, que trata sobre a avaliação e classificação dos vidros blindados. Sobre os vidros resistentes à explosão, a norma referenciada é a americana ASTM F 1642, que possui os métodos de ensaio para vidros com essa característica.

 

Instalações com normas específicas

  • Boxes de banheiro, NBR 14207;
  • Sistemas de envidraçamento de sacadas, NBR 16259.

 

Curiosidades da nova ‘NBR 7199’
Normas dentro de normas: é bastante comum uma norma técnica citar outras em seu texto. Por exemplo: na parte de aplicações de vidro, para falar sobre boxes de banheiro, a NBR 7199 faz menção à NBR 14207 — Boxes de banheiro fabricados com vidros de segurança, norma que contempla os requisitos para esse tipo de instalação. Ao todo, são dezenove normas referenciadas.

Tipos de instalação: alguém aí sabe de cor quais as formas de se instalar o vidro? Segundo a norma, são seis: em esquadrias, autoportante, mista, estrutural, painel colado (estrutural) e revestimento.

Aprenda a armazenar: a norma indica também a espessura máxima da pilha com chapas de vidro para armazenamento:

  • Float, espelhos e laminados: pilhas de até 600 mm
  • Insulados e impressos: pilhas de até 300 mm
  • Temperados: pilhas de até 800 mm.

Incline corretamente: a inclinação das chapas é importante para o armazenamento e transporte dos vidros. O texto informa que o material deve ser inclinado de 4 a 6 graus em relação à vertical.

Utilize equipamentos de proteção individual: foi incluído um Anexo com as informações sobre os equipamentos de proteção individual recomendados durante o manuseio dos vidros.

 

Vidros em esquadrias
Todas as regras sobre esquadrias referenciam a norma ABNT NBR 10821, que estabelece os requisitos e os métodos de ensaio de esquadrias.

Na versão anterior: havia algumas descrições dessas regras

 

Como adquirir a norma?

  • Onde comprar: Até o fechamento desta edição, a norma custava R$ 178,00 no site da ABNT (www.abntcatalogo.com.br);
  • Micro e pequenas empresas: graças à parceria entre Sebrae e ABNT, a norma pode ser comprada por 1/3 do valor normal. Acesse: www.abntcatalogo.com.br/sebrae;
  • Associados da Abravidro: a entidade irá investir para que as empresas associadas recebam a nova versão gratuitamente em breve.

 

Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Molas para aberturas e fechamentos sempre suaves

As molas são presença praticamente garantida em portas pivotantes de vidro. Controladoras da velocidade de abertura, ao mesmo tempo são responsáveis pelo fechamento automático e suave.

Você já deve ter notado que há muitos modelos disponíveis no mercado, cada um deles mais indicado para um tipo de aplicação. Por isso mesmo é importante estar atento às indicações passadas pelas fabricantes — nada de sair colocando a primeira mola que encontrar em qualquer porta. Outra coisa: na hora da instalação, tome cuidado para não cometer alguns erros básicos.

A equipe de O Vidroplano conversou com profissionais que entendem do assunto e eles nos passaram informações bastante úteis. Confira!

Nota: os produtos citados aqui foram destacados pelas empresas. Como há várias outras soluções em seus catálogos, para mais informações, faça contato com elas (os sites estão no final da reportagem)

 

MOLAS DE PISO

  • Normalmente, são hidráulicas (isto é, controladas pela entrada e saída de óleo da câmara da mola). Existem também as pneumáticas (essas são controladas por pressão de ar);
  • Quase sempre, é necessário recortar o piso para colocá-las;
  • São encaixadas a ferragens da porta, o que obriga o recorte do vidro;
  • Permitem a abertura da porta em ambas as direções;
  • Não interferem na aparência da porta.

DESTAQUES DE ALGUNS FABRICANTES

BD 100
Empresa: BonnaDio
Tipo: mola hidráulica de piso (para eixos Alemão, Blindex ou Santa Marina)
Diferenciais: fabricação 100% nacional, com regulagem de potência, duas válvulas de controle de velocidade e caixa metálica galvanizada a fogo
Para aplicação com vidros: largura de até 1,25 m e 180 kg (para modelo BD 100/180)
Garantia: três anos

BTS 60T
Empresa: dorma+kaba
Tipo: mola hidráulica de piso (para eixo Santa Marina)
Diferenciais: para projetos pequenos e econômicos
Para aplicação com vidros: largura de até 0,90 m e 80 kg
Garantia: três anos

Gold 8200
Empresa: Gold News
Tipo: mola hidráulica de piso (para eixo Santa Marina)
Diferenciais: facilidade na instalação e ajustes, alta durabilidade, permite abertura para os dois lados com dois controles de força e velocidade
Para aplicação com vidros: largura de até 1 m e 105 kg
Garantia: um ano

La Fonte 7500
Empresa: La Fonte (Grupo Assa Abloy)
Tipo: mola hidráulica de piso (para diversos tipos de eixo, como Blindex e Santa Marina)
Diferenciais: produto mais leve, durável e resistente, com válvulas para controle de velocidade
Para aplicação com vidros: largura de até 1,10 m e 120 kg
Garantia: três anos

Mola pneumática Marix
Empresa: Marix
Tipo: mola pneumática de piso (para eixo Santa Marina)
Diferenciais: pequena, permite a abertura da porta para ambos os lados e é blindada, impedindo a entrada de líquidos ou corrosão. Específica para instalação com fechaduras sem aba (devido ao seu mecanismo de abertura, a porta vai e vem em uma única velocidade, não permitindo a obstrução da aba da fechadura)
Para aplicação com vidros: largura de até 1,20 m (se instalada no canto) ou 2,40 m (se instalada no centro) e 120 kg
Garantia: cinco anos

Mola Merlin
Empresa: Linde Vidros
Tipo: mola hidráulica de piso (para eixos Blindex ou Santa Marina)
Diferenciais: tem ângulo de parada em 90 graus, abertura de até 116 graus e duas velocidades ajustáveis de fechamento
Para aplicação com vidros: largura de até 1,10 m e 135 kg
Garantia: um ano

ST 175
Empresa: Stanley
Tipo: mola hidráulica de piso (para eixos Alemão, Blindex, Casma, Santa Marina ou Sevax)
Diferenciais: produto compacto e com regulagem de potência para portas de 0,70 até 1,1 m de largura
Para aplicação com vidros: largura de até 1,10 m e 120 kg
Garantia: três anos

 

MOLAS AÉREAS

  • Hidráulicas, são facilmente instaladas na parte superior da porta;
  • Não precisam de recorte ou furação no vidro;
  • Podem ser aplicadas em portas já instaladas;
  • Precisam de suporte metálico para sua fixação sobre o vidro;
  • Permitem a abertura da porta somente para um dos lados.

DESTAQUES DE ALGUNS FABRICANTES

Molas Disafe
Empresa: Disafe
Tipo: mola hidráulica aérea
Diferenciais: modelos com custos bastante acessíveis e alta qualidade
Para aplicação com vidros: largura de até 1,10 m e 80 kg (para força fixa 4)
Garantia: três anos

A530
Empresa: Soprano
Tipo: mola hidráulica aérea
Diferenciais: sistema único de regulagem, possui braço que permite a regulagem da mola sem retirá-la da porta e diferentes opções de acabamento
Para aplicação com vidros: largura de até 1,10 m e 90 kg (para força fixa 4)
Garantia: um ano

 

MOLAS TIPO DOBRADIÇA

  • Modelos mais recentes do mercado;
  • Produtos diferenciados (fogem do padrão) e de fácil instalação;
  • Costumam ter regulagem básica de velocidade, sem ajuste fino de fechamento da porta;
  • Proporcionam visual moderno;
  • Indicadas para portas leves, como as de boxes de banheiro

DESTAQUES DE ALGUNS FABRICANTES

Mola tipo dobradiça Glass Vetro
Empresa: Glass Vetro
Tipo: mola hidráulica tipo dobradiça
Diferenciais: recém-lançada no mercado, contribui para a estética da porta e conta com diferentes opções de acabamento (como polido ou escovado)
Para aplicação com vidros: largura de até 1 m e 100 kg
Garantia: um ano

 

Cuidado com as barbeiragens!
Segundo João Gilberto, técnico da Glass Vetro, cerca de 30% dos problemas em molas hidráulicas acontecem por erros na instalação. Os mais comuns são:

  • Instalação da mola desnivelada ou fora de prumo em relação à porta;
  • Uso de ferragens (eixos para molas de piso, braços de apoio para molas aéreas) inadequadas, de fontes não confiáveis;
  • Instalação da porta com dimensões ou peso que a mola não suporta;
  • Ajuste malfeito da força e das válvulas;
  • Retirada dos parafusos que regulam a velocidade.

Siga as indicações da fabricante! Se tiver dúvidas, nada de fazer o que acha ser o certo: peça ajuda. A Stanley, por exemplo, tem em seu site uma ferramenta que indica ao vidraceiro a mola ideal para o seu projeto.

Todo erro tem sua consequência
Dentre os problemas que podem surgir pela instalação malfeita, estão:

  • Velocidade de fechamento desregulada;
  • Estalos durante a movimentação da porta;
  • Vazamento de óleo;
  • Corrosão ou desgaste da mola.

Os dois primeiros problemas podem ser resolvidos com o acerto da regulagem, nivelamento e prumo da mola ou com a troca da ferragem. Já nos outros casos, Rafael Russo, supervisor de Pricing da Assa Abloy, explica que a única solução é a troca da mola. Olha o prejuízo aí!

 

Hora de saber o que é mito e o que é verdade

A temperatura interfere no funcionamento da mola – VERDADE
Variações muito elevadas de temperatura podem alterar a viscosidade do óleo, o que interfere na velocidade do fechamento da porta. É o que diz Rui Mendes, gerente da Stanley no Brasil. “Em condições normais, essa alteração na viscosidade não é relevante”, ressalta Gabriel Zahdi, especialista de Produto e Processo da Linde Vidros (que conta com linha própria de molas de piso, a Merlin). Caso você encontre esse problema, Bernardo Grimberg, diretor-comercial da BonnaDio, sugere nova regulagem das válvulas de controle de velocidade da mola. Alguns produtos também já vêm preparados: William Castro, gerente da dorma+kaba, diz que as molas da empresa têm válvulas com característica termoconstante, contraindo-se quando o óleo fica mais fino e dilatando-se quando ele fica mais grosso.

Devo vedar a minha mola com parafina – MITO
Foi-se o tempo em que os vidraceiros usavam parafina aquecida nesse trabalho! Hoje encontramos selantes inertes bicomponentes desenvolvidos especificamente para isso. A vedação da tampa da mola é uma etapa fundamental ao final da instalação — ela protege o produto da oxidação, principalmente em ambientes externos e regiões litorâneas. Uma das opções é o Sealprotect, da dorma+kaba. Segundo Dante Boccuto, diretor-comercial e de Serviços da empresa no Brasil, trata-se de um produto de fácil aplicação, com alto poder de adesão e rápida cura: protege a mola contra a corrosão causada pela água e produtos de limpeza.

As molas são diferentes para ambientes externos e internos – VARIÁVEL
As empresas consultadas informam que, em geral, essa diferenciação não existe. Mas há as que pensam diferente, como a Marix. Conceição Santana, gerente de Vendas da empresa, ressalta que suas molas são exclusivas para ambientes internos. Instalações em áreas externas precisam levar em conta não só o vidro, mas também fatores como a força dos ventos e o calor direto do Sol sobre a mola (que pode interferir na viscosidade do óleo). Fabiano Morais, sócio-diretor da Disafe, aponta que molas em ambientes internos precisam de atenção com as mudanças de temperatura causadas por equipamentos como ar condicionado, os quais também interferem na viscosidade do óleo.

 

Você conhece as soluções mecânicas?
Além das molas, algumas aplicações de vidro contam com soluções mais simples para o controle do fechamento de portas pivotantes. É o caso das dobradiças tradicionais para boxes de banheiro.

Recentemente, a Ideia Glass incorporou um mecanismo especial embutido nos sistemas do Kit Certo e da Porta Certa. Seu funcionamento é 100% mecânico e é capaz de segurar a porta e garantir a suavidade em seu fechamento, mesmo sem contar com regulagem de velocidade.

Mas, atenção: essas soluções não substituem as molas! Veja os detalhes do projeto de instalação para definir o produto que atende as necessidades do cliente.

 

Fale com eles!
Assa Abloy — www.yalelafonte.com.br
BonnaDio — www.bonnadio.com.br
Disafe — www.disafe.com.br
dorma+kaba — www.dormakaba.com
Glass Vetro — www.glassvetro.com.br
Gold News — www.goldnews.com.br
Ideia Glass — www.ideiaglass.com.br
Linde Vidros — www.lindevidros.com.br
Marix — www.mmarix.com.br
Soprano — www.soprano.com.br
Stanley — www.stanleysolucoesvidro.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos