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Segurança adequada à transparência

Fechaduras: conheça os materiais, padrões e como é feita a sua fixação em portas e janelas de vidro

Pelos atributos únicos que o vidro pode fornecer, portas e janelas feitas com o material estão frequentemente aplicadas em projetos de arquitetura e construção. Mas, embora o vidro seja o principal elemento desses produtos, seu funcionamento depende das ferragens nele utilizadas, dentre as quais estão as fechaduras.

Como desempenham função essencial de segurança, todo cuidado em sua especificação e instalação é pouco. Por isso, conheça a seguir um pouco mais sobre as fechaduras voltadas para o nosso material.

Anatomia externa da fechadura

  • Corpo — Principal componente da fechadura, além de exercer a função de travamento, é nele que a estética do produto pode ser observada;
  • Parafusos de fixação — São eles que prendem o corpo da fechadura ao vidro. Também devem resistir aos esforços sofridos pelo produto durante seu uso;
  • Guarnição — Camada não metálica (cortiça, por exemplo) colocada entre o corpo da fechadura e o vidro, para evitar contato direto e o deslocamento do vidro em relação à ferragem.

Possibilidades de fabricação
Não há um material específico a ser usado nas fechaduras para vidro (veja mais no quadro Normalização em andamento). Algumas das opções disponíveis no mercado são:

  • Aço inox — Segundo Armando Perrini, gerente de Engenharia da Pado, essas fechaduras são indicadas para regiões litorâneas, por apresentarem alta resistência à corrosão;
  • Alumínio — Para Wellington Neves, gerente de Negócios de Ferragens e Acessórios para Vidros da Gold News, o alumínio destaca-se por sua ótima resistência mecânica e leveza. Uma fechadura de alumínio apresenta peso menor do que uma de aço, por exemplo;
  • Polímero (plástico) — Max Del Olmo Filho, diretor-comercial da AL Puxadores, aponta uma das vantagens do polímero: ele permite a fabricação de fechaduras injetadas com o mesmo padrão de medidas, sem necessidade de acabamentos como lixação ou polimento do produto;
  • Zamac — Trata-se de uma liga de zinco. João Rett, responsável pelo Departamento Técnico da Glass Vetro, informa que o zamac não leva minério de ferro em sua composição e, por isso, o material não sofre oxidação nem fadiga. Alex Ker, gerente de Projeto, Processo e Qualidade da Stam, acrescenta que essa liga apresenta maior resistência mecânica que o plástico.

Preparando o vidro
Uma etapa fundamental que antecede a instalação é a definição da forma geométrica a ser desenhada e cortada no vidro para que a fechadura possa ser encaixada a ele perfeitamente.

Atualmente, no Brasil, há dois padrões principais utilizados:

  • Blindex  Consiste na furação do vidro, com a fechadura sendo então sobreposta à peça;
  • Santa Marina  Consiste no recorte do vidro, com a fechadura embutida no espaço recortado.

Segundo Del Olmo Filho, da AL Puxadores, as fechaduras padrão Blindex são mais utilizadas em portas de correr, enquanto as de padrão Santa Marina são bastante instaladas em portas pivotantes.

Variedade no mercado
Confira alguns produtos que as empresas que atenderam à nossa reportagem oferecem, incluindo as principais novidades de seus catálogos:

  • AL Puxadores — Trabalha com fechaduras de polímero no mercado nacional, disponíveis para os padrões Blindex e Santa Marina;
  • Glass Vetro — Além de fechaduras convencionais, também comercializa elétricas, de aço inox.
  • Gold News — Dois de seus modelos mais recentes de fechaduras, a 60A-13 (para porta pivotante) e a 750 ET (para porta de correr), de aço inox, são travadas por chaves multipontos, proporcionando maior segurança.
  • Pado — A linha Pado Glass, lançada em 2014, contempla fechaduras para portas e janelas de vidro, com modelos disponíveis para os principais padrões de recorte no Brasil (Blindex e Santa Marina), tanto para portas de correr como pivotantes.
  • Stam — Desde 2014, produz fechaduras elétricas para portas de vidro temperado. A linha traz opções para portas de uma ou duas folhas, com rasgo ou com furos, e os produtos contam com acionamento elétrico de 12 V.

Normalização em andamento
A Comissão de Estudo Especial de Ferragens (ABNT/CEE-188) está elaborando um projeto de norma (PN) contemplando as principais ferragens para vidro. Entre elas estão dobradiças, trincos, puxadores, roldanas — e, claro, fechaduras.

Roney Margutti, gerente de Tecnologia do Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais não Ferrosos no Estado de São Paulo (Siamfesp) e coordenador da ABNT/CEE-188, explica que o PN não apresenta restrições para as matérias-primas usadas na fabricação das fechaduras ou para o design do produto final. Contudo, a fechadura deverá atender as especificações de desempenho quanto às cargas horizontal e vertical suportadas, resistência ao torque e à corrosão, além de não permitir a proliferação de fungos ou bactérias. A padronização dos recortes também é abordada no texto do projeto, com as regras para essa atividade sendo apresentadas na ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações.

A parceria entre o Siamfesp e a Abravidro foi fundamental para a elaboração do projeto, harmonizando as especificações e aplicações dos vidros com a fabricação e produção das ferragens. Segundo Margutti, o PN está em fase de conclusão e deve ser liberado para consulta nacional pela ABNT ainda este ano.

Instalando a fechadura
Para Rett, da Glass Vetro, a instalação de fechaduras no vidro — mesmo as elétricas (acionadas por corrente elétrica) ou biométricas (acionadas pela impressão digital do usuário) — é prática e feita com as mesmas ferramentas usadas no dia a dia do vidraceiro. Apesar disso, há alguns cuidados que precisam ser tomados para evitar perdas e retrabalhos:

  • Atenção às especificações — Alex Ker, da Stam, observa ser fundamental saber de antemão o tipo de porta (pivotante ou de correr), o código de descrição da fechadura (que fornecerá os detalhes sobre o produto), a espessura do vidro e o padrão de recorte da peça;
  • Fixação na medida certa — Os parafusos precisam ser bem-apertados, explica Perrini, da Pado. Contudo, excessos podem danificar o vidro;
  • Acertando o encaixe — Embora possa parecer óbvio que a fechadura deve estar alinhada com a contrafechadura (ferragem na qual o travamento será feito), o erro nessa etapa ainda é comum, aponta Alex Ker, da Stam;
  • Parte sensível — Wellington Neves, da Gold News, alerta para o cuidado a se tomar com as quinas do vidro ao se instalar a fechadura. Por ser a parte mais frágil da peça, se uma quina sofrer algum impacto, pode levar à quebra;
  • Expansões consideradas — Rett, da Glass Vetro, lembra que tanto as ferragens como o vidro sofrem dilatação quando expostos a temperaturas diferentes — por isso, na hora de encaixar a fechadura na porta ou janela, é necessário deixar espaço para a folga.

No exterior
São inúmeras as empresas que fabricam ou comercializam fechaduras para vidro fora do Brasil. Dentre os principais materiais usados em sua fabricação, estão ligas de zinco e aço inoxidável, podendo receber acabamentos de níquel, cromo ou plástico. Os cortes necessários para o vidro seguem padrões diferentes do brasileiro — e alguns modelos, segundo suas fabricantes, não requerem furação ou recortes na peça.

As opções tecnológicas também se destacam: o mercado internacional oferece uma grande variedade de fechaduras acionadas por painel digital, biometria ou via controle remoto. Algumas são capazes de armazenar mais de cem códigos ou dígitos, enquanto outras combinam diferentes funções, permitindo ao usuário destravá-las com senha, impressão digital ou chave.

Fale com eles!
ABNT — www.abnt.org.br
AL Puxadores — www.alindustria.com.br
Glass Vetro — www.glassvetro.com.br
Gold News — www.goldnews.com.br
Pado — www.pado.com.br
Siamfesp — www.siamfesp.org.br
Stam — www.stam.com.br

Portas de grandes dimensões: dicas para instalação

Profissionais das áreas de vidro e ferragem apontam os cuidados especiais a serem tomados

O vidro sempre proporciona transparência e leveza aos ambientes em que é instalado. E como melhor destacar esses atributos do que já na entrada, com uma porta de vidro de tamanho imponente, promovendo integração plena entre interior e exterior?

Hoje, vidraçarias pelo Brasil afora já instalam portas de vidro de grandes dimensões. Mas os profissionais devem ficar atentos: embora não haja muita diferença nas etapas desse trabalho em relação à instalação de portas de vidro de tamanho convencional, a medida e o peso da peça exigem cuidados e ferragens especiais.

O Vidroplano conversou com profissionais das áreas de vidro e ferragem para saber as peculiaridades na instalação dessas peças, os materiais disponíveis para esse tipo de trabalho e os erros cometidos com maior frequência. Confira!

 

Quando o barato sai caro
Muitos dos erros na instalação de portas de grandes dimensões vêm de decisões tomadas antes da atividade propriamente dita. Leandro Gonçalves, gerente de Projetos da Divinal Vidros, enfatiza: “O consumidor precisa exigir do revendedor um projeto elaborado com todas as especificações, tipo de ferragem, espessura do vidro, responsável-técnico etc.”

Confira alguns erros comuns:

  • Falta de atenção às características da alvenaria que receberá a peça — deve-se verificar se ela é capaz de suportar os pontos de fixação das ferragens para a instalação;
  • Especificação errada das ferragens — muitas vezes, usam-se produtos voltados para portas de dimensões convencionais;
  • Instaladores sem os equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados, como óculos de segurança, luvas (que também garantem a aderência ao vidro), mangotes, botas com biqueira e, dependendo do caso, capacetes;
  • Falta de preparo dos instaladores, levando à realização de improvisos para corrigir os erros cometidos ao longo do processo.

 

A partir de que tamanho uma porta de vidro pode ser considerada de grandes dimensões?
Não há consenso que defina a partir de que medida a peça a ser usada deixa de ser considerada de tamanho convencional. Contudo, Alexandre Baccari, responsável pelas áreas de Arquitetura e Engenharia da Glass Vetro, alerta que a instalação de qualquer vidro de dimensões acima de 1,3 x 2,25 m já precisa de cuidado maior.

Com relação à espessura, Laurenil de Castro, diretora da Belcom e Belga Metal, aconselha: “Para vidros muito grandes, não recomendamos o uso do vidro de 8, mas sim de 10 ou 12 mm. Isso proporciona maior estabilidade à porta, ainda que ela seja mais alta.”

 

Como saber o peso da porta de vidro?
O cálculo é feito a partir da equação abaixo:

Peso (em kg) = 2,5 x espessura (em mm) x área (altura x largura, em m²)

Nelson Libonatti, diretor da Glass Vetro, explica que toda ferragem deve conter em seus catálogos ou embalagens as informações para qual peso, tamanho ou espessura pode ser utilizada.

Veja tabela com alguns exemplos de peso de vidros na edição mobile de O Vidroplano (maio/2015).

 

Atenção aos detalhes!

  • Atenção com as ferragens: Baccari, da Glass Vetro, aponta que, para grandes dimensões, é fundamental trabalhar com sistemas pivotantes, molas e produtos desenvolvidos especialmente para esse tipo de instalação. Nas portas de correr, Alex Cardoso, técnico da Glasspeças, aconselha o uso de um número maior de roldanas — consulte-se o departamento técnico da fabricante das peças para saber o ideal.
  • A união faz a força: caso a obra não permita o uso de talhas ou carrinhos, o vidro deve ser carregado por três ou quatro pessoas, na vertical (em pé), apoiado pelas bordas.
  • Instalando a dobradiça: ferragens para portas de grandes dimensões devem apresentar diferenciais como composição reforçada, dimensões maiores para ampliar o contato com o vidro e mais parafusos para assegurar a fixação da porta.
  • Medição de nível a laser: tecnologia garante mais precisão para instalação de peças de maiores dimensões.

 

Conheça algumas soluções

Produto e empresa Características
Dobradiças Biloba, Triloba e Única, da Belcom Dispensam o uso de mola hidráulica. A Biloba e a Única suportam vidros de até 100 kg, enquanto a Triloba é ideal para portas de vidro de até 150 kg.
Dobradiças 9101 Jumbo e 9103 Jumbo, da Belga Metal Suportam vidros de até 130 kg. “Elas são de aço inox, maiores que as convencionais e mais resistentes”, explica Laurenil de Castro, da Belga Metal.
Max Dobradiça Superior Pivotante, Max Dobradiça Inferior Pivotante e Max Dobradiça Inferior com miolo de inox para uso de molas de piso, da Elber Ferragens “A instalação é feita normalmente, observando-se as características da alvenaria que receberá o vidro”, afirma Simone Camilo, gerente-comercial da Elber. A carga máxima que suportam fica em torno de 120 kg por peça de vidro.
Dobradiça PG, da Glasspeças A ferragem, para vidros de até 1,4 m, é de latão. É reforçada e de tamanho maior, com cinco parafusos de fixação em recorte padrão mais dois furos, o que garante área maior de contato com o vidro.
Sistemas para portas pivotantes, da Glass Vetro Os sistemas da Glass Vetro atendem um tamanho médio de portas. Os pivotantes de linha suportam em torno de 110 a 130 kg.


Nota da redação: O Vidroplano agradece à Tecnoglass por permitir o acompanhamento do processo de instalação de uma porta de vidro de grandes dimensões para a produção das fotos que ilustram esta reportagem

 

Fale com eles!

Belcom — www.belcomsolutions.com.br
Belga Metal — www.belgametal.com.br
Divinal Vidros — www.divinalvidros.com.br
Elber Ferragens — www.elber.com.br
Glasspeças — www.glasspecas.com.br
Glass Vetro — www.glassvetro.com.br
Tecnoglass — tecnoglass@globo.com

Garanta a segurança dos guarda-corpos

Confira os cuidados que devem ser tomados na instalação dos vidros e ferragens

Guarda-corpos de vidro proporcionam a um ambiente leveza, transparência e limpeza estética. No entanto, é importante lembrar que sua principal função é garantir a segurança, tanto das pessoas que se encontram em sua proximidade, contra o risco de queda acidental, como de quem está no patamar abaixo de onde ele está fixado. Exatamente por isso, sua instalação deve ser feita com o máximo de cuidado.

Buscando ajudar os profissionais do nosso setor na instalação de guarda-corpos de forma que eles proporcionem toda a proteção possível, O Vidroplano apresenta, a seguir, as recomendações presentes na norma ABNT NBR 14718:2008 — Guarda-corpos para edificação, bem como orientações de especialistas sobre como executar os principais procedimentos.

Vidro para guarda-corpos: apenas laminados (sendo temperados laminados ou não) ou aramados podem ser utilizados, segundo a NBR 7199 — Projeto, execução e aplicações de vidros na construção civil – Procedimento, citada na norma para guarda-corpos

Medição do vidro: a altura considerada da parte superior do corrimão até o ponto mais alto do espaço em que circulam as pessoas deve ser maior ou igual a 1 m. Em instalações em superfícies de até 0,45 m acima do nível de circulação de pessoas, a altura da parte superior do corrimão até o ponto mais alto dessas superfícies deve ser de, no mínimo, 0,9 m

Parabolt (chumbador por expansão composto por parafuso, “camisa” de expansão e porca) para ancoragem (sistema para fixação de guarda-corpos ou de seus componentes na estrutura da edificação, no qual se concentram as cargas horizontais e de impacto): segundo Antônio Cardoso, da AC&D, ele nunca deve ser de aço comum (sujeito a corrosão, o que ameaça a integridade do sistema) e seu espaçamento e demais detalhes precisam ser especificados em projeto. Devem ser de alumínio, aço inox ou de ligas aço-cobre ou aço-carbono galvanizadas.

Equipamentos de proteção individual (EPIs): para a instalação de guarda-corpos de vidro, recomenda-se o uso de óculos de segurança, protetores auriculares, luvas (de aramida ou similar) e botas com biqueira de aço — para instalações em locais com risco de queda, cinto de segurança

Os locais sob as áreas de envidraçamento, durante sua execução, devem ser interditados para fins de segurança pessoal ou, caso não seja possível, devem ser adequadamente protegidos

Ao ser instalado no perfil, vidro recebe cunhas, peças usadas na sua fixação e alinhamento, para ficar firme e bem apoiado. Além disso, as bordas do vidro não devem ter contato direto com as peças metálicas, com o piso ou entre si — intercalários como calços de borracha são usados na separação

Importante!

O consultor Antônio Cardoso, da AC&D Consultoria em Alumínio, aponta: antes da instalação de guarda-corpos, é fundamental que o protótipo do sistema a ser fixado (incluindo o vidro) tenha sido testado nos ensaios de esforços estáticos horizontal e vertical e resistência a impactos. Deve-se também ter o domínio total das fases do projeto e treinar os funcionários envolvidos na atividade.

Norma em revisão

Atualmente, a NBR 14718 está em processo de revisão pela Comissão de Estudo Especial de Esquadrias da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/CEE-191) e, quando o texto estiver pronto, será apresentado à ABNT e entrará em processo de consulta nacional. Entre as mudanças previstas no projeto de revisão da norma, destaca a engenheira Fabíola Rago Beltrame, coordenadora da comissão e diretora do Instituto Beltrame da Qualidade, Pesquisa e Certificação (Ibelq), estão cargas maiores para os ensaios de guarda-corpos em locais de alta concentração de público, como shopping centers, aeroportos, hospitais e estádios.

As reuniões para essa revisão são realizadas na sede da Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal) e contam com participação de representantes da Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos (Abravidro), Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, fabricantes de guarda-corpos e consultores.

O que não se deve fazer

O engenheiro e arquiteto Alexandre Baccari, responsável pelas áreas de Arquitetura e Engenharia da Glass Vetro, aponta alguns dos erros mais comuns cometidos na instalação de guarda-corpos de vidro:

  • Uso de fixadores (como parabolts e chumbamento químico, entre outros) instalados de forma inadequada, o que pode diminuir a resistência dos guarda corpos e até levá-los a se soltar;
  • Instalação de vidros especificados de forma inadequada à aplicação e aos riscos que o local apresenta;
  • Uso de materiais que sejam inadequados ao uso e local, como ferragens de aço carbono em regiões litorâneas (em vez de aço inox ou alumínio anodizado);

Desconhecimento das normas para instalação, utilizando ferramentas e procedimentos inadequados, o que coloca o sistema dos guarda-corpos em risco.

Sistemas para guarda-corpos

Diferentes tipos de sistemas para guarda-corpos estão à disposição no mercado atualmente, de perfis a torres verticais, bottons e conectores, entre outros.

Conheça alguns desses produtos, as empresas que os comercializam e suas características — é sempre importante procurar os fabricantes de ferragens para saber a correta aplicação dos componentes dos sistemas e se manter atualizado sobre as novas ferramentas e produtos no ramo dos vidros.

Sistema e empresa Características
Sistema 4360, da Belcom Sistema de bottons de aço inox maciço, com parabolts. “Depois de fixar os parabolts ao substrato, basta rosquear o sistema neles, encaixar o vidro e finalizar a fixação com a tampa do guarda-corpo”, explica Laurenil de Castro, diretora da Belcom.
Infinity View, da Glass Vetro Sistema de perfil de alumínio anodizado. “O perfil é instalado sem furos no vidro e com a vantagem de engastamento inferior constante, dando mais rigidez e segurança ao sistema”, destaca Alexandre Baccari, da Glass Vetro.
Prolongadores Maxx, da Ideia Glass Sistema de prolongadores reguláveis, sem necessidade de aplicação de selante. “O essencial é fazer a furação no vidro de acordo com as medidas do local a ser aplicado e com o diâmetro do parafuso do prolongador, já considerando a folga para ajustes”, explica André Costanzo, gerente de Marketing da empresa. “Em seguida, o prolongador é instalado com um parabolt. O processo é muito simples.”
Easy Glass Slim e Easy Glass 3KN, da T2G Technical Glass Group e Q-Railing Sistemas com perfil de alumínio de base chumbado ao chão “O vidro é fixado com um kit de borrachas, calços e cunhas, que já vêm nos tamanhos e quantidades certos, de acordo com a espessura e comprimento dos vidros a serem utilizados”, destaca Martin Mittelstaedt, diretor-geral da Q-Railing para a América Latina.

 

Nota da redação: O Vidroplano agradece à Glass Vetro por permitir o acompanhamento do processo de instalação de guarda-corpos para a produção das fotos que ilustram esta reportagem

Fale com eles!

AC&D Consultoria em Alumínio — www.acdaluminio.com.br

CEE-191 — www.abnt.org.br/cee-191

Glass Vetro — www.glassvetro.com.br

Ibelq — www.ibelq.org.br

Ideia Glass — www.ideiaglass.com.br

Q-Railing — www.q-railing.com

T2G — www.t2g.com.br

Sistema e Empresa

Sistema e empresa Características
Infinity View, da Glass Vetro Sistema de perfil de alumínio anodizado. “O perfil é instalado sem furos no vidro e com a vantagem de engastamento inferior constante, dando mais rigidez e segurança ao sistema”, destaca Alexandre Baccari, da Glass Vetro.
Prolongadores Maxx, da Ideia Glass Sistema de prolongadores reguláveis, sem necessidade de aplicação de selante. “O essencial é fazer a furação no vidro de acordo com as medidas do local a ser aplicado e com o diâmetro do parafuso do prolongador, já considerando a folga para ajustes”, explica André Costanzo, gerente de Marketing da empresa. “Em seguida, o prolongador é instalado com um parabolt. O processo é muito simples.”
Easy Glass Slim e Easy Glass 3KN, da T2G Technical Glass Group e Q-Railing Sistemas com perfil de alumínio de base chumbado ao chão (no caso do 3KN, desenvolvido para suportar cargas muito pesadas em áreas públicas). “O vidro é fixado com um kit de borrachas, calços e cunhas, que já vêm nos tamanhos e quantidades certos, de acordo com a espessura e comprimento dos vidros a serem utilizados”, destaca Martin Mittelstaedt, diretor-geral da Q-Railing para a América Latina. Mariana Amos, responsável pela área de Marketing da T2G, complementa: “Basta encaixar o calço para apoio do vidro no perfil e, depois, aplicar a cunha para a fixação e alinhamento da peça”

 

Você sabe instalar espelho corretamente?

Confira o que se deve —  e não se deve — fazer na instalação do material de acordo com as normas

Espelhos oxidados, trincas na superfície, distorção óptica: esses são alguns dos problemas que surgem quando a instalação de espelhos não é feita de maneira correta.

Buscando ajudar os profissionais que trabalham nessa área, O Vidroplano preparou um “roteiro” especial para a instalação correta e segura de espelhos. Nesta reportagem, as fotos apresentam a instalação química (isto é, feita com o uso de adesivos), mas alguns procedimentos listados também se aplicam à instalação com elementos mecânicos — os cuidados específicos podem ser vistos no quadro abaixo.

Antes de instalar o espelho, é importante verificar suas medidas e as do espaço em que ele será colocado e conferir se a superfície que o receberá está limpa, seca e livre de umidade

Os adesivos (substâncias para fixação) devem ser elastoméricos neutros, como silicones de cura neutra de base alcoxi sem solventes tóxicos (fabricados por empresas como Adespec, Alpatechno e Tekbond) ou fitas dupla face isentas de solventes

Adesivos devem ser aplicados na superfície em que será feita a colagem em filetes na vertical — nunca na horizontal — para permitir a circulação de ar e evitar o acúmulo de umidade no verso do espelho

Na fixação, é fundamental que haja espaço de 3 mm entre o costado do espelho e o substrato, para permitir a circulação de ar e o escoamento da umidade

Seguir a norma é indispensável!

A Associação Brasileira de Normas Técnicas tem um texto específico para a instalação de espelhos: trata-se da NBR 15198 — Espelhos de prata – Beneficiamento e instalação.

É fundamental que todos os profissionais que trabalham com instalação de espelhos leiam essa norma, para saber todos os cuidados a serem tomados, evitar erros e ter conhecimento para responder às dúvidas de seus clientes.

Instalação mecânica

Esse tipo de instalação faz uso de elementos que não agem quimicamente para a fixação de espelhos. Veja a seguir os tipos de instalação mecânica e alguns cuidados para cada um.

  • Aparafusamento
  • Devem-se usar arruelas ou espaçadores plásticos em ambos os lados do espelho;
  • O aperto completo é feito apenas no final, preferencialmente pelas diagonais das peças;
  • Deve-se evitar o contato direto entre os parafusos de fixação e a peça do espelho, utilizando entre eles materiais como silicone neutro ou arruelas de borracha ou plástico.
  • Botão francês
  • Utilize apoio de borracha ou plástico, para evitar contato direto entre o metal e o espelho;
  • O número de botões a se usar deve ser proporcional às dimensões do espelho — segundo Luiz Cláudio Rezende, gerente industrial da Viminas, deve-se pedir ao fabricante do botão qual limite de peso ele suporta sem quebrar.
  • Molduras
  • Utilize molduras e elementos de fixação que não absorvam umidade;
  • Para instalação com molduras metálicas, use espaçadores macios (como calços de borracha ou clipes plásticos);
  • O espelho deve estar encaixado na moldura, com no mínimo 5 mm em todas as arestas;
  • Evite elementos de fixação que possam causar danos às superfícies e arestas do espelho.
  • Presilhas ou garras
  • O número de presilhas ou garras a serem utilizadas deve ser proporcional às dimensões do espelho;
  • Deve haver espaçamento de pelo menos 3 mm entre o costado do espelho e o substrato.

O que NÃO se deve fazer

Wagner Domingues, coordenador de Engenharia de Aplicação da Cebrace, aponta alguns dos erros mais frequentes na instalação química de espelhos:

  • Usar colas com solventes orgânicos (como “colas de sapateiro” e “colas para tapete”) para a fixação, em vez de silicone neutro ou adesivo recomendado pela fabricante do espelho;
  • Não nivelar a superfície em que o espelho será colado, quando for necessário;
  • Aplicar o adesivo em forma de círculos, o que gera acúmulo de umidade e causa a oxidação do espelho;
  • Usar quantidade insuficiente de material de colagem de acordo com o tamanho e peso do espelho;
  • Não usar protetor de borda, o que facilita a oxidação;
  • Usar mantas ou jornais entre o espelho e a parede, o que propicia o surgimento da umidade por bloquear a ventilação;
  • Usar cera automotiva para “limpar” o espelho — como o produto costuma ter solventes ou silicones, causa manchas no espelho.

A equipe do departamento técnico da Guardian observa outros problemas comuns:

  • Espelhos instalados em saunas, banheiros, piscinas ou qualquer outro ambiente com alto índice de umidade ou atmosfera corrosiva são propensos à oxidação;
  • Não é recomendado o uso de iluminação tipo spot direcionado diretamente ao espelho, pois gera muito calor e pode deteriorar a camada de prata ou trincar a peça.

Fale com eles!

ABNT — www.abnt.org.br

Abravidro — www.abravidro.org.br

Adespec — www.adespec.com.br

Alpatechno — www.alpatechno.com.br

Cebrace — www.cebrace.com.br

Guardian — www.guardianbrasil.com.br

IV Centenário — (11) 2091-5833

Tekbond — www.tekbond.com.br

Nota da redação: O Vidroplano agradece à IV Centenário por permitir o acompanhamento do processo de instalação de espelhos para a produção das fotos que ilustram esta reportagem