Para uma gestão mais eficiente

domingos-fev2022Fevereiro começou com grandes expectativas por aqui. Disparamos um breve questionário para dar origem ao nosso novo indicador (ainda em fase piloto), o Termômetro Abravidro. Consulta feita, temos o primeiro resultado. Em janeiro de 2022, as vendas, em metros quadrados, registraram queda de pouco mais de 6% em comparação com o mês anterior. Sabemos que dezembro e janeiro são meses com dinâmicas diferentes e volume de demanda também diferente, mas é assim que se começa uma série histórica: dando o primeiro passo.

Nosso objetivo é divulgar mensalmente para o mercado uma referência da performance de vendas das processadoras em metros quadrados. O Termômetro se soma ao Panorama Abravidro, estudo econômico que, no ano passado, completou uma década e registra dados anuais do segmento de vidros planos processados não automotivos.

As duas iniciativas são contribuições valiosas da Abravidro ao setor vidreiro. Para as processadoras, são uma referência da média do mercado para comparação com os resultados individuais de suas empresas. A outros atores sinalizam o momento do setor e podem dar bons indícios da intenção de compras de insumos, investimentos e outros.

E se acreditamos verdadeiramente no impacto dessas referências para a gestão eficiente das empresas do setor, temos outra certeza: para que possamos seguir produzindo esses dados, é fundamental que os representantes dessas mesmas empresas que se beneficiam dos resultados participem, com as suas informações, dos nossos levantamentos. Nunca é demais dizer: os dados individuais estão protegidos por termo de confidencialidade assinado entre a Abravidro e a GPM Consultoria e são acessados apenas pela equipe econômica, responsável por agrupá-los e consolidá-los para divulgação pela Abravidro.

Por isso, este mês aproveito para convidar você, profissional da cadeia de processamento, a responder ao questionário do Panorama Abravidro que vai trazer os principais dados do setor no ano de 2021. Se sua empresa não recebeu o link para a pesquisa, basta entrar em contato com a nossa equipe. Toda participação é bem-vinda! Vai ser especialmente interessante comparar esses resultados com os de 2020, início da pandemia, e também com o já distante 2019, quando não fazíamos ideia do que nos aguardava. Esses exercícios de análise nos permitem reflexões e insights diferenciados, além de aprendizados sobre a realidade das nossas empresas e a média do mercado. Nosso setor conta com você!

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Termômetro Abravidro já está no ar

A Abravidro acaba de lançar o Termômetro Abravidro, o indicador que será complemento do Panorama Abravidro, antes o único estudo econômico sobre a produção vidreira nacional. O Termômetro está na fase piloto — e, por isso, sua 1ª edição foi feita apenas consultando empresas ligadas à diretoria da associação. Nas próximas, as demais processadoras do País serão convidadas a participar.

De olho no desempenho
Graças a esse indicador, as processadoras conseguirão verificar mensalmente o desempenho do mercado nacional. “A Abravidro está sempre em busca de apoiar as beneficiadoras na gestão eficiente dos seus negócios”, frisa José Domingos Seixas, presidente da entidade. “Com o Termômetro, teremos no começo de cada mês um retrato do desempenho médio de vendas dos processados, uma referência importante para todos nós. Ao longo do tempo, será construída uma série histórica que nos permitirá registrar impactos da sazonalidade e eventos ocorridos em períodos específicos.”

Importante:
– A apuração e consolidação dos dados estão a cargo da GPM Consultoria, também responsável pelo Panorama;

– Os dados são tratados com a mesma confidencialidade que caracteriza o Panorama. Não serão divulgadas, sob hipótese alguma, informações individuais das empresas;

– A equipe da Abravidro não tem acesso às respostas — elas são direcionadas apenas aos economistas.

Clique aqui para conferir os números da 1ª edição do indicador. Segundo os dados apurados, em janeiro de 2022 houve pequena queda nas vendas em relação a dezembro. Veja também qual a metodologia do estudo.

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Texto de norma ISO é enviado para consulta nacional

A adoção da ISO 9050:2003 como norma brasileira relativa à transmitância solar do vidro está próxima de acontecer. O Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37) já enviou o texto da futura ABNT NBR ISO 9050 — Vidros na construção civil – Determinação de luz, transmissão direta solar, transmissão total de energia solar e propriedades relacionadas ao vidro para entrar em consulta nacional. Assim que o documento for disponibilizado no site da ABNT, os interessados poderão avaliar seu conteúdo por um período de 30 dias.

Normalizando a transmitância do vidro
Segundo Luiz Barbosa, coordenador da comissão de estudos responsável pela elaboração da ABNT NBR ISO 9050, a futura norma especifica os métodos de determinação da transmissão de luz e energia da radiação solar para vidros aplicados como elemento de fechamento nas fachadas das edificações. “Ela é aplicável tanto às unidades convencionais de vidros como à absorção ou reflexão de vidros de controle solar, utilizados como elemento de fechamento nas fachadas”, destaca Barbosa.

No documento técnico serão apresentadas fórmulas para as diferentes composições de vidros – ou seja, monolíticos, laminados e insulados. Além disso, os procedimentos gerais de cálculo são estabelecidos para as unidades constituídas por mais de um componente. “Esses dados característicos podem servir de base para cálculos de iluminação, aquecimento e ventilação de ambientes e devem permitir a comparação entre os diferentes tipos de vidro”, aponta Barbosa.

A nova norma, portanto, de acordo com o coordenador da comissão de estudos, irá colaborar para ratificar o que os especialistas de vidro vêm promovendo há muito tempo: o vidro, quando bem especificado, pode contribuir para a eficiência energética de edificações, mesmo em grandes percentuais de abertura de fachada (PAF).

Avaliando as propriedades do vidro
Um dos principais itens dentro da futura ABNT NBR ISO 9050 diz respeito à determinação dos parâmetros de caracterização do vidro, tais como:

– Desempenho das medições ópticas;

– Transmissão luminosa;

– Reflexão luminosa;

– Transmissão total de energia solar (fator solar do vidro);

– Transmissão UV (porcentagem de luz ultravioleta filtrada pelo vidro);

– Fator de dano à pele;

– Renderização de cores.

A norma também contém um anexo com exemplos dos procedimentos de cálculos.

Crédito da imagem: joyecheung/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Caleidoscópio – fevereiro 2022

DADOS & FATOS

Indústria cresce em 2021
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021 a indústria avançou 3,9%, após dois anos seguidos de queda. Apesar do resultado positivo, a elevação ainda não foi suficiente para compensar a perda de 2020, quando o setor foi fortemente afetado pela pandemia e recuou 4,5%.

Pequenas em alta
Segundo o Panorama da Pequena Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de desempenho dessas empresas no último trimestre de 2021 ficou em 47,7 pontos, acima da média histórica de 43,4 pontos. É o segundo ano consecutivo em que o índice pode ser considerado positivo no quarto trimestre.

Desempenho dos moveleiros
O setor moveleiro, consumidor de vidros planos, fechou 2021 com receita de mais de R$ 78 milhões e com alta de 2,71% em peças fabricadas. A informação é da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel).

Janeiro preocupante para as montadoras
Enquanto isso, a produção de veículos no primeiro mês deste ano foi 27,4% menor que no mês anterior e as vendas caíram 26,1%. Para ser ter uma ideia da queda, a produção voltou ao nível de 19 anos atrás e as vendas internas retrocederam ao volume de 17 anos atrás. “Os problemas causados pela ômicron deverão ser amenizados nos próximos dois meses, permitindo um quadro mais próximo da normalidade em todas as atividades”, estima Luiz Carlos Moraes, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), responsável pelo levantamento.

 

FIQUE POR DENTRO

Lisec otimista para 2022

Quando a multinacional austríaca Lisec enviou suas considerações para a reportagem de capa de O Vidroplano de janeiro, sobre as expectativas do setor para 2022, nossa redação já tinha fechado os arquivos para enviar a publicação para gráfica. No entanto, segue abaixo a visão da empresa a respeito desse assunto:

“2021 foi excelente para a Lisec no mundo, tendo sido o ano com recorde de pedidos na história de mais de seis décadas da companhia. E também foi bom para os negócios no Brasil e na America Latina como um todo. Para 2022, estamos otimistas e acreditando no mercado videiro — do nosso ponto de vista, acreditamos que poderemos repetir o resultado de 2021. Estamos cada vez mais vendo a preocupação do setor com a automação das linhas produtivas, o que garante maior produtividade, processos de menor custo e qualidade reprodutível e assegurada. Já teremos uma planta toda automatizada no Brasil agora em 2022 e temos vários outros clientes nos procurando para projetos similares. Isso deixará nosso mercado mais próximo dos processadores dos países desenvolvidos.” Luiz Garcia, diretor da Lisec Sudamerica

 

RETROVISOR

Vidro no prédio mais alto do mundo
O Vidroplano de fevereiro de 2010 tem na seção “Vidro em Obra” reportagem sobre o então recém-inaugurado Burj Khalifa, prédio mais alto do mundo e localizado em Dubai, Emirados Árabes. O arranha-céu tem 800 m de altura e 174 mil m² de vidro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conteúdo que não para

Em janeiro, comentei neste espaço sobre a nova seção de O Vidroplano chamada “Ano Internacional do Vidro”, criada para participarmos da comemoração da data definida pela ONU para celebrar o importante papel do produto na sociedade. Mas as boas novas da revista não param por aí.

Como você deve ter visto na capa desta edição, fazemos a estreia de uma série especial de reportagens a respeito de maquinários para processamento. O foco é mostrar o que deve ser levado em conta na hora de trocar esses equipamentos. É possível reformá-los ou atualizá-los? Como escolher uma máquina nova? Este mês, falamos sobre mesas de corte – e nos seguintes, até maio, passaremos pelos outros processos: lapidação, lavagem e têmpera.

Outra novidade é a inclusão do novo indicador da Abravidro, o Termômetro Abravidro, como seção fixa desta publicação. Graças a ele, as processadoras conseguirão verificar mensalmente o desempenho do mercado nacional em relação às vendas dos processados.

Além disso tudo, vale ficar de olho nas demais matérias, como a da seção “Para sua vidraçaria”, que explica como o vidraceiro pode usar a prática recomendada ABNT PR 1010 em seu dia a dia, e também a da “Arquitetura & design”, trazendo soluções arquitetônicas para vidros e espelhos em condomínios residenciais.

Boa leitura!

Iara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Abravidro oferece mais de 350 cursos online

O começo de um novo ano é sempre um excelente período para promover a capacitação da sua equipe. Afinal, diversos setores das empresas vidreiras precisam constantemente atualizar seus conhecimentos, tanto nas áreas de logística, vendas e administração, como em finanças, entre as diversas áreas de especialidades.

Nesse sentido, a Abravidro disponibiliza uma excelente opção para seus associados: mais de 350 treinamentos online gratuitos. A seguir, saiba como esses cursos funcionam e como fazê-los.

Aprendizado a distância
A possibilidade de realizar os treinamentos remotamente acaba sendo um excelente atrativo para seus funcionários. Todos os cursos online da Abravidro estão disponíveis no formato de videoaulas. Pode-se assistir a elas, utilizando o aplicativo da própria plataforma, pelo computador, celular e tablets.

Esses treinamentos a distância estão divididos em dois grupos com base na sua duração:

– Introdutórios: de 2 a 10 horas

– Longa duração: de 60 a 80 horas

Catálogo variado
Conforme destacado no começo da reportagem, há mais de 350 cursos online disponíveis. Eles estão distribuídos entre 11 áreas de especialidades:

– Administração

– Contabilidade

– Direito

– Finanças

– Gestão e Liderança

– Idiomas

– Informática

– Logística

– Publicidade e Marketing

– Recursos Humanos

– Vendas

Cada uma das especialidades conta com diversos treinamentos, vários deles alinhados às novas tecnologias e demandas do mercado. Em Vendas, por exemplo, é possível acompanhar aulas sobre e-commerce, Facebook Marketplace, loja no Instagram e vendas B2B (business-to-business, de uma empresa para outra). Já na área de Logística, é possível aprender sobre a gestão 4.0 desse segmento. Assim, esses cursos contribuem para que sua empresa possa estar sempre atualizada e preparada para o futuro.

Para empresas interessadas em expandir seus negócios para fora do Brasil, a área de Idiomas oferece cursos de inglês, espanhol, francês e italiano. E quem acompanhou as reportagens de O Vidroplano nos últimos anos sabe que é essencial estar por dentro da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e do sistema eSocial – há aulas voltadas para ambos, respectivamente nas áreas de Direito e de Recursos Humanos. Aproveite!

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Imagem: Lek/stock.adobe.com

 

Valorização da equipe
A capacitação profissional dos colaboradores da sua empresa é refletida no desempenho de suas atividades, trazendo melhores resultados. Mas o benefício dos cursos online para eles vai além: ao proporcionar a oportunidade de se qualificar, os funcionários passam a se sentir reconhecidos e incentivados, reforçando o espírito de equipe e motivando seu desempenho.

Vale destacar que, ao final de cada curso, o aluno passa por uma avaliação – e, caso alcance o índice de aprovação necessário, ele receberá um certificado com informações de carga horária e detalhamento do conteúdo programático do curso, que poderá imprimir para atestar sua formação no treinamento.

Como se inscrever?
As inscrições são feitas pelo e-mail cursos@abravidro.org.br, sendo necessário informar os seguintes dados:

– Nome da empresa em que trabalha;

– Nome completo do funcionário;

– CPF;

– Número do celular;

E-mail pelo qual pretende receber as instruções do curso;

– Cidade;

– Estado;

– Nome do curso desejado

Conteúdo exclusivo
Apenas as empresas associadas à Abravidro têm acesso a essa gama de treinamentos online. Por isso, caso você ainda não esteja nesse grupo, associe-se agora mesmo e tenha acesso aos cursos – que, vale repetir, podem ser feitos gratuitamente – e a vários outros benefícios que a associação oferece!

Para se afiliar à Abravidro, basta falar com a área de atendimento da associação pelo telefone (11) 3873-9908, ou enviar e-mail para abravidro@abravidro.org.br.

Crédito da imagem: pch.vector/Freepik

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Americanbox está de volta com novo sistema de parcerias

Conteúdo oferecido pela Americanbox

Um relacionamento honesto entre os diversos elos da cadeia é o que faz um setor tão grande como o nosso funcionar de forma saudável. Pensando nisso, a Americanbox criou um sistema de parcerias inédito no mercado, com a promessa de oferecer novas oportunidades a processadores e vidraceiros. A marca, com quase 60 anos de tradição, foi recentemente adquirida por um grupo de investidores, passando por total renovação – e esse projeto de parcerias é uma aposta para o reposicionamento da empresa no segmento, após alguns anos sem operação.

Mais liberdade
O novo sistema da Americanbox não envolve franquias, formato dominante no setor vidreiro brasileiro. Na verdade, é algo inovador e mais simples: trata-se de uma autorização de uso de marca, sem qualquer imposição de fidelidade. “A vantagem desse modelo é permitir que o profissional não fique preso somente a uma fornecedora, ampliando seu leque de possibilidades de atuação, com liberdade para comercializar o produto que quiser”, explica Marcus Martino, CEO da empresa.

Como funcionará
A Americanbox pretende entrevistar todos os candidatos a participar do projeto, de forma a apresentar os requisitos do projeto e familiarizá-los com os conceitos desse formato. As processadoras interessadas deverão se cadastrar no site da empresa (www.americanbox.com.br). A partir daí, elas poderão indicar vidraceiros confiáveis, que serão responsáveis pelo contato com o consumidor final. Vale lembrar que a Americanbox tem quase 60 anos de tradição, fato que trará valor aos vidraceiros, fazendo-os aumentar seus ganhos com uma maior margem de lucro nos preços de venda.

Confira outros detalhes da parceria:

– A proposta de negócio vale para todo o País, já que a produção será feita nas beneficiadoras participantes;

– Processadores e vidraceiros poderão usar a logomarca da Americanbox em suas lojas, uniformes de trabalho, veículos etc.;

– Não existirão metas de venda a serem cumpridas;

– O site da Americanbox oferece ao consumidor uma ferramenta de busca por CEP. Assim, os clientes conseguirão pesquisar os vidraceiros mais próximos da região em que estão localizados.

De olho no futuro
A operação contemplará todos os tipos de vidro e suas aplicações em geral – de boxes de banheiro a sistemas de fechamento de sacada, por exemplo. “Existe ainda a ideia de desenvolver linhas exclusivas de produtos com o material no futuro, e já estamos falando com fabricantes para isso se tornar realidade”, comenta Martino.

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Pormezz/stock.adobe.com

 

 

Crédito da imagem: Pormezz/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Confira os eventos confirmados para 2022

O ano mal começou e o calendário vidreiro está cheio. Seja no Brasil ou em vários outros países, não faltarão feiras e simpósios reunindo os profissionais de diversas cadeias de nosso mercado. A seguir, O Vidroplano preparou uma lista das atividades mais importantes já confirmadas para os próximos meses.

Importante reforçar: com o agravamento da pandemia em vários lugares do mundo, a possibilidade de adiamentos e cancelamentos dos eventos volta a nos rondar. Por isso mesmo, acompanhe as redes sociais da Abravidro e a agenda completa do site da entidade para se manter atualizado sobre possíveis alterações e novidades.

 

EXPO REVESTIR
Data: 8 a 11 de março
Local: Transamérica Expo Center, São Paulo
Maior feira de revestimentos e acabamentos da América Latina, a Expo Revestir apresenta as últimas tendências desses dois setores para a arquitetura e decoração de interiores.
Mais informações: www.exporevestir.com.br

 

FEICON
Data: 29 de março a 1º de abril
Local: São Paulo Expo, São Paulo
Direcionada ao setor de construção civil brasileiro, a Feicon reúne expositores de marcas nacionais e internacionais dos mais variados ramos.
Mais informações: www.feicon.com.br

 

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Imagem: Divulgação China Glass

CHINA GLASS
Data: 13 a 16 de abril
Local: Xangai, China
Considerada a maior feira do mundo em tamanho, a China Glass é uma das mais tradicionais do planeta. Sempre atraente para brasileiros, ela é uma oportunidade importante para a troca de experiências com profissionais de outros países.
Mais informações: www.chinaglass-expo.com

 

 

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Imagem: Cris Martins e Vinicius Buarque

GLASS SOUTH AMERICA
Data: 29 de junho a 2 de julho
Local: São Paulo Expo, São Paulo
Maior e mais importante feira do setor vidreiro na América Latina, a Glass reúne expositores e visitantes de diversas partes do mundo com o objetivo de apresentar serviços e produtos para os diferentes elos da cadeia do vidro.
Mais informações: www.glassexpo.com.br

 

FESQUA
Data: 14 a 17 de setembro
Local: São Paulo Expo, São Paulo
A Feira Internacional da Indústria de Esquadrias apresenta as últimas inovações em portas, janelas, fachadas, forros, portões e grades, além de acessórios, componentes, máquinas e equipamentos para a indústria de esquadrias e vidro.
Mais informações: www.fesqua.com.br

 

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Imagem: Messe Düsseldorf/ctillmann

GLASSTEC
Data: 20 a 23 de setembro
Local: Düsseldorf, Alemanha
A mais relevante feira internacional do planeta conta com expositores das áreas de processamento de vidro, produção e aplicação. Entre seus destaques estão mostras como a Glass Technology Live, apresentando soluções que podem se tornar padrão da indústria no futuro, e a Glass Art, com obras artísticas feitas com o material.
Mais informações: www.glasstec-online.com

 

GLASSBUILD AMERICA
Data: 18 a 20 de outubro
Local: Las Vegas, Estados Unidos
Principal feira vidreira da América do Norte, reúne usinas, fabricantes de maquinários e de insumos e prestadores de serviços de toda a cadeia.
Mais informações: www.glassbuildamerica.com

Crédito da imagem: Cris Martins e Vinicius Buarque

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

ABNT PR 1010 é ferramenta indispensável

Um assunto bastante abordado nas páginas de O Vidroplano em 2021 foi a publicação da ABNT PR 1010 — Aplicação e manutenção de vidros na construção civil, primeira prática recomendada (PR) da ABNT voltada para o nosso material e para o setor da construção civil. O documento traz uma grande contribuição para os mais diversos elos da cadeia vidreira nacional – e as vidraçarias podem se beneficiar muito com o uso dele. A seguir, veja como isso é possível, conheça mais sobre seu conteúdo e saiba como adquiri-la gratuitamente.

Porta de entrada para a normalização
Documento técnico, a PR permite abordagem mais didática. Em reportagem de O Vidroplano publicada em agosto de 2021, Nelson Al Assal Filho, diretor de Normalização da ABNT, explicou que a linguagem utilizada nesse tipo de documento é menos técnica, mais simples e acessível para o público não especialista. As PRs também trazem mais flexibilidade na forma de apresentar esse conteúdo, com uso de fotos e ilustrações que facilitam sua compreensão, bem como elementos norteadores para ajudar o usuário a buscar todas as indicações sobre um tema, incluindo regulamentos.

Todas essas características fizeram com que a Abravidro e a Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro) considerassem muito importante o setor vidreiro também poder contar com uma PR voltada para nosso material. Assim, a ABNT PR 1010 foi elaborada para facilitar o entendimento das normas vidreiras existentes, como a ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações. Ao mesmo tempo, reúne, em um só documento, as informações essenciais para a aplicação adequada do vidro, além de destacar seus benefícios, como os desempenhos térmico e acústico. “O uso de vidro tem aumentado nas construções em função dos benefícios oferecidos. Esperamos que a PR leve à redução de erros de projetos e de acidentes por uso de vidros fora de normas e ao uso de vidros com maior geração de valor ao consumidor”, observa o presidente do Conselho Deliberativo da ABNT, Mario William Esper.

Vale destacar que, embora faça referência às normas técnicas vidreiras, a ABNT PR 1010 não substitui essas normas, pois não contém todos os requisitos presentes nelas. “Essa PR serve como uma introdução à normalização, dando orientações básicas para quem ainda não conhece as normas”, aponta Mauricio Fernandes de Jesus, coordenador de Vidro Plano da Abividro.

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Imagem: Cris Martins

 

Conteúdo da ABNT PR 1010
O novo documento apresenta, de maneira resumida e em linguagem simplificada, os principais aspectos abordados na normalização do vidro. Confira:

– Tipos de vidro mais utilizados e suas aplicações de forma a garantir a segurança do usuário em portas, fachadas, piso, boxes etc.;

– Conceitos para uso de vidros de controle solar, eficiência energética e desempenho acústico;

– Dicas de manutenção e manuseio das peças.

A ABNT PR 1010 também incorporou em seu conteúdo a tabela Que vidro usar?, elaborada pela Abravidro em 2018 para a campanha #TamoJuntoVidraceiro, já conhecida e amplamente utilizada pelo mercado.

Fonte de consulta para o trabalho
Se você pensa que a ABNT PR 1010 não tem nada a ver com seus negócios, saiba que ela foi elaborada também com as vidraçarias em mente. “A experiência que tivemos com a campanha #TamoJuntoVidraceiro e o programa De Olho no Boxe nos mostrou o quanto materiais que contenham informações de fácil entendimento facilitam o trabalho dos vidraceiros, deixando-os mais preparados para as argumentações de vendas de vidros mais seguros e que agregam mais benefícios”, observa Vera Andrade, coordenadora técnica da Abravidro.

Assim, a publicação é mais um material de apoio que o vidraceiro poderá utilizar para trabalhar em conformidade com as normas técnicas. Essa PR destaca também os cuidados essenciais quanto ao armazenamento, transporte, manuseio e instalação do nosso material para que a integridade dele seja mantida. Traz ainda indicações de onde se deverão buscar informações mais aprofundadas sobre temas específicos como guarda-corpos, envidraçamento de sacadas e esquadrias.

Aliada nas vendas
Outra grande vantagem que a ABNT PR 1010 apresenta para sua vidraçaria diz respeito às negociações com os clientes. “Essa prática recomendada pode ser uma ótima ferramenta para explicar ao consumidor a especificação dos vidros, não deixando dúvida sobre o produto correto a ser oferecido”, afirma Mauricio, da Abividro. “É a oportunidade de mostrar que os orçamentos devem estar dentro das normas e quais as vantagens de usar um produto com alto valor agregado, como os vidros de controle solar ou acústicos.”

A ABNT PR 1010 ajudará a vidraçaria a vender o melhor produto para a edificação, tanto no quesito segurança como no desempenho: ao permitir o fácil entendimento das características de cada tipo de vidro, o vidraceiro terá confiança para indicar o mais adequado para a obra do seu cliente. “Quando os benefícios que o vidro pode oferecer são explorados ao máximo, as edificações se tornam mais seguras, confortáveis e eficientes, o que é positivo para todo o setor”, destaca Vera, da Abravidro.

Um exemplo nesse sentido é que essa PR inclui as etiquetas de desempenhos térmico e acústico da ABNT NBR 10821-4 — Esquadrias para edificações – Requisitos adicionais de desempenho, norma que classifica as esquadrias em níveis, de A (melhor desempenho) a D (pior desempenho) na etiqueta de desempenho acústico e até E (pior desempenho) na etiqueta de desempenho térmico – níveis esses relacionados também com o tipo de vidro utilizado nas esquadrias.

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Imagem: BortN66/stock.adobe.com

 

Ainda na área das esquadrias, o documento informa que devem ser seguidas as normas ABNT NBR 10821-4 e ABNT NBR 15575 — Edificações habitacionais – Desempenho e observados, quando aplicáveis, os requisitos do Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edificações.

Em relação ao desempenho térmico, a ABNT PR 1010:

– Destaca que existem no mercado diversos vidros que conseguem “filtrar” o calor externo e a entrada de luz solar, proporcionando um ambiente interno mais agradável e energeticamente eficiente;

– Explica o que é o fator solar, destacando que, para projetos arquitetônicos com grandes áreas envidraçadas, é possível alcançar maior eficiência energética com o uso de vidros de fator solar adequado.

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Imagem: Reprodução

 

Quanto ao desempenho acústico, a ABNT PR 1010:

– Mostra que o vidro pode contribuir para incrementar o isolamento acústico de diversas formas, como quando aplicado com maiores espessuras, ou quando é aplicado laminado, com a possibilidade de uso de interlayers de melhor desempenho, ou quando é aplicado o sistema insulado com grandes câmaras de ar e chapas de vidro de diferentes espessuras;

– Alerta que, para garantir a qualidade do isolamento acústico, é essencial que também haja boa vedação entre o vidro e a esquadria e uma instalação adequada para não deixar frestas.

Como adquirir?
Assim como as normas técnicas, a PR pode ser adquirida no site da ABNT: www.abntcatalogo.com.br. Mas há outras formas de obtê-la – e de graça!

Após a publicação dessa prática recomendada, em agosto de 2021, a Abravidro a enviou gratuitamente para todos os seus associados. A remessa de normas técnicas e da ABNT PR 1010 é um dos benefícios oferecidos aos associados da entidade.

Outra iniciativa para facilitar o acesso de vidraceiros e outros elos do setor é o patrocínio oferecido pela Abividro, o qual possibilitou tornar o documento gratuito para todos os interessados. “Como nossa intenção é dar acesso ao conhecimento, consideramos que a cobrança de R$ 106,50 poderia desmotivar algumas pessoas a buscar o material”, conta Mauricio. “Assim, negociamos com a ABNT uma maneira de remunerar o serviço, deixando a ABNT PR 1010 gratuita para quem a busca”.

Veja como fazer o download do documento:

1- Acesse o QR presente na página do portal Vidro Certo sobre a ABNT PR 1010 ou o link www.abntcatalogo.com.br/3c6f8gw.aspx

2- Entre no catálogo da PR no site da ABNT. Certifique-se de que o código seja PR 1010:2021

3- Com o código verificado, basta clicar no ícone do cadeado – NORMA PATROCINADA

Se você ainda não tiver cadastro no site da ABNT, a página vai solicitar algumas informações básicas e retornará para a ABNT PR 1010. Em seguida, basta clicar novamente no cadeado para ter acesso ao documento.

Levando o conhecimento adiante
Além de facilitar o acesso à PR, a Abravidro e a Abividro também têm divulgado a existência e a importância desse documento técnico para o setor vidreiro nacional. No dia 24 de novembro, Vera, da Abravidro, e Mauricio, da Abividro, participaram do 12º Tecnovidro, realizado em versão online pela Amvid e pelo Sinvidro-MG. O evento foi organizado como uma grande mesa de debate com o objetivo de conversar de forma leve, mas direcionada, sobre a nova prática recomendada.

“A Abravidro é compromissada com a divulgação das normas técnicas da ABNT voltadas para o vidro, bem como da ABNT PR 1010, e utiliza todos os seus canais de comunicação para isso, como a revista O Vidroplano, o seu site e redes sociais”, aponta Vera. A associação também realiza palestras e participa de cursos, sempre com o objetivo de orientar o mercado para a aplicação adequada do vidro promovendo a segurança e bem-estar dos usuários.

Vale destacar também que a sede do Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37) está na Abravidro, permitindo e fomentando a elaboração e revisão das normas técnicas do setor. Assim, caso os vidraceiros – ou qualquer outra pessoa – tenham dúvidas em relação ao conteúdo da ABNT PR 1010 ou ao de outras normas de aplicação do vidro, não precisam pensar duas vezes: basta entrar em contato com a equipe técnica da associação para esclarecê-las pelo telefone (11) 3873-9908, pelo e-mail abravidro@abravidro.org.br, ou pelo WhatsApp no número (11) 94388-3084.

Crédito da imagem: Freedomz/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Paredes envidraçadas integram hotel à natureza

Em janeiro, a seção “Vidro em obra” apresentou o Altar Prainha, uma residência localizada na represa do Jaguari, interior de São Paulo, cujas paredes envidraçadas integram a casa à natureza ao redor. Este mês, mostramos um projeto internacional que vai mais fundo nesse conceito. O Hotel Patina Maldives, nas Maldivas, coloca seus hóspedes praticamente dentro do Oceano Índico, em meio a um paraíso natural único. E apesar de estar do outro lado do planeta, a obra foi projetada por um escritório de arquitetura brasileiro.

Cercado por belezas
Desenvolvido pelo Studio MK27, liderado pelo arquiteto Márcio Kogan, o hotel se inspira no conceito de isolamento proporcionado pelas Ilhas Fari, onde está instalado. O espaço é um local acolhedor, o que permite aos hóspedes liberar a criatividade em ambiente natural, “um lar temporário no exuberante azul infinito, vida selvagem e céu aberto” – nas palavras do próprio escritório.

As linhas arquitetônicas reforçam a imersão na natureza: elas nunca rompem o horizonte, são visualmente permeáveis, colocando o ser humano no centro da experiência desse contato com o mundo ao redor. Até por isso, a obra aplica soluções ecológicas para diminuir seu impacto em relação à criação de resíduos, poluição e desequilíbrio ambiental. Além de ter recuperado florestas em ilhas vizinhas, plantando milhares de árvores e arbustos, os proprietários instalaram sistemas de reúso de água para irrigação e painéis fotovoltaicos para a geração de energia solar. Segundo dados do hotel, graças a esses recursos, 795 t de gás carbônico deixarão de ser emitidas a cada ano. Outro projeto bastante relevante nesse sentido é o de preservação dos recifes locais.

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Transparência total
O Patina Maldives tem diversos tipos de habitação:

Villas: são os quartos à beira da praia e “dentro” do mar. Todas as 90 villas contêm piscina privativa;

Studios: 20 quartos na parte interna da ilha, próximos às galerias de arte e lojas do hotel;

Collection: sobrados à beira da praia com três quartos. São indicados para famílias e grupos grandes de hóspedes.

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Todos esses espaços contam com o principal trunfo para a integração com o exterior: grandes portas de correr envidraçadas permitindo vistas incríveis do Oceano Índico e do nascer e pôr do Sol. As esquadrias minimalistas aplicadas ali (modelo Ah!38, da Panoramah!) têm grande importância para isso: aproveitam ao máximo a área transparente, fazendo com que o visitante tenha total contato com os arredores mesmo com as portas fechadas.

Ficha técnica
Obra: Hotel Patina Maldives
Autor do projeto: Studio MK27
Local: Ilhas Fari, Maldivas
Conclusão da obra: 2021

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Crédito da imagem: Patina Maldives, Fari Islands Asset Library

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Estruturas de vidro podem visitar o fundo do mar?

Pode parecer estranho, mas o espaço é um ambiente mais amigável ao nosso material do que a água. No mês passado, esta seção mostrou como o material presente nas janelas de espaçonaves resiste às temperaturas altíssimas durante a reentrada no planeta. E mergulhar representa um desafio ainda maior: a apenas 100 m abaixo da superfície, a pressão é de cerca de 10 atm (atmosferas) – ou seja, o peso equivalente a 10 atm terrestres.

Existem barcos especiais que utilizam vidro a alguns metros dentro d’água. Já submarinos usam outras matérias-primas em seus visores. No entanto, estudos indicam que seria possível contar com a resistência de nosso material nas profundezas dos oceanos.

Turismo transparente
Os chamados “glass-bottom boats”, ou “barcos com fundo de vidro”, em português, servem para aumentar a interação entre visitantes e natureza em pontos turísticos nos quais se destacam a fauna marinha. Bastante comuns principalmente nos Estados Unidos, podem ser encontrados em parques, como o Silver Springs State Park, na Califórnia, ou em locais paradisíacos, como Key Largo, na Flórida.

Essas embarcações contam com áreas envidraçadas em suas partes inferiores, permitindo que os passageiros vejam de perto recifes, peixes e demais plantas e animais presentes ali. Os passeios variam de acordo com a companhia que os administra: podem durar de 30 minutos a 2 horas, custando, em média, de US$ 10 a US$ 40.

No fundo do mar
E em relação a veículos que descem mais fundo, como submarinos? A realidade é que poucos deles necessitam de janelas ou outras aberturas. Os do tipo militar, por exemplo, utilizam sistemas de GPS e instrumentos que dispensam a visão, até porque, na profundidade em que navegam (abaixo de 400 m), não existe luz natural para enxergar o que está ao redor. Além disso, visores poderiam atrapalhar o desempenho desses veículos: sua estrutura deve ser a mais íntegra possível, sem emendas, de forma a aguentar a pressão extrema sem riscos de rachaduras e vazamentos.

Mesmo assim, alguns submarinos de marinha, destinados a certas funções específicas, podem ter pequenas aberturas. É o caso dos submersíveis soviéticos MIR, usados, entre outras tarefas, para explorar os destroços do navio Titanic nas décadas de 1990 e 2000. Cada um deles conta com três janelas – duas laterais, de 12 cm de diâmetro, e uma central, de 20 cm. Feitas de acrílico, são bastante grossas (18 cm de espessura) e curvadas, semelhantes a uma lente de óculos.

A pressão é o inimigo
Em grandes profundidades, nosso material ainda não é usado por seu comportamento imprevisível em um ambiente aquático. “Apesar de ser um material muito forte, sua estrutura sólida faz com que não seja flexível”, explica William Kohnen, presidente e CEO da Hydrospace, empresa especializada em sistemas para ocupação humana embaixo d’água. “Por isso, os pontos das janelas que ficam em contato com a estrutura do submarino recebem todo o estresse gerado pela pressão externa. E como esse estresse não é distribuído igualmente, isso tende a gerar quebras inesperadas.” A situação não seria um problema caso o vidro estivesse em contato apenas com outra peça de vidro. Porém, a maioria dos submarinos é feita de metal.

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Imagem: Sina/stock.adobe.com

 

A escolha pelo acrílico vem daí: é um elemento que oferece flexibilidade frente às mudanças de pressão. “Existem várias normas e certificações internacionais para o desenvolvimento de submarinos, mas, infelizmente, nenhuma delas considera o vidro”, comenta Kohnen.

À espera do futuro
Na década de 1960, a marinha dos Estados Unidos começou a estudar a relação vidro e água, tentando entender como nosso material funciona nesse ambiente. Foi descoberto que, quanto mais um vidro é pressionado por todos os lados ao mesmo tempo, como acontece a grandes profundidades, mais suas moléculas se aproximam, deixando o material ainda mais forte.

Isso indica que o vidro poderia ser aplicado em veículos para expedições no fundo dos oceanos, a quilômetros de profundidade – e, de fato, pequenos submarinos envidraçados já foram utilizados para transportar equipamentos até esses locais. Porém, em missões tripuladas, o conceito ainda não foi colocado em prática, principalmente por conta das dificuldades de se fabricar as chapas a serem empregadas.

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Imagem: noraismait/stock.adobe.com

 

Para comportar humanos, as cabines devem ter um formato de domo, arredondado, já que assim o estresse gerado pela pressão é mais bem distribuído por toda a estrutura. O problema é que essas peças, além de enormes, precisariam ser produzidas sem emendas, já que a presença delas facilitaria quebras, como comentado anteriormente. Dessa forma, a marinha americana decidiu priorizar o acrílico em seus veículos – e a matéria-prima acabou prevalecendo como a padrão para essas aplicações em todo o mundo.

Sonho transparente
Mesmo com essas dificuldades, cientistas e exploradores seguem na intenção de criar “bolhas” de vidro para navegar pelos oceanos. A oceanógrafa estadunidense Sylvia Earle é um exemplo. Uma das mais importantes biólogas marinhas vivas, ela segue ativa, com 86 anos de idade, na preservação da natureza e no estudo das fossas abissais, localizadas a mais de 5 km de profundidade.

Desde meados da década passada, Sylvia financia projetos para a construção de um submarino feito com domo envidraçado, chamado Deep Search. A produção das chapas para o veículo poderia inspirar-se nos espelhos gigantes, com cerca de 10 m de diâmetro, encontrados em telescópios: eles levam até seis meses para resfriar depois de moldados, de forma a garantir uma estrutura única sem rachaduras. Outra opção seria fazer o domo em duas metades e fundi-las, para que não haja emendas. No entanto, isso tudo esbarra nos altos custos de fabricação e logística.

Sylvia tem uma visão utópica sobre o assunto: “Chegar ao local mais profundo significa que você pode ir a qualquer lugar, pois não está mais limitado pela tecnologia”, afirmou em reportagem do site da emissora inglesa BBC. “Quero ir, e também oferecer acesso para qualquer pessoa – crianças pequenas, outros cientistas, tomadores de decisão.” Torçamos para que seja possível, em algum ponto do futuro, poder conferir de perto os mistérios dos oceanos com a ajuda da transparência do vidro.

Crédito da imagem: Eugene/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Pontapé inicial

O Ano Internacional do Vidro começou! Nos dias 10 e 11 deste mês, no Palácio das Nações, em Genebra (Suíça), realizou-se a cerimônia, organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que deu o pontapé oficial para a celebração de nosso produto ao longo de 2022. Convidados do setor vidreiro de diferentes partes do mundo participaram de conferências e mesas de debate a respeito dos variados aspectos do vidro. A programação incluiu também eventos sociais voltados para o networking – e a questão sanitária foi levada em conta, já que, para entrar no país, é necessário estar vacinado contra a Covid-19.

Ao todo, foram 30 palestras de especialistas e vários temas foram abordados: a história do material, sua aplicação em construções sustentáveis modernas, seu papel na comunicação 5G e nas fibras ópticas, e seu uso na medicina, entre outros assuntos de relevância global. O Brasil também participou com uma apresentação: a professora da Universidade de São Paulo (USP) Andrea de Camargo falou sobre a pesquisa científica envolvendo vidro em nosso país.

Nos próximos meses, O Vidroplano vai reproduzir alguns dos destaques desse conteúdo. Fique ligado!

 

ano-internacional-vidro2A presente seção, “Ano Internacional do Vidro”, celebrando a trajetória de nosso material e sua importância para a história humana, é uma contribuição de O Vidroplano ao Ano Internacional do Vidro, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2022.

Crédito da imagem: Enrique del Barrio/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Quando trocar sua mesa de corte?

Mesmo com as dificuldades geradas pela pandemia, o investimento em equipamentos não pode ser deixado de lado pelas processadoras brasileiras. No Panorama Abravidro 2021, 20% das empresas pretendiam fazer grandes investimentos nessa área ao longo do ano passado, o maior nível desse indicador dos últimos quatro anos. Afinal, mais cedo ou mais tarde chegará um momento em que as máquinas não funcionarão mais como antes – talvez por serem antigas e não terem as principais tecnologias disponíveis atualmente ou por não suportarem mais a demanda de produção da empresa. Então, o que fazer?

De fevereiro até maio, O Vidroplano trará uma série especial que ajudará as beneficiadoras neste dilema: como ficar atento aos sinais de que seus maquinários precisam ser trocados? Conversamos com fabricantes para entender melhor o funcionamento desses aparelhos, além de pegar dicas de um especialista no assunto. Este mês o tema é mesa de corte – na sequência passaremos pelos demais processos até chegar à têmpera.

Os temas da SÉRIE ESPECIAL
FEVEREIRO: MESAS DE CORTE
– Março: Lapidadoras
– Abril: Lavadoras
– Maio: Fornos de têmpera

Foco na eficiência
A busca por ganhos de produtividade e diminuição dos custos do processo fabril é ainda mais necessária num momento econômico de incertezas como o atual. Por isso, empresas que utilizam maquinários pesados — e as processadoras vidreiras estão entre elas — precisam estar atentas: seus equipamentos atendem as necessidades de seu planejamento? “O tipo, tamanho, capacidade e acessórios das máquinas devem ser compatibilizados não pelo tamanho da beneficiadora, mas, sim, pelo tipo de produção dela”, explica Cláudio Lúcio da Silva, instrutor técnico da Abravidro reconhecido nacionalmente como uma das maiores autoridades do Brasil em transformação de vidro.

Para Cláudio, as empresas precisam levar em conta na montagem de suas plantas:

– Velocidade do sistema produtivo;

– Custos inerentes à operação;

– Nível de automação adotado;

– Resultados financeiros planejados.

E as mesas de corte?
Entrando de forma mais específica no tema deste mês de nosso especial, o diretor de Projetos da Agmaq, Joel Martins Dias, reforça a importância do corte na cadeia produtiva: “Devido à sequência do processo, esse equipamento se torna a máquina com maior prioridade dentro de qualquer empresa, independentemente do segmento em que atue”. Afinal, esse é o processo que vai ditar como será o fluxo de produção – se algo de errado acontece nesse momento, o impacto será sentido ao longo de todo o sistema. “Um corte eficiente evita gargalos que podem desacelerar o ritmo, principalmente em períodos de pico de demanda”, alerta Giovanni Quarti, gerente de Área da Forel para a América Latina. “Quando os profissionais vidreiros percebem que não podem mais alimentar adequadamente suas linhas de processamento e deveriam renovar sua tecnologia de corte, já é tarde: tinham de ter pensado nisso antes.”

Segundo o gerente de Área de Produto da Intermac, Luca Ronch, máquinas de corte que funcionam sem água, como é o caso das mesas, têm o nível de manutenção relativamente baixo. “Elas podem durar muito tempo mantendo o desempenho quase inalterado”, afirma. Como indica Giorgio Martorell, gerente de Vendas da Lisec para a América Latina, os componentes de uma mesa podem ser divididos em três grupos: mecânicos, elétricos e eletrônicos (softwares). “Em termos gerais, os componentes mecânicos podem ser usados por mais tempo do que os eletrônicos. Os sistemas operacionais e demais softwares contam com um ciclo de vida mais curto”, alerta.

Ricardo Costa, diretor comercial da GlassParts, aponta uma das consequências do uso prolongado: “Por ser um equipamento muito exigido, acaba sofrendo um desgaste natural que muitas vezes se reflete na perda de precisão, deixando as peças trabalhadas fora das tolerâncias mínimas”. Sua empresa disponibiliza carregadores automáticos para as mesas, com duas, quatro ou seis estações de carga, integrando-se a diferentes modelos de mesas.

Existem duas opções quando a empresa percebe que a mesa está obsoleta: promover uma reforma nela ou adquirir uma nova. “Se a máquina foi usada por até três anos, um upgrade deve ser suficiente. Máquinas mais antigas podem não ser compatíveis com tecnologias mais recentes e, nesse caso, a compra de uma nova tende a ser a melhor escolha”, revela Mauro Faccio, gerente-regional de Vendas da Bottero.

Atenção à reforma!
Pode parecer óbvio, porém a reforma de uma mesa de corte não é algo a ser feito por qualquer um. “Se o cliente decidir recondicionar a máquina, o importante é confiar o serviço a técnicos especializados, que assegurem que as peças utilizadas sejam originais”, recomenda Mauro Faccio, da Bottero. A maioria (se não todas) as fabricantes desses maquinários oferece serviços de manutenção nesse sentido. Portanto, consulte o fornecedor antes de deixar alguém sem a qualificação necessária mexer nos aparelhos.

Como avaliar a mesa
De acordo com as fontes consultadas por nossa reportagem, existem alguns pontos a serem levados em conta na hora de avaliar se uma mesa ainda pode ser usada:

– É possível substituir partes mecânicas?

– A fabricante oferece peças sobressalentes?

– É possível atualizar os softwares?

– É possível atualizar as interfaces de controle?

Caso seja impossível garantir isso tudo, a processadora deve considerar a aquisição de um novo equipamento. Yveraldo Gusmão, diretor da GR Gusmão, representante da Macotec em nosso país, tem uma dica valiosa: “Verifique periodicamente se houve mudanças e atualização nos softwares das mesas”. E como indica Joel Martins Dias, da Agmaq, é preciso atenção também caso o fabricante não atue no Brasil ou, em casos extremos, não exista mais – o que vai tornar o cumprimento dos tópicos acima muito mais difícil.

“Quando uma mesa de corte é operada de maneira adequada, sendo realizadas as devidas manutenções preventivas, são preservadas as condições necessárias para seu funcionamento”, aconselha Cláudio Lúcio. Vale reforçar: equipamentos desse porte devem ser utilizados de acordo com as condições indicadas por seus fabricantes. “Dessa forma, os níveis de degradação compulsória e natural são fortemente minimizados.”

Imagem: Thiago Borges
Imagem: Thiago Borges

 

Mas, afinal, quando trocar?
Esgotadas as opções de reforma, Cláudio Lúcio indica duas situações nas quais uma nova máquina é necessária:

– Caso esteja obsoleta em relação a alguma tecnologia oferecida por equipamentos mais modernos, de forma a atender alguma demanda;

– Quando o nível de produção aumenta além do limite da capacidade da mesa atual.

Rodrigo Duarte, representante comercial da espanhola Turomas no Brasil, comenta a importância de se analisar o desempenho dos maquinários nesse momento: “Pode-se fazer um relatório que contenha vários dados, como, por exemplo, a quantidade de vezes de parada para manutenção corretiva e preventiva, os custos de manutenção ao longo de pelo menos os últimos cinco anos e o impacto de perdas e atrasos em cada parada do equipamento. Com base nos números, é possível avaliar se existe ou não a necessidade de uma nova aquisição”.

Como escolher uma mesa nova
Observar os movimentos da demanda por vidros é bastante importante nesse momento. “Verificamos que a arquitetura vem aumentando os tamanhos de chapas de vidro usados em edificações. Sendo assim, é necessário ter atenção a essas tendências, incluindo a questão dos modelos de dimensão de corte, para não acontecer de comprar um equipamento e logo ficar desatualizado”, analisa Gusmão.

Na questão técnica dos maquinários, fique de olho nos seguintes tópicos, segundo Giorgio Martorell, da Lisec:

– Velocidade máxima de corte;

– Produtividade de corte por hora. Em média, uma mesa de corte de última geração corta um vidro a cada 12 segundos. Com etiquetadora automática, pode-se considerar de 14 a 16 segundos por peça;

– Tolerâncias do corte (o nível aceito pelo mercado é de 0,1 a 0,2 mm por metro linear);

– Nível de automação (desde a alimentação até o destaque) e possibilidade de integrar a mesa a outros processos do beneficiamento;

– Disponibilidade de suporte técnico e remoto.

Existem ainda algumas especificações preferíveis caso a linha seja para monolíticos ou laminados, conforme explica Luca Ronch, da Intermac. “As principais opções em relação às chapas monolíticas são certamente a remoção da camada de baixa emissividade em vidros low-e e a impressão de etiquetas. Outro dispositivo muito útil é o trocador automático de ferramentas, evitando a parada para troca de rodízio”, afirma. Quanto às linhas de laminados, a capacidade dos operadores deve ser considerada para saber se é necessária uma configuração mais ou menos automática, tendo em conta o tipo de produção da processadora. “A rotação automática de peças grandes é importante, pois as de dimensões menores podem ser gerenciadas manualmente pelo operador.”

Ainda sobre laminados, existe uma solução diferenciada para eles hoje em dia: linhas verticais. “Essa tecnologia permite aumentar drasticamente a produtividade por meio de duas pontes de corte independentes que operam simultaneamente. E também ocupa pouco espaço, pois é maior na altura do que na largura”, afirma Giovanni Quarti, da Forel. “Além disso, é uma maneira inteligente de manusear as chapas tamanho jumbo.”

Rodrigo Duarte, da Turomas, comenta mais um fator que não pode ser deixado de lado: a otimização de espaço. “A automação em sistemas de carga, posicionamento e evacuação do vidro economiza espaços que podem ser mais bem utilizados para outros fins, evitando perdas no processo”, analisa.

As principais tecnologias disponíveis
Confira o que as mesas de corte modernas podem oferecer a seus usuários:

– Carregamento automático, muitas vezes ligado a sistemas de armazém inteligente;

– Etiquetagem automática, seja na mesma ponte de corte ou numa ponte separada, para maior produtividade;

– Marcação a laser, sistema mais atual adotado no lugar das etiquetas. Minimiza o risco de elas desgrudarem das chapas ao passar pelas lavadoras;

– Sistema de lixamento de bordo para vidro com camada metalizada (low-e);

– Destaque automático;

– Sistemas de acionamento linear. Funcionam com ímãs, sem fricção mecânica, necessitando de menos manutenção do que os sistemas com cremalheiras;

– Escovas de limpeza, acionadas para tirar o excesso de pó das chapas antes do corte, facilitando a colagem das etiquetas.

Soluções do mercado
Conheça a seguir modelos oferecidos por alguns fabricantes de mesas de corte com atuação no Brasil. Todas as empresas citadas contam com soluções para diferentes tipos de produtividade (pequeno e grande porte). Abaixo estão apenas alguns dos equipamentos comercializados por elas.

 

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Imagem: Divulgação

 

Standart (Agmaq)
– Equipada com sistema de pressão do cabeçote de corte e sistema de esquadrejamento mecânico e eletrônico;

– System Quick Change, sistema de troca de peças automática sem necessidade de ajustes por instrumentos;

– Pode trabalhar em vidros jumbo (6,20 x 3,20 m).

 

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Imagem: Divulgação

 

548LAM (Bottero)
– Voltada para laminados, possui sistema de aquecimento do PVB, para facilitar o corte e destaque das chapas, que consome menos energia elétrica;

– Rotação e posicionamento automático das peças;

– Sistema de movimentação pneumático, com distribuição de pressão ajustável para diminuir a tensão na superfície do vidro.

 

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Imagem: Divulgação

 

Vertical Cutting Line (Forel)
– Linha de laminados voltada para empresas de grande produtividade, composta por duas pontes de corte independentes;

– Pode ser combinada com um seletor de estoque automático;

– Para a descarga das peças, pode incluir mesa basculante com elementos de aquecimento para operação manual.

 

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Imagem: Divulgação

 

Genius RS-A (Intermac)
– Também indicada para espaços compactos, trabalha com vidro monolítico;

– Conta com interface universal integrada OTD (Optimiser Transfering Data) que define automaticamente os parâmetros de corte;

– Pode ser combinada com uma Genius 37 LM (para laminados), formando uma pequena linha chamada Genius DUO RS-37.

 

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Imagem: Divulgação

 

SprintCut (Lisec)
– Oferece grande produtividade, com velocidade máxima de, aproximadamente, 310 m/min;

– Tem número reduzido de partes móveis, o que ajuda na baixa manutenção;

– O novo controle de pressão de desbaste faz a operação ser mais fácil para empresas que trabalham com vidros de diversos tipos de revestimento.

 

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Imagem: Divulgação

 

Master Shape 3.7 FR (Macotec)
– Possui tamanho compacto, sendo indicada para empresas com produção de tamanho menor;

– Trabalha em monolíticos com espessuras de 3 a 19 mm;

– Pode ser equipada com removedor de camada metálica para vidros low-e, etiquetadora automática e seletor automático de ferramentas.

 

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Imagem: Divulgação

 

LAM 304 (Turomas)
– Própria para laminados de até 10 + 10 mm de espessura;

– Com design estrutural robusto, conta com colchão de ar otimizado e regulação automática da pressão de corte;

– Tem também sistema mecânico de posicionamento e menu sequencial de operações.

 

Crédito da imagem: Flávio Jalapeño /Jalapeño Comunicação /Divinal Vidros

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

CBA lança linha de esquadrias de alumínio

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) anunciou o lançamento da sua linha Primora de esquadrias de alumínio, indicadas para janelas, portas e fachadas. Os produtos são fruto da parceria com a Roto & Fermax, empresa alemã de componentes para portas e janelas. Segundo a CBA, a linha é resultado de dois anos de pesquisa, comandada por um grupo de trabalho multidisciplinar, que envolveu especialistas das áreas de desenvolvimento de produtos, estratégias, processos e marketing, entre outras. Ao todo, serão duas famílias de itens: a Primora Sistemas terá como foco projetos de médio padrão, principalmente para atender demandas de serralheiros e sistemistas; já a Primora Building System é para obras de alto padrão, com projetos arquitetônicos desenvolvidos sob demanda.

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vivix anuncia parceria com fabricante de limpa-vidros

A Vivix e a Becker, fabricante de produtos de limpeza para vidros, anunciaram parceria na área de limpa-vidros. Após a realização de diversos testes, o produto da Becker foi aprovado pela Vivix para a utilização em todas as suas linhas de vidros e espelhos, passando a ser fabricado com o selo da usina de base. Segundo as duas empresas, o limpa-vidros tem alto poder de limpeza, preservando o brilho de nosso material sem deixar manchas e garantindo a proteção das superfícies por mais tempo. Outro diferencial divulgado é o seu rendimento: a garrafa de 500 ml é bastante duradoura e permite maior economia aos consumidores. A Becker atua nacionalmente e o produto já está disponível nos principais pontos de venda e e-commerces do País.

Crédito da imagem: Vivix/Becker

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Summit Abrainc 2022 será realizado em março

O cenário político e econômico do Brasil é o tema da edição 2022 do Summit Abrainc, organizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). O seminário, apoiado pela Abravidro, será realizado no dia 24 de março, das 9 às 13 horas, em formato híbrido — online e presencial — no Hotel Grand Mercure Vila Olímpia, em São Paulo. O Summit Abrainc tem como objetivo promover debates sobre temas que afetam direta ou indiretamente o desempenho das empresas, sejam no mercado interno ou externo. Este ano, o encontro discutirá assuntos como juros, financiamento, crédito, política habitacional e cenário econômico.

Crédito da imagem: Reprodução

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Adivipar-PR elege nova diretoria

A composição da gestão da associação paranaense para 2022 e 2023 foi definida no dia 28 de janeiro. O empresário Lucas Bremm Oliveira, diretor-comercial da processadora Mary Art Vidros, de Guarapuava (PR), foi reeleito como presidente da entidade. Na ocasião, ele informou que a Adivipar tem agenda programada para os próximos dois anos voltada para vidraceiros, engenheiros e arquitetos. “Fica nossa torcida para que, dentro desse cenário de saúde mundial, possamos realizar os eventos com a força e apoio daqueles que representam o setor vidreiro no Brasil. Que sejam dois anos de muito trabalho e desenvolvimento para nosso mercado”, declarou o presidente da associação.

Diretoria Adivipar 2022-2023
Presidente
Lucas Bremm Oliveira
Primeiro-vice-presidente
Samuel Baer Yamashita
Segundo-vice-presidente
Rogerio Augusto Alves
Secretário
Marcelo Felippi
Tesoureiro
José Carlos Cavalieri
Diretora de Eventos
Rosemari Bremm Oliveira
Conselheiros fiscais
Elisabete de Souza Silva Jacinto
Marco Antônio Ramos
Marcus Aurelius de Andrade Pezotti
Suplentes
Emerson Arcenio
Jaime de Paula Peicher

Crédito da imagem: Jornal do Vidro

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Top of Mind Casa e Mercado 2021 apresenta vencedores

A edição 2021 do Top of Mind Casa e Mercado teve a cerimônia realizada e transmitida no dia 9 de dezembro. Promovida anualmente pela revista Casa e Mercado, a premiação tem como objetivo o reconhecimento e a valorização das marcas mais lembradas pelos especificadores de arquitetura e design de interiores. Diversas empresas de nosso setor estão entre as homenageadas. A Blindex e a Guardian receberam dois prêmios cada: a primeira na categoria Boxe para Banheiro, e a segunda na de Espelhos – e ambas ganharam na categoria Vidros em Geral. A Reiki recebeu o prêmio em Sistema de Fechamento de Sacadas, enquanto quatro empresas dividiram o de Esquadrias: Weiku, Sasazaki, Talentus Esquadrias e Claris.

Crédito da imagem: Reprodução

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Casa Cor SP 2022 está de casa nova

A edição comemorativa de 35 anos da principal mostra de arquitetura das Américas será realizada no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, dando continuidade ao conceito itinerante do evento. O local é um dos mais importantes marcos arquitetônicos da capital paulista, tendo sido projetado há 63 anos pelo arquiteto David Libeskind. Com mais de 10 mil m² de área construída, a Casa Cor São Paulo 2022 ocupará o mezanino (espaço marcado por uma estrutura icônica de brises) e o terraço aberto do complexo, que já abrigou o legendário restaurante Fasano. O evento, marcado para 21 de junho a 28 de agosto, terá o tema “Infinito Particular”: os ambientes pretendem refletir sobre a necessidade de projetar espaços que priorizem o bem-estar físico, mental e espiritual, assim como a harmonia, o equilíbrio e o conforto. A conectividade e o digital também farão parte da temática.

Crédito da imagem: Ulisses Agnelli

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Prêmio Saint-Gobain Asbea abre inscrições

Os interessados em participar do 9º Prêmio Saint-Gobain Asbea de Arquitetura devem se inscrever até 13 de maio e enviar seus projetos até o dia 31 desse mesmo mês. A iniciativa do Grupo Saint-Gobain e Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea), que recebe mais uma vez o apoio da Abravidro, tem como objetivo premiar os melhores projetos com foco em conforto, inovação e sustentabilidade.

Este ano, os prêmios vão de R$ 5 mil a R$ 25 mil em certificados de ouro, além de troféus, diplomas e viagem internacional. São duas categorias existentes: a Profissional contempla as modalidades Projeto e Edificação e é disputada por escritórios, coletivos e profissionais de arquitetura; já a Acadêmica inclui arquitetos recém-formados (graduados no primeiro semestre de 2021 ou formados em 2020) e estudantes do último semestre de arquitetura.

Na edição passada do evento, o Aeroporto de Florianópolis foi eleito como o Melhor Projeto da Edição. A obra, do Biselli Katchborian Arquitetos Associados, conta com um grande plano de vidro compondo o meio-fio de embarque e desembarque e leva peças de controle solar Neutral 70 da Guardian (e interlayer de PVB Smoke Grey da Eastman) e ainda laminados Neutral Plus 50 Clear, também da Guardian, nas faces da edificação voltadas para o pátio de aeronaves.

Outro vencedor de 2021 é a Loja Conceito da Dengo, assinada por Matheus Farah Manoel Maia Arquitetura. A edificação traz uma fachada toda envidraçada, com laminados 6+6 mm compostos de peças Cebrace Extra Clear em ambos os lados, além do uso de vidros de controle solar Sunlight Neutro incolor (12 mm), da Guardian, na cobertura do terraço.

Crédito da imagem: Nelson Kon

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Inscrições estão abertas para premiação da Eastman

As inscrições para a premiação Vanceva World of Color Awards 2022 estão abertas até 31 de março. O concurso mundial é organizado a cada dois anos pela Eastman para premiar o uso artístico e inovador de vidros laminados com os interlayers coloridos da linha Vanceva. E os membros do júri para este ano já foram anunciados pela multinacional: incluem profissionais de empresas de engenharia, arquitetos e designers de produtos com ampla experiência de mercado.

A última edição do evento foi realizada em 2020. Na ocasião, o Museum of Fine Arts de Houston, EUA, ganhou na categoria Exterior: a fachada do projeto, desenvolvido pelo escritório Steven Holl Architects, é formada por vidros curvos acidatos com interlayers na cor Arctic Snow (“neve do ártico”), conferindo um aspecto visual leitoso e opaco ao nosso material. Já a vencedora na categoria Interior foi a escola de jardim de infância Kaleidoscope, de Tianshui, China: a edificação, projetada por Sako Architects, traz aplicações de laminados com dez cores diferentes nas janelas, arcos acima das portas, corredores e corrimão de escadas.

Crédito da imagem: Olaf Schmidt

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vidros trazem oportunidades em condomínios

Não é novidade que nossos materiais têm grande apelo para a arquitetura e design: as páginas de O Vidroplano frequentemente mostram sua aplicação em fachadas de edificações ou nos interiores de residências e espaços comerciais. Mas há várias outras possibilidades para o uso desses produtos, algumas delas envolvendo sua aplicação em condomínios residenciais. A seguir, saiba como nosso material contribui para esses espaços.

 

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Imagem: Rogério Pereira – Bliss Arquitetura

Edifício Ilhas Fiji, em Caiobá (PR), projetado pelo escritório Catherine Moro Arquitetura. O empreendimento leva laminados 4+4 mm de controle solar ClimaGuard Sunlight, da Guardian e processados pela Blue Glass, nas esquadrias em geral do condomínio — incluindo os guarda-corpos das áreas de frente para o mar. O uso de peças de alta performance proporcionou maior conforto térmico, além de contribuir para a redução do consumo de energia do condomínio e aproveitamento da maior interação visual da obra com a paisagem

 

Sensação de integração e amplitude
“Vidros e espelhos são elementos essenciais para a criação de obras contemporâneas. Por isso, sua utilização nas áreas comuns dos condomínios é indispensável”, avalia a arquiteta Catherine Simon Moro, proprietária do escritório Catherine Moro Arquitetura, de Curitiba.

Para outra arquiteta, Ana Cristina Cunha, do Recife, o uso dos produtos em condomínios residenciais tem vasta gama de aplicações. Essa lista inclui:

– Muros;

– Divisória de espaços;

– Cobertura;

– Guaritas;

– Peitoris;

– Elementos decorativos.

“Os espelhos, por sua vez, podem revestir ambientes como halls, conferindo ampliação de espaço e sofisticação”, acrescenta Ana Cristina.

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Imagem: Rogério Pereira – Bliss Arquitetura

 

Sandra Pompermayer, arquiteta e designer de interiores de São Caetano do Sul (SP), já utilizou alguns desses elementos em seus projetos de prédios residenciais para fazer o fechamento da entrada, compondo com toda a área de circulação e portaria. “Podemos, por exemplo, fazer um muro de vidro que, além de conferir segurança, oferece integração visual com o exterior e deixa o ambiente mais clean e bonito em comparação com um muro todo fechado de concreto”, avalia. Para ela, a facilidade da limpeza e manutenção é outra vantagem dos vidros e espelhos em relação a estruturas com grades de ferro e alumínio.

 

A importância da escolha certa
Para que nosso material proporcione a proteção e o desempenho esperados, é fundamental usar os vidros adequados do modo adequado. De maneira geral, cabe ao arquiteto responsável pelo projeto especificar corretamente o tipo de vidro apropriado para a aplicação. Além disso, assim como outros elementos da construção, o vidro deve ser instalado corretamente, para garantir a segurança e atender as necessidades de seus usuários.

Para o sucesso de uma especificação, é importante que os envolvidos no projeto conheçam os vidros existentes no mercado e as determinações das normas técnicas – assim, além do apelo estético, do aproveitamento da luz natural e da integração, a aplicação trará desempenhos térmico e acústico. É preciso ainda seguir as determinações das normas técnicas, em especial as da ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações, verificando quais vidros de segurança são adequados para determinado uso. Vale destacar que, em certos casos, há restrições mesmo entre os vidros de segurança; no caso dos guarda-corpos, por exemplo, essas estruturas não podem ser feitas com temperado, a menos que esteja compondo um laminado.

Para auxiliar o trabalho correto do profissional e informar o consumidor de forma fácil sobre as aplicações previstas em norma, a Abravidro desenvolveu a tabela Que vidro usar?, parte da campanha #TamoJuntoVidraceiro, que está disponível para download gratuito no site da associação.

 

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Imagem: Divulgação Sandra Pompermayer

Edifício Rio de Janeiro, no bairro de Higienópolis, em São Paulo: o escritório da arquiteta e designer de interiores Sandra Pompermayer deu cara nova à obra ampliando o uso de vidros nela – nas fotos, o antes e o depois do retrofit. Todo o gradil de ferro foi trocado por esquadrias com laminados. A cobertura envidraçada de acesso a pedestres, feita em um pergolado existente na frente do prédio, não afetou a estrutura nem o estilo da edificação. Já o hall de entrada e a guarita receberam portas blindadas de vidro e aço

 

De cara renovada
Embora a ideia de aplicação de vidros e espelhos em condomínios possa remeter a obras em andamento, nossos materiais também têm potencial em edificações mais antigas, por meio do retrofit. “Às vezes, um prédio fica desvalorizado se não se moderniza, caso não faça manutenções e atualizações em sua área comum e fachada”, opina Sandra Pompermayer.

A arquiteta já desenvolveu trabalhos de retrofit em alguns edifícios residenciais com fachadas muito antigas, que não chamavam muita atenção. “Com a modernização que fizemos, sem afetar o estilo original e com linhas modernistas, conseguimos um resultado muito satisfatório, gerando giro de vendas e visitações nas unidades que estavam para locação”, afirma.

O retrofit em condomínios pode ser muito interessante para tornar seus ambientes mais atrativos. Porém, essa atividade também requer cuidados: toda manutenção deve ser feita por profissional ou empresa qualificados, de acordo com a complexidade do serviço a ser realizado.

Para as reformas de sistemas envidraçados, precisam ser seguidas as normas ABNT NBR 7199, ABNT NBR 10821 — Esquadrias para edificações e ABNT NBR 16280 — Reforma em edificações – Sistema de gestão de reformas – Requisitos (ou outras normas brasileiras aplicáveis) e também os manuais da edificação fornecidos pela construtora, bem como as instruções dos fabricantes. O tipo de vidro aplicado na reforma tem de ser o indicado na ABNT NBR 7199.

 

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Imagem: Ana Cristina Cunha

Em diferentes projetos para condomínios residenciais, a arquiteta Ana Cristina Cunha explorou o uso do vidro de valor agregado, no caso, o de controle solar Vivix Performa verde, da Vivix: na cobertura na versão Duo (laminada) 8 mm, o conforto térmico se soma à proteção contra o Sol e intempéries; em muros — o da foto foi feito com peças temperadas —, além da segurança, proporciona estética diferenciada para a edificação

 

Saindo do básico
Ana Cristina Cunha destaca que é possível obter benefícios adicionais no caso do uso de vidros de valor agregado. “Com novas opções de alta performance no mercado, a atualização do conhecimento sobre os produtos disponíveis e a especificação correta delas permitem ganhos na estética, segurança, eficiência energética e conforto térmico, entre outros”.

Catherine Moro concorda: “A escolha desses produtos especiais tem um custo inicial elevado – porém, com o tempo de uso, os moradores irão sentir os benefícios proporcionados por esses vidros de alta qualidade e performance, agregando valor ao empreendimento como um todo e possibilitando melhor conforto térmico, acústico e até ambiental para todos”. É importante que o especificador saiba adequar as características do vidro ao orçamento do empreendimento, optando sempre pelo melhor custo-benefício para os clientes.

Aproximando os condomínios dos vidros
No ano passado, Vera Andrade, coordenadora técnica da Abravidro, apresentou o workshop “O que preciso saber sobre os vidros aplicados no condomínio para evitar acidentes”. O evento foi organizado pelo Sindividros-RS e transmitido via YouTube pelo canal do Sindicato Intermunicipal das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais no Rio Grande do Sul (Secovi/RS), parceiro do sindicato vidreiro gaúcho na realização.

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Imagem: Reprodução

 

Para a Abravidro, a iniciativa foi muito positiva. “Tivemos a oportunidade de nos aproximar de um público bem específico, os síndicos. Ao levarmos as informações sobre as características dos vidros a esses profissionais, estamos preparando-os para identificar potenciais riscos em aplicações irregulares de vidro nos seus condomínios e providenciar correções, bem como para exigir de futuros fornecedores a aplicação de vidros seguros e adequados à necessidade de cada fechamento”, avalia Vera.

Os síndicos devem estar atentos ao nível de segurança das áreas comuns de seus condomínios. Por isso, precisam saber que vidro não é tudo igual – ou seja, que existe um tipo adequado para cada aplicação e que seu papel vai muito além de um simples fechamento ou divisão de vão, pois a segurança dos usuários deve vir em primeiro lugar.

Também é importante que, em vistorias de entrega de condomínios novos, o síndico, juntamente com o corpo diretivo, esteja atento para os tipos de vidro aplicados nas áreas comuns e exijam da construtora a comprovação de que eles estão em conformidade com as normas técnicas.

Como forma de contribuir com o aumento da segurança nas edificações, a Abravidro considera primordial disseminar o conhecimento, seja a síndicos ou mesmo a moradores, sobre os diferentes tipos do nosso material, e reforçar que o uso de vidros de segurança é obrigatório em determinadas aplicações.

Crédito da imagem: num/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.