Trabalho e prosperidade

domingos-dez2021No apagar das luzes de 2021, o setor vidreiro recebeu uma boa notícia: um pleito que tramitava desde 2017 no âmbito do governo federal materializou-se no Decreto 10.910/2021, publicado em 23 de dezembro com validade a partir de abril deste ano. Foram dezenas de reuniões ao longo de quatro anos, mas agora está valendo: o float e o vidro impresso passam a ter alíquota de IPI de 10%, a mesma dos vidros processados. O objetivo da medida, fruto de esforço conjunto da Abravidro, com apoio das entidades regionais afiliadas, e Abividro, é impor mais uma barreira às empresas que operam à margem da lei. Saiba mais sobre a medida e seus impactos clicando aqui.

Por outro lado, janeiro veio em ritmo lento, após o último trimestre do ano de demanda mais retraída. As vendas seguem devagar e em algumas praças já se observa redução acentuada nos preços dos vidros processados, o que preocupa o mercado. 2022 promete desafios, mas a expectativa é de que seja um ano positivo.

Enquanto o ano novo vai mostrando a que veio, a Abravidro inicia mais um ciclo de coleta de dados para o Panorama Abravidro. De janeiro até março, as processadoras de todo o Brasil podem colaborar com o setor respondendo ao questionário para que tenhamos o já tradicional desenho do mercado vidreiro: números de faturamento e metros quadrados vendidos, produtividade, mão de obra empregada, ociosidade das empresas, além das expectativas para 2022. Os dados individuais das empresas são confidenciais, e apenas a equipe da GPM Consultoria, responsável pela pesquisa, tem acesso, conforme termo de confidencialidade assinado. A Abravidro divulga apenas os dados consolidados. Conto com a participação de processadoras de todas as regiões do País!

Também já estão abertas as inscrições para mais uma turma do PPCPE, nosso módulo de especialização técnica voltado para o planejamento da produção. Nossos cursos vêm registrando demanda crescente nos últimos anos, o que é um ótimo indicativo de que as empresas estão investindo em qualificação.

E neste Ano Internacional do Vidro, deixo aqui meus votos de que tenhamos todos 12 meses de muito trabalho, reencontros e prosperidade!

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sanvidro investe na certificação dos temperados

Com quase 30 anos de atuação no setor vidreiro, a Sanvidro, de Olinda (PE), optou por certificar seus temperados (6, 8 e 10 mm) pelo Inmetro. A empresa conta com parque industrial de 20 mil m², além de filiais na Região Metropolitana do Recife e Agreste do Estado – e nem mesmo o posto de referência local no segmento a impediu de buscar mais qualificação para seu processo produtivo. Ao invés de se acomodar com as conquistas do passado, a processadora decidiu olhar para o futuro.

Legitimidade
Única beneficiadora pernambucana a carregar a chancela do Inmetro para temperados atualmente, a Sanvidro levou quatro meses para concluir o processo (setembro a dezembro do ano passado). No dia 16 de dezembro, a certificação foi aprovada. “Estamos sempre buscando o diferencial. Como prezamos pela excelência dos nossos produtos, o investimento em segurança é primordial para nos mantermos competitivos no mercado”, destaca Moisés Santos, diretor-executivo da empresa. “Com o selo, atestamos o correto desempenho do vidro temperado produzido por nós”. O trabalho de estudo e aprovação das amostras foi feito pelo Instituto Beltrame da Qualidade, Pesquisa e Certificação (Ibelq).

 

certificação2
Imagem: Divulgação

 

 

Nova mentalidade
Segundo Santos, a implementação de um novo sistema de gestão ajudou a corrigir antigos vícios na produção, enquanto a conscientização dos colaboradores foi fundamental para alcançar o objetivo. “O trabalho em equipe é o segredo do sucesso. Percebemos o quanto é importante a gestão da qualidade para a empresa. A padronização e o controle dos processos já nos permitem apresentar resultados melhores”, afirma o dirigente. “A realização dos ensaios de desempenho, de forma diária, nos permite acompanhar a têmpera e adequá-la às orientações da norma.”

O consultor da Abravidro para certificação, Edweiss Silva, também auxiliou a Sanvidro ao longo dessa adequação. “Por meio da consultoria, fizemos melhorias nos procedimentos internos de gestão, o que nos deixou confiantes para a auditoria”, revela Santos.

Resultados imediatos
Apesar de ter recebido a chancela há apenas um mês, a processadora já notou retornos significativos. Segundo Santos, houve redução de desperdício com o controle de retalhos e, consequentemente, redução de custos. “Agora descortinamos um crescimento comercial com produtos de alta qualidade e expansão de mercado.” Por isso mesmo, mais certificações estão na mira, como a ISO 9001, processo que a Sanvidro se prepara para iniciar ainda em 2022.

 

certificação3
Imagem: Divulgação

 

 Crédito da imagem: Divulgação

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Pesquisa para o Panorama Abravidro 2022 já começou!

Medir os dados do setor vidreiro sobre 2021 será essencial para que as empresas possam visualizar com clareza os resultados do mercado e as perspectivas para os próximos 12 meses. Por isso mesmo, a pesquisa para a edição 2022 do Panorama Abravidro – que completou uma década de existência no ano passado – já teve início.

O material é o único estudo econômico sobre a produção vidreira nacional, publicado anualmente pela associação e feito com base nas informações fornecidas pelas processadoras – por isso, é fundamental que todas as empresas desse segmento respondam ao questionário para a elaboração do documento até o dia 18 de março.

Por que responder?
A participação de cada processadora na pesquisa faz toda a diferença para o resultado final do levantamento. Quanto mais empresas participarem, mais precisos serão os dados presentes na publicação. Com uma amostragem maior de empresas, é possível ter uma visão mais clara da situação do mercado do vidro no Brasil, identificando assim se ele se encontra em crescimento ou queda, quais as principais dificuldades enfrentadas pelos empresários e que ações precisam ser tomadas para superá-las, entre outros pontos.

Seguro e confidencial
O acesso às informações enviadas pelas empresas é restrito aos pesquisadores da GPM Consultoria, empresa que atua na elaboração do estudo desde sua primeira edição. Nem mesmo a equipe da Abravidro tem contato com esses dados. Os economistas responsáveis pela análise das informações assinaram um termo de confidencialidade, registrado em cartório, assumindo que apenas os números consolidados e agregados são tornados públicos, sem distinguir uma empresa da outra. Eles estão à disposição de todo o setor, para esclarecer dúvidas dos participantes, pelo e-mail panoramaabravidro@gmail.com.

Planejamento e demandas
Os processadores e demais empresas ligadas ao nosso segmento podem encontrar no Panorama Abravidro todos os números essenciais do mercado. Alguns dos indicadores disponíveis no estudo são:

– Produção de vidros processados (em m²);

– Faturamento do setor;

– Evolução do preço médio dos vidros temperado e laminado;

– Mão de obra empregada na indústria de transformação;

– Produtividade dos trabalhadores;

– Capacidade nominal produtiva das plantas de float instaladas no País;

– Balança comercial de vidros;

– Termômetro para 2022: expectativa de faturamento, intenção de investimento, capacidade instalada ociosa etc.

Todos esses dados servem como ferramenta para que cada empresário possa comparar o desempenho da sua processadora com o resultado geral do mercado brasileiro, bem como estabelecer suas estratégias e ações para o ano.

Já para a Abravidro, o levantamento permite que a associação identifique os principais problemas do mercado nacional e quais as medidas necessárias para resolvê-los. Assim, é possível solicitar junto ao governo federal ações que atendam nossas empresas de forma específica.

 

direto-da-abravidro-panoramaComo participar?
É fácil! Basta preencher o questionário na plataforma online Survey Monkey, especializada em pesquisas para coleta de dados – o processo é rápido, e totalmente seguro. As perguntas podem ser acessadas pelo link (https://pt.surveymonkey.com/r/panoramaabravidro2022).

Crédito da imagem: pressfoto/Freepik

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Governo altera IPI para vidros float e impresso

O Decreto 10.910, publicado no Diário Oficial da União no dia 23 de dezembro de 2021, validou um trabalho iniciado em 2017, desenvolvido em conjunto pela Abravidro – com o apoio das entidades regionais afiliadas – e Abividro, na luta contra a sonegação de impostos e informalidade no setor vidreiro. Resultado: a partir de 1º de abril deste ano, a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos vidros float e impresso vai passar de 5% para 10%.

O que muda
Na prática, para as processadoras que apuram o IPI, a mudança na alíquota do float permitirá o aumento proporcional dos créditos das empresas na apuração desse imposto. Halim José Abud Neto, assessor-jurídico da Abravidro, comenta que esse imposto é muito mais que um simples mecanismo de arrecadação de recursos por parte do governo. “Ele tem também função extrafiscal, uma espécie de instrumento de proteção do mercado nacional, tanto contra a concorrência interna – e aí incluímos a sonegação – como a externa”, explica. Além do enfrentamento à evasão, a medida pode vir a estimular a venda de vidros processados.

Informalidade, a vilã do mercado
O pleito da Abravidro e Abividro tem como base estudos dos chamados descaminhos do vidro. Essas análises desenvolvidas pela LCA, uma das maiores consultorias econômicas do Brasil, apontaram que a diferença entre o IPI cobrado no primeiro e no segundo elos da cadeia vidreira estimulava práticas de evasão fiscal, como a venda de produtos processados como se fossem vidros comuns. “A Abravidro, junto com diversos parceiros do setor, busca de forma contínua minimizar os impactos destrutivos dos descaminhos em nossa cadeia”, afirma José Domingos Seixas, presidente da entidade. “Esse decreto é um passo importante na direção de um mercado justo para aqueles que atuam dentro da lei.”

Como recorda Lucien Belmonte, presidente-executivo da Abividro, o pedido original do setor ao governo federal foi de inversão das alíquotas, o que não foi aceito. A solução encontrada foi a equalização dos percentuais para os dois elos da cadeia em 10%. “É um resultado positivo para diminuir a assimetria entre quem paga e quem não paga impostos”, afirma.

Quais produtos foram afetados?
Confira abaixo as NCMs dos vidros que serão impactados pela medida, passando a ter alíquota de 10% em abril:

7003.12.00 – Coradas na massa, opacificadas, folheadas (chapeadas), ou com camada absorvente, refletora ou não

7003.19.00 – Outras

7005.21.00 – Corado na massa, opacificado, folheado (chapeado) ou simplesmente desbastado

7005.29.00 – Outro

Crédito da imagem: patpitchaya/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

ABNT NBR 7199 traz orientações para pisos de vidro

Pisos de vidro são estruturas que chamam muito a atenção – apenas em 2021, duas capas de O Vidroplano foram dedicadas a obras com esse tipo de aplicação: o Skyglass Canela (no RS), em fevereiro, e o Sampa Sky (em SP), em agosto. Ainda há quem tenha medo de andar sobre eles, mas são bastante seguros – desde que estejam dentro das normas. A seguir, saiba o que se determina para a especificação e instalação dessas estruturas.

Que vidro usar?
A ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações classifica os pisos de vidro como instalações especiais e define que o único vidro que pode ser utilizado nesse tipo de aplicação é o laminado de segurança, composto de duas ou mais placas de vidro fortemente interligadas por uma ou mais camadas intermediárias (interlayers) de PVB, EVA ou resina. Dessa forma, em caso de quebra de uma das lâminas, os fragmentos ficam presos nessa camada, impedindo o surgimento de aberturas no vão, reduzindo o risco de acidentes e ferimentos e mantendo a área fechada até que a substituição do vidro seja realizada.

Importante: para ser considerado vidro de segurança, o laminado deve ser submetido aos ensaios de impacto para a classificação de segurança previstos na ABNT NBR 14697 — Vidro laminado, além de atender os requisitos estabelecidos nessa mesma norma.

Atenção ao apoio
O vidro não pode tocar diretamente na estrutura em que está apoiado. Por isso, é necessária a utilização de calços de fundo e laterais, tomando-se os seguintes cuidados:

– Os calços não podem ser de materiais hidroscópicos (que liberam umidade) ou que apodreçam;

– Os apoios das bordas dos pisos devem ter, no mínimo, uma vez e meia a espessura total da placa de vidro, para sua sustentação.

Atenção: caso seja necessária a furação da peça para sua fixação, o vidro deverá ser laminado de temperado – ou seja, laminado composto por placas de temperado.

Atenção à resistência
O cálculo da capacidade de carga e da espessura necessárias para o vidro deve ser feito por projetistas considerando diversos fatores, entre eles o tipo de carga que a estrutura deverá suportar.

De acordo com a ABNT NBR 7199, também é necessário considerar que, em caso de quebra de uma das placas de vidro, as demais peças da composição devem suportar a carga pelo tempo necessário para desocupação e isolamento do local e posterior substituição do vidro.

Manutenção
Para evitar o risco de quebras, é necessário realizar anualmente vistorias nas interligações do sistema e em suas vedações. A limpeza deve ser feita apenas com água e sabão neutro – produtos químicos devem ser evitados, pois podem agredir a camada intermediária e levar à delaminação da peça.

Vale destacar ainda que a borda do vidro laminado não pode ter contato direto e permanente com água ou umidade.

Crédito da imagem: Cris Martins

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Caleidoscópio – janeiro 2022

DADOS & FATOS

Boas perspectivas
A nota técnica Cenários Econômicos Para os Próximos 10 Anos, publicada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), aponta que o setor industrial deve apresentar o maior crescimento na próxima década (à frente de serviços e agropecuária), avançando, em média, 3,1% ao ano. O levantamento foi produzido pelo órgão com o objetivo de subsidiar as estratégias para o planejamento energético nacional a médio e longo prazos.

Apesar disso…
A década passada está longe de deixar saudade para a indústria. A participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 33% — de 27,4% para 20,5% do total — e foram aniquilados cerca de 800 mil postos de trabalho no segmento — o emprego formal é uma marca da indústria. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Demandas na mesa
Ciente das dificuldades que o setor enfrenta, a Coalizão Indústria, formada por 15 grandes entidades das mais diversas áreas do setor produtivo, reuniu-se com o governo federal na primeira quinzena de janeiro para defender medidas que possam reduzir o Custo Brasil e estimular o crescimento do setor. As prioridades apontadas são a reforma tributária e as privatizações.

Inflação cede, mas assusta
O custo das mercadorias usadas na indústria teve variação de 1,31% em novembro de 2021, mostram dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP). O resultado sinaliza desaceleração frente a outubro, quando o registrado foi 2,26%. Mas, no acumulado de 12 meses, a inflação assusta: a alta é de 28,86%.

 

FIQUE POR DENTRO

Automação em alta em 2022
A pandemia acelerou o desenvolvimento do emprego da tecnologia nos negócios. E, de acordo com pesquisa internacional da empresa de consultoria Gartner, mais de 80% das organizações indicam continuação e, em alguns casos, aumento de gastos em automação e robotização em 2022. Emauri Gaspar, co-founder da Run2Biz, empresa brasileira especializada em automação empresarial, explica que não há como garantir a alta produtividade e, ao mesmo tempo, reduzir o tempo de execução de tarefas e processos sem investir em automação. Para o especialista, quem não acompanhar a tendência sofrerá com produção limitada, lentidão dos processos, falta de padrão de resultados, pior aproveitamento de funcionários, retrabalho e aumento de custos.

No sentido de ajudar as empresas na tomada de decisões, David Groombridge, vice-presidente de pesquisa da Gartner, sugere que os líderes devem guiar o processo de automação em suas empresas baseados em três pilares: confiança plena na automação, crescimento acelerado e transformação de consciência.

 

RETROVISOR

Conhecimento sobre boxes para todo o Brasil
Há dois anos, O Vidroplano de 2020 registrava a participação da Abravidro no programa É de Casa, da TV Globo. A coordenadora técnica da entidade, Vera Andrade, explicou ao apresentador Zeca Camargo detalhes sobre a instalação, uso e manutenção do vidro em boxes de banheiro, conforme determina a norma ABNT NBR 14207 – Boxes de banheiro fabricados com vidro de segurança.

 

ERRATA

Na nota “Aposta na energia solar”, publicada na seção “Mundo do Vidro” em dezembro, informamos que a processadora Santa Rita Vidros Especiais está localizada no Rio Grande do Sul. Na verdade, a empresa é de São José (SC).

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Em ritmo forte

2022 começou com muita expectativa por parte de nossa redação. Uma nova seção, chamada “Ano Internacional do Vidro”, faz a estreia nesta edição de O Vidroplano. O espaço traz curiosidades diversas sobre nosso material – é uma forma de participarmos da comemoração do Ano Internacional do Vidro, data definida pela ONU para celebrar o importante papel do produto na sociedade. Este mês, conheça como o vidro foi descoberto, há cerca de 4 mil anos.

Outro destaque é a tradicional reportagem a respeito das perspectivas para o mercado ao longo do ano. Ouvimos especialistas, entidades de setores consumidores do material e empresas vidreiras (incluindo usinas e fabricantes de maquinários, acessórios e insumos), para saber deles o saldo de 2021 em relação aos negócios e os prognósticos para os próximos 12 meses.

A expectativa também surge pela abertura da pesquisa para a confecção do Panorama Abravidro 2022. O único estudo econômico sobre a produção vidreira nacional, publicado anualmente pela Abravidro, é feito com base nas informações fornecidas pelas processadoras. Por isso, beneficiador, participe! O processo é confidencial e seguro (veja mais detalhes clicando aqui). E o ano ainda promete outro assunto empolgante, bastante aguardado por todo o segmento, o qual por enquanto não pode ser revelado – mas estamos torcendo para torná-lo público em breve.

Esperamos entregar para você mais um ano de conteúdo de qualidade.

Boa leitura!

Iara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Quem inventou o vidro?

É difícil apontar um pai ou uma mãe para o vidro. É melhor perguntar “quem descobriu o material”, pois, muito provavelmente, a humanidade chegou a ele sem querer.

O mais provável: a descoberta do vidro deve ter acontecido há cerca de 4 mil anos, na Mesopotâmia (região que hoje compreende parte do Iraque e Síria).

Existe uma lenda sobre isso. De acordo com o historiador romano Plínio, o Velho, tudo está ligado a marinheiros fenícios: eles teriam chegado a uma praia e acendido uma fogueira para cozinhar usando blocos de sódio e uma panela. Para surpresa de todos, a areia embaixo do fogão improvisado derreteu, formando um líquido espesso que mais tarde endureceu. Ali estava nosso querido material transparente.

Não existe comprovação de que o fato tenha ocorrido como relatado, mas a história é boa demais para ser deixada de lado, não é mesmo?

 

ano-internacional-vidro2

 

 

A presente seção, “Ano Internacional do Vidro”, celebrando a trajetória de nosso material e sua importância para a história humana, é uma contribuição de O Vidroplano ao Ano Internacional do Vidro, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2022.

Crédito da imagem: SvetlanaSF/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Casa de hóspedes em São Paulo tem paredes envidraçadas

Já pensou acordar numa manhã ensolarada, em plenas férias, e nem precisar sair do quarto para enxergar a natureza? Pois é isso que os hóspedes do Altar Prainha — erguido em Joanópolis, cidade localizada a pouco mais de 100 km da capital paulista — encontram no espaço inaugurado no fim de 2020. A aposta em vidros de controle solar garante uma experiência única aos visitantes, oferecendo conforto térmico e belas vistas dos arredores.

 

vidro-em-obra2

 

Celebração do belo
Idealizado pelo empresário Facundo Guerra, o projeto foi criado como uma tentativa de reconectar as pessoas à natureza. “Ele é uma membrana entre o dentro e o fora, entre nós mortais e o imortal, ou aquilo que chamam de ‘divino’”, explica Guerra em entrevista para a revista Habitare. “Um lugar que permita às pessoas o contato com algo maior.” Segundo o empresário, o Altar funciona como um retiro de toda a vida intensa encontrada na cidade grande, de forma a fazer com que os hóspedes possam ter contato com si mesmos.

Com 92 m² de área total, incluindo espaços externos, a casa está localizada na represa do Jaguari, a menos de duas horas de São Paulo. O acesso se dá pela Fazenda Pedra Alta, responsável por vigiar e monitorar o ambiente, evitando assim a presença de estranhos – afinal, privacidade é algo importante quando se têm paredes transparentes.

 

vidro-em-obra3

 

Comodidades
Quem se hospedar no Altar Prainha (a casa acomoda até três pessoas) terá à disposição diversas atividades de lazer (todas pagas à parte), como trekking, aluguel de cavalos, barcos e bicicletas. O espaço oferece:

– Quarto com cama queen size

– Cama de solteiro embutida na parede

– Churrasqueira

– Vídeo projetor 4K com tela de 150 polegadas

– Estacionamento privado

Minimalismo
A decoração com conceito minimalista, incluindo cores sóbrias em todo o interior, combina com os panos de vidro – já que trazem elegância e aspecto clean, de limpeza, à construção. Foram aplicadas em todas as fachadas peças laminadas (4 + 4 mm) do vidro de controle solar ClimaGuard SunLight, da Guardian, garantindo assim o conforto térmico interno mesmo em dias de Sol. Além disso, nosso material ajuda na economia de energia ao diminuir o uso de ar-condicionado.

“Projetos como esse, desenvolvidos com foco na autossuficiência e que trazem o menor impacto possível ao meio ambiente, não poderiam ter suas vedações externas com outra solução”, analisa Betânia Danelon, gerente-comercial do segmento de Arquitetura da Guardian. “Esse tipo de vidro atende a demanda crescente do mercado residencial por ambientes claros, iluminados, amplos ou que deem essa sensação de amplitude aliada ao conforto térmico.” Por falar em sustentabilidade, a obra foi construída com madeira de reflorestamento e tem sistema fotovoltaico para produzir energia solar e tratamento próprio de resíduos.

Ficha técnica
Obra: Altar Prainha

Autor do projeto: Cubicset Construções Modulares

Local: Joanópolis (SP)

Conclusão da obra: segundo semestre de 2020

Vidros usados nas paredes da casa: peças laminadas 4 + 4 mm de vidro de controle solar ClimaGuard SunLight

Fabricante: Guardian

Processador: Cubicset

Fabricante das esquadrias: Dialc

Instalação dos vidros: Dialc e Cubicset

Créditos das imagens: Studio Connecta

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Como é o vidro utilizado em espaçonaves?

Temperaturas que passam dos 1.000 ºC e velocidades maiores do que a do som. Viajar para fora da Terra não é tarefa das mais tranquilas – por esse motivo, as espaçonaves são construídas com matérias-primas resistentes para transportar os astronautas com segurança. E o vidro não poderia ficar de fora quando se fala em segurança.

Mas calma aí: nosso material não derrete durante a reentrada na atmosfera? Não, caso seja usado o tipo certo. Conheça a composição do vidro aplicado nesses veículos e saiba como ele também contribui para proteger a vida dos ocupantes.

Tensão na volta pra casa
Uma espaçonave é construída principalmente para resistir à reentrada, o momento mais crítico de um voo espacial. Viajando a milhares de km por hora, ela precisa “perfurar” a atmosfera, “empurrando” os gases ali presentes. Por conta da alta velocidade, esses gases são comprimidos, atingindo temperaturas altíssimas (mais de 3.000 ºC). E boa parte desse calor é transferida para a superfície das espaçonaves – daí vem a importância de terem uma espécie de “escudo antiaquecimento”.

A Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, estuda com frequência materiais para serem usados no revestimento das naves. “Construímos túneis de vento quente para simular o aquecimento atmosférico a grandes velocidades, até mais de 30 mil km/h”, explica o engenheiro John Balboni, membro do setor de termofísica do Centro de Pesquisa Ames, na Califórnia.

Sanduíche poderoso
Cada espaçonave conta com uma configuração própria. Mas, em geral, suas janelas são compostas por três painéis de vidros especiais, com qualidade óptica superior.

aqui-tem-vidro2
Imagem: NASA/Ames

 

– A chapa exterior é de vidro de sílica fundida, um dos mais caros do mundo. Ele tem 96% dessa matéria-prima e resiste às altas temperaturas da reentrada: pode suportar até 1.200 ºC;

– A chapa do meio, também de sílica fundida e a mais grossa de todas, serve para o mesmo objetivo acima, além de garantir a pressão correta da cabine interna;

– Por fim, a chapa interior, de alumino-silicato, chamada de “painel da pressão”, tem como função resistir à pressão da cabine interna.

Hábitats em órbita da Terra, como a Estação Espacial Internacional, usam também vidros de baixa expansão térmica nas vidraças externas: o material é eficaz contra o frio extremo do espaço — ele pode chegar a 270 ºC negativos.

Vidro em pó
A parte externa de certos veículos ganha ainda um revestimento um tanto quanto inusitado: um tipo de vidro em pó, chamado frit, mais uma proteção para evitar a combustão da nave. Existem duas composições de frit. Uma delas é aplicada na parte com mais contato com a atmosfera durante a reentrada; a outra fica para a parte superior das asas, fuselagem e cauda, as quais enfrentam temperaturas menores.

 

aqui-tem-vidro3
Imagem: Paopano/stock.adobe.com

No ângulo correto
Preste atenção em fotos de espaçonaves: as janelas sempre estarão presentes em apenas um lado de sua superfície. Por que isso? Pelo fato de a reentrada não ser feita com o bico da nave – ela fica num ângulo de 40 graus, quase deitada, enquanto atravessa a temperatura. Assim, o lado que fica para cima não atinge temperaturas e pressões tão altas como o lado de baixo – mesmo assim, ainda muito quente, próximo dos 1.000 ºC. Isso faz com que o vidro especial usado, próprio para aguentar calor e resfriamento sem trincar, não derreta.

Crédito da imagem: blackdiamond67/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Confira dicas para o planejamento do seu trabalho

Como anda o planejamento das atividades da sua vidraçaria? Essa não é somente a primeira etapa em sua rotina de trabalho: ajuda a determinar o sucesso – ou o fracasso – de seu funcionamento e do cumprimento dos prazos de entrega.

Com um novo ano começando agora, que tal rever a forma como essa tarefa é feita? Para ajudar, O Vidroplano apresenta, nas páginas a seguir, dicas de especialistas e profissionais do nosso setor, bem como ferramentas que podem facilitar o trabalho e proporcionar maior controle sobre cada etapa.

 

para-sua-vidraçaria2

 

O começo de tudo
“O planejamento é sempre uma ferramenta decisiva no sucesso empresarial, em qualquer segmento de atividade: somente planejando bem o empresário pode assegurar o uso adequado e racional de insumos, energia e mão de obra”, avalia Carlos Melles, presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Carlos Santos, sócio-proprietário da SFTI, concorda: “Quando essa etapa não é feita adequadamente, surgem imprevistos que geralmente resultam em custos excessivos, atrasos e insatisfação do consumidor”.

Melles aponta que o planejamento permite ao empreendedor identificar entraves, bloqueios, dificuldades e desafios que têm de ser superados, não deixando que ele se depare com essas questões tarde demais, quando outras atividades já estiverem sendo executadas. “Esse processo é essencialmente composto pela matéria-prima nobre, a informação. Assim, nesse momento, é fundamental ouvir todos os envolvidos, principalmente os clientes, a razão de ser de qualquer empreendimento, e consultar também fornecedores e até concorrentes”, orienta.

Contudo, o presidente do Sebrae destaca que o excesso de informação às vezes pode prejudicar a tomada de decisão. “Pode, inclusive, levar ao que chamamos, de forma informal, de ‘parálise por análise’”, explica. Por isso, outra característica necessária para esse trabalho é a organização: “Com uma boa gestão e maior controle desses dados, as vidraçarias conseguem aumentar a eficiência nos seus atendimentos e evitar erros em seus processos”, comenta Homero Luz, consultor-comercial e de Marketing da ECG Sistemas.

E engana-se quem pensa que só empresas grandes devem se planejar. “Muitos vidraceiros acreditam que, por serem pequenos, não precisam criar procedimentos – e aí está o erro”, alerta Cirilo Paes, consultor especialista em vidros e esquadrias de alumínio da CP Consultoria Empresarial e Apoio Administrativo. “Independentemente do tamanho do negócio, fazer as coisas de maneira organizada e com regras é fundamental para evitar dores de cabeça futuramente.”

Paes conta que muitos clientes só se preocupam com o planejamento quando estão no sufoco, não observando que acaba sendo muito mais custoso arrumar algo bagunçado do que organizar do zero. O mesmo vale para vidraçarias grandes. “Não adianta a empresa crescer, mas a mente do empresário não evoluir.”

O que levar em conta
“Para o começo do planejamento, é essencial que as informações sejam claras em cada departamento. As pessoas envolvidas precisam saber claramente quais são as tarefas a serem executadas de acordo com o resultado necessário”, afirma Paes, salientando que, para que haja eficiência dos colaboradores em todos os processos dentro de uma vidraçaria, é preciso identificar o que pode travar o andamento do serviço para criar procedimentos e deixar a tarefa mais eficiente.

Jaqueline Fazolim, gerente de Projetos da vidraçaria Fazolim Vidros, de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, conta como é feito o processo dentro da sua empresa. “Todo projeto, após aprovado pelo departamento comercial, passa por checklist com os departamentos de projetos e compras, e é acompanhado por três setores simultaneamente. Sem dúvidas, a comunicação interna é a ferramenta mais precisa para um bom trabalho”, relata apontando que todos os setores e etapas devem ser considerados – não adianta dedicar toda a atenção à equipe de projetos se o time de compras adquirir o produto errado, por exemplo.

Após definir as etapas e o cronograma para a realização do trabalho, a vidraçaria precisa que algum profissional ou equipe se responsabilizem por manter o controle desse planejamento – isto é, acompanhar o que está sendo feito para garantir que nada saia dos eixos. No caso da Fazolim, essa atribuição é desempenhada pelo departamento de pós-vendas. “Brinco que nossa colaboradora é como uma sirene; a principal função dela é sinalizar os departamentos sobre os prazos de cada tarefa e, caso alguma etapa demande mais tempo para acontecer, ela precisa acionar os demais setores para suprir esse prazo ou comunicar ao cliente a causa e solução para esse processo”, conta Jaqueline.

A gerente de Projetos acrescenta que, muitas vezes, o atraso vem da própria obra e não das atividades internas da vidraçaria. Esses fatores externos também devem ser comunicados pelo vidraceiro ao consumidor assim que identificados, para que não haja desentendimentos.

Informatizando seu planejamento
Hoje o mercado conta com uma série de softwares para planejamento e gestão voltados para as especificidades das mais variadas empresas – e isso inclui as vidraçarias. O uso desses sistemas pode fazer toda a diferença para esse trabalho. “Um bom programa de gestão contribui muito para agilizar o andamento, pois torna possível o acompanhamento de todos os processos e ajuda a identificar possíveis problemas, antes que estes prejudiquem a entrega final de um trabalho”, sinaliza Carlos Santos, da SFTI.

O uso desses softwares ainda não é tão disseminado no Brasil, embora venha crescendo. Uma pesquisa feita pelo Sebrae em 2018 mostra que o caderno ainda é o meio preferido dos microempreendedores individuais – os quais somam mais de 13 milhões de empresários – para o controle financeiro da empresa. “Esses empreendedores somam 50% do total, enquanto 21% já passaram para a era do computador. O percentual é mais acentuado entre os jovens de até 24 anos, os quais aderiram mais facilmente aos meios digitais”, avalia Melles, do Sebrae.

O custo da implementação desses programas pode ser visto como um empecilho para os vidraceiros – mas ignorá-los pode acabar sendo mais custoso. “Muitos ficam preocupados com o preço de um sistema, mas com o comprometimento em realizar as configurações iniciais e o treinamento, o investimento retorna muito rápido, tornando-se uma ferramenta indispensável na rotina do vidraceiro”, explica Homero Luz, da ECG Sistemas.

Contudo, Cirilo Paes alerta que, para aproveitar esses sistemas, o vidraceiro e sua equipe precisam antes estar bem-preparados. “Não é eficiente eu ter um software e os processos não estarem claros e bem-definidos. Uma coisa que eu sempre explico para meus clientes é que o computador é ‘burro’, ele só faz o que eu mando. Se eu não o alimento da forma certa, ele não vai fazer o que eu preciso.” Também é importante buscar orientações junto aos desenvolvedores dessas ferramentas para aprender a usar todas suas funções: a ECG Sistemas e a SFTI oferecem treinamentos e canais de suporte para seus sistemas (conheça mais sobre eles a seguir).

 

para-sua-vidraçaria3
Imagem: Deemerwha studio/stock.adobe.com

 

 

Opções no mercado
Um dos softwares disponíveis para ajudar no planejamento dos vidraceiros é o GlassControl Vidraçaria, da SFTI. Com ele é possível monitorar os trabalhos em aberto e seus respectivos status. A ferramenta permite digitar e elaborar pedidos com base em sua extensa biblioteca de projetos, que pode ser expandida e personalizada pelo usuário.

Um de seus diferenciais é a integração do sistema do vidraceiro aos de seus parceiros. “O GlassControl está disponível nas versões vidraçaria, distribuição e indústria. Como todas são integradas, não há retrabalho para troca de informações entre as versões do software”, detalha Carlos Santos. Além da agilidade obtida nos processos, o sócio-proprietário da SFTI acrescenta que o programa conta com inúmeras consultas, gráficos e relatórios, bem como simplifica e agiliza o processo de entrega e fatura de contas, com emissão de nota fiscal eletrônica (NF-e) e nota fiscal do consumidor eletrônica (NFC-e).

Outra opção no mercado é a ECG Glass, ferramenta da ECG Sistemas. Com ela, as vidraçarias e serralherias podem acompanhar o relatório de todos os pedidos aprovados e de ordens de serviço que ainda estão pendentes, verificando se estão dentro ou fora do prazo e em que etapa o processo se encontra (medição, compra, instalação etc.).

“O ECG Glass é um sistema integrado: a partir do cadastro do cliente, já é possível realizar o orçamento e fazer o agendamento de medição ou de instalação”, destaca Homero Luz. Essa integração se estende à área de faturamentos: com o módulo financeiro, o ECG Glass fornece as informações de contas a pagar e receber, não sendo necessário fazer novos lançamentos. E, caso haja pendência por algum erro, ou por parte do cliente, o vidraceiro terá acesso a essa informação e poderá alimentar o sistema, fazendo um novo agendamento.

Outras formas de organizar seu planejamento
Há ferramentas além dos softwares de gestão que podem auxiliar o vidraceiro nesse trabalho – algumas delas, gratuitas. “O Google Agenda, por exemplo, é um aplicativo extremamente eficiente. Com ele é possível fazer o agendamento de serviços por equipe e incluir outros colaboradores na mesma agenda, de forma que todos possam visualizar o que precisa ser feito”, explica Cirilo Paes.

Embora os programas tragam muitas facilidades para o planejamento das atividades, um empreendedor com problemas com a Internet ou equipamentos digitais pode sempre recorrer ao controle manual. “Um caderno com o controle de entrada e com a relação de todos os custos fixos e variáveis do negócio já pode dar ao empresário uma melhor compreensão sobre a saúde financeira do seu negócio”, sugere Carlos Melles, do Sebrae.

 

para-sua-vidraçaria4
Imagem: ijeab/Freepik

 

 

Foco e organização: metas para 2022
Seja qual for a solução escolhida, Jaqueline Fazolim ressalta que o segredo não está na ferramenta, mas sim no cumprimento de normas e processos internos e na capacitação de equipe. “Para 2022, nossos planos são investir ainda mais no nosso capital humano, para que nosso ecossistema evolua cada vez mais”, destaca.

Cirilo recomenda que, para um bom planejamento de início de ano, o vidraceiro faça uma avaliação dos resultados de planejamentos anteriores, levantando neles o que é desejável preservar e o que é melhor eliminar. “Se isso estiver bem claro para o vidraceiro e para os colaboradores, fica mais fácil planejar aonde se deseja chegar.”

“Uma das premissas dos nossos clientes na hora de fidelizar um fornecedor é saber da pontualidade dele e de seu comprometimento com a obra”, observa Jaqueline. “Planejamento estratégico não é um bicho de sete cabeças; investir tempo na organização e controle dos processos significa reduzir riscos, custos e aumentar a produtividade de todos.”

Crédito da imagem: Me studio/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Blindex leva cultura pop aos boxes de banheiro

A Blindex firmou em dezembro parceria com a Warner Bros, referência mundial na indústria de entretenimento, para o desenvolvimento da Blindex Power Box. Já disponível no mercado, a linha permite personalizar os boxes de banheiro produzidos pela empresa com imagens oficiais dos Looney Tunes, Harry Potter, super-heróis da editora DC Comics, como Batman e Mulher-Maravilha, e outros personagens da Warner Bros. Esse processo é feito por serigrafia ou impressão digital, garantindo que a estampa não descole, risque ou apague. Também é possível personalizar alguns acessórios, como as roldanas do boxe, bem como vidros para outras aplicações, incluindo portas, divisões de ambientes e tampos de mesa.

Crédito da imagem: Divulgação Blindex

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

GPD Finlândia é cancelado para 2022

A organização do Glass Performance Days (GPD) informou que a próxima edição do principal congresso vidreiro do mundo, que seria realizada de 16 a 18 de fevereiro deste ano em Tampere, Finlândia, foi cancelada. A decisão veio por conta do grande aumento dos casos de Covid-19 na Europa, causado pela disseminação no continente da nova variante da doença, a Ômicron. Com isso, diversos países vêm restringindo a entrada de viajantes, o que impediria a presença de participantes internacionais no encontro. O evento será retomado em 2023. Mais informações a respeito ainda serão anunciadas.

Crédito da imagem: Divulgação GPD

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Divisão europeia da AGC desenvolve para-brisas tecnológicos

A divisão automotiva da AGC Europa e a EyeLights (startup francesa na área de displays de realidade aumentada para automóveis e capacetes de motociclistas) anunciaram parceria para trazer recursos de realidade aumentada (tecnologia que permite sobrepor elementos virtuais à visão do mundo real) para veículos de série. Essa inovação transformará o para-brisa em uma tela virtual, alimentada pelo sistema operacional da EyeLights, tornando as informações visíveis mesmo com óculos escuros. A novidade foi apresentada no começo do mês na feira de tecnologia CES 2022, nos Estados Unidos. Segundo Patrick Ayoub, chefe de Sensores Automotivos e Visão da divisão de P&D da AGC, a multinacional já está pronta para produzi-la em massa e aprimorar a experiência de direção.

Crédito da imagem: AGC Automotive Europe

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sasazaki lança esquadrias acústicas para projetos populares

A Sasazaki, fabricante de portas e janelas de aço e alumínio, lançou no final de 2021 a Linha Essence Acústica, especialmente direcionada a projetos do Programa Casa Verde Amarela. As novas portas e janelas foram desenvolvidas pela equipe técnica da divisão de engenharia da empresa com o objetivo de atender o segmento de mercado que não costuma ser contemplado com soluções voltadas à proteção acústica. Os itens que compõem a linha são produzidos com perfis da Linha Essence e, segundo a empresa, foram aprovados nos mais diversos testes de segurança, desempenho e qualidade — os laudos são do Instituto Tecnológico da Construção Civil (Itec). As janelas são indicadas para diversos ambientes, em especial salas e quartos, espaços em que a necessidade de baixo ruído é maior, e podem ser instaladas no contramarco, parafusadas ou chumbadas.

Crédito da imagem: Divulgação Sasazaki

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

LLUM Batel recebe prêmio internacional de sustentabilidade

O edifício curitibano LLUM Batel venceu a edição 2021 da Leed Homes Awards, premiação que celebra anualmente alguns dos projetos residenciais com certificação Leed mais inovadores e transformadores do mundo. A obra, executada pela Construtora Laguna, foi contemplada como o Projeto do Ano, pelo seu desempenho excepcional no sistema de classificação Leed e também foi um dos trabalhos laureados com o prêmio de Projeto Multifamiliar Excepcional. A edificação, que já apareceu em reportagem de O Vidroplano (edição de outubro de 2019), tem 3 mil m² de laminados do vidro de controle solar SunGuard Light Blue 52 on clear, da Guardian. As peças foram processadas pela Blue Glass.

Crédito da imagem: Studio Connecta

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sindividros-RS promove happy hours a distância

De setembro a dezembro de 2021, o Sindividros-RS realizou mensalmente a série de encontros a distância “Falou happy hour? Um jeito descontraído de falar de vidros na arquitetura”. No total, os eventos reuniram cerca de 160 convidados, entre arquitetos, designers, decoradores e engenheiros. O objetivo foi apresentar os conteúdos de forma leve e descontraída aos especificadores do material.

O arquiteto e designer de produtos André Menin destacou o crescimento da importância do atendimento online no contexto dos clientes, especialmente os da geração X, apontando a importância de estudar o mercado internacional, como o asiático, para compreender os diferentes estilos de vendas.

Por sua vez, a arquiteta e urbanista Camila Klein compartilhou elementos e referências de alguns dos seus projetos, como o uso de aletas de vidro. Segundo ela, o material traz um espírito high tech e moderno aos projetos, além de ser extremamente sustentável.

A designer de interiores Karen Fanti ressaltou a relevância de se fazer parcerias com arquitetos e engenheiros, de forma que o vidro possa atender todas as funcionalidades esperadas para sua aplicação e não apenas a estética.

Em cada encontro, todos os participantes receberam uma gift box e um espumante em seus escritórios ou residências, a fim de compartilhar algo que remetesse ao tradicional happy hour com os amigos, mesmo a distância. A iniciativa, parte do Qualividros, programa de qualificação do Sindividros-RS, contou com o apoio da Abividro e Portal Vidro Certo e patrocínio da AGC, Cebrace, Guardian e Vivix.

Crédito da imagem: divulgação Sindividros-RS

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Mostra Nexus traz aplicações criativas de produtos da Cebrace

A Mostra Nexus – Edição Atmosferas foi realizada de 6 de novembro a 5 de dezembro em Jacareí (SP), cidade da sede da Cebrace. A empresa foi a patrocinadora master do evento, o que levou à criação do inusitado Desafio Cebrace: os arquitetos participantes foram convidados a pensar seus projetos pautados na ousadia e na criatividade do uso dos vidros.

Dois ambientes foram os vencedores. A Suíte Alpha (1), projetada pelas arquitetas Luiza Rodrigues e Ivone Ramos, trouxe aplicações diferenciadas, como uma torre de espelhos Cebrace prata embaixo da pia do banheiro, com referência ao estilo industrial do quarto, e o uso de vidros Reflecta Cebrace cinza nas divisórias, os quais trazem a sensação de um vaso sanitário flutuante.

A Suíte Origami (2) contou com uma peça do Espelho Cebrace prata externo cujo recorte foi desenhado de forma personalizada pelo próprio estúdio Macuco Arquitetura (responsável pelo ambiente). Outro destaque: as divisórias com Cebrace Extraclear serigrafado na cor branca, responsáveis por dar a privacidade necessária ao local graças à estética leitosa, em referência às portas de papel japonesas.

Créditos da imagens: Divulgação Cebrace

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Feicon 2022 abre inscrições

O maior evento da construção civil e arquitetura da América Latina será realizado em formato presencial de 29 de março a 1º de abril no pavilhão do São Paulo Expo, na capital paulista. O credenciamento já está disponível online, no site do evento, para profissionais do varejo, engenheiros, arquitetos, construtores e outras categorias relacionadas ao setor. Este ano, a feira estará dividida em quatro partes: acabamentos, estruturas, instalações e externos, cada uma delas trazendo lançamentos de produtos, tecnologias para projetos e sistemas construtivos, além de soluções para sustentabilidade. A programação também terá palestras e workshops a serem divulgados em breve.

Crédito da imagem: Reprodução

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 

RS traz mudança no ICMS

Desde o dia 1º de janeiro, a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Rio Grande do Sul é 17%. A mudança segue o Decreto 55.692, que prevê a alteração das Margens de Valor Agregado Ajustadas dos produtos sujeitos ao regime de Substituição Tributária – incluindo vidros planos e espelhos. Roberto de Campos, diretor da Keysystems e consultor da Abravidro, informa que a determinação está no Livro I, artigo 27, inciso X do Regulamento do ICMS do Estado do Rio Grande do Sul (RICMS/RS).

Crédito da imagem: Dragana_Gordic/Freepik

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

O que nosso setor pode esperar para 2022?

Apesar da variante Ômicron, parece que enfim dá para enxergar o fim da pandemia – ou algo próximo à vida antes dela – graças à vacinação contra a Covid-19, cada vez mais abrangente no País. E a grande pergunta que paira no ar é: quando o mercado de vidro conseguirá retomar o crescimento?

A resposta depende de vários fatores, e é isso que esta reportagem especial de O Vidroplano mostra. Como já é tradição há vários anos, conversamos com as usinas nacionais e empresas fornecedoras para a indústria de transformação (maquinários, acessórios e insumos) para saber como foi o 2021 de cada uma e suas perspectivas para 2022. Além disso, mostramos o desempenho do ano passado de alguns dos principais segmentos consumidores de vidro.

Gargalos atrapalham indústria
Segundo o estudo Economia brasileira 2021-2022, publicado em dezembro pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a produção industrial brasileira no ano passado deve fechar com desempenho negativo, causado principalmente pelos gargalos nos processos produtivos em diversos setores. O reflexo disso está na escassez ou no aumento acentuado do preço de insumos essenciais. O alto custo da energia elétrica e dos derivados do petróleo também é um dos fatores relevantes para esse resultado – o barril de petróleo, por exemplo, está 30% mais caro do que antes da pandemia. E tudo leva a crer que tais gargalos também ocorrerão em 2022.

Olhando de forma específica para a indústria de transformação, onde se encaixam as processadoras vidreiras, a entidade espera um crescimento de 5,2% para o ano passado, o que representa uma revisão para baixo da previsão de crescimento de 7,9% divulgada anteriormente. A queda se deveu exatamente pela falta de resolução desses gargalos produtivos. Para 2022, a expectativa é de um ritmo fraco, com crescimento de apenas 0,5%. Vale ressaltar que, enquanto a atividade econômica como um todo teve pico de atividade no primeiro trimestre de 2021, o da indústria de transformação se deu mais pra trás, no final de 2020.

Outros dados importantes
Na edição mais recente do estudo Indicadores Industriais, publicada em outubro pela CNI, revela-se que o faturamento da indústria de transformação está numa tendência de baixa desde o começo do segundo semestre do ano passado: caiu 2% em relação a setembro, terceira queda mensal consecutiva.

faturamento-real
Deflator: IPA/OG-FGV

 

Apesar de menor que nos meses de maio a agosto, a produção industrial se manteve estável de setembro a novembro, chegando a 50,4 pontos na última medição da Sondagem Industrial (edição de novembro).

De olho no futuro, a indústria inicia 2022 com confiança menor do que em anos anteriores. O Índice de Confiança do Empresário Industrial, mais um estudo da CNI, recuou 0,7 ponto em janeiro, chegando a 56 pontos. Acima dos 50 significa confiança positiva – mas na comparação com dezembro, os empresários parecem confiar menos nos negócios a serem feitos.

 

gráfico-evolução

 

Como o vidro pode encarar 2022
O que nosso setor pode extrair desses números? Para Sérgio Goldbaum, economista da GPM Consultoria Econômica, empresa responsável pelo Panorama Abravidro, existem dois fatores a serem levados em conta. “De um lado, as expectativas para a indústria e para a demanda de insumos nos próximos seis meses continuam positivas. Mas, de outro, o forte aumento da Selic, a taxa básica de juros da economia, promovido pelo Banco Central ao longo do segundo semestre de 2021, sugere que o ciclo de obras da construção civil esteja se aproximando do fim.” Como uma Selic alta afeta diretamente também a indústria automotiva, outra importante consumidora de vidro processado, vale acender um sinal de alerta: “Acho que há motivos para o mercado iniciar 2022 com alguma cautela”, justifica Goldbaum.

 

vidros-planos-revista
Imagem: Aleksei/stock.adobe.com

 

Por isso, a retomada de um crescimento no nível do começo da década passada talvez não esteja tão perto – mas é impossível cravar qualquer prognóstico, até pelas incertezas que a pandemia ainda gera. “Não sei se podemos falar em ‘retomada’, pois, retrospectivamente, o desempenho do setor não foi tão negativo nos últimos dois anos, ainda que tenha sido heterogêneo do ponto de vista regional”, analisa o economista. “Além disso, os dados da CNI mostram que ainda há tração na atividade, apesar de o aumento da taxa de juros sugerir um desaquecimento da economia no médio prazo. No curtíssimo prazo, imagino que a variante Ômicron deva afetar a mão de obra em vários segmentos, desfalcando equipes, mas se tudo der certo será um efeito passageiro e transitório.”

gráfico-confiança

O presidente da Abravidro, José Domingos Seixas, também enxerga com cautela as possibilidades para este ano. “O bom desempenho do setor no final de 2020 não se repetiu da forma que esperávamos em 2021. Esperamos que, com a vacinação bem adiantada, a vida possa voltar ao normal em 2022, retomando assim o ciclo normal de consumo de nosso produto”, afirma.

Números da construção
O constante aumento no valor dos materiais de construção foi a principal marca desse segmento em 2021, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) subiu 13,46% de janeiro a novembro do ano passado – é o maior patamar desde 2003. Apesar de o vidro não estar presente na lista dos insumos mais caros, as esquadrias de alumínio estão, apresentando aumento de mais de 44%. “Essa situação gera um descasamento da renda da população com o preço dos imóveis, o que é preocupante”, comenta o presidente da entidade, José Carlos Martins.

Mesmo assim, o bom momento desse setor no final de 2020 continuou em 2021: os cálculos devem indicar que a construção cresceu 7,6%, melhor desempenho dos últimos dez anos. No entanto, esse resultado positivo esconde que esse ramo está 27,44% inferior ao do pico de atividades alcançado em 2014. “Podemos dizer que 2021 foi o ano do mercado imobiliário como reflexo do que aconteceu em 2020. O crescimento foi sustentado pelo que já estava contratado e não será possível manter o atual nível de desempenho se não forem tomadas medidas urgentes para repor a capacidade de compra das famílias de baixa renda”, enfatiza Martins.

Para 2022, a CBIC projeta crescimento de 2%, inferior ao do ano passado. Isso se deve justamente pela alta das taxas de juros, comentada por Sérgio Goldbaum, e também pela queda do poder de compra da população.

 

máquinas-revista
Imagem: phonlamaiphoto/stock.adobe.com

 

Números do automotivo
Na medição da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o desempenho desse segmento em 2021 teve ligeira melhora na comparação com 2020. Ainda assim, ficou abaixo do potencial de demanda interna e externa por automóveis. “A crise global de semicondutores provocou paralisações de fábricas ao longo do ano por falta de componentes eletrônicos, levando a uma perda estimada em 300 mil veículos”, explica o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes.

Em relação à produção, dezembro fechou como o melhor mês do ano, com 210.900 veículos. O total anual foi de 2,24 milhões de unidades, o que representa alta de 11,6% sobre 2020. Isso fez o Brasil retomar a 8ª colocação no ranking mundial de fabricação. Dezembro também teve o maior volume de vendas do ano passado (207.100 unidades licenciadas). Apesar disso, o número coloca esse mês como o pior dezembro dos últimos cinco anos.

Para 2022, o prognóstico é de 2,3 milhões de veículos vendidos (alta de 8,5% sobre 2021) e 2,46 milhões de unidades produzidas. “Apesar das turbulências econômicas e do ano eleitoral, apostamos numa recuperação de todos os indicadores da indústria, os quais poderiam ser ainda melhores se houvesse um ambiente de negócios mais favorável e uma reestruturação tributária sobre os produtos industrializados”, reflete Moraes.

Visão vidreira
A seguir, veja o que disseram as empresas de maquinários, ferramentas e insumos que retornaram o contato de O Vidroplano a respeito do mercado e seus prognósticos para 2022. Na sequência temos a opinião das usinas nacionais sobre esses tópicos.

 

Bottero
Registramos um saldo positivo relativo às vendas entre agosto de 2020 e agosto 2021, o que superou nossas expectativas. O cenário do ano passado em relação ao retrasado foi favorável devido à reposição da força de trabalho e ao avanço da vacinação, combinados com a retomada mais forte da atividade econômica, graças à expansão da construção civil em 2021. Este ano ainda será complexo, com a manutenção do vírus voltando a ameaçar a economia e trazer incertezas. No entanto, devemos sempre aceitar obstáculos como necessários e abraçar o novo, além de não deixar de investir para que se alcancem resultados diferentes.
Mauro Faccio, gerente de Vendas Regional

 

Diamanfer
O ano de 2021 foi um de altos e baixos, com muita dificuldade na administração em relação à elevação de custos. No entanto, seguindo a evolução positiva do setor, foi um período de crescimento e bons resultados. Temos boas perspectivas de negócios para 2022. Acreditamos na continuidade dos negócios, principalmente na área da construção civil, arquitetura e decoração de interiores. Porém, sugerimos atenção e cautela quanto à evolução da pandemia, situação política do País e até área esportiva, pois teremos Copa do Mundo – associada a tudo, ela também pode influenciar a economia.
José Pedro Ruiz, diretor comercial

 

Eastman
O ano passado foi positivo para a Eastman, principalmente se levarmos em conta que os desafios nas mais diversas áreas ainda permanecem ativos e seguem impondo o ritmo da economia global. A questão logística, o grande tema de 2021, seguirá apresentando papel importante à medida que os novos desafios se apresentam. Do lado positivo, destaco a dedicação e resiliência de nossa equipe em fazer as coisas acontecerem dentro de um ambiente de incertezas e desafios nunca antes enfrentados. Estamos otimistas com as oportunidades que se apresentam para 2022.
Daniel Domingos, gerente-comercial para América Latina

 

GlassParts
Tivemos resultados satisfatórios em 2021 e notamos que, apesar da falta de muitos insumos e os constantes aumentos de matérias-primas, o mercado se manteve comprador com um saldo muito positivo. A demanda aumentou como um todo, o que contribuiu para que as empresas fizessem investimentos e aumentassem seu consumo de insumos. Isso acabou gerando um prazo maior para atender as demandas, fora questões como o dólar muito instável e o preço dos fretes internacionais disparando. Vários fatores contribuem para que o ano de 2022 seja de incertezas. Apesar desses fatores, o mercado tem de se descolar desse cenário, pois temos diversos eventos este ano que contribuirão para fomentar o setor.
Ricardo Costa, diretor-comercial

 

AGC
2021 confirmou o fato de que as famílias passaram a valorizar mais o ambiente em que vivem. Apesar das dificuldades, agravadas pela instabilidade política e econômica, o saldo foi muito positivo, principalmente para a construção civil, mas também em menor nível para a movelaria e linha branca. Nossas linhas ficaram com percentual acima dos 100% de utilização no período.

Podemos acrescentar que o saldo do balanço entre oferta e demanda foi de significativa falta no primeiro semestre, para uma pequena sobra na parte final, reflexo da inflação e subida de juros, além da redução da confiança do consumidor e indústria. O setor conseguiu recuperar os estoques mais para o fim, e isso nos dá um certo conforto para entregar melhores serviços aos clientes. Mas, ao mesmo tempo, acende um alerta, pois as incertezas podem levar o mercado a atitudes precipitadas. A rentabilidade de todos poderá ser impactada por ações de poucos. Então, coerência e cautela são necessárias.

O aprendizado da companhia em uma situação tão extrema e inédita contribuiu para passarmos por uma otimização brutal de recursos. Essa foi a forma de superar a inflação dos insumos básicos essenciais ao nosso setor, a qual afetou e continua afetando severamente os custos de produção e logística. Antes da crise, um planejamento do forno float era feito para seis meses, com pequenas alterações de uns dias a mais ou menos daquela cor ou espessura. Agora, descobrimos que é possível melhorar o atendimento, reduzir tempos de troca e desafiar todo o time.

Em 2022, podemos esperar um crescimento moderado ou estagnação de alguns setores, como o moveleiro e de linha branca. Esperamos um crescimento significativo do automotivo, pois esse setor está ávido disso: tem capacidade instalada, pedidos e filas de espera, sendo uma fórmula perfeita para crescer. Em relação à construção, esperamos uma guinada do segmento de reformas e melhorias para a conclusão e avanço dos lançamentos, além dos investimentos em infraestrutura de que o País sempre carece.

E neste Ano do Vidro, precisamos evoluir na comunicação e na normalização para podermos gerar mais valor percebido. O consumidor ainda não compreende todos os benefícios do vidro e todo o potencial que ainda podemos ofertar, e essa tarefa é nossa!
Isidoro Lopes, diretor-geral da Divisão de Vidros Arquitetônicos América do Sul

 

Cebrace
Os segmentos industriais, além de sofrer com a escassez de alguns insumos, como acompanhamos no segmento automotivo, ainda sentiram oscilações negativas em seus mercados, principalmente aqueles ligados ao varejo, moveleiro e de linha branca. Por outro lado, a construção civil alcançou, na maior parte do ano, bons números de vendas e lançamentos, ainda que também impactada no último trimestre. Independentemente das oscilações desses segmentos, conseguimos atender nossos parceiros de forma plena, procurando otimizar as produções para suprir as necessidades do mercado e contando com um ótimo desempenho de nosso parque industrial. Em 2021, o comportamento foi mais linear em boa parte do tempo, permitindo sermos mais assertivos com relação ao planejado.

O impacto negativo está alinhado com os grandes aumentos de insumos para todos os setores. Tivemos também efeitos negativos relacionados a alguns dos principais indicadores que influenciam a economia, como alta taxa de desemprego, principalmente nas classes mais baixas, além de alta da inflação, reduzindo o poder de compra. Tivemos o maior choque de juros dos últimos 20 anos. Esperamos que para 2022 haja melhor equilíbrio desses indicadores, para que assim o mercado se desenvolva.

Para o mercado da construção civil, que representa 80% do mercado do vidro, tivemos ainda a divulgação recente da Fundação Getúlio Vargas de que o PIB para esse ramo recuou para a previsão de 2% de crescimento. Podemos dizer que, nesse segmento, ainda teremos reflexos do boom nas vendas e lançamentos dos últimos dois anos, sabendo que a entrada do vidro acontece no final da obra. Por isso, ainda será necessário entender o quanto de impacto será sofrido com a acomodação do mercado da reforma, coadjuvante do crescimento do vidro recentemente.

Entendemos que, para enfrentar os desafios que estão por vir, devemos continuar investindo em inovação e agregar valor aos nossos produtos e serviços, assim como estar atentos às oportunidades da evolução digital. Também é preciso cautela com a pandemia. No último ano, perdemos amigos no setor e será essencial continuarmos atentos aos protocolos de prevenção.

Com isso, nossa mensagem para o mercado vidreiro é a de que, com desenvolvimento e sustentabilidade, a categoria deverá se fortalecer na economia nacional.
Leopoldo Castiella e Manuel Corrêa, diretores-executivos

 

Guardian
Acredito que foi um ano positivo e de restabelecimento de negócios, após um 2020 tão adverso e afetado pela pandemia. Mantivemos um bom equilíbrio entre suprimento e demanda por vidros até o terceiro trimestre, mesmo com os desafios impostos na cadeia de suprimento, os quais não nos permitiram restabelecer os níveis ideais de estoque ao longo desse período. Já no quarto trimestre, houve retração da demanda, o que possibilitou melhorar a recomposição do estoque.

Sobre o mercado de vidros planos, sem dúvida ele passou por uma transformação muito grande. Foram fundamentais para o progresso do setor os modelos de gestão aplicados na melhoria de processos para atender as necessidades dos clientes. Por outro lado, a situação econômica do Brasil deteriorou-se ao longo do ano passado e reduziu o poder de compra dos consumidores. O preço dos vidros considerados commodities estava pressionado em 2019 por uma oferta maior do que a demanda, o que reduziu o valor do produto. Com o início da pandemia, existe uma preocupação maior em trabalhar com estoques mais equilibrados.

Com certeza, a queda no poder de compra teve papel significativo nos resultados de 2021, especialmente no segundo semestre. Isso, somado a outros fatores, como os desafios políticos e econômicos e a inflação pressionando os custos das principais matérias-primas para a produção de vidro, nos coloca em posição de alerta no início deste ano. Contudo, o potencial de melhora do mercado de vidros planos é muito grande.

Com base no atual cenário macroeconômico e de incertezas políticas, esperamos um ano com menor crescimento em comparação ao anterior, mas ainda positivo para todos os mercados consumidores. A construção civil, por exemplo, deverá sofrer redução no ritmo de atividade, em função da queda do poder de compra e da elevação dos juros. Por outro lado, a demanda deve continuar positiva graças aos lançamentos imobiliários realizados nos últimos anos.

Por isso, o setor precisa continuar se transformando e investindo em novas tecnologias para produtos e soluções de alto valor agregado. Somado a isso, o avanço da profissionalização da cadeia vidreira é fundamental para trazer soluções inovadoras para os consumidores e, consequentemente, valorizar os negócios.
Renato Poty, diretor-executivo

 

Vivix
No primeiro semestre de 2021, nós tivemos uma demanda de mercado bastante expressiva, com excelentes resultados. No segundo semestre, o saldo também foi positivo, porém menor em comparação ao período inicial do ano.

Em 2020, todos nós fomos pegos de surpresa com a rápida necessidade de isolamento social e os novos formatos de comunicação e de trabalho. Hoje, operamos nesse cenário de pandemia de forma planejada e estruturada. Isso nos permitiu voltar a pensar nas estratégias de longo prazo e nas suas adaptações ao mundo atual, que, com continuidade ou não da pandemia, mudará de forma mais acelerada e intensa.

O fator mais importante para o setor não crescer mais foi a forte alta da inflação de insumos e serviços. Isso afetou não apenas o nosso setor, mas todo o segmento industrial no Brasil e no mundo. Para reverter esse cenário, investimos continuamente em produtividade, eficiência e soluções alternativas para esses insumos. Em 2022, esperamos um crescimento do mercado de vidro plano moderado, na ordem de 3% no total da demanda. Os setores da construção civil, moveleiro e de linha branca devem continuar basicamente em linha com o que aconteceu em 2021. E acreditamos também que haverá um crescimento na indústria automotiva.

Em relação às empresas vidreiras, a busca por eficiência e produtividade, o foco em produtos de maior valor agregado e a capacitação dos agentes da cadeia em contato com consumidor final são, sem dúvida, importantes medidas a serem implementadas. Para que o vidro seja reconhecido como um material nobre, alcançando níveis mais altos de crescimento, é preciso expandir o acesso aos seus mais variados tipos de aplicação, além de divulgar mais amplamente o diversificado portfólio de produtos oferecidos ao consumidor.

É de extrema importância nos adaptarmos às tendências que vieram junto com a pandemia, provocadas por novos estilos de vida, novos olhares para dentro das residências e também para os espaços corporativos que estão sendo adaptados aos novos formatos de trabalho. São muitas as oportunidades para o momento. O vidro pode ser um elemento que proporciona integração com ambientes externos e internos, conforto, iluminação natural, versatilidade, amplitude e fácil limpeza.
Henrique Lisboa, presidente

Crédito da imagem: william87/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

2022 é o Ano Internacional do Vidro

Em maio passado, o Conselho-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) definiu que 2022 é o Ano Internacional do Vidro. O pleito partiu de duas entidades globais do setor vidreiro: a International Commission on Glass – ICG (Comissão Internacional do Vidro) e a Community of Glass Associations – CGA (Comunidade de Associações Vidreiras). Mas o que, de fato, isso representa? Veja a seguir o contexto em que a ideia surgiu e o que pode trazer de bom para o segmento.

Reconhecimento
Vale explicar o que é essa iniciativa da ONU. Há décadas, a organização homenageia áreas do conhecimento e suas contribuições à sociedade por meio dos “Anos Internacionais”, de forma a dar visibilidade a esses segmentos. Em relação ao vidro, o assunto foi apresentado em público pela primeira vez numa reunião da CGA em 2019, na Itália – encontro do qual a Abravidro participou representando o Brasil. A partir daí, a ICG começou as tratativas para levar a demanda adiante, contando com a ajuda da fabricante Corning e da American Ceramic Society (Sociedade Americana de Cerâmica). Ao todo, entidades e empresas de mais de 70 países endossaram o pleito, incluindo a Abravidro e a Abividro, ambas filiadas à CGA.

“Reverenciar nosso material este ano é ainda mais importante pelo momento em que vivemos, com todo o mundo ansioso para deixar a pandemia enfim para trás. Afinal, o vidro terá uma função muito importante em nossa rotina pós-Covid, graças às suas características como facilidade de limpeza e integração com segurança”, afirma o presidente da Abravidro, José Domingos Seixas. “Estamos muito entusiasmados com essa oportunidade de exaltar o vidro com tudo que ele representa”, declara Lucien Belmonte, presidente-executivo da Abividro.

Conteúdo
O principal propósito da data é celebrar o papel milenar do vidro na vida humana – seja nas coisas do dia a dia, como a presença na arquitetura, utensílios domésticos e eletrônicos, ou também em aplicações muito mais grandiosas, como as fibras ópticas que conduzem a Internet para todo o mundo e os painéis fotovoltaicos para a produção de energia limpa.

 

fibra-optica
Imagem: volff/stock.adobe.com

 

Para isso, pensou-se em uma programação ao longo de todo o ano, abrangendo diferentes eventos a serem realizados pelo planeta. O pontapé inicial seria uma conferência em Genebra, na Suíça, a ser realizada de 9 a 11 de fevereiro. Mas a situação complexa da pandemia na Europa, com um enorme aumento nos casos de Covid por conta da variante Ômicron, coloca o evento em risco. Até o fechamento desta edição de O Vidroplano, não temos informações sobre adiamento, embora seja bem provável. De qualquer forma, quando acontecer, será transmitido ao vivo online, reunindo figuras políticas e profissionais renomados da comunidade vidreira mundial. Durante o encontro, ocorrerá ainda o lançamento de um livro em homenagem à comemoração.

 

mercado2
Imagem: rh2010/stock.adobe.com

 

Seção especial
É claro que O Vidroplano não poderia deixar passar a efeméride. Por isso, em 2022, teremos a seção “Ano Internacional do Vidro”. Todo mês, você poderá conferir alguma curiosidade sobre a história do nosso material, incluindo a evolução de sua fabricação ao longo dos séculos, quais as matérias-primas usadas e fatos relevantes para o desenvolvimento do produto como o conhecemos, entre muitas outras informações. Veja clicando aqui!

Calendário cheio
Aqui estão alguns eventos pelo mundo já programados para o Ano Internacional do Vidro. No Brasil, este ano teremos a Glass South America e também outro grande encontro vidreiro, bastante conhecido dos leitores desta revista – cujos detalhes ainda não podem ser revelados. Quem sabe algo especial não esteja sendo preparado por aqui?

MARÇO: simpósio GLAS2022 – Rijksmuseum (Museu Nacional), em Amsterdã, Holanda, com palestras de pesquisadores e cientistas

ABRIL: Congresso Internacional de Tecnologia Industrial, em Xangai, China

JULHO: 26º Congresso Internacional do Vidro, em Berlim, Alemanha, incluindo plenárias e workshops sobre fusão e processamento

AGOSTO: 1ª Bienal Latino-Americana de Arte em Vidro, em Cartago, Costa Rica, contendo obras de artistas do continente

DEZEMBRO: Cerimônia de encerramento do Ano Internacional do Vidro, em Tóquio, Japão

Financiamento coletivo
A organização do Ano Internacional do Vidro abriu uma campanha de financiamento coletivo para instituições, empresas e profissionais do setor que queiram colaborar com a realização dos eventos. É possível fazer doações pelo site donate.iyog2022.org via PayPal ou cartão de crédito. Os valores arrecadados servirão para permitir que as atrações da programação sejam gratuitas ao público, levando mais conhecimento sobre o vidro à sociedade.

Crédito da imagem: Richie Chan/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

ABNT/CB-37 mantém normalização em alta em 2021

O ano passado foi bastante produtivo para a normalização dos vidros planos. Embora as atividades nessa área tenham sido feitas exclusivamente a distância devido à pandemia, o Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37) esteve constantemente envolvido no desenvolvimento de novos documentos técnicos e na disseminação de conhecimento em eventos online – 2021 foi, inclusive, o ano em que se registrou o maior número de participantes nessas reuniões! A seguir, confira os principais trabalhos realizados.

Nova ferramenta
Uma das maiores conquistas para o nosso setor em 2021 foi a publicação, em agosto, da ABNT PR 1010 — Aplicação e manutenção de vidros na construção civil. Primeira prática recomendada da ABNT voltada para a construção civil, esse novo formato de documento técnico traz uma abordagem mais didática e maior flexibilidade na forma de apresentação do conteúdo, usando linguagem mais simples e acessível para o público que não é especialista. Entram também fotos e ilustrações coloridas e menos técnicas.

A elaboração do texto-base da ABNT PR 1010 foi feita em conjunto pelas equipes da Abravidro e Abividro. O processo de elaboração contou ainda com a contribuição de diversas entidades vinculadas à área da construção civil.

Um dos canais utilizados para a divulgação da ABNT PR 1010 foi a 12ª edição do Tecnovidro, evento em que participaram as duas entidades. Realizada online pela Amvid-MG e Sinvidro-MG no dia 24 de novembro, a edição contou com uma grande mesa de debate com o objetivo de conversar de forma leve, mas direcionada, sobre a ABNT PR 1010. O destaque do conteúdo foi a sua aplicabilidade no dia a dia de especificadores e também do próprio setor vidreiro.

Em andamento
A norma ABNT NBR 14698 — Vidro temperado está sendo revisada pelo ABNT/CB-37. Esse trabalho evoluiu bem em 2021. Entre as mudanças estão a própria ordem em que o conteúdo da norma é apresentado, visando a organizar melhor as informações; a atualização dos requisitos de tolerâncias dimensionais, de esquadro e de empenamento; e o aprofundamento de quesitos como anisotropia, distorção óptica e as resistências térmica e mecânica.

Outra norma em processo de revisão é a ABNT NBR 14697 — Vidro laminado. A comissão já finalizou a avaliação sobre a classificação do vidro laminado de segurança e deu início à análise geral do texto, para que este possa então ser enviado à consulta nacional.

Também em 2021, o ABNT/CB-37 realizou a primeira reunião do grupo de estudos para avaliar a ISO 9050:2003 (referente à transmitância solar do vidro) para adoção como norma brasileira. A ISO 9050 especifica os métodos de determinação dos valores de luz e calor para vidros aplicados em áreas transparentes em fachadas de edificações. No momento, o grupo de estudos vem trabalhando na tradução da norma.

Todos os interessados nessas e outras atividades desenvolvidas pelo ABNT/CB-37 podem – e devem – participar das reuniões. Para ter acesso a elas, basta enviar um e-mail para cb37@abnt.org.br manifestando interesse em participar das reuniões e fazer seu cadastro junto à Abravidro. Na sequência serão enviados convites com as informações de cada reunião, como data, pauta da discussão e o link para a participação remota. Fique de olho no calendário do comitê, sempre atualizado no site da Abravidro.

Levando o conhecimento adiante
Vera Andrade, coordenadora técnica da Abravidro, abordou a normalização do nosso material em vários eventos ao longo do ano. Além de representar a associação no já citado 12º Tecnovidro, Vera apresentou, no dia 25 de agosto, o workshop O Que Preciso Saber Sobre os Vidros Aplicados no Condomínio para Evitar Acidentes a convite do Sindividros-RS. Na ocasião, mostrou quais vidros são considerados de segurança, as suas características e onde a norma técnica ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações determina que devem ser aplicados. Também foram indicados os cuidados necessários após uma eventual quebra das peças.

A coordenadora técnica da Abravidro foi responsável pelas duas primeiras aulas do módulo sobre vidros para a turma do “8º Curso de Extensão Arquitetura e Construção: Materiais, Produtos e Aplicações”, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Ali, as principais normas técnicas vidreiras foram detalhadas aos futuros especificadores.

Ainda na Mackenzie, a turma do curso de engenharia assistiu, no dia 4 de abril, à palestra Aplicação de vidros na construção civil, ministrada por Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro.

Crédito da imagem: Reprodução

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.