Sefaz-SP abre opção para parcelamento de ICMS relativo à ST

No dia 14 de agosto, a Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) abriu a possibilidade de parcelamento de débitos fiscais relacionados com o Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) devidos a título de sujeição passiva por substituição tributária e cujos fatos geradores tenham ocorrido até a data final de adesão ao parcelamento – 31/12/2019. A informação foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Resolução Conjunta SFP/PGE nº 03/2019, de 13 de agosto de 2019.

Antes da edição da Resolução SFP/PGE nº 03/2019, os débitos de substituição tributária eram sujeitos ao pagamento à vista. Agora, com a resolução, fica permitido o parcelamento de:

– Débitos declarados pelo contribuinte e não pagos;
– Débitos exigidos por meio de Auto de Infração e Imposição de Multa (AIIM);
– Débitos decorrentes de procedimento de autorregularização, no âmbito do programa “Nos Conformes”.

A opção de parcelamento serve, também, para empresas que não aplicaram a alíquota de 75% sobre suas transações comerciais no período de 1º de julho de 2018 a 31 de janeiro de 2019 (relembre o caso no quadro “Entenda o caso”, abaixo). Segundo a resolução, esses débitos podem ser parcelados em até sessenta vezes, desde que o devedor cumpra as determinações presentes nela. Veja a seguir quais são.

Como ter acesso
A resolução determina que, para ter direito ao parcelamento dos débitos fiscais, o devedor precisa enviar requerimento de solicitação até o dia 31 de dezembro de 2019.

No caso de débitos fiscais declarados, de valor original cuja soma seja igual ou inferior a R$ 50 milhões, por meio do Posto Fiscal Eletrônico (PFE), a solicitação deve ser feita diretamente no site pfe.fazenda.sp.gov.br.

Em caso de débitos fiscais declarados, de valor original cuja soma seja superior a R$ 50 milhões, ou de débitos fiscais apurados de ofício pelo fisco, deve-se preencher o formulário (modelo 1 ou 2) disponível para download no site do PFE. Esse documento deverá ser protocolado no posto fiscal de vinculação do contribuinte.

Tratando-se de débitos inscritos em dívida ativa, ajuizados ou não, o pedido de parcelamento deverá ser efetuado pelo representante legal do contribuinte, no site www.dividaativa.pge.sp.gov.br.

A publicação esclarece ainda que não há restrições quanto à quantidade de parcelamentos, desde que todos sejam protocolados dentro do prazo.

Quanto pagar
Para pagamento em até vinte parcelas mensais: o valor de cada uma é definido pela divisão do valor total do débito fiscal a ser parcelado pelo número de parcelas.

Para pagamento em até sessenta parcelas mensais:

– O valor da 1ª parcela é definido pela aplicação do percentual de 5% ao valor do débito a ser parcelado;

– Já o das demais parcelas é o número resultante da divisão do valor do débito remanescente pelo número de parcelas restantes.

Vale observar que o valor mínimo de cada parcela deverá ser de R$ 500. Além disso, na ocasião do recolhimento de cada uma, serão acrescentados juros, não capitalizáveis, equivalentes:

– À taxa referencial do Sistema de Liquidação e de Custódia (Selic), acumulada mensalmente, calculada a partir do mês seguinte ao da aprovação do pedido de parcelamento até o mês anterior ao do recolhimento da parcela;

– A 1%, relativamente ao mês em que ocorrer o recolhimento da parcela.

Vencimento das parcelas
– Para pedidos deferidos do dia 1º a 15 do mês:
1ª parcela: dia 10 do mês seguinte
Demais parcelas: último dia útil de cada mês

– Para pedidos deferidos do dia 16 ao último do mês:
1ª parcela: dia 25 do mês seguinte
Demais parcelas: último dia útil de cada mês

Atenção: caso haja atraso superior a noventa dias (contados a partir da data do vencimento) no recolhimento do valor integral de qualquer das parcelas após a primeira, o parcelamento será considerado rompido.

 

Entenda o caso
Os trabalhos para a realização de nova pesquisa para a construção civil, sob coordenação do Departamento da Indústria da Construção e Mineração (Deconcic) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), tiveram início em julho de 2018. Contudo, uma série de fatores impactou os prazos de realização e conclusão do estudo.

A Portaria CAT 34/2018, da Sefaz-SP, determinou que, sem os novos dados, passaria a vigorar o Índice de Valor Adicionado do Regime de Substituição Tributária (IVA-ST) estabelecido para as “demais mercadorias arroladas no § 1º do artigo 313-Y do Regulamento do ICMS”, que é de 75%. Assim, em reunião com entidades de classe do setor da construção civil, no dia 25 de fevereiro, o governo do Estado de São Paulo orientou as empresas a considerar a alíquota de 75% válida desde 1º de julho do ano passado.

Buscando mudar a situação, a Abravidro, que vinha acompanhando o caso de perto, realizou reuniões com a Sefaz-SP, juntamente com o Sinbevidros-SP e a Abividro. As três entidades expuseram e discutiram as peculiaridades do nosso segmento.

Finalmente, no dia 1º de julho deste ano, os novos IVA-ST para materiais de construção no Estado de São Paulo entraram em vigor: em alguns casos, as novas alíquotas têm número abaixo até mesmo dos valores considerados antes do aumento.

 

Cobranças do Ibama
O Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não Ferrosos no Estado de São Paulo (Siamfesp) noticiou recentemente que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está enviando a diversas empresas uma Notificação de Lançamento de Crédito Tributário, referente ao Cadastro Técnico Federal (CTF) e à Taxa de Controle e Fiscalização de Atividades Potencialmente Poluidoras (TCFA). A orientação do Siamfesp é que as empresas fiquem atentas e analisem se efetivamente se estão obrigadas a se inscrever no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e/ou Utilizadoras de Recursos Ambientais (CTF-APP).

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Por que ter estratégia?

Escrito por Jerônimo Mendes

Abrir uma empresa é a coisa mais fácil do mundo. Manter essa empresa e conseguir bons resultados é um desafio. Empreendedores competem num mercado que privilegia a persistência, o planejamento e as vantagens competitivas duradouras. Se você não sabe mais quem é o competidor, mas entende que os princípios da gestão não mudam tão facilmente, estabelecer uma estratégia torna-se imperativo. Sua empresa precisa discutir com frequência as razões que poderão perpetuar ou destruir o negócio mais adiante.

A estratégia deve responder a quatro questões fundamentais:

– Em que negócio você está? (segmento);

– O que você realmente vende? (produto ou serviço);

– Qual é seu público-alvo (foco);

– Qual é seu diferencial competitivo? (vantagem competitiva).

Quanto mais corretas e claras forem as respostas, melhor o entendimento do seu mercado, maior o esforço para tornar seu produto um sucesso e maior a percepção por parte do seu público-alvo.

Assim sendo, uma boa estratégia resume-se em:

1. Reforçar seus pontos fortes, a ponto de torná-los uma vantagem competiva;

2. Reduzir seus pontos fracos, a fim de diminuir a vulnerabilidade do seu negócio;

3. Aproveitar as boas oportunidades para se tornar ainda mais rentável;

4. Precaver-se contra as ameaças que surgem todos os dias.

E por que criá-la? Por seis motivos:

– Gerar um modelo de negócio diferenciado;

– Garantir o retorno sobre o investimento;

– Adotar um posicionamento correto;

– Atrair bons investidores e/ou agentes de financiamento;

– Tomar decisões melhores;

– Garantir a sustentabilidade do negócio.

Em caso de dúvida, lembre-se da máxima chinesa: para quem não sabe para onde vai, qualquer lugar serve. O segredo está na execução. É a disciplina que separa os que fazem daqueles que vão continuar pensando que isso não é importante. Pense nisso, empreenda e seja feliz!

 

Jerônimo Mendes é administrador, coach, professor universitário e palestrante, além de escritor de livros como Empreendedorismo 360 graus e A atitude muda tudo.

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Saiba qual vidro usar em janelas projetantes

Você conhece os envidraçamentos projetantes móveis? São aquelas janelas que se projetam para o exterior, sendo a maxim-ar uma das mais conhecidas. Para garantir a segurança dessas instalações, é necessário prestar atenção às indicações da NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações.

Quais os vidros permitidos?
Laminado;
Aramado;
Insulado
A peça interior do insulado (voltada para o lado de dentro) deve ser laminada ou aramada.

Temperado
Fique atento ao piso em que o temperado será instalado:

– No térreo e 1º pavimento, pode ser autoportante ou totalmente encaixilhado;

– Acima do 1º pavimento, deve ser totalmente encaixilhado e com projeção máxima limitada a 25 cm da face da fachada ou aba de proteção;

Float ou impresso (comum)
Para ambos os vidros comuns (float ou impresso), a área do vidro não pode exceder 0,64 m². Preste atenção também ao local da instalação:

– No térreo e 1º pavimento, deve ser encaixilhado ou colado em todo o perímetro;

– Acima do 1º pavimento, além de encaixilhado ou colado em todo o perímetro, sua projeção máxima deve ser limitada a 25 cm da face da fachada ou aba de proteção.

 

Atenção!

Em janelas projetantes móveis instaladas abaixo da cota de 1,10 m em relação ao piso em cada pavimento, apenas os vidros de segurança laminado e aramado podem ser aplicados.

 

Conheça melhor as normas para vidros
A Abravidro sedia o Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB37) e está à disposição para esclarecer dúvidas e fornecer informações sobre as normas técnicas para o uso do nosso material:

Telefone: (11) 3873-9908
E-mail: cb37@abnt.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Biesse inaugura Campus Ulm na Alemanha

A multinacional Biesse, dona da Intermac e Diamut, inaugurou em outubro o Campus Ulm, na Alemanha. Instalado na cidade de Ulm, o espaço é um showroom com mais de 1.500 m² de área. Ali haverá demonstração de maquinários (para vidro, madeira, plástico e pedra), treinamentos e eventos diversos ao longo do ano. Há ainda duas salas de reuniões, uma de treinamento e outra para softwares, nas quais os parceiros comerciais e equipe industrial da Biesse poderão promover workshops e treinamentos.

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sglass conquista patente para tecnologia de corte por jato d’água

No dia 3 de setembro, a Sglass, fabricante nacional de máquinas para beneficiamento de vidro, conquistou a patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) para sua configuração aplicada em máquina de jato d’água para o corte de float. O documento garante à empresa a propriedade do modelo em todo o território nacional e também os direitos vindos dela, previstos na legislação em vigor. A tecnologia traz como diferencial, em relação a outros equipamentos de corte por jato d’água, a possibilidade de trabalhar em linha de produção automatizada, com alimentação, esquadrejamento e referenciamento automático com alta produtividade e padronização do processo.

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vidro é destaque em ambientes da Casa Cor PE e BA

A edição 2019 da Casa Cor Espírito Santo esteve montada de 18 de setembro a 17 de novembro no Clube Ítalo Brasileiro, em Vitória. Vidros e espelhos roubaram a cena em diversos ambientes.

Inteiramente voltada para o mar, a Casa da Ilha, de Sérgio Palmeira, apresentou uma fachada toda composta de peças de controle solar ClimaGuard SunLight, da Guardian, laminadas com vidro incolor pela Viminas (1). A processadora capixaba também forneceu o Matelac Acidato fumê, da AGC, aplicado no painel atrás da cama do ambiente (2).

A transparência foi a palavra de ordem no Estúdio da Árvore Placas do Brasil, projetado pelo arquiteto Max Mello: teve grandes aberturas de temperado incolor, voltadas para o jardim e para a vista do mar, enquanto a copa da árvore podia ser vista pelo teto de vidros de controle solar SunGuard Neutral 14 laminados com temperados incolores (3). Os vidros desse espaço foram fabricados pela Guardian e processados pela Viminas.

 

casa cor espírito santo

Casa de vidro na Bahia
A Casa Cor também tem uma mostra sendo realizada em Salvador — iniciou-se no dia 22 de outubro e segue aberta até 8 de dezembro. A AGC Brasil é uma das patrocinadoras do evento, em parceria com a processadora Norvidro e vidraçaria Artenele.

 

casa cor bahia

Nosso material foi utilizado em diversas áreas para adaptar a estrutura do local: as duas mansões nas quais a exposição está sendo realizada, por exemplo, foram conectadas por uma passarela de laminado, ajudando a compor um só espaço. A Casa baiana conta ainda com uma estrutura no Salvador Shopping, a Casa de Vidro (4): com 40 m² e fachada de peças refletivas pratas da AGC, foi criada pelo arquiteto Wesley Lemos com inspiração na obra de mesmo nome da renomada arquiteta Lina Bo Bardi, em São Paulo. Além de chamar atenção dos visitantes, a casa também funciona como um estande para divulgação do evento e venda de convites.

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Mais uma entrega de sucesso

Curioso fechar a edição de novembro de O Vidroplano e não ver o Simpovidro na capa, já que o evento terminou semanas atrás. A cobertura virá em dezembro, encerrando o ano. Mas não posso deixar de fazer um registro aqui, ainda no calor do fechamento do simpósio.

O 14º Simpovidro superou nossa meta de participantes, contando com mais de 680 pessoas, e mais uma vez reuniu a cadeia vidreira para dias de informação, conhecimento e muita conversa e relacionamento. Depois de quase um ano de preparação, em três dias e meio tudo aconteceu como o programado e previsto. Receber os cumprimentos dos participantes e amigos do mercado dá aquela sensação gostosa de missão cumprida!

E essa sensação é melhor ainda porque pode ser compartilhada com um time incrível que fez tudo ser possível! Sim, o Simpovidro é o perfeito exemplo de trabalho em equipe, um reloginho de engrenagens bem encaixadas, com profissionalismo, cumplicidade e confiança. Então, deixo aqui registrados meus sinceros agradecimentos à equipe da Abravidro, com a qual tenho o privilégio de trabalhar todos os dias, e aos nossos parceiros de sempre (ou somente dessa empreitada), por mais uma entrega de sucesso. Se você não esteve lá, não deixe de conferir os destaques em nosso site e redes sociais, assim como por aqui mês que vem!

Sobre esta edição da revista, leia a matéria que encerra nossa série sobre beneficiamento do vidro, detalhando o processo de têmpera. Veja também o uso do vidro no recém-inaugurado Sesc Guarulhos, orientações sobre o uso do material em coberturas e outros destaques.

Boa leitura! Um abraço,

Iara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

PN para ferragens para temperados deve entrar em consulta nacional

O texto do projeto da norma de ferragens para vidro, o PN 188:000.000-002 — Ferragens para vidro – Requisitos, classificação e métodos de ensaio, foi finalizado e está agora em fase de editoração. Os trabalhos foram coordenados pela Comissão de Estudo Especial de Ferragens (ABNT/CEE-188), com parceria e cooperação direta da Abravidro no desenvolvimento do documento. Espera-se que o texto entre em consulta nacional na virada do ano. O objetivo do PN é fornecer referências para a especificação e avaliação de ferragens voltadas exclusivamente para aplicações com vidro temperado.

Roney Margutti, gerente de Tecnologia do Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não Ferrosos no Estado de São Paulo (Siamfesp) e coordenador da ABNT/CEE-188, conta que a elaboração do texto surgiu a partir da demanda do setor de ferragens junto à Abravidro. “Como até agora não havia nenhuma regulamentação para esses produtos, não tinha como verificar a qualidade deles e identificar o possível problema e o responsável por ele.”

 

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Principais conteúdos da norma
Descrição e aplicação: as ferragens estarão descritas na norma com a sua aplicação, para facilitar o entendimento do vidraceiro;

Capacidade de utilização da ferragem: o documento especifica o tamanho, peso e espessura máximos que podem ser utilizados para cada ferragem contemplada pela norma;

Especificação dos recortes para os vidros: o texto também define um recorte padrão de vidro que deve ser executado para cada tipo de ferragem;

Ensaios de desempenho: foram elaborados para avaliar os elementos de fixação (parafusos), quanto à sua resistência mecânica, e a durabilidade deles em relação à ciclagem (abertura e fechamento repetidos) do sistema, verificando desgaste e deslizamento do vidro. A norma contempla ainda um ensaio de resistência à corrosão, importante principalmente para ferragens sujeitas a intempéries.

Marcação: o texto estabelece também a exigência da identificação do fabricante nas ferragens.

Para entrar no mercado, só dentro da norma
Margutti destaca que, este ano, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) está introduzindo o Novo Modelo Regulatório (NMR), documento que prevê a regulamentação compulsória de todos os produtos sob sua atuação — e isso inclui as ferragens para vidro. “Assim, para o fabricante sério, o atendimento à norma e a comprovação de seu desempenho, que pode ser por meio de uma certificação de terceira parte, serão uma forma de se resguardar de futuras fiscalizações e denúncias infundadas, o que lhe dará maior segurança de atuação no mercado”, aconselha Margutti.

A regulamentação também ajudará a identificar a causa de eventuais problemas. “Hoje, a culpa costuma ser colocada no vidro que quebrou, mas isso, na maioria das vezes, não é a verdade”, acrescenta Margutti.

A publicação da norma, após o período de consulta nacional, está prevista até o momento para acontecer em junho ou julho de 2020.

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Entidades regionais promovem atividades variadas em cinco Estados

eduardo liottiSindividros-RS, em Porto Alegre
Três atividades, três temas
O primeiro evento em Porto Alegre, em outubro, foi no dia 19: Vera Andrade, coordenadora técnica da Abravidro, ministrou a palestra Aplicações de vidros conforme as normas técnicas para cem participantes (foto 1). A apresentação abordou as determinações dos principais textos oficiais para emprego do vidro, incluindo a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações. Também foram citadas as iniciativas da Abravidro para levar adiante o conhecimento sobre as normas, como as campanhas #TamoJuntoVidraceiro e De Olho no Boxe.
No dia 24, foi a vez do 4º Simpósio Vidro Certo Sul (foto 2). Exclusivo para convidados, ele trouxe palestras sobre vidros de alto desempenho, ministradas pela arquiteta Camila Klein e engenheiro Fernando Westphal, professor da Universidade Federal de Santa Catarina e sócio-fundador da ENE Consultores.
Já no dia 26, o sindicato formou a segunda turma de 2019 do curso “Envidraçamento de Sacadas” (foto 3). O instrutor Dilceu Schmidt ensinou como medir o vão e calcular folgas para a instalação do envidraçamento de sacadas, além do passo a passo para a colagem de vidros e montagem dos kits. As aulas foram focadas nos produtos da empresa Sistema Gold, apoiadora do curso juntamente com a ECG Sistemas e Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). A iniciativa, braço do programa Qualividros – Qualificar para Transformar, contou ainda com o patrocínio das usinas vidreiras AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass e Vivix.

 

Abravid-DF, em Brasília

Por dentro das sacadas
A Abravid realizou em Brasília, em 19 de outubro, o curso “Envidraçamento de Sacada”. Patrocinado pelas usinas AGC, Cebrace, abravid dfGuardian, Saint-Gobain Glass e Vivix, o treinamento teórico foi organizado em parceria com a empresa Tec-Vidro. Ao final dele, os 45 alunos puderam conhecer o novo Kit Sacada da fabricante, o qual conta com o sistema OrbiTec, lançado em outubro. A aula prática do curso deve ser realizada no ano que vem.

 

sincavidro rjSincavidro-RJ, em Petrópolis
Ciclo de sucesso
Mais uma edição do ciclo de palestras O vidro na arquitetura moderna foi realizada no dia 22 de outubro pelo Instituto do Vidro, do Sincavidro-RJ, e portal Arquitetosecia. O distrito de Itaipava, em Petrópolis, a pedido dos arquitetos da região, sediou o evento. Cerca de quarenta profissionais acompanharam as apresentações do instituto e das empresas AGC, Saint-Gobain Glass e TTR Vidros, patrocinadoras da atividade juntamente com a Cebrace, Cristal Sete, dormakaba, Guardian, Vidros Belém e Vivix.

 

Adivipar-PR, em Curitiba adivipar paraná
Aproximando os elos do setor
Em 25 de outubro, cerca de 130 pessoas participaram da 4ª edição do Workshop para Vidraceiros, organizada pela Adivipar-PR em Curitiba. O encontro foi patrocinado pelas usinas vidreiras AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass e Vivix e teve ainda apoio das empresas Alupex, Carreta do Vidraceiro, ECG Sistemas e Lopes Máquinas. A programação incluiu apresentações breves e dinâmicas de representantes das patrocinadoras. Já a palestra Seja extraordinário, ministrada por Marcos Sousa, diretor da Superação Treinamentos e Consultoria, levou os participantes a refletir sobre como estão realizando suas atividades, incentivando-os a serem profissionais extraordinários. Durante o evento, Lucas Bremm foi eleito como presidente da associação para o biênio 2020-21. Ele tomará posse em março do ano que vem.

 

asveb-baAsveb-BA, em Salvador
Diferentes mercados para o vidraceiro
A Associação das Vidraçarias do Estado da Bahia (Asveb) realizou, em 29 de outubro, o curso “O Mundo é de Vidro: Novas Formas de Lucrar com Vidro Plano”. Ministrado por Gabriel Batista, diretor do Grupo Setor Vidreiro, o conteúdo abordou tópicos como a estrutura do mercado atual e como tirar vantagens desse formato, bem como a própria profissão do vidraceiro, além de novos mercados que esse profissional pode explorar. O treinamento teve cerca de 230 alunos e foi apoiado por Alumiaço, Alumínio Salvador, Atacadão Alumividros, Bahia Ferragens, Bahia Vidros, EP Alumínio, Hela, Mundial Alumínio e VCG Ferragens e Acessórios.

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Os fatores que influenciam na execução correta da têmpera

Encerrando a série de reportagens sobre beneficiamento de vidro (que começou em agosto e já abordou corte, lapidação e serigrafia), chegamos à têmpera. O temperado é o produto de valor agregado mais produzido por nosso mercado entre os vidros não automotivos, segundo dados do Panorama Abravidro 2019. Por isso mesmo, entender as boas práticas dessa atividade é fundamental.

Nas próximas páginas, conheça a tecnologia dos fornos, os fatores que influenciam o processo térmico convencional e a importância da manutenção preventiva dos equipamentos.

As etapas da atividade
Cláudio Lúcio da Silva, instrutor técnico da Abravidro, explica como se dá a têmpera:

1. No forno, o vidro é aquecido de 620 a 640 °C;

2. Em seguida, passa por um módulo de resfriamento que consiste em duas partes distintas. A primeira utiliza jatos de ar para provocar um “super-resfriamento”, fazendo a temperatura cair de 130 a 150 °C. A pressão de sopro e a taxa de extração de calor são específicas para cada espessura das peças;

3. Essa mudança repentina na temperatura causa um rearranjo molecular no vidro, o que aumenta seus níveis de tensão interna;

4. A segunda parte do resfriamento tem a função de fazer as chapas retornarem à temperatura ambiente.

A “receita” da têmpera
Vários fatores influenciam os ajustes dos parâmetros técnicos do aquecimento e resfriamento dos fornos, segundo informa Cláudio Lúcio. São eles:

– Tipo, cor, espessura, dimensões e forma das peças de vidro;

– Tipo, dimensões e posição dos furos e recortes nessas peças;

– Tipo e qualidade técnica da lapidação feita anteriormente;

– Nível de limpeza e secagem das peças;

– Temperatura ambiente;

– Umidade relativa do ar;

– Vazão, direção e velocidade do fluxo de ar ao redor do aquecedor e resfriador;

– Filtragem do fluxo de entrada dos ventiladores do sistema de resfriamento;

– Temperatura inicial das peças antes de passar pelo processo;

– Formação da carga das peças na entrada do forno;

– Temperatura das peças na saída do aquecimento — antes da entrada do resfriamento;

– Temperatura das peças após passar pelo resfriamento.

Tecnologia de ponta
Os fornos modernos trazem funções impensáveis até pouco tempo atrás. “Sistemas de convecção temperam vidros baixo emissivos (low-e) e refletivos, proporcionando economia de energia, entre outros benefícios”, explica o diretor da Sglass, Sandro Eduardo Henriques. Sistemas de monitoramento por câmara térmica permitem maior controle da produção e otimização de carga, com acompanhamento em tempo real, por celular ou computador, das peças saindo do forno. Há também softwares, como alguns produzidos pela própria Sglass, que controlam desde a movimentação dos roletes de sílica da célula quente até o acionamento das resistências e o funcionamento das zonas de aquecimento.

Atualmente, os equipamentos podem ser customizáveis, como indica Moreno Magon, vice-presidente de Vendas e Serviços para América do Sul da finlandesa Glaston. “As tecnologias são configuráveis em função de cada necessidade do cliente”, afirma. “Para cada tipo de produto, existem soluções de aquecimento e resfriamento inteligentes, respondendo à revolução da Indústria 4.0 e envolvendo a digitalização dos processos para tomadas de decisão rápidas e eficientes.”

Fornos com colchão de ar também oferecem novas formas de trabalho. Neles, o vidro não é tocado por qualquer material sólido enquanto é temperado. “Desenvolvido especialmente para uma produção seriada com alta produtividade, esse sistema é particularmente adequado para vidros revestidos, como os low-e”, afirma Giorgio Martorell, gerente de Vendas da Lisec. “O vidro com revestimentos, que deve apresentar demanda crescente nos próximos anos, levará a um processo mais complexo e demorado no caso de tecnologias convencionais.” Daí vem a necessidade de maquinários específicos para isso, como o Aeroflat, da Lisec. Vale lembrar ainda que outras empresas também produzem equipamentos modernos, como a italiana Keraglass.

tecnologia

Como solucionar falhas?
Uma têmpera malfeita pode acarretar graves defeitos nas placas, incluindo, por exemplo, marcas dos rolos nas superfícies do vidro, lascas com arestas cortantes nas bordas, quebras no aquecimento ou resfriamento, empenamento e até mesmo fragmentação acima ou abaixo da tolerância das normas técnicas. O que fazer para solucionar isso tudo? “O mundo da vidraria é feito de detalhes. A soma desses detalhes fazem o resultado geral”, explica Cláudio Lúcio. “Quando não se tem conhecimento adequado, as perdas são aumentadas e os problemas se tornam crônicos.”

As causas para isso envolvem, entre outras considerações:

– Falta de um sistema de gestão da qualidade profissional;

– Falta de treinamento e capacitação não só dos operadores, mas também do corpo de vendas e direção da empresa;

– Inadequações em especificações, projetos e aplicações do temperado;

– Inadequações no corte e destaque do vidro;

– Manuseio, preservação e transporte entre etapas do beneficiamento feitos de forma inadequada;

– Lapidação, furação e/ou recorte resultando em peças com lascas e microtrincas;

– Adoção de layout equivocado no forno de têmpera, resultando em fluxos de vento diferencial significativos e intermitentes pelas laterais do aquecedor e do resfriador;

– Falta de acondicionamento técnico do fluxo de entrada e saída de ar dos módulos de resfriamento e dos ventiladores.

Para saber como acabar com retrabalhos e processos sem padronização, fique atento: a Especialização Técnica Abravidro tem um módulo específico sobre têmpera. Seu conteúdo é teórico e prático, sendo aplicado na própria empresa. Para mais informações, entre em contato pelo e-mail abravidro@abravidro.org.br ou telefone (11) 3873-9908.

sglass

Atenção para a manutenção
Segundo o instrutor técnico Cláudio Lúcio, a manutenção de maquinários ainda não é encarada com a seriedade que deveria ser no setor vidreiro. Veja sua análise: “É algo inconcebível de não ser feito em outros mercados. Mas, para o nosso, é considerado como uma coisa normal ou aceitável de se abrir mão, principalmente em épocas de crise”.

A falta de manutenção gera degradação gradual nos equipamentos, o que afeta diretamente a qualidade da produção. Os desempenhos produtivos e técnicos caem, as perdas e retrabalhos aumentam, os custos operacionais disparam. “Em empresas carentes de um sistema de gestão profissional, essa mudança para pior pode passar despercebida. E isso vai além da questão da operação, atingindo também a reputação e prosperidade da processadora”, informa Cláudio.

Somente com a checagem das máquinas em dia será possível otimizar o aproveitamento da carga do forno. Quanto maior a metragem média por unidade de tempo de processamento, maior a produtividade e menor o custo operacional.

 

Os diferentes processos
O vidro pode ser temperado na:
– Vertical;
– Horizontal;
– Inclinado (com colchão de ar).

O trânsito de peças no forno pode ser:

– Intermitente
Produção com intervalos;

– Contínuo
Produção sem paradas;

– Por batelada
Produção de uma porção grande de chapas de uma vez.

São três os sistemas de movimentação dentro do forno:

– Pinçamento
Equipamentos com pontas “pinçam” o vidro;

– Rolos
As peças deslizam por cima de uma esteira com rolos;

– Colchão de ar
Fortíssimos jatos de ar fazem com que a chapa “flutue” e não entre em contato com superfícies sólidas.

 

A questão da anisotropia
Em O Vidroplano de fevereiro de 2018, uma matéria especial comentou sobre a anisotropia, fenômeno óptico que ocorre nos vidros em decorrência do tratamento térmico pelo qual passam quando são temperados ou curvados, por exemplo. Manifesta-se como manchas (que podem ser severas ou até indetectáveis) em nosso material, visíveis em determinadas condições de luz e posições de observação. A norma NBR 14698 — Vidro temperado define a anisotropia como “característica óptica do vidro temperado inerente ao processo de têmpera”.

Mas o que causa a anisotropia? A hipótese mais relevante é a rapidez do aquecimento da peça no forno dentro da faixa de 490 a 550 ºC. Quanto maior a velocidade para aquecê-la, mais o efeito poderá aparecer.

Outros fatores influenciam a sua aparição, incluindo:

– Homogeneidade dos irradiantes de infravermelho, faixa de emissão de infravermelho e ajuste do perfil térmico;

– Condições técnicas do sistema de aquecimento, conservação dos rolos do aquecedor e refratários;

– Temperatura final alcançada pelo vidro que sai da zona de aquecimento — deve ser sempre maior que 620 ºC e menor que 640 ºC;

– Ajuste de emissividade do medidor de temperatura a laser em função do tipo, cor e espessura da peça;

– Redução significativa da velocidade de oscilação, ou mesmo a paralisação da peça, sob ação do jato de ar do resfriador, caso a temperatura medida ainda não esteja abaixo de 490 ºC.

É possível controlar a anisotropia? Sim. Para isso é necessário:

– Conhecer tecnicamente a física envolvida na têmpera térmica;

– Utilizar parâmetros técnicos corretos;

– Ter maquinários com tecnologias, conservação e manutenção adequadas;

– Operá-los corretamente.

Alguns fornos incluem sistemas para amenizar as manchas, como aponta o diretor e coordenador de Vendas da Keraglass, Maicol Spezzani: “Temos um sistema para temperar o vidro em passagem que conta com furos para a saída do fluxo de ar dos sopradores com diâmetros diferentes, e deslocados uns dos outros, reduzindo drasticamente esse fenômeno”.

A Glaston, por sua vez, desenvolveu o iLooK Anisotropy, solução online que visualiza e quantifica o nível de anisotropia. Assim, os processadores podem monitorar seus produtos, experimentar ajustes de máquinas e melhorar métodos de produção.

 

Já pensou em certificar seu temperado?
A certificação do temperado, que segue a Portaria Inmetro Nº 327, também contribui para o controle de qualidade do produto e detecção de problemas no processo produtivo. A Abravidro oferece consultoria para empresas interessadas. Para mais informações, entre em contato com o consultor Edweiss Silva, pelo e-mail esilva@abravidro.org.br ou telefone (11) 3873-9908.

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sesc Guarulhos ganha fachada e cobertura de vidros laminados

As mais novas unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc), em São Paulo, destacam-se pelo arrojo de seus projetos: arquitetura ampla e marcada por espaços integrados (tanto com o interior como com o exterior). E o recém-inaugurado prédio da instituição em Guarulhos, município da Região Metropolitana de São Paulo, também segue esse conceito. Com uma praça central revestida de vidro, tornou-se um marco de edifícios públicos que usam nosso material.

FICHA TÉCNICA
Autor do projeto: Dal Pian Arquitetos
Local: Guarulhos, SP
Conclusão: maio de 2019

Transparência vencedora
O projeto da Dal Pian Arquitetos venceu o primeiro concurso público de arquitetura promovido pelo Sesc, em 2009, cujo intuito era escolher o design do edifício que seria erguido nesse município. As obras começaram em 2014. Ao todo, são mais de 34 mil m² de área construída, espaço que engloba atividades culturais, esportivas e de ensino, saúde, recreação e lazer.

Localizada próximo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, a unidade garante um cenário urbano coeso e unitário à região. Segundo a Dal Pian, o acesso ao edifício foi pensado para ser generoso, não intimidador, procurando gentilmente convidar o visitante ao conhecimento e uso de seus interiores.

As atrações estão distribuídas em três pavimentos. No térreo estão a central de atendimento, salas de exposições e ginásio de esportes. No piso intermediário ficam o teatro, o complexo aquático (coberto e descoberto) e a comedoria. Por fim, no andar superior encontram-se o centro de música, salas multiuso e a área para atividades físicas.

 

sesc guarulhos quadra

Com o céu acima
Apesar de toda essa grandiosidade, é uma estrutura fechada com vidro que surge como o principal espaço do complexo. Todos os andares se organizam ao redor da chamada Praça de Convivência, uma espécie de grande átrio com cobertura composta por grelhas metálicas, vidros laminados, extratores de ar e brises horizontais de alumínio perfurado. Funcionando como o maior centro de circulação de visitantes do edifício, seu objetivo é trazer luz natural aos corredores, passarelas e rampas dos pavimentos. É tão relevante que até mesmo o teatro e a comedoria têm partes voltadas para essa praça, provando seu papel de ligação entre os ambientes.

 

sesc guarulhos piscina

 

A Arqmate prestou consultoria para a especificação dos vidros e esquadrias ali presentes. Laminados (processados pela Blue Glass) são aplicados na cobertura, na fachada e em outros locais, de várias espessuras diferentes (6, 10 e 12 mm). A alemã Schüco forneceu perfis minimalistas para portas de correr, assim como a dormakaba, que está presente na obra com portas pivotantes e barras antipânico. A colagem das peças de nosso material nos caixilhos de alumínio (fornecidos pela Rissi) foi feita com silicones da Dow Corning.

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Campanha da Abividro recebe prêmio por trilha sonora

O vídeo da campanha “Vidro. Para os vidrados no mundo”, idealizada pela Abividro e desenvolvida pela agência Iris Worldwide, que traz o ponto de vista do vidro (plano e oco) no seu relacionamento com o usuário final, recebeu o troféu de prata na categoria Áudio e Som no prêmio El Ojo Iberoamerica 2019, em novembro, na Argentina. A trilha sonora da obra foi composta e executada apenas com a reprodução do som de vidros, usando desde lâmpadas até uma harmônica de taças. Vale destacar também que a iniciativa, lançada em julho deste ano, começou a ser veiculada nos intervalos do Jornal das Dez, da Globo News. A campanha, com duração de cinco meses (terminará em fevereiro de 2020), tem como objetivo revelar os potenciais de uso do material e gerar engajamento entre executivos, arquitetos, engenheiros e também na classe política.

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

12º VidroSom debate desempenho acústico

120 pessoas acompanharam a 12ª edição do VidroSom – Seminário de Soluções Acústicas em Vidro, realizada no dia 18 de outubro durante o 10º Salão Itinerante de Esquadrias e Vidro (Saie Vetro), em Florianópolis. Este ano, o tema do evento foi Saúde, qualidade de vida e soluções acústicas práticas: sem conhecimento, nada se resolve!.

Entre os palestrantes do seminário, que teve patrocínio da Cebrace e apoio do Grupo Saint-Gobain, esteve o professor Fernando Westphal (foto 1), do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), responsável por destacar o desempenho térmico das esquadrias nas diferentes regiões do País. Já Edison Claro de Moraes (foto 2), diretor da Universidade do Som e idealizador do seminário, criticou a falta de informação do mercado: segundo ele, por conta disso, os consumidores escolhem materiais inadequados para resolver problemas de barulho em imóveis.

Remy Dufrayer, gerente de Desenvolvimento de Mercado da Cebrace, destacou o papel do vidro e da esquadria no conforto acústico, comentando tópicos como as vantagens do laminado e o fato de que o desempenho do isolamento dependerá dos índices de redução do vidro e também dos demais conjuntos envolvidos. Por sua vez, a engenheira Michele Gleice da Silva, diretora técnica do Instituto Tecnológico da Construção Civil (Itec), apresentou os requisitos da norma para esquadrias.

Houve ainda apresentações do arquiteto Fernando Neves, da Saint-Gobain (mostrou exemplos de isolamento acústico em restaurantes, salas de convenções, auditórios e escritórios) e do empresário Roberto Papaiz, diretor da Screenline e presidente do Itec, com o tema As janelas do futuro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

NürnbergMesse comemora dez anos no Brasil

No dia 15 de outubro, a NürnbergMesse Brasil promoveu um encontro com a imprensa para celebrar sua primeira década no País. A solenidade contou com a presença de Roland Fleck, CEO global do grupo. Ele enfatizou as conquistas da empresa pelo mundo: 2018 foi o melhor ano da companhia em relação a lucros. A situação se reflete no Brasil: aqui, dez feiras foram montadas no ano passado, incluindo a Glass South America. Segundo João Paulo Picolo (foto, à dir.), CEO do braço nacional, o evento brasileiro pode ser colocado como o 3ª maior do mundo no setor vidreiro. À noite, a multinacional promoveu ainda uma festa para convidados — parceiros, clientes e colaboradores.

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Saiba o que muda com a chamada Lei da Liberdade Econômica

No dia 20 de setembro, o governo federal sancionou a Lei nº 13.874/2019, que institui a Declaração de direitos de liberdade econômica. O texto, uma conversão da Medida provisória nº 881, foi criado com o objetivo de desburocratizar as atividades econômicas, dando mais segurança jurídica aos negócios. Na teoria, as mudanças vão estimular a abertura de empresas (principalmente de pequeno e microporte), assim como a criação de novos postos de trabalho e o crescimento da economia. Mas, na prática, isso realmente pode acontecer?

Cenários promissores
Para Marcel Balassiano, pesquisador da área de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, a lei chega em excelente hora. “O País passou por uma recessão muito forte, e a recuperação tem sido bastante lenta e gradual. Para crescermos, e com isso gerar mais empregos, os investimentos precisam voltar”, afirma. “A partir de agora, as empresas terão um ambiente com menos burocracia e restrições dificultando esses investimentos.” Balassiano relembra também outra atuação nesse sentido: a aprovação da reforma trabalhista em 2017, que simplificou as relações entre empregadores e empregados.

 

mercado

O que a lei diz?
Confira a seguir alguns destaques do documento, os quais, segundo Balassiano, vão ao encontro da redução do chamado “custo Brasil”, que tanto dificulta o ambiente de negócios por aqui.

– Admissão de novos funcionários: os empregadores terão cinco dias úteis, a partir da admissão do trabalhador, para fazer as anotações em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). Após o registro dos dados, o trabalhador tem até 48 horas para ter acesso aos dados inseridos;

– Carteira de trabalho: a emissão de novas CTPS pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia ocorrerá preferencialmente em meio eletrônico, com o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) como identificação única do empregado;

– Acordos: as partes de um negócio poderão definir livremente a interpretação de acordos entre si, mesmo que diferentes das regras previstas em outras leis;

– Registro de ponto: passa a ser obrigatório somente para empresas com mais de vinte colaboradores (antes, a obrigação era para empresas com mais de dez funcionários);

– Horários de funcionamento: serão livres para qualquer atividade. No entanto, ainda são válidas as restrições indicadas por normas de proteção ao meio ambiente, poluição sonora, regulamento de condomínios ou legislação trabalhista, por exemplo;

e-Social simplificado: o Sistema de Escrituração Digital de Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (e-Social) será substituído, em âmbito federal, por um sistema digital simplificado. Essa nova plataforma ainda não foi anunciada, nem tem data de lançamento.

Prazo para resultados
É possível mensurar quando os resultados da lei começarão a ser sentidos? A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia divulgou um relatório mostrando que o efeito potencial da iniciativa pode chegar a um aumento de 7% no PIB per capita em um período de dez a quinze anos — o que significaria um acréscimo de 0,4% a 0,7% no crescimento médio anual. “Sempre levando em conta que esses números são projeções, e que dependem de várias hipóteses, pode-se considerar que os resultados possivelmente serão positivos em termos de crescimento da economia”, reflete Balassiano.

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Cuidados para a instalação de coberturas de vidro

Tetos e coberturas de vidro são estruturas bastante interessantes para qualquer obra. Com eles, é possível aproveitar melhor os espaços externos, integrando-os à edificação. Além disso, permitem a iluminação natural do ambiente, o que reduz a necessidade de luz artificial e pode trazer, assim, economia de energia.

A instalação desse tipo de estrutura é bastante atrativa para os negócios de um vidraceiro. Como em todo trabalho realizado por esse profissional, ela requer atenção especial para que as coberturas tragam todos os benefícios esperados pelo cliente. Veja algumas orientações a seguir!

 

Teto gigante de vidro!
Os números da cobertura da Estação Morumbi, da linha 4 Amarela, na cidade de São Paulo, impressionam: são mais de 4 mil m² cobertos com nosso material! A obra, executada pela Avec Design, envolveu a instalação de mais de 1.550 painéis laminados (16 mm) com peças de controle solar Cool Lite KNT 140, da Cebrace.

Além do conforto térmico, deixando mais de 70% do calor para fora da estação, a estrutura também mescla filmes de PVB incolores e opacos, os quais projetam sombras bastante interessantes no piso. De quebra, houve a aplicação do polímero hidrorrepelente Glass Shield, da própria empresa, que evita o acúmulo de água e sujeira na superfície dos vidros

teto gigante de vidro

Que vidro usar?
“Escrevam com destaque na reportagem: não usem vidro temperado em cobertura!”, recomenda Thiago Boa Sorte, sócio-proprietário da CBS Vidros. Ele está certo. Embora seguro e até cinco vezes mais resistente que vidros comuns, o vidro temperado não é permitido nessa aplicação, uma vez que, em caso de quebra, seus cacos e o objeto causador da quebra cairão sobre as pessoas.

A regra — no caso, a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações — é clara: os únicos vidros que podem ser usados nesse tipo de aplicação são o laminado e o aramado.

O laminado pode ser composto por diferentes tipos de peça, sejam eles float, temperados e impressos, entre outras. Ele é formado por duas ou mais lâminas fortemente interligadas por uma ou mais camadas intermediárias de PVB (polivinil butiral), EVA (etil vinil acetato) ou resina. Em caso de quebra, os cacos permanecem presos à camada intermediária, impedindo a abertura do vão, reduzindo o risco de acidentes e ferimentos e mantendo a área fechada e segura até que a substituição do vidro seja realizada.

Uma possibilidade interessante é a laminação com vidros de controle solar. “Existem várias soluções que reduzem a transmissão de calor para dentro do ambiente”, aponta Fábio Reis, gerente técnico comercial da Guardian. “O ideal é entender a proposta arquitetônica para selecionar a cor e a quantidade de luz que passará pelo telhado de vidro, aliando conforto térmico e visual com bom aproveitamento de luz natural.”

Já o aramado pode ser aplicado com o material monolítico (isto é, sem necessidade de laminação ou têmpera). “Esse produto tem uma tela metálica incorporada à massa, o que atribui a ele a característica de vidro de segurança. Caso o aramado sofra quebra, os cacos não se desprendem do arame, evitando acidentes”, explica Gláucia Santos, analista de Marketing da Saint-Gobain Glass.

A NBR 7199 permite também a aplicação de vidros insulados (duplos), desde que a peça voltada para a face interior seja laminada ou aramada.

 

Estética envidraçada e metálica
O SGG Aramado, da Saint-Gobain Glass, foi o produto escolhido para a cobertura do ambiente SBD Porto Fino, projetado por Ivane Barbosa e Marcus Barbosa para a edição 2019 da mostra Casas Conceito, em Salvador. Além de oferecer segurança, a combinação da transparência do vidro com a malha metálica em seu interior harmonizou-se tanto com as estruturas de ferro como com o azul intenso da parede

 

Apenas para profissionais capacitados
Por tratar-se de um trabalho em altura, a Norma Regulamentadora Nº 35 — Trabalho em altura (NR-35) determina que os instaladores da cobertura de vidro tenham certificados concedidos após aprovação em treinamentos por entidades credenciadas, como a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes (ABPA) e o Senai. “Essa certificação é a base para a correta e segura instalação, uma vez que ela fornece os elementos necessários para uma avaliação apropriada das ameaças e ações preventivas ou corretivas”, destaca Júlio César Lanza, responsável pela área de Desenvolvimento de Mercado da Brazilglass.

Acrescente-se ainda outro requisito importante: um profissional técnico deve sempre acompanhar a obra. “A aplicação de vidros em coberturas requer a presença de um engenheiro ou outro especialista, responsável por avaliar a correta especificação das estruturas de fixação, espessuras mínimas seguras dos sistemas de vidro e todas as demais necessidades”, indica Ana Lion, gerente de Produtos da AGC do Brasil.

 

A arte encontra a natureza
O espaço Galeria Sebrae de Artesanato, assinado pelo escritório Lira Arquitetos na Casa Cor Pernambuco 2018, teve seu teto composto de vidros Performa Duo bronze, laminados de controle solar do catálogo da Vivix. Eles contribuíram para o conforto térmico dentro do ambiente e, de sobra, permitiram o aproveitamento da luz natural e a vista do céu e das copas das árvores do lado de fora

 

Inclinação
A inclinação dos vidros é um fator determinante para o bom desempenho da cobertura. “Além de ajudar no escoamento da água, ela evita o acúmulo de sujeira no vidro e, assim, dá uma aparência melhor à estrutura”, justifica José Romão da Silva Neto, proprietário da R4 Vidros.

Luiz Barbosa, gerente técnico de Vendas da Vivix, recomenda que sempre seja prevista, em projeto, a inclinação mínima de 3%.

EPIs: não faça a instalação sem eles!
– Capacete;
– Luvas;
– Cinto de segurança;
– Talabarte (dispositivo de conexão para sustentar ou limitar a posição do trabalhador);
– Trava-quedas (dispositivo conectado ao cinto de segurança para interromper a queda);
– Dispositivos de ancoragem (para prender o sistema de segurança do trabalhador à estrutura da obra, como em vigas ou andaimes).

roupa de proteção

Levando o vidro à cobertura
Em geral, os painéis costumam ser manuseados por meio de ventosas manuais ou pneumáticas.

Outros acessórios — como andaimes, plataformas elevatórias e dispositivos de içamento — vão depender da análise prévia do local, das dificuldades de acesso para a montagem da estrutura e das características dos vidros (dimensões e peso). Por isso, o planejamento é essencial. José Romão recomenda: “Todo cuidado é pouco nesses procedimentos, desde o isolamento da área abaixo da cobertura, até a escolha dos equipamentos adequados, tudo sendo mensurado de forma que não traga prejuízos”.

Vale citar que algumas empresas contam com soluções diferenciadas para esses sistemas. A Avec Design, por exemplo, trabalha com o Ecoglazing, espécie de caixilho sintético com perfis de borracha de silicone HTV protegendo toda a borda do vidro. Aplicado diretamente sobre a estrutura, ele absorve os movimentos de dilatação ou vibração. Por sua vez, a CBS Vidros desenvolveu um sistema de cabeamento interno e motorização embutido para coberturas retráteis.

estação-de-ônibusCobertura de vidro com a tecnologia Digitalglass de impressão digital, da Brazilglass: além de visual diferenciado, aplicação também contribui para o sombreamento e privacidade do ambiente

 

Dicas de instalação
Thiago Boa Sorte, da CBS Vidros, relaciona alguns preparos para facilitar o manuseio e a aplicação das peças:

– Leve os vidros já limpos para a obra;

– Caso o laminado seja feito com vidro refletivo, marque o lado que deve ficar voltado para cima;

– Proteja as bordas do vidro durante seu manuseio com materiais como cantoneiras de borracha.

 

Gazebo da Praça Urbana, ambiente do arquiteto Gláucio Gonçalves na Casa Cor São Paulo 2017: laminados com peça de controle solar SunGuard Neutral 14 e incolor, da Guardian, ajudaram a integrar espaço ao jardim sem permitir a passagem de água para seu interior

 

Quebras: como evitá-las durante…
O rompimento de uma peça de vidro é um pesadelo para qualquer vidraceiro, pois, além do material perdido, providenciar outro painel demanda tempo e dinheiro.

Lanza, da Brazilglass, aponta a que os riscos de quebra em uma instalação de cobertura de vidro estão quase sempre ligados:

– à qualidade da lapidação das peças;
– à qualidade da estocagem em obra;
– ao manuseio inadequado dos painéis;
– ao uso de ferramentas e equipamentos inadequados.

“Seguindo as recomendações de produção, transporte, manuseio e instalação, os riscos se tornam mínimos”, ele explica.

…e depois da instalação
Sim, o vidro também pode quebrar-se depois de ter sido instalado. Segundo José Guilherme Aceto, diretor da Avec Design, há dois erros que podem levar ao desgaste e eventual ruptura do painel:

Má qualidade da lapidação: como esses vidros estão sujeitos à alta absorção térmica, a ausência de um bom acabamento nas bordas pode levar a microfissuras que, com o tempo, ocasionam a quebra;

Caixilhos que prendem os vidros com muita força: metais como o alumínio têm um coeficiente de dilatação maior que o do vidro. Assim, quando há variação de temperatura, se o caixilho estiver preso à peça com muita força, sua dilatação pode “puxar” as bordas dela, forçando-a e levando à ruptura.

sgg aramado

Vale ressaltar ainda a importância da proteção das bordas dos vidros: a NBR 7199 estabelece que o contato delas entre si, com alvenaria, peças metálicas ou qualquer material de dureza superior ao vidro é proibido. A luz pode passar. A chuva, não! A vedação da cobertura é uma etapa-chave para garantir sua qualidade: se malfeita, ela compromete a estanquidade do sistema.

“Para uma boa vedação, é recomendável usar selante de silicone de qualidade e controlar, rigorosamente, a limpeza, temperatura de aplicação, umidade e, ainda garantir que o topo do vidro tenha uma boa adesão a ele — uma lapidação polida das peças é a mais eficiente nesse sentido”, aconselha Aceto.

Um erro muito comum nesse tipo de instalação é o uso de caixilhos com gaxetas de borrachas tipo EPDM, pois elas soltam óleos plastificantes que contaminam o silicone. Aceto diz: “Sistemas de envidraçamento estrutural tendem a ser preferíveis para coberturas de vidro sem vazamentos, pois seu perímetro é compatível para receber o selante”.

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Caleidoscópio – novembro 2019

DADOS & FATOS

Sinais de mudança?
A indústria brasileira completou, em setembro, quatro trimestres de queda na produção — no último, foi registrado -1,2%. Por outro lado, setembro foi o segundo mês seguido de melhora no índice, interrompendo a trajetória de queda iniciada em julho de 2018. De acordo com a Pesquisa Mensal da Indústria (PMI), divulgada pelo IBGE, a produção subiu 0,3% no 9º mês do ano, comparando-o com agosto.

Faturamento em alta
Outra boa notícia: o faturamento da indústria brasileira aumentou 0,4% em setembro na série livre de influências sazonais. Foi o quarto mês consecutivo que o indicador registrou crescimento — segundo a pesquisa Indicadores Setoriais, da CNI, desde 2014 isso não acontecia.

Abertura econômica China/Brasil
Na Cúpula dos Brics, realizada em novembro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, revelou que o País estuda uma área de livre comércio com a China. Em 2018, a balança comercial com os asiáticos teve saldo positivo para o Brasil de US$ 29 bilhões. No entanto, os bens semifaturados e manufaturados representaram, juntos, apenas 10% das exportações brasileiras para a China. O restante das vendas contempla os produtos básicos. Por outro lado, 98% das compras de produtos chineses pelo Brasil no ano passado foram de manufaturados. Por isso, setores da indústria revelaram preocupação com o tema: sem as reformas necessárias para aumentar a competitividade industrial por aqui, a abertura seria danosa ao setor.

FIQUE POR DENTRO

Um pouco do que foi dito no 14º Simpovidro
A cobertura completa da 14ª edição do maior encontro vidreiro da América Latina você confere na próxima O Vidroplano, mas vale a pena olhar para algumas informações passadas pelos palestrantes e já publicadas no portal da Abravidro.

2020 positivo para os consumidores de vidro
Segundo o economista Fernando Garcia, em 2020, a construção civil deve crescer de 2,5% a 3,5%; o setor de eletrodoméstico, de 1,5% a 2,5%; a indústria automobilística, de 4% a 5%; e a produção de móveis, de 3% a 4%.

Mensagem de esperança
Apesar de considerar a situação do Brasil bastante complexa, cuja solução depende de variáveis diferentes, o jornalista William Waack finalizou sua apresentação em tom otimista: “A aprovação da reforma da previdência mostra que, mesmo à beira de um abismo, é possível surgirem mudanças. Isso depende da pressão da sociedade como um todo.”

O novo é simples
Para os que pensam que modernizar a empresa é um bicho de sete cabeças, Arthur Igreja, em uma das apresentações que mais encantaram o público, afirmou que a solução é mais simples do que parece: “Não crie problemas inéditos; resolva os de sempre. Foque na jornada do cliente, simplifique e use o que está disponível.”

arthur igreja

RETROVISOR

Novembro: especial para O Vidroplano
1991
O Sincavidro-RJ cedia o título da revista O Vidroplano, fundada pelo sindicato fluminense, à Abravidro — na época chamada Andiv.

1995
1ª edição totalmente colorida da revista, com cobertura completa do 1º Simpovidro, realizado no Rio de Janeiro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Abusos não serão tolerados

domingosO mercado vidreiro se viu perplexo com a nova carta de aumento de preços de uma das principais fabricantes de vidro float no Brasil, disparada em 18 de novembro. Mais uma vez, essa empresa inicia uma rodada de reajustes – sendo esse o segundo em um intervalo de pouco mais de dois meses. Os dois últimos aumentos somam 30%, em um ano no qual a inflação é estimada em 3,3%. Um verdadeiro disparate!

A Abravidro vê com enorme preocupação posturas como essa, que visam, aparentemente, a buscar um resultado melhor no ano de maneira artificial, por meio do recurso ao caminho “fácil” da revisão de tabela. Não é a primeira vez que essa empresa afeta negativamente a sustentabilidade do mercado: em 2017, ao parar um de seus fornos sem planejamento adequado, causou enorme desequilíbrio no abastecimento de float, o que teve consequências até o primeiro trimestre de 2018.

Com a maior capacidade instalada da história das usinas em nosso país e um mercado pouco comprador, o que vemos é uma tentativa de inverter a lei da oferta e da demanda, aumentando os preços para obter resultado a qualquer custo.

A Abravidro, suas entidades regionais afiliadas e seus associados fizeram seu papel: nos mobilizamos rapidamente para mostrar às usinas de base que não há espaço para outro aumento, ainda mais nas atuais condições do mercado, e que esperamos delas uma postura responsável e condizente com o atual momento. Mostramos nossa força e disposição em defender nossos interesses. Ao que parece, a mensagem foi entendida.

Posturas irresponsáveis com o mercado não serão relativizadas. A Abravidro está alerta e preparada para reagir à altura no caso de quaisquer manobras e movimentos que possam prejudicar associados e o mercado vidreiro. A associação tem como função essencial atuar em defesa dos interesses da indústria de processamento. E, não importa o adversário, iremos sempre nos colocar em favor dos processadores.

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 563 (novembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.