A Schott tem novas versões de portas de média temperatura para gabinetes plug-in: composta por três vidros isolados e iluminada com LED, ela é completamente transparente, sem perfil de PVC ou alumínio exposto e garante ao consumidor total visibilidade dos produtos refrigerados.
Monthly Archives: July 2019
Glass Vetro lança sistema de suporte
O Support Fit (foto), sistema para espaçamento, calço e nivelamento de fixação química de espelhos e vidros de revestimentos, acaba de ser lançado pela Glass Vetro. Segundo a empresa, o produto proporciona estética clean ao local, pode ser instalado e utilizado em no máximo cinco minutos e permite ajuste de nivelamento, entre outras vantagens.
Vitral distribui tabela sobre normas
Em 11 de julho, a processadora Vitral celebrou 69 anos de existência em Uberlândia (MG). Para comemorar, produziu e distribuiu folhetos (fotos) que reproduzem a tabela Que vidro usar?, parte da campanha #TamoJuntoVidraceiro, da Abravidro. O material permite consultar de forma rápida e didática os vidros com uso permitido pela norma NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações.
Casa Cor GO traz vidros e espelhos em ambientes
A 23ª edição da mostra Casa Cor GO, realizada de 10 de maio a 23 de junho no Epic City Home, em Goiânia, contou com aplicações dos nossos materiais. Um dos destaques foi o Kehper (1), da arquiteta Bruna J. Kehrnvald, que leva espelho Cebrace prata na parede, teto e chão do corredor lateral. Já no Wine and Relax Time (2), de Milena Niemeyer, a porta da adega era de extra clear temperado, também da Cebrace. Nos dois espaços, as peças foram beneficiadas e instaladas pela GOVidros.
Casa de vidro da Guardian aparece em série da Netflix
A obra La Casa Del Desierto, da Guardian, marcou presença no episódio Smithereens da 5ª temporada da série Black Mirror, transmitida pela plataforma Netflix. Localizada no Deserto de Gorafe, na Espanha, a construção é mostrada como o local escolhido pelo personagem interpretado pelo ator Topher Grace (foto) para fugir de um mundo em que tudo se encontra conectado. A casa foi criada pela Guardian com o objetivo de testar seus produtos e soluções em condições climáticas extremas. Vale a pena assistir à série!
Abravidro participa de convenção mundial de associações vidreiras
Nos dias 10 e 11 de julho, realizou-se em Veneza, Itália, a 3ª edição da Convention of Glass Associations, organizada pela Community of Glass Associations (CGA), reunindo integrantes de dezessete entidades vidreiras mundiais. O Brasil foi representado pela Abravidro por Iara Bentes, sua superintendente. Iara apresentou as atividades da associação para o desenvolvimento do mercado nacional (foto) e trouxe os dados publicados na edição 2019 do Panorama Abravidro, agora disponível em inglês e espanhol. No encontro, foi discutida a ideia de fazer um pleito junto à ONU para que 2022 seja definido como o Ano Internacional do Vidro.
Abravidro marca presença em eventos para engenheiros e bombeiros
A Abravidro esteve também em dois eventos técnicos no Brasil. Em 25 de junho, a coordenadora técnica Vera Andrade ministrou palestra no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro (foto). A apresentação, apoiada pelo Sincavidro, mostrou o uso do vidro de acordo com as normas e os trabalhos da entidade para o desenvolvimento do mercado, como as campanhas #TamoJuntoVidraceiro e De Olho no Boxe. Já em 2 de julho, a analista de Normalização Clélia Bassetto assistiu ao seminário Novas Tecnologias na Segurança Contra Incêndio, da Fundação de Apoio ao Corpo de Bombeiros (Fundabom), em São Paulo (foto 2). Uma das apresentações abordou os vidros resistentes ao fogo, com destaque para os de classe EW (redutores de radiação), incluídos na Instrução Técnica nº 09 — Compartimentação horizontal e compartimentação vertical, dos Bombeiros de São Paulo.
Novos IVA-ST para o vidro estão em vigor em São Paulo
Desde 1º de julho, estão em vigor os novos Índices de Valor Adicionado do regime de Substituição Tributária (IVA-ST) para materiais de construção no Estado de São Paulo. A mudança, definida pela Portaria CAT 32, de 25 de junho, e publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo, inclui os itens relacionados aos vidros. Os temperados e laminados, por exemplo, ficaram com o índice de 36% (veja tabela no final da reportagem).
Os novos valores são uma conquista para o nosso setor no Estado, o qual estava com alíquotas de 75% sobre os materiais de construção (incluindo vidros planos e espelhos). Isso aconteceu porque a Portaria CAT 34/2018, da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz/SP), determinou que os novos IVAs seriam definidos a partir de pesquisas feitas pelas entidades setoriais — e, no caso de indisponibilidade de novos dados no prazo definido pela portaria, passaria a vigorar o IVA-ST estabelecido para as “demais mercadorias arroladas no § 1º do artigo 313-Y do Regulamento do ICMS”, que é de 75%.
Contratempos e ações
Os trabalhos para a realização de nova pesquisa para a construção civil, sob coordenação do Departamento da Indústria da Construção e Mineração (Deconcic) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), tiveram início em 2018. Contudo, uma série de fatores impactou os prazos de realização e conclusão do estudo. Como consequência, em fevereiro deste ano, as entidades vidreiras orientaram as empresas do setor a considerar a alíquota de 75%.
Buscando mudar a situação, a Abravidro, que vinha acompanhando o caso de perto, realizou reuniões com a Sefaz/SP, juntamente com o Sinbevidros-SP e a Abividro. As três entidades expuseram e discutiram as peculiaridades do nosso segmento. E esses esforços, felizmente, tiveram resultado: em alguns casos, as alíquotas têm número abaixo até mesmo dos valores considerados antes do aumento.
O que é o IVA-ST?
O Índice de Valor Adicionado do regime de Substituição Tributária é a porcentagem que determina quanto deve ser adicionado no preço de um determinado bem para o consumidor final. Esse índice varia para cada Estado e é definido de acordo com pesquisas de mercado realizadas pelo governo e/ou entidade(s) representativa(s) do setor. A partir dessas investigações, são encontradas tendências na margem que os vendedores devem colocar nos produtos, sempre em relação ao preço que sai da fábrica.
Nova tabela com o IVA-ST interno válido em São Paulo a partir de 1º de julho de 2019
Produto | Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) | IVA-ST % Interno |
Vidro impresso | 7003 | 43 |
Vidro float | 7005 | 52 |
Vidro temperado | 7007.19.00 | 36 |
Vidro laminado | 7007.29.00 | 36 |
Vidro insulado | 7008 | 62 |
Espelho | 7009 | 53 |
Os perigos por trás de uma estratégia campeã
Escrito por Diego Andreasi
“Parabéns pra você” é a canção oficial de aniversários. Com mais de cem anos de idade, ela está firmemente enraizada como padrão na mente das pessoas.
Existem rituais que ninguém tem coragem de questionar. Afinal, por que se dar ao trabalho de fazer uma festa e não cantar a tradicional canção?
Isso também acontece com as empresas. Pense na Kodak. Só nos Estados Unidos, em 1976, vendia 85% das câmeras e 90% dos filmes. Para que se preocupar com algo novo? Contudo, duas décadas depois, as câmeras digitais apareceram com força. A Kodak até tentou sobreviver, mas seu nome não era mais sinônimo de fotografia. Faliu em 2012.
Outro exemplo é a Dell, que se tornou uma das maiores fabricantes de notebooks do mundo com base na venda direta e produção sob demanda. Pouco depois, HP e Lenovo retomaram suas fatias de mercado e a Dell perdeu a liderança.
Talvez essas empresas pudessem ter escolhido uma abordagem diferente. Se lançassem um projeto inovador a cada ano, pode ser que, ao final de uma década, esse esforço constante e consistente tivesse criado dezenas de vencedores, garantindo um crescimento estável.
Porém, provavelmente o que as pessoas envolvidas nesses casos visualizaram foi algo parecido com a canção “Parabéns pra você”: sucesso para sempre.
Para o guru do marketing Seth Godin, se o ambiente competitivo continuasse sempre o mesmo, a estratégia campeã continuaria sendo campeã. Mas hoje, no entanto, como as regras mudam tanto, os modelos não duram muito tempo.
Isso o fez concluir que mais cedo ou mais tarde, o que sempre deu certo deixa de funcionar. Seja pelo fato da concorrência o alcançar, a tecnologia mudar ou o fundador se aposentar. E quando isso acontece, ou a empresa tem tempo e coragem de sobra para tentar encontrar uma saída, ou se extingue.
Então, se você é dono ou preside alguma companhia, é importante entender que faz parte do seu trabalho organizar a empresa para pular a bordo de uma estratégia que seja campeã agora e, ao mesmo tempo, preparar sua equipe para evoluir com frequência suficiente para encontrar a próxima estratégia antes que a de hoje desapareça.
Diego Andreasi é gerente de incubadora tecnológica, professor, consultor de negócios para PMEs e palestrante
Veja detalhes das principais palestras do GPD 2019
O “guru” do vidro
Uma das palestras mais aguardadas de cada edição do GPD é a do consultor Bernard Savaëte, da BJS Différences, um dos maiores estudiosos do mercado global vidreiro, que completa cinquenta anos no setor este mês. Dessa vez, traçou um panorama da indústria de float no século 21. Vale lembrar que os tópicos abordados são impressões e estimativas do próprio Savaëte.
– O mundo tem cerca de 460 plantas produtivas. A China é de longe o país líder, com 235 no total. O boom na construção de fornos chineses começou no final da década de 1980;
– A América do Sul tem o 3º menor número de fornos por 10 milhões de habitantes;
– A vida útil dos fornos cresceu dos anos 1980 para cá: de seis anos, em média, subiu para treze em 2015. No mesmo período, a produtividade dos equipamentos mais que dobrou;
– Entre as empresas com maior número de fornos, a AGC está na frente, com 36. A Saint-Gobain possui um a mais, mas fica em 2º, pois dez são geridos em parceria com outras empresas. Em 3º, aparece a NSG com 28 linhas. Entre as dez mais, cinco são chinesas;
– Estima-se que, em 2018, foram produzidos 75 milhões de toneladas de float no mundo;
– Nesse mesmo ano, foram contabilizadas cerca de 300 a 350 linhas de coating no planeta, usadas para a produção de vidros de controle solar e outros materiais com revestimento. O setor de têmpera, por sua vez, é muito mais concorrido: são de 8 mil a 11 mil fornos;
– Com a tecnologia vidreira ajudando na produção e a entrada de diversos players na fabricação de float, o preço do produto variou tremendamente de 1960 para cá: 1 t custava naquela época cerca de € 1.300. Hoje, sai por menos de € 400;
– Nos últimos dez anos, a AGC é a indústria com maior número de patentes. Quando se analisa o país com mais investimento em novos produtos, a liderança é da China;
– A inovação vem de fora da indústria, a partir das demandas dos clientes. Além disso, universidades e pesquisadores independentes tornaram-se grandes colaboradores para o maior número de publicações e estudos a respeito do vidro;
– O setor de energia solar está virando um grande consumidor de vidro.
Mais dados e crescimento
Sener Oktik, presidente do departamento de Pesquisa da usina turca Sisecam, também ofereceu impressões e estimativas sobre os números do setor:
– Para ele, a demanda por vidro, atualmente, é maior que o volume produzido: em 2017, a indústria tinha capacidade para 76 milhões de t, contra uma demanda estimada de 80 milhões;
– A China segue sendo a maior fabricante do nosso material: em 2017, contava com 216 fábricas e produzia 48 milhões de t;
– Na Europa, as produtoras líderes são a própria Sisecam (segundo os dados revelados pela empresa) e a Saint-Gobain, ambas com 20,3% da produção do continente;
– Em relação ao crescimento do mercado, os estudos de Oktik estimam que a América do Sul pode crescer de 3% a 3,5% ao ano até 2022. O Brasil se desenvolveria abaixo desse patamar: cerca de 1,6% ao ano.
Controlando a anisotropia
Desde a última edição do GPD, a anisotropia é assunto constante no setor. Ela é uma propriedade óptica de vidros que passam por tratamentos térmicos, manifestando-se como manchas visíveis em certas condições de luz e posições de observação. Este ano, Reijo Karvinen, da Universidade de Tecnologia de Tampere, demonstrou como a melhor distribuição de calor nas chapas pode diminuir a incidência do efeito.
Louis Moreau, da Agnora, relembrou o trabalho feito com um grupo de estudos para criar uma norma americana sobre o tema. O texto a ser submetido ao ASTM, órgão americano de normalização, já está praticamente pronto. Moreau também comparou diferentes soluções de scanners que identificam anisotropia existentes no mercado, das empresas Arcon, Glaston, Lite-Sentry, SoftSolution e Viprotron.
Kai Vogel, da Viprotron, discutiu a otimização dos fornos, com o auxílio de métodos para mensurar anisotropia e haze (mancha esbranquiçada em laminados devido a falhas no processo de autoclave). Segundo ele, as melhorias podem ser feitas em equipamentos novos e antigos a partir da análise dos produtos com scanners in-line.
Revolução automotiva
Mike Pilliod, diretor da empresa automotiva norte-americana Tesla, explicou como o material facilita o design de carros, usando como exemplo o modelo X, que tem teto solar com maior visibilidade e para-brisa panorâmico com chapas com película solar (que escurece o vidro na parte de cima). Graças a parcerias com companhias vidreiras, como a Glaston, foi possível aumentar a área envidraçada nos veículos, utilizando peças com tamanhos e formatos diferentes.
Filtragem da luz
Joe Kao, da Physee, apresentou um insulado com vidros que possuem revestimentos para filtrar a reflexão da luz, além de terem células fotovoltaicas. O produto capta energia solar para a criação de eletricidade, oferecendo maior eficiência energética à edificação, e também garante a estética das fachadas envidraçadas pretendida pelos arquitetos, pois a reflexão da luz por nosso material será menor.
Tecnologia para mudar a produção
A Indústria 4.0 foi assunto de várias apresentações. AJ Piscitelli, da FeneTech, debateu a necessidade de preparar uma fábrica digital em que haja o uso inteligente dos dados coletados pelos equipamentos: o ambiente deve ser interconectado para que as informações fluam facilmente entre máquinas, funcionários e sistemas.
Philippe Thiel, da Siemens, enfatizou que é preciso saber usar as novas tecnologias. De acordo com uma pesquisa recente, 70% das iniciativas da Internet das Coisas fracassam. Por isso, é preciso preparar a empresa, incluindo um planejamento detalhado, ter disposição para investir nesse planejamento, formar equipes qualificadas e adotar uma cultura corporativa mais colaborativa.
O futuro da têmpera
Duas palestras trataram das mudanças que surgirão nesse processo. Riku Färm, da Glaston, e Tarun Bhatia, da Viridian Glass, explicaram que a qualidade do vidro deve estar associada às necessidades do cliente — um vidro para fachadas, por exemplo, não poderá ter marcas visíveis dos rolos dos fornos. Citaram também a importância da análise de dados durante a atividade, afinal as soluções de digitalização já permitem o controle detalhado de tudo que acontece na fábrica. No entanto, não basta coletar dados, é preciso interpretá-los para tomar as melhores decisões.
Vidro é arte
Stefan Blach, representante do Studio Libeskind, apresentou obras envidraçadas projetadas pelo escritório, um dos mais renomados no uso do vidro pelo mundo. Uma das construções citadas foi a Tampere Central Deck and Arena, espaço multiuso localizado na cidade-sede do GPD. O fundador do estúdio, Daniel Libesking, já apareceu na capa de O Vidroplano, em janeiro de 2011.
Veja três motivos para ir ao 14º Simpovidro!
Faltam menos de quatro meses para o Enotel Porto de Galinhas, em Ipojuca (PE), receber o 14º Simpovidro de 7 a 10 de novembro. O simpósio reúne centenas de profissionais e formadores de opinião da cadeia produtiva vidreira de várias regiões do País — e até do exterior. Por isso, se você ainda não se inscreveu no evento, veja três motivos imperdíveis para garantir sua presença o quanto antes!
1) Conteúdo que faz a diferença para sua empresa
Uma das principais características do Simpovidro é a grade de palestras formada por figuras renomadas de diversas áreas do conhecimento. Para este ano, a Abravidro está trabalhando para manter o alto nível da programação, trazendo grandes nomes do management nacional.
Após anos mergulhada em uma crise grave, a economia brasileira ainda vive incertezas em relação à retomada do crescimento. O Panorama Abravidro 2019, encartado na edição de maio de O Vidroplano, aponta que, em 2018, vivemos um pequeno crescimento após três anos de queda. Por isso, o conteúdo das palestras é essencial para preparar sua empresa e ter sucesso no mercado no futuro próximo. A oportunidade de estar em contato com os principais players do segmento também ajudará a mostrar visões diferentes para questões do dia a dia vidreiro.
2) Contato com diferentes elos da cadeia
Outra tradição do Simpovidro é a chance de fechar negócios e criar novas parcerias comerciais, aumentando seu networking profissional com diferentes elos da cadeia vidreira. Você também poderá conhecer eventuais lançamentos dos apoiadores do evento e informações técnicas sobre os produtos, além de conversar diretamente com os representantes delas e de outras companhias que participam do encontro.
3) Conforto e lazer para sua família
Como todo bom resort 5 estrelas, o Enotel Porto de Galinhas oferece estrutura de excelência a seus hóspedes, localizada em meio a um paraíso natural brasileiro. Além do sistema all inclusive, que garante refeições, petiscos e bebidas à vontade durante todo o dia, as opções de lazer são inúmeras, para todos os gostos e necessidades e tem programação especial para crianças.
– São 3 mil m² de piscinas, incluindo rio lento;
– Se estiver com fome, aproveite os oito restaurantes — cinco são temáticos (cozinhas portuguesa, regional, oriental, italiana e rodízio de pizzas) e um é infantil;
– Com sede? São seis bares no local, incluindo um na área das piscinas;
– A equipe de monitores do hotel estará disponível aos participantes, organizando atividades como hidrorrecreativa, aulas de aeróbica e gincanas;
– Os interessados em manter o físico podem aproveitar o centro fitness e o Leger SPA (pago à parte, inclui saunas e massagens);
– No circuito de minigolfe, você poderá testar suas tacadas;
– Tem também os tradicionais torneios de tênis, futebol e vôlei de praia masculinos e femininos;
– Vale citar ainda os shows temáticos organizados pelo resort e outros momentos surpresa que serão anunciados mais para frente.
INSCREVA-SE, JÁ!
Basta acessar o site www.simpovidro.com.br e se cadastrar!
Informações? Dúvidas?
Entre em contato com a Central de Atendimento Simpovidro pelo telefone (11) 3873-9908
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GPD 2019 leva conhecimento ao setor vidreiro mundial
É clichê falar que Tampere, na Finlândia, torna-se a capital mundial do vidro quando recebe, a cada dois anos, o Glass Performance Days (GPD) — e, no mês passado, nos dias 26 a 28, isso voltou a acontecer. Mesmo assim, é impossível não concordar com a frase. O congresso possui um nível técnico altíssimo, oferecendo espaço para profissionais de todo o planeta debaterem as principais tendências do setor em fabricação, processamento, instalação e desenvolvimento de produtos com vidro. Estar presente em um evento como esse é entrar em contato com as mais avançadas ideias da indústria vidreira: só este ano, foram mais de mil participantes, entre palestrantes e congressistas — com o recorde de 280 pessoas pela primeira vez por lá.
Programação de qualidade
Para conferir essas novidades ao vivo, Iara Bentes, superintendente da Abravidro e editora de O Vidroplano, participou do encontro. E antes mesmo do início oficial, o GPD já trazia atividades: no dia 25, foram realizados workshops práticos, focados em questões técnicas do processamento do material. Ali, a Glaston mostrou o aplicativo gratuito Glaston Siru. Indicado para dispositivos móveis Android e iOS, faz a contagem dos fragmentos do vidro temperado gerados após os testes de fragmentação.
A presença de brasileiros foi boa: quase dez profissionais de nosso país viajaram para a Finlândia, representando diversas empresas, entre processadoras e consultores.
“Na era das fake news, o GPD é fonte de informação confiável”, disse Jorma Vitkala, chairman do evento, durante a cerimônia de abertura. “A tecnologia tem mudado rapidamente a realidade das pessoas e empresas. Precisamos estar prontos para atender as necessidades dos clientes e também dos clientes deles”, frisou.
Esse foi o último GPD de Vitkala como membro da organização. Em sua homenagem, criou-se um prêmio, o Jorma Vitkala Award of Merit, destinado a pessoas com trabalho de relevância no setor. O vencedor da primeira edição foi o engenheiro inglês James O’Callaghan, do escritório Eckersley O’Callaghan, responsável pelas lojas envidraçadas da Apple.
Indústria 4.0, anisotropia e mais
Entre as mais de duzentas palestras da programação, alguns temas se destacaram, como a tecnologia 4.0 mudando as operações das empresas e o controle do efeito de anisotropia nos temperados. Panoramas globais sobre processamento e fabricação de vidro mostraram, com riqueza de detalhes, a situação do mercado mundial. Veja mais informações sobre algumas apresentações clicando aqui.
Contatos profissionais
Além do conteúdo pioneiro e de qualidade, o congresso preocupa-se cada vez mais com o networking entre participantes. O aplicativo utilizado pelos organizadores para o encontro, por exemplo, permitia conhecer o perfil dos participantes e também marcar reuniões com outras pessoas em horários reservados especialmente para isso.
O ambiente colaborativo também chamou atenção: os palestrantes ressaltavam a disposição em trocar informações após suas apresentações. Prova de que todos querem transmitir e receber conhecimento.
Outro espaço relevante nesse sentido era o Step Change, criado com a intenção de colocar startups vidreiras em contato com grandes companhias do setor, visando ao desenvolvimento de inovações tecnológicas. A área tinha pequenos estandes nos quais eram apresentados itens e soluções diversas — como, por exemplo, o Ublo, da empresa sul-coreana de mesmo nome. Esse produto funciona como uma minijanela redonda: pode ser aplicado em fechamentos de vidro e tem a função de permitir a ventilação natural.
A programação incluiu ainda os tradicionais coquetéis, nos quais os profissionais conseguiram trocar ideias de forma mais informal — em um dos jantares ocorreu o famoso brinde à moda finlandesa, com uma dose de vodca dentro de uma casca de ovo. A festa de encerramento também contou com atividades de lazer: com temática do “Velho Oeste”, teve um karaokê disponível aos participantes, banda e até mesmo uma escola de samba finlandesa!
Portanto, participar do GPD é importante para quem quer, e precisa, manter-se atualizado. Por isso, O Vidroplano conversou com os brasileiros que foram para a Europa (clique aqui) e também com Jorma Vitkala (clique aqui) a respeito da edição deste ano do evento. Se você não pôde ir, tudo bem: 2021 chega já, já!
Presença verde e amarela
O GPD tem uma área destinada a publicações internacionais vidreiras, reunindo periódicos de diversas partes do mundo. Mais uma vez, O Vidroplano foi a única revista brasileira a estar em Tampere!
Norma indica quais vidros podem ser usados em fachadas
Fachadas envidraçadas são cada vez mais presentes nas edificações em grandes centros urbanos, seja na forma de peles de vidro mais convencionais, seja em aplicações ousadas e chamativas. Nosso material permite diversas possibilidades nessa área — desde que seu uso esteja dentro das normas.
Quais tipos podem ser utilizados? A resposta está na NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações. Confira a seguir o que ela determina.
Vidros instalados ABAIXO da cota de 1,10 m em relação ao piso
Acima do pavimento térreo
– Laminados;
– Aramados;
– Insulados (composto com os listados acima).
No térreo, dividindo ambientes com desnível superior a 1,5 m
– Laminados;
– Aramados;
– Insulados (composto com os listados acima);
No pavimento térreo, com desnível menor que 1,5 m ou totalmente plano
– Laminados;
– Aramados;
– Temperados;
– Insulados (composto com os listados acima).
Vidros instalados ACIMA da cota de 1,10 m em relação ao piso
Além dos já citados nas situações anteriores (todos considerados de segurança), também podem ser aplicados vidros comuns float ou impresso, desde que estejam encaixilhados ou colados em todo o seu perímetro.
Como saber mais sobre as normas para vidros?
O Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB37), com sede na Abravidro, está à disposição para esclarecer dúvidas e fornecer as informações corretas sobre as determinações das normas técnicas para o uso do material.
– Telefone: (11) 3873-9908
– E-mail: cb37@abnt.org.br
Entidades promovem eventos no DF, MG, RJ, SC e SP
Amvid-MG, em Belo Horizonte
Janelas de correr dentro das normas
De 17 a 19 de junho, o Sinvidro-MG e a Amvid realizaram o curso “Instalação de Janelas de 2 e 4 Folhas na unidade Paulo de Tarso do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). O treinamento abordou não só a instalação propriamente dita, mas também a preparação de materiais, a análise técnica para identificação de problemas em janelas de correr de vidro temperado e esquadrias de alumínio e a manutenção nesses sistemas. Outro ponto destacado foi a necessidade de especificar os vidros e esquadrias sempre de acordo com as determinações da norma NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações.
Ascevi-SC, em Chapecó
Os benefícios do vidro na arquitetura
A edição de Chapecó do Archiglass, evento direcionado para arquitetos, engenheiros, designers, técnicos em edificações, construtoras e incorporadoras, foi organizado no dia 26 de junho pela Ascevi e pelo Sindicavidros-SC, com patrocínio das usinas vidreiras AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass e Vivix. A programação levou as palestras Vidros de alto desempenho e eficiência energética, ministrada pelo engenheiro Fernando Westphal, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e sócio-fundador da ENE Consultores; e Desempenho acústico em edificações, proferida por Edison Claro de Moraes, diretor da Atenua Som e presidente-executivo da Associação Brasileira para a Qualidade Acústica (ProAcústica). Antes do coquetel de encerramento, houve ainda o Glass Talk Show, espaço de bate-papo (aberto aos participantes) entre os dois palestrantes e Betânia Danelon, arquiteta e gerente técnica da Guardian.
Sincavidro-RJ, no Rio de Janeiro
Levando as normas aos especificadores
Também no dia 26 de junho, a coordenadora técnica da Abravidro, Vera Andrade, palestrou no evento “O Vidro na Arquitetura Moderna”, realizado na capital fluminense pelo portal Arquitetosecia e pelo Instituto do Vidro, do Sincavidro. Ela falou sobre as normas técnicas para a aplicação do vidro e também apresentou os trabalhos que a Abravidro promove para o desenvolvimento do mercado vidreiro, além de esclarecer dúvidas dos participantes sobre como baixar os materiais da campanha #TamoJuntoVidraceiro e sobre o vidro termoendurecido, cujo projeto de norma está sendo desenvolvido pelo Comitê Brasileiro de Vidros Planos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/CB-37). O ciclo de palestras também contou com apresentações de representantes do Sincavidro e das empresas AGC, dormakaba, Saint-Gobain Glass, TTR Vidros e Vivix, apoiadoras do evento juntamente com a Abravidro.
Sincomavi-SP, em São Paulo
Cálculos de folha de pagamento aprendidos na prática
O Sincomavi promoveu o curso “Cálculos de Folha de Pagamentos” no auditório de sua sede, na capital paulista, no dia 26 de junho. A aula ficou a cargo do advogado Daniel Silva Nunes, membro do corpo docente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Educação Corporativa (IBDEC). O instrutor não se restringiu a apresentar conceitos teóricos sobre o tema, mas também incentivou os alunos a fazer em sala de aula os principais cálculos previstos na folha de pagamentos, como horas extras, adicionais e descanso semanal remunerado, entre outros. Dessa forma, foi possível repassar o conhecimento com maior qualidade e tornar sua aplicação mais fácil.
Abravid-DF, em Brasília
Conhecendo a eficiência dos vidros de controle solar
No dia 5 de julho, a Abravid preparou a palestra Vidros de controle solar – Conforto e eficiência. Acompanhada por oitenta espectadores na sede do Sebrae em Brasília, a apresentação, por conta de Fernando Westphal, da UFSC e ENE Consultores, abordou o uso de certos tipos de vidro para o controle solar, como o insulado, e os benefícios que eles oferecem ao ambiente, como conforto térmico e economia de energia. O evento foi patrocinado pelas usinas vidreiras AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass e Vivix, e contou com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Comissão avança na revisão de norma de blindagem
No começo deste mês, dia 4, a sede da ABNT em São Paulo recebeu a Comissão de Estudos Especial de Sistemas de Blindagem — com participação da Abravidro — para analisar os resultados do processo de consulta nacional pelo qual passaram as duas primeiras divisões da NBR 15000 — Sistemas de blindagem (Parte 1: Terminologia e Parte 2: Classificação, requisitos e métodos de ensaio para materiais). Na reunião, foram discutidas questões importantes a respeito dos textos e questionadas durante a consulta nacional — veja a seguir as principais conclusões.
Novos termos
A análise da Parte 1 foi concluída nessa reunião. Ficou definido serem incluídos diversos outros termos, os quais complementarão as definições dos produtos blindados. Esse conteúdo é de extrema importância para a sequência dos trabalhos, como explica a analista de Normalização da Abravidro, Clélia Bassetto: “Todas as expressões utilizadas servirão de apoio para outras normas a serem elaboradas muito em breve”. Por isso mesmo, esse texto voltará para consulta nacional após reorganização das informações.
Testes de qualidade
A forma de fazer o ensaio de resistência balística esteve entre os principais assuntos debatidos. O ensaio de gradiente de temperatura para amostras de vidro, incluindo a preparação dos corpos de prova, também constou na pauta: ainda será decidido se vai considerar a variação de temperaturas (tanto para mais frio como para mais quente) nas peças ensaiadas. A conclusão dessas discussões se dará no próximo dia 1º de agosto.
Participe das discussões!
A reunião que dará continuidade aos debates iniciados em 4 de julho conta com profissionais vidreiros para definir questões relevantes ao nosso material em aplicações blindadas. Por isso, não fique de fora!
Data: 1º de agosto
Local: sede da ABNT — Rua Conselheiro Nébias, 1.131, Campos Elíseos, São Paulo, SP
Agenda repleta de atividades
O segundo semestre já começou e na Abravidro, assim como na redação de O Vidroplano, nossa equipe segue trabalhando ativamente em diversas frentes.
No final de junho, pude acompanhar a edição de 2019 do Glass Performance Days (GPD), em Tampere, na Finlândia, e as principais discussões e temas que movimentam o mercado vidreiro internacional. Alguns brasileiros estiveram por lá também, aproveitando para se atualizar, conhecer tendências e fazer contatos. A cobertura completa do evento você confere a partir da página 20. Preparamos também uma entrevista com Jorma Vitkala, o idealizador do tradicional congresso vidreiro, que este ano anunciou sua aposentadoria.
Na sequência, fui a Veneza, na Itália, para participar da 3ª edição da Convention of Glass Associations. O evento reuniu representantes de 17 entidades vidreiras de diferentes regiões do mundo. É interessante conhecer o trabalho de nossos pares em outros países, bem como ver que os desafios são os mesmos, onde quer que estejamos.
Enquanto isso, no Brasil, a agenda também esteve movimentada: definições no campo da Substituição Tributária (leia o editorial do presidente da Abravidro na página ao lado); eventos das entidades regionais que levam informação de qualidade a diferentes públicos; preparativos para o 14º Simpovidro; reuniões sobre normas técnicas e muito mais.
Para ficar por dentro de tudo isso, já sabe, né? Leia O Vidroplano e acompanhe nossos canais na Internet!
Abraço e boa leitura,
Iara Bentes
Editora de O Vidroplano
Revestimento de paredes com vidros e espelhos
A área da decoração tem sido um setor bastante atrativo para nosso mercado. Uma das principais tendências nesse sentido é a aplicação de espelhos e revestimentos de parede, conferindo ao ambiente uma estética moderna e grande facilidade na limpeza.
Vidraceiros dispostos a expandir sua área de atuação e se diferenciar da concorrência têm uma boa oportunidade com essas peças, desde que conheçam os cuidados a tomar antes, durante e após a instalação. Para ajudar nesse objetivo, O Vidroplano conversou com especialistas do setor e fabricantes de produtos decorativos.
Mercado em expansão
As usinas produtoras de vidros planos no País já vêm observando a tendência de crescimento do nosso material com essa finalidade. “O uso de espelhos está cada vez mais frequente, especialmente em apartamentos menores, como recurso para conferir a sensação de amplitude e modernidade aos espaços. O vidro pintado também é tendência, pois confere um aspecto mais minimalista, permitindo aplicações de grandes dimensões sem juntas”, observa Viviane Sequetin, gerente de Produtos para Interiores da Guardian.
Patricia Spinosa, gerente de Mercado de Decoração e Inovação da Cebrace, acrescenta: “No Brasil, o espelho deixou de ser funcional — isto é, usado apenas para ver seu reflexo —, restrito ao banheiro, e passou a ocupar também a sala e os quartos”. Segundo ela, o brasileiro gosta mais de colocar esse produto pela casa do que se observa em outros países da América do Sul.
Vidros impressos também são uma opção interessante para revestir. “Há uma crescente tendência em texturas na arquitetura e no design de interiores, o que potencializa o aumento da demanda desses itens”, explica Glaucia Lins, analista de Marketing da Saint-Gobain Glass.
Que tipo de vidro usar?
De acordo com Gabriel Batista, diretor do Grupo Setor Vidreiro, o espelho e o float pintado são os mais comuns. Mas outros tipos também podem ser considerados: “Até curvos podem ser utilizados como revestimentos”, comenta. “Já os temperados são mais usados quando revestem superfícies que atinjam altas temperaturas, em revestimentos externos e em casos nos quais as peças precisam ter furos e recortes.”
Vitor Maione, diretor-comercial da Color Vidros, lista alguns benefícios do vidro:
– Possibilidade de ser feito sob medida;
– Sem limite de cores disponíveis no mercado;
– Dispensa a aplicação de rejuntes;
– Facilidade e praticidade na limpeza;
– Economia na manutenção de pintura da parede;
– Aplicação limpa e feita sem barulho.
Onde aplicar?
Seja a parede feita de alvenaria, tijolo ou outro material, não há obstáculos para o uso de vidros e espelhos. “Atualmente, com a evolução dos adesivos e das tintas, é possível revestir qualquer substrato”, afirma Gabriel.
As limitações para os revestimentos dependem menos do tipo da superfície onde serão aplicados, e mais do estado em que se encontram: “A parede que irá receber o vidro não pode ter patologias, como infiltração ou tinta descascando”, avalia Sérgio Reino Júnior, professor do Curso de Vidraceiro do Senai. Jaqueline Fazolim, gerente de Projetos da Fazolim Vidros, acrescenta: “Buscamos sempre avaliar a qualidade da parede, concreto, massa ou sobreposição de revestimentos, pois se algo estiver muito irregular ou pontiagudo, não será possível instalar.”
Preparativos pré-instalação
A medição da superfície onde o produto será aplicado (para encaminhar as dimensões corretas para a beneficiadora) é um dos primeiros passos, bem como a análise de nível, prumo e resistência. “Além disso, é preciso fazer a limpeza do substrato e da face do vidro que será colada a ele, deixando-as secas, desengorduradas, firmes e livres de poeira”, explica Vitor, da Color Vidros. Ele ressalta que, se houver uma camada de resina ou verniz por cima do acabamento da parede, pode ser necessário lixar os pontos onde o adesivo será aplicado, para não comprometer a adesão das peças.
No caso dos espelhos, Jaqueline, da Fazolim Vidros, alerta: “Sempre verifique se há arranhões ou riscos na parte de trás, pois isso pode levar à corrosão da camada de prata deles.”
Hora de fixar
Para a instalação química, Gabriel, do Setor Vidreiro, diz que a escolha do adesivo depende do substrato em que a instalação será feita e do tipo de tratamento que o vidro recebeu. Porém, para qualquer aplicação, certifique-se de que o produto seja:
– Livre de solventes;
– Compatível para aderir tanto no substrato como no vidro ou espelho;
– Resistente mecanicamente e que tenha memória elástica suficiente para garantir a integridade das peças, considerando:
• peso e posições;
• movimentações;
• temperatura da superfície.
“O adesivo deve ser aplicado em filetes, sempre na vertical, permitindo assim o fluxo de ar de baixo para cima e evitando o acúmulo de umidade no verso da chapa”, aponta Viviane, da Guardian.
Outro cuidado, enfatiza Patricia, da Cebrace, é manter um espaço (de aproximadamente 3 mm) entre a parede e a face do vidro ou espelho voltada para ela: isso permite ventilação e impede o acúmulo de umidade, o que pode comprometer a qualidade do produto e sua fixação ao substrato.
Repetindo a experiência
Vidros coloridos com acabamento aveludado da Color Vidros foram utilizados em dezoito andares de um edifício na cidade de São Paulo. A área revestida pelo produto no espaço interno do prédio é de cerca de 1.400 m².
Reflexos em abundância
A Fazolim Vidros foi parceira da arquiteta Daniela Momoi no projeto de um apartamento na cidade de São Paulo: a obra contou com a aplicação de grandes painéis de espelhos e vidros laqueados como revestimento de paredes nas áreas da cozinha e do bar. As peças fazem parte da linha Vivânce, da Cebrace.
Algumas opções do mercado
Vidro Laqueado
Fabricante: Cebrace
Diferenciais:
– de fácil instalação (mesma forma e cuidados aplicados ao espelho);
– dimensão maior que um revestimento tradicional, permitindo personalização na paginação (maiores formatos);
– de fácil limpeza, feita apenas com um pano macio, água e sabão neutro;
– disponível nas cores branca, extrabranca, preta e vermelha.
Vidros Refletivos
Fabricante: Cebrace
Diferenciais:
– aspecto espelhado se comporta conforme a iluminação, permitindo diferentes resultados;
– adapta-se ao ambiente e transmite brilho sem roubar a cena;
– pode ser temperado, serigrafado ou curvado.
DecoCristal
Fabricante: Guardian
Diferenciais:
– vidro laqueado com acabamento envernizado e brilho intenso;
– permite aplicações sem juntas, deixando o ambiente mais minimalista;
– pode ser cortado, lapidado, bisotado e perfurado;
– disponível nas cores branca e preta.
Espelho Guardian Evolution
Fabricante: Guardian
Diferenciais:
– conta com uma camada protetora especial aplicada em seu verso, que protege a prata;
– alto nível de resistência química e física, com durabilidade elevada contra o surgimento de manchas, oxidação e riscos;
– ecologicamente correto, livre de metais pesados;
– disponível nas cores prata, bronze, fumê e acetinada.
SGG Master-Soft
Fabricante: Saint-Gobain Glass
Diferenciais:
– design exclusivo, agregando elegância e sofisticação ao projeto;
– pode ser pintado, aumentando a gama de opções para personalização no uso;
– pode ser temperado, aumentando sua resistência e a segurança no processo de instalação;
– fácil manutenção e limpeza, dispensando o uso de produtos especiais.
O que dizem as normas?
Embora não haja uma norma específica para esse tipo de aplicação, Glaucia, da Saint-Gobain Glass, explica que as orientações da NBR 15198 — Espelhos de prata – Beneficiamento e instalação também podem ser usadas para embasar a instalação do vidro como revestimento. As principais determinações referentes à fixação do produto encontram-se presentes ao longo desta reportagem.Sérgio, do Senai, ressalta que também é importante conhecer a NBR 7199 — Projeto, execução e aplicação do vidro na construção civil, que traz informações para garantir a qualidade e a segurança no trabalho com nosso material.
Uma vitória a celebrar
A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz/SP) publicou, na última semana de junho, portaria com as novas Margens de Valor Agregado (MVAs) da Substituição Tributária (ST) para materiais de construção, incluídos aí os diferentes tipos de vidro. Os índices publicados para os vidros processados — em especial temperado e laminado — foram uma grande vitória para o nosso setor e resultam do empenho da Abravidro, que somou forças com Sinbevidros-SP e Abividro na defesa dos interesses do mercado vidreiro na condução da questão junto à Sefaz/SP. As MVAs de 36% para o temperado e laminado são mais baixas que os 75% vigentes desde fevereiro e menores também que os 45% vigentes de 2014 a janeiro deste ano.
Mas o assunto ST não se encerra aqui. Ainda estão em nossa pauta uma tentativa de anistia que possa regularizar a situação do período entre julho de 2018 e janeiro de 2019 e também a intenção de buscar a remoção dos produtos da cadeia do vidro plano da ST, num movimento que pode ser coordenado entre os diversos Estados interessados.
Se na agenda com o poder público temos o que celebrar, a situação do mercado vidreiro segue em estado de atenção. A sobreoferta de matéria-prima continua trazendo desequilíbrio, o que, aliado à guerra de preços e à informalidade crescente, preocupa a todos nós. Os valores do float, assim como dos processados, vêm caindo em índices preocupantes, por não serem sustentáveis. No Panorama Abravidro 2019, víamos a primeira inversão de tendência quando o preço médio do vidro temperado em 2018 recuperou parte das perdas recentes. Infelizmente, a sensação é de que hoje estejamos novamente no movimento de queda.
E é diante desse cenário que mais uma vez aproveito este espaço para pedir responsabilidade a todos os atores da cadeia vidreira. Se queremos um setor fortalecido, não podemos cair na tentação da informalidade, das vendas sem nota, da guerra de preços e da irresponsabilidade. Isso pode parecer uma solução no momento, mas se revelará um remédio amargo no futuro.
José Domingos Seixas, presidente da Abravidro
Por que participar do GPD? Brasileiros explicam
O Vidroplano conversou com alguns brasileiros e profissionais do setor, que estiveram em Tampere para o congresso. Qual a relevância do conteúdo do evento?
“A edição 2019 do GPD foi muito boa para mim. Como sempre, foi possível aprender e me atualizar sobre diferentes temas ligados ao nosso setor. Essa foi a quarta vez que participo do congresso na Finlândia. Considero o GPD um evento de grande importância para todo o mercado vidreiro de forma geral, pois nele estão sempre presentes os principais especialistas mundiais. E, além disso, podemos discutir com eles os mais diversos assuntos de forma bem transparente.”
Franklin Marques (Brazilglass)
“A cada ano, o GPD vem se renovando, evoluindo e agregando inovação tanto ao vidro quanto ao seu formato enquanto evento. Desta vez, o conceito de integrar startups se consolidou. E, hoje, com a revolução 4.0, temos mais inteligência para gerenciar a paixão de sempre pelo nosso material. Vale uma homenagem ao caríssimo Jorma Vitkala, homem de grande visão que, 27 anos atrás, já previa que o maior desafio não seria a tecnologia em si, mas sim como transmitir o conhecimento para as próximas gerações. Isso é fundamental, pois mesmo com ensino à distância e melhores inteligências, somos e continuaremos humanos. Acredito que, para ter competitividade em um momento de “vacas magras”, a melhor maneira seja estudar, se preparar e ter parceiros. Espero que o GPD possa trazer para nossos clientes não só novas ideias, mas também formas de concretizá-las.”
Moreno Magon (Glaston)
“Esse foi meu terceiro GPD. O evento é sempre uma oportunidade de contato com grandes profissionais do segmento, com aquilo de mais atualizado em tecnologia de transformação, projetos e tendências. Na edição deste ano, procurei assistir às palestras sobre gerenciamento da qualidade, com assuntos como anisotropia e monitoramento de cor, automação industrial em linhas de têmpera e laminação, engenharia de fachadas e aplicações de vidros estruturais. Uma das palestras de tecnologia de coatings abordou sobre a colisões de pássaros em fachadas e soluções usando revestimentos especiais ou serigrafia a fim de prevenir e reduzir esses incidentes. É sempre uma ótima oportunidade se atualizar com o que existe de melhor em tecnologia e engenharia no mundo do vidro.”
Daniel Scarpato (Glassec Viracon)
“Esse foi o 8º GPD de que participo. É um evento que abrange o desenvolvimento vidreiro no “estado da arte”, realizado principalmente em universidades e centros tecnológicos. A edição deste ano teve várias palestras dedicadas à aplicação de vidros ultrafinos na arquitetura, tendência cada vez maior. Outra questão interessante foi a atenção voltada para as startups. Essas empresas possuem como mentores profissionais do vidro que já se aposentaram e começam a transferir seus ensinamentos para os jovens. Destaco ainda os estudos de casos sobre obras, com os quais você aprende como foram solucionadas questões técnicas desafiadoras. Por fim, recomendo o GPD àqueles que realmente tenham esse interesse maior de aprofundamento de seu conhecimento.”
Raimundo Calixto (RCM Estruturas Metálicas)
O Vidroplano entrevista organizador do GPD
Você trabalhou por quase três décadas na organização do GPD. Agora, após aposentar-se, já refletiu sobre o legado que deixa para o setor?
Jorma Vitkala — Espero que eu tenha sido capaz de construir um legado de melhor colaboração entre toda a cadeia da indústria, de um melhor entendimento dos desafios e expectativas de cada um. Outro de meus principais objetivos era gerar informação digna de confiança e torná-la disponível para todos.
O aspecto mais importante, no entanto, foi permitir o networking entre vários grupos diferentes do mercado, dar nomes aos rostos de cada um, abrindo espaço para a construção de melhores relações. A colaboração entre vários eventos ajudou a expandir o conhecimento da cadeia, especialmente quando se fala em melhorar a eficiência energética, sustentabilidade e reciclagem.
Quando você começou a trabalhar com vidro, chegou a imaginar o atual cenário tecnológico vidreiro?
Vitkala — Nos últimos 27 anos, um desenvolvimento incrível deu-se nos produtos da indústria, principalmente nos com coating, a maioria com a qual nem sonhávamos naquela época. Um exemplo disso é a rápida expansão dos vidros low-e depois de 1995, quando as novas regulações de economia de energia na Alemanha entraram em vigor, o que, na prática, forçou todos a usarem vidros com baixa emissividade. Mais tarde, esse desenvolvimento continuou com os low-e de controle solar. Recentemente, o “vidro inteligente” tornou-se o foco dos trabalhos de pesquisa. Vidros finos estão chegando à arquitetura, design de interiores e automóveis. E isso também vai aumentar as aplicações desses produtos.
E quais serão os desafios para o futuro do setor e também do GPD?
Vitkala — A indústria vidreira está atenta ao fato de que o mundo enfrenta diversas mudanças profundas, de questões ambientais e climáticas ao uso de tecnologia em cidades, edifícios, fábricas e materiais, assim como a globalização e fatores culturais. Essas mudanças vão, inevitavelmente, alterar a forma como a sociedade opera. Novas estruturas urbanas não deixarão a indústria descansar.
Por isso, inovações tecnológicas emergirão em combinações e formas surpreendentes. Novos conceitos em sensores e eletrônicos serão integrados ao vidro. Fachadas com desempenho ativo, voltadas para mídia ou com aplicações sensíveis ao toque, vão aparecer. Os produtos serão mais multifacetados e a fabricação vai requerer uma integração mais profunda e vasta, com soluções oriundas de vários fornecedores.
Essas coisas precisam de adaptações até mesmo na programação do GPD e na forma de o congresso evoluir para atingir as necessidades desses desafios. E foi assim que o GPD mudou ao longo dos anos. Mas agora as coisas acontecem mais rápido, e todas as mudanças precisam de compartilhamento de conhecimento. O evento também terá um importante papel no futuro ao coletar essa informação e ser o fornecedor de conteúdo confiável. O GPD tem o papel-chave de inspirar os players dentro e fora de nosso mercado com novas tecnologias. Isso é o que o GPD será no futuro também.
Qual o significado do congresso para o mercado mundial atualmente?
Vitkala — O GPD é uma das mais admiradas conferências vidreiras do planeta. Mostra algumas das mais avançadas pesquisas e conceitos. Também tem sido o espaço em que inovações são reveladas ao público, como é o caso do Step Change, em que startups apresentam suas ideias ao mundo. Isso faz com que a indústria se desenvolva mais rápido.
No futuro, muitas inovações virão de fora de nosso setor. Isso, no entanto, exigirá uma cooperação muito maior e mais diversa em relação ao que estamos acostumados. Por exemplo, pegue a indústria de telefonia móvel como um bom modelo a ser seguido, pois desenvolvimento de produtos e produção são realizados por diferentes atores. Para manter essa dinâmica, os profissionais vão ter de trabalhar com vários tipos de organização. Licenciamento e troca de patentes também serão necessários. Esse é o único jeito de sermos capazes de garantir a vantagem competitiva do vidro em relação ao uso de outros materiais.
A troca de experiências entre participantes tem se transformado em uma das principais qualidades do GPD, principalmente nas últimas edições do congresso. Por quê?
Vitkala — O networking é a filosofia do GPD. O conhecimento só cresce quando compartilhado. E isso demanda contatos pessoais. Eu vivi tremendas mudanças no setor ao longo dos anos. Novos produtos que ninguém poderia fazer sozinho, ou dentro apenas de seu campo de pesquisa, foram criados. Isso tudo necessita de novas formas de pensar e de colaborações inéditas. Trocas de e-mail não suportam esse tipo de avanço.
Como foi a edição 2019 do congresso para você?
Vitkala — Este ano, o GPD foi um dos melhores de todos os tempos. Eu, sinceramente, gostaria de agradecer a toda a equipe, assim como aos palestrantes, patrocinadores e ao comitê de programação.
Quais seus planos agora que está aposentado do evento?
Vitkala — Continuarei por algum tempo como consultor-sênior do GPD. A princípio, pretendo trabalhar somente oito horas por dia e sair em férias sem ler e-mails (risos).
Um dos meus papéis mais importantes será o de fazer a rede de contatos do GPD manter-se e ajudar diferentes profissionais a encontrar parceiros. Atualmente, faço parte da diretoria de uma empresa. Planejo continuar com esse trabalho e fortalecer esse papel de ajudar os outros por meio de meus contatos.
Também estou ansioso por ter mais tempo para meus hobbies: jardinagem, cozinhar, fazer exercícios físicos e caminhada nórdica, um tipo de caminhada que utiliza dois bastões, parecidos com os do esqui.
Sinto que o mais importante é seguir em frente devagar. Parar todo o trabalho de forma rápida e brusca não é uma opção muito saudável.
Edificação em Nova York aposta na segurança do vidro
No gigantesco e recém-inaugurado empreendimento comercial Hudson Yards, em Nova York, uma embarcação (ou seria uma colmeia?; quem sabe, uma nave espacial?) feita de vidro e aço se ergue em meio aos arranha-céus: chamada The Vessel, a obra permite visões privilegiadas de Manhattan, rio Hudson e Nova Jersey (cidade que fica na outra margem do rio). Sem nosso material, no entanto, ela não poderia existir — saiba por que nas páginas a seguir!
Colmeia de pessoas
Apesar da grandiosidade do projeto em que está inserido, o destaque fica com a The Vessel, um tipo diferente de monumento público: ao invés de apenas apreciar a beleza de longe, o visitante pode andar por ele, subindo e descendo seus 45 m de altura pelos 154 lances de escadas interconectadas ao longo de 16 pavimentos. No total, são quase 2.500 degraus para passear.
Desenvolvida pelo Heatherwick Studio, a estrutura é o coração do projeto. Além de estar exatamente no centro do espaço, chama a atenção de longe, mesmo com os prédios enormes em volta dela — traz formas e cores inusitadas para a tradicional visão de uma cidade grande. Entre as inspirações para esse conceito, estão as escadarias da Piazza di Spagna, de Roma (Itália), e também os tradicionais poços indianos.
Segurança aliada à beleza
Os arquitetos responsáveis tinham a intenção de criar uma obra única, não uma série delas espalhadas pela área. O objetivo era permitir encontros entre as pessoas, encorajando a interação e, principalmente, que gerasse diversão aos visitantes. No entanto, diversão sem segurança não vale nada.
Por isso, todas as escadas possuem guarda-corpos envidraçados, montados com ferragens de aço. Nosso material está ali para evitar acidentes. Muitos turistas, ao tentar tirar as melhores fotos possíveis, podem se apoiar nessas estruturas — o vidro garante a resistência necessária. Além disso, também não interfere no aspecto visual da construção, tanto para quem está nela, aproveitando a vista, como para quem está de fora. Portanto, é possível afirmar: sem vidro, a Vessel não seria tão impressionante.
Novo West Side
A renovação de uma área do bairro West Side, formada por docas e antigas fábricas, ganhou forte apelo em 2009 com a inauguração do High Line, parque arborizado em cima de um trilho de trem suspenso que estava desativado. Dez anos depois, o Hudson Yards chega para mudar de vez a cara da região.
O complexo se assemelha bastante ao estilo multiuso do Rockfeller Center, localizado mais ao centro de Manhattan. Em mais de 110 mil m² de área, conta com apartamentos residenciais luxuosos, shopping center com mais de cem lojas, restaurantes, centro cultural (The Shed, que também leva vidro na fachada), praças, jardins e hotel cinco estrelas. Pra construir esse monte de coisas, teve muito dinheiro envolvido: cerca de US$ 25 bilhões, o que o transforma num dos mais caros (se não o mais caro) empreendimentos comerciais da história dos Estados Unidos.
Vídeo: CBS Sunday Morning
Autor do projeto: escritório de arquitetura Heatherwick Studio
Local: Nova York, Estados Unidos
Conclusão: março de 2019
Linha de financiamento do BNDES contempla Indústria 4.0
Desde o dia 17 de junho, a linha de financiamento “BNDES Finame – BK Aquisição e Comercialização”, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), passou a contemplar também soluções para a Indústria 4.0, incluindo máquinas e equipamentos que contenham as tecnologias associadas às categorias “Soluções de Manufatura Avançada” e “Serviços para Internet das Coisas (IoT)”. A participação da linha na aquisição desses produtos pode ser de até 100%, e a taxa cobrada é de 1,05% ao ano. Mais informações podem ser conferidas no site do banco.