De vidraçaria a processadora certificada!

Com suas atividades iniciadas em 2005, a paraense Noroeste Vidros iniciou seu caminho no setor como vidraçaria. Em 2012, instalou seu primeiro forno vertical para têmpera e, dois anos depois, um forno horizontal. O ápice dessa escalada de investimentos e busca por produtos mais seguros aconteceu quando recebeu a certificação para temperados concedida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Instituto Falcão
Bauer da Qualidade (IFBQ).

Confiança do mercado
noroeste“A certificação marcou uma nova etapa de crescimento para nossa empresa”, comenta o diretor-geral Aparecido Ronaldo da Silva. Segundo ele, a Noroeste precisava dar um passo definitivo para conquistar novos clientes. “Chegamos a um estágio de crescimento no qual se tornou necessário buscar atestados que fossem além da opinião e da aprovação do mercado consumidor local.”

O processo de adequação da produção durou cerca de quatro meses. “Na verdade, estávamos quase prontos. Faltava adequar elementos da formalização e documentação de processos e registros”, explica Aparecido Ronaldo. “Sem a ajuda da Abravidro [que ofereceu a consultoria de certificação para a Noroeste por meio do consultor Edweiss Silva], com certeza teríamos tido muita dificuldade”, relata o diretor-geral. No fim, o selo foi garantido para as espessuras de 6, 8 e 10 mm.

Frutos colhidos
Para Aparecido Ronaldo, “a certificação, aliada a outras medidas que adotamos, auxiliou a empresa a atravessar a crise que se abateu sobre nosso setor em 2016”. Por isso, a busca pela melhoria da produção não para: a processadora planeja iniciar o processo para a ISO 9001 em 2018 e 2019.

Fale com eles!
Abravidro
IFBQ
Inmetro
Noroeste Vidros

Além das aplicações óbvias

A Expo Revestir, considerada uma das mostras mais importantes de revestimentos e acabamentos para o setor de arquitetura e construção, completou quinze anos em 2017. E a comemoração foi em grande estilo: realizada de 7 a 10 de março, no Transamerica Expo Center, em São Paulo, a feira recebeu público recorde, com mais de 68 mil visitantes.

Este ano, a Expo Revestir contou com cerca de 240 expositores nacionais e internacionais, distribuídos entre os 40 mil m² do centro de convenções. Embora a presença do nosso material tenha sido tímida, presente em poucas empresas, as soluções apresentadas mostraram sua versatilidade.

Além disso, duas usinas vidreiras participaram do evento: a Cebrace teve estande próprio para o lançamento nacional da linha de vidros decorativos Vivânce, enquanto a Guardian forneceu os vidros para o espaço da revista Casa Vogue. Outras empresas também mostraram novidades diversas, de portas e janelas a piscinas. Confira os principais lançamentos!

Vidro em soluções acústicas e inteligentes
vp_revestir-atenuasomO destaque da Atenua Som foi o novo modelo da janela Smart Window (foto). Além de poder ser aberta e fechada por meio de um aplicativo para dispositivos móveis, como celulares, ela conta com um sensor capaz de detectar chuva ou vazamento de gás. O estande também mostrou uma cabina acústica de vidro para demonstrar a capacidade de isolamento do som em um sistema bem-projetado. Mais informações: atenuasom.com.br

 

Vidros decorativos para todo o País
vp_revestir-cebrace1Para anunciar o lançamento da linha Vivânce de vidros decorativos em todo o território nacional, a Cebrace não economizou: mesmo sem entrar no estande, os visitantes da Expo Revestir já se deparavam com inúmeras peças de espelho cinza e vidro pintado preto revestindo toda a sua estrutura externa (foto à esq.), remetendo a uma forma de diamante graças à lapidação e instalação cuidadosamente calculadas. Dentro, vários outros produtos da linha podiam ser vistos, tanto em amostras (como o espelho extra clear Diamant) como já aplicados — caso do vidro extra clear Diamant, agora disponível na espessura de 12 mm e usado para construir as poltronas do local (foto à dir.). Mais informações: www.cebrace.com.brwww.vidrosvivance.com.br

Estande de vidro
vp_revestir-cinexO vidro estava por todos os lados no estande da Cinex — literalmente! Uma porta de vidro gigante estava na entrada do espaço: a Ampezzo Sopra Luce (foto), tinha insulado formado por temperado 6 mm + câmara de 15 mm + temperado 6 mm. Suas quatro folhas tinham nada menos que 3,4 m de altura (e sem guia no piso), chamando a atenção de todos que passavam por ali. Nosso material também cobria as paredes, mostrando a variedade de opções da empresa para revestimentos (com destaque para a Stampa Carrara, com aspecto visual de mármore), trazendo peças coloridas, estampadas ou acidadas. Mais informações: www.grupocinex.com.br

 

Piscina transparente
vp_revestir-t2gA Cristal Pool mostrou conceitos de design inovadores para piscinas, incluindo a Aquavision (foto), estrutura feita com vidros multilaminados. A robustez da especificação tem explicação: nosso material é capaz de resistir a altas pressões d’água e à movimentação de pessoas dentro da estrutura. O vidro foi fornecido pela T2G Technical Glass Group. Mais informações: www.cristalpool.com.br

 

Sofisticação envidraçada
vp_revestir-guardian1A Guardian marcou presença no espaço Rooftop Casa Vogue, da revista de decoração, design e arquitetura Casa Vogue. Logo na entrada do local, o logo do ambiente era emoldurado em uma estrutura composta por peças de Reflect Guardian (foto à esq.), vidro refletivo de alto desempenho usado também no biombo na área do banheiro. Nela, por sinal, podiam ser vistas duas grandes peças de Espelho Guardian (foto à dir.), cada uma com 0,92 x 1,86 m, acima das pias. Mais informações: casavogue.globo.com e www.guardianbrasil.com.br

 

Proteção garantida para o vidro
vp_revestir-promaflexA Promaflex, fabricante de filmes plásticos de proteção, levou ao evento o filme PROvidro (foto), feito com resinas, que conta com tratamento ultravioleta e excelente adesão ao vidro mesmo sem ter adesivo aplicado a ele — o que facilita sua remoção. Outro produto da empresa para o nosso setor é o PROcaixilho, para a proteção de perfis. Mais informações: www.promaflex.com.br

 

Portas para vidros gigantes
vp_revestir-weiku linha Max Slider (foto) de portas de correr de grandes dimensões, chamava atenção logo na entrada do estande da Weiku do Brasil. O modelo instalado no local contava com vidros de 3 x 4,3 m. A empresa também exibiu o Weiku Dynamic Glass, laminado com camada de cristal líquido, que permite a alternância entre os estados translúcido e transparente por meio de eletricidade. Mais informações: www.weiku.com.br

Fale com eles!
Expo Revestir

 

Qualificação e diferenciação

Ao celebrar o 1º aniversário da Rede Credenciada Alclean, sua gestora aproveitou para analisar a situação do mercado vidreiro, apresentar seus novos produtos e próximos passos e promover o 1º encontro oficial da rede. Realizado nos dias 30 e 31 de março, em Garça, a 405 km da capital paulista, o encontro teve lugar nas instalações da PPA, fabricante de portas automáticas que desenvolveu a tecnologia para a linha Portas Automáticas Alclean, e incluiu visita à sua fábrica. Os produtos foram lançados em março e são vendidos exclusivamente pela rede credenciada — a Alclean oferece treinamento aos associados da rede para instalar cada modelo de porta automática da linha e identificar aquele que melhor atende as necessidades de seu cliente. Mais de cem participantes puderam conferir a produção de cada componente do sistema. Hospitaleira, a PPA também organizou com a Alclean os dois almoços e o jantar para os visitantes.

Diferenciais de mercado
Mas a visita à fábrica e os momentos de descontração foram apenas parte do evento: sua programação contou ainda com uma série de palestras nos dois dias. O primeiro foi dedicado aos produtos das empresas parceiras da rede, como a Adere, Cebrace, Esquadgroup, Sansite e Sika, O segundo dia discutiu o cenário atual e as perspectivas para o mercado vidreiro nacional. O jornalista e escritor Luciano Pires, palestrante e mestre de cerimônias das duas últimas edições do Simpovidro, encontro organizado a cada dois anos pela Abravidro, falou sobre o tema, destacando pontos que devem ser desenvolvidos por qualquer empresa que queira ser bem-sucedida no mercado.
A qualificação dos vidraceiros também foi enfatizada como essencial para nosso setor. Gabriel Batista, do Grupo Setor Vidreiro, e Cláudio Luís Acedo, presidente da Associação Nacional de Vidraçarias (Anavidro).

Ao final do evento, foi anunciada a data do 2º encontro da rede: 8 de maio de 2018, um dia antes do início da próxima edição da Glass South America.

Fale com eles!
Alclean

Na ponta final

O mês de março foi marcado por diversas iniciativas. Realizadas em São Paulo, todas buscaram aproximar aqueles que atendem da ponta final de nosso mercado aos demais integrantes de nossa cadeia produtiva. Confira os detalhes a seguir.

Força-tarefa com a Abravidro
reunião_abaixo-assinadoNo dia 14, a convite de Alexandre Pestana, presidente da Abravidro, um grupo de vidraceiros foi à sede da entidade na capital paulista para falar pessoalmente sobre as demandas da classe. A ideia do encontro surgiu a partir de um abaixo-assinado online criado no começo do ano por Cirilo Paes e direcionado à Abravidro e ao grupo Setor Vidreiro.

Estiveram presentes o próprio Cirilo Paes (Glasspeças), Gabriel Batista (Setor Vidreiro), Thiago Boa Sorte (CBS Vidros), Daniel Estrela de Oliveira (Vidraçaria Global) e Carlos Eduardo Aníbal Franco (Vidrodox), além de representantes da Abravidro — José Domingos Seixas, Celina Araújo e Silvio Carvalho.

Na oportunidade foram avaliadas ações possíveis para cada uma das reivindicações do abaixo-assinado. Entre elas, a criação de um manual de boas práticas destinado às indústrias processadoras e também de um guia de orientação para a especificação de vidros conforme as normas técnicas. Todas as sugestões serão submetidas à aprovação pela Assembleia-geral da Abravidro.

‘Norma dos vidraceiros’
reunião_normaDurante dois dias (21 e 22), a Comissão de Estudo de Qualificação Profissional do Vidraceiro, que está desenvolvendo a “norma do vidraceiro”, documento que vai definir as competências desses profissionais, reuniu-se na Escola Senai Orlando Lavieiro Ferraiuolo. Foram debatidas as unidades e elementos dessas competências, bem como os padrões de desempenho para a profissão — como, por exemplo, a capacidade de identificar a necessidade de manutenção nas instalações e de realizá-las. O Senai contribuiu na reunião com sua experiência no processo de elaboração de perfil profissional, agregando sua técnica para a evolução do trabalho. Clélia Bassetto e Vera Andrade — respectivamente, analista de Normalização e coordenadora-técnica da Abravidro — integraram o grupo e contribuíram com suas informações e experiência.

Debate com os demais elos
fórum_anavidroNo dia 29, foi a vez de o 1º Fórum de União dos Vidraceiros, organizado pela Associação Nacional das Vidraçarias(Anavidro), atrair vários integrantes da cadeia vidreira. Sob a liderança do presidente da entidade, Cláudio Luís Acedo, o fórum teve como objetivo discutir a fiscalização de obras com vidro e o padrão de qualidade dos produtos e serviços oferecidos por todos os elos da cadeia.

Celina Araújo, superintendente da Abravidro, e Silvio Carvalho, gerente técnico, fizeram parte da mesa de discussão. Como um dos principais resultados do evento, a Anavidro irá concentrar as reclamações de vidraceiros quando estes receberem produtos fora das especificações das normas, levando à troca pelo fornecedor. A entidade também orientou que, com o objetivo de defender os bons profissionais, as instalações em desacordo com as normas da ABNT podem ser denunciadas ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e aos conselhos de Arquitetura e Urbanismo (CAU) regionais. “Queremos subir o nível, um degrau de cada vez. E o fórum foi o primeiro degrau”, comentou Acedo no site da Anavidro.

Fale com eles!
Abravidro
Anavidro
Setor Vidreiro

GlassecViracon cria ação de qualificação profissional em Nazaré Paulista

Em fevereiro e março, a GlassecViracon organizou uma ação social voltada para os moradores de Nazaré Paulista (SP), cidade em que está localizada sua planta. A iniciativa teve como objetivo qualificar profissionais nas áreas de planejamento e controle de produção, segurança no trabalho, logística e qualidade, entre outras. As aulas foram ministradas por instrutores voluntários da empresa. “A ideia surgiu a partir da carência da região em formar pessoas, principalmente em assuntos voltados ao mundo organizacional”, explica Wagner Martin, gerente de Recursos Humanos da processadora.

Mais informações: www.glassecviracon.com.br

Guardian ampliará capacidade produtiva de planta de Porto Real

A Guardian anunciou em março seu projeto para trocar o forno e expandir a produção de vidro em sua unidade de Porto Real (RJ). Com isso, espera-se aumentar a capacidade de produção da planta e melhorar produtos e serviços para apoiar seus clientes. “Esse investimento expandirá a capacidade da Guardian de atender clientes no Brasil e em países vizinhos com vidro de alta qualidade”, afirma Rick Zoulek, vice-presidente da Guardian para a América. Ricardo Knecht, recentemente anunciado como novo gerente-geral da Guardian para a América do Sul, acrescenta: “O projeto demonstra a nossa confiança no País e está alinhado à nossa estratégia de crescimento a longo prazo”.

Desde 2010, a fábrica da Guardian em Porto Real conta com o Magnetron Sputter Coater, avançado sistema que permite a produção de vidros de alto desempenho, como as linhas de controle solar Guardian Residence (para projetos residenciais) e Guardian SunGuard (para grandes obras). A unidade também presta serviços de consultoria a clientes e fabricantes em todo o Brasil.

Mais informações: www.guardianbrasil.com.br

Normas técnicas são temas de palestras da Abravidro em SP e MG

Março foi mais um mês no qual a Abravidro levou informações técnicas para o setor. Clélia Bassetto, sua analista de Normalização, participou, no dia 11, da docência do Curso de Vidraceiro da Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo, em São Paulo. O programa De Olho no Boxe (www.deolhonoboxe.com.br), voltado para a manutenção dos boxes de banheiro, foi abordado, assim como as normas de produto (laminados e temperados).

No dia 14, Vera Andrade, coordenadora-técnica da entidade, foi a Belo Horizonte falar sobre o tema Normas técnicas para a aplicação de vidros na construção civil. A apresentação fez parte do projeto Papo Técnico, do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) — vale lembrar que o evento contou com parceria da Associação Mineira do Comércio Atacadista, Varejista e dos Beneficiadores do Vidro (Amvid).

vp_abravidro2Clélia também palestrou, no dia 27, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Os alunos de duas turmas de Especialização em Construção Civil, Excelência Construtiva e Anomalias aprenderam sobre a NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações e as diversas utilidades de nosso material.

Mais informações: www.abravidro.org.br, www.amvid.org.br e www.sinduscon-mg.org.br

Centro de pesquisa do Grupo Saint-Gobain recebe certificação Leed Gold

Inaugurado no ano passado, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Saint-Gobain foi certificado recentemente pelo U.S. Green Building Council na categoria Leed Gold. A chancela é uma das mais importantes na área da sustentabilidade na construção civil. Localizado em Capivari, interior de São Paulo, o espaço foi construído com produtos de alto desempenho. O vidro se destaca: lá pode ser encontrado o SageGlass. O material tem a transparência alterada por meio de comandos eletrônicos e está instalado em uma fachada, assim como insulados de controle solar.

Vencedores do Prêmio Saint-Gobain Arquitetura prezam pela sustentabilidade

Também no mês de março, foram conhecidos os vencedores do Prêmio Saint-Gobain Arquitetura — Habitat Sustentável. Em sua 4ª edição, a iniciativa reconhece projetos de arquitetos e estudantes de arquitetura focados no conforto, bem-estar e sustentabilidade. Nosso material constava em diversas obras, incluindo a Casa da Sustentabilidade (em Campinas, SP), eleita Melhor Projeto da Edição. A peça, idealizada pelo escritório Hiperstudio Arquitetura, tem como característica a transparência de suas paredes envidraçadas.

Vidreiros expõem em feiras de outros setores

Mostras nacionais e internacionais de setores variados receberam empresas ligadas ao vidro. Na Feira Internacional do Plástico (Feiplastic), realizada em São Paulo no início de abril, a Eastman (foto 1), fabricante de películas para vidros, mostrou matérias-primas como plastificantes (utilizados em polímeros para melhorar flexibilidade e durabilidade) e TPU’s (polímero semelhante ao silicone). Quem também esteve nesse evento foi a Kuraray (foto 2), juntamente com sua marca Trosifol de películas de PVB e a linha de borrachas termoplásticas usadas em produtos diversos (de canetas a calçados). A Kuraray esteve ainda na Euroshop, mostra alemã sobre comércio de varejo que ocorreu em Düsseldorf no início de março. Por lá, um estande da Schott Flat Glass (foto 3) teve como destaque o Termofrost, sistema automático de portas de vidro para refrigeradores.

Mais informações: www.br.eastman.com, www.kuraray.com e www.schott.com

Espelhos da AGC são usados em reforma do Masp

Este ano, a AGC participou do projeto de revitalização do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), na capital paulista. Para essas obras, realizadas de janeiro a março deste ano, a usina vidreira doou cerca de 2,2 t de espelho Mirox Premium incolor 6 mm — o material foi usado na reforma dos banheiros e vestiários do museu. O espelho apresenta alta resistência a manchas, corrosão e produtos de limpeza ao longo do tempo.

Mais informações: www.agcbrasil.com

SGG anuncia novo coordenador de ‘Marketing’

No fim de março, a Saint-Gobain Glass anunciou Gabriel Zanatta como seu novo coordenador de Marketing. Formado na área de gestão de negócios, o profissional atua no Grupo Saint-Gobain há seis anos, cinco deles dedicados ao setor de vidros. Experiente em assuntos da indústria vidreira, Zanatta chegou a participar de grupos de estudo de normas técnicas, além de já ter trabalhado na especificação de fachadas de vidro junto a arquitetos e construtoras.
Mais informações: www.saint-gobain.com.br

Conhecimentos que fazem toda a diferença

Cursos e palestras com os mais diversos temas foram realizados ao longo de março em quatro Estados do País. Em comum, a apresentação de informações que fazem toda a diferença para profissionais do nosso setor, seja na redução de custos, seja na qualificação de pessoal ou no planejamento de seus negócios. Veja a seguir quais foram
essas atividades!

Adivipar-PR, em Guarapuava
Vidraceiros paranaenses recebem primeira capacitação do ano
vp_adivipar-prNo dia 17 de março, a Adivipar realizou seu primeiro Treinamento para Vidraceiros do ano. O local escolhido para o evento, que teve cerca de 140 participantes, foi a Churrascaria Dom Nunes, em Guarapuava (PR). As usinas vidreiras AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix patrocinaram o treinamento e realizaram palestras. O apoio ficou por conta das empresas Lopes Máquinas e Metalkit. O evento também contou com a participação do administrador de empresas e consultor empresarial Júlio Reis. Professor em cursos de pós-graduação na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas (Isae/FGV) e ESIC Business & Marketing School, ele fez duas apresentações no evento com foco em gestão e novas estratégias de negócios.

Sindividros-RS, em Porto Alegre
vp_sindividros-rsInstalação de sacada é ensinada com transmissão ao vivo
O primeiro treinamento do ano do projeto Qualividros — Qualificar para Transformar foi realizado no dia 25 de março. A aula, sobre sacada europeia, reuniu dezessete participantes e também contou com transmissão ao vivo do treinamento. O evento foi patrocinado pelas usinas vidreiras AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, UBV e Vivix — todas também forneceram materiais institucionais, enquanto a Guardian sorteou amostras de seus vidros.

Amvid-MG, em Belo Horizonte
Normas técnicas para vidro em foco
A primeira turma do curso Normas Técnicas – Sistemas com uso de Vidro Plano na Construção Civil e Arquitetura foi realizada de 27 a 31 de março pela Amvid — juntamente com o Sindicato das Indústrias de Beneficiamento e Transformação de Vidros e Cristais Planos do Estado de Minas Gerais (Sinvidro-MG) e Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista de Cristais Planos do Estado de Minas Gerais (Vidrosind-MG) — na Escola Senai Paulo de Tarso. O treinamento, apoiado pela Abravidro e patrocinado pela AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, UBV e Vivix, teve como foco normas para a aplicação do vidro, como a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicação. Também em março, a Amvid concluiu a primeira turma do ano no curso de Medição e Instalação de Vidros Temperados – Nível II : Guarda-corpos e Envidraçamento de Sacada.

Abravid-DF, em Brasília
Sem intermediários na negociação da energia
vp_abravid-dfA última semana do mês levou um evento para a capital do País: o Encontro sobre o Mercado Livre de Energia foi realizado no dia 30 de março pela Abravid e pela Ecom Energia, empresa especializada no comércio direto de energia entre gerador e consumidor final. Os benefícios de migração para esse mercado foram apresentados a profissionais brasilienses do nosso setor, como a redução de custos, escolha dos fornecedores e a previsibilidade do custo de compra. Para ajudar a atingir esses resultados, a Ecom chamou a atenção para a importância da gestão por uma empresa especializada
.

Fale com eles!
Abravid-DF
Abravidro
Adivipar-PR
Amvid-MG
Sindividros-RS
Sinvidro-MG
Vidrosind-MG — (31) 3243-9234

Boas esquadrias para desempenhos dignos de aplausos

Vidros e esquadrias são parceiros inseparáveis na área da construção civil: as mudanças sofridas por um acabam influenciando o outro.  Uma dessas situações teve início com a revisão da norma NBR 10821 — Esquadrias para edificações (na coluna “Falando em normas”  há mais detalhes sobre esse processo). O texto traz novos itens importantes para a avaliação de desempenho das esquadrias, além de requisitos para sua instalação e manutenção.

Os vidros aplicados nas esquadrias têm um papel fundamental no conforto acústico e térmico do ambiente. Dessa forma, os profissionais do setor também precisam estar atentos às determinações da norma.

A equipe de O Vidroplano consultou vários especialistas e profissionais do setor para saber quais as mudanças trazidas pela revisão da NBR 10821, como elas afetam o segmento vidreiro e que produtos no mercado já oferecem desempenhos acústico e térmico altos. Confira!

De olho no desempenho!

A principal novidade da NBR 10821 é a inclusão de duas partes:
Parte 4: Esquadrias externas — Requisitos adicionais de desempenho
– Parte 5: Esquadrias externas — Instalação e manutenção

“Os setores de esquadrias e vidros vêm discutindo os assuntos das normas técnicas desde pelo menos 2011, na CEE-191”, explica a engenheira Fabíola Rago Beltrame, diretora do Instituto Beltrame da Qualidade, Pesquisa e Certificação (Ibelq) e coordenadora da comissão de estudos que revisou o documento. “Com a Parte 4, podemos avaliar o desempenho acústico e térmico das esquadrias com base em procedimentos padrões e informar esses comportamentos ao consumidor por meio das etiquetas. Assim, ele vai poder valorizar um bom produto.”

Esses desempenhos informados nas etiquetas permitem que construtoras, lojistas e usuários finais conheçam o nível de conforto que cada produto oferece. Mas, atenção: Edson Fernandes, diretor-geral do Instituto Tecnológico da Construção Civil (Itec), informa que essa classificação só é dada após a esquadria passar por ensaios feitos por órgãos acreditados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Opções no mercado
“Ainda levará algum tempo até que todas as fabricantes de esquadrias disponibilizem as etiquetas de desempenho em seus produtos”, observa Fabiola, do Ibelq. Apesar disso, várias delas já contam com produtos voltados especialmente para impedir a entrada de ruídos no ambiente e a troca térmica com seu exterior. Conheça algumas delas:

vp_atenuasom2Silêncio em primeiro lugar
Produto: linha Europeia para portas e janelas
Fabricante: Atenua Som
Diferenciais: alto desempenho acústico, com redução sonora de 40 dB
Indicada para vidros: insulados (com composições de laminados de 6 e 8 mm)


vp_brazilglassPersonalizadas para o cliente

Produto: esquadrias termoacústicas
Fabricante: Brazilglass
Diferenciais: tanto as esquadrias como os vidros são desenvolvidos de acordo com as necessidades do projeto do cliente
Indicada para vidros: de controle solar, processados pela própria empresa, em diferentes composições (na foto, insulados de laminado de controle solar com persiana interna)

 

Desempenho acústico: atenção redobrada
Segundo Fabíola, a Parte 4 da NBR 10821 estabelece que o uso da etiqueta acústica nas esquadrias é obrigatório a partir deste ano, embora não haja uma data definida. Atualmente, diz ela, os fabricantes estão realizando seus ensaios de desempenho acústico de acordo com a norma publicada, para, em breve, começar a colocar a etiqueta em seus produtos.

A classificação é a seguinte:
Categoria A: redução sonora maior ou igual a 30 dB
Categoria B: redução sonora maior ou igual a 24 dB e menor que 30 dB
Categoria C: redução sonora maior ou igual a 18 dB e menor que 24 dB
Categoria D: redução sonora menor que 18 dB

Nicole Fischer, gerente de Marketing da Atenua Som, lembra que a esquadria costuma ser a parte mais vulnerável para o isolamento acústico do ambiente: “Se ela tiver frestas, problemas de vedação ou perfis de baixa qualidade, pode contribuir para a passagem de som vindo da área externa”.

Atenção vidraceiro!
Nosso material pode trazer excelentes ganhos para o desempenho acústico de uma esquadria. Nicole aponta que a Atenua Som costuma usar insulados de diferentes espessuras nessas aplicações, variando peças únicas com laminados. “Além de proporcionar o desempenho que esperamos, eles trazem uma percepção de valor maior do cliente, pois ele enxerga que a esquadria é diferente das outras no mercado.”

 

vp_cebraceDo setor vidreiro para o setor vidreiro
Produto: janelas Habitat
Fabricante: Cebrace
Diferenciais: são vendidas e montadas pelos próprios franqueados da Rede Habitat. Contam com classificação A em desempenho acústico e tem desempenho térmico. Não tem roldanas ou furação nos vidros. Está disponível com diferentes opções de cores do vidro e da esquadria. Indicada para vidros: de controle solar da linha Habitat

 

Conforto térmico: diferencial de peso
Embora a etiqueta para desempenho térmico seja opcional para esquadrias, seu uso é uma boa forma de demonstrar ao mercado o diferencial do seu produto.

A etiqueta térmica apresenta três classificações distintas (veja o mapa da página 36), uma para cada zona bioclimática predominate no Brasil. “O efeito do clima sobre a esquadria é mais evidente em termos de radiação solar, por isso o zoneamento climático adotado na etiqueta segue grandes áreas de intensidade de radiação no País, conforme a latitude da região”, explica o professor Fernando Westphal, supervisor do Laboratório de Conforto Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (LabCon/UFSC).

Anote esta dica!
“O vidro é a peça fundamental no conforto térmico trazido pela esquadria nos climas brasileiros”, ressalta Westphal. Isso acontece porque ganhos por radiação solar são muito mais intensos do que as trocas de calor pelo perfil. Assim, ele lembra que os vidraceiros precisam estar atentos às diferentes opções do nosso material, como as peças de controle solar. Embora o desempenho das esquadrias varie, dependendo da zona bioclimática em que elas serão instaladas, Westphal aconselha o uso de vidros com baixo fator solar, podendo ser utilizados em insulados. “Eles são eficientes tanto para problemas de desconforto por calor como por frio.”

vp_ramassol
Vedação sem desafio

Produto: janelas Máximo Ar (linha Qualitysol)
Fabricante: Grupo Ramassol
Diferenciais: seu fechamento, de forma deslizante, contribui para o desempenho acústico do produto, que também apresenta maior facilidade na aplicação das vedações
Indicada para vidros: com espessura a partir de 4 mm

 

Tornando ainda melhor o que já era bom
“O vidraceiro tem se tornado cada vez mais técnico e especializado, ajudando na identificação da melhor solução conjunta entre esquadria e vidro”, avalia Pedro Matta, gerente de Marketing da Cebrace. Portanto, cabe a esses profissionais orientar os consumidores a escolher um produto que ofereça mais conforto e qualidade — e isso não só para as esquadrias, mas também para o nosso material.

Opções não faltam e novidades surgem a todo instante. A Vivix, por exemplo, já está investindo em uma linha de coater para o lançamento de vidros de controle solar no segundo semestre deste ano, conforme informado por Henrique Lisboa, seu diretor- comercial e de Marketing. Por sua vez, a AGC tem uma série de opções de vidros refletivos para conforto térmico, como o Sunergy e Stopsol, e disponibiliza a ferramenta online Your Glass (www.yourglass.com) para verificar o controle acústico nas obras. A Guardian lançou a linha Guardian Residence, de vidros de controle solar para aplicação residencial.

Informar ao setor de esquadrias sobre as vantagens de aliar seus produtos a vidros de valor agregado ajuda a valorizar o trabalho da vidraçaria e da cadeia vidreira como um todo. “Costumo comparar o vidro a outros produtos que o consumidor final coloca em uma residência”, comenta Westphal. “Se ele não deixa de pagar mais por um chuveiro de melhor qualidade, por exemplo, por que não pode gastar R$ 100 ou R$ 150 a mais por m2 de vidro, para ter um produto que reduz em 60% o ganho de calor pela janela?”. Fernandes, do Itec, concorda: “A partir do momento em que o consumidor entende as vantagens de um produto com alto desempenho, passa a valorizá-lo e todos ganham.”

vp_kawneerSem lugar para frestas
Produto: sistemas Contact para janelas de correr
Fabricante: Kawneer
Diferenciais: contam com mecanismo que elimina as frestas entre marcos e folhas, promovendo alto isolamento acústico, e também estão disponíveis nos modelos elevável e oscilobatente
Indicadas para vidros: insulados

vp_sasazaki
Certificação máxima

Produto: Sistema de Proteção Acústica Sound Block
Fabricante: Sasazaki
Diferenciais: conta com vidros especiais e projeto diferenciado de perfis e vedação, com classificação A em desempenho acústico e redução sonora superior a 30 dB
Indicada para vidros: laminados 4+4 mm, com PVB

 

Por dentro da matéria-prima
Há materiais que conduzem mais o calor e o som, e outros que conduzem menos. “Esquadrias de PVC contam com desempenho termoacústico superior ao das de alumínio, por exemplo”, afirma Michael Lochner, gerente de Marketing da Weiku do Brasil. Por sua vez, Jorge Ichikawa Júnior, gerente nacional de Construção Civil da Sasazaki, observa: “Os metais em geral facilitam a condução térmica e acústica, mas algumas tecnologias colaboram para o bom desempenho desses materiais nesse quesito”.

Vale observar que a NBR 10821 não determina ou diferencia os tipos de material para esquadrias, mas sim o desempenho do produto final.

Saindo na frente
Embora o mercado ainda esteja se preparando para as etiquetas acústicas, já é possível encontrá-las em algumas esquadrias. É o caso das janelas Habitat, da Cebrace, e do Sistema de Proteção Acústica Sound Block, da Sasazaki: “As informações quanto ao desempenho acústico e térmico serão aplicadas gradativamente em todos os nossos produtos”, explica Ichikawa Júnior. Outras fabricantes estão com a aplicação em andamento, como a Atenua Som.

Vale lembrar que a NBR 15575 — Edificações habitacionais — Desempenho, cuja última revisão foi publicada em 2013, destacou a importância do conforto acústico e térmico das obras. “Antes de fazer os ensaios da edificação completa, a construtora precisa ter certeza da qualidade de seus componentes, e as etiquetas para as esquadrias tornam-se um diferencial na hora da compra, para ambas as partes”, comenta o engenheiro civil Paulo Souza, coordenador do Laboratório de Componentes da Construção Civil do Instituto Falcão Bauer.


vp_tecnofeal1Espessura não é um problema!
Produto: linhas Feal55
Fabricante: Tecnofeal
Diferenciais: podem trabalhar com sistema elevatório de abertura e fechamento da esquadria (bloqueando todas as frestas no fechamento) e ser usadas com vidros de diferentes composições, com espessura total de até 48 mm
Indicadas para vidros: laminados, insulados ou de controle solar, na composição que melhor atenda as necessidades do cliente

vp_weikuOpções de abertura
Produto: linha oscilobatente
Fabricante: Weiku do Brasil
Diferenciais: conta com dois tipos de abertura (pivotante e por tombamento) e sistema de travamento multipontos, o que permite controlar a entrada de ruídos e calor no ambiente e confere maior segurança
Indicada para vidros: insulados compostos por laminados

 

Fale com eles!
AGC
Atenua Som
Brazilglass
Cebrace
Grupo Ramassol 
Guardian
Ibelq
Instituto Falcão Bauer
Itec
Kawneer
LabCon/UFSC
Sasazaki
Tecnofeal
Vivix
Weiku do Brasil

Quais as vantagens de trabalhar com ferramentas da qualidade?

Tenha certeza: nenhum processo é 100% estável. Vez ou outra pode haver uma falha impossível de ser controlada. Vejamos os casos de recall das montadoras de veículos: são empresas com um rigoroso nível de exigência, mas, mesmo assim, têm a eventual necessidade de fazer reparos em seus automóveis.

As empresas sempre devem procurar melhorar seus processos para evitar ao máximo essas situações indesejadas. Para isso ser possível, gestores contam com um aliado: as ferramentas da qualidade.

O que são?
São técnicas para medir, analisar e definir ações para resolver problemas na produção — sejam operacionais (alguma das etapas da fabricação) ou administrativas. Elas ajudam (e muito), fazendo com que a empresa acompanhe todo o seu processo produtivo com atenção.

As ferramentas da qualidade mais conhecidas

Diagrama de Pareto
Gráfico de barras que representa a frequência de ocorrências indesejadas na produção (defeitos, quebras etc.). Com isso, o gestor pode verificar facilmente quais são os principais problemas a serem resolvidos. Estudos que originaram essa ferramenta concluíram que a maioria das perdas de um processo tem poucas causas: em média, 20% delas geram 80% dos problemas.

Controle estatístico do processo (CEP)
Utilizado para coletar dados e analisar as tendências por meio de gráficos chamados cartas de controle. Elas permitem verificar as variações que colocam em risco a qualidade do produto. Exemplo prático: a característica de desempenho mais crítica para um temperado é a fragmentação — de acordo com a NBR 14698, a variação permitida para a construção civil é de quarenta a cem fragmentos. Com a carta de controle, o responsável pela têmpera irá avaliar estatisticamente as variações, evitando que peças fora dos limites sejam fabricadas.
Existem outras ferramentas da qualidade, como o Diagrama de Ishikawa, fluxograma, folha de verificação, histograma, diagrama de dispersão, PDCA, 6 Sigma e FMEA, entre outras. Por isso, vale a pena conhecê-las, para que sua empresa sempre esteja à frente dos problemas.

ed cópiaFale com eles!
Edweiss Silva é tecnólogo em gestão da qualidade. Consultor da Abravidro para certificação, é responsável por acompanhar a preparação das empresas para a auditoria do Inmetro. esilva@abravidro.org.br

Revolução nas esquadrias

Em fevereiro deste ano, a revisão completa da NBR 10821 — Esquadrias para edificações foi publicada pela ABNT. O trabalho foi enorme. Além de atualizar o conteúdo das partes 1, 2 e 3, a comissão de estudos ainda criou duas novas (4 e 5). Tudo para tornar ainda mais viável a busca pela qualidade desses produtos para a construção civil.

Novas tipologias
Claro que mais atualizações aconteceram. Foram inseridas tipologias que não eram abordadas, como as relacionadas à vedação das esquadrias (“de giro e tomba”, paralela, entre outras), deixando clara a definição de alguns itens que geravam confusão no mercado.

Podemos afirmar que o texto saiu após muita dedicação e estudo dos participantes, incluindo representantes de fabricantes de esquadrias e suas entidades. Realizamos inúmeras discussões técnicas com laboratórios que aplicam os ensaios nos produtos. Os consumidores também contribuíram, informando suas necessidades.

Quer saber mais detalhes sobre as mudanças trazidas pela revisão da norma? A coluna “Para sua vidraçaria” (leia na página 32) mostra como elas afetam o mercado, trazendo opiniões de profissionais do setor, assim como informações sobre as etiquetas de desempenho. Não deixe de conferir!

Como ficou a divisão da ‘NBR 10821’
– Parte 1: Esquadrias externas e internas — Terminologia;
– Parte 2: Esquadrias externas — Requisitos e classificação;
– Parte 3: Esquadrias externas e internas — Métodos de ensaio;
– Parte 4: Esquadrias externas — Requisitos adicionais de desempenho;
– Parte 5: Esquadrias externas — Instalação e manutenção.

Visão geral da revisão
Atualização necessária — Apesar de a NBR 10821 ser uma norma razoavelmente recente (sua primeira versão é de 2011), o setor vidreiro e o próprio mercado de esquadrias demandavam uma revisão na classificação
Mudanças nas metodologias de ensaios — Feitas com o intuito de acabar com as dúvidas entre diferentes laboratórios no momento da realização dos testes;
Todo o trabalho de revisão foi desenvolvido pela Comissão de Estudos Especiais de Esquadrias (CEE-191).

Desempenho acústico e térmico
As principais novidades são as inéditas partes 4 e 5.
Parte 4 — O desempenho acústico e térmico das esquadrias são avaliados com base em procedimentos padrões. Além disso, é definida a obrigatoriedade do uso de etiquetas que informem o desempenho acústico dos produtos;
Parte 5 — Traz várias questões de armazenamento, instalação e manutenção que geravam grandes discussões entre fabricantes e construtores. Agora, isso poderá ser solucionado logo no pedido de orçamento e compra.

Números da norma
– 132 páginas (incluindo todas as partes)
– Mais de 100 empresas participaram do processo de revisão
– Em média, 50 profissionais estiveram presentes em cada reunião da comissão

vp_fabiola cópia

 

Fabíola Rago, coordenadora da comissão de estudos

 

 

Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br

PPCPE: Investimento que gera resultado

Começo de ano é hora de arrumar a casa para enfrentar as dificuldades vividas pelo setor. Quem se preparar logo para evitar perdas, reduzir custos e otimizar a produção se destacará nesse mercado cada vez mais concorrido. E isso é o que fizeram as empresas participantes do curso de Planejamento, Programação, Controle da Produção e Estoques (PPCPE) da Especialização Técnica Abravidro. A primeira turma de 2017 se reuniu nos dias 23 e 24 de março, na sede da Abravidro.

Dessa vez, 27 alunos dos mais variados cantos do Brasil aprenderam com o instrutor-técnico Cláudio Lucio da Silva métodos para aumentar a eficiência no planejamento de negócios e controle da produção em curto espaço de tempo. “Essa turma foi bem diferente das demais”, comenta Silva. “Tivemos proprietários entre os participantes, mas a maioria era da área operacional. Ou seja, eles têm o desafio de voltar para suas empresas e levar resultado. Por isso, as perguntas que me fizeram tinham o objetivo de resolver problemas imediatos”. Vale lembrar que o curso é o único de PCP voltado exclusivamente para o setor vidreiro.

Conteúdo aprovado
Confira a opinião de quem fez o módulo de PPCPE da Especialização Técnica Abravidro. O retorno é rápido e garantido e sua empresa irá aumentar a eficiência no planejamento de negócios e controle da produção em um curto espaço de tempo.

Bruno Novaes“Como dito pelo professor Cláudio, temos de ajudar nossos próprios clientes no sentido de melhorar as vendas e, assim, levar os ensinamentos do curso para nossa produção tendo o menor custo possível e sem perdas.”
Bruno Novaes Magalhães
Crisbal (RJ)

 

Fidel Ecassio“O principal desafio é vencer questões que o mercado nos apresenta, como a maior exigência dos clientes por vidros de qualidade e um prazo menor de entrega. Por isso, precisamos de uma resposta imediata, pois, hoje em dia, não se pode perder tempo.”
Fidel Ecassio A. Almeida
Luzir Vidros (BA)

 

Patrick“Nós percebemos que o número de concorrentes aumentou em nosso mercado, mas todos chegaram para brigar somente pelo preço. Viemos aqui pra buscar conhecimento, agregar valor ao nosso produto e fugir dessa guerra com relação ao preço, oferecendo qualidade ao cliente.”
Patrich André Strada da Silva
Noroeste Vidros (PA)

 

Pedro“Com a maior concorrência e o cliente querendo prazo cada vez menor, precisávamos adaptar nossos processos internos para atender a demanda. A ideia, agora, é alinhar o processo interno, melhorar tanto nosso operacional como o comercial e a área técnica.”
Pedro Paulo Baasch Neto
Personal Glass (SC)

 

Thiago 2“Após a crise financeira do Estado do Rio de Janeiro e a entrada de novos temperadores na região, diminuiu muito a produção de nossa empresa — e isso dificultou bastante os negócios. Com o conhecimento adquirido, temos à nossa disposição novas alternativas para conseguir um crescimento exponencial no mercado.”
Thiago Augusto da Motta Areal
Têmpera New Box (RJ)

 

Próxima turma em breve!
A Abravidro irá anunciar a próxima turma do PPCPE em breve. Tem interesse no curso? Então, já entre em contato com Rosana Silva pelo telefone (11) 3873-9908 ou rsilva@abravidro.org.br. Você também pode se cadastrar para entrar na lista de espera! 

Uma luz para o nosso setor

Se existe um setor que não se incomodou com a crise econômica do País, foi o de energia solar fotovoltaica: de 2015 para 2016, os projetos de pequeno e médio portes instalados pelo território brasileiro aumentaram 300%, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). E a maior demanda por painéis solares significa maior demanda por vidro — já que o material é fundamental para o funcionamento do sistema.

Por isso, as empresas vidreiras precisam estar atentas aos movimentos desse segmento. Nas páginas a seguir, confira um panorama do mercado fotovoltaico nacional e veja as inúmeras possibilidades que se abrem para nosso setor.

O que é energia solar fotovoltaica?

Nas usinas fotovoltaicas, os painéis são instalados no chão, em uma grande área voltada para a produção em grande escala.
Nas usinas fotovoltaicas, os painéis são instalados no chão, em uma grande área voltada para a produção em grande escala.

As células fotovoltaicas existentes nos painéis solares captam a luz solar, produzindo energia. Essa energia é convertida por um aparelho chamado inversor e introduzida na rede de distribuição de eletricidade. Se o gerador consumir mais do que produziu, ele paga a diferença. Se produzir mais do que consumiu,fica com créditos para serem utilizados nos meses seguintes. E onde entra o vidro? Ele é aplicado na parte externa dos painéis, com a missão de proteger as células fotovoltaicas.

Produção de energia solar
Não basta apenas instalar um painel no telhado para se ter energia solar. É preciso entender como se dá a produção. Existem dois tipos de geração solar no Brasil:

– Geração centralizada
Voltada para a produção e venda de energia elétrica. Ou seja, a eletricidade não é para consumo próprio, mas para distribuição. Esse é o tipo de geração encontrado em usinas fotovoltaicas.

– Geração distribuída
Realizada por geradores independentes para o próprio consumo. É regulamentada pela Resolução Normativa nº 687/2015, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O documento define dois tipos de produção:
* Microgeração: gera até 75 kW;
* Minigeração: acima de 75 kW e menor ou igual a 5 MW;

Consumo próprio: geração distribuída está em residências, empresas ou condomínios.
Consumo próprio: geração distribuída está em residências, empresas ou condomínios.

Dentro desse tipo de geração, há mais três possibilidades:
– Autoconsumo remoto: a energia produzida em uma área é usada para abater o consumo de um edifício em outro local. Isso só é válido se os dois terrenos pertencerem ao mesmo dono — e também se estiverem dentro da região atendida pela mesma distribuidora;

– Geração em múltiplas unidades consumidoras: um edifício ou condomínio gerador reparte a energia entre os moradores. As porcentagens são definidas por eles mesmos;

– Geração compartilhada: reunião de consumidores em cooperativa (composto por pessoas físicas) ou consórcio (pessoas jurídicas) que instala uma unidade de geração para benefício de todos os envolvidos.

Os três tipos de tecnologia fotovoltaica
O vidro está presente em todas elas, protegendo as células fotovoltaicas. A diferença está no tipo de célula.

painel_fotoSilício monocristalino ou policristalino — 1ª geração

– Tecnologia mais utilizada atualmente (cerca de 85% dos casos)
– Eficiência de produção de energia de 13% a 21%;
– Instaladas em painéis rígidos;
– Maior peso dos painéis limita as aplicações possíveis.

 

opvCélulas fotovoltaicas orgânicas (OPV) — 3ª geração
– Filme plástico com tinta líquida semicondutora;
– Eficiência de produção de energia de 3,5% a 5%;
– Apelo estético: garante soluções flexíveis, com cores,transparência etc.;
– Indicado para locais com incidência de luz direta ou indireta;
– Tecnologia recente e ainda pouco difundida.

 

filmefinoFilmes finos — 2ª geração
– Feitos de materiais inorgânicos;
– Eficiência de produção de energia de 7% a 15%;
– Indicado para locais com menor incidência de luz direta;
– Instalados em painéis rígidos ou flexíveis.

 

Qual o vidro ideal?
Temperado de baixo teor de ferro, com espessura de 2 a 4 mm. Esse tipo de vidro (também conhecido como extra clear, por ser mais transparente) é fabricado no Brasil pela Cebrace (Diamant).

A máxima transparência é para que haja a maior passagem de luz possível, explica o engenheiro Luís Augusto Knorst, diretor de Projetos da DVM Vidros, processadora maranhense que possui uma divisão fotovoltaica, a DVM Solar. Assim, mais radiação solar é captada pelas células fotovoltaicas. Além disso, o vidro precisa garantir a integridade do painel durante condições climáticas ruins (chuvas de granizo, por exemplo).

Quanto ao processamento desses vidros, o que muda? Para Márcio Sato, especialista de produtos para a América Latina da Glaston, o controle de qualidade das peças deve ser preciso em todas as etapas. “Afinal, são necessárias chapas seriadas sem ondulações, empenos etc., para não influenciar negativamente na eficiência do painel.”

DCIM100MEDIADJI_0067.JPG
À beira da lagoa: a Creche Municipal Hassis, em Florianópolis, recebeu fotovoltaicos da Engie. A energia solar ajudou o projeto a receber a certificação Leed para edificações sustentáveis. Segundo a prefeitura da capital catarinense, a economia média mensal na conta de luz chega a R$ 2,5 mil.

 

Por que investir em energia solar fotovoltaica?
– Potencial gigante: a região menos ensolarada do Brasil possui radiação solar maior que a região mais ensolarada da Alemanha, um dos países líderes no uso da energia fotovoltaica;
– O Brasil está entre os 10 mercados mais atraentes para painéis solares até 2020;*
– Investimentos no setor vão aumentar: 45% da geração de energia no País até 2030 precisará ser oriunda de fonte renovável, de acordo com as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), metas voluntárias estipuladas por cada país e submetidas à Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de reduzir emissões de gases de efeito estufa;
– 72% dos brasileiros comprariam um sistema de energia solar;**
– O custo de produção está se tornando menor que o do gás natural e das usinas de carvão, seus concorrentes.
(* Fonte: Agência Internacional para as Energias Renováveis/** Fonte: Datafolha/Greenpeace 2016)

Painéis solares vidro-vidro já são realidade
Painel
Como visto na imagem acima, o painel tradicional possui uma lâmina de vidro na parte externa. Porém, já existem módulos com nosso material em ambas as faces, de forma a encapsular as células fotovoltaicas dentro de uma peça laminada — são conhecidos como painéis vidro-vidro. Em relação aos fotovoltaicos comuns, possuem algumas diferenças:
– Maior vida útil: fabricantes já fizeram testes para garantir trinta anos de vida útil dos sistemas;
– Dispensa o uso de suporte de alumínio.

A Lisec, fabricante de maquinários para processamento, produz esses módulos utilizando temperados com 2 mm de espessura — por enquanto, apenas em sua fábrica na Áustria. Segundo a empresa, equipamentos para a produção desses painéis estão sendo negociados com clientes brasileiros.

Oportunidade para o setor vidreiro
O mercado de fotovoltaicos no Brasil está se desenvolvendo. Nos últimos tempos, surgiram fabricantes nacionais de painéis (veja quais são as empresas na página 19). Para Rodrigo Lopes Sauaia, presidente-executivo da Absolar, “as empresas vidreiras precisam estudar a oportunidade, pois ela é bastante significativa em termos financeiros”.

Sauaia comenta ainda um dado impressionante: a geração centralizada de energia irá aumentar dez vezes neste ano em relação a 2016.

Incentivo para a cadeia nacional
No entanto, apesar do momento favorável, ainda existem barreiras. Pelo fato de poucas processadoras
estarem envolvidas no setor solar, importar o vidro ainda é mais barato — o que é um paradoxo, já que produtos nacionais possuem isenções diferenciadas de impostos. “Já usamos vidro que foi temperado e lapidado aqui no Brasil, mas o preço ficou muito superior”, relata Marcos Torrizella, da Dya Energia Solar, empresa do Grupo Tecnometal, produtora de painéis.

Para a Absolar, são necessárias três ações estratégicas para mudar esse cenário:
Criação de novas linhas de financiamento para facilitar o acesso a crédito por pessoas físicas e jurídicas interessadas na tecnologia. Quanto mais pessoas usando energia fotovoltaica, mais barata ela será;
Equalização da carga tributária para a cadeia produtiva, trazendo competitividade ao mercado
interno. Isso irá acabar com o problema de os vidros importados serem mais em conta que os nacionais;
Ações de fomento ao mercado, visando à educação da população, como o estabelecimento de
metas de geração e inclusão da energia solar em programas habitacionais.

Fabricação de painéis na planta da Globo Brasil: empresas vidreiras precisam se aproximar do setor solar para o desenvolvimento de um mercado viável para todos
Fabricação de painéis na planta da Globo Brasil: empresas vidreiras precisam se aproximar do setor solar para o desenvolvimento de um mercado viável para todos

 

 

Nicho para ser explorado
Com maior presença de nosso setor junto à produção de painéis, o uso de vidro nacional se tornará regra.
“As empresas vidreiras podem deixar o processo mais fácil e barato. Hoje, a demanda é maior e já compensa a produção.” A análise é de José Renato Colaferro, sócio e diretor da Blue Sol, empresa que oferece soluções para instalações solares. “Isso facilitaria a inclusão dos fabricantes nacionais no mercado e iria alavancar todos os fornecedores de materiais para montagem dos módulos”, opina Rodolfo Souza Pinto, presidente da Engie Solar, maior geradora privada de energia do País.

OPV: solução versátil e tecnológica com vidro
inovalli2

Os OPVs (organics photovoltaics) são filmes plásticos impressos com tinta líquida semicondutora e orgânica. A tecnologia é a mais recente, e versátil, para os fotovoltaicos: é usada em vidros de qualquer estrutura (fachadas, coberturas, claraboias etc.) que receba incidência da luz solar direta e indireta, praticamente sem interferir na questão estética de nosso material.

Aplicação
– Para novas edificações: o filme OPV vai no meio de um laminado, juntamente com o interlayer. O vidro do lado externo, que ficará exposto à luz, deve sempre ser de baixo teor de ferro;

– Para prédios já existentes: o filme é colado na face interna dos vidros instalados (os vidros devem ser incolores).

Principais características
– Espessura menor que 1 mm;
– Leveza: menos de 500 g por m²;
– Oferece diferentes graus de transparência (até 50%).

A brasileira Sunew é uma das líderes mundiais na pesquisa e desenvolvimento do OPV. Sua fábrica, em Belo Horizonte, pode produzir até 400 mil m² de filme por ano. Para a gerente-comercial Verena Greco, a tecnologia irá colocar a energia próxima dos centros consumidores, diminuindo as perdas no sistema de transmissão. Diz ela: “Ainda são pouco explorados os espaços urbanos que poderiam receber intervenções de energia solar, como pontos e tetos de ônibus, postes de luz, coberturas de galpões e outros”.

A maior fachada fotovoltaica orgânica do mundo
inovalliA construtora Inovalli está erguendo, em São Paulo, um prédio com fachadas com aplicação de OPV da Sunew. Os filmes foram instalados pela SolarVolt em laminados extra clear 12 mm da Cebrace e processados pela Unividros. Ao todo, a estrutura tem potência instalada de 2 kWp. O projeto teve a Avec Design como responsável, usando-se a técnica ecoglazing (caixilho sintético de silicone) para a instalação.

Thatiane Roberto, gerente de Marketing da fabricante de painéis Globo Brasil, diz: “Ter a opção de comprar um vidro nacional gera mais segurança e estabilidade às empresas. Estas ficariam livres das variações cambiais e dificuldades com a logística de importação”. Por isso, o ideal é seguir o conselho de Sauaia, da Absolar: “Devemos criar uma cadeia, uma rede de negócios, envolvendo o setor solar e o vidro,
com o intuito de desenvolver um mercado viável para todos. A Absolar está de portas abertas para as empresas vidreiras que quiserem conhecer melhor esse mercado”. A processadora Penha Vidros, por exemplo, já faz isso: oferece vidros para painéis em parcerias com empresas fabricantes desses equipamentos, sempre para projetos especiais e customizados.

Microgeração para cooperativa No RS, a Usina Solar Boa Vista, da distribuidora Creluz, teve investimento de R$ 4 milhões. O espaço funciona em ciclo combinado com usina hidrelétrica, atingindo potência de pico de 257kWp, o suficiente para abastecer trezentas famílias. A Globo Brasil é a fornecedora dos painéis.
Microgeração para cooperativa
No RS, a Usina Solar Boa Vista, da distribuidora Creluz, teve investimento de R$ 4 milhões. O espaço funciona em ciclo combinado com usina hidrelétrica, atingindo potência de pico de 257kWp, o suficiente para abastecer trezentas famílias. A Globo Brasil é a fornecedora dos painéis.

 

Mobiliários solares
optreePor que não captar energia solar em mobiliários urbanos? A OPTree é um projeto da Sunew, em parceria com a Metalco do Brasil, voltado para praças públicas, parques e calçadão de praias, entre outros locais. A estrutura, em formato de árvore, é de aço inox escovado e possui 3,38 m de altura. As folhas possuem filmes OPV. O produto concorre a um prêmio mundial de inovação na Lopec, maior feira de eletrônica orgânica do mundo, na Alemanha.

Simpósio do Sinduscon-SP aborda soluções para energia solar
sindusconNo fim de março, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) organizou em sua sede em São Paulo o workshop técnico Energia solar fotovoltaica e suas aplicações nas edificações. O evento contou com apoio institucional da Abravidro e reuniu especialistas no assunto e membros do setor vidreiro, além de arquitetos e estudantes da área. Segundo informações divulgadas durante o encontro, edifícios (sejam residenciais ou comerciais) consomem 51% da energia gerada no Brasil. Por isso, a energia solar não deve ser encarada mais como aposta, mas, sim, como realidade para o presente e futuro da construção civil.

Quais são as fabricantes brasileiras de equipamentos fotovoltaicos?
Segundo a Absolar, as empresas do setor credenciadas no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) são:

FABRICANTES DE MÓDULOS (painéis fotovoltaicos)

Canadian SolarGlobo Brasil/Minasol / Multisolar / Dya Energia Solar / Sunew

FABRICANTES DE SISTEMAS (sistema completo, incluindo inversores e demais equipamentos para a produção de energia solar)
Globo Brasil/ Hidrosp / Minasol / PHB / Multisolar / Sanardi / Solar Energy / Dya Energia Solar / Turboferro / WEG

Fale com eles!
Absolar
Aneel
Avec Design
Blue Sol
Cebrace
DVM Solar
DVM Vidros 
Dya Energia Solar
Engie Solar
Glaston
Globo Brasil
Lisec
Penha Vidros
SolarVolt
Sunew
Unividros

 

Um pouco de pragmatismo

Dizer-se apaixonado virou clichê no meio profissional, mas quem acompanha meu trabalho sabe: sou apaixonada pelo que faço. É por isso que todo mundo — todos mesmo — estão surpresos com a novidade contada no editorial do presidente (leia aqui).

É fato: não foi uma decisão fácil. Entretanto, os que me conhecem um pouco mais de perto entenderão. Daqui a poucos dias, completo catorze anos na Abravidro, período de enorme crescimento pessoal e profissional, com muitas oportunidades maravilhosas, quando sempre procurei fazer o melhor. Porém, daqui uns meses, terei quarenta anos de idade e as reflexões foram inevitáveis.

Nesse balanço pessoal, descobri uma vontade enorme de outro chavão: novos desafios. No entanto, mergulhada no modo de ser e de viver da Abravidro, seria difícil desprender- me de minha paixão e encarar essa aspiração. Como a permanência na famosa zona de conforto seria imperdoável daqui uns anos, precisei ser pragmática: decidi finalizar esse ciclo tão virtuoso e estar efetivamente aberta ao novo.

Mas por que agora, logo no início de uma nova gestão da diretoria-executiva? Porque conheço bem nossa entidade e sei que é fundamental estabelecermos compromissos de médio e longo prazos com quem nos lidera. E fazer essa transição de forma planejada e organizada é o melhor que posso fazer por algo que foi prioridade absoluta na minha vida nos últimos anos.

Ainda não sei o que me espera pela frente, mas sigo com o coração apertado por caminhar em paralelo à minha paixão, ao mesmo tempo que extremamente motivada por agir alinhada às minhas vontades.

Neste mês, encerro com muito carinho,

Celina Araújo
Editora de O Vidroplano
Superintendente da Abravidro

 

 

 

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 532 (abril de 2017) da revista O Vidroplano.

Celina está deixando a Abravidro

vp_editorial_abrilFaltando apenas dois meses para o término do meu mandato como presidente de nossa entidade, esta é a penúltima vez que assino esta coluna, com uma notícia que não gostaria de dar: nossa superintendente, Celina Araújo, está se despedindo da Abravidro no final do mês de junho.

Após catorze anos de intensa atividade na entidade e aqui na revista O Vidroplano, ela busca novos horizontes (leia oAqui na redação” desta edição). Confesso ter questionado muito essa decisão, mas compreendi suas motivações e acabei assentindo — alguns ciclos precisam terminar para que outros possam ter início.

Não sou adepto da máxima de que ninguém é insubstituível. Acredito que cada pessoa tem personalidade e características próprias, que naturalmente são impressas nos trabalhos que se faz. Então, a pergunta é inevitável: o setor vidreiro perde?

Acredito que sim, sem dúvidas, mas jamais perderemos a grande amiga que ela se tornou. A diretoria da Abravidro lamenta muito, ao lado de uma equipe de funcionários que está sentindo bastante a ruptura de uma convivência de tanto crescimento pessoal e institucional a todos os envolvidos.

Seis anos atrás, Wilson Farhat Júnior disse uma frase que me impactou bastante: “Quem dera eu tivesse em minha empresa uma equipe como essa da Abravidro!” Confesso que inicialmente achei exagerado, mas rapidamente entendi as razões e, hoje, reafirmo essas palavras. Comprometimento é a essência de todos ali e quem se relaciona com a associação percebe isso em cada detalhe.

Agora, a capitã do time decidiu navegar por outros mares e cabe a nós a enorme responsabilidade de entregar o leme a um profissional à altura. A tarefa é desafiadora, mas estamos nos dedicando muito na busca por alguém com os atributos necessários à função e, principalmente, com o mesmo respeito e garra que a Celina sempre demonstrou pela Abravidro. Afinal, como eu sempre digo, quem faz a diferença são as pessoas — e ela me fez prometer que não mediremos esforços para manter nossa entidade forte e expressiva.

Como alguém que conversa com ela diariamente nos últimos seis anos, registro aqui a mensagem do setor vidreiro à nossa querida Celina: muito obrigado!

Este texto foi originalmente publicado na edição 532 (abril de 2017) da revista O Vidroplano.