Um suporte importante para o vidro

A versão original da NBR 14564 — Vidros para sistemas de prateleiras — Requisitos e métodos de ensaio é do ano de 2000. Portanto, já era hora de atualizar seu conteúdo, fato que aconteceu recentemente: no fim de fevereiro, a ABNT publicou a revisão do documento realizada pelo Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37). O objetivo da comissão de estudos foi deixar o texto mais didático, além de rever as referências sobre cálculo para espessuras e modos de fixação.

Principais novidades
Novos tópicos essenciais para o uso de nosso material nesse tipo de produto agora fazem parte da NBR 14564. Confira alguns deles:
– Peças não retangulares: o cálculo da espessura de peças não retangulares agora é contemplado pela norma — vale lembrar que a espessura de peças retangulares já era abordada pela versão antiga.
– Fixação mecânica e química: prateleiras com fixação mecânica (feita por furos) e química (com o uso de adesivos e selantes) são cada vez mais comuns nas casas, lojas e escritórios brasileiros. Por isso, a comissão incluiu requisitos indicando como instalar essas duas modalidades.
– Lapidação ou filetagem dos cantos: outro destaque são os requisitos sobre o acabamento dos cantos expostos. Foram incluídas figuras ilustrativas que mostram como se deve realizar essa tarefa, minimizando as dúvidas sobre o processo.

Linguagem mais acessível
A atualização da escrita também se fazia necessária — afinal, eram dezessete anos da publicação original. Incorporamos termos usados hoje em dia, ao mesmo tempo que trabalhamos para deixar o texto sem expressões complexas e didático.

Além disso, foram estabelecidos os limites de tolerâncias da espessura das peças, levando em conta as normas dos vidros vigentes (como a de float, temperado e laminado) que ainda não existiam na época da primeira versão. Com isso, a NBR 14564 segue os demais requisitos do setor.

Adquira seu exemplar da norma
Todos os profissionais que realizam a instalação de prateleiras de vidro devem estar atentos às mudanças com a nova publicação. Para adquirir a norma, basta acessar o catálogo da ABNT: www.abntcatalogo.com.br.

Revisão da norma de esquadrias é publicada
As cinco partes revisadas da NBR 10821 — Esquadrias externas para edificações foram publicadas pela ABNT em fevereiro e já podem ser consultadas no site da associação. A principal novidade é a criação das partes 4 e 5, que abordam os requisitos adicionais de desempenho das esquadrias, incluindo desempenho térmico e acústico, além da instalação e manutenção dos produtos. Mais detalhes você vai conferir na próxima edição de O Vidroplano, em abril.

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Clélia Bassetto, consultora de Normalização da Abravidro

Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Mais um selo de segurança para a Região Norte

Com atividade iniciada em 2012, a Onixx Vidros, localizada na capital de Rondônia, pode até ser considerada uma empresa novata. No entanto, já alcançou a certificação concedida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para temperados, o que oferecerá à beneficiadora, que atende também o mercado vidreiro do Acre e Amazonas, muita experiência para o processamento de vidros.

Mercado exigente
Além de garantir a segurança do produto, a certificação agrega valor ao vidro, como bem lembra o gerente-administrativo da Onixx, Jefferson Nunes da Silva. “O selo passou a ser uma cobrança de grandes construtoras e compradores”, explica, afirmando ainda que “isso permite ir em busca de maiores mercados e melhorar o atendimento ao consumidor, que vem se tornando mais exigente e criterioso a cada dia.”

Segurança aprimorada
FotosOnixx3As auditorias foram realizadas pela ABNT enquanto os testes dos vidros produzidos ficaram por conta do Laboratório Falcão Bauer. Ao todo, o processo durou cerca de sete meses — de março a outubro de 2016. Duas espessuras ganharam o selo: 8 e 10 mm. Agora, a vontade de otimizar a produção se tornou filosofia de trabalho na Onixx: a ISO 9001 é outra grande conquista recente da empresa.

Benefícios garantidos
Uma das principais vantagens apontadas pela processadora para a certificação é a possibilidade de vender vidros por meio do cartão BNDES — a chancela é obrigatória para sua aceitação. Além disso, já pôde ser vista a redução de perdas no processo fabril.

Uma campanha de marketing foi preparada para a ocasião. Inserções em rádio e televisão regionais, incluindo ainda outdoors em cidades do Estado, fizeram com que os clientes soubessem da conquista.

Fale com eles!
ABNT — www.abnt.org.br
Abravidro — www.abravidro.org.br
IFBQ — www.ifbauer.org.br
Inmetro — www.inmetro.gov.br
Onixx — www.onixxvidros.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Para encher as malas… de conhecimento

Em 2017, o Glass Performance Days (GPD) comemora seu aniversário de 25 anos. Criado em 1992, começou como um encontro pequeno, com apenas trinta participantes. Ao longo do tempo, firmou-se como uma das principais fontes de conhecimento técnico de nosso setor, transformando-se no maior fórum vidreiro do mundo. Por isso, se você quiser entender realmente a tecnologia moderna de nosso material, vale a pena visitar Tampere, na Finlândia, durante os dias 28 a 30 de junho, quando são esperados mais de oitocentos participantes do mundo todo no GPD.

Conferência renovada
Para quem estava acostumado ao Tampere Hall, local das edições passadas, uma surpresa: a conferência ganhou uma nova casa, a Tähtiareena. O evento, organizado pela Glaston, terá um espaço único de 5 mil m² de área, dividido em seis seções de seminários. Isso vai permitir ao público se movimentar mais facilmente entre as apresentações, além de facilitar o networking com profissionais de outras nacionalidades.

Serão cerca de 140 palestras ao longo do todo o evento. E a programação começa antes mesmo da abertura oficial: no dia 27, já vai ser possível conferir workshops preparados por empresas e estudiosos do setor. Esses cursos intensivos duram de quatro a oito horas e abordam temas variados da indústria, como técnicas de processamento e design.

O evento conta ainda com a Glass Expo, uma feira de produtos. Neste ano, ela estará localizada no centro do pavilhão. Destaque também para as tradicionais festas de abertura e encerramento (Get Together e Farewell Party).

GPD 2017
28 a 30 de junho
Em Tampere, Finlândia
16 ‘workshops’
140 palestras
A expectativa de público é de 800 participantes

Palestras para todos os gostos
glassexpoO programa de palestras já está disponível no site do seminário pelo link gpd.fi/gpd-speakers-2017. Lá, você encontra o tema das cerca de 140 apresentações, além do nome de todos os palestrantes (e a empresa a qual pertencem).

Listamos abaixo alguns temas a serem abordados só para dar um gostinho da quantidade de conteúdo disponível no evento — não se esqueça de visitar o link para conferir a programação completa:

– Novas tecnologias para impressão digital;
– Uso de silicone estrutural;
– Tipos de interlayer para cada aplicação;
– Durabilidade de PVBs coloridos;
– Vidros insulados com vácuo;
– Estabilidade dos rolos de têmpera durante o processamento;
– Diferenças entre a laminação de radiação e de convecção.

 

Faça sua inscrição
Para participar do GPD 2017, basta se inscrever pelo site do evento, por meio do link mes.eventos.fi/event/gpd2017/pages/registration, até o início do seminário (dia 28 de junho). Durante o preenchimento dos formulários, você poderá checar informações sobre hospedagem, além de escolher os eventos sociais aos quais pretende comparecer. Vale lembrar que o valor (em euros) muda conforme a data da inscrição:

– Até 30 de abril: € 1.150
– A partir de 1º de maio: € 1.250

Importante: devem ser inclusos nos valores acima o imposto VAT (Value Added Tax), de 24%, e uma taxa de serviço de € 35.

Desconto para grupos: há a possibilidade de se registrar como grupo, o que garante valores menores para os participantes (10% para cinco pessoas e 15% para dez pessoas).

A inscrição como participante inclui:
– Acesso a todas as palestras;
– Bolsa e material da conferência;
– Almoço e café durante os dias de conferência;
– Acesso à feira Glass Expo;
– Acesso aos eventos especiais de abertura e encerramento;
– Traslado para o pavilhão de conferência e demais eventos.

A inscrição de acompanhantes (cônjuges, por exemplo) custa € 130 por pessoa (mais 24% do VAT). Menores de dezoito anos não pagam.

palestras

‘Workshops’
Eles possuem a tradição de começar antes do programa oficial do GPD. Neste ano serão nos dias 27 e 28 de junho. A participação nos workshops deve ser confirmada no momento da inscrição para o fórum. Veja abaixo os temas de cada um:

27 DE JUNHO
O que conseguimos ao longo dos últimos 25 anos na indústria de vidro plano (1992-2017) e o que podemos esperar para o amanhã? — Bernard Jean Savaëte (BJS Différences);

Endurecimento químico de vidro por troca de íons — Guglielmo Macrelli (Isoclima);

Vidro arquitetônico — Sami Phjolainen (Glaston) e Mikko Suomi (Ayrox) e Fana Immonen (Sparklike);

Otimizando corte e furação — Peter Pokoern (Bohle AG) e Michael Emonds (Chemetall);

Uma introdução ao envidraçamento insulado a vácuo — Cenk Kocer (Universidade de Sydney);

Ensinamentos avançados em envidraçamento insulado a vácuo — Cenk Kocer (Universidade de Sydney).

28 DE JUNHO
‘Design’ de vidro: uma comparação de padrões — Julia Schimmelpenningh (Eastman) e outros;

Introdução ao processo de têmpera de vidro e propriedades do vidro temperado — Antti Aronen (Universidade de Sydney);

Servindo clientes e comunidade por meio dos padrões internacionais para qualidade e meio ambiente (ISO-9001, ISO-14001) — Lisett Guevara Gulnick (McGrory Glass);

Superfície do vidro: alterações e tratamento — Michael Emonds (Chemetall), Edda Rädlein (Universidade Técnica de Ilmenau) e Reinhold Senft (Grafotec Spray Systems);

Testes, modelagem reológica e ‘design’ de ‘interlayers’ em vidros laminados de segurança — Miriam Schuster e Michael Kraus (Universidade das Forças Armadas Alemãs de Munique);

Envidraçamento automotivo — Michael Robinson (ED Design) e Mikko Suomi (Ayrox);

Convite para a “Internet das Coisas” na fábrica de refino de vidro — Futuras possibilidades e aplicações — Kimmo Kuusela (Glaston Finland);

Tecnologias inovadoras em selantes estruturais: otimizando transparência e desempenho em sistemas de fachadas — Larry Carbary e Valérie Hayez (Dow Corning) e Lisa Rammig (Eckersley O’Callaghan);

Avanços em revestimentos para vidros e plásticos; Workshop sobre anisotropia — Jorma Vitkala (Chairman do GPD) e Olavi Uusitalo (Holmark).

 

Passagens aéreas
aviaoEm cotação realizada no início de março, passagens de ida e volta para Tampere, saindo do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, custavam, aproximadamente, R$ 5 mil. A companhia que apresentava esse valor, o menor dentro da cotação, é a Latam.

Fale com eles!
GPD — www.gpd.fi

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Acontece

Abravidro e vidraceiros em sintonia
Lembra do abaixo-assinado do vidro, abordado pelo presidente Alexandre Pestana no editorial da edição de fevereiro da revista O Vidroplano? Neste mês, houve uma reunião sobre o assunto na sede da Abravidro — e o encontro foi muito produtivo! Abravidro e vidraceiros vão trabalhar em conjunto para a formação de um código de boas práticas para as indústrias processadoras. Fique ligado em nossas redes sociais para mais informações!

Saint-Gobain oferece prêmio
Durante o fechamento desta edição, aconteceu a entrega da 4ª edição do Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura — Habitat Sustentável. Quer saber quem foram os vencedores? Acesse o Blog da Abravidro, pois lá você encontrará os detalhes dos projetos. Ah, na edição de abril da revista, também traremos mais informações sobre a premiação. Não perca!

Vidro para as tartarugas
Projeto Tamar - visores ViminasQuem disse que vidro não está ligado à natureza? O Projeto Tamar do Espírito Santo, em Vitória, ganhou um tanque de observação de tartarugas marinhas com multilaminados. São três placas de temperado, num total de incríveis 31,5 mm de espessura! Quem processou os vidros foi a também capixaba Viminas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

PKO do Brasil fecha parceria com a Corning para oferecer vidros hospitalares

A PKO do Brasil acaba de anunciar sua parceria com a fabricante norte-americana Corning para oferecer “pronta entrega” o Vidro Plumbífero Corning Med-X em todo o território nacional. O produto agora é beneficiado e comercializado no Brasil, permitindo a redução de cerca de 30% em seu preço por m2. Segundo a empresa, o vidro, que contém chumbo em sua composição, é altamente eficaz para barrar a radiação de equipamentos utilizados em procedimentos e diagnósticos médicos. Sua aplicação é recomendada em salas de raio-X, tomografia ou espaços que utilizem outros equipamentos radiológicos, atendendo integralmente a norma técnica NBR IEC 61331 — Dispositivos de proteção contra radiação-X para fins de diagnóstico médico.

Mais informações: www.corning.com e www.pkodobrasil.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Intermac celebra trinta anos com nova linha de CNC

A fabricante italiana de maquinários Intermac chega a trinta anos de vida em 2017. A empresa, braço do Grupo Biesse, foi fundada em 1987, na cidade de Pesaro, por Giancarlo Selci. Desde então, especializou-se no processamento de vidro e também de outros materiais, como pedra e metal. O lançamento da nova geração da linha Master de CNCs chega para comemorar essa história de tecnologia. O Master 45.5 Plus, por exemplo, possui cinco eixos e pode trabalhar em vidros de até 4,5 x 2,5 m. Nos dias 16 a 18 de março, outro momento festivo: a Intermac levou parceiros e clientes para conhecer sua sede italiana, com o intuito de mostrar a estrutura fabril e fechar negociações em andamento.

Mais informações: www.intermac.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sincomavi organiza curso de vendas em SP

Aproximadamente, sessenta pessoas assistiram, no dia 21 de fevereiro, a palestra Como alavancar suas vendas, vendendo para pessoa jurídica. Realizado no auditório do Sincomavi, o evento teve como preletor Sérgio de Oliveira, o qual mostrou aos participantes como identificar oportunidades e oferecer melhores condições de venda para atrair pessoas jurídicas como clientes, além de destacar a redução de custos em comparação com as lojas físicas como uma das vantagens. Oliveira também explicou as diferenças no comércio entre pessoas físicas e jurídicas e ensinou como pesquisar consumidores específicos, como construtoras, escritórios de arquitetura, hospitais e escolas.

Mais informações: www.sincomavi.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Em mostra de ‘design’ paulistana, Glass11 apresenta itens de vidro

De 17 de fevereiro a 18 de março, a exposição Odisseia foi realizada na Galeria Nicoli, em São Paulo, em parceria com a Glass11, marca de design de móveis com vidro. Essa é a segunda mostra promovida pela Glass11 (em agosto do ano passado, ela organizou a exposição TRANS aparências — Uma manifestação da realidade, como parte do festival paulistano Design Weekend). Ambas contaram com a cobertura de O Vidroplano — a reportagem sobre primeiro evento pode ser vista na edição 525 da revista, publicada em setembro de 2016.

A mostra não exibiu apenas os móveis de vidro comercializados, mas também peças decorativas com vidros e espelhos assinadas pela equipe da marca e designers da galeria.

Para Matheus Primo, diretor-criativo da Glass11, é prazeroso ver o vidro e o espelho entrando em um circuito não habitual. E faz convites frequentes a processadoras para participar de iniciativas como essa. “Se todos acreditarem nisso, a gente consegue fazer o vidro decolar ainda mais”, analisa.

Mais informações: galerianicoli.com.br e www.glass11.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 

Palavra do leitor

Ensaios acústicos
Há algum laboratório no Brasil em que possamos realizar ensaios acústicos de vidros?
Luiz
Fosters Química do Brasil
São Paulo, SP

Sim, há laboratórios que fazem ensaios acústicos. São eles:

Concremat Inspeções e Laboratórios
Rua Madre Emilie de Villeuneuve, 434 – Jardim Prudência
São Paulo, SP
Tel. (11) 5567-1900

Institutos Tecnológicos Unisinos
Avenida Unisinos, 950
São Leopoldo, RS
Tel. (51) 3590-8700

Clélia Bassetto
Consultora de Normalização da Abravidro
(11) 3873-9908

‘Showroom’ vidreiro
No “Para sua vidraçaria” de janeiro (edição nº 529) de O Vidroplano, falamos sobre como um showroom pode ser uma ferramenta de vendas para os vidraceiros. A matéria mostrava um ótimo exemplo: o espaço da Dividros (www.dividros.com.br), em Divinópolis (MG). Acrescentamos agora a informação de que as autoras do projeto são as arquitetas Miriane Araújo de Oliveira e Luciane Araújo.

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sindicato novo à vista!

No dia 15 de fevereiro, representantes da Ascevi e empresários do setor vidreiro de Santa Catarina reuniram-se na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) para fundar o Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vidro, Espelhos e Cristais do Estado de Santa Catarina (Sindicato do Vidro-SC). Assim que for reconhecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), ele será o responsável por representar os processadores de vidros planos na negociação coletiva de trabalho e dissídio coletivo, entre outros benefícios. “A intenção é que a gente consiga regularizar o nosso setor, que no momento está desamparado do ponto de vista legal”, destaca Samir Cardoso, presidente eleito para a primeira diretoria da entidade.

Para que o Sindicato possa atuar como entidade representativa, é necessário seguir um trâmite burocrático, que pode levar até três anos para ser concluído. A nova entidade não substituirá as atividades da Ascevi, que continuará responsável pela organização de eventos, cursos e workshops, bem como pelo atendimento aos profissionais do setor não contemplados pelo sindicato — vidraceiros, distribuidores de vidro e fabricantes de esquadrias e acessórios para o nosso material.

Diretoria eleita 2017 – 2020
Presidente: Samir Cardoso
Primeiro-vice-presidente: Rafael Nandi da Motta
Segundo-vice-presidente: Lino Rohden
Secretária: Marlene Alves de Farias
Vice-secretária: Geizi Izaias Cardoso
Diretor administrativo-financeiro/Tesoureiro: Altemir de Freitas Zamparetti
Vice-diretor administrativo-financeiro/Tesoureiro: Clairto Antônio da Motta

Conselho Fiscal: Bruna Nandi da Motta, Everton Pessetti, João de Campos, João Henrique Paludo Bolsi (suplente), Mauro Wagner (suplente) e Orlando Pedro Nascimento (suplente)

Delegação Federativa: Altemir de Freitas Zamparetti, Samir Cardoso, Lino Rohden (suplente) e Rafael Nandi da Motta (suplente)

Fale com eles!
Ascevi-SC — www.ascevi.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Guardian anuncia novo gerente-geral para América do Sul

A operação da Guardian no continente sul-americano segue em sua reformulação. A multinacional vidreira divulgou no início deste mês o nome do brasileiro Ricardo Knecht como novo gerente-geral para a América do Sul. Formado em economia pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), Knecht também é pós-graduado em controladoria pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap). Atuou como gerente-geral da Sabic para a América do Sul, empresa especializada em materiais termoplásticos, e foi ainda diretor-financeiro da GE Plastics para a América Latina.

Entre suas funções, além de liderar a equipe, estão o desenvolvimento de estratégias, definição de prioridades e implementação de iniciativas.

Mais informações: www.guardianbrasil.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Comemorando aniversário, UBV lança aplicativo para vidraceiros

Uma novidade da União Brasileira de Vidros (UBV) pretende facilitar o dia a dia dos vidraceiros, principalmente na interação com seus clientes. Trata-se do UBV Vidro Design. O aplicativo, criado em comemoração aos sessenta anos da fabricante, mostra em detalhes a textura dos vidros da fabricante. Com isso, o consumidor saberá qual a estética do vidro antes mesmo de ele ser instalado. Além disso, a ferramenta permite a criação de orçamentos. “Entramos na fase de maturidade com novas tecnologias para melhor atender os clientes”, explica o presidente da empresa, Sergio Minerbo. “Isso demonstra que estamos antenados para facilitar a vida de quem trabalha com esse produto.” O aplicativo está disponível para dispositivos móveis Android e iOS.

Mais informações: www.vidrosubv.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Direito ‘antidumping’ definitivo é aplicado a vidros automotivos vindos da China

No dia 17 de fevereiro, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex), da Câmara de Comércio Exterior (Camex), determinou o encerramento da investigação de dumping nas exportações para o Brasil de vidros automotivos temperados e laminados vindas da China. A investigação concluiu que houve a prática de dumping, bem como um vínculo significativo entre essas exportações e o dano à indústria doméstica. A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), por meio da Resolução Nº 5, de 16 de fevereiro de 2017.

Dessa forma, haverá a aplicação de direito antidumping definitivo a essas importações, sob forma de alíquota específica, por um prazo de até cinco anos. Os produtos em questão são comumente classificados nos itens 7007.11.00, 7007.19.00, 7007.21.00, 7007.29.00 e 8708.29.99 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

Atenção: o direito antidumping não se aplica a vidros blindados, tetos solares elétricos e vidros temperados e laminados para aplicação em motocicletas, tratores e outros veículos.

Mais informações: www.camex.gov.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Com o dedo na ferida

Mercado capengando, a água começa a bater e o que nosso presidente Alexandre Pestana tem falado há um tempão começa a ficar muito evidente: nada será como antes e não vai dar para trabalhar da mesma forma nem durante e nem depois da crise.

Algumas movimentações já dão indícios disso: sérias dificuldades em algumas empresas, maior diálogo entre os integrantes do mercado e uma pauta que vai muito além do chororô. No centro das discussões aparecem elas, aquelas que a Abravidro tem colocado como prioridade há vinte anos: as normas técnicas!

Agora, a conversa tem sido outra: quem aplica, como aplica e as consequências para quem não aplica as normas. Do lado de cá, adoramos, pois é um passo importante para o amadurecimento de nosso segmento. Porém, muito mais do que aplaudir os novos rumos, O Vidroplano vai contribuir com esse papo, explicando de forma ainda mais simples e prática alguns detalhes desse conteúdo tão valioso presente nesses documentos da ABNT.

Nesta edição, você conhece melhor os desafios de se trabalhar com vidro em altura e, na página 27, algumas situações que podem comprometer a segurança das obras com vidro temperado. Ah!, mas você queria saber mais sobre normas de outros assuntos? Então siga a página da Abravidro no Facebook, assine a nossa newsletter por e-mail e acompanhe toda semana muitas dicas técnicas que vão lhe ajudar muito!

Grande abraço,

Celina Araujo, editora de 'O Vidroplano' e superintendente da Abravidro


Celina Araujo
Editora

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Mãos à obra!

Alexandre_pestana_EditorialConforme abordado neste espaço em nossa última edição, fizemos a primeira reunião com o grupo de vidraceiros representantes dos profissionais que aderiram ao abaixo-assinado para a ética do setor vidreiro. Por parte da Abravidro, foi uma satisfação imensa termos a oportunidade inédita de dialogar de forma totalmente aberta e em altíssimo nível com o varejo organizado, em torno de propostas construtivas que trazem rentabilidade às empresas — tanto para processadores como para vidraceiros.

Cada parte foi colocando suas dificuldades e propondo soluções, enquanto o grupo todo buscava identificar obstáculos de implementação — do ponto de vista legal e prático — para que encontrássemos soluções tangíveis. Ao final, elencamos várias propostas a serem produzidas em conjunto, inclusive um manual de boas práticas para as indústrias processadoras. Tudo será detalhadamente discutido e submetido à aprovação da Assembleia-geral da Abravidro.

reuniãoEntre muitas das conclusões que tivemos, uma delas foi muito marcante para mim: o poder que, individualmente, cada comprador tem em mãos. Atuamos num mercado de livre concorrência e, principalmente num momento de retração econômica, cabe ao cliente definir o perfil de seu fornecedor. Se ele é considerado desleal, a decisão mais eficaz é eleger quem possa trabalhar nas condições adequadas.

Vi nessa primeira reunião uma grande sinergia e a certeza de que vamos alcançar resultados promissores. Muito mais do que discussões, nosso foco está em ações efetivas, que não teriam o mesmo efeito se fossem aplicadas isoladamente. Temos ciência de que não será fácil, não será rápido e exigirá muito esforço de todos nós, mas ambos os lados já abraçaram esse desafio. Agora é a hora de colocar mãos à obra!

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sua empresa possui sistema de gestão de qualidade?

Escrito por Cláudio Lúcio da Silva

A filosofia da qualidade precisa estar inserida na cultura e na rotina de toda a empresa, indo da alta direção aos demais colaboradores. Isso não é responsabilidade apenas do funcionário designado para o setor que cuida desse assunto. No setor vidreiro, essa máxima deve valer também! Um sistema de gestão de qualidade é vital — agora, mais do que nunca, nesse tempo de menor atividade. Mas, afinal, como deve funcionar o controle de qualidade?

Controle total
Um sistema desse tipo documenta processos, procedimentos e responsabilidades de forma a coordenar e dirigir as atividades de uma empresa. Basicamente, ele tem a função de garantir a satisfação do cliente e os interesses da empresa, além de mitigar os riscos da operação.

Mudanças para melhor
A implementação de um sistema de gestão da qualidade afeta positivamente todos os aspectos do desempenho de uma organização, incluindo:

– Melhoria dos processos industriais;
– Redução de desperdício;
– Redução de custos;
– Ajuda na identificação de oportunidades de formação;
– Envolvimento dos funcionários nos processos.

Entendimento do mercado
O sistema de qualidade plenamente em execução é importante também para permitir que a empresa enxergue do que realmente o seu mercado necessita, analisando seu negócio a partir de elementos como:

– Expectativas e necessidades;
– Relação entre o produto gerado, produto esperado pelo cliente e o produto fornecido para ele;
– Comunicação com os clientes,
– Forma na qual os produtos são disponibilizados.

A recomendação para as empresas interessadas é que se implementem sistemas de gestão da qualidade baseados na ISO 9001:2015, pois ela contém os requisitos mais atuais e próximos aos novos paradigmas da indústria.

Claudio (tratada) cópiaFale com eles!
Cláudio Lúcio da Silva ministra os módulos da Especialização Técnica Abravidro. É expert em transformação de vidros, com experiência em modelagem, implantação e gestão de processos industriais. claudiolucio.s@hotmail.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Valorizando os vidraceiros

Os vidraceiros são parte fundamental para a realização de inúmeros projetos arquitetônicos impressionantes. Buscando dar visibilidade e reconhecimento ao trabalho e talento desses profissionais, Gabriel Batista, diretor do Grupo Setor Vidreiro, criou o campeonato Os Melhores Vidreiros do Brasil. A competição, realizada em parceria com a Abravidro, teve seus vencedores anunciados no fim de fevereiro. Confira detalhes dos projetos a seguir.

Campeões dos campeões

Os primeiros colocados de todas as categorias da premiação, eleitos por votação popular, disputaram o título de Campeão dos Campeões. A escolha dos vencedores (conheça-os nas páginas seguintes) foi feita por um júri técnico composto por projetistas, coordenadores técnicos, fornecedores e, claro, proprietários de vidraçarias (não disputando o prêmio), todos com grande conhecimento das aplicações do nosso material. “Fui surpreendido tanto pela qualidade como pela originalidade e diversidade dos trabalhos. Eles vão desde pequenos objetos a obras grandiosas”, revela Batista.

Sobre a criação do campeonato, ele diz: “Precisávamos fazer algo para despertar o orgulho dos vidraceiros, mostrando a eles mesmos o que outros profissionais estão fazendo em diferentes regiões”. A ideia era reforçar a necessidade de se reinventar e sair da zona de conforto diariamente.

Troféu vidreiro

Para fazer jus ao setor, os troféus do campeonato (foto no início da reportagem) foram feitos com vidro extra clear Diamant, da Cebrace, com espessura de 12 mm, impressão digital e pintura feitas pela Color Vidros. A base, também de Diamant 12 mm, recebeu lapidação reta e é colada com cola ultravioleta, além de suporte de silicone.

Os vencedores

 

Cubo de vidro na entrada do Edifício Comercial Prime Tower

vp_melhoresvidreiros-cubo1Santa Rita Vidros Especiais

Florianópolis

– Conclusão da obra: 2014

– Vidros: temperados incolores 10 mm na fachada, temperados laminados incolores 30 mm (10+10+10 mm) nas colunas e vigas e temperados laminados incolores 16 mm (8+8 mm) na cobertura

– Diferenciais: “É um cubo feito completamente de vidros especiais, inclusive em sua sustentação”, descreve o arquiteto André Athayde, do Departamento de Obras e Projetos da Santa Rita.

– Desafios: para adaptar o cubo à arquitetura do prédio, foram feitos estudos preliminares em computador e consulta às fabricantes vidreiras e normas técnicas. Os spiders e ferragens para fixação dos vidros foram produzidos especialmente para a obra.

vp_melhoresvidreiros-santaritaGabriel Batista, do Grupo Setor Vidreiro, em São José (SC): troféus e prêmios (84 ferramentas Bosch e Starrett e R$ 1.250,00) foram entregues à equipe da Santa Rita Vidros Especiais

Contato: www.vidroslaminados.com.br

Fechamento de piscina

vp_melhoresvidreiros-piscinaR4 Tecnologia em Vidros

Salvador

– Conclusão da obra: 2015

– Vidros: temperados multilaminados 30 mm (10+10+10 mm)

– Diferenciais: José Romão da Silva Neto, proprietário da R4, ressalta a variedade de aplicações do vidro, “possível graças ao trabalho junto ao arquiteto Cássio Ribeiro, um admirador do vidro”.

– Desafios: segundo Romão, todas as técnicas para o projeto já haviam sido usadas pela empresa em outras obras. Mesmo assim, houve emprenho na execução do serviço.

Claraboia de vidro na Academia Infinity

vp_melhoresvidreiros-claraboia

R4 Tecnologia em Vidros

Salvador

– Conclusão da obra: 2014

– Vidros: temperados laminados 12 mm (6+6 mm)

– Diferenciais: a grande cobertura envidraçada da academia conta com nada menos que 319 m² de temperados laminados.

– Desafios: a R4 já teve outras experiências na instalação de coberturas de vidro – dessa forma, focou-se na especificação dos temperados laminados para garantir a segurança dos usuários da piscina logo abaixo dela.

vp_melhoresvidreiros-r4Equipe da R4 Tecnologia em Vidros, de Salvador, recebe seus troféus e prêmios de Gabriel Batista. Pela segunda colocação, a empresa ganhou 80 ferramentas Starrett e R$ 500,00. A recompensa pelo terceiro lugar foram mais 80 ferramentas Starrett, além de R$ 250,00

Contato:

r4tecnologiaemvidros.com.br

Vencedores por voto popular!

A primeira etapa do campeonato Os Melhores Vidreiros do Brasil contou com nove categorias, decididas por votação popular no site da premiação. Os três primeiros colocados em cada uma foram anunciados no dia 15 de fevereiro. O 1º lugar de cada categoria, então, disputou o prêmio Campeão dos Campeões, decidido por um júri técnico composto por especialistas de diferentes Estados. Conheça a seguir todas as empresas que conquistaram as primeiras, segundas e terceiras colocações na opinião dos milhares de votantes pelo Brasil!

tabela

Os Melhores Vidreiros do Brasil em números

– 54 empresas participantes;

– 89 trabalhos inscritos;

– 10 categorias, sendo 9 definidas por votação popular e a décima, Campeão dos Campeões, decidida por um júri técnico;

– 9 Estados do Brasil tiveram projetos premiados: Bahia, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Fale com eles!

Abravidro — www.abravidro.org.br

Campeonato — www.melhoresvidreirosdobrasil.com.br

Grupo Setor Vidreiro — www.setorvidreiro.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Inove sempre! Mas dentro das normas

É comum que especificadores, processadores e vidraceiros enxerguem diferentes soluções para um mesmo projeto envolvendo o vidro temperado. Mas, para decidir qual delas tomar, é necessário não só que todos esses profissionais tenham uma comunicação clara e direta entre si, mas que também conheçam as características e limitações do produto — afinal, a segurança é fundamental.

Caso haja algum erro na hora de especificar, beneficiar ou instalar o vidro temperado, o resultado do produto final pode ficar comprometido. Fique atento: “Havendo algum problema no produto, mesmo que o fabricante firme uma cláusula de exclusão de responsabilidade com seu cliente em relação ao cumprimento das normas técnicas, ela não terá qualquer validade”, explica o advogado Fabrício Luquetti, consultor jurídico da Abravidro. “Assim, a cadeia de consumo — seja o processador, a vidraçaria, etc. — terá que responder pelos danos causados ao consumidor.”

A equipe da Abravidro identificou alguns dos problemas envolvendo o trabalho com vidros temperados e reuniu as informações presentes nas normas da ABNT para ajudar os profissionais a abandonar essas práticas. Confira nossas dicas.

Quinas vivas
quinavivaOnde começa: ao tirar as medidas para um projeto, o vidraceiro observa que determinado espaço precisará de uma peça com ângulo abaixo de 30º.
O problema: quem tira as medidas do vão não avalia de que forma poderia reduzir a quina da peça — como o arredondamento dela ou a divisão do vidro em duas ou mais peças. O processador, por sua vez, nem sempre questiona as medidas informadas, resultando em vidros com ângulo menor que 30º em sua quina, o que pode causar sua quebra.
O que as normas dizem: a NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações determina que o ângulo da peça deve ser sempre maior ou igual a 30º. Para ângulo igual a 30º, a quina da peça deve ser arredondada com um raio igual à metade da espessura do vidro (raio da quina = e ÷ 2).

Furações
Onde começa: o especificador projeta as furações a serem feitas no vidro para seu encaixe a uma ferragem.
O problema: por não conhecer as normas vidreiras, ele escolhe ferragens inadequadas para vidro temperado, sem considerar suas limitações. Isso leva ao desgaste do vidro devido a um dos seguintes casos:

caso1– Caso 1: os furos ficam muito próximos entre si ou da borda, aumentando o esforço em uma área pequena do vidro.
O que as normas dizem: a NBR 7199 aponta que, para furos com diâmetro de até 80 mm, a distância do início do furo até a borda da peça, e entre furos, deve ser maior ou igual a duas vezes a espessura do vidro.

 

caso2– Caso 2: um furo de canto é feito muito próximo da quina do vidro.
O que as normas dizem: ainda segundo a NBR 7199, a distância mínima da quina da peça até a borda do furo, na diagonal, deve ser maior ou igual a seis vezes a espessura do vidro.

 

caso3– Caso 3: os furos feitos no vidro têm diâmetro menor que sua espessura.
O que as normas dizem: de acordo com a NBR 7199, para furos com diâmetro de até 80 mm, o diâmetro do furo deve ser maior ou igual à espessura do vidro.

 

recorteRecorte
Onde começa: o projetista elabora o recorte do vidro para sua aplicação em determinada obra.
O problema: na hora de definir as medidas e a localização da área a ser recortada na peça, são ignoradas as determinações das normas, comprometendo a segurança.
O que as normas dizem: a NBR 7199 aponta que recortes retangulares ou quadrados devem estar inscritos em um círculo, respeitando as proporções mostradas no desenho ao lado. Além disso, o raio mínimo dos cantos do recorte é de 20 mm.

vp_temp-formatoNOVAFormatos não convencionais
Onde começa: o cliente de um vidraceiro pede uma peça temperada com formato especial (isto é, não retangular). Ele, então, encaminha um molde com as medidas exatas para o processador.
O problema: muitas vezes, o vidraceiro ignora os limites de tolerância para as medidas. O processador, por sua vez, não informa quais são os limites com que trabalha. Por conta da falha na comunicação, depois de pronto o vidro tem grandes chances de não servir para o cliente.
O que as normas dizem: conforme informado na NBR 14698 — Vidro temperado, para a produção de peças com formatos especiais, deve ser estabelecido um acordo prévio com o cliente sobre as características das tolerâncias do projeto. Vale lembrar que quem garante medidas exatas para um projeto, sem considerar as tolerâncias do seu processo produtivo, assume um risco maior.

vp_temp-lapidaçãoNOVALapidação
Onde começa: uma peça de vidro temperado foi produzida fora das medidas pedidas pelo cliente do vidraceiro. Apesar disso, o fornecedor não quer perder o vidro.
O problema: tentando “consertar” esse vidro, há profissionais que decidem lapidar suas bordas — algo infelizmente comum em tempos de crise. Não precisamos dizer que as chances desse vidro quebrar são grandes.
O que as normas dizem: a NBR 14698 é bem clara: o vidro não pode ter sua borda trabalhada após passar pelo processo de têmpera.

vp_temp-capacidadeNOVACapacidades do processador
Onde começa: cada beneficiadora de vidro tem suas próprias máquinas para cada atividade em seu galpão, e trabalhará com limites mínimo e máximo próprios de medidas para os seus produtos, diferentes daqueles de outras empresas.
O problema: algumas vezes, o processador arrisca trabalhar com vidros de tamanhos que ultrapassam a capacidade de seus maquinários. É uma decisão perigosa: caso o vidro seja maior que o limite de uma lapidadora, por exemplo, ele pode trepidar e cair, danificando não só a peça mas a própria máquina e também comprometendo a segurança dos operadores.
O que as normas dizem: cabe ao vidraceiro consultar as medidas máximas e mínimas com o seu fabricante de vidro temperado, segundo a NBR 14698. Por sua vez, o beneficiador precisa conhecer os limites com os quais pode trabalhar conforme a determinação de capacidade de cada equipamento.

Photo of blank glass plate with copy spaceCadê a marca?
Onde começa: Há empresas que comercializam temperados sem a marca do fabricante. Algumas vezes, a intenção é usar vidros de fornecedores diferentes em uma mesma obra. Em outras, atendem a pedidos de clientes.
O problema: se o vidro tiver problemas causados por seu processamento, não é possível rastrear sua origem. Com isso, o vidraceiro terá que arcar com o prejuízo. Sem marca também é difícil diferenciar o vidro temperado de um comum.
O que as normas dizem: a NBR 14698 determina que o vidro temperado deve ser marcado de forma duradoura com a marca do seu fabricante. E o Artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor lembra que é proibido colocar no mercado qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas.

vp_temp-transporteNOVATransporte
– Clientes
Onde começa: algumas empresas permitem que o cliente retire os vidros com veículos inadequados para seu transporte, empilhando-os na horizontal ou não usando intercalário entre elas.
O problema: isso expõe os produtos a danos e compromete suas qualidades técnicas.
O que as normas dizem: segundo a NBR 7199, vidros devem ser transportados em pilhas, apoiados em material que não danifique as bordas (como borracha ou madeira), com inclinação de 4 a 6 graus em relação à vertical. Além disso, devem ser separados por intercalários que protejam suas superfícies.

– Fornecedores
Onde começa: o próprio fornecedor transporta o vidro de forma incorreta, em caminhões abertos e sem lona, ou misturando peças sem considerar o tamanho e o tipo de cada uma.
O problema: além dos riscos, esses caminhões ainda podem ser multados.
O que as normas dizem: de acordo com a NBR 7199, quando as peças de vidro tiverem tamanhos diferentes, as suas superfícies e bordas devem ser protegidas para evitar o contato entre elas.

vp_temp-instalaçãoInstalação
Onde começa: todos os problemas anteriores foram evitados. Resta apenas instalar os vidros.
O problema: há casos em que o instalador deixa o vidro em contato com perfis, parafusos ou outras estruturas, ou com o uso de calços feitos de materiais que apodrecem ou absorvem água. Algumas vezes, as folgas são ignoradas. Com isso, ele é submetido a esforços que podem causar sua quebra.
O que as normas dizem: a NBR 7199 enfatiza que os vidros não devem sofrer esforços causados pela dilatação, contração, torção, vibração ou deformação do sistema. Para isso, o contato das bordas delas não é permitido com peças metálicas ou qualquer material de dureza superior ao vidro.

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Nas alturas, sem medo de cair

As quedas de trabalhadores durante atividades em altura estão entre as principais causas de acidentes de trabalho graves, e até mesmo fatais. E muitos serviços desse tipo, vale lembrar, são realizados por vidraçarias, como o envidraçamento de sacadas, instalação de peles de vidro, coberturas ou guarda-corpos.

Para evitar esses riscos e garantir a segurança desses profissionais, em 2012, o Ministério do Trabalho publicou a Norma regulamentadora Nº 35 — Trabalho em altura (NR-35), que define os requisitos e as medidas de proteção durante o planejamento, organização e execução de trabalhos com diferenças de níveis.

Embora o cumprimento da NR-35 seja obrigatório para qualquer trabalho em altura, ainda há muitas empresas que desconhecem a norma. Para reforçar a importância dela para nosso setor, O Vidroplano traz a seguir algumas das principais informações presentes na norma e os relatos de vidraçarias que trabalham em concordância com ela sobre seus benefícios, que vão da segurança da equipe à credibilidade no mercado.

O que é trabalho em altura?
A NR-35 considera como trabalho em altura qualquer atividade realizada acima de 2 m do nível inferior, onde haja risco de queda. Essa altura foi adotada por ser considerada em várias normas, tanto nacionais como internacionais, facilitando sua aplicação.

Vale destacar que:
– A altura não precisa ser necessariamente em relação ao solo, mas sim à superfície de referência (como uma varanda localizada abaixo do local em que o serviço é feito);
– A norma não considera diferenças entre o tipo de trabalho realizado: seja uma instalação de pele de vidro ou a limpeza de uma fachada, os mesmos cuidados devem ser tomados acima de 2 m;
– O fato de a NR-35 ser voltada para trabalhos executados acima de 2 m não significa que a empresa não deva tomar medidas para reduzir ou eliminar riscos em atividades em alturas iguais ou inferiores a esse limite.

Onde ler a norma?
A NR-35 está disponível no site do Ministério do Trabalho.

No site, acesse a área de Segurança e Saúde no Trabalho e, depois, entre em Normatização.

vp_vidraçaria-cbsvidrosCBS Vidros – São Paulo
Primeiro contato com a NR-35: Thiago Boa Sorte, sócioproprietário da vidraçaria, já tinha cursos em rapel e serviços em altura antes da publicação da norma.
Aprendizado: antes da abertura da CBS Vidros, Boa Sorte promoveu a capacitação de sua equipe não só na NR-35, mas também na NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações. Com isso, a empresa contou com profissionais qualificados já desde seu início;
Para o mercado: a comprovação de que a CBS Vidros tem pessoas capacitadas para realizar trabalhos em altura faz diferença para o consumidor: “É um ótimo argumento de venda, por mostrar a segurança em contratar uma empresa responsável, preocupada com a segurança de seus funcionários e das pessoas que estão ao redor do local em que a obra será realizada”, avalia.

Segurança: responsabilidades do empregador…
– Garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas na norma;
– Realizar a Análise de Risco (AR) e, quando necessário, emitir a Permissão de Trabalho (PT);
– Desenvolver procedimento operacional para as atividades;
– Realizar avaliação prévia das condições no local, por meio de estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas de segurança;
– Acompanhar o cumprimento das medidas de proteção;
– Informar aos trabalhadores os riscos e as medidas de controle;
– Garantir que todas as medidas de proteção tenham sido adotadas antes de qualquer trabalho;
– Suspender as atividades quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
– Estabelecer um sistema de autorização dos funcionários para o serviço;
– Garantir que todo trabalho seja realizado sob supervisão de especialista;
– Assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista na norma.

…e do empregado
– Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre o serviço, inclusive os procedimentos definidos pelo empregador;
– Colaborar com a empresa para que a norma seja cumprida à risca;
– Interromper suas atividades sempre que observar evidências de riscos graves para sua segurança e saúde ou para a de outras pessoas, avisando imediatamente o superior hierárquico;
– Zelar pela segurança e saúde sua e de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações.

vp_vidraçaria-everartEverart – São Paulo
Primeiro contato com a NR-35: em agosto de 2016, quando precisou capacitar seus trabalhadores na norma para executar um serviço em um condomínio no interior de São Paulo;
Aprendizado: Eduardo e Gisele Muniz, sócios-proprietários da empresa, observam que seus profissionais têm muito mais consciência em relação à própria segurança e à dos colegas. “Eles também são mais cautelosos para conservar e usar seus EPIs”, completa Eduardo;
Para o mercado: a Everart destaca que a presença de profissionais capacitados na NR-35 também traz aos seus clientes maior confiança na empresa e sensação de segurança, o que acaba sendo um diferencial no mercado.


EPIs: nunca deixe de usá-los!

Os profissionais também devem usar sempre equipamentos de proteção individual (EPIs) para essas atividades. André Henrique, diretor da fabricante de EPIs para trabalhos em altura Degomaster, aponta como principais:

1. Capacete;
2. Cinto de segurança;
3. Talabarte — dispositivo de conexão para sustentar ou limitar a posição do trabalhador;
4. Trava-quedas — é conectado ao cinto de segurança para interromper a queda;
5. Dispositivos de ancoragem, como fita de ancoragem para escada — para prender o sistema de segurança do trabalhador à estrutura da obra, como em vigas ou andaimes.

Mas não basta ter e usar os EPIs: “Pode-se ter o melhor equipamento, mas se ele não for inspecionado antes de cada uso, a segurança do trabalhador não está garantida”, afirma Marcos Amazonas, supervisor de Produtos para Trabalhos em Altura da Honeywell. Ele também lembra que os EPIs devem ter a devida certificação — cintos, talabartes e trava-quedas, por exemplo, são confiáveis quando contam com selo do Inmetro.

Outro cuidado é na hora de fazer a ancoragem dos dispositivos para prevenção de queda. Marcos Vinicius Moraes, técnico em emergências médicas e responsável pelo treinamento da Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes (ABPA) em São Paulo para trabalhos em altura, observa que ela deve ser avaliada por profissional capacitado e com responsabilidade técnica. E lembra: “Hoje, já é regra básica na norma que cada trabalhador deve estar conectado a pelo menos dois pontos de ancoragem diferentes”.

GE DIGITAL CAMERADoc Glass – Rio de Janeiro
Primeiro contato com a NR-35: Massimo Terrana, gerente-comercial da Doc Glass, conheceu a norma antes mesmo de dar início à sua vidraçaria, quando comercializava produtos para tratamento de vidros em aplicações como coberturas e peles de vidro. Assim, logo que a empresa entrou em operação, a capacitação de sua equipe na NR-35 e o cumprimento de suas determinações já eram seguidos rigorosamente;
Aprendizado: para a equipe da empresa, o cumprimento da NR-35 só trouxe vantagens, da melhora na qualidade dos serviços à tranquilidade em relação à grande diminuição dos riscos de acidentes;
Para o mercado: Terrana não observa muita preocupação por parte dos contratantes: “Acredito que a maioria dos consumidores compara as empresas somente pelos valores nos orçamentos e ignoram ou desconhecem a NR-35”, afirma. Para ele, isso faz com que o nivelamento nesse setor seja muitas vezes feito por baixo.

Riscos para a saúde e para o bolso
Ainda há empresas que consideram que o conhecimento e cumprimento da NR-35 sejam desnecessários. Ao agir assim, ela não só coloca a vida de seus trabalhadores em perigo, como também se sujeita a punições previstas em lei:
Multas — Os trabalhos em altura são fiscalizados pelo Ministério do Trabalho e, caso o auditor fiscal do trabalho observe irregularidades, pode lavrar autos de infração que serão convertidos em multa de R$ 400,00 a R$ 6.000,00;
Interrupção da obra — Se for constatado risco grave e iminente de acidentes, a obra pode ser interditada ou embargada até que as medidas de segurança sejam tomadas;
Prestadora de serviços X contratante — A responsabilidade pela segurança dos trabalhadores cabe ao seu empregador, enquanto o contratante deve exigir que as empresas contratadas cumpram as determinações da norma e colaborem para pôr em prática as medidas de proteção.

vp_vidraçaria-marcosnunes1Marcos Nunes Vidros Temperados – Cachoeirinha (RS)
Primeiro contato com a NR-35: em 2013, para um trabalho em que o cliente exigiu toda a documentação e equipamentos de segurança necessários para atividades em altura;
Aprendizado: segundo o proprietário da vidraçaria, Marcos Nunes da Rocha, o risco de queda enfrentado por seus profissionais hoje é praticamente inexistente, garantindo a eles mais tranquilidade para realizar seus serviços;
Para o mercado: “Após fazer o curso, adquirimos novos clientes que exigiram as mesmas certificações que muitas empresas vidreiras ainda não têm”, observa Marcos.

Aprendizado obrigatório
Para um profissional poder realizar qualquer trabalho acima de 2 m de altura, a NR-35 estabelece que ele precisa passar por um treinamento teórico e prático sobre o tema, com carga horária mínima de oito horas. Veja alguns detalhes sobre como deve ser o treinamento:
– Conhecimentos básicos — “A empresa deve assegurar que o curso permita ao trabalhador desenvolver, no mínimo, as habilidades básicas para realizar trabalhos seguros em altura, visando à preservação de sua vida e às de todos os demais envolvidos nas atividades”, explica Ideraldo Bassanelli Lucio, instrutor de Formação Profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
– Atenção na escolha de quem ministrará o curso — O treinamento só pode ser aplicado por entidades certificadas, como a ABPA e o Senai.
– Aprendizagem constante — Após o profissional ser aprovado no curso, ele é considerado capacitado para trabalhos em altura por dois anos — após esse período, ele precisa passar novamente pelo treinamento.

vp_vidraçaria-real1Vidraçaria Real – Guarulhos (SP)
Primeiro contato com a NR-35: Fabio Moraes, proprietário da vidraçaria, ressalta que sua equipe já segue os cuidados presentes na norma regulamentadora há dez anos — ou seja, antes de sua publicação;
Aprendizado: os funcionários da empresa passaram a ter mais cuidado com os equipamentos e procedimentos de cada atividade em altura. Por conta disso, Moraes destaca que o afastamento de trabalhadores por acidentes ou descumprimento da norma é zero;
Para o mercado: segundo o proprietário da Vidraçaria Real, muitos de seus concorrentes perdem oportunidades de trabalho com clientes que exigem profissionais certificados e com o sistema de prevenção de quedas.

Fale com eles!
ABPA — www.abpa.org.br
CBS Vidros — cbsvidros.com.br
Degomaster — www.degomaster.com.br
Doc Glass — www.docglass.com.br
Everart — (11) 3975-3700
Honeywell — www.honeywellsafety.com/BR
Marcos Nunes Vidros Temperados — marcosnunesvidros.com.br
Ministério do Trabalho — www.trabalho.gov.br
Senai-SP — www.sp.senai.br
Vidraçaria Real — www.vidracariareal.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Beneficiamento moderno = produção eficaz

Sabe aquela tecnologia que você já ouviu falar, mas ainda não instalou em sua empresa? Ela pode ser uma importante aliada para fazer seu beneficiamento mais eficiente, além de garantir que seu vidro tenha valor agregado — duas condições básicas para uma processadora se manter competitiva nos tempos atuais. Por isso, nesta reportagem de O Vidroplano, conheça algumas tecnologias já disponíveis no Brasil que podem te ajudar no dia a dia e saiba quais os benefícios de cada uma.

CONTROLE DO PROCESSO
system control room

– Sistemas de supervisão e qualidade: controle eficiente
O que é?
Softwares e aparelhos especializados no gerenciamento da produção de uma processadora. Existem vários tipos diferentes disponíveis no mercado, incluindo aqueles que permitem customização.
Vantagens
Alguns incluem módulos administrativos e financeiros. Outros focam na qualidade do vidro, checando fatores como:
– dimensional das peças;
– empenamento;
– ondulação devido a marcas dos rolos de têmpera;
– anisotropia — fenômeno físico no qual a superfície do vidro aparenta ter manchas semelhantes a um arco-íris.

Claro que essas soluções não descartam a existência de um setor de qualidade nas empresas.

Soluções disponíveis

sistema_keraglassSupervision Intelligent 
Fabricante: Keraglass
Características técnicas: Sistema de controle para fornos de têmpera. Tem o objetivo de “levar” o operador para dentro do equipamento, oferecendo diagnósticos para problemas. Um modelo já está presente no Brasil.
– possui controle de aquecimento dinâmico;
scanner para detecção da temperatura do vidro;
– faz monitoramento de consumo.

sistema_glastoniLook (foto 2)
Fabricante: Glaston
Características técnicas: Sistema integrado online de qualidade do vidro, seja em cargas completas ou peças individuais, incluindo onda de rolete (empenamento das bordas) e anisotropia. No Brasil, são três sistemas instalados, além de quatro na América do Sul.
– detecção antecipada de problemas;
– retorno imediato do vidro para o operador fazer correções rápidas;
– medição instantânea de anisotropia.

Insight
Fabricante: Glaston
Características técnicas: Linha de softwares para gerenciamento de empresas, incluindo automação das máquinas. Possui ainda um aplicativo para dispositivos móveis. Segundo a Glaston, um Insight está instalado em nosso País — e mais dois chegarão em breve.
– indicação do consumo elétrico de cargas;
– faz autocorreções em aspectos como temperatura do forno.

 

PRÉ-PROCESSAMENTO

– Movimentação de chapas com robôs: eficiência e economia
O que é?
Tecnologia dominada na Europa, é utilizada para o trabalho em processadoras em turnos com alta produtividade e grande volume de vidros com tamanhos e formas variadas.
Vantagens
– dispensam operador, diminuindo o risco de acidentes;
– diminuem o tempo de trabalho, já que o processo se torna automatizado e menos suscetível a erros humanos.

Solução disponível

bovone_robôsBovone Robotic System — BRS
Fabricante: Bovone
Características técnicas: Movimenta e rotaciona o vidro. Formado por grandes robôs, permite o carregamento de lapidadoras verticais sem operador. A tecnologia é fornecida pela italiana Comau. No Brasil, três empresas possuem o sistema instalado.
– funciona a partir de sistema de código de barras;
– os robôs também podem ser operados de forma manual.
– Automatização da entrada e saída do vidro durante furação/recorte
O que é?
Visa à otimização do processo, utilizando técnicas computadorizadas e mecânicas para garantir a padronização do trabalho.
Vantagens
– sem necessidade de operadores;
– elimina falhas e esforço físico dos funcionários;
– garante um processo mais veloz.

Solução disponível

sglassAlpha Jet 2500
Fabricante: SGlass
Características técnicas: Executa furos e recortes em chapas de vidro plano. Combina eficiente sistema a jato d’água com movimentação do vidro de forma totalmente automática.
– produtividade três vezes maior do que ferramentas;
– mesa de entrada possui esquadrejador automático;
– alta produtividade e baixo custo operacional.

 

Colchão de água: firmeza sem perder a maciez
O que é?
O colchão de água se move horizontalmente sobreposto à cabine de processamento, girando em torno da ferramenta. Fica a uma distância de cerca de 0,5 mm do vidro, fornecendo pressão suficiente para evitar vibrações durante o beneficiamento.
Vantagens
– garante melhor apoio para o vidro;
– impede marcas na peça;
– revestimentos do vidro permanecem intocados por roletes ou guias que poderiam danificá-los.

Solução disponível
lisec
KBF
Fabricante: Lisec
Características técnicas: Centro vertical de processamento de bordas. Totalmente automático, o maquinário conta com funções integradas de furação e fresa. Diferente dos centros de usinagem tradicionais, trabalha somente com ferramentas (quarenta posições, no total), sem o uso de jato d’água. A Lisec já vendeu unidades do equipamento para empresas nacionais — e até o fim deste ano estarão em funcionamento.
– faz o processamento de temperados e laminados;
– é adequado também para vidros com revestimentos, pois a superfície frontal da peça permanece intocada;
– conta com posicionamento automático das chapas.

LAMINAÇÃO

Convecção: maior produtividade e menos consumo de energia
O que é?
A técnica de convecção, que consiste em rajadas de ar quente, é usada na têmpera há tempos — e também se aplica à laminação. Atualmente, o processo de laminação mais comum no Brasil é o baseado em fornos com radiação infravermelha — a camada intermediária, seja PVB ou EVA, adere ao vidro pelo calor de lâmpadas de alta potência. Existe ainda um sistema misto, com radiação e convecção, também encontrado em empresas brasileiras. Porém, na Europa, os mais usados são fornos que usam apenas convecção (chamados de convecção plena ou total), pois possuem vários benefícios em relação à radiação.
Vantagens
– economia de energia elétrica, pois a temperatura do forno é menor do que no sistema de radiação;
– maior produtividade em comparação com fornos de radiação;
– melhor processamento de vidros especiais. O low-e, por exemplo, absorve menos radiação por conta de sua superfície, fazendo o forno trabalhar ainda mais. Com a convecção plena, esse problema não ocorre.

Soluções disponíveis

tk_laminaçãoLamijet Convection
Fabricante: TK
Características técnicas: O forno da fabricante italiana possui aquecimento por circulação de ar quente de elevada capacidade, além de sistema de resfriamento forçado. Trabalha com laminação de PVB, EVA e SentryGlas (película estrutural da Trosifol, marca da Kuraray), e possui câmara com carrinho porta-travessas.
– máxima uniformidade de temperatura;
– regulagem da temperatura com termopar conectado a termorregulador digital;
– porta lateral para otimização dos espaços.

forno_glastonProL
Fabricante: Glaston
Características técnicas: O forno usa a convecção plena, que não faz distinção entre tipos de vidro. A tecnologia permite melhor controle sobre a temperatura da câmara, fazendo a transferência de calor de forma mais precisa. Vale lembrar que a Glaston oferece o ProL-zone, um sistema de upgrade para fornos de laminação que faz a troca da câmara de aquecimento.
– trabalha com qualquer vidro, como low-e e impressos;
– segundo a empresa, possui o dobro da velocidade de produção de fornos com radiação+convecção;
– processo livre de receita: é preciso apenas definir um parâmetro para a máquina trabalhar sozinha;
– economia considerável nos custos de energia.

 

TÊMPERA

Têmpera química: vidros até dez vezes mais resistentes
O que é?
O processo de têmpera química é baseado na troca de íons. Difícil de entender? Na verdade, é mais simples do que parece:
– O vidro é imerso em um tanque, recebendo um banho de sais de potássio a temperaturas maiores que 400ºC;
– Ocorre, então, a tal troca: íons de potássio, presentes no tanque, substituem os íons de sódio que estão na superfície de nosso material.
Vantagens
Com esse processo, a resistência do vidro aumenta: uma peça temperada quimicamente é de cinco a dez vezes mais resistente mecanicamente que um temperado pelo processo térmico tradicional, quando submetida à mesma força. É indicado para produções específicas, incluindo vidros finos (usados em celulares, por exemplo), curvos e blindados. Todos os float podem passar pela têmpera química, com exceção dos revestidos ou daqueles com composição química diferente do tradicional.

Uma curiosidade: o vidro Dragontrail X, da AGC, usado na cobertura dos bancos de reserva presentes nos estádios da Copa do Mundo de futebol em 2014, aqui no Brasil, era temperado quimicamente.

Solução disponível

tk_temperaCT
Fabricante: TK
Características técnicas: A linha CT de fornos para têmpera química da empresa italiana possui quatro modelos diferentes, cada um para dimensões de chapas diferentes, com capacidade máxima de até 15 toneladas.
– trabalha com espessura mínima de 0,5 mm;
– possui câmara de pré-aquecimento e sistema automático de carregamento;
– mantém alta qualidade óptica, garantindo chapas sem distorções;
– faz a têmpera de vidros voltados para vários setores, como eletrônicos, arquitetura, construção civil, automobilístico, entre outros.

Fale com eles!
Bovone — www.bovone.com
Comau — www.comau.com
Glaston — www.glaston.net
Keraglass — www.keraglass.com
Lisec — www.lisec.com
SGlass — www.sglass.com.br
TK — www.tkitaly.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 531 (março de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.