Monthly Archives: August 2016
Por que fazer? PPCPE
Ao aplicar o módulo, sua empresa terá:
– Maior controle da produção
– Redução de perdas, quebras e acidentes
– Redução de custos operacionais
– Melhor cumprimento de prazos
– Conhecimento sobre a capacidade de produção
– Planejamento da produção com plano de contingência
Destaques do conteúdo PPCPE
Serão apresentados:
– PCP profissional voltado ao beneficiamento de vidros para arquitetura e construção civil
– Capacidade efetiva do parque industrial e prevenção de problemas que afetam a produção
– Perdas no processo de atendimento ao pedido
– Softwares de gestão: obtenha o melhor funcionamento do sistema
– Visualização do pedidos perfeito
Especialização técnica
Por que fazer?
Entre as vantagens oferecidas, podem-se destacar:
– Melhoria de qualidade dos produtos
– Otimização dos processos produtivos
– Maximização de horas trabalhadas
– Aproveitamento dos insumos e redução de perdas
Informações gerais sobre os módulos de Processamento
Duração: cada módulo tem 8 horas de duração, divididas entre as aulas teóricas e práticas (depois das aulas, o aluno pode solucionar dúvidas enviando e-mails ao instrutor)
Local das aulas: dentro da própria empresa
Número de alunos por turma: no máximo, 12
Estrutura necessária: espaço para as aulas teóricas, equipamentos de produção disponíveis, matéria-prima e ferramentas básicas adequadas a cada módulo, e EPIs para os alunos
Quem deve fazer: profissionais da área de processamento e seus gestores
Material didático: fornecido inteiramente pela Abravidro. Inclui:
– Literatura técnica
– Eslaides (com vídeos, fotos e figuras que facilitam a compreensão da teoria)
– Tabelas de consulta rápida para o chão de fábrica
– Modelos de formulários de controle para a produção
– Avaliações dos alunos antes e depois do curso
Certificado de participação: ao final do curso, cada aluno recebe o seu
Agregando valor à marca: caso a empresa tenha contratado três ou quatro módulos, ela também recebe uma placa atestando a especialização de sua equipe
No Rio Grande do Sul, novo presidente toma posse
A seguir, você confere os últimos acontecimentos nas associações vidreiras espalhadas pelo País. Não deixe de conferir a agenda para os próximos eventos.
Sindividros-RS, em Porto Alegre
Sindicato gaúcho define nova diretoria
A eleição da diretoria do Sindividros foi realizada na sede do sindicato gaúcho no primeiro dia de agosto. A nova gestão, que estará à frente dos trabalhos do Sindividros até julho de 2019, tem Rafael Ribeiro (foto, à dir.) como presidente. A votação também definiu os membros do conselho fiscal e os delegados da associação junto à Abravidro e à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).
Diretoria do Sindividros-RS para 2016-2019
Presidente
Rafael G. A. Ribeiro (suplente: Gilberto Ribeiro)
Secretário
José A. G. Paycorich Júnior (suplente: Herberto Heinen)
Tesoureiro
José Antônio G. Paycorich (suplente: Leonir Nicaretta)
Conselho fiscal
Jaime Schaeffer
Ricardo Prochnow
Werner Jorge Roeben
Andreas Weimer (suplente)
Elton Thomas (suplente)
Marco Aurélio De Bastiani (suplente)
Delegados representantes junto à Abravidro e Fiergs
Gilberto Ribeiro
Rafael G. A. Ribeiro
Herberto Heinen (suplente)
José Antônio G. Paycorich (suplente)
Ascevi-SC, em Florianópolis
Aprendizado, solidariedade e feijoada
A Abravidro, representada por sua coordenadora-técnica Vera Andrade, marcou presença no 6º Qualifique e Sirva-se Florianópolis, da Ascevi. Vera falou aos 155 participantes do evento sobre as normas técnicas para o setor vidreiro, explicando as oportunidades de mercado que elas trazem para os vidraceiros que as seguem. Ela também apresentou o programa De Olho no Boxe, lançado este ano pela Abravidro para orientar os profissionais do vidro e os consumidores finais sobre a importância da manutenção preventiva em boxes de banheiro.
Outras palestras foram das usinas Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix, patrocinadoras do treinamento juntamente com a AGC. A Ascevi teve ainda apoio das empresas Diamanfer, ECG E-commerce, Linde Vidros, Para-fácil Batentes e Solução Sacadas.
Embora as inscrições para o Qualifique e Sirva-se fossem gratuitas, 150 quilos de alimentos não perecíveis foram arrecadados para doação a duas entidades beneficentes da região. Ao final, os participantes puderam desfrutar da tradicional feijoada do evento.
Amvid-MG, em Belo Horizonte e Juiz de Fora
Atividades para empreendedores e vidraceiros
Os profissionais que querem abrir seu próprio negócio ou reestruturar suas vidraçarias puderam aprender isso no Começar Bem no Mundo do Vidro 2016. Organizada e realizada pela Amvid, de 11 a 15 de julho, em sua sede e em parceria com o Sebrae, a atividade reuniu quinze participantes e forneceu conhecimentos de administração e operação para abrir uma empresa de forma saudável para todo o mercado.
Também em julho, no dia 4, teve início a turma do Programa de Qualificação para Vidraceiros do Interior do Estado de Minas Gerais (TreinaVID) para o curso de Especialização em Medição e Instalação de Vidros Temperados e Especiais – Nível I em Juiz de Fora, com direito à aula prática de instalação de espelhos. Gratuito, o treinamento, concluído no dia 2 de agosto, contou 24 alunos. Destaquem-se a parceria com a Escola Móvel Sesi/Senai, patrocínio das usinas AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, UBV e Vivix e apoio das empresas Alclean, Brastemper, Belga Metal, Pestana Comércio de Vidros e Tec-Vidro. E, atenção: os demais cursos do TreinaVID em Juiz de Fora e Governador Valadares também serão gratuitos. Participe!
Sincavidro-RJ, no Rio de Janeiro
Normas e inovações para a construção
O Instituto do Vidro, inaugurado em abril pelo Sincavidro em sua sede, busca estreitar o relacionamento entre o setor vidreiro e os profissionais da construção civil. Com essa premissa, no dia 21 de julho, o espaço recebeu cerca de quarenta arquitetos e engenheiros para conferir, em uma palestra da consultora de Normalização da Abravidro, Clélia Bassetto, a importância de esses profissionais conhecerem as determinações das normas para especificação e instalação de vidros.
Os visitantes também acompanharam a palestra de José Ricardo d’Araújo Martins, diretor do Sincavidro, sobre novas tecnologias e atributos dos vidros, e passaram pelos estandes de diversas empresas no salão de exposições do instituto, apreciando seus produtos e inovações.
Fale com eles!
Amvid-MG — www.amvid.org.br
Ascevi-SC — www.ascevi.com.br
Sincavidro-RJ — www.sincavidro.com.br
Sindividros-RS — www.sindividrosrs.com.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
NBR 7199: atual e mais completa
No fim de julho, a grande referência para a aplicação do vidro na construção civil mudou com a publicação pela ABNT da revisão da norma NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações. O mais importante texto técnico vidreiro passou por completa atualização, num trabalho coordenado pelo Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37), sediado na Abravidro.
Com o objetivo de mostrar o que muda com esta nova versão, O Vidroplano preparou este especial e explica com detalhes a norma que precisa estar embaixo do braço de todos os vidraceiros e especificadores de vidro em todo o Brasil.
Visão geral da nova versão
- Clareza no texto
A norma teve sua redação alterada, de forma a eliminar dúvidas de interpretação — principalmente em relação à indicação dos vidros para cada tipo de aplicação; - Referências internacionais
Outro objetivo da revisão era deixar o texto de acordo com as mais reconhecidas normas internacionais — considerando, claro, as particularidades do mercado brasileiro; - Mais segurança
Todo vidro instalado abaixo de 1,1 m em relação ao piso, seja interno ou externo, em qualquer pavimento, deve ser de segurança. Para cada aplicação, devem ser verificados quais são os tipos de vidro de segurança (temperado, laminado ou aramado) exigidos pela norma, pois em algumas aplicações somente o laminado e o aramado são permitidos.
O que é a ‘NBR 7199’?
Como o próprio nome indica, é ela quem estabelece as regras gerais para a utilização dos vidros na construção civil. Todos os profissionais vidreiros e especificadores de vidro devem segui-la, sem exceção. A nova versão foi publicada em 20 de julho e já está em vigor.
Números da nova ‘NBR 7199’
- Possui 57 páginas
- Mais de 60 profissionais participaram da revisão
- Esses profissionais representam mais de 40 empresas
- Ficou em consulta nacional por 60 dias, entre 8 de abril e 9 de junho de 2016
- O texto contou com mais de mil acessos no site da ABNT durante a consulta nacional.
Aplicações de vidro
Esse é o “coração” da NBR 7199. Aqui são definidos os tipos de vidro para cada aplicação. Na versão anterior, os requisitos estavam listados ao longo do texto, o que poderia causar interpretações erradas. Agora, o conteúdo está organizado em uma tabela — muito mais simples de ser consultado. A tabela também inclui novas aplicações como muros de vidro, piso de vidro, vidro blindado, vidro resistente à explosão, vidros para retardar ações de arrombamento, entre outras.
Agora, veja o que a norma diz sobre o vidro correto em diferentes aplicações. Atenção, pois esse é um dos erros mais encontrados em instalações, o que é inadmissível por comprometer a segurança dos usuários!
Coberturas, marquises, claraboias e fachadas inclinadas (vidros não verticais)
- Laminado
- Aramado
- Insulado (em sua composição, a peça interior deve ser laminada ou aramada)
Na versão anterior: desde 1989, o vidro laminado e aramado já eram exigidos.
Guarda-corpos
- Laminado
- Aramado
- Insulado (composto com os vidros acima)
Na versão anterior: desde 1989, o vidro laminado e aramado já eram exigidos.
Portas, vitrinas e divisórias
Nestas aplicações, todos os vidros instalados abaixo de 1,1 m em relação ao piso devem ser de segurança, independente do pavimento em que estejam instalados:
- Temperado
- Laminado
- Aramado
- Insulado (composto com os vidros acima)
Acima de 1,1 m em relação ao piso, além dos vidros de segurança citados, o vidro a ser utilizado também pode ser float ou impresso, desde que encaixilhado ou colado em todo o perímetro.
Na versão anterior: essas aplicações eram citadas somente no parágrafo em que se referia ao pavimento térreo de edificações.
Aplicações com vidros que retardam a propagaçao do fogo
Para fechamentos em que é exigida resistência à propagação do fogo durante determinado período de tempo:
- Laminado (com camada intermediária resistente ao fogo)
- Aramado
- Insulado (composto com os vidros acima)
Obs.: a classificação quanto ao tempo de resistência ao fogo deve ser conferida na NBR 14925 — Unidades envidraçadas resistentes ao fogo para uso em edificações.
Envidraçamentos projetantes móveis
Instalações com caixilhos móveis que se projetam para o exterior:
- Laminado
- Aramado
- Insulado (em sua composição, a peça interior deve ser laminada ou aramada)
- Temperado
– No térreo e 1º pavimento: pode ser autoportante ou totalmente encaixilhado;
– Acima do 1º pavimento: deve ser totalmente encaixilhado e com projeção máxima limitada a 250 mm da face da fachada ou da aba de proteção. - ‘Float’ ou impresso
– No térreo e 1º pavimento: deve ser encaixilhado ou colado em todo o perímetro;
– Acima do 1º pavimento: deve ser encaixilhado ou colado em todo o perímetro
e com projeção máxima limitada a 250 mm da face da fachada ou da aba de proteção;
– Em todos os casos, a área do vidro não pode exceder 0,64 m².
Na versão anterior: A exigência dos vidros de segurança era apenas nos edifícios com mais de dois pavimentos, com projeção superior a 250 mm em relação à face da fachada ou aba de proteção. Não havia diferenciação entre os vidros de segurança, nem limitação de área para o vidro comum, nem sobre a instalação.
Fachadas (vidros verticais)
ABAIXO DE 1,1 M EM RELAÇÃO AO PISO
A partir do primeiro pavimento (inclusive), e no pavimento térreo dividindo ambientes com desnível superior a 1,5 m:
- Laminado
- Aramado
- Insulado (composto com os vidros acima)
No pavimento térreo:
- Temperado
- Laminado
- Aramado
- Insulado (composto com os vidros acima)
ACIMA DE 1,1 M EM RELAÇÃO AO PISO
- Temperado
- Laminado
- Aramado
- ‘Float’ ou impresso (encaixilhado ou colado em todo o perímetro)
- Insulado (composto com os vidros acima)
Na versão anterior: não havia citação aos vidros em fachadas aplicados no pavimento térreo com ou sem desnível.
Aplicações com vidros para retardar ações de arrombamento
Para isolamento de jaulas em zoológicos, barreiras de separação em estádios esportivos, vitrinas e fechamentos em geral que necessitem dessa característica:
- Laminado
- Insulado (composto com laminado)
Instalações especiais
São consideradas instalações especiais pisos, degraus, visores de piscinas e aquários, além de estruturas de vidro. Nestes casos, o vidro exigido é:
- Laminado
Obs.: em pisos, quando a estrutura não estiver com a superfície totalmente apoiada, pode-se utilizar também laminado temperado. Além disso, os apoios das bordas devem ter uma vez e meia a espessura total do piso.
Cálculo da espessura: o passo a passo
O novo texto estabelece a metodologia de cálculo para a espessura do vidro. A norma inclui um passo a passo para a operação. As fórmulas usadas foram atualizadas conforme a norma francesa DTU 39, passando a considerar também vidros apoiados em dois e três lados.
Ficou mais fácil fazer o cálculo! Veja as etapas:
- Determine a pressão do vento, de acordo com a norma NBR 6123 — Forças devidas ao vento em edificações;
- Especifique a pressão do cálculo (de acordo com o tipo de aplicação: vidros verticais ou inclinados, instalados em áreas internas ou externas);
- Calcule a espessura de referência, de acordo com a quantidade de apoios e dimensões da peça;
- Avalie se a instalação permite a aplicação do fator de redução na espessura;
- Efetue a verificação da resistência, expressa em mm, referente à composição de vidro preestabelecida;
- Calcule a “flecha” e confira se os valores encontrados atendem aos critérios admissíveis;
- Por fim, confira se a espessura da composição atende os requisitos de resistência e de “flecha admissível”.
Obs.: Além do roteiro, a norma traz exemplos de cálculos aplicados, em Anexos normativos.
Na versão anterior: não contemplava o cálculo da flecha, o fator de equivalência para cada tipo de vidro e a orientação para cálculo de espessura de vidros não retangulares, que estão abordados neste texto revisado.
CÁLCULO DE ESPESSURA ‘ONLINE’
A Cebrace possui um software online (www.cebrace.com.br/CalculoEspessura/#/pressao-vento/primeiro-passo) no qual o usuário informa dados sobre o projeto, como região do País, topografia, números de apoios do vidro e demais informações da edificação e o cálculo é feito conforme a norma.
Aplicações com vidros blindados e resistentes à explosão
A NBR 7199 cita a norma do produto, NBR 15000 — Blindagens para impactos balísticos — Classificação e critérios de avaliação, que trata sobre a avaliação e classificação dos vidros blindados. Sobre os vidros resistentes à explosão, a norma referenciada é a americana ASTM F 1642, que possui os métodos de ensaio para vidros com essa característica.
Instalações com normas específicas
- Boxes de banheiro, NBR 14207;
- Sistemas de envidraçamento de sacadas, NBR 16259.
Curiosidades da nova ‘NBR 7199’
Normas dentro de normas: é bastante comum uma norma técnica citar outras em seu texto. Por exemplo: na parte de aplicações de vidro, para falar sobre boxes de banheiro, a NBR 7199 faz menção à NBR 14207 — Boxes de banheiro fabricados com vidros de segurança, norma que contempla os requisitos para esse tipo de instalação. Ao todo, são dezenove normas referenciadas.
Tipos de instalação: alguém aí sabe de cor quais as formas de se instalar o vidro? Segundo a norma, são seis: em esquadrias, autoportante, mista, estrutural, painel colado (estrutural) e revestimento.
Aprenda a armazenar: a norma indica também a espessura máxima da pilha com chapas de vidro para armazenamento:
- Float, espelhos e laminados: pilhas de até 600 mm
- Insulados e impressos: pilhas de até 300 mm
- Temperados: pilhas de até 800 mm.
Incline corretamente: a inclinação das chapas é importante para o armazenamento e transporte dos vidros. O texto informa que o material deve ser inclinado de 4 a 6 graus em relação à vertical.
Utilize equipamentos de proteção individual: foi incluído um Anexo com as informações sobre os equipamentos de proteção individual recomendados durante o manuseio dos vidros.
Vidros em esquadrias
Todas as regras sobre esquadrias referenciam a norma ABNT NBR 10821, que estabelece os requisitos e os métodos de ensaio de esquadrias.
Na versão anterior: havia algumas descrições dessas regras
Como adquirir a norma?
- Onde comprar: Até o fechamento desta edição, a norma custava R$ 178,00 no site da ABNT (www.abntcatalogo.com.br);
- Micro e pequenas empresas: graças à parceria entre Sebrae e ABNT, a norma pode ser comprada por 1/3 do valor normal. Acesse: www.abntcatalogo.com.br/sebrae;
- Associados da Abravidro: a entidade irá investir para que as empresas associadas recebam a nova versão gratuitamente em breve.
Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Molas para aberturas e fechamentos sempre suaves
As molas são presença praticamente garantida em portas pivotantes de vidro. Controladoras da velocidade de abertura, ao mesmo tempo são responsáveis pelo fechamento automático e suave.
Você já deve ter notado que há muitos modelos disponíveis no mercado, cada um deles mais indicado para um tipo de aplicação. Por isso mesmo é importante estar atento às indicações passadas pelas fabricantes — nada de sair colocando a primeira mola que encontrar em qualquer porta. Outra coisa: na hora da instalação, tome cuidado para não cometer alguns erros básicos.
A equipe de O Vidroplano conversou com profissionais que entendem do assunto e eles nos passaram informações bastante úteis. Confira!
Nota: os produtos citados aqui foram destacados pelas empresas. Como há várias outras soluções em seus catálogos, para mais informações, faça contato com elas (os sites estão no final da reportagem)
MOLAS DE PISO
- Normalmente, são hidráulicas (isto é, controladas pela entrada e saída de óleo da câmara da mola). Existem também as pneumáticas (essas são controladas por pressão de ar);
- Quase sempre, é necessário recortar o piso para colocá-las;
- São encaixadas a ferragens da porta, o que obriga o recorte do vidro;
- Permitem a abertura da porta em ambas as direções;
- Não interferem na aparência da porta.
DESTAQUES DE ALGUNS FABRICANTES
BD 100
Empresa: BonnaDio
Tipo: mola hidráulica de piso (para eixos Alemão, Blindex ou Santa Marina)
Diferenciais: fabricação 100% nacional, com regulagem de potência, duas válvulas de controle de velocidade e caixa metálica galvanizada a fogo
Para aplicação com vidros: largura de até 1,25 m e 180 kg (para modelo BD 100/180)
Garantia: três anos
BTS 60T
Empresa: dorma+kaba
Tipo: mola hidráulica de piso (para eixo Santa Marina)
Diferenciais: para projetos pequenos e econômicos
Para aplicação com vidros: largura de até 0,90 m e 80 kg
Garantia: três anos
Gold 8200
Empresa: Gold News
Tipo: mola hidráulica de piso (para eixo Santa Marina)
Diferenciais: facilidade na instalação e ajustes, alta durabilidade, permite abertura para os dois lados com dois controles de força e velocidade
Para aplicação com vidros: largura de até 1 m e 105 kg
Garantia: um ano
La Fonte 7500
Empresa: La Fonte (Grupo Assa Abloy)
Tipo: mola hidráulica de piso (para diversos tipos de eixo, como Blindex e Santa Marina)
Diferenciais: produto mais leve, durável e resistente, com válvulas para controle de velocidade
Para aplicação com vidros: largura de até 1,10 m e 120 kg
Garantia: três anos
Mola pneumática Marix
Empresa: Marix
Tipo: mola pneumática de piso (para eixo Santa Marina)
Diferenciais: pequena, permite a abertura da porta para ambos os lados e é blindada, impedindo a entrada de líquidos ou corrosão. Específica para instalação com fechaduras sem aba (devido ao seu mecanismo de abertura, a porta vai e vem em uma única velocidade, não permitindo a obstrução da aba da fechadura)
Para aplicação com vidros: largura de até 1,20 m (se instalada no canto) ou 2,40 m (se instalada no centro) e 120 kg
Garantia: cinco anos
Mola Merlin
Empresa: Linde Vidros
Tipo: mola hidráulica de piso (para eixos Blindex ou Santa Marina)
Diferenciais: tem ângulo de parada em 90 graus, abertura de até 116 graus e duas velocidades ajustáveis de fechamento
Para aplicação com vidros: largura de até 1,10 m e 135 kg
Garantia: um ano
ST 175
Empresa: Stanley
Tipo: mola hidráulica de piso (para eixos Alemão, Blindex, Casma, Santa Marina ou Sevax)
Diferenciais: produto compacto e com regulagem de potência para portas de 0,70 até 1,1 m de largura
Para aplicação com vidros: largura de até 1,10 m e 120 kg
Garantia: três anos
MOLAS AÉREAS
- Hidráulicas, são facilmente instaladas na parte superior da porta;
- Não precisam de recorte ou furação no vidro;
- Podem ser aplicadas em portas já instaladas;
- Precisam de suporte metálico para sua fixação sobre o vidro;
- Permitem a abertura da porta somente para um dos lados.
DESTAQUES DE ALGUNS FABRICANTES
Molas Disafe
Empresa: Disafe
Tipo: mola hidráulica aérea
Diferenciais: modelos com custos bastante acessíveis e alta qualidade
Para aplicação com vidros: largura de até 1,10 m e 80 kg (para força fixa 4)
Garantia: três anos
A530
Empresa: Soprano
Tipo: mola hidráulica aérea
Diferenciais: sistema único de regulagem, possui braço que permite a regulagem da mola sem retirá-la da porta e diferentes opções de acabamento
Para aplicação com vidros: largura de até 1,10 m e 90 kg (para força fixa 4)
Garantia: um ano
MOLAS TIPO DOBRADIÇA
- Modelos mais recentes do mercado;
- Produtos diferenciados (fogem do padrão) e de fácil instalação;
- Costumam ter regulagem básica de velocidade, sem ajuste fino de fechamento da porta;
- Proporcionam visual moderno;
- Indicadas para portas leves, como as de boxes de banheiro
DESTAQUES DE ALGUNS FABRICANTES
Mola tipo dobradiça Glass Vetro
Empresa: Glass Vetro
Tipo: mola hidráulica tipo dobradiça
Diferenciais: recém-lançada no mercado, contribui para a estética da porta e conta com diferentes opções de acabamento (como polido ou escovado)
Para aplicação com vidros: largura de até 1 m e 100 kg
Garantia: um ano
Cuidado com as barbeiragens!
Segundo João Gilberto, técnico da Glass Vetro, cerca de 30% dos problemas em molas hidráulicas acontecem por erros na instalação. Os mais comuns são:
- Instalação da mola desnivelada ou fora de prumo em relação à porta;
- Uso de ferragens (eixos para molas de piso, braços de apoio para molas aéreas) inadequadas, de fontes não confiáveis;
- Instalação da porta com dimensões ou peso que a mola não suporta;
- Ajuste malfeito da força e das válvulas;
- Retirada dos parafusos que regulam a velocidade.
Siga as indicações da fabricante! Se tiver dúvidas, nada de fazer o que acha ser o certo: peça ajuda. A Stanley, por exemplo, tem em seu site uma ferramenta que indica ao vidraceiro a mola ideal para o seu projeto.
Todo erro tem sua consequência
Dentre os problemas que podem surgir pela instalação malfeita, estão:
- Velocidade de fechamento desregulada;
- Estalos durante a movimentação da porta;
- Vazamento de óleo;
- Corrosão ou desgaste da mola.
Os dois primeiros problemas podem ser resolvidos com o acerto da regulagem, nivelamento e prumo da mola ou com a troca da ferragem. Já nos outros casos, Rafael Russo, supervisor de Pricing da Assa Abloy, explica que a única solução é a troca da mola. Olha o prejuízo aí!
Hora de saber o que é mito e o que é verdade
A temperatura interfere no funcionamento da mola – VERDADE
Variações muito elevadas de temperatura podem alterar a viscosidade do óleo, o que interfere na velocidade do fechamento da porta. É o que diz Rui Mendes, gerente da Stanley no Brasil. “Em condições normais, essa alteração na viscosidade não é relevante”, ressalta Gabriel Zahdi, especialista de Produto e Processo da Linde Vidros (que conta com linha própria de molas de piso, a Merlin). Caso você encontre esse problema, Bernardo Grimberg, diretor-comercial da BonnaDio, sugere nova regulagem das válvulas de controle de velocidade da mola. Alguns produtos também já vêm preparados: William Castro, gerente da dorma+kaba, diz que as molas da empresa têm válvulas com característica termoconstante, contraindo-se quando o óleo fica mais fino e dilatando-se quando ele fica mais grosso.
Devo vedar a minha mola com parafina – MITO
Foi-se o tempo em que os vidraceiros usavam parafina aquecida nesse trabalho! Hoje encontramos selantes inertes bicomponentes desenvolvidos especificamente para isso. A vedação da tampa da mola é uma etapa fundamental ao final da instalação — ela protege o produto da oxidação, principalmente em ambientes externos e regiões litorâneas. Uma das opções é o Sealprotect, da dorma+kaba. Segundo Dante Boccuto, diretor-comercial e de Serviços da empresa no Brasil, trata-se de um produto de fácil aplicação, com alto poder de adesão e rápida cura: protege a mola contra a corrosão causada pela água e produtos de limpeza.
As molas são diferentes para ambientes externos e internos – VARIÁVEL
As empresas consultadas informam que, em geral, essa diferenciação não existe. Mas há as que pensam diferente, como a Marix. Conceição Santana, gerente de Vendas da empresa, ressalta que suas molas são exclusivas para ambientes internos. Instalações em áreas externas precisam levar em conta não só o vidro, mas também fatores como a força dos ventos e o calor direto do Sol sobre a mola (que pode interferir na viscosidade do óleo). Fabiano Morais, sócio-diretor da Disafe, aponta que molas em ambientes internos precisam de atenção com as mudanças de temperatura causadas por equipamentos como ar condicionado, os quais também interferem na viscosidade do óleo.
Você conhece as soluções mecânicas?
Além das molas, algumas aplicações de vidro contam com soluções mais simples para o controle do fechamento de portas pivotantes. É o caso das dobradiças tradicionais para boxes de banheiro.
Recentemente, a Ideia Glass incorporou um mecanismo especial embutido nos sistemas do Kit Certo e da Porta Certa. Seu funcionamento é 100% mecânico e é capaz de segurar a porta e garantir a suavidade em seu fechamento, mesmo sem contar com regulagem de velocidade.
Mas, atenção: essas soluções não substituem as molas! Veja os detalhes do projeto de instalação para definir o produto que atende as necessidades do cliente.
Fale com eles!
Assa Abloy — www.yalelafonte.com.br
BonnaDio — www.bonnadio.com.br
Disafe — www.disafe.com.br
dorma+kaba — www.dormakaba.com
Glass Vetro — www.glassvetro.com.br
Gold News — www.goldnews.com.br
Ideia Glass — www.ideiaglass.com.br
Linde Vidros — www.lindevidros.com.br
Marix — www.mmarix.com.br
Soprano — www.soprano.com.br
Stanley — www.stanleysolucoesvidro.com.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Abaixo o incolor de 4 mm!
Já virou chavão: há anos, todos falam que devemos vender “vidro de valor agregado”. Mais recentemente, a crise econômica gerou redução no volume de obras e, portanto, passou a ser obrigatório fazer mais com menos, ou seja, explorar muito bem cada oportunidade. Essa atenção maior a cada projeto é um exemplo da também famosa “negociação ganha-ganha”: é bom para o cliente, que usufrui de benefícios extras do vidro, e também é bom para o profissional vidreiro, que aumenta seu faturamento num mesmo pedido.
Mas será que você está trabalhando nessa direção? Conversamos com empresas e especialistas para dar dicas de estratégias de vendas de vidros especiais — aprenda!
Vendendo o peixe
O professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), engenheiro Fernando Simon Westphal, tem um exemplo interessante: quando um consumidor vai comprar um carro, o vendedor fala sobre itens que muitas vezes ele não faz ideia do que sejam, como potência do motor em cavalos e suspensão eletrônica. Sócio-fundador da ENE consultores, Westphal frisa que o cliente comum não sabe exatamente o que isso traz de melhoria no ato de dirigir, “mas, mesmo assim, é levado a decidir por um automóvel com essas vantagens”.
Isso acontece também em outras áreas da construção, como nas indústrias de tintas e cerâmica, que contam com ações de marketing em lojas de materiais de construção. No setor vidreiro, está mais do que na hora de isso também ser aplicado. “Temos vidros com diferentes condições de ganho de calor e transmissão de luz, combinações de cores e reflexão, possibilidades de tratamento acústico e segurança”, reforça Westphal. “Não custa estudar um pouco sobre esses ‘itens opcionais’ para impressionar o consumidor.”
Vale observar que, num mercado cada vez mais competitivo como o vidreiro, o vidraceiro que não souber vender seu produto irá comprometer sua imagem e credibilidade. “Quando o fornecedor não oferece opções de vidro que proporcionem mais conforto ao consumidor, além de perder a oportunidade de fechar uma boa venda, ele ainda corre o risco de conquistar a fama de profissional ruim”, alerta Vera Andrade, coordenadora-técnica da Abravidro.

Ofereça soluções
Marcos Fábio Gomes Ferreira, professor da Fundação Getúlio Vargas e sócio-fundador da Formatar Consultoria, aponta alguns pontos relevantes para o setor vidreiro:
Na arquitetura, a solução é mais importante do que o material em si. “Se as empresas se especializarem em inovação de valor, terão mais chances de abocanhar o mercado de alto padrão, cujo preço é um mero detalhe.”
Não ofereça “apenas” vidro: é preciso resolver os problemas do cliente. “Trabalhar inovação de valor melhora não só a vida do vidraceiro, mas também coloca toda a cadeia produtiva em outro patamar.”
Explore novas possibilidades. “Enquanto milhares brigam pelos mesmos mercados, outros vão para onde a disputa ainda não é tão grande.”

Quatro estratégias campeãs
- Dedique-se a entender a demanda do cliente
“Fornecedor bom é aquele que se interessa pelo problema do cliente”, afirma Celina Araújo, superintendente da Abravidro. Portanto, diante de uma simples solicitação de orçamento, é importante que o vendedor conheça em detalhes aquela demanda. “Na maior parte das vezes, as pessoas procuram pelo incolor simples, pois o consumidor padrão acredita que o vidro é apenas um elemento transparente para fechar vãos ou dividir ambientes”, acredita. Cabe ao fornecedor propor algo além: “Às vezes, a simples informação de que haverá crianças morando num local já justifica o investimento num vidro de maior segurança”, exemplifica. Muitas vezes, o especificador não conhece todas as soluções que o vidro pode oferecer e acaba optando por um material substituto. Por isso, o bom vendedor tem a obrigação de sempre perguntar ao cliente: por quê? - Informação é poder: suporte técnico e treinamento
CONSULTORIA OFERECIDA POR FABRICANTES
A Cebrace possui um time de consultores para atender profissionais da construção civil. “Em paralelo, desenvolvemos a certificação/homologação de produtos, ferramentas de cálculo em nosso site e o serviço de pós-vendas”, comenta o gerente de Desenvolvimento de Mercado, Remy Dufrayer. No site www.cebrace.com.br/#!/consultoria, é possível encontrar os especialistas designados para as diversas regiões do País.
Ação semelhante possui a Guardian, com seus gerentes de Vendas para Soluções de Arquitetura. A consultoria oferecida para arquitetos e consultores é isenta de custos — ligando para o telefone 0800 709 2700, o profissional será direcionado para o gerente da região correspondente. “Ajudamos na escolha do melhor vidro para o projeto e sugerimos produtos por meio da simulação computacional do efeito financeiro, estético e térmico”, explica Juan Carlos de Abreu, gerente de Marketing da usina.
A simulação computacional ocorre por meio de softwares: o usuário insere informações sobre o projeto e recebe dados sobre o vidro ideal a ser usado. A Cebrace, por exemplo, possui um site gratuito com um software desse tipo — veja mais detalhes na matéria sobre a NBR 7199.CURSOS E TREINAMENTOS
Várias empresas do setor desenvolvem treinamentos sobre seus produtos. Os profissionais vidreiros precisam estar atentos a essas ações, pois assim estarão preparados para melhor atender seu cliente. O engenheiro Westphal reforça a importância de um trabalho forte para a disseminação da informação junto ao consumidor final: o material técnico poderia chegar a eles por meio de vidraçarias e lojas que distribuem nosso material ou revistas de arquitetura em geral. Fica a dica para as empresas apostarem em uma ação assim.NORMAS TÉCNICAS
As normas também devem ser ensinadas aos profissionais do setor. Palestras organizadas por empresas ou entidades ajudam a evitar o uso errado de nosso material. “Por falta de informação, muitos guarda-corpos ou claraboias são especificados com o tipo errado de vidro, sem mensurar os riscos de acidentes”, relembra José Romão Silva Neto, da R4 Tecnologia em Vidros. - Ver é melhor do que imaginar: amostras de produtos
Apresentar amostras de vidros auxiliará os clientes a perceber as propriedades físicas do material, incluindo aspecto estético e tonalidade das cores, por exemplo. “É prática comum o envio de amostras de lançamentos ou quando são solicitadas por meio do nosso serviço de atendimento”, relata Marcela Félix Calabre, responsável pelo Marketing da Saint-Gobain Glass. Segundo ela, os clientes podem solicitar as peças pelo telefone 0800 1251 25 ou e-mail glass@saint-gobain.com.
A Cebrace possui uma fábrica interna específica para esse tipo de item. Para recebê-los, basta falar com os consultores da empresa, cujos contatos estão em seu site.
Outras fabricantes também trabalham forte com esse conceito, como a Guardian – e as peças podem ser fornecidas para arquitetos e especificadores em geral pelo telefone 0800 709 2700 ou e-mail atendimento@guardian.com.
É possível fazer ainda um mix de amostras, incluindo mostruários (miniaturas de sistemas), panfletos e materiais digitais como fotos, vídeos e projetos em 3D, tudo para fazer o cliente entender o produto que vai comprar. - Aplicações na prática: ‘showroom’
No showroom, espaço dedicado à exposição de produtos, o cliente vai encontrar aplicações completas com nosso material. Com isso, saberá qual o aspecto final das soluções envidraçadas disponíveis no mercado.
Especialista em vidros para soluções acústicas, a Atenua Som possui showroom e laboratório. Ali os consumidores podem conferir testes ao vivo. “Esse tipo de ação coloca as empresas em posição de destaque no mercado”, relata seu diretor Edison Claro de Moraes.
A Mansur Vidros mantém um showroom no qual podem ser encontradas soluções de vidros com LEDs e fixações especiais. “Destacamos o envidraçamento de sacada para que o cliente se sinta dentro de uma varanda”, comentam o sócio e diretor-comercial para Construção Civil, Cláudio Acedo, e o sócio e diretor-comercial para Envidraçamento de Sacada, Cláudio Luís Acedo.
A Vipel também aposta na estratégia: “Isso gera credibilidade e oportunidades e cria uma excelente perspectiva dos produtos que poderão ser aplicados na obra”, comenta Antônio Moreno Neto, responsável pelo setor de marketing da empresa.

Vidraceiro, o cliente percebe quando o barato sai caro
Não conhecer os atributos dos vidros especiais ou não apresentá-los ao cliente e contentar-se com a venda de um vidro padrão é um erro fatal. Veja o que diz Vera Andrade, coordenadora-técnica da Abravidro:
“A PRINCÍPIO, o consumidor acredita que fez um bom negócio optando pelo produto de menor preço.”
“NO FUTURO, ele provavelmente conhecerá uma instalação similar à sua em que o vidro aplicado reduz a entrada de calor, barra os raios ultravioleta que desbotam os tecidos, diminui a entrada do barulho externo e garante segurança muito maior. Nesse momento, o consumidor se frustrará e certamente irá falar mal daquele vendedor que não apresentou a ele as opções de produtos diferenciados.”
Vidraceiro, como apresentar produtos aos clientes?
Para entender quais as ações recomendadas aos vidraceiros na hora da venda, O Vidroplano conversou com Gabriel Batista, criador do site Setor Vidreiro.
Não tenha medo de oferecer!
“Os vidraceiros, em sua maioria, não oferecem envidraçamentos que tenham mais benefícios que os sistemas ou aplicações habituais”, afirma Batista. Um fato é óbvio: o cliente não vai comprar um produto que ele não sabe que existe. A ideia de que uma solução mais cara não será aceita precisa acabar. “Claro que ser pioneiro e trabalhar com itens diferenciados dá trabalho, porém, gera margens de lucro muito maiores.”
Aproveite as oportunidades
Estar atento ao ambiente também pode render negócios. “O vidraceiro que vai instalar um boxe na casa de um cliente precisa identificar outras possibilidades de venda”, explica Batista. “Tem de olhar com atenção para verificar se o local tem uma escada, por exemplo. Se houver, por que não indicar um guarda-corpo envidraçado? Pode sugerir ainda uma mesa de vidro para a sala de jantar. As oportunidades são inúmeras, basta ficar ligado.”
Demonstre os benefícios
“Para o consumidor final, vidro é tudo igual. Cabe a nós profissionais mostrar que não.” Batista reforça a importância de saber argumentar e mostrar quais os reais benefícios dos vidros de valor agregado. “No vidro de controle solar, por exemplo, o cliente irá recuperar o valor pago a mais por meio da economia de energia elétrica. É nosso papel demonstrar as características do vidro de acordo com a necessidade do consumidor.”

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
Alump — www.alump.com.br
Atenua Som — atenuasom.com.br
Cebrace — www.cebrace.com.br
ENE Consultores — www.eneconsultores.com.br
Esquadritemper — www.esquadritemper.com.br
Formatar Consultoria Empresarial — www.formatar.com.br
GlassecViracon — www.glassecviracon.com.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
L’Vitrier — www.espelhosevidros.com.br
Mansur Vidros — mansurvidros.com.br
R4 Tecnologia em Vidros — r4tecnologiaemvidros.com.br
Saint-Gobain Glass — br.saint-gobain-glass.com
Setor Vidreiro — www.setorvidreiro.com.br
UFSC — www.ufsc.br
Vipel — www.vipel.ind.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
GlassecViracon comemora 25 anos com foco no exterior
No mês de julho, a processadora paulista GlassecViracon completou 25 anos de vida. Referência em beneficiamento de vidros para grandes projetos no País e pioneira na produção de insulados, a empresa iniciou sua trajetória no início dos anos 1990, como um negócio familiar, e se tornou multinacional quando se incorporou à americana Viracon em 2010. A comemoração da data acontece em momento no qual a companhia mira o mercado estrangeiro: recentemente, recebeu a homologação de um órgão norte-americano que autoriza o fornecimento de laminados para regiões suscetíveis a furacões — como a Flórida, nos Estados Unidos, por exemplo. Do outro lado do mundo, no Vietnã, três torres do Viettel Trade Center vão ganhar temperados laminados e serigrafados da empresa nas fachadas. “Nossos produtos estão em mais de 150 obras com certificação Leed ou Aqua, exigência para empreendimentos corporativos”, afirma o diretor-geral Dario Farhat. “Estamos motivados para ampliar nossa participação no mercado internacional”.
Mais informações: www.glassecviracon.com.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Mexicana Vitro adquire divisão de ‘float’ da americana PPG
No fim de julho, a usina vidreira Vitro, do México, adquiriu a divisão de fabricação de vidros planos da multinacional norte-americana PPG — o negócio está estimado em US$ 750 milhões. Com isso, a empresa eleva a sua participação, principalmente no segmento de vidros de controle solar, contando com cinco fornos de float nos Estados Unidos, além de um centro de pesquisas e quatro centros de processamento no Canadá. A Vitro tem também seus três fornos no Norte do México. David López, gerente de Comunicação Corporativa e de Responsabilidade Social da usina mexicana, informa que a companhia exporta vidros para o mercado brasileiro há mais de quarenta anos e agora deve aumentar ainda mais seu portfólio de produtos no País.
Mais informações: www.vitro.com
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Abravidro leva normas técnicas a curso do Senai em São Paulo
A consultora de Normalização da Abravidro, Clélia Bassetto, realizou duas apresentações no Curso do Vidraceiro, organizado pela Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo, em São Paulo. No dia 5 de julho, o conteúdo foi direcionado à turma regular do treinamento, enquanto os alunos do sábado assistiram à palestra no dia 23. Em ambas, Clélia enfatizou a importância das normas técnicas para que os profissionais do setor saibam especificar e instalar corretamente os vidros. Algumas regulamentações foram destacadas, como a NBR 7199 — Projeto, execução e aplicações de vidros na construção civil e a NBR 14.207 — Boxes de banheiro fabricados com vidros de segurança —, bem como o programa De Olho no Boxe, lançado recentemente pela Abravidro. Mais informações: www.abravidro.org.br e construcaocivil.sp.senai.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Acontece
O vidro não foi um dos principais concorrentes a medalhas nos Jogos Olímpicos Rio 2016 — esteve mais presente nos interiores do que na parte estrutural das arenas esportivas. Porém, nosso material brilhou em outras instalações, como o Refettorio Gastromotiva (foto), restaurante comunitário criado pela ONG Gastromotiva e projeto Food For Soul. O espaço, que serviu jantares gratuitos para população de baixa renda durante o evento esportivo, ganhou laminado incolor (8 mm) da Cebrace em um dos escritórios da varanda. Ouro para a iniciativa!
Durante os Jogos, o vidro também brilhou na cidade de São Paulo, mas por outra razão: o espaço Perspectivas, assinado pelo arquiteto Gustavo Calazans, para o estande da revista Casa Cláudia na High Design Home & Office Expo. Espelhos Guardian e DecoCristal, da Guardian, foram instalados. O evento aconteceu de 9 a 11 de agosto e expôs mobiliários e soluções para projetos de arquitetura.
Atenção, vidreiros: a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) lançou a Cartilha mercado livre de energia elétrica. Ela mostra os benefícios da migração do ambiente cativo para o de livre contratação de energia elétrica. Se você pensa em migrar sua empresa para a portabilidade da conta de luz, visite o site da entidade: www.abraceel.com.br
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Na Abravidro, o curso de PCP vai além!
O programa de Especialização Técnica Abravidro já foi consagrado pelo mercado. Capitaneado pelo instrutor-técnico Cláudio Lúcio da Silva, um dos maiores especialistas em processamento de vidro no Brasil, os módulos de Corte, Lapidação, Serigrafia e Têmpera já foram aplicados em mais de 100 empresas a cerca de 5.800 alunos nos últimos cinco anos.
Agora, atendendo a demanda do mercado, o programa conta com um novo módulo, o Planejamento, programação, controle da produção e estoques (PPCPE).
Para enfrentar a crise
Cursos sobre planejamento e controle da produção (PCP) não são novidade no mercado, mas costumam ser genéricos, voltados às mais diversas atividades industriais. A proposta da Abravidro é de um treinamento completo. Inclui também programação da produção e controle de estoques, com metodologia exclusiva, desenvolvida para a realidade da indústria de transformação de vidros.
“É o momento ideal para as empresas implementarem ou revisarem esses conceitos, pois vivenciamos hoje a queda contínua nos preços de venda do vidro, concorrência cada vez mais acirrada, menores prazos de entrega e ainda maior exigência na qualidade do produto final”, afirma Alexandre Pestana, presidente da Abravidro. “Nosso material oferece referências inéditas para a maior parte das indústrias de processamento no Brasil”, adianta Cláudio Lúcio. O conteúdo inclui métodos, ferramentas e boas práticas para aumentar, em curto prazo, a eficiência no planejamento e controle das atividades da empresa.
Conheça o novo treinamento
Duração: 16 horas, aplicado em dois dias
Local: sede da Abravidro, em São Paulo
Número de alunos: no máximo, 30 por turma
Perfil da empresa: transformadoras de vidro de todas as regiões do Brasil
Quem deve fazer: operadores do setor de planejamento e controle de produção (plano de corte); gestores do sistema de atendimento dos pedidos dos clientes; profissionais ligados às áreas de vendas, logística e produção; e programadores, analistas e técnicos especializados.
Requisitos do aluno: no mínimo, Ensino Médio completo; bons conhecimentos do programa Microsoft Excel e desejável vivência na rotina do PCP do processamento de vidro (plano de corte, etiquetagem e controle de pedidos).
Mais informações: com Rosana Silva, da Abravidro: (11) 3873-9908 e rsilva@abravidro.org.br.
Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
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Palavra do leitor
Guarda-corpos com segurança
Qual o vidro correto para aplicação em guarda-corpos residenciais?
Arquiteta Camila
Rio de Janeiro
É importante lembrar que, independentemente de onde o guarda-corpos esteja instalado, seja uma obra residencial ou comercial, ele deve sempre desempenhar sua função, que é a de proteger as pessoas de quedas não intencionais.
Dessa forma, os vidros permitidos pela norma ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações para essa instalação são o laminado e o aramado. Assim, em caso de quebra do vidro, o vão continuará fechado. Se o modelo do sistema exigir que o vidro tenha resistência mecânica, aplica-se o temperado laminado.
Vera Andrade
Coordenadora-técnica da Abravidro
(11) 3873-9908
www.abravidro.org.br
Todos de olho no boxe!
Como faço para obter os materiais do programa De Olho no Boxe para minha vidraçaria, como o manual, cartaz, fôlder, etc.? Preciso ser associado da Abravidro para ter acesso a eles?
Joel de Almeida
Tatuí, SP
Não é preciso ser associado para ter acesso aos materiais: todos podem ser obtidos gratuitamente no site do programa, na seção “Material de apoio” (www.deolhonoboxe.com.br/vidraceiro/material-de-apoio/). Você também pode cadastrar sua vidraçaria (www.deolhonoboxe.com.br/vidraceiro/cadastre-se-e-ganhe-clientes), sem qualquer custo, para que os clientes de sua região tenham acesso às informações sobre os produtos e serviços de sua empresa.
Geisa Barsotti
Coordenadora de Comunicação da Abravidro
(11) 3873-9908
www.abravidro.org.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Vidraceiro, participe da criação da norma sobre a sua profissão!
Já faz tempo que se consulta a Abravidro em busca de referências técnicas sobre o trabalho padrão do vidraceiro. Para atender essa necessidade do mercado, o Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37), sediado na entidade, obteve autorização da ABNT para a criação de uma norma específica para a qualificação desses profissionais.
O que esperar da norma?
Assim como já acontece em outras profissões da área da construção civil (a exemplo de pedreiros e pintores), a futura norma estabelecerá as competências que o profissional deve ter e definirá as bases para sua avaliação. O texto contribuirá com a melhoria da qualidade dos serviços prestados, orientando sobre as práticas corretas da profissão e sobre a importância da aplicação das demais normas relacionadas aos vidros planos.
Vale ressaltar que, no futuro, os vidraceiros poderão ser certificados, comprovando que atendem a norma relativa à sua profissão. A elaboração do texto é a primeira etapa para a criação de procedimentos para a certificação. A Abravidro, por sua vez, irá trabalhar nesse processo logo após a publicação do documento.
Início dos trabalhos
Quando anunciamos em nosso site essa excelente notícia, recebemos vários e-mails de pessoas interessadas em participar do processo. Isso mostra o quão importante será o trabalho a ser feito nos próximos meses. Alguns dias depois de fecharmos esta edição de O Vidroplano, a comissão reuniu-se pela primeira vez, no dia 18 de agosto. Na ocasião, foram apresentados os objetivos da comissão, assim como seu papel na elaboração da norma. Escolheu-se ainda seu coordenador e secretário, além de se criar um cronograma para as futuras reuniões.
Ajude a fazer a norma!
Se você não esteve no primeiro encontro, não tem problema. A participação segue aberta a todos os voluntários: a agenda de reuniões do ABNT/CB-37 pode ser conferida em www.abravidro.org.br. Para receber o convite, mande e-mail para cb37@abnt.org.br e solicite sua inclusão na comissão de estudo. Importante: quem não puder comparecer às reuniões também poderá contribuir. Basta enviar sugestões para esse mesmo endereço eletrônico.
Atenção, pequenas e microempresas:
vocês podem adquirir normas técnicas por 1/3 do valor cheio por meio da parceria da ABNT com o Sebrae. Para mais informações, acesse: abntcatalogo.com.br/sebrae
Clélia Bassetto, consultora de Normalização da Abravidro
Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br
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A Glass South America 2018 já começou!
Um café da manhã, realizado no dia 2 de agosto, marcou o lançamento oficial da Glass South America 2018 pela NürnbergMesse Brasil, evento organizado em parceria exclusiva com a Abravidro. Diversos empresários vidreiros estiveram presentes no encontro organizado no São Paulo Expo, pavilhão de exposições que será a nova casa da maior feira do setor na América Latina.
Confiança no setor
Na abertura do evento, o diretor-geral da NürnbergMesse Brasil, João Paulo Picolo, comentou a força do setor vidreiro em meio à crise. Ele agradeceu ainda à Abravidro pelo apoio: “Nunca vi uma entidade de classe atuar com tanto afinco por seu setor”, disse. Na sequência, revelaram-se algumas novidades para a edição de 2018 (veja no quadro abaixo).
O presidente da Abravidro, Alexandre Pestana, apresentou as perspectivas para a construção civil em 2018 e fez seu balanço. “Hoje, a Glass faz a diferença no modo como trabalhamos o vidro no Brasil”, enfatizou.
Homenagens
Durante a cerimônia, Ézio Cabib, da Bottero do Brasil, e Yveraldo Gusmão, da Gusmão Representações, foram homenageados. Eles receberam de Alexandre Pestana e Celina Araújo, presidente e superintendente da Abravidro, placas celebrando a presença como expositores em todas as edições da Glass, desde 1996.
Conheça o São Paulo Expo
Conhecido até o ano passado como Centro de Exposição Imigrantes, o espaço foi totalmente reformado e ampliado pelo grupo francês GL Events, que assumiu a administração do espaço por trinta anos. Os participantes do evento de lançamento da Glass ficaram impressionados.
Ficha técnica
Investimento de R$ 300 milhões
100 mil m² de área
29 salas de reunião/congressos (modulares e acústicas)
5 mil vagas de estacionamento, sendo 4.500 cobertas
Pavilhão com ar condicionado e wi-fi
Modulação para até 8 pavilhões
Hotéis: mais de 5 mil unidades habitacionais próximas
Localização
Próximo ao bairro do Jabaquara, na Zona Sul paulistana, o complexo está a:
- 850 m do metrô Jabaquara
- 10 minutos do Aeroporto de Congonhas
- 5 minutos do metrô Santos Imigrantes
- 10 minutos do Rodoanel Mário Covas
- Fora da área de abrangência do rodízio municipal de veículos
Novidades para a próxima edição
- Clube de Compradores: ações coordenadas com objetivo de facilitar a realização de negócios;
- Glass Experience Design: espaço que mostrará tendências e inovações em aplicação de vidro;
- Experience Club: ação para oferecer comodidade e conforto a clientes VIP, incluindo acesso a conteúdo exclusivo.
Seja expositor da Glass 2018
A próxima edição da feira acontecerá do dia 9 a 12 de maio de 2018. Para garantir o seu espaço como expositor, faça contato com a NürnbergMesse Brasil pelo telefone (11) 3205-5027 ou glass@nm-brasil.com.br.
Fale com eles!
Glass South America — www.glassexpo.com.br
NürnbergMesse Brasil — www.nuernbergmesse-brasil.com.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Uma conquista de muitas mãos
Nesta edição, nossa reportagem de capa traz um sonho antigo da área Técnica da Abravidro: a publicação da nova versão da NBR 7199, a norma mais conhecida e aplicada do setor vidreiro.
Pessoalmente, vejo na simplicidade um dos maiores desafios em tudo que desenvolvemos — e esse objetivo foi alcançado por essa comissão de estudos. Além de mais completa, a nova versão do texto deixou as informações bem claras e fáceis de serem encontradas.
Aproveito para dar os parabéns à maravilhosa equipe da Abravidro participante desse trabalho. Silvio Carvalho, Clélia Bassetto e Vera Andrade dedicaram-se bastante à pesquisa por referências técnicas nacionais e internacionais que serviram de base para as discussões dos especialistas. Ao final, revisaram o documento infinitas vezes, de forma a incluir cada detalhe estabelecido pela comissão de estudos, sempre de acordo com os parâmetros da ABNT.
O coroamento desse trabalho é um presente para o leitor de O Vidroplano: os maiores conhecedores dessa norma compararam suas versões antiga e atual na reportagem de capa, que traz tudo ali explicadinho para você. Portanto, aos leitores que trabalham com vidros para a construção civil, não faço aqui um mero convite, mas um alerta: se você não dominar o conteúdo dessa matéria, certamente não está atualizado e preparado para operar num mercado cada vez mais competitivo e exigente como o atual. Aproveite!
Grande abraço,
Celina Araujo
Editora
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Os alicerces para o mercado de amanhã
Sei da dificuldade em enxergar o saldo positivo deste momento de baixa atividade do mercado vidreiro. Sem dúvida, entre esses resultados estão os ganhos de eficiência e os incrementos na produtividade das empresas. Mas vejo que estamos indo muito além disso, promovendo ações estruturais para o futuro desenvolvimento de nosso mercado. E um grande exemplo é a recente revisão da NBR 7199, a principal referência técnica de nosso setor.
Moderna e mais completa, a nova versão da norma irá melhorar a compreensão dos parâmetros de segurança do vidro na construção civil e será protagonista de uma série de atividades da Abravidro para a disseminação de conhecimento técnico. Ao mesmo tempo que produzimos as normas de que o País precisa, intensificamos sua divulgação, com a ampliação do programa de palestras em várias regiões do Brasil e a formação de novos conteúdos em nossos canais de comunicação. Nessa mesma linha, a NBR 7199 vidreira já faz parte das Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros de doze Estados brasileiros, com os quais temos contato contínuo na capacitação de oficiais. Além disso, permanecemos com as ações para incluir os parâmetros do vidro nas demais corporações.
O programa De Olho no Boxe é outro bom exemplo, pois busca habilitar os vidraceiros a fazer a manutenção periódica do produto e também conectar o cliente final às empresas cadastradas. E por falar em vidraceiro, este mês daremos o primeiro passo para um trabalho inovador e extremamente importante: ao invés de normalizar produtos, dessa vez faremos uma norma que vai definir o perfil ideal desse profissional. Na área de certificação, estamos formando parcerias com novos laboratórios e organismos certificadores, o que deve facilitar o acesso ao selo Inmetro nos temperados.
A produção das indústrias processadoras permanece importante. Como complemento à já consagrada Especialização Técnica, nas próximas semanas lançaremos mais um programa inédito. Dessa vez vamos quebrar todos os paradigmas e turbinar a área de Planejamento e Controle da Produção (PCP), numa proposta totalmente especializada no vidro plano, com sistemáticas de trabalho ainda desconhecidas por nossas empresas.
É a Abravidro cumprindo o seu papel, reunindo forças e criando oportunidades para construirmos os alicerces do mercado em que sonhamos atuar amanhã!
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Tomando decisões baseadas em dados
Escrito por Alexandre Aquino
A ciência é, de longe, o único método confiável de tomada de decisões. Não é preciso ir longe para se chegar a essa conclusão. Basta lembrar a última vez em que você precisou ser medicado. A quem você recorreu? Aos médicos, que são cientistas. Esses profissionais trabalham com elevadas taxas de acerto, pois atuam em cima de informações catalogadas. Em suas abordagens, conseguem prover resultados com confiabilidade.
Apesar de sabermos disso, não costumamos transportar esse conceito para outras esferas da nossa vida e nem para o nosso ambiente profissional. Nas organizações, tal prática muitas vezes é vista em poucas áreas. Uma delas é setor de controle de qualidade da produção. Tal trabalho é — ou deveria ser — baseado inteiramente em dados que norteiam o planejamento, acompanhamento e correção.
Hoje, ao avaliar as empresas em que presto serviço, vejo que ainda estamos longe de compreender de forma adequada os benefícios da tomada de decisões com base em estatísticas. As pessoas até entendem que isso é importante, mas deixam esses métodos restritos aos espaços em que há alguma ferramenta gerencial previamente organizada para esse fim. Falta a compreensão de que tal prática deve ser adotada em todos os setores da empresa.
Um exemplo do que estou falando
Quando participo de uma reunião, preparo uma planilha que serve para orientar todo o processo. Nela, descrevo os itens da pauta em uma coluna. Nas linhas seguintes, coloco os encaminhamentos e demais observações. Ao longo da reunião, costumo planilhar também:
- O nome da pessoa que ficará responsável por cada questão
- A data para a conclusão da tarefa
- A gravidade dos assuntos
- As ações a serem implementadas
- O apontamento da solução (se o problema foi resolvido ou não)
Sei que pode parecer pouco, mas essa é apenas uma das ferramentas que utilizo para racionalizar, documentar e encaminhar soluções de problemas em situações muito corriqueiras que, se deixadas a cargo das pessoas, viram um festival de bate-papo e de falta de objetividade (como é o caso de boa parte das reuniões).
Diante disso, proponho-lhe um exercício: registre o andamento de tudo que está sob sua responsabilidade ou de sua equipe e use os dados coletados para fazer o acompanhamento dessas tarefas. No fim, você verá como perdemos tempo e energia com questões que podem ser resolvidas de maneira muito mais objetiva e precisa.
Fale com eles!
Alexandre Aquino é consultor empresarial e professor universitário. É formado em Administração, especialista em Marketing e mestre em Gestão. www.idmconsultoria.com.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui
Como está o mercado de vidros no Brasil?
Nesta edição que está sendo distribuída na Glasstec, a mais importante feira de vidros do mundo, O Vidroplano convidou o presidente da Abravidro para uma entrevista em que ele coloca suas percepções e perspectivas sobre o nosso mercado. Confira!
Como você vê o mercado de vidros no Brasil atualmente?
Sempre acreditei, e mais ainda agora, na força do vidro no Brasil. Apesar de ser bisneto, neto e filho de vidreiro, minha conclusão se dá pela visão privilegiada que tenho do setor como presidente da Abravidro.
O vidro plano acompanhou o desenvolvimento do País e cresceu intensamente nos últimos dez anos — em algumas ocasiões de forma abrupta e, de certa maneira, desorganizada. Ao lado de grandes oportunidades e valores, somos também reféns de um modo espontâneo e pouco sistematizado de fazer as coisas. Nosso atual momento é de ajustes, quando estamos desfazendo alguns excessos cometidos nesses anos de prosperidade. Precisamos de reformas estruturais e exigimos posturas éticas, imprescindíveis para a retomada do desenvolvimento — isso vale para o Brasil de forma geral e também para o setor vidreiro.
Mas você acredita nessa retomada?
Não há dúvida sobre nossa capacidade. Porém, a incerteza está no tempo e intensidade. Assumir os erros, abandonar estruturas arcaicas e reconstruir os alicerces políticos e econômicos serão a verdadeira alavanca dessa reversão. Somos um país com mais de 8 milhões de km², quase 205 milhões de habitantes e uma oferta de recursos naturais raras no planeta. Tudo isso sem guerras e conflitos sociais, religiosos, étnicos ou naturais.
Ao olharmos para a indústria de processamento de vidro, a conclusão é que ela reflete o Brasil dos últimos tempos. Há pouco mais de vinte anos, nosso consumo de processados era muito baixo, a produção de float estava concentrada em apenas duas multinacionais e poucas empresas independentes se arriscavam na transformação do produto.
E como o mercado está estruturado atualmente?
Principalmente nos últimos dez anos, houve uma explosão na produção e no número de indústrias processadoras. Nosso consumo per capita chegou próximo a dez quilos e o transformado, incluindo o automotivo, representa 2/3 desse total. Hoje temos quase quinhentos processadores cobrindo todo o território nacional, oferecendo ao mercado um amplo portfólio de soluções em vidro, em grande quantidade e alta qualidade. No entanto, como falei, o momento é de ajustes e os fatores que promoveram esse crescimento acelerado não estão mais presentes. Vivemos um período de turbulência, com forte retração no consumo.
Diante disso, todos se perguntam: estamos no fundo do poço? Quando voltaremos a crescer? Se a retomada ocorrer, em que intensidade será? As respostas a essas questões vão além da capacidade de avaliação do cenário, pois passam por variáveis que não estão bem-definidas.
E o que se pode esperar?
O fato é que a profundidade das transformações exigidas para a retomada do crescimento do País e do mercado vidreiro faz desse um processo doloroso e extenso. O futuro é garantido, pois o potencial de consumo de vidro no Brasil não mudou, muito pelo contrário. Podemos ir muito além dos 9,83 kg por habitante atingidos em 2013, mas, para isso, precisamos ter coragem e responsabilidade para superar as dificuldades momentâneas. Temos observado que boa parte dos processadores está tirando valiosas lições dessa crise, aperfeiçoando processos, ganhando produtividade, reduzindo drasticamente as perdas e se posicionando no mercado de forma muito mais estratégica.
Mas qual a expectativa quanto ao consumo de vidro?
De acordo com o Panorama Abravidro 2016, nosso consumo aparente caiu 9,9% em 2015. Certamente, teremos uma nova queda em 2016 comparada à de 2015, devido ao baixo desempenho dos principais mercados consumidores de vidro — construção civil e automotivo. Para 2017, a tendência é de estagnação ou um tímido crescimento. Ao olharmos em perspectiva, vemos que o período 2014-2017 representa o fim de um ciclo de prosperidade vivido pelo setor vidreiro desde o início deste século. Como disse, estão sendo anos de grande aprendizado para nossa indústria de transformação — que estará mais amadurecida, aperfeiçoada e mais bem preparada para um novo ciclo de crescimento. E termino com as mesmas palavras que comecei: eu acredito na força do vidro no Brasil!
O mercado de vidros planos no Brasil
- 9 linhas de produção de vidro float
- 2 fabricantes de vidro impresso
- Capacidade nominal de 6.950 toneladas de vidro plano por dia
- Quase 500 indústrias de processamento de vidros
Participação por produto em 2015
- 42,7%: Automotivo Comum, Outros
- 34,9%: Temperado
- 9,1%: Laminado
- 7,1%: Espelho
- 5,7: Tampo, curvo, etc.
- 0,4%: Insulado
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Abravidro — www.abravidro.org.br
Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui