8 boas razões para divulgar sua empresa na Internet

Escrito por Felipe Pereira

Há anos, aumenta a importância da Internet na vida das pessoas. Porém, nem todas as empresas reconhecem o tamanho de sua importância ou conhecem suas funcionalidades por completo.

As facilidades que a Internet proporciona na hora da divulgação e interatividade devem ser aproveitadas em seu potencial máximo. Separei oito motivos que farão você entender o quão importante é estar online:

  1. Interatividade —Se você está vendo determinado conteúdo e o acha relevante, basta comentar e/ou curtir, entrando em contato com o produtor desse material em tempo real. Ao fazer isso, você expõe a sua opinião de forma pública e nenhuma empresa quer correr o risco de ter comentários negativos sobre si mesma. Por isso, a tentativa de fazer materiais benfeitos e responder rapidamente ao consumidor é muito maior.
  2. Customização — A Internet permite customizar a informação de modo específico quando você está navegando. O conteúdo que aparece para você é o mais personalizado possível. Assim como também é para o seu cliente que está na Internet. Se você buscar por restaurantes de comida japonesa, ele provavelmente vai lhe mostrar vários restaurantes da sua localidade sem que você precise indicá-lo.
  3. Custo-benefício— Ao fazer uma campanha de divulgação na Internet, é possível, com um mesmo orçamento, abranger um número de pessoas bem maior do que usando uma mídia tradicional.
  4. Ausência de barreiras geográficas — Se sua empresa comercializar produtos ou serviços na Internet, pode-se vender sem ficar limitado a uma localidade.
  5. Ausência de barreiras temporais — Sua loja online está aberta 24 horas por dia. Independente do dia e horário, as pessoas podem consumir o seu produto ou conteúdo.
  6. Facilidade de mensuração —Se o orçamento for de R$ 4 mil e forem investidos mil no Google, mil no Facebook, outros mil em um blogue e mil em outro, pode-se saber exatamente quantas visitas cada uma dessas mídias lhe trouxe, quantos desses visitantes se tornaram clientes e quanto cada um desses clientes comprou.
  7. Otimização — A possibilidade de otimização, correção e melhoria das campanhas é muito forte. Basta ir à ferramenta que está fazendo certa promoção e trocar o texto ou a imagem.
  8. Aproveitamento do impulso de compra — Se seu produto é divulgado em um outdoor, por exemplo, o cliente pode achá-lo interessante, mas vai deixar para ir à sua loja quando tiver tempo. De repente, até lá, ele se desinteressa por seu produto ou esquece. Com isso, você perde a venda. Se você está na Internet, ele clica na sua propaganda e compra seu produto.

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Felipe Pereira é mestre em administração, especialista em negócios digitais e criador do portal Digaí. www.digai.com.br

Bruto, com um toque de sutileza

Hotel construído com contêineres no PR aposta no vidro para se integrar ao exterior

A arquitetura moderna é formada por materiais diferentes e inusitados — existem por aí construções com garrafas plásticas e pneus, por exemplo. Que tal, então, contêineres como casas ou edifícios? Utilizado no transporte de mercadorias, esse item se tornou uma alternativa sustentável para residências, principalmente nos Estados Unidos e Europa, por conta de características como durabilidade, mobilidade e reaproveitamento. No entanto, para uma obra assim funcionar, o vidro se faz necessário. Como pode ser visto no Tetris Container Hostel, em Foz de Iguaçu (PR), somente nosso material oferece integração ao ambiente externo e estética sutil às linhas duras do conjunto baseado nos blocos de montar de um videogame famoso mundialmente.

Transparência em aço
Os vidros aplicados em diversos ambientes como quartos e áreas comuns foram fornecidos pela Vidraçaria Rio-Sul, empresa também localizada em Foz do Iguaçu. As grandes janelas, que permitem farta entrada de luz natural, ganharam temperado incolor 6 mm. Portas, incluindo a da entrada principal e de banheiros, possuem temperados incolores 10 mm.

Todas as esquadrias para essas portas e janelas são da Belmetal. Os modelos fazem parte da linha Imperial 2.5, de alumínio, e foram instalados de forma a obter vedação de alta qualidade nos vãos abertos. “Trata-se de um projeto inovador”, comenta a coordenadora de Marketing da filial da Belmetal em Curitiba, Érica Ribeiro. “Acreditamos que haverá, no Brasil, nos próximos anos, grande crescimento desse mercado.” Segundo a empresa, esse tipo de obra consegue unir temas atuais e urgentes como o reuso de materiais descartados, eficiência energética, limpeza e rapidez no processo de construção.

Jogo de encaixar
O formato do empreendimento é baseado no renomado videogame Tetris, criado na década de 1980, na Rússia, então União Soviética. Os contêineres empilhados fazem alusão às peças do jogo, as quais devem ser encaixadas de forma funcional. O objetivo é passar o conceito de conexão de ideias, já que um hostel recebe grande fluxo de pessoas oriundas dos mais diferentes lugares (saiba mais no quadro abaixo).

Ao todo, a estrutura é formada por quinze contêineres e possui 498 m² de área construída. Ainda no quesito sustentabilidade, a estrutura conta com telhado verde (o que reduz a temperatura interna), pisos externos drenantes e cisterna para captação de água das chuvas.

‘Hostel’? Entenda esse conceito!
Muito comuns na Europa e frequentados principalmente por viajantes “mochileiros”, os hostels são hospedarias com preços mais convidativos que os hotéis tradicionais. Mesmo assim, esse tipo de estabelecimento não deixa de lado a sofisticação na decoração e também a modernidade. Algumas características desse tipo de hospedagem são:

  • Socialização — Procurado normalmente por jovens viajantes, os hostels costumam ter quartos, banheiros e cozinhas coletivos (existem os com suítes exclusivas). São normais as confraternizações nas áreas comuns;
  • Novo conceito — A palavra hostel normalmente era traduzida para o português como albergue de jovens. No entanto, as condições das instalações desse tipo de hospedagem costumam ser melhores do que as dos antigos albergues brasileiros. Por isso, o verbete tem se popularizado no País;
  • Crescimento — Tem aumentado consideravelmente o número de hostels no Brasil. Segundo dados da Federação Brasileira de Albergues da Juventude (FBAJ), a quantidade de estabelecimentos recém-abertos filiados à instituição cresceu 67,2% nos últimos anos;
  • Desde 1912 — O primeiro hostel do mundo foi aberto por um professor na cidade de Altena, Alemanha. A ideia era que ele servisse de hospedagem para estudantes. Acredite, ele foi construído em um castelo do século 12. O Burg Altena funciona como hostel até hoje!

Curiosidades do Tetris Container Hostel

  • Segundo a gerência do local, é o maior hostel em contêineres do mundo;
  • piscina também é instalada dentro de um contêiner e possui aquecimento solar;
  • A estrutura que hoje abriga o estabelecimento foi originalmente montada no ano passado para ser a sede da Casa Foz Design, evento voltado à arquitetura e decoração.

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Belmetal — www.belmetal.com.br
Tetris Container Hostel — tetrishostel.com.br
Vidraçaria Rio-Sul — (45) 3573-3370

A importância de mudança cultural

Escrito por Amauri Nóbrega

A maioria das empresas criadas há mais de trinta anos começou em um momento pouco globalizado e sem as tecnologias atuais. As que sobreviveram passaram por profunda mudança cultural.

Um dos grandes desafios das empresas é o ciclo de vida de seus produtos e serviços. Avaliando as organizações que resistiram à virada do século, notamos que boa parte não tem como principal fonte de receita um produto ou serviço com mais de 36 meses de vida sem que tenha sido reformulado. Antes, desenvolvia-se algo que se tornava sucesso. Assim, a empresa se acomodava, colhendo os louros por longa data. Mas, se as companhias mantiverem essa cultura hoje, o óbito é certo.

O que é a cultura de uma empresa?
Conhecer a cultura da própria companhia é fundamental para o sucesso. Você pode até dizer que toda empresa conhece, mas isso não é verdade. A cultura é criada ao longo do tempo, construída por pessoas que passaram pela empresa. Porém, deve ser criticada e ajustada.

Coloque-se no lugar de um novo colaborador. Ele passa por um longo treinamento. Com a empolgação de um calouro, pergunta por que algo deve ser feito de determinada maneira. A resposta? “Porque foi sempre assim”. Depois de seis meses, a motivação dele será a mesma? Isso é fatal para a sobrevivência das organizações.

O papel do líder
Um dos grandes desafios da liderança é saber dar feedback, é manter um canal de comunicação contínuo com a equipe, deixando claras a função e a importância de cada um no processo. É também ouvir o que os liderados têm a dizer sobre sua atuação. Isso é essencial para se pensar na mudança de uma cultura.

Como executar a mudança?
Repense o que muitas vezes são apenas peças de marketing: missão, visão e valores. Quem deverá patrocinar isso é o gestor. Depois, trabalhe junto aos líderes de departamentos para levantar as competências e habilidades necessárias para atingir uma nova cultura.

Feito isso, faça a avaliação destacada no quadro:

Tópicos para avaliação

  • É de conhecimento e entendimento de todos a nossa nova cultura, a fim de atingirmos os objetivos?
  • Todos entendem as novas realidades e tendências no mercado em que atuamos?
  • Os líderes conhecem o perfil de cada membro de sua equipe?
  • Qual é o grau de conhecimento da necessidade de comunicação dos líderes com os liderados?
  • Qual é o tempo de resposta para a melhoria de um colaborador a partir de um feedback?

Todos na organização têm de ter comportamentos que promovam e apoiem as ações e metas estratégicas. Isso é fundamental! Deixe de lado o “foi sempre assim”. Mude a cultura de sua empresa!

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Amauri Nóbrega é consultor executivo, palestrante, coach, escritor, conselheiro e especialista em estratégia e finanças.
amaurinobrega.com.br

Abravidro apoia conferência sobre poluição sonora em SP

Nos dias 27 e 29 de abril, realizou-se, na Câmara Municipal de São Paulo, a 2ª Conferência Municipal sobre Ruído, Vibração e Perturbação Sonora. O evento, que contou com apoio institucional da Abravidro, discutiu a poluição sonora na maior metrópole brasileira. Para isso, reuniu especialistas de áreas como arquitetura, direito e engenharia para dissertar a respeito de soluções para a melhora da qualidade de vida paulistana. Entre os palestrantes estavam o arquiteto e urbanista Marcos Holtz, que se ocupou do tema Desmistificando os mapas de ruídos, e o engenheiro e presidente da Associação Brasileira para a Qualidade Acústica (ProAcústica), Davi Akkerman, coordenador de um dos painéis de debate. Mais informações: www.conferenciaruidosp.com.br

 

O maior conteúdo técnico vidreiro do mundo está aqui

Conheça a programação de palestras e ‘workshops’ do GPD, congresso a ser realizado na Finlândia, em junho

Nos dias 24 a 26 de junho, a cidade finlandesa de Tampere receberá o Glass Performance Days (GPD). Organizado pela fabricante de maquinários Glaston, o evento é o principal congresso sobre a indústria vidreira no mundo. Na edição de fevereiro de O Vidroplano, foram mostrados detalhes sobre o processo de inscrição, além de informações a respeito de passagens aéreas e a lista de atividades de networking disponíveis aos participantes. Neste mês, trazemos a programação completa de palestras e workshops.

De olho no futuro
Uma das mais fortes características do GPD é o debate sobre o avanço das tecnologias a serem aplicadas na fabricação, processamento e instalação do vidro. Por isso, seu conteúdo técnico sempre está focado no futuro do setor, na descoberta de novas soluções. Para corroborar esse conceito, neste ano, o foco do evento está no tripé inovação, negócios e design.

A programação começa antes mesmo do início oficial do congresso. Nos dias 23 e 24, serão realizados dezessete workshops, cursos intensivos de quatro a oito horas. As duas datas seguintes, 25 e 26, estão reservadas para as mais de 120 palestras técnicas, divididas em 16 sessões temáticas. Alguns dos mais renomados profissionais da indústria vidreira estão entre os ministradores.

Assuntos diversos, desde a relação entre vidro e sustentabilidade, passando pelos desafios arquitetônicos e o uso do nosso material em aplicações estruturais, serão abordados. Veja no quadro abaixo as diferentes sessões de palestras. Vale lembrar que a programação pode ser alterada a qualquer momento pelos organizadores.

 

Como se inscrever
A inscrição deve ser feita em www.gpd.fi/Conferences/GPD-Finland1/Registration. O participante deverá escolher as atividades às quais irá comparecer: workshops, conferências e eventos externos. Poderá também selecionar uma das quatro opções de hospedagem, todas elas localizadas em Tampere. O valor da inscrição inclui acesso a todas as conferências do GPD e à Glass Expo (feira simultânea ao congresso), entrada para as festas de abertura e encerramento, traslado do local do GPD para os eventos noturnos e todo o material utilizado durante as palestras.

Valor para participantes: € 1.250
Para acompanhantes (cônjuges e crianças): € 100 por pessoa

Importante: devem ser inclusos nesses valores o imposto VAT (Value Added Tax), de 24%, e uma taxa de serviço de € 35 (sobre a qual também incidem os 24%).

 

‘Workshops’
Obs.: Iniciam-se um dia antes da abertura oficial.

23 de junho, terça-feira
09h00 — 17h00
Direitos de propriedade imaterial e patentes, a principal fonte de conhecimento para a indústria de vidros planos
Bernard Savaëte (BJS.Différences), Ari Hirvonen (Kitasakura Ou)

09h00 — 13h00
Engenharia para fachadas
Agner Koltay (Koltay Facades)

09h00 — 17h00
Corte e trituração
Michael Emonds (Chemetall GmbH), Peter Pokoern (Bohle AG)

09h00 — 17h00
Reforço químico de vidros por troca iônica
Guglielmo Macrelli (Isoclima SpA)

09h00 — 17h00
Arranha-céus
Glass Innovation Institute (o workshop será realizado em Helsinque)

09h00 — 17h00
Eficiência no processamento e laminação de vidros SentryGlas e PVB (EVA etc.)
Jan Scheers (Kuraray)

09h00 — 17h00
Eurocode – Design de painéis de vidro com base na prEN16612:2013 (E)
Glass Innovation Institute

 

24 de junho, quarta-feira
09h00 — 17h00

Desempenho estrutural e aplicações do vidro laminado
Ingo Stelzer, Malvinder Sing Rooprai e Robin Czyzewicz (Kuraray)

09h00 — 13h00
O desempenho termomecânico da unidade de vidro isolante
Cenk Kocer (University of Sydney)

09h00 — 13h00
Acabamento vitrificado em silicone estrutural e a próxima geração de tecnologias em fixação: aperfeiçoando design e desempenho dos sistemas de fachadas
Larry Carbaray (Dow Corning)

09h00 — 13h00
Introdução ao processo de têmpera de vidros e as propriedades do vidro temperado
Antti Aronen (Universidy of Sydney)

09h00 — 13h00
Anisotropia
Glass Innovation Institute

09h00 — 13h00
Tratamento de superfície em vidros
Edda Rädlein (TU Ilmenau), Michael Emonds (Chemetall GmbH)

09h00 — 13h00
Modernização de projetos
Glass Innovation Institute

09h00 — 13h00
Alguns números para a indústria global de vidros planos
Bernard Savaëte (BJS.Différences)

09h00 — 13h00
Soluções rentáveis para os negócios – Desafio dos 90 dias
Lisett Gulnick e Jim Gulnick (McGrory Glass)

09h00 — 13h00
Internet industrial
Glass Innovation Institute

 

Sessões de palestras

25 de junho, quinta-feira
A partir das 9h00
Fórum de arquitetura
Presidente: James O’Callaghan

09h00 — 17h00
Vidro e sustentabilidade
Presidente: Mikel Kragh

A partir das 9h00
Tecnologia em janela IGU
Presidente: Tracy Rodgers

09h00 — 12h15
Aplicação e tecnologias em revestimento
Presidente: Jutta Trube

13h45 — 17h00
O vidro nas aplicações estruturais
Presidente: Ingo Stelzer e Mitsu Edwards

09h00 — 17h00
Vidro laminado/processo/design
Presidente: Julia Schimmelpenningh

09h00 — 17h00
Desafios arquitetônicos, soluções e fachadas
Presidentes: Larry Carbary e Valerie Block

 

26 de junho, sexta-feira
09h00 — 11h50
Vidro curvado
Presidente: Benjamin Beer

A partir das 11h50
Fachadas de alto desempenho — Requisitos de design
Presidente: Leon Jacob e Keith Boswell

09h00 — 15h00
Aderência para vidros e fixação de pontos
Presidentes: Thomas Hendriksen e Blandini Lucio

09h00 — 16h35
Novos produtos e aplicações
Presidente: Norbert Wruk

09h00 — 16h35
O vidro em aplicações estruturais
Presidentes: Ingo Stelzer e Mitsu Edwards

09h00 — 16h35
Têmpera/pré-processamento
Presidentes: Francis Serruys e Miika Äppelqvist

09h00 — 14h10
Tendências de mercado e futuras oportunidades
Presidente: Nigel Rees

14h10 — 15h00
Sistemas de mensuração de qualidade
Presidente: Kimmo Kuusela

15h45 — 16h35
Vidro no design de interiores
Presidente a ser nomeado

A grade completa de apresentações pode ser vista, em inglês, em www.gpd.fi/Global/GPD/2014%20New%20Images/gpd_2015_FIN_program_4s_0104.pdf

 

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GPD — www.gpd.fi

Vidro automotivo: revisão de textos é finalizada

Dez normas sobre o tema serão encaminhadas, em breve, para consulta nacional pela ABNT

No mês passado, a comissão de estudos coordenada por mim finalizou a revisão de dez normas sobre o vidro automotivo. A ABNT NBR 9491 — Vidros de segurança para veículos rodoviários – Requisitos estava entre elas e é a mais importante, já que possui os indicativos de qualidade do produto. As demais trazem metodologias de ensaios para a avaliação desses requisitos. Os textos já foram encaminhados à ABNT e, em breve, serão colocados em processo de consulta nacional.

Um dos principais motivos para a revisão total das normas automotivas é a alteração do regulamento europeu ECE 43. No entanto, não nos esquecemos de olhar para outras normas internacionais. Nesse trabalho, além de atualizar as informações, deixamos nossos textos com uma interpretação mais direta e prática, visando a facilitar seu uso e interpretação.

Mudanças nos ensaios
A metodologia de alguns ensaios foi simplificada, como a diminuição dos corpos de prova no de choque mecânico, por exemplo. O teste de fragmentação foi o que mais mudou: antes, era mandatório o uso de papel fotossensível e de líquido revelador para que se pudesse gerar uma “folha testemunha” do vidro testado – a técnica é semelhante à revelação de uma fotografia, com o papel sendo o equivalente ao filme fotográfico. Porém, por ser uma tecnologia antiga, o acesso a ela estava cada vez mais escasso. Assim, a comissão decidiu eliminar essa obrigatoriedade, ampliando a forma de registro para métodos mais modernos. Outra mudança relevante está no procedimento de determinação das zonas de visão do para-brisa.

Vale lembrar que a revisão era importante também para outras instituições de alcance nacional, como o Inmetro. Os vidros automotivos têm uma certificação compulsória e, com a revisão das normas, o regulamento de avaliação da conformidade desse produto deverá ser atualizado.

Daniel Domingos, coordenador da comissão especial de estudos

 

Fique atento à consulta nacional
Avisaremos em nossa newsletter semanal, portal e redes sociais quando os textos estiverem disponíveis para consulta nacional.

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Eles são a cara do nosso setor!

Vidraceiros de várias partes do Brasil falam sobre o mercado atual e suas experiências

O Dia do Vidraceiro é comemorado em 18 de maio. Não é sem motivo que esses profissionais têm um dia próprio: são eles que fazem o contato direto com o usuário final, vendem e instalam vidros e apresentam as informações sobre cada tipo de aplicação, ferragens e acessórios que devem ser usados e todos os cuidados de que o produto precisa. Em resumo, o vidraceiro representa toda a cadeia produtiva para o cliente final, sendo uma peça chave para o crescimento do setor — ainda mais frente à crise financeira que o Brasil atravessa.

Em homenagem a esses trabalhadores, O Vidroplano preparou uma reportagem especial, apresentando um pouco da realidade vivida por vidraçarias em diferentes partes do País, listando dicas sobre como agregar valor ao seu trabalho e apontando iniciativas para a capacitação de vidraceiros.

Exigências de mercado
“Os clientes estão cada vez mais exigentes, o que faz com que vidraceiros que outrora entravam no setor como autodidatas hoje busquem cursos e tudo que possa conferir diferencial profissional”, diz Régis Ayala, sócio-diretor da Vidraçaria Vidronorte, de Fortaleza (CE). Para ajudar nesse sentido, associações e empresas de várias regiões desenvolvem treinamentos de capacitação para os profissionais do setor (veja mais abaixo). Ayala, contudo, ressalta que, em algumas regiões do País, como a cearense, o setor ainda é muito carente de tais iniciativas.

“Buscamos sempre atender a normalização vigente, garantindo a qualidade e a segurança exigidas para essa atividade”, afirma Leonardo Oliveira da Costa, diretor-administrativo da Vidraçaria Lagoa, localizada em Florianópolis. E ele acrescenta: “Também exigimos sempre o uso dos EPIs [equipamentos de proteção individual] para o manuseio e transporte dos vidros”.

Tempos modernos, soluções modernas
Em um momento em que a comunicação está cada vez mais dinâmica e acessível, as vidraçarias não ficam atrás. Agora, o atendimento ao cliente conta com tecnologias especializadas para nosso setor: a Vidraçaria Lagoa, por exemplo, utiliza o ECG (e-commerce glass), software desenvolvido para gerenciamento de vidraçarias, com a formalização de pedidos via sistema.

Redes sociais e aplicativos também são utilizados para essa função. A Casa Vânia, em Guarulhos, Região Metropolitana de São Paulo, tem o WhatsApp — aplicativo que permite a troca gratuita de mensagens pelo celular — entre seus canais para recebimento de pedidos, informa o sócio-proprietário da empresa, Helcio Assumpção.

Vendendo bem o seu peixe… ou melhor, o vidro
Novas soluções para o atendimento ao cliente são importantes, mas não farão diferença se o vidraceiro não mostrar conhecimento e capacidade para o trabalho a ser executado. Por isso, ao ter contato com a demanda para definir a melhor solução, não se esqueça dos passos abaixo:

  • Transmitindo segurança — Do começo ao fim da obra, o vidraceiro precisa se mostrar disponível ao cliente. No início, agenda a visita para verificar se todos os vãos estão dentro das normas de instalação e também para checar as condições existentes. Depois, executa todo o trabalho (orçamento, pedido à processadora, instalação etc.) sempre solícito para esclarecer dúvidas. Antônio Claret Pereira, sócio-proprietário da Vidraçaria Invicta, de Pouso Alegre (MG), tem sua equipe disponível para qualquer necessidade: “Oferecemos assessoria do início ao fim da obra e os clientes também contam com nossa assistência técnica especializada”;
  • Nada de improvisos — O profissional deve trabalhar com produtos e serviços de qualidade, priorizando a segurança e explicando com clareza que o cliente precisa comprar o tipo certo de vidro, ferragens e acessórios para a instalação, ainda que exija maior investimento. Guarda-corpos, por exemplo, só podem levar vidros laminados ou aramados, como determina a NBR 7199 – Projeto, execução e aplicações de vidros na construção civil;
  • Apresente o que o vidro tem a oferecer — Por medo de perder o cliente, na hora de fazer um orçamento, nem sempre o melhor é o que tem menor preço. Vale a pena detalhar a economia de energia de um vidro temperado de controle solar temperado ou as vantagens de segurança, conforto térmico e acústico dos vidros laminados e insulados por exemplo.
  • Depois da obra — Quando o trabalho está concluído, é hora do atendimento pós-venda. A Golden Vidros, de São José (SC), observa nessa atividade uma oportunidade de fidelização. “Nossa equipe de vendedores é instruída a entrar em contato com os clientes para termos informações sobre a conservação e bom funcionamento do produto, além de sanar outras dúvidas eventuais”, indica Shahla Othman, sócia-proprietária da vidraçaria.

Pela união da cadeia vidreira
Parece ser consenso entre os vidraceiros: não há como o setor vidreiro crescer sem que os elos da cadeia conversem entre si. “Precisamos entender e ouvir toda a cadeia e encontrar o melhor caminho para que todos ganhem, da fábrica ao vidraceiro”, diz Leonardo da Costa, da Vidraçaria Lagoa.

Como promover essa aproximação? Entre as ações que outras áreas do segmento podem desenvolver para ajudar as vidraçarias, Pereira, da Invicta, sugere a realização de um trabalho de divulgação das marcas comercializadas e a oferta de melhores preços e condições de pagamento. Ayala, da Vidronorte, acrescenta a necessidade de criação de mais associações e cursos em todas as partes do País e a inovação em produtos. Shahla, da Golden Vidros, destaca que fabricantes, processadores e distribuidores podem ajudar muito ao orientar seus trabalhadores para melhor compreensão das necessidades dos vidraceiros e de como melhor atendê-las.

Apesar de todos os desafios pela frente, Assumpção, da Casa Vânia, vê o trabalho de uma vidraçaria também como bastante recompensador. “Considero que essa é uma das mais belas profissões, capaz de realizar obras magníficas quando combina o vidro com diversos materiais.”

Principais barreiras para os vidraceiros

  • Prazos de entrega e preços cada vez menores exigidos pelo mercado;
  • Atrasos de outros profissionais envolvidos nas obras antes da instalação dos vidros, deixando os vidraceiros com prazos estourados;
  • Informalidade do mercado — empresas sem qualificação e que não pagam impostos oferecem produtos e serviços de valores mais competitivos do que os de vidraçarias idôneas;
  • Falta de mão de obra qualificada no mercado;
  • Falta de atualização dos profissionais para acompanhar as inovações do setor e combater erros resultantes de vícios adquiridos na prática.

Dicas para conquistar a clientela
Mostrar os diferenciais que sua empresa oferece contribui muito para o sucesso comercial de uma vidraçaria. Gilberto Cavicchioli, consultor e professor de Pós-graduação e MBA da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), apresenta algumas ações que podem ajudar a agregar valor na venda dos vidros para clientes finais:

  • Mesmo que o negócio não tenha muitos recursos, uma vidraçaria pequena pode distribuir folhetos ou cartões nas redondezas de sua sede;
  • Faça parte de redes sociais e compartilhe fotos de seus produtos. Peça aos clientes que recomendem a empresa nessas publicações;
  • Investir em equipamentos é fundamental, mesmo que não seja possível obtê-los novos no começo do negócio. Há linhas de crédito para pequenos negócios e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) pode dar dicas para elaborar um plano de negócios;
  • Participar de eventos do setor é uma forma de conhecer pessoas, comprar ou se inteirar das novidades do mercado;
  • Dê garantia dos serviços que a vidraçaria presta. Esteja preparado para atender emergências;
  • Ligue para o cliente depois da prestação do serviço e veja se o atendimento foi satisfatório — além de demonstrar atenção para com o comprador, é possível obter feedback sobre o que pode ser melhorado;
  • Pergunte se há outro serviço de que o consumidor precise ou se ele conhece alguém que necessite o trabalho de uma vidraçaria. A recomendação boca a boca de um cliente satisfeito é valiosa.

Empresas promovem aprendizado constante
Algumas processadoras e vendedoras de acessórios e ferragens têm percebido a importância da qualificação dos vidraceiros para que seus produtos sejam instalados apropriadamente, além de aproximá-las de seus clientes e contribuir para o avanço do setor. Abaixo, apresentamos algumas iniciativas:

Brasil Glass Rio — Comerciante de acessórios e ferragens para vidros, ela vem promovendo cursos há dez meses no Rio de Janeiro, quase todos gratuitos, em parceria com empresas como Cebrace, Fischer, Ideia Glass, Q-Railing e Tecnolock. A variedade de treinamentos é grande, apresentando desde vidros de controle solar a boxes, bottons e sistemas para guarda-corpos e corrimãos.

Glass Temper — Possui dois cursos técnicos aplicados no Rio de Janeiro. Um dos treinamentos é voltado para o envidraçamento de sacadas, enquanto o outro ensina a especificação, comercialização e instalação de vidros temperados, laminados e espelhos.

Glass Vetro — Seus treinamentos ensinam como trabalhar com molas hidráulicas, sistemas de guarda-corpos e corrimão e colagem UV ou com fitas dupla face, entre outros temas. As aulas podem ser ministradas nas lojas franqueadas da empresa ou diretamente em seus distribuidores espalhados pelo Brasil.

Ideal Temper Vidros — Realiza, na Grande São Paulo, mensalmente, treinamentos para projetos, normas e aplicações do vidro. As aulas ficam a cargo de Jotanael de Souza e são voltadas principalmente para quem está entrando no mercado.

Ideia Glass — Seu Curso Mundo Ideia Glass conta com dois módulos, um para atendimento e técnica de vendas e outro para instalação e manutenção de boxes.

Manutenção preventiva: oportunidade de negócio
Este ano, a Abravidro lançou o programa De olho no boxe, para incentivar a sociedade a conhecer e aplicar as determinações presentes na NBR 14207 — Boxes de banheiro fabricados com vidros de segurança. A primeira ação do programa foi a elaboração e lançamento do Manual de utilização, limpeza e manutenção dos boxes de banheiro, disponível gratuitamente e com livre acesso para download no portal da associação. Em breve, serão lançados também um site exclusivo e materiais de apoio.

Ao entregar o manual impresso para seus clientes, o vidraceiro cumpre a obrigação determinada pela NBR 14207 (que exige a orientação aos clientes por meio de um folheto), aumenta sua credibilidade e reforça ao comprador do boxe a necessidade de realizar a manutenção preventiva anualmente — o que significa que ele pode ser contratado para prestar esses serviços. Criar uma equipe na vidraçaria para exercer esse trabalho pode ser uma excelente oportunidade de negócio, ainda mais em um momento de economia desacelerada.

Entidades regionais associadas à Abravidro oferecem treinamentos!
Quem acompanha as edições de O Vidroplano sabe que muitas das entidades vidreiras regionais associadas à Abravidro frequentemente abrem turmas para cursos de especialização em diferentes áreas, indo da capacitação básica para vidraceiros até especializações em temas como orçamentos e projetos, vidros de segurança, pele de vidro e como evitar erros e devolução de pedidos, entre outros. Veja o que os representantes de algumas delas têm a dizer sobre o assunto:

“Promover a capacitação dos vidraceiros é uma das atividades mais importantes das entidades regionais. É importante notar que, apesar das dificuldades que os profissionais mais antigos têm para assimilar os novos produtos e formas de trabalho no mercado, eles demonstram mais dedicação na busca pelo aprendizado do conteúdo.”
Antônio Carlos Alves de Almeida, presidente da Adevibase-BA/SE

“De dez anos para cá, notamos que os vidraceiros ficaram mais atentos à necessidade de conhecer produtos de qualidade, soluções para cada projeto e normas para o vidro. Muita coisa mudou, a procura por cursos e treinamentos tem crescido e, assim como os profissionais vidreiros estão evoluindo, os cursos disponíveis também precisam acompanhar essa evolução.”
Marcus Aurelius de Andrade Pezotti, presidente da Adivipar-PR

“Apesar de os vidraceiros serem a parte diretamente beneficiada, toda a cadeia ganha com a capacitação, pois são eles que promovem, diretamente, o nosso setor, gerando as demandas por vidro na construção civil. Por isso, é importante que as indústrias apoiem as entidades de classe, para que essas ações sejam cada vez mais eficientes.”
Leonardo Braz Vieira Santos, presidente da Amvid-MG

“O mercado vidreiro cresceu de forma espetacular nos últimos anos. O vidro hoje é um material de ágil fornecimento e fácil acesso, mas nesse período não houve qualificação da mão de obra que acompanhasse esse crescimento. Além dos instaladores, nossos cursos também procuram capacitar seus gestores, para ajudar a realizar as vendas.”
Gilberto Ribeiro, presidente do Sindividros-RS

Todas as atividades das entidades regionais são mostradas na agenda do portal da Abravidro, informando data, local, horário e outros detalhes de cada evento e disponibilizando os contatos das associações para que os interessados possam obter mais informações.

A agenda pode ser acessada em www.abravidro.org.br/agenda.asp

 

Os vidraceiros que conversaram com ‘O Vidroplano’

Antônio Claret Pereira, sócio-proprietário da Vidraçaria Invicta (Pouso Alegre, MG)

Hélcio Assumpção, sócio-proprietário da Casa Vânia (Guarulhos, SP)

Leonardo Oliveira da Costa, diretor-administrativo da Vidraçaria Lagoa (Florianópolis)

Régis Ayala, sócio-diretor da Vidraçaria Vidronorte (Fortaleza)

Shahla Othman, sócia-proprietária da Golden Vidros (São José SC)

 

Fale com eles!
Adevibase — www.adevibase.org.br
Adivipar — (42) 3622-6783
Amvid — www.amvid.com.br
Brasil Glass Rio — (21) 3445-0400
Casa Vânia — www.casavania.com.br
ESPM — www2.espm.com.br
Glass Vetro — www.glassvetro.com.br
Golden Vidros — www.goldenvidros.com.br
Ideal Temper Vidros — www.idealtempervidros.com.br
Sindividros-RS — www.sindividrosrs.com.br
Vidraçaria Invicta — www.vidracariainvicta.com.br
Vidraçaria Lagoa — www.vidracarialagoa.com.br
Vidraçaria Vidronorte — (85) 3281-2421

Da entrada ao terraço

Programa Qualividros, do Sindividros-RS, ensina a instalar vidros em portas, janelas e também em sacadas panorâmicas

Em maio, a cidade de Porto Alegre recebeu dois cursos práticos do programa Qualividros – Qualificar para transformar. A iniciativa, realizada no Milão Hotel pelo Sindividros-RS, tem como objetivo atualizar os conhecimentos dos profissionais vidreiros do Rio Grande do Sul, incluindo proprietários, gestores e demais colaboradores que atuam na cadeia comercial do vidro.

No dia 5, o curso Instalação de Vidro – Engenharia ensinou a instalar janelas e portas de correr e de abrir com nosso material. Também abordou as normas técnicas relativas à atividade, apresentou as ferragens utilizadas, incluindo pivôs e molas de piso, e mostrou como são feitos o corte dos perfis, sua montagem e a vedação na instalação, entre outros temas.

O treinamento Sacada Panorâmica, no dia 6, focou em suas aplicações, medição de vão e folgas para os vidros, corte dos perfis, usinagem, colagem dos vidros e instalação e regulagem dos painéis. Normas técnicas também foram abordadas, além de conceitos de orçamento, pedidos e conferência do material.

Ambos os eventos foram patrocinados pelas empresas AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix, todas fabricantes de vidros. No dia 6, foram sorteados dois brindes — um mostruário de vidros doado pela Guardian e uma trena a laser oferecida pela Saint-Gobain Glass.

 

“Os cursos do Qualividros foram de extrema importância para meu aperfeiçoamento. Um complementa o outro e, juntos, permitem que apresentemos produtos e serviços com fundamentos técnicos e qualidade, garantindo a satisfação de nossos clientes.”
Neri Ludvig
Proprietário da Vidraçaria Pontual (Porto Alegre)

 

Fale com eles!
Sindividros-RS — www.sindividrosrs.com.br

De olho no estoque

Treinamento do Sincomavi-SP ensina princípios da armazenagem, manuseio e acondicionamento de produtos

O auditório da sede do Sincomavi, na capital paulista, deu lugar, de 28 a 30 de abril, ao curso Organização de Estoque. As aulas ficaram por conta de Anderson Ozawa, fundador do blogue Prevenção de Perdas Brasil. Referência nacional na área de prevenção de perdas, Ozawa apresentou a cerca de trinta alunos os princípios da armazenagem, manuseio e acondicionamento de produtos. O custo de manter um material em estoques, a implementação de normas e procedimentos e a separação e expedição de materiais, além de segurança e higiene, não foram deixados de lado.

Ozawa também abordou temas como as tecnologias de armazéns e o programa 8S de gestão de qualidade empresarial. Voltado para a mudança de hábitos e comportamentos na empresa, o 8S promove o aumento de sua produtividade por meio da organização e do combate dos desperdícios que o gestor muitas vezes não enxerga.

Para finalizar, os participantes fizeram perguntas sobre as dificuldades que eles encontram no dia a dia, principalmente em relação ao leiaute de armazéns e conceitos de controles, normas e procedimentos.

Do estoque para a venda
O próximo curso — Técnicas de Vendas — será realizado de 26 a 28 de maio, também no auditório do sindicato paulista. Voltado para vendedores, supervisores e líderes de vendas, o objetivo do treinamento é desenvolver as habilidades e competências básicas e necessárias para a atividade.

Fale com eles!
Sincomavi-SP — www.sincomavi.org.br

Vidro em debate

Fórum organizado pelo Sincavidro-RJ e Afearj reúne, no Rio de Janeiro, os setores vidreiro e de esquadria de alumínio

O Hotel Windsor Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, recebeu, no dia 7 de maio, o 2º Fórum de Debates do Vidro e Esquadrias de Alumínio. O evento, organizado pelo Sincavidro-RJ em parceria com a Associação dos Fabricantes de Esquadrias do Estado do Rio de Janeiro (Afearj), teve o patrocínio da Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro) — esta última, representando as fabricantes nacionais de vidro: AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix. O apoio institucional ficou por conta do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomercio-RJ). Celina Araújo, superintendente da Abravidro, representou a associação no evento.

Reunindo 250 participantes, entre arquitetos, engenheiros e representantes de empresas de construção civil, o fórum discutiu assuntos comuns aos diversos elos da cadeia produtiva de ambos os setores. Para estimular a participação efetiva da plateia, foram definidos três painéis, todos contemplando nosso material (veja quadro abaixo).

As salas de acesso aos debates contaram ainda com a apresentação de novos produtos já disponíveis no mercado, permitindo o esclarecimento de dúvidas e a realização de novos contatos. Após o evento, foi oferecido aos participantes um coquetel.

Temas dos painéis

  • O papel do vidro na eficiência energética
  • As esquadrias de alumínio e o vidro no conforto acústico
  • Novas soluções para fachadas

Fale com eles!
Afearj — www.afearj.com.br
Sincavidro-RJ — www.sincavidro.com.br

Conversa produtiva

Primeira edição do Bate-papo de Vidraceiro, da Amvid-MG, leva empresário para compartilhar experiências com participantes

No dia 23 de abril, a Amvid organizou, em sua sede, o primeiro Bate-papo de Vidraceiro. Com 21 participantes, a iniciativa foi voltada principalmente para o público da 1ª Semana Começar Bem no Mundo do Vidro (realizada no final de março), buscando colocá-lo em contato direto com alguém que pudesse apresentar experiência no setor vidreiro.

O convidado para a estreia do Bate-papo foi Eduardo Sales, empresário que começou com uma vidraçaria e hoje é proprietário das processadoras Bell Temper e Temper Patos.

Dentre os conselhos apresentados aos participantes, Sales lembrou a todos que sempre haverá concorrência em qualquer setor em que um empresário decida abrir negócio. Contudo, acrescentou, também há lugar no mercado para os que se planejarem e trabalharem com foco e ética.

Para quem está começando
Também em abril, nos dias 13 a 28, mais uma turma foi formada no Curso de Capacitação Básica para Vidraceiros. O treinamento foi patrocinado pelas empresas AGC, Alclean, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, Tec-Vidro, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix.

Os alunos puderam aprender os conceitos básicos para o trabalho em uma vidraçaria, como os principais tipos de vidro e suas aplicações, a importância das normas técnicas e a forma correta de aplicá-las nas atividades desenvolvidas, além das ferragens e acessórios utilizados em diversos sistemas de instalação de nosso material.

 

“Fiquei muito satisfeita com o Bate-papo. É sempre bom ouvir uma pessoa que já está no setor contar sobre sua rotina. Isso me motivou a continuar nessa área, mesmo com as dificuldades do momento atual.”
Priscila Rodrigues
Área comercial da Envidrex

 

Fale com eles!
Amvid-MG — www.amvid.com.br

Gestão com qualidade

Abravid-DF promove curso de gerenciamento de empresas em Brasília

No dia 25 de abril, mais de trinta pessoas se reuniram no Minicentro de Convenções Governanzza, em Brasília, para acompanhar o treinamento Gerenciando com Maestria. O curso foi organizado pela Abravid, em parceria com a empresa de consultoria empresarial Governanzza Corporativa.

O conteúdo apresentado aos participantes incluiu noções sobre gerenciamento, melhores práticas de gestão e solução de problemas. Outros temas abordados foram como organizar, controlar e administrar a empresa e, além da forma, como se portar no ambiente corporativo. Segundo a equipe da Abravid, os alunos ficaram muito satisfeitos com o conteúdo e demonstraram bastante interesse pelo que foi apresentado em aula.

De frente para o gol
Até o fechamento desta edição, ainda não havia sido definida a data para o Campeonato de Futebol da Abravid. Contudo, a entidade anunciou que, em breve, as informações sobre o evento, direcionado a seus associados para uma tarde de confraternização e competição amigável, seriam divulgadas. O local do campeonato é o Espaço Fera (Futebol, Esportes e Recreação Atlética).

Próximos eventos da Abravid-DF
Mais informações:
(61) 3233-9082

13 de junho
Roteiro infalível para um excelente desempenho em vendas
Brasília

De 6 a 8 de agosto
Envidraçamento de sacadas
Brasília

Fale com eles!
Abravid-DF — (61) 3233-9082
Governanzza Corporativa — www.governanzza.com.br

Você faz parte e nem sabe!

Quando alguém lhe pergunta se você faz parte da maior entidade vidreira do Brasil, é provável que a resposta seja não. Será? Você lê O Vidroplano todos os meses, assiste a palestras de atualização na sua cidade, visita a feira Glass South America a cada dois anos e está preocupado em atender as normas técnicas sobre vidro. Na venda do temperado, também lembra o cliente que ele pode comprar um produto certificado pelo Inmetro. Como se vê, é quase impossível trabalhar com vidros planos no País e não fazer parte da Abravidro, ainda que sua empresa não seja associada ou você não esteja ligado a ela institucionalmente.

Como mostra a capa desta edição, nestes 25 anos de trabalho intenso, a Abravidro tem sido protagonista do desenvolvimento do setor, atuando como o maior fórum de debates do vidro no Brasil. Hoje, 25 empresários vidreiros compõem sua diretoria e conselho deliberativo, trazendo transparência e pluralidade à entidade. Esse conselho, formado por treze sindicatos e associações das mais diversas regiões do Brasil, é responsável por todo o processo decisório, garantindo legitimidade e representatividade às suas atividades.

Mas esse sucesso não é de agora, é resultado de uma longa trajetória. Na época da fundação, o cenário era muito diferente, o consumo de vidro no Brasil era, no mínimo, cinco vezes menor do que hoje e nosso produto tinha presença tímida no cotidiano dos brasileiros. Como sabemos, muita coisa mudou: o vidro rompeu fronteiras, seu uso foi largamente intensificado e se tornou onipresente na vida de todos. A Abravidro acompanhou essa transformação, estruturando-se e ampliando suas ações para se tornar imprescindível a cada um de nós.

Infelizmente, precisamos reconhecer que a celebração dessa marca tão importante para a associação ocorre num momento de grande retração econômica e insegurança. No entanto, ao olharmos o histórico em perspectiva, é possível concluir que vivemos ciclos e que períodos como os de agora são recorrentes. Pessoalmente, acompanho nosso setor há 28 anos. Sempre acreditei e continuo acreditando no potencial do vidro plano e tenho certeza de que o futuro reserva boas surpresas àqueles que permanecerem acreditando e tomando decisões certas hoje. E como fazemos isso? A Abravidro está aí para contribuir agora e, por no mínimo, nos próximos 25 anos.

Experiência certificada

Presente no setor vidreiro há mais de trinta anos, Divisaglass, de Salvador, ganha o selo Inmetro/IFBQ para temperados

Para a processadora Divisaglass, instalada na capital baiana, a certificação de vidros temperados concedida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ) é um prêmio à sua experiência no setor: está presente no mercado vidreiro há mais de três décadas. Atualmente, atua nas áreas de arquitetura e decoração, construção civil e movelaria. Com o selo para as peças com espessuras de 6, 8 e 10 mm, seus clientes têm atestada a segurança dos produtos.

Segundo Luiz Fernando Cintra, diretor-geral da companhia, a certificação permite que os seus produtos possam ser comparados a quaisquer outros. “Para competir pela liderança do setor em nosso Estado, é fundamental entregar aos clientes o que há de melhor na produção de vidros planos”, afirma, lembrando ainda que “uma ação assim sempre melhora a imagem da empresa”.

Investindo na melhoria
A chancela veio em março deste ano, mas a melhora do processo produtivo vem ocorrendo há bastante tempo: em agosto de 2013, a processadora contratou uma consultoria para auxiliar na construção de um modelo de gestão da qualidade. “Durante esse processo, todos os procedimentos foram mapeados para que pudéssemos identificar oportunidades de melhorias”, recorda Cintra. Com isso, foram criados os documentos que hoje regem sua produção.

As mudanças se deram sem grandes problemas, graças ao empenho dos funcionários, apoiados por treinamentos e acompanhamento das rotinas. A Abravidro também teve participação no processo, auxiliando na parceria entre a processadora e o IFBQ — “esclarecia dúvidas sempre que necessário”, confirma Cintra.

A Divisaglass prepara ações para informar o setor sobre a conquista, como e-mail marketing e anúncios em revistas especializadas. E Cintra já avisa que a empresa seguirá no caminho da qualificação: “Continuaremos a construir nosso sistema para, em breve, obter a certificação ISO 9001”.

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
Divisaglass — www.divisaglass.com.br
IFBQ — www.ifbauer.org.br
Inmetro — www.inmetro.gov.br

Podem lamber a cria!

Não faz sentido anunciar os diferenciais desta edição, pois já tinha adiantado tudo na coluna do mês passado. Cabe agora “lamber a cria”, como diz minha avó. Para começar, os tão aguardados números do Panorama Abravidro desta vez vêm acompanhados de novas análises sobre o desenvolvimento de mercado e também com os resultados de uma inédita pesquisa qualitativa. Sem dúvidas, é um material fundamental para a formação de estratégias de qualquer empresário vidreiro — confira!

A série Caixa Acústica chega ao final reconhecida por muitos leitores por mostrar que é possível transmitir conceitos técnicos de forma leve e didática. Neste mês, compare os resultados de alguns ensaios de laboratório e reveja verdades estabelecidas quando o assunto é redução sonora.

E, para fechar, duas reportagens superespeciais: uma homenagem ao Dia do Vidraceiro recheada de dicas para incrementar o negócio e alguns destaques e depoimentos sobre os 25 anos da Abravidro, como mostra nossa capa. Esta última matéria fez nossa equipe mergulhar no passado ao pesquisar os arquivos de fotos, reportagens antigas e documentos administrativos. Promoveu também encontros memoráveis, como uma conversa entusiasmada com os familiares de nosso primeiro presidente, José Carlos Bulgari, entre outros.

Nessa viagem pelo tempo, concluo que um bom trabalho requer alicerce de qualidade e isso não faltou para a Abravidro. O compromisso em fazer o melhor, com credibilidade e paixão pelo que se faz, está presente desde a fundação. O resultado desses primeiros 25 anos vocês têm acompanhado. A meta é permanecer olhando para frente, mantendo sólidos os alicerces para os próximos 25 anos.

Grande abraço,

Celina Araujo
Editora

Uma história de transparência

Protagonista no desenvolvimento do setor vidreiro nacional, Abravidro completa 25 anos de existência

“Todos de forma unânime concordaram com a constituição da entidade e adoção de sua respectiva denominação, sendo a mesma, em consequência, mediante aplausos de todos os participantes, considerada oficialmente fundada.” Na frieza das palavras, o surgimento da Andiv, que em 2008 passaria a se chamar Abravidro, pode ser resumido com essa frase, retirada da ata da reunião que confirmou a criação da associação, em 29 de maio de 1990. No entanto, há muito mais para se contar sobre esse início e trajetória da Abravidro, a maior associação do setor vidreiro nacional, que completa 25 anos neste mês. A parte mais saborosa dessa história não está documentada, mas, sim, reside nas memórias e lembranças de quem a escreveu. E neste mês de celebração, O Vidroplano propõe, nas páginas a seguir, que seus leitores conheçam (ou revivam) os fatos marcantes que ajudaram a organizar e desenvolver o segmento no País.

A primeira
Na prática, a Abravidro, nascida sob o nome Associação Nacional de Distribuidores de Vidros e Cristais Planos (Andiv), foi a primeira entidade com atuação nacional voltada a empresas de transformação de vidro. A Associação Brasileira de Vidros de Segurança (Abravis) já existia em 1990, mas representava basicamente empresas de São Paulo.

O contexto
Na virada dos anos 1980 para os 1990, o mercado vidreiro brasileiro era regido por um monopólio de fabricantes e um sistema falho no processamento e distribuição do produto, os quais travavam o crescimento do setor. Em suma, tratava-se de um negócio pouco acessível, com um caráter conservador no sentido de evitar ousadias. A importação, por sua vez, era inviável, devido às altas taxas a serem pagas. No entanto, focos regionais de associativismo tentavam mudar esse panorama. As entidades mais relevantes eram o Sincavesp-SP, Sincavidro-RJ (antigo Sincaverj) e Sindividros-RS.

Passos decisivos
Cariocas e paulistas já mantinham um relacionamento social, embora não discutissem interesses comerciais. O ponto de virada se dá quando ambos os sindicatos passam a ser geridos por jovens agregadores: José Carlos Bulgari se torna presidente do Sincavesp, enquanto José Ricardo D’Araújo Martins assume a direção do Sincavidro. Começa a crescer a interação no campo dos negócios com a delineação de propostas claras para um novo relacionamento com as indústrias. Outros entusiastas do período, que trabalharam para a criação da entidade, são Léo Moran e Soriedem Rodrigues. Ficou clara, então, a necessidade de um mediador político de peso para defender os direitos do setor como um todo frente às multinacionais, integrantes da indústria de base. A ideia de uma força nacional se materializa, finalmente, na forma da Andiv.

Primeiros passos
Devido a seu caráter conciliador, Bulgari acabou escolhido como o primeiro presidente. Fomentar a expansão do vidro transformado pelo País era a principal tarefa da associação recém-fundada, que se reunia na sede da Abravis e logo fez do local seu quartel-general. Curiosamente, a partir daí, o que se viu foi a organização do mercado, o aumento exponencial de empresas processadoras pelos mais variados cantos do Brasil e o crescimento do consumo de vidro. Fica fácil concluir que a história moderna do vidro nacional se confunde com a trajetória da Abravidro.

Os fundadores
Esses são os homens que assinaram a ata de fundação da Abravidro:

Celso de Almeida Magalhães
Durval José de Figueiredo Caldeira
Jaime Rodrigues da Custódia
José Carlos Bulgari
José Ricardo D’Araújo Martins
José Sílvio Diniz
Léo Carlos Moran
Soriedem Rodrigues

  • 29 de maio de 1990 é a data de fundação;
  • A entidade já teve 6 presidentes dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais;
  • Cerca de 60 empresários já fizeram parte de 10 mandatos de diretoria;
  • 45 funcionários trabalharam na associação;
  • 282 edições de O Vidroplano foram editadas pela Abravidro.

Momentos-chave em 25 anos

  • Criação do Simpovidro

O primeiro evento que de fato reuniu o setor para troca de experiências em âmbito nacional foi o Simpovidro, cuja primeira edição ocorreu em 1995. A diretoria da Abravidro não tinha experiência em organizar eventos de grande porte, mas fez tudo com muita vontade e confiança. Resultado: o Hotel Intercontinental, no Rio de Janeiro, foi tomado por profissionais vidreiros.

  • Revista O Vidroplano’

A partir de setembro de 1991, O Vidroplano deixou de ser editada pelo Sincavidro-RJ e o título foi cedido para a Abravidro. Com isso, a entidade ganhava um porta-voz e também uma forma de trazer subsídios financeiros com a venda de anúncios e assinaturas.

  • Morte de Léo Moran

O mercado vidreiro sofreu um baque, em março de 1999, ao receber a notícia do acidente sofrido pelo presidente Léo Moran. Infelizmente, ele, um dos fundadores e grande líder da Abravidro, morreu em abril do ano seguinte em decorrência dos ferimentos.

  • Mudança de nome

Em maio de 2008, a Andiv passou a ser denominada Abravidro. O novo nome procurou demonstrar com clareza a abrangência nacional da associação e do setor representado por ela.

 

Os presidentes

Inicialmente, os mandatos da diretoria-executiva eram bienais. A partir de 1996, os eleitos passaram a permanecer à frente da entidade por três anos. Hoje, os presidentes podem ocupar o cargo por, no máximo, dois mandatos consecutivos.

1990 — 1992
1992 — 1994
1994 — 1996
José Carlos Bulgari

1996 — 1999
Léo Carlos Moran

1999 — 2002
Gilberto Ribeiro

2002 — 2005
José Ricardo D’Araújo Martins

2005 — 2008
2008 — 2011
Wilson José Farhat Jr.

2011 — 2014
2014 — 2017
Alexandre Pestana

Lar, doce lar
Além da atual sede, a Abravidro já se instalou em dois locais, todos em São Paulo. Uma curiosidade: o bairro de Perdizes, na Zona Oeste da cidade, parece ser a casa da entidade, já que todas as sedes estão na região.

  • 1990 a 1997
    Rua Cardoso de Almeida, 788, conjunto 131, Edifício Guaporé (o local também funcionou como sede da Abravis)
  • 1997 a 2003
    Rua Cardoso de Almeida, 2.119
  • 2003 até hoje
    Rua Monte Alegre, 61, 11º andar
    (E dizem que vem mudança por aí!)

 

Associativismo pelo País inteiro
A representação nacional da Abravidro se consolida por seu conselho deliberativo, formado atualmente por treze sindicatos e associações regionais afiliadas. Ao longo desses 25 anos, muitas entidades fizeram parte desse conselho, algumas delas já extintas. Veja a lista completa das entidades regionais de ontem e de hoje:

Atuais
Abravid-DF
Adevibase-BA/SE
Adivipar-PR
Amvid-MG
Ascevi-SC
Avigo-GO
Avims-MS
Sinbevidros-SP
Sincavesp-SP
Sincavidro-RJ
Sincomavi-SP
Sindividros-ES
Sindividros-RS

Extintas
Associação Brasileira de Vidros de Segurança (Abravis)
Associação dos Distribuidores e Revendedores de Vidros do Ceará (Adirevi)
Associação dos Distribuidores, Industriais e Revendedores de Vidros na Região Sul (Adivisul)
Associação Norte-Nordeste de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos (Anordiv)
Sindicato do Centro-Oeste
Sindividro-MS

 

Os mais longevos
Os cinco funcionários que permaneceram por maior tempo na Abravidro são:

Celina Araújo
12 anos (desde maio de 2003)

Silvio Ricardo Bueno de Carvalho
12 anos (desde maio de 2003)

Maurício Botelho
11 anos (desde julho de 2003)

Rosana Ferreira da Silva
9 anos (desde novembro de 2005)

Valdete Martins Borges
6 anos (de fevereiro de 1999 a maio de 2005)

No entanto, Maria das Graças Inácio dos Santos Almeida bate o recorde: desde meados de 1999, portanto, há quase 16 anos, é responsável pela limpeza semanal da sede da entidade.

 

Ações que desenvolvem o mercado

Além de espaço democrático para o debate sobre o setor, a Abravidro participa ativamente na construção de um mercado vidreiro saudável, por meio de ações diversas que incluem normalização técnica, programas de qualificação de mão de obra e assessoria a empresas, entre outras atividades. Conheça essas ações.

Revista ‘O Vidroplano’
Maior revista vidreira do País, tem tiragem auditada de 10 mil exemplares mensais, além de aplicativo para leitura digital em tablets e smartphones com fotos e vídeos extras. É impressa com o selo FSC, que garante o uso racional das florestas. Sua distribuição em todo o Brasil é garantida pelos Correios.

Elaboração e divulgação de normas técnicas
Como sede do Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37) desde sua criação, em 1998, a Abravidro é responsável por administrar as comissões de estudo que elaboram e revisam as normas técnicas vidreiras.

Especialização Técnica Abravidro
Lançado em 2011, o programa tem quatro módulos (Corte, Lapidação, Serigrafia e Têmpera) e visa à qualificação in company do processo produtivo das indústrias transformadoras de vidro.

Segurança no trabalho
Programa de prevenção de acidentes no trabalho para processadoras de vidro por meio de distribuição de kit com vídeo de treinamento e cartilha (história em quadrinhos) para os funcionários, além de cartaz e manual de orientação para os empregadores.

Eventos
O Simpovidro, o maior encontro vidreiro do País, foi criado em 1995 para oferecer conteúdo técnico em espaço propício ao networking. A entidade ainda é parceira exclusiva da maior feira do setor da América Latina, a Glass South America.

‘Panorama Abravidro’
Publicação editada pela entidade, apresenta dados anuais do setor de vidros planos no Brasil a partir de pesquisa em indústrias de transformação de todas as regiões do País.

Capacitação
Realização de palestras, cursos presenciais (incluindo parceria com o Senai-SP, Universidade Presbiteriana Mackenzie e Universidade São Judas Tadeu) e online para vidraceiros, arquitetos e profissionais do setor.

Certificação Inmetro
Assessoria para processadoras interessadas na certificação dos vidros temperados outorgada pelo Inmetro.

Assessoria jurídica
Apoio aos associados sobre aspectos relevantes de atividades empresariais.

Ações junto ao governo
Em 2008, após trabalho junto ao governo federal, foi anunciada a redução do Imposto sobre produtos industrializados (IPI) sobre os vidros processados.

Em 2012, atendendo a pleito da Abravidro, o governo concedeu a desoneração da folha de pagamentos às indústrias de processamento de vidros. No mesmo ano, a alíquota do Imposto de importação para vidros temperados e laminados foi aumentada, permitindo que nossas empresas concorressem em igualdade de condições com as estrangeiras.

A Abravidro assessora suas regionais no diálogo com os governos estaduais acerca da Substituição Tributária (ST). A entidade disponibiliza uma cartilha atualizada constantemente sobre o assunto em seu portal na Internet e um consultor para sanar as dúvidas de seus associados.

‘De Olho no Boxe’
Programa com objetivo de estimular a aplicação da norma técnica do boxe, a NBR 14207. Contém o Manual de utilização, limpeza e manutenção dos boxes de banheiro, disponível gratuitamente a todo o mercado na Internet.

Defesa comercial
Acompanhamento da balança comercial de vidros processados (temperados, laminados, insulados e lapidados) avaliando alternativas de defesa da indústria de transformação frente a eventuais importações desleais que possam causar perdas e desequilíbrios ao mercado interno.

 

Relação intensa
“Meu pai, Celso Magalhães, foi presidente do Sincavesp por muitos anos e também participou da fundação da extinta Abravis e da Abravidro. Ele sempre acreditou que a classe só seria forte se estivesse unida. As conversas e reuniões com os colegas frequentemente são motivos de lembrança, pois, para ele, não existiam concorrentes. Sua relação com a Abravidro era muito intensa, sempre participando ativamente. Uma grande lembrança que tenho de criança: nas décadas de 1970 e 1980, meu pai fazia parte de um grupo de vidreiros que viajavam com as famílias. Creio que esse hábito foi o precursor dos atuais simpósios.”
Carlos Eduardo Magalhães
Filho de Celso de Almeida Magalhães, fundador da Abravidro

Saudades de um quinteto
“Meu marido era bastante atuante na Federação do Comércio (Fecomércio-SP), ao lado de Abram Szajman e Lázaro Antônio Infante. Atuávamos também no Lions Clube e no Sindicato do Vidro em São Paulo. Lembro que íamos aos jantares de final de ano do sindicato do Rio de Janeiro e eles vinham nos eventos organizados aqui em São Paulo, quando o [José Carlos] Bulgari era responsável por mobilizar as pessoas do setor para o jantar, contratar os artistas e todos os detalhes da organização. Ele também viajava bastante, em nome da Andiv, visitando outras empresas, inclusive a Vidraçaria Cometa, de Curitiba. Curiosamente, em 2001, após o fechamento da Vidromar — empresa em que ele atuava ao lado do sócio Walter José Fuzeti —, mudamo-nos para a capital paranaense, onde estava a minha família.
As boas lembranças ficam por conta de um grupo de amigos que se formou na associação e se estendeu para nossa vida pessoal. Deixam saudades o quinteto formado por meu marido, Walter Fuzeti, Lázaro (São Pedro), Celso Magalhães (Vitrais Ma-gé), Abrahão Farhat (Glassec) e seus cônjuges. Nós viajávamos juntos, fazíamos trabalhos conjuntos no Lions e estávamos sempre presentes nos eventos do setor vidreiro. O Bulgari discursava com facilidade, tinha uma boa voz. Hoje, ele está acometido pelo mal de Alzheimer, mas, se estivesse lúcido, ficaria muito honrado em saber que foi lembrado na comemoração dos 25 anos da entidade que ele ajudou a fundar. Eu e meus filhos ficamos muito orgulhosos em saber que o trabalho iniciado por aquele grupo cresceu e rendeu frutos.”
Inez L. Bulgari
Esposa de José Carlos Bulgari, fundador e primeiro presidente da Abravidro

Vontades vidreiras
“O momento da fundação da Andiv é, no meu entendimento, muito tênue, pois se tinha apenas uma indústria produzindo no Brasil ao lado de sindicatos que precisavam de lideranças firmes e coesas na defesa dos interesses do setor. Com a entidade, ocorreu a flexibilização da distribuição de vidros e novas adaptações tiveram de ser feitas. O mercado reagiu de forma brilhante e, hoje, temos uma associação consolidada, por meio do trabalho de todos que passaram por ela — diretorias e corpo técnico. O caminho natural para a Abravidro é sempre trabalhar de forma firme na representação de todas as regiões e Estados do Brasil. Fomentar a criação de novas associações é fundamental para o processo de desenvolvimento, algo já feito.
Gostaria de citar também uma das minhas paixões no vidro, O Vidroplano. Ela é um produto do qual tenho orgulho absoluto, até porque participei da publicação por muitos anos. Considero-a um dos patrimônios mais valorizados do segmento. Essa revista foi a primeira ferramenta da Abravidro. Evidentemente, depois dela foram criadas outras atividades, como o próprio Simpovidro, um evento feito com certo amadorismo em sua primeira edição, o que era uma característica da época, mas com muita emoção e muita garra. O que também merece ser registrado é o fato de a entidade ter princípio, meio e fim em suas ações. Se analisarmos todos os produtos criados desde a primeira gestão, perceberemos que eles permanecem nos ativos da Abravidro até hoje. A entidade captou as vontades vidreiras e fez o País falar uma voz só.”
José Ricardo D’Araújo Martins
Fundador e ex-presidente da Abravidro

Melhor referência
“No início, foram muitas reuniões, necessidades, ideias. Com a contribuição de todos os envolvidos, nasceu a Abravidro. E já se passaram 25 anos! A Abravidro cresceu e apareceu: transformou-se na melhor referência do mercado vidreiro, tanto para a indústria como para o comércio. Na época, era desejo dos fundadores integrar todos os elos da cadeia produtiva nacionalmente, buscando que todos falassem a mesma língua e se unissem em torno de um objetivo comum. Esse tempo que ficou pra trás serviu para provar que estávamos no caminho certo. Percebemos com orgulho que a Abravidro seguiu para muito além das nossas expectativas.
O trabalho envolvido na fundação se compensou com a dimensão alcançada pela associação, tornando-se não só o cenário em que acontece a comunicação de todo o ramo, como também o espaço que fomenta ações que vêm auxiliando na expansão e profissionalização do mercado. A realidade hoje é outra, passamos juntos por muitas coisas, os desafios existirão sempre, mas, contar com uma associação cada vez mais forte, fez e faz toda a diferença.”
Silvio Diniz
Fundador da Abravidro

Ações consistentes
“Tenho participado da Abravidro há 21 anos, desde quando o José Carlos Bulgari ainda era presidente. Ao longo desse tempo, tive o privilégio de presenciar muitas ações importantes, como o nascimento do Simpovidro; o início do ABNT/CB-37 e a primeira norma técnica feita pelo setor. Vi o Salão do Vidro, presente antigamente na Feira Internacional da Indústria da Construção (Fehab), o embrião da atual Glass South America, e o crescimento da circulação e influência da revista O Vidroplano. Foram grandes transformações, como o expressivo crescimento da indústria de processamento e os desafios da entidade inerentes a esse crescimento — anos de trabalho intenso. Porém, esse trabalho sempre foi bonificado com a convivência e amizade de tantos amigos que fiz dentro e fora da diretoria.
Todos os presidentes antecessores foram influências muito importantes em minha formação política e empresarial, cada um à sua maneira, sem contar a honra de ter um sucessor do porte de Alexandre Pestana. De meu mandato, recordo os desafios relacionados ao crescimento sustentável do mercado e reconhecimento e atuação da entidade perante os órgãos governamentais. Um fato marcante foi a delegação coordenada pelo então presidente Léo Moran em viagem à Argentina, em 1998, na criação da Acavime. Léo era uma pessoa intensa, de grande visão associativista, um grande líder e amigo que me ensinou muito e deixou saudade. Tenho grande orgulho de ter participado de parte desses 25 anos, afinal, o balanço é positivo e invejável.”
Wilson José Farhat Júnior
Diretor e ex-presidente da Abravidro

Percepção acima da média
“A Abravidro surgiu da ideia de jovens empresários com uma percepção de futuro acima da média. Éramos ‘Dom Quixotes’, com vontade de lutar pela união de uma classe, por mais difícil que fosse. As atitudes tomadas lá na década de 1990 se refletem hoje em todas as mudanças pelas quais o setor passou e na transformação do panorama do processamento de vidro no País. Hoje, a Abravidro é o resultado positivo desse passado. Sinto-me realizado com a entidade. Que as próximas gerações também sintam esse orgulho e o levem cada vez mais adiante.”
Soriedem Rodrigues
Fundador da Abravidro

Fazendo a diferença
“Desde cedo, valorizei o trabalho associativista pelo exemplo do meu pai, Tarcísio Pestana, que sempre foi engajado nessas atividades. Portanto, em 1999, quando Gilberto Ribeiro me convidou para fazer parte de sua diretoria na Abravidro, fiz questão de participar. Doze anos depois, assumi a presidência e pude conhecer de perto as entranhas desse trabalho tão grande — e muitas vezes desconhecido e silencioso — que a entidade tem realizado por nosso mercado.
Hoje, posso dizer que está sendo uma grande experiência, pois, apesar de toda a dedicação que o cargo exige, estou tendo a oportunidade de debater e trocar experiências com um número enorme de colegas vidreiros de todo o Brasil, estabelecendo propostas que efetivamente fazem a diferença no dia a dia de cada empresa vidreira. É muito gratificante comprovar — de perto e na prática —, o poder e a capacidade de transformação proporcionados pela união de todos — e a Abravidro é a concretização disso.”
Alexandre Pestana
Atual presidente da Abravidro

Trajetória espetacular
“Desde a sua fundação, a Abravidro teve uma trajetória espetacular. Esteve sempre à frente de todos os temas relevantes ao mercado, como, por exemplo, motivando os empresários a visitar feiras estrangeiras. A prova de nossa evolução: no início dos anos 2000, fomos à Europa participar da Glasstec e do Glass Performance Days (GPD) — respectivamente, a maior feira e o maior congresso vidreiros do mundo — e nos encantávamos com a grandiosidade desses eventos.
Hoje, temos o Simpovidro, um simpósio cujo nível é tão alto quanto os citados, o que mostra a Abravidro como uma entidade sólida. É, ao mesmo tempo, ouvida pelo governo federal em questões do setor vidreiro e respeitada internacionalmente. Tivemos presidentes que trabalharam muito por esse projeto, como acontece atualmente na gestão de Alexandre Pestana. Nesse momento, creio que a Abravidro atingiu a maturidade em todos os sentidos.”
Gilberto Ribeiro
Atual vice-presidente e ex-presidente da Abravidro

Associação respeitada
“Participar da Abravidro durante os últimos 25 anos foi, e é, para mim, uma honra muito grande. A entidade sempre esteve comprometida com o crescimento do mercado e com sustentabilidade, defendendo nossos interesses não importando o quão difícil fosse essa tarefa. Seu desenvolvimento como entidade é resultado das gestões anteriores, culminando com a ótima gerência atual. Hoje, podemos afirmar que é uma associação respeitada no Brasil e no mundo. Que venham os próximos 25 anos!”
Ibelson Ferreira de Sousa
Diretor da Abravidro

Sonho realizado
“Meu marido pensava na revista O Vidroplano e na Abravidro como meios que deveriam atingir o maior número de pessoas e colocar a classe em contato com outros setores. Esse foi o sonho do Léo e ele conseguiu realizá-lo.”
Elisabeth Menedin Moran
Viúva de Léo Moran, fundador e ex-presidente da Abravidro

Em todas as diretorias
“Fui convidado em 1999, por Gilberto Ribeiro, para participar de sua chapa nas eleições da então Andiv. A partir daí, tive a grande satisfação de estar presente em todas as diretorias. A Abravidro sempre foi muito ativa na defesa dos interesses das indústrias transformadoras, mas me lembro especialmente de algumas conquistas, como a administração do ABNT/CB-37, a redução do IPI e a certificação do vidro temperado pelo Inmetro. Outro importante trabalho foi a regulamentação do uso de vidros na construção civil, pelo Corpo de Bombeiros, para efeito da certidão Habite-se. Essas são apenas algumas das vitórias obtidas pela associação nesses anos.”
Aldo Machado Simões
Gestor do ABNT/CB-37

Quebra espontânea: chegou a hora de desvendá-la!

Apontamos as principais causas que levam à ruptura do vidro temperado sem explicação aparente

O vidro temperado é conhecido por sua grande resistência (até cinco vezes maior que a do vidro comum), obtida a partir do tratamento térmico ao qual o vidro é submetido durante o seu processamento. Essa resistência foi colocada em dúvida por parte da grande mídia em agosto de 2014, quando o jornal O Globo publicou uma reportagem apresentando casos em que o material, instalado em boxes de banheiro, rompeu-se sem causa aparente.

Esse fenômeno, no jargão vidreiro, é conhecido como “quebra espontânea”. Mas essas quebras realmente podem ser consideradas “espontâneas”? Quais são suas causas? Como evitá-las? Veja a seguir as respostas para essas e outras perguntas de acordo com Cláudio Lúcio da Silva, instrutor-técnico da Especialização Técnica Abravidro e considerado um dos maiores especialistas do Brasil na área de transformação de vidros.

Na fabricação

Ainda na indústria de base, são dois os problemas que podem favorecer a quebra:

  • Inclusão de sulfureto de níquel (NiS) na massa do vidroUm grande forno de fabricação de vidro plano pode produzir de 600 a 900 t de float por dia. Desse total, o número de peças que sofre quebra posteriormente devido a inclusões de NiS é muito baixo. Apesar disso, sua eliminação total é extremamente difícil.
  • Defeitos pontuais e lineares — Fendas ou bolhas são algumas das imperfeições possíveis na fabricação do vidro, segundo a norma NBR NM 294 — Vidro float. Dependendo do seu tamanho, formato e localização no vidro, esses defeitos podem contribuir para a quebra da peça posteriormente.

No pré-processamento

A formação de trincas em profundidade no corte, destaque, lapidação, furação e em outras atividades de processamento também pode levar à quebra. Após a têmpera, a área interna do vidro está em tensão permanente de tração aumentada — com isso, as trincas, já presentes na peça e que se expandem para seu interior, aumentam a probabilidade de ruptura posterior. Algumas causas para seu surgimento incluem:

  • Cortes e destaques inadequados do vidro;
  • Erros na especificação de ferramentas abrasivas ou no seu uso;
  • Erros na lapidação, furação e acabamento das peças;
  • Lixamento e acabamento do vidro sem uso de água;
  • Uso de parâmetros técnicos, regulagens e ajustes inadequados de processo;
  • Inadequação no uso, manuseio ou métodos na operação de máquinas e equipamentos.

Cláudio Lúcio ensina ser possível visualizar a ocorrência de trincas ou microtrincas na peça processada antes de o vidro seguir para a têmpera. Se o defeito for constatado, o vidro não deve ser temperado.

Na têmpera

O processo de têmpera também pode ser um dos causadores ou contribuir para a suposta quebra espontânea. Erros nessa etapa incluem:

  • Condução inadequada do processo geral e da montagem da carga;
  • Falhas no perfil térmico (responsável pelo monitoramento da temperatura do forno);
  • Peças enviadas da têmpera para a expedição quando ainda estão quentes;
  • Temperatura da massa do vidro abaixo de 620 ºC ou acima de 640 ºC ao sair do aquecimento para o resfriador.

No armazenamento e transporte

Nas áreas de armazenamento da processadora ou da vidraçaria, no veículo de transporte ou na própria obra, diversos erros devem ser evitados para não afetar a integridade estrutural do temperado. Vejam-se:

  • Armazenamento do vidro encostado na parede;
  • Colocação de vidro com vidro, sem o uso de intercalários adequados;
  • Disposição das peças em posição horizontal no armazenamento ou no transporte;
  • Transporte do vidro sem proteção (como cobertura de lona).

Na instalação

Alguns dos problemas nessa etapa são:

  • Bater, lascar, riscar e arranhar durante o manuseio do vidro;
  • Contato direto do vidro com alvenaria ou ferragens, sem aplicação de materiais flexíveis adequados (como borracha, plástico ou cortiça) entre eles;
  • Especificação e montagens inadequadas de sistemas e ferragens;
  • Instalação das peças com pouca folga, não considerando a dilatação que elas podem sofrer com variações térmicas.

Atenção! O NiS não é o maior responsável pelas quebras!

A presença de NiS no vidro durante sua fabricação é frequentemente apontada como a única causa de quebras ditas espontâneas. No entanto, para Cláudio Lúcio, isso está longe de ser verdade. “As rupturas causadas por NiS são relativamente raras, em comparação a problemas gerados do processamento à instalação dos vidros que também podem causá-las.”

A visualização do NiS é muito difícil, pois o tamanho das inclusões costuma ser de poucos micrômetros (mil micrômetros equivalem a 1 mm). Porém, Cláudio Lúcio destaca a existência do ensaio de imersão ao calor (Heat Soak Test — HST), teste desenvolvido para a quebra de vidros com inclusões de NiS: nele, os temperados são submetidos a temperaturas entre 280 e 300 ºC por algumas horas. Mais de 90% dos vidros com NiS se fraturam nesse processo. Ainda não existe um método que garanta 100% de eliminação de vidros com NiS.

Mitos e verdades

Mesmo com o risco de quebra, o vidro temperado é seguro?

Sim. Segundo estimativas da Abravidro, apenas em 2013, 1,5 milhão de boxes de banheiro foram instalados com temperados. Destes, apenas 0,05% tiveram quebra com algum ferimento ao usuário. Para diminuir ainda mais essa porcentagem, a associação deu início este ano ao programa De olho no boxe, para orientar instaladores e usuários sobre os cuidados a serem tomados de acordo com a norma NBR 14207 — Boxes de banheiro fabricados com vidro de segurança.

Se a borda do vidro temperado ficar lascada, posso lixá-la para reparar sua aparência?

Não. A norma NBR 14698 — Vidro temperado estabelece que, após ser submetido ao processo de têmpera, o vidro não pode ser cortado, serrado, perfurado ou ter sua borda retrabalhada.

É possível identificar a causa da quebra espontânea de um vidro temperado?

Embora seja difícil observar problemas surgidos na fabricação do vidro sem instrumentos e ensaios adequados, causas posteriores, como erros de instalação ou mau uso da peça, podem ser observadas. Se os fragmentos do vidro são grandes, alongados e cortantes, por exemplo, houve falha no processo de têmpera. Os fragmentos devem ser avaliados conforme as indicações da norma NBR 14698 — Vidro temperado.

Como variações de temperatura podem causar a quebra do temperado?

Toda vez que a peça de vidro tem uma diferença de temperatura entre suas superfícies ou delas em relação ao seu centro, uma movimentação acontece no seu arranjo molecular. Isso faz com que o vidro se torça ou deforme em direção ao ponto mais quente. Dependendo dos defeitos que o vidro já apresenta e das condições ambientais, essa tensão pode aumentar a probabilidade de ruptura, mais frequente em peças de grandes dimensões ou com espessuras maiores.

Por que o temperado nem sempre quebra logo ao sofrer o dano?

Nem sempre a causa da aparente quebra espontânea é suficientemente forte para levar à ruptura imediata do vidro. Porém, o defeito leva ao desequilíbrio de sua estrutura molecular interna. Conforme o vidro temperado é exposto a esforços mecânicos, térmicos e ambientais em sua instalação, microfissuras internas podem surgir ou crescer — e, se as condições críticas forem ultrapassadas, podem levar à quebra mesmo horas, dias ou anos após adquirir o defeito que a causou.

Fale com eles!

Abravidro — www.abravidro.org.br

Do outro lado do espelho

Produto pode ter papel importante no tratamento do autismo

Ao longo das edições de O Vidroplano, o espelho teve destaque constante, desde os cuidados em sua instalação até as possibilidades estéticas que o produto agrega a um ambiente. Mas poucos sabem que ele também pode ser uma ferramenta importante no tratamento do autismo, transtorno do desenvolvimento neurológico com grande incidência no mundo: em média, de cada mil crianças nascidas, cinco recebem esse diagnóstico.

Em 2015, além de sua recente inclusão no tratamento do autismo, o espelho ajudou a dar visibilidade ao tema com a iniciativa SelfAzul, promovida pela Guardian em parceria com o Centro Pró-Autista (CPA).

Conhece-te a ti mesmo

Há cerca de três meses, o CPA incluiu o espelho em seu programa de tratamento dos pacientes. “Essa iniciativa, inovadora nos meios científicos que se dedicam ao tratamento dos autistas, está em fase inicial de pesquisa clínica”, explica o neuropsiquiatra Wanderley Domingues, presidente do CPA. Ele, no entanto, afirma que a ideia é bastante promissora quando associada às técnicas de tratamento do desenvolvimento neural e há embasamento teórico para isso: Jacques Lacan, célebre psicanalista francês, constatou que o material tem um papel importante na formação do ser humano durante a infância, ajudando as crianças a conhecer e se conscientizar sobre a própria imagem.

O espelho foi acrescentado no tratamento de autistas no CPA para ajudar os pacientes, orientados por profissionais, a reconhecer a si mesmos — isto é, seus corpos, suas características. Ao ter consciência sobre si, o paciente também tende a identificar o espaço que ocupa. “O autista passa a entender quem é ele e quem são os outros”, acredita Domingues.

O uso do espelho também pode ajudar o paciente a ler melhor as expressões faciais. Durante o Fórum Internacional SelfAzul (veja mais abaixo), Marie-Hélène Plumet, professora e pesquisadora da Université Paris Descartes, explicou que o autista tende a prestar mais atenção na boca do que nos olhos de seu interlocutor e a se prender a detalhes em vez de observar o rosto como um todo e seu dinamismo. Com isso, as pessoas com esse transtorno têm dificuldade em identificar as emoções de outros indivíduos, algo que pode ser melhorado com a observação em frente ao espelho.

SelfAzul

Os escritórios de comunicação Malkovich e Comunica levaram à Guardian o conhecimento do assunto. Isso motivou a empresa a lançar a SelfAzul durante a 1ª Virada da Saúde em São Paulo, em parceria com o CPA e o Instituto Saúde e Sustentabilidade. “Foi surpreendente saber que o espelho pode estar presente em uma iniciativa como a desenvolvida pelo CPA. Ser parte desse projeto é motivo de muito orgulho para a empresa”, afirma Maurício Gasperini, gerente de Produtos de Interiores da Guardian. A ação, completa o gerente, busca compartilhar conhecimentos sobre o autismo com a sociedade.

Nosso material não ficou de fora da iniciativa. Para atender uma das ações da SelfAzul, o artista plástico Eduardo Srur criou a obra Puzzle, composta por esculturas de espelhos representando grandes peças de quebra-cabeça. “O artista e o autista têm algo comum nesta vida: a busca pelo seu self, por si mesmos”, reflete Srur.

As peças, apresentando o assunto de forma lúdica, foram colocadas no vão livre do edifício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e nas estações do metrô Paraíso e Trianon-Masp. Totens informativos foram colocados próximos a elas, com explicações sobre a ação e o autismo. As esculturas da Fiesp também foram cercadas por uma “sala de espelhos”, na qual mais informações podem ser lidas — tanto os espelhos das esculturas como os da sala foram fabricados pela Guardian e processados pela Speed Temper, colaboradora da SelfAzul.

No dia 9 de abril, o centro de convenções da federação sediou o Fórum Internacional SelfAzul. Baseado no tema A descoberta do autista e como o despertar da consciência de ‘si mesmo’ revela o ‘outro’ em nós, o evento reuniu profissionais das áreas médica, assistencial, educacional e outras para acompanhar palestras e debates sobre a evolução no tratamento do transtorno. A SelfAzul está ainda disseminando conhecimentos em seu hotsite e páginas no Facebook, Instagram e Twitter.

O que é o autismo?

As manifestações clínicas do autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), são expressas já durante a primeira infância — até os três anos de idade. Algumas delas são:

  • Déficit na atenção compartilhada, na comunicação, no desenvolvimento de conhecimentos e na linguagem;
  • Dificuldades na interação social;
  • Dificuldade na estruturação da identidade pessoal, na percepção do mundo real e na sua adaptação a ele.

Segundo Ana Maria Ros de Mello, superintendente da Associação de Amigos do Autista (AMA), o transtorno pode vir acompanhado por outras manifestações não específicas, como fobias, perturbações de sono ou da alimentação e autoagressividade.

“O diagnóstico e a intervenção precoces são elementos fundamentais na evolução desses pacientes”, explica Domingues, do CPA. Quando o autismo é identificado cedo e começa a ser tratado entre os dois e quatro anos de vida da criança, melhoras significativas na adaptação social e desenvolvimento da linguagem são observadas: o autista pode frequentar escolas e, ao crescer, trabalhar e se integrar normalmente à sociedade.

Esse tratamento envolve os níveis biológico, psicológico e social. Cada paciente tem necessidades particulares, e, por isso, é importante que seu programa de intervenção seja elaborado por uma equipe multidisciplinar. Embora entidades filantrópicas realizem esse trabalho, Domingues ressalta que nem sempre elas têm o devido apoio dos poderes governamentais — políticas públicas de saúde mental para o autismo ainda são inexistentes.

Visite os espaços da exposição ‘Puzzle’!

As esculturas estarão expostas nos locais abaixo até o dia 30 de abril.

Sede da Fiesp

Endereço: Av. Paulista, 1.313, Cerqueira César, São Paulo, SP

Onde: Vão livre na calçada, próximo à entrada

Estação do Metrô Trianon-Masp

Endereço: Av. Paulista, em frente ao número 1.485, Cerqueira César, São Paulo, SP

Onde: Próximo à bilheteria (pelas entradas na altura da Fiesp)

Estação do Metrô Paraíso

Endereço: Rua Vergueiro, 1.456, Paraíso, São Paulo, SP

Onde: Piso intermediário, próximo às escadas do piso inferior e ao elevador

Fale com eles!

AMA — www.ama.org.br

CPA — www.centroproautista.org.br

Eduardo Srur — www.eduardosrur.com.br

Guardian — www.guardianbrasil.com.br

SelfAzul — www.selfazul.com.br

Speed Temper — www.speedtemper.com.br

Université Paris Descartes — www.parisdescartes.fr

Exposição

O vidro faz parte desta história. E muito!

Grupo Saint-Gobain comemora 350 anos de existência e enfatiza planos de crescimento no Brasil

Em 1665, Luís XIV, então rei da França, assinou as cartas patentes que criaram oficialmente a Manufacture Royale des Glaces de Miroirs (Manufatura Real de Vidros). O objetivo era combater a supremacia da República de Veneza no mercado de espelhos. Ao longo dos séculos, a empresa viria a mudar seu nome para Saint-Gobain e passar de única fábrica de vidros para um dos maiores grupos industriais do mundo no mercado de materiais de construção de alto desempenho — vidros e espelhos, inclusive.

O Grupo Saint-Gobain completa 350 anos de existência em 2015 presente em 64 países. Um deles é o Brasil, o primeiro em que se instalou fora da Europa, em 1937. Diversas de suas marcas estão reunidas no País, incluindo a Cebrace (joint-venture com o grupo NSG/Pilkington), Saint-Gobain Glass e Sekurit (para o setor de vidros automotivos). Por conta disso, o Brasil foi um dos países escolhidos para as ações comemorativas dessa ocasião.

Anunciadas à imprensa no dia 30 de março, na Arena de Eventos do Parque Ibirapuera, em São Paulo, essas ações chamaram a atenção de jornalistas de todo o Pais e do exterior, os quais acompanharam as apresentações corporativas feitas pelos dirigentes do Grupo Saint-Gobain.

Após esse encontro, todos puderam conferir o primeiro evento comemorativo do grupo: a exposição Sensações do futuro (saiba mais na página XX), realizada na Arena de Eventos de 29 de março a 4 de abril. São Paulo foi a segunda — Xangai (China) já recebeu — de apenas quatro cidades no mundo escaladas para receber a mostra. Filadélfia (Estados Unidos) e Paris (França) são as próximas.

Também no dia 30, autoridades públicas e dirigentes de associações e empresas ligadas ao setor de materiais de construção foram convidadas para uma visita exclusiva ao local da exposição durante a noite, com a realização de um coquetel. “Pudemos apreciar aplicações de vidros e espelhos de forma diferente do convencional, levando-nos a imaginar novos cenários com os produtos”, testemunha Gilberto Ribeiro, vice-presidente da Abravidro e representante da associação no evento.

Grupo Saint-Gobain em números

350 anos de existência

Presente em 64 países

No Brasil, desde 1937

71 unidades industriais na América do Sul

17 mil funcionários diretos e indiretos apenas no Brasil

R$ 9,8 bilhões de vendas anuais em 2014, apenas no Brasil

Destaques

Nossa reportagem aproveitou a presença dos importantes executivos da companhia no Brasil para tirar algumas dúvidas sobre a atuação do grupo no mercado nacional. Confira alguns detalhes:

Recessão econômica

Pierre-André de Chalendar, CEO mundial da Saint-Gobain, observou que as dificuldades atuais na economia brasileira afetam os setores de construção civil e automotivo, ambos com atuação do grupo. No entanto, destacou que o grupo já está no Brasil há quase oitenta anos e já passou por outros momentos de recessão ao longo desse período. Segundo ele, a empresa prevê crescimento no País em 2015.

P&D em território nacional

Capivari (SP) terá um centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) do Grupo Saint-Gobain — o oitavo no mundo e primeiro no hemisfério Sul —, a ser inaugurado no segundo semestre de 2015. Thierry Fournier, presidente da companhia para o Brasil, Argentina e Chile, apontou que o espaço terá foco na sustentabilidade, para a construção do futuro.

Vidros no Brasil

Chalendar destacou como o novo centro de P&D pode contribuir para o setor vidreiro nacional. “Nele poderemos desenvolver tecnologias para vidros que não são aplicadas fora do Brasil, utilizando as matérias-primas nacionais e buscando atender as necessidades locais”, afirmou, citando os vidros de controle solar como um exemplo de produto voltado às particularidades do País.

Jornada sensorial

A exposição Sensações do futuro é dividida em cinco pavilhões, quatro dos quais buscam levar os visitantes a uma jornada sensorial criada com as soluções construtivas do Grupo Saint-Gobain. Destaque para os pavilhões Ver, composto externamente por inúmeros espelhos com luzes de LED e que reflete todos os seus arredores durante o dia, e Colorir, um “carrossel” montado com painéis de vidros coloridos e serigrafados dispostos em estruturas móveis.

Outras ações comemorativas apresentadas à imprensa pela diretora de Relações Corporativas da Saint-Gobain, Marie de Laubier, incluem o lançamento do livro Saint-Gobain 1665-2015. O passado do futuro e a exposição virtual #SaintGobain350 – a exposição. Ambos estão disponíveis em cinco idiomas (francês, inglês, alemão, espanhol e português do Brasil) no site www.saint-gobain350anos.com.br/#!/pt.

Miniboreal ganha nova espessura

Braço do Grupo Saint-Gobain, a Saint-Gobain Glass anunciou, no final de março, o lançamento do SGG Listral K de 3,21 x 1,9 m e espessura de 8 mm. Vidro impresso conhecido como miniboreal, ele era disponível apenas nas espessuras de 3/4 e 4 mm).

Fale com eles!

Grupo Saint-Gobain – www.saint-gobain.com.br

Linha SunGuard da Guardian ganha novos produtos

A Guardian adicionou recentemente vidros refletivos ao portfólio de sua linha SunGuard, de controle solar. Os novos produtos estão disponíveis nos modelos Blue (azul), Chrome (prata) e Neutral (incolor). Com espessuras de 3, 4, 5, 6, 8 e 10 mm, eles são projetados com a tecnologia exclusiva de design True Color: por meio dela, são capazes de oferecer cores uniformes em qualquer ângulo de visão, além de garantir maior pureza e fidelidade à tonalidade do vidro original mesmo após passar pelo processo de laminação. De acordo com a fabricante, eles também garantem o bloqueio de até 56% na entrada do calor solar e não apresentam o efeito amarelado que ocorre em outros tipos de refletivo.

Reaproveitamento de recursos

Em tempos de escassez de água, a Guardian também tem dedicado atenção à sustentabilidade. A linha de produção de espelhos da companhia, inaugurada em 2014, na fábrica de Tatuí (SP), conta com tecnologia para melhor aproveitar os insumos químicos nos processos de pintura e reduzir o índice de perdas e rejeitos. Mais de R$ 5 milhões foram investidos no projeto de gestão ambiental dessa linha, contemplando sistemas para tratamento de gases de solventes e reaproveitamento de 100% da água de efluentes. Ao divulgar esses dados, a Guardian aproveitou para informar os números de sua já conhecida política de logística reversa: das 450 mil t de espelhos e vidros fabricadas por ano pela empresa no Brasil, 90 mil provêm de resíduos desses materiais — 20% de toda sua produção.

Mais informações: www.guardianbrasil.com.br

 

Empresária do setor vidreiro é homenageada no Paraná

Rosemari Bremm Oliveira, diretora-administrativa e financeira da processadora Mary Art, esteve entre as mulheres homenageadas na entrega do Prêmio Divas 2015. A cerimônia, organizada pela Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (Acig), foi realizada no dia 13 de março. A intenção é premiar as mulheres que se destacaram junto à comunidade da cidade em suas respectivas áreas de atuação. A Revista Visual Guarapuava, patrocinadora master do evento, revelou em um perfil a trajetória profissional de Rose (como é conhecida), que já foi presidente da Adivipar-PR por duas gestões e hoje integra o Conselho Fiscal da Abravidro.

Mais informações: www.maryart.com.br

 

Governo investiga existência de ‘dumping’ nas importações de espelhos

O mês de março se despediu com uma notícia que impacta o setor vidreiro. Depois de, no fim do ano passado, aplicar o direito antidumping definitivo às importações brasileiras de vidro float incolor, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) iniciou investigação para verificar a existência de dumping nas importações de espelhos não emoldurados da China e do México — classificados no item 7009.91.00 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). O ministério também irá verificar se houve dano à indústria doméstica resultante dessa prática. A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), no dia 23 de março, por meio da Circular Secex Nº 17, de 20 de março.

A investigação, já em curso, atende o pedido protocolado junto ao governo pela Abividro, associação que representa as usinas vidreiras. Para a análise dos elementos de prova de dumping, serão considerados os meses de outubro de 2013 a setembro de 2014. Já o período a ser levado em conta para se observar se houve dano à indústria nacional é de outubro de 2009 a setembro de 2014. Espera-se que o processo todo se estenda até fevereiro de 2016, quando será divulgada a determinação final do governo. O Vidroplano acompanhará o caso e manterá o mercado informado sobre as novidades.

Mais informações: www.camex.gov.br e www.mdic.gov.br

 

AGC fornece vidro de alta tecnologia para teto solar de carro

Desde o fim de março, a AGC Automotive Europe, braço europeu da multinacional japonesa AGC para vidros automotivos, passou a fornecer para a tradicional fabricante Mercedes-Benz o vidro utilizado no teto solar retrátil do modelo Mercedes-Maybach S 600. O material aplicado no carro é o Wonderlite, laminado com película de controle solar e tecnologia privativa que lhe permite passar de transparente para opaco por meio de simples toque em um botão. No total, o teto solar envidraçado possui área de 1,7 m².

Mais informações: www.agc-glass.eu

 

Nova unidade fabril da Temper Vidros é inaugurada no Tocantins

A Temper Vidros inaugurou oficialmente, no dia 10 de abril, durante solenidade com a presença de autoridades, sua nova unidade fabril. Localizada no Distrito Agroindustrial da cidade de Araguaína (TO), ela é a primeira planta da empresa fora de Goiás, Estado no qual atua desde o início da década de 1990. “Para a empresa, é um grande marco. Com essa fábrica, poderemos atender nossos clientes com mais pontualidade e qualidade”, destaca Nilton Leão, diretor-administrativo da companhia. Com 5 mil m² de área construída e capacidade produtiva de até 18 mil m² de vidro por mês, a fábrica já opera desde dezembro do ano passado, quando se iniciou a fase de testes. Um dos destaques da nova unidade é a estação de tratamento de efluentes, usada para reciclar a água utilizada no processamento do vidro.

Mais informações: tempervidros.dadool.com.br

Olhar vidreiro sobre a Feicon 2015

Empresas mostram soluções para o material, incluindo produtos úteis a vidraceiros

Mais de 118 mil pessoas visitaram a 21ª Feicon Batimat — Salão Internacional da Construção, segundo os organizadores da mostra. O evento, que teve o Sincomavi-SP — entidade associada à Abravidro — entre seus apoiadores institucionais, foi realizado de 10 a 14 de março, no Pavilhão de Exposições do Anhembi Parque, em São Paulo. Sua solenidade de abertura contou com a presença de diversas autoridades, incluindo a presidente da República, Dilma Rousseff.

A Feicon apresentou este ano mais de 2 mil marcas nacionais e internacionais de mais de 25 países, envolvendo diversos produtos e materiais para a construção civil. Lançamentos ligados ao nosso setor de maneira direta eram poucos. No entanto,  viam-se várias soluções que, de alguma forma, relacionam-se com a cadeia vidreira, como ferragens, fechaduras, gabinetes e sistemas para guarda-corpo — algumas já conhecidas pelos profissionais mais antenados.

Confira, nas próximas páginas, os principais destaques observados por nossa reportagem.

Empresas ligadas ao vidro

Os vidros de controle solar da linha Habitat, produzidos pela Cebrace, estavam espalhados em mostruários por todos os espaços do estande da fabricante vidreira. Os produtos estão disponíveis nas espessuras de 4 a 10 mm, nas opções Refletivo e Neutro. O destaque, porém, era mesmo uma cabina interativa 4D (fotos). Nela, os visitantes colocavam óculos de realidade virtual para serem “transportados” a uma casa com fachadas envidraçadas. A experiência imitava as diferentes sensações térmicas entre vidros comuns e vidros Habitat, mostrando ao público, de forma prática, os benefícios do produto. Mais informações: www.cebrace.com.br

O estande da Q-Railing do Brasil foi compartilhado com a T2G | Technical Glass Group. A primeira, além de reapresentar o sistema Easy Glass Slim de guarda-corpo — agora fabricado por ela no Brasil, também levou sistemas como o Quickrail (com estrutura de aço inox 316 resistente a corrosão, para vidros de 9 a 16 mm) e o Q-Line (de aço inox 304 ou 316, para instalação lateral ou superior com vidros de 9 a 16 mm). Por sua vez, a T2G exibiu o sistema C.Glass de envidraçamento e a piscina de vidro Aqua Vision, ambos apresentados também na Expo Revestir (veja mais na página XX). Mais informações: www.q-railing.com.br e www.t2g.com.br

Entidade do setor

Entidades vidreiras também marcaram presença na Feicon: o estande do Sincomavi-SP (foto), associado à Abravidro, destacou sua ligação com o Google e seus parceiros premium — Reach Local, Planeta, Onda Local e Reweb. O objetivo da iniciativa é ofertar as melhores soluções de marketing digital, como anúncios online, criação de sites e peças de e-mail marketing, entre outras formas de aumentar e melhorar a presença das empresas e suas vendas na Internet. O sindicato também organizou o 11º Simpósio Sincomavi, parte da programação oficial da Feicon Batimat 2015, no dia 11 de março (saiba mais na página 58). Mais informações: www.sincomavi.org.br

Úteis para os vidraceiros

O grupo Assa Abloy expôs puxadores de aço inox 304, da marca Silvana, para portas de vidro, disponíveis nos acabamentos polido e escovado e nas dimensões de 20 cm a até 1 m. Destaque também para a fechadura eletrônica YDG313 (foto), da marca Yale, indicada para portas envidraçadas. Mais informações: www.assaabloy.com.br

A Bosch apresentou ao público trenas a laser que podem ser utilizadas no trabalho diário dos vidraceiros. A GLM 30 consegue medir até 30 m. A GLM 100 C (foto), por sua vez, tem alcance de 100 m e transfere os valores obtidos para tablets e smartphones. No mesmo espaço, estava a Heliotek, empresa do grupo dedicada a coletores solares. Destaque para a linha Pro, com superfície de temperado. Mais informações: www.brasil.bosch.com.br

O principal lançamento da Gold News era a linha de puxadores barra chata modelo arco (foto), feitos de aço inox 304. Além de cadeados e fechaduras, foram expostos também ferragens do tipo spider, de uma a quatro pontas, ideais para peles de vidro em fachadas. Mais informações: www.goldnews.com.br

A Metalúrgica WA levou grande quantidade de ferragens para a Feicon 2015. Entre os destaques, pinças para guarda-corpo (para vidros de 8, 10 e 12 mm), linha de fechaduras para temperado, prolongadores, kit boxe 8 mm (foto) e um sistema de prateleiras de vidro — todos de seu catálogo. De lançamento, vale citar as porta e janela de alumínio (a empresa promote para breve um modelo com suporte para vidro). Mais informações: www.metalurgicawa.com.br

Banheiro e cozinha

O conjunto Cris-Wood Set (foto) foi o principal lançamento da Cris Metal: ele é composto por gabinete com estrutura de MDF texturizado e alumínio anodizado com tampo de vidro comum 12 mm (decorado com película adesiva estilo mármore travertino), cuba de temperado 10 mm e espelho. Por sua vez, o conjunto Cris-Wood Up traz gabinete com tampo de vidro 12 mm moldado na cor preta e um espelho com 99 cm de altura. Mais informações: www.crismetal.com.br

Um dos lançamentos da Lorenzetti era a linha LorenTrio de torneiras e misturadores que podem ser instalados em vidro. O diferencial está na manopla em formato de trizeta (três hastes), que garante economia e precisão na abertura e fechamento. Com corpo 100% de metal, a LorenWay possui torneiras com bica móvel. Vale citar ainda o LorenRain (foto), chuveiro enfeitado com placa de vidro de 10 mm. Mais informações: www.lorenzetti.com.br

Coletor solar

O coletor solar da linha Blue (foto), da Pro-Sol, é indicado para aquecimento da água usada no banho. A presença de uma placa de vidro temperado 10 mm em sua superfície garante a segurança e a durabilidade do produto. Segundo a empresa, cada m² do item produz até 84,8 kW/h por mês. Mais informações: www.prosolsolar.com.br

Diversas opções de fechaduras

A DL7500 (foto), novidade da D-Lock (www.dlock.com.br), é uma fechadura eletrônica importada para portas envidraçadas. Com painel touch para senhas, o produto também permite o acesso via impressão digital do usuário — ao todo, podem ser configurados 170 comandos de abertura (senhas ou digitais). Feita inteiramente de aço carbono, possui placa de comando blindada e pode ser adaptada a qualquer espessura de vidro.

A Pado (www.pado.com.br), por sua vez, mostrou a linha Glass de fechaduras para vidro temperado (foto). Ao todo, são doze modelos diferentes, feitos de aço inox e latão.

A Soprano (www.soprano.com.br) exibiu sua linha de fechaduras elétricas para portas de vidro (foto), para peças de 8 a 10 mm. Com corpo de alumínio e aço inox, o produto pode ser aplicado também em regiões litorâneas, mostrando resistência à corrosão.

A Stam (www.stam.com.br) mostrou fechaduras para portas e janelas envidraçadas (foto). Os itens são indicados para uso em vidro temperado de 8, 10 e 12 mm e são de zamac.

Selantes e fixadores

No estande da Adere (www.adere.com.br), a fita de dupla face para fixação de vidro e espelho Adermax (foto) chamou a atenção do público. Disponível em dois tipos diferentes — massa acrílica e espuma acrílica —, ganhou nova embalagem e régua medidora.

O selante SS511B (foto, embaixo), da marca i-Sil Baiyun, da empresa Terzian (www.terzian.com.br), foi lançado ao setor vidreiro durante a feira. Indicado para áreas externas, é do tipo cura neutra com alto poder de dilatação. Vale citar ainda o SS621, selante estrutural, utilizado largamente em peles de vidro.

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Feicon Batimat — www.feicon.com.br

Normas que vão além do papel

Abravidro investe em atividades que ajudam na divulgação do acervo normativo do setor à sociedade

Além de ser sede do Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37), responsável por elaborar e atualizar o acervo normativo do setor, a Abravidro também trabalha na disseminação das normas. Sem a divulgação dos documentos para a sociedade, o trabalho do CB-37 não seria eficaz. Afinal, é por meio da conscientização da importância do cumprimento das normas que se contribui para a evolução dos processos de fabricação e a aplicação correta do vidro. Conheça algumas ações de divulgação implementadas pela Abravidro.

Curso do Vidraceiro

Organizado em São Paulo, pela Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo (Tatuapé), em conjunto com a Abravidro, o Curso do Vidraceiro visa à capacitação da mão de obra vidreira. São turmas de aulas à noite (curso trimestral) e aos sábados (curso semestral). As palestras realizadas por mim e pelo gerente-técnico Silvio Ricardo Bueno de Carvalho apresentam as vantagens de se seguir as normas no dia a dia de uma vidraçaria. O foco está naquelas sobre projeto, execução e aplicações de vidros na construção civil e nas de guarda-corpos para edificação (respectivamente, NBR 7.199 e NBR 14.718). Boxes de banheiro fabricados com vidros de segurança (NBR 14.207) também possuem destaque, principalmente após a criação do Manual de utilização, limpeza e manutenção de boxes de banheiro. Produtos especifícos como temperados (NBR 14.698), laminados (NBR 14.697) e espelhos (NBR 15.198) são outros assuntos abordados. Em março, falei a duas turmas.

Convênios com universidades

Levar conhecimento a alunos de arquitetura e engenharia é parte importante dessa iniciativa, já que, em breve, serão eles os responsáveis pela especificação do vidro na construção civil. Fechamos parcerias com instituições de renome, como Universidade Presbiteriana Mackenzie e Universidade São Judas Tadeu, para a realização de palestras em cursos de extensão em graduação e pós-graduação. Além de detalhar os trabalhos da entidade, são explicados o processo produtivo de nosso material, os tipos de vidro e suas normas, suas diferentes aplicações e seu comportamento em diversas situações. No dia 30 de março, visitei a Mackenzie para falar aos alunos do curso de pós-graduação Construção Civil — Excelência Construtiva e Anomalias, parte da disciplina de Elementos de Fechamento, Acabamento e Vedação.

Parcerias com entidades regionais

Treinamentos realizados por entidades regionais filiadas à Abravidro possuem um espaço dedicado às normas técnicas. Isso se dá, claro, pela questão cada vez mais relevante ao setor: a qualificação profissional. Levar esse tipo de informação a eventos ajuda a difundir o papel da normalização para variados tipos de público, como universitários (parceria com universidades), vidraceiros (parceria com Senai) e processadores da região. Adivipar-PR, Amvid-MG, Ascevi-SC e Sindividros-ES e Abravid, por exemplo, são algumas das entidades que já contaram com palestras da Abravidro.

Clélia Bassetto, consultora de Normalização da Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos (Abravidro)

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Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br

ABNT — www.abnt.org.br

Da janela ao ralo

Expo Revestir traz vidro em aplicações não só estéticas, mas também de segurança e sustentabilidade

A 13ª Expo Revestir foi realizada de 3 a 6 de março no Transamerica Expo Center, em São Paulo. Os organizadores do evento afirmam que a feira nacional de arquitetura e construção teve público recorde, com mais de 60 mil visitantes acompanhando as novidades apresentadas pelos mais de 230 expositores.

Dentre os produtos apresentados, o vidro esteve presente em coifas, gabinetes, guarda-corpos e pastilhas, entre outros. Alguns dos estandes com nosso material na Expo Revestir podem ser “vistos” a seguir.

O pré-lançamento do gabinete Emily (foto) foi um dos destaques da Astra: com tampo de temperado 15 mm, disponível nas cores preta e vermelha, o produto forma conjunto com o espelho Mini Romantique. A espelheira Le Glamour foi outra novidade, com iluminação fluorescente acionada via touch screen e presença de lente de aumento, bem como os painéis de banho Peneda e El Dorado, com vidro temperado em seu acabamento. Mais informações: www.astra-sa.com.br

No estande da Atenua Som via-se a janela sustentável Smart Window (foto): com insulado (17 mm, na janela exibida na feira), além de proporcionar conforto termoacústico ao ambiente, ela capta a luz solar e a converte em energia limpa e renovável, que pode ser utilizada em sensores de temperatura e alarmes de incêndio ou transferida para periféricos com saída USB, entre outras possibilidades. Por sua vez, a porta antirruído para grandes dimensões em exposição possui fechamento multiponto e trilhos de aço inox, também para uso com insulados (no estande, composta por laminado de 6 mm, câmara de 12 mm e laminado de 8 mm). Mais informações: www.atenuasom.com.br

Não faltaram coifas de vidro no estande da Elettromec. A Alba Cubo e a Alba Pirâmide, cada qual com quatro faces de temperado 6 mm, também funcionam como luminária e permitem o ajuste da luz. A Stretto conta com vidro temperado 6 mm em sua face inferior e iluminação com LED, por meio de sistema glass touch, enquanto a Progettare (foto) tem acabamento com temperado curvo nas cores branca, preta ou vermelha. A coifa Sollevare, retrátil, também leva temperado 6 mm em seu acabamento. Mais informações: www.elettromec.com.br

Os boxes de banheiro Young 2.0 (foto, com folhas de temperado 6 mm e abertura de quase 100% do vão) e Zephyros (com abertura das duas folhas frontais de temperado 6 mm) foram os lançamentos da Novellini. Embora não seja nova, vale destacar também a banheira de hidromassagem Sense 1: as laterais são de temperado 12 mm, e o piso, de temperado 14 mm. Mais informações: www.novellini.com.br

A T2G Technical Glass Group apresentou a piscina Aqua Vision (foto) para projetos de grandes dimensões — cada peça de vidro pode ter de 5 a 6 m de comprimento. O sistema Channel Glass (C.Glass) também foi mostrado, composto por vidros autoportantes com até 5,8 m de altura, para uso em fechamentos, divisórias e fachadas. O estande foi dividido com a Q-Railing Brasil, que anunciou o estabelecimento da multinacional no País e exibiu o sistema de guarda-corpos Easy Glass Slim (foto) — já fabricado em território nacional. Mais informações: www.t2g.com.br e www.q-railing.com.br

Entre as novidades que a Tramontina levou à Expo Revestir 2015, estavam os fornos micro-ondas de embutir Inox 60 e Glass 60 (foto): a porta do primeiro e a porta e moldura do segundo levam vidro temperado 3 mm. Mais informações: www.tramontina.com.br

A Viega do Brasil expôs a linha de placas de acionamento de descarga Visign for More (foto), várias das quais são de vidro temperado nas cores branca, preta ou verde menta. A linha Visign de acabamento para grelhas de escoamento e ralos de banheiro também inclui opções de vidro temperado combinado com aço inoxidável. Mais informações: (19) 3876-2789

Opções de revestimento

Pastilhas, ladrilhos e demais revestimentos de vidro são uma presença constante na Expo Revestir — e este ano não foi exceção. Diversos ladrilhos de vidro decorado foram expostos pela (1) Assoglass (www.assoglass.com.br), incluindo um mosaico de peças de 30 x 30 cm com estampas inspiradas em café (foto), e ladrilhos de 30 x 60 cm. A (2) Colormix (www.colormix.com.br) apresentou uma série de novidades, como as linhas Bistrô (foto, com estampas revestidas por pastilhas de vidro translúcido 8 mm) e Náutica (combinando pastilhas de vidro 8 mm com madeira náutica reaproveitada). A (3) Glass Mosaic (www.glassmosaic.com.br) exibiu a linha Patchwork, com vidro 8 mm, desenvolvida a partir do trabalho de retalhos. Os destaques da (4) Obra Vitrea (www.obravitrea.com.br) foram a linha Madeira (foto) de filetes de vidro 4 mm, reproduzindo o aspecto da madeira, e a coleção Trend Glass, com vidro reaproveitado 8 mm. A (5) Portodesign (www.portodesign.com.br) expôs a coleção Ball de pastilhas de vidro 4 mm em várias opções de cores. O lançamento da (6) Vidro Real (www.vidroreal.com) foi a linha de pastilhas EcoIris, feitas de vidro reciclado 4 mm e dióxido de titânio, material que torna a pastilha antipoluição, antibacteriana e autolimpante.

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Expo Revestir – www.exporevestir.com.br

Para todas as áreas

Amvid-MG, Sincavidro-RJ, Sincomavi-SP e Sindividros-RS apresentam variedade de temas em seus treinamentos

Se o mês de março e o começo de abril forem um indicativo dos planos das entidades regionais associadas à Abravidro para 2015, a capacitação do setor será incessante. Não faltaram cursos para os profissionais vidreiros em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Confira o que foi apresentado nesses eventos.

Das redes sociais e ética aos preços e custos

A 11ª edição do Simpósio Sincomavi foi realizada no dia 11 de março, no Hotel Holiday Inn, em São Paulo. Parte da programação oficial da Feicon Batimat (veja mais sobre a mostra na reportagem da pág. 44), o evento apoiado pela Fame e Reed Exhibitions reuniu quase 450 participantes.

Entre os conteúdos apresentados nas palestras, Samantha Vidal, gerente de Vendas para Micro e Pequenas Empresas do Google, demonstrou as vantagens e oportunidades oferecidas por campanhas online para o aumento de vendas e exposição de uma marca. Em seguida, Daniel Miranda, diretor da Bel Lar Acabamentos de Qualidade, explicou o processo de sua empresa para aumento do relacionamento com os especificadores e os resultados obtidos.

Encerrando o simpósio, o professor, filósofo e escritor Mario Sérgio Cortella discutiu a ética cínica. Para ele, não basta criticar corruptos e corruptores: é preciso praticar a retidão de conduta todos os dias.

Já em abril, nos dias 8 e 9, o Sincomavi promoveu o curso Formação de Preços e Custos no auditório de sua sede. Edison Feghali, engenheiro agrônomo e executivo do mercado financeiro há mais de 25 anos, apresentou aos alunos noções sobre a cadeia de tributos e falou da relação entre custos, demanda e estoques. Também discutiu a formação de preço de venda e a realização de promoções e vendas agregadas.

Capacitando toda a cadeia do vidro

O Sindividros-RS deu início, este ano, ao programa de capacitação Qualividros — Qualificar para Transformar, buscando alcançar proprietários, gestores e demais profissionais que atuam na cadeia comercial do vidro no Estado. Os cursos do programa, ministrados pelo professor Jorge Ricardo Câmara, estão sendo realizados no Milão Hotel, em Porto Alegre.

O primeiro, Vidros de segurança e aplicações, organizado no dia 18 de março, pautou os principais tipos de vidros e seus sistemas de aplicação. A aula sobre medição e projetos foi realizada no dia seguinte, trazendo conceitos sobre o uso correto de ferramentas, medição de vão, folga e elaboração de projetos.

Em abril, no dia 8, houve aulas sobre técnicas de vendas e orçamentos. Abordaram-se tópicos como marketing pessoal, estratégia de vendas e elaboração de orçamento. Instalação Técnica de Boxe — curso prático muito aguardado pelos alunos — aconteceu no dia 9, incluindo as normas técnicas, modelos de boxe, vedação e tipos de aplicações. Em pesquisa feita pelo Sindividros, a grande maioria dos participantes avaliou tanto a aprendizagem como a satisfação com o conteúdo das aulas como muito boas.

Em maio, o Qualividros terá mais dois cursos nos dias 5 e 6. Os seis treinamentos são patrocinados pela AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix. Outros temas para o programa serão definidos posteriormente.

Noções de empreendedorismo

De 23 a 27 de março, a Amvid realizou a 1ª Semana Começar Bem no Mundo do Vidro, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O treinamento, apoiado pela AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, UBV e Vivix, apresentou aos participantes conceitos de empreendedorismo, focando-se na importância do planejamento dos negócios e das questões administrativas para qualquer atividade no mundo empresarial.

As aulas levaram informações sobre benefícios da legalização de uma empresa e regimes tributários e seus encargos, bem como a importância da identificação do que é o negócio de cada empreendedor. Noções sobre como planejar o negócio — requisito definitivo para alcançar sucesso no empreendimento — e as ferramentas utilizadas para a legalização da empresa também fizeram parte do conteúdo do treinamento. Uma nova turma será formada no segundo semestre em datas a serem definidas.

Nos dias 2 a 20 de março, a entidade mineira também promoveu o Curso de Especialização em Medição e Instalação de Vidros Temperados e Especiais — Nível I: Sistemas de Baixa Complexidade. As aulas foram realizadas na Escola Senai Paulo de Tarso, onde se realizou, nessa mesma data, o Curso de Especialização em Orçamento e Projetos de Vidros Temperados e Especiais. Além das empresas da Semana Começar Bem no Mundo do Vidro, esses treinamentos foram apoiados pela Alclean e Tec-Vidro.

Aprendizado em beneficiamento

A primeira edição do Curso Técnico para Vidros Beneficiados realizado pelo Sincavidro em 2015 aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, de 23 a 28 de março. As aulas focaram iniciantes, mas também foram abertas a profissionais já atuantes no setor.

O treinamento apresentou conceitos sobre conduta profissional, novos produtos e tendências, especificações, projeto, medição, molas e ferragens. Além da teoria, o curso contou com aulas práticas sobre os procedimentos e cuidados que devem ser observados na montagem de boxes e janelas.

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Amvid-MG — www.amvid.com.br

Sincavidro-RJ — www.sincavidro.com.br

Sincomavi-SP — www.sincomavi.org.br

Sindividros-RS — www.sindividrosrs.com.br

Finalmente, nossos primeiros passos

O diagnóstico é antigo, mas muito pouco tinha sido feito sobre o tema: precisamos comunicar melhor ao consumidor os benefícios de conforto e segurança que o vidro pode proporcionar. Só assim inauguraremos um novo ciclo de crescimento, tendo os produtos de valor agregado como alavanca principal.

Na outra ponta, a baixa atividade econômica atual tem gerado fortes impactos em nosso segmento. Nesse contexto, concordo com a premissa de que as crises nos proporcionam boas oportunidades — nossa principal saída agora é repensar os negócios, ampliar os horizontes e fazer as coisas de modo diferente. Por isso, vejo com satisfação os primeiros passos do setor vidreiro neste sentido:

  • Os espelhos sempre estiveram ligados à vaidade, glamour e sofisticação na decoração. Numa iniciativa recente de um fabricante, o produto passa a ser utilizado como recurso terapêutico para o desenvolvimento de pacientes autistas, garantindo destaque em uma campanha de massa sobre a deficiência;
  • Na maior feira de construção do País, outro fabricante de vidros de controle solar convida os visitantes para uma experiência de realidade virtual, quando foi possível “visitar” os ambientes com o uso do produto, deparar-se com rajadas de vento e até variação de temperatura para demonstrar suas vantagens;
  • Em linha com a série Caixa Acústica, em que abordamos os conceitos de redução sonora a partir de nosso produto, foi lançado este mês um aplicativo mobile que auxilia os consumidores a conhecer o vidro ideal para atenuar os mais diversos tipos de ruído;
  • Por fim, numa iniciativa inédita no País, os 350 anos de um conglomerado vidreiro foram comemorados com uma grande exposição artística aberta à comunidade. Num dos cartões postais paulistanos, a população entrou em contato com sensações que os vidros do futuro podem trazer, alguns deles já disponíveis por aqui.

Espero que essa lista de bons exemplos cresça a cada dia não apenas com ações das usinas de base, pois essa é uma responsabilidade de todos os elos da cadeia produtiva. Inspirados por esses primeiros passos, vamos nos perguntar qual será nossa contribuição para que um leigo compreenda melhor tudo que temos a lhe oferecer. Só assim teremos algum resultado positivo dessa crise. Afinal, nós somos capazes de virar esse jogo.