O projeto itinerante Casa do Alumínio — Uma experiência de arquitetura, arte e design esteve em exposição de 25 a 31 de agosto no Shopping Conjunto Nacional, em Brasília. Mais tarde, de 8 a 14 de setembro, pode ser visitado em São Luís, no Shopping da Ilha/Espaço Reserva. Realização do Ministério da Cultura-Lei Rouanet e da Quattro Projetos, com chancela da Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e apoio institucional da Abravidro e de empresas como a Cebrace e Screenline, o espaço é uma residência cenográfica com que mostra diversas aplicações do alumínio, contando ainda com a aplicação de vidros insulados e laminados da linha Habitat, da Cebrace, e persianas embutidas, da Screenline. As próximas cidades a receber o projeto são Belém — 21 a 27 de setembro — e Pindamonhangaba (SP), de 5 a 11 de outubro.
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Cavaletes como principal modelo para entregas no Brasil
A Cebrace, líder de mercado em nosso setor, anunciou que passará a utilizar cavaletes, ao invés de colares, para entregar pedidos aos seus clientes. Assim, junta-se a outras usinas que já utilizam esse formato, que começou a ser usado em nosso país na década de 1990, quando do início do fornecimento de vidros jumbo a granel (em grandes quantidades, sem embalagens fracionadas). Mas, afinal, quais as vantagens disso para os clientes e para as próprias fábricas de vidro?
O que são?
Os cavaletes são estruturas metálicas, revestidas de borracha, que acomodam os vidros durante o transporte. Essas embalagens não interferem na produção: no momento da expedição, as pilhas de vidros são retiradas dos locais em que ficam armazenadas e colocadas nelas. Depois, são içadas para serem fixadas na carroceria dos caminhões.
Já os colares são molduras de aço, nas quais as chapas são encaixadas juntas e paralelas. Normalmente, a carga é enviada em vários colares unidos por uma brida de metal.
Mudanças
A substituição feita pela Cebrace se dará gradativamente e deve ser concluída até o final deste ano. “Isso ocorre por duas demandas: a primeira é a necessidade de maior controle de entrada e saída com uma gestão moderna e mais fluida”, explica o gerente de Logística, Valdimir Silva. “A segunda ocorre devido à nossa estratégia de consolidar internamente os pilares da Indústria 4.0.“
A ligação com a Indústria 4.0, cujo principal conceito é a interação de processos, vem do principal benefício dessa modalidade: a possibilidade de rastreabilidade dos cavaletes, graças a sistemas de código de barras. Isso é feito mediante uso de tecnologia IoT (Internet das Coisas). Por meio da instalação de um dispositivo no cavalete, torna-se possível gerar dados e acompanhar sua movimentação. Assim, o serviço de entrega é totalmente monitorado e rastreado, com controle e acompanhamento da origem até o destino.
Diferentes percepções
A AGC aposta nesse formato desde a inauguração de sua primeira planta no Brasil, em 2014. Na época, o fato foi até divulgado como um diferencial de sua operação. “Acreditamos que o sistema é mais seguro e torna a atividade de expedição mais ágil. Com ele, é possível transportar maior tonelagem de vidro em um mesmo bloco”, comenta Monica Gomes, gerente de Produção da companhia. Ainda segundo ela, o volume de expedição em cavaletes atualmente gira em torno de 83% do total de suas operações.
A Saint-Gobain Glass utiliza ambos os modelos, dependendo do produto a ser entregue. “O aproveitamento da carga e o tempo de carregamento são mais vantajosos com colares”, afirma o coordenador de Logística, Vlademir Alberto. “O uso do cavalete se dá exclusivamente quando utilizamos caixas de madeira, cuja manipulação requer maior cuidado pelo risco de quebras e acomodação no veículo”. A usina chegou a desenvolver um método de carregamento em que se torna possível o envio de caixas e colares em um único bloco, otimizando o frete.
Por sua vez, a Vivix usa apenas cavaletes. “São mais resistentes, evitando assim quebras durante a entrega. É um tipo de embalagem que contribui para a redução dos índices de avarias”, analisa o gerente-sênior de Operações, Francisco Conte. “Nossos clientes demonstram preferência por esse formato, visto que proporciona maior segurança.”
Contatada pela reportagem de O Vidroplano, a Guardian preferiu não participar da matéria.
O que dizem as processadoras?
Talvez as mais interessadas nessa questão sejam as beneficiadoras de nosso material — afinal, a forma como os pedidos são entregues influencia diretamente o seu trabalho. Para Ricardo de Oliveira, diretor da Vitral (DF), os cavaletes são, sim, melhores. “Eles tornam-se mais vantajosos para nós, pois facilitam bastante a retirada e chegada dos vidros”, explica.
A mesma opinião tem a Viprado (RS). “O transporte do vidro é uma arte que requer muita técnica e cuidados, sejam eles nas fábricas ou nos transformadores”, analisa o diretor-industrial, Rudimar Pedroni. Segundo ele, é necessário o uso de escada para o destravamento dos colares e maior esforço físico em relação à retirada da ferragem. “Quando recebemos vidros em cavaletes, temos segurança e um risco ergonômico próximo de zero”, comenta Pedroni, que complementa: “Na nossa visão, o uso de cavaletes deveria ser prática única para os descarregamentos convencionais.”
Fim dos colares?
Dadas as vantagens do formato, fica a dúvida: os cavaletes se tornarão o padrão da indústria brasileira daqui para frente? “Cada vez mais, é importante ter o controle e a rastreabilidade das embalagens, algo diferente do que os colares oferecem, pois funcionam como se fossem ‘vasilhames’ no mercado vidreiro”, analisa Monica Gomes, da AGC.
Para a Saint-Gobain Glass, mais que uma mudança de padrão, o que está acontecendo é uma adequação. “Existe um movimento de maior uso dos cavaletes pelo fato de que boa parte da oferta se faz agora em caixas de madeira, como nos produtos importados”, comenta Vlademir Alberto, revelando que a usina seguirá com oferta mista dos dois sistemas.
“Assim como em outros setores, a logística reversa dos equipamentos passou a ser um dos grandes desafios”, comenta Valdimir Silva, da Cebrace. “Com o crescimento das vendas a granel, houve a necessidade de maior investimento em cavaletes.” Se a pergunta do título desta matéria será respondida, só o futuro dirá. No entanto, o setor caminha para confirmá-la.
Quais os benefícios dos cavaletes?
Além da importante questão da rastreabilidade, existem outras vantagens em relação aos colares:
– Com o uso de códigos de barras, é possível organizar as entregas por meio da localização dessas embalagens, utilizando as que estão mais próximas aos clientes e poupando fretes desnecessários;
– Melhor gestão do dimensionamento do parque fabril;
– Possibilidade de serem remontados na armazenagem, ocupando menos espaço;
– Segurança nas atividades de preparação, carregamento e descarregamento;
– Redução de movimentações das chapas e ganho de produtividade, já que o manuseio demandará menos mão de obra e tempo.
Casa Cor GO traz vidros e espelhos em ambientes
A 23ª edição da mostra Casa Cor GO, realizada de 10 de maio a 23 de junho no Epic City Home, em Goiânia, contou com aplicações dos nossos materiais. Um dos destaques foi o Kehper (1), da arquiteta Bruna J. Kehrnvald, que leva espelho Cebrace prata na parede, teto e chão do corredor lateral. Já no Wine and Relax Time (2), de Milena Niemeyer, a porta da adega era de extra clear temperado, também da Cebrace. Nos dois espaços, as peças foram beneficiadas e instaladas pela GOVidros.
Cebrace comemora 45 anos com anúncios sobre seus fornos
A Cebrace completou 45 anos de sua fundação em maio. E a usina usou a data especial para celebrar o futuro: no evento de aniversário, que reuniu clientes e colaboradores, anunciou que recebeu a liberação ambiental para a construção do forno C6, a ser erguido em Caçapava (SP), e também para o reparo do C2, localizado na mesma cidade.
Em entrevista exclusiva a O Vidroplano, em setembro do ano passado, os diretores-executivos da empresa, Leopoldo Castiella e Reinaldo Valu, já haviam comentado sobre os dois projetos. Ainda não existe data para o início das obras da nova planta: a Cebrace irá acompanhar as demandas do mercado para determinar o momento mais oportuno para a construção. A reforma do C2, no entanto, está programada para começar em 2020.
Festa
A comemoração ocorreu no dia 23 de maio, na Sala São Paulo, uma das principais casas de concertos do País. Os cerca de oitenta convidados participaram de um coquetel, no qual discursaram Castiella, Valu e o gerente-comercial Flavio Alves Vanderlei. Foi apresentado ainda um vídeo comemorativo, relembrando a trajetória da usina, seguido de um brinde especial. Para fechar a noite, uma apresentação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), sob a regência do maestro Jaime Martín.
Linha do tempo
Confira os principais fatos da história da empresa, uma joint-venture dos grupos NSG/Pilkington e Saint-Gobain:
1974 — Fundada em 14 de maio, com o nome de Cebrace — Companhia Brasileira de Cristal, em Jacareí (SP)
1982 — Em novembro, começam as atividades da primeira linha de vidro float do Brasil, o C1, em Jacareí
1989 — Inauguração do C2, em Caçapava, e início da produção do Antélio, primeiro vidro nacional de proteção solar
1996 — Início das operações do C3, em Jacareí
1998 — Inaugurada a linha de espelhos Mirage, em Caçapava
2004 — Forno C4, em Barra Velha (SC), é aceso
2008 — Reformulação da logomarca da empresa
2012 — Inauguração do C5, em Jacareí, e lançamento da linha Habitat, formada por vidros de proteção solar voltados para o uso em residências
2013 — A primeira linha de espelhos da América Latina capaz de produzir em tamanho jumbo é inaugurada em Caçapava. Em Jacareí, começa a operação do maior coater dos grupos NSG/Pilkington e Saint-Gobain
2016 — Lançamento da marca Vivânce, que reúne os vidros e espelhos da usina voltados para o setor de decoração
2018 — Lançamento da Linha BR, formada por vidros de controle solar feitos especialmente para atender o mercado brasileiro de arquitetura
Decoração com transparências e reflexos
Expo Revestir 2019 mostra novidades do mercado com vidros e espelhos
A 17ª edição da Expo Revestir, feira internacional para a área de revestimentos e arquitetura, realizada de 12 a 15 de março, no centro de eventos Transamerica Expo Center, em São Paulo, contou com cerca de 250 expositores e recebeu em torno de 62 mil visitantes.
A presença de soluções envolvendo vidros e espelhos foi mais tímida este ano em relação a edições anteriores. Apesar disso, alguns estandes apresentaram novidades bastante interessantes para o nosso setor. Conheça-as a seguir!
Robustas e coloridas
A cuba Jaspe, da Astra, agora está disponível nas cores dourada e azul-marinho: elas são de vidro temperado (12 mm) e têm 42 cm de diâmetro. A empresa também lançou três modelos da linha Olimpo de espelhos, com iluminação LED embutida e acionada por toque.
Da acústica à praticidade
Um dos destaques da Atenua Som foi a janela Slidlux , com fecho magnético e uso mínimo de materiais para sua aplicação. Além de apresentar alta durabilidade e impedir a passagem de água, vento e poeira quando fechado, o produto oferece isolamento acústico de até 34 db.
A Ideia Glass marcou presença no estande da marca, com a exposição de alguns de seus produtos já conhecidos, como o kit Flex (foto 2) para portas e boxes de vidro, com portas sanfonadas sem trilho superior, para melhor aproveitamento do vão.
Casas de vidro
Assim como em 2018, a Cebrace montou dois estandes. A usina apresentou seu portfólio aplicando os produtos na própria estrutura desses espaços, demonstrando as possibilidades que cada item oferece. Na área dedicada à linha Vivânce de vidros e espelhos decorativos, toda revestida com peças laqueadas pretas, vermelhas e brancas, visitantes fizeram fila para a Instalação Instagramável (foto 1): uma cabine fotográfica com um hexagrama de espelhos multiplicando a imagem do visitante e criando um efeito visualmente único. Já o estande para os produtos de controle solar da Habitat tinha o aspecto de um grande cubo envidraçado, com fachada de Habitat neutro incolor (foto 2).
Múltiplos formatos
A Colormix exibiu cinco novas opções de revestimento com espelhos na linha Mirror. Os formatos disponíveis, todos feitos com espelhos prata, vão de retângulos a hexágonos e incluem o Mirror Buxton , com design diferenciado.
Reflexo, luz e nitidez
A novidade da Roca para o nosso setor, a linha de espelhos Iridia, foi destacada pela empresa não só no estande, mas também na sua cabine no projeto Reflexos, montada fora dos pavilhões da Expo Revestir para convidar os visitantes a tirar fotos e selfies com um olhar inusitado e divertido sobre os produtos. Além de contar com iluminação LED (cuja intensidade pode ser controlada pelo usuário), o Iridia também tem função para desembaçamento da superfície.
Um laminado, duas imagens
A aposta da Weiku do Brasil para 2019 é a linha wGlass Design: a solução é composta por um vidro laminado, fabricado com duas chapas de espessuras de 4 a 12 mm, personalizado com a aplicação de imagens ou tecidos entre as duas lâminas. É possível até mesmo aplicar duas opções diferentes no mesmo produto, de acordo com a face visualizada. Além da função decorativa, as peças da wGlass Design podem ser usadas para separar ambientes sem perder a identidade visual proposta para cada um deles.
Novidades no marketing da Cebrace e Saint-Gobain Glass
A Cebrace acaba de anunciar a chegada de Monica Caparroz como sua nova gerente de Marketing. A profissional, que tem experiência de mais de vinte anos na área e MBA e mestrado em marketing, assume o posto deixado por Pedro Matta, que atuava nessa função desde 2016. Após um período de transição durante este mês, a nova organização será adotada a partir de 1º de março.
Matta, por sua vez, que assume a gerência Comercial e de Marketing da Saint-Gobain Glass, manifestou sua satisfação pelo trabalho realizado nesses quase três anos na Cebrace e agradeceu o apoio recebido de todos os parceiros.
Ganhe mais vendendo o melhor
Um conselho frequentemente apresentado nesta seção de O Vidroplano é que os vidraceiros busquem sempre diferenciar-se de seus concorrentes. Entre os momentos mais importantes para seguir essa dica está justamente a hora da venda: em vez de se contentar em oferecer uma peça comum ou a opção mais simples para a aplicação pretendida pelo comprador, por que não mostrar a ele todos os benefícios que um produto de valor agregado pode proporcionar?
Muitas vezes, o desconhecimento de todas as características desses vidros e o receio de não fechar negócio impedem que o profissional aproveite a oportunidade de vendê-los e assim lucrar mais. Consultamos especialistas e representantes do setor para ajudar sua empresa a ficar por dentro das melhores opções no mercado e, consequentemente, apresentar e indicar soluções nessa área a seus clientes. Anote as dicas — e boa leitura!
O que são vidros de valor agregado?
Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass, explica: “São aqueles que saem do uso comum do consumidor, acumulando qualidades ou desempenhos diferenciados”. Estefânia Oliveira, coordenadora de Marketing da AGC Vidros do Brasil, complementa: “Esses produtos oferecem uma solução diferente da dos vidros comuns, possibilitando maior exclusividade, performance e beleza aos ambientes e projetos”.
Alguns benefícios que essas peças podem trazer incluem:
– Conforto térmico;
– Isolamento acústico;
– Maior resistência e segurança;
– Estética diferenciada;
– Controle de luminosidade;
– Economia no consumo de energia
E não faltam opções nesse sentido. As usinas de base já fornecem ao mercado diversos vidros e espelhos diferenciados — conheça alguns deles ao longo desta reportagem. As processadoras também tendem a aprimorar as peças por meio não só da têmpera, mas também de técnicas como a serigrafia (que hoje pode ser feita por impressão digital e em alta definição) e laminação (seja com películas tradicionais, coloridas, com altíssima resistência e até com cristal líquido, permitindo mudar o estado do vidro entre transparente e opaco via corrente elétrica).
Vidros de controle solar
Sunlux Shadow
Fabricante: AGC
Diferencial: vidro refletivo desenvolvido especialmente para países de clima tropical, disponível em três opções de transmissão de luz
Linha SunGuard
Fabricante: Guardian
Diferencial: alto desempenho no bloqueio do calor e dos raios ultravioleta, além de melhor aproveitamento da luz natural, reduzindo o consumo de energia elétrica em até 60%
Vivix Performa
Fabricante: Vivix
Diferencial: bloqueia quatro vezes mais a entrada de calor do que um vidro comum e os raios ultravioleta em até 99,6%
Comparando custos e benefícios
Por que, então, a procura por esses produtos não é maior? Um dos motivos é que os compradores, claro, tendem a buscar os menores preços. “Os clientes sempre vão escolher as opções mais baratas, até que alguém mostre que a conta não deve ser feita somente na economia do preço dos vidros e que outros fatores devem ser levados em consideração, como segurança para a família, economia de energia elétrica e conforto térmico e acústico”, avalia Marco Souza, gerente-comercial da Personal Glass, de Florianópolis. “Nem sempre os clientes conhecem esses pontos e depois se frustram pela escolha errada causada por falta de informação na hora da compra”, completa.
É aqui que um profissional informado e capacitado faz toda a diferença. “O vidraceiro tem um poder enorme em suas mãos. Sempre que fazemos pesquisas com consumidores finais e arquitetos, eles indicam que o vidraceiro é a pessoa certa para levar essas informações a eles. Então, mais do que vender e instalar, é importante que ele seja ativo, oferecendo e explicando as novidades”, considera Patricia Spinosa, gerente de Decoração e Inovação da Cebrace.
A propósito, sabe aquele vidraceiro que se contenta em vender a opção mais básica e barata só para garantir a venda? Ele não só está perdendo a oportunidade de ganhar mais, como também está indo contra as próprias tendências de mercado. “Por incrível que possa parecer, os produtos com mais valor agregado tiveram menos queda de vendas do que os de menor valor agregado. Em alguns casos, eles tiveram até crescimento, uma vez que as pessoas na crise procuram gastar ‘melhor’ seus recursos”, comenta José Eduardo Amato Balian, professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Vidros pintados
Matelac
Fabricante: AGC
Diferencial: espelhos e vidros pintados acidados, para decoração de ambientes
Lacobel T
Fabricante: AGC
Diferencial: único vidro pintado temperável do mundo, com cinco opções de cores
Cebrace Laqueado
Fabricante: Cebrace
Diferencial: vidro pintado com acabamento laqueado, conferindo uniformidade de cor em toda sua extensão (mesmo de uma peça para outra); tinta não descasca
DecoCristal
Fabricante: Guardian
Diferencial: vidro laqueado, pintado em um dos lados com acabamento brilhante e fácil de limpar
Por dentro do catálogo
Um dos primeiros pontos a se levar em conta durante a venda de vidros de valor agregado é que o vidraceiro precisa conhecer a fundo as características e os benefícios de cada produto que fornece. “Isso é fundamental para ter argumentos que estejam alinhados às necessidades do cliente e, assim, convencê-lo de que o valor agregado do vidro lhe proporcionará melhores resultados”, comenta Renato Sivieri, diretor de Marketing da Guardian. Ele também sugere que o vendedor sempre apresente mais de uma opção de orçamento para o cliente, demonstrando que está buscando a melhor opção para a obra.
Todas as usinas de base consultadas informam que já contam com equipes técnicas para o atendimento presencial e online aos vidraceiros (veja mais no quadro “Fale com eles!”). Os serviços oferecidos por elas podem ir desde um esclarecimento de dúvidas até o agendamento de palestras e treinamentos.
E, claro, o vidraceiro deve ficar atento ao mercado. “Nossa empresa está sempre antenada às tendências e lançamentos e acompanhando as novidades em grupos sociais do vidro, nas revistas, nas notícias relacionadas ao vidro e nas feiras nacionais e internacionais do setor, entre outros meios”, conta José Romão da Silva Neto, proprietário da R4 Vidros, de Salvador.
Espelhos
Espelho Bronze
Fabricante: Cebrace
Diferencial: aspecto moderno e chamativo, bastante procurado por arquitetos para a decoração de residências
Espelho Guardian Evolution
Fabricante: Guardian
Diferencial: uma camada protetora especial aplicada em seu verso protege a prata (responsável pelo reflexo das imagens) e garante maior resistência química e física
Vidros grossos
Linea Azzurra
Fabricante: AGC
Diferencial: único vidro no mercado nacional com espessura de 25 mm
Cebrace Extragrosso
Fabricante: Cebrace
Diferencial: espessura de até 19 mm, podendo ser usado como prateleira, tampo de mesa ou até na composição de vigas e colunas estruturais
Com eles, todos saem ganhando
Mas o que fazer quando o cliente não está disposto a gastar mais com um vidro de valor agregado? “Faça um exercício de quanto o comprador economizará com ar condicionado, a médio e longo prazos, se os vidros da residência ou do escritório tiverem controle solar, por exemplo”, sugere Claudio Luis Acedo, sócio-diretor da Mansur Vidros, de São Paulo. “Não basta ter produtos de valor agregado, é fundamental que a equipe saiba transformar esses argumentos em algo que faça a diferença na vida do cliente.”
Vale observar que empresas focadas na necessidade de atender o consumidor naquilo que ele realmente precisa, e não apenas na venda de seus produtos, acabam conquistando a confiança dos compradores e se destacando em relação aos seus concorrentes. Assim, toda forma de diferenciação em produtos e serviços faz com que o vidraceiro consiga sair da guerra de preço e atrair clientes pelo serviço final oferecido.
Outros tipos
Cebrace Antirreflexo
Fabricante: Cebrace
Diferencial: permite visão perfeita através de sua superfície, ideal para aplicações em vitrine e showroom
DiamondGuard
Fabricante: Guardian
Diferencial: dez vezes mais resistente a riscos do que os vidros comuns, mantendo as superfícies bonitas por muito mais tempo
Milano
Fabricante: Saint-Gobain Glass
Diferencial: vidro impresso de aspecto “minicanelado”, com forte apelo estético entre projetistas e designers de interiores
Fale com eles!
AGC
Telefones: 0800-272-2242 e 0800-272-2243
E-mails: vendas@br.agc.com e amostras@br.agc.com
Cebrace (linha Vivânce)
Telefone: 0800-741-8080
E-mail: contato@vidrosvivance.com.br
Guardian
Telefone: 0800-709-2700
E-mail: atendimento@guardian.com
Saint-Gobain Glass (linha Atrium)
Telefone: 0800-125-125
E-mail: glass@saint-gobain.com
Vivix
Telefone: 0800-200-1222
“Existe confiança de que o caminho será de crescimento”
O C6 foi anunciado pela primeira vez em 2010. Agora, com o posicionamento oficial da Cebrace sobre o projeto (veja mais clicando aqui), é possível apontar uma data para o forno ficar pronto?
Leopoldo Castiella — É cedo para colocar um prazo nesse projeto. Primeiro é preciso ver qual será o cenário político e macroeconômico por conta das eleições. Agora, uma vez que essas variáveis estejam organizadas, nós queremos ter a casa preparada.
Duas coisas mudaram substancialmente desde aquele anúncio na Bahia, em 2010. Naquele momento, entendíamos que o forno da Vivix seria menor. Então, poderia ter espaço para duas empresas no Nordeste. Mas vieram a crise e uma planta gigantesca da Vivix. Ou seja, a região estava atendida, não precisava de mais.
Além disso, nosso grupo tem foco no valor agregado. E toda nossa operação desses produtos está em São Paulo. O custo de transportar esse vidro seria muito grande.
Qual mix de produtos o C6 vai gerar?
Castiella — Será destinado para o automotivo. Estamos olhando bastante para o futuro, pois os requerimentos de qualidade desse mercado daqui uns cinco anos serão completamente diferentes dos de hoje. Você vai ter para-brisa com toda a eletrônica embutida no vidro e isso vai requerer uma discrepância óptica muito baixa, um esforço que depende do desenho do próprio forno para atender. Nossa visão é ter uma linha nova especializada para isso e dedicar o C2 para fabricar a linha de espelho. Teríamos uma redução de custo de logística extremamente significativa.
Qual será a tonelagem do C6?
Castiella — Isso está sendo discutido porque a especificação do forno é um tanto complexa. Gostaríamos de ir para algo criativo e diferente do que o grupo tem feito até agora, mas existem desafios no nível de engenharia que precisam ser equacionados. Algo para se levar em consideração é que fornos automotivos geralmente são de tonelagem menor, porque requerem uma extração mais baixa para conseguir uma qualidade diferenciada.
O que vocês podem falar em relação à reforma do C2, em Caçapava (SP)?
Castiella — Está prevista para 2020. Pode ser um pouco antes ou um pouco depois. Isso vai depender do acompanhamento que a engenharia faz. Hoje, o forno está dedicado à indústria automotiva, mas, como já citado, passará a produzir para a construção civil. A princípio, será um reparo tradicional durando noventa dias.
Reinaldo Valu — É importante enfatizar que é um tema para 2020, ninguém precisa ficar preocupado agora (risos).
O mercado ainda está traumatizado com os problemas de abastecimento que se seguiram a uma parada de forno para manutenção no ano passado. Como a Cebrace vai se preparar para os problemas não se repetirem?
Valu — Na verdade, não reconhecemos uma situação de falta do produto. Por conta de um acerto de contingências, não temos disponibilidade de carregamento de um dia para o outro, por exemplo. Se nossos clientes fazem pedidos, serão atendidos com prazo de uma semana a dez dias. Não está no nível just in time que todos gostaríamos, mas ainda está dentro do razoável. No que se refere à disponibilidade, vemos um mercado que está abastecido. E isso é argumento suficiente para explicar que não existe desabastecimento, pois a grande questão que poderia motivar algo assim seria a falta efetiva do produto. Em relação a 2020, são momentos diferentes, porque se fala dessa reforma, se fala de um cenário em que existirão dois novos fornos na região: o da Vasa, na Argentina, e o da AGC, previsto para 2019. De toda maneira, como precisamos estar preparados a partir de nossos recursos, partiremos com o da Vasa e geraremos um “excesso de vidro” que pode ser consumido durante o reparo do C2, sem gerar estresse para o mercado.
Castiella — Quando se faz uma reforma de forno, programa-se antecipadamente, pois há um custo e é preciso gerar estoque. A Cebrace tem feito reparos nos últimos anos, a Vasa também fez em situação pior, sendo a única produtora nacional — e nem por isso deixamos de atender o mercado. É uma questão de planejamento e compromisso com o mercado. Ou você gasta um pouco mais para oferecer serviço ou maximiza o seu resultado — e, com isso, o cliente que se vire como puder. Cada um faz as escolhas que são adequadas para cada empresa. Historicamente, sempre temos trabalhado na região tentando ter máxima responsabilidade com os clientes.
Em relação ao forno da Vasa, que será construído pela NSG/Pilkington, qual o andamento do projeto?
Castiella — Hoje, estamos mandando de 80 mil a 100 mil t de vidro para a Argentina. A ideia com essa planta é fazer com que se volte a produzir tudo que se consome. Tínhamos começado a construção da fábrica em 2011. Nesse local, usado pela Vasa para fazer estocagem, já havia sido feita até mesmo a terraplenagem do terreno e a parte de engenharia da obra. No entanto, pela crise que ocorreu naquele momento no país, decidimos parar. Agora, quando retomamos, a ideia é que esse projeto esteja pronto no começo de 2020, para dar tempo para que nós nos preparemos em relação à parada do C2.
Esses investimentos sinalizam que, apesar de ainda existirem grandes dificuldades, há uma luz no fim do túnel?
Valu — Nossa visão é de retomada e de confiança nos mercados da região. Quando falamos de um investimento desse nível, há muita confiança por trás disso. Sabemos que nossas economias passam por ciclos, mas, em médio e longo prazos, o caminho será de crescimento. Esse é o aspecto a ser destacado, assim como nossa busca para atender bem esses mercados. É fundamental para os clientes ter o vidro adequado no momento em que eles precisam.
Castiella — É importante lembrar que os custos para a indústria, infelizmente, continuam aumentando. A desvalorização cambial pega na veia das importações. Já foi comunicado que terá outro aumento de gás no final do ano. Existe uma preocupação em relação aos custos, por isso a sustentabilidade dos preços é superimportante no momento atual. E a questão da greve dos caminhoneiros ainda é uma preocupação que não se resolveu. Não está claro quais tabelas de frete estão sendo usadas, a situação é um tanto confusa. Na visão da indústria vidreira, a aplicação de uma tabela é anticonstitucional. Se todos os mercados quiserem tabelas mínimas para seus produtos, ocorrerá uma distorção absoluta.
No Simpovidro 2015, a Cebrace comentou que iria aumentar a capacidade do C4. Isso ainda está nos planos?
Castiella — Essa é uma discussão mais para o futuro. Um aumento de capacidade pode não ser necessariamente a melhor solução. Temos de avaliar ainda, depende do mix de produto. Um exemplo: o vidro extra clear, produzido no C4, é um produto de carga baixa. Então, para que aumentar a capacidade se o produto feito ali tem carga baixa? Um investimento nesse caso seria para reforçar o solado do forno, com o objetivo de não desgastá-lo.
Com o C6 ativo, atendendo o automotivo, e o C2 complementando a produção para construção civil, a produção da Cebrace está sendo pensada para atender a América do Sul como um todo?
Castiella — Depende desses ciclos econômicos, do balanço dessas regiões. Nós também sempre olhamos a Colômbia com carinho, temos projetos de expansão lá. Sem dúvidas, o Brasil tem sido a plataforma de suporte para o continente. Mas isso muda com o tempo: quando entrei no grupo, o mercado chileno era atendido pela Argentina — algo impossível de se imaginar hoje. Por outro lado, nossa operação no Chile está chegando a um nível de saturação máximo. É necessário olhar para os próximos quinze, vinte anos. Sabendo que é muito difícil prever esses ciclos, mas sempre acompanhando as mudanças.
Para reduzir o volume de exportação, sabemos que a Cebrace deixou de cumprir alguns contratos. Isso pode deixar algum resquício caso a empresa sinta necessidade de voltar a exportar?
Valu — À medida que você não honra pedidos, gera um desgaste natural. Mas é um pouco do custo para deixar o mercado brasileiro abastecido. Olhando a longo prazo, se entendermos que haverá necessidade de se voltar para o mercado externo, vamos pegar nossa malinha e bater às portas dos clientes sem problemas.
Vamos falar agora do outro lado do comércio exterior, a importação. Qual a opinião da Cebrace em relação a rumores de que seria feito um pleito junto ao governo federal para a derrubada do direito antidumping?
Castiella — Toda a indústria está 100% alinhada com a ideia de que é absolutamente prioritário defender o que foi construído. Já começamos a trabalhar para a renovação do antidumping para float incolor, cujo prazo termina no fim do próximo ano. O aprendizado para todos durante um período de excesso de oferta praticado em condições de dumping foi extremamente danoso. Infelizmente, existe um grupo pequeno, porém barulhento, que quer ver o circo pegar fogo. Na maioria dos casos, são empresas que não têm investimento ou compromisso nenhum com o mercado. Toda a grande cadeia processadora não quer ver mais uma situação dessa. Sabemos o que acontece quando o produto de base é degradado: atinge também os produtos processados.
Qual a expectativa para as eleições? Um novo governo pode deixar o ambiente empresarial mais seguro?
Valu — Qualquer que seja o governo a assumir, terá de trabalhar de forma muito séria o tema das reformas. Vai ter de endereçar esses temas, restabelecer uma agenda positiva.
Não dá pra visualizar um cenário de crescimento sem um momento de ajuste de contas, arrumação da casa. Quando o mercado brasileiro vê mínimos sinais de progresso econômico, ao menos para nossa indústria as taxas de crescimento são impressionantes. Mais uma vez, a questão é confiança.
Investimentos à vista!
Nem mesmo a incerteza política que envolve o Brasil impede o setor vidreiro de planejar investimentos. Os diretores-executivos da Cebrace, Leopoldo Castiella e Reinaldo Valu, revelaram durante entrevista exclusiva para Iara Bentes, editora de O Vidroplano, os próximos planos da usina para nosso país (veja o conteúdo na íntegra clicando aqui). A empresa, uma joint-venture entre Saint-Gobain e NSG/Pilkington, anunciou o início da fase de projetos de construção de seu sexto forno brasileiro de float, o C6, em Caçapava, interior de São Paulo. Foi prometido ainda um reparo no C2, localizado na mesma cidade, a ser realizado no começo de 2020.
Nova planta
A Cebrace chegou a anunciar o C6 em 2010. À época, a definição era de que o forno seria instalado em Camaçari (BA). De lá pra cá, a usina sempre comentou que aguardava o momento adequado para dar continuidade efetiva ao investimento — isso foi dito, inclusive, em seu discurso na abertura do Simpovidro 2015, quando se considerou até mesmo a ampliação da capacidade do C4, em Barra Velha (SC).
Segundo Castiella, a companhia pretende finalizar o projeto de engenharia da nova planta e conseguir as licenças ambientais para, assim que o mercado se estabilizar, iniciar a obra. “Obviamente, temos de confirmar as aprovações junto aos acionistas, mas queremos deixar tudo pronto para que a demora na implementação seja a menor possível”, explica. “Nenhum de nós consegue precisar o momento disso, mas estaremos preparados para a retomada do setor”, comenta Valu.
Na Argentina
A Vidriería Argentina S. A. (Vasa), subsidiária da NSG/Pilkington, terá um novo forno de float no município de Exaltación de La Cruz, Estado de Buenos Aires. A obra deverá custar cerca de US$ 200 milhões.
O projeto vai ao encontro do aumento da demanda por vidros arquitetônicos e automotivos naquele país, mesmo com a crise econômica que se aprofunda por lá.
Com capacidade para a fabricação de 890 t/dia, a planta começará a operar no início de 2020, tendo como objetivo atender ainda os mercados do Paraguai, Uruguai e Bolívia. “Também possuímos centros de distribuição nesses países e realizamos um trabalho importante de introdução de produtos com valor agregado. Nós temos um olhar regional, não apenas para a Cebrace. Procuramos entender um pouco como vai ser o movimento de capacidade, de demanda, para os próximos dez ou quinze anos”, explica Castiella. Segundo o grupo, o investimento faz parte de uma estratégia que pretende assegurar o abastecimento estável de vidro na América do Sul, além de ajudar no fornecimento para o Brasil durante o período de reforma do C2.
Injeção no mercado
Para Castiella, as notícias vão preparar a região e o Brasil para a retomada de crescimento. “Iremos estabilizar e dar mais fôlego para nossa capacidade de produção”, afirma. “Os três últimos anos foram muito difíceis”, analisa Valu. “E não dá pra falar que 2018 é um período de retomada. Estamos visualizando um crescimento a médio prazo e, na hora em que isso ocorrer, a Cebrace precisa estar pronta.”
Como anda o setor vidreiro nacional?
A crise econômica no País já dura vários anos e o setor vidreiro foi duramente atingido, tendo como principal causa o encolhimento das atividades da construção civil, a maior mola propulsora de nossos negócios. Fatores internos do mercado de vidro também agravam a situação. Claro, não é apenas nosso mercado que sofre. Mas, afinal, o que está acontecendo?
Para entender o atual cenário, O Vidroplano faz um balanço dos indicadores econômicos da indústria brasileira, além de analisar os temas vidreiros que estão em pauta nas ruas e conversas de WhatsApp, incluindo questões como o abastecimento do mercado doméstico, as ações tomadas pelas usinas para resolver esse problema, as perspectivas para o segundo semestre e os possíveis investimentos futuros. O objetivo das páginas a seguir é jogar luz sobre o que gera dúvida e boatos para, quem sabe, encontrar saídas para nossas empresas.
Como está a indústria brasileira?
A situação pela qual o vidro passa é a mesma de todo esse setor, com escassez e aumento no valor da matéria-prima. Quem diz isso é a Sondagem industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para o mês de junho. Os três principais problemas enfrentados pelas indústrias no segundo trimestre são os mesmos do primeiro (veja o gráfico Principais problemas enfrentados pela indústria no 2º trimestre de 2018, mais abaixo). Atenção matéria-prima: com 26,9% de assinalações, o item teve aumento de percentual pelo quarto trimestre consecutivo, firmando-se na 3ª posição.
Outro dado relevante: houve aumento da atividade em relação a maio, o que reverteu a queda causada pela greve dos caminhoneiros, que interrompeu o transporte rodoviário de cargas durante vários dias.
O IBGE também revelou que a produção industrial recuperou-se em junho, com a maior alta da série histórica, iniciada em 2002. O acumulado do ano marca crescimento de 2,3% em relação a 2017.
A Sondagem industrial da CNI mostra ainda que há otimismo para os próximos meses com relação à demanda, compra de matérias-primas e exportações. Porém, a intenção de investimento segue caindo.
Construção: em marcha lenta, mas com perspectivas futuras
Um dos motivos que impedem nosso setor de voltar a crescer é a estagnação da construção civil, responsável por cerca de 80% do consumo de vidros planos no Brasil. Enquanto grandes projetos estão paralisados ou nem saíram do papel, são as pequenas reformas e retrofits, tanto de empreendimentos residenciais como comerciais, que têm movimentado o mercado.
O índice de julho da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) mostra um movimento, ainda tímido, de retomada nesse setor, com aumento de 5,7% no faturamento de julho em relação ao mesmo mês em 2017. O crescimento acumulado no ano, em relação ao mesmo período em 2017, é positivo: 1,7%, número pouco maior que a projeção de crescimento anual de 1,5% feita pela associação.
Portanto, as coisas não estão tão ruins, mas ainda longe de se comemorar, como reforça o Monitor da construção civil, um dos índices mais relevantes desse mercado, produzido pelas consultorias Tendências e Neoway Creative.
Da expectativa à preocupação
Como relembra o presidente da Abravidro, José Domingos Seixas, existia um clima geral de otimismo para 2018. “Os números dos primeiros meses indicavam uma retomada a ser consolidada ao longo do ano, ainda que de forma tímida. Mas os problemas enfrentados pelo País, principalmente a greve dos caminhoneiros, fizeram a produção diminuir, atingindo em cheio os planos das empresas”, analisa.
No entanto, o segundo semestre pode trazer coisas boas — tanto econômica como politicamente. “Temos esperança de que o mercado volte a se aquecer e a oferta de vidro se estabilize por completo”, afirma Seixas. “Em relação às eleições, nossa expectativa é de que o presidente escolhido atue na promoção de um novo ciclo de desenvolvimento, investindo em infraestrutura e projetos para o fomento da construção civil e que tenha um olhar atento aos temas tributários.”
O dirigente reforça ainda a postura da Abravidro para que o setor resolva os problemas pontuais enfrentados nos últimos tempos. “Continuamos trabalhando e pressionando para que as questões estruturais de nosso mercado sejam resolvidas, além de buscar o que de melhor pode ser feito no âmbito de nossas empresas.”
Falta vidro no mercado?
Uma questão que ronda o segmento há cerca de um ano é a dificuldade de alguns processadores no acesso à matéria-prima. No mês passado, a Abravidro realizou uma assembleia-geral extraordinária para discutir o tema. Na ocasião, a diretoria da entidade avaliou os dados do setor vidreiro e outros correlatos. Foi unanimidade entre os participantes que a situação está em via de ser normalizada e que qualquer questionamento ao direito antidumping vigente não seria oportuno neste momento. As usinas que atuam no Brasil são capazes de produzir 6.680 t/dia de vidros planos. Considerando esse número e os dados de consumo de vidros planos no País, é possível concluir que há uma sobreoferta de vidros no mercado. Em 2016 e começo de 2017, as usinas passaram a exportar parte da produção excedente. Desde setembro de 2017, quando surgiram os primeiros relatos de falta de vidro, essas companhias alegam ter tomado ações para reverter o problema. Segundo Franco Faldini, diretor de Vendas e Marketing da AGC, fatores pontuais que levaram a essa situação já estão sendo contornados pelas usinas. “Temos colocado esforços na busca por melhorias em logística e aumento da produtividade, além de drástica redução em exportações”, explica. Até a inauguração da nova planta (veja mais no boxe Novos investimentos no setor, mais abaixo), a empresa busca suporte para aumentar as importações.
A Cebrace não concorda com a expressão “desabastecimento generalizado”, já ouvida por aí. “Podemos reconhecer deficiência no serviço, e não na disponibilidade, em algum momento do segundo semestre de 2017 e início de 2018, mas entendemos que o mercado está abastecido de forma adequada”, analisa o gerente-comercial Flávio Alves Vanderlei. Para ele, os clientes têm sido atendidos conforme suas necessidades.
As plantas da Guardian estão produzindo com capacidade total, relata Ricardo Knecht, gerente-geral para a América do Sul: “Contamos com investimentos como a manutenção do forno de Porto Real (RJ), concluída em janeiro deste ano, o aumento da frota de caminhões e a ampliação do parque de embalagens”. A empresa também se esforça para trazer vidro de fora, ampliando a gama de produtos oferecidos por aqui.
A Saint-Gobain Glass aposta na proximidade com o cliente para entender necessidades e, com isso, conseguir oferecer os produtos. “Há uma demanda crescente por vidro no mundo. Observamos mercados, que antes dependiam exclusivamente da China, se abrirem para novas soluções e fornecedores, e o Brasil não está fora disso”, comenta Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da usina.
Segundo Henrique Lisboa, diretor-comercial e de Marketing da Vivix, a companhia tornou a investir na expansão da capacidade produtiva. E o fará por meio da instalação de equipamentos que aumentarão a produção em até 10%. “Além disso, diminuímos de forma significativa nosso programa de exportações, a fim de atender o abastecimento nacional, que é, indiscutivelmente, nossa prioridade.”
Os efeitos da greve dos caminhoneiros
Como visto no gráfico Utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual, nesta reportagem, a paralisação do transporte rodoviário diminuiu fortemente a atividade industrial e a confiança dos empresários, gerando corrida por estoques por parte das processadoras.
De forma geral, as usinas foram afetadas tanto na produção como na logística por falta de matéria-prima e insumos. Somente com a aplicação de planos de contingência foi possível reverter a situação e passar a operar normalmente, com os níveis de antes da paralisação
A Vivix não precisou interromper sua produção, graças à proximidade da empresa para beneficiamento de matéria-prima, localizada a poucos quilômetros de sua planta. A companhia, no entanto, posicionou-se contra a tabela de fretes mínimos fixada pelo governo federal e informou que ainda existem dificuldades para a contratação de frete, o que segue impactando o abastecimento do mercado.
2018: o ano até aqui
Como visto no gráfico Índice de Atividade da Construção Imobiliária (IACI) nesta reportagem, existem dados concretos que indicam a melhora da construção civil. E, melhor ainda, as próprias construtoras acreditam nisso: a Cyrela, por exemplo, anunciou que crê na possibilidade de atingir metas internas e melhorar margens, permitindo uma nova distribuição de dividendos aos acionistas ainda este ano. A MRV, maior construtora de imóveis econômicos do País, lucrou 18% mais no segundo trimestre e estima um desempenho ainda mais robusto nos próximos meses.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também projeta crescimento para o setor automotivo (automóveis e máquinas agrícolas) em 2018. A associação prevê que sejam produzidos 11,9% a mais que em 2017, alcançando 3,02 milhões de unidades.
Mas como as usinas vidreiras enxergam 2018 e o que deve ser feito para a retomada dos negócios se tornar realidade? “Estamos enfrentando um ano de transição com alta volatilidade, incertezas políticas e pressões nos custos dos insumos básicos, além da sensível redução nas estimativas de crescimento econômico”, analisa Faldini, da AGC. A fabricante acredita que o segundo semestre não será muito diferente.
A Cebrace está otimista, porém com certa cautela, em relação aos próximos meses. “Começamos o ano com um cenário positivo a partir das previsões, principalmente com o PIB chegando a 2,5%. Infelizmente, o cenário foi alterado de forma substancial, devido às incertezas do Custo Brasil e do cenário político”, explica Vanderlei.
Para a Saint-Gobain Glass, existe a perspectiva de crescimento nas vendas, conforme comenta Zanatta: “Com uma oferta maior de mix de produtos para o mercado, podemos aumentar as possibilidades para nossos parceiros”.
Lisboa, da Vivix, concorda que pouco pode mudar este ano. “O mercado da construção civil apresentou resultado similar ao de 2017. Acreditamos que esse cenário se manterá no segundo semestre.”
O futuro do mercado e as eleições
As usinas foram contundentes em indicar o que precisa ser mudado para o setor voltar a crescer — e as eleições serão essenciais para isso. Os candidatos à presidência da República (leia mais no bloco Presidenciáveis debatem construção civil, mais abaixo) precisam mostrar propostas voltadas para trazer eficiência e competitividade para a indústria, incluindo:
– Estímulo à livre concorrência;
– Investimento em infraestrutura;
– Qualificação da força de trabalho;
– Reforma tributária, passando pela redução da carga de tributos por meio da simplificação do sistema atual;
– Redução da burocracia, que torna as operações corporativas pesadas e lentas;
– Redução da chamada “máquina pública”, com melhor gestão dos recursos arrecadados.
O vidro está caro?
Somente este ano, o mercado foi pego de surpresa por dois anúncios de aumentos da matéria-prima. Alguns produtos passaram a custar algo em torno de 25% a mais. Por que isso ocorreu?
“O setor ainda é impactado por alterações de custos que interferem na estrutura de preços e, como é de conhecimento notório, a fixação de preço é, por princípio e por decisão constitucional, livre”, reforça Faldini, da AGC.
Para se chegar a uma explicação, é preciso analisar as variáveis macroeconômicas, reflete Zanatta, da Saint-Gobain Glass. Diz ele: “Se levarmos em conta que somente para o item gás natural, responsável pela manutenção dos fornos, nós tivemos um aumento instantâneo, não gradual, é possível imaginar o desafio que seja fabricar a preços competitivos”.
A opinião é compartilhada pela Vivix, que relembra ainda a alta no preço da barrilha, material fundamental para a produção do vidro. “No entanto, é importante frisar que os preços realizados no mercado neste momento estão retornando aos praticados há quatro anos, antes da crise”, afirma Lisboa.
Por questões estratégicas, Cebrace e Guardian preferiram não comentar o assunto.
Novos investimentos no setor
AGC
Em 2019, no segundo semestre, a AGC vai inaugurar sua segunda planta, também em Guaratinguetá (SP). “Tivemos ainda recentemente a instalação de um coater, que produzirá nossa linha de vidros de controle solar, a Sunlux Shadow, desenvolvida para climas tropicais. Em adição, temos promovido também inúmeras melhorias em nossa infraestrutura para o acendimento do novo forno”, destaca Faldini.
Cebrace
No editorial da edição de abril da revista publicada pelo Sincavidro-RJ, revelou-se que a Cebrace trabalha para obter licenças ambientais para a construção de nova planta. Segundo Vanderlei, a empresa realiza com frequência estudos de viabilidade para projetos, de forma alinhada às projeções econômicas e à necessidade do mercado. “Sempre procuramos antecipar demandas, investir em linhas de produção, ofertar produtos e aprimorar a capacidade produtiva”, comenta o gerente-comercial.
Guardian
Knecht, da Guardian, afirma que a companhia “segue atenta às oportunidades que nos permitam trazer para o mercado local inovação em produtos e serviços, ampliar nossa capacidade e fortalecer o relacionamento com nossos clientes”.
Saint-Gobain Glass
Zanatta, da Saint-Gobain Glass, também confirma o compromisso da fabricante: “Estamos constantemente investindo em tecnologias, processos e produtos para melhor atender o mercado”.
Vivix
Há pouco tempo, a Vivix ampliou sua produção e construiu uma linha para a fabricação de vidros de proteção solar. Para Lisboa, “os futuros investimentos estão sendo avaliados à luz dos desdobramentos políticos e econômicos”.
Presidenciáveis debatem construção civil
A Coalizão pela Construção, grupo formado por 26 entidades da indústria da construção civil, incluindo a Abravidro, apresentou a agenda estratégica do setor para os candidatos à presidência da República em encontro da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), no começo de agosto, em Brasília. Confira as propostas dos presidenciáveis presentes. Jair Bolsonaro (PSL) alegou problemas de agenda e não participou.
Marina Silva (Rede Sustentabilidade)
Ampliará a proporção de investimento no setor de infraestrutura, passando dos atuais 2% do PIB para, pelo menos, 4%. Sobre licenciamentos ambientais, reforçará os mecanismos vigentes para dar agilidade aos processos.
Geraldo Alckmin (PSDB)
A solução para maior competitividade é diminuir a interferência do governo na atuação empresarial. Sua ideia é estimular a atividade empreendedora para destravar a economia. A vice-presidente da CBIC, Maria Elizabeth Cacho do Nascimento, sugeriu a criação de um conselho consultivo do setor, o que foi acatado pelo candidato.
Álvaro Dias (Podemos)
Terá um conselho consultivo para o setor. Para ele, o ajuste fiscal deve ser acompanhado por crescimento econômico. Isso reforça a necessidade de segurança jurídica, simplificando o modelo de tributação.
Ciro Gomes (PDT)
Defendeu a importância do setor para a reviravolta econômica do País, afirmando que a construção sempre responde aos estímulos do governo, criando empregos e gerando renda de forma rápida e a custos baixos. Para Ciro, o setor permitirá o trabalho necessário de diminuir despesa e aumentar a receita.
Henrique Meirelles (MDB)
Garantiu que o setor privado será incorporado aos planejamentos para investimentos. Citou ainda o Programa Brasil Integrado, projeto de infraestrutura urbana que retomará mais de 7 mil obras paralisadas.
Glass 2018 – Expositores A – D
Veja o que foi apresentado na Glass 2018 de A a Z!
A Abrasipa desenvolveu um novo item para a Glass 2018: o Resipa (foto), rebolo de resina para ser utilizado na terceira posição (após os rebolos diamantados). O objetivo do produto é garantir limpeza pós-lapidação para as peças de vidro. Segundo a fabricante, a liga com a qual é feito o Resipa garante maior produtividade durante o beneficiamento.
Completando quarenta anos em 2018, a Adelio Lattuada montou um espaço com foco em divulgar maquinários para pré-processamento, como furadeiras, lapidadoras retilíneas e bilaterais e lavadoras. Outros destaques: robôs para movimentação de vidros e software para integração 4.0 de seus equipamentos, feito em parceria com a Holonix.
A Adere apresentou as fitas dupla face Adermax XB200B e XC200B (foto). De alta resistência, são desenvolvidas para aplicação em envidraçamentos estruturais. Fitas e acessórios da empresa para a instalação de vidros e espelhos também foram expostas no estande.
A Adespec teve dois lançamentos no evento: o Colavix (foto), adesivo à base de Pesilox desenvolvido especialmente para uso com os vidros e espelhos da Vivix, é capaz de colar em áreas úmidas e com resistência mecânica quatro vezes maior que a do silicone. O primeiro silicone acético da empresa também foi mostrado.
A AGC levou vários lançamentos para a Glass 2018. Um dos destaques foi o Sunlux Shadow (foto). Vidro refletivo com controle solar, foi desenvolvido especialmente para o mercado e climas brasileiros e está disponível em três diferentes fatores de transmissão luminosa. Outra novidade da usina de base foi a linha Matelac de vidros e espelhos acidados, com aspecto fosco e superfície resistente a manchas, pensada para o mercado de decoração.
A Agmaq expôs uma furadeira semiautomática (foto), preparada especialmente para a feira. Com operação simples, pode ser manuseada sem dificuldades. Um de seus diferenciais é ter regulagem de velocidade, além de garantir economia de água. Outro produto exposto: mesa de corte automática com etiquetadora.
O estande da AL Indústria exibiu diversos produtos. Um deles foi a fechadura bate-fecha da linha Chrome (foto). Lançada este ano, oferece maior facilidade de instalação, pinos de trava de metal e acabamento ocultando os parafusos. Ela pode ser usada tanto em instalações vidro-vidro como vidro-alvenaria.
A Alclean anunciou a parceria com a empresa Tek Energy para o lançamento da Fachada Fotovoltaica Alclean (foto). Esse sistema incorpora painéis fotovoltaicos à fachada de edificações, contribuindo para a autossuficiência energética da obra sem comprometer sua estética, e pode ser instalado diretamente pelos vidraceiros que passarem pela capacitação presencial aplicada pela empresa.
A Alpatechno exibiu toda a sua gama de produtos para colagem e vedação. Dois deles foram os adesivos estruturais SMS-65 (produto à dir.), para coberturas de vidro, e SGS-90 (produto à esq.), para fachadas e cortinas de vidro. Outra solução à vista foi o AP 138, para sistemas de fechamento de sacadas.
No espaço da Arbax, os visitantes conferiram a mola hidráulica para piso Action (foto). Com acabamento de inox, o produto é de fácil instalação e conta com o certificado de conformidade europeia e ISO 9001 (para 500 mil ciclos, no mínimo). Está disponível em modelo tradicional e integrado, dispensando recorte no piso. Vale citar também a linha de óxido de cério Super Brilho.
A fechadura com trinco rolete (foto) foi o lançamento do espaço da Arouca Fechaduras: ela dispensa a necessidade de molas de piso para amortecer o fechamento da folha de vidro. Além disso, pode ser usada com o mesmo recorte da fechadura 1520, bastando trocar as placas da ferragem para sua instalação.
A AWG Glassware mostrou suas ferragens e acessórios para vidro — dobradiças, puxadores e spiders. Na área de molas de piso, a MP003 (foto) chamou atenção: o produto dispensa recortes no chão. Isso é possível porque ela é acoplada diretamente na dobradiça inferior da porta.
A italiana Bavelloni, cujos maquinários são comercializados no Brasil pela Glaston, apresentou na feira a lapidadora retilínea modelo 350 8 (foto), da linha VE Series. Versão mais atual do equipamento mais vendido da empresa, tem capacidade para oito rebolos e pode lapidar peças de até 35 mm de espessura.
Pela primeira vez no evento, a Belferr comercializa ferragens de vários fabricantes do Brasil. Todos eles tiveram seus produtos representados no estande da distribuidora (foto), de fechaduras e dobradiças a puxadores e suportes.
Este ano, a novidade da Belga Ferragens é sua linha de ferragens de polímero (foto), de fabricação própria. Segundo sua equipe, os produtos acompanham a tendência do mercado, oferecendo grande resistência e preços mais acessíveis para os clientes. Já a linha de inox ganhou novas opções, como trincos, puxadores e dobradiças.
Especialista em insulados, a empresa turca Best Makina divulgou ao mercado brasileiro suas linhas automáticas para esse tipo de vidro. Entre as máquinas, estão lavadoras especiais, extrusoras, robôs selantes e robôs dissecantes, além de equipamentos para a fabricação manual de insulados.
A BL Glass é distribuidora exclusiva da mola de piso Action (foto), fabricada pela Arbax, e não deixou de levá-la à Glass. O produto suporta portas de vidro de até 100 kg e tem tamanho mais compacto. A empresa também divulgou a parceria com a Gaviota, fabricante de persianas integradas em vidros insulados, para sua distribuição no País.
A Blindex precisou de um estande grande para mostrar todos os seus produtos para o mercado vidreiro. Duas novidades foram a linha Blindex Homework para colagem e vedação (produtos acima), e a linha Uau Blindex para a limpeza de vidros (produtos abaixo): ambas podem ser encontradas por qualquer consumidor, incluindo o final, em revendedores de grande e pequeno porte. Molas aéreas e de piso e o sistema Blindex Sacadas também marcaram presença.
A participação da BonnaDio nesta edição da Glass South America foi para reforçar seus produtos homologados pela Blindex. Entre eles, o principal foi o sistema para portas automáticas (foto). Visto já na entrada do estande, ele é bastante usado para estreitar relacionamento com seus clientes.
A durabilidade dos maquinários da Bottero foi representada por uma mesa de corte (foto) com 26 anos de idade ainda em funcionamento (o equipamento é de uma processadora brasileira). Com totens contando a história do grupo, o estande teve o intuito de relembrar o aniversário de sessenta anos da empresa, comemorado em 2017. Havia espaço ainda para a mesa para monolíticos com etiquetadora 340 BCS EVO.
A biseladora 252 (foto), da Bovone, é indicada para espelhos de 3 a 19 mm de espessura. Com capacidade para nove rebolos, faz bisotê de 5 a até 60 mm de largura — e ainda pode trabalhar em peças bem pequenas, de 3,5 x 3,5 cm. Possui também lavadora acoplada, controle via PLC e lubrificação automatizada.
Duas companhias italianas estiveram juntas num mesmo estande. A BSolution produz linhas de lapidação, furadeiras (tanto verticais como horizontais) e carregadores. Já a Immmes fabrica sistemas de filtragem e desmineralização de água usada durante os processos de beneficiamento.
O foco do espaço institucional da Bystronic Glass estava em divulgar máquinas de entrada para a fabricação de insulado (da linha B’Comfort) e soluções para a produção de vidro automotivo. A empresa parceira Hegla, também alemã, apresentou suas mesas de corte, como a Rapidline, com guias magnéticas para a movimentação das chapas, e a Ecolam, própria para laminados.
Muitos produtos, tradicionais e novos, foram mostrados no estande da Casa Castro. Um dos mais procurados foi o cortador manual de vidro da Tomo (foto), capaz de cortar vidros de até 12 mm de espessura. Além disso, tem cabeça giratória em até 360 graus, facilitando a realização de cortes curvos.
A Cebrace teve nada menos que três espaços na feira, todos fazendo uso dos produtos da usina vidreira em suas próprias estruturas. No estande principal, os protagonistas foram os vidros de controle solar da linha BR, lançada este ano, em toda a sua fachada (foto). Houve ainda um espaço para a linha Habitat (de vidros de controle solar para uso residencial) e um café cujo balcão e revestimento levavam soluções decorativas da linha Vivânce.
A espanhola Claroflex demonstrou em seu estande o sistema de fechamento lateral tipo cremona (foto), para vãos de 0,90 x 3 m. Seu diferencial é que ele não tem uma chapa guia para seu funcionamento. Assim, é possível colocar cortinas na frente das folhas de vidro sem que elas corram risco de serem rasgadas pela chapa.
Especializada em equipamentos com controle numérico, a companhia italiana CMS mostrou em seu espaço, por meio de catálogos e cartazes, diferentes modelos de CNC para vidro float e curvo, incluindo a Brembana Maxima (que possui cinco eixos), a Brembana Profile (vertical e modular) e a Brembana Vertec (com furadeira vertical).
Um mural feito de peças de vidro pintadas (foto) foi instalado no estande da Components para demonstrar sua gama de tintas. Elas são fabricadas na Itália e misturadas em Santa Catarina, podendo ser usadas em qualquer tipo de vidro. Outras vantagens são seu baixo impacto ambiental e as opções quase ilimitadas de cores.
O piso do estande da Conlumi trazia sua principal novidade, o Infinity Mirror (foto). Trata-se de um “espelho insulado” com uma fita LED entre as peças, gerando um efeito impressionante de espaço infinito — quem passava por cima dele podia pensar que havia um grande espaço vazio logo abaixo. Outra solução estética da processadora foi a série de laminados feitos com vidro aramado e película colorida.
A inglesa Cooltemper montou um estande institucional para apresentar ao mercado nacional seus maquinários para processamento, os quais incluem o forno de têmpera com convecção Jetstream RT, linhas de laminação, lavadoras e fornos para curvatura e secagem de pintura cerâmica.
A Di Vero Inox lançou o boxe Bello (foto), com estrutura de alumínio e revestimento de aço inox. Trata-se de uma opção mais acessível para o trabalho dos vidraceiros, com maior facilidade em seu dimensionamento e instalação. Outros modelos do catálogo da empresa também foram apresentados.
Em fase final de desenvolvimento, a linha High Performance Tools — HPT (foto) de rebolos diamantados para lapidação foi o destaque da Diamanfer. Segundo a fabricante, os produtos podem aumentar a velocidade de produção em até 20%, além de evitar a formação de microlascas. Por gerar menor vibração, desgastam menos os componentes das máquinas e causam menos ruídos.
No espaço da empresa israelense Dip-Tech, companhia do grupo americano Ferro, uma impressora da linha GPi (foto) demonstrou sua capacidade de impressão em alta resolução. Equipada com a tecnologia New Era para maior rendimento, tem sistema de tamanho de gota variável, adaptando-se a cada tipo de serviço (pontos e linhas, padrões multicores ou imagens fotorrealistas).
Os projetos de ambientes vencedores do Divinal Educa, idealizado pela Divinal Vidros, foram todos montados em seu estande: a iniciativa atendeu estudantes de design de interiores e arquitetura e urbanismo das universidades Anhembi Morumbi e Cidade de São Paulo (Unicid). A sala de jantar (foto), por exemplo, teve uma parede revestida com vidro esmaltado verde e uma mesa inteiramente feita de peças extra clear, entre outros elementos com nosso material.
O sistema HSW Easy Safe (foto) para fechamento de varandas, da dormakaba, chamou atenção por dispensar trilhos inferiores e ser capaz de dobrar todas as folhas de vidro — com isso, há um amplo aproveitamento do vão, bastante interessante para sua aplicação em lojas e shopping centers. Outra solução interessante foi a catraca de portas de vidro com ativação por cartão ou impressão digital.
Soluções que vão além da beleza
Mais de 62 mil visitantes passaram pelos pavilhões do centro de exposições Transamerica Expo Center, em São Paulo, durante a 16ª Expo Revestir, feira internacional para a área de revestimentos e arquitetura. Realizada de 13 a 16 de março, ela contou com diversas empresas apresentando aplicações do vidro: em alguns casos, o material não chamou atenção apenas pela beleza, mas por uma série de benefícios que traz para o cliente, como privacidade, controle solar e sustentabilidade. Veja a seguir algumas dessas soluções.
Reflexos iluminados
A Astra lançou a linha Olimpo de espelhos (foto). Além de design sofisticado para cada modelo, o sistema de iluminação LED embutido nas peças pode ser ligado ou desligado a qualquer momento.
Silêncio e privacidade no mesmo produto
A aposta da Atenua Som era a Janela dos Sonhos (foto), desenvolvida em parceria com a Screenline, empresa que comercializa persianas para vidros duplos. Além do isolamento acústico, a janela tem uma persiana (acionada por controle remoto) entre as lâminas do insulado, permitindo regular a entrada de luz no ambiente e até escurecê-lo completamente, além de garantir a privacidade do usuário.
Decoração e conforto lado a lado
A Cebrace ocupou dois estandes no evento. O primeiro, dedicado à linha Vivânce de vidros decorativos, apresentou este ano ideias para a aplicação de seus produtos na arquitetura — um dos destaques foi o uso de um vidro refletivo como parte do revestimento, com um monitor de TV atrás da peça (foto): quando desligado, o aparelho fica imperceptível, deixando o espaço mais clean e moderno. O local também era usado para o Giro de Ideias, série de bate-papos promovida pela fabricante com os arquitetos Camila Klein e Guto Requena (com a mediação de Lucila Zahran Turqueto, proprietária da plataforma de decoração Casa de Valentina) para discutir tendências de aplicações com os visitantes. Logo ao lado, o outro estande da usina deu lugar pela primeira vez na Expo Revestir à linha Habitat de vidros de controle solar (eles bloqueiam a passagem de calor e garantem conforto térmico ao ambiente). Ali, viam-se ainda os recém-lançados Habitat Refletivo Azul e Habitat Refletivo Esmeralda .
Cozinha com elegância
O estande da Tramontina exibiu diversos cooktops com mesa de temperado. O Slim Glass Flat (foto) possui conceito minimalista com design limpo e opções de cor branca ou preta. O Penta Glass Flat tem sistema de segurança que permite a interrupção automática da liberação de gás caso os queimadores não acendam ou se apaguem.
Vidro ou tecido?
Ao passar em frente ao estande da Weiku do Brasil, o pré-lançamento do Glass Design (foto) chamava atenção: trata-se de um vidro laminado com revestimento interno para aplicações decorativas, que se misturava perfeitamente ao tecido do sofá e das almofadas na frente de suas faces. Esse produto chega ao mercado no segundo semestre de 2018.
PVC amplia espaço nas esquadrias
Tendência observada na feira, o uso de esquadrias de PVC para portas e janelas de vidro, foi demonstrado pela Claris: sua linha é capaz de suportar vidros com espessura de até 18 mm e também revestimentos especiais, como o que imita madeira (foto). Outras fabricantes, como a Kömmerling, tiveram amostras de seus produtos expostas no estande da Associação Brasileira dos Fabricantes de Sistemas, Perfis e Componentes para Esquadrias de PVC (Aspec-PVC), que divulgou as vantagens do PVC, como sua alta resistência a agentes químicos e biológicos.
Para embelezar sua parede
Pastilhas de vidro e mosaicos não podiam faltar na Expo Revestir. A Alttoglass (foto) apresentou novas coleções feitas de vidro reciclado, enquanto a Porcelanosa levou o Metal Acero Anthracite 3D Cubes, revestimento composto por peças de alumínio e espelhos. A combinação de materiais também marcou presença na linha Glass Insert, da Super NGK, com mosaicos de porcelana e vidro float.
Para a hora da limpeza
As empresas Bellinzoni (foto) e Pisoclean mostraram limpa-vidros para serem usados em qualquer tipo de material (exceto aqueles com revestimento de insulfilm) — eles não embaçam a superfície, garantem as fabricantes.
Cebrace cria vidros de controle solar pensados para o mercado brasileiro
A Cebrace lançou, no dia 27 de fevereiro, em evento para clientes, a nova linha BR de vidros de controle solar. Integrante da família Cool Lite, ela é composta por vidros desenvolvidos especificamente para as características e necessidades do mercado nacional. De acordo com a usina vidreira, o lançamento inclui dois produtos, o Cool Lite BRN 148, incolor e capaz de bloquear até 55% do calor, e o Cool Lite BRS 131, de tonalidade prata e que reduz o calor em até 65%. Ambos são fornecidos já laminados, com 4+4 mm de espessura. Além disso, impedem em até 99% a passagem de raios ultravioleta e dispensam desbaste de borda.
Produtos conhecidos, soluções inéditas
Vidros e espelhos foram destaques das últimas exposições da Casa Cor em 2017, sendo usados como elemento de revestimento, de decoração e estrutural. Veja a seguir:
CASA COR ESPÍRITO SANTO
(11 de outubro a 29 de novembro, em Vitória)
Realizada no porto de Vitória, a mostra contou com vidros e espelhos em aplicações originais e sofisticadas. A processadora capixaba Viminas foi parceira do evento e forneceu peças para 20 dos 42 ambientes.
Mosaico de reflexos
Quem se sentasse em frente à penteadeira do Loft Inspiração Paris, projetado pelas arquitetas Potira Manhães e Hellen Rocha, veria um verdadeiro mosaico de reflexos: cortesia do grande painel de madeira revestido com peças de espelho Cebrace bronze (foto), do piso ao teto, deixando o espaço mais nobre e aconchegante.
Rachaduras com segurança
Vidros craquelados (trilaminados em que a peça do meio é quebrada) não costumam ser vistos em boxes de banheiro, mas a arquiteta Ximene Villar mostrou, no Studio da Mulher Moderna, que vale a pena considerar essa opção. Além da beleza do efeito craquelê conferido pelos fragmentos da lâmina interna (que se juntam às películas de PVB), esse vidro garante a privacidade de seu usuário. E não se assuste com as rachaduras internas: por se tratar de um laminado, sua aplicação é perfeitamente segura.
Entretenimento para os dois lados
Entre o quarto e o espaço do banho do Loft Inspiração Miami, o arquiteto Sérgio Palmeira colocou uma divisória de vidro temperado (da Cebrace) com uma película para dupla projeção (foto). Isso permite assistir ao conteúdo transmitido por meio da película nos dois espaços. Peças temperadas também foram usadas no guarda-corpos do pavimento superior do ambiente e no boxe do banheiro.
CASA COR MIAMI
(1º a 18 de dezembro, em Miami, EUA)
Também no final de 2017, de 1º a 18 de dezembro, a Casa Cor se expandiu para solos internacionais para a primeira edição da Casa Cor Miami, nos Estados Unidos.
Memórias refletidas
Prateleiras com fundo espelhado (foto), do chão ao teto, chamavam a atenção no ambiente Multi-use Space for the Modern Man, de Tatiana Moreira. Além de aumentar a percepção de espaço, as estruturas ajudam a ressaltar os livros e as fotografias nela expostos.
Gigante e dinâmico
Em sua época de capitania, Minas Gerais era conhecida pela riqueza de diamantes em suas terras. Hoje, uma nova e enorme joia se destaca na paisagem da cidade de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte: trata-se do Concordia Corporate Tower, edifício desenvolvido para o setor corporativo. Com inauguração prevista para fevereiro de 2018 e completamente revestido por painéis de vidro, ele tem cerca de 70 mil m² de área construída e quase 170 m de altura, sendo o mais alto de seu Estado e um dos cinco mais altos do Brasil, com altura equivalente a cinquenta andares.
Além de seu tamanho, o Concordia Corporate Tower destaca-se também por seu projeto. Desenvolvido pelo escritório Dávila Arquitetura, sua estrutura se modifica gradualmente de acordo com o pavimento. Essa variação faz com que cada uma das quatro fachadas apresente um “rasgo” que se movimenta verticalmente com uma suave inclinação, conferindo dinamismo à obra. O efeito é obtido graças ao nosso material, o qual faz toda a vedação e revestimento da torre e ressalta seu desenho escultural.
Efeito visual de um lado, conforto do outro
Para quem está do lado de dentro, o vidro cumpre outra função: o conforto térmico e lumínico. Para atingir ambos os resultados, a estrutura da edificação foi toda revestida com peças de controle solar da Cebrace, laminadas com película de PVB da Eastman. Do lado de fora, essa combinação traz cor às fachadas e a sensação de movimento no “rasgo” entre elas — efeito que pode ser apreciado a longa distância mesmo durante a noite, por meio de sua iluminação em LED. Do lado de dentro, essa cortina de vidro funciona como uma lente agradável para quem quer apreciar a vista da cidade e das montanhas da redondeza.
Do público ao privado
No térreo, o escritório de arquitetura buscou oferecer transparência total, feito obtido com vidros de controle solar da Guardian. Além de garantir uma vista imponente do grande lobby do edifício para quem chega, a estrutura também promove uma transição interativa e amena com o ambiente externo para aqueles que saem do edifício.
Ficha técnica
Projeto: Dávila Arquitetura
Vidros (torre): laminados compostos por peças de controle solar Cool Lite KBT, da Cebrace, com película de PVB da linha Vanceva, da Eastman
Vidros (lobby de entrada): laminados compostos por peças de controle solar, da linha Neutral Plus, da Guardian
Fornecedor: GlassecViracon
Fixação (torre): por meio do sistema de esquadrias Eco Façade, da Hydra
Fixação (lobby de entrada): feita com os sistemas Spider (da Itamaracá Design) e Stick Elegance Mirror (da Hydra)
Instalação: BM Projetos
Área envidraçada total: cerca de 19 mil m²
Linha Habitat, da Cebrace, ganha novo produto
A linha de vidros de controle solar para residências da fabricante ganhou um novo produto: o Habitat Refletivo Azul, que possui aspecto espelhado e diminui a entrada de calor em até 68%. “Atendemos uma demanda de mercado, pois arquitetos requisitavam um material com essa característica”, explica Pedro Matta, gerente de Marketing da usina. Mudanças: o Habitat Refletivo Verde sai de linha para dar espaço ao Habitat Refletivo Esmeralda (com melhor desempenho) e o Habitat Neutro Azul agora se chama Habitat Neutro Cinza (sem aspecto espelhado).
Fortes e capazes de dialogar!
Não poderia haver melhor momento para a realização do 13º Simpovidro. De 9 a 12 de novembro, o Costão do Santinho Resort foi o palco de discussão de pautas como a retomada do segmento após um longo período de baixa atividade e a questão do desabastecimento de float. Ao todo, 516 participantes, de dentro e fora do País, marcaram presença — número superior ao previsto pela Abravidro. E, apesar da conjuntura de crise econômica e política, o nível de excelência do Simpovidro seguiu o mesmo: o mais alto possível!
Confira a seguir a cobertura completa do simpósio em reportagens sobre as palestras, Feira de Oportunidades com os apoiadores do evento, atividades de lazer e uma galeria de fotos.
No tapete vermelho
Para homenagear o profissional vidreiro, que enfrentou as dificuldades do País, o tema escolhido para essa edição do Simpovidro foi o Oscar, a premiação do cinema americano. Historicamente, a solenidade de abertura é marcada por posicionamentos da Abravidro e das usinas de base (veja mais no quadro “O que disseram as usinas de base?”), que também são patrocinadoras do evento. José Domingos Seixas, presidente da Abravidro, reforçou a importância de uma solução rápida para o desabastecimento e aumentos sucessivos no valor do float. “Esperamos que nos próximos meses, não venhamos a enfrentar o problema oposto: excesso de matéria-prima e os leilões que já testemunhamos em outros tempos”, disse o dirigente.
O que disseram as usinas de base?
Durante a cerimônia de abertura, representantes das seis fabricantes nacionais de vidro — todas patrocinadoras do Simpovidro — discursaram.
AGC: ‘coater’ a caminho
Francesco Landi, diretor-geral da divisão de Vidros para Construção Civil e Indústria para América do Sul, anunciou a construção de um coater para a produção de vidros de controle solar em solo no Brasil — hoje, a AGC importa esses produtos. O empreendimento deve ficar pronto no segundo semestre de 2018. Além disso, a obra para o novo forno em Guaratinguetá (SP) está a pleno vapor.
Cebrace: desabastecimento foi algo pontual
O diretor-executivo da companhia, Reinaldo Valu, comentou que a empresa manteve seus fornos atuando com capacidade máxima, além de procurar oportunidades para exportação do material. Valu, para quem a questão do desabastecimento do mercado foi pontual, reforçou que os objetivos da Cebrace não se limitam a metas comerciais: a preocupação é com o desenvolvimento do mercado.
Guardian: os benefícios do vidro
Ricardo Knecht, gerente-geral para a América do Sul da Guardian, fez uma apresentação sobre as tendências no uso do vidro. Para ele, o mercado deve sempre se antecipar às necessidades dos clientes, fazendo com que o material seja elemento relevante para a sociedade. Um exemplo disso citado pelo executivo é o foco no maior aproveitamento da luz natural.
Saint-Gobain Glass: retomando produção de aramados
O coordenador de Marketing, Gabriel Zanatta, iniciou seu discurso com uma breve análise econômica, apontando que os últimos meses indicam uma tímida recuperação do setor. E, para o mercado sair fortalecido da crise, é necessário colocar o cliente como centro das atenções. Zanatta relembrou ainda que a empresa retomou a produção de vidros aramados, atendendo demanda dos consumidores.
União Brasileira de Vidros (UBV): novo sistema de logística
Presidente da empresa, Sérgio Minerbo revelou uma mudança importante em seu sistema de entrega de pedidos: vidros serão carregados para atender os clientes todos os dias da semana, de domingo a domingo. Este ano, a UBV comemora seu 60º aniversário tendo maior atuação no mundo digital. Aposta em aplicativos e conteúdos exclusivos online para propiciar maior interação com os clientes.
Vivix: lançamento de linha de controle solar
Paulo Drummond, presidente da usina, falou sobre a linha Performa de vidros para controle solar, que será lançada em 2018, e refletiu sobre a economia nacional, comentando a importância da estabilidade política para o País. Relembrou o alto déficit habitacional, reforçando que o crédito imobiliário ainda é baixo — e que isso precisa mudar, para gerar mais obras e esquentar o mercado da construção civil.
Encerramento: um evento marcado pela integração do setor
Logo após as palestras do sábado, é tradição representantes da Abravidro e das usinas de base voltarem ao palco para as considerações finais sobre o evento. José Domingos Seixas destacou o esforço feito para realizar o simpósio e considerou que o Simpovidro representa tudo que o setor pode fazer de grande. Também reforçou que a Abravidro é parceira dos processadores e distribuidores e está à disposição de todos nas suas demandas e necessidades.
Os três vice-presidentes da entidade — Emerson Arcenio, Rafael Ribeiro e Alexandre Pestana — concordaram que o objetivo do evento, a integração do setor, foi alcançado, e que toda a cadeia deve lutar, unida, pelo desenvolvimento dos negócios.
Falaram também:
Franco Faldini, gerente-executivo nacional de Vendas e Marketing da AGC;
Leandro Pozzer, gerente nacional de Vendas da Cebrace;
Renato Sivieri Barboza, diretor de Marketing da Guardian;
Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass;
Vitor Hugo Farias, coordenador de Vendas, Comércio Exterior e Marketing da UBV;
Danilo Gatto, gerente-comercial da Vivix.
Além de a identidade visual do encontro remeter ao cinema, o grupo Felchak foi responsável por shows cheios de dança, cores, emoção e referências a clássicos da Sétima Arte nas cerimônias de abertura e encerramento. Durante as manhãs na plenária, os artistas conduziam os palestrantes até o palco. E, no tapete vermelho antes do jantar de encerramento, interagiram com os participantes, brincando de ser tietes dos profissionais vidreiros, como se esses fossem atores e atrizes de Hollywood.
Este texto foi originalmente publicado na edição 540 (dezembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.
Para todos os públicos
Sincomavi-SP, em São Paulo
Leis e regras em foco
No dia 10, durante a palestra Código de defesa do consumidor, a advogada Ana Luiza Santana abordou questões como troca de produtos, fixação de preços e prazos de entrega. De 16 a 18, o sindicato realizou o curso Novo Simples Nacional, com as principais regras desse regime de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicáveis às empresas de micro e pequeno portes.
Amvid-MG, em Belo Horizonte
Facilitando o aprendizado
A 8ª edição do Tecnovidro, nos dias 20 e 21, apresentou oficinas práticas para vidraceiros. Assim, foi possível aprofundar cada tema (como colagem de vidro, técnicas para montagem de insulados e erros de projetos com temperados). Outra novidade: um ciclo de palestras para arquitetos, designers e engenheiros. O evento teve apoio do Sebrae e da Gusmão Representações.
Sindividros-RS, em Porto Alegre
Por dentro das normas
A palestra Aplicações de vidros na construção civil conforme as normas técnicas, no dia 21, com Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro, teve como foco as determinações da NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações. O sindicato já confirmou a intenção de promover o evento novamente em 2018 e levá-lo aos oficiais do Corpo de Bombeiros do Estado.
Sincavidro-RJ, em Cabo Frio
Versatilidade do vidro
A NBR 7199 também foi enfatizada por Clélia no ciclo de palestras O vidro e suas aplicações na arquitetura moderna, no dia 26. O evento, direcionado para arquitetos e engenheiros, teve José Ricardo d’Araújo Martins, diretor do Sincavidro, comentando a versatilidade de nosso material, enquanto representantes da Cebrace e Vivix apresentaram seus principais produtos.
Nota:
O 8º Tecnovidro e a palestra ‘Aplicações de vidros na construção civil conforme as normas técnicas’ foram patrocinados por AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix
Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.
Sofisticação transparente e refletida
As mostras Casa Cor de decoração e arquitetura realizadas por todo o País são espaços ideais para se conhecer novas formas de aplicação de vidros e espelhos. Veja a seguir alguns destaques com nosso material nas exposições realizadas na Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco.
CASA COR PERNAMBUCO
(21 de setembro a 12 de novembro, Recife)
Casa de vidro
Além de patrocinar a edição 2017 da mostra, a Vivix ganhou um ambiente com seu nome, o Refúgio do Vidro Vivix (foto). Projeto do escritório Humberto e Analice Zirpoli Arquitetura, era completamente estruturado com laminados Vivix Lamina e aço. Suas paredes não só permitiam a completa integração com a natureza, mas também garantiam uma área climatizada e aconchegante, ideal para a proposta de uso do local como um canto de leitura ou para receber amigos.
Impossível não olhar
Uma boa vitrine é aquela que destaca e valoriza os produtos nela apresentados. Nesse sentido, a fachada do Armazém do Artesanato Sebrae (foto), de Roberta Borsoi, cumpriu seu papel: era inteiramente transparente, feita com peças incolores fornecidas pela Vivix, dando visibilidade a todo o interior e às obras ali exibidas.
CASA COR BAHIA
(20 de setembro a 29 de outubro, Salvador)
Almoço surrealista
A proposta da Sala de Almoço (foto), de Gabriel Moreno, foi criar um ambiente totalmente espelhado. O resultado obtido com os espelhos Vivânce, da Cebrace, foi um jogo de reflexos entre as peças no qual os visitantes se veem contemplando um espaço infinito: quadros e outros objetos parecem flutuar.
Exótica e confortável
A Mercearia (foto), criada por Rodrigo Rodrigues e Marcelo Rocha, tinha inspiração nos mercados de Marrakech, no Marrocos. Fora dela, o calor tradicional de Salvador. Dentro, uma temperatura agradável graças aos vidros de controle solar Habitat Neutro e Habitat Refletivo Champanhe, da Cebrace, instalados pela Transparence. O produto também protegeu o espaço interno e as samambaias dependuradas nas paredes de vidro contra os raios ultravioleta.
CASA COR RIO DE JANEIRO
(24 de outubro a 30 de novembro, Rio de Janeiro)
Refletindo Nova York no Rio
Bernardo Gaudie-Ley e Tânia Braida, do escritório Beta Arquitetura, elaboraram o Box 21 (foto) com base nos lofts de Nova York. Os tons de cinza e preto, com toques de verde e rosa, são ressaltados por aplicações amplas de espelhos Guardian, os quais ajudam a conferir leveza e atmosfera cosmopolita no ambiente.
Amplitude e tranquilidade
O Espaço de Bem-estar (foto) foi elaborado por Ângela Leite Barbosa para apresentar o Lapinha SPA, do município paranaense de Lapa. Para isso, uma sala de relaxamento contém tons claros em contraste com a madeira e tons de cinza nas paredes e no piso, criando uma atmosfera tranquila. Destaque-se o uso de espelhos Guardian em suas laterais (na foto, logo atrás da luminária): eles refletem a cortina e aumentam a percepção de amplitude do local.
Veja outras aplicações do vidro nessas mostras!
Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.
Qualidade em primeiro lugar
O Vidroplano já destacou em diversas reportagens a importância de os vidraceiros investirem em vidros de valor agregado. Pensando dessa forma, por que não seguir o raciocínio com as esquadrias?
Um produto de alto desempenho pode até ser mais caro, mas proporciona uma série de benefícios em relação ao item padrão — e isso faz toda a diferença para quem não quer ser deixado para trás pela concorrência. Você sabe como identificá-la e escolhê-la? Especialistas do setor e fabricantes desses produtos dão as dicas a seguir!
Qualidade mínima
Toda esquadria comercializada precisa atender os requisitos mínimos da NBR 10821 — Esquadrias para edificações. Para isso, deve ser, obrigatoriamente, ensaiada e aprovada nos seguintes itens:
– Resistência às cargas de vento da região em que será instalada;
– Vedação ao ar;
– Vedação à água;
– Esforços de uso;
– Acústica.
“Embora o conforto térmico, padrões de manutenção e visual para o ambiente externo ainda não sejam exigidos na norma, também é importante considerar esses critérios”, recomenda Antônio Cardoso, consultor e sócio-fundador da AC&D Consultoria.
Se todos os produtos precisam ter desempenho satisfatório, o que diferencia os considerados acima da média? A engenheira Priscila Andrade, gestora de Desenvolvimento do portal Minha janela de PVC, explica: “São os níveis além do satisfatório em ensaios de desempenho que eles possuem, principalmente nos quesitos acústico, térmico e estanquidade à água e ar.”
A escolha certa de Norte a Sul
Outro ponto fundamental é onde o produto será usado. “A Região Nordeste, por exemplo, está em uma área classificada como II e, por essa razão, tem um nível diferente de uma esquadria do Sul, onde é uma área nível IV e V”, explica Leonardo Arantes, gerente de Produtos da Guardian. Isso ocorre porque existem diferenças entre as condições de ventos no Brasil.
A união faz a força!
É a combinação de produtos de alto desempenho com vidros de valor agregado que potencializa o desempenho do sistema. Por isso, não faz sentido usá-las com vidros comuns.
A AGC do Brasil, por exemplo, recomenda o uso de seu vidro de controle solar, o Sunergy. “Além de ter propriedade low-e, tem aparência neutra, com baixa reflexão”, aconselha Matheus Oliveira, analista-sênior de Marketing da multinacional.
A Guardian também destaca o uso de sua gama de produtos de forma laminada ou insulada. Já a Cebrace foi além e lançou este ano seu próprio sistema, a Janela Habitat, com seus vidros de controle solar (veja mais abaixo, no item No mercado).
Pouca perspectiva para quem ficar na média
As construtoras já estão atentas a esse tipo de produto. “Temos acompanhado uma demanda alta por itens de bom desempenho pelas empresas da área imobiliária e da construção civil”, alerta o consultor Antônio Cardoso. Segundo ele, isso se deve em boa parte à NBR 15575 — Esquadrias para edificações – Desempenho, cuja revisão em 2013 deu bastante importância ao conforto acústico.
A etiquetagem do desempenho acústico, determinada pela NBR 10821, também tem importância na escolha dos produtos. Aos poucos, a busca por informações sobre ela vem crescendo: prova disso, observa Fabíola Rago, foi a decisão da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) de publicar o manual Esquadrias para edificações – Desempenho e aplicações (a obra pode ser baixada pelo link www.cbic.org.br/comat).
Classificação em norma
De acordo com a Parte 2 da NBR 10821, as esquadrias podem ter desempenho mínimo, intermediário ou superior — estas últimas são as de alto desempenho. “Para um produto ter essa classificação, deve possuir baixíssima penetração de ar, o que ajuda a edificação a ficar mais eficiente termicamente”, explica Fabíola Rago Beltrame, diretora do Instituto Beltrame de Qualidade, Pesquisa e Certificação (Ibelq). Veja a seguir todas as características que permitem classificar uma esquadria como de alto desempenho:
Em termos acústicos
Índice de redução sonora ponderado igual ou maior que 30 dB — indicado como nível A nas etiquetas acústicas.
Em termos térmicos
Perfis de materiais isolantes ou com termo-break (colocado entre as faces metálicas do perfil) em conjunto com vidros duplos, permitindo transferência de calor menor que 250 W por m² (sugestão de consumo europeu).
Em termos de estanquidade
Mesmo com chuvas de vento muito forte, a esquadria não pode permitir que a água entre — de modo geral, uma esquadria de alto desempenho nesse quesito é aquela que atinge, no mínimo, 200 Pa no ensaio de pressão de água em câmara.
Matérias-primas
O alumínio é apontado pelo consultor Antônio Cardoso como um material muito indicado: “A vantagem que mais se destaca nesse material é a liberdade de formas que ele concede ao projetista, permitindo designs diferenciados”.
Por sua vez, o PVC é defendido por Eduardo Rosa, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Sistemas, Perfis e Componentes para Esquadrias de PVC (Aspec-PVC). “Possui alta resistência mecânica, é capaz de resistir por até cinquenta anos e ainda parecer novo por um período superior às outras opções”, justifica.
Aparecido Bonifácio, gerente-industrial da Atenua Som, comenta: “Ainda que alguns materiais estejam associados a processos produtivos que favoreçam o melhor desempenho, não há uma dependência direta. Isso é consequência também das soluções de projeto, precisão do sistema produtivo, qualidade da instalação e ajuste das esquadrias”.
Alumínio
– Variedade ampla de resistência e usinagem, dependendo das ligas e têmperas especificadas;
– Leveza;
– Permite vários tipos de acabamento de superfície, seja por anodização ou pintura;
– Boa relação custo-benefício.
PVC
– Pode ser produzido em diversas cores e com acabamentos metalizados ou padrões amadeirados;
– Resistência a raios ultravioleta;
– Alta estanquidade à água, ar e insetos (os cantos das folhas e do marco são soldados com o próprio PVC no processo de construção da janela);
– Não oxida e não enferruja.
No mercado
Discreta e silenciosa
Produto: linha Fit;
Fabricante: Atenua Som;
Diferenciais: redução acústica de 30 dB, conforto térmico e design minimalista com fabricação sob medida, sem alterar a fachada do prédio ou precisar quebrar a alvenaria;
Vidros indicados: insulados com peças de 4 e 6 mm, ou laminados 12 mm.
Luz, temperatura e ruído sob controle
Produto: Janela Habitat;
Fabricante: Cebrace;
Diferenciais: já vem com vidros de controle solar da linha Habitat, permitindo barrar até 70% do calor e quase 100% dos raios UV, além de ter nível A em desempenho acústico, deixar a luz entrar na medida certa (sem desconforto visual) e oferecer vedação superior às janelas comuns;
Vidros indicados: de controle solar (laminados ou temperados), da linha Habitat, já fornecidos no produto.
Eficiente e bonita por mais tempo
Produto: perfis de PVC Veka para portas e janelas;
Fabricante: Veka;
Diferenciais: redução acústica de cerca de 45 dB, fabricação especialmente para climas tropicais, proporcionando maior conforto térmico e baixa necessidade de manutenção e limpeza;
Vidros indicados: variáveis de acordo com as necessidades do projeto.
O melhor de dois mundos
Produto: linha Titantec;
Fabricante: Weiku do Brasil;
Diferenciais: embora produzidas em PVC, as esquadrias recebem revestimento de alumínio, reforçando seu desempenho térmico e acústico além de garantir design inovador e maior flexibilidade para o sistema;
Vidros indicados: variáveis de acordo com as necessidades do projeto.
Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.
Sofisticação transparente e refletida — conteúdo extra
Os ambientes mostrados na versão impressa de O Vidroplano não foram os únicos que empregaram vidros e espelhos nas exposições da Casa Cor na Bahia, em Pernambuco e no Rio de Janeiro. Conheça outros desses espaços a seguir:
CASA COR BAHIA
(20 de setembro a 29 de outubro, Salvador)
Fotos: Marcelo Aniello
Tetos de espelhos
Para valorizar a arquitetura original do casarão em que a mostra foi organizada, o Living, do arquiteto sergipano Wesley Lemos, contou com um jogo de espelhos Vivânce, da Cebrace, com diferentes tonalidades no teto. O produto não só ampliou o espaço, mas também resolveu o quesito iluminação, já que o teto não poderia ser modificado.
Outro espaço com o teto todo espelhado foi o Home Bar, do arquiteto Flávio Moura. As peças da linha Vivânce, instaladas pela Artenele, refletiram com delicadeza a luminária luxuosa e a iluminação baixa do local.
Ampliação pelos reflexos
Uma das paredes do Spazzio Natuzzi Italia, projetado por Marlon Gama, foi toda revestida com espelhos Vivânce. As peças proporcionaram amplitude ao quarto e valorizaram a combinação de materiais nobres com cores neutras no ambiente.
As arquitetas Mila Caramelo e Mila Saraiva também apostaram no espelho Vivânce para o ambiente Varanda da Família — no caso delas, o produto usado tem cor cinza, reforçando a tonalidade que domina esse espaço.
Indo além do controle solar
Engana-se quem pensa que os vidros da linha Habitat, da Cebrace, só podem ser usados para proporcionar conforto térmico. Isso ficou claro no Quarto do Casal Sênior, criado por Rogério Menezes. Ali refletivos na cor cinza foram usados para revestir uma parede do ambiente, quebrando seu aspecto tradicional e deixando-o mais moderno.
CASA COR PERNAMBUCO
(21 de setembro a 12 de novembro, Recife)
Fotos: Eudes Santana
Mosaico de reflexos
O Restaurante Toscana Concept, projetado pelo escritório FM Arquitetura, teve como um de seus pontos altos um painel de fundo com diferentes volumetrias. O efeito foi obtido por meio da montagem de um mosaico de espelhos Vivix Spelia.
Integração segura e confortável
A fachada do Wine & Gin Bar, idealizado pela Amaral Tenório + Arquitetos, foi toda composta por laminados Vivix Lamina. Dessa forma, o ambiente permitiu uma experiência de integração com os visitantes, além de garantir a segurança de seu interior e contribuir para barrar o calor do lado de fora.
Espaço pequeno, amplitude imensa
Quem entrou no Café do Pátio, projetado por Acácio Costa e Viviani Manzi (da A2 Arquitetos), talvez nem tenha se dado conta de como o local era pequeno. Cortesia da fachada de vidros fornecidos pela Vivix, além do espelho Vivix Spelia aplicado atrás do balcão.
CASA COR RIO DE JANEIRO
(21 de setembro a 12 de novembro, Rio de Janeiro)
Altura ressaltada
No Loft do Comandante, assinado por Ana Gomes e Jorge Delmas, o espelho Guardian foi usado nas paredes laterais da cozinha e sala de jantar, refletindo a esquadria do prédio e realçando seu pé-direito alto. Peças do espelho também foram aplicadas sobre a bancada do banheiro, sendo valorizadas pela iluminação com fitas de LED.
Este texto é um conteúdo digital exclusivo da edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.
Reflexos da sua criatividade
É difícil — talvez impossível — encontrar qualquer residência ou espaço comercial que não tenha um espelho: esse produto tem uma versatilidade muito grande, que permite sua aplicação em qualquer lugar, nos mais diversos tamanhos, formatos e composições.
Por isso, na hora de fornecer espelhos para um cliente, a criatividade de um vidraceiro faz toda a diferença. Vários desses profissionais já estão apresentando soluções criativas. Com isso, conseguem cativar o comprador e convencê-lo a ampliar a área espelhada de sua obra. Algumas das inúmeras possibilidades de soluções podem ser vistas a seguir.
Reflexo bicolor
Se seu cliente estiver em dúvida entre um espelho prata ou bronze, por que não combinar os dois? O Bistrô do Jardim, na Casa Cor Rio de Janeiro 2016, tinha espelhos com duas cores diferentes combinando com o papel de parede. As peças ressaltaram e se integraram à estética do banheiro.
Projeto: Ricardo Melo e Rodrigo Passos
Espelhos: bronze e prata, da Guardian
Instalação: Vidraçaria Maracanã
Material com mais de mil e uma utilidades!
Segundo a arquiteta Bea Carneiro, da Se7e Arquitetura, o mercado implora por projetos inusitados. “O cliente necessita de um espaço com identidade própria. O pensamento ‘fora da caixa’ é imprescindível”.
É aí que o espelho entra: “Arquitetos e engenheiros têm descoberto, cada vez mais, um material com versatilidade, beleza e elegância, e o resultado da criatividade desses profissionais no seu uso já é visível”, observa Viviane Moscoso, gerente de Produtos da Vivix. Viviane Sequetin, gerente de Produtos Interiores da Guardian, concorda: “O visual clean também está de acordo com a arquitetura minimalista valorizada atualmente, além de contar com uma vasta diversidade de aplicações”.
Assentos flutuantes
Espelhos revestem o ‘hall’ de entrada e toda a recepção do edifício Bella Torre, em Maringá (PR). Com as peças em toda a área ao redor do sofá embutido no local, tem-se a impressão que ele está suspenso no ar.
Projeto: Etni Arquitetura
Espelhos: Mirox Premium prata, da AGC
Instalação: Serginho Vidros (espelhos fornecidos pela Ouro Vidros Maringá)
O primeiro passo para a valorização do espelho é conhecer suas características e benefícios. “Para entender seu potencial, o vidraceiro deve se qualificar e fazer pesquisas de referências”, aconselha Estefânia Oliveira, analista de Marketing da AGC.
Exemplos diferenciados também convencem o cliente. Ana Carolina Granado, coordenadora de Mercado da Cebrace, sugere: “O profissional pode mostrar fotos do produto em obras e mostras de decoração.”
Sem teto para a imaginação
Como valorizar um grande lustre italiano da década de 1960 em um ambiente com pé-direito (ou seja, a distância do piso ao teto) baixo? A solução foi espelhar completamente o teto — assim, o espaço ganhou amplitude visual, como se o pé-direito tivesse dobrado.
Projeto: Santos & Santos Arquitetura
Espelhos: Spelia prata, da Vivix
Instalação: MEC Vidros
Aliado da arquitetura
Os arquitetos consultados por O Vidroplano consideram o espelho um recurso estratégico para ambientes. Veja suas vantagens:
– Profundidade visual: a designer Patricia Pasquini os utiliza bastante, em ambientes pequenos, por considerá-los um recurso que ajuda a ampliar o espaço e a deixá-lo aconchegante;
– Camuflagem: para o arquiteto Zezinho Santos, da Santos & Santos Arquitetura, também são valiosos para revestir e ocultar elementos indesejados, como pilares ou vigas;
– Iluminação e integração: o arquiteto Ricardo Melo destaca o papel do material de aumentar a claridade dentro do ambiente.
Tornando perfeitas as imperfeições
Com a derrubada de paredes para a integração da cozinha ao ‘living’ no apartamento desta foto, muitas de suas vigas ficaram aparentes. O que poderia ser um defeito virou uma qualidade após elas serem revestidas com espelhos bronze, disfarçando-as e integrando-as à decoração.
Projeto: Patricia Pasquini
Espelhos: bronze, da linha Vivânce, da Cebrace
Instalação: Silvestre Vidros
Veja mais projetos com aplicações criativas de espelhos
O amanhã se constrói hoje
O consultor Bernard Savaëte, da BJS Différences, é um dos maiores especialistas sobre o mercado mundial: suas palestras no GPD estão entre as mais concorridas, pois trazem panoramas globais da fabricação de float.
Bernard, no GPD 2017, você apontou expectativas para o futuro dos negócios, como foco em energia, fornos com maior produtividade e reciclagem. O setor está no caminho certo?
Eu ainda não vi o suficiente para a criação de novos fornos. A indústria é fragmentada e poucas companhias têm capacidade de gerenciar, sozinhas, projetos desse porte. Eu realmente acredito que a cooperação será necessária para inovação nessa área. Além disso, a reciclagem vai ser uma preocupação chave nos próximos anos.
Quais serão as tendências para o vidro nas próximas décadas?
– Desenvolvimento de chapas em tamanhos extragrandes;
– Maior durabilidade e resistência mecânica do material;
– Diminuição das emissões de gás carbônico levará à mudança nos leiautes das fábricas;
– Maior produção de energia com vidro (BIPV e fotovoltaicos transparentes);
– Foco no conforto (térmico, acústico, visual) dos usuários;
– Carros sem motoristas modificarão o design dos veículos, permitindo envidraçamentos complexos neles;
– Em longo prazo, todos os insulados serão produzidos com ao menos um revestimento low-e;
– Tecnologia eletrocrômica será mais acessível.
Como será o crescimento da indústria mundial?
Até 2030, a população mundial deve chegar a 8,5 bilhões. Atualmente, a média é existir uma linha de float a cada 15 milhões de habitantes. Isso significa que precisaremos de quatro e cinco novas linhas por ano para servir a nova população. Fábricas terão de ser construídas principalmente em regiões como África, América do Sul e Sudeste Asiático.
O que pensa o setor vidreiro nacional?
“Como afirmo desde o momento em que assumi a presidência da entidade, o foco principal da Abravidro é unir todos os elos da cadeia vidreira, das usinas de base aos vidraceiros, passando por processadores e distribuidores. Somente assim será possível um desenvolvimento saudável do setor, visando ao crescimento de receitas e criação de novos produtos. E isso passa pelo investimento incessante em pesquisa e tecnologia. Ainda estamos bem atrás de outras regiões do mundo nesses quesitos. Se quisermos estar preparados para o futuro, que chega quando menos esperamos, num piscar de olhos, isso se mostra fundamental.”
José Domingos Seixas, presidente da Abravidro
“A Cebrace enxerga uma crescente demanda pelo vidro de valor agregado. Estamos investindo na educação do mercado, principalmente na difusão de informações para o consumidor final. Para cada tipo de região e para cada obra, há um produto que pode ser mais funcional em estética e desempenho. Por isso, estamos sempre em contato com profissionais do setor com o objetivo de identificar as principais questões construtivas e arquitetônicas, pontos de partida para a criação de novas soluções.”
Pedro Matta, gerente de Marketing da Cebrace
“A Guardian está sempre atenta ao mercado de arquitetura e construção em âmbito global, o qual traz, cada vez mais, projetos minimalistas e arrojados. Entre as tendências, destacamos o conforto térmico e acústico, edifícios sustentáveis com estética diferenciada e eficiência energética. As pesquisas realizadas por nós estão alinhadas às necessidades dos clientes e influenciadores. Nesse sentido, a empresa ouve as demandas do mercado para desenvolver novos produtos e soluções.”
Renato Sivieri, diretor de Marketing da Guardian
“O vidro no Brasil ainda é um produto com consumo per capita baixo, se comparado com economias mais fortes. Contudo, com o avanço do conhecimento junto a públicos especificadores, e com uma maior versatilidade nas formas oferecidas pelo vidro texturizado, o produto passará a ser mais utilizado como um elemento de arte, não apenas no essencial, mas para todo tipo de solução decorativa.”
Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass
“ É um material extremamente prático e versátil. Existe uma tendência para a ampliação do uso de vidro de modo a privilegiar a iluminação natural e a sensação de amplitude e integração entre ambientes. Os vidros impressos vêm ganhando força principalmente em espaços onde se busca a privacidade aliada ao design. Por isso, acreditamos que novas texturas e desenhos serão parte do futuro, permitindo que migrem de aplicações no interior das construções para o exterior em grandes fachadas comerciais.”
Sérgio Minerbo, presidente da União Brasileira de Vidros (UBV)
“O Brasil vem evoluindo em relação ao uso do vidro, mas ainda tem muito a crescer. O consumo per capita é bem baixo em relação ao mercado externo, por exemplo. Uma grande tendência será a maior utilização dos produtos de controle solar. Existe uma série de estudos de eficiência energética em andamento e não temos dúvidas de que o material fará, cada vez mais, parte do cotidiano das pessoas.”
Viviane Moscoso, gerente de Produto da Vivix
Reflexos da sua criatividade – conteúdo extra
Gostou dos exemplos apresentados na reportagem da versão impressa de O Vidroplano sobre as inúmeras possibilidades que o espelho oferece para encantar seus clientes? Acredite, eles dão só um “gostinho” do que pode ser feito com esse produto: há muitos outros modos de inovar, seja em formatos, composições, tamanhos e até na finalidade de sua aplicação.
Despertamos sua curiosidade? Então veja mais exemplos interessantes do uso de espelhos logo abaixo.
Mosaico espelhado
É possível inovar em um espelho no banheiro? Claro que é! Que o diga esse projeto, em um apartamento de São Paulo: várias peças foram usadas para compor um grande mosaico. Todas elas foram produzidas a partir de uma única chapa, para garantir que não haveria qualquer diferença — por mínima que fosse — entre as cores de cada uma.
Projeto: Marcelo Borges
Espelhos: prata, da Cebrace
Instalação: CBS Vidros
Tamanho e requinte que impressionam
Para ampliar o espaço desta sala em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, uma parede inteira foi revestida com espelhos — cada peça, com 0,75 m de comprimento e 0,9 m de altura. Mas o diferencial não está só no tamanho; todos os espelhos foram bisotados, agregando elegância (além de amplitude) ao ambiente.
Espelhos: prata, da Cebrace
Instalação: Vidraçaria Possidonio
Reflexões nos reflexos
Para a Casa Sebrae, elaborada na edição 2016 da Casa Cor Ceará, o uso de espelhos infinitos (dispostos de frente um para o outro) mostrou-se uma solução inteligente, barata e de forte impacto. Fora do local, também foram instalados espelhos sobre trilhos, cuja função não era só refletir os visitantes, mas também fazer estes refletirem: as peças eram usadas como um mural em que cada pessoa podia deixar sua mensagem para as arquitetas Bea Carneiro e Ticiana Sanford, criadoras do projeto.
Projeto: Se7e Arquitetura
Instalação: Color Glass
No formato da sua escolha
Quem disse que espelhos só podem ser retangulares ou circulares? Se alguém que pensava assim passou em frente ao prédio da (Fiesp), em São Paulo, em abril de 2015, logo descobriu seu engano. Lá, e também em duas estações do metrô, foram expostas as peças da obra Puzzle, com espelhos recortados em forma de quebra-cabeça para revestir estruturas representando grandes peças desse jogo. A obra fez parte da iniciativa SelfAzul, apresentando o autismo de forma lúdica para a sociedade.
Projeto: Eduardo Srur
Espelhos: prata, da Guardian
Beneficiamento: Speed Temper
Sala de espelhos
Os espelhos roubaram a cena na edição 2016 do Elle Fashion Preview, considerado um dos eventos de moda mais importantes do Brasil, realizado no Rio de Janeiro. Uma cabine de espelhos com fitas de LED cercava quem entrava nela com reflexos e efeitos infinitos. Nesse espaço futurista, era possível ainda gravar vídeos de trinta segundos para compartilhamento instantâneo nas redes sociais.
Projeto: Vivix
Espelhos: Spelia prata, da Vivix
Instalação: Dream Factory
Atenção na instalação!
– A norma NBR 15198 — Espelhos de prata – Beneficiamento e instalação deve sempre ser seguida para trabalhos com espelhos;
– A base onde o espelho será instalado precisa estar limpa, seca e livre de substâncias que possam agredir sua superfície;
– Deixe uma folga de pelo menos 3 mm entre o espelho e a base, para permitir a circulação de ar;
– Ao instalar mais de um espelho numa mesma superfície, deve haver uma folga de 1 mm entre eles;
– A fixação química de espelhos só pode ser feita com adesivos neutros, aplicados na vertical.
Este texto é um conteúdo digital exclusivo da edição 538 (outubro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.
Ambientes da Campinas Decor 2017 colocam vidro em destaque
A 22ª edição da Campinas Decor, mostra de decoração, arquitetura e paisagismo do interior paulista, apresentou aplicações de vidros e espelhos, fornecidos pela Cebrace, em vários ambientes. O Bistrô e Café (foto), de Pablo César, teve fachada de Habitat Refletivo Champanhe, além de adega e mesas com tampo de extra clear, da linha Vivânce. O Design Thinking, de Beto Tozi, e o Espaço Quattor, de Juliana Le Grazie, utilizaram Habitat Refletivo Champanhe 8 mm em seus fechamentos. A Garagem de Estar, de Adriana Bellão, contou com espelho incolor, também da linha Vivânce, na composição de uma ampla estante.
Mais informações: www.campinasdecor2017.com.br e www.cebrace.com.br