Maraya Concert Hall destaca-se por fachadas espelhadas

O deserto é reconhecido por ser um local envolto em mistério. Seu calor ardente é capaz de desorientar aqueles mal preparados para enfrentá-lo – e até mesmo criar ilusões visuais, confundindo ainda mais a mente das pessoas. Pois no Vale Ashar, região desértica em meio a montanhas de arenito na Arábia Saudita, uma construção ergue-se como miragem: o Maraya Concert Hall. A sala de concertos, um verdadeiro desafio arquitetônico e industrial com nosso material, brinca com os arredores, graças às fachadas espelhadas que a camuflam em meio à areia.

 

Andrea Bocelli performs at Maraya

Reflexos
Com design do escritório italiano Gioforma Architects Designers and Artists, o Maraya Concert Hall foi inaugurado em 2019, entrando para o Guiness World Records, o livro dos recordes, como “maior edifício espelhado já construído”. A obra ganhou ainda o prêmio Architizer A+ Awards, em 2020, na categoria Arquitetura e Vidro – tendo sido responsável também por aumentar o interesse de turistas pelo Sítio Arqueológico Al-Hijr, localizado perto dali e certificado como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Além de sala de concertos, o espaço abriga um centro de eventos artísticos e culturais, com estrutura moderna para quinhentos espectadores. Desde sua concepção inicial pela agência do governo saudita Royal Commission for Al Ula, tinha-se em mente o uso de espelhos (inclusive, a palavra árabe maraya significa, justamente, espelho): uma tentativa preliminar de solução espelhada fracassou, pois o exterior contava com folhas gigantes de metal, refletindo uma versão distorcida da região.

Abriu-se, assim, um concurso público para escolher o melhor conceito estético. Segundo o então gerente de Mega Projetos e Parcerias Estratégicas da Guardian, Nabil El Ahmar, as propostas eram variações de vidro prateado altamente refletivo. “O designer queria um espelho de verdade em meio a areia e montanhas, e um edifício mais visível seria uma intrusão ao meio ambiente”. A partir daí, a Guardian assumiu o projeto com a tarefa de desenvolver um material capaz de resistir a condições climáticas extremas.
Mystical Maraya

Prontos para o calor
A luz solar intensa poderia causar oxidação, distorção e descoloração das placas de espelhos convencionais. Por isso, foi criado um novo produto, o UltraMirror, que oferece maior durabilidade devido à presença de um revestimento protetor especial. Ao todo, 9.740 m² desse item foram instalados em todas as fachadas da construção.

A logística para o processamento do material também se tornou um desafio. Espelhos são normalmente produzidos em folhas padrão de float, enviadas a beneficiadores para o corte. Por conta das temperaturas extremas às quais as fachadas estariam expostas, o vidro precisava ser temperado antes de receber o revestimento especial – ou seja, não poderia ser cortado após essa etapa. A solução para o impasse: a Guardian mandava o float bruto para o processador, que cortava no tamanho necessário e despachava de volta para a usina aplicar a camada protetora.

Apesar de todo o trabalho extra, é impossível afirmar que não valeu a pena. Desaparecendo na paisagem para reaparecer depois, conforme o olhar do observador, o Maraya Concert Hall já está entre as clássicas obras feitas com nosso material.

 

Maraya mesmorises all who walk by

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Maraya changes with the weather

Ficha técnica

Projeto: Maraya Concert Hall
Local: Vale Ashar, na Arábia Saudita
Data da conclusão da obra: 2019
Arquitetura: Gioforma Architects Designers and Artists

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Créditos das fotos: Divulgação RCU/Maraya Concert Hall

Confira soluções espelhadas para a decoração

O segmento de decoração é bastante atrativo para as vidraçarias que buscam expandir sua área de atuação – afinal, nosso mercado conta com diversos produtos que agregam beleza e originalidade aos ambientes.

Várias dessas opções envolvem o uso de peças espelhadas. O Vidroplano já destacou em outras reportagens os benefícios que espelhos conferem aos espaços em que são aplicados. Desta vez, vamos ousar um pouco mais e apresentar algumas soluções bastante diferenciadas com esses materiais.

Horizonte e modernidade rumo ao infinito
Uma das principais qualidades no uso de espelhos na arquitetura, decoração e design de interiores é a sensação de amplitude que eles trazem ao ambiente – mesmo uma sala pequena pode parecer bem maior com uma parede inteira espelhada. Os espelhos infinitos levam essa sensação a outro nível: aplicados como piso, por exemplo, eles fazem parecer que a pessoa caminha em uma superfície de vidro colocada sobre um buraco iluminado – e sem fundo.

Espelhos infinitos podem ser feitos de diferentes formas: em geral, consistem em dois espelhos – sendo um deles apenas parcialmente refletivo (unidirecional) – colocados em paralelo dentro de uma esquadria. Dentro dela, entre as duas peças, são instaladas fontes de luz (como fitas de lâmpadas LED), criando esse efeito óptico com a aparência de um túnel de luzes futurista e de grande profundidade.

 

Mateus Keiper
Mateus Keiper

 

Os espaços “Iara” e “Ressaca”, na instalação Mar de Espelhos, presente no AquaRio (Rio de Janeiro), chamam a atenção pelo uso do espelho infinito. Celso Rayol e Fernando Costa, sócios do escritório Cité Arquitetura, contam que enxergaram no caráter enigmático dessa técnica uma resposta para as sensações que queriam despertar: vertigem, reflexão, dúvida.

“De forma poética, o espelho infinito é uma representação física desses estados”, acrescentam Rayol e Costa, enfatizando que ele é especialmente interessante em sua capacidade de ampliar o espaço sem de fato agregar mais metragem e criando uma nova perspectiva. “É um elemento arquitetônico e artístico ao mesmo tempo que faz parte do imaginário lúdico de todos.”

Os sócios do Cité destacam também a contribuição do sistema para o desenho de luminotécnica no espaço “Ressaca”: o jogo entre o espelho infinito e a dança de luzes de acordo com o vídeo transmitido pelos telões trazem mais uma curiosidade inesperada para o visitante.

 

Camila Santos
Camila Santos

 

O espelho infinito também foi usado no “Design LAB”, ambiente assinado pelo Studio Noventa para a Casa Cor Espírito Santo 2022. Sillas Nickel, arquiteto e diretor de criação do Studio Noventa, conta que essa solução foi essencial para o projeto. “Além das cores que evocavam uma atmosfera mais digital, utilizamos artifícios de iluminação para reforçar um ambiente de inovação. Ao fundo dele, inserimos um grande quadro com espelho infinito que trouxe a necessidade de se refletir e dar novas e melhores oportunidades para si.”

Nickel aponta que, além de ser um ponto focal do espaço, a estrutura gerou interesse dos visitantes sobre como ela foi executada e trouxe outra dimensão ao ambiente. O arquiteto também afirma que, embora essa tenha sido a primeira experiência do Noventa com espelhos infinitos, sua equipe pretende utilizá-los em outros projetos.

Para os vidraceiros interessados em trabalhar com esse sistema, mas que não sabem como convencer seus clientes a comprá-los, Nickel sugere que busquem trabalhar com um arquiteto ou profissional capaz de incluir soluções únicas como essa em seus projetos: “Atualmente, o estúdio atua mais na área comercial – em escritórios, restaurantes, lojas – e, nesse segmento, o espelho infinito é uma solução visual que traz um olhar inovador, único ao espaço”.

 

Cris Martins
Cris Martins

 

Espelho ou TV? Ambos… e nenhum!
Quando se fala em vidros refletivos, a primeira imagem que vem à mente costuma ser o uso desse produto em fachadas. Mas essas peças também permitem a montagem de um sistema bastante interessante: trata-se de um espaço revestido que, à primeira vista, parece ser um espelho – até que, ao toque de um botão, uma tela surge no meio da superfície, transmitindo vídeos e imagens. Essa solução é normalmente conhecida como magic mirror (espelho mágico) ou mirror TV (“TV espelho”).

Assim como no caso dos espelhos infinitos, não há uma fórmula única para os magic mirrors. Há empresas que já os fabricam e comercializam prontos, com suas próprias técnicas, mas também é possível para sua própria vidraçaria fazê-los em parceria com o especificador – arquiteto, decorador ou designer de interiores – do projeto em que esse sistema será aplicado.

 

Cris Martins
Cris Martins


 

Uma das formas mais simples para isso consiste na colocação de um monitor de TV ou outro tipo de tela de forma embutida na parede, em um armário ou em outro espaço; o vidro refletivo é usado então como um revestimento na superfície onde essa tela estará embutida, “escondendo-a”. As luzes projetadas pelo monitor, quando ligado, atravessam o vidro e podem ser vistas em sua superfície – já quando o sistema é desligado, o aspecto refletivo da peça faz com que ela pareça um espelho, deixando o ambiente mais clean e moderno.

Apesar de diferente, a ideia não é nova: em 2018, um dos estandes da Cebrace na feira Expo Revestir trouxe essa solução entre as sugestões da empresa para a aplicação dos produtos da linha Vivânce na arquitetura. Ela também já foi mostrada em ambientes da mostra Casa Cor em diferentes anos e em diferentes Estados.

 

Marcos Santos
Marcos Santos


Fugindo do quadrado (e do retangular, e do circular…)

A essa altura, é difícil não conhecer os espelhos orgânicos: essas peças têm se tornado cada vez mais populares no mercado. O diferencial desses produtos está nas suas formas irregulares e assimétricas, que remetem a aspectos orgânicos da natureza – daí o seu nome.

Com linhas mais fluidas, livres e sem regras, os espelhos orgânicos fogem do clássico e, assim, conferem mais vida e personalidade à decoração do ambiente. Também podem ter diferentes tamanhos, cores e acabamentos, o que contribui para o aspecto visual diferenciado do espaço em que são aplicados.

Peças desse tipo têm aparecido bastante em edições recentes das mostras Casa Cor. Além disso, algumas empresas, como a Astra, por exemplo, contam com diversos formatos de espelhos orgânicos em seus catálogos.

Marcos Santos
Marcos Santos
Cris Martins
Cris Martins

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Camila Santos

Panos de vidro abrem Casa Verde para o mundo

No segmento de residências de alto luxo, o vidro se firmou há tempos como um elemento fundamental para o conforto dos usuários e a beleza estética das edificações. Não é de se espantar, portanto, que nosso material tenha sido a aposta da Espírito Santo Arquitetos Associados para a Casa Verde, erguida no ano passado em Jurerê Internacional, Florianópolis. A obra, situada à beira-mar em uma das mais badaladas praias da capital catarinense, traz a natureza dos arredores para seus interiores graças aos panos de vidros instalados nas fachadas.

Visão privilegiada

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O principal desafio do projeto, localizado em um terreno de 1.040 m², era maximizar a apreciação da vista para a praia. Para isso, o escritório – que desenvolve um trabalho focado em sustentabilidade, tendo vencido premiações nacionais e internacionais como Prêmio Saint-Gobain e Rethinking The Future – empregou uma técnica construtiva mais eficiente, fazendo uso de uma base de concreto e uma estrutura metálica, transformando assim o terreno em um ambiente unificado.

Segundo Diego Espírito Santo, sócio-fundador e arquiteto-chefe da Espírito Santo, a obra como um todo foi pensada para oferecer liberdade visual. “A partir do portão, passando pelo acesso de serviço até a garagem, todos os pontos de entrada possibilitam uma visão panorâmica do terreno e priorizam a vista para o mar”, explica.

Os clientes buscavam uma estética linear, mas ao mesmo tempo audaciosa em relação ao contexto dos arredores. Por isso mesmo, a forma da casa foi concebida como se fosse uma embarcação à beira-mar, com o desenho do telhado refletindo essa inspiração, reforçando assim a sensação de que a construção “caminha” na direção da praia.

Sem obstruções

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Para proporcionar a experiência visual prevista no projeto, a residência foi erguida em um único pavimento, totalmente conectado ao pátio. Dessa forma, todas as aberturas estão dispostas como se fossem grandes varandas, do chão ao teto, o que cria continuidade visual e ainda permite ventilação natural abundante, ajudando na economia de eletricidade.

Aplicaram-se nas fachadas laminados incolores 4 + 6 mm – as maiores chapas chegando a 2,6 x 2,8 m. Tanto os vidros como as esquadrias, próprias para suportar o peso das chapas, foram fornecidos pela Alumitriz.

Portanto, já sabe: caso esteja pensando em construir uma nova casa para você – ou mesmo reformar a que possui –, vidro é o que não pode faltar!

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Ficha técnica
Projeto: Casa Verde
Local: Jurerê Internacional, Florianópolis
Data da conclusão da obra: 2022
Arquitetura: Espírito Santo Arquitetos Associados

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Créditos das fotos: Everson Martins – Arq. em Foto

Vidro e espelho chamam atenção em mostras

PERNAMBUCO
O icônico edifício Chanteclair, no bairro do Recife, na capital pernambucana, foi por mais uma vez sede da Casa Cor Pernambuco. Com o tema Corpo e morada e patrocínio da Vivix, a edição 2023 da mostra – aberta até o dia 5 de novembro – apresenta 28 projetos assinados por jovens talentos e nomes consagrados da arquitetura e do design brasileiros. Confira como a beleza e versatilidade do vidro possibilitaram abordagens diferenciadas na aplicação do nosso material para a composição de boa parte dos ambientes.

Juntos – Cadu Arquitetura
Um espaço que une elementos modernos e rústicos com requinte, conforto e descontração. Essa é a proposta presente no ambiente de Eduarda Jungmann e Camila Horta. O design autoral do escritório combina bem a madeira natural com o vidro Vivix Colora Verde, que faz as vezes de vitrine para os vinhos expostos na adega (foto de abertura).

 

Cozinha Aprochego – Daniela Pessoa
A criatividade da arquiteta pôs à prova uma característica do vidro que segue como tabu para alguns: a força. O vidro Vivix Colora Cinza surpreende os olhares mais conservadores por ser o único elemento da adega (foto) – sua resistência permite suportar o peso das garrafas sem comprometer a estabilidade. Aqui, o vidro exerce uma função dupla: estrutural e estética. Seguindo a proposta, a mesa de vidro conta com tampo e lateral, que também é base do móvel, feitos com nosso material, cuja transparência promove a leveza do ambiente.

Walter Dias
Walter Dias

 

Cozinha Fragmentos – Maíza Neri
A harmonia entre os elementos deu o tom ao projeto. No guarda-corpos (foto), a translucidez foi explorada ao máximo com o uso do Vivix Performa Duo Bronze, o que deu ao espaço já aberto maior amplitude e harmonia. Para adicionar um filtro de profundidade ao local, o vidro pintado Vivix Decora Efeito Bronze preenche de forma integral uma das paredes. E para quem gosta de unir o estético ao funcional, o Vivix Decora Branco foi aplicado como se fosse uma lousa, opção prática para anotações e recados.

Walter Dias
Walter Dias

 

Living Alma – FV Arquitetos
No ambiente assinado pela dupla Felipe Valadares e Liesid Neto, uma estante composta integralmente por nichos (foto), com mais de 7 m, leva a refletir sobre questões antagônicas como leve e pesado, frágil e robusto, em uma mesma estrutura. Ali usaram-se o Vivix Colora Cinza e a pedra natural azulli como protagonistas, resultando em um efeito óptico que parece desafiar a gravidade.

Walter Dias
Walter Dias

 

Vivaz Bar – Magno Costa e Thaísa Tenório
Na área oficial da Vivix dentro da mostra, a dupla de arquitetos optou por envolver o espaço com Vivix Decora Preto e Nude, dando uma percepção de maior amplitude. Há também revestimentos (foto, ao fundo do ambiente) feitos com o espelho Vivix Spelia Incolor, estrategicamente aplicados com o objetivo de alongar a fusão entre o piso e o teto. No total, nada menos que 180 m² de vidros e espelhos foram destinados a esse projeto, o preferido das selfies.

Walter Dias
Walter Dias

 

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
De 26 de julho e 10 de setembro, foi realizada na cidade do interior paulista a 3ª edição da Mostra Arq Design. A Guardian, em parceria com a processadora Vidrobens, forneceu os vidros aos designers e arquitetos do evento. Esses profissionais tiveram total liberdade para trabalhar com as soluções e explorar de forma versátil e criativa a essência da casa brasileira nos mais distintos ambientes.

No espaço Office Vitrine Caderode (foto), de Karina Zanon, o vidro escolhido para compor o ambiente foi o ClimaGuard SunLight, garantindo integração entre as áreas interna e externa.

Divulgação/Guardian
Divulgação/Guardian

 

O Espelho Guardian Evolution ganhou destaque no ambiente Morada Brasiliana (foto), do Mora Estúdio Arquitetura, onde foi aplicado como elemento de decoração nas paredes. Além disso, grandes portas de correr envidraçadas permitem a interação do espaço externo com o interior.

Divulgação/Guardian
Divulgação/Guardian
Divulgação/Guardian
Divulgação/Guardian

 

PORTO ALEGRE
Em Porto Alegre, a 6ª Mostra Elite Design, realizada no Clube de Regatas Guaíba Porto Alegre e aberta aos visitantes até 12 de novembro, apresentou ao público um labirinto de espelhos no Salão de Design. O ambiente instagramável (foto) é assinado pela arquiteta Aline Dametto e conta com vidros da Cebrace, fornecidos pela processadora Modelo Vidros. Inspirada no Mar de Espelhos – projeto inaugurado em junho deste ano no Rio de Janeiro e capa da revista O Vidroplano de julho –, a atração gaúcha se assemelha a uma cabine, é toda poligonal e recebeu o nome A arte de ser a sua melhor versão. O espaço, de 78 m², é revestido de espelhos, com Habitat Refletivo Cinza no piso.

Divulgação/Modelo Vidros
Divulgação/Modelo Vidros

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Walter Dias

Vivix adia novamente construção de nova planta

Em comunicado oficial, a Vivix divulgou novo adiamento da construção da sua segunda planta, no município pernambucano de Goiana, desta vez para o primeiro semestre de 2024. De acordo com a usina, a evolução das demandas do mercado vidreiro nacional motivou a decisão. Com investimento de R$ 1,3 bilhão, o forno, a ser erguido ao lado da planta atual da Vivix, terá a maior capacidade de produção do País (1.000 t por dia). Segundo a empresa, todos os projetos para a obra já estão concluídos, bem como as licenças exigidas por lei para o empreendimento.

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Divulgação Vivix

Setor vidreiro fica em luto

Divulgação
Divulgação

O setor vidreiro brasileiro perdeu duas personalidades relevantes no mês de setembro. No dia 8, faleceu Luís Carlos de F. de Brito (foto à esquerda), ex-diretor da empresa Pronto Socorro do Vidro (PS do Vidro). Já no dia 22, após quatro meses de internação, morreu José Silvio Gonçalves Dinis (foto de abertura), um dos fundadores da Abravidro e proprietário da Vidraçaria Maracanã. Durante sua trajetória profissional, foi sócio da Saint Germain Vidros, além de presidente do Sincavidro-RJ. Mesmo com limitações médicas, Dinis sempre esteve presente nos eventos organizados pela Abravidro, como em cerimônias de posse das diretorias da entidade e nas edições do Simpovidro – pôde comprovar pessoalmente o legado de seu trabalho no associativismo. Sua memória viverá em todo nosso segmento.

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Marcos Santos e Andreia Naomi

13º Sisteccer é realizado em Buenos Aires

No dia 13 de setembro, foi realizado no hotel Emperador Recoleta, em Buenos Aires, Argentina, o 13º Congresso Internacional de Fachadas (Sisteccer). O evento, que contou com apoio da Abravidro, teve transmissão via streaming e focou em três eixos temáticos – Ver, Sentir e Fazer. Direcionado aos diversos elos da nossa cadeia, o congresso promoveu o intercâmbio entre especialistas locais e estrangeiros. Além da troca de conhecimento, também serviu para promover as possibilidades oferecidas a projetos arquitetônicos pelos produtos e tecnologias atualmente disponíveis no mercado vidreiro e da construção.

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Divulgação/Sisteccer

Abrainc organiza fórum em São Paulo

No dia 26 de setembro, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) organizou no hotel Grand Mercure, em São Paulo, o 6º Fórum Brasileiro das Incorporadoras (Incorpora Abrainc), edição que também contou com o apoio da Abravidro. De acordo com estimativas dos organizadores, mais de seiscentas pessoas compareceram ao encontro, marcado pela comemoração dos dez anos da entidade e por intensos debates envolvendo os principais players desse setor, líderes políticos e pesquisadores. Entre as pautas, abordaram-se as perspectivas e os desafios do mercado brasileiro, como política fiscal, taxas de juros e o futuro da construção. Temas relacionados ao financiamento e às inovações do segmento também foram discutidos.

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Divulgação

Kuraray lança calculadora estrutural

A Kuraray lançou uma calculadora estrutural chamada Strength Lab IA. A ferramenta utiliza inteligência artificial e redes neurais para, por exemplo, efetuar cálculos de vários sistemas de envidraçamento, substituindo por completo as tarefas clássicas de análise estrutural. A tecnologia para a criação desse produto surgiu a partir de outra calculadora da empresa, a Sound Lab AI, voltada para se chegar a valores de isolamento acústicos em instalações com vidro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Day Of Victory Stu./stock.adobe.com

Abravidro divulga conhecimentos sobre o vidro

Nos dias 25 e 26 de setembro, a Abravidro, representada pela coordenadora técnica Vera Andrade, esteve presente na 10ª edição do “Curso de Extensão Arquitetura e Construção: Materiais, Produtos e Aplicações”. Anual, o treinamento tem o apoio da associação e é realizado em parceria com a Universidade Presbiteriana Mackenzie. Assim como nos anos anteriores, a Abravidro foi responsável pelo módulo sobre vidros juntamente com Débora Constantino, consultora técnica da Cebrace e professora dos conteúdos dos dias 17 e 28.

No começo de outubro, dia 4, Vera também esteve no 24º Congresso de Tecnologia da Fatec São Paulo. Aberto ao público e realizado no bairro do Bom Retiro, o evento celebrou os cinquenta anos da instituição de ensino. No encontro, a coordenadora técnica apresentou a palestra O vidro na construção civil, destacando os vidros de segurança, seus diferenciais e principais aplicações na construção civil, conforme as normas da ABNT. Como complemento, a especialista mostrou as principais inovações tecnológicas de nosso material, sua evolução na linha do tempo e a contribuição que o produto oferece para o campo da sustentabilidade, além de divulgar o Educavidro, a plataforma de educação a distância vidreira desenvolvida pela Abravidro e Abividro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Divulgação Abravidro

Conheça mais sobre a furação e o recorte no vidro

Boxes de banheiro, portas, fachadas com fixação do tipo spider, peças para eletrodomésticos de linha branca. São várias as soluções com vidros que necessitam passar pelo processo de furação e recorte durante o beneficiamento de nosso material. Pensando nisso, O Vidroplano deste mês traz detalhes dessas etapas tão importantes – afinal, é certeza de retrabalho caso sejam malfeitas. Contatamos fabricantes de maquinários para entender as tarefas, a importância da automatização e os tipos de equipamento para isso disponíveis no mercado.

Manual x automático
A furação e recorte manuais são atividades cada vez menos vistas em grandes processadoras, de acordo com as empresas consultadas para esta reportagem. “O mercado exige processos de fabricação automatizados, sobretudo por questões de segurança, tipo e quantidade de produções, gestão de custos e disponibilidade de recursos humanos”, comenta Angelo Busetti, gerente de Vendas da marca Intermac, pertencente ao grupo italiano Biesse.

O procedimento manual é utilizado, principalmente, para recortes, conforme indica Renato Santana, coordenador de Qualidade e lean da processadora GlassecViracon: “Consiste em fazer furos nos cantos do recorte e cortar com uma serra utilizando disco diamantado refrigerado a água. É possível fazer um bom trabalho assim, entretanto os cuidados precisam ser redobrados para evitar as quebras demasiadas no processo de têmpera”. Como explica o gerente técnico da Sglass, Braz Andrioli Júnior, o serviço manual exige baixo investimento, mas traz de negativo muita dependência do operador. “Ele precisa ter habilidade manual e ainda cuidar dos parâmetros de corte, qualidade do furo, refrigeração, afiação e dar ritmo para que a meta de produção seja atingida.”

O processo automático, por sua vez, traz maior autonomia ao setor de corte, minimizando erros humanos, aumentando a produtividade e o acesso a informações gerenciais, além da possibilidade de integrar máquinas e evitar a fadiga dos funcionários. “O acabamento é perfeito, livre de microtrincas e tensões adicionais causadas manualmente. Em outras palavras, o uso de maquinários diminui drasticamente as quebras no forno de têmpera, reduzindo o custo do produto”, reforça Renato Santana, da GlassecViracon.

Segundo Luiz Garcia, diretor da Lisec, o trabalho manual é indicado apenas para peças com perfis muito complexos e com bastantes detalhes e particularidades – algo dificilmente encontrado em escala industrial. Para grandes volumes de vidro processado, a modernidade é o que conta.

Crédito: vpilkauskas/stock.adobe.com
vpilkauskas/stock.adobe.com

 

Molhados
A água é um elemento essencial em ambas as tarefas, conforme veremos a seguir. Atualmente, existem somente dois tipos de processo automático para furação e recorte de vidro. “Há algumas tentativas de desenvolver essas atividades a laser, mas no momento é uma tecnologia muito cara para aplicação”, confirma Marco Roccasalvo, gerente de Vendas da marca Forvet, do Grupo Biesse. Vamos a eles:

  • Com ferramentas
    Ferramentas diamantadas fazem o serviço: brocas para furar, fresas para recortar e escareadores para dar acabamento/polimento. Enquanto a máquina funciona, um fluxo de água ajuda a diminuir o atrito durante a furação/recorte e também a resfriar as ferramentas. Indicado para portas, guarda-corpos e peças arquitetônicas de tamanhos únicos e diferenciados. Máquinas desse tipo podem ser acopladas a linhas integradas.
  • Com jato d’água
    O trabalho fica a cargo de um fino jato de água com altíssima pressão e velocidade, combinado com abrasivo mineral. Por gerar pouca ou nenhuma rebarba, não precisa de acabamento, garantindo maior produtividade para peças de tamanhos semelhantes. Por isso mesmo, é indicado para o processamento de vidros encaixilhados para construção civil. Além disso, por não ter contato do vidro com uma ferramenta, é realizado sem gerar estresse de ordem mecânica nas chapas.

 

Thiago Borges
Thiago Borges

 

Não se esqueça da qualidade da água!
Na furação e recorte a jato d’água, deve-se ter atenção máxima ao principal elemento do processo. “Guardadas as diferenças, podemos fazer uma comparação com o combustível para o automóvel: se abastecermos nossos carros com combustível de má qualidade, problemas no motor aparecerão precocemente”, explica Braz Júnior, da Sglass. Dessa forma, é necessário ter total controle em relação à qualidade da água, mantendo baixos os níveis de sais presentes nela, de forma a eliminar sua dureza e evitar desgastes prematuros em tubulações e vedações dos maquinários. “Esse controle é simples e pode ser feito por meio de filtros abrandadores ou desmineralizadores, dependendo dos sais a serem controlados.”

 

JackF/stock.adobe.com
JackF/stock.adobe.com

 

Tipos de maquinários para as atividades

  • Furadeiras: horizontais ou verticais, contêm mesa de entrada e saída para a instalação em linhas integradas. Usam ferramentas e também fazem recorte;
  • Furadeiras a jato d’água: são furadeiras (com igual construção e funcionamento) que utilizam jato d’água;
  • Centros de usinagem: também conhecidos como CNCs, são alimentados manualmente pelo operador, mas o trabalho é totalmente automático. Também usam ferramentas;
  • Waterjet: são CNCs (com igual construção e funcionamento) que utilizam jato d’água.

Qualidade do começo ao fim
Existe ainda um tópico que não pode ser subestimado: não adianta ter os equipamentos para furação e recorte mais tecnológicos do mercado se o beneficiamento não for bem feito ao longo de todos os processos. “Quando uma peça é cortada fora de esquadro ou das dimensões preestabelecidas em projeto, ela poderá causar problemas na lapidação e também no posicionamento dos furos e recortes”, alerta Braz Júnior, da Sglass. Como reforçam Angelo Busetti e Marco Roccasalvo, da Biesse, erros acumulados levarão a quebras na têmpera – isso se não ocorrerem nas etapas anteriores ao forno. E quem paga a conta do retrabalho é a própria processadora.

Em relação aos maquinários, cuidados também devem ser tomados. “Para máquinas com alto grau de automação, são necessárias uma operação correta e, obviamente, manutenções, tanto as preventivas periódicas como as de qualidade”, comenta Luiz Garcia, da Lisec.

Soluções no mercado

Confira alguns dos maquinários disponíveis para o setor vidreiro nacional.

Alpha Jet

Alpha Jet
Fabricante: Sglass
Especificações:

  • Equipamento nacional patenteado, pode ser aplicado em linhas de produção automáticas ou de forma individual;
  • Medidas especiais conforme a necessidade do cliente, com opção de entrada pelo lado direito ou esquerdo, por exemplo;
  • Conta com assistência técnica remota.

combiFIN

combiFIN
Fabricante: Schraml, marca da Lisec
Especificações:

  • Linha automática vertical composta pela furadeira GLX P1 com o centro de usinagem MRX G7;
  • Possibilidade de trocar o CNC pela furadeira topDRILL, que funciona a jato d’água;
  • As máquinas podem ser usadas individualmente ao invés de em linha.

Master Series Multi Pro

Master Series Multi ProFabricante: Intermac, marca da Biesse
Especificações:

  • CNC vertical;
  • Fura (com dois cabeçotes), fresa e lapida com qualidade polida;
  • Disponível em vários tamanhos, incluindo 3,3 x 6 m (para vidros jumbo) na versão furação e fresagem.

Francesca WJ

Francesca WJ
Fabricante: Forvet, marca da Biesse
Especificações:

  • Trabalha com jato d’água em furação de alta velocidade, escareamento de furos profundos e fresagem de pequenos raios;
  • Disponível em diversas configurações – o modelo FC 3300 MILL WJ pode ter até quatro cabeçotes múltiplos, sendo dois na parte superior e dois na parte inferior.

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Marcos Santos e Meryellen Duarte

Entidades regionais realizam eventos no DF, GO e PR

Divulgação Adivipar-PR
Divulgação Adivipar-PR

 

No Paraná
A Adivipar-PR completou vinte anos de atuação no Estado paranaense e, para comemorar a data, organizou um dia de programação especial, incluindo jantar, na Casa Lia Eventos, em Curitiba, com a presença de diretores, ex-presidentes da entidade e personalidades do setor vidreiro nacional, como o presidente da Abravidro, Rafael Ribeiro. Além de celebrar o aniversário, o encontro também definiu os nomes que irão compor a nova diretoria da associação para o triênio 2024-2026. Samuel Baer Yamashita (foto em detalhe), da Temperbrás, assume o comando no lugar de Lucas Bremm, que seguirá em exercício no cargo até março do próximo ano. Em seu primeiro discurso como comandante máximo da entidade, Yamashita disse estar ciente do desafio que tem pela frente e destacou quais serão as diretrizes da Adivipar-PR sob sua administração: levar capacitação a todos os colaboradores e vidraceiros; trabalhar forte o combate à informalidade; e criar estratégias para o aumento do consumo e da demanda de vidros.

Diretoria da Adivipar-PR 2024-2026
(posse em março de 2024)

Presidente
Samuel Baer Yamashita

Primeira-vice-presidente
Camille da Silva Jacinto

Segundo vice-presidente
Marcelo Duarte de Melo

Diretor de Finanças e Orçamento
José Carlos Cavalieri

Vice-diretor de Finanças e Orçamentos
Lucas André Baranoski

Secretário
Marcelo Felippi

Diretora de Eventos e Promoções
Rosemary Bremm Oliveira

Diretor de Normas Técnicas
Nataniel Pereira da Silva

Conselho deliberativo
Lucas Bremm Oliveira
Marcus Aurelius de Andrade Pezotti
Jaime de Paula Peicher
Marco Antonio Ramos
Emerson Arcenio

 

Divulgação/Abravid-DF
Divulgação/Abravid-DF

 

Em Brasília
A Abravid-DF realizou, em 4 de outubro, a palestra O vidro e as experiências humanas por ambientes mais saudáveis, inclusivos e sustentáveis. Com o apoio da Abravidro e do programa Vidro Certo, o evento gratuito se deu no auditório do campus Brasília da Universidade Paulista (Unip) e teve como palestrante Gabriel Batista. Sócio-fundador do portal Setor Vidreiro e idealizador da Rádio Vidreira, ele alertou a plateia – composta em sua maioria por estudantes de engenharia civil – sobre a importância da especificação e aplicação correta dos envidraçamentos. Como complemento ao conteúdo, foi exibido aos alunos um vídeo de apresentação do Educavidro, plataforma de educação a distância e gratuita desenvolvida pela Abravidro e Abividro.

 

 

Em Goiás
avigoNo dia 22 de agosto, a Avigo-GO realizou, em Goiânia, uma assembleia-geral que definiu sua nova diretoria para o triênio 2023-2025. Erik Vinícius Parreira (foto) foi escolhido como presidente da associação.

Diretoria da Avigo-GO para 2023/2025

Presidente
Erik Vinícius Parreira

Vice-presidente
Joaquim Ricardo de Oliveira

Secretário
Diogo Neris Vidal

Primeiro-suplente do secretário
Yalle Cunha Vieira da Paixão

Tesoureira
Denizy Alves Ferreira

Primeiro-suplente da tesouraria
Fernando Pereira

Conselho Fiscal
João Alves Parreira
Renato Francisco Battisti
Nildirene Maria de Sousa
Manoel Neto

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Caleidoscópio – outubro 2023

DADOS & FATOS

Bom, mas ruim
Os números do estudo Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), referentes a agosto, são positivos na comparação com julho, mas, segundo a entidade, ainda sinalizam perda de dinamismo na atividade econômica do setor.

Horas trabalhadas
O índice teve recuo de 0,1%. No primeiro semestre, ele intercalou resultados positivos e negativos, mantendo-se num patamar de estabilidade. Comparando-se a agosto de 2022, houve recuo de 3,3% – apesar de que, segundo a CNI, esse mês apresentou uma alta que destoou do restante do ano passado.

Faturamento
Em relação ao faturamento das empresas, houve aumento de 0,6 ponto percentual. Apesar do avanço, o indicador está em trajetória de queda desde o início do segundo trimestre. Além disso, levando-se em conta o resultado de agosto do ano passado, o número mostra queda de 2,5%.

Capacidade instalada
Outro indicador que manteve estabilidade frente a julho: aumento de apenas 0,1 ponto percentual, alcançando a marca de 78,5 pontos. Após trajetória de queda durante o primeiro semestre, a utilização da capacidade instalada das empresas teve variação pequena nos últimos dois meses.

 

 

FIQUE POR DENTRO

Crédito: Dirk/stock.adobe.com
Crédito: Dirk/stock.adobe.com

 

Sustentabilidade que gera lucro
A AGC iniciará estudos para produzir e vender metanol gerado a partir do CO2 capturado na produção de vidro arquitetônico em sua planta de Kashima, no Japão. A ideia é comercializar o combustível a partir de 2030, com a ajuda de tecnologia desenvolvida pela Mitsubishi Gas Chemical, parceira da AGC nesse assunto. Será o primeiro caso mundial de produção e venda do chamado “metanol verde” obtido a partir da fabricação de vidro. A medida faz parte dos planos da usina de alcançar emissão zero de carbono até 2050.

 

 

RETROVISOR

Pioneira
Em O Vidroplano de outubro de 1994, nossos leitores puderam ler a cobertura da Feira Internacional da Indústria da Construção, mostra voltada para o setor da construção civil realizada em agosto daquele ano. Um dos destaques do evento foi o Salão da Indústria do Vidro (SIV), promovido pela Abravidro, uma espécie de embrião do que viria a ser a Glass South America.

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conheça os tipos e tolerâncias de empenamento em laminados

Entre as atualizações presentes na norma ABNT NBR 14697 — Vidro laminado, publicada em fevereiro deste ano, estão os requisitos e métodos de avaliação do empenamento nesse tipo de vidro. A versão anterior do documento não continha informações referentes a esse tópico.

Nesta edição de O Vidroplano, o “Por dentro das normas” apresenta as variedades de empenamentos, bem como suas respectivas tolerâncias. Na próxima edição desta seção, serão abordados os métodos de avaliação para cada um deles.

Tipos
De acordo com a ABNT NBR 14697, as peças do vidro laminado estão sujeitas a:

1. Empenamento total: trata-se de uma flecha que a peça ou a chapa de vidro pode apresentar em função do seu processo de fabricação, tratamento térmico (no caso de peças temperadas ou termoendurecidas) e/ou processo de laminação, conforme ilustrado na figura a seguir:

empenamento1

2. Empenamento localizado: há duas formas para o surgimento dessa deformação:

a) Ondas de rolete (roller wave): podem ocorrer em distâncias relativamente curtas, no plano do vidro, causadas tanto no processo de fabricação do vidro como no tratamento térmico horizontal – nesse caso, a ondulação formada é caracterizada pela formação de picos e vales (ver figura a seguir);

empenamento2

b) Empenamento local: é causado por marcas de pinças e constituído por uma deformação pontual e localizada, oriunda do processo de tratamento térmico vertical. A figura abaixo representa esse tipo de empenamento.

empenamento3

3. Elevação de borda (dianteira e traseira): pode ser gerada no processo de tratamento térmico horizontal; portanto, só pode ser observada e medida em vidros laminados termicamente tratados (ver figura abaixo).

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Tolerâncias para empenamento de peças acabadas de vidros laminados

empenamento5

Importante: a norma do laminado determina que o processador deve ser consultado nos casos de vidros termicamente tratados em formato quadrado, com ângulos menores que 90 graus ou serigrafados, uma vez que as tolerâncias apresentadas acima podem ser diferenciadas.

Atenção!

  • Os empenamentos total e localizado, bem como a elevação de borda (edge kink) do vidro termicamente tratado a ser usado na composição do laminado, têm maior relevância e maior necessidade de controle quando comparados com o vidro termicamente tratado monolítico. Isso ocorre porque, em geral, para o monolítico, essas características estão relacionadas apenas às distorções ópticas e aos efeitos estéticos do vidro; já no termicamente tratado a ser laminado, além de essas características poderem gerar distorções ópticas mais acentuadas (devido à sobreposição de duas ou mais lâminas do material), elas podem também contribuir para o surgimento de outros defeitos, como bolhas de ar e delaminações pós-instalação do sistema de envidraçamento;
  • Os vidros termicamente tratados que irão compor o laminado devem atender os requisitos das suas normas técnicas: ABNT NBR 14698 — Vidro temperado e ABNT NBR 16918 — Vidro termoendurecido;
  • A ABNT NBR 14697 recomenda, com o objetivo de evitar futura delaminação, que o processador tenha um cuidado maior quanto à disposição das chapas na montagem do laminado, de forma a assegurar o maior paralelismo possível entre os vidros.

 

Associe-se e acesse o ABNT Coleção!
As empresas associadas à Abravidro têm acesso online à ABNT NBR 14697 e a todas as normas técnicas do Comitê Brasileiro de Vidros Plano (ABNT/CB-37), além de outras normas selecionadas relacionadas a nosso material, por meio do sistema ABNT Coleção.

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Cris Martins

Educavidro – Outubro 2023

Trilhas: o caminho do conhecimento

As trilhas têm o objetivo de reunir, num só lugar, as informações necessárias para a atuação dos profissionais envolvidos com nosso material.

Trilha arquitetos, engenheiros e designers – Introdutório
Reúne informações essenciais para orientar os profissionais na correta especificação do vidro, como os diferentes tipos do material, suas características e aplicações.

Trilha arquitetos, engenheiros e designers – Avançado
Voltada para especificações de excelência nos mais diversos projetos.

Trilha bombeiros
Desenvolvida para oferecer um conhecimento aprofundado sobre o uso do material em edificações e sua relevância na segurança contra incêndios.

Trilha mercado vidreiro
Apresenta informações relevantes para auxiliar quem está começando no setor vidreiro ou já trabalha no setor.

Trilha síndicos
Tem informações para que síndicos saibam escolher o vidro certo para seu condomínio.

Trilha vidraceiros – Introdutório
Pensada para facilitar o aprendizado dos vidraceiros sobre os tipos de vidros existentes no mercado, características e aplicações.

Trilha vidraceiros – Avançado
Contém aulas que complementam o aprendizado dos vidraceiros sobre a correta especificação, além de várias informações para potencializar o uso dos benefícios oferecidos pelo vidro de acordo com as necessidades dos clientes.

Inscreva-se na plataforma. É de graça e totalmente online!

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Termômetro Abravidro – Setembro 2023

MONITORAMENTO MENSAL DO DESEMPENHO DA INDÚSTRIA DE PROCESSAMENTO DE VIDROS BRASILEIRA
Desempenho – Setembro 2023

A percepção sobre o desempenho da indústria nacional de processamento de vidros foi de queda pequena nas vendas faturadas em m² em setembro de 2023 em relação a agosto.

O indicador de desempenho da indústria de processamento de vidros registrou queda de 0,3% no volume de vendas faturadas de vidros processados no mês, na comparação com agosto, sem ajustes sazonais. O número representa um cenário de estabilidade no período. O acumulado de 2023 segue negativo, com baixa de 13% na comparação com 2022.

Metodologia
A coleta de dados foi realizada nos cinco primeiros dias úteis deste mês, por meio de formulário online. O estudo pode ser respondido por processadoras de todo o Brasil (118 participaram desta edição).

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Para todos os gostos

Ecletismo é o foco desta edição de O Vidroplano. Trazemos para você, leitor, um pouco de vários tipos de conteúdo.

Quer assunto técnico? A reportagem de capa (clique aqui), sobre o processo de furação/recorte no beneficiamento do vidro, vai explicar as diferenças entre essas tarefas feitas de forma manual e automática, além de apontar os benefícios dos maquinários disponíveis no mercado atualmente. Tem ainda a seção “Por dentro das normas” (clique aqui), explicando os requisitos e métodos de avaliação do empenamento de laminados, segundo a norma técnica desse produto.

Quer inspiração para o uso de nosso material na decoração? Vá para seção “Para sua vidraçaria” (clique aqui), que fala sobre aplicações diferenciadas de espelho – incluindo espelhos infinitos, magic mirrors e em formatos orgânicos. Ou, então, clique aqui e leia a respeito de mostras de arquitetura pelo País nas quais o vidro teve destaque.

Quer ver grandes obras envidraçadas? Pois o “Vidro em obra” aparece em dose dupla este mês. Conheça a sala para concertos Maraya Concert Hall (clique aqui) e sua inesquecível fachada espelhada no meio do deserto da Arábia Saudita – e confira também a Casa Verde (clique aqui), exemplo nacional de residências de luxo modernas que apostam na transparência.

Boa leitura!

Iara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Para montar

Você se lembra da febre por construções feitas com contêineres que tomou arquitetos e designers há alguns anos? Pois isso ficou no passado – ao menos é o que pretende a empresa chinesa Volferda, especializada na pesquisa e desenvolvimento de soluções modulares para residências.

A fabricante criou uma linha de casas envidraçadas. São seis modelos diferentes disponíveis, equipados com sistema elétrico, de água e de ar-condicionado. Cada um deles tem tamanho e configuração próprios (espaço para uma ou duas camas, bar, sacada etc.). Alguns podem ser empilhados, formando assim construções com dois andares.

Todos contam com janelas de temperados e coberturas de laminados – uma forma de garantir a integração entre o interior e o ambiente externo. Até por isso, são indicados para hotéis à beira-mar, chalés e demais empreendimentos de hospedagem em meio à natureza. Já imaginou suas férias cercado por vidro?

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Divulgação Volferda

A falta de resposta é também uma resposta

rafaelribeiro-out2023Dezembro se aproxima e já não há dúvidas: 2023 não deixará saudades. Um ano difícil para a cadeia vidreira, com resultados abaixo do esperado nas análises de começo de ano — as quais já eram conservadoras devido ao momento político de troca de governo. A última edição do Termômetro Abravidro aponta para estabilidade nas vendas faturadas em setembro em relação a agosto. Com isso, a expectativa de que o segundo semestre trouxesse novo fôlego vai ficando para trás. Ainda falando em números, setembro registrou também uma pequena baixa no volume de importações, embora a média do ano continue alta.

Em períodos assim, além de lidar com os resultados ruins, queda de rentabilidade das nossas empresas e outros problemas, temos de conviver diariamente com os desafios da informalidade e seus impactos para quem trabalha de forma séria.

Há meses venho falando neste espaço sobre esse tema. O Grupo de Trabalho Concorrencial (GTC) da Abravidro, em atuação há mais de um ano, identificou o modus operandi dos descaminhos na busca por acabar com as janelas de oportunidade para quem atua de maneira desleal.

A Abravidro já formalizou denúncias a duas usinas de base sobre casos bem fundamentados, mas as respostas e ações não têm ocorrido na velocidade necessária para combater as práticas que tanto prejudicam o nosso setor. A falta de resposta e a inação trazem grande preocupação. Em um mercado concentrado como o nosso, a capacidade de solução dos problemas muitas vezes está nas mãos das empresas, de quando em quando até de forma mais eficaz que no contato com autoridades públicas, que costuma ter resultados lentos. Porém, é preciso haver interesse em resolver — e não é isso que temos visto da parte dos nossos interlocutores. Se não caminharmos juntos, vai ser cada vez mais difícil vencer essa batalha.

Rafael Ribeiro
Presidente da Abravidro
presidencia@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Marcos Santos

Educavidro – Setembro 2023

Cursos e trilhas: quais as diferenças?

O conteúdo ágil e dinâmico oferecido pelo Educavidro está agrupado de duas maneiras:

Cursos temáticos
São treze disponíveis, cada um abordando aspectos específicos. O aluno pode escolher o tema e a sequência de cursos de maior interesse.

  • Aplicações do vidro
  • Certificações de edifícios
  • Especificação de fachadas
  • Introdução à eficiência energética
  • Introdução do vidro na arquitetura
  • Normas do vidro
  • Prática Recomendada – ABNT PR 1010
  • Vendendo vidro
  • Vidros de segurança
  • Vidros de uso específico
  • Vidros mais utilizados
  • Vidros resistentes ao fogo
  • Vidros revestidos

Trilhas profissionais
São indicadas para perfis profissionais cujo interesse está em informações necessárias para suas atividades do dia a dia envolvendo nosso material. Existem sete disponíveis:

  • Mercado vidreiro (profissional que está começando a atuar nesse setor ou que quer se atualizar)
  • Vidraceiros (dividida em níveis introdutório e avançado)
  • Arquitetos, engenheiros civis e designers ou estudantes dessas áreas (dividida em níveis introdutório e avançado)
  • Bombeiros
  • Síndicos

Inscreva-se na plataforma. É de graça e totalmente online!

Este texto foi originalmente publicado na edição 609 (setembro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.