Turma de agosto do PPCPE reúne processadores de diversos Estados

Nos dias 12 e 13 de agosto, processadores estiveram em São Paulo para aprender a potencializar seu processo produtivo com o módulo de Planejamento, Programação, Controle da Produção e Estoques (PPCPE), um dos braços da Especialização Técnica Abravidro. O curso mostra-se fundamental neste momento, não só por conta da promessa de aquecimento da construção civil, tão comum no segundo semestre, como também para o momento pós-pandemia, o qual, enfim, parece ser avistado no horizonte.

O treinamento, realizado de modo presencial, respeitou todas as medidas de saúde exigidas pelas autoridades sanitárias no combate à pandemia da Covid-19, incluindo distanciamento e uso obrigatório de máscaras pelos dos participantes.

Maior eficácia
Ministrado pelo instrutor técnico Cláudio Lúcio da Silva, um dos maiores especialistas brasileiros no beneficiamento de nosso material, o PPCPE é um PCP pensado exclusivamente para a rotina das processadoras vidreiras. Todos os processos de uma empresa do setor são abordados: da programação da produção à realização de pedidos, passando ainda pelo controle de estoques. Uma das questões que afligem as companhias neste momento é: “Será que, ampliando-se o parque industrial, também se ampliarão os problemas?”. Cláudio tem a resposta para a reflexão: “Aqui, tranquilizamos os alunos, pois ensinamos a técnica para que esse processo seja feito com menor sacrifício para todos, gerando maior produtividade e com melhor gestão”.

A versatilidade do módulo facilita a aprendizagem, já que é indicado para diversos tipos de profissional, incluindo operadores do setor de planejamento e controle de produção (plano de corte); gestores do sistema de atendimento a pedidos dos clientes; profissionais ligados às áreas de vendas, logística e produção; e programadores, analistas e técnicos especializados.

Quem faz, aprova!
Veja a opinião de quem participou da turma de agosto do PPCPE. Em outubro, será formada mais uma – veja as informações no quadro abaixo.

“O que me motivou a fazer esse curso foram as boas indicações de alguns amigos temperadores e as melhorias que eu pude ver, in loco, na empresa desses colegas”
André Catini, Real Temper (SP)

“O curso me surpreendeu positivamente. Foram abordados temas que precisam ser melhorados em nossa empresa. Então, há bastante para agregar, desde o controle de PCP até a gestão de problemas dentro de fábrica. O que é apresentado aqui é uma forma nova de trabalhar, uma maneira diferente de produzir vidro”
Adriane Schunck, Bonneville Vidros (SP)

“A gente já consegue visualizar o conteúdo sendo aplicado em nosso pátio fabril”
Dércio Ronieri, Vitral Vidros Planos (MG)

“Creio que imediatamente após o treinamento vamos começar a implementar alguns dos métodos ensinados pelo professor Cláudio. Todos que estiveram nas aulas ganharam muito conhecimento”
Claudio Pereira, Termari Vidros (ES)

Inscrições para a próxima turma
Data: 7 e 8 de outubro
Local: Avenida Francisco Matarazzo, 1.752, Água Branca, São Paulo, SP
Como se inscrever: fale com a área de Atendimento da Abravidro pelo telefone (11) 3873-9908 ou envie e-mail para rsilva@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Processadora paulista é vendida

A processadora Diamante Têmpera de Vidros, de São Caetano do Sul, no ABC paulista, foi adquirida em agosto pelo empresário e empreendedor Diego Rodrigues Marangon. O executivo Luiz Thadeu de Almeida Júnior ocupará o cargo de CEO da indústria fundada pela família Musumeci e presente há mais de 25 anos no mercado. A Coral Vidros, empresa do grupo que comercializa o material para o consumidor final, também faz parte do negócio.

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Setor vidreiro fica de luto

Milton de Oliveira, fundador da processadora Mary Art, de Guarapuava (PR), faleceu aos 82 anos, no dia 17 de agosto dia em que a empresa completou 50 anos de atuação no mercado vidreiro. A família de Oliveira é bastante atuante no segmento: sua filha, Rosemari Bremm, é membro do Conselho Fiscal da Abravidro; seu neto, Lucas Bremm, é o atual presidente da Adivipar.

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Abravidro participa de curso na Mackenzie

A turma do “8º Curso de Extensão Arquitetura e Construção: Materiais, Produtos e Aplicações”, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, participou do módulo sobre vidros nos dias 30 de agosto a 2 de setembro. Vera Andrade, coordenadora técnica da Abravidro, ministrou as duas primeiras aulas, levando aos estudantes a história, os tipos e a cadeia produtiva do material, dados de seu consumo e as principais normas técnicas vidreiras da ABNT. Os dois últimos dias foram ocupados por Débora Constantino, consultora técnica da Cebrace, empresa parceira da entidade no módulo desde a 1ª edição do curso. Seu conteúdo incluiu as propriedades dos espelhos, peças de controle solar, conceitos da acústica e o desempenho que o vidro oferece nas suas mais variadas composições.

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Forno de float usa hidrogênio como fonte de energia

A planta da Pilkington em St. Helens, no Reino Unido, anunciou seu êxito na fabricação de vidros arquitetônicos utilizando hidrogênio para a alimentação do forno. Segundo a empresa, um dos braços do Grupo NSG, trata-se do primeiro teste de âmbito mundial: com o sucesso no experimento, estuda-se a possibilidade do uso do hidrogênio para gerar energia para toda a produção na fábrica. A iniciativa é parte do projeto HyNet Industrial Fuel Switching, lançado para diminuir a geração de carbono nos processos industriais no Noroeste do país.

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Guardian anuncia mudança na equipe

Renato Sivieri (à esquerda) deixou a diretoria-comercial para a América do Sul da usina de base. Ele agora responde, desde 1º de setembro, pelo time de Marketing para as Américas, com base em Michigan, Estados Unidos. Com a mudança, Renato Poty (à direita), atual country manager da Guardian no Brasil, passa a ter maior participação nas atividades da área comercial. Rafael Rodrigues, gerente-sênior de Vendas, segue como principal ponto de contato com os clientes.

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

GPD Finlândia é adiado

A organização do congresso vidreiro mais importante do mundo, o Glass Performance Days, anunciou que a próxima edição do evento, que seria realizada em outubro, foi adiada para os dias 16 a 18 de fevereiro de 2022. Os motivos são as restrições causadas pela pandemia. Pela primeira vez, o GPD Finlândia acontecerá durante o inverno – e a organização garante que a natureza e os céus da região oferecerão um espetáculo visual único nessa época aos visitantes. O formato planejado será híbrido – ou seja, tanto online como presencial –, de modo a preservar a essência do congresso em relação ao networking dentro de uma programação abrangente.

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Mostras de arquitetura voltam a ser realizadas

Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, eventos presenciais estão aos poucos sendo retomados pelo Brasil. Este mês, três exposições de arquitetura e design podem ser visitadas em Goiás, Pernambuco e São Paulo – e, como de costume, é possível encontrar vidros e espelhos em seus ambientes. Confira alguns destaques!

 

RIOMAR CASA
(26 de agosto a 26 de setembro — RioMar Shopping, Recife)

Valorizando o verde
A cor verde está bastante presente no Bangalô da Praia, elaborado pelo arquiteto Paulo Veloso – e ela não se restringe à pintura nas paredes: peças laminadas de controle solar Vivix Performa Duo Verde Intenso (foto), da Vivix, foram aplicadas no ambiente não só para a otimização do seu conforto térmico interno, mas porque sua tonalidade harmoniza com as cores previstas no projeto. O banheiro do bangalô também conta com o espelho Vivix Spelia incolor.

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Beleza com utilidade
Vidros pintados Vivix Decora Nude foram utilizados pelos arquitetos Thyago Amaral e Igor Santos, sócios do escritório Morais Amaral Arquitetura, para revestir uma das paredes do Quintal Corporativo (foto). As peças não estão lá apenas pela sua beleza. A ideia foi conferir ao ambiente uma parede multifuncional, com coloração que conversasse com o espaço e que pudesse trazer outro uso, possibilitando anotações e desenhos em sua superfície (detalhe).

Casa de Vidro
Esse é literalmente o nome dado pela processadora Sanvidro ao espaço projetado por ela para a mostra (foto). Como o objetivo é destacar a versatilidade do vidro, nosso material é visto aplicado das mais diversas formas — há temperados e laminados com tecido utilizados como piso e mobília, além de peças nas cores branca e nude da linha Vivix Decora revestindo as paredes.

 

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CASA COR GOIÁS
(28 de agosto a 12 de outubro — Flamboyant Shopping Center, Goiânia)

Privacidade com elegância
O Lounge Vitrine Flamboyant, assinado pela arquiteta Milena Niemeyer, foi concebido para ser um marco de boas-vindas aos visitantes da Casa Cor Goiás 2021. O ambiente é composto por um centro circular de bate-papos, descanso e apoio para conexão – nesse sentido, as várias divisórias douradas de vidro canelado (foto), fornecido pela Cinex, contribuem para garantir a privacidade visual e o distanciamento entre as pessoas, sem comprometer a sensação de amplitude do espaço e agregando elegância a ele.

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Reflexos por todos os lados
Grandes espelhos Cebrace na cor prata (foto), fornecidos pela MS Vidros e Esquadrias, revestem parte das paredes da Sala de Banho Aldeia, idealizada pelo arquiteto Leo Romano. O que não falta no ambiente, aliás, são espelhos. Peças emolduradas decorativas, executadas pela Movelaria Brasileira, distribuem-se em pontos de destaque visual na sala de banho.

 

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CAMPINAS DECOR
(3 de setembro a 2 de novembro — Colégio Técnico de Campinas (Cotuca), Campinas, SP)

Diversas possibilidades para o vidro
Como o próprio nome indica, o Espaço Viver Guardian (foto), criado pela designer de interiores Fabrícia Pellizzon e pelo arquiteto Fernando Pellizzon, do estúdio Pellizzon Arquitetura e Interiores, não poderia deixar de trazer vários produtos da fabricante. O ambiente conta com portas e boxe de vidro ReflectGuardian (refletivo voltado para interiores), paredes revestidas com peças pintadas da linha DecoCristal nas cores branco e off white, janelas com vidro de conforto térmico ClimaGuard SunLight e espelhos Guardian Evolution, além de um vidro pintado na cor azul, criado especialmente para a Campinas Decor em parceria com a Color Vidros. Os produtos foram processados pela Cyberglass e fornecidos pela Vidraçaria Decorvid.

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Retrofit que veio para ficar
A Campinas Decor 2021 está sendo realizada no antigo prédio do Colégio Técnico de Campinas (Cotuca). Fechado desde 2014 por falta de condições de uso, graças ao convênio firmado entre a organização da mostra e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o imóvel, construído em 1918, foi reformado e modernizado, reforçando a política da Campinas Decor de recuperar espaços do patrimônio público. Uma dessas mudanças é o uso do vidro de controle solar ClimaGuard SunLight, da Guardian, na fachada do Cotuca (foto), o que deve contribuir para aumentar o conforto térmico dos ambientes e o bem-estar de alunos e professores após o término da exposição.

 

Casa nova e aberta para visitas
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Outro evento que voltará ao formato presencial em 2021 é a Casa Cor São Paulo, considerada a maior e mais reconhecida mostra do segmento de arquitetura, decoração, design e paisagismo das Américas. Este ano ela será realizada no novo espaço de eventos multiuso da capital paulista, o Parque Mirante, anexo ao estádio Allianz Parque. Segundo a organização, o local estará preparado para obedecer aos protocolos sanitários e garantir a integridade física de todos nesse período de pandemia. A Casa Cor SP 2021 começa em 21 de setembro e segue até 15 de novembro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vidro traz possibilidades na comunicação visual

Você certamente já leu a frase presente no título desta reportagem em outras ocasiões. Há um bom motivo para isso: as imagens são partes indispensáveis da comunicação visual – isto é, toda forma de comunicação expressa por meio exclusivo da visão. Enquanto textos precisam ser lidos e interpretados, elementos visuais como logomarcas, desenhos e outros recursos trazem agilidade na transmissão e recepção da mensagem.

E o que o vidro tem a ver com isso? Muito. Nosso material pode proporcionar diferentes soluções nesse sentido, das mais simples às mais sofisticadas. Na seção “Para sua vidraçaria” deste mês, pegamos o gancho da matéria especial sobre serigrafia (para lê-la, clique aqui) para mostrar algumas possibilidades visuais com vidro e por que pode ser bastante interessante incorporá-las ao seu negócio.

Versatilidade
Segundo a arquiteta Fernanda Quintas, supervisora de Marketing e Especificação Técnica da PKO do Brasil, o uso de vidros e espelhos como elementos para a comunicação visual é uma ótima opção para propagar a identidade de marcas e produtos de forma moderna. “Materiais extremamente versáteis, eles vêm ganhando ao longo do tempo novos usos e aplicações”, comenta.

Viviane Moscoso, gerente de Produto da Vivix, destaca que essa versatilidade e praticidade possibilitam um universo de transformações criativas. “É possível desenvolver toda a comunicação de um projeto utilizando o vidro como base”, diz. “Hoje, a impressão digital permite reproduzir logos, imagens e efeitos no vidro, inclusive com a sensação de efeito 3D.”

Outras vantagens oferecidas pelo nosso material nesse segmento são destacadas por Ana De Lion, gerente de Desenvolvimento de Mercado de Vidros para Construção Civil da AGC. A profissional explica que, por serem produtos de superfícies regulares e acabamentos diferenciados, oferecer possibilidades de cores e trazer características visuais distintas, que vão da reflexão à transparência e até mesmo a opacidade, “os diferentes tipos de vidro e espelho podem ajudar a promover qualquer modelo de sinalização ou comunicação”.

Como usar?
“Vidros podem ser utilizados em revestimentos, fachadas, construção de totens, placas, displays etc.”, aponta Viviane Sequetin, gerente de Marketing da Guardian para a América do Sul. Para essas aplicações, opina, os produtos mais indicados são as peças pintadas, refletivas e os espelhos.

Conforme mencionado anteriormente, a impressão digital é uma das soluções mais modernas presentes no mercado para o uso de textos e imagens na superfície das chapas. Já no caso de vidros pintados, os revestimentos feitos com esses produtos também podem desempenhar a função de lousa, permitindo que sejam feitas anotações e desenhos na superfície.

Em vitrines, a transparência acaba sendo a qualidade mais desejada para que haja comunicação visual. “Para isso, a opção mais interessante são os vidros antirreflexo, que possibilita ver através do material sem interferências – numa vitrine, o papel do vidro quase sempre é valorizar a visibilidade do interior do espaço”, comenta Mônica Caparroz, gerente de Marketing da Cebrace. Outras opções interessantes para esse tipo de utilização são peças extra clear e o uso de fitas de LED para a iluminação dos displays.

No caso de laminados, elementos visuais como fotografias podem ser aplicados junto ao interlayer. Outra possibilidade são os interlayers de LCD, os quais permitem mudar o estado do laminado de transparente para opaco e até transformá-lo numa tela para projeção de imagens.

São muitas as formas de uso de vidros e espelhos como elementos de comunicação visual, como pode ser visto nas fotos presentes ao longo desta reportagem. A criatividade do especificador é o limite.

Trazendo a comunicação ao seu negócio
Trabalhar com peças de valor agregado, como vidros refletivos e pintados, é essencial se sua empresa pretende atuar na área de projetos de comunicação visual. “A vidraçaria que busca diferenciação deve ter esses produtos em catálogo para poder ofertar um mix mais rico, levando inovação para seu cliente e, consequentemente, aumentando seu lucro”, avalia Viviane Sequetin, da Guardian.

Ana De Lion, da AGC, destaca que o universo da construção e reforma está sempre promovendo novas opções e muda constantemente. “Estar conectados a essas mudanças é uma maneira de termos condições para acompanhar as necessidades de um consumidor cada vez mais antenado com as tendências e possibilidades”, alerta. “Se ele não encontrar as soluções que busca em seu fornecedor, com certeza buscará uma opção no concorrente.”

Um ponto importante que o vidraceiro deve ter em mente é que produtos especiais precisam de cuidados especiais. Esse é o caso, por exemplo, do vidro polarizado Privacy Glass, da PKO do Brasil. “É fundamental atentar-se ao dimensionamento do caixilho considerando folgas, calços e o barramento de cobre presente no vidro polarizado, de modo a ‘esconder’ este último e evitar a pressão em excesso sobre a peça”, orienta Fernanda Quintas. “Além visuaisdisso, a vedação deve ser feita sempre com silicone neutro, pois o silicone acético provocará delaminação.” Em geral, as fabricantes recomendam que as vidraçarias sempre consultem os manuais que elas disponibilizam com os cuidados necessários para cada produto, a fim de garantir que eles proporcionem a aparência e o desempenho esperados.

A atenção com essas soluções especiais para comunicação visual e a dedicação em levá-las aos seus clientes certamente valerão a pena. “Sempre haverá uma maneira de utilizar o vidro a favor da inovação, do requinte, do novo, de fazer diferente e melhor”, frisa Viviane Moscoso, da Vivix. “Consequentemente, essa criatividade repercutirá em excelentes resultados financeiros para a sua vidraçaria.” Mônica Caparroz, da Cebrace, completa: “A vidraçaria é a referência do consumidor final e o braço direito do arquiteto. Quando o cliente enxerga o produto aplicado e entende sobre a sua variedade e os tipos de aplicação, novas possibilidades que mexem com o desejo desse comprador ou especificador se abrirão”.

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

À espera da normalidade

Um dos principais destaques deste mês em O Vidroplano é uma matéria até relativamente pequena, mas que traz esperança para o retorno do “antigo normal”, nossa vida antes da pandemia. Nela (clique aqui para lê-la), nossa equipe mostra aplicações envidraçadas de algumas mostras de decoração e arquitetura que já voltaram a funcionar presencialmente, como a Casa Cor GO e RioMar Casa (no Recife). Ainda que com os devidos cuidados de saúde e distanciamento, esses eventos revelam a perspectiva de um retorno breve e gradual às atividades de sempre, graças à campanha de vacinação contra a Covid-19.

A reportagem de capa tem uma ligação com esse tema: os vidros serigrafados conquistaram um espaço importante no mercado vidreiro, e frequentemente são a escolha de arquitetos para o uso na decoração de interiores, por exemplo. Clique aqui para conferir um panorama sobre as técnicas de serigrafia mais conhecidas.

Na seção “Para sua vidraçaria” (clique aqui), vidro, cores e imagens também estão presentes. Pegando o gancho da matéria de capa, falamos sobre como nosso material pode proporcionar diferentes soluções envolvendo elementos visuais, logomarcas e desenhos.

Torço para lhe encontrar em breve, devidamente vacinado, em algum evento vidreiro.

Boa leitura!

Iara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conheça mais sobre vidros serigrafados

Desde o momento em que passar mais tempo em casa por conta da pandemia virou o “novo normal”, O Vidroplano vem chamando a atenção para as possibilidades abertas para nosso material. Na busca por residências e ambientes de trabalho mais confortáveis, integrados e seguros, o vidro apresenta-se como a aposta certeira para arquitetos, designers e decoradores de interiores.

Este mês a revista conversou com fabricantes de maquinários e processadoras com o objetivo de expor a situação atual de um produto que se encaixa nesse conceito de versatilidade, oferecendo as mais diversas possibilidades de aplicação: os vidros serigrafados. Nas próximas páginas, entenda como é o trabalho com eles e conheça as tendências atuais, assim como a situação do mercado desses itens.

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Conceito
Serigrafia é o termo usado para se referir às diversas técnicas de pintura e impressão de imagens ou padrões em peças de vidro. Para trabalhos envolvendo construção civil e decoração, as mais usadas são:

Telas: a mais simples e antiga de todas. Aplica-se a tinta por meio de uma tela de tecido sintético. Pode ser manual, com um operador responsável por espalhar a tinta usando uma espécie de rodo, ou automática. Com ela, é possível criar formas e desenhos de mais de uma cor;

Digital: feita por impressoras que espalham microgotas de tinta sobre a superfície do vidro. É o processo mais tecnológico existente, pois pode imprimir imagens em alta resolução e reproduzir texturas com fidelidade, além de, dependendo do tipo de maquinário, ser totalmente automatizado;

Pintura com rolo: um sistema automático de cilindros espalha a tinta de forma contínua sobre uma das faces da chapa. Indicado para aplicações chapadas e monocromáticas;

Sistema de pistolas: um operador manuseia uma pistola, ligada a um compressor de ar, para pintar as peças. Também é indicado para aplicações chapadas e monocromáticas.

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Em crescimento?
De acordo com as fontes consultadas para esta reportagem, a demanda por vidros serigrafados vem crescendo nos últimos anos – e pode aumentar mais ainda, dadas as novas tendências surgidas com a pandemia. “Houve uma crescente e significativa procura pelo conhecimento da tecnologia e pela aplicação, tanto para os serigrafados comuns como para a impressão digital”, analisa Márcio Marcon Takara, consultor técnico comercial da processadora Brazilglass.

A demanda por esses produtos em nosso país e também no continente é atestada pelas empresas que atuam no setor. “A América do Sul é mais impactada por esses vidros do que a América do Norte, especialmente no setor de arquitetura”, comenta Yariv Ninyo, gerente de Desenvolvimento de Negócios da israelense Dip-Tech, empresa que pertence ao grupo estadunidense Ferro. “No Brasil, esse mercado é muito ativo no segmento automotivo e, em geral, nossos clientes não estão passando por um momento de desaceleração.”

No entanto, assim como em relação a outras soluções de valor agregado, o conhecimento sobre as características e benefícios dos materiais precisa chegar aos potenciais consumidores. Somente assim seu uso terá crescimento constante. “Infelizmente, o produto ainda é desconhecido por alguns arquitetos, justamente nosso público-alvo”, revela Hugo Taboas, gerente-geral da beneficiadora Saint-Germain Vidros. “Mesmo assim, o fato de termos realizado obras importantes junto a parceiros nos últimos tempos, como o VLT Carioca e o Cine Leblon, no Rio de Janeiro, nos dá uma boa perspectiva para o futuro.”

Tendências contemporâneas
Takara menciona que há maior procura, por parte de arquitetos, de vidros impressos digitalmente, inclusive para estruturas de grande porte como fachadas. “Já para a decoração interna, designers de móveis gostam de impressão e de peças pintadas a rolo, cuja aplicação deixa o ambiente muito mais charmoso e sofisticado, porém leve e agradável, conforme o desejo do cliente.”

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Artistas plásticos também se interessam pela impressão, pois podem reproduzir seus trabalhos em chapas de nosso material, garantindo que os detalhes das obras sejam bem definidos, graças à alta resolução das imagens. “Estamos desenvolvendo novos projetos em conjunto com esses profissionais. O resultado de um deles faz parte da 34ª Bienal de São Paulo”, revela. A obra à qual Takara faz referência, criada pela artista plástica Regina Silveira, é um labirinto de placas envidraçadas “furadas” por tiros, mas que, na verdade, ganharam um padrão impresso que simula vidros estilhaçados. A instalação é uma crítica à violência sufocante das metrópoles.

Para a processadora Speed Temper, o futuro está exatamente nos vidros com impressão. Mesmo assim, outras técnicas continuam fazendo sucesso. “Os serigrafados com tela também seguem em alta, principalmente as chapas na cor branca”, aponta Camilo Poltronieri Pereira da Silva, operador dos maquinários de serigrafia da empresa. A busca pela estética clean e sóbria parece estar por trás desse movimento.

Em âmbito mundial, a principal tendência não está na aplicação em si, mas no processo produtivo. Ninyo, da Dip-Tech, acredita que o setor de beneficiamento de vidro está no caminho certo para colocar a impressão digital dentro das grandes linhas de produção. Para ele, a serigrafia pode se tornar, em breve, uma parte integrada do portfólio de produtos das empresas, não mais uma solução tratada como algo separado. “Como o impacto da Covid-19 ainda é sentido na maioria das regiões, a decisão de investimento em máquinas é lenta; porém, o interesse de nossos clientes e possíveis compradores por tecnologia ainda é alto.”

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Desafios no processamento
Para os interessados em trabalhar com serigrafia, vale ficar de olho em algumas necessidades básicas para a produção. Os vidros extra clear, com baixo teor de ferro, são menos “esverdeados” do que o float comum – por isso, são uma opção para garantir máxima fidelidade às cores escolhidas pelo cliente, já que não altera a tonalidade da tinta aplicada.

De forma a garantir a qualidade final dos produtos, o ambiente da processadora precisa estar controlado em relação a:

– Temperatura;

– Pressão;

– Umidade relativa do ar; e

– Higienização.

“Como o material é sensível, a limpeza é fundamental no processo”, explica Taboas, da Saint-Germain Vidros. “Os desafios são grandes nesse sentido. O ideal é contar com uma sala limpa e uma lavadora que use água desmineralizada.” Conhecimento técnico para as aplicações também é necessário, seja para o manuseio dos equipamentos eletrônicos, como as impressoras, ou para a aplicação das técnicas manuais – no controle dos níveis de opacidade das tintas, por exemplo.

Uma grande questão durante o processo é como manter os mesmos tons das cores em peças diferentes. Segundo o instrutor técnico da Abravidro, Cláudio Lúcio da Silva, além de mão de obra qualificada e equipamentos adequados, deve-se fazer a serigrafia em vidros do mesmo fabricante – preferencialmente de um único lote de fabricação. É importante também aplicar a tinta do mesmo lado das chapas em todos os vidros, seja do lado “ar” ou do lado “estanho”.

Importante reforçar que, assim como para qualquer outra etapa do beneficiamento, a escolha das máquinas e impressoras deve sempre levar em conta a capacidade produtiva da empresa e o tipo de cliente que atende.

De olho no futuro
Como já comentado, a impressão em uma linha de produção única e contínua será cada vez mais comum nos próximos anos – tudo coordenado pelos conceitos da Indústria 4.0, permitindo a comunicação entre os equipamentos, assim como o controle em tempo real de diferentes parâmetros, como o consumo de tinta. Isso se tornará realidade à medida que as soluções em maquinários fiquem mais acessíveis a todos.

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As tintas também passam por mudanças: a nanotecnologia promete revolucionar a serigrafia, já que, de acordo com as fabricantes, tem melhor fixação no vidro. Mas o ponto principal para o futuro talvez seja a velocidade de trabalho. “As novas gerações de impressoras incorporam poderosos motores que garantem um processo mais rápido, sem comprometer a qualidade e confiabilidade”, comenta Ninyo, da Dip-Tech.

Qual o mercado para serigrafados?
Independentemente da técnica aplicada, esses vidros são usados nas mais diversas aplicações em diferentes setores:

Arquitetura e decoração de interiores: fachadas, divisórias, revestimentos de paredes, pisos, escadas etc.;

Moveleiro: tampos de mesa, portas de armários etc.;

Linha branca: cooktops, fornos, refrigeradores, micro-ondas etc.;

Automotivo: marcação de retículas e banda negra etc.

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Qualificação aprovada
A Especialização Técnica Abravidro tem um módulo de serigrafia focado em aprofundar a qualificação da empresa nessa área. Assim como os demais módulos do treinamento, esse é ministrado pelo instrutor técnico da Abravidro, Cláudio Lúcio da Silva, reconhecidamente um dos maiores especialistas do Brasil na área de transformação de vidros. Entre as disciplinas abordadas, estão:

– A serigrafia técnica do vidro

– O processo de serigrafia em vidro: tipos de pintura para vidro

– Elementos da serigrafia silk-screen

– A física no processo de impressão do vidro

– Parâmetros de processo

– Qualidade da serigrafia

– Rotina para resolução de problemas

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conheça o ensaio de fragmentação para termoendurecidos

Desde novembro de 2020, o processo de fabricação de termoendurecidos conta com uma norma própria — a ABNT NBR 16918 — Vidro termoendurecido —, a qual estabelece, entre outras coisas, os ensaios para avaliação do desempenho do produto. E um desses testes é o de fragmentação. Saiba como ele é feito e quais os requisitos necessários para sua aprovação.

Procedimento
A norma determina que o ensaio deve ser realizado em cinco corpos de prova (amostras do vidro a serem testadas), todos com dimensões de 360 x 1.100 mm e sem entalhes, furos ou cortes.

O corpo de prova é colocado deitado sobre uma superfície plana, sem nenhuma retenção mecânica. Para prevenir a dispersão dos fragmentos, a peça deve ser contida – apenas em seus lados – por um pequeno marco ou com fita adesiva, por exemplo, de modo que os fragmentos permaneçam unidos depois da quebra, mas sem impedir a sua dispersão.

A peça é então submetida a um impacto, utilizando uma ferramenta pontiaguda de aço, cujo raio de curvatura da ponta seja de, aproximadamente, 0,2 mm. O impacto precisa ser feito em uma posição a 13 mm da maior borda do corpo de prova, no ponto médio da borda.

Importante: caso o produto seja fabricado mediante o processo de termoendurecimento vertical, o ponto de impacto não pode ser na borda com marcas de pinças.

Conferindo a fragmentação
A análise deve excluir uma área de 100 mm de raio a partir do ponto de impacto e uma área de 25 mm ao redor de toda a borda do corpo de prova.

Cada fragmento produzido durante o ensaio tem de ser avaliado conforme as seguintes etapas:

1. Ao menos uma ponta do fragmento deve chegar até a área excluída. A recontagem das partículas e a medição das dimensões da maior partícula precisam ser realizadas entre 3 e 5 minutos depois da quebra;

2. Quando nenhuma das pontas do fragmento atingir a área excluída, produz-se uma “ilha” ou uma “partícula” para ser pesada e se obter a massa. As “partículas” são fragmentos com área inferior a 100 mm², enquanto as “ilhas” são fragmentos com área igual ou superior a 100 mm².

Para calcular a área do fragmento em mm², utiliza-se a seguinte fórmula: A (em mm²) = [Peso do fragmento / (espessura x 2,5)] x 1.000. Como exemplo, um fragmento de vidro de 6 mm de espessura e pesando 1,5 g tem uma área equivalente de 100 mm²;

3. O número de fragmentos “ilha” deve ser contado, e cada um deles precisa ser pesado;

4. Em seguida, as “partículas” são recolhidas e pesadas.

Requisitos para a aprovação
– Pelo menos quatro dos cinco corpos de prova ensaiados têm de atender os seguintes requisitos para que o produto seja classificado como vidro termoendurecido:
a. Não pode haver mais de dois fragmentos tipo “ilha”;
b. Não pode haver nenhum fragmento “ilha” com área/massa equivalente a mais de 1.000 mm²;
c. Não pode haver uma área/massa equivalente de todas as “partículas” que exceda 5.000 mm².

– Além disso, se um dos cinco corpos de provas não cumprir os requisitos acima, para que o produto seja classificado como vidro termoendurecido, este deve atender as seguintes condições:
a. Não pode ter mais de três fragmentos “ilha”;
b. A área/massa equivalente de todas as “ilhas” e “partículas” não pode exceder 50.000 mm².

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sempre alerta

editorial-set2021À medida que o segundo semestre do ano avança, o mercado vidreiro continua movimentado, impulsionado principalmente pela construção civil. Na capital paulista, por exemplo, a quantidade de lançamentos chama a atenção de quem circula pelos diversos bairros da cidade. Há obras de diversos portes.

Embora o cenário seja positivo neste momento, a preocupação com a deterioração do ambiente político e econômico é grande. Escassez hídrica e impactos no fornecimento e nos custos de energia elétrica e discussões sobre a política de gás natural em São Paulo, Estado que concentra a maior parte das usinas vidreiras, são alguns dos temas que têm deixado o empresariado alerta.

Há ainda preocupação com os problemas eventuais nos fornos de float, os quais podem causar restrições no fornecimento de nossa matéria-prima, especialmente num cenário de aumento das exportações, as quais, em agosto, registraram o maior volume deste ano.

Também requer a atenção do setor a revisão da norma ABNT NBR 14.698 — Vidros temperados. As reuniões têm contado com a participação de profissionais dos diversos elos da cadeia vidreira na busca por atualizar parâmetros e requisitos na produção de temperados, vidros que representam mais da metade do consumo de processados não automotivos no Brasil. A participação de todos os interessados é bem-vinda para ajudar na construção de um texto que reflita a realidade do mercado brasileiro. Sua empresa está atuando ativamente nesse estudo?

E para quem quer melhorar o próprio processo produtivo, no mês de outubro a Abravidro realiza mais uma edição do PPCPE. Módulo de treinamento em PCP voltado especificamente para o mercado vidreiro, ele já treinou e qualificou profissionais de mais de 150 empresas de todo o Brasil. Não perca essa oportunidade de estar presente na última turma do ano!

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

10º Encontro Sul-Brasileiro será em outubro

A 10ª edição do Encontro Sul-Brasileiro de Vidreiros será realizada de 21 a 24 de outubro, organizado pela Adivipar-PR em parceria com a Ascevi-SC e o Sindividros-RS. O local escolhido para o evento é o Mabu Thermas Grand Resort, em Foz do Iguaçu (PR).

O encontro busca reunir associados das três entidades vidreiras da Região Sul, assim como profissionais de todo o País. É uma oportunidade para garantir conhecimento por meio de palestras, cujos temas se conectam à realidade e aos desafios atuais do mercado, e trocar experiências com fornecedores, além de aproveitar momentos de lazer em um resort cinco estrelas.

Para se inscrever
Acesse o site www.hoteismabu.com.br, escolha o período de 21/10 a 23/10 ou 21/10 a 24/10 e insira o código promocional ADIVIPAR2021.

Pacotes disponíveis:
– Duplo (quarto para dois adultos): R$ 2.707 (ou R$ 1.353 por pessoa)

– Triplo (quarto para três adultos): R$ 3.476 (ou 1.158 por pessoa)

Ambos contam com todas as refeições inclusas

Mais informações: (42) 99931-6210 e 99805-3111

Programação

Dia 21 (quinta-feira)
20h30 – Coquetel de abertura

Dia 22 (sexta-feira)
09h00 (Sala 1) – Plenária

09h30 (Sala 1) – Palestra: Como fazer a sucessão familiar? – Loren D Angelo (Dale Carnegie)

10h45 – Intervalo para interação

11h30 (Sala 2) – Palestra: Você realmente sabe vender? – Marcos Sousa (Superação Treinamentos e Consultoria)

Tarde livre

19h00 – Jantar – Costela dois fogos

Dia 23 (sábado)
09h30 (Sala 2) – Sucessão familiar – Treinamento com Loren D Angelo para os filhos dos empresários do setor vidreiro

09h30 (Sala 1) – Palestra: Planejamento sucessório tributário e patrimonial – Alexandre Dangui (Carminatti & Dangui Advogados Associados)

10h45 – Intervalo para interação

11h30 (Sala 1) – Palestra: Inteligência emocional e inovação – Allan Costa (AAA Inovação)

Tarde livre

Noite – Encerramento: “Jantar à brasileira”, com música do Grupo Contemplação

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conheça um pouco mais sobre o BIM

Quem participa de congressos e workshops nas áreas de arquitetura e engenharia certamente já ouviu muitas vezes palestrantes abordarem a ferramenta BIM. A sigla significa Building Information Modeling (em português, Modelagem da Informação da Construção) e se refere a um modelo virtual de uma obra, contendo todas as características físicas e funcionais dela, assim como as informações pertinentes a seu ciclo de vida.

O BIM, como é conhecido pelos profissionais que o utilizam, pode ser extremamente útil na especificação dos vidros a serem aplicados nessas obras. A seguir, conheça mais sobre essa metodologia, os benefícios que ela oferece e a forma como deve ser utilizada.

Para que serve?
Segundo a arquiteta Miriam Addor, sócia-diretora do escritório Addor & Associados, o principal objetivo do BIM é garantir que toda a informação confiável sobre um projeto esteja concentrada em um só local. “Esse processo começa quando se compra o terreno e se encerra, por exemplo, quando a obra é demolida ou reformada e suas partes são reaproveitadas. Em outras palavras, os dados coletados por essa tecnologia compreendem todo o ciclo de vida de uma edificação, o que pode durar mais de 70 ou 100 anos”, explica.

Isso explica a criação de uma construção virtual da obra, feita de forma integrada e colaborativa entre os diversos profissionais envolvidos nela. Rodrigo Navarro e Laura Marcellini, respectivamente presidente e diretora técnica da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), observam que a utilização do BIM possibilita melhores análises e maior controle ao longo de todas as etapas da construção, do projeto à obra, permitindo cumprir cronogramas e orçamentos com maior facilidade.

Segundo o engenheiro civil Márcio Zapelini Orofino, sócio-fundador e diretor-executivo da ENE Consultores e diretor-executivo da Canteiro AEC (empresa que atua na implementação e uso estratégico da BIM na construção civil), essa metodologia está sempre relacionada a dois aspectos principais: “O primeiro é o dos dados de informação, que se tornam conhecimento e estratégia para tomadas de decisão. O segundo é a representação geométrica, que permite a visualização em um ambiente virtual do que será materializado na prática”.

O vidro no BIM
O uso da ferramenta tem a mesma importância para qualquer elemento construtivo — e o vidro não é exceção. De acordo com Pedro Martins e Fernando Oliveira, respectivamente diretor técnico e gerente de BIM da P. Martins Engenharia, o mercado já tem solicitado atualmente o uso dessa tecnologia para determinar diferentes aspectos do nosso material. Isso inclui:

– Tipologia

– Composição

– Cor

– Acabamento

– Propriedades térmicas e lumínicas

– Quantidade de peças e perfis, tanto para esquadrias entre vãos como para fachadas.

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Orofino, da ENE Consultores e Canteiro AEC, concorda: “Com o aumento das opções de vidros com diferentes propriedades, o modelo BIM é bastante útil ao permitir agregar num único lugar as informações técnicas desses produtos, bem como seus dados dimensionais”.

Tecnologia
Embora o BIM seja bastante vantajoso, Pedro Martins e Fernando Oliveira ressaltam que é necessário forte investimento na aquisição dos softwares para sua implementação – e também para o treinamento e qualificação dos profissionais envolvidos. Porém, Navarro e Laura, da Abramat, ressaltam que, embora a aplicação da ferramenta possa ser trabalhosa e custosa em um primeiro momento, o ganho de escala a partir de seu uso é enorme.

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A arquiteta Miriam Addor destaca que há mais de 200 softwares BIM que trabalham em sistema aberto de colaboração. “Em relação ao uso para a fase de projeto, há algumas ofertas no Brasil voltadas para o desenvolvimento de projetos de arquitetura, estrutura e instalações.”

Ela aponta alguns softwares BIM disponíveis no mercado:

Revit (Autodesk)
Archicad (Graphisoft)
Allplan Architecture (Nemetschek)
AECOsim Building Designer (Bentley)
Edificius (ACCA)

“Já quando se fala em coordenação e compatibilização 3D, podemos citar o Solibri, da Nemetshchek, e o Navisworks, da Autodesk.” Para Miriam, o mais importante ao se adotar o processo BIM é definir o uso que se vai fazer do modelo – assim, pode-se determinar o melhor programa.

Vale enfatizar que há bibliotecas BIM com informações técnicas sobre vidros disponibilizadas por empresas de nosso setor. A Guardian, por exemplo, criou a ferramenta de cálculo Glass Analytics para baixar arquivos BIM de seus produtos nas tipologias mais usuais. Já o site da Cebrace conta com uma aba específica para download dos objetos BIM da empresa – em ambos os casos, é necessário fazer um cadastro para ter acesso aos materiais. A AGC informa que a ferramenta BIM presente na sua divisão europeia está em processo de viabilização para utilização na América do Sul.

Como já mencionado, não basta ter esses sistemas se os profissionais da empresa não souberem utilizá-los. Segundo Márcio Orofino, já existem hoje diversos cursos de qualificação oferecidos, tanto na forma de programas acadêmicos, desenvolvidos dentro de linhas de pesquisa, como na de formação complementar nas próprias universidades. Também é possível encontrar consultores qualificados para treinar uma equipe no uso avançado dessas ferramentas.

BIM no Brasil
“O uso do BIM vem crescendo no Brasil nos últimos cinco anos por parte dos contratantes privados e também do governo”, informa a arquiteta Miriam Addor. Um dos motivos, segundo ela, é a publicação do Decreto Federal Nº 10.306, de 2 de abril de 2020, o qual estabelece a utilização do Building Information Modeling na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizada pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal. De acordo com o decreto, a partir de 1º de janeiro deste ano todas as licitações de projetos novos ou de reforma de edifícios públicos devem incluir o uso do BIM.

Por outro lado, Navarro e Laura Marcellini, da Abramat, afirmam que ainda há um longo caminho a ser percorrido. “De acordo com pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas em 2018, apenas 9,2% das empresas do setor da construção já haviam implementado o BIM na rotina de trabalho. De lá para cá, houve avanços. Porém, ainda há muitas barreiras”, observa Navarro. Entre as principais dificuldades estão as financeiras (em relação aos softwares, equipamentos e treinamentos necessários), as organizacionais (que dizem respeito à estrutura de colaboradores das empresas) e a demora de adoção e valorização do BIM por todos os agentes envolvidos (projetistas e construtoras, entre outros) para que haja efetivo emprego nos empreendimentos.

Mesmo assim, existem obras em que o BIM foi uma peça chave para sua realização. Um dos projetos de referência elaborado com essa ferramenta é o prédio Birmann 32, em São Paulo, mostrado na edição de janeiro deste ano de O Vidroplano. Trata-se do primeiro empreendimento corporativo com os projetos desenvolvidos inteiramente em BIM. Segundo Márcio Orofino, diversos escritórios de arquitetura estiveram envolvidos na obra – e, em função disso, optou-se por utilizar um misto de modelos desenvolvidos por equipes externas, responsáveis principalmente pelo dimensionamento e pela concepção. Esses modelos foram então passados a uma equipe interna para os manipular e gerar a documentação executiva para a construção.

Outro caso é o do Edifício Grande Ufficiale Evaristo Comolatti, da incorporadora Stan Desenvolvimento Imobiliário, também construído em São Paulo, em que a P. Martins Engenharia utilizou o BIM para especificar todos os parâmetros técnicos importantes do projeto para a etapa de orçamento, contratação, fabricação e instalação das esquadrias e vidros.

Trabalhos como esses mostram todo o potencial que esse sistema oferece. “Entender a finalidade do modelo BIM em cada projeto é de suma importância, pois fará com que as informações nele contidas possam ser compartilhadas de forma correta e legítima por todos aqueles que participam do ciclo de vida da edificação, sejam engenheiros, arquitetos, construtores, planejadores, mantenedores, operadores ou fabricantes”, aponta Miriam Addor.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Pesquisadores descobrem vidro mais duro que diamante

Na edição de agosto de O Vidroplano, noticiamos, na seção “Mundo do Vidro”, a descoberta, por pesquisadores chineses da Universidade de Yanshan, de um material vítreo com propriedades capazes de rivalizar com a resistência dos diamantes – considerado o elemento mais duro da natureza. Este mês, explicamos com detalhes como os cientistas chegaram a essa substância.

Ordem e desordem
A pesquisa chinesa foi publicada no começo de agosto na revista científica National Science Review. Para entender o que foi feito, vale conhecer um pouco mais as características microscópicas do vidro.

As propriedades mecânicas de um material (incluindo sua resistência) estão ligadas à forma com que seus átomos se juntam uns aos outros. A dureza do diamante, por exemplo, vem das quatro ligações que cada um de seus átomos de carbono fazem com os vizinhos. Substâncias vítreas não têm esse tipo de padrão, pelo contrário: a estrutura atômica de nosso material é desordenada, com átomos espalhados. Essa “bagunça” garante ao vidro uma grande variedade de propriedades ópticas, mas, ao mesmo tempo, é o que faz com que ele possa ser quebrado.

A grande questão para os cientistas era saber se, em laboratório, dá para ordenar a estrutura atômica de um vidro, tornando-o mais duro. A resposta é: depende dos ingredientes que o formam. Para conferir isso de perto, a solução foi experimentar.

Cozinhando partículas
A equipe “esmagou” esferas de carbono sob intensa pressão (25 GPas — gigapascals —, o equivalente a quase 250 mil atmosferas) e, depois, “cozinhou” esse mingau a mais de 1.000 ºC. Os três materiais resultantes passaram por testes e observações, e um deles se diferenciou nessa etapa, pois se mostrou mais duro que diamantes.

Uma medida comum de dureza, o chamado “teste de Vickers”, usa uma ponta de diamante para riscar o elemento a ser avaliado. Quanto mais resistente ele for, maior a força (medida em GPas) necessária para deixar uma marca considerável. Riscar outro diamante requer de 60 a 100 GPas; porém, um dos materiais da experiência da Universidade de Yanshan alcançou mais de 110 GPas, fazendo dele o sólido amorfo mais duro encontrado até hoje.

O que espera o futuro
De acordo com reportagem do site Science Alert, ainda não há previsão para o uso comercial em larga escala do produto – como foi criado em caráter experimental, por enquanto, reproduzi-lo seria uma tarefa muito cara. No entanto, especula-se que poderá ser aplicado, em um primeiro momento, em ambientes de alta pressão, substituindo transistores de silício.

Conhece os ultrarresistentes?
Diversos eletrônicos são feitos com os chamados vidros ultrarresistentes. São materiais com espessura mínima, até mesmo menores que 1 mm, e, ainda assim, suportam impactos e não riscam – podem até ser utilizados em certas aplicações em automóveis e na decoração de interiores. Alguns produtos desse tipo:

– Dragontrain, da AGC;
– Gorilla Glass, da Corning;
– Linha Xensation, da Schott.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Abravidro palestra sobre vidro em condomínios

No dia 25 de agosto, a coordenadora técnica da Abravidro, Vera Andrade, apresentou o workshop O Que Preciso Saber Sobre os Vidros Aplicados no Condomínio para Evitar Acidentes. Promovido pelo Sindividros-RS como parte das ações do programa Qualividros, o evento foi transmitido via YouTube pelo canal do Sindicato Intermunicipal das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais no Rio Grande do Sul (Secovi/RS) – parceiro do sindicato vidreiro gaúcho na realização.

Patrocinado pela AGC, Cebrace, Guardian e Vivix, o workshop mostrou como evitar acidentes com vidros aplicados em condomínios. Nesse sentido, antes de a apresentação começar, Simone Camargo, vice-presidente de Condomínios do Secovi/RS, observou que a discussão sobre nosso material nesses ambientes é fundamental.

Vidro adequado protege vidas
Vera iniciou enfatizando que a aplicação incorreta do material em espaços como a área de circulação, salão de festas e portaria traz riscos que vão muito além de prejuízos financeiros. Para ilustrar a seriedade do assunto, a representante da Abravidro mostrou notícias de acidentes que ocorreram pelo uso de vidros fora da determinação das normas técnicas.

A fim de evitar que isso aconteça, Vera mostrou quais vidros são considerados de segurança, as suas características e os locais em que a norma ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações determina seu uso.

Benefícios
A palestrante apontou orientações da ABNT NBR 16259 — Sistemas de envidraçamento de sacadas – Requisitos e métodos de ensaio sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar problemas tanto para o condomínio como para a unidade nesse tipo de instalação. Outra norma abordada foi a ABNT NBR 16280 — Reforma em edificações – Sistema de gestão de reformas.

A palestra mostrou ainda outros benefícios que o material pode oferecer além da segurança, como o conforto térmico e acústico aos ambientes. Também foram apresentados a prática recomendada ABNT PR 1010 — Aplicação e manutenção de vidros na construção civil, e alguns dos materiais desenvolvidos pela Abravidro para auxiliar na aplicação correta de nosso produto, incluindo a tabela Que vidro usar?, a cartilha Vidros na construção civil e o programa De Olho no Boxe.

“Para nós, do setor vidreiro, a aproximação com o amplo público representado pelo Secovi/RS representa uma oportunidade de troca de conhecimento, na qual acreditamos ser o início de outras parcerias futuras; agradecemos a Abravidro por ter aceito o desafio de estar à frente de uma palestra tão importante para os envolvidos na administração de condomínios”, avalia Rafael Ribeiro, presidente do Sindividros-RS.

Simone Camargo afirma ter se impressionado com o conteúdo do workshop: “Creio que os síndicos precisam ter muita atenção ao tema. Quando se fala na aquisição de vidros, embora o custo-benefício seja importante, essa apresentação mostrou que é fundamental levar sempre em conta a segurança que esse material precisa oferecer e escolher sempre o tipo certo de vidro indicado nas normas técnicas para toda e qualquer aplicação”.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

8º Prêmio Saint-Gobain Asbea anuncia vencedores

A cerimônia de anúncio dos trabalhos vencedores do 8º Prêmio Saint-Gobain Asbea de Arquitetura foi transmitida em 25 de agosto. Assim como no ano passado, a premiação – que teve a Abravidro entre seus apoiadores – foi realizada em formato online, devido à pandemia da Covid-19.

Essa foi a 1ª edição do evento promovida em conjunto pelo Grupo Saint-Gobain e Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea). Em discurso na abertura da cerimônia, Renato Holzheim, diretor-geral da Saint-Gobain Produtos para Construção, destacou que a parceria com a entidade é um indicativo do fortalecimento da premiação junto ao segmento de arquitetura, com cada vez mais trabalhos sendo enviados por profissionais e estudantes da área.

A seguir, O Vidroplano apresenta alguns dos trabalhos premiados em que o vidro se destaca.

 

AEROPORTO DE FLORIANÓPOLIS – TERMINAL INTERNACIONAL DE PASSAGEIROS
Escritório: Biselli Katchborian Arquitetos Associados
Cidade: Florianópolis
Prêmios recebidos: Melhor Projeto da Edição; 1º lugar na modalidade Edificação Institucional (Categoria Profissional)

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O vencedor do 8º Prêmio Saint-Gobain Asbea de Arquitetura é ao mesmo tempo moderno e integrado à natureza ao seu redor. Nosso material desempenha papel importante para esse objetivo, aliando transparência ao conforto térmico: no meio-fio de embarque e desembarque, um grande plano de vidro — com laminados de peças de controle solar Neutral 70 da Guardian e interlayer de PVB Smoke Grey da Eastman — cruza a vegetação à sua frente e integra a paisagem catarinense ao terminal. Já os planos envidraçados voltados para o pátio de aeronaves, compostos de laminados de controle solar Neutral Plus 50 Clear, também da Guardian, possibilitam aos passageiros e visitantes assistir aos pousos e decolagens com um beiral aumentando a proteção em relação à claridade natural.

 

LOJA CONCEITO DA DENGO
Escritório: Matheus Farah Manoel Maia Arquitetura
Cidade: São Paulo
Prêmios recebidos: Destaque – Inovação; 1º lugar na modalidade Edificação Comercial – Categoria Profissional

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Embora o júri da premiação tenha destacado o uso da madeira nessa loja da Dengo Chocolates, o vidro também chama atenção. A obra conta com uma fachada toda envidraçada, com laminados 6+6 mm compostos de peças Cebrace Extra Clear em ambos os lados, com interlayer de PVB incolor, proporcionando a integração visual completa da loja com a paisagem arborizada do lado de fora. Já no terraço, vidros de controle solar Sunlight Neutro incolor (12 mm), da Guardian, permitem o aproveitamento da iluminação zenital (isto é, a passagem de luz natural por aberturas na cobertura) ao mesmo tempo que protegem o interior do espaço da entrada de calor e de raios ultravioleta.

 

ÁGORA MOB
Escritório: Estúdio Módulo de Arquitetura
Cidade: Joinville (SC)
Prêmio recebido: 1º lugar na modalidade Projeto Comercial – Categoria Profissional

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O projeto do edifício Ágora MOB é parte do planejamento do maior parque empresarial multissetorial da América Latina, vindo na sequência da construção do primeiro edifício e sede da iniciativa. A construção é fechada por vidro e pele de telha perfurada nas faces Leste e Oeste, com rasgos estratégicos na fachada que demarcam acessos, áreas comuns e salas especiais. Na face Norte, a telha perfurada é montada como brise horizontal. Na face Sul, a pele de vidro tem modulação variada, criando dinâmica na fachada.

 

AEAS – SEDE DA ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS E ARQUITETOS DE SOROCABA
Escritório: Estúdio Módulo de Arquitetura
Cidade: Sorocaba (SP)
Prêmio recebido: Destaque Asbea de 2 mil até 10 mil m²

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A ideia para o projeto da nova sede da AEAS é traduzir a missão da instituição — desenvolver e difundir conhecimento científico — como um local para experiências técnicas e de materialidades, de modo a ser ela mesma a exposição permanente das soluções estudadas e aplicadas. A estrutura em formato de barra horizontal em que se encontram os ambientes de trabalho é revestida de painéis de vidro e tem para proteção solar uma tela tensionada composta por poliéster e PVC, material que remete à história de Sorocaba como polo da indústria têxtil. A aplicação do nosso material também é prevista em diversas outras partes da obra, como o uso de temperados no lugar de divisórias das salas e no fechamento da recepção e o de laminados nas portas deslizantes na entrada da edificação.

 

PUERI DOMUS PERDIZES
Escritório: Perkins&Will
Cidade: São Paulo
Prêmio recebido: 3º lugar na modalidade Edificação Institucional – Categoria Profissional

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A nova unidade da Escola Bilíngue Pueri Domus em São Paulo já foi mostrada na edição de maio deste ano em O Vidroplano. A parte superior da fachada da edificação combina vidros e brises de madeira, permitindo luz e sombreamento em seus interiores ao mesmo tempo. Nosso material, também utilizado como divisórias nas salas de aula, tem o objetivo de incentivar os alunos a treinar a concentração, visto que o artifício permite a visualização do movimento nos corredores.

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Como integrar marketing a vendas

Escrito por Marcos Paulo da Costa Correia

Ter as áreas de marketing e vendas trabalhando juntas é essencial para o sucesso de um negócio. Do contrário, a estratégia comercial pode ser falha ou não alcançar resultados condizentes com as expectativas. Para isso acontecer, em primeiro lugar, é preciso investir em uma comunicação mais integrada, promovendo um ambiente de trabalho que envolva decisões em conjunto e baseadas em dados e transparência. Além disso, há muitos outros passos que ajudam a promover essa integração. Confira como isso é possível.

Amizade fortalecida
O muro entre as áreas precisa ser derrubado para que a amizade seja incentivada no local de trabalho. Sendo assim, promova um ambiente que foque em soluções e incentive o diálogo entre ambas as partes. Reuniões pontuais e produtivas são sempre bem-vindas.

Trabalho em equipe
O setor de vendas, por exemplo, pode ajudar com pesquisas de mercado, fornecendo ao departamento de marketing informações que só ele sabe sobre o cliente.

Decisões baseadas em dados
Na maioria das vezes, é possível resolver problemas tomando decisões baseadas em números. Apenas dessa forma, as melhores opções surgem e os resultados melhoram com menos esforço. Se algo deu um bom resultado, continue com as estratégias. Se não funcionou, reveja.

Transparência nos processos
Para que não haja ruídos na comunicação, todos precisam ter acesso às informações. Por isso, não deve haver segredos entre os dois grupos.

Comunicação com a persona
Os dois setores precisam escolher, com base em dados levantados, uma persona (a representação do cliente ideal) para se comunicar com eficiência e eficácia. Isso evita um contato feito de forma errada por qualquer um dos lados.

Marcos Paulo da Costa Correia é professor universitário com formação em administração, gestão em marketing e MBA em inteligência competitiva

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Caleidoscópio – setembro 2021

DADOS & FATOS

Transformação cai, construção sobe
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) ficou estável no segundo trimestre deste ano, com variação negativa de 0,1%. Devido ao cenário de desvalorização do real e aumento no valor dos insumos, a indústria de transformação, com destaque para a automobilística, recuou 2,2%. A construção civil, por sua vez, cresceu 2,7%.

Avaliações distintas
Após sucessivos aumentos, o Índice de Confiança das Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE), medido pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), constatou estagnação em agosto. Influenciado principalmente pela queda da confiança dos empreendedores da indústria em 3,2 pontos, a média geral do IC-MPE se manteve estável em 100 pontos — nível considerado neutro. Já o Índice de Confiança Empresarial (ICE) da FGV, com empresas de todos os portes, registrou crescimento de 0,5 ponto em relação ao mês anterior, alcançando assim 102,4 pontos.

Produção abaixo do nível pré-pandemia
A produção industrial, de acordo com o IBGE, encolheu 1,3% em julho, na série com ajuste sazonal. A queda foi a pior para o mês desde 2015 e o desempenho é inferior ao que o mercado esperava. Mesmo acumulando alta de 11% no ano, o setor está 2,1% abaixo do nível registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia ter início no País.

Crise hídrica no radar
Nove em cada dez empresários estão preocupados com a crise hídrica. É o que mostra levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) junto a 572 empresas. O maior receio dos industriais é o aumento do custo da energia: 83% apontaram essa como a principal preocupação, 63% se dizem preocupados com o risco de racionamento e 61% temem a possibilidade de instabilidade ou de interrupções no fornecimento de energia. O setor industrial é responsável hoje por 35% da energia elétrica usada no País.

 

FIQUE POR DENTRO

Tesla desenvolve limpador de vidro a laser
A Tesla, empresa do empreendedor Elon Musk focada no desenvolvimento de veículos elétricos, registrou a patente de um limpador de vidros a laser. A tecnologia permite a limpeza não apenas do para-brisa, mas de todos os vidros do automóvel: ao ser disparado angularmente, o laser vaporiza qualquer sujeira sólida. A empresa possui ainda a patente de um limpador de para-brisa magnético, que pode atuar como complemento ao a laser, sobretudo na eliminação da água sobre o vidro.

 

RETROVISOR

O início do processo de certificação
O Vidroplano de setembro de 1999 trouxe, tanto no editorial como em reportagem, a informação de que a Abravidro, então Andiv, havia assinado convênio com o Instituto Falcão Bauer para a certificação de vidros temperados e laminados pelo Inmetro. “Os produtores de vidros poderão contar com o selo em seus produtos, oferecendo ao consumidor mercadorias com qualidade certificada”, explicava a revista.

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.