Itália recebe 21ª Vitrum

Realizada na comuna de Rho, nos arredores de Milão, Itália, a 21ª Vitrum reuniu empresas e visitantes do mundo todo interessados em trocar ideias sobre tecnologias e produtos do setor — e também fazer negócios. A convite da organização do evento, Iara Bentes, editora de O Vidroplano e superintendente da Abravidro, esteve na mostra para trazer o que de mais relevante se viu por lá.

Números positivos
Na coletiva de imprensa que abriu a feira, o presidente da Vitrum, Dino Zandonella Necca, revelou que, em relação à última edição, ocorreu um aumento de 9% no número total de expositores. Houve também um crescimento de 21% na presença de empresas de fora da Itália e na área ocupada pelos estandes (11%). O número oficial de visitantes não foi informado pela organização até o fechamento desta edição.

Satisfação
Mesmo com movimento fraco em alguns momentos, foi possível fazer negócios. Algumas empresas com atuação no Brasil concretizaram boas vendas, até mesmo para brasileiros. E a presença de nossos compatriotas no pavilhão de exposições, como é tradição, pôde ser atestada: representantes de pelo menos seis processadoras nacionais e de usinas estiveram por lá. Com espaço institucional na feira, a Abravidro divulgou a revista O Vidroplano e suas diversas ações e campanhas.

Ano do vidro
Durante a mostra, houve uma reunião da Community of Glass Associations — CGA (Comunidade de Associações Vidreiras), da qual a Abravidro faz parte, representando o Brasil. A proposta da criação do Ano Internacional do Vidro esteve em pauta: a ideia é fazer um pleito junto a embaixadores na Organização das Nações Unidas (ONU) para que 2022 ganhe esse título. Dessa forma, naquele ano, poderão ser realizadas ao redor do mundo programações para a promoção da indústria vidreira. Iniciou-se ainda a discussão para se criar um programa internacional de reconhecimento voltado a vidraceiros experientes.

Eventos simultâneos
Seminários (como o What’s Hot in Glass Processing, sobre tecnologias de beneficiamento) fizeram parte da programação. Esta incluiu uma mostra especial em homenagem ao “vidro de Murano”. Esse tradicional material, produzido na ilha de Murano, na cidade de Veneza, desde o século 13, tornou-se um marco do artesanato e decoração ao longo do tempo, tendo sido exportado para todo o mundo. No espaço destinado a essa mostra, artistas e designers renomados internacionalmente expuseram criações diversas, como brincos, colares, vasos, taças, copos, pratos e telas multicoloridas com o objetivo de reforçar a versatilidade no uso desse tipo de vidro.

A seguir, confira as novidades mostradas este ano por algumas empresas com atuação no Brasil. A data para a próxima Vitrum já está confirmada, anote na sua agenda: de 5 a 8 de outubro de 2021.

Novidade da Bavelloni, a lavadora horizontal HW Series é encontrada em diferentes tamanhos e configurações, contando com solução integrada para a secagem do vidro. Outro destaque é a introdução da Bavelloni Tools, marca de ferramentas oriunda da compra de uma divisão da Glaston nessa área.

bavelloni

A lapidadora bilateral Flex Edger, de tamanho compacto, da Bottero, trabalha em laminados e é configurável a ponto de o cliente definir a ordem dos rebolos, a pressão deles sobre as peças e quantos milímetros serão removidos das bordas, além de fazer polimento. Vale citar ainda a presença da máquina de corte 363 BCS.

bottero

Apesar de não levar equipamentos para essa edição da Vitrum, a Bovone chamou atenção do público para eles de outra forma: grandes telões de LED colocados no estande da empresa mostraram seus robôs para movimentação de vidro e outras máquinas para processamento.

bovone

A Dip-Tech destacou seu novo software, que tem extenso catálogo de padronizações para a impressão digital do vidro, podendo ser conectado diretamente ao site do processador. Foi divulgada também a linha de impressoras Nera-V Plus, para vidros automotivos, que possui catálogo de padrões de retículas e banda negra.

dip-tech

A italiana Fenzi teve como foco em seu estande a Tecglass, empresa espanhola voltada para impressão digital em vidro. Um showroom, reproduzindo uma cozinha e outros ambientes, mostrou diferentes aplicações, inclusive algumas imitando texturas de bancadas de mármore, de armários de madeira e até de um forno com comida assando dentro.

fenzi

Duas novidades da Forel. A linha High Tech produz insulados de grandes dimensões, evitando ondulações e desníveis entre as lâminas do sistema. O Sorting System é um sistema para classificação e ordenação automática das peças em estoque — usa código de barras para mapear todos os processos pelos quais o vidro passa.

forel

O Forbot, otimizador para a entrada de vidros no forno de têmpera, produzido pela Forvet, classifica as peças por tamanho. Dessa forma, ajuda a garantir o melhor aproveitamento desse processo.

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A Vitrum 2019 marcou a primeira feira em que a Glaston dividiu seu espaço com a alemã Bystronic, adquirida pela multinacional finlandesa este ano. Ali foi apresentado o aplicativo gratuito Glaston Siru, para dispositivos Android e iOS: ele conta os pedaços do vidro temperado gerados após os testes de fragmentação.

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A IMMMES divulgou seus sistemas de tratamento de água, indicados para processadoras. Segundo a empresa, os equipamentos geram economia de água, reutilizada por meio de circuito fechado, e também de energia elétrica, já que uma única bomba pressurizada abastece toda a produção.

immes

Vários lançamentos na Intermac: o robô de movimentação ROS; a mesa de corte para monolíticos e laminados Genius Comby Plus R-A37; e os softwares IC (corte) e Sophia (que monitora os processos das máquinas em tempo real). A Diamut, fabricante de ferramentas do grupo, reforçou a intenção de estar próxima a clientes ao redor do mundo, com produção em países como Brasil e Estados Unidos.

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O Vision 900, forno de têmpera equipado com um pré-câmara de convecção, produzido pela italiana Keraglass, trabalha com vidros com espessuras de 2,8 a 19 mm e até mesmo peças low-e. A impressora digital iPlotter, indicada para linha branca e automotiva, garante uma produção flexível e extremamente rápida para trabalhos em série. Conta com sistema hidráulico exclusivo que mantém a tinta em circulação e uma bateria de filtros para eliminação das impurezas e bolhas de ar.

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O estande da Macotec foi dedicado aos seus equipamentos compactos — uma mesa de corte para laminados e outra para monolíticos, esta com carregador automático. Além disso, pela proximidade de sua fábrica com o pavilhão de exposições, os clientes podiam visitar a empresa para conhecer as soluções de maior porte para armazenamento, movimentação e corte.

macotec

A Prodim exibiu o Proliner, seu já conhecido aparelho e bastante requisitado por clientes. Utilizado na medição, ele permite digitalização de moldes para o trabalho com vidros. O produto era demonstrado aos visitantes em uma área simulando uma escada.

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A espanhola Pujol, especialista na fabricação de maquinários para laminação, apresentou seu novo forno durante a Vitrum 2019. O equipamento se diferencia por trabalhar com PVB e EVA simultaneamente, em diferentes gavetas. Assim, garante aos clientes maior produtividade e versatilidade no sistema produtivo.

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A Schiatti Angelo, que comemora cinquenta anos de atuação no mercado vidreiro em 2019, expôs a lapidadora FPS 20RS, para chapas com espessuras de 3 a 30 mm. A empresa revelou que já tem cerca de 1.500 equipamentos operando na América Latina, sendo mais de 1.200 deles em nosso país.

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Em um estande fechado com diversas aplicações de vidros com impressão digital, a fabricante espanhola de tintas Torrecid revelou texturas de mármore preto e branco e até mesmo peças de nosso material com ouro e bronze. A multinacional está presente no Brasil desde a década de 1990, com fábricas em Santa Catarina e São Paulo.

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O principal destaque da Triulzi era sua lavadora para vidros curvos Surf2000. Segundo a empresa, é o único equipamento disponível no mercado para esse tipo de peças. A máquina pode ser usada para lavar vidros com curvatura de até 45 graus.

triulzi

As mesas de corte RUBI 300 e LAM 300 foram divulgadas pela Turomas. A primeira, para monolítico, tem modelos para vidro com dimensões tradicionais ou jumbo. A segunda, para laminados, é compacta, ideal para espessuras de até 10+10 mm e pode cortar peças compostas por low-e.

turomas

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Caleidoscópio – outubro 2019

DADOS & FATOS

Reforma tributária
Enquanto são discutidos os últimos pontos da reforma da previdência, outra reforma, a tributária, ganha os holofotes. A indústria responde por 21,6% do PIB, mas é responsável por 34,2% da arrecadação de tributos federais (excluindo contribuições previdenciárias). Se colocar na conta os impostos estaduais e municipais, a participação supera os 40%. Em 2018, o setor de transformação recolheu R$ 286,9 bilhões em impostos e contribuições federais, representando 25,6% da arrecadação total dos tributos administrados pela Receita Federal. Por isso, a reforma é considerada essencial para elevar a competitividade da indústria brasileira.

O peso dos impostos
Segundo a CNI, entre janeiro de 2007 e junho de 2019, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 54,6%. No mesmo período, a produção industrial diminuiu 7,8%. Ou seja, parte importante do aumento do consumo dos brasileiros é de produtos importados. As principais explicações para a falta de competitividade provocada pelo sistema tributário são a comutatividade e sua extrema complexidade.

Vilões
Os empresários das indústrias de transformação e extrativa avaliam que o Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) é o que mais afeta negativamente a sua competitividade, aponta pesquisa da CNI. Em uma lista de sete tributos, o ICMS foi o mais citado pelas empresas como prejudicial, com 42% das indicações. PIS/Cofins e as contribuições previdenciárias ocupam, juntos, o 2º lugar.

Melhor agosto desde 2014
No início de outubro, o IBGE divulgou a produção industrial de agosto: após três meses em queda, o segmento cresceu 0,8%. É o melhor resultado para agosto desde 2014, quando a alta foi de 0,9%. Apesar do dado positivo, o ritmo de recuperação é menor que o registrado no ano passado. Na comparação com agosto de 2018, a produção caiu 2,3%. Por ora, no acumulado de 2019, o setor diminuiu 1,7%.

 

FIQUE POR DENTRO

Vidro para proteger e integrar
O Blog da Abravidro trouxe, recentemente, a informação de que duas novas prisões construídas em Portugal terão paredes de vidro no lugar de alvenaria ou grades. Trata-se de um case interessante por seu peso social — mais do que afastar o detento da sociedade, é missão de um sistema prisional reintegrar os presos para a vida em comunidade — e também para demonstrar que, além de belo, o vidro é seguro.

Em Portugal

Portugal
Jorge Mealha, arquiteto responsável pelo desenho das novas prisões portuguesas, que serão erguidas nas cidades de Ponta Delgada e Montijo, esclarece que o uso de vidros de segurança busca dar maior visibilidade sobre as áreas de circulação, facilitando a vigilância e o controle dos espaços. Além disso, o material ajuda a melhorar o ambiente para os reclusos e o trabalho dos funcionários, que muitas vezes trabalham por décadas nesses locais..

Na Áustria
O caso português não é isolado. Em 2013, mostramos no Blog da Abravidro o Justizzentrum Leoben, ou Centro de Justiça de Leoben, na Áustria. Quem o vê por fora não imagina que seja uma penitenciária. As torres com fachada de vidro são ligadas por uma ponte também do material, conectando os tribunais regionais do conselho. Os corredores e paredes envidraçados permitem melhor visibilidade entre os andares e podem ser vistos do exterior do prédio.

Áustria

RETROVISOR

Comemorações
1998
Em outubro de 1998, noticiamos um marco importante para a consolidação das normas técnicas vidreiras no Brasil: a criação do Comitê Brasileiro de Vidros Planos — ABNT/CB-37, sediado na Abravidro e responsável pela elaboração das normas do nosso segmento.

2007
Nove anos depois, uma das mais icônicas edições de O Vidroplano. Comemoramos os 50 anos da revista relembrando sua história e como o setor evoluiu nesse período, citando profissionais importantes na existência da publicação e homenageando empresas e pessoas com mais de cinquenta anos de segmento.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

A importância de cumprir a norma para guarda-corpos

Os guarda-corpos são frequentemente abordados nas páginas de O Vidroplano — e há uma boa razão para isso: trata-se de um item de extrema importância nas edificações, responsável pela proteção tanto das pessoas que se encontram em sua proximidade, contra o risco de queda acidental, como de quem está no patamar abaixo de onde eles estão fixados. Por isso mesmo, todo cuidado é pouco em sua especificação e colocação.

Quando o vidraceiro instala esse produto, a responsabilidade pela segurança oferecida pelo sistema está em suas mãos: qualquer falha pode pôr em risco a vida dos usuários. Assim, é importante que esse profissional conheça e siga todas as orientações da norma NBR 14718 — Esquadrias – Guarda-corpos para edificação – Requisitos, procedimentos e métodos de ensaio, cuja revisão foi publicada recentemente pela ABNT.

A seguir, especialistas e profissionais do setor falam sobre as determinações e os ensaios e enfatizam a importância de todo esse conhecimento para o vidraceiro.

Sobre a NBR 14718

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A revisão foi publicada em 30 de agosto, após mais de três anos de trabalho da Comissão de Estudos de Esquadrias (ABNT/CEE-191), além de ficar em consulta nacional por sessenta dias. O novo texto ampliou a abrangência da norma, especificando requisitos e métodos de ensaio para os sistemas usados em edificações, externos ou internos, para uso privativo ou coletivo de médio ou alto tráfego, instalados em edifícios habitacionais, comerciais, industriais, esportivos, culturais, de saúde e de terminais de passageiros. “Dessa forma, fica claro que o escopo se aplica também às estruturas presentes em aeroportos, estádios e hotéis, entre outros locais de grande circulação”, explica Fabíola Rago Beltrame, coordenadora da CEE-191 e diretora do Instituto Beltrame da Qualidade, Pesquisa e Certificação (Ibelq).

Um aspecto interessante do documento é que ele não aponta tipos de ferragem ou modos de instalação específicos. “Isso acontece porque as normas não podem limitar as opções de projeto. O papel delas é avaliar o desempenho do sistema projetado para cada situação e edificação”, aponta a coordenadora da comissão. Dessa forma, o setor pode desenvolver novas soluções, desde que elas sejam ensaiadas e aprovadas.

Levando a informação adiante

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“A norma é um compilado de informações e orientações que precisam ser espalhadas e divulgadas dentro do setor até virar costume”, avalia Gabriel Batista, diretor do Grupo Setor Vidreiro. Nesse sentido, para auxiliar o vidraceiro sobre as determinações das normas técnicas para o uso do nosso material, a Abravidro está à disposição para esclarecer dúvidas e fornecer as informações corretas. Também disponibiliza materiais de apoio, como as reportagens publicadas mensalmente em O Vidroplano nas seções “Para sua vidraçaria” e “Por dentro das normas”, além de vídeos informativos, a tabela Que vidro usar? e a cartilha Aplicação do vidro na construção civil, da campanha #TamoJuntoVidraceiro.

“O profissional também pode se inteirar sobre o que mudou consultando diretamente a norma ou realizando treinamentos de capacitação para atualizar seus conhecimentos”, sugere Sérgio Reino Júnior, professor do Curso de Vidraceiro do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em São Paulo, que realizará um curso do tipo em novembro.

Em relação à NBR 14718, vale destacar que a Abravidro já enviou a nova versão da norma para todos os seus associados.

Onde aplicá-los
Segundo a norma, os guarda-corpos devem ser instalados em qualquer local de acesso livre a pessoas que tenha um desnível maior que 1 m entre o piso e o patamar abaixo. Esse desnível pode ser tanto vertical como inclinado. No segundo caso, a estrutura é necessária se a rampa entre os dois patamares tiver ângulo de inclinação acima de 30 graus.

Que vidro usar

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A NBR 14718 determina a consulta à NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações. Essa, por sua vez, define que os vidros corretos para a aplicação são o laminado, aramado ou insulado composto desses vidros.

O motivo é que esses tipos de vidro garantem a segurança dos guarda-corpos mesmo em caso de quebra, pois os fragmentos ficam presos ao interlayer (no caso do laminado) ou à malha de metal (no caso do aramado), mantendo o vão fechado. Isso impede a queda de corpos e objetos enquanto a peça quebrada não é reposta. Vera Andrade, coordenadora técnica da Abravidro, acrescenta: “Em aplicações nas quais a fixação é feita por meio de botões, spiders, torres e suportes, o laminado não pode ser composto de um vidro comum, pois ele não tem a resistência mecânica necessária para suportar o aperto de algum tipo de ferragem”. Nesses casos, deve-se aplicar o laminado temperado. E com a utilização de interlayer estrutural, o laminado não só mantém o vão fechado como também permanece na mesma posição após a quebra, mesmo em sistemas em que o vidro tenha três bordas expostas.

Atenção!
– A nova versão da norma determina que o laminado atenda a Classe 1 de Segurança, que é a de maior grau de resistência a impacto previsto na norma NBR 14697 — Vidro laminado.

– Vários fatores influenciam diretamente a definição da espessura das chapas: dimensão, quantidade de apoios, cargas aplicáveis e modelo de sistema, entre outros. Independentemente da espessura do vidro aplicado, o sistema precisa ser aprovado nos ensaios previstos na NBR 14718.

– Quando o vidro for fixado por colagem estrutural, deve-se atender os requisitos das normas NBR 15737 — Colagem de vidros com selante estrutural ou NBR 15919 — Colagem de vidros com fita dupla-face estrutural de espuma acrílica para construção civil.

– A empresa contratada para o fornecimento dos guarda-corpos deve disponibilizar para o cliente a documentação de responsabilidade técnica do projeto e execução dos guarda-corpos, devidamente registrada por órgão competente ou profissional habilitado por este órgão.

Na altura certa
Outro ponto ao qual é preciso estar atento é a altura dos guarda-corpos: o novo texto da NBR 14718 aponta que a altura mínima em relação à zona de estacionamento normal (ZEN) deve ser de, no mínimo, 1,10 m.

Mas, atenção: nesse caso, não basta conhecer apenas a norma. “O vidraceiro deve consultar também a legislação do Corpo de Bombeiros de seu Estado, porque em determinadas aplicações a corporação exige uma altura mínima maior do que a da ABNT”, explica Vera, da Abravidro.

Ensaios: não instale sem eles!

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Um ponto fundamental no trabalho com guarda-corpos é que, antes de sua instalação, um protótipo do sistema completo — incluindo o vidro que será usado nele — precisa ser aprovado em todos os ensaios previstos na norma, que é bastante clara já em sua introdução: “Os guarda-corpos ensaiados em laboratório ou em local estabelecido pelo contratante representam a situação mais crítica em relação à dimensão dos vãos e fixação”.

Essa exigência tem motivo, conforme explica a engenheira Michele Gleice da Silva, diretora técnica do Instituto Tecnológico da Construção Civil (Itec). “A realização dos ensaios antes da instalação é essencial, pois, caso os resultados obtidos não atendam os requisitos normativos, é possível avaliar e efetuar modificações no projeto, para posteriormente repetir os testes.” Assim, eles não só atestam a segurança do sistema, como também evitam retrabalho e custos com a troca de toda a estrutura caso já estivesse aplicada na obra.

Segundo Michele, o processo para a realização dos ensaios tem início com o envio do projeto para que o laboratório credenciado oriente o contratante em relação ao protótipo. Em seguida, é feito o agendamento dos testes: na data prevista, a montagem do sistema deve ser realizada pelo solicitante. “Nossa orientação é que seja exatamente a mesma equipe que fará a instalação na obra, pois esse processo pode interferir diretamente nos resultados das avaliações”, acrescenta Michele.

Os ensaios a serem feitos:
1. Esforço estático horizontal: são aplicados esforços nos guarda-corpos, que os puxam e os empurram em ambas as faces;

2. Esforço estático vertical: esforços são aplicados na parte superior da estrutura, pressionando-a para baixo;

3. Resistência a impactos: o sistema é submetido ao impacto de um recipiente de couro contendo 40 kg de esferas de vidro maciço solto a uma altura de 1.500 mm em relação ao centro geométrico do painel.

Em todos os ensaios (que devem ser realizados na ordem acima), o sistema não pode sofrer ruptura. Além disso, nos de esforço estático, não deve ocorrer afrouxamento dos seus componentes ou dos elementos de fixação. O teste de resistência a impacto tolera afrouxamentos e a ruptura do vidro, desde que a peça permaneça fixa e não permita a passagem de um gabarito prismático de 0,255 × 0,115 × 0,115 m. De acordo com Michele, do Itec, todas as avaliações são realizadas em um dia útil.

Posso fazer os ensaios diretamente na obra?
Sim. Porém, a norma ressalta que os ensaios são destrutivos. Por isso, o local escolhido para os testes deve garantir a instalação de todos os equipamentos necessários para eles e permitir acesso no piso para os lados interno e externo do protótipo. “Os ensaios são exatamente os mesmos. A diferença é que, no laboratório, temos toda a estrutura preparada para a aplicação das cargas e realização do impacto. Quando são realizados em outro local, é necessário que o contratante faça o preparo prévio”, explica Michele.

A diretora técnica do Itec alerta que, no laboratório ou na obra, os ensaios devem ser feitos em protótipo (ou seja, num trecho do guarda-corpos instalado especificamente para as avaliações e removido após sua conclusão), não no produto final: “Primeiro, porque é essa a determinação da norma; segundo, porque os ensaios podem causar danos nas fixações, que não são visíveis num primeiro momento, mas que poderão se manifestar quando a edificação estiver em uso, podendo causar algum acidente”.

Dentro das normas e com a consciência tranquila
“Lamentavelmente, vidros inadequados ainda são aplicados em guarda-corpos, como o temperado, ou tipos que até estão na norma, mas que não se aplicam a um determinado sistema, como laminados de vidros comuns em sistemas em que a fixação das peças exige recortes e fixação mecânica”, observa Gabriel, do Setor Vidreiro. Há casos, por exemplo, em que o cliente tenta convencer o vidraceiro a dar um “jeitinho” para colocar um vidro mais barato, seja argumentando que uma residência não exige as mesmas condições de segurança de um espaço público com grande movimentação, dizendo que assume a responsabilidade em caso de acidente ou afirmando que, se o vidraceiro não aceitar, irá procurar outro fornecedor.

Não caia nessa cilada! As normas não fazem diferenciação entre os ambientes. E, caso o consumidor se proponha a assinar um “termo de responsabilidade” para que a vidraçaria forneça o sistema fora de norma, Fabíola Rago Beltrame, do Ibelq, alerta que isso não tem qualquer validade jurídica: em outras palavras, o vidraceiro estará sujeito a acionamento jurídico por aplicação de produto fora de norma.

Dessa forma, cabe ao bom vidraceiro reforçar ao consumidor a necessidade do cumprimento da NBR 14718 para a própria segurança. “É essencial levar em consideração a segurança antes, durante e depois da instalação e sempre estar amparado por laudos e acompanhado por um corpo técnico de fornecedores, consultores e engenheiros”, recomenda Gabriel. Se mesmo assim o comprador insistir no erro, vale mais a pena não fechar negócio do que correr o risco de ser responsabilizado em caso de acidente. Uma venda não vale o ato de colocar vidas em risco, nem a reputação da sua empresa.

red staircase and pool

Como saber mais sobre as normas vidreiras?
A Abravidro sedia o Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37) e está à disposição para esclarecer dúvidas e fornecer as informações corretas sobre as determinações das normas técnicas para o uso do nosso material:
– Telefone: (11) 3873-9908
E-mail: cb37@abnt.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fique por dentro da serigrafia dos vidros!

Dando sequência à série de reportagens especiais sobre as diferentes fases do beneficiamento de vidro, chegamos à serigrafia, nome dado às técnicas de pintura e impressão de imagens ou padrões em vidros. Usadas em diversos setores, as peças serigrafadas ganham espaço graças às tecnologias modernas para a realização dessa atividade.

A seguir, especialistas, processadores e fabricantes de maquinários exploram o tema.

Quais os tipos existentes?

Segundo Cláudio Lúcio da Silva, instrutor técnico da Abravidro, existem diversas formas de serigrafia. As mais conhecidas são:

– Tradicional: a tinta é aplicada por meio de uma tela de impressão, feita de tecido sintético. Pode ser manual — o operador espalha a tinta por cima da tela com a ajuda de uma espécie de rodo —, ou automática, realizada por máquinas. Cria formas e desenhos com mais de uma cor;

– Digital: microgotas de tinta são lançadas sobre a placa de vidro por uma cabeça de impressão. As imagens são gravadas diretamente na superfície da peça, a partir de arquivos fechados como PDF, entre outros, lidos pelos softwares das impressoras. É possível trabalhar com imagens em alta resolução e reproduzir texturas com fidelidade;

– Sistema de pistolas: o operador move a pistola, ligada a um compressor de ar, sempre no mesmo sentido a cada demão, para deixar a pintura homogênea e equilibrada. Indicado para aplicações chapadas e monocromáticas;

– Pintura com rolo: conta com sistema automático de cilindros para espalhar a tinta de forma contínua sobre uma das faces do vidro. Também indicada para aplicações chapadas e monocromáticas.

Outras técnicas, usadas para aplicações específicas, incluem:

– Aplicação por cortina: o vidro passa por esteiras e o esmalte é aplicado a partir de calhas superiores tipo coifa, que regulam a espessura da tinta aplicada. Processo geralmente utilizado em espelhos;

– Decalcomania: reproduz imagens Buarquepor meio de um decalque;

– Tampografia: utiliza clichês em baixo relevo com o desenho a ser gravado.

Os cuidados na serigrafia tradicional

serigrafia

A serigrafia é uma atividade aparentemente simples, mas existem variáveis que, se alteradas, mudam completamente o resultado final, explica Cláudio Lúcio. “Conhecer bem a técnica, utilizar máquinas adequadas e produtos de qualidade e ter organização, limpeza e padronização nos procedimentos são as melhores garantias para o sucesso.” Veja a seguir algumas dicas do instrutor técnico da Abravidro:

– É essencial que os maquinários sejam mantidos originais, limpos, organizados e com manutenção preventiva feita regularmente;

– O processo deve ser feito em ambiente limpo;

– Utilize somente produtos de limpeza recomendados pelos fabricantes e tecido de limpeza técnica descartável;

– Use creme protetor e luva nitrílica, além de EPIs como avental, máscara e óculos;

– Dê preferência para o uso de produtos com base aquosa;

– Limpe as peças de vidro com álcool isopropílico;

– Descarte todo material contaminado em tambores, nunca em efluentes, para posterior destinação conforme legislação ambiental vigente.

As tecnologias de impressão atuais

impressora
As impressoras são a parte mais avançada dos equipamentos para serigrafia. Atualmente, é possível imprimir no vidro qualquer imagem ou reproduzir texturas complexas, como as de pedra ou madeira, com qualidade extrema: alguns modelos conseguem trabalhar com até 1.440 dpi de resolução — mais de quatro vezes a resolução de fotos em livros e revistas, por exemplo.

Alex Kochen, gerente de Negócios Digitais para Europa Ocidental e América Latina da israelense Dip-Tech (do grupo norte-americano Ferro), explica que a empresa foi pioneira na evolução desse processo, desenvolvendo há cerca de quinze anos impressoras que trabalhavam apenas com a cor preta. “Antes, podia-se apenas utilizar tintas orgânicas a frio, o que não permitia a durabilidade do trabalho, pois as peças não iam ao forno.”

O mercado atual deu um salto. Oferece maquinários bem versáteis, com tecnologias variadas, incluindo canais individuais de tinta, para produção mais veloz; diferentes tamanhos de gotas, que variam conforme o trabalho a ser feito; e sistemas de circulação de tinta que não deixam resíduos nos cabeçotes. Isso sem contar a disponibilidade de catálogos de cores, imagens e padrões gráficos por parte dos fabricantes de impressoras. Entre as empresas líderes desse ramo no mundo, estão a já citada Dip-Tech e a espanhola Tecglass, do grupo italiano Fenzi. A italiana Keraglass também produz esses maquinários.

E o que nos reserva o futuro? “Os vidros serão impressos com a tecnologia single pass, em uma linha de produção contínua desde a lavadora, com as chapas sempre em movimento”, explica Alex Kochen. “Tudo isso conectado à Indústria 4.0, com os diversos equipamentos comunicando-se e coletando dados como consumo de tinta e velocidade dos arquivos de desenho em tempo real.”

Vale lembrar: assim como para qualquer outro processo de beneficiamento, a escolha dessas máquinas deve estar adequada à capacidade produtiva das processadoras e às demandas de seus clientes.

O mercado de vidros serigrafados

linha branca
Para entender melhor como funciona esse nicho, O Vidroplano ouviu algumas processadoras. Os serigrafados são usados em diversos setores:

– Construção civil: aplicações diversas em fachadas, divisórias etc.;

– Linha branca: cooktops, fornos, refrigeradores, micro-ondas etc.;

– Moveleiro e decoração: tampos de mesa, revestimentos de paredes etc.;

– Automotivo: marcação de retículas e banda negra etc.

Segundo Antônio Moreno Neto, responsável pelo setor de Marketing da Vipel, a demanda é impulsionada em conjunto com os especificadores. “O reflexo da produção vem do conhecimento dessas soluções por parte de arquitetos e demais parceiros, os responsáveis diretos pela procura do produto.” Disseminar informações sobre a tecnologia vidreira, portanto, é essencial para esses profissionais saberem das possibilidades de nosso material.

Para Thais Afonso, arquiteta da Speed Temper, a demanda é crescente. “Há a necessidade de produtos diferentes e, mesmo sendo algo consolidado, o mercado enxerga na serigrafia uma oportunidade de agregar valor.” A opinião é compartilhada por Flávia Possamai, gerente-comercial da Rohden: “Atualmente, aposta-se em vidros esteticamente modernos, o que amplia a aplicação dos serigrafados em diversos segmentos. Nos últimos anos, o uso desse produto cresce em larga escala”.

Isso se reflete nos investimentos feitos pelas empresas. Cada vez mais, beneficiadoras buscam máquinas e impressoras para entrar nesse mercado (e tornar a produção mais eficiente), como é o caso do Grupo Tecnovidro. “Visando a aumentar nossa capacidade e também a oferta de itens aos clientes, adquirimos uma impressora digital para entrar em operação no final deste ano”, revela Fabrício Flach, gerente-comercial da companhia. “Isso ampliará ainda mais nossos horizontes.”

 

Como se seca a tinta?
Depende do tipo de serigrafia. É possível dividir a operação em dois grandes grupos:

A quente
Pode ser utilizada tanto na serigrafia tradicional como na digital, por exemplo: o vidro deve passar pela têmpera para que a tinta se funda à peça. Há ainda o processo de cura por raios infravermelhos (UV).

A frio
Dispensa a necessidade de estufas ou têmpera — a tinta seca em temperatura ambiente. Isso permite pintar vidros beneficiados, incluindo temperados. No entanto, por não passar por forno, a tinta não se funde ao vidro.

 

Diferentes tintas para diferentes usos
A impressão digital utiliza tintas vitrificáveis, também chamadas de cerâmicas. Elas passam pela têmpera para que seus pigmentos se fundam ao vidro. As mais avançadas são formadas por nanopartículas, as quais proporcionam mais detalhes às cores e aos desenhos — comparadas com as usadas na serigrafia tradicional, possuem muito mais dessas partículas, e é justamente daí que surge a alta qualidade das imagens impressas. Existem ainda tintas com características variadas, como antiderrapantes, com cores metalizadas e até mesmo próprias para o processo de curvação de vidros.

 

Atenção: alguns procedimentos podem borrar o processo!
Confira alguns conselhos preciosos do instrutor técnico Cláudio Lúcio para que isso não aconteça:

– Planejamento do negócio: é preciso ajustar a empresa às demandas e necessidades do setor;

– Sistema de gestão operacional profissional: sem isso, as atividades da empresa não serão acompanhadas, podendo gerar produtos com qualidade abaixo do nível esperado, atrasos em entregas de pedido etc.;

– Organização, limpeza e disciplina: dessa forma, o processo será feito com fluidez, sem paradas inesperadas;

– Manutenção eficaz: não adianta ter equipamentos de última geração se não é feita a manutenção deles;

– Treinamento e capacitação: só tecnologia não faz com que os processos sejam bem realizados.

A serigrafia é um processo em que pequenos detalhes fazem a diferença na qualidade do produto final. Para quem quer dominar esses detalhes, a Abravidro oferece um módulo sobre o tema em seu programa de Especialização Técnica. Para mais informações sobre o curso, entre em contato pelo e-mail abravidro@abravidro.org.br ou telefone (11) 3873-9908.

 

Atenção para a serigrafia em vidros de controle solar!
A NBR 16673 — Vidros revestidos para controle solar – Requisitos de processamento e manuseio possui um item sobre a serigrafia feita nesse tipo de vidro. Confira as principais recomendações:

– Consulte o fabricante para verificar se as peças podem passar pelo processo;

– No caso de laminação do vidro de controle solar com serigrafia, os fabricantes do interlayer e do esmalte também devem ser consultados;

– O esmalte cerâmico deverá ser aplicado sobre a superfície com o revestimento de controle solar, já que ambos não podem estar em contato com os roletes do forno de têmpera.

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Contagem regressiva

Nos anos em que a Abravidro realiza o Simpovidro, boa parte das nossas atividades aqui na entidade é voltada para organizar o evento e fazer dele uma experiência memorável. Este ano não tem sido diferente e agora estamos em contagem regressiva para a 14ª edição do maior encontro vidreiro da América Latina.

Mas a proximidade do Simpovidro não é o único assunto em pauta por aqui. No começo deste mês estive em Milão, na Itália, para acompanhar a Vitrum, que mais uma vez reuniu os principais fabricantes de maquinários para processamento de vidros e acessórios. A feira contou com a presença de poucos brasileiros, mas segue como uma das mais tradicionais do calendário vidreiro internacional. A cobertura completa você confere clicando aqui.

Outro tema em destaque é a revisão da norma de guarda-corpos. A nova versão do texto, em vigor desde o final de agosto, foi enviada a todos os nossos associados assim que ficou disponível. Quer conhecer as principais novidades do documento que trata dessa importante aplicação? Corra e clique aqui.

Nossa reportagem também conversou com a equipe do Baggio Schiavon Arquitetura, escritório que tem feito ótimo uso de nosso material em seus projetos de edifícios sustentáveis. Duas belas obras recentes deles na capital paranaense ilustram a matéria.

Esses são alguns dos assuntos que acho importante destacar para você, mas a edição está recheada de conteúdo interessante.

Boa leitura!

iaraIara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Falta menos de um mês para o 14º Simpovidro!

De 7 a 10 de novembro, o setor vidreiro nacional tem um de seus mais importantes compromissos: o 14º Simpovidro, a ser realizado no luxuoso resort Enotel Porto de Galinhas, em Pernambuco. Participar do simpósio é garantia de estar num ambiente propício para o debate sobre o mercado, com os principais players de nosso ramo, cercado de opções de lazer e marcado por conteúdo relevante para o dia a dia das empresas.

INSCREVA-SE JÁ!

Já passamos da marca dos 650 INSCRITOS! Garanta sua participação no maior evento do setor vidreiro nacional, as vagas são limitadas. Basta acessar o site www.simpovidro.com.br e se cadastrar!
Central de Atendimento Simpovidro:
(11) 3873-9908

Passagens mais baratas
A Latam, maior companhia aérea do Brasil, é parceira da Abravidro e os inscritos terão desconto exclusivo na compra das passagens aéreas para o evento:

– Até 18% nas tarifas comuns;
– Até 5% nas tarifas promocionais.

Compre os bilhetes pelo site www.latam.com e insira o código promocional E0ECH (numeral zero) no campo indicado. O desconto é exclusivo para os participantes do 14º Simpovidro e válido para embarques de 4 a 13 de novembro no trecho Brasil (qualquer cidade) — Recife — Brasil (qualquer cidade), não sendo aplicado a menores de doze anos e tarifas Mega Promo.

Conheça a casa do evento

1. Vista Panorâmica ECS
O resort 5 estrelas está à beira das areias brancas de Porto de Galinhas. O espaço oferece:

– Sistema all inclusive (refeições, petiscos e bebidas à vontade durante todo o dia)
– 8 restaurantes: cinco temáticos (cozinhas portuguesa, regional, oriental, italiana e rodízio de pizzas) e um infantil
– 6 bares
– 3 mil m² de piscinas para crianças e adultos, incluindo rio lento
– Spa
– Quadras de tênis, futebol e vôlei
– Centro fitness
– Espaço para recreação infantil com monitores

Não se esqueça do transfer!
Vai de avião? A Abravidro disponibiliza serviço de transfer entre o Aeroporto do Recife e o resort. Para isso envie horários, datas, códigos das reservas e números dos voos e dos bilhetes para o e-mail logistica@simpovidro.com.br — no dia da sua chegada, a equipe Simpovidro estará esperando você na área de desembarque.

Vai de carro? Sem problema: nos informe o modelo de veículo, cor e placa para a liberação do acesso ao hotel.

PALESTRANTES

Dia 8/11

Arthur Igreja

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Carlos Melo

Carlos Melo
Luiz Felipe Pondé

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Dia 9/11

Sol Camacho

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Fernando Garcia

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William Waack

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patrocinadores

apoiadores

institucional

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Escritório Baggio Schiavon Arquitetura fala sobre vidro

Quem acompanha o setor de arquitetura deve se lembrar: nos primeiros anos desta década, profissionais do ramo alertavam para o fato de que prédios com conceitos sustentáveis seriam o futuro da construção civil. Fachadas envidraçadas que filtram o calor do Sol, sistemas de reaproveitamento de água, uso de placas fotovoltaicas para geração de eletricidade: isso tudo em breve faria parte das construções a serem erguidas no País.

Pois o futuro já chegou. E o escritório Baggio Schiavon Arquitetura, com sede em Curitiba, é um dos principais incentivadores desse tipo de estrutura, não só em edifícios comerciais, mas também residenciais. Nossa reportagem conversou com a equipe da empresa para entender os motivos de apostar em nosso material, além de analisar dois belos exemplos de edificações: o Mai Home e o Llum Batel, ambos também localizados na capital do Paraná.

Tecnologia que faz a diferença
Segundo a coordenadora de Projetos do escritório, Márcia Lissa Azuma, o avanço do setor vidreiro permite que as aplicações do material possam ir além do valor estético e formal. “Com o aumento da demanda por edifícios sustentáveis, os vidros de alto desempenho passaram a ser uma solução inteligente para as fachadas. A escolha certa proporciona conforto térmico, acústico e economia energética”, afirma. Também segundo sua percepção, ambientes com vidro trazem a sensação de amplitude do espaço, algo que vai ao encontro das ideias contemporâneas de design de interiores.

Então a tecnologia vidreira existente no Brasil atende as necessidades mais ousadas de arquitetos e engenheiros? “Cada vez mais os produtos avançam, fazendo com que os profissionais criem com maior liberdade. Aliado ao desenvolvimento da indústria de caixilhos, isso garante maior qualidade na vedação dos fechamentos e maiores possibilidades estéticas”, diz Márcia.

MaiHome2

Ficha técnica
Projeto: MAI Home
Local: Barigui, Curitiba
Conclusão: maio de 2017

Projetado para explorar as vistas panorâmicas do Parque Barigui e de um bosque com mais de 1.000 m², o MAI Home tem como conceito básico a interação com a natureza ao redor. Para isso, usa nas fachadas vidros de controle solar Silver 32 on clear em versões laminadas e insuladas (fornecidos pela Guardian e processados por GlassecViracon e Brazilglass), instalados em esquadrias de design minimalista da Alubauen. A combinação vidros+perfis garante mínima interferência estética e visual e ajuda a trazer maior eficiência energética e conforto térmico para a estrutura.

A obra, dividida em 28 pavimentos e apenas 32 apartamentos (todos já comercializados), inclui sistemas modernos como tratamento termoacústico nos pisos e paredes e piso aquecido por calefação. Ao todo, são mais de 16 mil m² de área construída.

 

Futuro envidraçado
Empreendimentos comerciais com fachadas totalmente de vidro são comuns em nossas cidades — vide as EZ Towers e o Rocheverá Corporate Towers, em São Paulo, ou o Hotel Nacional, no Rio de Janeiro. O que a Baggio Schiavon faz é aplicar esses conceitos em edifícios residenciais, algo pouco visto por aqui, mas já comum em países da Europa e no Japão. “A ideia de residências suspensas requer a sensação de conexão com o externo. O vidro, claro, cumpre bem essa função, com transparência e leveza”, comenta a coordenadora de Projetos.

É possível prever, então, que esse tipo de construção se tornará padrão em alguns anos? “A arquitetura busca criar espaços em que seus usuários possam vivenciar boas experiências”, responde Márcia. “As novas tecnologias e inovações dos materiais da construção civil são uma das formas de buscar a renovação. O vidro, por suas inúmeras qualidades, continuará sendo um dos principais elementos da arquitetura.”

Llum2

Ficha técnica
Projeto: Llum Batel
Local: Batel, Curitiba
Conclusão: julho de 2019

A palavra llum vem do catalão e significa “luz”. E o edifício faz jus a seu nome: suas fachadas, feitas com laminados de float incolor e do vidro de controle solar Light Blue 52 on clear (fornecidos pela Guardian e processados pela Blue Glass), remetem a um diamante lapidado e permitem farta entrada de iluminação natural nos apartamentos. O Llum Batel, segundo a Baggio Schiavon, tornou-se o primeiro edifício residencial do Brasil a conquistar a pré-certificação Leed Gold: é até 9% mais eficiente do que outras construções com padrão Leed, justamente pelo uso de vidros de alta performance. Para se chegar a esse resultado, o escritório trabalhou em conjunto com diversas consultorias (para fachadas, térmica e acústica, entre outras), utilizando softwares de simulação.

O edifício conta ainda com iluminação LED em todas as áreas comuns, painéis fotovoltaicos (que geram quase 10% da energia do condomínio) e sistema de tratamento de águas pluviais, além de chuveiros, torneiras e vasos sanitários com controle de vazão (reduzindo em até 30% o consumo de água).

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Equipotel traz nova porta automática da dormakaba

Principal feira do setor de hospitalidade da América Latina, a Equipotel foi organizada de 10 a 13 de setembro no São Paulo Expo. A dormakaba esteve entre os expositores, levando a porta automática ES200 Easy, com controle de acesso via botoeira touchless ou leitor de cartões de proximidade.

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Dario Farhat deixa GlassecViracon

A GlassecViracon informou em setembro a aposentadoria de seu diretor-geral, Dario Farhat, que retirou-se do comando da empresa para se dedicar a projetos pessoais. A gestão da processadora agora passa a ser compartilhada por Daniel Scarpato (diretor-industrial), Fabiano Toth (controller) e Marcelo Martins (diretor-comercial).

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vidro é destaque em ambiente de mostra de hotelaria

A 1ª edição da mostra D&D Hotel’Design foi realizada de 21 de agosto a 20 de setembro no Hotel Sheraton, em São Paulo. O evento reuniu diversos profissionais da arquitetura e decoração para apresentar tendências, ideias e soluções para o mercado hoteleiro. Nosso material foi o elemento de destaque na Suíte Esmeralda (foto), assinada pela designer de interiores Jóia Bergamo: um grande boxe de banheiro, feito com temperados 10 mm incolores, chamava atenção. Em um de seus lados, foram colocados dois espelhos prata 6 mm, com bisotê 10 mm em todo seu perímetro. Ao lado do boxe, a cabine sanitária trazia porta e fechamento de temperados com aplicação de película jateada. Todas as peças foram fabricadas pela Cebrace e fornecidas pela Penha Vidros.

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 

Vivix marca presença na Casa Cor Pernambuco

A edição 2019 da mostra de decoração e arquitetura Casa Cor Pernambuco teve início no Recife em 14 de setembro e estará aberta ao público até 3 de novembro. Parceira da exposição, a Vivix forneceu vidros e espelhos para aplicações em 23 espaços, entre lofts, salas, estúdios, lojas, cafés e até cinema.

Um dos ambientes em que o vidro se faz mais presente é o restaurante Reserva Vivix (foto 1): projeto do escritório Dubeux Vasconcelos Arquitetura, é um cubo de vidro com 150 m². A integração com a natureza do lado de fora é proporcionada pelo uso de peças laminadas de controle solar Vivix Performa Duo (processadas pela Sanvidro), na cor verde intenso, que compõem toda a fachada e teto da edificação. À noite, um efeito de ilusão de óptica faz com que o restaurante pareça flutuar — o motivo é a estrutura da edificação estar suspensa a 30 cm do piso e rodeada por uma fita de LED que, acesa, proporciona a impressão de que o espaço está solto no ar.

Outro ambiente de destaque é a Joalheria ME (foto 2), assinada pela arquiteta Elisa Coelho. Sua fachada leva Vivix Performa Cinza, enquanto peças de incolor e espelhos da linha Vivix Spelia são aplicados nos expositores dos produtos da loja, ressaltando a elegância do espaço. Esses vidros foram processados pela Alumiaço.

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sefaz-RS inicia operação Telhado de Vidro

A Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul deflagrou a operação Telhado de Vidro no dia 10 de outubro, com objetivo de combater a sonegação em empresas que atuam no comércio e fabricação de vidros. Ao todo, de acordo com o órgão, serão fiscalizadas companhias que possuem um volume aproximado de R$ 240 milhões em operações sujeitas à incidência do ICMS. As empresas alvos da ação fiscalizadora encontram-se protegidas pelo sigilo fiscal, mas o órgão informou que as distribuidoras e processadoras foram detectadas por meio da análise de seus comportamentos tributários realizada por malhas fiscais: na maioria dos casos, os indícios são confirmados por meio de auditoria fiscal. Segundo a Receita, ainda não é possível fazer um balanço da operação.

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Tec-Vidro lança sistema OrbiTec

A Tec-Vidro reuniu clientes de várias partes do Brasil para um evento no dia 3 de outubro, no qual apresentou, em primeira mão, o OrbiTec, seu novo sistema orbital multidirecional de movimentação para folhas de vidro. A inovação, que já começou a ser integrada ao Kit Envidraçamento Sacada da empresa, tem como diferencial seu sistema de rolamento: em vez de apenas uma roldana no interior do perfil, conta com um corpo de náilon com roldanas de poliacetal nas quatro laterais (detalhe). Com isso, o peso do vidro é dividido entre as duas roldanas das laterais do perfil, proporcionando maior suavidade na movimentação. Além disso, permite a movimentação das folhas em diferentes ângulos, não somente em linha reta.

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Cebrace realiza primeiro DOMO Summit em São Paulo

A Cebrace promoveu, no dia 8 de outubro, a primeira edição do DOMO Summit – Encontro de Inovação em Fachadas, evento voltado para a discussão de tendências no design e na função dessas estruturas.

Patrocinado pela Eastman e Schüco, o evento reuniu 240 convidados — arquitetos, consultores e engenheiros — no Hotel Unique, em São Paulo, e também foi transmitido pela Internet. Sua programação trouxe palestras de profissionais consagrados no País e nomes importantes da arquitetura mundial.

Rui Ohtake mostrou um apanhado geral de suas obras no Brasil e no exterior, incluindo o próprio Unique, enquanto Timothy Archambault, diretor de Operações para América do Norte do escritório Oppenheim Architecture, encantou a plateia com obras inspiradas em conceitos sustentáveis, como o Hotel Emiliano, no Rio de Janeiro.

Gijs Rikken, arquiteto associado e diretor de Design do MVRDV, dedicou seu tempo a falar sobre aplicações inovadoras, como a da loja Crystal Houses, da marca francesa Hermés, cuja fachada é feita de tijolos de vidro. Houve ainda palestras de José Luiz Lemos da Silva Neto (sócio-diretor do aflalo/gasperini), Gustavo Penna (arquiteto, escritor e fundador do GPA&A), Piergiorgio Pesarin (engenheiro sênior da Heintges Consulting Architects & Engineers), Rodrigo Marcondes Ferraz (sócio-fundador da FGMF) e Fermín Vázquez (fundador e diretor do Studio b720).

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Saiba a importância da lavagem do vidro na processadora

Após o processo de lapidação (conforme vimos em matéria especial da edição de setembro de O Vidroplano) e também a furação/recorte, vem a lavagem, a parte final do preparo do vidro antes da têmpera e laminação — ou simplesmente para o envio ao cliente se o pedido dele for float comum. Veja a seguir qual sua relevância, segundo Cláudio Lúcio da Silva, instrutor técnico da Abravidro.

Como é feita?
A lavagem é realizada por meio da escovação das superfícies e bordas das peças com água limpa e aquecida. Seu objetivo é retirar qualquer resíduo, oriundo das atividades anteriores, que possa ter ficado no vidro.

Ao todo, a operação é composta por quatro etapas — pré-lavagem, lavagem, enxágue e secagem —, todas realizadas pela mesma máquina. Porém, é importante que as caixas sejam independentes.

Quais os cuidados?
– Apenas água limpa e aquecida, em temperatura média de 50º C;

– Sem água limpa e aquecida, não é possível retirar totalmente a sujeira (sal e gordura) das superfícies;

– Deve ser evitado o uso de detergentes, acidificantes ou outras soluções alcalinas, pois podem causar problemas por contaminação, dificultando processos posteriores como têmpera, laminação, serigrafia, impressão, colagem etc.

– Além das observações listadas, alguns tipos de vidro podem exigir cuidados extras. A recomendação é sempre consultar o fabricante e também as normas técnicas relacionadas ao tipo de vidro, como a NBR 16673 — Vidros revestidos para controle solar – Requisitos de processamento e manuseio.

Importância da secagem
– O vidro seca graças à incidência de jatos de ar ambiente limpo (de preferência filtrado) na peça que está aquecida pela água usada na lavagem;

– Não se recomenda jato de ar aquecido: como a água também é quente, não existirá gradiente (diferença) de temperatura e as chapas não secarão.

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 

Empresas vidreiras participam da Febrava

A 21ª Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento, Tratamento do Ar e da Água (Febrava) foi realizada de 10 a 13 de setembro no centro de eventos São Paulo Expo, na capital paulista. Mais de trezentos expositores estiveram à disposição de cerca de 25 mil visitantes. A Rohden apresentou seus produtos para esse segmento, desenvolvidos para garantir eficiência em isolamento térmico e menor consumo de energia, enquanto a Unividros destacou sua linha Eco Frame, composta com vidros triplos e duas câmaras preenchidas 100% com gás argônio.

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

GlassBuild America 2019 mostra novidades do setor

De 17 a 19 de setembro, a cidade de Atlanta, nos Estados Unidos, recebeu a edição 2019 da GlassBuild America, a principal feira vidreira do mercado norte-americano. Segundo a National Glass Association (NGA), organizadora do evento, 8.200 pessoas visitaram o pavilhão de exposições, passando por 420 empresas numa área de mais de 17 mil m².

“A indústria se fez presente, provando que estamos fortes e com vontade de crescer. A resposta positiva à feira espelha o renovado compromisso da NGA em elevar a imagem do vidro como um produto sustentável e inspirador”, comenta o vice-presidente da entidade, Andrew Haring.

A seguir, as novidades de algumas empresas com atuação no Brasil que participaram da mostra.

bottero

A Bottero levou aos EUA a linha CNC Pratica Plus, que faz lapidação, polimento e furação, e tem opção de magazine de ferramentas retrátil ou fixo.

dormakaba

O sistema de painéis deslizantes para temperados HSW, da dormakaba, dispensa elementos de moldura lateral: a fixação se dá na parte superior, com trilhos.

fenzi

A italiana Fenzi apresentou insumos para insulados, incluindo o perfil espaçador Multitech G, que oferece grande desempenho térmico.

dip-tech NOVA

O grupo norte-americano Ferro e sua subsidiária israelense Dip-Tech expuseram a impressora NEraV Plus, usada para vidros automotivos, e as tintas Ultra-Fix.

forel

Maquinários para insulados eram o foco da Forel. A empresa italiana levou para seu estande a linha Residential IG, com aplicador de espaçador flexível.

Guardian

A Guardian mostrou o Bird1st, vidro que evita colisão de pássaros em construções envidraçadas. O item tem revestimento de faixa UV invisível ao olho humano, que sinaliza uma barreira para as aves.

lisec

O robô VFL-1F para selagem de insulados da Lisec conta com tecnologia patenteada de transporte das peças: os cantos dos vidros não tocam as esteiras.

schiatti

A Schiatti Angelo mostrou a lapidadora vertical retilínea FPS50, modelo mais avançado da linha e indicado para processadoras de médio e grande porte.

turomas

Os espanhóis da Turomas participaram com seu distribuidor na América do Norte, a IGE Glass Technologies. Mostraram a mesa de corte para monolítico Rubi 303VA.

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Os segredos da gestão de pessoas – Parte 2

Assinado pela FIA Business School

Daremos continuidade aos conceitos vistos nesta coluna no mês passado. A gestão de pessoas guia-se a partir de 5 elementos básicos.

1. Motivação
Sem engajamento, o desempenho individual cai e, por consequência, a produtividade geral também. Uma medida a ser tomada, dependendo do tipo de negócio, é montar um sistema de bonificação: cada vez que o colaborador cumpre seu objetivo mensal, recebe uma gratificação (não necessariamente em dinheiro). Leve em conta que se trata de um investimento.

2. Comunicação
Uma ordem mal-explicada ou um recado interpretado equivocadamente são atalhos para desentendimentos. Gerir pessoas significa usar linguagem clara. Certifique-se de passar informativos por escrito, virtualmente ou impressos. Também use e abuse dos feedbacks, pois ajudam o colaborador a saber se está no caminho certo. Seja sincero: mais vale uma crítica construtiva do que tapar os olhos e fingir que nada ruim está acontecendo.

3. Trabalho em equipe
O bem comum tem de estar acima das vaidades. Desenvolva dinâmicas de grupo que enfatizem o companheirismo, evidenciem as semelhanças e minimizem as diferenças. Fazer reuniões periódicas com a equipe ajuda a ter um acompanhamento mais próximo. E lembre-se de que a vida não se resume só ao trabalho: confraternizações podem melhorar o entrosamento.

4. Competências
Não existe funcionário perfeito. Mas isso não impede que pontos fortes sejam maximizados e fraquezas atenuadas. Uma boa forma de identificar isso é atribuir métricas para mensurar o desempenho. Diversos tipos podem ser adotados: eficácia, eficiência, produtividade, qualidade, índice de vendas etc.

5. Treinamento
Uma vez encontradas as lacunas de competências a serem aprimoradas, parta para o treinamento. A própria empresa pode oferecer workshops ou inscrever colaboradores em cursos e palestras externos. Depois, as pessoas que passarem por esse aprimoramento podem disseminar tudo que aprenderam. Instigue a busca por conhecimento e demonstre que a empresa acredita e investe no potencial dos profissionais.

FIA Business School (fia.com.br) é uma instituição de ensino com foco em teorias e métodos de administração de empresas, atuando por meio de três linhas de atividade: educação executiva, pesquisa e consultoria.

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Entidades regionais promovem eventos diversos em quatro Estados

Sindividros-RS, em Barra Velha (SC)
Fabricação vista de perto
Levadas pelo sindicato, 25 pessoas conheceram a unidade da Cebrace na cidade de Barra Velha (SC), no dia 13 de setembro. Antes da visita propriamente dita, representantes da usina fizeram uma breve apresentação da estrutura da fábrica e seu funcionamento. Em seguida, os visitantes puderam ver de perto o processo de fabricação do float, além de ouvir explicações sobre os processos para espelhos e peças extra clear.

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Amvid-MG, em Belo Horizonte
Do vidraceiro ao especificador
No dia 18 de setembro, a Amvid e o Sinvidro-MG realizaram a 10ª edição do Tecnovidro, com patrocínio da AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass e Vivix. Organizado dentro do Minascon (evento unificado do setor de construção civil em Minas Gerais), o Tecnovidro reuniu mais de 260 participantes e sua programação trouxe conteúdos variados para diferentes públicos-alvo. A oficina promovida por Gabriel Batista, do canal Setor Vidreiro, foi pensada especialmente para os vidraceiros, enquanto a arquiteta mineira Jô Vasconcelos fez uma apresentação voltada para especificadores.

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Sincavidro-RJ, em Teresópolis
Levando o vidro para arquitetos e engenheiros
O Instituto do Vidro da entidade e o portal Arquitetosecia levaram o ciclo de palestras O Vidro na Arquitetura Moderna à cidade de Teresópolis no dia 18 de setembro. O evento reuniu 65 participantes, entre arquitetos e engenheiros, e contou com apresentações de representantes do instituto e das empresas dormakaba, Guardian, Saint-Gobain Glass, TTR Vidros e Vidros Belém, todas elas apoiadoras da iniciativa juntamente com a AGC, Cebrace e Vivix.

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Ascevi-SC, em Itajaí
Com chave de ouro
A última edição do Qualifique e Sirva-se de 2019, organizada pela Ascevi e Sindicavidros-SC, no dia 21 de setembro, foi em Itajaí. O treinamento contou com 120 inscritos e trouxe palestras da auditora de qualidade Franciny Marques, que abordou o tema Atualização das normas da ABNT, e de Clóvis Alessio, consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), sobre Como vender mais nos canais digitais. O evento teve o apoio das empresas Blindex, ECG Sistemas, Mauriglass, Metal Glass e Real Vidros.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Expectativas em alta para o último trimestre

Estamos nos aproximando do final do ano e nada mais natural do que fazer um balanço dos meses já transcorridos. Dados da edição mais recente de nosso Panorama Abravidro mostram que após quatro anos em queda, 2018 registrou uma recuperação tanto na produção quanto no faturamento de vidros processados.

Com o novo governo assumindo, as expectativas para 2019 eram de retomada da economia e do crescimento. No entanto, não foi isso que encontramos. No último quadrimestre, a construção civil começa a mostrar uma retomada, ainda que lenta e concentrada em alguns mercados. Além disso, sabemos que, entre o início dessa reação e o real aumento na demanda por vidro, há um intervalo significativo.

Com a demanda fraca e um forno a mais de float entrando em operação nesse cenário, este ano tem sido marcado pela queda do valor da matéria-prima — fruto também da guerra de preços entre as usinas e queda no preço do vidro processado. O reajuste do float anunciado no mês passado tem tido aplicação seletiva, o que não contribui para o ambiente de negócios, já bastante deteriorado em razão de problemas diversos como a informalidade e tantos outros.

Mas se o ano tem sido difícil, o último trimestre promete ser melhor. Neste mês de outubro, chegamos à marca de 200 associados à Abravidro. Mais que um número redondo, é um sinal de nossa responsabilidade e da confiança do mercado em nosso trabalho incansável pelo desenvolvimento do setor vidreiro nacional. Em novembro, teremos a 14º edição do Simpovidro, encontro que já superou a meta de 650 inscritos. Será mais uma oportunidade de conversarmos, trocarmos impressões sobre o mercado e traçarmos cenários, ouvir colegas de outros Estados e também de outros segmentos que não apenas do de processamento. Além disso, é também nessa reta final do ano que costumamos ter picos de demanda em nossas empresas.

A expectativa é boa. Espero que não nos frustremos mais uma vez.

editorialJosé Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Norma para colagem estrutural entra em revisão

O texto da NBR 15737 — Perfis de alumínio e suas ligas com acabamento superficial – Colagem de vidros com selante estrutural encontra-se em processo de revisão, conduzido pelo Grupo de Trabalho de Colagem Estrutural de Vidros (GT2) da Comissão de Estudo Especial de Esquadrias (ABNT/CEE-191). Entre as mudanças previstas, a norma passará a ter duas partes (cujos nomes ainda serão definidos), sendo a segunda delas dedicada aos cálculos para a realização dessa atividade e seus exemplos de aplicação.

“A revisão traz mais clareza à importância da colagem estrutural e às responsabilidades na cadeia produtiva, além de seguir uma sequência mais lógica se comparada à versão anterior”, explica Fernando Martins, responsável pela área de Serviço Técnico e Desenvolvimento do Grupo Dow no Brasil e relator do GT2 nesse trabalho. O grupo também agregou uma seção específica no texto voltada para o cálculo e considerações para a largura da junta do selo secundário em silicone estrutural para o vidro duplo.

Bite e manutenção
De acordo com Martins, os requerimentos para a largura da junta estrutural (bite) mantêm-se os mesmos. “Todavia, foram acrescentados cálculos para outras situações que não eram contempladas anteriormente, enriquecidas com exemplos para melhor entendimento”, informa.

Outra novidade é a criação de uma seção específica para a manutenção da fachada: ela leva em consideração as possíveis interações da lavagem dos vidros e a troca in loco dos elementos de fechamento.

Haverá ainda mudanças em relação aos requerimentos, considerações para painéis metálicos além do vidro, confecção de claraboias, coberturas e guarda-corpos, e área de colagem estrutural.

Consulta nacional e próximos passos
Os pontos da nova versão da NBR 15737 já foram amplamente discutidos pelo GT2, ressalta Martins. Atualmente, o grupo está na etapa de formatação e revisão dos textos. A estimativa é que a norma entre em consulta nacional no primeiro semestre de 2020.

Vale destacar que os trabalhos feitos na NBR 15737 são a base para a revisão de outra norma, a NBR 15919 — Perfis de alumínio e suas ligas com acabamento superficial – Colagem de vidros com fita dupla-face estrutural de espuma acrílica para construção civil. Trabalhada simultaneamente no grupo de estudo, ela usará os pontos comuns a ambas as tecnologias de colagem estrutural dos vidros.

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Abravidro participa de atividades na Mackenzie

A parceria da Abravidro com a Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, já vem de longa data. E foi reforçada no último mês em duas ocasiões diferentes. A primeira delas foi no módulo sobre vidros do curso de extensão “Arquitetura e Construção: Materiais, Produtos e Aplicações”, ministrado de 9 a 12 de setembro para a 6ª turma do treinamento.

As duas primeiras aulas foram realizadas pela coordenadora técnica da Abravidro. Vera Andrade falou sobre a fabricação dos vidros float e impresso, diferentes tipos de nosso material, normas técnicas de produtos e suas aplicações. Já as duas últimas aulas, sobre espelhos, vidros de controle solar, vidros para conforto acústico, tendências e dicas para a especificação, ficaram a cargo de Danila Ferrari, consultora técnica da Cebrace, empresa colaboradora da associação vidreira nessa iniciativa.

O curso é fruto da parceria da Mackenzie com a Abravidro, Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Associação Brasileira da Construção Metálica (Abcem) e Instituto do PVC.

Vidros na construção civil

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No mesmo período, a universidade promoveu a 31ª Semana da Escola de Engenharia, ação que contou com uma palestra de Vera Andrade no dia 11 de setembro no campus Higienópolis, em São Paulo. O tema central de sua apresentação para os alunos de engenharia foi a aplicação dos vidros em projetos arquitetônicos, com destaque para informações sobre a norma técnica NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações.

Em ambas as ocasiões, Vera falou sobre as campanhas lançadas pela Abravidro para incentivar a aplicação correta do nosso material, como a De Olho no Boxe e a #TamoJuntoVidraceiro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 562 (outubro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.