As novidades da Vitrum 2017

botteroO lançamento da Bottero, a mesa de corte 548 LAM para laminados, funcionou ao vivo no estande da empresa. A máquina tem tamanho compacto, sistema inovador de aquecimento e conta com ajuste próprio de distribuição de pressão, além de garantir contato sem arranhões com a superfície do vidro. Outros diferenciais: sistema de rotação automática das peças, patenteado pela empresa, e economia de 36% da energia consumida para o aquecimento dos vidros antes do corte, em relação a outras máquinas disponíveis no mercado.

 

 

bovoneUma inovação no estande da Bovone: a “ilha sem operadores” (foto): único sistema robótico integrado do mundo, segundo a empresa, a manusear e lapidar grandes peças de vidro. A linha exposta era formada por duas lapidadoras retilíneas com robôs, as quais trabalhavam automaticamente, sem qualquer interação com pessoas.

 

 

 

diptechCom um showroom contendo diversas placas de vidro impressas com imagens em altíssima resolução, incluindo fotos e imitação de texturas como madeira e cerâmica, a israelense Dip-Tech mostrou as impressoras GPI e um lançamento: a linha NEra, que trabalha em alta produtividade usando doze canais de tinta com troca de cor automática.

 

 

 

tecglassDiferentes soluções foram apresentadas pelo Grupo Fenzi, incluindo as impressoras digitais para vidro da espanhola Tecglass, adquirida no ano passado pela companhia italiana. O modelo Vitro Jet F Type (foto) possui tecnologia Side Kinetix. Com ela, o cabeçote se move na diagonal, aumentando a eficiência no trabalho e a consistência da qualidade de impressão. Outra vantagem desses produtos: as tintas podem ser compradas do fornecedor que o cliente quiser.

 

 

forelO enorme estande da Forel, com mais de mil m², recebeu uma linha de insulados completa e operacional, formada por maquinários da série EG, lavadoras VW e robô automático para selagem SRHP. Outro destaque: a linha vertical, de 40 m de comprimento, para lapidação, furação e recorte de vidros jumbo.

 

 

 

forvetAlém de suas tradicionais linhas de furadeiras, como a Francesca FC 1250 HO, a Forvet mostrou a nova geração da Combiflex (foto) — apresentada como protótipo no ano passado durante a feira alemã Glasstec. O equipamento é uma estação completa de beneficiamento, incluindo sistema de código de barras, lapidadora com duplo cabeçote simultâneo, centro de lapidação periférico, furadeira a jato d’água, lavadora horizontal e descarga com ventosas.

 

 

glastonO sistema online iLook Anisotropy, da Glaston, realiza o escaneamento automático do vidro temperado para ajudar no controle da anisotropia. Disponível para todas as linhas de têmpera, inclui um monitor na extremidade de descarga. Ali, é feita a análise das chapas — e os resultados são guardados em um banco de dados, permitindo a rastreabilidade da carga.

 

 

intermacA Intermac levou para a feira as mesas de corte automático para vidro laminado da linha Genius, com dispositivo que se encarrega de carregar as chapas até a mesa. A máquina também trabalha em laminados feitos com chapas low-e. A lapidadora Busetti F10 pode ser utilizada para diversos setores, da linha branca à de painéis solares, fazendo cantos arredondados ou chanfrados.

 

 

keraglassQuem também teve um grande espaço em Milão foi a fabricante de maquinários Keraglass. A empresa italiana expôs suas diversas soluções técnicas mais inovadoras para laminação, pintura e têmpera de vidros. Principal destaque: linha iPlotter (foto), para impressão digital em vidros, usando tinta cerâmica.

 

 

 

macotecA Macotec, cujos produtos são distribuídos no Brasil pela Gusmão Representações, aproveitou o evento para lançar uma ponte rolante automática, que não estava presente no estande. A máquina permite carregar chapas rapidamente e transportar vidros jumbo, assim como peças pequenas, por meio de um conjunto de ventosas e extremidades fecháveis para segurar as chapas.

 

 

optimaA linha completa de softwares da Optima incluía o Opty-Way 8.6, nova versão do programa de otimização para a indústria de float, com módulos separados para corte de monolíticos e laminados; o Cam-Way, indicado para centros de usinagem e lavagem; e o Opty-Way Enterprise, sistema de gestão empresarial, com gerenciador de pedidos exclusivo para o setor vidreiro.

 

 

schiattiA furadeira TFV 2000, da Schiatti Angelo, trabalha em peças de 3 a 19 mm de espessura, fazendo furos e recortes de até 85 mm de diâmetro. Com três seções independentes (uma de entrada das chapas, uma câmara central e uma para a saída delas), conta ainda com módulo PLC interno que gerencia todas as funções. A máquina conta com opcional de troca automática de ferramentas.

 

 

tkOs enormes maquinários da TK não estavam em seu estande — mas isso não impediu que os visitantes interagissem com esses equipamentos: a empresa usou um sistema de realidade virtual, com o qual era possível “visitar” uma área com o portfólio da fabricante, incluindo fornos para têmpera (tanto convencional como química) e laminação.

 

 

 

‘Open house’ da Lisec apresenta produtos a clienteslisec_boxe
A Lisec não expôs na Vitrum, mas aproveitou a presença de clientes na feira para organizar o open house, uma visita à sua fábrica em Hausmening, na Áustria. Mais de 150 clientes conferiram de perto a linha de insulados Velocity, a mais rápida do mundo, segundo a fabricante: possui tempo de ciclo de apenas dezesseis segundos para a produção de um vidro duplo de 0,9 x 0,6 m. Foi apresentado ainda o forno de têmpera Aeroflat, próprio para low-e e chapas com largura de 1,2 e 1,7 m. “Os clientes ficaram felizes em ver os sistemas em operação. Além disso, os processadores apreciaram o encontro como uma oportunidade para trocar opiniões com colegas e nossos consultores”, conta Othmar Sailer, diretor-executivo da companhia.

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Workshop em São Paulo discute energia solar

Organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em outubro, o workshop Energia solar fotovoltaica no Brasil discutiu as perspectivas desse mercado. De acordo com dados revelados, o setor cresceu 320% no ano passado. Por sua vez, o parque industrial nacional possui 43,5% de energia renovável instalada. “O Brasil pode inserir até 40% de fonte eólica e solar em sua matriz, mesmo sem uma estrutura técnica robusta. Os benefícios são maiores que os custos”, comenta o presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia.

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Novos cooktops envidraçados da Franke e Casavitra

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O Crystal Black, da Franke (foto, ao lado), é de temperado (8 mm) e conta com chama de 4 mil W para maior agilidade no preparo de alimentos. O Cooktop Crochê, da Casavitra (foto, acima), marca do Grupo Tecnovidro, tem serigrafia com estampa que imita esse tipo de artesanato, nas cores azul-turquesa e bordô.

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Exposição conta detalhes de residências históricas com vidros

A Casa de Vidro de Lina Bo Bardi, em São Paulo, hospeda, até 4 de março de 2018, a mostra Casas de vidro — História e conservação. Vê-se ali a aplicação do material em quatro projetos, incluindo a clássica obra de Lina (com todas as fachadas envidraçadas, foto) e três internacionais, criadas pelos arquitetos Philip Johnson, casal Charles e Ray Eames e Mies Van Der Rohe. O evento, apoiado pela AGC, conta com imagens, estudos de referência e maquetes que explicam as soluções estéticas dos projetos.

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

O sucesso dos prédios envidraçados só depende de nós

Edifícios envidraçados são cada vez mais comuns na paisagem urbana nacional — o que não impede que sempre apareça uma nova obra que surpreenda pela originalidade do uso do nosso material. Pensando nisso, a empresa de consultoria de vidro Ci & Lab realizou o Glass Façades Day. Realizado na CasaE Basf (construída como um espaço sustentável e ecoeficiente), em São Paulo, no dia 31 de outubro, o evento reuniu profissionais especializados em projetos e construções de fachadas de vidro para promover um debate sobre sua especificação correta e eficiente, além de apresentar tendências e soluções inovadoras nesse mercado.

O Glass Façades Day teve como co-realizadora a revista Projeto e patrocínio das empresas Eastman e Guardian, além da Abravidro entre seus apoiadores. O encontro teve, literalmente, a “casa lotada”, preenchendo as 42 vagas disponibilizadas.

Normas: as principais aliadas para uma boa fachada
O primeiro passo para garantir o bom uso do vidro nessas estruturas é seguir atentamente as determinações presentes nas normas técnicas. Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro, mostrou o quanto isso é importante: no caso de guarda-corpos, por exemplo, os participantes ficaram impressionados com osvídeos mostrados por ela em que a fixação do vidro e a ancoragem do sistema não foram feitas adequadamente.

A principal norma para esse trabalho, indicou Clélia, é a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações. Para projetar a esquadria correta para cada edificação, a engenheira Fabíola Rago Beltrame, diretora do Instituto Beltrame de Qualidade, Pesquisa e Certificação (Ibelq), enfatizou que é indispensável conhecer a NBR 10821 — Esquadrias para edificações.

Betania Danelon, gerente técnico-industrial da Guardian, explicou que a especificação dos vidros para um projeto também precisa considerar o clima da região, os efeitos da obra sobre seus arredores e deles sobre ela (como um prédio em uma área urbana com ruído intenso), entre outros fatores, lembrando que cada trabalho requer uma solução específica.

Beleza e conforto em um só produto!
Outras palestras do evento apresentaram diferentes casos para mostrar que o Brasil não fica atrás do resto do mundo quando falamos de fachadas de vidro impressionantes. Dois destaques, os edifícios Vitra e Jatobá, estão na capital paulista: o primeiro é todo revestido com laminados cuja face externa leva o vidro low-e SunGuard Royal Blue 40, da Guardian, ganhando um visual azulado uniforme e ganhos no bloqueio de calor e eficiência acústica, enquanto as aberturas mais projetadas nas fachadas do segundo levam peças laminadas com uma combinação de películas coloridas de PVB da Eastman conferindo uma cor final próxima do mogno, a ponto de fazer quem as vê pensar que a estrutura é de madeira.

Falando de fachadas de vidro marcantes, uma justa homenagem foi feita no Glass Façades Day ao arquiteto Carlos Bratke, falecido no começo do ano: ele é responsável por diversos edifícios envidraçados que conferem identidade visual à Zona Sul paulistana.

Ao final do evento, a mensagem que ficou para todos é que uma boa fachada não pode ser apenas bonita, é preciso que siga todos os procedimentos corretos na sua especificação e instalação e traga bom desempenho energético, térmico e acústico. Afinal, como apontou Júlio Lanza, responsável pelo desenvolvimento de mercado de arquitetura de Películas de Alta Performance da Eastman na América do Sul, “um edifício ineficiente logo se torna desinteressante para seus potenciais ocupantes”.

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Inscrições para Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura são prorrogadas

Atenção, arquitetos e estudantes da área: a premiação, que tem apoio da Abravidro, agora está com inscrições abertas até o dia 1º de dezembro pelo site www.premiosaintgobain.com.br. As obras podem ser cadastradas em duas categorias (Profissional ou Estudante), com uma novidade: a participação de edificações concluídas ao longo dos cinco anos de realização do evento. Os vencedores serão anunciados durante a feira Expo Revestir em março de 2018.

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Dê sua opinião na consulta nacional

O projeto de norma 37:000.03-009 — Vidros revestidos para controle solar – Requisitos para manuseio e processamento está próximo de ser publicado pela ABNT. Elaborado pelo Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37), o texto está em consulta nacional até 4 de dezembro — e pode ser consultado no site bit.ly/consultaABNT.

A norma será um complemento da NBR 16023 — Vidros revestidos para controle solar – Requisitos, classificação e métodos de ensaio, como explica Wagner Domingues, coordenador da comissão de estudos, que também é engenheiro de aplicação da Cebrace: “O texto pretende padronizar a produção e melhorar a capacitação da mão de obra de empresas que beneficiam o produto, afinal ele exige um tratamento diferenciado do float comum”.

A têmpera deverá ser feita com fornos adequados à emissividade de cada vidro. A laminação também terá cuidados especiais: para produtos com prata, deverá seguir as recomendações do fabricante. “É preciso desmitificar os vidros de valor agregado, pois eles não são difíceis de trabalhar”, sugere Domingues.

Algumas das novas recomendações
– Estocar o vidro em armazéns ventilados e cobertos, a 15 m das portas de entrada;

– Controlar o tempo de estocagem por meio da rastreabilidade do produto (tempo máximo de estocagem recomendado é de até seis meses para vidros com prata);

– Manusear o produto somente com luvas recomendadas pelo fabricante;

– Usar óleo de corte parafínico (sem derivados do petróleo) e evaporativo;

– Sempre cortar o vidro com a metalização para cima;

– A água de lapidação deverá ter pH controlado entre 6,5 e 7,5;

– Depois da lapidação, a lavagem deverá ser feita com água desmineralizada.

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Para todos os públicos

vp_sincomaviSincomavi-SP, em São Paulo
Leis e regras em foco
No dia 10, durante a palestra Código de defesa do consumidor, a advogada Ana Luiza Santana abordou questões como troca de produtos, fixação de preços e prazos de entrega. De 16 a 18, o sindicato realizou o curso Novo Simples Nacional, com as principais regras desse regime de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicáveis às empresas de micro e pequeno portes.

 

vp_amvidAmvid-MG, em Belo Horizonte
Facilitando o aprendizado
A 8ª edição do Tecnovidro, nos dias 20 e 21, apresentou oficinas práticas para vidraceiros. Assim, foi possível aprofundar cada tema (como colagem de vidro, técnicas para montagem de insulados e erros de projetos com temperados). Outra novidade: um ciclo de palestras para arquitetos, designers e engenheiros. O evento teve apoio do Sebrae e da Gusmão Representações.

 

vp_sindividros-rsSindividros-RS, em Porto Alegre
Por dentro das normas
A palestra Aplicações de vidros na construção civil conforme as normas técnicas, no dia 21, com Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro, teve como foco as determinações da NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações. O sindicato já confirmou a intenção de promover o evento novamente em 2018 e levá-lo aos oficiais do Corpo de Bombeiros do Estado.

 

vp_sincavidroSincavidro-RJ, em Cabo Frio
Versatilidade do vidro
A NBR 7199 também foi enfatizada por Clélia no ciclo de palestras O vidro e suas aplicações na arquitetura moderna, no dia 26. O evento, direcionado para arquitetos e engenheiros, teve José Ricardo d’Araújo Martins, diretor do Sincavidro, comentando a versatilidade de nosso material, enquanto representantes da Cebrace e Vivix apresentaram seus principais produtos.

 

Nota:
O 8º Tecnovidro e a palestra ‘Aplicações de vidros na construção civil conforme as normas técnicas’ foram patrocinados por AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Reconhecimento nacional e internacional

Em outubro, o treinamento de Planejamento, Programação, Controle da Produção e Estoques (PPCPE) foi aplicado a duas novas turmas, totalizando mais de trinta alunos. A primeira delas formou-se em Brasília, nos dias 13 e 14, com as aulas contratadas pela Abravid-DF. Nos dias 19 e 20, foi a vez de a sede da Abravidro, em São Paulo, receber mais uma edição do curso, com três dos participantes vindos diretamente da Bolívia.

O módulo é o primeiro curso de PCP focado especificamente nas necessidades dos beneficiadores, ensinado de forma didática e completa por Cláudio Lúcio da Silva, instrutor técnico da Abravidro reconhecido como um dos maiores especialistas do Brasil na área de transformação de vidros.

Dez turmas já foram formadas, o que corresponde a 170 alunos certificados. Além das duas cidades citadas, o PPCPE também foi a Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. E atenção: as turmas para o próximo ano devem ser anunciadas em breve!

Processamento correto e produtivo
A Especialização Técnica Abravidro também conta com módulos de Corte, Lapidação, Serigrafia e Têmpera. Além de ensinar os procedimentos corretos em cada uma dessas atividades, as aulas também ajudam as empresas a reduzir suas perdas e aumentar sua produtividade.

Para contratar esses cursos ou receber mais informações, fale com Rosana Silva, gerente de Atendimento da Abravidro:

Telefone: (11) 3873-9908
rsilva@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Baterias ainda carregadas!

Mais uma vez Florianópolis é o belo cenário de onde escrevo para este espaço, agora com a sensação de missão cumprida. Acabamos de encerrar o 13º Simpovidro, que reuniu 516 participantes em três dias de confraternização, conteúdo e oportunidades de negócios, num evento que foi um sucesso! Vou me segurar e parar por aqui porque a cobertura completa estará na revista de dezembro.

Mas novembro também tem muito assunto interessante! Nas próximas páginas, você vai encontrar os destaques da Vitrum. A feira, realizada em outubro, em Milão, diminuiu em relação à edição anterior. Porém, trouxe novidades de diversas empresas que atuam em nosso mercado e foi palco de reunião entre associações internacionais de vidro.

Na matéria de capa, nosso consultor Cláudio Lúcio dá dicas fundamentais para o planejamento de layout de uma processadora de vidros, o que pode tornar sua empresa mais produtiva e eficiente. Há ainda conteúdo sobre esquadrias de alto desempenho, uma ótima maneira de agregar valor ao nosso produto, e uma matéria sobre as últimas edições do PPCPE em 2017. Você vai poder conferir também o uso do vidro nas novas estações do metrô de São Paulo.

O ano está acabando e estamos todos em ritmo acelerado, pois as baterias ainda estão carregadas: ainda tem muita coisa boa acontecendo nessa reta final de 2017.

iaraBoa leitura!
Um abraço,

Iara Bentes
Editora de O Vidroplano

 

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

O 13º Simpovidro foi um sucesso!

Enquanto cobríamos mais uma edição do maior encontro do setor vidreiro nacional, que aconteceu de 9 a 12 de novembro, no Costão do Santinho Resort, fechávamos O Vidroplano de novembro. Quer ter uma ideia de como foi o evento? No portal da Abravidro, você pode conferir uma galeria de fotos completa das cerimônias de abertura e encerramento e dos momentos de lazer, além de reportagens sobre as palestras e programação. Nossas redes sociais também repercutiram o simpósio, em tempo real.

A cobertura completa do Simpovidro 2017 estará na edição de dezembro de O Vidroplano!

O que os palestrantes disseram?

Erik Galardi: ao falar do seu produto, transmita emoção
Rui Nogueira: como se relacionar com o governo
Heloísa Capelas: autoconhecimento é chave para gestão
Carlos Alberto Sardenberg: o pior da crise já passou
Odino Marcondes: confiança é a base para a boa liderança
José Roberto Guimarães: sempre é possível fazer mais

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Existe ‘layout’ ideal?

Sozinhos, os melhores maquinários do mercado não garantem maior produtividade para as processadoras. É preciso que a empresa tenha não só tecnologia, mas também um layout correto — ou seja, a disposição desses equipamentos e processos pela fábrica — para evitar perdas, otimizar o trabalho e entregar pedidos no prazo. Como saber, então, o que é o mais adequado?

O instrutor técnico da Abravidro, Cláudio Lúcio da Silva, um dos maiores especialistas em transformação de vidros no País, explica nas próximas páginas como se ter um layout eficiente e quais hábitos devem ser deixados para trás em relação a esse assunto.

Uma pequena introdução ao tema
Um layout nunca deve ser aleatório — ou seja, não se deve simplesmente colocar as máquinas em qualquer lugar sem análise —, pois irá influenciar diretamente o modo como a empresa funciona. “Elemento fundamental, ele contribui para o fortalecimento das operações e atuação da processadora”, revela Cláudio.

É preciso sempre levar em conta:
– A disponibilidade de espaço;
– As demandas dos mercados alvo;
– Os mercados que se deseja atender;
– As estratégias identificadas e adotadas pela empresa para o atendimento desse mercado.

Segundo Cláudio Lúcio, um dos mitos do mercado vidreiro é acreditar que existem receitas prontas, bastando apenas aplicá-las para tudo dar certo. Por isso, cada empresa terá um layout diferente de acordo com suas características — e o que funciona em uma não funcionará, necessariamente, na outra.

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Divisão básica dos ‘layouts’
É possível dividir o sistema produtivo em dois tipos, dependendo da demanda que a processadora possui:

Com foco no processo
– Característica principal é a flexibilidade produtiva. Ou seja, pode atender duas demandas diferentes: para especificações básicas (produção sob encomenda) ou de acordo com as especificações dos clientes (engenharia sob encomenda);
– Mais adequado para clientes da construção civil, arquitetura, decoração e blindagem.

Com foco no produto
– Características principais são a alta produtividade e a taxa de produção. Ou seja, trabalha em grandes volumes de produtos padronizados;
– Mais adequado para clientes do setor automobilístico, de linha branca, refrigeração industrial e movelaria.

5 passos para se alcançar um ‘layout’ ideal
Definir o layout envolve não apenas escolher onde as máquinas serão colocadas, mas também analisar o processo industrial como um todo. Por isso, Cláudio Lúcio indica soluções que estão ligadas diretamente a esse tema e podem influenciar positivamente na produtividade de sua processadora:

1- Antes de pensar em automatização, faça um planejamento sobre seu sistema produtivo para saber quais setores realmente precisam disso. Muitas empresas investem de forma pesada na obtenção de tecnologias que não são necessárias para seu negócio — a aquisição não ajuda a reduzir custos, nem a aumentar produtividade ou receitas. Em vários casos, métodos semiautomáticos ou manuais garantem menos perdas e maior velocidade média da produção, com consequente redução dos prazos de entrega.

2- As etapas de beneficiamento devem estar próximas umas das outras.

3- Máquinas e equipamentos precisam contar com setup (processo de inicialização) menor que dez minutos. Um período maior irá comprometer a produtividade, aumentar o custo industrial e diminuir a obtenção de receita — principalmente para etapas do tipo “gargalo” (com menor capacidade de produção). O setup não é somente o tempo de parada da máquina, mas, também, o tempo total de parada da produção contínua de peças vendáveis.

4- Use sistemas de gestão de pedido, tendo como estratégia de movimentação dos estoques a técnica PEPS, ou “Primeiro produto a Entrar é o Primeiro produto a Sair”. Isso garante um fluxo lógico e sistemático em estoques de matéria-prima, insumos, ferramentas, componentes e peças de vidro (em beneficiamento ou já prontas). Serve como uma “vacina” contra as recorrentes “peças desaparecidas” e “pedidos incompletos”.

5- Para atender a necessidade de se possuir flexibilidade operacional, ou seja, prazos curtos e confiáveis de entregas para qualquer tipo de demanda, podem-se utilizar soluções para a movimentação da matéria-prima, como classificadores automatizados, associados a sistemas de otimização dinâmica do plano de corte.

Principais equívocos em ‘layouts’
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ERRO: não obedecer à ordem das operações do beneficiamento: corte, lapidações, lavagem e têmpera;
CONSEQUÊNCIA: provoca um vaivém de materiais. Algumas vezes, o vidro faz o caminho oposto ao correto, em contrafluxo à lógica de processamento. Isso faz o pedido demorar mais pra ser feito, afetando o prazo de entrega.

ERRO: grandes distâncias entre as etapas ou entre máquinas;
CONSEQUÊNCIA: obriga o uso indiscriminado de equipamentos como carrinhos, cavaletes e cavaletes fixos. O resultado do empilhamento nesses equipamentos é a perda do sequenciamento dos pedidos, assim como o incentivo a manuseios perigosos para se chegar a peças de difícil acesso. Assim, pode surgir um item estranho dentro da gestão profissional de pedidos: a famosa “peça perdida”, que ninguém sabe aonde foi parar. Ou, então, peças que não estão prontas na data solicitada pelo cliente. Outro resultado negativo: mais tempo para o carregamento dos caminhões.

ERRO: adotar fórmulas usadas com frequência por outras empresas;
CONSEQUÊNCIA: o paradigma de imitar a forma de atuação da maioria das outras processadoras é velho, limitado e danoso. Afinal, se todos estão com as mesmas dificuldades, muito mais lógico seguir outro caminho — um que seja adequado para as necessidades da sua empresa dentro das realidades atuais.

ERRO: não possuir um plano de negócios para a empresa;
CONSEQUÊNCIA: pode não parecer, mas existe relação entre layout e fluxo de caixa: com a disposição inadequada, a processadora estará mais suscetível a prejuízos referentes a lacunas na produção, causadas por lentidão nas tarefas, atrasos e retrabalho. Dessa forma, terá de abrir mão de conquistas econômicas e financeiras para suprir obrigações que não estavam previstas.

Como mudar o ‘layout’ da minha empresa? Nosso especialista explica!
– O ideal é ter como pressuposto um plano de negócio, um estudo detalhado antes mesmo do início das operações, para se estabelecer o layout adequado às estratégias identificadas para a atuação da empresa;
– Esse estudo deve incluir ainda um planejamento, preferencialmente, para um horizonte futuro de até cinco anos;
– Se isso não for possível, estude e verifique as opções disponíveis, os melhores retornos e o nível de investimento. Importante: planeje o fluxo de caixa do projeto;
– Na sequência, priorize a implementação para se chegar aos resultados esperados. Devem-se planejar ações de mudança que ocasionem mínimo impacto no sistema produtivo e rápido restabelecimento das receitas. Fazer diferente pode significar suicídio empresarial, gerando uma condição de risco desnecessária para o empreendimento.

PCP: fundamental para arrumar a casa
O conceito de Planejamento e Controle da Produção (PCP) é um sistema de gerenciamento dos recursos operacionais da empresa. O objetivo é obter o máximo aproveitamento do fluxo produtivo. E o layout da planta também entra nessa nos fatores analisados pelo PCP. Por isso, uma boa dica para os interessados em passar o pente-fino em seus processos industriais é o módulo de Planejamento, Programação, Controle da Produção e Estoques (PPCPE), parte da Especialização Técnica Abravidro. Cláudio Lúcio, instrutor da especialização confirma: “O curso auxilia gestores na tomada de decisões mais assertivas frente às limitações e contextos de mercado que os tempos atuais exigem.”

E o ‘layout’ de vidraçarias?
As vidraçarias não atuam como indústrias, mas basicamente como empresas de prestação de serviços. Porém, também devem dar atenção a questões como planejamento e controle de produção. Para Cláudio Lúcio, elas “precisam ter uma forte atuação em PCP, que é um elemento de condução da eficácia para o atendimento ao cliente final, sempre dentro do menor custo, com maior eficácia e eficiência”. Um bom layout e planejamento garantem estoques ajustados, maior fluidez na preparação e separação dos itens do pedido. “Isso é um diferencial competitivo para quem atua como instalador, pois significa tempo reduzido na obra”, alerta o especialista. “A permanência além do necessário não só atrapalha e incomoda o cliente, como reduz a capacidade de atendimento a novas receitas.”

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Luz no fim do túnel

editorialEstamos na reta final de 2017 e o mercado celebra o esperado movimento do último trimestre do ano, tradicionalmente o melhor período para o setor vidreiro. Paralelamente, os indicadores econômicos também registram discreta melhora — e há a expectativa de que o ano se encerre com crescimento da economia, ainda que pequeno, após dois anos de retração, sinalizando boas perspectivas para 2018, uma luz no fim do túnel. A confiança do empresário industrial vem crescendo, assim como o uso da capacidade instalada.

Este ano tem sido difícil para o nosso mercado, mas quem conseguiu aproveitar os tempos árduos para fazer melhorias em suas empresas e nos processos, chega ao momento de maior volume de demanda e trabalho mais eficiente e pronto para entregar um resultado melhor a seus clientes. O clichê de associar crise à oportunidade não se dá à toa.

Cumprindo seu papel de qualificar e desenvolver nosso mercado, a Abravidro encerrou em outubro sua programação de cursos de especialização técnica. Ao todo, foram sete turmas do PPCPE, três delas realizadas em nossa sede, em São Paulo, e outras quatro realizadas em entidades regionais associadas: Ascevi-SC, Sindividros-RS, Amvid-MG e Abravid-DF. O treinamento tem conteúdo e metodologia exclusivos para o nosso setor, além de materiais de apoio essenciais para o dia a dia de uma empresa vidreira. Investir em qualificação da mão de obra é também fundamental em tempos de crise. E quem conseguiu enxergar isso e investir certamente colherá os louros.

Estamos todos trabalhando para encerrar o ano com o melhor resultado possível! E a sua empresa, sai fortalecida desse ciclo para o novo momento da economia?

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Teto de vidro, com muito orgulho!

Pessoas que vivem em grandes centros urbanos, como a cidade de São Paulo, passam boa parte do tempo em espaços fechados, sem interação com seus arredores. Curiosamente, uma das regiões mais movimentadas da capital paulista recentemente ganhou um verdadeiro “respiro visual”: trata-se das estações Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin, da Linha 5-Lilás, do metrô da cidade, cobertas por grandes cúpulas de vidro que conferem um aspecto mais amplo e moderno a elas. E acredite, os benefícios trazidos pelo material vão muito além de sua aparência!

Mobilidade aprimorada
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A Avenida Santo Amaro era uma estrada que ligava São Paulo ao então município de Santo Amaro (hoje um distrito da capital). Atualmente, é uma via de grande importância — por isso, congestionamentos são comuns em suas duas pistas.

As novas estações do metrô devem contribuir para uma melhor distribuição do fluxo entre os meios de transporte: considerando somente a estação Brooklin, estima-se que 30 mil pessoas devam embarcar nela diariamente.

Por falar na estação Brooklin, ela é particularmente uma grande usuária de vidro. Além da cúpula na entrada, traz guarda-corpos de temperados laminados no interior. O edifício anexo, composto por salas técnicas, é todo revestido por temperado serigrafado na cor preta.

Leveza em meio à ‘selva de pedra’
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A ideia por trás da concepção dessas estruturas foi criar espaços visualmente leves e transparentes, em contraste com as aglomerações de prédios na Avenida Santo Amaro, local das obras. As cúpulas também tiram proveito da transparência para eliminar a percepção de clausuras típicas dos espaços subterrâneos das estações.

Economia nas contas de luz e água
Com o uso de vidro de controle solar, há uma economia dupla de energia: reduzem a necessidade de lâmpadas e barram a passagem de calor e raios ultravioleta (usando mais ventilação natural do que ar condicionado). O Metrô de São Paulo também destaca que o vidro acumula menos sujeira em relação a outros materiais — assim, a limpeza pode ser feita em intervalos maiores.

Ficha técnica

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Ivan Piccoli (Metrô de São Paulo)
Vidros
Laminados 6+6 mm, compostos por incolor na face interna e Cool Lite KNT440 de controle solar, da Cebrace, na face externa
Fornecedora
GlassecViracon
Fixação
Diretamente nos perfis da estrutura de aço por meio do sistema Ecoglazing
Instalação
Avec Design
Área total envidraçada
1.113,63 m² (cada cúpula)

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vitrum 2017: oportunidade para troca de conteúdo

De 3 a 6 de outubro, o centro de exposições Rho Fiera Milano, na comuna italiana de Rho, próximo a Milão, deu lugar à 20ª edição da Vitrum. Este ano, a feira contou com 237 empresas — número bem menor em relação a 2015, quando recebeu quase 350 companhias. A convite da Associação Italiana dos Fornecedores de Máquinas e Equipamentos para a Indústria do Vidro (Gimav), Iara Bentes, superintendente da Abravidro e editora de O Vidroplano, esteve por lá e, além de visitar estandes, participou da reunião com associações vidreiras mundiais.

Debates técnicos
vitrum_reuniaoEsse encontro juntou membros da Community of Glass Associations (Comunidade de Associações Vidreiras), entidade criada por iniciativa da Gimav. O Brasil é representado no grupo pela Abravidro e Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro).

A reunião discutiu quatro temas: a padronização técnica e de fabricação do vidro, os treinamentos para a educação dos profissionais, os pontos históricos e culturais no trabalho com o material e a sustentabilidade energética e ambiental, tópicos que serão recolocados em pauta nos encontros futuros da comunidade.

Parceria antiga
A delegação brasileira na Vitrum 2017 era pequena (reuniu menos de trinta pessoas). No entanto, o Brasil foi destacado como parceiro comercial para a Itália durante o encontro com a imprensa que marcou a abertura da feira, mesmo considerando nosso momento econômico atual.

Países participantes da Community of Glass Associations
– Alemanha
– Austrália
– Brasil
– China
– Eslováquia
– Espanha
– Estados Unidos
– Finlândia
– Itália
– Reino Unido
– Rússia
– Suíça

Veja as novidades apresentadas na Vitrum 2017!

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sofisticação transparente e refletida

As mostras Casa Cor de decoração e arquitetura realizadas por todo o País são espaços ideais para se conhecer novas formas de aplicação de vidros e espelhos. Veja a seguir alguns destaques com nosso material nas exposições realizadas na Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco.

CASA COR PERNAMBUCO
(21 de setembro a 12 de novembro, Recife)

Casa de vidro
pernambuco-refúgioAlém de patrocinar a edição 2017 da mostra, a Vivix ganhou um ambiente com seu nome, o Refúgio do Vidro Vivix (foto). Projeto do escritório Humberto e Analice Zirpoli Arquitetura, era completamente estruturado com laminados Vivix Lamina e aço. Suas paredes não só permitiam a completa integração com a natureza, mas também garantiam uma área climatizada e aconchegante, ideal para a proposta de uso do local como um canto de leitura ou para receber amigos.

 

Impossível não olhar
pernambuco-armazémUma boa vitrine é aquela que destaca e valoriza os produtos nela apresentados. Nesse sentido, a fachada do Armazém do Artesanato Sebrae (foto), de Roberta Borsoi, cumpriu seu papel: era inteiramente transparente, feita com peças incolores fornecidas pela Vivix, dando visibilidade a todo o interior e às obras ali exibidas.

 

CASA COR BAHIA
(20 de setembro a 29 de outubro, Salvador)

Almoço surrealista
Casa Cor Salvador 2017A proposta da Sala de Almoço (foto), de Gabriel Moreno, foi criar um ambiente totalmente espelhado. O resultado obtido com os espelhos Vivânce, da Cebrace, foi um jogo de reflexos entre as peças no qual os visitantes se veem contemplando um espaço infinito: quadros e outros objetos parecem flutuar.

 

 

Exótica e confortável
Casa Cor Salvador 2017A Mercearia (foto), criada por Rodrigo Rodrigues e Marcelo Rocha, tinha inspiração nos mercados de Marrakech, no Marrocos. Fora dela, o calor tradicional de Salvador. Dentro, uma temperatura agradável graças aos vidros de controle solar Habitat Neutro e Habitat Refletivo Champanhe, da Cebrace, instalados pela Transparence. O produto também protegeu o espaço interno e as samambaias dependuradas nas paredes de vidro contra os raios ultravioleta.


CASA COR RIO DE JANEIRO

(24 de outubro a 30 de novembro, Rio de Janeiro)

Refletindo Nova York no Rio
riodejaneiro-box21Bernardo Gaudie-Ley e Tânia Braida, do escritório Beta Arquitetura, elaboraram o Box 21 (foto) com base nos lofts de Nova York. Os tons de cinza e preto, com toques de verde e rosa, são ressaltados por aplicações amplas de espelhos Guardian, os quais ajudam a conferir leveza e atmosfera cosmopolita no ambiente.

 

Amplitude e tranquilidade
riodejaneiro-bemestarO Espaço de Bem-estar (foto) foi elaborado por Ângela Leite Barbosa para apresentar o Lapinha SPA, do município paranaense de Lapa. Para isso, uma sala de relaxamento contém tons claros em contraste com a madeira e tons de cinza nas paredes e no piso, criando uma atmosfera tranquila. Destaque-se o uso de espelhos Guardian em suas laterais (na foto, logo atrás da luminária): eles refletem a cortina e aumentam a percepção de amplitude do local.

Veja outras aplicações do vidro nessas mostras!

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Por que melhorar o marketing de serviços?

Escrito por Laércio Pimentel

Todos nascem com alguma habilidade que nos faz diferentes uns dos outros. Com as empresas é a mesma coisa. Fabricantes de produtos, por mais comuns que pareçam, têm diferenças cruciais em um único ponto: o serviço que prestam ao seu cliente.

Quer dizer que se colocar pessoas bem-humoradas e entendidas no assunto para atender o consumidor, terei fidelidade para sempre? Não. O marketing de serviço não é apenas a cereja do bolo, mas, sim, uma série de ingredientes muitas vezes não vista, mas que dá o sabor especial ao prato e o torna irresistível.

Lembre-se de que:

– Uma empresa precisa garantir que a comunicação também seja um ingrediente importante nessa composição final. O marketing de serviços é uma fonte poderosa para acelerar a percepção sobre as qualidades de seu produto;
– Esse conceito não pode ficar restrito à ponta final de apresentação do produto. Deve acontecer no início da venda, durante, no fim e, principalmente, no pós-venda;
– Uma empresa não se garante pelo lucro que gera, mas, sim, pela satisfação e gama de clientes que conquista. Deve-se ter humildade para lidar com a realidade de mercado e instaurar novos modelos de serviços;
– É sempre bom lembrar que o cliente insatisfeito é catalisador de campanhas que podem fazer estragos na imagem e no faturamento de qualquer organização.

Como diria a vovó: dinheiro não aceita desaforo. Acrescento: nem o cliente.

Laércio out3 2012 cópiaLaércio Pimentel
Jornalista, profissional de marketing e propaganda, consultor em comunicação e sócio-diretor da KFL Comunicações (www.kflcomunicacoes.com.br).

 

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Qualidade em primeiro lugar

O Vidroplano já destacou em diversas reportagens a importância de os vidraceiros investirem em vidros de valor agregado. Pensando dessa forma, por que não seguir o raciocínio com as esquadrias?

Um produto de alto desempenho pode até ser mais caro, mas proporciona uma série de benefícios em relação ao item padrão — e isso faz toda a diferença para quem não quer ser deixado para trás pela concorrência. Você sabe como identificá-la e escolhê-la? Especialistas do setor e fabricantes desses produtos dão as dicas a seguir!

Qualidade mínima
Toda esquadria comercializada precisa atender os requisitos mínimos da NBR 10821 — Esquadrias para edificações. Para isso, deve ser, obrigatoriamente, ensaiada e aprovada nos seguintes itens:

– Resistência às cargas de vento da região em que será instalada;
– Vedação ao ar;
– Vedação à água;
– Esforços de uso;
– Acústica.

“Embora o conforto térmico, padrões de manutenção e visual para o ambiente externo ainda não sejam exigidos na norma, também é importante considerar esses critérios”, recomenda Antônio Cardoso, consultor e sócio-fundador da AC&D Consultoria.

Se todos os produtos precisam ter desempenho satisfatório, o que diferencia os considerados acima da média? A engenheira Priscila Andrade, gestora de Desenvolvimento do portal Minha janela de PVC, explica: “São os níveis além do satisfatório em ensaios de desempenho que eles possuem, principalmente nos quesitos acústico, térmico e estanquidade à água e ar.”

A escolha certa de Norte a Sul
Outro ponto fundamental é onde o produto será usado. “A Região Nordeste, por exemplo, está em uma área classificada como II e, por essa razão, tem um nível diferente de uma esquadria do Sul, onde é uma área nível IV e V”, explica Leonardo Arantes, gerente de Produtos da Guardian. Isso ocorre porque existem diferenças entre as condições de ventos no Brasil.

A união faz a força!
É a combinação de produtos de alto desempenho com vidros de valor agregado que potencializa o desempenho do sistema. Por isso, não faz sentido usá-las com vidros comuns.

A AGC do Brasil, por exemplo, recomenda o uso de seu vidro de controle solar, o Sunergy. “Além de ter propriedade low-e, tem aparência neutra, com baixa reflexão”, aconselha Matheus Oliveira, analista-sênior de Marketing da multinacional.

A Guardian também destaca o uso de sua gama de produtos de forma laminada ou insulada. Já a Cebrace foi além e lançou este ano seu próprio sistema, a Janela Habitat, com seus vidros de controle solar (veja mais abaixo, no item No mercado).

Pouca perspectiva para quem ficar na média
As construtoras já estão atentas a esse tipo de produto. “Temos acompanhado uma demanda alta por itens de bom desempenho pelas empresas da área imobiliária e da construção civil”, alerta o consultor Antônio Cardoso. Segundo ele, isso se deve em boa parte à NBR 15575 — Esquadrias para edificações – Desempenho, cuja revisão em 2013 deu bastante importância ao conforto acústico.

A etiquetagem do desempenho acústico, determinada pela NBR 10821, também tem importância na escolha dos produtos. Aos poucos, a busca por informações sobre ela vem crescendo: prova disso, observa Fabíola Rago, foi a decisão da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) de publicar o manual Esquadrias para edificações – Desempenho e aplicações (a obra pode ser baixada pelo link www.cbic.org.br/comat).

Classificação em norma
acustica-termico-estanqueDe acordo com a Parte 2 da NBR 10821, as esquadrias podem ter desempenho mínimo, intermediário ou superior — estas últimas são as de alto desempenho. “Para um produto ter essa classificação, deve possuir baixíssima penetração de ar, o que ajuda a edificação a ficar mais eficiente termicamente”, explica Fabíola Rago Beltrame, diretora do Instituto Beltrame de Qualidade, Pesquisa e Certificação (Ibelq). Veja a seguir todas as características que permitem classificar uma esquadria como de alto desempenho:

Em termos acústicos
Índice de redução sonora ponderado igual ou maior que 30 dB — indicado como nível A nas etiquetas acústicas.

Em termos térmicos
Perfis de materiais isolantes ou com termo-break (colocado entre as faces metálicas do perfil) em conjunto com vidros duplos, permitindo transferência de calor menor que 250 W por m² (sugestão de consumo europeu).

Em termos de estanquidade
Mesmo com chuvas de vento muito forte, a esquadria não pode permitir que a água entre — de modo geral, uma esquadria de alto desempenho nesse quesito é aquela que atinge, no mínimo, 200 Pa no ensaio de pressão de água em câmara.

Matérias-primas
Colorized profile systems for windows and doors manufacturingO alumínio é apontado pelo consultor Antônio Cardoso como um material muito indicado: “A vantagem que mais se destaca nesse material é a liberdade de formas que ele concede ao projetista, permitindo designs diferenciados”.

Por sua vez, o PVC é defendido por Eduardo Rosa, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Sistemas, Perfis e Componentes para Esquadrias de PVC (Aspec-PVC). “Possui alta resistência mecânica, é capaz de resistir por até cinquenta anos e ainda parecer novo por um período superior às outras opções”, justifica.

Aparecido Bonifácio, gerente-industrial da Atenua Som, comenta: “Ainda que alguns materiais estejam associados a processos produtivos que favoreçam o melhor desempenho, não há uma dependência direta. Isso é consequência também das soluções de projeto, precisão do sistema produtivo, qualidade da instalação e ajuste das esquadrias”.

Alumínio
– Variedade ampla de resistência e usinagem, dependendo das ligas e têmperas especificadas;
– Leveza;
– Permite vários tipos de acabamento de superfície, seja por anodização ou pintura;
– Boa relação custo-benefício.

PVC
– Pode ser produzido em diversas cores e com acabamentos metalizados ou padrões amadeirados;
– Resistência a raios ultravioleta;
– Alta estanquidade à água, ar e insetos (os cantos das folhas e do marco são soldados com o próprio PVC no processo de construção da janela);
– Não oxida e não enferruja.

 

No mercado

vp_atenuasomDiscreta e silenciosa
Produto: linha Fit;
Fabricante: Atenua Som;
Diferenciais: redução acústica de 30 dB, conforto térmico e design minimalista com fabricação sob medida, sem alterar a fachada do prédio ou precisar quebrar a alvenaria;
Vidros indicados: insulados com peças de 4 e 6 mm, ou laminados 12 mm.

 

 

vp_cebraceLuz, temperatura e ruído sob controle
Produto: Janela Habitat;
Fabricante: Cebrace;
Diferenciais: já vem com vidros de controle solar da linha Habitat, permitindo barrar até 70% do calor e quase 100% dos raios UV, além de ter nível A em desempenho acústico, deixar a luz entrar na medida certa (sem desconforto visual) e oferecer vedação superior às janelas comuns;
Vidros indicados: de controle solar (laminados ou temperados), da linha Habitat, já fornecidos no produto.

 

vp_vekaEficiente e bonita por mais tempo
Produto: perfis de PVC Veka para portas e janelas;
Fabricante: Veka;
Diferenciais: redução acústica de cerca de 45 dB, fabricação especialmente para climas tropicais, proporcionando maior conforto térmico e baixa necessidade de manutenção e limpeza;
Vidros indicados: variáveis de acordo com as necessidades do projeto.

 


vp_weikuO melhor de dois mundos
Produto: linha Titantec;
Fabricante: Weiku do Brasil;
Diferenciais: embora produzidas em PVC, as esquadrias recebem revestimento de alumínio, reforçando seu desempenho térmico e acústico além de garantir design inovador e maior flexibilidade para o sistema;
Vidros indicados: variáveis de acordo com as necessidades do projeto.

 

Conheça mais sobre o assunto!

Este texto foi originalmente publicado na edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Qualidade em primeiro lugar — conteúdo extra

De maneira simplista, poderíamos definir esquadrias de alto desempenho como aquelas que superam as determinações das normas vigentes no Brasil, a NBR 10821 — Esquadrias para edificações, que define as regras sobres as esquadrias, e a NBR 11706 — Vidros na construção civil, que fala sobre o vidro nessas estruturas.

Embora pareça óbvio, é importante ressaltar que uma esquadria só pode ser considerada completa tendo a junção do material utilizado na sua estrutura e a aplicação do vidro: antes, era muito comum que o serralheiro da estrutura da esquadria dissesse ao cliente que o vidraceiro vem depois para instalar os vidros, como se fossem duas coisas distintas. Hoje, isso, felizmente, mudou!

 

Funções de uma esquadria

São inúmeras as funções de uma esquadria: controle da área de ventilação, proteção contra intempéries (ventos e chuvas), sombreamento do ambiente, conforto térmico e acústico, privacidade do ambiente, contribuição de estilo e design em relação à fachada e ao espaço interno, proteção contra insetos…

Porém, para classificarmos uma esquadria como tendo desempenho satisfatório, ela precisa atender os desempenhos previstos nas normas técnicas em relação aos seguintes requisitos:

– Cargas de vento da região em que for instalada;

– Vedação ao ar;

– Vedação à água;

– Esforços de uso;

– Isolamento acústico.

Embora ainda não sejam oficialmente exigidos nas normas, também vale destacar outros aspectos:

– Conforto térmico;

– Padrões de manutenção (conforme determinado na NBR 15575 — Esquadrias para edificações – Desempenho);

– Visibilidade para o espaço externo, com proteção de intempéries.

 

Dados gerais do mercado

Para uma ideia sobre a participação dos materiais na produção das esquadrias no Brasil, veja a ilustração a seguir:

cardoso1

Se analisarmos o mercado ao longo dos últimos vinte anos, notadamente teremos dois destaques

a) tivemos um crescimento significativo do alumínio;

b) já observamos uma participação crescente do PVC.

Com relação ao tipo de esquadrias, podemos afirmar que, nos dias de hoje, até mesmo em obras de médio volume, o sistema unitizado é utilizado: ele é produzido em forma de painel, já pronto com os vidros, e com a obra já preparada para recebê-lo. Esses painéis são então instalados em linha, de baixo para cima, sem necessidade de balancins, conforme a ilustração abaixo:

cardoso2

Laboratórios para ensaios

Não dá para projetar pensando em desempenho sem o apoio dos laboratórios de ensaio.

Hoje, estamos relativamente amparados com laboratórios como o do Itec, bem-preparado para a simulação de ventos, ensaios de vedação e de esforços de uso. Apesar disso, considero que ainda falta um empenho maior envolvendo as associações da construção civil para o aprimoramento desse produto. Precisamos também de mais laboratórios no Brasil para os ensaios dos sistemas com esquadrias, especialmente em termos de desempenho acústico e térmico.

Antônio Cardoso é consultor e sócio-fundador da AC&D Consultoria

Este texto é um conteúdo digital exclusivo da edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sofisticação transparente e refletida — conteúdo extra

Os ambientes mostrados na versão impressa de O Vidroplano não foram os únicos que empregaram vidros e espelhos nas exposições da Casa Cor na Bahia, em Pernambuco e no Rio de Janeiro. Conheça outros desses espaços a seguir:

 

CASA COR BAHIA

(20 de setembro a 29 de outubro, Salvador)

Fotos: Marcelo Aniello

 

Tetos de espelhos

Casa Cor Salvador 2017

Para valorizar a arquitetura original do casarão em que a mostra foi organizada, o Living, do arquiteto sergipano Wesley Lemos, contou com um jogo de espelhos Vivânce, da Cebrace, com diferentes tonalidades no teto. O produto não só ampliou o espaço, mas também resolveu o quesito iluminação, já que o teto não poderia ser modificado.

 

Casa Cor Salvador 2017

Outro espaço com o teto todo espelhado foi o Home Bar, do arquiteto Flávio Moura. As peças da linha Vivânce, instaladas pela Artenele, refletiram com delicadeza a luminária luxuosa e a iluminação baixa do local.

 

Ampliação pelos reflexos

Casa Cor Salvador 2017

Uma das paredes do Spazzio Natuzzi Italia, projetado por Marlon Gama, foi toda revestida com espelhos Vivânce. As peças proporcionaram amplitude ao quarto e valorizaram a combinação de materiais nobres com cores neutras no ambiente.

 

Casa Cor Salvador 2017

As arquitetas Mila Caramelo e Mila Saraiva também apostaram no espelho Vivânce para o ambiente Varanda da Família — no caso delas, o produto usado tem cor cinza, reforçando a tonalidade que domina esse espaço.

 

Indo além do controle solar

Casa Cor Salvador 2017

Engana-se quem pensa que os vidros da linha Habitat, da Cebrace, só podem ser usados para proporcionar conforto térmico. Isso ficou claro no Quarto do Casal Sênior, criado por Rogério Menezes. Ali refletivos na cor cinza foram usados para revestir uma parede do ambiente, quebrando seu aspecto tradicional e deixando-o mais moderno.

 

CASA COR PERNAMBUCO

(21 de setembro a 12 de novembro, Recife)

Fotos: Eudes Santana

 

Mosaico de reflexos

restaurante

O Restaurante Toscana Concept, projetado pelo escritório FM Arquitetura, teve como um de seus pontos altos um painel de fundo com diferentes volumetrias. O efeito foi obtido por meio da montagem de um mosaico de espelhos Vivix Spelia.

 

Integração segura e confortável

bar

A fachada do Wine & Gin Bar, idealizado pela Amaral Tenório + Arquitetos, foi toda composta por laminados Vivix Lamina. Dessa forma, o ambiente permitiu uma experiência de integração com os visitantes, além de garantir a segurança de seu interior e contribuir para barrar o calor do lado de fora.

 

Espaço pequeno, amplitude imensa

café

Quem entrou no Café do Pátio, projetado por Acácio Costa e Viviani Manzi (da A2 Arquitetos), talvez nem tenha se dado conta de como o local era pequeno. Cortesia da fachada de vidros fornecidos pela Vivix, além do espelho Vivix Spelia aplicado atrás do balcão.

 

CASA COR RIO DE JANEIRO

(21 de setembro a 12 de novembro, Rio de Janeiro)

 

Altura ressaltada

comandante
No Loft do Comandante, assinado por Ana Gomes e Jorge Delmas, o espelho Guardian foi usado nas paredes laterais da cozinha e sala de jantar, refletindo a esquadria do prédio e realçando seu pé-direito alto. Peças do espelho também foram aplicadas sobre a bancada do banheiro, sendo valorizadas pela iluminação com fitas de LED.

Este texto é um conteúdo digital exclusivo da edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.