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Glasstec 2024 traz olhar para o futuro

A edição 2024 da Glasstec, realizada de 22 a 25 de outubro em Düsseldorf, na Alemanha, fez jus ao título de principal feira vidreira do mundo: este ano, recebeu mais de 32 mil visitantes oriundos de 121 países, os quais puderam conferir em primeira mão as novidades que prometem mudar o setor vidreiro num futuro próximo. Como não poderia deixar de ser, a revista O Vidroplano esteve presente no evento, por meio de Iara Bentes, editora da revista e superintendente da Abravidro, acompanhando de perto os estandes, exposições e atividades. A seguir, confira alguns números e informações sobre a Glasstec 2024.

Fechamento positivo
Este ano, a Glasstec ocupou uma área de mais de 60 mil m² do pavilhão da Messe Düsseldorf, onde se espalharam mais de 1.250 marcas internacionais expondo suas soluções e lançamentos, incluindo as brasileiras Arbax e Softsystem e diversas empresas que têm atuação no nosso país (clique aqui para conferir os destaques da feira).

“Foram quatro dias maravilhosos. Nossa avaliação é de satisfação”, afirma o diretor da Glasstec, Lars Wiers, que estreou na coordenação da feira nesta edição. “A indústria está um pouco mais hesitante agora, especialmente em relação a planejamento, mas tivemos bons retornos. Conversamos com vários expositores e, sim, são momentos desafiadores, mas tenho a sensação de que todos estão com um olhar positivo para o futuro.”

Segundo Wiers, este ano a feira atingiu os objetivos traçados por sua direção. A organização do evento tinha como referência a edição de 2018, já que os efeitos da pandemia de Covid-19 ainda afetaram parcialmente as atividades em 2022. E os resultados deste ano foram positivos: a Glasstec teve praticamente a mesma quantidade de expositores que em 2018, além de um aumento na quantidade de visitantes na comparação com 2022. O diretor da feira destacou que os expositores ficaram satisfeitos com a qualidade desses visitantes e das palestras, assim como com as oportunidades para fazer negócios.

 

Foto: Iara Bentes
Foto: Iara Bentes

 

Público de alto nível
Dos mais de 32 mil visitantes, quase 80% eram formados por executivos com posição para tomar decisões dentro das empresas. Cerca de 75% do público era de fora da Alemanha – principalmente de países europeus como Itália, França, Polônia e Holanda, dos Estados Unidos e da China.

De acordo com a organização da Glasstec, este ano houve 214 visitantes brasileiros na feira – apesar da leve queda em relação aos 233 brasileiros que compareceram em 2018 e aos cerca de 300 compatriotas em 2022, ainda se trata de um número expressivo, reforçando o apelo global que o evento exerce sobre profissionais vidreiros por todo o planeta.

Conteúdo fundamental
Além da área de estande das empresas, a Glasstec também se destaca pelos eventos simultâneos que acontecem durante a feira, focados em conhecimentos e no debate  de temas relevantes para o presente e futuro da indústria. Este ano, os principais tópicos foram a descarbonização da produção, a digitalização e a economia circular, como também ficou evidente ao conferir os produtos vistos no pavilhão de exposições: várias empresas mostraram vidros sustentáveis (incluindo soluções amigáveis a pássaros), maquinários inteligentes e uma maior automatização, tudo para facilitar a busca por processos mais limpos e eficazes.

A próxima edição da Glasstec já tem data marcada: será realizada de 20 a 23 de outubro de 2026.

 

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“É aqui onde as coisas interessantes acontecem”
Confira abaixo entrevista com Lars Wiers, diretor da Glasstec.

Lars, esta é a sua primeira edição como diretor-administrativo da Glasstec. Qual é a sua avaliação?
Lars Wiers – Foram quatro dias maravilhosos aqui na Glasstec, e estou muito orgulhoso e feliz por ter feito parte disso. Estamos muito satisfeitos; consideramos que criamos um evento maravilhoso, com muitos expositores de todo o mundo, visitantes internacionais e uma qualidade incrível daquilo que conseguimos mostrar.

O que podemos esperar da Glasstec 2026?
LW – Bem, depois de uma breve pausa para respirar após o fim desta edição, começaremos imediatamente a planejar a próxima Glasstec. Creio que mostramos um programa de apoio muito bom este ano aqui em Düsseldorf, em termos de transferência de conhecimento: abordamos os tópicos que impulsionam a indústria, como a descarbonização e a economia circular, e pretendemos crescer ainda mais nesse aspecto. Por isso, queremos conseguir oferecer valor adicional para os expositores e também para os visitantes, além do networking.

E quais você acha que foram os destaques desta edição?
LW – Meu destaque pessoal é sempre o espaço Glass Technology Live, que reúne ciência e indústria e impulsiona o próprio desenvolvimento do vidro, dando uma pequena ideia do futuro e do que poderá ser possível daqui a alguns anos. Para mim, é sempre fascinante ver mentes criativas desenvolvendo coisas que são levadas ao limite.

Qual é a sua mensagem final para os visitantes brasileiros?
LW – Temos muito orgulho de receber tantos visitantes brasileiros e também expositores do Brasil. Juntem-se a nós em 2026. Vocês não podem perder a Glasstec, porque é aqui onde as coisas interessantes acontecem, e estamos sempre felizes em receber os visitantes brasileiros em Düsseldorf.

 

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O futuro já chegou
Um dos espaços mais aguardados pelos visitantes da Glasstec é a mostra Glass Technology Live. O espaço revela, em primeira mão, inovações e tecnologias que, em breve, poderão se tornar padrão na indústria. De protótipos para estruturas em formatos diferenciados a novas descobertas em relação a tópicos como impressão 3D, a visita ao espaço é obrigatória aos profissionais vidreiros presentes na Alemanha.

Este ano, um dos destaques foi o Pavilhão da Geleira de Vidro, uma estrutura com 5 m de altura desenvolvida pela Universidade de Tecnologia de Delft (Países Baixos), pela empresa de engenharia Eckersley O’Callaghan (responsável pelas icônicas lojas envidraçadas da Apple no formato de cubo) e pela fabricante chinesa de maquinários para processamento North Glass. A obra usou o mínimo possível de conexões visíveis (feitas de aço inoxidável) entre as imensas peças de vidro.

Fique ligado: na edição de dezembro de O Vidroplano, traremos em detalhes as soluções mais chamativas da Glass Technology Live.

Este texto foi originalmente publicado na edição 623 (novembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fotos: Messe Düsseldorf / ctillmann

Glasstec 2024: confira o que as empresas mostraram ao público

A italiana Adelio Lattuada levou ao seu estande uma linha formada por uma biseladora totalmente automática, a TLR 12 C PC; o robô Kuka para movimentação de chapas; e a lavadora OT 2000/300/4S. Outro destaque: a biseladora 713 PC, da linha Gamma, equipada com o sistema A-WR para ajuste automático dos rebolos.

Presente na Glasstec pela segunda vez, a brasileira Arbax levou para a Alemanha sua linha de rebolos e outras soluções para o polimento de vidros, como o óxido de cério, apresentando os produtos para os clientes que já conquistou na Europa e também para os demais visitantes vindos de todas as partes do mundo. A ideia da marca em participar da mostra é expandir sua visibilidade para novos mercados.

A Benteler levou ao evento alemão as lapidadoras de bordas copo tecGrinder, as quais apresentam tempos de configuração curtos, devido à sua rapidez no ajuste de comprimento e um ajuste automático de espessura do vidro – e esse tempo pode ser reduzido ainda mais se colocadas em linha com as lavadoras da fabricante. Por sua vez, a linha tecLami, para a produção de vidros laminados, conta com opções para todos os tipos comuns de película, como PVB, EVA ou o filme estrutural SentryGlas, da Kuraray.

O Sistema Helix, desenvolvido pelas Diamut e Intermac, ambas da Biesse, também pôde ser visto em Düsseldorf. Ele é capaz de fazer furos, com escareadores superior e inferior integrados, em chapas de vidro de até 19 mm de espessura, utilizando uma única ferramenta para máquinas CNC. A Biesse também  apresentou rebolos da Diamut para lapidação, como o Chevron, para peças laminadas e especialmente projetado para otimizar a remoção do filme plástico das bordas.

A Bohle expôs os produtos da marca Silberschnitt: a linha inclui discos de corte de precisão, cabeças de corte e o recentemente lançado fluido de corte Silberschnitt, cuja alta qualidade melhora a penetração do disco de corte na superfície do vidro e facilita a abertura do corte, além de reduzir significativamente o risco de microfissuras e lascas. O produto, informa a empresa, também é biodegradável, cumpre importantes requisitos ambientais e, por não ser feito à base de petróleo, não causa danos a vidros com coatings aplicados.

Entre as novidades da Bottero, estava a ponte de corte EVO, desenvolvida para a linha EVO de mesas de corte, capaz de fazer gravações a laser no vidro e permitindo a inserção de QR codes ou da logomarca da empresa na peça cortada. A 548 LAM, embora não seja um lançamento (quatro mesas já foram vendidas no Brasil), chama a atenção de quem busca soluções para o corte de laminados: ela corta e destaca 100% automaticamente sem aquecer a chapa em seus cabeçotes – tecnologia protegida por sete patentes.

Celebrando setenta anos de existência, a Bovone colocou à vista o sistema robótico de sete eixos BRS para lapidação e polimento de bordas: seu layout inclui um braço robótico montado em uma pista linear com movimento em sete eixos, uma lapidadora reta e duas unidades de armazenamento para painéis de vidro. O BRS pode ainda ser integrado com a lavadora vertical BVR em modo paralelo.

A Electa é o novo centro de usinagem CNC horizontal da CMS. A máquina trabalha com vidros espessos, finos, laminados e até mesmo à prova de balas: na versão com três eixos, ela fura, recorta e faz polimento de bordas; já na de quatro eixos, também lapida com rebolo-copo, recorta com disco diamantado, grava e chanfra a 5 graus. Outro lançamento é o CNC vertical Taktika, desenvolvido para grande flexibilidade em espaços reduzidos, sendo indicado para processadoras de pequeno e médio portes.

O carro chefe da Eastman foi o Saflex LiteCarbon Clear, interlayer de PVB com uma pegada menor de carbono, por ora exclusivo para a Europa. Sua fabricação inclui material reciclado, proporcionando um produto mais sustentável, que contribui para a obtenção de certificações como a Leed para as obras, sem perda de visibilidade ou segurança. Outros destaques: a Saflex Embodied Carbon Calculator, calculadora que permite avaliar o impacto ambiental do laminado em uma obra; e o Saflex FlySafe (produzido para evitar a colisão de aves contra vidros) em versão menos brilhante.

A fabricante de interlayers de PVB Everlam esteve com três lançamentos: o PVB Super Tough é desenvolvido para aplicações que exigem maior durabilidade e desempenho mecânico superior; o PVB Satin White conta com acabamento acetinado, oferecendo uma aparência opaca, ideal para aplicações que exigem privacidade; já o Eco Clear garante excelente transparência e proteção, mantendo o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a redução do impacto ambiental.

A Fenzi apresentou toda a gama de produtos de suas três marcas – Alupro, Fenzi e Tecglass. Esta última foi um dos destaques da feira, com suas máquinas e insumos para a impressão digital em vidros planos. Uma das impressoras exibidas no estande visa ao segmento de linha branca, fazendo a pintura de padrões em vidros para cooktops ou para a área de refrigeração, enquanto outra máquina, com dimensões mais amplas, imprime com grande variedade de cores e detalhes em peças para decoração.

A italiana Forel mostrou sua linha automática completa para a produção de vidros insulados. Os equipamentos contam com diversas tecnologias de ponta, incluindo um instalador patenteado de espaçador termoplástico e um sistema de logística para o manuseio de peças prontas. Vale citar ainda as lapidadoras da família Art. EM, com troca automática de ferramentas.

Para insulados, a Glaston destacou o espaçador termoplástico TPS Pro, com novo sistema de controle, e o Muntin’ Master, que automatiza o ajuste correto dos montantes de esquadrias. Para laminados, a novidade foi a linha ProL Speed – e na área de têmpera, o Autopilot, sistema que automatiza os fornos da marca. A Glaston e a Messe Düsseldorf (organizadora da Glasstec) ressaltaram a parceria entre a feira e o congresso Glass Performance Days (GPD), com o objetivo de promover o compartilhamento de conhecimento e as últimas soluções da indústria, por meio do espaço para networking GPD Pub.

O Guardian Nexa, vidro com baixo teor de carbono fabricado na Europa, com mais de 55% de sua composição vinda do reaproveitamento de cacos de vidro, foi o lançamento da Guardian. Destaque também para o Guardian Locator, ferramenta que usa o Google Street View para localizar e gerar a visualização de projetos com produtos da Guardian – há, inclusive, obras no Brasil – uma delas destacada no estande.

A Italcarrelli dedicou atenção especial às empilhadeiras das séries TPEN e PTN, equipamentos que podem ser utilizados na movimentação de vidros laminados dentro da autoclave. Esses transportadores estão disponíveis com capacidade de carga superior a 70 t e têm características construtivas e dimensionais que permitem depositar os conjuntos de vidro dentro da autoclave e movê-los novamente após a finalização do processo.

Entre os destaques da Keraglass, estava a Vivida, máquina de impressão digital de alta definição a jato de tinta cerâmica: segundo a empresa, ela permite levar a criatividade nesse trabalho a outro patamar, proporcionando nível impressionante de detalhes e cores vibrantes. Outra novidade foi o sistema Klass: a solução utiliza um processo automático de manipulação e armazenamento do vidro, além de integrar as diversas linhas de processamento. O design modular do sistema atende as necessidades específicas de cada planta, gerenciando e organizando o fluxo das chapas de nosso material.

Estreante como expositora da feira, a Kerajet mostrou suas principais linhas de impressoras digitais da marca Dip-Tech, como a GPi (de alto rendimento, permitindo imprimir uma ampla gama de opções), a Dip-Tech DX-3 (com alta resolução de imagens graças à tecnologia SmartDrop) e a Dip-Tech Machinery VX-3 (com sistema de índice dinâmico automático para posicionar vários formatos de vidro juntos).

No estande da Kuraray, viu-se o interlayer Trosifol R3, de PVB, fabricado com conteúdo reciclado, de forma a reduzir o impacto ambiental de sua produção sem comprometer o desempenho. Segundo a empresa, o lançamento oferece redução de até 90% nas emissões de carbono em comparação com interlayers PVB padrão – e já está em processo para obtenção de certificação ISO. Outros produtos: Trosifol SkyViera e Trosifol Greys, ambos para uso em tetos solares no setor automotivo.

A fabricante chinesa de maquinários Landglass apresentou sua marca LandVac de temperados insulados. Desenvolvidas e patenteadas pela empresa, as soluções visam à arquitetura, linha branca e setor automotivo (para esse segmento, o produto é o chamado insulado à vácuo, aplicado em trens de alta velocidade e navios, por exemplo). A linha une conforto térmico; sustentabilidade, ao permitir maior entrada de luz, gerando menos gasto com iluminação natural, quando aplicada em fachadas; e conforto acústico, podendo chegar a uma redução de até 48 dB no barulho.

O carro-chefe da Lisec era a VSL, mesa de corte para laminados. Ainda não disponível no Brasil, é capaz de trabalhar em até 45 peças por hora e fazer marcação a laser no material – pode ainda ser combinada em linha com uma mesa de corte para float. A fabricante também divulgou o projeto 360º of Glass Processing, que tem como objetivo mostrar suas soluções de alta tecnologia presentes em parceiros pelo mundo. Uma das empresas citadas na ação, que ganhou um livro, era a brasileira Clarity Glass.

A HomeComfort, nova linha de vidros de conforto térmico residencial da NSG/Pilkington, conta com o HeatComfort, insulado com aquecimento graças a um revestimento que conduz eletricidade, sendo indicado para regiões frias, e o LuxComfort, insulado com persianas embutidas. A empresa também desenvolveu o Mirai – segundo ela, o vidro mais sustentável do mundo: o material tem 52% a menos de carbono incorporado em comparação com o vidro float comum. Sua produção é feita com alto teor de vidro reciclado e uso de fontes verdes de eletricidade.

A Pellini, empresa responsável pela marca Screenline, construiu nada menos que uma casa digital, em parceria com uma equipe de arquitetos e designers, na qual os visitantes puderam conferir os benefícios das suas persianas embutidas em insulados: os produtos são aplicados considerando a orientação dos ambientes, o uso pretendido para esses espaços e o tipo desejado de janela. Era possível “mover-se” pela casa virtual, observar o efeito das persianas na entrada de luz nos ambientes e consultar os dados disponíveis a respeito delas.

A Prodim levou como novidade um software específico para o mercado vidreiro. Ele permite a sobreposição entre a foto do vão a ser preenchido e das medições marcadas, gerando uma imagem 3D para ilustrar ao cliente como ficará a estrutura final. O sistema é usado em conjunto com o aparelho de medição Proliner Generation X, responsável por facilitar o desenvolvimento de modelagem digital para projetos.

O estande da Pujol dedicou atenção especial para seus diferentes interlayers. O i-ON é uma película polarizada (passa de transparente para opaca por meio de acionamento de corrente elétrica), que cumpre os requisitos da regulamentação europeia para uso em espaços externos, demonstrando resistência à umidade. O AB-AR é um interlayer estrutural projetado para aplicações que exigem grau extra de segurança em espaços públicos ou destinados a suportar altas cargas lineares. Vale destacar também a Evalam Crystal, película de EVA desenvolvida especificamente para laminação de vidros extra clear.

Várias novidades da Saint-Gobain Glass: a linha Eclaz de vidros low-e para janelas de alto desempenho; a calculadora Calumen, para o cálculo de dados como eficiência térmica, acústica e impacto ambiental do vidro; e a linha de espelhos Miralite, com opções decorativas e de segurança. A empresa celebrou ainda os dois anos do Oraé, vidro com baixa pegada de carbono feito com cerca de 70% de cacos reciclados – o produto é fabricado na Europa e está sendo usado por sessenta processadores em treze países diferentes (por enquanto, ainda não foi utilizado no Brasil).

Os interlayers Strato Colour EVA, da Satinal, trazem diferentes opções de cor para a laminação de vidros de segurança. Com fabricação na Itália, as películas de EVA são processadas a partir de matéria-prima granular em um filme fundido que é então usado na produção de vidros de segurança laminados. Vale destacar também a Strato Fresco (que oferece maior conforto térmico aos ambientes) e a Strato Structural (para aplicações estruturais).

Três máquinas foram destacadas pela Schiatti Angelo. Uma delas, a FPS20RS, lapidadora reta totalmente automática, equipada com lavadora, extensões de altura e rebolos especiais para vidros low-e. A lapidadora SME10 é voltada para usinagem com ângulo variável de 0 a 45 graus e polimento de cério na superfície plana e no chanfro. Há ainda a FPS50BS, biseladora superequipada com rebolos de baquelite (resina sintética) para um extrapolimento brilhante e velocidade de processamento de até 10 m/min.

Este ano, o estande da brasileira Softsystem serviu como ponto de encontro para os visitantes do nosso país. A empresa apresentou os diferenciais do sistema de gestão empresarial ERP Pegasus para otimização de processos e gestão de indústrias vidreiras. A cada nova versão, o software se torna mais completo, suprindo novas necessidades do setor: está alinhado, por exemplo, ao conceito de Indústria 4.0, permitindo a melhora de fluxos fabris e um controle maior dos ativos e passivos da empresa.

A Triulzi teve como destaques na feira suas lavadoras horizontais e verticais de vidro. As primeiras permitem lavar e secar qualquer superfície de vidro, desde peças com 45 mm de lado até painéis de 3,4 m ou maiores; já as verticais são feitas inteiramente de aço inoxidável e podem ser customizadas de acordo com as necessidades do cliente.

A mesa de corte Rubi 517C, da Turomas, vem equipada com um sistema de marcação a laser UV integrado na ponte de corte. O dispositivo tem alta velocidade de marcação e é ideal para etiquetar vidros revestidos sem remover o coating de sua superfície, além de ser compatível com todos os softwares abertos e personalizáveis. A empresa também apresentou a LAM 405, mesa de corte para laminados.

Este texto foi originalmente publicado na edição 623 (novembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fotos: Divulgação e Iara Bentes

Glass Technology Live reúne tecnologias inovadoras

Em toda edição da Glasstec, um dos espaços mais aguardados da feira é a Glass Technology Live. A mostra apresenta tecnologias e soluções que apontam para o futuro da aplicação do vidro. Muitos dos produtos ainda são protótipos, vistos pelo público em primeira mão, desenvolvidos por empresas do setor em parcerias com universidades e pesquisadores. Iara Bentes, superintendente da Abravidro e editora de O Vidroplano, viu de perto os destaques da exposição – e você confere a seguir alguns deles.

 

Mergulho na acústica
Tecnologia: Lone Range
Desenvolvido por: Arcgeometer com Universidade de Michigan (EUA)

O Long Range oferece novas possibilidades acústicas em fechamentos envidraçados. A estrutura é formada por vidros planos e curvos em diferentes escalas, fazendo com que o som seja refletido, absorvido ou transmitido por ela – a depender, claro, do objetivo do fechamento. Estudos em laboratório mostraram uma relação entre a curvatura das peças, a presença de aberturas na estrutura e a quantidade de som absorvida por ela.

Innovationsschau “glass technology live” in Halle 11 - Stand C42

 

Formas infinitas
Tecnologia: Jansen Viss³
Desenvolvido por: Jansen (com participação da Universidade de Tecnologia de Delft, nos Países Baixos)

A empresa suíça Jansen criou um sistema modular de perfis bastante versátil: o produto permite que arquitetos possam desenvolver formas livres e orgânicas com nosso material. A montagem e instalação desse sistema é ágil, sem a necessidade de ferramentas especiais.

Innovationsschau “glass technology live” in Halle 11 - Stand C42

 

Demonstrando a força do vidro
Tecnologia: Ziptruss
Desenvolvido por: Universidade de Tecnologia de Delft

Uma espécie de tirolesa sustentada por tubos de vidro foi uma das soluções que mais chamaram a atenção do público na mostra este ano. O Ziptruss permitia entender como uma estrutura de vidro suporta cargas aplicadas diretamente sobre ela: quando algum visitante usava a tirolesa, as peças se iluminavam, em tempo real, para mostrar a tensão sobre a estrutura.

Innovationsschau “glass technology live” in Halle 11 - Stand C42 - Ziptruss von der TU Delft

 

Fachada solar tridimensional
Tecnologia: módulos solares ativos para edificações
Desenvolvido por: Grenzebach Envelon

As possibilidades estéticas para fachadas com painéis fotovoltaicos é cada vez maior. A empresa alemã Grenzebach Envelon levou à feira seus módulos solares ativos 3D. Dependendo da intensidade da radiação solar, as cores dos módulos se tornam mais ou menos saturadas – e a estrutura pode ainda ser instalada em diferentes ângulos, gerando uma sensação de tridimensionalidade.

 

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Sem interlayers
Tecnologia: multilaminados de alto desempenho
Desenvolvido por: CLI Technologies

A startup alemã apresentou um processo inovador para multilaminados: ao invés de usar os tradicionais interlayers no formato filme, as peças são “coladas” por um processo a frio usando um líquido aderente. Segundo a empresa, que está trabalhando com outras companhias para aprimorar o processo, a solução oferece máxima transparência, podendo chegar a valores superiores de resistência de carga aos laminados comuns.

 

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Ultrafinos na arquitetura
Tecnologia: estrutura de vidros ultrafinos com polímeros
Desenvolvido por: Instituto de Construção Civil (da Universidade Técnica de Dresden, na Alemanha)

Os vidros ultrafinos, geralmente utilizado em dispositivos eletrônicos como celulares, são muito mais resistentes que os vidros comuns, de vidro à sua estrutura molecular. E essa solução promete ser incorporada à arquitetura e decoração de ambientes: a Universidade Técnica de Dresden desenvolveu uma estrutura feita desse material e polímeros (impressos com tecnologia 3D) que pode ter função estética ou até mesmo mecânica.

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Fotovoltaicos versáteis
Tecnologia: módulos Skala
Desenvolvido por: Avancis

O uso de painéis fotovoltaicos integrados a vidros de fachadas não é algo novo, mas surge uma nova opção para essa técnica construtiva com os módulos da empresa alemã Avancis. Com o uso de softwares de design arquitetônico, os módulos podem assumir diversos formatos e tamanhos. A companhia levou para a Glass Technology Live os modelos a serem usados para a fachada de um prédio de estacionamentos na cidade de Leipzig.

Innovationsschau “glass technology live” in Halle 11 - Stand C42

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 598 (outubro de 2022) de O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fotos: Divulgação/Iara Bentes/Messe Düsseldorf/Constanze Tillmann

Confira as novidades da Glasstec 2022!

A Adelio Lattuada apresentou a lapidadora TL 10 PC, com 10 rebolos. A empresa também aproveitou o evento para destacar “uma nova Adelio Lattuada”, introduzindo sua nova identidade visual, com logomarca e cores revitalizadas.

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A brasileira Adezan mostrou a Steel Cap, embalagem utilizada para transporte de vidros planos. Com peso 64% menor do que o dos pacotes tradicionais, é construída em aço e papel, permitindo 30% mais espaço de armazenagem na estocagem. Outro destaque: o sistema de movimentação de cargas com carrinho Easy Pull.

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A ADI exibiu sua linha completa de rebolos para vidros visando ao trabalho com o material nas indústrias automotiva e solar. O espaço da empresa italiana também trouxe outros produtos de seu catálogo, como discos de corte, brocas e demais ferramentas e acessórios para o processamento de nosso material.

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A brasileira Arbax já tinha participado da Glasstec em 2020, quando a feira teve uma edição online por conta da pandemia. Este ano, a empresa colocou como destaque um novo rebolo, com novidades tanto na formulação da borracha, do grão abrasivo e dos componentes que dão brilho no vidro, como na sua base, de poliéster, para dar estabilidade e diminuição de peso ao produto.

 

As lapidadoras em linha reta da série VE 500 V foram o destaque da Bavelloni. Segundo a empresa, elas apresentam alto desempenho até mesmo nas operações de usinagem mais exigentes e retificação de chapas jumbo, além de contar com transportador sem rolamentos, de acionamento duplo, e painel de controle com tela sensível ao toque.

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O carro chefe da Best Makina na feira foi a 7000 Prima Logic, extrusora horizontal para injeção de butil em barras espaçadoras de insulados. Alguns diferenciais da máquina são a facilidade no ajuste das configurações automáticas e mecânicas, os sinais de aviso para facilitar o trabalho e evitar falhas e os bocais de butil ajustáveis sob pressão.

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Dona das marcas Forvet e Intermac, a Biesse apresentou no evento sua nova identidade visual. Em termos de maquinários e tecnologias, algumas das novidades são a incorporação de uma célula robotizada na linha Master CNC e o software IC, mais intuitivo, que não exige que o operador da máquina tenha conhecimento profundo de AutoCAD.

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Na alemã Bohle era possível ver o Liftmaster Quadro funcionando ao vivo. O produto é uma estrutura portátil com ventosas para movimentar o vidro em canteiros de obra, suportando vidros de até 800 kg.

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O estande da Bottero exibiu a Twin Edge, linha de lapidadoras bilaterais para vidros de 3 a 30 mm, disponível em três modelos diferentes (10, 11 e 12 rebolos). Outro destaque da empresa na feira foi a mesa de corte 343 BCS, para vidros float.

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A novidade da Bovone foi o sistema robótico totalmente automatizado BRS. Trata-se de uma estação robotizada que integra duas lapidadoras retas, uma lavadora vertical, três robôs multieixos articulados antropomórficos para o manuseio das placas de vidro e um dispositivo para chanfro. O sistema atende os protocolos da Indústria 4.0 para rastreabilidade e autoajuste dos parâmetros de produção.

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De acordo com a BSolution, a lapidadora vertical Speed Arris apresenta alta produtividade na lapidação ou desbaste de vidros. Ela vem equipada com sistema de transporte com ventosas e pode tanto ser instalada sozinha como integrada a linhas de produção já existentes.

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A novidade da CMS foi o Ypsos, centro de usinagem vertical para chapas de float e laminado, capaz de lapidar e polir com duas cabeças ao mesmo tempo. A solução conta ainda com um novo software projetado para tornar a interface do usuário mais eficiente e intuitiva na programação das operações de desbaste, polimento e lapidação industrial, fresagem e perfuração coaxial.

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A Eastman exibiu o Saflex FlySafe 3D, interlayer desenvolvido para evitar a colisão de pássaros contra o vidro laminado. Também chamou a atenção uma estrutura autoportante de vidro (foto), desenvolvida especialmente para a Glasstec 2022 pelo escritório Knippers Helbig Advanced Engineering: as peças laminadas ganharam o PVB estrutural Saflex DG41 e o PVB colorido Vanceva Arctic Snow. Além disso, as ferragens de aço inoxidável que unem a estrutura foram laminadas nos próprios vidros.

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A Fenzi levou ao evento sua linha de insumos de alto desempenho para fabricação de vidros insulados, como selantes e espaçadores. No estande também estavam presentes das máquinas para pintura de vidro fabricadas pela espanhola Tecglass, adquirida pelo grupo.

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A Forel exibiu toda sua linha para processamento vertical de bordas e apresentou uma nova unidade totalmente automática para fabricação de insulados com espaçador termoplástico. Desenvolvida de acordo com os princípios da Indústria 4.0, essa linha pode ser gerenciada a partir de uma única estação de trabalho.

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A Glaston mostrou novidades para diversos segmentos, como o ProL-zone (forno de laminação por convecção que permite que o operador não perca tempo reajustando o setup da receita operacional ao mudar a composição do vidro, como na produção de multilaminados) e a Multi’arrisser (lapidadora vertical mais rápida no mundo, com desempenho de até 60 m/min).

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O principal destaque da Guardian foi o vidro de controle solar SunGuard SNR 35, mostrado em duas versões: o CrystalGray (com aspecto visual semelhante ao fumê) e o UltraClear (com baixo teor de ferro e alta transparência). O vidro antirreflexo Guardian Clarity não é novidade, mas seu aspecto visual quase invisível chamou a atenção no evento.

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A IMMMES colocou à vista algumas das soluções da empresa para o tratamento de água visando ao processamento de vidros. O estande da empresa também teve um espaço com mesas, voltado para o fortalecimento institucional junto aos clientes atuais e em potencial.

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O estande da Keraglass reuniu as soluções mais modernas da empresa nas áreas de têmpera, decoração, impressão digital e laminação de vidros. Além de vários maquinários da empresa, o espaço também exibiu peças trabalhadas neles e contou com a presença de sua equipe para apresentar e explicar as tecnologias demonstradas.

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A Kuraray mostrou o novo interlayer BirdSecure: o produto foi desenvolvido para evitar que pássaros colidam com laminados, sem que isso comprometa o aspecto visual do nosso material nas obras. Outras soluções também estavam presentes no estande, como o interlayer estrutural SentryGlas.

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A Lisec apresentou-se com lançamentos como a KSD (máquina que realiza lapidação e filete com uma ferramenta patenteada pela empresa), a atualização da linha TPA (para insulados) com robôs fazendo a alimentação, carregamento, aplicação de termoplástico e descarregamento dos painéis, e uma nova tecnologia de recorte com jato d’água. A integração automatizada de diferentes máquinas em uma única linha de produção também foi demonstrada.

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A novidade da Macotec, que completa 25 anos de existência em 2022, foi o lançamento de uma mesa para corte de vidros laminados com até 4 x 6 m, que permite fazer tanto corte reto como modelado – no segundo caso, a peça também é destacada e separada.

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Parte do grupo italiano Giardina, a fabricante de maquinários Marval passou por uma renovação comercial ao longo de 2022. Na Glasstec, foram mostradas a nova logomarca e cores da empresa, que apresentou ainda seu novo foco nos negócios, voltado às linhas automáticas para a produção de vidros insulados.

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A fabricante de ferramentas Mole Moreschi apresentou ao público da feira suas linhas de rebolos diamantados, brocas e demais acessórios para processamento de vidro. Os produtos são indicados para o trabalho voltado aos setores da construção civil, automotivo e mobiliário.

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A equipe da Optima utilizou o estande para explicar aos visitantes as soluções da empresa na área de Tecnologia da Informação aplicadas ao setor de processamento de vidro plano.

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Vários produtos da Pilkington foram demonstrados no estande da empresa, como o Optiwhite (extra clear com alta transmissão luminosa) e o AviSafe (desenvolvido para reduzir o número de colisões de pássaros contra vidros). A empresa também esteve presente na Glass Technology Live com o Profilit, vidro fundido alcalino em forma de “U”, voltado para edificações.

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O destaque no estande da Prodim foi o Proliner: segundo a empresa, com a nova série Proliner Generation X e seu software adicional para a indústria de vidro, é possível oferecer uma solução precisa e personalizada para melhorar os processos de medição, modelagem digital e produção para o uso de vidro – mesmo no caso de peças curvas – em diferentes obras.

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O forno LAM-PRO para laminação foi um dos destaques da Pujol: a empresa informa que ele oferece alta performance a preço mais baixo, além de já vir adaptado para a Indústria 4.0. Outra linha da empresa para laminação de vidros, a Pujol 100 PVB+, também foi apresentada na Glasstec.

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A Saint-Gobain lançou no evento o Oraé, vidro com baixa pegada de carbono: sua produção emite 40% menos poluição que a de outros produtos da multinacional na Europa. O Oraé, destaca a empresa, contém cerca de 70% de cacos reciclados entre suas matérias-primas, e será usado para a fabricação das chapas de controle solar Cool-Lite Xtreme da multinacional.

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A Satinal mostrou em seu estande que está alinhada à pauta da sustentabilidade presente na Glasstec 2022. Uma de suas soluções nessa área é o EVA Strato Carbon Free, primeiro interlayer para laminação de vidros com baixa pegada de carbono e certificação ISCC+ (Sustentabilidade Internacional e Certificação de Carbono).

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O estande da Schiatti Angelo exibiu vários de seus maquinários, como as biseladoras automáticas SME10, FPS50M3 e FPS20RS. Especialistas da empresa também receberam visitantes para falar sobre os ganhos que essas soluções trazem para as indústrias vidreiras, como economia de energia, automação e sustentabilidade.

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A Schott escolheu a Glasstec 2022 para apresentar, pela primeira vez ao público, os tubos de vidro Conturax Tough e Duran Tough: os novos produtos oferecem força e resistência excepcionais graças ao revestimento de polímero estabilizador no interior. Eles podem ser usados em fachadas, divisórias de vidro, instalações e até em móveis e elementos de iluminação em edifícios modernos.

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A Sekisui S-Lec BV demonstrou seus interlayers de PVB para o mercado arquitetônico e para o setor automotivo em aplicações presentes no estande. A empresa também convidou os visitantes da feira para conversar com sua equipe e conhecer mais sobre os produtos de seu portfólio.

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Especializada em soluções químicas para o setor de construção civil, a Sika levou a seu estande o silicone bicomponente Sikasil SG-500. O produto, de cura neutra, é indicado para uso em fachadas com envidraçamento estrutural. Vale mencionar ainda os selantes secundários para insulados.

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O Sogever Green, da Sogelub, é uma linha de fluidos refrigerantes desenvolvida para a indústria vidreira. Usados para aumentar a qualidade no acabamento de bordas e agilizar a velocidade das máquinas, eles preservam a limpeza das ferramentas e garantem a neutralidade durante o contato com o vidro.

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A Swisspacer, divisão da Vetrotech Saint-Gobain, buscou abordar junto aos visitantes todos os aspectos que influenciam um futuro neutro em termos climáticos. A empresa destacou que, mesmo componentes pequenos, como os espaçadores de borda quente para insulados fabricados por ela, podem contribuir na redução da pegada de CO2.

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A Triulzi focou na apresentação de sua linha já consolidada de produtos, como as lavadoras verticais e horizontais de vidro, incluindo uma feita 100% de aço inoxidável. A empresa oferece máquinas com foco na indústria moveleira, linha branca, decorativa e engenharia.

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A Turomas levou ao evento a Rubi 406VA, mesa para corte de vidro jumbo que conta com sistema próprio de carregamento composto por cinco braços com ventosas. Outro destaque é um sistema de armazenamento inteligente, composto por um troller que muda as posições dos vidros conforme a necessidade de espaço.

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A Vibrantz Technologies – resultado da união da Dip-Tech, Ferro e Chromaflo Technologies em uma única empresa – apresentou soluções na área de impressão digital sobre vidros: uma das novidades é uma impressora com capacidade de definição de até 2.440 dpi. Vale destacar também o Double Vision, pintura em que a cor vista em um lado do vidro é diferente da do outro lado, mesmo com apenas uma das faces da peça tendo sido pintada.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 598 (outubro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fotos: Divulgação/Iara Bentes/Messe Düsseldorf/Constanze Tillmann

Crédito da foto de abertura: Messe Düsseldorf, Constanze Tillmann

Glasstec 2022 discute o presente e o futuro do setor

De 20 a 23 de setembro, a principal feira vidreira do mundo voltou a ser editada de forma presencial em Düsseldorf, na Alemanha, após um intervalo de quatro anos. A edição 2022 da Glasstec recebeu profissionais vidreiros do mundo, como já é tradição, para discutir o presente e o futuro do segmento por meio de produtos, palestras e tecnologias inovadoras. A Abravidro marcou presença na feira por meio de Iara Bentes, superintendente da entidade e editora da revista O Vidroplano – a cobertura do evento feita por ela trouxe, em tempo real, os destaques da mostra em nosso site e redes sociais. Agora, chegou a hora de conferir um balanço sobre o que de melhor aconteceu na Glasstec 2022.

Números da Glasstec 2022

  • 30 mil visitantes de 119 países
  • 936 empresas expositoras de 47 países (incluindo duas brasileiras)
  • Mais de 75% dos visitantes eram estrangeiros
  • Cerca de 75% dos visitantes eram executivos envolvidos nas decisões das empresas

Comunidade global
Em pleno Ano Internacional do Vidro, a feira continua com seu caráter global: mais de 75% dos visitantes eram de fora da Alemanha, mostrando que o mundo todo viaja para lá a fim de conhecer as novidades que pautarão o mercado pelos próximos anos. “A Glasstec veio no momento certo para orientar a indústria do vidro após as mudanças induzidas pela pandemia e pelo clima econômico difícil”, comenta Erhard Wienkamp, diretor da Messe Düsseldorf, organizadora da mostra. “Como feira presencial, a Glasstec permite a troca profunda de experiência e transferência de conhecimento de forma concentrada e única, além de oferecer uma quantidade incomparável de inovações e soluções.”

Temas-chaves
Cinco assuntos guiaram essa edição da mostra: redução de emissões de poluentes; energias renováveis; uso eficiente de recursos; urbanização com olhar para o futuro; e qualidade de vida proporcionada pelo vidro. Esses temas puderam ser vistos nos lançamentos de produtos, como vidros com baixa pegada de carbono, e na programação de palestras – cada vez mais rica e abordando diferentes tópicos do processamento, fabricação e instalação de nosso material.

Brasileiros na Alemanha
Ao todo, mais de 300 brasileiros viajaram para Düsseldorf. “Estamos muito felizes com a realização da Glasstec de forma presencial. O número de brasileiros foi bem próximo do da última edição. Porém, estamos em tempos mais desafiadores, o que só comprova que a nossa indústria local está se movimentando sempre”, analisa Malu Sevieri, diretora da Emme Brasil, braço nacional da Messe Düsseldorf.

Executivos de algumas das usinas de float nacionais, como Cebrace, Guardian e Vivix, também foram – a Cebrace, inclusive, organizou, em parceria com a Vasa, Lirquen e Vidrio Andino, seu já tradicional jantar para os clientes do grupo da América do Sul presentes por lá, enquanto a Guardian preparou coquetéis de networking em todas as noites da feira. A NürnbergMesse Brasil, organizadora da Glass South America, levou representantes e aproveitou o ambiente de negócios para renovar com expositores para a próxima edição da Glass, a ser realizada em 2024.

Glasstec agora só em 2024 (nos dias 22 a 25 de outubro daquele ano). Mas ainda dá pra aproveitar o que aconteceu na de 2022: as reportagens desta edição trazem os destaques da tradicional mostra de tecnologia Glass Technology Live, que ocorre dentro da feira, e as novidades apresentadas por algumas empresas com atuação no Brasil.

Este texto foi originalmente publicado na edição 598 (outubro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Messe Düsseldorf, Constanze Tillmann

A Glasstec está de volta!

De 20 a 23 de setembro, o segmento vidreiro de todo o planeta tem um ponto de encontro: Düsseldorf, na Alemanha. A cidade será mais uma vez a casa da Glasstec, a principal feira de nosso setor no mundo. O evento sempre reserva surpresas para seus participantes e, desta vez, não será diferente. Prepare-se para novidades em produtos e maquinários, conhecimento técnico, obras de arte envidraçadas e tecnologias inovadoras que ainda nem foram lançadas oficialmente. É tanta coisa relevante que O Vidroplano preparou um guia para quem pretende visitar o evento no fim do mês que vem. Aproveite!

Quando?
20 a 23 de setembro, das 9 às 18 h (horário local)
Onde?
Düsseldorf Exhibition Centre, em Düsseldorf, Alemanha
Quem organiza?
A Glasstec é organizada pela Messe Düsseldorf. A Emme, braço brasileiro da empresa alemã, representa a feira em nosso país.
Última edição
Em 2018, participaram 1.280 marcas (o maior número de empresas expositoras da história) e mais de 42 mil visitantes, incluindo 233 brasileiros (crescimento de quase 50% em relação a 2016)

Inscrições
A participação na Glasstec é paga e feita pelo site oficial do evento (bit.ly/feiraglasstec). Existem diversos pacotes para os interessados nas versões online ou presencial:

  • Um dia de feira: 42 euros (versão online) ou 59 euros (versão presencial)
  • Dois dias de feira: 64 euros (versão online) ou 84 euros (versão presencial)
  • Quatro dias de feira: 99 euros (versão online) ou 120 euros (versão presencial)

Observações:
– Os ingressos permitem participação na Glasstec Conference e visitação às mostras simultâneas (veja mais a seguir);

– A inscrição não inclui transporte de ônibus ou trem até o pavilhão de exposições.

De olho nos expositores
Centenas de companhias e marcas internacionais estarão presentes nos pavilhões da feira. Vai dar pra conferir até duas brasileiras: a Arbax e a Adezan. Aliás, já virou tradição alguma empresa nacional participar do evento. A lista completa de expositores da Glasstec 2022 você encontra no link bit.ly/Glasstecexpositores.

Atenção, brasileiros!
A NMB Travel, agência da NürnbergMesse Brasil (empresa organizadora da Glass South America), oferece serviços para ajudar os brasileiros interessados em visitar a feira a encontrar hospedagem, passagens aéreas e até se inscrever no evento. Mais informações com Fernando Dias.
Tel.: (11) 99981-4302
E-mail: fernando.dias@nmbtravel.com.br

Passagens aéreas
Para aqueles que preferem gerenciar a viagem por conta própria, em pesquisa feita no início deste mês no Google Flights, considerando a saída do Brasil pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, no dia 19, e retorno no dia 24 de setembro, as passagens aéreas custam de R$ 8.000 a R$ 9.400, dependendo da companhia escolhida.

Programação cheia
Como de praxe, a Glasstec traz uma série de eventos em sua programação.

  • Glass Technology Live: Um dos espaços mais tradicionais e visitados da feira, a Glass Technology Live reúne protótipos com foco em tecnologias que podem se tornar padrão da indústria vidreira num futuro próximo. Muitas novidades são mostradas por empresas em primeira mão nesse espaço – e há até parcerias com as universidades de Darmstadt, Delft, Dresden e Dortmund para a apresentação de estudos em diversos campos envolvendo nosso material. Nos quatro dias da Glasstec, os interessados poderão fazer visitas guiadas pela mostra.
  • Glasstec Conference: Debates técnicos (em inglês) sobre cinco temas relacionados à sustentabilidade: Clima, Urbanização, Valor, Recursos e Bem-estar. Profissionais da indústria vão palestrar a respeito de economia de recursos na produção de insulados, otimização no corte, busca pela neutralidade de carbono e eficiência de painéis fotovoltaicos, entre outros assuntos.
  • International Architecture Congress: Congresso direcionado a arquitetos e engenheiros, a ser realizado no dia 22, com o objetivo de discutir soluções com nosso material na construção civil, incluindo eficiência energética em fachadas, revestimentos envidraçados e cases de sucesso pelo mundo. Importante: a participação no International Architecture Congress é paga (59 euros), e o ingresso garante a visita à feira por dois dias.
  • Glassart: Como o nome indica, a Glassart é uma exposição de obras artísticas feitas de vidro. Alguns dos principais artistas internacionais estarão por lá, mostrando itens criados a partir das mais diversas técnicas – sopro, fusing, pintura etc.
  • Crafts Centre: Espaço dedicado às novas tecnologias, produtos e aplicações envolvendo o processamento do vidro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 596 (agosto de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 

Créditos das fotos: Messe Düsseldorf/ctillmann

Glasstec Virtual traz palestras e exposição de produtos

Não é porque a Glasstec 2020 foi adiada para 15 a 18 de junho de 2021, devido à pandemia, que a principal feira de nosso setor não aconteceria, de alguma forma, este ano. A Messe Düsseldorf, montadora do evento, organizou, nos dias 20 a 22 de outubro, a versão online da mostra, a Glasstec Virtual. Os três dias de palestras, exposição de produtos e rodadas de negócios, tudo pela Internet, serviram como aperitivo do que os participantes encontrarão em Düsseldorf, na Alemanha, ano que vem.

Audiência
O evento, gratuito, foi dividido em três partes: showroom online, com cerca de 800 empresas divulgando produtos por meio de textos, fotos e vídeos; área de conferência, com mais de 20 palestras ministradas por profissionais de variadas áreas do segmento, além de mesas-redondas discutindo tendências globais; e praça de networking, em que clientes e fornecedores podiam marcar reuniões por áudio ou vídeo.

Mais de 10 mil participantes, de 110 países diferentes, acessaram o conteúdo oferecido. Desse total, 73% eram de fora da Alemanha – o número reforça o aspecto internacional da feira, assim como ressalta a facilidade de se participar pela Internet. O diretor de Operações do evento, Erhard Wienkamp, admitiu que o coronavírus pode ter mudado o desenho das mostras daqui pra frente: “O futuro das feiras será híbrido”. Para a diretora da Glasstec, Birgit Horn, a solução encontrada ofereceu à indústria uma plataforma adicional para intensificar e expandir os contatos. “Agora, o foco está inteiramente na preparação da edição física”, comenta.

Presença brasileira
Duas companhias nacionais participarão da versão física em 2021 – por isso mesmo, informações sobre seus produtos puderam ser consultadas durante a Glasstec Virtual. “Valeu o esforço por parte dos organizadores, mas para nós o impacto foi baixo”, explica Cesar Zanchet, gerente internacional da Adezan, desenvolvedora de soluções de logística e de embalagens que já expôs na Glasstec em 2018. “Naquele ano, a experiência foi muito positiva e abriu diversas frentes nas quais trabalhamos até hoje.”

Sobre a edição do ano que vem, Zanchet acredita que seja cedo para algum prognóstico. “Sentimos uma onda de transformação de consciência e responsabilidade com a pandemia. Por isso, fica difícil prever se haverá muito ou pouco movimento e como será a receptividade dos frequentadores para receber materiais e conversas comerciais”, revela.

Para a fabricante de rebolos e ferramentas Arbax, participar do evento pela primeira vez foi estratégico para os negócios. “Deu-nos retorno muito acima do esperado, gerando também um fluxo de pedidos e procura por nossos produtos”, analisa o diretor Flávio Sirotto. “Conseguimos aumentar nossa demanda em relação às exportações, o que ajuda na expansão de nosso mercado internacional.” Isso deixou a empresa animada para a versão presencial da feira. “Com os resultados e parcerias gerados, já temos clientes na expectativa em relação à nossa presença em 2021”, revela Sirotto. “E, devido ao resultado dessa solução digital, acreditamos ser possível um sucesso ainda maior em Düsseldorf.”

A seguir, veja um resumo das melhores palestras.

 

PALESTRAS

Europa na pandemia
Em uma mesa-redonda com participantes de entidades vidreiras globais, Luca Oggianu, conselheiro de Advocacia e Comunicação da Glass for Europe, comentou a situação atual e as expectativas para o mercado na União Europeia. A queda na produção e demanda foi alta: as plantas que abastecem o setor automotivo pararam por cerca de dois meses e muitas obras da construção civil também ficaram paralisadas. No entanto, cada país teve uma experiência específica. A Alemanha sofreu um impacto relativamente leve, enquanto Itália, França, Espanha e Reino Unido foram duramente afetados. Várias associações locais estão trabalhando para implementar um pacote de recuperação econômica, envolvendo uma injeção massiva de dinheiro no mercado pelos próximos três anos. Esse plano incluirá investimentos na renovação de edificações – e daí pode vir a recuperação do setor vidreiro, já que vidros de alto desempenho oferecem diversos benefícios, como eficiência energética e conforto térmico.

Sanjeev Oberoi, da Asahi Indian Glass, falou sobre o mercado de float da Índia: crescendo em média 8% nos últimos anos, espera uma queda de 20% em 2020 e 2021 na comparação a 2019. Pela China, o país mais populoso do planeta, o professor da Universidade de Zhejiang, Gaorong Han, traçou um panorama do desenvolvimento do vidro plano local, desde os anos 1960 até os tempos atuais, com destaque para a importância dos vidros ultrafinos modernos, dos revestidos (low-e) e dos usados em painéis fotovoltaicos (extra clear). Citou também o grande aumento nos preços do produto (60% este ano) e ainda revelou que a produção durante a pandemia, na comparação com a do ano passado, teve queda nula (de apenas 0,3% em relação ao primeiro semestre de 2019).

Finalizando as apresentações, Nicole Harris, presidente e CEO da National Glass Association (NGA), a principal entidade vidreira da América do Norte, comentou sobre o impacto do coronavírus no setor de construção civil: o segmento deve cair de 8% a 10% no ano que vem. Além disso, os níveis atingidos em 2019 só serão igualados novamente em 2022 ou 2023.

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Envidraçamento para todos os climas
A próxima geração dos vidros de controle solar será adaptável ao clima – é o que explicou Daniel Mann, da Brightlands Materials Center, empresa que desenvolveu uma solução termocrômica ideal para todo tipo de temperatura, principalmente locais de clima moderado. Segundo Mann, a busca pela economia de energia será mais fácil se crescer o uso das novas tecnologias vidreiras, seja em retrofits ou novas edificações. Nesse sentido, um envidraçamento adaptável, que “regula” a transmissão de calor, será fundamental – e esse é o objetivo da pesquisa da Brightlands. De acordo com simulações, esse vidro termocrômico garante redução de até 29% de calor em uma cidade quente (os testes usaram Abu Dhabi como exemplo) e até 18% em uma região fria (Reykjavik, capital da Islândia). Em outras palavras, quanto mais quente, mais o calor é rejeitado; quanto menos quente, maior a entrada de calor para aquecer os interiores.

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Soluções verdes
Bernhard Fleischmann, da alemã HVG, apontou caminhos para tornar menor a emissão de gás carbônico durante a produção de float. De acordo com os dados apresentados, a quantidade de gases poluentes lançada pela indústria vidreira da Alemanha diminuiu no ano passado, alcançando o menor nível desde 2012 – em parte, pela maior tecnologia dos maquinários utilizados. No entanto, o segmento de float é o mais poluente em relação aos demais (oco, fibra de vidro etc.). Com a busca por um setor mais verde, isso se tornará prioridade para as empresas no futuro próximo. De acordo com Fleischmann, o gás carbônico liberado vem das fontes de energia que alimentam os fornos e também de algumas matérias-primas, como a dolomita. Para resolver a questão, sugeriu possíveis saídas, como trocar o gás natural por combustíveis sintéticos (metano ou etanol, por exemplo); substituir os combustíveis comuns por hidrogênio; e apostar em energia renovável para fornos híbridos. E isso já está se tornando realidade: como citamos em O Vidroplano de março deste ano, o Grupo NSG pretende testar o hidrogênio como alternativa para sua planta em St. Helens, no Reino Unido. O trabalho terá financiamento de £ 5,2 milhões do governo local, e os primeiros testes começam este mês.

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Dupla tecnologia
Edward W. Ferreira, da Toledo Engineering Company (Teco), abordou a possibilidade de uso de fornos híbridos que também funcionem com eletricidade. Essas instalações são uma possível solução para as metas envolvendo pegadas de carbono, uma vez que suas emissões são oriundas somente da carga produzida. Foram mostradas diversas vantagens desses maquinários, incluindo a uniformidade do vidro produzido, manutenção e operação mais fáceis e custo capital mais baixo. No entanto, Ferreira ressaltou pontos negativos, como os custos variáveis da eletricidade e a possibilidade de risco de queda de energia.

Como analisar informações
A digitalização das empresas, conceito representado pela integração dos processos produtivos, foi o tema de Peter Seidl e Maximilian Ocker, da Grenzebach. A palestra abordou a importância da análise dos dados obtidos na produção (como o desempenho dos maquinários e a produtividade) pelas tecnologias 4.0: não é preciso levantar todas as informações possíveis para melhorar determinado processo, apenas as relevantes para a situação da empresa. Somente ter os dados não melhora a produção, é preciso analisá-los. Para resumir suas ideias, mostraram uma sequência de processos a ser seguida:

geração de dados pelos maquinários => aquisição de dados => preparação dos dados, separando o que realmente é importante => análise dos dados => e, finalmente, a adaptação das máquinas aos dados relevantes

Vidros revestidos
Jens Ellrich, também da Grenzebach, comentou sobre vidros revestidos, fabricados com o processo de coating. Citou a grande variedade de aplicações existentes atualmente, incluindo revestimentos temperáveis, baixo emissivos (low-e) e até os fotovoltaicos integrados à construção (BIPV) para geração de energia. Em termos de desafios de mercado, Ellrich destacou os custos de produção (os dois principais são as matérias-primas, com 69%, e a mão de obra, com 17%) e como definir os preços para itens de valor agregado como esses. Para o profissional, os próximos passos na evolução do segmento de revestimentos envolvem a otimização da manutenção e a excelência operacional.

 

EMPRESAS EXPOSITORAS

O espaço virtual da Adezan mostrou aos participantes da feira as soluções de embalagens da empresa, incluindo pallets, ring boxes (caixas de madeira usadas para maquinários e componentes) e as chamadas export packings, maiores que as demais e próprias para serem manuseadas por empilhadeiras e outros veículos em estoques.

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A Arbax divulgou seus insumos pra processamento do vidro: rebolos copo e periféricos para lapidação (com ótimo custo benefício, segundo a empresa); óxido de cério (disponíveis nas versões Super Brilho, Super Brilho 35 e Premium Super Brilho); e a linha GPT para remoção de riscos das chapas.

Além do portfólio de fechaduras para portas, a Assa Abloy apresentou ao público virtual um item adequado aos tempos de pandemia, o Planet NoHander, uma espécie de alavanca que abre portas com os pés. Isso mesmo: ao invés de girar uma maçaneta, você empurra esse produto com o pé. Instalado na parte de baixo das portas, é indicado para pivotantes com uma folha e foi desenvolvido pensando em aumentar a higiene dos ambientes.

A mesa de corte Brembana Runner Line, apresentada pela CMS, conta com transportador automático e três eixos interpolados para o trabalho em chapas de 3 a 19 mm de espessura. Dois CNCs se destacam: o vertical Brembana Vertec, que fura vidros monolíticos, laminados e low-e; e o Maxima, de cinco eixos, controle numérico e mudança automática de ferramentas, próprio para polimento, lapidação, corte, furação e até gravação de chapas.

A linha de impressoras digitais da israelense Dip-Tech, empresa do grupo americano Ferro, também marcou presença. Além dos equipamentos da GPi e da NEraD Series, ambas reconhecidas por trabalharem em alta resolução, há ainda a VEra Series: ideal para impressão em vidros usados no setor de linha branca, utiliza as tintas cerâmicas Ultra-Fix, as quais se fundem às chapas após o processo de têmpera.

A finlandesa Glaston promete revolucionar as linhas de laminação com a Glaston ProL. Totalmente automatizada, ela tem lavadora (pode, inclusive, lavar vidros revestidos como o low-e) e um sistema de montagem do “sanduíche” de vidro e interlayer. O forno é de convecção: o ar quente circula por cima e por baixo das chapas. Segundo a empresa, a solução garante alta economia de energia.

O espaço virtual da italiana Intermac teve foco institucional. De forma geral, a empresa divulgou, sem destaque para um equipamento específico, suas linhas de maquinários para processamento de vidro, incluindo mesas de corte (tanto para float como para laminado) e centros de lapidação.

A gama de interlayers da Trosifol, marca da Kuraray, inclui diversas opções para vidros laminados. Além dos estruturais, indicados para instalações em que nosso material é parte da sustentação da obra, foi divulgado o Trosifol Acoustic, para vidros automotivos. Desenvolvido com propriedades de absorção de som, evitam a entrada do barulho externo no veículo.

A Schott apresentou o Schott Amiran, vidro antirreflexivo para fachadas. O produto oferece alta transparência mesmo com grande diferença de luminosidade na frente ou atrás do painel. Por isso, é indicado para showrooms, vitrines, camarotes em estádios, cabines de gravação e lobbies de entrada de edifícios. Solução semelhante é o Schott Mirogard, antirreflexivo próprio para quadros – reduz a reflexão para menos de 1%, o que permite total visão de uma pintura colocada atrás dele.

Mostrada pela Lisec, a linha automática para laminados PlusLam conta com medidor de espessura (podem ser usadas chapas de 3 a 19 mm) e detector do lado revestido do vidro (para os casos de laminação com esse tipo de material). Para peças de tamanho maior que o usual, o corte do excesso de interlayer é feito por um robô, aumentando a produtividade. O ciclo de trabalho é de até 50 laminados por hora, dependendo da especificação das chapas.

A espanhola Turomas expôs em seu espaço online a linha de mesas de corte Rubi Series, para float e também low-e. Outro destaque: a Lam Series, própria para laminados de até 12+12 mm de espessura. Ambas as linhas se destacam por não manipularem o vidro do lado revestido, garantindo a integridade do material.

Este texto foi originalmente publicado na edição 575 (novembro de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

O amanhã é promissor

A mostra Glass Technology Live é um dos espaços mais tradicionais e visitados da Glasstec. Este ano, mais uma vez, reuniu estudos e protótipos com foco em tecnologias que podem se tornar padrão da indústria num futuro próximo — algumas até mesmo já estão em uso. As soluções apresentadas sempre buscam o limite da aplicação de nosso material, sem medo de apostar em algo que pareça impossível. Nas próximas páginas, conheça com detalhes as mais interessantes aplicações expostas durante a feira, cuja organização fica a cargo de quatro universidades técnicas: de Darmstadt, de Dortmund e de Dresden, da Alemanha, e Delft, da Holanda.

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Árvore de papel
A instalação Branching Out, desenvolvida pela Universidade Técnica de Darmstadt, demonstrava como é possível criar estruturas leves para decoração com materiais inusitados, como perfis tubulares de papel especial. As “folhas” da árvore eram de vidro ultrafino (curvado, quimicamente endurecido e laminado com PVB na cor verde) de apenas 1 mm de espessura

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Rede de vidro
Outro protótipo da Universidade de Darmstadt: uma rede feita de vidros ultrafinos e cordas, que pode ser utilizada como se fosse uma lona no transporte de cargas, por exemplo. A escolha se explica, pois nosso material possui enorme resistência e flexibilidade, além de proteger contra água e chuva

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Alta resolução em larga escala
A Dip-Tech e a Ferro Corporation montaram um modelo em escala de prédio comercial conceitual, formado por fachada com tecnologia de impressão digital e serigrafia. A maquete representava duas torres de treze andares cada. As tintas especiais usadas, que filtram a luz, aliadas ao padrão de impressão, garantem sombreamento no interior dos edifícios — e o desenho escolhido também previne a colisão de pássaros

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Sobe e desce
Uma gangorra com 10 m de comprimento, formada por onze placas laminadas de low-iron (vidro com baixo teor de ferro), fez muito visitante reviver memórias da infância ao visitar a Glass Technology Live. Construída pelo escritório de arquitetura Eckersley O’Callaghan (o mesmo das lojas da Apple espalhadas pelo mundo) em parceria com a processadora alemã sedak, pesava mais de 1 t e era exemplo de como é possível fazer qualquer objeto com vidro estrutural

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Design elevado à última potência
A sala de concertos Elbphilharmonie, em Hamburgo, Alemanha, tornou-se um marco da arquitetura graças à fachada envidraçada dupla, instalada pela empresa Josef Gartner GmbH. Cada unidade desse sistema mede cerca de 5 m de largura e 3 de altura. Algumas delas ganharam vidros curvos em formato esférico, encaixados em “garfos” feitos de fibra de vidro e plástico (como pode ser visto na foto ao lado), com o objetivo de permitir ventilação natural no interior. Cada vez mais, fachadas vão ganhar elementos tridimensionais e geométricos como esses

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Forte como vidro
Imagine um carro pesando cerca de 1,3 toneladas de cabeça para baixo, suspenso apenas por duas placas de nosso material? A instalação Gravity provou de uma vez por todas a resistência do vidro. Duas peças laminadas, cada uma composta por termoendurecidos 2+2 mm com SentryGlas (PVB estrutural da Kuraray), seguravam o automóvel sem qualquer fixação mecânica — ou seja, sem furos —, somente com o selante estrutural TSSA, da Dow. Algo tão impressionante virou a capa de O Vidroplano deste mês! As placas foram fornecidas pela Glaston e processadas pela sedak

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Sem limites para laminar
Um laminado gigante foi mostrado para o público: contava com dezoito camadas de extra clear, ligadas umas às outras por PVB estrutural, e espessura total de, aproximadamente, 30 cm. A fabricação da peça não teve apenas a função de maravilhar o público: revelou a possibilidade de se construir elementos estruturais com enorme resistência à pressão de cargas e também máxima transparência

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Ângulos perfeitos
A Glassbel Baltic, empresa especialista em processamento e instalação de vidros da Lituânia, desenvolveu uma solução chamada “laminação 3D”, que permite a criação de instalações com laminados e insulados em 90º sem interferências visuais, sendo ideal para fachadas, divisórias e colunas, por exemplo

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Um novo tipo de controle solar
A Universidade de Bayreuth, da Alemanha, expôs uma solução inovadora para moderar a temperatura sem necessidade de ar condicionado. O Water Flow Glazing é um sistema semelhante a um insulado, mas possui um fluido em constante circulação entre as placas de vidro com o objetivo de absorver a radiação solar. O produto também tem a capacidade de armazenar e reutilizar a energia absorvida — com isso, o painel interno de vidro se transformaria numa espécie de aquecedor de ambientes. O Water Flow Glazing ainda não é fabricado industrialmente, mas já existe um consórcio de empresas disposto a torná-lo realidade

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Genialidade verde e amarela
Um dos últimos projetos do falecido arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer ainda está em construção na cidade alemã de Leipzig — e um modelo em tamanho real marcou presença na mostra. A obra é uma esfera de 12 m de diâmetro. De vidro e aço, ela ficará suspensa próxima ao telhado de uma fábrica de guindastes ferroviários como atributo estético do edifício e será revestida por vidros privativos, que são transparentes e passam a ser translúcidos ou vice-versa por controle remoto. No momento, a esfera está em construção e a expectativa é que fique pronta em 2019

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Gigante e curvo
A Saint-Gobain Glassolutions expôs peças curvas de 8 m de comprimento. Elas podem ser temperadas, laminadas ou insuladas. Na mostra, foi montado um túnel com o material, demonstrando sua versatilidade e as diversas opções de aplicação

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Transparência colorida
Na edição 2016 da Glass Technology Live, foi mostrado um tijolo inteiramente de vidro. Este ano, uma evolução daquele produto esteve presente, exposto pela Universidade Técnica de Delft, da Holanda. O Re³ Glass é de vidro reciclado, pode ser montado facilmente (basta encaixá-los) e conta com interior de cores variadas

Este texto foi originalmente publicado na edição 551 (novembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

De Düsseldorf para o Brasil

É tradição da Glasstec adiantar as tendências mundiais na fabricação, processamento e instalação de vidros em todo o mundo. Não seria diferente em relação ao nosso país: as tecnologias e soluções mostradas pelas marcas em breve chegarão por aqui (algumas já estão entre nós). Importante ressaltar ainda que nossas empresas não são apenas consumidoras, mas também fornecedoras. Companhias nacionais estiveram com estande no pavilhão de exposição levando seus produtos para o mercado estrangeiro.

Confira a seguir uma seleção das principais novidades mostradas por empresas com atuação no Brasil, classificadas em ordem alfabética.

adeliolattuadaComemorando quarenta anos de fundação em 2018, a Adelio Lattuada celebrou a data na Glasstec expondo ao público maquinários com conceitos da Indústria 4.0, como automação. Para isso, mostrou o sistema de movimentação de vidro Lattuada Robotic Solution, que faz o giro das placas em 90 ou 180 graus. No estande, o sistema formava uma linha junto de duas lapidadoras retilíneas de onze rebolos cada, demonstrando a fluidez no processo de trabalho gerada pela automação.

halio_agcO lançamento da AGC foi o vidro eletrocrômico Halio. O produto possui um revestimento especial de óxidos de metais que, quando acionado por corrente elétrica, altera a aparência da chapa: em três minutos, ela passa de transparente para uma cor escura translúcida. É possível controlar ainda o nível de transparência conforme o gosto do usuário. Segundo a usina, planeja-se lançar o Halio no Brasil entre o final de 2019 e o começo de 2020.

bavelloniA Bavelloni montou uma ilha de produção para mostrar o funcionamento de uma linha automática de lapidação, formada pela lapidadora retilínea VE500 V10 e robôs para movimentação. Pelo fato de os funcionários não precisarem manusear as chapas, já que os robôs fazem a rotação delas para garantir a lapidação de seus quatro lados, a linha permite maior produtividade em menos tempo.

bentelerA Benteler apresentou seus maquinários para processamento, incluindo uma linha de corte, furação e recorte, assim como a nova versão da lavadora tecWasher, indicada para vidros finos em chapas de tamanho pequeno e médio. Outros destaques: lavadoras para chapas curvas e máquinas para serigrafia — essas últimas podem ser usadas juntamente com impressoras digitais para criar linhas flexíveis e versáteis.

benteler-NOVAA principal novidade da Bohle foi o anúncio de que começará, em breve, a produzir rodízios de corte com a marcação do grau de corte, indicando em qual espessura aquele item deve trabalhar. A iniciativa ajudará a acabar com possíveis confusões, como quando o operador da mesa mistura os rodízios e não sabe para qual chapa ele é indicado.

BotteroA tecnologia 4.0 está na nova geração de lapidadoras retilíneas da italiana Bottero: são conectadas à nuvem para criar uma base de dados que permite a análise de seu funcionamento, incluindo detalhes sobre a vida útil do equipamento e a necessidade de manutenção preventiva. Além disso, permite que o operador salve receitas para que a máquina possa trabalhar automaticamente.

bovoneCompostos por robôs, o sistema de movimentação de vidro Bovone Robotic System para linhas de lapidação, da Bovone, funcionava sem parar no estande da empresa italiana. O mecanismo pode ser vendido separadamente ou em ilhas de trabalho contendo duas lapidadoras e dois robôs, atendendo assim todo tipo de cliente.

bystronicA B’Champ WS, da Bystronic Glass, linha para pré-processamento de vidros automotivos, corta, destaca e lapida peças usadas em para-brisas. Por empregar até duas ferramentas na mesma chapa, a máquina garante um ciclo de trabalho curto. Possui ainda um grande grau de automação, aumentando a eficiência da produção. Outro diferencial é a possibilidade de trabalhar em vidros finos, com o mínimo de 0,4 mm de espessura.

Dip-techDois lançamentos de impressoras digitais no estande da Dip-Tech. A Nera-V Plus, dedicada para vidros automobilísticos, possui de seis a doze canais de tinta trabalhando em resolução altíssima (de até 1.410 dpi). O modelo Vera é indicado para vidros da linha branca (eletrodomésticos em geral), tendo um ciclo de produção de apenas doze segundos. Segundo a empresa, ambas estão disponíveis no Brasil e contam com manutenção e peças de reposição locais.

dowO silicone adesivo transparente estrutural TSSA, da linha Dowsil, que pertence à Dow, garante máxima transparência em aplicações estruturais, como sistemas pele de vidro e fachadas duplas. O produto possui um indicador de segurança: quando o nível de estresse das chapas excede o aceitável, ele adquire coloração branca.

eastmanUm dos maiores laminados processados do mundo foi exposto pela Eastman. A peça (foto), de 3,22 m de largura e 18 de comprimento, demonstrava a capacidade dos interlayers da empresa. Além do Vanceva Illusion White, PVB que possui cor branca em degradé, mostrou-se o Saflex HUD, filme para vidros automotivos que permite projetar informações no para-brisa do carro sem distorção da imagem.

EverlamProgramado para lançamento oficial no mercado vidreiro no primeiro trimestre de 2019, o Everlam Cool, PVB de alta performance da Everlam, foi mostrado em primeira mão na Glasstec. O produto possui tecnologia de nanopartículas e oferece controle solar, neutralidade de cor e baixa reflexão aos laminados em que é instalado.

fenzi_NOVAA Fenzi contou com sua linha de insumos para insulados, incluindo o perfil Multitech G e espaçadores warm edge (que reduzem a transferência de calor). A tinta para espelhos Duralux 2020 também esteve presente. Mas o principal destaque eram as soluções para impressão digital (foto) da Tecglass, empresa espanhola incorporada ao Grupo Fenzi no ano passado: a tecnologia Single Pass evolution pode imprimir 9 m em apenas sessenta segundos.

forelA linha vertical para corte de laminados que estava no espaço da Forel é compacta. Garantindo economia de espaço, ela faz toda a movimentação do vidro de forma automática, reduzindo os riscos de quebra de nosso material durante o beneficiamento.

forvetDois equipamentos da Forvet ganharam os holofotes na feira. O CNC Francesca FC1250 é uma máquina de entrada, com tamanho compacto e curso útil de 1.250 mm, própria para furação e recorte. O Forbot é um sistema de robôs que otimiza a entrada do vidro no forno, sem necessidade de um operador manusear as chapas.

GlastonO novo forno de têmpera para vidros jumbo da Glaston também processa peças de tamanho menor. A novidade é a presença de um modo de “segunda célula”, que permite a regulagem para o trabalho com diferentes tipos de vidro, tamanhos e espessuras. A fabricante também informou que disponibilizará em breve a nova versão do software iControL aos clientes brasileiros que possuem fornos das linhas FC e RC.

guardian_NOVAO Dinamic Shade (foto), lançamento da Guardian, é um insulado com persiana embutida. O produto será disponibilizado ao mercado no ano que vem. Outro lançamento, o Guardian Clarit é um vidro antirreflexo indicado para aplicação em vitrines, concessionárias ou museus por oferecer visibilidade total. No estande da usina, o produto foi aplicado em cima de um televisor, tendo recebido um revestimento especial para barrar o calor emitido pelo aparelho sem obstruir a imagem.

heglaA alemã Hegla oferece soluções para o corte do vidro, criando maquinários que se integram em linha juntamente com os de sua parceira Bystronic Glass. A Rapidline possui armazém inteligente, trabalha com linha linear magnética e conta ainda com integração a softwares de tecnologia 4.0.

ImmmesOs italianos da Immmes divulgaram seus sistemas de tratamento de água, indicados para processadoras — afinal, a atividade demanda grande quantidade desse insumo. Segundo a empresa, esse tipo de sistema gera economia não só de água (que é reutilizada por meio de circuito fechado), mas também de energia elétrica, pois uma única bomba pressurizada abastece toda a produção.

IntermacO Master One é a nova geração de CNCs da Intermac. Com três ou quatro eixos, está integrado aos conceitos da Indústria 4.0, possuindo setup menor e controle de manutenção preventiva em seu próprio painel. Os equipamentos são versáteis: podem atender desde grandes indústrias, que necessitam de alta produtividade, a também pequenos vidraceiros.

KeraglassOs principais destaques da Keraglass foram o fornos de têmpera Vision 800, com sistema de convecção, e o de laminação Combi, que pode trabalhar com EVA e PVB. A empresa lançou ainda um software que calcula o custo por m² do vidro temperado. Com isso, o processador tem em mãos dados concretos para avaliar a situação financeira de sua empresa, incluindo lucros e prejuízos.

landglassO forno de curvatura ConeBend, da Landglass, pode ter comprimento de até 18 m, sendo indicado para placas jumbo ou ainda maiores. O sistema de curvatura fica localizado na parte frontal do equipamento, garantindo um processo gradual de moldagem do vidro, o que impede a aparição de rachaduras nas extremidades das peças.

LisecA Lisec lançou o SplitFin, uma linha automática de jato d’água para lapidação, polimento, furação, fresa, recorte e lavagem. O equipamento é modular, o que ajuda a aumentar a produtividade, e pode ainda ser adquirido na versão com ferramentas, caso o cliente não precise da velocidade do jato d’água.

MacotecJá instalada em processadoras da Europa, a nova ponte-rolante da Macotec tem duas funções: abastecer os classificadores de vidro, pegando o material dos caminhões inloaders, e prover as mesas de corte, fazendo com que o processo de trabalho seja rápido e eficaz, sem necessidade de intervenção humana no carregamento das chapas.

pilkingtonDuas grandes novidades na Pilkington. O Super Spacia é um insulado com perfil ultrafino que, ao invés de gás, possui vácuo no espaço entre as placas, proporcionando o mesmo desempenho térmico com menor espessura e peso que unidades convencionais. Já o Suncool Dynamic é um vidro termocrômico. Disponível em versão laminada de segurança, ele adapta sua transparência de acordo com o nível de luz solar.

ProdimO Proliner, da holandesa Prodim, é um aparelho para medição que permite digitalização de moldes para o trabalho com vidro. Uma vez digitalizado, o arquivo pode ser levado para centros de usinagem ou mesas de corte. O aparelho é indicado também para vidraceiros, pois permite a medição nas obras.

pujolA espanhola Pujol, empresa especialista em laminação, levou para seu estande na feira uma linha que trabalha com interlayers do tipo PVB e EVA sem necessidade de autoclave ou sala limpa climatizada. Segundo a fabricante de maquinários, esse processo é mais barato que as tradicionais linhas com autoclave. Vale citar ainda como destaque o forno de duas gavetas para EVA.

SGG_NOVA_2O espaço da Saint-Gobain Glass tinha vidros de todos os tipos. O Eclaz (foto) é uma nova geração de vidros de baixa emissividade (low-e), mais transparentes para deixar luz natural entrar, porém barrando o calor — controle solar que também era a característica do Cool-Lite Xtreme Silver II. Outro destaque: o vidro resistente ao fogo Contraflam ER1 Blast.

Schiatti AngeloA Schiatti Angelo mostrou máquinas de grande porte. Utilizadas em grandes espessuras, incluem opcionais para linhas retilíneas como lavadoras e quebra-cantos. A empresa italiana destacou também a linha de furadeira-fresadora vertical. Ainda não disponível no Brasil, o equipamento tem como diferencial uma correia para transporte possibilitando o trabalho de pequenas dimensões.

schott“Fascinação” era o tema da Schott na feira, fazendo referência aos diversos tipos de vidro que a fabricante produz e expunha em seu estande. Vale citar o Ceran, indicado para uso em cooktops; o Pyran, resistente ao fogo; e o Borofloat, vidro de borossilicato usado em aplicações tecnológicas como chips.

screenlineA modernidade chegou às persianas para insulados fabricadas pela Screenline, marca da Pellini. Agora, além de funcionar por sistemas touch, certos modelos também possuem comandos de voz (foto). Outra novidade está no tamanho da área envidraçada em janelas e portas: a partir de 2019, será possível instalar as persianas da fabricante em soluções de até 9 m² de área.

STGroupFoi a primeira vez que a italiana Marval apresentou-se com seu novo nome, ST Group. A empresa fabrica lavadoras horizontais de aço inox, com sistema de depuração e desmineralização de água, que podem ser acopladas a diversos tipos de máquinas.

 

sglassA tradição dos maquinários brasileiros da Sglass também marcou presença na Glasstec. Foram mostrados três equipamentos ali: a Alpha Jet 2500, máquina de corte a jato d’água para float de 4 a 19 mm, que pode ser instalada em uma linha automática ou usada de forma individual; o forno de têmpera horizontal Standard; e o forno de laminação FL2333, com sistema de abertura e fechamento automático.

systemglassOs brasileiros da Systemglass foram à Alemanha com o objetivo de se apresentar para o mercado europeu. Durante a feira, divulgaram seus softwares multi-idioma, os quais “conversam” com maquinários de fabricantes diferentes. A empresa planeja voltar para a edição 2020 da Glasstec para oferecer soluções que atendam gargalos existentes na região, como o retrabalho.

teknokilnsA linha Foehn de fornos de laminação da Teknokilns é marcada pela versatilidade, pois pode laminar com diferentes tipos de interlayers, incluindo EVA e PVB. Os equipamentos contam com sistema de pré-aquecimento, que garante uma temperatura uniforme em toda a superfície do vidro, sistema de resfriamento forçado e carrinho extraíveis, o que torna todo o trabalho mais ágil e produtivo, segundo a empresa.

tkInterlayers de EVA para laminados foram a aposta da TK. Por isso, mostrou o Strato, primeira película do tipo produzida na Itália pela Satinal, em uma fábrica localizada na cidade de Erba. O forno de laminação Lamijet (foto), por exemplo, trabalha com esse material, além de PVB — seu outro diferencial é um sistema de convecção.

TriulziA Triulzi apresentou uma lavadora horizontal, própria para linhas de produção com serigrafia digital. O aparelho possui esponjas para trabalhar o vidro e conta com a possibilidade de ter um reservatório para produtos de limpeza.

turomasAlém das mesas de corte para monolíticos e laminados, a espanhola Turomas produz carregadores automáticos para alimentar o setor de corte das processadoras. Os modelos aéreos incluem um sistema de “armazém inteligente” — ele procura automaticamente a chapa de vidro a ser beneficiada de acordo com a sequência de trabalho definida. Já os modelos terrestres, como o SR, contam com robôs para fazer a transição dos colares.

Este texto foi originalmente publicado na edição 551 (novembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Alemanha, aí vamos nós!

Daqui a poucos meses, uma tradição vidreira vai se repetir: como acontece a cada dois anos, a cidade alemã de Düsseldorf receberá a Glasstec, a principal mostra de nosso setor no planeta. Em outubro, empresas e profissionais de todo o mundo se reunirão por lá para discutir tendências em produtos, maquinários e processos. Se você planeja visitar a feira, não deixe de conferir este guia especial para encontrar todas as informações sobre o evento — como se credenciar, mapa do pavilhão, passagens aéreas, hospedagem e muito mais.

Quando?
23 a 26 de outubro

Onde?
Düsseldorf Exhibition Centre, em Düsseldorf, Alemanha

Quem organiza?
A Glasstec é organizada pela Messe Düsseldorf. No Brasil, quem representa o evento é a Emme, braço nacional da empresa alemã. “A feira é uma excelente oportunidade para profissionais vidreiros do mundo todo conhecerem tecnologias inovadoras, que muitas vezes já estão sendo aplicadas na indústria, além de trocar experiências, o que acredito ser o mais enriquecedor”, comenta Malu Sevieri, gerente da Emme.

Temas quentes desta edição
– Indústria 4.0
– Vidro fino
– Fachadas e vidro inteligente
– Artesanato e design de interiores

Use o app da Glasstec!
app_glasstec
Os organizadores prepararam um aplicativo exclusivo, em inglês e alemão, que irá ajudar os visitantes. Seu conteúdo inclui:

– Informações gerais sobre a feira;
– Programação dos eventos paralelos;
– Mapa interativo dos pavilhões;
– Dados das empresas expositoras e seus produtos.

O download é gratuito e pode ser feito por usuários de smartphones e tablets na App Store ou Google Play.

Glasstec em números
Para quem tem dúvidas se vale a pena visitar a feira, confira os dados da edição de 2016. Cada vez mais, o evento se torna internacional, com enormes possibilidades para a criação de novos contatos e parcerias comerciais.

1.237 marcas expositoras de 52 países
40.105 visitantes de 121 países
Feedback positivo: 96% dos participantes (expositores e visitantes) ficaram satisfeitos com as oportunidades de negócios oferecidas pela feira

Credenciamento
É necessário preencher um cadastro antes de comprar os ingressos (basta entrar no link bit.ly/GlasstecCredenciamento e seguir as instruções, em inglês). Os valores variam de acordo com a quantidade de dias que o visitante deseja permanecer no evento.

Um dia: € 38 (R$ 173; compra pelo site); € 53 (R$ 241; compra no local)
Dois dias: € 58 (R$ 264; compra pelo site); € 76 (R$ 345; compra no local)
Todos os dias: € 90 (R$ 409; compra pelo site); € 110 (R$ 501; compra no local)

Obs.: cotação do dólar em 2 de julho

Local da Glasstec: grandiosidade
O Düsseldorf Exhibition Centre está em meio a um complexo com outros espaços voltados para eventos. Ao todo, a Glasstec ocupará nove pavilhões, divididos tematicamente como pode ser visto no mapa.

9 e 10: Produtos e aplicações
11, 12, 14 a 17: Processamento e tecnologia
14: Análises, testes e softwares
12 a 16: Produção de vidro e tecnologia

Empresa brasileira na feira? Tem, sim!
Três companhias nacionais estarão expondo na Glasstec pela primeira vez. São elas: Adezan (especialista em soluções de logística, embalagem e transporte para vidro), MAP — Materiais de Alta Performance (insumos) e Sglass (maquinários para processamento). “Como a empresa está expandindo sua área de atuação no mercado internacional, chegou o momento de apresentarmos nossos equipamentos e diferenciais no maior e mais importante evento do segmento do vidro no mundo”, explica Sandro Eduardo Henriques, diretor da Sglass. Para César Zanchet Filho, gerente internacional da Adezan, a feira reúne as principais novidades do setor. “Vamos para lá, pois é um local em que nossos clientes também estarão”, revela.

Programação simultânea também é destaque
glass technology live
A Glasstec não é apenas exposição de produtos. O evento também é reconhecido por ter diversas mostras simultâneas que abordam diferentes aspectos do trabalho com vidro. Algumas das principais são:

Glass Technology Live: sempre um destaque da feira, apresenta inovações tecnológicas na produção e instalação do vidro. Mais de 70% das soluções expostas serão protótipos, projetos de pesquisa universitária e experimentos que podem se transformar no futuro de nosso setor em pouco tempo;
Craft Center: espaço para atividades práticas sobre aplicação do vidro, contará com demonstrações ao vivo sobre estocagem, corte, lapidação e colagem;
Glass Art: nosso material representado em peças artísticas criadas por renomados artistas internacionais;
International Architecture Congress: simpósio voltado para arquitetos debaterá o tema Perspectivas: nova arquitetura em vidro.

Hospedagem e passagens aéreas
A Seiva Business Travel, agência de viagens parceira da Emme Promotion, montou pacotes especiais para os visitantes brasileiros que pretendem visitar a Alemanha. Confira os valores abaixo:

Todos os pacotes incluem:
– Passagem aérea de ida e volta para Düsseldorf em classe econômica;
– Três noites de hospedagem em Düsseldorf no hotel escolhido;
– Credenciamento para todos os dias da Glasstec;
– Seguro de viagem com cobertura médico-hospitalar de US$ 60 mil.

Kastens Hotel (4 estrelas)
– Inclui café da manhã e Internet
– A 7,2 km do local da feira
Preços por pessoa: US$ 2.538 (R$ 9.927; apto. individual); US$ 2.126 (R$ 8.316; apto. duplo)

Holiday Inn Express City North Hotel (3 estrelas)
– Inclui café da manhã e Internet
– A 4,2 km do local da feira
Preços por pessoa: US$ 2.461 (R$ 9.626; apto. individual); US$ 1.999 (R$ 7.819; apto. duplo)

Radisson Blue Scandinavia Hotel (4 estrelas)
– Inclui café da manhã e Internet
– A 4 km do local da feira
Preços por pessoa: US$ 3.128 (R$ 12.235; apto. individual) US$ 2.406 (R$ 9.411; apto. duplo)

Nikko Düsseldorf Hotel (4 estrelas)
– Inclui Internet
– A 5,5 km do local da feira
Preços por pessoa: US$ 2.616 (R$ 10.232; apto. individual) US$ 2.110 (R$ 8.253; apto. duplo)

Obs.: cotação do dólar em 2 de julho

Observações
Os valores estão expressos em dólares e estão sujeitos à cotação do momento da compra e a reajustes sem prévio aviso em função da política comercial dos fornecedores.

Os pacotes não incluem:
– Traslados aeroporto-hotel-aeroporto e hotel-feira-hotel;
– Passeios ou tours não informados;
– Despesas extras e particulares;
– Refeições não mencionadas;
– Qualquer item não descrito acima.

As formas de pagamento são:
– Faturado para empresa com vencimento para 15 dias;
– Parcelado em até 4x sem juros em boleto bancário;
– Parcelado em até 5x sem juros no cartão de crédito.

Mais informações
www.seivaturismo.com.br
Tel. (11) 2973-6469
vinicius@seivaturismo.com.br

Outra possibilidade é pesquisar na Düsseldorf Tourismus, agência oficial de turismo da cidade alemã, que também mantém parceria com a Messe Düsseldorf para oferecer passagens aéreas (no link bit.ly/GlasstecVoos) e hospedagem (bit.ly/GlasstecHotéis).

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.