Arquivo da categoria: Arquitetura e design

Confira destaques com nosso material na Casa Cor SP 2024

Este ano, a Casa Cor São Paulo foi realizada de 21 de maio a 28 de julho no Conjunto Nacional, em São Paulo. O tema da edição 2024 da principal mostra de arquitetura e design de interiores das Américas foi De Presente, o agora, procurando refletir e entender como o mundo vive o presente e enxerga o futuro. Embora o uso de vidros e espelhos não tenha sido tão grande como em edições anteriores – aliás, este é o segundo ano seguido no qual nossos materiais apareceram de forma tímida na mostra –, houve aplicações interessantes e diferenciadas. Nas páginas a seguir, O Vidroplano reúne os destaques da exposição em relação ao vidro.

 

Foto: MCA Estúdio
Foto: MCA Estúdio

 

Multirreflexos
O Hall do Apartamento, do arquiteto Gustavo Scaramella, ganhou uma estética oitentista graças à parede revestida de espelhos Guardian Evolution, da Guardian, fornecidos pela vidraçaria Europa Vision. As peças do material, com largura de, aproximadamente, 20 cm, foram instaladas umas ao lado das outras, o que gerava um aspecto interessante: ao andar pelo espaço, os objetos eram refletidos de forma fragmentada, oferecendo uma sensação de movimento à estrutura.

 

Foto: Fernando Saker
Foto: Fernando Saker

 

Nas alturas
Ganhou mais visibilidade no ambiente Refúgio Ancestral, de Gabriela Prado, a estrutura do teto: segundo a arquiteta, a ideia foi reinterpretar os antigos vitrais da construção paulista. A vidraçaria Europa Vision foi responsável pelo fornecimento e pela instalação dos painéis, feitos com três tipos de vidro (canelados, martelados e incolores – estes últimos com a aplicação de uma película azul) instalados nas estruturas de alumínio preto, com fitas de LED para iluminar o espaço. As peças eram da AGC, beneficiadas pela Divinal Vidros.

 

Foto: Renato Navarro
Foto: Renato Navarro

 

Na temperatura certa para a hora do café
Entre as janelas do Conjunto Nacional e as mesas do Café Isabela Akkari, assinado pelas arquitetas Flávia Burin e Bruna Moretti, do Studio HA, a Europa Vision montou um grande fechamento com esquadrias de alumínio pintado com cor especial e painéis de Sunlux 60, vidro de controle solar da AGC, beneficiados pela Bonneville. Além de contribuir para a estética do ambiente, a estrutura permite a passagem da iluminação natural, mas barra a troca térmica com o lado externo, garantindo que os visitantes que decidissem parar para tomar um café pudessem sempre desfrutar de uma temperatura agradável em seu interior.

 

Foto: Thiago Borges
Foto: Thiago Borges

 

Privacidade e acessibilidade
O banheiro estrategicamente colocado no meio do Estúdio Refúgio de Memórias, projeto do escritório AD|VP Arquitetura, representou a intenção das arquitetas Andressa Danielli e Vanessa Pasqual de fugir do estereótipo de que a acessibilidade está associada à simplicidade ou falta de estilo. A estrutura chamou a atenção pelo seu fechamento com esquadrias de alumínio e vidros extra clear da AGC, beneficiados pela Bonneville, fornecidos e instalados pela Europa Vision, com aplicação de uma película especial que dava às peças um aspecto jateado, combinando as sensações de privacidade e integração dos espaços. Um espelho redondo prata 4 mm, com o trabalho das mesmas três empresas vidreiras, completava o ambiente com sofisticação.

 

Foto: Thiago Borges
Foto: Thiago Borges

 

Tamanho e formato que chamam a atenção
Mesas baixas de vidro sempre trazem sofisticação, mas já não são uma novidade ou tendência – isto é, a menos que sejam bastante diferenciadas, como as presentes no espaço Reflexos Banco BRB. O escritório Navarro Arquitetura, liderado pelo arquiteto José Carlos Navarro, projetou não só o ambiente, mas também as mesas de vidro, feitas pela Glass11: a mais baixa tinha um grande tampo orgânico de vidro fumê, enquanto a mais alta era feita com um vidro furta-cor, e seus formatos e disposição contribuíram para a composição do espaço. Vale destacar também os espelhos no fundo do ambiente realçando seu visual, fornecidos e instalados pela Casa Mansur.

 

Foto: Israel Gollino
Foto: Israel Gollino

 

Ristorantino Caffé
O Ristorantino Caffé, criado pela Guardini Stancati Arquitetura e Design, era cheio de luxo e pompa – como podia ser visto na grande adega para mais de quatrocentas garrafas de vinho, localizada próximo ao balcão do restaurante, que chamava a atenção de todos os visitantes no momento em que entravam no espaço. Produzido pela Alfa Adegas Climatizadas, o eletrodoméstico foi feito com vidros temperados insulados incolores 25 mm, fornecidos pela Refricomp, com câmara cheia de gás argônio energizado – tudo para garantir a temperatura ideal das bebidas. A moldura de aço da adega tinha pintura eletrostática dourada e iluminação de LED.

 

Foto: Thiago Borges
Foto: Thiago Borges

 

Transparência nos mobiliários
Os móveis da marca gaúcha Dell Anno foram os elementos essenciais do Global Living Dell Anno, assinado pelo arquiteto Léo Shehtman. O ambiente apresentou ao mercado a nova linha de closets da marca com soluções funcionais, design prático e minimalista; nesse sentido, o vidro foi elemento chave, como sua aplicação no tampo sobre as gavetas, facilitando a identificação do conteúdo no interior delas sem precisar abri-las. Nosso material desempenhou a mesma função na estrutura do armário de vidro no corredor de entrada, além de realizar a integração visual dela ao espaço da suíte.

 

Foto: Thiago Borges
Foto: Thiago Borges

 

Forma orgânica
Logo ao entrar no Banheiro Sincrético, assinado por Isadora Araújo, do Panapaná Estúdio, os visitantes já se deparavam com o espelho do ambiente – ou melhor, vários espelhos. Para obter o desenho orgânico específico que tinha em mente, a arquiteta usou uma série de peças redondas comuns colocadas próximas ou sobrepostas umas às outras, com fita dupla face, resultando em uma área espelhada em que pessoas das mais variadas alturas conseguem se enxergar, e contribuindo para o sincretismo (fusão de diferentes tradições, crenças, práticas e expressões) do espaço.

 

Foto: Thiago Borges
Foto: Thiago Borges

 

Fechamentos com classe
Grandes fechamentos de vidro, que pouco foram vistos na edição 2023 da Casa Cor, foram representados com classe no Living Piano Casa Cosentino de Laura Rocha. Portas pivotantes envidraçadas, com cerca de 2,5 m de altura, instaladas em ferragens na cor dourada, davam as boas-vindas aos visitantes. Aliás, essa tonalidade era encontrada em todo o espaço – incluindo nas ferragens das portas, também com vidro, do jantar de inverno, localizado nos fundos.

Este texto foi originalmente publicado na edição 620 (agosto de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto de abertura: Thiago Borges

Casa Cor Bahia apresenta ambientes com tendências para o vidro

Com áreas inspiradoras e soluções criativas na aplicação do nosso material, a 27ª Casa Cor Bahia, finalizada recentemente, reuniu os melhores profissionais dos ramos da arquitetura, do design e do paisagismo em um espaço único, o Casarão da Família Ribeiro Lima, no bairro Caminho das Árvores, em Salvador. Ao todo, a mostra contou com 38 recintos projetados para conectar os visitantes às novas tendências por meio de soluções que visavam a despertar no público o desejo de transformar seus próprios ambientes em obras de arte. Confira aqui em O Vidroplano os espaços que foram destaque na aplicação de vidros e espelhos – AGC e Norvidro forneceram o material para vários desses ambientes, com instalação da Artelene.

 

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Casa Urutau San German – Danilo Cajaiba
Um espaço em que a luz natural é convidada de honra, radiando cada ponto do ambiente. A criatividade e o talento do arquiteto deram aos vidros, como o Sunlux 60, estrategicamente aplicado nas esquadrias, o dom de transportar a beleza do ambiente externo para o interior do recinto e vice-versa. Por falar em área externa, impossível não dar destaque ao piso da varanda formado por Cristalclear laminado – que, junto com o guarda-corpos de Luxclear (foto), também laminado (6+6 mm), conferia a quem transitava pelo espaço a sensação de flutuar pelo ambiente sem precisar mover os pés do chão.

 

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Charutaria Smoke Get in Your Eyes – Márcio Davi
No ambiente, a atmosfera ao mesmo tempo intimista e acolhedora permitiu um projeto propício para o compartilhamento de experiências sensoriais. Ao entrar no espaço, o Planibel AGC Incolor laminado, presente tanto nas paredes como no piso jateado 10+10+10 mm (foto), saltava aos olhos pela beleza reflexiva e cintilante. Atrás do painel branco, havia ainda um Espelho Bronze integrado à bancada rosada.

 

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Refúgio Deca – Milcent Arquitetura
Reforçando a importância de tirar proveito do natural em prol da sustentabilidade, no ambiente assinado pelo escritório Milcent Arquitetura, as boas-vindas dadas à luz natural são, com o perdão do trocadilho, mais do que claras. Não por acaso, o Sunlux 60 é protagonista da cobertura (na versão laminada 4+4 mm) e também nos fechamentos. Cuidadosamente encostado na parede, bem próximo à cama e ao lado do criado-mudo, estava um Espelho Prata (foto), cuja posição remetia à preguiça sempre muito bem-vinda do quarto, local concebido para ser reflexo do silêncio, do aconchego e do acolhimento.

 

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Casa Aristeu – Natália Coelho
No projeto dedicado ao clima nordestino e a um dos grandes designers de mobiliário do Brasil (Aristeu Pires), a presença maciça da luz natural foi possível devido à aplicação da linha Sunlux 60 em laminados (4+4 mm), intercalados com madeira, ao longo da cobertura (foto), proporcionando um belíssimo efeito sombreado em listra. O mesmo material, inclusive, foi a escolha para compor os fechamentos do espaço.

 

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Solário Doimo – Rodrigo Cassieri
Um espaço que une conforto, afeto e sofisticação: esses são alguns dos elementos que fizeram desse ambiente o principal destaque da Casa Cor BA 2023, vencedor do Troféu Pandora, conforme análise do júri técnico da mostra. Nosso material contribuiu para a conquista, uma vez que o espaço ficou mais transparente com a presença de Planibel Incolor laminado (3+3 mm) (foto) nas fachadas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 611 (novembro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Créditos das fotos: Divulgação AGC

Vidro e espelho chamam atenção em mostras

PERNAMBUCO
O icônico edifício Chanteclair, no bairro do Recife, na capital pernambucana, foi por mais uma vez sede da Casa Cor Pernambuco. Com o tema Corpo e morada e patrocínio da Vivix, a edição 2023 da mostra – aberta até o dia 5 de novembro – apresenta 28 projetos assinados por jovens talentos e nomes consagrados da arquitetura e do design brasileiros. Confira como a beleza e versatilidade do vidro possibilitaram abordagens diferenciadas na aplicação do nosso material para a composição de boa parte dos ambientes.

Juntos – Cadu Arquitetura
Um espaço que une elementos modernos e rústicos com requinte, conforto e descontração. Essa é a proposta presente no ambiente de Eduarda Jungmann e Camila Horta. O design autoral do escritório combina bem a madeira natural com o vidro Vivix Colora Verde, que faz as vezes de vitrine para os vinhos expostos na adega (foto de abertura).

 

Cozinha Aprochego – Daniela Pessoa
A criatividade da arquiteta pôs à prova uma característica do vidro que segue como tabu para alguns: a força. O vidro Vivix Colora Cinza surpreende os olhares mais conservadores por ser o único elemento da adega (foto) – sua resistência permite suportar o peso das garrafas sem comprometer a estabilidade. Aqui, o vidro exerce uma função dupla: estrutural e estética. Seguindo a proposta, a mesa de vidro conta com tampo e lateral, que também é base do móvel, feitos com nosso material, cuja transparência promove a leveza do ambiente.

Walter Dias
Walter Dias

 

Cozinha Fragmentos – Maíza Neri
A harmonia entre os elementos deu o tom ao projeto. No guarda-corpos (foto), a translucidez foi explorada ao máximo com o uso do Vivix Performa Duo Bronze, o que deu ao espaço já aberto maior amplitude e harmonia. Para adicionar um filtro de profundidade ao local, o vidro pintado Vivix Decora Efeito Bronze preenche de forma integral uma das paredes. E para quem gosta de unir o estético ao funcional, o Vivix Decora Branco foi aplicado como se fosse uma lousa, opção prática para anotações e recados.

Walter Dias
Walter Dias

 

Living Alma – FV Arquitetos
No ambiente assinado pela dupla Felipe Valadares e Liesid Neto, uma estante composta integralmente por nichos (foto), com mais de 7 m, leva a refletir sobre questões antagônicas como leve e pesado, frágil e robusto, em uma mesma estrutura. Ali usaram-se o Vivix Colora Cinza e a pedra natural azulli como protagonistas, resultando em um efeito óptico que parece desafiar a gravidade.

Walter Dias
Walter Dias

 

Vivaz Bar – Magno Costa e Thaísa Tenório
Na área oficial da Vivix dentro da mostra, a dupla de arquitetos optou por envolver o espaço com Vivix Decora Preto e Nude, dando uma percepção de maior amplitude. Há também revestimentos (foto, ao fundo do ambiente) feitos com o espelho Vivix Spelia Incolor, estrategicamente aplicados com o objetivo de alongar a fusão entre o piso e o teto. No total, nada menos que 180 m² de vidros e espelhos foram destinados a esse projeto, o preferido das selfies.

Walter Dias
Walter Dias

 

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
De 26 de julho e 10 de setembro, foi realizada na cidade do interior paulista a 3ª edição da Mostra Arq Design. A Guardian, em parceria com a processadora Vidrobens, forneceu os vidros aos designers e arquitetos do evento. Esses profissionais tiveram total liberdade para trabalhar com as soluções e explorar de forma versátil e criativa a essência da casa brasileira nos mais distintos ambientes.

No espaço Office Vitrine Caderode (foto), de Karina Zanon, o vidro escolhido para compor o ambiente foi o ClimaGuard SunLight, garantindo integração entre as áreas interna e externa.

Divulgação/Guardian
Divulgação/Guardian

 

O Espelho Guardian Evolution ganhou destaque no ambiente Morada Brasiliana (foto), do Mora Estúdio Arquitetura, onde foi aplicado como elemento de decoração nas paredes. Além disso, grandes portas de correr envidraçadas permitem a interação do espaço externo com o interior.

Divulgação/Guardian
Divulgação/Guardian
Divulgação/Guardian
Divulgação/Guardian

 

PORTO ALEGRE
Em Porto Alegre, a 6ª Mostra Elite Design, realizada no Clube de Regatas Guaíba Porto Alegre e aberta aos visitantes até 12 de novembro, apresentou ao público um labirinto de espelhos no Salão de Design. O ambiente instagramável (foto) é assinado pela arquiteta Aline Dametto e conta com vidros da Cebrace, fornecidos pela processadora Modelo Vidros. Inspirada no Mar de Espelhos – projeto inaugurado em junho deste ano no Rio de Janeiro e capa da revista O Vidroplano de julho –, a atração gaúcha se assemelha a uma cabine, é toda poligonal e recebeu o nome A arte de ser a sua melhor versão. O espaço, de 78 m², é revestido de espelhos, com Habitat Refletivo Cinza no piso.

Divulgação/Modelo Vidros
Divulgação/Modelo Vidros

Este texto foi originalmente publicado na edição 610 (outubro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Walter Dias

Confira os destaques da Casa Cor 2023

A Casa Cor São Paulo, principal evento de arquitetura, paisagismo e design de interiores das Américas, está a todo o vapor. Com o tema Casa & Morada, a mostra, que teve início no dia 30 de maio, segue aberta aos visitantes até 6 de agosto. Assim como no ano passado, o palco escolhido para acolher a edição de 2023 foi o Conjunto Nacional, um dos ícones da arquitetura paulistana.

Este ano, foram 74 ambientes espalhados por mais de 11 mil m². Os projetos incluem abordagens a temas como diversidade e sustentabilidade. Como todo ano, a equipe de O Vidroplano esteve na exposição – que não conta com uma quantidade tão grande de aplicações de vidros e espelhos, como visto nas últimas edições. Mesmo assim, a diversidade surpreende. Nas próximas páginas você poderá conferir os principais destaques.

 

Casa Araxá – Navarro Arquitetura
Vidros oferecem diferentes texturas ao espaço de José Carlos Navarro, além de serem responsáveis pela entrada de iluminação natural: uma grande janela feita de incolor 4 mm, fornecida pela EuroSystem, instalada na área da pia, inunda o ambiente interno com luz do Sol. Uma mesa de jantar com tampo de temperado 12 mm enfeita a cozinha, estando bem próxima da mesa de centro na sala de estar, feita de vidro fundido 5 cm, da Glass11.

Crédito: Denilson Machado
Crédito: Denilson Machado

 

Living Alma Brasileira Banco BRB – Juliana Cascaes
Como o próprio nome sugere, no ambiente de Juliana Cascaes a brasilidade em suas múltiplas formas é o tema central. A escultura Panorama, assinada pelo designer Luis Fronterotta, é formada por um conjunto de sete torres – construídas com peças de incolor 10 mm, incolor temperado 10 mm e espelho prata 4 mm – e dá as boas-vindas a quem visita o local. A mesa de centro twist redonda, do designer Jader Almeida, com centro vazado e coberto com tampo de vidro passa a impressão de haver ali uma peça conectada ao chão do espaço. Pouco adiante, uma mesa da SevvExclusiv com tampo redondo de extra clear temperado 10mm, fornecido pela Divinal, salta aos olhos pela beleza e imponência.

 

Casa Almar – Rafa Zampini
No ambiente assinado por Rafa Zampini, a ideia foi abraçar de vez o conceito ecofriendly. Por ser um material 100% reciclável, o vidro não só esteve presente como foi criativamente aplicado, a exemplo do espelho orgânico com moldura de madeira, da marca Ibiza Home, no banheiro. E se estamos falando de natural, o cuidado com a iluminação é primordial. Assim, Zampini optou por trabalhar com uma fachada toda transparente, composta por laminado incolor 14 mm nas portas de correr e de 10 mm no quadro fixo superior, fornecidos pela Tecnosystem.

 

Mediterrâneo em Mim – Hellen Pacheco
O conceito central do banheiro criado pela arquiteta Hellen Pacheco é a multirreflexão das cores encontradas no chão de azulejos, nas plantas e nas paredes do espaço. O local tem Espelho Cebrace 5 mm na região das pias, enquanto as portas dos toaletes são de incolor 6 mm (com película branca de segurança) e mais espelhos. Esses materiais ajudam a aumentar a sensação de espaço do ambiente. As esquadrias usadas ali são da Projevale.

 

Percursus – Studio Guilherme Torres
Mais que um local para explorar a decoração de interiores, o Percursus é uma instalação artística. O espaço explora a obra Derrapagens, da artista plástica Regina Silveira, formada por marcas de pneus no chão e paredes, recriando a presença do trânsito em uma cidade em constante movimento. Grandes mobiliários se destacavam: as mesas foram produzidas pela Glass11, com tampos do vidro Rocky Extra Clear, com incríveis 30 mm de espessura.

 

Crédito: Denilson Machado
Crédito: Denilson Machado

 

Odoiá – Gustavo Martins Arquitetos
A fachada envidraçada preparada pelo arquiteto Gustavo Martins chama a atenção de longe: a estrutura é construída com o Blindex Impress, vidro temperado pintado com técnicas de impressão digital realista, oferecendo textura à sua superfície. Dentro do quarto, outro destaque é o guarda-roupa minimalista, feito com poucas peças de incolor, que se integra ao resto do ambiente perfeitamente.

 

Tendências de 2023

1. Espelhos orgânicos
Isso já é tão usado de 2021 para cá que está se tornando um conceito quase permanente. Na mostra, espelhos em banheiros fogem do tradicional formato retangular ou redondo, aparecendo em formas fluidas e onduladas, como visto no Banheiro da Família (de Daniel Szego e Fredy Terzian).

2. Mobiliários transparentes
Acompanhando o que O Vidroplano mostrou na matéria de capa de junho, mesas, armários e aparadores de vidro cada vez mais marcam presença em espaços da Casa Cor. Se antes era um ou outro, atualmente é possível encontrar vários móveis envidraçados, como no Futuro Urbano by Peugeot (Caio Bandeira e Tiago Martins) e O Primeiro Loft (Moacir Schmitt Jr e Salvio Moraes Jr).

3. Espelhos laminados
Outra reportagem da revista publicada em junho apresentou uma solução encontrada na exposição: a Casa Essência Duratex (Paola Ribeiro) e a Morada da Alma (Quintino Facci Arquitetos) tiveram espelhos laminados, uma forma de unir reflexos com segurança.

Este texto foi originalmente publicado na edição 607 (julho de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Thiago Borges

Conheça os vencedores do Top Projects Guardian 2023

No dia 1º de junho, a Guardian Glass realizou, no Palácio Tangará, em São Paulo, a cerimônia de entrega do Top Projects Guardian 2023, prêmio que visa a reconhecer os talentos responsáveis por projetos com vidros da fabricante. O evento contou com a presença de importantes personalidades dos mercados da construção, arquitetura, decoração e vidreiro.

Foram contemplados profissionais e empresas responsáveis pela execução de obras tanto no Brasil como na América do Sul. Em sua 2ª edição, foram laureados processadores de vidros e espelhos, construtoras, consultores, fabricantes de esquadrias, arquitetos, designers e vidraceiros.

Caminho para a vitória
Uma comissão composta por profissionais de associações, imprensa e entidades especializadas no segmento vidreiro, arquitetura e construção civil ficou encarregada de analisar os 174 projetos inscritos – a Abravidro participou da comissão. Para estar entre as finalistas, as obras precisaram se destacar em quesitos como design, tecnologia e inovação ao utilizar os produtos da usina. Após a seleção técnica, os classificados foram apresentados ao público para votação popular, fase que alcançou mais de 50 mil votos. Confira a seguir os trabalhos vencedores em cada uma das cinco categorias.

 

CASAS (esquadrias/fachadas)
Fazenda Santa Helena

  • Local: Belmiro Braga (MG)
  • Produto utilizado: SunLight
  • Processador: Grupo Paris
  • Arquiteto: Lourenço Sarmento Arquitetura e Aletheia Westermann Arquiteto

 

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EDIFÍCIO COMERCIAL (esquadrias/fachadas)
World Trade Center Free Zone 2

  • Local: Montevideo, Uruguai
  • Produto utilizado: AG 43 On Clear e Chrome
  • Processador: Vidrieria Bia
  • Arquiteto: Ernesto Kimelman e David Ruben Flom

 

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EDIFÍCIO MULTIUSO (hotel, hospital, shopping, escola, uso misto e institucional)
Primavera Office

  • Local: Florianópolis (SC)
  • Produto utilizado: Chrome On Clear
  • Processador: Santa Rita Vidros
  • Arquiteto: ARK 7 Arquitetos

 

Primavera Office

EDIFÍCIO RESIDENCIAL (esquadrias e fachadas)
One Batel

  • Local: Curitiba (PR)
  • Produto utilizado: Neutral Plus 41 On Clear
  • Processador: GlassecViracon
  • Arquiteto: Bohrer Arquitetura

 

Plaenge - ONE. Foto: Guilherme Pupo

INTERIORES (aplicação de vidros e espelhos em decoração)
Galeria dos Restaurantes

  • Local: São Paulo (SP)
  • Produto utilizado: espelho Âmbar e Silver 20
  • Processador: Bonneville | Tempermax
  • Arquiteto: Daiane Antinolfi
  • Vidraceiro: Europa Vision

 

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Este texto foi originalmente publicado na edição 606 (junho de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito das fotos: Divulgação Guardian

Conheça os vencedores do Prêmio World of Color Awards 2022!

A tradicional premiação World of Color Awards revelou os vencedores da edição 2022. Organizado pela Eastman, o concurso celebra o uso dos PVBs coloridos Vanceva, fabricados pela empresa, em obras com vidros laminados ao redor do mundo. São duas categorias: uso em interiores e exteriores — e mais algumas menções honrosas. Os vencedores foram escolhidos por um júri internacional de cinco profissionais renomados do setor de arquitetura, responsáveis por avaliar a criatividade, estética e o grau de atenção dado aos benefícios oferecidos pelos laminados aos projetos. Conheça a seguir os ganhadores!

 

VENCEDOR DA CATEGORIA EXTERIOR
Pavilhão Audrey Irmas
Local: Los Angeles, EUA
Arquitetos: Office of Metropolitan Architecture (OMA) e Gruen Associate
Processador do vidro: Goldray Glass

Com mais de 5 mil m² de área espalhados por três andares, o pavilhão é dividido em vários espaços de reunião, voltados para atividades culturais e religiosas. O projeto do arquiteto holandês Rem Koolhaas, em parceria com Shohei Shigematsu, tem vidro verde com oito camadas de Vanceva (nos tons Aquamarine e Golden Lite), combinadas com uma película de malha metálica, permitindo a entrada de luz natural ao mesmo tempo que oferece vistas incríveis de Los Angeles. Segundo o arquiteto Firas Hnoosh, um dos jurados do prêmio, o laminado colorido não foi aplicado apenas para adicionar cor: “Foi usado como uma pintura e meio volumétrico para colorir os diferentes recessos do edifício e complementar a composição”.

 

 

Divulgação Eastman
Divulgação Eastman
Divulgação Eastman
Divulgação Eastman

 

VENCEDOR DA CATEGORIA INTERIOR
A Long Time is Not Forever
Local: Copenhague, Dinamarca
Arquiteto: Årstiderne
Artista visual: Malene Nors Tardrup
Processador do vidro: ThieleGlas

O local funciona como uma instalação de arte dentro do estacionamento do hospital Bispebjerg, na capital dinamarquesa. Os diferentes níveis do espaço, com sete andares no total, apresentam a história centenária do empreendimento, com fotografias em meio a janelas coloridas que fluem do verde para tons quentes e frios. A arquiteta e jurada Monika Kumor define bem a importância das cores no projeto: “A instalação fornece um elemento de orientação espacial reconhecível, intenso e edificante, em um ambiente que pode ser estressante para pacientes e seus familiares”.

 

Foto: Jason O'Rear
Foto: Jason O’Rear
Foto: Jason O'Rear
Foto: Jason O’Rear

 

MENÇÕES HONROSAS

Cooke School
Local: East Harlem, Nova York, EUA
Arquiteto: PBDW Architects
Processador do vidro: JE Berkowitz Architectural Glass

A escola, especializada em alunos com necessidades especiais, ficou ainda mais acolhedora com as novas janelas salientes, marcadas por cores vibrantes que trazem um aspecto lúdico ao espaço, ajudando inclusive a aprimorar o ambiente de aprendizado.

 

Foto: Divulgação Eastman
Foto: Divulgação Eastman

 

The Kaleidoscopic Station
Local: León, Espanha
Processador do vidro: Tvitec

O destaque de uma estação ferroviária subterrânea de alta velocidade, na cidade espanhola de León, está acima do solo: o espaço conta com 11 claraboias envidraçadas, cada uma em um tom diferente. Internamente, a luz do Sol se mistura com os reflexos dos vidros, dando um aspecto de caleidoscópio ao ambiente.

 

Foto: Ruben Farinas
Foto: Ruben Farinas

 

Igreja da Bem-Aventurada Maria Restituta
Local: Brno, República Tcheca
Arquiteto: Atelier Štěpán
Processador do vidro: Saint-Gobain (divisão Glassolutions Brno)

No topo dessa igreja circular de concreto, vidros trazem um arco-íris de cores tanto ao lado externo como interno da construção. As formas abstratas do prédio, em tonalidades neutras, valorizam a presença de nosso material.

 

Foto: Divulgação Eastman
Foto: Divulgação Eastman

 

The Mist Hot Spring Hotel
Local: Xuchang, China
Arquiteto: departamento de arquitetura local
Processador do vidro: Thaitechnoglass

Formado por vários prédios retangulares à beira de um lago artificial, o hotel mescla paredes de granito cinza com fachadas duplas coloridas, o que cria uma experiência sensorial aos hóspedes — valorizada também pela névoa presente nos arredores e pelo reflexo das cores dos vidros nas águas.

 

Foto: Divulgação Eastman
Foto: Divulgação Eastman

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 597 (setembro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Jason O’Rear

 

Confira mais ambientes da Casa Cor SP 2022

Estúdio Boreal, de Ana Weege
Tijolos de vidro chamam a atenção tanto na fachada do ambiente como na composição de uma divisória atrás da pia. Ao fundo, o fechamento do espaço foi feito com um grande painel metálico fixo com pintura preta formando diversos quadriculados desiguais, alguns preenchidos com vidros temperados incolores com películas coloridas aplicadas em suas duas faces; outros com peças texturizadas de diferentes tipos, como canelados – a estrutura (incluindo os vidros) foi fornecida e instalada pela Serralheria Baltieri, de Piracicaba (SP). Vale destacar ainda a mesa Reverb, da Breton, com uma peça retangular de vidro preenchendo o vão central do tampo de madeira, e o espelho Anatomy (com formas humanas e moldura de madeira), elaborado pelo artista Tomas Graeff e colocado no lavabo.

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Casa Vértice Dunelli, de Patrícia Hagobian
Ao lado da entrada, o Espelho Nox, assinado pelo designer Luciano Santelli e fornecido pela Dunelli, dá o tom da aposta da arquiteta em nosso material: a peça é formada por diversos espelhos juntos, distorcendo a reflexão do ambiente. No quarto, prateleiras de vidro fumê (também da Dunelli) suportam livros e objetos de decoração. Uma bela divisória de correr, com vidro canelado incolor, separa o espaço do banheiro: com desenho do próprio escritório de Patrícia, essa estrutura foi executada pela serralheria Baltieri. No banheiro, tem ainda um espelho cristal, da Everart.

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Senses Hall Deca, de Roberto Migotto
Logo ao subir a rampa para a entrada do ambiente de 530 m² desenvolvido pelo escritório do arquiteto para a Deca, era possível notar à direita uma grande parede toda revestida com peças do espelho Guardian Evolution. O produto também se fez presente com peças grandes atrás das pias, proporcionando uma sensação de amplitude e contribuindo para a sensação de calma no espaço. Outras aplicações interessantes foram uma lareira de vidro posicionada abaixo de um grande espelho côncavo, e uma divisória de vidro no espaço dos chuveiros estilizada com a mesma trama presente em outras partes do ambiente.

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Sertão Portinari, de Nildo José Arquitetos | NJ+
Ocupando 250 m², o espaço de Nildo José homenageia o sertão brasileiro e a figura do cangaceiro, temas presentes na obra do artista Cândido Portinari. O uso de vidro trouxe elegância a diversos cômodos: na cozinha, uma divisória incolor separava a pia do balcão da cozinha; já o banheiro recebeu uma peça redonda de Espelho Guardian Evolution, e uma divisória fornecida pela Blindex, que funcionava como boxe.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 597 (setembro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 

Créditos das fotos: Marcos Santos 

Crédito da foto de abertura: Denilson Machado/CASACOR

Vidros e espelhos marcam presença na Casa Cor SP 2022

Quer saber o que está na moda na arquitetura e decoração de interiores? Basta visitar a Casa Cor São Paulo, principal edição da maior mostra desses setores na América Latina. Em 2022, o evento comemora 35 anos de existência. Para celebrar a data, foi montado em um ícone da cidade, o Conjunto Nacional, localizado em plena Avenida Paulista. Até 11 de setembro, você poderá visitar a mostra e conferir o que os arquitetos e designers prepararam: vidros e espelhos, mais uma vez, revelam-se materiais-chave para ambientes residenciais e comerciais, oferecendo beleza estética e funcionalidade aos espaços.

Nas próximas páginas, confira alguns dos principais destaques da exposição. Na edição de setembro de O Vidroplano, veja mais soluções encontradas por lá.

Tendências transparentes
Nossa equipe de reportagem notou alguns usos de vidro e espelhos que se repetem em ambientes da Casa Cor SP. Confira três deles:

– Espelhos em formatos inusitados
Assim como no ano passado, a mostra trouxe um padrão que foge do tradicional na aplicação de espelhos. Esqueça o formato retangular clássico: agora, o material ganha formas orgânicas, geométricas e molduras em diferentes estéticas. Karol Suguikawa instalou um grande espelho (montado pela Vidrotec) em seu Lounge I’mpress Impress (foto 1), dando a ele um caráter tridimensional. O Estúdio Ostuni (foto 2), de Gregory Copello, apostou em um pórtico espelhado logo na entrada, montado pela Ladeira Martins Espelhos. A arquiteta Beatriz Quinelato também colocou uma peça orgânica no Espelho da Alma (foto 3): o Espelho Poá tem desenho de seu próprio escritório, tendo sido montado pela loja de móveis Odara. Por fim, vale citar a solução criativa de Daiane Antinolfi para a Galeria dos Restaurantes (foto 4): na parte destinada às pias do banheiro, o Espelho Âmbar (da Guardian) foi aplicado na frente de um vidro refletivo, ajudando a brincar com os reflexos e cores do espaço.

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– Vidros texturizados
Peças com relevo puderam ser vistas em diversos espaços, agregando transparência, privacidade e tridimensionalidade. Um dos destaques é a divisória em modelo industrial presente na Ilha de Conforto Golden Hour, assinada pela designer de interiores Elaine Vilela de Sousa, com peças de aramado, canelado, martelado, pontilhado e miniboreal aplicadas sobre uma estrutura de alumínio anodizado preto fosco (foto 1), fabricada sob medida pela Silvestre Vidros. Na Casa Eté Duratex, do escritório Todos Arquitetura, o vidro canelado aplicado no fundo do guarda-roupas no quarto da suíte (foto 2) desempenha também a função de janela no banheiro, fazendo a integração visual dos dois espaços.

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– Portas e fechamentos

Em alguns ambientes, os visitantes já davam de cara com nosso material logo na entrada. As portas do Estúdio Amorphous, de Wesley Lemos, têm peças refletivas aplicadas dos dois lados (foto 1) – tendência adotada também na estante do quarto. Na Livraria, do escritório João Daniel Arquitetura, os painéis de vidro presentes no fechamento do ambiente e nas folhas pivotantes voltadas para o exterior do Conjunto Nacional têm um padrão visual semelhante ao de tecidos (foto 2).

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Casa LG Magenta, de Otto Felix
As paredes do espaço de Otto Felix são totalmente feitas de tijolos de vidros, fato que ajuda na entrada de luz natural – o ambiente fica de frente para uma das fachadas do Conjunto Nacional. Vidro também está presente em vários mobiliários, como na mesa de centro da sala de estar e no armário da cozinha. E até mesmo os eletrodomésticos da LG possuem o material como revestimento, incluindo a evaporadora Artcool Gallery, que funciona como um quadro personalizável, e o closet inteligente LG Styler. O Espelho Corcovado, da Bonni Design, é o toque final de elegância para o quarto.

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Living Art, de Murilo Lomas
O ambiente do arquiteto pode servir como showroom para as diversas possibilidades que o vidro oferece a uma casa. Na sala de jantar, tem uma grande mesa preta com tampo envidraçado (acervo do próprio Lomas); na sala de estar, mesas de centro coloridas, feitas de forma artesanal, enfeitam o local – são do designer Lucas Recchia, comercializadas pela Firmacasa; no quarto, um armário da Todeschini conta com portas de vidro refletivo na cor champanhe; por fim, o banheiro ganhou incolores no boxe e espelhos pratas na área da pia (inclusive no teto dessa instalação), fornecidos pela Conceito Vidros.

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Através do Olhar, de Brunete Fraccaroli
Ao entrar no espaço da arquiteta, chama a atenção uma grande divisória de vidros extra clear com 2,85 m de altura (foto 1), curvados e temperados pela Unividros e instalados pela Penha Vidros e Wady Vidros – a estrutura permite a separação entre ambientes ao mesmo tempo que os mantém completamente integrados visualmente. Nosso material também se faz presente em uma estante desenhada pela própria arquiteta e fabricada pela Romanzza (foto 2), com peças de temperados instaladas pela Wady Vidros, e nas mesas de centro Dune, fabricada pela Dunelli e Lattoog, cujas pernas são feitas de peças temperadas. Todos os vidros do ambiente foram fabricados pela Cebrace.

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Estúdio 11, de Francisco Cálio
Para onde se olha no Estúdio 11, é possível encontrar vidros. A fachada tem laminados 4+4 mm de ClimaGuard SunLight (produto de controle solar, da Guardian) e permite a integração com a parte interna do Conjunto Nacional. No quarto, duas grandes peças de Espelho Guardian Evolution 4 mm, penduradas no teto, embelezam o local. Já no banheiro, uma chapa de laminado incolor 4+4 mm forma o boxe – é outra estrutura a trazer transparência ao espaço.

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Espaço Verso, de Carolina Scarpelli
Fazendo jus ao tema “Infinito Particular” desta edição da mostra, o banheiro traz já na entrada uma série de espelhos Cebrace prata, fornecidos pela Direct Glass, colocados em ângulos distintos (foto 1) de forma que os visitantes possam enxergar todos os seus ângulos, faces e versos. Pequenos espelhos, também da Cebrace, foram aplicados pela Direct Glass em formatos orgânicos com frases sensoriais nas laterais das cabines sanitárias. Vale destacar ainda os painéis Vitrium, da Dominus Tecnologia e Automação, atrás das pias (foto 2): os sistemas são compostos de vidros refletivos (as peças usadas nesse espaço foram importadas) aplicados 1 mm à frente de telas de LED, sem que um encoste no outro. A solução traz tecnologia e transmite informações ao mesmo tempo que reflete as imagens dos visitantes e do ambiente.

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Templo de Memórias, de Consuelo Jorge
Projetado para ser um ambiente acolhedor e intimista, tem como peça central o armário Síntese (foto 1), da Cinex Arch, todo feito de vidro em uma estrutura de alumínio que descansa sobre dois volumes de pedras: o móvel, que parece flutuar com a iluminação cenográfica, também desempenha a função de dividir as áreas do ambiente. Outras soluções da Cinex Arch se fazem presentes nesse espaço, como o biombo Opus (foto 2), com painéis de tramas tecidas com palha natural colada aos vidros e sistema pivotante de abertura, proporcionando privacidade e um visual elegante e leve quando fechados.

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Sol:.ar, do estúdio Plantar Ideias
Peças artísticas feitas com nosso material são a alma do espaço. A obra de mesmo nome do ambiente é a protagonista (foto 1): foi feita pelo Mercado da Imagem laminando vidros (na frente) com espelhos (atrás), da AGC, com interlayer alaranjado, formando um grande círculo remetendo a um sol espelhado e trazendo a tropicalidade, leveza e harmonia de um pôr do sol. Na areia, laminados – também produzidos pelo Mercado da Imagem, com peças da AGC – com interlayer translúcido azulado, formam estruturas semelhantes a cristais (foto 2), montados sobre lâmpadas que os fazem brilhar e atrair o olhar do visitante, remetendo a boas energias e a uma sensação de acolhimento.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 596 (agosto de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 

Créditos das fotos: Marcos Santos

Vidros trazem oportunidades em condomínios

Não é novidade que nossos materiais têm grande apelo para a arquitetura e design: as páginas de O Vidroplano frequentemente mostram sua aplicação em fachadas de edificações ou nos interiores de residências e espaços comerciais. Mas há várias outras possibilidades para o uso desses produtos, algumas delas envolvendo sua aplicação em condomínios residenciais. A seguir, saiba como nosso material contribui para esses espaços.

 

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Imagem: Rogério Pereira – Bliss Arquitetura

Edifício Ilhas Fiji, em Caiobá (PR), projetado pelo escritório Catherine Moro Arquitetura. O empreendimento leva laminados 4+4 mm de controle solar ClimaGuard Sunlight, da Guardian e processados pela Blue Glass, nas esquadrias em geral do condomínio — incluindo os guarda-corpos das áreas de frente para o mar. O uso de peças de alta performance proporcionou maior conforto térmico, além de contribuir para a redução do consumo de energia do condomínio e aproveitamento da maior interação visual da obra com a paisagem

 

Sensação de integração e amplitude
“Vidros e espelhos são elementos essenciais para a criação de obras contemporâneas. Por isso, sua utilização nas áreas comuns dos condomínios é indispensável”, avalia a arquiteta Catherine Simon Moro, proprietária do escritório Catherine Moro Arquitetura, de Curitiba.

Para outra arquiteta, Ana Cristina Cunha, do Recife, o uso dos produtos em condomínios residenciais tem vasta gama de aplicações. Essa lista inclui:

– Muros;

– Divisória de espaços;

– Cobertura;

– Guaritas;

– Peitoris;

– Elementos decorativos.

“Os espelhos, por sua vez, podem revestir ambientes como halls, conferindo ampliação de espaço e sofisticação”, acrescenta Ana Cristina.

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Imagem: Rogério Pereira – Bliss Arquitetura

 

Sandra Pompermayer, arquiteta e designer de interiores de São Caetano do Sul (SP), já utilizou alguns desses elementos em seus projetos de prédios residenciais para fazer o fechamento da entrada, compondo com toda a área de circulação e portaria. “Podemos, por exemplo, fazer um muro de vidro que, além de conferir segurança, oferece integração visual com o exterior e deixa o ambiente mais clean e bonito em comparação com um muro todo fechado de concreto”, avalia. Para ela, a facilidade da limpeza e manutenção é outra vantagem dos vidros e espelhos em relação a estruturas com grades de ferro e alumínio.

 

A importância da escolha certa
Para que nosso material proporcione a proteção e o desempenho esperados, é fundamental usar os vidros adequados do modo adequado. De maneira geral, cabe ao arquiteto responsável pelo projeto especificar corretamente o tipo de vidro apropriado para a aplicação. Além disso, assim como outros elementos da construção, o vidro deve ser instalado corretamente, para garantir a segurança e atender as necessidades de seus usuários.

Para o sucesso de uma especificação, é importante que os envolvidos no projeto conheçam os vidros existentes no mercado e as determinações das normas técnicas – assim, além do apelo estético, do aproveitamento da luz natural e da integração, a aplicação trará desempenhos térmico e acústico. É preciso ainda seguir as determinações das normas técnicas, em especial as da ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações, verificando quais vidros de segurança são adequados para determinado uso. Vale destacar que, em certos casos, há restrições mesmo entre os vidros de segurança; no caso dos guarda-corpos, por exemplo, essas estruturas não podem ser feitas com temperado, a menos que esteja compondo um laminado.

Para auxiliar o trabalho correto do profissional e informar o consumidor de forma fácil sobre as aplicações previstas em norma, a Abravidro desenvolveu a tabela Que vidro usar?, parte da campanha #TamoJuntoVidraceiro, que está disponível para download gratuito no site da associação.

 

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Imagem: Divulgação Sandra Pompermayer

Edifício Rio de Janeiro, no bairro de Higienópolis, em São Paulo: o escritório da arquiteta e designer de interiores Sandra Pompermayer deu cara nova à obra ampliando o uso de vidros nela – nas fotos, o antes e o depois do retrofit. Todo o gradil de ferro foi trocado por esquadrias com laminados. A cobertura envidraçada de acesso a pedestres, feita em um pergolado existente na frente do prédio, não afetou a estrutura nem o estilo da edificação. Já o hall de entrada e a guarita receberam portas blindadas de vidro e aço

 

De cara renovada
Embora a ideia de aplicação de vidros e espelhos em condomínios possa remeter a obras em andamento, nossos materiais também têm potencial em edificações mais antigas, por meio do retrofit. “Às vezes, um prédio fica desvalorizado se não se moderniza, caso não faça manutenções e atualizações em sua área comum e fachada”, opina Sandra Pompermayer.

A arquiteta já desenvolveu trabalhos de retrofit em alguns edifícios residenciais com fachadas muito antigas, que não chamavam muita atenção. “Com a modernização que fizemos, sem afetar o estilo original e com linhas modernistas, conseguimos um resultado muito satisfatório, gerando giro de vendas e visitações nas unidades que estavam para locação”, afirma.

O retrofit em condomínios pode ser muito interessante para tornar seus ambientes mais atrativos. Porém, essa atividade também requer cuidados: toda manutenção deve ser feita por profissional ou empresa qualificados, de acordo com a complexidade do serviço a ser realizado.

Para as reformas de sistemas envidraçados, precisam ser seguidas as normas ABNT NBR 7199, ABNT NBR 10821 — Esquadrias para edificações e ABNT NBR 16280 — Reforma em edificações – Sistema de gestão de reformas – Requisitos (ou outras normas brasileiras aplicáveis) e também os manuais da edificação fornecidos pela construtora, bem como as instruções dos fabricantes. O tipo de vidro aplicado na reforma tem de ser o indicado na ABNT NBR 7199.

 

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Imagem: Ana Cristina Cunha

Em diferentes projetos para condomínios residenciais, a arquiteta Ana Cristina Cunha explorou o uso do vidro de valor agregado, no caso, o de controle solar Vivix Performa verde, da Vivix: na cobertura na versão Duo (laminada) 8 mm, o conforto térmico se soma à proteção contra o Sol e intempéries; em muros — o da foto foi feito com peças temperadas —, além da segurança, proporciona estética diferenciada para a edificação

 

Saindo do básico
Ana Cristina Cunha destaca que é possível obter benefícios adicionais no caso do uso de vidros de valor agregado. “Com novas opções de alta performance no mercado, a atualização do conhecimento sobre os produtos disponíveis e a especificação correta delas permitem ganhos na estética, segurança, eficiência energética e conforto térmico, entre outros”.

Catherine Moro concorda: “A escolha desses produtos especiais tem um custo inicial elevado – porém, com o tempo de uso, os moradores irão sentir os benefícios proporcionados por esses vidros de alta qualidade e performance, agregando valor ao empreendimento como um todo e possibilitando melhor conforto térmico, acústico e até ambiental para todos”. É importante que o especificador saiba adequar as características do vidro ao orçamento do empreendimento, optando sempre pelo melhor custo-benefício para os clientes.

Aproximando os condomínios dos vidros
No ano passado, Vera Andrade, coordenadora técnica da Abravidro, apresentou o workshop “O que preciso saber sobre os vidros aplicados no condomínio para evitar acidentes”. O evento foi organizado pelo Sindividros-RS e transmitido via YouTube pelo canal do Sindicato Intermunicipal das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais no Rio Grande do Sul (Secovi/RS), parceiro do sindicato vidreiro gaúcho na realização.

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Imagem: Reprodução

 

Para a Abravidro, a iniciativa foi muito positiva. “Tivemos a oportunidade de nos aproximar de um público bem específico, os síndicos. Ao levarmos as informações sobre as características dos vidros a esses profissionais, estamos preparando-os para identificar potenciais riscos em aplicações irregulares de vidro nos seus condomínios e providenciar correções, bem como para exigir de futuros fornecedores a aplicação de vidros seguros e adequados à necessidade de cada fechamento”, avalia Vera.

Os síndicos devem estar atentos ao nível de segurança das áreas comuns de seus condomínios. Por isso, precisam saber que vidro não é tudo igual – ou seja, que existe um tipo adequado para cada aplicação e que seu papel vai muito além de um simples fechamento ou divisão de vão, pois a segurança dos usuários deve vir em primeiro lugar.

Também é importante que, em vistorias de entrega de condomínios novos, o síndico, juntamente com o corpo diretivo, esteja atento para os tipos de vidro aplicados nas áreas comuns e exijam da construtora a comprovação de que eles estão em conformidade com as normas técnicas.

Como forma de contribuir com o aumento da segurança nas edificações, a Abravidro considera primordial disseminar o conhecimento, seja a síndicos ou mesmo a moradores, sobre os diferentes tipos do nosso material, e reforçar que o uso de vidros de segurança é obrigatório em determinadas aplicações.

Crédito da imagem: num/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Arquitetos comentam os benefícios dos vidros de controle solar

Em outubro, O Vidroplano publicou uma matéria especial sobre o mercado de vidros de controle solar para residências. Este mês, voltamos ao tema para apresentar projetos de casas e edifícios residenciais com esses materiais espalhados pelo Brasil. Os arquitetos envolvidos explicam os motivos que levaram à escolha do produto e quais benefícios eles oferecem para as obras.

 

CASA JJ
Local: Eusébio, CE
Vidros usados: laminados 4+4 mm de Performa Duo Bronze (Vivix, processados por Amazon Temper), no fechamento frontal

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No condomínio Alphaville Eusébio, em Eusébio (CE), a arquiteta Lara Ximenes é a responsável pelo design da Casa JJ. “A fachada principal fica na direção do Sol poente, por isso a importância da utilização desse tipo de vidro, para permitir a entrada de iluminação natural ao mesmo tempo que garante o conforto térmico dos moradores”, explica a arquiteta. De acordo com Lara, a cidade se localiza próximo ao litoral cearense, tendo incidência solar elevada. Isso explica a preocupação dos clientes com esse assunto, afinal eles também participaram do processo de escolha do material a ser aplicado. Como não poderia deixar de ser, o vidro auxilia na eficiência energética do local, exigindo menor uso do sistema de refrigeração.

 

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Local: Barueri, SP
Vidros usados: SunGuard Light Blue 52 (Guardian, processados por Tempermax), nos fechamentos dos apartamentos voltados para as sacadas

Inspirado nos arranha-céus de metrópoles internacionais como Dubai, Nova York e Miami, o Wave Alphaville aposta em formas curvas para trazer movimento e suavidade ao projeto. Criado pelo Studio Era Arquitetura, o prédio, empreendimento da Módena Cipel Incorporadora e Construtora, teve suas obras concluídas em dezembro do ano passado. Os apartamentos, de alto padrão e disponíveis em versões de até três quartos, apostam na tecnologia. Os vidros não ficam de fora dessa escolha: os de controle solar na fachada envidraçada não só barram o calor, mas também contribuem para a transparência que oferece total visão dos arredores.

 

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Local: Castro, PR
Vidros usados: laminados 4+4 mm de Habitat (Cebrace, processados por Linde Vidros), nos fechamentos frontais e em janelas

Assinada pela arquiteta Monica Menarim Requião, do escritório Menarim Arquitetura, a residência ganhou esse nome por conta do telhado curvo que remete ao movimento da água. O projeto se inspira na arquitetura orgânica. Ao imitar formas encontradas na natureza, busca maior interação com o meio ambiente. Aqui, essa ligação é ainda mais forte, já que todas as fases da construção seguiram conceitos de sustentabilidade, fato que concedeu à obra a certificação GBC Brasil Casa, conquistada em 2018. O uso de vidros de controle solar parte desse princípio, pois ajudam a diminuir o uso de energia, graças ao menor uso de ar-condicionado, em torno de 30%. “Nós, arquitetos e urbanistas, estamos atentos ao que o mercado oferece de melhor. Conheci esses vidros em um curso de MBA em construção sustentável e eles me chamaram muito a atenção”, comenta Monica.

 

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CASA AZUL
Local: Sinop, MT
Vidros usados: Habitat Refletivo Champanhe (Cebrace, processados por Guaporé Vidros), nos fechamentos frontais e em janelas

Outra residência a ganhar certificação de sustentabilidade é a Casa Azul, com design de Carol Barreto. Construída em um condomínio fechado de alto padrão, recebeu o Selo Procel Edificações, outorgado pela Eletrobras e Inmetro para edificações com excelente eficiência energética. Mais uma vez, nosso material contribuiu diretamente para o feito. A versão do Habitat instalada nos vãos, juntamente com esquadrias de alumínio de acabamento amadeirado, barra 40% da entrada de calor. A versão refletiva do produto garante também maior privacidade aos moradores, limitando a visão dos interiores durante o dia. “A qualidade do conforto térmico era uma das prioridades para a busca da certificação. Como a região de Sinop é muito quente, nesse projeto foi priorizada a escolha assertiva dos materiais construtivos”, explica a arquiteta.

 

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Local: Campinas, SP
Vidros usados: ClimaGuard SunLight (Guardian, processado por Cyberglass), na fachada frontal

Projeto da Uffizi Arquitetura, a JR&M House tem um total de 450 m², construídos em 2019, num extenso terreno de 900 m², no condomínio Montblanc, em Campinas (SP). A casa recebeu fechamento envidraçado do chão ao teto, ao longo de toda a extensão de sua fachada frontal. Pelo fato de vários cômodos estarem expostos à luz natural (como cozinha e salas de estar e jantar), o vidro de controle solar foi a melhor escolha para preservar o mobiliário, já que consegue reduzir a entrada dos raios ultravioleta, responsáveis por desbotar e estragar objetos e estofados. O material também evita o efeito de ofuscamento no ambiente interno e, claro, garante conforto térmico aos interiores.

 

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Local: Fortaleza
Vidros usados: laminados 4+4 mm de Performa Duo Cinza (Vivix, processados por Amazon Temper), na fachada frontal

O projeto, do escritório Marcus Novais Arquitetura, buscou aliar a estética contemporânea ao alto desempenho em conforto térmico, juntamente com transparência extra para os interiores. Localizado no condomínio residencial Alphaville Fortaleza, na capital cearense, a Casa JD conta com um pano de vidro em sua parte frontal. “A escolha desses vidros foi guiada também pela necessidade estética de termos um material mais reflexivo na fachada, gerando contraste com a opacidade do restante da estrutura”, conta o arquiteto Lucas Novais. Segundo ele, os clientes se envolveram com as especificações dos diferentes elementos da casa, incluindo o vidro: “Eles entendiam ser o ponto de maior destaque da obra voltado para a rua. Em suma, a solução foi perfeita”.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Confira a segunda parte da cobertura da Casa Cor SP

TRANSPARÊNCIA, PRIVACIDADE E BELEZA
Essas três características estiveram presentes na grande divisória de vidro impresso que separa o quarto do banheiro do closet no espaço Casa A Leve, elaborado pelo escritório Gustavo Martins Arquitetura. A estrutura, fornecida pela Dimare, trouxe peças de Martelado, da Cebrace, aplicadas em esquadrias de alumínio pintadas na cor preta. O fechamento do ambiente utilizou portas de correr feitas com esquadrias da Esqualyvale e vidros temperados incolores 6 mm, também da Cebrace.

 

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LUZ NOS INTERIORES
A presença de iluminação natural marcou a Casa Olaria NJ+, do arquiteto Nildo José. Grandes portas pivotantes, com vidro de controle solar ClimaGuard Sunlight (da Guardian) temperado 10 mm incolor, permitem a entrada em todo o espaço interno da luz que banha o jardim. O Espelho Guardian 5 mm do banheiro, com formato orgânico, foi desenhado pelo próprio Nildo. Por fim, um vão em uma das paredes ganhou revestimento de temperado 10 mm com película branca fosca, de forma a deixá-lo translúcido. Os vidros foram fornecidos e instalados por Silvestre Vidros e Vidros Quitaúna.

 

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PORTAS GRANDES E BOXE AUTORAL
Os arquitetos Alexandre Gedeon e Hugo Schwarz, da InTown Arquitetura e Construção, foram os responsáveis pelo Loft do Colecionador. Ao fundo do ambiente, as portas de correr chamaram a atenção pelo tamanho: cada uma das quatro folhas tinha 3 m de altura e, juntas, somavam 7,5 m de comprimento. A estrutura, instalada pela Sá Martins, levou laminados incolores 10 mm feitos pela Viminas com vidros da Cebrace, aplicados no Sistema Chroma minimalista com pintura eletrostática na cor preto fosco, da Perfil Alumínio. No banheiro, o boxe, desenhado pela própria InTown, era feito de aço carbono e tinha vidros incolores 6 mm da Cebrace (temperados pela STA Vidros) com película de segurança. A estrutura foi fornecida pela Método Esquadrias.

 

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BELEZA ESPELHADA
Reflexos eram o principal conceito da Casa Alva, do escritório BC Arquitetos. Ao longo de toda a área de entrada, a parede revestida de espelhos 5 mm, fornecidos pela AGC e instalados pela Casa Mansur, dava a impressão de que o ambiente tinha o dobro do tamanho, graças à reflexão gerada pelo material. No fundo do local, uma área externa continha o banheiro, formado por uma grande peça de laminado 10 mm com borda antidelaminação, cuja função era isolar a parte destinada ao banho.

 

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CASA COR PE
Instalada no pavilhão externo do Shopping Center Recife até 5 de dezembro, a edição 2021 da Casa Cor PE tem como tema a necessidade de uma pausa em um mundo de excessos, cujo foco é a criação de espaços mais aconchegantes. E, claro, não poderiam faltar nossos materiais por lá. A Vivix, patrocinadora oficial do evento, forneceu vidros e espelhos para diversos ambientes. A seguir, alguns com soluções diferenciadas.

 

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BAR VIVIX, DE JAIME PORTUGAL
O espaço visualmente mais encantador da mostra usa o material em um jogo de cores. A parte externa tem cobertura do vidro de controle solar Performa Duo Azul – com o Sol do dia, as peças ficam num tom azulado, enquanto à noite se tornam transparentes. No interior, o bar se divide exatamente em duas metades: uma totalmente preta e outra totalmente branca. Para gerar o efeito desejado, o revestimento de balcões, paredes e mesas utilizou o vidro pintado Decora nessas respectivas cores. Além disso, enfeitam o local espelhos Spelia incolores e cinzas.

 

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LIVING SECO, DE VITRU ARQUITETOS
Os arquitetos Magno Costa e Thaíssa Tenório se inspiraram nas moradias rudimentares em rocha, ainda encontradas em algumas partes do mundo. Marcado por tons terrosos, o ambiente conta com espelhos Spelia incolores, os quais ajudam a refletir tais cores. Os vidros de controle solar Performa cinzas são aplicados no fechamento do jardim de inverno. Ali estão plantas do Semiárido Brasileiro – outra referência ao tema geral do ambiente.

 

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CAFÉ SANTA CLARA, DE JULIANA DJICK
Reconectar as pessoas em um momento pós-pandemia é a ideia da arquiteta Julian Djick ao construir a estrutura com uma grande varanda, toda fechada com os vidros de controle solar Performa Duo na cor cinza. Com isso, é possível tomar um café sem se sufocar com o calor da capital pernambucana. O expositor de alimentos no interior da loja tem float incolor, permitindo que os visitantes vejam o que está à venda com a transparência necessária.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Mostras de arquitetura voltam a ser realizadas

Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, eventos presenciais estão aos poucos sendo retomados pelo Brasil. Este mês, três exposições de arquitetura e design podem ser visitadas em Goiás, Pernambuco e São Paulo – e, como de costume, é possível encontrar vidros e espelhos em seus ambientes. Confira alguns destaques!

 

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(26 de agosto a 26 de setembro — RioMar Shopping, Recife)

Valorizando o verde
A cor verde está bastante presente no Bangalô da Praia, elaborado pelo arquiteto Paulo Veloso – e ela não se restringe à pintura nas paredes: peças laminadas de controle solar Vivix Performa Duo Verde Intenso (foto), da Vivix, foram aplicadas no ambiente não só para a otimização do seu conforto térmico interno, mas porque sua tonalidade harmoniza com as cores previstas no projeto. O banheiro do bangalô também conta com o espelho Vivix Spelia incolor.

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Beleza com utilidade
Vidros pintados Vivix Decora Nude foram utilizados pelos arquitetos Thyago Amaral e Igor Santos, sócios do escritório Morais Amaral Arquitetura, para revestir uma das paredes do Quintal Corporativo (foto). As peças não estão lá apenas pela sua beleza. A ideia foi conferir ao ambiente uma parede multifuncional, com coloração que conversasse com o espaço e que pudesse trazer outro uso, possibilitando anotações e desenhos em sua superfície (detalhe).

Casa de Vidro
Esse é literalmente o nome dado pela processadora Sanvidro ao espaço projetado por ela para a mostra (foto). Como o objetivo é destacar a versatilidade do vidro, nosso material é visto aplicado das mais diversas formas — há temperados e laminados com tecido utilizados como piso e mobília, além de peças nas cores branca e nude da linha Vivix Decora revestindo as paredes.

 

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CASA COR GOIÁS
(28 de agosto a 12 de outubro — Flamboyant Shopping Center, Goiânia)

Privacidade com elegância
O Lounge Vitrine Flamboyant, assinado pela arquiteta Milena Niemeyer, foi concebido para ser um marco de boas-vindas aos visitantes da Casa Cor Goiás 2021. O ambiente é composto por um centro circular de bate-papos, descanso e apoio para conexão – nesse sentido, as várias divisórias douradas de vidro canelado (foto), fornecido pela Cinex, contribuem para garantir a privacidade visual e o distanciamento entre as pessoas, sem comprometer a sensação de amplitude do espaço e agregando elegância a ele.

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Reflexos por todos os lados
Grandes espelhos Cebrace na cor prata (foto), fornecidos pela MS Vidros e Esquadrias, revestem parte das paredes da Sala de Banho Aldeia, idealizada pelo arquiteto Leo Romano. O que não falta no ambiente, aliás, são espelhos. Peças emolduradas decorativas, executadas pela Movelaria Brasileira, distribuem-se em pontos de destaque visual na sala de banho.

 

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CAMPINAS DECOR
(3 de setembro a 2 de novembro — Colégio Técnico de Campinas (Cotuca), Campinas, SP)

Diversas possibilidades para o vidro
Como o próprio nome indica, o Espaço Viver Guardian (foto), criado pela designer de interiores Fabrícia Pellizzon e pelo arquiteto Fernando Pellizzon, do estúdio Pellizzon Arquitetura e Interiores, não poderia deixar de trazer vários produtos da fabricante. O ambiente conta com portas e boxe de vidro ReflectGuardian (refletivo voltado para interiores), paredes revestidas com peças pintadas da linha DecoCristal nas cores branco e off white, janelas com vidro de conforto térmico ClimaGuard SunLight e espelhos Guardian Evolution, além de um vidro pintado na cor azul, criado especialmente para a Campinas Decor em parceria com a Color Vidros. Os produtos foram processados pela Cyberglass e fornecidos pela Vidraçaria Decorvid.

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Retrofit que veio para ficar
A Campinas Decor 2021 está sendo realizada no antigo prédio do Colégio Técnico de Campinas (Cotuca). Fechado desde 2014 por falta de condições de uso, graças ao convênio firmado entre a organização da mostra e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o imóvel, construído em 1918, foi reformado e modernizado, reforçando a política da Campinas Decor de recuperar espaços do patrimônio público. Uma dessas mudanças é o uso do vidro de controle solar ClimaGuard SunLight, da Guardian, na fachada do Cotuca (foto), o que deve contribuir para aumentar o conforto térmico dos ambientes e o bem-estar de alunos e professores após o término da exposição.

 

Casa nova e aberta para visitas
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Outro evento que voltará ao formato presencial em 2021 é a Casa Cor São Paulo, considerada a maior e mais reconhecida mostra do segmento de arquitetura, decoração, design e paisagismo das Américas. Este ano ela será realizada no novo espaço de eventos multiuso da capital paulista, o Parque Mirante, anexo ao estádio Allianz Parque. Segundo a organização, o local estará preparado para obedecer aos protocolos sanitários e garantir a integridade física de todos nesse período de pandemia. A Casa Cor SP 2021 começa em 21 de setembro e segue até 15 de novembro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conheça um pouco mais sobre o BIM

Quem participa de congressos e workshops nas áreas de arquitetura e engenharia certamente já ouviu muitas vezes palestrantes abordarem a ferramenta BIM. A sigla significa Building Information Modeling (em português, Modelagem da Informação da Construção) e se refere a um modelo virtual de uma obra, contendo todas as características físicas e funcionais dela, assim como as informações pertinentes a seu ciclo de vida.

O BIM, como é conhecido pelos profissionais que o utilizam, pode ser extremamente útil na especificação dos vidros a serem aplicados nessas obras. A seguir, conheça mais sobre essa metodologia, os benefícios que ela oferece e a forma como deve ser utilizada.

Para que serve?
Segundo a arquiteta Miriam Addor, sócia-diretora do escritório Addor & Associados, o principal objetivo do BIM é garantir que toda a informação confiável sobre um projeto esteja concentrada em um só local. “Esse processo começa quando se compra o terreno e se encerra, por exemplo, quando a obra é demolida ou reformada e suas partes são reaproveitadas. Em outras palavras, os dados coletados por essa tecnologia compreendem todo o ciclo de vida de uma edificação, o que pode durar mais de 70 ou 100 anos”, explica.

Isso explica a criação de uma construção virtual da obra, feita de forma integrada e colaborativa entre os diversos profissionais envolvidos nela. Rodrigo Navarro e Laura Marcellini, respectivamente presidente e diretora técnica da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), observam que a utilização do BIM possibilita melhores análises e maior controle ao longo de todas as etapas da construção, do projeto à obra, permitindo cumprir cronogramas e orçamentos com maior facilidade.

Segundo o engenheiro civil Márcio Zapelini Orofino, sócio-fundador e diretor-executivo da ENE Consultores e diretor-executivo da Canteiro AEC (empresa que atua na implementação e uso estratégico da BIM na construção civil), essa metodologia está sempre relacionada a dois aspectos principais: “O primeiro é o dos dados de informação, que se tornam conhecimento e estratégia para tomadas de decisão. O segundo é a representação geométrica, que permite a visualização em um ambiente virtual do que será materializado na prática”.

O vidro no BIM
O uso da ferramenta tem a mesma importância para qualquer elemento construtivo — e o vidro não é exceção. De acordo com Pedro Martins e Fernando Oliveira, respectivamente diretor técnico e gerente de BIM da P. Martins Engenharia, o mercado já tem solicitado atualmente o uso dessa tecnologia para determinar diferentes aspectos do nosso material. Isso inclui:

– Tipologia

– Composição

– Cor

– Acabamento

– Propriedades térmicas e lumínicas

– Quantidade de peças e perfis, tanto para esquadrias entre vãos como para fachadas.

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Orofino, da ENE Consultores e Canteiro AEC, concorda: “Com o aumento das opções de vidros com diferentes propriedades, o modelo BIM é bastante útil ao permitir agregar num único lugar as informações técnicas desses produtos, bem como seus dados dimensionais”.

Tecnologia
Embora o BIM seja bastante vantajoso, Pedro Martins e Fernando Oliveira ressaltam que é necessário forte investimento na aquisição dos softwares para sua implementação – e também para o treinamento e qualificação dos profissionais envolvidos. Porém, Navarro e Laura, da Abramat, ressaltam que, embora a aplicação da ferramenta possa ser trabalhosa e custosa em um primeiro momento, o ganho de escala a partir de seu uso é enorme.

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A arquiteta Miriam Addor destaca que há mais de 200 softwares BIM que trabalham em sistema aberto de colaboração. “Em relação ao uso para a fase de projeto, há algumas ofertas no Brasil voltadas para o desenvolvimento de projetos de arquitetura, estrutura e instalações.”

Ela aponta alguns softwares BIM disponíveis no mercado:

Revit (Autodesk)
Archicad (Graphisoft)
Allplan Architecture (Nemetschek)
AECOsim Building Designer (Bentley)
Edificius (ACCA)

“Já quando se fala em coordenação e compatibilização 3D, podemos citar o Solibri, da Nemetshchek, e o Navisworks, da Autodesk.” Para Miriam, o mais importante ao se adotar o processo BIM é definir o uso que se vai fazer do modelo – assim, pode-se determinar o melhor programa.

Vale enfatizar que há bibliotecas BIM com informações técnicas sobre vidros disponibilizadas por empresas de nosso setor. A Guardian, por exemplo, criou a ferramenta de cálculo Glass Analytics para baixar arquivos BIM de seus produtos nas tipologias mais usuais. Já o site da Cebrace conta com uma aba específica para download dos objetos BIM da empresa – em ambos os casos, é necessário fazer um cadastro para ter acesso aos materiais. A AGC informa que a ferramenta BIM presente na sua divisão europeia está em processo de viabilização para utilização na América do Sul.

Como já mencionado, não basta ter esses sistemas se os profissionais da empresa não souberem utilizá-los. Segundo Márcio Orofino, já existem hoje diversos cursos de qualificação oferecidos, tanto na forma de programas acadêmicos, desenvolvidos dentro de linhas de pesquisa, como na de formação complementar nas próprias universidades. Também é possível encontrar consultores qualificados para treinar uma equipe no uso avançado dessas ferramentas.

BIM no Brasil
“O uso do BIM vem crescendo no Brasil nos últimos cinco anos por parte dos contratantes privados e também do governo”, informa a arquiteta Miriam Addor. Um dos motivos, segundo ela, é a publicação do Decreto Federal Nº 10.306, de 2 de abril de 2020, o qual estabelece a utilização do Building Information Modeling na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizada pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal. De acordo com o decreto, a partir de 1º de janeiro deste ano todas as licitações de projetos novos ou de reforma de edifícios públicos devem incluir o uso do BIM.

Por outro lado, Navarro e Laura Marcellini, da Abramat, afirmam que ainda há um longo caminho a ser percorrido. “De acordo com pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas em 2018, apenas 9,2% das empresas do setor da construção já haviam implementado o BIM na rotina de trabalho. De lá para cá, houve avanços. Porém, ainda há muitas barreiras”, observa Navarro. Entre as principais dificuldades estão as financeiras (em relação aos softwares, equipamentos e treinamentos necessários), as organizacionais (que dizem respeito à estrutura de colaboradores das empresas) e a demora de adoção e valorização do BIM por todos os agentes envolvidos (projetistas e construtoras, entre outros) para que haja efetivo emprego nos empreendimentos.

Mesmo assim, existem obras em que o BIM foi uma peça chave para sua realização. Um dos projetos de referência elaborado com essa ferramenta é o prédio Birmann 32, em São Paulo, mostrado na edição de janeiro deste ano de O Vidroplano. Trata-se do primeiro empreendimento corporativo com os projetos desenvolvidos inteiramente em BIM. Segundo Márcio Orofino, diversos escritórios de arquitetura estiveram envolvidos na obra – e, em função disso, optou-se por utilizar um misto de modelos desenvolvidos por equipes externas, responsáveis principalmente pelo dimensionamento e pela concepção. Esses modelos foram então passados a uma equipe interna para os manipular e gerar a documentação executiva para a construção.

Outro caso é o do Edifício Grande Ufficiale Evaristo Comolatti, da incorporadora Stan Desenvolvimento Imobiliário, também construído em São Paulo, em que a P. Martins Engenharia utilizou o BIM para especificar todos os parâmetros técnicos importantes do projeto para a etapa de orçamento, contratação, fabricação e instalação das esquadrias e vidros.

Trabalhos como esses mostram todo o potencial que esse sistema oferece. “Entender a finalidade do modelo BIM em cada projeto é de suma importância, pois fará com que as informações nele contidas possam ser compartilhadas de forma correta e legítima por todos aqueles que participam do ciclo de vida da edificação, sejam engenheiros, arquitetos, construtores, planejadores, mantenedores, operadores ou fabricantes”, aponta Miriam Addor.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

8º Prêmio Saint-Gobain Asbea anuncia vencedores

A cerimônia de anúncio dos trabalhos vencedores do 8º Prêmio Saint-Gobain Asbea de Arquitetura foi transmitida em 25 de agosto. Assim como no ano passado, a premiação – que teve a Abravidro entre seus apoiadores – foi realizada em formato online, devido à pandemia da Covid-19.

Essa foi a 1ª edição do evento promovida em conjunto pelo Grupo Saint-Gobain e Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea). Em discurso na abertura da cerimônia, Renato Holzheim, diretor-geral da Saint-Gobain Produtos para Construção, destacou que a parceria com a entidade é um indicativo do fortalecimento da premiação junto ao segmento de arquitetura, com cada vez mais trabalhos sendo enviados por profissionais e estudantes da área.

A seguir, O Vidroplano apresenta alguns dos trabalhos premiados em que o vidro se destaca.

 

AEROPORTO DE FLORIANÓPOLIS – TERMINAL INTERNACIONAL DE PASSAGEIROS
Escritório: Biselli Katchborian Arquitetos Associados
Cidade: Florianópolis
Prêmios recebidos: Melhor Projeto da Edição; 1º lugar na modalidade Edificação Institucional (Categoria Profissional)

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O vencedor do 8º Prêmio Saint-Gobain Asbea de Arquitetura é ao mesmo tempo moderno e integrado à natureza ao seu redor. Nosso material desempenha papel importante para esse objetivo, aliando transparência ao conforto térmico: no meio-fio de embarque e desembarque, um grande plano de vidro — com laminados de peças de controle solar Neutral 70 da Guardian e interlayer de PVB Smoke Grey da Eastman — cruza a vegetação à sua frente e integra a paisagem catarinense ao terminal. Já os planos envidraçados voltados para o pátio de aeronaves, compostos de laminados de controle solar Neutral Plus 50 Clear, também da Guardian, possibilitam aos passageiros e visitantes assistir aos pousos e decolagens com um beiral aumentando a proteção em relação à claridade natural.

 

LOJA CONCEITO DA DENGO
Escritório: Matheus Farah Manoel Maia Arquitetura
Cidade: São Paulo
Prêmios recebidos: Destaque – Inovação; 1º lugar na modalidade Edificação Comercial – Categoria Profissional

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Embora o júri da premiação tenha destacado o uso da madeira nessa loja da Dengo Chocolates, o vidro também chama atenção. A obra conta com uma fachada toda envidraçada, com laminados 6+6 mm compostos de peças Cebrace Extra Clear em ambos os lados, com interlayer de PVB incolor, proporcionando a integração visual completa da loja com a paisagem arborizada do lado de fora. Já no terraço, vidros de controle solar Sunlight Neutro incolor (12 mm), da Guardian, permitem o aproveitamento da iluminação zenital (isto é, a passagem de luz natural por aberturas na cobertura) ao mesmo tempo que protegem o interior do espaço da entrada de calor e de raios ultravioleta.

 

ÁGORA MOB
Escritório: Estúdio Módulo de Arquitetura
Cidade: Joinville (SC)
Prêmio recebido: 1º lugar na modalidade Projeto Comercial – Categoria Profissional

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O projeto do edifício Ágora MOB é parte do planejamento do maior parque empresarial multissetorial da América Latina, vindo na sequência da construção do primeiro edifício e sede da iniciativa. A construção é fechada por vidro e pele de telha perfurada nas faces Leste e Oeste, com rasgos estratégicos na fachada que demarcam acessos, áreas comuns e salas especiais. Na face Norte, a telha perfurada é montada como brise horizontal. Na face Sul, a pele de vidro tem modulação variada, criando dinâmica na fachada.

 

AEAS – SEDE DA ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS E ARQUITETOS DE SOROCABA
Escritório: Estúdio Módulo de Arquitetura
Cidade: Sorocaba (SP)
Prêmio recebido: Destaque Asbea de 2 mil até 10 mil m²

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A ideia para o projeto da nova sede da AEAS é traduzir a missão da instituição — desenvolver e difundir conhecimento científico — como um local para experiências técnicas e de materialidades, de modo a ser ela mesma a exposição permanente das soluções estudadas e aplicadas. A estrutura em formato de barra horizontal em que se encontram os ambientes de trabalho é revestida de painéis de vidro e tem para proteção solar uma tela tensionada composta por poliéster e PVC, material que remete à história de Sorocaba como polo da indústria têxtil. A aplicação do nosso material também é prevista em diversas outras partes da obra, como o uso de temperados no lugar de divisórias das salas e no fechamento da recepção e o de laminados nas portas deslizantes na entrada da edificação.

 

PUERI DOMUS PERDIZES
Escritório: Perkins&Will
Cidade: São Paulo
Prêmio recebido: 3º lugar na modalidade Edificação Institucional – Categoria Profissional

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A nova unidade da Escola Bilíngue Pueri Domus em São Paulo já foi mostrada na edição de maio deste ano em O Vidroplano. A parte superior da fachada da edificação combina vidros e brises de madeira, permitindo luz e sombreamento em seus interiores ao mesmo tempo. Nosso material, também utilizado como divisórias nas salas de aula, tem o objetivo de incentivar os alunos a treinar a concentração, visto que o artifício permite a visualização do movimento nos corredores.

Este texto foi originalmente publicado na edição 585 (setembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fique por dentro sobre as saunas envidraçadas

Em fevereiro, O Vidroplano explicou detalhadamente o trabalho com piscinas de borda infinita feitas de vidro. Agora chegou a hora de abordar outra instalação não tão comum, mas que vem ganhando espaço na construção: saunas envidraçadas.

Para isso, conversamos com empresas que atuam nesse mercado e com processadoras para saber quais tipos de nosso material são recomendados para a aplicação e os detalhes de sua especificação.

 

Mil e uma vantagens
Uma das principais características das saunas é o confinamento dos usuários, isolados do mundo em um lugar totalmente fechado. Porém, isso não ocorre se a instalação for envidraçada. “Os vidros conferem maior modernidade ao projeto, tirando a sensação de claustrofobia”, explica Kefren Rocha, diretor da Sol e Ar Mundo Água, especializada em obras de áreas molhadas como piscinas e banheiras.

Existem modelos de sauna inteiramente envidraçados, enquanto outros levam o material apenas em portas ou algumas das paredes. Independentemente da configuração, a importância da integração entre os ambientes internos e externos, mesmo que apenas visualmente, não deve ser deixada de lado, segundo o consultor técnico da Viminas, Luiz Cláudio Rezende – mais conhecido no setor como Juca: “Isso favorece o relaxamento corporal, reduz a ansiedade, diminui a sensação de cansaço e promove sensação de bem-estar”.

Com o olhar voltado para o maior conforto das residências nesta época de quarentena, o que seguirá como tendência da arquitetura e decoração após superarmos a Covid-19, essa solução pode ser interessante para condomínios e casas de alto padrão. “Com a pandemia, estamos vendendo bem mais, até pelo fato de nossa sauna ser pré-moldada antes de chegar à obra”, comenta Helio Nassaralla, sócio da Ecosauna e dono da patente da estrutura comercializada pela empresa.

 

Qual vidro usar?
Apesar de essas instalações poderem receber peças temperadas, vale reforçar a importância de se avaliar cada projeto em relação aos riscos de quebra e ao tipo de uso, escolhendo assim a melhor opção para a segurança de quem vai usufruir o espaço – por isso mesmo, vidros de segurança (temperados e laminados de temperados) surgem como as melhores opções.

Outro material que pode ser aplicado é o insulado, especialmente em saunas secas – aquelas que trabalham sem vapor (as com vapor são chamadas de úmidas). “O insulado funciona como excelente isolante térmico”, afirma Vagner Martins, especificador técnico da PKO do Brasil. “Quando composto de temperados ou laminados de temperado, suportam altos índices de diferencial de temperatura entre o espaço interno e externo.” O low-e, vidro de baixa emissão, também é recomendado para conjuntos insulados.

 

O vidro temperado suporta diferenças na temperatura em torno de 200 °C. Por isso, caso seja bem instalado e especificado, ele não corre risco de quebrar por esse motivo
O vidro temperado suporta diferenças na temperatura em torno de 200 °C.
Por isso, caso seja bem instalado e especificado, ele não corre risco de quebrar por esse motivo

 

De olho nos graus
Uma dúvida que pode surgir em um potencial cliente: a sauna envidraçada pode quebrar com a diferença de temperatura encontrada dentro e fora dela? “Não precisa haver essa preocupação, pois a temperatura está longe do limite de resistência térmica do vidro”, explica Nassaralla, da Ecosauna. “Nem mesmo a incidência do Sol ou uma chuva resfriando o lado externo de uma construção a céu aberto causam problemas.” Como lembra Vagner Martins, o vidro sempre sofre tensões internas e dilatações quando exposto a temperaturas que oscilam – em casos extremos, pode causar a chamada “quebra térmica”. “Porém, o temperado suporta diferenças em torno de 200 °C, enquanto o float comum, de 50 a 60 °C.”

 

Modernidade e integração: vidros tiram a sensação de claustrofobia encontrada em saunas tradicionais
Modernidade e integração: vidros tiram a sensação de claustrofobia encontrada em saunas tradicionais

 

Atenção à instalação
Alguns pontos a serem considerados:

– Assim como em boxes de banheiro, o nivelamento da estrutura é de extrema importância. Deve-se evitar que o vidro entre em contato direto com ferragens e perfis – e a colocação de batedores em portas e partes móveis jamais deve ser esquecida;

– Em relação às dilatações das chapas, é preciso deixar o devido espaçamento nos perfis para esse fenômeno. Do contrário, a instalação estará sujeita à tal quebra térmica, algo pelo qual uma estrutura bem especificada jamais passará;

– E Juca, da Viminas, complementa: “Outro ponto relevante é uma boa vedação”, pois não pode haver troca de ar entre os ambientes interno e externo.

 

É possível evitar o embaçamento?
O vidro é um material resistente à umidade do ar, por isso não será prejudicado pelo contato com o vapor em saunas úmidas. O embaçamento das paredes nessas instalações é inevitável, embora existam soluções para garantir a integração total com o lado de fora durante a utilização. “Geralmente, usa-se um sistema com tubo de aço inox instalado no topo e que, mediante acionamento, molha o vidro de cima para baixo”, indica Kefren Rocha, da Sol e Ar Mundo Água.

Em saunas secas, o próprio insulado pode ajudar na tarefa. “Um grande fator é o preenchimento do perfil de alumínio do sistema insulado com dessecante, para absorção dos vapores de água que possam penetrar durante o tempo de vida útil do produto”, comenta Vagner Martins, da PKO. “Quando associamos vidros low-e em sua composição, potencializamos a redução da transmissão térmica por condução do conjunto, diminuindo assim o chamado “ponto de orvalho”, que causa o embaçamento nos vidros.”

Este texto foi originalmente publicado na edição 579 (março de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conheça algumas das maiores obras envidraçadas do Brasil

A capa de O Vidroplano de fevereiro trouxe um marco da arquitetura com nosso material no País: o Skyglass Canela, instalado no Rio Grande do Sul, complexo inaugurado em dezembro que abriga a maior plataforma envidraçada sobre cânion do mundo. O projeto é mais uma confirmação da capacidade do setor vidreiro brasileiro de estar presente em obras de nível internacional.

Por isso mesmo, vale uma pergunta: além do Skyglass, quais seriam as grandes construções brasileiras com vidro dos últimos anos? Para saber quais poderiam se encaixar nesse quesito, nossa reportagem consultou usinas, processadoras e instaladoras. As empresas indicaram projetos de grande porte, com milhares de m² do material instalados, mas também outros menores, porém não menos icônicos. Aprecie!

 

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VITRA
Local: São Paulo
Projeto: Daniel Libeskind
Conclusão da obra: 2015
Fornecedor do vidro: Guardian
Processador: GlassecViracon

Um dos arquitetos mais reconhecidos mundialmente pelo uso de nosso material, o polonês naturalizado americano Daniel Libeskind criou um ícone residencial contemporâneo: o Vitra, construído no bairro paulistano do Itaim Bibi. Antes mesmo de ficar pronta, a obra já tinha sido considerada, pela revista Worth, um dos dez melhores edifícios residenciais do mundo. São 14 apartamentos, um por andar, com cada um tendo uma planta exclusiva. A fachada, de 10 mil m² de laminados de controle solar SunGuard RB40 on clear, possui certa transparência para permitir a interação dos interiores com a cidade.

 

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SOBRALNET – ICETEL
Local: Sobral (CE)
Projeto: Liliane Cristina
Conclusão da obra: 2019
Fornecedor do vidro: Vivix
Processador: Amazon Temper

A sede da Sobralnet e do Instituto Cearense de Tecnologia, Empreendedorismo e Liderança Vidro recebeu peças laminadas (4 + 4 mm) do Vivix Performa Duo, material de controle solar recomendado para as características climáticas brasileiras. Seu aspecto refletivo na cor cinza faz com que, durante o dia, não seja possível enxergar a parte interna da construção. No entanto, à noite, os interiores interagem com o exterior.

 

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ÓRION BUSINESS & HEALTH COMPLEX
Local: Goiânia
Projeto: MKZ Arquitetura
Conclusão da obra: 2018
Fornecedor do vidro: Cebrace
Processador: Vitral

O maior complexo de negócios e saúde do Centro-Oeste brasileiro reúne um misto comercial diverso: salas para consultórios e escritórios, hospital, hotel e shopping center. Sua grandiosidade se reflete também no heliponto exclusivo e nas 1.400 vagas de estacionamento disponíveis aos usuários. A fachada da torre principal tem 25 mil m² de vidros de controle solar Cool Lite STB 120 na cor azul – uma forma de diminuir a incidência do calor da região nos interiores.

 

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SÃO PAULO CORPORATE TOWERS
Local: São Paulo
Projeto: Pelli Clarke Pelli Architects e Aflalo/Gasperini Arquitetos
Conclusão da obra: 2016
Fornecedor do vidro: Guardian
Processador: GlassecViracon

Cerca de 60 mil m² de SunGuard AG43 on clear formam as fachadas desse paradigma dos novos prédios comerciais da capital paulista. Localizado na região da Vila Olímpia, aposta nesses vidros de controle solar, instalados em unidades insuladas com espessura total de 26 mm, para garantir o conforto térmico de seus ocupantes. Foi o primeiro edifício brasileiro a obter a certificação Leed Platinum 3.0, por conta da gestão eficiente de energia e água e do bem-estar dos usuários.

 

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ESTAÇÃO MORUMBI DO MONOTRILHO – LINHA 17 OURO
Local: São Paulo
Projeto: Borelli & Merigo Arquitetura
Conclusão da obra: 2021
Fornecedor do vidro: Cebrace
Processador: GlassecViracon

A mais nova estação do monotrilho paulistano recebeu vidros em diversos espaços, tudo supervisionado pela Avec Design, processadora que utilizou seu sistema patenteado Ecoglazing para encapsular as placas. As fachadas ganharam laminados do vidro de controle solar Cool Lite KNT 155 (8 mm) com PVB estrutural. Essas peças foram aplicadas sobre uma estrutura de alumínio com perfis tubulares, de forma a garantir um design diferenciado. A especificação da cobertura é mais robusta: insulados de 30 mm, formados por laminado de Cool Lite KNT 155 (10 mm) + espaçador de 12 mm + laminado incolor (8 mm).

 

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CANAL OFFICE TOWER
Local: Vila Velha (ES)
Projeto: Pretti Arquitetos Associados
Conclusão da obra: 2019
Fornecedor do vidro: Cebrace
Processador: Viminas

Marco da região que se tornou o novo centro econômico de Vila Velha, o Canal Office Tower tem inspirações no design dos grandes empreendimentos imobiliários de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O prédio possui 280 salas comerciais, todas com vista panorâmica da cidade, e 14 lojas. Ao todo, mais de 6 mil m² de laminados refletivos 4 + 4 mm (nas cores verde e verde-escuro) foram aplicados à fachada.

 

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HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – UNIDADE MORUMBI
Local: São Paulo
Projeto: Zanettini Arquitetura e Kahn do Brasil
Conclusão da obra: 2020
Processador: GlassecViracon

A unidade Morumbi do renomado hospital da capital paulista passou recentemente por uma enorme reforma em suas instalações. O retrofit das fachadas, coordenado pela equipe da GlassecViracon, ocorreu em dois momentos. A mais recente, finalizada no final do ano passado, renovou três blocos do complexo hospitalar, além do átrio e cobertura do espaço. A fachada recebeu quase 10 mil m² de laminados de vidros de controle solar, nas cores neutra e cinza. Aberturas do tipo maxim-ar ao longo da estrutura garantem ventilação natural, ajudando ainda mais no controle do conforto térmico interno. O outro retrofit trocou os vidros das fachadas do prédio ao lado (laminados de controle solar 10 mm, nas cores prata e branca).

Este texto foi originalmente publicado na edição 579 (março de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vidro traz vantagens para piscinas com borda infinita

Sinônimo de sofisticação, piscinas com borda infinita ganham cada vez mais atenção por parte de arquitetos, engenheiros e designers de interiores. Se essa estrutura geralmente era encontrada em hotéis de alto padrão, spas e resorts de luxo, hoje em dia pode ser vista também em empreendimentos de menor porte e residências, muito por sua estética única que conquista as pessoas. Imagine, então, uma instalação dessas com vidro! Para entender o trabalho de especificação nesses casos, O Vidroplano explica o que precisa ser levado em conta na hora de fazer os cálculos, assim como a importância dos interlayers e da vedação bem feita.

Como funcionam
Essas piscinas aplicam uma ilusão de ótica: uma de suas bordas é mais baixa que as demais. Com isso, a água transborda por ali, dando a impressão de que a superfície não tem fim. Essa água transbordada cai em uma calha, vai para um reservatório, passa por filtragem e é bombeada de volta à piscina, num ciclo contínuo.

 

Apelo visual: piscinas com borda infinita também permitem estéticas diferenciadas, como o jogo com a luz de LEDs instalados na estrutura
Apelo visual: piscinas com borda infinita também permitem estéticas diferenciadas,
como o jogo com a luz de LEDs instalados na estrutura

 

Em depoimento ao site Tua Casa, a arquiteta Sandra Pompermayer explica que, mesmo podendo ficar de 10% a 20% mais caro do que o de uma piscina comum, um projeto como esse valoriza o imóvel, agregando valor a ele – tanto que muitos condomínios modernos são pensados com estrutura semelhante. Segundo Sandra, terrenos em declive são os mais indicados para a construção: “Assim, cria-se uma ligação visual entre a paisagem e a piscina. Outra vantagem é na hora da construção, já que não há a necessidade de retirar muita terra”. Um terreno plano até pode receber a estrutura, mas os gastos com mão de obra serão maiores.

 

Como funcionam as piscinas de borda infinita: uma de suas bordas é mais baixa que as demais, permitindo que a água transborde por ali
Como funcionam as piscinas de borda infinita: uma de suas bordas é mais baixa que
as demais, permitindo que a água transborde por ali

 

Como escolher o vidro
O cálculo para a especificação não é nada simples. Variantes diversas influenciam na espessura do vidro, incluindo:

– Dimensões da peça (largura e altura);

– Quantidade de apoios;

– Duração da carga exercida no vidro (no caso de visores de piscina, será permanente);

– Temperatura da carga (na maioria dos casos, são considerados 40 °C);

– Pressão hidrostática, representado pelo indicador “metros de coluna d’água” (mca).

Vale reforçar que todo esse cuidado se dá devido à enorme pressão causada pela água. “Não parece, mas ela é muito pesada. E essa pressão é maior conforme a profundidade aumenta”, explica Vaughn Schauss, gerente e consultor técnico para as Américas da Kuraray.

Por isso, como a resistência das chapas deverá ser a máxima possível, o indicado é usar vidros de segurança – no caso, multilaminados de temperados, com interlayers estruturais, pois, “além de permitir a redução da espessura final do conjunto, garantem alta resistência aos choques mecânicos e, em caso de quebra, impedem o rompimento do vão, dando tempo de esvaziar a piscina”, reforça Vagner Martins Júnior, especificador técnico da PKO do Brasil. Nesse sentido, é importante considerar sempre o uso de uma lâmina mina extra, para oferecer ainda mais segurança no caso de troca das peças.

 

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“Dada toda essa complexidade, recomendamos que especialistas que trabalham com sistemas construtivos sejam contatados para garantir a segurança do cálculo”, indica Douglas Alves, representante técnico para a América Latina da Eastman. Dessa forma, será possível minimizar possíveis erros e gastos extras com reposição de materiais em caso de especificação errada. Vale lembrar que a Cebrace possui uma ferramenta gratuita em seu site (www.cebrace.com.br/CalculoEspessura) para o cálculo da espessura de vidros a serem aplicados em visores de piscina e aquários, entre outras instalações.

 

Como funcionam as piscinas de borda infinita: uma de suas bordas é mais baixa que as demais, permitindo que a água transborde por ali

 

Interlayers e vedação
Como mencionado, os interlayers devem ser estruturais. “Eles contribuem com a resistência mecânica necessária para a aplicação”, esclarece Douglas Alves, da Eastman, fabricante do Saflex Structural DG41.

Vaughn Schauss, da Kuraray, fabricante do SentryGlas, reforça que esses materiais precisam de rigidez o bastante para resistirem à deflexão das placas e ainda oferecer o desempenho pós-quebra adequado – segurar os cacos dos vidros no lugar. “Os interlayers também nunca podem entrar em contato com a água por longos períodos, embora precisem resistir a esse contato por uma curta duração de tempo”, comenta.

Daí vem a importância da vedação. “O tipo de selante escolhido influencia na estabilidade do conjunto. Um produto mal-especificado ou mal-aplicado pode causar interação química com o interlayer, gerando delaminação”, afirma Vagner Martins Júnior, da PKO. O selante, portanto, tem função dupla numa obra assim: previne o contato das bordas dos vidros com a umidade, aumentando a durabilidade da estrutura, e evita o vazamento de água, o que gera problemas de ordens diversas no local ao redor da piscina.

Cuidados na hora de instalar
A fixação correta é outro ponto essencial do trabalho com piscinas envidraçadas. Dois tópicos ganham atenção:

– “Engastamento”: os apoios estruturais que impedem os movimentos das peças;

– Diagrama de forças: também chamado “diagrama de corpo livre”, mostra as diversas forças exercidas sobre um objeto.

Para que a solução seja efetiva do ponto de vista estrutural, recomenda-se a contratação de um profissional técnico, responsável por gerar um memorial de cálculo, que apontará a forma correta para esse “engastamento”. Não há receitas prontas a serem seguidas: para cada projeto, é preciso estudar qual será o tipo de fixação adequado.

Não se deve esquecer também da logística para o transporte e o descarregamento dos vidros: dada a sua especificação robusta, as peças podem chegar a centenas de quilos. Por isso mesmo, o manuseio deve ser feito com equipamentos próprios, incluindo ventosas, evitando qualquer possibilidade de acidentes nos canteiros de obra.

Este texto foi originalmente publicado na edição 578 (fevereiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vanceva World of Color Awards 2020 anuncia vencedores

Organizado a cada dois anos pela Eastman, o Vanceva World of Color Awards premia projetos arquitetônicos com vidros laminados que utilizam os interlayers coloridos da linha Vanceva. Obras de todo o mundo podem se inscrever em duas categorias (uso exterior e interior). Os dois vencedores são escolhidos por um júri de profissionais que inclui arquitetos, engenheiros e consultores. Saiba a seguir quem são os ganhadores da edição 2020 da competição.

 

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CATEGORIA EXTERIOR

Vencedor: Museum of Fine Arts
Local: Houston, Estados Unidos
Responsável pelo projeto: Steven Holl Architects
Processadora do vidro: ShenZhen ShenNanYi Glass

A expansão do Museu de Belas Artes de Houston, no Estado americano do Texas, foi uma obra grandiosa. Com custo de US$ 450 milhões, renovou completamente o espaço que, agora, tem uma fachada dupla, daquelas de duas peles de vidro separadas por uma área para ventilação, cujo objetivo é aumentar o conforto térmico interno. A parte exterior dessa fachada é formada por vidros curvos, quase como tubos, presos a uma estrutura de aço invisível por trás das chapas. Essas chapas são acidatas, ou seja, passaram por um tratamento com ácido para ficarem com aparência opaca, mas ainda assim permitem passagem da luz. Para realçar o efeito leitoso, foram usados interlayers na cor Arctic Snow (“neve do ártico”).

Até pode parecer estranho uma competição baseada em cores premiar um edifício branco, mas o jurado Benjamin Wright, diretor-artístico da Pilchuck Glass School, centro internacional para educação artística em vidro, explica: “Os arquitetos usaram as formas e a natureza do vidro para otimizar o efeito monocromático do prédio. E o desafio de permitir a entrada de luz natural de forma criativa não pode ser esquecido”.

 

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CATEGORIA INTERIOR

Vencedor: Kaleidoscope
Local: Tianshui, China
Responsável pelo projeto: Sako Architects
Processadora do vidro: Shanxi Jingfeng Glass

Interlayers de 10 cores diferentes transformam o prédio todo branco da escola de jardim de infância Kaleidoscope, localizada na cidade chinesa de Tianshui, em um arco-íris de luzes. O escritório japonês Sako Architects inspirou-se na estética alegre de brinquedos de criança para desenvolver o projeto. As aplicações dos laminados coloridos estão nas janelas, arcos acima das portas, corredores e corrimão de escadas. Graças à cobertura envidraçada no átrio central, luz natural entra no ambiente e atinge essas aplicações. O resultado são sombras coloridas em variadas formas espalhando-se pelo chão e paredes e deixando o espaço ainda mais vivo – e com a movimentação do Sol ao longo do dia, as sombras parecem “dançar” pela escola.

Menções honrosas da premiação
Já que apenas duas obras saem vencedoras do Vanceva World of Color Awards, o júri também indica alguns projetos como menções honrosas.

 

arquitetura5Eada Business School
A renovação de um prédio em Barcelona, Espanha, feita pelo CDB Arquitectura, transformou a cara da escola de negócios ali localizada: ao invés da antiga fachada neutra, painéis verticais de laminados em duas cores (um tom de bege e outro de azul) dão vida ao espaço.

 

 

arquitetura6Taipei Performing Arts Centre
Em Taiwan, esse centro de espetáculos consiste em três teatros ligados a um cubo central. Criada pelo escritório OMA, a obra faz referência a uma imaginária estação para naves espaciais em um planeta distante. Os vidros curvos aplicados externamente, fabricados pela espanhola Cricursa, têm o formato da letra “S” e contam com interlayers cinzas.

 

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Oszo 44
Simples, mas eficiente: em Küsnacht, Suíça, um telhado colorido encantou os jurados do prêmio. Instalada na entrada de uma estação de energia local, e desenvolvida pelo artista Ritchie Riediger, a estrutura ganhou 100 m² de vidros em diferentes tons. A beleza vem do jogo de cores e sombras refletidas nas paredes do prédio.

 

arquitetura8Galerie Artem
A topografia de montanhas foi a inspiração para os arquitetos do Nicolas Michelin & Associates criarem um boulevard de 300 m de extensão, na cidade de Nancy, França. Ligando três universidades da cidade, a obra recebeu interlayers de cinco cores diferentes.

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 576 (dezembro de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Domo 2020 apresenta tendências no Brasil e no mundo

A Cebrace realizou no dia 24 de novembro, em parceria com as empresas Schüco e Eastman, a 2ª edição do Domo, evento voltado para a discussão de inovações e tendências no design e na função das fachadas de projetos arquitetônicos.

A 1ª edição do Domo, em 2019, reuniu 240 convidados no Hotel Unique, em São Paulo, entre arquitetos, consultores e engenheiros. Já este ano, devido à pandemia do novo coronavírus, o formato do evento foi totalmente online. A curadoria ficou por conta da Architecture Hunter, uma das startups de mídia digital para arquitetura mais influentes do mundo.


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Fundamentos para o design
Iniciando as apresentações, Douglas Tolaine, diretor de Design do estúdio Perkins&Will em São Paulo, mostrou cases de fachadas elaboradas de modo a

valorizar o entorno e a conexão com a diversidade. Ressaltando o uso das formas orgânicas, sensações e vegetação como fatores de destaque, Tolaine exibiu projetos que priorizam a integração entre espaços por meio dos vidros e ainda abordou a importância de as fachadas serem pensadas em 360 graus — e não apenas por um de seus ângulos.

Um desses trabalhos é o edifício Vista Tower 1, cuja construção já teve início na capital paulista. Para explorar ao máximo a visibilidade da natureza ao seu redor, o prédio terá fachada de insulados feitos com peças extra clear – segundo ele, esses produtos vêm se tornando mais acessíveis e são muito interessantes para a integração da obra com os espaços externos.


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Arquitetura vernacular
Vinicius Andrade, sócio-fundador do escritório Andrade Morettin Arquitetos Associados, afirmou que a arquitetura é um conhecimento acumulado culturalmente e parte da necessidade de se pensar o meio em que vivemos antes mesmo de apresentar as soluções. Nesse sentido, ele falou sobre uma pesquisa realizada acerca de sistemas construtivos de diferentes regiões no mundo localizadas na chamada faixa da Zona Tropical Úmida, os quais compartilham uma identidade muito clara de arquitetura vernacular – aquela que usa materiais locais e tipologias regionais, adequadas ao ambiente, como as palafitas. Andrade explicou que se trata de estruturas leves, com materiais orgânicos e baixa carga térmica, as quais permitem melhor ventilação e sombreamento.

Um exemplo apresentado foi o Instituto Moreira Salles, no qual o escritório buscou levar esse conceito para o espaço urbano. Nessa obra, as diferentes áreas são fluidas e abertas, com ventilação e sem necessidade de ar-condicionado. Além disso, sua pele de vidro com desempenho termoacústico também integra o edifício aos arredores.

 

domo3A nova China
Patrik Schumacher, diretor do Zaha Hadid Architects (ZHA), na última apresentação do evento, mostrou os principais projetos de seu escritório desenvolvidos na China, país que, segundo ele, dá mais liberdade para certos tipos de arquitetura. O ZHA foi o responsável, por exemplo, pelo novo Aeroporto Internacional de Pequim Daxing (PKX), famoso pela sua grandiosidade e formato de Fênix, ou Estrela-do-Mar, além da grande valorização da transparência em sua fachada e cobertura – a estrutura foi projetada pela própria Zaha Hadid ainda em vida e concluída três anos após seu falecimento.

Para Schumacher, o país asiático vem valorizando inovações e permitindo que sua empresa desenvolva grandes projetos. Ele considera que essa ousadia é reflexo do impressionante aumento no poder econômico local e da sua crescente urbanização.

Este texto foi originalmente publicado na edição 576 (dezembro de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Exposição Janelas Casa Cor é realizada em 11 cidades pelo Brasil

A tradicional mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo Casa Cor lançou a Janelas Casa Cor, versão adaptada para a época de distanciamento social em que vivemos. Presente em 11 cidades brasileiras de outubro a dezembro, a exposição gratuita utilizou contêineres com vitrines de vidro. Dentro deles, profissionais desses setores imaginaram as tendências que serão encontradas em residências no pós-pandemia, como integração entre espaços e ambientes mistos. Usinas vidreiras forneceram nosso material para as edições montadas em São Paulo e Recife. Veja mais detalhes a seguir.

 

JANELAS CASA COR SP
Laminados incolores da AGC, instalados pela Casa Mansur, foram aplicados em 24 ambientes, espalhados pela região central e bairros da cidade de São Paulo, de forma a garantir a transparência necessária para os visitantes enxergarem os interiores. No site janelascasacor.com.br, é possível fazer tours 3D em cada espaço, assim como interagir com os mobiliários usados e conferir fornecedores.

Simplicidade, de Brunete Fraccaroli
A arquiteta, conhecida por utilizar bastante vidro em seus projetos, construiu um living integrado à cozinha. A principal marca era a assepsia – por isso mesmo, o branco domina os móveis e paredes, para deixar clara a facilidade de se limpar o ambiente. Outras cores estavam presentes nas plantas, como forma de lembrar a necessidade de contato com a natureza durante a quarentena.

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Banquete da Terra, de Denise Milan
Desenvolvido como se fosse uma caverna, o Banquete da Terra foi pensado para servir como um local íntimo para receber amigos e familiares – segundo a artista Denise Milan, uma reflexão sobre a sobrevivência e existência. Além da vitrine, a grande mesa também é envidraçada, e espelhos Mirox Premium Prata 6 mm, em diferentes tamanhos, enfeitam a parede.

 

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Banho de Luz – Espaço Deca, de Sig Bergamin
Uma área de banho que inclui local de massagem e vestiário, semelhante à de um clube com piscina. Para firmar essa ideia, Sig Bergamin usou painéis de vidros coloridos para dar vida a esse espaço de lazer: a luz do Sol reflete neles e nos espelhos que revestem a parede ao fundo, espalhando cores pelo piso e móveis. Há também uma banheira, construída com vidro extra clear 10 mm.

 

JANELAS CASA COR PE
Vidros da Vivix marcaram presença em 13 ambientes da edição pernambucana da mostra. Realizada no Recife, contou também com um ambiente montado no município de Caruaru. Também é possível fazer o tour 3D acessando janelascasacor.com.br.

 

janelas-casa-cor4Studio Vivix, de Nejaim Azevedo Arquitetos
As arquitetas Márcia Nejaim e Suzana Azevedo escolheram uma paleta de cores neutra, com tons de cinza e amadeirados, para essa instalação multifuncional que pode ser utilizada tanto para atividades de trabalho como para cozinhar e descansar. Localizado no Marco Zero do Recife, um dos mais belos cartões-postais da cidade, o Studio Vivix recebeu bastante vidro: de proteção solar (da linha Performa Bronze) no fechamento da vitrine; espelhos da linha Spelia; e revestimentos com pintados, da linha Decora, nas cores preta e nude.

 

janelas-casa-cor5Gazebo do Reencontro, de Dubeux Vasconcelos Arquitetura
Assinado pelos arquitetos Luiz Dubeux e João Vasconcelos e instalado no Shopping Recife, o espaço foi pensado para receber reuniões familiares e de amigos em uma cozinha acolhedora. O uso de espelhos nas duas extremidades ajuda a alongar o ambiente, fazendo-o parecer maior do que é realmente, além de permitir que as pessoas se enxerguem e se sintam parte do lugar.

 

 

janelas-casa-cor6Um bairro inteiro como exposição
A mostra Casas Conceito, realizada na Bahia Marina, em Salvador, ganhou uma versão totalmente online, a Casas Conceito Virtual Experience. Organizada pela empreendedora Andrea Velame e pelo Estúdio de Arquitetura Marcus Barbosa, é formada por 33 ambientes totalmente digitais, entre apartamentos e residências, formando um bairro fictício na capital baiana – porém, todos foram projetados para conter soluções possíveis de serem aplicadas no mundo real. Para visitar a versão digital, basta cadastrar-se gratuitamente no site www.mostracasasconceito.com.br – a exposição ficará no ar até 31 de dezembro.

As irmãs arquitetas Ana Paula e Ana Cláudia Nonato, do Dois A Arquitetura, criaram o espaço Música Congelada, uma homenagem à indústria musical brasileira e aos artistas que a construíram ao longo das décadas. Para a fachada com vista para o mar, foi escolhido o vidro de controle solar Vivix Performa, visando a garantir o conforto térmico interno. Espelhos também fazem parte do ambiente.

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 576 (dezembro de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conheça alguns vencedores do 7º Prêmio Saint-Gobain

No dia 23 de setembro, o Grupo Saint-Gobain anunciou os vencedores da 7ª edição do Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura – Habitat Sustentável. Neste ano, devido à pandemia, a cerimônia foi transmitida pela Internet pela primeira vez, sendo acompanhada pelo público geral ao vivo.

O CEO da Saint-Gobain Brasil e América Latina, Thierry Fournier, participou da cerimônia por meio de um depoimento gravado. “Ao longo desses sete anos, sentimos que contribuímos de forma significativa para a história da arquitetura no País, reconhecendo e prestigiando a dedicação e esforço de todos, estudantes e profissionais, que elevam os projetos brasileiros a patamares cada vez mais altos”, afirmou.

Vários dos trabalhos premiados trouxeram o vidro como componente. Conheça alguns dos destaques.

 

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SESC GUARULHOS
Escritório: Dal Pian Arquitetos
Cidade: Guarulhos (SP)
Prêmios recebidos: Destaque – Conforto Acústico; 2º lugar na modalidade Edificação Institucional – Categoria Profissional

O prédio da unidade do Serviço Social do Comércio (Sesc) em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, diferencia-se como uma obra arborizada, transparente e aberta aos espaços externos, incorporando a paisagem ao redor a seus ambientes internos. Nosso material contribui com a integração: todos os andares se organizam ao redor da chamada Praça de Convivência, uma espécie de grande átrio com cobertura composta por grelhas metálicas, vidros laminados, extratores de ar e brises horizontais de alumínio perfurado.

Além de levar luz natural aos corredores, passarelas e rampas dos pavimentos, as peças (aplicadas também na fachada, em guarda-corpos e outras partes da obra) também desempenham função acústica: segundo Edison Claro de Moraes, diretor da Atenua Som, a equipe responsável pelo projeto buscou um índice de redução de 35 Rw (ruído ponderado) para suas janelas, acima do considerado como classe A.

 

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AR-3000 – CABRAL CORPORATE & OFFICES
Escritório: Baggio Pereira & Schiavon S.S.
Cidade: Curitiba
Prêmio recebido: 2º lugar na modalidade Edificação Comercial – Categoria Profissional

O AR-300 dispõe de 25 pavimentos com salas de alto padrão, além de quatro subsolos. Uma das principais preocupações do projeto foi sua sustentabilidade: toda a fachada é de insulados de controle solar e brises, proporcionando uma redução de 26% no consumo de ar condicionado. Os painéis foram instalados por meio da técnica structural glazing, deixando a estrutura oculta na face interna. Por todos seus atributos arquitetônicos, AR3000 obteve o selo Leed Platinum, nível máximo da certificação para um edifício “verde” disponível na construção civil.

 

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ARQUITETURA DINAMIZADORA: UMA PROPOSTA DE UM CENTRO ECOTECNOLÓGICO
Estudante responsável: Rodolfo Araújo Cavalcanti de Lira
Orientadora: Mirela Davi de Melo
Instituição de ensino: Faculdade Santa Maria (Cajazeiras, PB)
Prêmio recebido: 1º lugar na Categoria Acadêmica

Desenvolvido a partir do conceito mais amplo de sustentabilidade, o projeto contempla os pilares econômico, social e ambiental. As imagens conceituais mostram ampla transparência nos fechamentos, os quais vão ao encontro do objetivo de tornar o centro não apenas um polo tecnológico de oportunidades, mas também um espaço público integrador para atividades culturais, educacionais e de lazer, além de incentivar a preservação das águas e margens do Açude Bodocongó, em Campina Grande (PB).

 

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CASA AVARÉ
Escritório: Sergio Sampaio Arquitetura + Planejamento
Cidade: Avaré (SP)
Prêmio recebido: 2º lugar na modalidade Edificação Residencial – Categoria Profissional

Ocupando a parte superior de uma faixa de terra inclinada às margens da represa Jurumirim, o projeto concilia privacidade e extroversão: ao mesmo tempo que apresenta aspecto discreto e reservado, aproveita a luz natural e ventilação cruzada por meio de grandes aberturas com esquadrias de correr de alumínio e laminados com película refletiva. Nosso material também está presente em parte da cobertura nos banheiros, aumentando a integração do ambiente com a natureza do lado de fora.

Este texto foi originalmente publicado na edição 574 (outubro de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vidro tem potencial na arquitetura pós-pandemia

O mundo aguarda ansiosamente o momento em que a vida poderá voltar ao normal. Mas a verdade é que nem tudo será como antes da pandemia do novo coronavírus. A arquitetura e o design, por exemplo, terão de se adaptar a uma nova realidade na qual a interação direta entre as pessoas diminuirá, residências se tornarão centros de trabalho e escritórios deixarão de lado o confinamento em favor de espaços abertos — e quem afirma isso tudo são os próprios profissionais dessas áreas. Nas próximas páginas, O Vidroplano busca entender as mudanças que já estão acontecendo e saber qual o papel de nosso material nesse cenário.

Casa multitarefa
Uma das principais tendências será a transformação das residências, sejam casas ou apartamentos, em espaços multiuso, voltados não só para o sistema de home office (no caso de profissões que permitam essa prática), mas também para exercícios físicos e com área verde. Segundo reportagem do site da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), escritórios de arquitetura nacionais já têm recebido pedidos para a alteração de projetos, de médio e alto padrão, previamente aprovados. Como as pessoas deverão passar mais tempo dentro em casa, a relação delas com a moradia se tornará mais próxima.

A preocupação com a contaminação de superfícies também estará na pauta. E aí o vidro se destaca em relação a outros materiais, pois:

– É mais durável e resistente a riscos;

– É limpo com facilidade, bastando usar água e sabão neutro.

“Ele [o vidro] não envelhece, não apodrece”, destaca Caio Bacci Marin, sócio-fundador do Bacci Marin Arquitetos Associados. “E nada disso que se discute hoje é modismo, tudo é macrotendência. O foco em qualidade ambiental e em saúde já existia, a pandemia apenas reforçou isso.” Uma prova é a atenção das mostras de decoração a esses assuntos. A Morar Mais por Menos, cuja edição carioca está prevista para os dias 1º de outubro a 15 de novembro, terá ambientes pensados para os novos tempos. O designer Thiago Herrera, por exemplo, será o responsável pela recepção: seu espaço, vazado, para garantir a circulação de ar, ganhará tinta especial e revestimento de vidros antibacterianos.

Divisórias da Hub Móveis: fabricante aluga essas estruturas para empresas que buscam se adequar ao distanciamento entre funcionários
Divisórias da Hub Móveis: fabricante aluga essas estruturas para empresas que buscam se adequar ao distanciamento entre funcionários

 

Aliás, a procura por esse tipo de vidro deve aumentar. Apesar de não ser eficaz contra vírus, como o Sars-CoV-2, causador da Covid-19, elimina até 99% das bactérias, deixando o local em que é instalado muito mais asséptico. A AGC, proprietária da patente do produto, está desenvolvendo uma nova geração do material — porém, ainda sem previsão de lançamento.

Escritório integrado
Mas o que fazer com o trabalho cuja presença dos funcionários é essencial? “Um grande desafio das empresas será vencer uma possível ausência de colaboradores, algo que pode ocorrer caso as companhias não divulguem formas de adaptação do ambiente em um momento tão delicado como o que estamos vivendo”, comenta a arquiteta Laís Zarantonelli, responsável pela gestão de Novos Projetos da Hub Móveis. “Sobre as mudanças físicas, acredito que seja algo muito particular à realidade de cada companhia.” Laís aponta algumas formas de como esses locais podem ser remodelados:

– Mais espaço para áreas colaborativas e de encontro entre as equipes que trabalham remotamente;

– Posições de trabalho rotativas e em menor quantidade;

– Avaliação da real necessidade de se ter as metragens existentes até então.

É preciso ficar atento ainda às recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), como reforça Pierina Piemonte de Bermejo, sócia do Leonetti Piemonte Arquitetura: “As empresas que não conseguirem garantir o distanciamento entre funcionários, por volta de 2 m, terão de providenciar barreiras”. Por esse motivo — e para não voltarmos à estética pouco saudável dos escritórios dos anos 1980 e 1990, com cubículos praticamente fechados —, o uso de divisórias transparentes deverá popularizar-se.

“O vidro é um material supernobre, um dos mais altos nesse conceito na construção civil”, afirma Caio Bacci Marin. “Além disso, já tem um lugar fundamental nas situações em que a gente precisa de visão, de permeabilidade da luz.” Fabio José Riccó, fundador e diretor da Hub Móveis, revelou durante o webinar Impactos da pandemia na arquitetura residencial e comercial, organizado pela Galeria da Arquitetura e Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea-SP), que vários clientes contrataram a instalação de divisórias recentemente. “A gente tem usado vidro, não acrílico, pois ele oferece esse caráter de ser algo permanente, sem ser provisório”, explica. Segundo Riccó, sua empresa tem alugado essas estruturas — o período varia de dois a três meses ou mais. “A gente tem um viés sustentável e, mesmo na pandemia, vamos mantê-lo. Se eu comprar um monte de placa de acrílico, onde vou dispor isso depois? Assim, optamos por um produto reciclável”, pondera. Mais um ponto positivo para o uso de nosso materialna atual situação.

Vidros com serigrafia tradicional e digital se tornam soluções eficientes para separar ambientes e ainda alterar a estética do escritório
Vidros com serigrafia tradicional e digital se tornam soluções eficientes para separar ambientes e ainda alterar a estética do escritório

 

Mais soluções envidraçadas

– Vidro privativo
O vidro privativo surge como opção ainda mais interessante para escritórios, pois oferece privacidade e interação ao mesmo tempo. Ele é um laminado com filme de cristal líquido: quando se aplica uma corrente elétrica à peça, os polímeros presentes no filme se organizam, permitindo a passagem de luz; ao ser desligada, ficam estáticos, voltando à cor branca translúcida. Salas de reunião ou mesmo divisórias simples, entre baias, poderão levar a solução.

– Revestimentos
Balcões, mesas ou paredes podem ser revestidos, o que irá facilitar a limpeza. Além disso, podem alterar a estética do ambiente, graças à aplicação de chapas coloridas ou com serigrafia (tradicional ou digital).

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– Lousas
Servem tanto para o regime de home office, ajudando a organizar projetos e reuniões no espaço destinado ao trabalho dentro de casa, como também nas aulas a distância. Vale lembrar que até mesmo paredes de vidro podem servir como quadros para anotações.

Este texto foi originalmente publicado na edição 571 (julho de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Brises podem ser aliados do vidro

Muito se discute sobre a interferência dos brises nas fachadas de vidro. Bastante utilizada pelos profissionais da chamada Arquitetura Moderna — aqui nos referimos a Le Corbusier, Oscar Niemeyer, dentre outros —, em uma época de vidros sem tanto valor agregado, essa estrutura tem sua utilidade questionada em tempos em que versões de controle solar do nosso material podem ser encontradas no mercado. O Vidroplano conversou com especialistas para conhecer um pouco mais sobre os quebra-sóis e como eles podem contribuir — ou não — para fachadas de vidro, dependendo de como o projeto é conduzido pelo arquiteto.

O que são brises?
Os brises são elementos arquitetônicos cuja função primordial é bloquear a incidência da insolação direta nas aberturas das obras. “Dessa forma, servem para diminuir o ganho de calor e o excesso de luz proveniente do Sol e do céu. Eles podem ser usados principalmente para uma dessas funções ou para as duas em conjunto”, explica o engenheiro civil Fernando Simon Westphal, professor, pesquisador e coordenador do Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O formato mais comum dessas estruturas é o de aletas, lâminas colocadas do lado de fora de janelas ou edificações. Eles podem ser de vários materiais diferentes, como aço, alumínio, madeira, PVC e até mesmo o vidro (veja uma obra com sua aplicação no final da reportagem).

“A manutenção dos brises deve ser sempre observada, uma vez que se trata de elementos externos na obra, sujeitos às intempéries”, aponta o engenheiro civil Raimundo Calixto de Melo Neto, diretor da RCM Engenharia de Estruturas. Por isso, a escolha do produto deve considerar não só sua estética e valor inicial, mas também sua durabilidade, custo de manutenção e resistência mecânica.

Papel frente à evolução do vidro
Hoje, com a existência tanto de vidros de controle solar como de esquadrias de alto desempenho, tornou-se mais fácil garantir o conforto térmico e luminoso dentro dos ambientes. Com isso, cabe perguntar: os brises não se tornaram desnecessários para as obras?

Westphal, que também é consultor técnico da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro), responde: “Isso não deveria ocorrer. A solução para uma boa fachada deveria considerar de forma conjunta a especificação do vidro e outros elementos de sombreamento, como os brises. Um elemento não pode excluir o outro”.

Calixto concorda: “Pelo que observo, o vidro de controle solar traz obviamente grandes benefícios no envelope de uma edificação, mas ele, de forma isolada, nem sempre atende de forma plena os requisitos exigidos pela edificação, principalmente em regiões com condições climáticas mais severas”. Para o diretor da RCM, uma boa composição de peças de controle solar com outros elementos arquitetônicos permite um ganho muito maior, especialmente no que diz respeito à entrada de luz no ambiente.

Sobre a combinação de elementos, Westphal ressalta que mesmo o uso de brises e vidros de controle solar não elimina a necessidade de cortinas ou persianas internas em algumas horas do dia e do ano.

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Terminal Marítimo de Fortaleza, projeto arquitetônico do escritório Architectus S/S, projeto estrutural da RCM Engenharia de Estruturas

 

Conciliando elementos sem desvalorizar o vidro
Embora os brises possam ser aliados das fachadas de vidro, o mercado ainda tende a enxergá-los como concorrentes. Muito disso tem a ver com a forma como cada elemento é incorporado no projeto. “Essa é uma questão que envolve um olhar mais arquitetônico: às vezes, pode parecer que o brise seja um excesso e o vidro fica escondido por ele, escondendo assim sua beleza”, argumenta Calixto.

Segundo Westphal, a melhor forma de conciliar ambos é pensar os brises ainda no momento da concepção da fachada de maneira que eles façam parte da solução arquitetônica, em vez de adicioná-los a ela posteriormente. “Alguns projetos trazem brises de vidro à sua composição, mantendo ainda a leveza na fachada. Essa é uma solução interessante, que pode garantir um bom nível de contato visual com o exterior”, acrescenta o professor.

Como se vê, cabe ao arquiteto e ao engenheiro avaliar cada projeto e considerar as estruturas e componentes arquitetônicos que trarão o melhor resultado para a edificação como um todo. “Vejo em congressos de que participo pelo mundo casos apresentados com grande foco na questão de sustentabilidade e arquitetura bioclimática. Então, é essencial fazer um estudo de eficiência energética num determinado projeto com e sem brise”, sugere Calixto.

Divulgação RCM Engenharia de Estruturas
Divulgação RCM Engenharia de Estruturas

 

Nas fachadas… e nos brises também!
Uma opção bastante interessante para quem considera necessário o uso de brises em seu projeto mas não quer perder o aspecto estético do vidro é o uso de aletas feitas de vidro. Obras com esse tipo de estrutura existem dentro e fora do Brasil. Um exemplo é a sede da empresa de cosméticos Natura, na cidade de São Paulo: suas fachadas têm brises de temperados laminados de 20 mm, com serigrafia quadriculada. As peças foram beneficiadas pela GlassecViracon e instaladas pela ArqGlass.

Vale destacar que, na edição 2017 do Glass Performance Days (GPD), principal fórum vidreiro do mundo, uma das palestras abordou o assunto. Marcin Brzezicki, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Wroclaw, da Polônia, abordou as tendências atuais no design de fachadas transparentes — incluindo a adoção de quebra-sóis de vidro.

Divulgação ArqGlass
Divulgação ArqGlass

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 571 (julho de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sofisticação é a cara do nosso material

Nas últimas edições de O Vidroplano, apresentamos o uso do vidro em edições da Casa Cor pelo Brasil. Agora é a vez de mostrar a exposição em outros dois locais: na Casa Cor Espírito Santo, peças fabricadas pela Cebrace e processadas pela capixaba Viminas brilharam em nada menos que treze ambientes. Nosso material também não passou despercebido na Casa Cor Mato Grosso. Confira!

 

CASA COR ESPÍRITO SANTO

casacor-es-fachadaImponente demais para um só lugar
Os ambientes Loft do Golfista, Loft da Bailarina e Studio da Remadora — projetados respectivamente por Sergio Paulo Rabello, Sérgio Palmeira e Letícia Finamore — dividiram a mesma fachada (foto) dentro da mostra. Além de seu tamanho, a estrutura, de temperados de controle solar Habitat Neutro Cinza, garantia o conforto térmico a quem passasse pelo lado de dentro.

 

casacor-es-tenistaVisibilidade plena
Transparência foi a palavra chave no Refúgio do Tenista, da arquiteta Cristiane Locatelli. O efeito foi cortesia do amplo uso de temperados incolores ao longo de sua fachada e nas várias divisórias em seu interior. Destaque também para os laminados 4+4 mm que compuseram o pergolado do ambiente (foto de abertura).

 

casacor-es-motociclistaEspaços flutuantes
Uma tela solta no ar? Essa deve ter sido a impressão de muitos visitantes ao passar pelo Loft do Motociclista, elaborado pelo arquiteto Christian Vieira. Na verdade, tratava-se de uma divisória (foto, à esq.) de temperado 10 mm com uma película no centro, onde vídeos eram projetados. O mesmo efeito foi aplicado de outra forma no armário ao lado da cama (foto, ao centro): o “truque” foi possível revestindo todo o seu entorno com espelhos prata.

 

CASA COR MATO GROSSO

casacor-mt-hometheaterSensação de amplitude
O espaço Home Theater, da arquiteta Ana Carolina Gori, tinha como astro o sistema de mesmo nome, mas a visão atrás do sofá impressionava tanto quanto. Uma parede inteira revestida com espelhos extra clear (foto) da Cebrace, fornecidos pela Guaporé Vidros, refletia o ambiente com clareza e nitidez, fazendo-o parecer ter o dobro do tamanho, além de oferecer ainda mais requinte a ele.

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Requinte com transparência e reflexos

A Casa Cor continua realizando suas mostras de arquitetura e design pelo Brasil. E, como sempre, nosso material destaca-se em vários ambientes. Isso pôde ser visto mais uma vez nos eventos recentemente concluídos na Bahia, em Brasília, no Ceará e na Paraíba. Confira!

 

CASA COR BRASÍLIA

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Protegida contra o calor
O Stúdio Denise Zuba teve a Cinex como sua grande parceira e patrocinadora na elaboração do Refúgio Veredas Cinex. A empresa levou uma série de soluções com vidro, começando com uma imponente porta pivotante de entrada feita com vidro Metallizzatto Prada (foto), que utiliza uma fina camada de pó que confere a ele um aspecto metálico. Painéis pivotantes de Metalizzatto Ardesia também foram usados para separar o quarto do banheiro, estendendo-se do piso ao teto.

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Transparente e confortável
A Casa de Vidro, projeto do Estúdio Orla, hospedou o café oficial da Casa Cor Brasília. Nosso material, é claro, foi o elemento dominante da obra (foto): os painéis, fornecidos pela Vitral Vidros, foram aplicados em todo seu fechamento e teto, integrando o ambiente harmoniosamente aos jardins externos e a elementos ao seu redor. Muitas plantas também se encontravam do lado de dentro, mas engana-se quem pensa que a sensação ali seria a de estar numa estufa: a montagem do espaço foi feita de forma a aproveitar a ventilação natural, contribuindo para um local confortável para os visitantes apreciarem suas bebidas.

 

CASA COR CEARÁ

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Reflexos por todos os lados
Não houve como fugir dos espelhos no ambiente Vestíbulo com Escada, assinado pelo arquiteto Roberto Pamplona Jr. Peças com formatos aleatórios, fornecidas pela Vidro Aço, encontravam-se em toda parte: no teto, no fundo das prateleiras e até revestindo a frente dos degraus, conferindo ao recinto um aspecto moderno e orgânico.

 

CASA COR PARAÍBA

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Lâmpadas durante o dia? Não precisa!
Uma grande e elegante caixa de vidro. Era essa a impressão que ficava ao olhar de longe o Loft 750, do arquiteto Leo Maia: grandes laminados 4+4 mm encaixilhados em esquadrias de PVC, fornecidos e instalados pela Armony Esquadrias, compunham toda sua fachada (foto), incluindo grandes portas de correr. Com isso, o ambiente recebia luz natural por todos os ângulos. Além disso, ele integrava-se totalmente ao espelho d’água com jardim aquático presente do lado de fora.

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Porta e divisória em uma só peça
Quem visitou o Estúdio do Rapaz, da arquiteta Sarah Cavalcanti, não teve como não reparar na grande porta de correr separando o quarto do banheiro (foto): com 1,65 m de largura e mais de 2 m de altura, ela acabou funcionando também como divisória — cortesia do vidro impresso fornecido e instalado pela Officina Móveis.

 

CASA COR BAHIA

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Para noiva nenhuma botar defeito!
As irmãs Ana Claudia e Ana Paula Nonato, do escritório Dois A Arquitetura e Interiores, projetaram a Suíte da Noiva como uma homenagem à cantora Claudia Leitte. Uma lateral inteira do espaço era completamente envidraçada com painéis de controle solar Vivix Performa, fornecidos diretamente pela Vivix, proporcionando uma vista panorâmica dos arredores (foto). Outro destaque com nosso material: uma grande tela de vidro no meio do ambiente, fornecida pela Automatizus, permitia que a imagem projetada fosse vista em ambas as faces do vidro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 551 (novembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.