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Adeus, Ano do Vidro!

O Ano Internacional do Vidro contou com centenas de atividades ao redor do planeta ao longo de 2022, envolvendo mais de 100 mil pessoas de todos os continentes para uma celebração de nosso material nunca antes vista. Em dezembro, dois eventos concluíram oficialmente o ano temático.

O primeiro aconteceu na Universidade de Tóquio, Japão, nos dias 8 e 9. Um congresso reuniu profissionais de várias partes do mundo para olhar para o futuro do material. Apresentações sobre tecnologias diversas (incluindo o uso do vidro na medicina, nas artes e como elemento sustentável) foram a tônica do encontro.

Já no dia 14, a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Estados Unidos, recebeu a cerimônia de encerramento. Dividida em sessões temáticas, a solenidade também discutiu questões fundamentais para o setor, incluindo o impacto das mudanças climáticas na sociedade e como o vidro pode solucioná-lo. A pesquisadora espanhola Alicia Durán (foto), uma das idealizadoras da data, esteve entre os participantes.

A comemoração termina, mas esperamos ter anos com muito vidro à nossa frente!

 

A presente seção, “Ano Internacional do Vidro”, celebrando a trajetória de nosso material e sua importância para a história humana, é uma contribuição de O Vidroplano ao Ano Internacional do Vidro, instituído pela ONU para 2022.

Este texto foi originalmente publicado na edição 600 (dezembro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Reprodução

Futuro em três dimensões

A impressão 3D é uma tecnologia que mais parece vinda de um futuro longínquo. Ela permite reproduzir objetos em três dimensões: o item a ser fabricado é desenhado em um software e convertido para um formato compatível com um tipo específico de impressora, que vai usar matérias-primas diversas (plástico, metal, concreto e até mesmo tecido vivo, entre outras) para transformar aquele desenho em realidade. É possível imprimir diversas coisas: de peças de máquinas a objetos de decoração, passando ainda por joias, órgãos e alimentos.

Esse conceito está em constante desenvolvimento nos últimos anos – e nosso material também entrou na brincadeira. Na mostra Glass Technology Live, durante a feira alemã Glasstec, em setembro, duas soluções envolvendo vidro puderam ser vistas. Uma delas foi no sistema modular de perfis Jansen Viss³, desenvolvido pela empresa Jansen, com participação da Universidade de Tecnologia de Delft, dos Países Baixos: a parte interna dos perfis, dedicada à vedação e drenagem do sistema, é feita a partir de impressão 3D.

Mas é possível também usar o vidro como matéria-prima? A AMglass +, da Alemanha, diz que sim. A ideia da empresa é usar fibra de vidro derretida para imprimir pontos de suporte para ferragens, a serem laminados em aplicações estruturais.

Outra empresa alemã, a Glassomer, também investe na pesquisa para imprimir objetos envidraçados diversos, como potes e utensílios, usando pó de vidro e polímeros. O objetivo do processo é garantir novos designs e formatos para itens envidraçados, indo além do que tecnologias como fusão, lapidação e jateamento permitem atualmente.

 

A presente seção, “Ano Internacional do Vidro”, celebrando a trajetória de nosso material e sua importância para a história humana, é uma contribuição de O Vidroplano ao Ano Internacional do Vidro, instituído pela ONU para 2022.

Este texto foi originalmente publicado na edição 599 (novembro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: stockphoto-graf/stock.adobe.com

Mais tecnologias do presente (e do futuro)

Como visto nesta edição, as soluções com vidro que prometem mudar o mundo em breve estão entre nós e puderam ser conferidas em primeira mão na mostra Glass Technology Live, dentro da feira Glasstec. Mas vale se aprofundar em duas tecnologias existentes atualmente que estarão presentes de forma maciça na vida de cada um de nós daqui a pouco tempo:

  • 5G
    O novo padrão de redes móveis e banda larga vai acelerar a forma de nos comunicarmos: a velocidade da transferência de dados no 5G é muito maior do que no 4G, além de permitir a conexão de equipamentos em casa ou no escritório. Esse é um passo decisivo na direção de residências e cidades integradas, aquelas que hoje só vemos em filmes. Para isso, serão necessárias mais redes de cabos de fibra de vidro de alta velocidade. Esses materiais podem transmitir mais de 10 terabytes por segundo, a uma distância de 10 mil km: isso significa enviar o conteúdo completo da Biblioteca do Congresso dos EUA, de São Francisco para Tóquio, em 25 segundos.

 

  • Sensores 3D em celulares
    Smartphones não param de se tornar mais inteligentes. Com a adoção de sensores 3D para reconhecimento facial (e várias outras funções), nosso material se torna ainda mais importante para os celulares. Mas não pode ser usado qualquer vidro: ele precisa ter maior grau de pureza em relação às matérias-primas e contar com um coeficiente baixo de expansão térmica (sendo menos suscetível a mudanças em sua estrutura por conta da temperatura do aparelho e do ambiente).

 

A presente seção, “Ano Internacional do Vidro”, celebrando a trajetória de nosso material e sua importância para a história humana, é uma contribuição de O Vidroplano ao Ano Internacional do Vidro, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2022.

Este texto foi originalmente publicado na edição 598 (outubro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Have a nice day/stock.adobe.com

Como se recicla vidro?

Já que desde a edição de agosto a reciclagem é tema constante em O Vidroplano, está na hora de mostrar, passo a passo, essa tarefa que faz do vidro um exemplo sustentável na construção civil. Nosso material é 100% reciclável – e pode ser transformado em mais vidro infinitamente, sem perder suas propriedades.

Ao todo, são três etapas pelas quais ele passa para isso ser possível:

  • Separação
    A triagem pode ser um processo manual, semiautomático ou automatizado com o objetivo de separar o vidro de outros materiais e impurezas. É nesse momento que se garantem a integridade do produto e sua correta destinação. Ele pode ser dividido por tipo (oco ou plano), cores (verde, azul, incolor) ou texturas (ondulado, liso, texturizado).
  • Lavagem
    As peças são lavadas para que se retirem sujeiras e demais impurezas ainda presentes em sua superfície.
  • Trituração
    Por fim, chegamos ao momento de triturar as peças, fazendo-as serem reduzidas a pequenos pedaços – o que ajudará o processo posterior de derretimento do vidro.

Após o processo, o destino do material são as usinas vidreiras (tanto de float como de vidro oco), que o utilizam em seu processo fabril. Apesar de parecer simples, toda essa atividade exige muito controle, principalmente na área de logística. Mas o resultado compensa, pois faz do vidro um grande amigo do meio ambiente.

 

A presente seção, “Ano Internacional do Vidro”, celebrando a trajetória de nosso material e sua importância para a história humana, é uma contribuição de O Vidroplano ao Ano Internacional do Vidro, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2022.

Este texto foi originalmente publicado na edição 597 (setembro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 

Crédito da foto de abertura: MoiraM/stock.adobe.com

Era do Vidro

A história humana se divide em várias épocas e, em algumas delas, materiais específicos moldaram nossa civilização: Era da Pedra, Era do Bronze e Era do Ferro são alguns dos termos usados por historiadores para definir esses períodos. Dada a onipresença do vidro na vida moderna, seria exagero chamar a atual era de Era do Vidro? Não, segundo especialistas no estudo da tecnologia de materiais.

Para celebrar o Ano Internacional do Vidro, a PhD argentina em ciências físicas Alicia Durán e o professor inglês da Universidade de Sheffield John M. Parker editaram o livro Welcome To The Glass Age (Bem-vindos à Era do Vidro). Em 13 capítulos, a obra reúne textos de diversos autores, abordando aspectos variados da aplicação de nosso material hoje em dia, incluindo seu uso na medicina (como na versão bioativa usada em reconstruções ósseas); nas comunicações (cabos de fibra de vidro nos quais trafegam dados da Internet); na energia elétrica (painéis fotovoltaicos) etc. Além disso, mostra em detalhes o que faz dele um elemento sustentável ideal para o mundo contemporâneo.

A arquiteta mexicana Sol Camacho, palestrante do Simpovidro 2019, participa da publicação, escrevendo sobre a presença do vidro na arquitetura. E tem até brasileira no livro! A engenheira Ana Cândida Martins Rodrigues, coordenadora do Centro de Pesquisa, Educação e Inovação em Vidros (Certev), comenta a importância de se ensinar, e estudar, as propriedades do material.

 

A presente seção, “Ano Internacional do Vidro”, celebrando a trajetória de nosso material e sua importância para a história humana, é uma contribuição de O Vidroplano ao Ano Internacional do Vidro, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2022.

Este texto foi originalmente publicado na edição 596 (agosto de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 

Crédito da foto de abertura: Reprodução

Lugar de vidro é no museu

Até dia 24 deste mês, o Museu Municipal de Arte (MuMa), em Curitiba, receberá o Salão Arte em Vidro Brasil 2022. A mostra faz parte dos eventos oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU) em comemoração ao Ano Internacional do Vidro em nosso país. Passear pelo espaço revela a versatilidade de nosso produto como matéria-prima para a criatividade: são 100 obras de 80 artistas vidreiros, produzidas a partir das mais diversas técnicas, incluindo vitrofusão, vidro soprado, mosaico e vitral.

Na cerimônia de abertura, no dia 21 de junho, premiaram-se os vencedores de um concurso envolvendo os objetos expostos – os trabalhos foram avaliados por uma comissão de especialistas do Brasil, México e Argentina. Na primeira semana de exposição, a programação contou com palestras gratuitas voltadas a artistas, estudantes, profissionais de arquitetura, decoração e design. O evento foi idealizado pela artista Desirée Sessegolo, com curadoria de Edilene Guzzoni.

A presente seção, “Ano Internacional do Vidro”, celebrando a trajetória de nosso material e sua importância para a história humana, é uma contribuição de O Vidroplano ao Ano Internacional do Vidro, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2022.

Este texto foi originalmente publicado na edição 595 (julho de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 

Crédito da imagem de abertura: Cido Marques/Prefeitura Municipal de Curitiba

O nascimento do float

Como se vê na seção “Aqui tem vidro” deste mês, nosso material ajudou a mudar o mundo para melhor ao longo da história humana. Mas um fato razoavelmente recente foi essencial para tornar nosso material um produto ainda mais consumido: o surgimento do processo de fabricação do float.

Além de ser o Ano Internacional do Vidro, 2022 marca os 70 anos do início das pesquisas para a criação desse modelo de produção. Em 1952, o engenheiro e empresário britânico Sir Alastair Pilkington começou a estudar, experimentar e aperfeiçoar uma forma de fabricar vidro baseada na flutuação: a massa de nosso material flutuaria em cima de líquidos, deixando-o com aspecto plano. Veja, passo a passo, o que resultaria, sete anos depois, no processo padrão para a fabricação de vidros no mundo.

– Existe um mito de que Sir Alastair tivera a inspiração quando lavava louça e viu óleo flutuando na superfície da pia cheia d’água. Apesar de curiosa, a história foi negada por ele mesmo. A ideia surgiu de forma bem mais simples, enquanto trabalhava;

– O primeiro experimento, de dezembro de 1952, gerou uma peça plana de vidro, apesar de imperfeita;

– Em 1955, o processo deixava de ser meramente experimental após a construção de maquinários próprios para a tarefa;

– Em julho de 1958, após cerca de 28 milhões de libras de investimento (o equivalente a 150 milhões de libras atualmente), ficava pronta a primeira peça feita inteiramente pelo processo de flutuação;

– O anúncio da técnica para o setor vidreiro mundial foi feito em 20 de janeiro de 1959. Sir Alastair não quis fazer um monopólio da tecnologia, licenciando-a para qualquer empresa interessada. A partir dessa data, a produção de nosso material nunca mais seria a mesma.

– Atualmente, existem quase 500 plantas de float espalhadas pelo mundo.

A presente seção, “Ano Internacional do Vidro”, celebrando a trajetória de nosso material e sua importância para a história humana, é uma contribuição de O Vidroplano ao Ano Internacional do Vidro, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2022.

Este texto foi originalmente publicado na edição 594 (junho de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 

Crédito da imagem de abertura: thodonal/stock.adobe.com

O futuro da comunicação é de vidro

O 5G, novo padrão para redes móveis e banda larga, está chegando para ficar em todo o mundo. Por usar uma frequência mais alta que o atual 4G, ele permite maior velocidade na transmissão de dados. Será possível baixar arquivos pesados em poucos minutos e assistir a conteúdos em alta definição ao vivo sem qualquer tipo de atraso. E nosso material terá um papel importante para permitir essa evolução da comunicação global.

Apesar da capacidade, sinais em alta frequência têm certas limitações:

– Menos alcance que a baixa frequência, sendo necessária a presença de mais antenas para a cobertura de uma região;

– Dificuldade para penetrar alguns materiais usados na construção, como concreto, fazendo com que a qualidade do sinal caia.

A boa notícia é que o vidro não interfere nesse sentido: o 5G consegue atravessar estruturas envidraçadas com mínima interferência. Isso significa que a aposta em nosso material na arquitetura, principalmente de grandes cidades, deverá se tornar algo ainda mais forte.

– Uma solução está na possibilidade de instalar antenas de vidro com materiais condutores transparentes. Elas podem ser colocadas em janelas de fachadas envidraçadas (ou mesmo e outros materiais), sem interferir na arquitetura;

– Dessa forma, a reflexão e a atenuação das frequências serão evitadas.

* Texto baseado na apresentação de Naoki Sugimoto, gerente dos laboratórios de Integração de Materiais e Tecnologia da AGC, durante a cerimônia oficial de abertura do Ano Internacional do Vidro, na ONU

A presente seção, “Ano Internacional do Vidro”, celebrando a trajetória de nosso material e sua importância para a história humana, é uma contribuição de O Vidroplano ao Ano Internacional do Vidro, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2022.

Crédito da imagem de abertura: SasinParaksa/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 593 (maio de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Pronto para salvar vidas

Como visto na reportagem da seção “Aqui tem vidro”, o vidro está presente na medicina de maneira bastante diversa, sendo um material fundamental de apoio a tratamentos, ajudando efetivamente o corpo humano a se curar. Conheça dois usos que prometem revolucionar o campo da saúde – e que já são realidade.

Vidro como enxerto ósseo
Cientistas criaram o chamado “vidro bioativo”, material que se liga a tecidos vivos. Ao ser aplicado como enxerto ósseo, ele libera cálcio à medida que se degrada. Esse cálcio reage com os fluidos corporais, resultando em outro elemento, a hidroxiapatita — fosfato de cálcio utilizado em restaurações ósseas, uma vez que apresenta características semelhantes à fase mineral desses tecidos. Dessa forma, o produto acaba sendo reconhecido pelo corpo, que não o rejeita.

Vidro como tecido para cicatrizar feridas
Desenvolvido pela empresa norte-americana ETS Wound Care, o Mirragen Advanced Wound Matrix é a intervenção de última geração para o tratamento de feridas de grande porte. Funciona como um curativo adesivo feito de fibra de vidro bioativa — mesmo sendo sintético, é absorvível pelo corpo. O material tem uma estrutura semelhante à dos fios de fibrina, proteína que ajuda a criar coágulos para impedir que o sangue saia por um machucado. Por isso, quando colocado em cima de uma ferida, o Mirragen acelera o processo de cicatrização, diminuindo o período de internação de pacientes.

* Texto baseado na apresentação de Steve Jung, da empresa estadunidense Mo-Sci Corporation, durante a cerimônia oficial de abertura do Ano Internacional do Vidro, na ONU.

A presente seção, “Ano Internacional do Vidro”, celebrando a trajetória de nosso material e sua importância para a história humana, é uma contribuição de O Vidroplano ao Ano Internacional do Vidro, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2022.

Crédito da imagem de abertura: ipopba/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 592 (abril de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Uma relação de milênios

Desde a descoberta do vidro há cerca de 4 mil anos, a humanidade construiu uma relação bem próxima a esse material – até mesmo mística. Confira alguns momentos especiais nesse sentido.

– Na Mesopotâmia, por volta de 1400 a 1200 a.C, as “receitas” de vidro eram escritas em pedras. Quando um forno para essa tarefa (uma estrutura bem rudimentar, na verdade) ficava pronto, faziam-se rituais para celebrar a conquista, incluindo sacrifícios de animais. Atualmente, o acendimento de fornos em planta pelo mundo mantém uma simbologia de festividade – muito mais ordeira e sem sangue. Fabricar vidro continua sendo mágico;

– No Egito antigo, o vidro era encarado não apenas como uma inovação tecnológica, mas também, conforme indicam inúmeras descobertas arqueológicas, um testemunho da capacidade de criação dos faraós e uma prova de sua natureza divina. A tumba de Amenhotep II, encontrada no Cairo, por exemplo, continha mais de 70 vasos feitos do material;

– Na China, a escolha de cores para itens de vidro não era arbitrária: seguia regras específicas e representava significados profundos, sendo baseada na teoria dos cinco elementos (fogo, água, madeira, metal e terra);

– Já na Idade Média até o Iluminismo, o processo de fabricação de vidro se tornou interesse de alquimistas europeus (espécie de cientistas ancestrais, antes do surgimento da química moderna). Eles misturavam metais a peças envidraçadas, como taças, copos e outros utensílios, a fim de colori-las.

* Texto baseado na apresentação de Dedo von Kerssenbrock-Krosigk, diretor do Museu do Vidro, parte do Museum Kunstpalast, na Alemanha, durante a cerimônia oficial de abertura para o Ano Internacional do Vidro, na ONU

A presente seção, “Ano Internacional do Vidro”, celebrando a trajetória de nosso material e sua importância para a história humana, é uma contribuição de O Vidroplano ao Ano Internacional do Vidro, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2022.

Crédito da imagem de abertura: monkographic/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 591 (março de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Pontapé inicial

O Ano Internacional do Vidro começou! Nos dias 10 e 11 deste mês, no Palácio das Nações, em Genebra (Suíça), realizou-se a cerimônia, organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que deu o pontapé oficial para a celebração de nosso produto ao longo de 2022. Convidados do setor vidreiro de diferentes partes do mundo participaram de conferências e mesas de debate a respeito dos variados aspectos do vidro. A programação incluiu também eventos sociais voltados para o networking – e a questão sanitária foi levada em conta, já que, para entrar no país, é necessário estar vacinado contra a Covid-19.

Ao todo, foram 30 palestras de especialistas e vários temas foram abordados: a história do material, sua aplicação em construções sustentáveis modernas, seu papel na comunicação 5G e nas fibras ópticas, e seu uso na medicina, entre outros assuntos de relevância global. O Brasil também participou com uma apresentação: a professora da Universidade de São Paulo (USP) Andrea de Camargo falou sobre a pesquisa científica envolvendo vidro em nosso país.

Nos próximos meses, O Vidroplano vai reproduzir alguns dos destaques desse conteúdo. Fique ligado!

 

ano-internacional-vidro2A presente seção, “Ano Internacional do Vidro”, celebrando a trajetória de nosso material e sua importância para a história humana, é uma contribuição de O Vidroplano ao Ano Internacional do Vidro, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2022.

Crédito da imagem: Enrique del Barrio/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Quem inventou o vidro?

É difícil apontar um pai ou uma mãe para o vidro. É melhor perguntar “quem descobriu o material”, pois, muito provavelmente, a humanidade chegou a ele sem querer.

O mais provável: a descoberta do vidro deve ter acontecido há cerca de 4 mil anos, na Mesopotâmia (região que hoje compreende parte do Iraque e Síria).

Existe uma lenda sobre isso. De acordo com o historiador romano Plínio, o Velho, tudo está ligado a marinheiros fenícios: eles teriam chegado a uma praia e acendido uma fogueira para cozinhar usando blocos de sódio e uma panela. Para surpresa de todos, a areia embaixo do fogão improvisado derreteu, formando um líquido espesso que mais tarde endureceu. Ali estava nosso querido material transparente.

Não existe comprovação de que o fato tenha ocorrido como relatado, mas a história é boa demais para ser deixada de lado, não é mesmo?

 

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A presente seção, “Ano Internacional do Vidro”, celebrando a trajetória de nosso material e sua importância para a história humana, é uma contribuição de O Vidroplano ao Ano Internacional do Vidro, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2022.

Crédito da imagem: SvetlanaSF/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 589 (janeiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.