Não faltaram oportunidades de qualificação ao longo do mês passado para o profissional vidreiro nos Estados do Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Os cursos abordaram temas como competências comportamentais, aumento de vendas e instalação de espelhos e peles de vidro.
Sincomavi, em São Paulo Conhecendo o conceito de competências comportamentais
O Sincomavi reuniu 51 pessoas no seu auditório, no dia 12 de julho, para a palestra Competências comportamentais: desenvolvendo respostas espontâneo-criativas, ministrada pelo psicólogo e consultor empresarial Yudi Yozo. Com atividades práticas, explicou-se o conceito de competências comportamentais, além de indicar o que é preciso para se desenvolver gerando autoconfiança e motivação.
Sindividros-ES, em Cachoeiro de Itapemirim (ES) Escolha sua capacitação!
Cerca de oitenta vidraceiros estiveram na Oficina do Vidro em Cachoeiro de Itapemirim, nos dias 14 e 15. Todos puderam escolher de qual curso participar: Treinamento de Vendas, Envidraçamento de Sacada ou Curso de Fachada Pele de Vidro. O evento contou com o patrocínio de AGC, Alclean, Cebrace, Guardian, Perfil Alumínios do Brasil, Saint-Gobain Glass, Tec-Vidro, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix.
Ascevi, em Chapecó (SC) Evento conhecido, cidade nova
O Oeste Catarinense recebeu, no dia 15, o Qualifique e Sirva-se. A anfitriã foi a cidade de Chapecó. José Renato da Silva, consultor do Sebrae-SC, falou a 140 participantes sobre o tema Aumente suas vendas com criatividade. O treinamento foi patrocinado pela AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, Real Vidros, UBV e Vivix, com apoio da Diamanfer, ECG Sistemas, Mauriglass, Solução Sacadas, SVA Vidros e Vipel, além da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e do Sebrae.
Sindividros-RS, em Porto Alegre Segurança no trabalho com espelhos
Também no dia 15, o Sindividros-RS organizou na capital gaúcha o curso Instalação de Espelho, parte do projeto Qualividros — Qualificar para Transformar. A aula teve patrocínio das usinas vidreiras AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, UBV e Vivix. O conteúdo incluiu a apresentação de equipamentos de segurança e a lista dos cuidados necessários para o transporte e a instalação seguros de espelhos.
Adevibase, em Aracaju O passo a passo das peles de vidro
A edição mais recente do curso Instalação de Pele de Vidro foi realizada na capital sergipana, nos dias 21 e 22 de julho, com o patrocínio da AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, UBV e Vivix e o apoio da Perfil Alumínio. O instrutor técnico Jonas Vieira ministrou, ao mesmo tempo, aulas teóricas e práticas, o que aumentou ainda mais o interesse dos alunos. O conteúdo incluiu tipologias e configurações para o sistema, esquemas de montagem, instalação da estrutura, colagem e aplicação do vidro.
Que vidro usar em um guarda-corpos?
Estou instalando guarda-corpos no 24º andar de um prédio. Existe alguma norma que exija que, por questões de segurança, o vidro usado na estrutura seja laminado? O fornecedor insiste que não há a necessidade de ele ser laminado. Renata Calfat S&A Arq São Paulo
De acordo com a norma técnica NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações, o vidro para guarda-corpos só pode ser utilizado laminado ou aramado. O vidro temperado não pode ser aplicado nesse caso, pois, se quebrar, ele estilhaça e o vão fica totalmente aberto. O laminado, apesar de quebrado, permite que os fragmentos fiquem aderidos a uma camada intermediária entre os vidros, preservando o fechamento do vão e impedindo a queda de corpos e objetos. Informação importante: a NBR 14718 — Guarda-corpos para edificação, que estabelece os requisitos para guarda-corpos, faz referência à NBR 7199 para guarda-corpos com vidros. Clélia Bassetto Analista de Normalização da Abravidro (11) 3873-9908
De acordo com a Prefeitura paulistana, todos os dias, cerca de 3 milhões de pessoas passam ao lado da Cidade Universitária da Universidade de São Paulo (USP), na Marginal do Pinheiros, mas boa parte delas nunca viu a instituição por dentro. Afinal, o grande muro de concreto que cerca a Raia Olímpica da USP isola o campus dos seus arredores. Porém, essa barreira está prestes a ser derrubada: o prefeito da cidade, João Doria, anunciou a substituição da atual estrutura por um muro de painéis de vidro.
Participação do setor vidreiro Para essa obra, a Guardian doará cerca de 15 mil m² de vidros float (10 mm), nas cores incolor e verde, com índice de reflexão de apenas 8%, e a Tempermax irá temperar o material gratuitamente. O projeto e laudo dos painéis têm a assinatura da Ci&Lab, consultoria em vidros. Todos os custos serão bancados pelas empresas participantes do projeto.
“É uma honra para a Guardian participar dessa iniciativa que presenteia a cidade de São Paulo com uma obra que será a vitrine da USP”, afirma Renato Sivieri, diretor de Marketing da empresa. O uso do vidro em um projeto tão grande (2,2 km de extensão) reforça a sua posição como um dos materiais que melhor representam a modernidade da construção civil.
Dos estudos à inauguração
Uma das preocupações do projeto, assinado pela designer de interiores Jóia Bergamo, foi garantir que o vidro proporcionasse o mesmo desempenho que o concreto para barrar a poluição sonora — algo que foi comprovado após estudos realizados pela universidade.
A previsão é que a obra tenha início em setembro e seja inaugurada no ano que vem, dia 25 de janeiro, aniversário da cidade.
Em julho, o Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37) e a Abravidro introduziram uma nova forma de participação nas reuniões da comissão de estudos que trabalha para a criação da norma dos vidraceiros. Profissionais de todo o Brasil agora podem fazer parte do debate, em tempo real, via Internet. A ferramenta que possibilita a participação remota foi disponibilizada pela ABNT, em atendimento a uma demanda antiga de vários setores da sociedade. Outras comissões também irão permitir a cooperação de empresas de várias regiões do País, como a que cuida da revisão da NBR 14697 — Vidro laminado e a do projeto do texto de vidro termoendurecido.
Ampliando a discussão
Desde 2016, quando a Abravidro iniciou o trabalho para a elaboração da norma de qualificação dos vidraceiros, temos visto crescimento no número de participantes. Com a novidade do acesso pela Internet, tivemos na reunião do mês passado trinta participantes de forma remota, além dos presentes na sede da Abravidro. “A busca para ampliar a participação de pessoas e empresas na elaboração das normas sempre foi uma bandeira da Abravidro e do CB-37”, comenta Clélia Bassetto, analista de Normalização da entidade. Para ela, com mais profissionais participando dos processos, a conscientização sobre a aplicação das normas técnicas também aumenta, trazendo mais segurança. É importante destacar a contribuição do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que tem a tarefa de elaborar um perfil profissional.
Para a coordenadora-técnica da Abravidro, Vera Andrade, o novo formato fluiu da melhor maneira possível. “Todos os participantes online tiveram a oportunidade de falar e apresentar suas posições em relação aos temas abordados.”
A tecnologia foi usada por profissionais da Bahia, Brasília, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e interior de São Paulo, entre outras regiões, alguns deles pela primeira vez participando da elaboração de uma norma. Também vale destacar a importância do grupo da Comissão de Estudos que tem participado presencialmente desde o início, contribuindo para a evolução do projeto, para o engajamento dos profissionais do setor e na divulgação do trabalho.
Alinhando o conteúdo
Neste ano, já foram realizadas seis reuniões com a participação de vidraceiros, processadores e instrutores de cursos — mesmo número de encontros do ano passado. A norma vai definir os parâmetros e requisitos para qualificar a profissão de vidraceiro. Isso permitirá que ele exerça seu trabalho com qualidade, dignidade, segurança e credibilidade por parte dos clientes. No momento, está sendo feita a estruturação do texto para se definir o tipo de conteúdo que fará parte de sua versão final.
Os padrões de desempenho também são discutidos, incluindo, por exemplo, a capacidade de identificar a necessidade de manutenção em instalações e de realizá-las.
Como participar das reuniões de normas pela Internet Não está em São Paulo durante os encontros da comissão de estudos? Não tem problema: agora, profissionais de qualquer lugar do Brasil podem participar em tempo real pela Internet.
Para isso, siga os passos abaixo:
– Envie um e-mail para cb37@abnt.org.br dizendo que tem interesse em fazer parte das reuniões;
– Você receberá um convite com um link para acesso à ferramenta;
– Faça o download da ferramenta e pronto!
Importante
Certifique-se de que seu computador tenha:
– Câmara
– Microfone
– Caixas de som
– Internet de banda larga de qualidade
Escrevo esta carta de Florianópolis, onde estou com parte da equipe de produção do 13º Simpovidro para uma visita técnica ao hotel que será a casa do evento. Estamos trabalhando intensamente para garantir o sucesso de mais uma edição do maior encontro vidreiro do País.
Quem participa de um congresso como esse, na maioria das vezes, não faz ideia do trabalho de bastidores feito pelos organizadores para que tudo se concretize como o previsto. São meses de planejamento, dedicação, muitas reuniões e acertos de detalhes para que tudo seja perfeito no período em que todos estarão aqui! Em meio a tudo isso, não deixo de me surpreender a cada dia com a receptividade do mercado ao nosso simpósio.
E, por falar em mercado, nas próximas páginas você vai poder ler sobre as aquisições, lançamentos e movimentações que agitaram nosso setor nos últimos dias.
Outros assuntos em destaque são a reforma do polêmico muro da Raia Olímpica da USP — que vai ser substituído por um projeto que se transformará em uma excelente vitrine para o nosso material —, o vidro plumbífero e a participação online nas reuniões de normas técnicas, além da matéria de capa sobre esquadrias para nosso material.
Não foi só o vidro que se desenvolveu e agregou funções ao longo dos anos. As esquadrias, parceiras inseparáveis do material, também se transformaram. Produzidas com novas matérias-primas, ganharam tecnologias que oferecem conforto térmico e acústico, sendo encaradas como elemento estético de uma obra.
Para entender essa evolução, conheça, a seguir, soluções antigas e modernas em esquadrias, tendências atuais e o futuro desses produtos, além de identificar o papel do vidro nesse desenvolvimento.
Ontem: um passeio pela história das esquadrias Período colonial (séc. 16 a 19) — No Brasil, portas e janelas eram, geralmente, de madeira e fechadas com uma espécie de tranca chamada taramela
Revolução Industrial (séc. 19) — Surgem novos métodos de produção em escala. No final desse século, a extração do alumínio foi simplificada. Isso tornou o material perfeito para a indústria, graças à sua resistência e maleabilidade
Início do séc. 20 — Esquadrias de aço eram muito utilizadas nessa época. Porém, eram pesadas e enferrujavam com facilidade
Década de 1920 — O grupo americano Alcoa colocou no mercado as primeiras esquadrias residenciais feitas de alumínio. Eram leves e tinham custo acessível
Década de 1950 — A Pilkington desenvolveu o processo de produção do vidro float. A partir daí, o setor vidreiro incentiva os avanços no mercado de esquadrias
A partir da década de 1960 — Surgem diversos tipos de produto, incluindo sistemas para fachadas totalmente envidraçadas, como o cortina, stick e grid. Mais recentemente, o sistema unitizado permitiu um design clean e minimalista
A partir da década de 1980 — Esquadrias de PVC começaram a ser usadas no País (no princípio, apenas em edifícios com necessidade de desempenho). O material se difundiu aos poucos, sendo cada vez mais aplicado
Nos últimos anos — A evolução também ocorreu nas ferragens e acessórios, como a criação de gaxetas para fixação e vedação do vidro (substituindo a massa de vidraceiro) e a disponibilização de maior variedade de cores
Hoje: as tendências do mercado
O mercado desses produtos possue uma divisão básica: “Costuma-se separar as linhas de esquadrias em duas classificações principais: residencial e comercial”, descreve Kléber Vinícius Paulino, técnico em Projetos da Brazilglass. O que se aplica a um segmento pode perfeitamente ser usado também no outro — as esquadrias minimalistas, por exemplo, são aplicadas tanto em casas de alto padrão como em fachadas de prédios. Por isso, veja a seguir as principais tendências atuais:
Esquadrias padronizadas — “Muitos consumidores preferem a comodidade de adquirir um produto pronto para ser instalado”, comenta Alberto Gomes Ruiz, gerente nacional de Vendas Segmento Varejo da Sasazaki. Esse tipo de esquadria vem de fábrica com pintura especial e é disponível em diversas medidas, acabamentos, acessórios e tipos de vidro. A Sasazaki oferece, entre outros, janelas e portas com o Sistema de Proteção Acústica Sound Block (foto), que garante nível A de eficiência em conforto acústico.
Para grandes vãos — Já existem esquadrias que suportam chapas de vidros enormes, incluindo as jumbo. O segredo é utilizar o peso do nosso material a seu favor, fazendo-o atuar como elemento estrutural. A linha de portas de correr Max Slider (foto), de PVC, da Weiku, por exemplo, pode ser instalada em vãos com até 4,5 m de altura;
Acústicas — O vidro não atua sozinho para barrar o barulho. Sem a esquadria, não há conforto acústico. Por isso, o desenvolvimento e pesquisa de soluções nesse sentido cresceram. “Isso é a resposta para os níveis crescentes de exigência dos usuários, colocando nosso país em alinhamento tecnológico com as nações mais desenvolvidas”, destaca Aparecido Bonifácio, gerente-industrial da Atenua Som. A empresa possui soluções para janelas e portas antirruídos (foto). Recentemente, foi lançada a janela de sobreposição FIT, com função antirruído e fabricada sob medida para ser instalada do lado de dentro do ambiente;
Minimalismo — “Esse conceito tem perfis menos aparentes”, explica Gustavo Morales Campos, diretor-comercial da Schüco. “Por ficarem embutidos na estrutura, proporcionam ganho de visibilidade entre ambientes, livres de interferências visuais”. As fachadas unitizadas são o exemplo mais comum. Funcionam quase como blocos de montar: primeiro, são instaladas as ancoragens que irão suportar os quadros de alumínio e, em seguida, são encaixados os módulos com vidro. Vale citar ainda outros produtos, como o sistema panorâmico ASS 39 PD (foto), da Schüco, e os caixilhos de correr, da suíça Vitrocsa, que usa vidros insulados.
O papel do vidro
Como visto no histórico presente na reportagem, mais adiante, nosso material tem importância no desenvolvimento dos produtos. “A própria evolução da qualidade do vidro trouxe inovações em tipologias diferenciadas para as esquadrias”, afirma Michael Lochner, gerente de Marketing da Weiku. “No caso da acústica, uma janela com vidro de valor agregado, seja laminado ou insulado, possui desempenho superior ao vidro monolítico, mais utilizado no mercado”, aponta Leonardo Arantes, gerente de Produtos do segmento de arquitetura da Guardian. O vidro define:
– A abrangência de aplicação da esquadria;
– O tipo de esquadria a ser utilizado;
– O desempenho no isolamento térmico e acústico;
– A capacidade de comunicação visual entre interior e exterior.
Etiqueta de desempenho: como funciona? Em fevereiro deste ano, foi publicada a revisão da norma NBR 10821. O novo texto estabelece o uso obrigatório, a partir deste ano, de uma etiqueta de desempenho acústico para o produto. O desempenho térmico também será avaliado, mas por uma etiqueta de uso opcional.
Como isso pode ajudar o setor? Para Tônia Lima, diretora-comercial da Kömmerling, “além de fazer o mercado desenvolver novos produtos, esse conceito vai criar uma conduta de compra consciente e segura para o consumidor final. Assim, apenas fornecedores comprometidos com a excelência da qualidade vão se firmar”. Isso permitirá ainda a personalização do atendimento, principalmente pelo fato de que as regiões do Brasil exigem especificações técnicas diferentes.
Classificação do desempenho térmico, segundo a NBR 10821:
– Categoria A: redução sonora maior ou igual a 30 dB
– Categoria B: redução sonora maior ou igual a 24 dB e menor que 30 dB
– Categoria C: redução sonora maior ou igual a 18 dB e menor que 24 dB
– Categoria D: redução sonora menor que 18 dB
E quanto aos vidraceiros? A tecnologia ofereceu ferramentas a esses profissionais, como softwares para produção e planos de corte.
“Os sistemas de esquadrias permitem que o vidraceiro combine soluções”, revela Paulino, da Brazilglass. A própria empresa começou como vidraçaria há mais de três décadas, transformando-se em fabricante de esquadrias de alumínio anos depois.
“Não podemos dizer que o trabalho ficou fácil, mas mais dinâmico, já que a variedade de tipologias de vidros aumentou”, analisa Lochner, da Weiku. Por isso, cabe ao vidraceiro:
– Conhecer as várias possibilidades do produto com que trabalha;
– Indicar diferentes soluções para o cliente, agregando valor à demanda do consumidor e ao seu próprio trabalho.
Amanhã: o que esperar para o futuro?
Cubo Show: projeto da Atenua Som no Shopping da Bahia, em Salvador, feito de esquadrias acústicas com LEDs.
A literatura técnica tem grande influência na criação de novas soluções. “As normas mais recentes, principalmente a NBR 15575 — Edificações habitacionais – Desempenho, vieram para melhorar os produtos e devem gerar importantes avanços”, comenta o diretor da Avec Design, José Guilherme Aceto. O texto introduziu o conceito de desempenho para esquadrias, tema aprofundado na NBR 10821 — Esquadrias externas para edificações, revisada recentemente.
De acordo com as empresas consultadas para esta reportagem, as soluções do futuro incluirão:
– Sistemas para permitir a instalação de vidros fotovoltaicos;
– Sistemas de grelhas de ventilação inteligentes para recanalizar o ar quente, não permitindo, assim, que ele entre para o interior da fachada;
– Incrementos tecnológicos que facilitem a vida do indivíduo, como acesso à Internet, controle digital e automação;
– Novas formas, geometrias e volumetria;
– Iluminação em LED, entre outros.
A programação de palestras com alguns dos mais renomados nomes do management nacional é tradição no Simpovidro — e já podemos anunciar que a 13ª edição do maior encontro do setor vidreiro no Brasil não será exceção. O primeiro conferencista confirmado para o evento é ninguém menos que o jornalista Carlos Alberto Sardenberg, comentarista econômico da rádio CBN, do noticiário Jornal das Dez do canal televisivo Globonews, e do Jornal da Globo, da TV Globo.
O tema da apresentação de Sardenberg ainda será anunciado, assim como os nomes dos demais palestrantes do Simpovidro. Acompanhe o hotsite do simpósio para ficar por dentro de todas as novidades do encontro!
Currículo de peso
Jornalista desde 1969, Carlos Alberto Sardenberg é um nome reconhecido nacionalmente no setor econômico. De 1985 a 1987, foi coordenador de Comunicação Social do Ministério do Planejamento, ocasião em que participou do lançamento e divulgação do Plano Cruzado. Foi também repórter, redator e editor em alguns dos principais veículos brasileiros, como os jornais O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil e Folha de S. Paulo, e as revistas Veja e IstoÉ.
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Tanto selantes como adesivos são produtos comuns no trabalho de todo vidraceiro durante a instalação do nosso material nas obras. Por fazer parte desse dia a dia, muitos profissionais podem pensar que já conhecem bem esses produtos e sabem exatamente como usá-los — mas, como esta seção mostra a cada mês, a atualização do conhecimento e o aprendizado constante são peças fundamentais para evitar aplicações erradas e os problemas que elas trarão a médio e longo prazos.
O Vidroplano conversou com especialistas e profissionais do setor para reunir informações e dicas para o uso de cada tipo de produto. A seguir, veja um pouco mais sobre esses materiais.
Adesivo
Adesivo X selante líquidos
Em primeiro lugar, é importante reforçar que selantes e adesivos líquidos são produtos com funções diferentes. Jordana Barros, gerente de Negócios da Adespec, explica cada um:
Adesivo — Sua função é unir uma superfície à outra. Por conta disso, são produtos mais rígidos;
Selante — É utilizado principalmente para vedar lacunas que existem entre as superfícies, tornando-as impermeáveis. Geralmente, são mais flexíveis e com resistência inferior à dos adesivos.
Selante
Mas ainda há confusões sobre esses termos no nosso setor. “No mercado de fachadas, o material industrial de silicone usado para colar vidro e alumínio é conhecido genericamente por ‘selante estrutural’, um termo errado, pois o correto, nesse caso, seria ‘adesivo estrutural’”, explica Thiago Samora, gerente técnico da Sika.
Por dentro dos componentes
Outro ponto para o qual o vidraceiro precisa estar atento é o tipo de componente usado na fabricação dos adesivos e selantes: dependendo do material, ele pode ser mais vantajoso para certo tipo de trabalho — ou, ao contrário, trazer problemas em vez de soluções.
– Silicone
Fernando Martins, especialista técnico da Dow Corning, destaca que adesivos ou selantes de silicone não são afetados por raios ultravioleta e são resistentes à água e a altas temperaturas;
– Poliuretano
Produtos feitos com esse material têm alta resistência mecânica (a forças e pressões), mas não suportam raios ultravioleta, temperaturas acima de 100 ºC ou produtos químicos. De acordo com Adriana Martinelli Catelli de Souza, coordenadora do curso de engenharia de materiais do Centro Universitário FEI, a cura do poliuretano normalmente é mais rápida que a do silicone;
– Híbrido
Segundo Eduardo Mano, gerente de Marketing da Tekbond, adesivos híbridos fazem parte de uma categoria mais recente, reunindo características do silicone e do poliuretano em um único produto — apresentam resistência mecânica mais alta que a do silicone e podem ser aplicados em áreas expostas a raios ultravioleta;
– Acrílico
Jorge Luis Alday, diretor da Alpatechno, aponta que, embora selantes com esse material sejam usados para vedações internas, de pequenas fendas, são produtos não recomendados para o setor vidreiro, pois não têm boa adesão sobre o vidro;
– Polímero de MS
Para Alday, soluções com esse componente têm grande versatilidade e excelente resposta como adesivos flexíveis. Por conta desse desempenho, elas são bastante usadas no Brasil para a fixação de espelhos;
– Pesilox
Desenvolvido pela Adespec, funciona como adesivo e selante, também combinando características do silicone e do poliuretano. “Ele pode aderir a diversos tipos de substrato sem precisar do uso de primers [produto para aumentar a adesão durante a colagem do vidro ou espelho]”, indica Jordana Barros.
Visores de piscina: evite selantes de silicone nessa aplicação
Muitas opções, uma única escolha
Com tantas composições diferentes, como o vidraceiro pode escolher a solução mais adequada para sua necessidade? Mauro Medeiros, gerente de Contas de Selantes da Momentive, responde: “Para essa decisão, é preciso levar em conta se o produto será usado em ambiente interno ou externo, quais substratos em que o vidro será instalado e as características do componente do material escolhido”.
Medeiros aponta alguns exemplos de aplicação do vidro:
– Visores de piscina — Selantes de silicone não são indicados, pois o material não foi desenvolvido para ficar submerso 100% do tempo;
– Envidraçamento de sacada — Embora o silicone neutro comum possa ser usado se o vidro for encaixilhado, o estrutural é sempre recomendado para janelas, por oferecer maior robustez e adesão à estrutura;
Boxes de banheiro: além de vedar o sistema, silicone acético evita a proliferação de fungos
– Boxes de banheiro — Nesse caso, o silicone acético é indicado, por conter fungicida em sua composição;
– Colagem estrutural de vidro em fachada — A NBR 15737 — Perfis de alumínio e suas ligas com acabamento superficial — Colagem de vidros com selante estrutural estabelece que silicones estruturais podem ser usados;
– Juntas de dilatação (dispositivos para absorver a dilatação térmica das estruturas em contato com eles) — Recomenda-se o silicone neutro, cuja capacidade de movimento costuma ficar entre 35% e 50%. O poliuretano também é uma boa opção.
Basta desenrolar para fixar
Além dos adesivos líquidos, também é possível fixar vidros e espelhos com fitas de dupla face. “Mesmo em peles de vidro, seu uso é contemplado pela norma NBR 15919 — Perfis de alumínio e suas ligas com acabamento superficial — Colagem de vidros com fita dupla face estrutural de espuma acrílica para construção civil”, afirma Laureano Silva, gerente de Negócios da Adere. Além de proporcionar rapidez e maior produtividade, por não precisar de tempo de cura, elas também são recicláveis e resistentes a dilatações térmicas e intempéries.
Dupla face: ela não precisa de tempo de cura
O uso de fitas de dupla face é recomendado para a fixação de vidros ou espelhos em superfícies planas. Victor Hugo Busato, engenheiro de Aplicação da 3M, explica: “Onde não houver planicidade entre o vidro ou espelho e a parede ou estrutura, ou ainda caso a parede seja muito rugosa ou porosa, a fita de dupla face poderá não ter contato suficiente para suportar o esforço”.
Com relação especificamente a espelhos, há um cuidado adicional: embora as fitas de dupla face não provoquem manchas neles, recomenda-se verificar se há algum solvente residual ou outro componente químico que possam atacar e alterar visualmente sua superfície. É necessário, ainda, que sua fixação permita a circulação de ar entre a parede e o espelho, evitando sua oxidação.
Se surgirem dúvidas, a consulta à fabricante do produto é fundamental para evitar erros.
Cuidados para a colagem com fitas
Para trabalhos com esses produtos, há alguns procedimentos que precisam ser seguidos:
– Observar as dimensões e peso da peça a ser fixada para realizar os cálculos necessários — Luís Claudio Gandolphi, gerente técnico da Adere, explica que a regra para fixações estáticas com fitas de dupla face é utilizar 55 cm²/kg;
– Limpar a peça e o substrato com álcool isopropílico;
– Aplicar a fita de forma contínua em todo o contorno da peça, evitando o contato direto das mãos nas partes adesivas;
– Busato, da 3M, sugere, para aumentar o nível da fixação, o uso de primer ou outro promotor de adesão tanto no vidro ou espelho como no substrato em que ele será fixado;
– Pressionar a fita com firmeza em ambos os lados, para remover bolhas de ar e aumentar a área de contato da fita;
– Após posicionar a peça, evitar removê-la ou reposicioná-la antes da ancoragem total.
Neutro ou acético?
Ao procurar selantes de silicone, você vai encontrar em sua embalagem a informação se ele é neutro ou acético. Entenda a diferença:
Acético
– O silicone acético libera ácido acético durante a cura, explica Adriana Catelli de Souza, do Centro Universitário FEI. Thiago Samora, da Sika, destaca que esse ácido pode iniciar um processo de corrosão caso o produto seja aplicado em metais;
– Segundo Eduardo Mano, da Tekbond, os selantes feitos desse material são normalmente os indicados para trabalhos de vidro com vidro;
– Ele também é a opção recomendada para boxes de banheiro (pela presença de fungicida em sua composição).
Neutro
– Libera como subproduto de sua cura uma molécula de caráter neutro, sem potencial de causar corrosão nos substratos;
– Produtos com esse componente são mais versáteis e indicados para vedação em geral;
– “Havendo dúvidas sobre os diferentes tipos de substrato em que o produto será aplicado, opte pelo silicone neutro”, aconselha Adriana.
Controle sobre a cura
Na hora de escolher o adesivo ou selante para sua obra, você já deve ter reparado que eles são vendidos em uma única embalagem ou com duas latas e em bisnagas separadas. No primeiro caso, você adquiriu um produto monocomponente. No segundo, um bicomponente. Fernando Martins, da Dow Corning, explica cada um:
– Monocomponente
Já é fornecido pronto para o uso. Sua cura ocorre pelo contato com a umidade atmosférica.
– Bicomponente
É composto de duas partes: uma, com a fórmula básica, e a outra, com o catalisador. A cura tem início quando ambas são combinadas. Apesar do trabalho da mistura, os bicomponentes costumam ter cura mais rápida que os monocomponentes.
Levando as normas aos vidraceiros Como foi comentado no começo da reportagem, é importante que os vidraceiros estejam sempre atualizando seus conhecimentos por meio de treinamentos. Um deles é o Curso do Vidraceiro, realizado pela Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo, na cidade de São Paulo.
A Abravidro contribuiu para a capacitação de duas turmas desse curso. Nos dias 3 e 5 de agosto, Clélia Bassetto, analista de Normalização da associação, palestrou aos alunos sobre as principais normas técnicas para a instalação de vidros e suas determinações para garantir um trabalho com segurança e qualidade.
A radiação é uma grande aliada da medicina contemporânea: com ela, é possível realizar uma série de exames — radioterapia, mamografia e tomografia, entre outros. Porém, a exposição excessiva a ela pode causar sérios problemas de saúde, inclusive câncer.
Como, então, usá-la sem colocar os pacientes, médicos e operadores dos equipamentos em perigo? É aí que entram materiais especiais para barrá-la, entre os quais está o vidro plumbífero. A seguir, conheça um pouco mais sobre esse produto e o seu funcionamento.
Diferença vinda de berço
Andreia Santana, especificadora técnica da processadora PKO do Brasil, de Mogi das Cruzes (SP), explica que o plumbífero distingue-se de outros tipos de vidro já em seu processo de fabricação. “Diferente do float, produzido pela flotação [na qual a mistura das matérias-primas é fundida e derramada em uma piscina de estanho líquido], ele é fabricado por meio de estiramento vertical”, diz ela. Nesse processo, a chapa é fisgada por uma longa isca, à qual adere, sendo então esticada verticalmente com o uso de roletes.
Outra mudança na fabricação do vidro plumbífero é a adição do chumbo na massa (daí sua designação: chumbo, em latim, é plumbum). “Pela sua alta densidade, ele é capaz de barrar a radiação”, explica Andreia. Dessa forma, o produto final é transparente o suficiente para garantir a integração visual, ao mesmo tempo que oferece proteção radiológica de alta qualidade para aplicações médicas, técnicas e de pesquisa, com alta eficiência de blindagem contra os raios X.
Plumbífero em biombo: material precisa ser bem-instalado no sitema blindado, para não haver pontos de fuga da radiação
Trabalho correto, segurança garantida
Se a especificação ou instalação do plumbífero não forem benfeitas pela empresa de blindagem radiológica, a radiação pode passar de um ambiente para outro. Para Claudemir Lopes, sócio-proprietário do Grupo GRX São Paulo, um dos cuidados fundamentais é garantir que a peça encomendada atenda a norma ABNT NBR IEC 61331 — Dispositivos de proteção contra radiação-X para fins de diagnóstico médico e tenha a espessura correta para a barreira a ser instalada. Essa medida é determinada pelo projeto de radioproteção.
Na instalação e manutenção das peças, fique atento:
– As bordas do vidro precisam estar revestidas pelas blindagens existentes do sistema, sejam elas de chumbo ou de argamassa baritada (mais densa que a comum, especial para proteção radiológica), para que não haja pontos de fuga de radiação;
– A instalação deve ser feita com calços e folgas adequados, como qualquer outro vidro;
– Para a limpeza, use apenas água, um detergente suave e um pano macio — caso seja necessário desinfetá-lo, consulte a fornecedora para saber que produtos podem ser usados;
– Nunca exponha o vidro plumbífero a mudanças de temperatura ou umidade;
– Use apenas selante neutro e substâncias alcalinas durante a instalação;
– Atenção às etiquetas adesivas: elas podem causar descoloração se o adesivo reagir à superfície do vidro;
– Não use produtos abrasivos ou pontiagudos na superfície do material.
Disponibilidade no mercado
Corning Med-S separando ambientes: material americano é beneficiado pela PKO do Brasil no País
O vidro plumbífero ainda não é produzido no Brasil. Apesar disso, a Schott, que conta com unidades no País, tem um produto nessa área, o RD 50, fabricado no exterior. Segundo a empresa, ele pode ser disponibilizado em diferentes versões — incluindo formas curvadas, peças com furações específicas, bordas trabalhadas e serigrafia.
Outros fabricantes de países como Alemanha, China e Estados Unidos também fornecem esse material para empresas brasileiras especializadas em proteção radiológica, como o Grupo GRX São Paulo. “Normalmente, esse produto já é beneficiado antes da importação”, observa Claudemir Lopes.
Em 2017, a PKO firmou parceria com a americana Corning para oferecer seu vidro plumbífero, o Corning Med-X, para pronta entrega em território nacional. “Com isso, os custos para compra foram reduzidos de maneira significativa, além de o produto poder ser fornecido com prazos menores”, afirma Andreia Santana. Com o beneficiamento feito no País, também é possível laminar duas peças para projetos que exijam maior proteção, ou montá-las em unidades insuladas para agregar isolamento térmico e acústico às suas outras qualidades.
Onde usar?
RD 50, da Schott: produto pode ser fornecido curvo, serigrafado e com furações
Não faltam espaços em que o uso de vidros plumbíferos é necessário. Segundo Jacqueline Nascimento, assistente de Vendas da Schott, as áreas para suas aplicações incluem:
– Janelas de observação e de intercomunicação;
– Vidros hospitalares panorâmicos;
– Paredes de proteção móveis;
– Painéis protetores para sistemas de check-up;
– Painéis protetores nas estações de trabalho de mamografia;
– Salas de raios X ou tomografia;
– Visores para laboratórios;
– Lentes de segurança para óculos de proteção.
Seu uso não é restrito a ambientes hospitalares, veterinários ou odontológicos. Esse vidro é um componente fundamental, por exemplo, em equipamentos de detecção de raios X em aeroportos.
Plumbífero x visor multicristal
Andreia Santana reforça a importância de se escolher o vidro plumbífero para blindagem radiológica em vez dos chamados visores multicristais, feitos unindo diversas peças comuns de vidro. “Como o visor multicristal não é eficiente para blindagem de radiações ionizantes diretas — somente indiretas —, dependendo da posição e distância do equipamento, a radiação vai ultrapassar a barreira”, explica. Além disso, a técnica da PKO lembra que a NBR IEC 61331 estabelece que as placas de vidro para proteção radiológica devem ter transparência maior do que 85% e conter chumbo na proporção de, no mínimo, 22% de sua espessura, condições não atingidas por esses visores.
Assim como para as vitórias do time de futebol, o empresário brasileiro também torce para o sucesso do seu negócio. O problema é quando começa a agir apenas como um torcedor no comando da empresa, atuando de forma impulsiva e esperando que os resultados ocorram de uma semana para a outra, de “um jogo para outro”.
Ame seu negócio Ser apaixonado pelo próprio negócio torna os desafios diários mais fáceis de serem superados. Se a equipe de colaboradores “torce” para o sucesso, o grau de engajamento será muito maior.
Mas isso não é tudo Porém, apenas paixão e torcida não são suficientes. Elas podem tornar o processo decisório de uma empresa algo viciado, com alta possibilidade de que atitudes equivocadas sejam tomadas. Por mais apaixonado que o gestor seja, é essencial ter um processo gerencial pautado pela racionalidade, utilizando-se de toda a técnica administrativa disponível e aplicável à realidade de seu segmento.
Agregando valor
Em um mercado cada vez mais competitivo, empresas que pretendem se manter relevantes necessitam desenvolver uma forte capacidade de agregar valor não só em produtos e serviços, mas também em suas práticas de gestão. Assim, alcançará seus objetivos por meio do entendimento dos desejos e necessidades do consumidor, gerando estratégias relevantes para o negócio e para o mercado como um todo.
Profissionalismo é a chave Resultados duradouros não acontecem da noite para o dia. É essencial que o responsável pelo negócio busque transcender a dimensão passional e torcedora quanto ao seu negócio, tratando-o de maneira absolutamente profissional e estratégica.
Fale com ele! Flavio Paim é administrador e consultor empresarial. Possui MBA em marketing e sólida experiência nas áreas de gestão, comercial e marketing. www.flaviopaim.com.br
Das 12 edições do Simpovidro já realizadas, lembro-me de estar presente em dez delas. Sempre que pude, quis participar com minha família, por acreditar que é um importante momento de reunião de toda a cadeia vidreira, além de uma oportunidade de acesso a conteúdos que são úteis, de alguma forma, em minha empresa.
Agora que caminhamos para a 13ª edição, meu envolvimento com o simpósio está sendo bem diferente, com a possibilidade de acompanhar todas as etapas desde o começo. E, como presidente da Abravidro, posso dizer que é muito gratificante ver a receptividade do mercado ao nosso evento. Em pouco menos de um mês do lançamento, já registrávamos mais de duzentos inscritos, de mais de sessenta empresas do Brasil e do exterior, e dezesseis empresas apoiadoras.
Outro número positivo que vale comemorar é o de pessoas que participaram remotamente da reunião de discussão da norma do vidraceiro, realizada no final de julho, na sede da Abravidro: trinta profissionais acompanharam o debate pela Internet. A participação online nos encontros sobre normas sempre foi um desejo de nossa equipe técnica, por seu potencial de envolver mais pessoas e expandir o universo de contribuições na construção dos padrões que vão reger o mercado. A partir de agora, a intenção é que a interatividade esteja disponível em todas as reuniões do ANBT/CB-37.
Enquanto isso, os números da economia brasileira, em especial do vidro, continuam pouco favoráveis. A construção civil atravessa um momento delicado, com recuo de investimentos tanto no setor público como no privado, tendo reflexos diretos em nosso segmento. Nesse cenário, a informalidade vem crescendo dia a dia, o que não é bom para os negócios. A Abravidro, exercendo seu papel de defender os legítimos direitos e interesses do mercado, segue atenta e vigilante para que isso não prejudique ainda mais a cadeia vidreira nacional.
A 22ª edição da Campinas Decor, mostra de decoração, arquitetura e paisagismo do interior paulista, apresentou aplicações de vidros e espelhos, fornecidos pela Cebrace, em vários ambientes. O Bistrô e Café (foto), de Pablo César, teve fachada de Habitat Refletivo Champanhe, além de adega e mesas com tampo de extra clear, da linha Vivânce. O Design Thinking, de Beto Tozi, e o Espaço Quattor, de Juliana Le Grazie, utilizaram Habitat Refletivo Champanhe 8 mm em seus fechamentos. A Garagem de Estar, de Adriana Bellão, contou com espelho incolor, também da linha Vivânce, na composição de uma ampla estante.
Amvid, Ascevi e Sindividros-RS levaram o módulo de Planejamento, Programação, Controle da Produção e Estoques (PPCPE) da Especialização Técnica Abravidro para seus Estados nos meses de junho e julho, em parceria com a associação nacional. Uma edição do módulo em São Paulo, na sede da própria Abravidro, também foi realizada. Além disso, outras atividades ocorreram nesses Estados, assim como no Paraná. Veja mais a seguir!
PPCPE em turnê pelo Brasil!
Em cerca de um mês, nada menos que quatro Estados receberam o curso de PPCPE, módulo que tem como objetivo preparar os profissionais para repensar a estrutura de suas empresas, incluindo processos como a esquematização do atendimento, estoque e logística. Essa turnê da Especialização Técnica Abravidro teve início na própria sede da associação, em São Paulo, nos dias 8 e 9 de junho. De lá, Cláudio Lúcio da Silva, instrutor técnico e professor do treinamento, passou pela sede da Ascevi, em Florianópolis, nos dias 22 e 23, seguindo para o Centro de Liderança Empresarial da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), com a Amvid, em Belo Horizonte, nos dias 29 e 30, e, finalmente, chegando a Porto Alegre para realizar as aulas na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) com o Sindividros-RS, em 7 e 8 de julho.
Em todos os locais, a opinião dos alunos foi unânime: os conhecimentos passados no treinamento superaram suas expectativas — eles agora se consideram mais confiantes e bem-preparados para aumentar a eficiência do planejamento de negócios e do controle da produção de suas empresas.
Ascevi, em Florianópolis Prontos para os próximos três anos!
No dia 7 de junho, a Ascevi realizou, em sua sede, a cerimônia de posse de sua nova diretoria. A gestão, que estará à frente da entidade de 3 de julho de 2017 a 14 de fevereiro de 2020, tem como presidente o empresário Lino Rohden, da Rohden Portas. Seu objetivo, enfatiza, é dar continuidade ao processo de descentralização da gestão da entidade, ampliando a participação das empresas vidreiras do interior do Estado.
NOVA DIRETORIA DA ASCEVI 2017-2020
DIRETORIA-EXECUTIVA Presidente
Lino Rohden Vice-presidente
Leonardo Oliveira da Costa Primeiro-secretário
Daniel Alvino Segundo-secretário
Wilson Roberto Holtrup Primeiro-tesoureiro
Samir Cardoso Segunda-tesoureira
Geizi Cardoso Diretor-social
André Athayde de Oliveira Souza Diretora de Marketing
Shahla Costa Othman Conselheiros fiscais
Altemir Zamparetti
Alexandre Athayde de Oliveira Souza
Rafael Nandi da Motta
João de Campos (suplente)
Luiz Jaison Lessa (suplente)
Valmor Matheussi (suplente)
DIRETORES-REGIONAIS Grande Florianópolis
Sandro Henrique Rensi Sul
Tiago Mendes de Oliveira Planalto Serrano
Jairo de Oliveira Souza Vale do Itajaí
Marcelo Luiz Mangolt Oeste
João Henrique Paludo Bolsi Norte
Mauro Wagner
Sincomavi-SP, em São Paulo Liderando os líderes para o sucesso
Em sua sede, no dia 23 de junho, o Sincomavi-SP organizou o curso Liderança com Foco em Resultados. A instrutora Nidelci de Oliveira apresentou aos participantes o novo perfil de líder, com seus desafios, características e estilos. Ela também lembrou a importância de que esse líder saiba usar a comunicação como ferramenta poderosa e deu dicas para a formação de equipes de alto desempenho.
Sindividros-RS, em Porto Alegre Instalação com segurança
Mais uma turma do treinamento de Sacada Europeia foi formada pelo Sindividros-RS, no dia 24 de junho. O curso, ministrado pelo instrutor técnico Dilceu Schmidt, no Milão Hotel, na capital gaúcha, foi o primeiro do programa Qualividros – Qualificar para Transformar a contar com equipamentos de proteção individual (EPIs) para a parte prática da aula, reforçando a importância de seu uso no dia a dia. A aula foi patrocinada pelas usinas vidreiras AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix.
Adivipar, em Londrina (PR) Conhecimento e confraternização
No dia 30 de junho, a Adivipar levou seu tradicional Treinamento para Vidraceiros a Londrina, na churrascaria Chimarrão Grill, onde reuniu cerca de 150 participantes. Além de palestras do professor e consultor empresarial Júlio Reis, o evento também teve apresentações das usinas AGC, Cebrace, Guardian, UBV e Vivix (patrocinadoras do curso juntamente com a Saint-Gobain Glass) e um espaço com estandes das seis fabricantes vidreiras e das empresas apoiadoras Irmac Distribuidora, Lopes Máquinas e Smart Glass. Após o treinamento, um jantar foi servido aos participantes.
A Dunelli Casa, divisão da empresa de decoração Dunelli, promoveu, em junho, em São Paulo, a palestra Mitos e verdades sobre vidros e espelhos, ministrada por Vanessa Gonsalez, diretora-comercial da fabricante de móveis de vidro Vidrotec, e Líuam Cardoso, gerente de Marketing da Guardian. Ambos falaram para arquitetos e decoradores sobre os produtos indicados para cada projeto.
A NürnbergMesse Brasil, organizadora da Glass South America, a maior feira do segmento vidreiro da América Latina, divulgou a nova identidade visual do site da mostra, com leiaute que se adequa ao formato da tela em que é exibido. No novo portal, é possível selecionar os expositores e produtos. O evento acontecerá de 9 a 12 de maio de 2018, no São Paulo Expo.
Em maio, a AGC forneceu laminados incolores para a Companhia de Teatro Heliópolis, que os empregou na Casa de Teatro Maria José de Carvalho, na capital paulista, para compor o cenário da peça Sutil e violento (foto) — exibida até 27 de agosto — e ser a estrutura permanente do teatro, que até então era fechado por cortinas pretas. Segundo a empresa, o trabalho da companhia vai ao encontro de sua política de apoio à cultura. A AGC lançou ainda, no mesmo período, a campanha de marketing para a linha de espelhos Mirox Premium, com o slogan “Espelhos AGC. O melhor olhar sobre você”.
Novidades na Sasazaki: a empresa lançou duas linhas de portas e janelas. A Kompacta, de aço, e a AlumiSlim, de alumínio. Ambas já vêm com pintura de acabamento na cor branca, vidros instalados (lisos ou impressos, dependendo do produto) e opções de modelos com grade. Anotou a dica?
Por falar em lançamentos, a Soprano está divulgando os novos acessórios para suas fechaduras Eletroímã, incluindo botoeira de saída e controle de acesso. A melhor parte é que a empresa tem um kit especial para instalação da Eletroímã em portas de vidro de até 150 kg!
Por fim, deixamos aqui nossos parabéns para a Viminas! Em maio e junho, a processadora capixaba conquistou os troféus Art et Décor (foto) — destinado às melhores empresas e profissionais da arquitetura e decoração do Espírito Santo — e Marcas Ícones, para as marcas mais lembradas pelos consumidores do Estado, sendo premiada nas categorias Beneficiadora de Vidro e Indústria de Vidro Temperado, respectivamente. Bom trabalho, pessoal!
A partir deste mês, assumo o papel de editora de O Vidroplano. Estou muito feliz com a oportunidade de fazer parte do time que trabalha para levar até você o melhor conteúdo sobre o setor vidreiro! Seguimos com o objetivo de fazer uma revista cuja leitura é essencial para todos os profissionais que atuam em nosso setor!
Na redação da revista e na sede da Abravidro, corremos bastante para colocar na rua a 13ª edição do Simpovidro, que este ano será realizado no Costão do Santinho Resort, em Florianópolis. Você encontra as principais informações sobre o evento nas próximas páginas e já pode garantir sua inscrição no sitewww.simpovidro.com.br, aproveitando as melhores condições de pagamento para o primeiro mês de venda. Não fique de fora!
Os detalhes da edição de 25 anos do Glass Performance Days (GPD), maior evento técnico do setor que ocorreu no final de junho, na Finlândia, com cobertura exclusiva de O Vidroplano para o Brasil, também estão em destaque — para acompanhá-la, clique aqui.
E ainda tem matérias sobre os desafios e novos recursos para executar projetos clean e dicas de como projetar o vidro conforme o sistema construtivo, seja alvenaria, aço ou madeira. Simplesmente indispensável!
O Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37) está trabalhando, desde junho, em dois novos projetos: a revisão da norma sobre vidros laminados e a criação do texto a respeito de vidros termoendurecidos. As reuniões já começaram — temos realizado encontros separados para cada atividade no mesmo dia, como forma de aproveitar a presença dos participantes para a elaboração dos textos.
Laminados em revisão
O objetivo da revisão da norma NBR 14697 — Vidro laminado é atualizar o texto e deixá-lo em concordância com a revisão publicada pela Organização Internacional de Normalização (ISO).
Já estamos na terceira reunião para essa atividade. Durante as discussões, diversos pontos modificados na norma internacional estão sendo analisados e outros requisitos podem ser incorporados à NBR 14697. Um ponto muito importante é que esse trabalho servirá como base para a certificação do vidro laminado, tema que será discutido na sequência.
Nova norma para termoendurecidos
O vidro termoendurecido também ganhará uma norma brasileira. Conhecido ainda como semitemperado, esse material passa por um tratamento térmico semelhante ao dos vidros temperados, sendo duas vezes mais resistente que o float.
A elaboração de uma norma para eles, com base na europeia EN 1863, é uma demanda vinda do próprio setor vidreiro nacional. Com ela, será possível determinar, entre outros aspectos, as características do produto, sua forma de processamento e a metodologia de avaliação da sua qualidade.
Após a avaliação do texto base inicial, a comissão irá determinar os pontos que precisam ser revisados e adequados.
Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro
Iara Bentes, superintendente da Abravidro e editora de O Vidroplano, e Celina Araújo, que deixou os cargos no final de junho, conversaram com os brasileiros que viajaram para a Finlândia. Confira a seguir os depoimentos.
“Essa foi a primeira vez que participei do GPD. Chamou a atenção a experiência dos palestrantes, trazendo mais informações para testarmos na fábrica, evoluir o nosso processo e entregar um produto da melhor qualidade. O networking é impressionante: tivemos reuniões com empresas que querem ser nossos parceiros.” Charlie Ang, gerente de Compras e Planejamento da PKO do Brasil
“As palestras estão relacionadas à parte prática. O que mais impressionou foi a questão da automatização que os equipamentos vão sofrer com a Internet das Coisas, e também as startups, empresas inovadoras apresentando novos produtos. A evolução vai chegar muito rápido ao nosso mercado e ninguém vai escapar dela.” Eloi Bottura, gerente de Serviços na América Latina da Glaston Brasil
“Essa foi a terceira vez que fui ao GPD. Alguns assuntos foram tratados antes, mas agora de forma mais objetiva, como a anisotropia. Houve também novidades em engenharia de fachadas. Infelizmente, não tivemos nenhum especificador de vidro do Brasil, sendo que o GPD é dedicado a pessoas que desenvolvem esse trabalho.” Franklin Marques, diretor-industrial da Brazilglass
“De todas as edições do GPD das quais participei, essa foi a que mais teve pessoas da América do Sul. Aqui é onde se debate em nível mundial os rumos para onde caminha o mercado. O que levo daqui é a importância de se melhorar a qualidade do vidro no nosso país. Temos de sair da mesmice e ir para o valor agregado.” José Carlos Jeronymo, diretor-comercial da Glaston Brasil
“Tive orgulho de presenciar as startups. Isso é revolucionário para o setor, pois traz vida nova aos negócios. Alguns amigos levaram seus filhos, e essa sucessão nas empresas é fundamental para sobreviver nesse momento difícil. É hora de criar algo novo, até gerar um mercado que hoje não existe.” Moreno Magon, vice-presidente de Vendas e Serviços da Glaston para a América do Sul
“Fui ao GPD pela primeira vez. Nas apresentações sobre vidros temperados, consegui entender a parte teórica do processo — até então, só conhecia a prática. Esse contato com outras empresas, tecnologias e conhecimentos é enriquecedor. Volto agora, sem dúvida, mais informado ao Brasil.” Osvaldo Hiroshi Fukunaga, gerente-industrial da PKO do Brasil
“Contando este ano, já estive sete vezes no GPD. O meu papel é tentar retirar o básico do básico, pois considero que, em muitas ocasiões no Brasil, esse tratamento é feito de forma muito pouco aprofundada. Destaco as novas tecnologias desenvolvidas por centros acadêmicos.” Raimundo Calixto de Melo Neto, diretor da RCM Engenharia de Estruturas
A Casa Cor São Paulo 2017, realizada no Jockey Club de São Paulo, acabou no dia 23 de julho. E, mesmo se você não pôde visitar a maior mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas, bastou ter acompanhado a revista O Vidroplano para conferir alguns destaques no uso do nosso material: a edição do mês passado (junho de 2017) mostrou oito ambientes que se destacaram graças à presença de vidros. Este mês, aprecie mais algumas aplicações que contribuíram para a sensação de amplitude e sofisticação das áreas.
ESPAÇOS ESPELHADOS
Jardim de reflexos
Logo ao chegar no Jockey Club, o visitante já dava de cara com diversas estruturas de face espelhada. Essa era a primeira parte do Jardim e Bilheteria da Luxúria, de José Marton. Ao entrar no espaço, mais espelhos cobriam paredes e divisórias inteiras (foto). Todas as peças eram incolores da linha Vivix Spelia, da Vivix, instalados pelo PS do Vidro. Mais informações: vivixvidrosplanos.com.br, www.martonestudio.com.br e www.psdovidro.com.br
Privacidade elevada ao cubo
Para acessar o banheiro na Casa da Mata, de Olegário de Sá e Gilberto Cioni, era necessário entrar em um cubo revestido com peças refletivas SunGuard Neutral 14 (8 mm), da Guardian (foto). A face do cubo voltada para a cama tinha um televisor plano logo atrás do vidro refletivo. A instalação foi feita pela Silvestre Vidros. Mais informações: www.guardianbrasil.com.br, www.saecioni.com.br e www.silvestrevidros.com.br
TRANSPARÊNCIA E INTEGRAÇÃO
Cozinheiros à vista!
Na Tartuferia, de Gustavo Jansen, as estantes com prateleiras de vidro (15 mm) e fundo de laminado (10 mm), faziam a integração entre cozinha e demais ambientes (foto). As estantes tinham vidros da Vivix, fornecidos pelo PS do Vidro. Mais informações: vivixvidrosplanos.com.br, www.psdovidro.com.br e (11) 98604-0090 (Gustavo Jansen)
Refeições em meio à luz natural
Um ambiente transparente para refeições, que se aproveita da luz natural. O Restaurante Casa Cor, de Patrizia Genovese e Guilherme Longo, tinha fachadas, janelas (foto) e porta de correr da entrada feitos de temperados (10 mm), com lapidação especial, fornecidos pela Vidro Laser. As mesas e estantes (estas de float 19 mm) eram da fabricante de móveis Breton. Mais informações: www.vidrolaser.com.br e www.breton.com.br
Do teto ao assento
Interior e exterior se misturavam na Casa Niwa, de Paloma Yamagata, Aldi Flosi e Bruno Rangel, do escritório Yamagata Arquitetura. Esse efeito foi obtido pelas amplas aplicações de vidro, dos laminados (6 mm) revestindo parte do teto aos temperados (8 mm) pivotantes (foto) compondo a fachada, todos fornecidos pela vidraçaria Vidrolopes. Outro destaque era a Namoradeira Palito, peça especial da marca de móveis Glass11 em parceria com a Galeria Nicoli, feita com vidro incolor (19 mm) para o assento e pernas, com encostos de peças de madeira. Mais informações: galerianicoli.com.br, www.glass11.com.br, www.vidrolopes.com.br e www.yamagataarquitetura.com.br
A grade oficial de palestras, da edição 2017 do Glass Performance Days (GPD), incluiu cerca de 140 apresentações sobre temas variados, de processamento de vidros a técnicas de instalação, passando ainda por exemplos de projetos ao redor do mundo. Entre os assuntos que tomaram conta das discussões, destacam-se o uso de vidro estrutural, a ocorrência de anisotropia na têmpera e o conceito de “envidraçamento inteligente”, tema que promete dominar os debates sobre fachadas com o material daqui em diante. Veja a seguir um resumo das principais palestras.
Oferecendo novas experiências aos usuários — A era das telas
Michael Robinson, CEO e diretor de Design da ED Design, explicou que a tendência para o futuro no uso do vidro é o material contribuir para uma melhor experiência do usuário, proporcionando a ele tecnologia e sensações. Isso irá ocorrer por meio do conceito de realidade aumentada — que permite uso de interfaces para promover a interação com produtos e locais. Pensando nessa tecnologia, cortinas de vidro em carros, salas, aviões e outros espaços poderiam servir como tela para notícias, previsão do tempo e outras informações a serem mostradas. Ideia chave: o vidro do futuro precisará trazer tecnologia em todos os seus pequenos detalhes. Se você não fizer isso, outros farão e tomarão seu lugar no mercado.
Especificação em condições extremas
O vidro usado em construções sob condições climáticas extremas em locais de difícil acesso, como montanhas ou regiões costeiras, foi o tema da engenheira Barbara Siebert, do escritório Dr. Siebert Consulting Engineers. Barbara comentou as variadas dificuldades encontradas nos projetos, incluindo a logística para transporte das peças — em alguns casos, foram levadas de helicóptero até os canteiros — e como encarar fatores que podem diminuir o desempenho de nosso material (umidade, corrosão, neve). Em uma estação de esqui e observação na montanha Nebelhorn, na Alemanha, por exemplo, foram aplicados vidros triplos com interlayers especiais para resistir à força do vento. Ideia chave: não existem fatores climáticos ou relativos ao local de um projeto que impeçam o uso do vidro.
Selantes estruturais e a transparência total
A arquiteta Lisa Rammig, membro do escritório inglês Eckersley O’Callaghan, revelou detalhes da construção do escorregador de vidro que fez sucesso na Glasstec, a maior feira do setor vidreiro do mundo, em setembro do ano passado. A estrutura era formada por uma única peça de vidro curvo com 9 m de extensão, fixada a uma escada de 4 m de altura. Não existiam fixações mecânicas: somente selantes estruturais faziam o escorregador parar em pé. A capa da edição de outubro de 2016 de O Vidroplano mostrou essa obra, está lembrado? Ideia chave: selantes se tornaram elementos essenciais para estruturas que zelam pela transparência máxima.
Envidraçamento em camadas
Um conceito inovador foi mostrado por Martien Teich, da Seele. As closed cavity facades são fachadas duplas usadas em edifícios com grande necessidade de proteção térmica e sonora, além de oferecer total transparência. São feitas com um fechamento de vidro externo e outro interno. O espaço entre ambos os fechamentos é selado — o conceito é semelhante ao do vidro insulado. Assim, diminui a necessidade de manutenção, permitindo ainda a integração de elementos sombreadores. Ideia chave: em fechamentos de vidro, não existe a necessidade de se ficar preso a conceitos antigos, os quais oferecem pouca eficiência energética.
Fotovoltaicos em fachadas aliam eficiência e estética Como promover o equilíbrio entre a estética e a eficiência de fachadas de vidro com BIPV (painéis solares integrados à construção)? Erika Saretta, mestra-assistente da Universidade de Ciências Aplicadas e Artes do Sul da Suíça, indicou soluções arquitetônicas já existentes, além de apresentar opções de tratamento dos painéis para esse resultado. O assunto também foi abordado por Tomas Lenkimas. Chefe do departamento de pesquisa e desenvolvimento da processadora Glassbel, ele apresentou a sede da empresa na Lituânia, com fachada dupla e uso de painéis fotovoltaicos, e também detalhou o desempenho do prédio em relação às expectativas, seu impacto ambiental, custos e aprendizados com o projeto. Ideia chave: os fotovoltaicos precisam se tornar, cada vez mais, uma opção viável para arquitetos e engenheiros.
Controle da anisotropia
A anisotropia é uma característica óptica do vidro temperado que resulta em um efeito de manchas coloridas na superfície das chapas. Essa é uma característica do processo de têmpera que parecia ser impossível de evitar. No entanto, uma esperança nesse sentido foi divulgada. Em sua palestra, Francis Serruys, gerente-sênior da Saint-Gobain Glass Solutions, comentou sobre um equipamento capaz de visualizar e medir o nível de anisotropia dos vidros. Isso irá permitir o controle desse efeito até então pouco estudado. Ideia chave: a busca pela qualidade do produto deve ser uma constante em nosso mercado.
‘Fachadas inteligentes’: a revolução na arquitetura
A evolução do uso do vidro em fachadas ao longo dos últimos anos foi o tema de Stephen Selkowitz, consultor do Lawrence Berkeley National Laboratory. Seu objetivo era entender quais fatores guiarão o envidraçamento nas próximas décadas. O conceito de “fachada inteligente” será uma constante cada vez mais presente, segundo Selkowitz, seja para oferecer conforto aos ocupantes de um edifício ou para fornecer energia (com a integração de painéis fotovoltaicos nas estruturas). Além disso, nosso material será encarado como um elemento dinâmico da construção, ao invés de algo estático. A maior aplicação de vidros tecnológicos já está se tornando uma realidade — um exemplo disso é que, neste ano, os vidros low-e, com baixa emissividade, representarão cerca de 90% da fatia de mercado nos EUA. Ideia chave: o vidro deixou de ser um mero elemento de fechamento faz tempo.
A segurança dos laminados
Sandro Casaccio, da Kuraray, detalhou as diferentes formas de aplicação dos laminados, principalmente os com películas especiais de segurança. Além de apontar os benefícios de PVBs acústicos e quais estruturas podem receber esse tipo de vidro (como coberturas e claraboias), mostrou projetos ao redor do mundo, com destaque para três deles. No New York Pierhouse, em Nova York, o uso de laminado acústico permitiu a criação de uma fachada transparente em um empreendimento residencial. Também nos Estados Unidos, a Porsche Design Tower, localizada em Miami, possui o interlayer Ionoplast, produzido pela Kuraray, que é capaz de fazer o vidro resistir a furacões. Já o prédio da AIDA Entertainment Building, na Alemanha, ganhou PVBs coloridos, dando vida às cerca de quinhentas peças de vidro da fachada. Julia Schimmelpennnigh, da Eastman, que também falou sobre laminados em sua palestra, apresentou dados sobre testes realizados nesse tipo de vidro, chegando à conclusão de que o PVB estrutural é menos suscetível à delaminação e manchas nas bordas do vidro do que o PVB comum. Ideia chave:interlayers especiais permitem aplicações diferenciadas do vidro laminado.
Vidro e a busca pelo diferente
Marcin Brzezicki, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Wroclaw (Polônia) abordou as tendências no design de fachadas transparentes. Para ele, os arquitetos agora buscam alternativas artísticas, próximas da escultura. Foram mostradas obras com inovações, como pele de vidro com formações geométricas tridimensionais e brises (quebra-sóis) com o material. Na edição de maio deste ano de O Vidroplano, foi citada a nova sede da empresa de cosméticos Natura, em São Paulo, que também ganhou brises envidraçados. A arquitetura nacional está de olho no que se torna padrão lá fora. Ideia chave: nossas empresas devem trabalhar próximas de arquitetos e engenheiros para criar soluções de aplicação.
O Portal Abravidro e nossas redes sociais levaram ao setor vidreiro nacional informações em primeira mão do Glass Performance Days (GPD) 2017. A cobertura fez sucesso: recebemos comentários no Facebook sobre o fórum e até mesmo a respeito de um dos temas mais debatidos na Finlândia — a anisotropia. Veja abaixo alguns deles. A reportagem completa sobre o GPD está nesta edição (para lê-la, clique aqui).
Excelentes informações na cobertura de vocês sobre o GPD 2017! Felipe Durães Art Final Soluções em Vidro Rio de Janeiro
Lembro-me de que, quando apareceram no Brasil os primeiros fornos horizontais, na década de 1990, observei que o fenômeno anisotrópico estava literalmente invisível. Pesquisando e comparando entre fornos horizontais, verticais e sopradores de bicos de borracha, alumínio etc., cheguei à conclusão de que a diferença estava no uso de sopradores em forma de lábio, substituindo os tradicionais bicos de borracha ou de alumínio com boca de diâmetro 4 mm, para sopragem do ar temperador. Espero, em breve, comparar e ver se existem outras novidades sobre o assunto. Nunca se deve parar de pesquisar, entender e crescer profissionalmente. Por sinal, ao longo do tempo, incluí sopradores de lábio em fornos verticais e o resultado foi o esperado, sem anisotropia! Francois Willemin Fortaleza
A 13ª edição do maior encontro do setor vidreiro do Brasil já tem data e local para acontecer: o Simpovidro será realizado de 9 a 12 de novembro, no Costão do Santinho Resort, em Florianópolis. Como de costume, o espaço é um resort all inclusive com certificado de excelência do Trip Advisor — um dos sites mais conceituados do mundo em análise de hotéis — e já foi eleito várias vezes, em diferentes prêmios, como o melhor resort de praia do Brasil.
A temática do evento terá como base o Oscar, a badalada festa hollywoodiana. Afinal, em meio às dificuldades enfrentadas pelo País, os empreendedores e profissionais do nosso setor merecem ser reconhecidos por continuarem investindo, gerando empregos e dando sua contribuição para a economia nacional. Esse empenho ficou claro durante a última edição do Simpovidro: em 2015, mesmo com o cenário de instabilidade econômica do País, o simpósio conseguiu reunir 814 participantes. A seguir, conheça um pouco mais sobre o local e os passos para se inscrever no evento. E não deixe de acompanhar o hotsite do Simpovidro, pois mais informações serão divulgadas nos próximos meses.
Conheça a ‘casa’ do 13º Simpovidro
O Costão do Santinho Resort está localizado em Florianópolis, a 44 km de distância do Aeroporto Internacional de Florianópolis – Hercílio Luz e a apenas 35 km do centro da cidade. O resort conta com:
– Um complexo aquático com 9 piscinas na área social, uma delas com borda infinita e vista para o mar;
– 5 restaurantes;
– 4 bares;
– Atividades de recreação organizadas por monitores para adultos e crianças;
– Uma das mais completas infraestruturas para a prática esportiva em resorts do Brasil, em diversas modalidades;
– Costão Spa, com diversas opções de tratamento para relaxamento, emagrecimento ou embelezamento;
– Espaços dedicados para as crianças, como o Costão Kids, Costão Games e Costão Baby.
Acomodações Uma série de acomodações estarão disponíveis nas seguintes áreas:
VILAS PORTUGUESAS — São 14 prédios, dentro do resort, cuja construção lembra aspectos históricos da colonização açoriana local em sua arquitetura com tijolos aparentes, arcos e aberturas coloridas. Cada vila tem apartamentos nas versões Standard e Superior (esta última com opções de um, dois ou três dormitórios).
HOTEL INTERNACIONAL — Localizado bem em frente à praia do Santinho. Ele terá algumas de suas suítes à disposição dos participantes do Simpovidro, na opção Júnior.
Conheça os apoiadores do simpósio (até agora!) Ao que parece, o sucesso do Simpovidro 2015 se repetirá neste ano. As cotas de apoio mal foram liberadas e diversas empresas demonstraram interesse em participar do encontro. Até o fechamento desta edição de O Vidroplano, nove empresas já estavam confirmadas como apoiadoras oficiais. Quer que sua empresa também apoie o Simpovidro? Fale com a Abravidro no tel. (11) 3873-9908.
Por dentro do Simpovidro – Objetivo: aliar atualização sobre o mercado, networking e lazer em um ambiente descontraído;
– Apresentações: o Simpovidro sempre reúne palestrantes renomados, entre grandes personalidades da área de gestão e líderes de nosso setor, para relatar suas experiências em conferências enriquecedoras e cheias de criatividade;
– Área de exposição: o simpósio também dedica um espaço para as empresas apoiadoras apresentarem seus produtos, uma boa forma de profissionais do setor conhecerem novidades e fecharem negócios;
– Por que participar: o evento é uma oportunidade valiosa para se relacionar com atuais ou futuros clientes, trocar informações e fechar negócios, além de se atualizar sobre as tendências em um ambiente diferenciado e desfrutar de momentos de lazer.
Inscreva-se já! As inscrições para o 13º Simpovidro são feitas pelo hotsitewww.simpovidro.com.br
DESCONTOS ESPECIAIS:
– 20% para os associados da Abravidro
– 15% para as empresas afiliadas às entidades regionais
Veja a tabela de preços no hotsite do Simpovidro.
Central de Atendimento Simpovidro
Dúvidas sobre o simpósio? Ligue para (11) 3670-1388
É com muita alegria que anunciamos a 13ª edição do Simpovidro, o maior encontro vidreiro do Brasil! Em um ano de crise como o que estamos vivendo, nós, da Abravidro, entendemos que a sua realização se torna ainda mais importante e necessária.
Nosso simpósio reúne, a cada dois anos, os maiores empresários da cadeia vidreira de todas as regiões do País, em uma excelente oportunidade de networking e interatividade, em meio a um ambiente propício para a geração de negócios. Este ano não será diferente!
Se, em 2015, buscamos inspiração no circo para nos reinventarmos em meio ao caos político e econômico, agora o evento será realizado com o propósito de reconhecer o segmento, que vem lutando bravamente contra o desaquecimento do nosso mercado. Por isso, nos basearemos no Oscar, a badalada festa anual do cinema.
O encontro será mais curto, com duração de três dias, mas estamos trabalhando para oferecer uma programação de excelência, como já é tradição no Simpovidro. Há anos, frequento o simpósio com a minha família e estou muito feliz em poder participar como organizador desta vez. Acompanhei de perto as visitas técnicas para a escolha do local e as negociações para podermos oferecer as melhores condições de inscrição. Chegamos a considerar fazê-lo nos arredores de São Paulo, já que o Estado concentra parte expressiva dos participantes, mas o custo para se fazer um evento no padrão do nosso na região era inviável.
Por isso, deixamos a Bahia, que acolheu as últimas quatro edições do Simpovidro, e seguimos para Santa Catarina, no belíssimo Costão do Santinho Resort. No momento, estamos focados na seleção de palestrantes de alto nível para, mais uma vez, levar conteúdo de qualidade aos participantes.
Agora, contamos com o envolvimento de cada um de vocês para fazer desta edição mais um sucesso de público!