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Cada vez mais doméstico

Existe uma relação grande entre nosso setor e o de linha branca, aquele que produz eletrodomésticos de maior porte, usados no dia a dia das famílias. Faz tempo que o vidro é usado em fogões, claro. No entanto, atualmente, há uma forte tendência de maior aplicação do material, conferindo novas características a esses produtos. Por isso, é importante entender como funciona esse trabalho que se mostra relevante para a cadeia vidreira, ainda mais com a baixa atividade da construção civil.

O Vidroplano conversou com fabricantes, processadores e especialistas do setor vidreiro para trazer detalhes sobre a forma de produção dos vidros usados nos eletrodomésticos e o que os beneficiadores precisam fazer para se adequar às exigências do mercado.

Quais itens da linha branca levam vidro?
O material pode ser aplicado nos seguintes produtos:
– Fogões e fornos (peças internas, tampas e portas);
Cooktops;
– Micro-ondas;
– Coifas;
– Geladeiras residenciais (prateleiras internas, revestimento externo);
– Máquinas de lavar;
– Itens para churrasqueiras.

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Como é o mercado?
Rafael Nandi da Motta, diretor da processadora Vipel, comenta que “é um mercado que exige precisão de produção e logística”, opinião reforçada por João Roberto Musumeci, sócio-gerente da também processadora Diamante Vidros: “Os fabricantes de linha branca têm se tornado cada vez mais atentos em relação à qualidade, prazos de entrega e atendimento pós-venda”.

Para Glória Cardoso, coordenadora de Marketing da Pilkington, nosso material é apenas parte dos inúmeros insumos utilizados pelas montadoras para a fabricação dos eletrodomésticos e, “portanto, passam por um rigoroso processo de controle de qualidade, de modo que seja mínima a tolerância de variabilidade entre as peças”.

Apesar do mau momento econômico brasileiro ainda persistir, esse setor teve alta de 8% no volume de vendas do varejo em 2017 — e a expectativa é de um número ainda melhor em 2018, segundo dados da empresa de estudos de mercado GfK, um dos mais importantes institutos de pesquisa do mundo. Nos cinco primeiros meses deste ano, o mercado de bens duráveis cresceu 6% no faturamento em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda segundo a GfK, o perfil do consumidor final também mudou nos últimos tempos: ele está mais interessado em produtos com atributos tecnológicos ou design diferenciado. É aqui que entra o vidro.

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Os desafios da produção
“Cada projeto é único e desenvolvido em conjunto com o cliente, atendendo demandas muito específicas. Assim, o ponto chave é conhecer profundamente os aspectos relacionados ao processamento, além das características da montagem e particularidades desse cliente”, explica Evandro Neves, da Saint-Gobain Euroveder Brasil.

O módulo de Planejamento, Programação, Controle da Produção e Estoques, da Especialização Técnica Abravidro, pode oferecer o conhecimento técnico necessário para a adequação da produção. “O treinamento tem foco nas necessidades imediatas das empresas e objetiva proporcionar alto desempenho e excelência a elas”, comenta Cláudio Lúcio, responsável pelo curso.

A seguir, veja algumas das principais práticas a serem seguidas:

COMPETITIVIDADE
Para Flávia Possamai, gerente-comercial da processadora Rohden, é preciso estar atualizada para se habilitar a ser fornecedora. “É primordial que as empresas vidreiras tenham um sistema enxuto de produção, aprimorando sua gestão de processos”, destaca. “O investimento constante em tecnologia de ponta é outro quesito a ser analisado”, indica Hildegard Tres, responsável pela área de desenvolvimento de projetos da beneficiadora Casa do Vidro.

PADRONIZAÇÃO
Essa é a questão mais relevante. Comparando com os vidros para a construção civil, a principal diferença no processamento dos vidros para linha branca está na produção seriada, com grandes lotes de peças padronizadas. Isso aumenta a importância do setor de controle de qualidade e de se seguir os processos corretos em cada etapa do beneficiamento.

TÊMPERA
A empresa precisa ter total domínio desse processo, já que, com frequência, os produtos levam peças finas, de 3 mm de espessura, que precisam de conhecimento técnico específico para sua produção.

SERIGRAFIA
Devem-se controlar a viscosidade e a temperatura de secagem da tinta para melhor resultado.

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Quais são as tendências vigentes?
Nosso material tem cada vez mais espaço em eletrodomésticos. “O vidro vem substituindo outros elementos”, constata Fabrício Flach, gerente-comercial do Grupo Tecnovidro, dono da marca de cooktops e utilidades domésticas Casavitra. Segundo ele, plástico e aço inox estão sendo deixados de lado em prol de maior transparência e durabilidade. Algumas tendências:

– Utilização de vidros de maior valor agregado, como serigrafados ou impressos em cores variadas, refletivos e low-e;
– Preferência por formas mais complexas, incluindo curvas;
– “Um expressívo número de consumidores tem migrado de fogões tradicionais para cooktops e mesas envidraçadas”, comenta Deise Santos, responsável pela linha branca na processadora Multivetro. As cores também influenciam o consumo, segundo a diretora de Vendas e Marketing para Brasil e América do Sul da Schott, Maria Cristina Cardoso. “Os cooktops na cor preta são os preferidos, mas também há a tendência para o lançamento em outros tonalidades, como branca, vermelha e amarela”, declara;
– Acabamento externo em portas de geladeiras.

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Refrigeração: qual a diferença?
A refrigeração comercial (que inclui grandes balcões e geladeiras expositoras usadas em supermercados) é um setor bem próximo ao de linha branca. “As beneficiadoras que atendem um normalmente trabalham com o outro”, explica o instrutor técnico da Abravidro, Cláudio Lúcio da Silva.

O maior diferencial está na larga utilização do low-e, vidro de baixa emissividade que impede a troca de calor entre ambiente frio (interno) e quente (externo), auxiliando na manutenção da temperatura do equipamento. “Como consequência, tem-se menos consumo de energia em refrigeradores com portas de vidro, sejam eles horizontais ou verticais”, destaca Evandro Neves, gerente-comercial da Saint-Gobain Euroveder Brasil.

As necessidades da linha branca
A Tramontina, listada entre as maiores fabricantes nacionais de produtos de utilidade doméstica, aposta no vidro por diversos fatores, como explica Felipe Lazzari, seu diretor-comercial: “O material agrega valor na mistura de elementos, ou seja, sua combinação com o inox, por exemplo, aumenta a variedade de desenhos e possibilidades na hora de decorar a cozinha. Vale destacar ainda o fato de ser um elemento de fácil limpeza”. A relevância para o design das peças é notável. O cooktop Slim Glass Flat 4GG ganhou para a marca dois dos principais prêmios desse ramo do mundo este ano, o If Design Award e o Red Dot Award.

E o que mais a marca deseja de nosso mercado? “A Tramontina espera soluções competitivas em materiais quando o assunto é vidro fabricado no Brasil”, responde Lazzari.

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Norma para vidros da linha branca
A NBR 13866 — Vidro temperado para aparelhos domésticos da linha branca estabelece requisitos e ensaios de avaliação do material destinado a esse mercado.

Ensaios
Semelhantes aos do vidro temperado, mas com diferenças importantes: cada um deve ser feito com corpos de prova em tamanhos e quantidades diferentes.

Requisitos
– Tolerâncias dimensionais (espessura, dimensões lineares e tolerâncias para furos);
– Acabamento de bordas;
– Empenamento, afastamento e abaulamento;
– Aspecto visual;
– Resistência ao choque mecânico;
– Ensaio de fragmentação.

Este texto foi originalmente publicado na edição 548 (agosto de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Negócios à vontade

Desde 2016, a casa do Mercado Livre no Brasil está em Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo. Ali encontra-se a MeliCidade, sede no País da empresa argentina de tecnologia para soluções de comércio eletrônico. O espaço chama atenção por seu aspecto mais moderno e descontraído e também pelo amplo uso de vidros, proporcionando integração entre as salas e ambientes do galpão — e até contribuindo para sua sustentabilidade energética!

Conheça a seguir um pouco mais sobre essa obra.

vp_mercadolivre3Ficha técnica
Autores do projeto: escritórios Athié Wohnrath e Estudio Elia / Irastorza (EEI)
Local: Avenida das Nações Unidas, Osasco, SP
Área: 17 mil m²
Conclusão: 2016

Espaço jovem para jovens profissionais
O grupo Athié Wohnrath, em parceria com o escritório argentino Estudio Elia / Irastorza (EEI), foi o responsável por todo o projeto do retrofit do prédio escolhido para a nova sede do Mercado Livre — até instalar-se em Osasco, a empresa atendia na vizinha Barueri. Um de seus principais cuidados foi garantir que a MeliCidade tivesse a cara da empresa. “Como o Mercado Livre tem colaboradores extremamente jovens, o espaço precisava estar dentro das expectativas desse grupo”, conta Sérgio Athié, sócio-fundador e diretor da empresa de arquitetura. “Ter áreas de colaboração e ambientes flexíveis era fundamental para garantir a dinâmica de trabalho interativa da companhia.”

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Para alcançar esse e outros objetivos, como ambientes mais confortáveis e informais para as reuniões e troca de ideias, a Athié Wohnrath buscou inspiração nos conceitos de diversas instalações de empresas localizadas no Vale do Silício, na Califórnia (EUA). Além disso, priorizou três importantes pilares para a concepção da nova sede: encantar talentos, aproximar-se de parceiros e clientes e promover a sustentabilidade e o aumento na qualidade de vida de todos.

Nesse sentido, o vidro foi um material de grande importância. Com sua transparência, favoreceu a integração plena tanto entre os espaços internos do edifício como entre a obra e a área externa. Outro benefício trazido pelo material, comenta Athié, é que ele aumentou a luminosidade nos ambientes.

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Segurança e imponência transparentes
A diversidade de tipos de vidro destaca-se na MeliCidade. Já nas portarias que levam à entrada, blindados multilaminados garantem a proteção de quem está dentro delas. Grande parte da fachada dos três blocos que compõem a sede do Mercado Livre é uma pele de vidro com laminados jumbo 8+8 mm, com cerca de 2 m de comprimento e 6 de altura.

Dentro da edificação, mais vidro: os fechamentos das salas redondas levam temperados laminados curvos 4+4 mm, enquanto os espaços para reuniões e treinamentos contam com divisórias industriais de laminados 4+4 mm encaixilhados, também usados para a cobertura do pergolado.

A obra emprega ainda peças brancas e espelhos como parte do seu revestimento interno.

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Deixa a luz do céu entrar
Outro papel chave do vidro na MeliCidade é contribuir para sua eficiência energética — e o grande aproveitamento da iluminação natural não é a única forma pela qual ele faz isso. Nosso material está presente nos 2 mil painéis fotovoltaicos da cobertura da sede, os quais geram metade da energia distribuída no complexo. As placas de vidro compondo esses sistemas não só os protegem de danos como os causados por chuvas de granizo, mas também permitem a passagem de luz para dentro deles, convertendo-a em eletricidade para consumo próprio da edificação.

“Já que um dos pilares do projeto era o da sustentabilidade, a energia, claro, era um tema relevante nesse caso, pois o local funciona 24 horas por dia, sete dias por semana”, explica Athié. Dessa forma, os escritórios responsáveis pelo projeto avaliaram conjuntamente as opções de racionalizar o consumo e optaram pelo uso das placas fotovoltaicas, uma vez que a área de cobertura do prédio é bastante grande.

Outras soluções voltadas para a sustentabilidade da obra também foram adotadas. Entre elas, um sistema de armazenamento de água para ser utilizada nos banheiros e jardins.

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Curiosidades da MeliCidade
O nome do espaço vem de “Meli”, sigla pela qual o Mercado Livre é conhecido na bolsa Nasdaq, e “cidade”, porque a ideia principal para a sede é que os funcionários tenham acesso a todo tipo de comodidade a passos de distância.

A MeliCidade tem:
– 140 salas de reunião
– 11 salas de treinamento
– Auditório com 200 lugares
– Arquibancada para eventos internos
– Biblioteca
– Cafeteria
– Espaços de descanso
– Restaurante com capacidade para 450 pessoas
– Área de esportes e lazer chamada de “Meli Mall”, com academia, salão de jogos, salão de beleza, atendimento nutricional e massagem
– Área externa com um jardim com redes e uma quadra poliesportiva

Este texto foi originalmente publicado na edição 548 (agosto de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Como anda o setor vidreiro nacional?

A crise econômica no País já dura vários anos e o setor vidreiro foi duramente atingido, tendo como principal causa o encolhimento das atividades da construção civil, a maior mola propulsora de nossos negócios. Fatores internos do mercado de vidro também agravam a situação. Claro, não é apenas nosso mercado que sofre. Mas, afinal, o que está acontecendo?

Para entender o atual cenário, O Vidroplano faz um balanço dos indicadores econômicos da indústria brasileira, além de analisar os temas vidreiros que estão em pauta nas ruas e conversas de WhatsApp, incluindo questões como o abastecimento do mercado doméstico, as ações tomadas pelas usinas para resolver esse problema, as perspectivas para o segundo semestre e os possíveis investimentos futuros. O objetivo das páginas a seguir é jogar luz sobre o que gera dúvida e boatos para, quem sabe, encontrar saídas para nossas empresas.

Como está a indústria brasileira?
A situação pela qual o vidro passa é a mesma de todo esse setor, com escassez e aumento no valor da matéria-prima. Quem diz isso é a Sondagem industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para o mês de junho. Os três principais problemas enfrentados pelas indústrias no segundo trimestre são os mesmos do primeiro (veja o gráfico Principais problemas enfrentados pela indústria no 2º trimestre de 2018, mais abaixo). Atenção matéria-prima: com 26,9% de assinalações, o item teve aumento de percentual pelo quarto trimestre consecutivo, firmando-se na 3ª posição.

Outro dado relevante: houve aumento da atividade em relação a maio, o que reverteu a queda causada pela greve dos caminhoneiros, que interrompeu o transporte rodoviário de cargas durante vários dias.

O IBGE também revelou que a produção industrial recuperou-se em junho, com a maior alta da série histórica, iniciada em 2002. O acumulado do ano marca crescimento de 2,3% em relação a 2017.

A Sondagem industrial da CNI mostra ainda que há otimismo para os próximos meses com relação à demanda, compra de matérias-primas e exportações. Porém, a intenção de investimento segue caindo.

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Construção: em marcha lenta, mas com perspectivas futuras
Um dos motivos que impedem nosso setor de voltar a crescer é a estagnação da construção civil, responsável por cerca de 80% do consumo de vidros planos no Brasil. Enquanto grandes projetos estão paralisados ou nem saíram do papel, são as pequenas reformas e retrofits, tanto de empreendimentos residenciais como comerciais, que têm movimentado o mercado.

O índice de julho da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) mostra um movimento, ainda tímido, de retomada nesse setor, com aumento de 5,7% no faturamento de julho em relação ao mesmo mês em 2017. O crescimento acumulado no ano, em relação ao mesmo período em 2017, é positivo: 1,7%, número pouco maior que a projeção de crescimento anual de 1,5% feita pela associação.

Portanto, as coisas não estão tão ruins, mas ainda longe de se comemorar, como reforça o Monitor da construção civil, um dos índices mais relevantes desse mercado, produzido pelas consultorias Tendências e Neoway Creative.

principais_problemasDa expectativa à preocupação
Como relembra o presidente da Abravidro, José Domingos Seixas, existia um clima geral de otimismo para 2018. “Os números dos primeiros meses indicavam uma retomada a ser consolidada ao longo do ano, ainda que de forma tímida. Mas os problemas enfrentados pelo País, principalmente a greve dos caminhoneiros, fizeram a produção diminuir, atingindo em cheio os planos das empresas”, analisa.

No entanto, o segundo semestre pode trazer coisas boas — tanto econômica como politicamente. “Temos esperança de que o mercado volte a se aquecer e a oferta de vidro se estabilize por completo”, afirma Seixas. “Em relação às eleições, nossa expectativa é de que o presidente escolhido atue na promoção de um novo ciclo de desenvolvimento, investindo em infraestrutura e projetos para o fomento da construção civil e que tenha um olhar atento aos temas tributários.”

O dirigente reforça ainda a postura da Abravidro para que o setor resolva os problemas pontuais enfrentados nos últimos tempos. “Continuamos trabalhando e pressionando para que as questões estruturais de nosso mercado sejam resolvidas, além de buscar o que de melhor pode ser feito no âmbito de nossas empresas.”

IACI

Falta vidro no mercado?
Uma questão que ronda o segmento há cerca de um ano é a dificuldade de alguns processadores no acesso à matéria-prima. No mês passado, a Abravidro realizou uma assembleia-geral extraordinária para discutir o tema. Na ocasião, a diretoria da entidade avaliou os dados do setor vidreiro e outros correlatos. Foi unanimidade entre os participantes que a situação está em via de ser normalizada e que qualquer questionamento ao direito antidumping vigente não seria oportuno neste momento. As usinas que atuam no Brasil são capazes de produzir 6.680 t/dia de vidros planos. Considerando esse número e os dados de consumo de vidros planos no País, é possível concluir que há uma sobreoferta de vidros no mercado. Em 2016 e começo de 2017, as usinas passaram a exportar parte da produção excedente. Desde setembro de 2017, quando surgiram os primeiros relatos de falta de vidro, essas companhias alegam ter tomado ações para reverter o problema. Segundo Franco Faldini, diretor de Vendas e Marketing da AGC, fatores pontuais que levaram a essa situação já estão sendo contornados pelas usinas. “Temos colocado esforços na busca por melhorias em logística e aumento da produtividade, além de drástica redução em exportações”, explica. Até a inauguração da nova planta (veja mais no boxe Novos investimentos no setor, mais abaixo), a empresa busca suporte para aumentar as importações.

A Cebrace não concorda com a expressão “desabastecimento generalizado”, já ouvida por aí. “Podemos reconhecer deficiência no serviço, e não na disponibilidade, em algum momento do segundo semestre de 2017 e início de 2018, mas entendemos que o mercado está abastecido de forma adequada”, analisa o gerente-comercial Flávio Alves Vanderlei. Para ele, os clientes têm sido atendidos conforme suas necessidades.

As plantas da Guardian estão produzindo com capacidade total, relata Ricardo Knecht, gerente-geral para a América do Sul: “Contamos com investimentos como a manutenção do forno de Porto Real (RJ), concluída em janeiro deste ano, o aumento da frota de caminhões e a ampliação do parque de embalagens”. A empresa também se esforça para trazer vidro de fora, ampliando a gama de produtos oferecidos por aqui.

A Saint-Gobain Glass aposta na proximidade com o cliente para entender necessidades e, com isso, conseguir oferecer os produtos. “Há uma demanda crescente por vidro no mundo. Observamos mercados, que antes dependiam exclusivamente da China, se abrirem para novas soluções e fornecedores, e o Brasil não está fora disso”, comenta Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da usina.

Segundo Henrique Lisboa, diretor-comercial e de Marketing da Vivix, a companhia tornou a investir na expansão da capacidade produtiva. E o fará por meio da instalação de equipamentos que aumentarão a produção em até 10%. “Além disso, diminuímos de forma significativa nosso programa de exportações, a fim de atender o abastecimento nacional, que é, indiscutivelmente, nossa prioridade.”

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Os efeitos da greve dos caminhoneiros
Como visto no gráfico Utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual, nesta reportagem, a paralisação do transporte rodoviário diminuiu fortemente a atividade industrial e a confiança dos empresários, gerando corrida por estoques por parte das processadoras.

De forma geral, as usinas foram afetadas tanto na produção como na logística por falta de matéria-prima e insumos. Somente com a aplicação de planos de contingência foi possível reverter a situação e passar a operar normalmente, com os níveis de antes da paralisação

A Vivix não precisou interromper sua produção, graças à proximidade da empresa para beneficiamento de matéria-prima, localizada a poucos quilômetros de sua planta. A companhia, no entanto, posicionou-se contra a tabela de fretes mínimos fixada pelo governo federal e informou que ainda existem dificuldades para a contratação de frete, o que segue impactando o abastecimento do mercado.

2018: o ano até aqui
Como visto no gráfico Índice de Atividade da Construção Imobiliária (IACI) nesta reportagem, existem dados concretos que indicam a melhora da construção civil. E, melhor ainda, as próprias construtoras acreditam nisso: a Cyrela, por exemplo, anunciou que crê na possibilidade de atingir metas internas e melhorar margens, permitindo uma nova distribuição de dividendos aos acionistas ainda este ano. A MRV, maior construtora de imóveis econômicos do País, lucrou 18% mais no segundo trimestre e estima um desempenho ainda mais robusto nos próximos meses.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também projeta crescimento para o setor automotivo (automóveis e máquinas agrícolas) em 2018. A associação prevê que sejam produzidos 11,9% a mais que em 2017, alcançando 3,02 milhões de unidades.

Mas como as usinas vidreiras enxergam 2018 e o que deve ser feito para a retomada dos negócios se tornar realidade? “Estamos enfrentando um ano de transição com alta volatilidade, incertezas políticas e pressões nos custos dos insumos básicos, além da sensível redução nas estimativas de crescimento econômico”, analisa Faldini, da AGC. A fabricante acredita que o segundo semestre não será muito diferente.

A Cebrace está otimista, porém com certa cautela, em relação aos próximos meses. “Começamos o ano com um cenário positivo a partir das previsões, principalmente com o PIB chegando a 2,5%. Infelizmente, o cenário foi alterado de forma substancial, devido às incertezas do Custo Brasil e do cenário político”, explica Vanderlei.

Para a Saint-Gobain Glass, existe a perspectiva de crescimento nas vendas, conforme comenta Zanatta: “Com uma oferta maior de mix de produtos para o mercado, podemos aumentar as possibilidades para nossos parceiros”.

Lisboa, da Vivix, concorda que pouco pode mudar este ano. “O mercado da construção civil apresentou resultado similar ao de 2017. Acreditamos que esse cenário se manterá no segundo semestre.”

O futuro do mercado e as eleições
As usinas foram contundentes em indicar o que precisa ser mudado para o setor voltar a crescer — e as eleições serão essenciais para isso. Os candidatos à presidência da República (leia mais no bloco Presidenciáveis debatem construção civil, mais abaixo) precisam mostrar propostas voltadas para trazer eficiência e competitividade para a indústria, incluindo:

– Estímulo à livre concorrência;
– Investimento em infraestrutura;
– Qualificação da força de trabalho;
– Reforma tributária, passando pela redução da carga de tributos por meio da simplificação do sistema atual;
– Redução da burocracia, que torna as operações corporativas pesadas e lentas;
– Redução da chamada “máquina pública”, com melhor gestão dos recursos arrecadados.

O vidro está caro?
Somente este ano, o mercado foi pego de surpresa por dois anúncios de aumentos da matéria-prima. Alguns produtos passaram a custar algo em torno de 25% a mais. Por que isso ocorreu?

“O setor ainda é impactado por alterações de custos que interferem na estrutura de preços e, como é de conhecimento notório, a fixação de preço é, por princípio e por decisão constitucional, livre”, reforça Faldini, da AGC.

Para se chegar a uma explicação, é preciso analisar as variáveis macroeconômicas, reflete Zanatta, da Saint-Gobain Glass. Diz ele: “Se levarmos em conta que somente para o item gás natural, responsável pela manutenção dos fornos, nós tivemos um aumento instantâneo, não gradual, é possível imaginar o desafio que seja fabricar a preços competitivos”.

A opinião é compartilhada pela Vivix, que relembra ainda a alta no preço da barrilha, material fundamental para a produção do vidro. “No entanto, é importante frisar que os preços realizados no mercado neste momento estão retornando aos praticados há quatro anos, antes da crise”, afirma Lisboa.

Por questões estratégicas, Cebrace e Guardian preferiram não comentar o assunto.

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Novos investimentos no setor

AGC
Em 2019, no segundo semestre, a AGC vai inaugurar sua segunda planta, também em Guaratinguetá (SP). “Tivemos ainda recentemente a instalação de um coater, que produzirá nossa linha de vidros de controle solar, a Sunlux Shadow, desenvolvida para climas tropicais. Em adição, temos promovido também inúmeras melhorias em nossa infraestrutura para o acendimento do novo forno”, destaca Faldini.

Cebrace
No editorial da edição de abril da revista publicada pelo Sincavidro-RJ, revelou-se que a Cebrace trabalha para obter licenças ambientais para a construção de nova planta. Segundo Vanderlei, a empresa realiza com frequência estudos de viabilidade para projetos, de forma alinhada às projeções econômicas e à necessidade do mercado. “Sempre procuramos antecipar demandas, investir em linhas de produção, ofertar produtos e aprimorar a capacidade produtiva”, comenta o gerente-comercial.

Guardian
Knecht, da Guardian, afirma que a companhia “segue atenta às oportunidades que nos permitam trazer para o mercado local inovação em produtos e serviços, ampliar nossa capacidade e fortalecer o relacionamento com nossos clientes”.

Saint-Gobain Glass
Zanatta, da Saint-Gobain Glass, também confirma o compromisso da fabricante: “Estamos constantemente investindo em tecnologias, processos e produtos para melhor atender o mercado”.

Vivix
Há pouco tempo, a Vivix ampliou sua produção e construiu uma linha para a fabricação de vidros de proteção solar. Para Lisboa, “os futuros investimentos estão sendo avaliados à luz dos desdobramentos políticos e econômicos”.

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Presidenciáveis debatem construção civil
A Coalizão pela Construção, grupo formado por 26 entidades da indústria da construção civil, incluindo a Abravidro, apresentou a agenda estratégica do setor para os candidatos à presidência da República em encontro da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), no começo de agosto, em Brasília. Confira as propostas dos presidenciáveis presentes. Jair Bolsonaro (PSL) alegou problemas de agenda e não participou.

Marina Silva (Rede Sustentabilidade)
Ampliará a proporção de investimento no setor de infraestrutura, passando dos atuais 2% do PIB para, pelo menos, 4%. Sobre licenciamentos ambientais, reforçará os mecanismos vigentes para dar agilidade aos processos.

Geraldo Alckmin (PSDB)
A solução para maior competitividade é diminuir a interferência do governo na atuação empresarial. Sua ideia é estimular a atividade empreendedora para destravar a economia. A vice-presidente da CBIC, Maria Elizabeth Cacho do Nascimento, sugeriu a criação de um conselho consultivo do setor, o que foi acatado pelo candidato.

Álvaro Dias (Podemos)
Terá um conselho consultivo para o setor. Para ele, o ajuste fiscal deve ser acompanhado por crescimento econômico. Isso reforça a necessidade de segurança jurídica, simplificando o modelo de tributação.

Ciro Gomes (PDT)
Defendeu a importância do setor para a reviravolta econômica do País, afirmando que a construção sempre responde aos estímulos do governo, criando empregos e gerando renda de forma rápida e a custos baixos. Para Ciro, o setor permitirá o trabalho necessário de diminuir despesa e aumentar a receita.

Henrique Meirelles (MDB)
Garantiu que o setor privado será incorporado aos planejamentos para investimentos. Citou ainda o Programa Brasil Integrado, projeto de infraestrutura urbana que retomará mais de 7 mil obras paralisadas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 548 (agosto de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Capacitações consagradas e novas

Profissionais vidreiros dos Estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina contaram com uma série de atividades para capacitação. Saiba como foram elas!

 

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Amvid-MG, em Belo Horizonte
Nova cartada para os vidreiros
Em junho, a Amvid lançou o Treinamento de Lideranças de RH e Comercial de Vidraçarias de Minas Gerais (Trhuco). Por meio de dinâmicas, debates e exposições dos conteúdos de cada encontro, a consultora Ivana Moreira ensina novas técnicas de abordagem ao consumidor e como atuar nas mídias digitais e identificar os pontos fortes de cada membro da equipe para a área comercial. Os profissionais de recursos humanos aprendem a desenvolver a capacidade de liderança e a promover o engajamento dos colaboradores. A iniciativa, muito bem-recebida pelo setor vidreiro de Minas Gerais, já recebeu novas oficinas nos dias 8 e 9 de agosto.

 

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Adivipar-PR, em Cascavel (PR)
15 anos de conquistas!
A Adivipar completou 15 anos de existência em julho. Para celebrar, a associação reuniu seus diretores, associados e parceiros (no dia 20) para um jantar de confraternização no restaurante Casa do Marquês. Durante o evento, um vídeo foi exibido relembrando toda a trajetória da Adivipar e o presidente da entidade, Jaime de Paula Peicher, falou a todos sobre o grande orgulho e responsabilidade de estar à frente de uma instituição altamente respeitada, além de elogiar o trabalho competente dos empresários que compõem o seu quadro diretivo.

No dia seguinte, o mesmo restaurante recebeu outra atividade da associação paranaense: a 2ª edição do Workshop Adivipar para Vidraceiros. O treinamento teve 120 participantes de cerca de 10 cidades da região e reuniu em uma mesa de debate representantes das usinas vidreiras AGC, Cebrace e Guardian (patrocinadoras do workshop juntamente com a Saint-Gobain Glass e Vivix) — o mediador foi Lucas Bremm (vice-presidente da associação paranaense). Em forma de bate-papo, eles apresentaram seus produtos e trouxeram informações enriquecedoras sobre as especificações do vidro.

 

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Ascevi-SC, em Chapecó (SC)
Sucesso no Oeste catarinense
A 2ª edição do Qualifique e Sirva-se foi organizada pela Ascevi e pelo Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vidro, Espelho, Cristais em Santa Catarina (Sindicavidros), na cidade de Chapecó, no dia 4 de agosto. A principal palestra foi feita pela coordenadora técnica da Abravidro, Vera Andrade, com o tema Normas técnicas, oportunidades de mercado para os vidraceiros — bastante solicitado na edição passada do treinamento. Além de reunir mais de cem participantes, a Ascevi observou que o interesse em relação ao Qualifique e Sirva-se foi muito grande: várias empresas da região disseram que pretendem se associar à entidade, e também pediram mais de suas atividades de capacitação para as grandes cidades do Oeste catarinense, incluindo o ArchiGlass (evento voltado para arquitetos, engenheiros e demais especificadores do nosso material).

 

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Sindividros-RS, em Porto Alegre
O mundo é de vidro
Esse foi o nome do workshop realizado pelo Sindividros-RS, por meio do Qualividros – Qualificar para transformar, durante a 21ª Construsul – Feira Internacional da Construção. Gabriel Batista, diretor do Grupo Setor Vidreiro, fez a principal palestra, na qual destacou a versatilidade do material em projetos de diferentes áreas da construção, apontando que o vidro é um dos materiais mais ecléticos do mundo e o futuro é dele. O evento também contou com apresentações de representantes das usinas vidreiras AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass e Vivix. Estes, ao falar sobre seus produtos, destacaram as diversas vantagens que o vidro traz às obras, de transparência e estética a conforto térmico e acústico.

O sindicato gaúcho, também com estande próprio na Construsul, apresentou a versatilidade dos nossos materiais e expôs a tabela Que vidro usar?, da campanha #TamoJuntoVidraceiro da Abravidro, em tamanho grande.

A parceria entre o Sindividros-RS e Gabriel Batista se repetiu mais duas vezes no começo do mês: ele foi o professor responsável pelos cursos “Vendas (O Vendedor de Vidros)”, nos dias 3 e 4, e “Vidro Temperado Básico (Medição, Folgas e Projetos)”, nos dias 10 e 11, ambos parte do Qualividros. No primeiro, Batista alertou que ainda há muitos vendedores que atuam apenas como tiradores de pedidos, e isso pode levar à perda de espaço do vidro no mercado — assim, os vidraceiros precisam disponibilizar aos seus clientes as informações sobre cada tipo de vidro e recomendar o uso de peças de valor agregado, explicando as vantagens que elas trazem para as obras. No segundo, a importância do acompanhamento das medições (para garantir sua máxima precisão) e o uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) em todos os trabalhos foram alguns dos pontos abordados.

 

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Sindividros-ES, em Vitória
Arquitetura premiada e envidraçada
No dia 7 de agosto, o Encontro de Capacitação do Vidro (Comvidro) chegou à sua 5ª edição este ano, organizada pelo Sindividros-ES no Edifício Findes. O arquiteto Guto Requena, fundador do premiado Estudio Guto Requena e ex-colunista de design, arquitetura e urbanismo no jornal Folha de S. Paulo, falou sobre alguns dos trabalhos que já realizou dentro e fora do País em que o vidro foi um material de destaque. O 5º Comvidro foi patrocinado pelas usinas vidreiras AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass e Vivix, e teve mais de 150 participantes, incluindo especificadores, profissionais vidreiros e consumidores finais.

Este texto foi originalmente publicado na edição 548 (agosto de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Eleições, promessas e expectativas

Foi dada, enfim, a largada para o início oficial das eleições 2018. Num ano em que o Brasil tem dificuldades para sair da crise econômica, política e moral que se abateu sobre o País, precisamos estar especialmente atentos — como cidadãos e também como empresários — ao que dizem os milhares de candidatos sobre os seus planos para o nosso futuro.

O setor vidreiro tem grandes expectativas sobre o que o próximo governante da nação brasileira pode fazer para recuperar a atividade da construção civil. No começo deste mês, a Abravidro, uma das 26 entidades que compõem a Coalização pela construção, esteve representada no encontro O futuro do Brasil na visão dos presidenciáveis, do qual participaram cinco candidatos à presidência da República.

O objetivo do evento era saber como o setor da construção pode contribuir para melhorar o País e também, claro, conhecer o que os presidenciáveis pensam para o segmento. O porta-voz da coalização, José Carlos Martins, presidente da CBIC, apresentou dados e argumentos que mostram o impacto do setor na economia brasileira: participação no PIB, geração de empregos diretos e indiretos e outros, num verdadeiro ciclo virtuoso. Martins também foi preciso sobre as demandas do nosso setor: segurança jurídica, crédito, planejamento e estímulo ao capital privado.

Os candidatos presentes ao debate deram sinais de entender a importância do segmento e dois deles chegaram a se comprometer a, se eleitos, criar um conselho consultivo da construção.

Depois do auge vivido nos anos de 2013 e 2014, período sem precedentes para o mercado vidreiro nacional, a queda vertiginosa que nos atingiu vem deixando como marcas a queda no número de empregos gerados, os aumentos da informalidade e da criatividade tributária, a concorrência desleal e o fechamento de empresas por todo o País.

Seja quem for o eleito, nossa expectativa é recuperar a capacidade de investimento e voltar a ver novos prédios subindo no horizonte das cidades brasileiras.

DomingosJosé Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 548 (agosto de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

WhatsApp: instantâneo, mas profissional

Escrito por Emanuellen Trizi

É praticamente impossível imaginar a comunicação atual sem o WhatsApp. Aos poucos, o aplicativo passou também a ser uma ótima ferramenta para falar com clientes. Se você ainda não o usa, aqui estão algumas dicas para que esse novo canal seja efetivo para sua empresa.

Profissional x pessoal
Tenha um número somente para a empresa e outro para uso pessoal. Com isso, os contatos e as conversas serão distintos. Você não vai querer enviar “sem querer” para o cliente aquela imagem compartilhada no grupo da família, certo?

Mantenha o tom profissional
O WhatsApp é um canal como qualquer outro e, por isso, deve-se ter atenção à forma de se comunicar. Evite mandar áudios: se o assunto for complexo, ligue para a pessoa e resolva diretamente. Guarde as fotos e os vídeos engraçados para compartilhar em sua conta pessoal. Quer enviar imagem sobre alguma promoção ou condição imperdível? Fique atento com a frequência para não incomodar.

Esteja disponível
Definir horário para uso é crucial — o comercial é o ideal, salvo casos especiais. Sempre responda aos contatos com rapidez depois de visualizar, mas não envie mensagens em momentos inconvenientes, como, por exemplo, muito cedo, antes das 8 horas, ou depois das 21 horas (horário de Brasília).

Aproveite o WhatsApp Business
A versão Negócios do aplicativo permite disponibilizar dados como telefone fixo e site, configurar mensagens automáticas e, o melhor: é possível usar em celular de dois chips que já tenha o WhatsApp instalado.

Cuide de sua agenda
Não divulgue os números dos clientes, nem monte grupos com eles — pois, assim, todos os contatos conseguem ver o telefone dos participantes e isso pode ser encarado como falta de profissionalismo. Evite também mandar mensagens genéricas e sem propósito.

Formalize por e-mail
É fácil perder de vista o que foi pedido e o que foi conversado somente por mensagens. Mesmo que você defina um trabalho pelo WhatsApp, envie e-mail com o resumo da tarefa para ter controle.

manu_2967_okEmanuellen Trizi
Jornalista, é responsável, na Verbus Comunicação, pela comunicação online da Abravidro e acompanha de perto as novidades das redes sociais.

Este texto foi originalmente publicado na edição 548 (agosto de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sob medida!

Imagine a seguinte cena: um vidraceiro chega ao local da obra com os vidros para instalar. Ali, descobre que os painéis não cabem nos vãos e que as ferragens não são adequadas para o nível dos espaços. Resultado: o profissional terá de encomendar novas peças e novos sistemas e, só então, poderá voltar para aplicá-los com sucesso. O que se têm, então, são retrabalho, prejuízo e insatisfação do cliente que poderiam ser facilmente evitados se as medições tivessem sido feitas corretamente.

A tarefa é uma etapa chave no trabalho de qualquer vidraçaria, sem espaço para erros. Por isso, consultamos especialistas do setor para indicar os passos e os cuidados necessários, além de buscar as novas ferramentas no mercado para garantir números e detalhes precisos.

Ponto de partida
vp_medição3A-amorimleiteA atividade é o início da fase executiva do projeto. Nela, as dimensões e características do vão em que os vidros serão instalados são identificadas, como largura, altura e inclinação.

“Sempre comento com nossos alunos que o grande segredo de uma obra está em sua medição”, afirma o instrutor Ricardo Câmara, diretor da Central do Vidraceiro. Dessa forma, ela é a parte mais importante do projeto para que tudo seja feito de acordo com a necessidade do cliente, incluindo a especificação do vidro, ferragens e acessórios a serem utilizados.

Sérgio Reino Júnior, professor do curso de vidraceiro do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), aponta dois tipos com os quais o vidraceiro trabalha diariamente:

Para orçamento: feita de forma mais simples, para observar a altura e largura do vão e características que possam influenciar na elaboração do orçamento;
Técnica ou definitiva: mais precisa, é medida em milímetros, incluindo nível, prumo e tudo mais que possa determinar o melhor tipo de sistema a ser usado na obra. “Nela, é importante ter um croqui [esboço do projeto] para que se possam anotar as dimensões e características do vão. Ele pode ser levado já pronto ou ser desenhado no caderno de medição no próprio local”, explica.

vp_medição3B-amorimleiteTrabalho com croqui
Além das medidas, o vidraceiro também deve anotar no croqui:

– Se o vão está no esquadro (caso não esteja, é necessário identificar o formato do vão com prumo e nível e suas dimensões);
– O tipo de substrato em que serão instalados os vidros (alvenaria, concreto etc.);
– O trajeto pelo qual as peças de vidro terão de passar, para se certificar que não haja obstáculos impedindo-as de ser transportadas até o local da instalação.

O problema do trabalho a distância
Há vidraçarias que deixam o trabalho de medição por conta do contratante (algumas vezes, a pedido do próprio cliente) ou do engenheiro responsável pela obra. Embora não haja nenhuma proibição para esse tipo de prática, isso abre espaço para uma série de riscos. “Quando as medidas são tomadas por terceiros, você aceita todas as condições de quem mediu. Geralmente, há pontos em que podem haver erros e, com isso, são grandes as chances de problemas na hora da instalação”, alerta José Romão da Silva Neto, proprietário da R4 Vidros, de Salvador.

vp_medição2-crismartins

Verificar as medidas e conferir se a instalação pretendida é viável não são as únicas vantagens da medição feita diretamente pelo vidraceiro. “Essa presença in loco também é muito importante para termos contato com os executores da obra e trabalhar em conjunto com eles para oferecer um produto final de alta qualidade e acabamento”, avalia Sebastião Martins, diretor da Vidromex, de Brasília. Além disso, ele ressalta que cada tipo de instalação é uma situação diferente. Assim, somente alguém que tenha experiência com a diversidade de aplicações presentes na área do vidro saberá como analisar cada caso.

Sem margem para amadorismo
“Uma das maiores falhas hoje é a falta de qualificação e capacitação do profissional. Este, muitas vezes, não se interessa em aprimorar seus conhecimentos, mesmo com vários cursos disponíveis no setor”, considera Martins, da Vidromex. Isso frequentemente leva a outros erros, como especificações fora de norma para o vidro.

Outro problema bastante comum, e que não é gerado apenas por vidraceiros inexperientes, é a falta de atenção. Câmara, da Central do Vidraceiro, reforça que, numa medição, cada detalhe requer cuidado minucioso, incluindo:

– Checagem do prumo, nível e ângulos do vão;
– Verificação do lado correto para a abertura da folha de vidro (no caso da instalação de portas);
– Confirmação dos limites de pesos e cargas necessários para a especificação das ferragens, perfis e componentes;
– Atenção na hora de fazer anotações, para garantir que o que foi medido bata com o que está sendo escrito.

Uma forma de ajudar a não se esquecer de nada é elaborar uma checklist com todos os itens que precisam ser conferidos.

Como encaixar o vidro aqui?
Para Romão, da R4 Vidros, as maiores dificuldades nessa atividade são as irregularidades nas obras. Com frequência, os vãos estão fora de prumo e de esquadro, com paredes tortas ou mesmo inacabadas, comprometendo a exatidão das medidas. “A melhor forma de evitar esses problemas seria estarmos presentes na obra antes mesmo de o espaço para a aplicação do vidro ser feito e passar as orientações para que os construtores o façam dentro das normas.” Ainda que isso não seja possível, os vidraceiros podem — e devem — comunicar-se com os responsáveis pela construção e enfatizar a importância de que os vãos devem estar dentro do padrão esperado para a instalação dos sistemas.

Por dentro do mercado
Hoje é possível encontrar novas tecnologias e aparelhos para medição que facilitam e agilizam o trabalho do vidraceiro, principalmente daquele que visa a otimizar resultados e o próprio tempo do medidor. “Um nível a laser, por exemplo, informa referências de prumo e nível de forma muito mais rápida, agilizando a instalação dos vidros”, comenta Reino Júnior, do Senai. Dessa forma, mesmo profissionais menos experientes podem realizar esse trabalho com mais precisão e eficiência. A seguir, apresentamos algumas opções disponíveis no mercado para garantir medições fáceis e precisas.

vp_bosch-trenaFabricante: Bosch
Produto: trena a laser GLM 40 Professional
Diferenciais
– É compacta e de fácil manuseio;
– Mede comprimento de até 20 m;
– Troca unidade de medida com apenas um botão

 

 

vp_bosch-nívelFabricante: Bosch
Produto: nível GCL 2-15 G
Diferenciais
– Primeiro nível no Brasil com laser verde, 4 x mais visível do que o vermelho (facilitando o trabalho em ambientes muito iluminados);
– Alcança 15 m nas linhas e 10 no prumo, tanto para cima como para baixo;
– Possui entrada para tripé;
– Tem proteção contra pó e respingo de água

 

vp_rialFabricante: Rial (representada pela Gusmão Representações)
Produto: esquadros e réguas de fibra de vidro
Diferenciais
– Alta resistência a deformações;
– Vida útil maior em comparação com produtos similares

 

 

 

vp_starrett-medidorFabricante: Starrett
Produto: medidor de ângulo AM-2
Diferenciais
– Tem quatro escalas graduadas de 0º a 90º;
– Permite copiar o ângulo exato em obras irregulares;
– Tem base magnética, deixando as mãos livres quando usado em superfícies ferrosas

 


vp_starrett-paquímetroFabricante:
Starrett
Produto: paquímetro 125MEBT-8200
Diferenciais
– Alta resistência (guias revestidas com titânio);
– Apresenta linha e números nítidos sobre fundo contrastante fosco, para facilitar a leitura;
– Tem parafuso de trava para fixar as medidas;
– Todas as superfícies de medição são retificadas e lapidadas;
– Traz vareta de profundidade para medições exatas

vp_starrett-trenaFabricante: Starrett
Produto: trena a laser KLMXP-100
Diferenciais
– Possui conexão Bluetooth com aplicativo para Android e iOS;
– Tem capacidade de armazenamento para até 20 medidas;
– Leitura é facilitada por meio de painel com luz de LED;
– Velocidade de medição de 0,5 s

Este texto foi originalmente publicado na edição 548 (agosto de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Para novas cores e espaçamentos

O Grupo Fenzi teve dois grandes lançamentos entre maio e junho: o primeiro foi a linha de tintas monocomponentes Aquaglass NG. X para vidros, desenvolvida especificamente para a decoração de painéis de grandes dimensões, oferecendo inúmeras cores e efeitos para customização. Segundo a multinacional, elas garantem adesão superior à superfície do vidro, resistência química aprimorada, alta estabilidade e durabilidade, além de sua fabricação à base d’água ser sustentável.

A outra novidade foi o espaçador Multitech G (foto), para fabricação de vidros insulados, apresentado como a melhor opção no mercado em termos de desempenho térmico. Outras vantagens são seu design elegante e a transparência de sua barreira de múltiplas camadas, permitindo manter a cor original do perfil em todos os lados.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vidros blindados em revisão

Atualmente, existe apenas uma norma para blindagem: a NBR 15000 — Blindagens para impactos balísticos – Classificação e critérios de avaliação, que também define os requisitos para os vidros blindados. No entanto, essa situação mudará em breve, pois o documento está passando por um processo de revisão, além de ser desmembrado em diferentes seções. A comissão de estudos responsável pelo projeto trabalha para elaborar uma família de normas, tratando assim dos diversos produtos que oferecem proteção. Inclusive, a parte 2 desse documento — Classificação, requisitos e métodos de ensaio para materiais — já está finalizada para ser enviada para consulta nacional.

Mudanças
A revisão da NBR 15000 pretende torná-la mais adequada ao momento atual do mercado, conforme explica o coordenador da Comissão de Estudo Especial de Sistemas de Blindagem (ABNT/CEE-161), general Paulo Benedito Pacheco: “Apesar de ter sido elaborada com muita atenção e seriedade em 2005, a norma vinha apresentando algumas deficiências que, mesmo não prejudicando o desempenho final dos produtos, criavam uma série de dificuldades e contratempos aos fabricantes e órgãos fiscalizadores”.

Um dos focos das mudanças estava nos ensaios. Dessa forma, estabeleceram-se procedimentos executáveis sem fazer com que esses produtos perdessem características de proteção ao consumidor final. Foram introduzidos também tópicos para auxiliar na elaboração desses ensaios. Com isso, a repetição dos testes em qualquer laboratório será mais simples.

Sequência do trabalho
A parte 1 da norma — Terminologia — está sendo produzida com o objetivo de tratar de todos os termos técnicos que serão citados nessa família de normas. Entre os temas a serem abordados, estão os coletes à prova de balas, escudos e capacetes balísticos, blindagem de imóveis e proteções transportáveis, sistemas de proteção blindados, produtos acabados e partes de produtos blindados. Assim que ficar pronta, será enviada para consulta nacional juntamente com a parte 2.

Os demais documentos, que visam especificamente a cada produto, oferecerão aos órgãos de fiscalização e controle condições mais favoráveis para o cumprimento de suas missões. “Com essas condições, é plausível esperar que os produtos garantirão mais segurança aos usuários, o que é, sem dúvidas, algo que todos os participantes desse mercado desejam”, comenta o general Pacheco.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conectando o vidro a mentes criativas

Durante a Glass South America 2018, a Saint-Gobain Glass apresentou o Atrium, um canal de soluções com vidros impressos e meio de contato direto entre arquitetos, designers e beneficiadores. Porém, mais informações só vieram após o evento: a ferramenta é uma plataforma de relacionamentos e negócios para integrar a cadeia vidreira com outros profissionais da construção. Além de possibilitar a troca de informações e conhecimento, ainda permitirá que uma equipe de suporte técnico presencial e online indique as melhores possibilidades de uso do vidro impresso. Parte da iniciativa envolveu o lançamento da Capitel, uma revista digital ligada à plataforma. O hotsite do Atrium entrará no ar em breve e ficará disponível a todos os interessados, segundo a usina vidreira.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Grande linha para grandes insulados

A B’Jumbo XXL, linha para a produção automática de vidros insulados colocada no mercado este ano pela Bystronic, impressiona pelo tamanho: tem 165 m de comprimento e permite trabalhar com peças de até 18 m de largura e 3,3 de altura. A solução vem ao encontro da tendência arquitetônica do uso de painéis cada vez maiores em fachadas. Já instalada na beneficiadora alemã Thiele Glas (foto), a linha vem equipada com um robô para remoção de cantos, uma lavadora, seis estações para inspeção e posicionamento das molduras, um mecanismo para selagem e várias correias transportadoras, entre outros itens. De acordo com a fabricante, apesar das dimensões, a B’Jumbo XXL pode ser instalada em empresas com área convencional em seu chão de fábrica.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Estreitando laços com a energia solar

José Domingos Seixas, presidente da Abravidro, esteve presente na cerimônia de posse do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), principal entidade nacional desse setor. O evento, realizado no dia 4 de julho na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, empossou a diretoria eleita para os próximos dois anos (2018 a 2020). Ronaldo Koloszuk (foto) é o presidente da nova formação do conselho.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Pauta positiva

O mercado vidreiro vem enfrentando algumas turbulências nos últimos tempos (veja o editorial do presidente da Abravidro sobre o tema clicando aqui). E, em momentos difíceis, é especialmente importante não nos deixarmos contaminar pelo negativismo que as dificuldades trazem à tona. Por isso, nesta edição de O Vidroplano trazemos algumas matérias inspiradoras para quem quer se destacar e garantir seu espaço no mercado.

A equipe de reportagem esteve na Casa Cor São Paulo para ver o nosso material em uso na maior exposição de decoração do País. Acessando ela aqui, você verá que o vidro voltou a ter destaque na mostra, marcando forte presença em diversos ambientes — sala de estar, cozinha, banheiro etc. — e demonstrando sua versatilidade e o valor que confere aos espaços.

Outra matéria cheia de boas ideias para replicar mostra as diferentes aplicações para os vidros curvos e seus processos de produção. Esse material especial chama atenção e pode ser o principal diferencial de um projeto.

A pauta de julho fica mais completa com dicas sobre como fazer um orçamento corretamente e proporcionar ganhos tanto ao vidraceiro como ao cliente. O orçamento, fundamental para garantir a competitividade de uma empresa, deve considerar uma série de componentes que nem sempre são levados em conta na hora de passar o preço de um produto ou serviço ao consumidor. Será que é o caso da sua empresa?

Iara_okBoa leitura!

Um abraço,

Iara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Em busca do equilíbrio

Neste mês de julho, a Abravidro realizou uma assembleia-geral extraordinária para discutir o momento pelo qual o setor vidreiro vem passando. A reunião teve quórum altíssimo, com presença de representantes de diversos Estados, e foi intensa, pois incluiu a avaliação de dados do segmento – ou de outros que o impactam diretamente, no Brasil e no mundo.

A restrição de oferta que ainda afeta alguns processadores esteve na pauta, assim como o direito antidumping vigente, que sobretaxa importações de vidro originário da Arábia Saudita, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos da América e México. Foi consenso entre os presentes que questionar o antidumping neste momento não é a solução para os problemas do nosso setor. Vivemos em um ambiente absolutamente competitivo, com quatro usinas atuando no País, nove fornos ativos e mais um que deve entrar em operação nos próximos doze meses, acrescentando novecentas toneladas/dia à capacidade instalada da indústria nacional.

É nosso papel exigir das usinas o pleno atendimento ao mercado doméstico, já que elas têm plenas condições para isso. Mas vale uma provocação: na busca pelo equilíbrio entre oferta e demanda, o que é pior, abundância ou restrição de vidro? Há pouco mais de um ano, sentimos na pele o impacto do excesso de matéria-prima: política predatória de preços, com os menores valores históricos do vidro.

E em meio a tudo isso, temos de buscar garantir a rentabilidade de nossas empresas, num cenário em que a informalidade cresce a cada dia, assim como outras formas de concorrência desleal. Em outros tempos, a alta rentabilidade de nossos negócios encobria erros e problemas. Agora vivemos um outro momento, em que é necessário termos uma gestão de excelência, atenta e profissional, sem espaço para erros de estratégia.

Não são poucos os desafios colocados para os profissionais vidreiros. Cabe a nós trabalhar e pressionar para que as questões estruturais sejam resolvidas e tenhamos matéria-prima para trabalhar, mas também buscar o que de melhor pode ser feito no âmbito de nossas empresas, como nosso compromisso e contribuição para um mercado justo e próspero.

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Curvas de transparência

Um produto versátil, que pode ser produzido de diferentes formas (a depender do porte da processadora envolvida), sendo instalado em diversas soluções arquitetônicas e decorativas. Esses são os vidros curvos, uma solução por vezes deixada de lado pelas empresas vidreiras, mas com capacidade para estar mais presente na construção civil.

Como é a produção desse material? Quais as dificuldades para trabalhar com esse item? Quais os cuidados a serem seguidos no processamento e instalação? Confira as respostas a seguir, além de exemplos de aplicação em obras.

Empreendimento residencial em Concórdia (SC): guarda-corpos com vidros de segurança (laminado de temperado 6+6 mm) processados pela Vipel e fornecidos pela Cebrace

 

Qual a demanda para curvos?

Enorme. A aplicação desse produto está crescendo, algo diferente do que acontecia há algum tempo, como explica Andirás Carneiro de Mendonça, da processadora Bisotê Vidros: “É possível dizer que o curvo ainda seja um produto novo em nosso mercado, pois durante muito tempo foi fornecido por poucas empresas, sempre sendo usado no campo da refrigeração”.

A própria tecnologia vidreira e o maior acesso a maquinários de curvatura permitiram esse crescimento. “Cada vez mais esse material tem entrado em diversos projetos, saindo daquela típica aplicação em mobiliários de lanchonetes, restaurantes e supermercados. Com a melhora nos métodos produtivos e maior atenção à segurança dos produtos, estamos vendo seu uso na arquitetura e em construções residenciais e comerciais”, analisa Rafael Nandi da Motta, diretor da processadora Vipel.

Sistemas para estruturas envidraçadas pequenas, como sacadas e boxes de banheiro, também estão na mira das empresas vidreiras. A Ideia Glass, por exemplo, lançou na feira Glass South America 2018, em maio, uma versão curva do boxe Kit Certo, mostrando que os clientes se interessam por soluções que fujam do óbvio.

Vitrine pode ser curva? A de uma loja localizada no Shopping Rio Sul, no bairro de Botafogo, Rio Janeiro, mostra que sim. Desenvolvida pela Vidros Belém, a estrutura foi instalada pela Darda Prestação de Serviços

 

 

Os métodos de curvatura
Cada técnica necessita de maquinários diferentes. Empresas nacionais produzem fornos para curvatura — a Sglass, por exemplo, fabrica equipamentos para atender vidros curvos pré-cozidos e temperados, em espessuras de 3,15 a 19 mm.

O diretor de Negócios da Glaston, Miika Äppelqvist, explica em artigo para o Glastory, site de conteúdo técnico vidreiro da empresa, as diferenças entre os quatro métodos existentes.

Têmpera
– O vidro é aquecido até mais de 630 ºC e, então, é dobrado de acordo com o raio desejado, em uma seção da processadora própria para essa tarefa;
– O vidro pode ser torcido em duas direções: longitudinal (no sentido do comprimento) e transversal (largura). Vale considerar que a curvatura longitudinal oferece maior qualidade óptica;
– O ângulo máximo de curvatura é, geralmente, de ¼ de um círculo;
– Na sequência, a peça é temperada, tornando-se um vidro de segurança;
– Indicado principalmente para a produção de formas cilíndricas.

Curvação a quente
– O vidro é colocado em moldes com a forma desejada para a peça, e é aquecido a 580-600 ºC;
– A gravidade faz com que o material se ajuste ao molde. Pode haver um auxílio mecânico para forçar o vidro a tomar o formato necessário;
– Permite a criação de dobras com ângulos mais fechados e formas variadas, que não sejam necessariamente cilíndricas;
– Importante: esse processo não aumenta a resistência mecânica do vidro, como faz a têmpera. Em aplicações arquitetônicas, é preciso laminar o material.

Curvação a frio
– Feita sem a necessidade de aquecimento, em temperatura ambiente;
– O vidro é colocado em um molde com o formato desejado. Este faz a dobra do material mecanicamente;
– O ângulo da curvatura é bem aberto, ou seja, a curvatura é bem pequena;
– Indicado para painéis únicos de vidros finos ou unidades de insulados;
– Pode ser realizado após a têmpera.

Curvatura com laminação
– Combina processo a frio com laminação tradicional;
– Monta-se o sanduíche de vidro e interlayer, que é encaixado em um molde para ser dobrado a frio;
– Somente após isso a peça é laminada na autoclave;
– Garante maior qualidade óptica ao material e permite a criação de formas mais flexíveis;
– Porém, é demorado e mais caro.

Em Salvador, um escritório de advocacia optou por curvos temperados (10 mm) para criar diferentes áreas de trabalho em formato cilíndrico. As ferragens usadas são da Glass Vetro e os vidros foram processados pela Unividros

 

Onde pode ser instalado?

Para Antônio Skardanas, sócio da processadora carioca Vidros Belém, algumas aplicações estão mais na moda do que outras: “O vidro curvo é muito utilizado em vitrines de lojas, fachadas e até em quiosques das praias do Rio de Janeiro. Facilita para o produto ser também um material de segurança, caso seja temperado ou laminado”. Orlando Pedro Nascimento, diretor da processadora Unividros, sugere outros usos: “Os profissionais de engenharia e arquitetura estão aproveitando ao máximo as potencialidades da matéria-prima, com destaque para aplicações em guarda-corpos de escadas monumentais e caracóis.”

Outras formas de se aplicar os curvos:

FECHAMENTOS
– Fachadas
– Vitrines
– Sistemas de sacada
– Janelas

MÓVEIS E MOBILIÁRIOS
– Mesas
– Aparadores
– Eletrodomésticos
– Mostruários
– Armários

USO ESTRUTURAL
– Guarda-corpos
– Divisórias
– Boxe de banheiro
– Visores de aquários e piscinas

 

Todas as sacadas do Hotel Blue Tree Premium, no Rio de Janeiro, acompanham o desenho ondulado da fachada. Para isso ser possível, os guarda-corpos receberam curvos laminados 8+8 mm (com interlayer SentryGlas), fornecidos pela Unividros

 

Por uma especificação e beneficiamento sem problemas

Termos importantes
Para trabalhar com curvos, é necessário saber alguns termos básicos de geometria em relação a circunferências. Eles serão muito úteis na hora dos cálculos para a especificação e beneficiamento do produto.

Diâmetro: reta que passa pelo centro da circunferência e vai de uma extremidade à outra;
Raio: reta que une um ponto qualquer da circunferência ao centro dela;
Arco: pedaço da circunferência;
Corda: reta que une dois pontos da circunferência;
Flecha: reta que une um ponto localizado na metade da corda a um ponto localizado na metade do arco correspondente.

Atenção às formas
Parece óbvio dizer, mas as processadoras devem lembrar do que elas são capazes de produzir antes de aceitar pedidos de clientes. “Análises e consultas preliminares em relação aos projetos são primordiais, a fim de ajustar as limitações e formas disponíveis para atendimento aos pedidos”, explica Luiz Hamilton da Silva, gerente-comercial da Bend Glass. Nesse momento, abrem-se novas oportunidades de negócio: “Caso tenhamos de desenvolver algum formato específico, o custo é repassado ao valor da mercadoria”.

Cálculos perfeitos
A especificação é um momento de extrema importância para os curvos. Diversas medidas precisam estar de acordo com o projeto do arquiteto ou engenheiro, como raio, perímetro, arco, corda e flecha. Caso alguma informação esteja incorreta, as peças não atenderão o pedido do cliente.

Float de qualidade
Utilizar uma matéria-prima livre de distorções ópticas ou falhas em sua superfície (como lascas e riscos) permitirá um processamento correto, criando curvos que responderão bem às questões mecânicas durante a instalação.

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A nova sede carioca do Infoglobo, empresa do Grupo Globo de comunicações, foi inaugurada no ano passado. Um de seus destaques arquitetônicos é seu revestimento externo de vidros azuis. Uma escada existente ali, de curvos temperados laminados 10+10 mm (com interlayer SentryGlas), segue a estética visual do prédio. A estrutura foi instalada pela Arte Tubos, com vidros processados pela Unividros

 

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Alemanha, aí vamos nós!

Daqui a poucos meses, uma tradição vidreira vai se repetir: como acontece a cada dois anos, a cidade alemã de Düsseldorf receberá a Glasstec, a principal mostra de nosso setor no planeta. Em outubro, empresas e profissionais de todo o mundo se reunirão por lá para discutir tendências em produtos, maquinários e processos. Se você planeja visitar a feira, não deixe de conferir este guia especial para encontrar todas as informações sobre o evento — como se credenciar, mapa do pavilhão, passagens aéreas, hospedagem e muito mais.

Quando?
23 a 26 de outubro

Onde?
Düsseldorf Exhibition Centre, em Düsseldorf, Alemanha

Quem organiza?
A Glasstec é organizada pela Messe Düsseldorf. No Brasil, quem representa o evento é a Emme, braço nacional da empresa alemã. “A feira é uma excelente oportunidade para profissionais vidreiros do mundo todo conhecerem tecnologias inovadoras, que muitas vezes já estão sendo aplicadas na indústria, além de trocar experiências, o que acredito ser o mais enriquecedor”, comenta Malu Sevieri, gerente da Emme.

Temas quentes desta edição
– Indústria 4.0
– Vidro fino
– Fachadas e vidro inteligente
– Artesanato e design de interiores

Use o app da Glasstec!
app_glasstec
Os organizadores prepararam um aplicativo exclusivo, em inglês e alemão, que irá ajudar os visitantes. Seu conteúdo inclui:

– Informações gerais sobre a feira;
– Programação dos eventos paralelos;
– Mapa interativo dos pavilhões;
– Dados das empresas expositoras e seus produtos.

O download é gratuito e pode ser feito por usuários de smartphones e tablets na App Store ou Google Play.

Glasstec em números
Para quem tem dúvidas se vale a pena visitar a feira, confira os dados da edição de 2016. Cada vez mais, o evento se torna internacional, com enormes possibilidades para a criação de novos contatos e parcerias comerciais.

1.237 marcas expositoras de 52 países
40.105 visitantes de 121 países
Feedback positivo: 96% dos participantes (expositores e visitantes) ficaram satisfeitos com as oportunidades de negócios oferecidas pela feira

Credenciamento
É necessário preencher um cadastro antes de comprar os ingressos (basta entrar no link bit.ly/GlasstecCredenciamento e seguir as instruções, em inglês). Os valores variam de acordo com a quantidade de dias que o visitante deseja permanecer no evento.

Um dia: € 38 (R$ 173; compra pelo site); € 53 (R$ 241; compra no local)
Dois dias: € 58 (R$ 264; compra pelo site); € 76 (R$ 345; compra no local)
Todos os dias: € 90 (R$ 409; compra pelo site); € 110 (R$ 501; compra no local)

Obs.: cotação do dólar em 2 de julho

Local da Glasstec: grandiosidade
O Düsseldorf Exhibition Centre está em meio a um complexo com outros espaços voltados para eventos. Ao todo, a Glasstec ocupará nove pavilhões, divididos tematicamente como pode ser visto no mapa.

9 e 10: Produtos e aplicações
11, 12, 14 a 17: Processamento e tecnologia
14: Análises, testes e softwares
12 a 16: Produção de vidro e tecnologia

Empresa brasileira na feira? Tem, sim!
Três companhias nacionais estarão expondo na Glasstec pela primeira vez. São elas: Adezan (especialista em soluções de logística, embalagem e transporte para vidro), MAP — Materiais de Alta Performance (insumos) e Sglass (maquinários para processamento). “Como a empresa está expandindo sua área de atuação no mercado internacional, chegou o momento de apresentarmos nossos equipamentos e diferenciais no maior e mais importante evento do segmento do vidro no mundo”, explica Sandro Eduardo Henriques, diretor da Sglass. Para César Zanchet Filho, gerente internacional da Adezan, a feira reúne as principais novidades do setor. “Vamos para lá, pois é um local em que nossos clientes também estarão”, revela.

Programação simultânea também é destaque
glass technology live
A Glasstec não é apenas exposição de produtos. O evento também é reconhecido por ter diversas mostras simultâneas que abordam diferentes aspectos do trabalho com vidro. Algumas das principais são:

Glass Technology Live: sempre um destaque da feira, apresenta inovações tecnológicas na produção e instalação do vidro. Mais de 70% das soluções expostas serão protótipos, projetos de pesquisa universitária e experimentos que podem se transformar no futuro de nosso setor em pouco tempo;
Craft Center: espaço para atividades práticas sobre aplicação do vidro, contará com demonstrações ao vivo sobre estocagem, corte, lapidação e colagem;
Glass Art: nosso material representado em peças artísticas criadas por renomados artistas internacionais;
International Architecture Congress: simpósio voltado para arquitetos debaterá o tema Perspectivas: nova arquitetura em vidro.

Hospedagem e passagens aéreas
A Seiva Business Travel, agência de viagens parceira da Emme Promotion, montou pacotes especiais para os visitantes brasileiros que pretendem visitar a Alemanha. Confira os valores abaixo:

Todos os pacotes incluem:
– Passagem aérea de ida e volta para Düsseldorf em classe econômica;
– Três noites de hospedagem em Düsseldorf no hotel escolhido;
– Credenciamento para todos os dias da Glasstec;
– Seguro de viagem com cobertura médico-hospitalar de US$ 60 mil.

Kastens Hotel (4 estrelas)
– Inclui café da manhã e Internet
– A 7,2 km do local da feira
Preços por pessoa: US$ 2.538 (R$ 9.927; apto. individual); US$ 2.126 (R$ 8.316; apto. duplo)

Holiday Inn Express City North Hotel (3 estrelas)
– Inclui café da manhã e Internet
– A 4,2 km do local da feira
Preços por pessoa: US$ 2.461 (R$ 9.626; apto. individual); US$ 1.999 (R$ 7.819; apto. duplo)

Radisson Blue Scandinavia Hotel (4 estrelas)
– Inclui café da manhã e Internet
– A 4 km do local da feira
Preços por pessoa: US$ 3.128 (R$ 12.235; apto. individual) US$ 2.406 (R$ 9.411; apto. duplo)

Nikko Düsseldorf Hotel (4 estrelas)
– Inclui Internet
– A 5,5 km do local da feira
Preços por pessoa: US$ 2.616 (R$ 10.232; apto. individual) US$ 2.110 (R$ 8.253; apto. duplo)

Obs.: cotação do dólar em 2 de julho

Observações
Os valores estão expressos em dólares e estão sujeitos à cotação do momento da compra e a reajustes sem prévio aviso em função da política comercial dos fornecedores.

Os pacotes não incluem:
– Traslados aeroporto-hotel-aeroporto e hotel-feira-hotel;
– Passeios ou tours não informados;
– Despesas extras e particulares;
– Refeições não mencionadas;
– Qualquer item não descrito acima.

As formas de pagamento são:
– Faturado para empresa com vencimento para 15 dias;
– Parcelado em até 4x sem juros em boleto bancário;
– Parcelado em até 5x sem juros no cartão de crédito.

Mais informações
www.seivaturismo.com.br
Tel. (11) 2973-6469
vinicius@seivaturismo.com.br

Outra possibilidade é pesquisar na Düsseldorf Tourismus, agência oficial de turismo da cidade alemã, que também mantém parceria com a Messe Düsseldorf para oferecer passagens aéreas (no link bit.ly/GlasstecVoos) e hospedagem (bit.ly/GlasstecHotéis).

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

O retorno dos grandes painéis

A 32ª edição da Casa Cor São Paulo, maior mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas, encontra-se em seus últimos dias: aberta no dia 22 de maio, ela será encerrada em 29 de julho. E, se em anos anteriores o uso de vidros e espelhos foi mais pontual, em 2018 eles foram verdadeiros protagonistas no evento, com grandes painéis em aplicações tão diversificadas quanto chamativas.

Isso faz todo o sentido, uma vez que o tema da mostra este ano (Casa viva) tem o objetivo de ressaltar a harmonia entre o homem e a natureza — afinal, qual forma poderia ser melhor para isso do que produtos que permitem visibilidade plena do lado de fora ou que a refletem para o lado de dentro?

A seguir, veja alguns dos destaques envidraçados da Casa Cor 2018. E, se chegar ao final querendo mais, é só clicar aqui e conferir uma galeria cheia de fotos desses e outros ambientes!

Inclusão de toda a equipe
vp_templocoworking_opção1Um ambiente de trabalho acolhedor pode contribuir muito para o rendimento dos funcionários. E o Templo Coworking, de Camila Bevilacqua e Fernando Brandão, é o espaço perfeito nesse sentido, graças ao uso de peças variadas da Cebrace. Brises de laminados incolores 4+4 mm (foto) trazem o aproveitamento pleno da iluminação natural para os dias de Sol (se chover, eles bloqueiam a água devido às variações em seu espaçamento), enquanto espelhos prata 4 mm fazem o local parecer ainda mais extenso. Nosso material também se faz presente nas divisórias de temperado 8 mm nos dois lados da grande mesa, levando aos cubículos e à sala do café.

 

Sim, vidro e água combinam!
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Um dos ambientes mais grandiosos da mostra este ano sem dúvidas foi A Cisterna de Deca: projetada pelo escritório Tenório Studio, ocupava duas salas e uma área extensa entre elas. O uso do vidro foi tão grandioso quanto a área do local, incluindo uma parede com cascata artificial feita com um único painel incolor 10 mm (foto), com 3,7 m de largura e 4,5 m de altura! A vidraçaria Starke Glas foi responsável por essas e todas as outras aplicações do nosso material neste ambiente, incluindo o teto todo revestido com espelhos fumê 6 mm nas grandes rampas entre uma ala e outra, refletindo o espelho d’água com a logomarca da Deca logo abaixo.

 

Vista para dentro, calor para fora
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A Casa do Escritor, elaborada por Jóia Bergamo, possui fachada toda feita com painéis de Vivix Performa (foto), vidro de controle solar lançado este ano pela Vivix. Além de integrar as áreas internas e externas do ambiente, o produto contribuiu para seu conforto térmico, bloqueando até 63% da entrada de calor.

 

Um só com a natureza
vp_refúgiourbano_opção2O Refúgio Urbano, de Marina Linhares, usou nosso material para uma integração plena entre o ambiente e a vegetação ao seu redor. Quase todo o fechamento do espaço foi feito com grandes painéis laminados 5+5 mm, da Cebrace, e houve ainda um piso com temperados laminados 10+10+10 mm, da mesma fabricante, permitindo apreciar as belas plantas abaixo do piso (foto). A instalação foi feita pela Vidro Laser.

 

Jogo de imagens com espelhos
nova_foto_MG_9673A Sala de Jantar, de Naomi Abe, usa Espelho Guardian prata 5 mm, fornecidos pela Silvestre Vidros, de forma bastante diferente. As paredes do ambiente são revestidas com esse material (foto). Porém, na frente delas, existem outras paredes, feitas de cerâmica, totalmente vazadas. Os buracos permitem ver os espelhos na parte de trás — com isso, um jogo de reflexões ajuda a ampliar o espaço.

 

O exterior dentro de casa
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Luz do Sol, ventilação e contato com a natureza: a Villa Olivo Todeschini, de João Armentano, baseia-se nessas características, alcançadas pelo abundante uso de vidro. Os dois lados do espaço contam com fechamentos de laminado incolor 4+4 mm (foto), ambos oferecendo vista para jardins. A suíte, que também recebe iluminação natural, tem painel de Reflect Guardian 4 mm com TV embutida, além de revestimento de Espelho Guardian 4 mm atrás da cama. Por fim, um armário com portas envidraçadas enfeita o closet. A instalação de nosso material ficou por conta da Artecor.

 

_MG_9476Grandiosidade em todos os cantos
O ambiente criado por Debora Aguiar, a Casa Cosentino, não é apenas um dos maiores da mostra, como também reúne diferentes aplicações envidraçadas (com matéria-prima da Cebrace, processada e instalada pela Cinex). Caixilhos pivotantes gigantes (foto), com laminado de Habitat neutro incolor 10 mm, estão instalados na saída para a piscina. Ao lado, uma grande sala tem espelhos extra clear 6 mm instalados nas paredes. Na entrada, a porta pivotante modelo Ampezzo Cadore recebe refletivo bronze. Na sequência, está a suíte, com porta revestida de acidato e espelho bronze 4 mm (mesma especificação das portas deslizantes da adega).

 

Vidro em todos os andares
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Dado Castello Branco apostou no uso estrutural de nosso material para a Casa do Relógio. O térreo do ambiente ganhou fechamentos de laminados aplicados no sistema de correr para grandes vãos da Lumisystem chamado Onix Minimalista, feito de alumínio e com trilhos embutidos no chão (foto). Esses vidros foram fornecidos pela Guardian e processados pela Artecor. No 1º andar, além de um guarda-corpo de laminado que protege a sacada, o destaque são dois armários da linha Crystal Case, fabricado pela Ornare com vidro fumê lapidado.

 

Sofisticação com transparência
leriadbontempo2Antes de entrar no Le Riad Bontempo, de Roberto Migotto, o visitante já consegue apreciar uma grande instalação envidraçada: o sistema de correr que funciona como parede da cozinha (foto). Ali estão laminados de Habitat neutro incolor 10 mm — mesma especificação usada nas portas que dão para a piscina. No banheiro, mais aplicações: espelho 6 mm nas pias, temperado extra clear 10 mm no boxe e laminados 10 mm com PVB leitoso em divisórias. A Cebrace forneceu os materiais e a Vidroart os processou.

 

De São Paulo a Campinas
Outra mostra realizada no Estado de São Paulo foi a 23ª Campinas Decor, de 27 de abril a 16 de junho. O evento foi sediado na Fazenda Argentina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com mais de quarenta ambientes, diversos deles trazendo o vidro como um material de destaque. Veja alguns deles a seguir:

vp_campinas-loftUm espaço batizado como Loft de Vidro não poderia deixar de marcar presença em O Vidroplano, certo? Assinado por Gal Nunes, ele é um sistema sustentável de 250 m² de área, construído em contêineres marítimos, todo revestido com peças de Habitat Neutro Incolor, da Cebrace, responsáveis pela redução da entrada de calor no ambiente e pela economia de energia de até 30%.

Ambientes IzildaVidros de controle solar também estavam no Estar do Restaurante, elaborado pelas arquitetas Izilda Moraes, Adriana Abdalla e Milene Ferrari. Nele, o uso do Habitat Refletivo Champanhe, da Cebrace, permitiu a redução de mais de 50% da entrada de calor, além de contribuir para um espaço confortável e aconchegante com a tonalidade escolhida para esse projeto.

vp_campinas-vidacãoJá no espaço Vida de Cão, do arquiteto Beto Tozi, um dos destaques é o vidro Aramado, da Saint-Gobain Glass, na área da suíte. Com ele, quarto e banheiro são divididos de forma a deixar o ambiente mais leve, permitindo a passagem de luz entre eles, sem deixar de conferir privacidade e segurança aos seus usuários.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Com elas, todos saem ganhando!

Um dos principais objetivos da campanha #TamoJuntoVidraceiro, lançada este ano pela Abravidro, é orientar os processadores para as boas práticas que devem adotar no relacionamento com os vidraceiros. Há uma série de cuidados a serem tomados em relação ao atendimento, política comercial e cumprimento de normas, além de orientações técnicas para ajudar no trabalho desses profissionais.

“O desenvolvimento da cadeia vidreira depende de que todos os elos trabalhem lado a lado, cooperando entre si. Caso contrário, é o vidro que acaba desvalorizado no mercado e todos saímos perdendo”, avalia o presidente da Abravidro, José Domingos Seixas.

A seguir, O Vidroplano apresenta as oito boas práticas listadas pela campanha e explica como cada uma delas contribui tanto para o trabalho do vidraceiro como para o do processador. Confira!

1. Ter uma política comercial, com preços diferenciados e que não gere concorrência com os vidraceiros
Havendo uma política comercial justa entre processadores e vidraceiros, o relacionamento comercial entre as duas partes fica mais transparente e sustentável ao longo do tempo, gerando confiança entre elas. Com isso, o processador consegue a fidelização de seu cliente vidraceiro enquanto este não precisará se preocupar com a concorrência de seu próprio fornecedor, e, assim, o crescimento de todos é viabilizado.

2. Oferecer atendimento de qualidade, cumprindo os prazos e condições combinados
Ninguém gosta de se sentir ignorado quando vai a qualquer estabelecimento comercial, certo? Assim, um bom atendimento é o primeiro passo para conquistar seu consumidor.

Ao cumprir os prazos e condições combinados com o vidraceiro, você aumenta a confiabilidade da sua empresa e contribui para uma reação positiva em cadeia que chegará até o usuário final.

3. Produzir produtos conforme as normas vigentes
Hoje, não há mais espaço no mercado para os negócios que não cumprem as determinações das normas técnicas. É fundamental segui-las para garantir que o produto vendido ao vidraceiro ofereça a segurança e a qualidade necessárias para a aplicação pretendida.

4. Aplicar a identificação do fabricante nos vidros temperados produzidos
Além de ser um requisito da NBR 14698 — Vidro temperado, cujo cumprimento é obrigatório para todos os fabricantes, a identificação do produtor impressa no vidro traz mais segurança para o processador, pois, além de divulgar a sua marca, diferencia seu produto perante um vidro comum e a concorrência. Essa marcação ainda o resguarda em caso de reclamação, evitando que a empresa seja responsabilizada por algum vidro que não seja dela.

5. Verificar qual será a aplicação do vidro solicitado ao receber um pedido, de modo a garantir que o material encomendado esteja em conformidade com as normas vigentes
O processador que identifica erros na especificação e orienta sobre o tipo de vidro correto garante a segurança na aplicação do produto e ajuda o vidraceiro a evitar problemas com o cliente após a instalação do vidro. Além de tudo isso, ainda reforça sua imagem como um fornecedor confiável e parceiro para esses profissionais.

6. Orientar seus clientes sobre o tipo de vidro correto para cada aplicação de acordo com as normas técnicas
Assim como a prática anterior, essa é fundamental para estreitar os laços entre processador e vidraceiro, mostrando que sua empresa não está preocupada só em efetuar uma venda, e também para garantir que os produtos adquiridos pelo vidraceiro serão aplicados corretamente, evitando problemas que possam comprometer a imagem do nosso material.

7. Disseminar conteúdo sobre normas técnicas relacionadas à aplicação de vidro na construção civil
As determinações das normas técnicas devem ser transmitidas e multiplicadas por todos da cadeia vidreira para promover sempre o uso do tipo de vidro correto e, consequentemente, a segurança das instalações e a comercialização de produtos com maior valor agregado.

Para isso, as empresas podem disponibilizar seu acervo de normas para consultas na área de atendimento. Vale a pena ainda orientar os vidraceiros sempre que eles tiverem dúvidas no projeto e também fornecer para eles os materiais da campanha #TamoJuntoVidraceiro (o download deles é gratuito e pode ser feito inúmeras vezes). Muitas entidades regionais também têm atuado nessa frente com palestras sobre o assunto em seus eventos.

8. Orientar sobre as condições para o transporte do vidro com segurança
Existem defeitos que podem surgir nas peças exatamente durante o transporte do nosso material. Outro perigo da falta de cuidados nessa etapa é o de acidentes de trânsito. Por isso, indicar os procedimentos corretos ajuda a conservar a integridade do vidro e a evitar que o consumidor final, insatisfeito com problemas no produto, desista do uso dele em sua obra presente e em qualquer projeto futuro.

Sempre por dentro das normas
Para facilitar o entendimento de quando um determinado vidro pode ou não pode ser aplicado na construção civil, a Abravidro desenvolveu dois materiais que fazem parte do #TamoJuntoVidraceiro:

Cartilha Aplicação do vidro na construção civil: apresenta os principais tipos de vidro (com destaque para os de segurança) e onde podem ser instalados;
Tabela Que vidro usar?: permite consultas rápidas sobre o vidro correto para cada uso.

Ambos foram desenvolvidos seguindo as determinações da norma ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações e estão disponíveis na página da campanha. É só acessar, fazer o download e disponibilizá-los para os seus clientes. O mercado agradece!

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Como aprender com a concorrência?

Escrito por Flávio Ítavo

Deixar de aprender com o que está ao redor é um erro primordial. Uma das competências básicas de gestão está em aprender com a concorrência.

O nome disso é benchmarking, processo pelo qual se estabelecem parâmetros, com base nos concorrentes, que permitem traçar metas e planejar ações. Entre as pequenas e médias empresas, há uma defasagem nesse quesito. Mesmo assim, dá para todas estarem atentas ao assunto, basta focar em quatro frentes:

Benchmarking estratégico
Buscar conhecimento das posições competitivas de sua empresa em relação ao mercado/concorrência;

Benchmarking de práticas aplicadas
Analisar competências relacionadas à eficiência da produção e lead time (ciclo produtivo). Se sua empresa não consegue estabelecer uma cultura de produtividade, custos e prazos que se encontre dentro daquilo que o mercado exige, você logo estará fora do negócio;

Benchmarking financeiro
Comparar o desempenho financeiro de sua companhia com o dos outros. A maior dificuldade aqui está no fato de que boa parte das empresas pequenas e médias, ao contrário das grandes de capital aberto, não divulga dados como esses. Entretanto, com profissionais e recursos adequados, é possível apurar informações para o estudo;

Benchmarking de índices de satisfação do consumidor
Saber quem é a empresa líder do mercado em satisfação do cliente e posicionar os objetivos de sua empresa acima desses patamares. Você nunca errará atingindo os melhores índices de satisfação dos consumidores. Uma dica para empresas pequenas, que não possuem verbas destinadas para pesquisas desse tipo: acompanhe o índice inverso, ou seja, os números e índices de reclamações dos concorrentes. Essas são informações fáceis de serem conseguidas na Internet, por exemplo. A partir daí, tenha certeza de que os seus números sejam muito menores que os deles.

flavioitalo cópiaFlávio Ítavo
Executivo com experiência em empresas multinacionais e nacionais de grande porte. É um dos maiores especialistas em turnaround no Brasil, focando seus esforços na recuperação de grandes empresas e readequação aos novos tempos do mercado.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vários públicos, um único material

Entidades vidreiras regionais apresentaram as características e os potenciais do vidro a diversos públicos-alvo, incluindo profissionais vidreiros e beneficiadores de nosso material. Veja a seguir quais foram esses eventos e anote na agenda os que serão organizados nos próximos dias!

 

Sindividros-RS, em Porto Alegre
vp_sindividrosrs-1_okDa gestão à instalação
O Sindividros-RS organizou mais dois cursos do projeto Qualividros – Qualificar para Transformar na capital gaúcha. O primeiro, nos dias 15 e 16 de junho, foi o treinamento Gestão de Vidraçaria, ministrado por Gabriel Batista, diretor do Grupo Setor Vidreiro. As aulas, elaboradas para ajudar os vidraceiros a prosperar em seu negócio, abordaram temas como o estabelecimento de objetivos do negócio, desenvolvimento de um plano de ações para atingi-los, organização de recursos e coordenação dos trabalhos de equipe, entre outras ações importantes.

Já no dia 30, mais uma turma foi formada no curso Envidraçamento de Sacada, patrocinado pelas usinas vidreiras AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass e Vivix. Na ocasião, o instrutor Dilceu Schmidt apresentou conhecimentos teóricos para essa atividade e, depois, permitiu que os alunos os colocassem em prática montando e desmontando um protótipo de sistema de envidraçamento de sacada.

 

Ascevi-SC, em Florianópolis
vp_asceviCapacitação com descontração
A 7ª edição do Qualifique e Sirva-se em Florianópolis foi organizada pela Ascevi no dia 23 de junho, em parceria com o Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vidro, Espelho e Cristais em Santa Catarina (Sindicavidros). Mais de 150 pessoas acompanharam a palestra do consultor José Renato, especializado em liderança, recursos humanos, marketing e vendas, com o tema Aumente suas vendas com criatividade. A programação também incluiu apresentações de representantes da AGC, Cebrace, Saint-Gobain Glass e Vivix (patrocinadoras, juntamente com a Guardian), e um espaço para exposição de novidades e catálogos das empresas ECG Sistemas, Real Vidros e Soluções Sacadas, apoiadoras do treinamento.

O evento foi concluído com o costumeiro almoço, trazendo não só descontração, mas também oportunidades para troca de ideias e networking entre os participantes.

 

Amvid-MG, em Belo Horizonte
vp_amvidSolução para múltiplos problemas
No dia 28 de junho, a Amvid participou da programação do 1º Seminário Nau Una de Tecnologia de Materiais de Construção, organizado pela Faculdade Una no Teatro ICBEU. A associação foi responsável por duas das palestras apresentadas aos 65 participantes, ambas por Paulo Sérgio Mattos, proprietário da Projecção Consultoria: a primeira delas destacou os vidros pintados como uma solução para revestimento e decoração, enquanto a segunda chamou a atenção para os vidros de controle solar, insulados e laminados. O palestrante não deixou de enfatizar que é possível resolver mais de um problema ao mesmo tempo com a combinação de diferentes tipos de vidro (como um laminado com peças coloridas ou de controle solar), o que permite conseguir, simultaneamente, benefícios de conforto térmico e acústico, segurança e estética.

 

Abravid-DF, em Guará (DF)
vp_abravidNormas em foco
A analista de Normalização da Abravidro, Clélia Bassetto, palestrou sobre as normas técnicas para o vidro plano no curso sobre o tema promovido pela Abravid no dia 29 de junho, na sede do Sebrae, no Guará (DF). Além de comentar as determinações de algumas das principais normas para o setor, como a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações, Clélia salientou a importância do cumprimento delas para o uso do nosso material, de modo a garantir segurança e bom desempenho em cada tipo de aplicação.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Bom para todo mundo

Responda rápido: sua vidraçaria tem dificuldades para fechar negócios? Ou você consegue trabalho e, entretanto, no fim do mês as contas não fecham? Se sua empresa sofre com esses problemas, há boas chances de que a causa venha de uma das primeiras (e mais importantes) etapas do trabalho: o orçamento. Na prática, essa atividade não envolve apenas avaliar o custo do serviço, mas também ter cuidado com imprevistos e ofertar valores condizentes para o cliente.

Como alinhar tudo isso para todos saírem ganhando? Para responder a essa pergunta, O Vidroplano conversou com especialistas e profissionais do setor. Veja, nas próximas páginas, as dicas que eles têm a oferecer e alguns sistemas disponíveis para facilitar a tarefa.

Atenção antes, sem prejuízos depois
Para Sérgio Reino Júnior, professor do curso de vidraceiro do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), ainda há quem não perceba a importância de um orçamento benfeito. “Muitos vidraceiros o fazem de qualquer maneira ou nem o entregam para os clientes”, explica. “E isso é um problema, pois a falta de um documento expresso, claro e objetivo em relação aos serviços prestados pode gerar dúvidas quanto ao que será executado, fazendo com que o cliente não entenda quais tarefas foram realmente contratadas.”

Para fazer corretamente esse trabalho, uma visita técnica ao local da obra é fundamental. “Somente assim o profissional pode analisar pontos como o espaço físico para a movimentação do vidro, o estado da alvenaria e as ferragens específicas necessárias para as condições do local”, aponta Vitor Maione Samos, diretor do Sincomavi. Sem a visita, o vidraceiro não tem como levar em conta os ajustes necessários ao preço, e os custos adicionais podem acabar sobrando para ele.

Lidando com o imprevisível
Young couple calculating budget

Devem ser incluídos ainda os custos impossíveis de serem avaliados antes do trabalho. “Há casos em que você precisa retornar devido algum contratempo, como a quebra inesperada de um item, ou até a ausência de algum material não identificado com antecedência”, avisa Gisele Muniz, proprietária da vidraçaria Everart, de São Paulo.

Como se prevenir para não sair no prejuízo? Gisele aconselha que o vidraceiro já contabilize eventuais custos extras ao fazer o cálculo. Para isso, Vitor Samos, do Sincomavi, sugere a contagem de uma margem de erro de 10% antes do envio da proposta.

Definindo o lucro
“Depois de tudo isso, já posso fechar o orçamento, certo?” Não, ainda falta definir a margem de lucro, ou seja, quanto sua empresa ganhará com o serviço. Esse é um elemento muito importante. Afinal, é ele que permitirá que a vidraçaria possa continuar na ativa.

Segundo Gisele, não há uma fórmula única para definir a margem. “Cada projeto tem suas particularidades; um simples puxador ou fechadura a mais podem comprometer consideravelmente o lucro, dependendo do projeto e produto aplicado”, avalia a empresária.

Vector illustration of check listO que considerar para o orçamento?
– Todos os materiais a serem usados entram no cálculo: isso inclui ferragens, adesivos, selantes, acessórios e o próprio vidro. Mas há outros elementos que precisam ser levados em conta para ter o preço final:
– Distância entre a vidraçaria e o local da obra (e o combustível gasto para o deslocamento);
– Espaço físico da obra (pé-direito, presença ou não de elevadores e escadas etc.);
– Situação da alvenaria, pintura, gesso e revestimentos sobre os quais o vidro será instalado;
– Período para liberação da medição final;
– Necessidade de fazer modelos para peças fora de esquadro, com furos ou recortes especiais;
– Encargos com nota fiscal;
– Tarifas de cartão de crédito (quando houver esse meio de recebimento);
– Pagamento da equipe que fará a instalação.

Pela sustentabilidade de todos
Por mais incrível que pareça, há vidraçarias que fazem trabalhos sem qualquer lucro ou até com prejuízo, somente para oferecer o preço mais baixo possível no mercado e evitar que o cliente feche negócio com outra empresa.

Esse tipo de prática prejudica não apenas o fornecedor, mas também o mercado inteiro, incluindo o próprio consumidor final. “Preço baixo demais não é bom para ninguém, pois força o vidraceiro a diminuir o tempo de execução da obra para poder trabalhar mais e ganhar a mesma coisa se tivesse uma margem de lucro justa”, alerta Reino Júnior, do Senai. “Isso compromete a qualidade do serviço, do acabamento, do pós-venda e da atenção necessária com o cliente.”

Para o professor, a melhor forma de conquistar o cliente é apresentar a proposta de preço com clareza e objetividade quanto à qualidade do serviço e do material a ser utilizado, mostrando que o valor calculado é justo. Gisele acrescenta que mais vale ser reconhecido como um profissional que oferece valor agregado do que alguém com preço mais barato a qualquer custo, sacrificando a qualidade e a segurança da instalação.

Vidraceiro também é cliente!
O preço dos vidros e demais insumos usados no serviço do instalador faz diferença no valor final. Assim, é importante conhecer os fornecedores de quem sua empresa compra os materiais. “Problemas com o produto comprometem a credibilidade e a margem de lucro das vidraçarias, pois geram despesas com logística e mão de obra que não estavam no orçamento”, ressalta Samos, do Sincomavi.

Reino Junior, do Senai, aconselha o vidraceiro a verificar quais são os documentos necessários para se cadastrar com o fornecedor e ter acesso a preços mais vantajosos. E, assim como você precisa ser um parceiro do seu cliente, tenha certeza de que as empresas com quem trabalha estão do seu lado, oferecendo produtos e atendimento de qualidade, preços justos e prazos cumpridos.

Tecnologia a seu favor
Hoje, há diversos softwares disponíveis para ajudar as vidraçarias a elaborar seus orçamentos. E, em um mercado em que tempo é dinheiro, dispensar essas ferramentas já não é mais uma opção: elas ajudam a economizar tempo nessa atividade, dão uma noção mais precisa dos custos diretos e indiretos e podem oferecer vários outros benefícios.

Vale a pena dedicar tempo para pesquisar esses sistemas e identificar qual atende melhor as suas necessidades. Conheça alguns deles a seguir.

vp_software-glasscontrolGlasscontrol versão Vidraçaria e Distribuição
Fabricante: SF Informática
Desenvolvido para: gerar orçamento para o cliente e pedido para a têmpera automaticamente, com base nas informações sobre as medidas do vão, tipo de vidro, ferragens e alumínios do projeto
Vantagens:
– Sistema online em constante evolução;
– 100% desenvolvido com foco no segmento vidreiro e suas necessidades;
– Fácil de utilizar;
– Treinamento oferecido pela fabricante do sistema;
– Facilita o e-commerce com a têmpera pela comunicação com o software da mesma empresa desenvolvido para processadores.

vp_software-systemglassToolGlass
Fabricante: System Glass
Desenvolvido para: cuidar de toda a gestão da vidraçaria, incluindo a elaboração de orçamentos
Vantagens:
– Flexibilidade para a definição dos projetos;
– Possibilidade de elaborar diversos orçamentos a partir de um único modelo de projeto (com a inclusão de alterações na própria tela de venda);
– Requer apenas conhecimentos básicos de informática;
– Treinamento online ou por videoaulas;
– Além do orçamento, também atua em todas as outras etapas da gestão da vidraçaria.

vp_software-webg3WebG3
Fabricante: Fortmax Sistemas
Desenvolvido para: padronizar preços e propostas para seus clientes, além de controlar o desperdício de material, evitando a compra de peças desnecessárias ou com medidas erradas, uma vez que o programa calcula o material a ser utilizado para cada obra, assim como as medidas do vidro e suas respectivas furações para ferragens
Vantagens:
– Controle total da empresa, desde o primeiro atendimento de uma solicitação de orçamento, até o faturamento e entrega completa da obra;
– Conta com projetos prontos para orçamentos, corte e furação das peças de vidro;
– Sistema online que pode ser acessado na obra do cliente;
– Treinamento remoto, além dos manuais e vídeos tutoriais disponíveis no próprio sistema;
– Suporte técnico por telefone, e-mail e WhatsApp.

vp_software-wvetroWVetro Evolution
Fabricante: WVetro
Desenvolvido para: calcular e levantar materiais para entrega de um orçamento rápido e bem-apresentável ao cliente, além de ajudar na gestão da empresa (com controle das movimentações financeiras, notas fiscais eletrônicas, estoque, produção e compras)
Vantagens:
– Plataforma intuitiva (fácil de utilizar);
– Agilidade nos processos;
– Suporte técnico;
– Treinamentos personalizados para a vidraçaria.

Negociações às claras
People shaking handsUma vez que o orçamento tenha sido definido, é hora de mostrá-lo ao comprador. Este pode concordar ou não com ele. Algumas dicas para essa conversa:

Por dentro do produto: conhecer o que está vendendo e as formas de aplicá-lo é fundamental para transmitir confiança e justificar o preço;

Sem espaço para dúvidas: faça o cliente saber exatamente pelo que estará pagando caso concorde com a proposta;

“Do que você precisa?”: tenha sempre em mente que o consumidor também deve ficar satisfeito com o que é oferecido. Identifique qual é a necessidade dele e qual produto o atenderá da melhor forma — vale a pena também oferecer mais de uma opção e deixar que ele avalie e tome a decisão;

O tempo não para: a negociação não gira apenas em torno do preço, mas também do prazo. Ninguém gosta de esperar, mas é pior quando a promessa recebida não é cumprida. Por isso, não defina o fim do serviço para um limite que você sabe ser inviável.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Britânica, transparente e moderna!

Na América do Norte e Europa, as universidades são bem parecidas umas com as outras. Geralmente, estão instaladas em prédios históricos, a maioria de estilo vitoriano (construções marcadas pela presença de torres, muitas janelas, simetria e ângulos retos). Se você não se lembra do formato desses edifícios, recorde-se de filmes que se passam nesses locais, como Uma mente brilhante, gravado em Princeton, ou A rede social, rodado em Harvard, ambas nos Estados Unidos. Porém, há poucos anos surgiu uma obra para sacudir essa mesmice: o novo campus da Sheffield Hallam University, na Inglaterra, usou a tecnologia vidreira para dar um ar de modernidade a esse tipo de projeto.

Ficha técnica
Autor do projeto: escritório Bond Bryan Architects
Local: Charles Street, Sheffield, Inglaterra
Área: 9,5 mil m²
Conclusão: 2015

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Estrutura multividro
Pode até parecer chavão dizer que determinada obra eleva o uso do vidro — afinal, existem várias desse tipo pelo mundo. Mas esse prédio merece o elogio: é quase um mostruário de várias possibilidades que nosso material oferece a arquitetos e engenheiros.

A fachada se divide em duas partes. A primeira reveste o edifício, sendo formada por insulados com propriedades térmicas especiais, para garantir o conforto necessário aos estudantes, principalmente durante o rigoroso inverno britânico.

A segunda parece um conjunto de brises (quebra-sóis), mas muito mais complexo: é uma enorme estrutura ancorada no exterior do imóvel, formada por vidros autoportantes extra clear com sistema de iluminação de LED — tudo fornecido pela Lumaglass, empresa vidreira da Escócia.

Algumas peças autoportantes são jateadas, outras permaneceram transparentes e a parte final ganhou as lâmpadas de LED. Essa junção criou um visual bastante peculiar: vista de longe, a obra parece um código de barras gigante — efeito pretendido pelos arquitetos para fazer a construção se destacar em meio ao ambiente urbano.

As luzes são controladas por um sistema de gerenciamento de bateria, que monitora o estado e a carga delas, evitando assim panes no funcionamento.

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Integração à comunidade
A construção recebe a Faculdade de Desenvolvimento e Sociedade, criada para treinar professores e pesquisar assuntos relacionados a artes, ciências sociais e educação. O campus foi idealizado com a intenção de ser um espaço para a comunidade local. Isso fica explícito quando se percebe a reordenação das vias ao redor.

A Charles Street, rua ao lado do prédio, tornou-se exclusiva para pedestres, ganhando bancos e iluminação. Quem está andando pelos arredores pode ainda atravessar o complexo a pé, passando pelo átrio com cobertura envidraçada que liga as duas partes do edifício.

Outra curiosidade que mostra a preocupação da universidade em se integrar à cidade são os conceitos de sustentabilidade aplicados ao projeto, incluindo sistemas de reaproveitamento de água e um grande jardim coberto em parte do telhado, cujo acesso se dá por dentro do edifício.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Arco-íris francês

Pense num edifício envidraçado. Talvez você tenha imaginado panos de vidros enormes na fachada, refletindo os arredores — a estética típica dos projetos com nosso material em grandes cidades. Porém, lá em Bordeuax, conhecida como uma das capitais do vinho na França, o Arc en Ciel (literalmente “arco-íris”, em francês) aposta nas cores como elemento visual e em um formato arredondado, dando novo fôlego ao conceito de obra comercial e residencial com vidro. A seguir, confira como o uso inteligente de PVBs coloridos alterou para melhor a paisagem de um bairro essencialmente residencial.

Ficha técnica
Autor do projeto: escritório Bernard Buhler Agency
Local: Grand Parc, Bordeaux, França
Área: 4,3 mil m²
Conclusão: 2010

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Modernização
O projeto é fruto de um processo de renovação do bairro de Grand Parc. Localizado próximo a um shopping center, foi concebido como um ponto de convergência urbano, representando o tráfego de carros, trens e pessoas dos arredores. Seu caráter misto lhe permite comportar cerca de quarenta apartamentos, além de escritórios. Segundo o arquiteto francês Bernard Buhler, responsável pelo design do edifício, é dividido em três partes distintas:

– O térreo é cercado por uma estrutura de metal (atrás do prédio há um estacionamento para trinta automóveis);
– O 1º andar, ambiente todo fechado com vidros incolores, é destinado aos escritórios, sendo também espaço de transição entre a rua e as habitações acima;
– Os demais andares são exclusivos para os apartamentos.

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Fachada multicores
Do 2º ao 6º andar, está o que salta aos olhos de quem passa nas ruas da vizinhança: a fachada cheia de cores, formada por laminados processados com Vanceva, a linha de PVBs coloridos da Eastman.

A instalação dos vidros seguiu ideias únicas e bastante inovadoras. Nosso material não fecha totalmente os vãos: ele está instalado verticalmente de forma a permitir a entrada de luz natural e a ventilação em abundância nos corredores que dão acesso às moradias. Esses corredores foram pensados para servir como local de circulação e ponto de encontro dos moradores, transformando o prédio em uma pequena comunidade pronta para a interação entre as pessoas.

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Relevo de caixas
Como se não bastasse o caleidoscópio de cores, a fachada também foi criada com base em conceitos ousados para dar tridimensionalidade ao projeto. Grandes caixas de concreto (com fechamento de vidro serigrafado) se projetam para fora em determinados pontos dos andares. O objetivo, segundo o arquiteto Buhler, é fornecer uma quebra no ritmo visual da estrutura.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

A retomada é logo ali

A edição 2018 do Panorama Abravidro, único estudo produtivo do vidro plano no País, já mostrava esta tendência: na pesquisa com processadores, 85% deles esperam manter ou aumentar o faturamento este ano e 73% têm intenção de fazer investimentos. Durante a Glass South America, realizada de 9 a 12 de maio, no São Paulo Expo, a esperança pela retomada do crescimento do mercado pôde ser vista ao vivo.

A maior feira do setor na América Latina, organizada pela NürnbergMesse Brasil em parceria exclusiva com a Abravidro, teve aumento de 10% no número de visitantes conferindo as novidades de 215 marcas expositoras.

Balanço final
domingosPara José Domingos Seixas, presidente da Abravidro, a feira refletiu o atual momento do setor. “Depois de dois anos de queda de mercado, em 2017 o consumo se estabilizou — e isso já é uma grande indicação de que melhores negócios virão. Todos nós acreditamos muito em 2018”, comenta.

João Paulo Picolo, diretor-geral da NürnbergMesse Brasil, revela que o evento superou as expectativas dos próprios organizadores. “Entramos, confesso, com um sentimento de dúvida. Mas conseguir entregar uma feira como essa, com tanto sucesso, não poderia ser mais satisfatório.”

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O bom resultado era visto nos estandes. Desde o primeiro dia, momento geralmente mais tranquilo da mostra, representantes das empresas atendiam interessados em conhecer produtos e soluções. Reuniões para fechar compras de maquinários eram outra cena bastante comum. Picolo destaca também a presença de profissionais de diferentes partes do País (foram mais de quinze caravanas de várias regiões), além de estrangeiros, principalmente da América Latina.

Nova casa
Uma mudança significativa dessa edição foi o local da mostra, que saiu do Transamerica Expo Center e foi para o São Paulo Expo (antigo Centro de Exposição Imigrantes). Reformado recentemente e localizado em uma região mais central da cidade, o espaço agradou a todos por seus corredores largos e estacionamento de fácil acesso.

Prepare-se para 2020!
No último dia de evento, foi divulgada a data para a próxima Glass: 3 a 6 de junho de 2020. Enquanto a futura edição não chega, saiba o que as empresas nacionais e estrangeiras mostraram ao público — a começar pelos espaços da Abravidro, recheados de informação técnica para todo o setor.

sãopauloexpoNúmeros da Glass 2018
Mais de 14 mil visitantes
Público 10% maior que em 2016
215 marcas expositoras
25 mil m² de feira

 

Eventos paralelos
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O congresso Glass Façades Day, idealizado pela revista Projeto, discutiu o uso do vidro em fachadas com arquitetos e consultores, apresentando exemplos de todo o mundo, como a Casa do Deserto (Espanha) e o Emporia Shopping Center (Suécia). Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro, participou da abertura do evento.

Várias empresas, entre elas as usinas vidreiras, aproveitaram para promover ações especiais de relacionamento com os clientes, dentro e fora do pavilhão, incluindo coquetéis, visita a showroom e almoço.

Este texto foi originalmente publicado na edição 546 (junho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Ponto de encontro para o setor

Visitar o estande da Abravidro é uma tradição para os visitantes e expositores da Glass South America. Afinal, é nesse espaço que profissionais de diferentes partes do setor ficam por dentro das ações da associação, discutem a situação do mercado e encontram antigos e novos parceiros para colocar a conversa em dia — ou, quem sabe, fazer negócios. Este ano, esse sentimento foi ainda mais forte: a área de 120 m² mostrou tudo que a entidade tem a oferecer para o nosso segmento, incluindo os vidraceiros — estes, aliás, tiveram atenção especial no estande.

Unidos somos mais fortes
aberturaO principal destaque da associação durante a Glass 2018 foi a campanha #TamoJuntoVidraceiro, que busca mostrar para os processadores as boas práticas no atendimento e na parceria com os vidraceiros, além de conscientizar ambos sobre a importância do cumprimento das normas técnicas na hora de especificar e instalar os vidros.

Para ajudar nesse último objetivo, a associação distribuiu gratuitamente a tabela Que vidro usar? — ela permite consultar de forma rápida e didática quais vidros podem ser instalados em diferentes tipos de aplicação. Uma versão gigante dela estampou parte do estande, que ainda teve um showroom para mostrar o uso do material dentro das normas em boxe de banheiro, cobertura, guarda-corpo, porta e piso. O programa De Olho no Boxe, que visa à conscientização do mercado sobre a manutenção desse produto, também teve destaque.

“A Abravidro está trabalhando para atender as demandas dos diversos elos da cadeia. O foco de nosso estande este ano, por exemplo, foi o vidraceiro”, avalia Iara Bentes, superintendente da entidade. “Isso é importante para toda a cadeia vidreira, afinal são esses profissionais que alimentam nossas associadas, as indústrias de transformação”, complementa Rosana Silva, gerente de Atendimento.

Levando os serviços para os associados
instalaçõesAs beneficiadoras e distribuidoras também tiveram muito que fazer por lá. Todas as atividades desenvolvidas para essas empresas estiveram presentes no estande. É o caso dos módulos da Especialização Técnica Abravidro: os visitantes passaram a conhecer os cursos disponíveis (incluindo atividades complementares como o acompanhamento de processos) e aproveitaram para agendar a realização deles em suas empresas. Da mesma forma, processadores se informaram sobre a consultoria oferecida para obter a certificação Inmetro para temperados.

Como resultado das ações feitas durante a feira, novas empresas se associaram à Abravidro e outras se tornaram assinantes de O Vidroplano (a edição de maio, que encartou o Panorama Abravidro 2018, foi distribuída na feira).

Da Bahia ao Rio Grande do Sul
Não é exagero afirmar que o estande da Abravidro foi o principal ponto de encontro para o setor. Visitantes de diversos Estados escolhiam o local para se reunir, muitos deles em caravanas organizadas por entidades regionais, como a Amvid e o Sindividros-RS. A primeira levou dois grupos, um de Belo Horizonte e outro de Patos de Minas. A Ascevi não organizou caravana, mas sua diretoria e um grande número de seus associados compareceram em peso ao evento, assim como empresas da Bahia ligadas à Adevibase.

Este texto foi originalmente publicado na edição 546 (junho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.