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Hora de reencontrar o crescimento

2019 marca o início de um novo governo, renovando a esperança de retomada do crescimento de nosso setor, tão abalado pela crise que atinge o Brasil desde os idos de 2015. Nesses primeiros dias do ano, temos visto a nova gestão trabalhando para entender a máquina pública e atender os anseios do eleitorado em diversas frentes. A diretoria da Abravidro acredita em bons resultados e vai trabalhar ativamente para isso!

Mas não adianta depositar toda a nossa expectativa nas mãos dos novos governos federal e estaduais. É preciso que cada um de nós faça a sua parte também, como indivíduos e também como empresários. E a Abravidro, por meio de seu variado escopo de atuação, também continuará contribuindo para o crescimento e desenvolvimento do setor. Os módulos de especialização técnica e PPCPE, por exemplo, são ótimas oportunidades de qualificar ainda mais a mão de obra em busca do tão desejado aumento de produtividade nos negócios. Há também oferta de consultoria para a obtenção da certificação do vidro temperado, um diferencial importante para quem produz esse tipo de vidro. Ainda no tema qualificação, temos cursos online sobre uma variedade de temas, oferecidos exclusivamente aos nossos associados.

E na esteira das nossas atividades, o Simpovidro, mais tradicional encontro dos profissionais do setor, chega, este ano, à sua 14ª edição. Esperamos em breve anunciar novidades sobre o evento!

Além disso, seguiremos acompanhando temas de interesse do nosso mercado e agiremos sempre que necessário para buscar soluções e encaminhamentos para questões sensíveis aos vidreiros.

Um assunto recorrente neste espaço, o combate à informalidade e à sonegação ganhou destaque na primeira quinzena deste mês, em virtude de operação deflagrada pela Receita Federal, resultando na aplicação de multas da ordem de R$ 138 milhões a empresas da Região Sul do País. Nossa expectativa é que a repercussão da referida operação seja eficaz em inibir empresas que adotam práticas ilegais e desleais em nosso segmento. O impacto danoso da informalidade e da chamada criatividade tributária em nosso setor é mais que conhecido e torna nosso ambiente de negócios extremamente desigual.

DomingosJosé Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 553 (janeiro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Como humanizar os processos empresariais

Escrito por Alexandre Slivnik

A cultura organizacional é fundamental para que exista maior engajamento dos funcionários com a empresa. A alta rotatividade de colaboradores, que pode se dar por inúmeros fatores, acaba sendo um dos principais desafios na gestão. Para reverter essa situação e desenvolver equipes sólidas, a estrutura empresarial e o cotidiano corporativo têm papéis fundamentais nesse processo. Veja as cinco dicas a seguir:

– Para reter talento, as empresas precisam ir além: ficar atentas a questões ligadas a lideranças, projetos, objetivos e propósitos que fazem com que o colaborador queira continuar na equipe;

Treinamentos sempre incentivam e mostram a importância da contribuição de cada um para o desenvolvimento da organização. Os líderes têm papel fundamental nesse processo: devem sempre reconhecer, recompensar e celebrar cada conquista do colaborador;

Todas as questões referentes aos funcionários devem passar pelo olhar do líder. Se ele não acredita em seus modelos e projetos, nada dará certo. É preciso que esteja, de fato, preocupado com as pessoas, ao invés de ficar apenas atrás de computadores olhando planilhas e esquecer de conversar com a equipe;

É importante criar múltiplos pontos de escuta para entender os colaboradores, incluindo ainda processos de reconhecimento com metas a serem cumpridas, planos de recompensa a partir de experiência e enriquecimento pessoal e profissional;

– Por fim, o empresário que não entende de gente encontrará problemas. Ele tem de sair da sala fechada da diretoria e encarar, como os colaboradores, as diversas tarefas práticas do dia a dia. Quanto maior o exemplo da liderança, maior o encantamento interno e, consequentemente, mais respeito conquistarão.

alexandre_okAlexandre Slivnik,
palestrante internacional e escritor, possui experiência de quase vinte anos na área de RH e treinamento, além de ser diretor-executivo do Institute for Business Excellence, sediado em Orlando, EUA.

Este texto foi originalmente publicado na edição 553 (janeiro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Casamento renovado

A relação próxima entre a gigante da tecnologia Apple e o vidro é antiga. Quase todas as lojas da marca pelo mundo têm nosso material como principal elemento arquitetônico, estrutural ou decorativo. Em 2018, isso reforçou-se ainda mais: cinco Apple Stores foram inauguradas no segundo semestre, todas desenvolvidas pelo renomado escritório inglês de arquitetura Foster and Partners. Cada uma apresenta um uso diferente do vidro, confirmando sua versatilidade de aplicações. Saiba mais sobre os estabelecimentos nas próximas páginas!

 

milãoApple Piazza Liberty
Milão, Itália
Inauguração: julho
As grandes cidades italianas são conhecidas por suas praças e fontes. E esses foram os elementos arquitetônicos nos quais a fabricante inspirou-se para criar a Apple Piazza Liberty, localizada na Corso Vittorio Emanuele, uma das vias para pedestres mais populares de Milão. A entrada da loja é uma caixa envidraçada de quase 8 m de altura rodeada por jatos de água. A estrutura dá acesso ao subsolo, espaço para os consumidores. A transparência é fundamental aqui: ela é a responsável por garantir a interação da luz do Sol com a água ao longo do dia. À noite, um sistema de iluminação especial ajuda a criar uma experiência multissensorial, para quem passa por ali, em conjunto com os reflexos gerados por nosso material.

 

macauApple Cotai Central
Macau, região administrativa especial da China
Inauguração: julho
Construída em meio a uma pequena floresta de bambus, a Apple Cotai Central assemelha-se, segundo a própria Foster and Partners, a uma “lanterna de papel” gigante — item tradicional da cultura chinesa. Sua fachada inovadora é formada por cinco peças de vidro sobrepostas por revestimentos cerâmicos. Isso cria a inusitada ilusão de uma estrutura feita de pedra sólida, mas que permite a entrada de luz. À noite, o jogo de iluminação interna e externa da loja parece fazer o prédio “irradiar” certo brilho.

O andar térreo ganhou ainda um fechamento envidraçado tradicional (ou seja, apostou na transparência) com visão para as árvores externas. Assim, a natureza do lado de fora torna-se parte essencial do interior do local.

 

parisApple Champs-Élysées
Paris, França
Inauguração: novembro
Uma das principais fabricantes de eletrônicos do mundo casa perfeitamente com uma das mais famosas avenidas do mundo. A Apple Champs-Élysées reúne história e tecnologia, já que foi instalada num típico prédio barroco parisiense do século 19, restaurado recentemente. O grande destaque do projeto é o teto solar do pátio central. Ali, instalou-se uma estrutura chamada kaléidoscope, formada por pirâmides revestidas de espelhos. Seu objetivo é refletir o ambiente interno do edifício, criando imagens fragmentadas que mudam conforme o visitante se move pelos andares. Essas reflexões, segundo os arquitetos, remetem ao cubismo, movimento artístico do começo do século 20 que teve no pintor espanhol Pablo Picasso seu maior ícone. A parte externa do teto também ganhou painéis fotovoltaicos para a produção de energia elétrica a partir da luz solar.

 

quiotoApple Zero Gate
Quioto, Japão
Inauguração: agosto
Minimalismo é a palavra chave da Apple Zero Gate, construída no bairro de Shijo Dori, coração comercial de Quioto. Na frente das janelas envidraçadas, está uma estrutura formada por papel especial em molduras de madeira. Além de fazer referência às tradicionais residências japonesas feitas com esses dois materiais, ajuda a criar uma estética que mistura transparência com translucidez. Vidros também estão presentes nas portas automáticas que levam os consumidores para dentro da loja e em todo o fechamento do térreo, agregando a tranquilidade do ambiente interno à movimentação da rua, além de reforçar a estética clean e zen buscada pelo escritório.

 

bangkokApple Iconsiam
Bangkok, Tailândia
Inauguração: novembro
À beira do rio Chao Phraya, na capital tailandesa, ergue-se a primeira Apple Store desse país asiático, empreendimento pertencente ao Iconsiam Center, que reúne shopping center, hotéis e residências. A bela vista dos arredores da cidade abre-se aos visitantes graças às fachadas estruturais de vidro: peças de mais de 10 m de altura permitem a entrada abundante de luz natural. A integração dos ambientes é essencial no projeto — e não poderia ser atingida sem nosso material.

O aspecto clean da obra é reforçado pelos materiais aplicados. Além do vidro, o interior tem madeira (no telhado e em mesas) e aço escovado (colunas).

Este texto foi originalmente publicado na edição 553 (janeiro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Galpão para morar

A reportagem especial de O Vidroplano deste mês (veja clicando aqui) mostra exemplos de como nosso material controla a luminosidade nos ambientes. Pois o vidro serve também — muito bem — para manter estável a temperatura interna dos edifícios. Prova disso é o The Conservatory, residência construída em Pretória, na África do Sul.

Ficha técnica
Autora do projeto: Nadine Engelbrecht
Local: Pretória, África do Sul
Conclusão: segundo semestre de 2018

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Conforto mais que necessário
O vidro escolhido para revestir a obra foi o low-e (de baixa emissividade) laminado, com 6 mm de espessura. A especificação levou em conta o clima da região (seco e quente), com grande amplitude térmica — a temperatura pode variar em até 20 ºC num único dia. Isso explica a opção pelo low-e, cujo revestimento metálico diminui a transferência de calor entre ambientes: o isolamento das construções é fundamental na África do Sul.

Temperatura na medida certa
O destaque visual do The Conservatory é o galpão central, com fachadas (frontais e traseiras) e paredes laterais envidraçadas. Essa estrutura é usada como saguão de entrada e também sala de jantar, embora tenha muito mais importância para o projeto: funciona como uma espécie de “ar condicionado” da obra, controlando a temperatura do restante da casa. “No inverno, as portas do espaço ficam fechadas enquanto as internas são abertas para aquecer os cômodos adjacentes, já que o galpão é mais quente durante o dia”, explica a arquiteta Nadine Engelbrecht. “No verão, ele é inteiramente aberto, permitindo que a ventilação natural penetre todo o ambiente.”

Uma das condições exigidas pelo casal de ocupantes da casa era integrar o projeto às colinas de Pretória que circundam a área, oferecendo bela visão da cidade. A transparência do vidro atua também nesse sentido, ajudado ainda pelas portas envidraçadas do galpão.

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Especificação técnica
Vidros usados: laminados low-e 6 mm, instalados em todos os fechamentos da casa, incluindo o galpão central
Esquadrias: Yebo Windows & Doors
Portas de correr do galpão: Coroma

Este texto foi originalmente publicado na edição 553 (janeiro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crime fiscal no setor vidreiro

O mercado vidreiro foi surpreendido com a notícia da descoberta de um esquema fraudulento do qual fazem parte quatro beneficiadoras vidreiras e quatro pessoas físicas. A prática foi recentemente desvendada durante operação da Equipe de Combate à Fraude Fiscal da 10ª Região Fiscal, divisão da Receita Federal que atua no Rio Grande do Sul. No dia 19 de dezembro, a Justiça Federal do vidreiroParaná bloqueou bens e contas bancárias dos envolvidos, aplicando multa no valor de R$ 138 milhões. Os nomes das empresas estão sob sigilo de justiça e não podem ser revelados.

Como funcionava o esquema?
Uma processadora paranaense, com foco na venda para a indústria moveleira, omitia receitas utilizando “laranja” no Rio Grande do Sul para emitir notas fiscais frias. Esse “laranja” simulava ser o estabelecimento que realizava o processo industrial e as vendas dos produtos. Também descobriu-se que uma empresa de Santa Catarina, atualmente desativada e autuada no passado por essas mesmas práticas, fazia parte desse grupo. Todas as indústrias envolvidas atuavam sob nome de “laranjas”.

Foram constatadas ainda blindagem patrimonial fraudulenta, simulação de contratos de locação e compra e venda de bens entre as empresas do grupo, compra de imóveis de uso particular com recursos sonegados e pagamento de rendimentos aos reais beneficiários.

Na mira desde 2016
Segundo o auditor-fiscal da Receita Federal Gustavo Busato, o caso passou a despertar interesse em 2016, quando ocorreram várias incidências de uma mesma pessoa jurídica do Rio Grande do Sul em listas de fiscalização por omissão de receita e/ou falta de declaração e recolhimento de tributos. “No preparo das informações dessa suposta empresa, verificamos tratar-se de ‘laranja’, usada apenas para emissão de notas fiscais, ocultando o real sujeito passivo das obrigações tributárias”, comenta. “Identificamos ainda algumas das pessoas que poderiam estar se beneficiando do esquema e indícios acerca do destino do patrimônio conquistado pelo não cumprimento dessas obrigações.” A investigação, com o objetivo de produzir provas e identificar responsáveis, começou em agosto de 2017, terminando em dezembro de 2018.

Próximos passos
Busato afirma que agora começa a fase jurídica. A Representação Fiscal para Fins Penais será enviada ao Ministério Público Federal, demonstrando a ocorrência de fatos que configuram, em tese, crimes contra a ordem tributária, associação criminosa e “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores.

 

R$ 500 bilhões por ano
É o valor estimado da sonegação fiscal no Brasil, segundo o Sinprofaz

 

Sonegação no Brasil
Segundo dados do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), o Brasil deixa de arrecadar mais de R$ 500 bilhões por ano devido à sonegação de impostos. Esses números são estimados pelo Sonegômetro, instrumento de medição criado pelo próprio Sinprofaz. As consequências para quem comete esse crime são pesadas: além de multas, os responsáveis pelas empresas podem ser presos.

O empresário que gera emprego e arca com seus deveres tributários perde muito com essa situação. Afinal, como comenta o sindicato, fica impossível competir com concorrentes que agem na ilegalidade, contratando sem carteira assinada e vendendo sem nota fiscal. O cidadão comum também sofre: os valores sonegados deixam de ingressar nos cofres da União, não sendo investidos nas áreas de saúde, educação, segurança e demais setores de responsabilidade do poder público.

Mas não podemos nos esquecer dos prejuízos gerados na economia e nos diferentes setores atingidos. “Além de manchar a imagem das empresas vidreiras quando as vemos envolvidas em esquemas desse tipo, a sonegação ainda ajuda a degradar o preço do nosso produto, gerando instabilidade em toda a cadeia”, afirma o presidente da Abravidro José Domingos Seixas. “A Abravidro considera que operações como essa realizada pela Receita Federal são importantes para o mercado, pois mostram que a informalidade não deve ter lugar em nosso setor. Sempre trabalhamos para que nossas empresas atuem de forma regular e correta, respeitando os concorrentes e também os clientes.”

Este texto foi originalmente publicado na edição 553 (janeiro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Ganhe mais vendendo o melhor

Um conselho frequentemente apresentado nesta seção de O Vidroplano é que os vidraceiros busquem sempre diferenciar-se de seus concorrentes. Entre os momentos mais importantes para seguir essa dica está justamente a hora da venda: em vez de se contentar em oferecer uma peça comum ou a opção mais simples para a aplicação pretendida pelo comprador, por que não mostrar a ele todos os benefícios que um produto de valor agregado pode proporcionar?

Muitas vezes, o desconhecimento de todas as características desses vidros e o receio de não fechar negócio impedem que o profissional aproveite a oportunidade de vendê-los e assim lucrar mais. Consultamos especialistas e representantes do setor para ajudar sua empresa a ficar por dentro das melhores opções no mercado e, consequentemente, apresentar e indicar soluções nessa área a seus clientes. Anote as dicas — e boa leitura!

O que são vidros de valor agregado?
Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass, explica: “São aqueles que saem do uso comum do consumidor, acumulando qualidades ou desempenhos diferenciados”. Estefânia Oliveira, coordenadora de Marketing da AGC Vidros do Brasil, complementa: “Esses produtos oferecem uma solução diferente da dos vidros comuns, possibilitando maior exclusividade, performance e beleza aos ambientes e projetos”.

Alguns benefícios que essas peças podem trazer incluem:

– Conforto térmico;
– Isolamento acústico;
– Maior resistência e segurança;
– Estética diferenciada;
– Controle de luminosidade;
– Economia no consumo de energia

E não faltam opções nesse sentido. As usinas de base já fornecem ao mercado diversos vidros e espelhos diferenciados — conheça alguns deles ao longo desta reportagem. As processadoras também tendem a aprimorar as peças por meio não só da têmpera, mas também de técnicas como a serigrafia (que hoje pode ser feita por impressão digital e em alta definição) e laminação (seja com películas tradicionais, coloridas, com altíssima resistência e até com cristal líquido, permitindo mudar o estado do vidro entre transparente e opaco via corrente elétrica).

 

Vidros de controle solar

vp_agc-sunluxSunlux Shadow
Fabricante: AGC
Diferencial: vidro refletivo desenvolvido especialmente para países de clima tropical, disponível em três opções de transmissão de luz

 

Linha SunGuard
Fabricante: Guardian
Diferencial: alto desempenho no bloqueio do calor e dos raios ultravioleta, além de melhor aproveitamento da luz natural, reduzindo o consumo de energia elétrica em até 60%

 

vp_vivix-performaVivix Performa
Fabricante: Vivix
Diferencial: bloqueia quatro vezes mais a entrada de calor do que um vidro comum e os raios ultravioleta em até 99,6%

 

 

Comparando custos e benefícios
Por que, então, a procura por esses produtos não é maior? Um dos motivos é que os compradores, claro, tendem a buscar os menores preços. “Os clientes sempre vão escolher as opções mais baratas, até que alguém mostre que a conta não deve ser feita somente na economia do preço dos vidros e que outros fatores devem ser levados em consideração, como segurança para a família, economia de energia elétrica e conforto térmico e acústico”, avalia Marco Souza, gerente-comercial da Personal Glass, de Florianópolis. “Nem sempre os clientes conhecem esses pontos e depois se frustram pela escolha errada causada por falta de informação na hora da compra”, completa.

É aqui que um profissional informado e capacitado faz toda a diferença. “O vidraceiro tem um poder enorme em suas mãos. Sempre que fazemos pesquisas com consumidores finais e arquitetos, eles indicam que o vidraceiro é a pessoa certa para levar essas informações a eles. Então, mais do que vender e instalar, é importante que ele seja ativo, oferecendo e explicando as novidades”, considera Patricia Spinosa, gerente de Decoração e Inovação da Cebrace.

A propósito, sabe aquele vidraceiro que se contenta em vender a opção mais básica e barata só para garantir a venda? Ele não só está perdendo a oportunidade de ganhar mais, como também está indo contra as próprias tendências de mercado. “Por incrível que possa parecer, os produtos com mais valor agregado tiveram menos queda de vendas do que os de menor valor agregado. Em alguns casos, eles tiveram até crescimento, uma vez que as pessoas na crise procuram gastar ‘melhor’ seus recursos”, comenta José Eduardo Amato Balian, professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

 

Vidros pintados

vp_agc-matelacMatelac
Fabricante: AGC
Diferencial: espelhos e vidros pintados acidados, para decoração de ambientes

 

 

Lacobel T
Fabricante: AGC
Diferencial: único vidro pintado temperável do mundo, com cinco opções de cores

 

Cebrace Laqueado
Fabricante: Cebrace
Diferencial: vidro pintado com acabamento laqueado, conferindo uniformidade de cor em toda sua extensão (mesmo de uma peça para outra); tinta não descasca

 

vp_guardian-decocristalDecoCristal
Fabricante: Guardian
Diferencial: vidro laqueado, pintado em um dos lados com acabamento brilhante e fácil de limpar

 

 

Por dentro do catálogo
Um dos primeiros pontos a se levar em conta durante a venda de vidros de valor agregado é que o vidraceiro precisa conhecer a fundo as características e os benefícios de cada produto que fornece. “Isso é fundamental para ter argumentos que estejam alinhados às necessidades do cliente e, assim, convencê-lo de que o valor agregado do vidro lhe proporcionará melhores resultados”, comenta Renato Sivieri, diretor de Marketing da Guardian. Ele também sugere que o vendedor sempre apresente mais de uma opção de orçamento para o cliente, demonstrando que está buscando a melhor opção para a obra.

Todas as usinas de base consultadas informam que já contam com equipes técnicas para o atendimento presencial e online aos vidraceiros (veja mais no quadro “Fale com eles!”). Os serviços oferecidos por elas podem ir desde um esclarecimento de dúvidas até o agendamento de palestras e treinamentos.

E, claro, o vidraceiro deve ficar atento ao mercado. “Nossa empresa está sempre antenada às tendências e lançamentos e acompanhando as novidades em grupos sociais do vidro, nas revistas, nas notícias relacionadas ao vidro e nas feiras nacionais e internacionais do setor, entre outros meios”, conta José Romão da Silva Neto, proprietário da R4 Vidros, de Salvador.

 

Espelhos

vp_cebrace-bronzeEspelho Bronze
Fabricante: Cebrace
Diferencial: aspecto moderno e chamativo, bastante procurado por arquitetos para a decoração de residências

 

 

vp_guardian-evolution

Espelho Guardian Evolution
Fabricante: Guardian
Diferencial: uma camada protetora especial aplicada em seu verso protege a prata (responsável pelo reflexo das imagens) e garante maior resistência química e física

 

Vidros grossos

Linea Azzurra
Fabricante: AGC
Diferencial: único vidro no mercado nacional com espessura de 25 mm

Cebrace Extragrosso
Fabricante: Cebrace
Diferencial: espessura de até 19 mm, podendo ser usado como prateleira, tampo de mesa ou até na composição de vigas e colunas estruturais

 

Com eles, todos saem ganhando
Mas o que fazer quando o cliente não está disposto a gastar mais com um vidro de valor agregado? “Faça um exercício de quanto o comprador economizará com ar condicionado, a médio e longo prazos, se os vidros da residência ou do escritório tiverem controle solar, por exemplo”, sugere Claudio Luis Acedo, sócio-diretor da Mansur Vidros, de São Paulo. “Não basta ter produtos de valor agregado, é fundamental que a equipe saiba transformar esses argumentos em algo que faça a diferença na vida do cliente.”

Vale observar que empresas focadas na necessidade de atender o consumidor naquilo que ele realmente precisa, e não apenas na venda de seus produtos, acabam conquistando a confiança dos compradores e se destacando em relação aos seus concorrentes. Assim, toda forma de diferenciação em produtos e serviços faz com que o vidraceiro consiga sair da guerra de preço e atrair clientes pelo serviço final oferecido.

 

Outros tipos

vp_cebrace-antirreflexoCebrace Antirreflexo
Fabricante: Cebrace
Diferencial: permite visão perfeita através de sua superfície, ideal para aplicações em vitrine e showroom

 

 

DiamondGuard
Fabricante: Guardian
Diferencial: dez vezes mais resistente a riscos do que os vidros comuns, mantendo as superfícies bonitas por muito mais tempo

 

vp_sgg-milanoMilano
Fabricante: Saint-Gobain Glass
Diferencial: vidro impresso de aspecto “minicanelado”, com forte apelo estético entre projetistas e designers de interiores

 

Fale com eles!
AGC
Telefones: 0800-272-2242 e 0800-272-2243
E-mails: vendas@br.agc.com e amostras@br.agc.com

Cebrace (linha Vivânce)
Telefone: 0800-741-8080
E-mail: contato@vidrosvivance.com.br

Guardian
Telefone: 0800-709-2700
E-mail: atendimento@guardian.com

Saint-Gobain Glass (linha Atrium)
Telefone: 0800-125-125
E-mail: glass@saint-gobain.com

Vivix
Telefone: 0800-200-1222

Este texto foi originalmente publicado na edição 553 (janeiro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Transparente à escolha do cliente

A transparência é a característica mais óbvia do vidro — mas isso não significa que ele precisa ter esse aspecto em todas as instalações. A evolução da tecnologia do setor permite que o material atue de formas jamais imaginadas anos atrás, como controlando a privacidade e o nível de luz que entra nas construções (ou mesmo a iluminação que passa de um ambiente interno para outro). Há diferentes soluções modernas que permitem isso. Os insulados podem ganhar persianas automáticas, os polarizados mudam a aparência de transparente para totalmente opaco com o toque de um botão e os vidros de controle solar também filtram a claridade, não somente a radiação. Isso sem falar em outras inovações que em breve devem chegar ao Brasil.

A seguir, confira os principais produtos voltados para essas funções oferecidos no mercado e quais os benefícios que podem trazer para um projeto arquitetônico.

 

VIDRO ELETROCRÔMICO

eletrocrômico2Trailler da AGC (foto) na Glasstec 2018 mostrava aplicações do Halio. Tecnologia semelhante está na fachada do centro de pesquisa do Grupo Saint-Gobain em Capivari (SP)

Como funciona
Revestido com filmes finos especiais, escurece ou fica transparente a partir de um comando elétrico manual ou programado. A mudança não se dá automaticamente, mas de forma gradativa, ao longo de alguns segundos ou minutos, dependendo da tecnologia utilizada.

Benefícios
Controla a entrada de luz natural no ambiente, dispensa o uso de cortinas ou persianas e reduz o consumo de energia elétrica.

Quem fornece?
O eletrocrômico já existe no País — ao menos instalado. O Centro de Pesquisa & Desenvolvimento do Grupo Saint-Gobain, localizado em Capivari (SP), tem fachadas com o SageGlass. Um dos diferenciais: conta com sensores que captam a iluminação externa, fazendo o material adequar-se às alterações de luminosidade que ocorrem ao longo do dia. Ainda não há informações sobre sua comercialização por aqui.

Outra novidade da Glasstec 2018, principal feira vidreira do mundo, foi o Halio, da AGC. “Além de garantir a privacidade por meio da interação do usuário, é antirreflexo e bloqueia até 99,9% da luz solar”, explica a gerente de Desenvolvimento de Mercado Ana Lion. Oferecido em duas versões (Halio e Halio Black), ainda não tem data para lançamento no Brasil.

 

INSULADOS COM PERSIANAS

persiana2Soluções da Screenline: insulados com persiana podem usar controle remoto para acionar as lâminas do sistema

Como funciona
Instalada na câmara de gás interna do insulado, a persiana utiliza sistema de acionamento manual magnético ou eletrostático, garantindo que não haja contato mecânico com o exterior. Além disso, não existe condensação ou qualquer resíduo em contato com a persiana, fazendo sua durabilidade aumentar exponencialmente.

Benefícios
Facilita a limpeza, dispensa manutenção e o uso de cortinas e proporciona maior conforto térmico.

Quem fornece?
A Screenline é uma das líderes de mercado, oferecendo soluções com lâminas e sistema blackout (que ajuda a escurecer o ambiente), como o modelo Twin.

Na mesma Glasstec do ano passado, a Guardian lançou seu insulado com persiana, o Dinamic Shade. Voltado para uso em janelas e portas residenciais, pode ser ativado por interruptor manual, controle remoto ou controle automatizado, respondendo a mudanças na iluminação externa ou condições de temperatura, por exemplo. Espera-se que esteja disponível aos clientes até o final de 2019 na Europa. No entanto, a empresa ainda não tem previsão de comercializá-lo no Brasil.

 

VIDRO POLARIZADO

polarizadoO vidro polarizado atua dividindo ambientes (foto), como também de forma estrutural, revestindo as paredes de escritórios para garantir privacidade

Como funciona
Também conhecido pela sigla PDLC (da expressão em inglês polymer dispersed liquid crystals, que significa “cristal líquido disperso em polímeros”), consiste em laminados com películas especiais, formadas por partículas suspensas de cristal líquido. Sem eletricidade, as partículas “repousam”, deixando o vidro totalmente opaco. Por meio de corrente elétrica, que pode ser acionada por interruptor ou controle remoto, elas se organizam em direções específicas. Com isso, o vidro torna-se transparente.

Benefícios
É fácil de limpar e fazer manutenção; possui alta durabilidade e dispensa o uso de cortinas e persianas.

Análise do mercado
A solução já existe no Brasil há cerca de uma década. Bastante versátil, ela é muito apreciada por arquitetos e decoradores, já que mostras como Casa Cor geralmente apresentam ambientes com divisórias que usam o produto. “A demanda vem crescendo sensivelmente, pois oferece privacidade quando desejada, aceita projeção de imagens e pode ser usado como quadro branco”, explica Fábio Saliba, da Intelliglass. “Permite também a utilização racional dos espaços e a criação de ambientes tecnológicos, além de uma estética moderna e diferenciada”, complementa Rebeca Andrade, especificadora técnica da processadora PKO.

Quem fornece?
Entre as empresas que fornecem o produto, estão a Intelliglass, uma das empresas pioneiras na tecnologia em nosso país, e a PKO, que tem o Privacy Glass. A Divinal Vidros também comercializa a solução chamada Smart Glass, todos com características semelhantes às descritas acima.

 

VIDRO TERMOCRÔMICO

termocrômicoComo funciona
O termocrômico é um laminado ou insulado de laminado que recebe uma película de PVB especial. Quando a luz solar entra em contato com a peça, essa película absorve o calor, ficando mais escura. Quanto mais ensolarado o dia, mais escura ela se torna, fazendo com que menos claridade entre no ambiente (como visto nas fotos). E tem mais: o vidro irá esfriar-se conforme a posição do Sol ao longo do dia, fazendo com que a película volte a ficar clara. Lembra-se de já ter visto algo do tipo? Se você for leitor assíduo de O Vidroplano, com certeza! A tecnologia foi capa da edição de fevereiro de 2017.

Benefícios
Iluminação natural que se adapta ao clima, sem gastos extras com eletricidade, já que, ao contrário de outras tecnologias, não envolve intervenção manual, mecânica ou elétrica.

Quem fornece?
Por aqui, a GeoDesign Internacional representa a americana Pleotint, fabricante e detentora da patente do termocrômico nos Estados Unidos, Europa e Japão. A linha de termocrômicos da Pleotint chama-se Suntuitive e é formada por cinco itens diferentes: clear (incolor), Azuria (tom esverdeado), Optiblue (azulado), Solarbronze (bronze) e Solargray (cinza).

 

VIDRO DE CONTROLE SOLAR

© Rodrigo e CassianaMercado nacional aposta em produtos voltados especialmente para o clima brasileiro

Como funciona
De forma simples: reflete parte da luz para o lado externo, absorve uma quantidade dela na sua própria massa e deixa outra parte entrar no ambiente. A escolha para uma obra, no entanto, deve seguir vários critérios. “Não podemos pensar somente sobre o tipo de vidro de controle solar ou seu fabricante”, explica Luiz Barbosa, gerente técnico de Vendas da Vivix. “Os projetos precisam ser analisados a fim de se entender as principais variáveis que vão influenciar na correta especificação, como a região do País, orientação das fachadas, influência de sombras projetadas por outras edificações e plantas de elevação para verificação da altura do vidro na obra, entre outras”. Para quem está interessado em aplicar esses vidros em seus projetos: as usinas que fornecem esses produtos possuem equipes de consultores técnicos com o objetivo de ajudar engenheiros e arquitetos no momento da especificação, levando em conta todos esses diferentes critérios mencionados.

Benefícios
Reduz a entrada de calor e raios UV, proporciona conforto térmico, reduz o consumo de energia elétrica e permite maior área envidraçada com menor ofuscamento.

Análise do mercado
Para Remy Dufrayer, gerente de Desenvolvimento de Mercado da Cebrace, “é um mercado em expansão, mas ainda muito concentrado em edifícios corporativos e comerciais”. O diretor de Marketing da Guardian, Renato Sivieri, concorda: “Apesar de os benefícios serem bastante difundidos, ainda existem pessoas que não entendem os custos de manutenção de um empreendimento comercial ou residencial sem esses vidros”. Por isso, a divulgação dos benefícios é importante. A economia de energia elétrica gerada pode chegar a até 40% ou 50%, considerando a redução no uso de ar condicionado e iluminação artificial.

Quem fornece?
Para tornar o material ainda mais utilizado na construção civil, as usinas nacionais estão investindo em linhas especiais, desenvolvidas de forma específica para as condições climáticas de nosso país:

– Sunlux Shadow, da AGC;
– BR, da Cebrace;
– High Performance, da Guardian;
– Vivix Performa, da Vivix.

Vale citar mais duas linhas: Habitat, da Cebrace, e Residence, da Guardian, ambas voltadas para aplicação residencial.

 

deserto

Um exemplo extremo da capacidade dos vidros de controle solar é a La Casa del Desierto (A Casa do Deserto), obra da Guardian erguida em pleno deserto de Gorafe, na Espanha. Com 20 m², o projeto foi liderado por Spela Videcnik, da Ofis Architects, e conta com aplicações de SunGuard SNX 60 HT e ClimaGuard Premium 2T, que proporcionam 52% de transmissão de luz e bloqueiam 75% da radiação solar. “Esperamos demonstrar que é possível criar uma casa envidraçada no deserto e que, mesmo assim, proporciona um ambiente confortável”, comenta a arquiteta.

 

A cor do vidro influencia na passagem de luz?
Sim, conforme explica Renato Sivieri, da Guardian: “Substratos coloridos absorvem mais radiação e deixam passar menos luz em comparação com um vidro incolor”. Portanto, na hora de especificar, é possível adequar a cor do vidro de acordo com a solução de luminosidade e bloqueio de calor desejados para determinado projeto. “Peças coloridas também tendem a alterar a visualização das cores dos objetos”, relembra Ana Lion, da AGC.

Este texto foi originalmente publicado na edição 553 (janeiro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Expectativas em alta

Passadas as eleições, os brasileiros acompanham com atenção o noticiário político e os primeiros movimentos do presidente eleito. Os empresários, em especial, têm grandes expectativas quanto à capacidade de Jair Bolsonaro e sua equipe conseguirem recolocar o País na rota do crescimento.

Enquanto o novo governo se prepara para assumir em janeiro, 2018 vai se aproximando do fim e os diversos setores da economia vão fazendo o balanço final do ano e suas apostas para 2019. Para o setor vidreiro, foi um período conturbado, com falta de vidro, paralisação dos caminhoneiros e tabelamento de frete, além de sucessivos aumentos no preço de nossa matéria-prima. Mas o último trimestre, nossa alta temporada, está bastante movimentado para os processadores e promete bons resultados para encerrar o período. A conferir!

Em reunião recente na Fiesp, diversos setores ligados à construção civil apresentaram seus números. Em comum, uma trajetória acentuada de queda de faturamento e empregos gerados nos últimos anos e o otimismo em relação ao que está por vir. E esse sentimento positivo não se dá apenas pelo resultado dos pleitos de outubro, mas também pelos sinais que já podem ser percebidos, como o aumento do uso da capacidade instalada da indústria de materiais de construção, melhores resultados no consumo do aço em relação a 2017, crescimento na importação de máquinas e equipamentos e também na contratação de profissionais por parte dos escritórios de engenharia e arquitetura. Cimento e agregados, no entanto, ainda vivem um ano difícil, com altos índices de capacidade ociosa e resultados bem distantes dos já alcançados em outros tempos.

Mas ainda há muita incerteza sobre os planos do futuro governo para realizar o que foi prometido durante a campanha. Um ponto em especial tem preocupado o setor industrial e merece a atenção do mercado vidreiro: o plano de governo de Bolsonaro fala em “redução de muitas alíquotas de importação e das barreiras não tarifárias”. Aguardaremos atentos pelas definições enquanto trabalhamos para aproveitar o mercado aquecido deste fim de ano.

DomingosJosé Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 551 (novembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Energia hidrelétrica e solar unidas

Este mês, teve início a fase de testes da usina fotovoltaica flutuante no reservatório da Usina Hidrelétrica de Sobradinho (BA). A estrutura — instalada pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e projetada pela parceria entre a WEG Equipamentos Elétricos e a Sunlution Soluções em Geração Solar — conta com 10 mil m² de área com painéis policristalinos com face externa de vidro. Nessa etapa, a usina deve gerar uma potência energética de cerca de 1 MWp para consumo interno. Após sua conclusão, a Chesf pretende lançar a energia gerada no sistema interligado nacional.

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Cores com tecnologia de ponta

A Tecglass, braço do Grupo Fenzi, lançou a linha Jetver Ultra de tintas cerâmicas. Seu aspecto brilhante e alta durabilidade fazem dela um produto versátil para impressões com alta definição, permitindo desde designs gráficos simples até as mais variadas imagens fotorrealistas. Segundo a empresa, as tintas Jetver Ultra são ideais para projetos arquitetônicos, oferecendo resistência contra desgastes, abrasões, radiação ultravioleta e estresse climático, além de uma paleta de cores praticamente infinita.

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Treinamentos não param

Engana-se quem pensa que a chegada do fim do ano representa a diminuição dos eventos para o nosso setor: palestras e treinamentos foram realizados pelas entidades regionais no Distrito Federal, Espírito Santo e São Paulo, levando conhecimento aos profissionais que participaram deles. A seguir, saiba como foram essas atividades e não deixe de conferir a agenda para 2019!

Sincomavi-SP, em São Paulo
Como conduzir a empresa
De 6 a 8 de novembro, o Sincomavi organizou o curso “Merchandising: Estratégia de Atração de Clientes” (foto de abertura), voltado para a criação de ideias para a exposição do produto em loja de acordo com a marca, perfil e público-alvo pretendidos e, assim, alavancar suas vendas. Daniel Marques, palestrante convidado do curso de Visual Marketing do Senac, também deu dicas sobre análise de perfil de consumidor, vitrinismo e ambiente de loja, com conceitos para otimizar quesitos como iluminação, limpeza e sinalização do espaço.

No dia 23, o sindicato paulista realizou outro treinamento, o “Reforma Trabalhista – Adequações Necessárias Perante a Nova Legislação”. Acompanharam a aula 24 alunos. Ministrado pela advogada Luciana Saldanha, o conteúdo incluiu as atuais estruturas legislativas e abordou alterações específicas nas leis trabalhistas, como as negociações individuais e coletivas, empregados de nível superior e demais adequações.

 

sindividros-esSindividros-ES, em Vitória
Teoria e prática para instalar peles de vidro
O Sindividros-ES promoveu, nos dias 9 e 10 de novembro, a “Oficina do Vidro: Fachada – Sistema Ecostick”. As aulas foram ministradas por Ricardo Câmara, diretor e instrutor da Central do Vidraceiro, com apoio da empresa Perfil Alumínio. O patrocínio ficou por conta das usinas vidreiras AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass e Vivix. O primeiro dia do treinamento foi dedicado ao conteúdo teórico do curso. No segundo, colocaram-se em prática os conhecimentos adquiridos para a especificação, montagem e instalação do sistema Ecostick, desenvolvido e comercializado pela Perfil Alumínio para peles de vidro.

 

abravidAbravid-DF, em Guará (DF)
Capacitados para o desempenho acústico
Sessenta pessoas acompanharam a palestra Acústica dos vidros, organizada pela Abravid no dia 23 de novembro, na sede do Sebrae. Edison Claro de Moraes, presidente-executivo da Associação Brasileira para a Qualidade Acústica (ProAcústica), enfatizou a importância da qualificação da mão de obra: os profissionais precisam conhecer todos os cuidados necessários para que os vidros instalados tenham o desempenho esperado no isolamento acústico dos ambientes. Apoiado pelo Sebrae, o evento foi patrocinado pela AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass e Vivix.

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Adeus, ano velho!

E eis que mais um ano chega ao fim. 2018 foi repleto de desafios para o setor vidreiro e O Vidroplano buscou refletir em suas páginas as principais questões que impactaram o nosso segmento, sempre trazendo as melhores informações para a tomada de decisão e análise do mercado, além da cobertura dos principais eventos de interesse da comunidade vidreira. Nesta edição, apresentamos a retrospectiva dos principais assuntos que estiveram na pauta da revista, nas rodas de conversas, reuniões formais e também nos grupos de WhatsApp. Aproveite para relembrar o que foi notícia!

O encerramento de um ano é sempre um convite para um balanço do que passou e também para fazer planos para o futuro. O Brasil vive um momento de franco otimismo em relação ao período que se inicia em janeiro. Aqui na redação, nossa expectativa é voltar a ter em nossas páginas o registro do crescimento e desenvolvimento do setor vidreiro, novos investimentos e outras notícias que signifiquem a chegada do aguardado movimento de recuperação após o declínio dos últimos anos.

E você, o que está planejando para 2019 em sua empresa? Planejamento é ferramenta essencial para o sucesso em qualquer atividade, seja em momentos de tempestade ou mesmo de calmaria. Não deixe de preparar sua empresa para brilhar no próximo ano.

Boas festas e que 2019 seja repleto de oportunidades para o setor vidreiro!

Um abraço,

iaraIara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sofisticação é a cara do nosso material

Nas últimas edições de O Vidroplano, apresentamos o uso do vidro em edições da Casa Cor pelo Brasil. Agora é a vez de mostrar a exposição em outros dois locais: na Casa Cor Espírito Santo, peças fabricadas pela Cebrace e processadas pela capixaba Viminas brilharam em nada menos que treze ambientes. Nosso material também não passou despercebido na Casa Cor Mato Grosso. Confira!

 

CASA COR ESPÍRITO SANTO

casacor-es-fachadaImponente demais para um só lugar
Os ambientes Loft do Golfista, Loft da Bailarina e Studio da Remadora — projetados respectivamente por Sergio Paulo Rabello, Sérgio Palmeira e Letícia Finamore — dividiram a mesma fachada (foto) dentro da mostra. Além de seu tamanho, a estrutura, de temperados de controle solar Habitat Neutro Cinza, garantia o conforto térmico a quem passasse pelo lado de dentro.

 

casacor-es-tenistaVisibilidade plena
Transparência foi a palavra chave no Refúgio do Tenista, da arquiteta Cristiane Locatelli. O efeito foi cortesia do amplo uso de temperados incolores ao longo de sua fachada e nas várias divisórias em seu interior. Destaque também para os laminados 4+4 mm que compuseram o pergolado do ambiente (foto de abertura).

 

casacor-es-motociclistaEspaços flutuantes
Uma tela solta no ar? Essa deve ter sido a impressão de muitos visitantes ao passar pelo Loft do Motociclista, elaborado pelo arquiteto Christian Vieira. Na verdade, tratava-se de uma divisória (foto, à esq.) de temperado 10 mm com uma película no centro, onde vídeos eram projetados. O mesmo efeito foi aplicado de outra forma no armário ao lado da cama (foto, ao centro): o “truque” foi possível revestindo todo o seu entorno com espelhos prata.

 

CASA COR MATO GROSSO

casacor-mt-hometheaterSensação de amplitude
O espaço Home Theater, da arquiteta Ana Carolina Gori, tinha como astro o sistema de mesmo nome, mas a visão atrás do sofá impressionava tanto quanto. Uma parede inteira revestida com espelhos extra clear (foto) da Cebrace, fornecidos pela Guaporé Vidros, refletia o ambiente com clareza e nitidez, fazendo-o parecer ter o dobro do tamanho, além de oferecer ainda mais requinte a ele.

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Inscrições abertas para 2019

Desde que foi lançado, em 2016, o módulo de Planejamento, Programação, Controle da Produção e Estoques (PPCPE) da Especialização Técnica Abravidro tem alcançado números expressivos no setor vidreiro nacional: o treinamento já formou mais de 200 participantes de cerca de 130 empresas de 17 Estados do País e da Bolívia.

A grande procura pelo curso, que já tem data definida para sua primeira turma de 2019 (veja abaixo), é resultado do seu conteúdo focado especificamente nas necessidades dos beneficiadores do vidro. Ele é uma ferramenta chave para que gestores preparem seu planejamento estratégico e repensem a estrutura de suas empresas. Essas práticas permitirão a eles aumentar a produtividade na fábrica, a eficiência no planejamento de negócios e o controle da produção em curto espaço de tempo.

O responsável pelas aulas é o instrutor técnico da Abravidro, Cláudio Lúcio da Silva. Reconhecido nacionalmente como um dos maiores especialistas do Brasil na área de transformação de vidros, ele aconselha que os proprietários e diretores das processadoras também assistam às aulas com seus gestores: dessa forma, eles poderão ver, em primeira mão, a importância de implementar o conteúdo do curso em suas empresas.

Próxima turma
O primeiro treinamento do PPCPE em 2019 já tem data marcada: será nos dias 21 e 22 de março, na sede da Abravidro, em São Paulo. As inscrições estão abertas. Se sua empresa não passou por essa capacitação, deve aproveitar o momento para não ficar atrás no mercado e garantir a eficiência no seu planejamento e produção!

Anote na sua agenda:
Data: 21 e 22 de março
Local: sede da Abravidro – Comercial Casa das Caldeiras, Av. Francisco Matarazzo, 1.752, sala 615, Água Branca, São Paulo, SP
Inscrições e mais informações: pelo telefone (11) 3873-9908 ou pelo e-mail abravidro@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Lazer com reflexão

Summer Glass: esse foi o nome escolhido para o 9º Encontro Sul-Brasileiro de Vidreiros. O evento, que reúne profissionais do nosso setor dos três Estados da Região Sul, foi realizado de 22 a 25 de novembro no resort Águas de Palmas, no município de Governador Celso Ramos (SC), sendo organizado pela Ascevi-SC e pelo Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vidro, Espelhos e Cristais do Estado de Santa Catarina (Sindicavidros), em parceria com a Adivipar-PR e o Sindividros-RS.

Segundo avaliaram os organizadores, o encontro foi um grande sucesso: 211 participantes acompanharam a programação contemplando a troca de conhecimentos e oportunidades de networking e lazer, incluindo palestras, estandes com novidades das empresas patrocinadoras e shows de bandas.

Um por todos, todos por um
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“Contamos com ótimas palestras e tivemos um momento de confraternização para os vidreiros da região. Atividades como essa fortalecem nosso mercado como um todo.” Esse foi o sentimento de Lino Rohden, presidente da Ascevi, ao fim do congresso, que contou com o apoio da Abravidro, KLA Escola de Negócios e Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc).

A associação vidreira, aliás, foi representada por seu presidente, José Domingos Seixas, e pela superintendente Iara Bentes, que também é editora de O Vidroplano. Domingos, na cerimônia de abertura, destacou a importância do associativismo para a economia em geral e de eventos que reúnam os empresários: “É somente com a união de todos que o mercado vai se envolver cada vez mais em melhorias para todos os setores.”

Adaptando-se às mudanças
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As palestras abordaram temas como gestão eficiente, felicidade pessoal e visão de futuro. Este último foi explorado por Alexandre Pestana, ex-presidente e atual terceiro-vice-presidente da Abravidro, na apresentação Tempestade vidreira: quem são os sobreviventes?. Sexto palestrante a falar, ele fez uma breve retrospectiva dos últimos anos – que teve um período de grande aquecimento e desenvolvimento seguido por uma forte crise – e alertou os empresários para estar atentos às tendências do mercado e adaptar-se ao novo ambiente, chamando atenção para a Indústria 4.0 e a necessidade de investir no aumento da produtividade.

A primeira palestra do encontro, feita por Vanderlei Petri, teve como tema A importância do pacto de franqueza para a saúde dos negócios. Em seguida, Luiz Bagattini mostrou aos participantes a importância do lucro para a sobrevivência das empresas. Segundo ele, quando existem dívidas, é fundamental pensar positivo e não se concentrar somente no caixa da empresa, mas principalmente em produzir e fechar negócios.

A programação também contou com apresentações de Marcio Schultz (Felicidade pessoal e profissional), Glauco José Côrte (Panorama da economia brasileira e catarinense e perspectivas) e Vanessa Tobias (A natureza é perfeita. Encontre a sua).

Networking e descontração
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Durante os intervalos das apresentações, os participantes puderam visitar a Feira de Negócios. O espaço foi inspirado na Feira de Oportunidades do 13º Simpovidro, organizado em 2017, e contou com estandes das patrocinadoras (Agmaq, Arbax, Bottero, Diamanfer, ECG Sistemas, GDS, Glasspeças, Glaston, GR Gusmão, Intermac do Brasil, Junkes Ferragens, Lopes Máquinas, Ludufix, Muniz Representações, Tec-Vidro, Vetro Máquinas e Vidramaq). Em meio às rodas de conversa, vários participantes perguntaram aos representantes da Abravidro sobre a data e o local da próxima edição do Simpovidro, programado para 2019. A resposta é que a associação já está trabalhando em várias frentes pelo maior encontro do setor vidreiro no Brasil e informações devem ser divulgadas muito em breve.

Houve ainda tempo para visitar a praia e curtir toda a estrutura do resort, incluindo suas treze piscinas, sala de jogos, recreação, passeio de trenzinho, quadra de tênis, trilhas ecológicas e bar molhado. Incluam-se ainda como extras a mostra da tradicional renda de bilro por rendeiras da região e a apresentação do Boi de Mamão de Itapema, que garantiu a brincadeira principalmente das crianças, além de shows das bandas Dbregas Drama Band e Get Back.

“A equipe da Ascevi se empenhou muito para que o encontro fosse um sucesso, por isso, o resultado não podia ser diferente”, avalia Rohden. Samir Cardoso, presidente do Sindicavidros e tesoureiro da Ascevi, destaca a importância dos patrocinadores, apoiadores e parceiros para a realização do evento: “Com a ajuda dos patrocinadores e das demais associações, principalmente da Abravidro, conseguimos fazer muito com pouco e o nosso encontro não deixou nada a desejar para as outras iniciativas do setor. Assim, nós chegamos ao final dele com a sensação de dever cumprido”.

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Abravidro promove o vidro em diversas frentes

Vera Andrade, coordenadora técnica da associação, participou, no dia 13 de novembro, da cerimônia de entrega de certificados de conclusão aos alunos do curso de extensão “Arquitetura e Construção: Materiais, Produtos e Aplicações” (foto de abertura). O evento, em sua 5ª edição, é fruto da parceria da Universidade Presbiteriana Mackenzie com a Abravidro, Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Associação Brasileira da Construção Metálica (Abcem) e Instituto do PVC. A Cebrace é parceira da Abravidro nessa iniciativa.

abravidro2No dia 26 do mesmo mês, Clélia Bassetto, consultora de Normalização da entidade, esteve presente no Seminário para Estudo de Incorporação de Novas Tecnologias na Segurança contra Incêndio (foto 2), promovido pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo e pela Fundação de Apoio ao Corpo de Bombeiros (Fundabom). Ela também representou a Abravidro, no dia 29, no lançamento do livro Éramos vinte: a história do Corpo de Bombeiros de São Paulo, na sede da Assembleia Legislativa de São Paulo. A obra conta como a corporação de São Paulo foi fundada há quase 140 anos.

Em dezembro, no dia 6, Clélia assistiu ao workshop técnico “Soluções em Eficiência Energética e Hídrica dos Edifícios” na sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP). Além de trazer painéis de discussão sobre o tema, o evento também contou com o lançamento do portal Guia interativo de esquadrias – eficiência energética em edificações, da publicação Esquadria com foco em eficiência energética: guia orientativo para projetos de edificações eficientes e de um vídeo focado na divulgação do papel das esquadrias para o conforto dos usuários — estas duas últimas iniciativas contaram com a participação da Abravidro em sua elaboração.

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Luto no setor

Dois grandes empresários vidreiros faleceram no mês de novembro: Rodolfo Marques (à esq.), sócio e superintendente da processadora carioca Saint-Germain Vidros, no dia 20, e Roberto Ribeiro (à dir.), co-fundador da processadora capixaba Viminas, no dia 22. Ambos tiveram uma longa trajetória profissional, com suas respectivas empresas fundadas ainda na década de 1980, e tornaram-se referências no mercado.

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Pele de vidro fotovoltaica no Brasil

O uso de filmes fotovoltaicos em vidros para geração de energia está ganhando espaço no Brasil. O Centro Administrativo Tatuapé do Itaú-Unibanco, em São Paulo, está entre as obras que os utilizam: uma de suas faces é toda revestida com uma fachada de vidro fotovoltaico. A estrutura, montada este ano, é composta por trilaminados com espessura de 12,72 mm — as folhas externa e interna de cada painel são temperadas, enquanto a do meio é uma peça float com aplicação de filme fino de silício amorfo, que permite a geração de eletricidade. Segundo Reinaldo Chohfi, desenvolvedor do projeto e diretor da GeoDesign Internacional, a geração total estimada de energia do sistema é de mais de 6.300 kWh/ano.

A pele de vidro tem 232,26 m² de área e os painéis posicionados em frente às janelas têm semitransparência de 20%; os colocados entre elas são opacos (todos foram produzidos pela empresa Onyx Solar). Além da geração de energia, a estrutura reduz a passagem de calor para o interior do edifício em 68% (em frente às janelas) e 78% (nas paredes de alvenaria) e atenua a passagem de som em 34 dB. O vão entre a pele de vidro fotovoltaica e a fachada de alvenaria do edifício também contribui para o conforto térmico, possibilitando ventilação natural entre elas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Tendências de mercado para 2019

Escrito por Rafael de Souza

Fique atento às circunstâncias favoráveis e ameaças existentes no mercado. O melhor é preparar-se desde já para o ano que chega. Por isso, confira nove tendências e oportunidades de mercado que impactarão a maioria dos negócios em 2019.

Marketing digital: utilize as mídias sociais, blog, vídeos e o site de sua empresa para gerar conteúdo, engajamento e relacionamento, atraindo e conquistando clientes;

Consumidor mutante: as necessidades, desejos, problemas e comportamento dos consumidores sofrem mudanças cada vez mais rápidas, principalmente em relação à tecnologia. Portanto, fique atento;

Customização: permita que a clientela personalize produtos e serviços. As pessoas reconhecem quando são atendidas com exclusividade;

Atendimento humanizado: apesar dos inúmeros recursos tecnológicos, consumidores dão valor à questão humana. Então é importante passar essa sensação até mesmo no suporte automatizado ao cliente;

Mercados de nicho: especializar-se em um nicho de mercado pode ser um diferencial para atuar em um setor com menor concorrência;

Negócio e trabalho com propósito: a maioria da população busca consumir produtos e serviços ou trabalhar em empresas que tenham propósito e agreguem valor à vida ou à sociedade;

Tempo é o maior ativo: quem sabe utilizá-lo a seu favor, seja na gestão da empresa ou como valor agregado ao produto/serviço que vende, terá um grande diferencial frente à concorrência;

Clientes menos fiéis às marcas: esse comportamento pode ser visto como oportunidade e ameaça ao mesmo tempo. Cabe ao empresário usar estratégias para tirar proveito disso;

Economia colaborativa e startups: modelos de negócios que permitam escalabilidade, sustentabilidade, economia de recursos (físicos, financeiros e naturais), praticidade e colaboração são a base dos futuros negócios.

rafaelsouzaRafael de Souza é analista de Negócios do Sebrae-SP na regional de São José dos Campos. Graduado na área de tecnologia da informação, é especialista em gestão estratégica de negócios e em gestão de pessoas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Da Alemanha para o Brasil

A Glaston anunciou, em novembro, que é a distribuidora oficial dos filmes de EVA da linha Evguard no País. Os produtos, fabricados pela alemã Folienwerk Wolfen, são usados para a produção de laminados. Entre seus diferenciais estão resistência superior à umidade, aprovação técnica concedida pelo Instituto Alemão para Tecnologia para Edificação (DIBt), longa vida útil e fácil armazenamento e manuseio. Segundo a multinacional finlandesa, as películas Evguard podem ser processadas tanto em fornos de laminação como em autoclaves e aplicadas com o processo nipper roll, com rolos de pinça.

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Agitado além da conta

No fim de 2017, poucos poderiam imaginar o quão movimentado seria 2018 para o vidro. Da expectativa para o reaquecimento do mercado, graças à esperança de finalmente a economia nacional sair da crise que já durava anos, logo passamos para o espanto: a União Brasileira de Vidros (UBV) anunciou o encerramento de suas atividades. Outro problema era a falta de abastecimento de vidro float do mercado doméstico.

Quando os volumes de negócios começavam a aumentar, muito pelo otimismo proporcionado pela feira Glass South America, a greve dos caminhoneiros em todo o Brasil, no fim de maio, afetou diretamente nossa cadeia produtiva, que — como outras indústrias — levou algum tempo para retomar a atividade.

Teve tempo ainda para as eleições, aumento da expectativa de crescimento para 2019, lançamentos de produtos, eventos vidreiros pelo mundo, criação e revisão de normas técnicas e falecimento de pessoas queridas. A seguir, confira a retrospectiva com os acontecimentos vidreiros mais marcantes de 2018.

 

Janeiro: mês das normas

modern business buildingNova era para os vidros de controle solar
A ABNT publicou a NBR 16673 — Vidros revestidos para controle solar – Requisitos de processamento e manuseio, trazendo os critérios de qualidade para as empresas que trabalham com o produto. O texto ajudou a padronizar a produção e melhorar a capacitação da mão de obra, incluindo informações sobre estocagem, manuseio, corte, lapidação, lavagem e têmpera (os fornos, por exemplo, devem ser adequados a cada tipo de vidro).

cintaAmarração: mudanças nas regras
A Resolução Nº 552 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) entrou em vigor logo no 1º dia do ano para mudar as regras do transporte em veículos rodoviários de carga, como caminhões, caminhonetes e picapes. Uma das mudanças foi a proibição do uso de cordas para amarrar cargas à carroceria do veículo. Agora, são permitidas somente cintas têxteis, correntes ou cabos de aço. Porém, no caso do vidro, apenas as cintas podem ser utilizadas, já que ele não pode ser colocado em contato direto com materiais metálicos. É permitido o uso de cordas para amarrar os vidros ao cavalete, desde que esteja fixado corretamente à carroceria, e também para prender lonas de proteção sobre a carga. Outras determinações:
– As cintas e os cavaletes com vidro devem ser fixados na parte metálica da carroceria ou no próprio chassi, não mais na parte de madeira;
– A amarração pelo lado externo da carroceria só pode ser feita quando a carga ocupar totalmente o espaço interno entre suas laterais;

Depositphotos_151712824_xl-2015Novidades nos vidros automotivos
A certificação compulsória para automotivos sofreu alterações com a Portaria nº 41 do Inmetro. O documento revogou as portarias anteriores sobre o assunto e foi baseado na revisão das normas do produto realizada em 2015. Principal novidade: a obrigatoriedade de marcar nas peças o número do certificado emitido pelo instituto. A Abravidro trabalhou junto à entidade para conseguir prazos e condições para as empresas vidreiras se adequarem. O que ficou decidido:
– As fabricantes terão até 25 de janeiro de 2023 para se adaptar;
– Após esse período, terão até 25 de janeiro de 2025 para o escoamento da produção com a marcação antiga;
– Ao mesmo tempo, o mercado terá até 25 de janeiro de 2033 (180 meses a partir da publicação) para comercializar esses vidros.

 

Fevereiro: fotovoltaico em destaque

vp_fotovoltaicoPrimeiro gigawatt verde e amarelo
O Brasil ultrapassou a marca histórica de 1 GW em projetos operacionais de energia solar fotovoltaica, segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Essa potência é suficiente para abastecer 500 mil residências no País.

vp_cebraceEspecífico para o Brasil
Quem também apostou no Sol foi a Cebrace, que lançou a nova linha BR de vidros de controle solar, integrante da família Cool Lite, composta por vidros desenvolvidos para as características e necessidades do mercado brasileiro. O produto é fornecido já laminado, nas espessuras 4+4 mm e 4+6 mm, e impede em até 99% a passagem de raios ultravioleta.

ganaEnquanto isso…
…nos Estados Unidos, as duas maiores entidades vidreiras do país concluíam seu processo de fusão. A National Glass Association (NGA) e Glass Association of North America (Gana) seguirão atendendo por NGA, mas uma mudança de nome será considerada dentro dos próximos dois anos.

 

Março: de mãos dadas com os vidraceiros

#TamoJuntoVidraceiro!
A Abravidro lançou nesse mês a campanha #TamoJuntoVidraceiro, desenvolvida para conscientizar os processadores sobre as boas práticas que devem ter com os vidraceiros quanto ao cumprimento de normas técnicas, atendimento, política comercial e orientações técnicas. Para isso, foram produzidos materiais de apoio que podem ser baixados gratuitamente no site da entidade:

tamojunto (2)Cartilha Aplicação do vidro na construção civil
Apresenta dados sobre os principais tipos de vidro e aplicações, conforme a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações;

 

tamojuntoBoas práticas para processadores de vidros
Contém as boas práticas a serem mantidas no relacionamento com os vidraceiros;

 

 

tamojunto (3)Tabela Que vidro usar?
Ideal para consultas rápidas sobre quais vidros são permitidos em diferentes aplicações.

 

Começo de ano com qualificação
ppcpeA primeira turma de 2018 do módulo de Planejamento, Programação, Controle da Produção e Estoques (PPCPE), um dos treinamentos da Especialização Técnica Abravidro, foi formada nesse mês. Alunos do Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraná e São Paulo acompanharam as aulas do único curso de PCP focado especificamente nas necessidades dos beneficiadores do vidro, ministradas por Cláudio Lúcio da Silva, instrutor técnico da Abravidro.

abavidronarecordBoxes em rede nacional
A Abravidro participou de reportagem do programa Fala Brasil, da Record TV, sobre boxes de vidro. A coordenadora técnica Vera Andrade explicou os cuidados que o consumidor deve ter ao comprar o produto, citando a importância de o instalador entregar para o cliente o Manual de utilização, limpeza e manutenção dos boxes de banheiro, parte do programa De Olho no Boxe lançado pela associação em 2015.

exporevestirExpo Revestir: beleza e benefícios para o cliente
A feira, voltada para a área de revestimentos e arquitetura, mostrou soluções variadas com nosso material, oferecendo benefícios como privacidade e sustentabilidade. Quem visitou o Transamerica Expo Center, em São Paulo, pôde conferir janelas acústicas com persiana, vidros de controle solar e decorativos, cooktops, vidros inteligentes (que mudam de transparente para translúcido), perfis para grandes vãos e vários modelos de pastilhas envidraçadas.

 

Abril: fim de uma era

UBV2A última impressão da UBV
No dia 3 de abril, a UBV informou ao mercado o encerramento de suas atividades, após sessenta anos de história. O anúncio foi feito por meio de carta enviada a clientes e parceiros, assinada pelo presidente da empresa, Sérgio Minerbo. No mesmo mês, O Vidroplano publicou entrevista exclusiva com o executivo. Os motivos para a decisão: “Nós iniciamos a campanha desse forno em 2008, com projeto de vida útil de dez anos. Inicialmente, existia a expectativa de se fazer campanhas adicionais. A partir de 2015, quando a crise da construção civil começou a se aprofundar, percebemos que o vidro impresso estava sendo substituído por outros produtos em uma velocidade muito rápida. Então, o fim da vida útil do forno coincidiu com o mercado em crise. Se isso acontecesse em momentos diferentes, talvez a decisão tivesse sido outra. Do ponto de vista do negócio, era o que tinha de ser feito”.

Reg. 091-19 Construção do Novo Muro da Raia Olímpica da USP.São Paulo mais transparente
O muro de vidro na Raia Olímpica da Universidade de São Paulo (USP) foi parcialmente inaugurado no fim desse mês. A obra, projetada pelo escritório da arquiteta Joia Bergamo, substituiu uma estrutura antiga de concreto que separava o espaço da Marginal do Pinheiros, uma das principais vias da cidade. A construção, de 2,2 km de extensão, teve participação de diversas empresas vidreiras ou relacionadas ao nosso setor. Ao todo, quando finalizada, terá cerca de 15 mil m² de vidros temperados de 12 mm de espessura.

FEICON BATIMAT 2018Feicon: conforto e geração de energia
A 24ª edição da Feicon Batimat — Salão Internacional da Construção e Arquitetura contou com novos produtos com vidro ou voltados para profissionais de nosso setor. Alguns dos destaques: persianas para insulados, esquadrias de alumínio e PVC, acessórios para vidraceiros (como parafusadeira e nível a laser), gabinetes envidraçados para banheiro, fita dupla face para fixação e selantes.

 

Maio: da esperança para o inesperado

Otimismo em forma de feira
glassA Glass South America, maior feira do setor na América Latina, organizada pela NürnbergMesse Brasil em parceria exclusiva com a Abravidro, revelou como o setor vivia um período de investimentos e expectativa de crescimento: teve aumento de 10% no número de visitantes (mais de 14 mil), contando com 215 marcas expositoras nacionais e estrangeiras. Em casa nova (o São Paulo Expo, na capital paulista), o evento teve estandes cheios de interessados em fechar negócios — a cena mais comum dos quatro dias era ver executivos das empresas em reuniões com clientes. Para incentivar o uso correto do vidro também nos estandes, a organização fiscalizou a aplicação do material nos espaços.

glass2O estande da Abravidro, como já é tradição, tornou-se o ponto de encontro do setor. Ali, eram divulgadas iniciativas da entidade, como a campanha #TamoJuntoVidraceiro e o De Olho no Boxe. Já o espaço Vidro em Ação, com 300 m² de área, mostrou ao vivo a reprodução de ensaios dos vidros de segurança (temperado e laminado) e de guarda-corpos, reunindo mais de 2.500 pessoas, incluindo vidraceiros e outros profissionais.

casacor2O retorno dos grandes painéis
As últimas edições da Casa Cor São Paulo tiveram uso tímido de vidros e espelhos. Este ano, foi o contrário: eles foram protagonistas da mostra de arquitetura e decoração. Vários ambientes contaram com painéis gigantes, instalados em portas pivotantes ou deslizantes (que muitas vezes tinham função de dividir e integrar ambientes), revestimentos de paredes e aplicações estruturais.

20180502_Abravidro_Panorama_2018_versao_web-1Os números do setor
Lançado durante a Glass, o Panorama Abravidro 2018, único estudo sobre desempenho econômico e produtivo do setor de vidros planos no Brasil, trouxe duas novidades nessa edição. Uma delas foi a publicação dos dados de produtividade do mercado, o que permite avaliar a eficiência de nossas empresas e identificar oportunidades de melhoria de resultados. A outra foi a inclusão do preço médio dos diferentes vidros processados.

vivixNOVONova linha de controle solar da Vivix
A Vivix Performa reúne vidros adequados para as características climáticas brasileiras — minimizam a passagem de calor, mantendo a transmissão de luz. De acordo com a usina, os produtos apresentam revestimentos com alta resistência mecânica e química.

A dozen or so trucks parked at the place of restO balde de água fria na indústria nacional
No fim de maio, a greve dos caminhoneiros travou o Brasil — e também empresas de vários setores, incluindo o nosso. A paralisação do transporte rodoviário diminuiu fortemente a atividade industrial e a confiança dos empresários, gerando corrida por estoques por parte das processadoras. Em análise após esse período, a Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que a falta ou alto custo da matéria-prima eram na época um dos três principais problemas enfrentados pelas empresas. As usinas foram afetadas na produção e logística por falta de matéria-prima e insumos — tiveram de aplicar planos de contingência para operar normalmente.

 

Junho: encontro de entidades

convenção_venezaIniciativa global
No começo do mês, a superintendente da Abravidro, Iara Bentes, representou a entidade durante a 2ª Convenção de Associações Vidreiras Internacionais, realizado em Murano, na cidade de Veneza, Itália. O encontro foi organizado pela Community of Glass Associations — CGA (Comunidade de Associações Vidreiras), uma iniciativa da Gimav (Associação Italiana dos Fornecedores de Máquinas e Equipamentos para a Indústria do Vidro) para reunir entidades vidreiras de todo mundo com o intuito de debater soluções para o crescimento do setor — o Brasil é representado pela Abravidro e Abividro.

 

Julho: ciclos terminados

lutoLuto
Duas figuras queridas do setor faleceram nesse mês: Roberto Comelli (foto à direita), auditor do Falcão Bauer e consultor independente, participante do desenvolvimento de normas técnicas junto ao Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37), e Elton Thomas (foto à esquerda), proprietário da têmpera Curvo Glass (Grupo Unividros), de Passo Fundo (RS), e membro da diretoria do Sindividros-RS.

_MG_8034Estoque zerado
Todo o estoque de vidros impressos da UBV esgotou-se em julho, segundo informação de Sérgio Minerbo, presidente da usina. Apenas a área administrativa permanecia em funcionamento naquele momento.

 

Agosto: análise aprofundada e despedida

mercadoComo anda o setor vidreiro nacional?
Uma soma de situações extraordinárias (crise econômica, encolhimento da construção civil e fatores internos do mercado de vidro) fez o setor sofrer ao longo dos últimos anos. Para entender esse cenário, O Vidroplano fez um balanço dos indicadores econômicos da indústria nacional, analisando temas relevantes discutidos nas ruas e em conversas do WhatsApp, como a falta de vidro, as perspectivas para o segundo semestre e os possíveis investimentos futuros.

memóriaAdeus a um entusiasta do associativismo
De família vidreira pioneira, Aldo Machado Simões faleceu no fim do mês, deixando grande legado para os profissionais de nosso setor. Dono de personalidade autêntica, além de ser muito querido entre seus pares, ocupou cargos na diretoria da Abravidro a partir de 1999, na gestão do então presidente Gilberto Ribeiro.

 

Setembro: investimentos vêm aí

mercado2Projetos da Cebrace para o futuro
Em entrevista exclusiva para O Vidroplano, os diretores-executivos da Cebrace, Leopoldo Castiella e Reinaldo Valu, revelaram os próximos planos da usina, uma joint-venture entre Saint-Gobain e NSG/Pilkington: a companhia pretende finalizar o projeto de engenharia de seu 6º forno brasileiro de float, o C6, em Caçapava, interior de São Paulo, e conseguir as licenças ambientais para, assim que o mercado se estabilizar, iniciar a obra. Além disso, foi prometido um reparo no C2, localizado na mesma cidade, a ser realizado no começo de 2020. Divulgou-se também a construção do novo forno da Vidriería Argentina S. A. (Vasa), subsidiária da NSG/Pilkington, no município de Exaltación de La Cruz, Província de Buenos Aires. A obra deverá custar cerca de US$ 200 milhões. “Nós temos um olhar regional, não apenas para a Cebrace. Procuramos entender um pouco como vai ser o movimento de capacidade, de demanda, para os próximos dez ou quinze anos”, explicou Castiella.

normaConsulta nacional sobre guarda-corpos
A revisão da NBR 14718 — Guarda-corpos para edificação – Requisitos, procedimentos e métodos de ensaio entrou em consulta nacional nesse mês. O documento ganhou mais abrangência, passando a incluir a avaliação de estruturas instaladas em aeroportos, estádios e shopping-centers, inclusive as com diferentes cargas aplicadas.

premiomarcabrasilSetor premiado!
O 19º Prêmio Marca Brasil, idealizado para destacar as marcas de empresas e entidades mais bem-avaliadas em suas áreas de atuação, foi entregue a dezenove empresas vidreiras, incluindo a Abravidro. Pelo 7º ano consecutivo, a associação foi eleita a Melhor Marca de Entidade do Setor de Vidros.

glassbuildFeiras aqui e lá fora
Duas mostras do mercado foram realizadas simultaneamente. Nos Estados Unidos, a GlassBuild America reuniu empresas de várias regiões do mundo no principal evento do tipo na América do Norte — companhias com atuação no Brasil também marcaram presença.

Em São Paulo, era realizada a Feira Internacional da Indústria de Esquadrias (Fesqua), apresentando grande variedade de produtos para vidros e esquadrias. Nosso material também foi assunto nas atividades paralelas, como o 11º VidroSom — Seminário Soluções Acústicas em Vidro.

 

Outubro: o futuro é de tecnologia

glasstecA maior Glasstec de todos os tempos
A mais importante feira vidreira do mundo, a Glasstec, realizada na cidade alemã de Düsseldorf, registrou uma edição grandiosa este ano: teve o maior número de empresas expositoras de sua história (1.280 marcas, de 50 países diferentes), uma quantidade de visitantes expressiva (mais de 42 mil pessoas, sendo mais de 70% de fora da Alemanha) e contou ainda com 233 brasileiros, crescimento de quase 50% em relação a 2016.

glasstec2Um dos espaços mais importantes da feira, a mostra Glass Technology Live apresentou produtos, protótipos e estudos que podem se tornar o padrão da indústria vidreira em futuro breve. A tecnologia vidreira é impressionante: tinha multilaminados, peças gigantes e ultrafinas, vidros privativos e soluções estruturais que mais pareciam saídas de um filme de ficção científica.

 

Novembro: networking com análise do setor

encontro sul NOVOEncontro reúne profissionais do Sul
O Summer Glass — 9º Encontro Sul-Brasileiro de Vidreiros foi realizado no resort Águas de Palmas, no município de Governador Celso Ramos (SC). Organizado pela Ascevi e Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vidro, Espelhos e Cristais do Estado de Santa Catarina (Sindicavidros), em parceria com a Adivipar-PR e o Sindividros-RS, o evento contemplou a troca de conhecimentos e oportunidades de networking e lazer, incluindo palestras que discutiram a situação do setor (veja detalhes do encontro na reportagem clicando aqui).

 

Dezembro: à espera de um ano novo próspero
Finance concept
De olho em 2019
A confiança da indústria de transformação brasileira está em alta. No estudo Produtividade na Indústria, publicado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice registrou alta de 4,2% no terceiro trimestre de 2018 comparado com o trimestre anterior. O aumento compensa as perdas por conta da greve dos caminhoneiros e volta ao patamar do final do ano passado. Ao mesmo tempo, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) atingiu 63,2 pontos (com indicadores que variam de 0 a 100). É a primeira vez, desde 2011, que o índice atinge mais de 60 pontos. Segundo a CNI, quanto mais acima dos 50, maior é a confiança.

Isso mostra que este é o momento para projetar o novo ano. Afinal, todos aguardamos um período de desenvolvimento e crescimento de toda a cadeia. Que a retrospectiva de 2019 só nos traga boas notícias!

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Um brinde à transparência

Em Belo Horizonte, ergue-se um paraíso para quem aprecia cerveja. O Ateliê Wäls é uma mistura de fábrica, restaurante e loja da cervejaria. Sua estrutura tem como principais materiais o vidro e a madeira, casamento que transforma o lugar em ambiente moderno, mas ainda assim remetendo à estética das antigas e tradicionais adegas.

cervejaria_ovp (4)Ficha técnica
Autor do projeto: Gustavo Penna Arquiteto & Associados
Local: Belo Horizonte, MG
Conclusão: segundo semestre de 2017

Simbologia premiada
O arquiteto mineiro Gustavo Penna é o responsável pela criação do projeto. O conceito geral da estrutura buscou inspiração nos materiais que formam a própria fábrica, como metal e concreto, e nos elementos que formam o imaginário em torno da bebida. O copo usado para bebê-la, por exemplo, é representado pelo largo uso de vidro. Os barris em que ela é armazenada estão simbolizados pela aplicação de madeira em vários locais.

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Por ser tão inovador, venceu a edição 2018 do prêmio Prix Versailles como melhor projeto na categoria restaurantes, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e União Internacional dos Arquitetos (UIA).

Integração total
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O ateliê possui um acesso principal superior no qual estão duas torres de circulação envidraçadas (feitas de laminados), com escadas e elevadores que levam ao saguão principal, conhecido como “teatro da cerveja”. Lá embaixo, os visitantes encontram uma estante de garrafas e a cozinha emoldurada por cortinas e teto forrado de rolhas.

Ao fundo, está a área com os barris de maturação da cerveja, separada do público por divisórias encaixilhadas com temperados incolores 10 mm, o que permite total visão e interação com o espaço. Luminárias com globos de vidro de diversos tamanhos fazem referência às bolhas da bebida.

A loja também impressiona: um grande balcão, totalmente de temperados 12 mm, expõe copos e taças que podem ser comprados pelos clientes. Na parte superior ficam os escritórios — os laminados que os formam ganharam uma película vermelha da 3M, oferecendo mais privacidade aos funcionários.

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Especificação técnica
Vidros usados: incolores temperados 10 mm e incolores laminados 10 mm, instalados em diferentes espaços do empreendimento
Especificação e instalação: Espaço Gold
Processadora: Divinal Vidros
Total de vidro usado: 1.100 m²

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Novos requisitos para vidros resistentes ao fogo

18O projeto de revisão da norma NBR 14.925 — Elementos construtivos envidraçados resistentes ao fogo para compartimentação já está em consulta nacional e pode ser acessado no site da ABNT (veja como na próxima página). O trabalho foi coordenado pelo Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio (ABNT/CB-024) com participação da Abravidro.

Nova versão
A revisão da norma foi abrangente: além de receber um novo nome, o texto ganhou diversos complementos, tendo seu escopo aumentado em relação à classificação dos sistemas, levando em consideração os locais de instalação e a sua resistência, que agora estão dispostos em tabelas. No projeto de revisão, os conceitos de tempo de resistência, estabilidade e estanqueidade foram revistos. Além disso, foi incluído um novo requisito, a resistência à radiação. A analista de Normalização da Abravidro, Clélia Bassetto, explica cada um:

Resistência: o vidro precisa ser portante, ou seja, deve manter sua integridade e capacidade estrutural;
Integralidade: as peças não podem ter fissuras ou rachaduras que permitam a passagem de fumaça ou fogo;
Isolação térmica: deve isolar o ambiente termicamente;
Radiação térmica: deve restringir a irradiação do calor a um nível especificado.

Fique atento!
É fundamental ressaltar que o novo texto indica a avaliação do sistema resistente ao fogo como um todo, ou seja: o caixilho, a fixação e a vedação são tão importantes quanto o vidro e, quando ensaiados, devem apresentar, sempre que possível, dimensões compatíveis com as que serão instaladas.

Outra novidade relevante: a presença de informações sobre a composição química dos tipos de vidro com característica de resistência ao fogo.

Como participar da consulta nacional
O prazo é 7 de janeiro. Ao acessar o texto, é possível lê-lo na íntegra e enviar considerações sobre seu conteúdo.

– Para ter acesso ao material, é necessário fazer um cadastro simples no site da ABNT pelo link www.abntonline.com.br/consultanacional;
– Para quem já é cadastrado, basta acessar essa página e entrar com login e senha.

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Segurança em primeiro lugar

Equipamentos de proteção individual, popularmente conhecidos pela sigla EPIs, são indispensáveis para diversos tipos de trabalho manual que envolvem esforço físico — e as atividades do vidraceiro não são exceções. Os EPIs são responsáveis por minimizar os riscos de ferimentos em caso de acidente, bem como a gravidade das lesões.

O Vidroplano conversou com especialistas e representantes de empresas do setor para apresentar quais são os EPIs necessários para as ações realizadas pelos vidraceiros, trazer mais informação sobre as características de cada um deles e alertar os profissionais do nosso segmento sobre a importância da segurança no trabalho.

Por que usar?
usar

Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que esses equipamentos são obrigatórios — veja mais no item “Uso obrigatório!“. Além disso, Thalles Dias Guarezi, especialista em segurança do trabalho e instrutor de formação profissional em diferentes cursos no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), cita dois riscos práticos a que os vidraceiros estão sujeitos em seu serviço: “Os mais destacados são o de cortes, em caso de quebra de chapas de vidro, e o de lesões nos olhos, causadas por partículas que eventualmente possam ser projetadas contra o trabalhador.”

Segundo Sérgio Reino Júnior, professor do Curso de Vidraceiro do Senai, a autoconfiança é um grande fator para que profissionais deixem de usar EPIs no trabalho. “Muitos também julgam que eles atrapalham na hora da instalação”, acrescenta. Isso não pode acontecer. “Frente ao risco de cortes, quedas e acidentes, o uso de óculos de proteção, luvas, mangotes, botas e capacetes pode salvar vidas”, observa o consultor técnico Ricardo Ventricci.

QUAIS SÃO E ONDE COLOCAR

Para todas as atividades
vp_luvas cópiaLuvas anticorte: Feitas com materiais resistentes, como fibra de carbono, fio de aço, Grafatex ou Kevlar. Devem ser usadas no corte, lapidação, manuseio e instalação das peças.

 

vp_mangotes cópiaMangotes anticorte: São colocados sobre os antebraços para protegê-los de cortes e do contato com a água de reúso (nos trabalhos de lapidação). Assim como as luvas, devem ser usados em toda atividade que envolva o manuseio do vidro. Atenção: nunca deixe vão entre a luva e o mangote, para que o punho não fique desprotegido.

vp_óculosÓculos de proteção: Garantem a proteção dos olhos do trabalhador contra lascas e outros fragmentos. “Além dos modelos tradicionais, há os com proteção UV, utilizados no manuseio de colas, quando o funcionário fica exposto à lâmpada ultravioleta usada na cura”, informa Ricardo Costa, diretor-comercial da Glassparts.

 

bota Botas: Precisam ser fechadas, sem cadarços e com biqueira de aço. Elas dão mais firmeza aos pés e tornozelos do trabalhador e os protegem contra quedas de objetos e lascas.

 

vp_capaceteCapacete: Deve ser usado sempre que a peça de vidro for levantada acima da altura do trabalhador. O equipamento protege sua cabeça contra impactos e objetos projetados no ar. Ao colocá-lo, ajuste-o para que não fique folgado e possa cair durante as atividades.

 

Para instalações em altura
harnessCinto de segurança: Fundamental para qualquer atividade realizada acima de 2 m do chão, onde haja risco de queda, ele deve ser conectado a dispositivos de ancoragem, que prendam o sistema de segurança do trabalhador à estrutura da obra (como vigas ou andaimes) e permitam interromper a queda caso aconteça.

Para trabalhos de corte e lapidação
vp_auricularProtetor auricular: Colocado sobre o ouvido, abafa a entrada do barulho vindo das máquinas. Sem esse equipamento, o ruído do local de trabalho pode prejudicar a audição até mesmo permanentemente.

 

vp_aventalAvental: Protege toda a parte frontal do corpo, principalmente em trabalhos que envolvem corte.

 

Cuidando dos EPIs
O consultor técnico Ricardo Ventricci explica que é muito importante verificar rotineiramente o estado geral de cada EPI, conferir validade de uso e trocá-los sempre que necessário. “Se uma ferramenta cai sobre um profissional com capacete, por exemplo, o equipamento deve ser inspecionado por uma empresa que verifique se ele ainda tem capacidade de absorver impactos”, comenta.

Ao adquirir esses itens, a vidraçaria deve sempre verificar o Certificado de Aprovação (CA) dos produtos, emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). “Como há muitos equipamentos comercializados no mercado hoje, os clientes precisam estar atentos se as opções escolhidas passaram por testes de segurança e têm garantia de qualidade”, indica Yveraldo Gusmão, diretor da GR Gusmão. O código do CA deve estar gravado de maneira inapagável no próprio equipamento, permitindo ao comprador conferir no site do ministério se o registro existe e se ainda está dentro da validade.

Por fim, a empresa precisa ter uma pessoa que cheque os EPIs de tempos em tempos para avaliar se algum precisa ser trocado. Gisele Muniz, sócia-proprietária da vidraçaria paulistana Everart, conta que a própria gerência da empresa tem verificado de forma periódica os materiais e acompanhado o relatório de registro de entrega desses equipamentos e dos prazos.

EPCs: proteção também nos arredores

vp_EPC
Além da segurança de quem manuseia os vidros, é importante pensar também nas pessoas que estejam por perto. Dentro da própria vidraçaria, por exemplo, uma atividade de lapidação pode resultar em piso molhado que propicie escorregões. Em uma instalação, as pessoas ao redor não podem correr qualquer risco de serem atingidas. Para esses casos, existem os equipamentos de proteção coletiva (EPCs): “Eles são usados para garantir a integridade não só do profissional, mas de todos os demais que circulam pelo local”, explica Gisele Muniz. Sérgio Reino Júnior, do Senai, lista alguns:

Nas vidraçarias
– Proteção das partes móveis de máquinas e equipamentos;
– Piso antiderrapante;
– Extintores de incêndio;
– Corrimãos e guarda-corpos.

Nas obras
– Telas guarda-corpos.

Em ambos os espaços
– Sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência, ou fitas zebradas e cones);
Kit de primeiros socorros.

Uso obrigatório!
Segundo Thalles Guarezi, do Senai, a norma regulamentadora NR 6 — Equipamento de proteção individual – EPI determina que a utilização dos equipamentos de proteção individual é obrigatória sempre que as medidas de ordem geral não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho. Ela também estabelece obrigações tanto para os responsáveis pela empresa como para os trabalhadores:

Para a empresa (empregador)
– Adquirir e fornecer aos trabalhadores os EPIs adequados ao risco de cada atividade;
– Exigir seu uso;
– Fornecer ao trabalhador somente equipamentos aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
– Orientar e treinar o funcionário sobre o uso adequado, guarda e conservação deles.

Para os empregados
– Usar os EPIs apenas para a finalidade a que se destina, sempre que realizá-la;
– Responsabilizar-se por guardá-los e conservá-los;
– Comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o equipamento impróprio para uso;
– Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

A NR 6 prevê punições para quem não cumprir os cuidados com os EPIs. Os empregadores podem sofrer autuações dos auditores fiscais do Trabalho, responder a processos trabalhistas e ter de arcar com custos de eventuais indenizações obtidas por ações pleiteadas pelos trabalhadores. Já os empregados que não cumprirem suas obrigações, como aqueles que se recusam de maneira injustificada a utilizar os EPIs necessários, estão sujeitos à rescisão do contrato de trabalho por justa causa, conforme previsto nos artigos 158 e 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Escritório moderno tem vidro

Nem é preciso voltar muito no tempo para lembrar a estética dos escritórios antigos. Na década de 1990, e até mesmo em parte da passada, as cores sóbrias dominavam os ambientes. O diálogo com o exterior era feito através de pequenas janelas, quase sempre com cortinas. No espaço interno, a presença de paredes de alvenaria ou divisórias gerava pouca comunicação entre os funcionários.

Em parte graças à tecnologia vidreira, arquitetos passaram a apostar mais no material desses projetos — e a situação mudou para melhor. Hoje, as áreas de trabalho recebem mais luz natural, dispensam o uso excessivo de ar condicionado e garantem maior versatilidade na hora de separar os setores da empresa, pois permitem disposições, formas e cores variadas.

A seguir, veja como o vidro tem posição de protagonista na parte estrutural e na decoração de um escritório, oferecendo mais qualidade de vida para quem trabalha nesse ambiente.

Quatro (principais) razões para usar vidro
As empresas e profissionais contatados pela reportagem de O Vidroplano mencionaram que os clientes, em geral, buscam os seguintes atributos, todos eles encontrados no vidro:

Luz: fator relevante para a economia de energia elétrica e para a produtividade dos trabalhadores (saiba mais no item “A importância da luz natural“);

Compartimentação: a transparência permite dividir um espaço sem separá-lo por completo, fazendo com que as equipes de trabalho interajam visualmente;

Estética: coloridos, curvos, serigrafados ou impressos, os vidros deixam o ambiente mais belo, elegante ou ousado, dependendo da obra;

Acústica: a diminuição de barulho oferecida pelo vidro é maior do que a de outros materiais.

Privacidade ao gosto do cliente O vidro impresso é mais uma possibilidade interessante para escritórios, pois oferece transparência com privacidade, de acordo com o padrão das peças escolhido pelos arquitetos. “Por meio de sua textura, é possível gerar soluções com vida própria e quase que exclusivas, ao mesmo tempo que passa uma sobriedade ao ambiente”, analisa Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass. Outras soluções são os vidros polarizados, conhecidos como “inteligentes”, que mudam de transparente para translúcido com tecnologia que envolve um interlayer com partículas suspensas em cristal líquido e corrente elétrica (detalhes sobre o material, incluindo ainda outros tipos que oferecem controle de luminosidade, como os de controle solar e eletrocrômico, você verá na matéria especial de janeiro de O Vidroplano. Não perca!).

 Privacidade ao gosto do cliente
O vidro impresso é mais uma possibilidade interessante para escritórios, pois oferece transparência com privacidade, de acordo com o padrão das peças escolhido pelos arquitetos. “Por meio de sua textura, é possível gerar soluções com vida própria e quase que exclusivas, ao mesmo tempo que passa uma sobriedade ao ambiente”, analisa Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass.

Outras soluções são os vidros polarizados, conhecidos como “inteligentes”, que mudam de transparente para translúcido com tecnologia que envolve um interlayer com partículas suspensas em cristal líquido e corrente elétrica (detalhes sobre o material, incluindo ainda outros tipos que oferecem controle de luminosidade, como os de controle solar e eletrocrômico, você verá na matéria especial de janeiro de O Vidroplano. Não perca!).

Tendências modernas
Para Jorge Chakur, diretor da Penha Vidros, o desenvolvimento tecnológico das indústrias de base no Brasil ampliou o leque de opções. “Percebo claramente uma escolha por chapas menos refletivas do que aquelas utilizadas no passado recente”, analisa. “Hoje são preferidas chapas com tons mais neutros, porém sem perder a eficiência energética.”

O uso em ambientes pequenos é outro destaque, já que vidros e espelhos ajudam a oferecer amplitude, como reforça Viviane Moscoso, da Vivix: “Caso não haja necessidade de uma reflexão tão aberta, pode-se utilizá-lo em cores como bronze, cinza ou com películas que proporcionem, também, leveza e sofisticação”. “Há ainda uma inclinação para a iluminação por trás das peças, tornando-as mais vivas e chamativas”, explica Claudio Mansur, CEO da Casa Mansur.

“Ao buscar por conforto acústico, o insulado é o mais requisitado. Junto com ele entram as persianas entre vidros”, comenta Nicole Fisher, diretora de Produção da Atenua Som, referindo-se ao aumento de aplicações que visam a impedir a entrada de barulho nas edificações.

Marcos Eugênio Gervazoni, do departamento comercial do Grupo Tecnovidro, aponta uma constatação interessante no mercado: “Também recebemos solicitações de vidros recortados ou modelados, nas quais percebe-se nitidamente que está sendo feita a substituição de um componente que, até então, poderia ser de madeira ou metal”. Ou seja, nosso material está substituindo outras matérias-primas.

Benefícios para o trabalho
As facilidades geradas pelo material ajudam na manutenção do escritório:
– Oferece grande durabilidade;
– Não necessita de cuidados especiais para a pintura, no caso de vidros coloridos;
– Por ser lisa, sua superfície não absorve água ou gordura;
– Garante praticidade na limpeza;
– Não necessita de rejuntes durante a instalação, o que garante menos espaço para acumulação de sujeiras e bactérias.

Mil e uma cores
cores3
Como citado na abertura desta reportagem, as cores sóbrias não mais predominam nos espaços corporativos. Novamente, o vidro contribuiu para a mudança de conceito, agora graças às placas coloridas, serigrafadas ou com impressão digital. “Edifícios comerciais e hospitalares já estão sendo construídos com esses produtos aplicados, principalmente em hall de elevadores, por exemplo. A maior parte dessa utilização está concentrada em revestimento de paredes e móveis”, comenta o diretor-comercial da Color Vidros, Vitor Maione. Os vidros estão ainda em:

– Lousas de salas de reunião;
– Tampos de mesa;
– Divisórias e mobiliários diversos, como os cachepôs, vasos grandes que enfeitam recepções.

cores“Vale citar as tintas especiais que se fundem ao vidro e até mesmo os PVBs coloridos para novos tipos de aplicação”, explica Luiz Cláudio Rezende, consultor técnico da Viminas. Existem efeitos, muito além das cores sólidas, que também podem ser explorados por designers de interiores, incluindo tons metalizados, fluorescentes, perolizados e texturas aveludadas. “Com essas possibilidades, a decoração ganha mais liberdade e facilita a harmonização com o ambiente”, afirma Maione.

A importância da luz natural
integração
Estudos científicos internacionais e brasileiros, contando um da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 2014, revelam que o Sol tem impacto direto sobre o ciclo biológico humano. O uso excessivo de luz artificial pode prejudicar a saúde: é real a ligação entre falta de iluminação natural e distúrbios de humor e psiquiátricos (como estresse e depressão), alteração no metabolismo e queda na produção de hormônios. Sem acesso à luz solar, as pessoas não trabalham satisfatoriamente, pois sua concentração e produtividade são afetadas.

Em entrevista sobre o assunto para a revista Época, uma das pesquisadoras envolvidas na pesquisa da UFGRS, Betina Martau, professora-adjunta do departamento de arquitetura, afirmou que a importância do contato com luz natural de dia precisa ser difundida. “Os arquitetos devem compreender a responsabilidade que têm em relação às pessoas que irão ocupar determinada construção”. Ainda segundo a professora, um escritório perfeito em termos de luminosidade é inteiro iluminado naturalmente. “A possibilidade de contato com o exterior é benéfica emocionalmente. Em espaços sem contato visual com o exterior, é necessário que o controle da intensidade, espectro e cor da luz esteja acessível ao funcionário.”

O escritório modular do futuro
pod

A Corning, em parceria com a fabricante de divisórias SnapCab, desenvolveu dois sistemas modulares que indicam como serão as áreas de trabalho em breve. O modelo Pod é móvel, customizável (o cliente pode mudar cores e aspectos visuais) e serve como espaço privativo para reuniões. Já o Portal é uma espécie de lousa multimídia que pode ser usada como tela para apresentações. Ambos são feitos com o vidro Gorilla Glass laminado, material com alta resistência a riscos e quebra.

hulicIntegração com o exterior
Em fevereiro de 2018, O Vidroplano mostrou em detalhes o prédio comercial Hulic & New Shibuya, erguido em Tóquio. Embora a obra seja exceção no quesito transparência ao extremo, deixando totalmente à mostra o interior dos escritórios, lojas e restaurantes presentes em seus dez andares, esse conceito de integração em grande escala já aparece no Brasil em projetos como os da EZ Towers, em São Paulo.

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.