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Marcelo Machado é o novo gerente-geral da Saint-Gobain Glass

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

O posto de Gustavo Luiz de Jesus Siqueira por pouco mais de um ano (gerente-geral) na Saint-Gobain Glass (SGG) agora é de Marcelo Machado. Siqueira terá um lugar na direção-geral da Saint-Gobain Canalização. Formado em ciências contábeis e análise de sistemas, Machado, que passou por várias empresas do Grupo Saint-Gobain, será o responsável pela administração, desenvolvimento e definição das estratégias da empresa. Além disso, vai trabalhar também para fortalecer o posicionamento do vidro impresso e identificar novos
mercados de atuação. “A Saint-Gobain é um grupo muito sólido e estruturado”, comenta Machado.

“As alterações de executivos ocorrem de forma planejada para que possam sempre agregar ainda mais novas possibilidades para o desenvolvimento do mercado”. Mais informações: br.saint-gobain-glass.com

Entidades regionais: Sincomavi-SP e Amvid-MG promovem atividades. Adevibase-BA/SE assina convenção coletiva

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

No dia 24 de fevereiro, cerca de trinta pessoas foram ao Sincomavi-SP, em São Paulo, para assistir à palestra Eficiência empresarial: diagnóstico, planejamento e ação. A apresentação foi realizada por Luciano Santana, diretor da Malv Qualidade e Consultoria. Mais informações: www.sincomavi.org.br

Como os vidros refletivos são feitos?
A Amvid-MG também mobilizou seus associados. No dia 5 de março, uma caravana de 33 profissionais vidreiros conheceu a fábrica da Guardian, em Porto Real (RJ). Após assistir à palestra sobre a história e os produtos da empresa, os visitantes conferiram o processo de fabricação dos vidros refletivos, em que etapas físicas e químicas permitem a criação da lâmina refletora em uma das camadas da chapa. Mais informações: www.amvid.com.br

Na Bahia, convenção coletiva de trabalho assinada
Em janeiro, foi assinada, em Salvador, a Convenção Coletiva de Trabalho 2016 da categoria vidreira. O documento é resultado das negociações conduzidas entre a Adevibase-BA/SE, representando a categoria patronal, e o Sintravi-BA, que reúne os trabalhadores. Para a Adevibase, esse foi apenas seu primeiro passo após a junção das indústrias do Estado da Bahia para a constituição e fundação do sindicato patronal da categoria, o Sindvidros-BA. Atualmente, o sindicato encontra-se em fase de registro junto aos órgãos
competentes. Mais informações: secretaria@adevibase.org.br

Speed Door apresenta novo modelo de porta automática

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

O modelo S806 CA de porta automática é a novidade da Speed Door no mercado. Seu motor, o Brushless, suporta até 200 kg e garante controle de acesso por meio de trava eletromagnética. O lançamento possui ainda acessórios como nobreak, para o mecanismo funcionar mesmo em caso de falta de energia elétrica, e sistema antipânico eletrônico.

Outras características: suportes de sustentação das folhas de vidro móveis feitas de aço galvanizado, roldanas de náilon com rolamentos e antigalopantes — para não sair do trilho — e comando eletrônico para regulagem do tempo de abertura da porta e de outras funções. O produto dispõe ainda de transmissão por correia sincronizada, bateria de 12 V e dois modelos de trilhos.

A Speed Door atua no mercado de soluções de acessibilidade há 27 anos, tendo sido uma das pioneiras no Brasil a disponibilizar portas automáticas. Além de consultoria-técnica para especificação de projetos, a empresa também oferece serviços de manutenção.

Indo ao encontro do que O Vidroplano publicou sobre portas automáticas na edição passada (nº 518), na seção ‘Para sua vidraçaria’,  Fábio Prandini, diretor-comercial da empresa, vê um grande potencial de crescimento do produto no Brasil. “Devido à crise econômica, além de nossas portas feitas no exterior pela Dortex e adequadas ao mercado brasileiro, estamos comercializando um produto nacional de ponta, com valores significativos para as vidraçarias”, informa. A empresa também representa outras fabricantes internacionais, de alta sofisticação, como a BEA e a Boon Edam.

Vidro em edificações: você tem teto de vidro?

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

O leitor de O Vidroplano que acompanha nossas reportagens sobre arquitetura e construção civil já notou a forte tendência, que não é recente, de uso do vidro em edificações. Nosso material está nas fachadas, nos pisos e em elementos estruturais. Agora, devemos começar também a olhar pra cima para procurá-lo: coberturas envidraçadas oferecem segurança e diferencial estético único, ganhando espaço em projetos ao redor do País.

A equipe da revista conversou com profissionais do setor sobre os segredos dessas estruturas e os repassa nesta edição: qual é o vidro certo a ser usado e como especificá-lo, além de dicas para instalação e manutenção e de cases espalhados pelo País.

As vantagens
SEGURANÇA — Por serem feitas com vidros de segurança (saiba mais no quadro da pág. 46), as coberturas garantem totalmente a integridade física das pessoas que estão embaixo da estrutura;

VIDA ÚTIL DO VIDRO — O produto instalado corretamente mantém suas características mesmo após anos de uso e de exposição às mais variadas condições climáticas;

LEVEZA — Comparados com os materiais usados em uma laje convencional, os vidros podem significar uma estrutura mais leve;

TRANSPARÊNCIA — Estudos psicológicos comprovam que as pessoas se sentem (e trabalham) melhor em ambientes iluminados naturalmente ou integrados com o meio externo. “As coberturas de vidro são em geral utilizadas quando o ambiente requer iluminação natural zenital, ou seja, uma iluminação bem-distribuída e vinda da parte superior do ambiente”, analisa Tito Lívio, professor de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie;

ECONOMIA DE ENERGIA ELÉTRICA — Com a luz natural, a eletricidade se faz menos necessária;

INTEGRAÇÃO COM O AMBIENTE EXTERNO — Oferecem a sensação de maior amplitude ao espaço;

CONFORTO TÉRMICO E ACÚSTICO — Dependendo da especificação do vidro, o material pode trazer proteção contra raios ultravioleta (UV) e barrar barulhos vindos de fora do ambiente.

Hora de especificar: como fazer?
A estrutura não deve ser pensada como algo independente do restante da construção. “A cobertura de vidro deverá estar integrada à obra desde o início da concepção do projeto”, afirma a gerente de Produtos da Vivix, Viviane Moscoso.

Se a cobertura for um retrofit, ou seja, uma atualização ou reforma da obra, o projeto original deverá ser alterado e os ajustes, aprovados pelos engenheiros responsáveis. Na hora de pensar a estrutura, deve-se atentar aos seguintes pontos:

Escolhendo o vidro
Lamartiny Gomes, gerente de Produtos da Guardian, relembra a questão mais básica da especificação: “Primeiro, deve-se ter em mente qual o uso do local abaixo da cobertura”. Com os diferentes tipos de vidro existentes, a escolha pode ser baseada nos níveis de transmissão luminosa desejados e nas cores das peças — lembrando sempre que deverá ser laminado ou aramado.

Determinando a dimensão das peças
O dimensionamento da chapa, no que tange às suas dimensões de largura e comprimento, tem influência direta no aproveitamento do produto no processo de corte. Uma possível área não aproveitada é normalmente incluída no preço final do metro quadrado a ser vendido. “Por meio de um trabalho forte junto a projetistas, é possível reduzir drasticamente o preço final”, comenta Remy Dufrayer, gerente de Desenvolvimento de Mercado da Cebrace.

Cálculo da espessura do vidro
Essencial para a segurança do conjunto, o cálculo é determinado por uma combinação de fatores, como dimensão das peças, número de apoios e esforços a que essas peças serão submetidas (pressão do vento, por exemplo). Isso vai depender, claro, de projeto para projeto. Porém, existem ferramentas para facilitar a vida dos profissionais do setor. A Cebrace, por exemplo, possui um software em seu site Que faz o cálculo. Ele está disponível no seguinte endereço: www.cebrace.com.br/#!/simulador/calculo-de-espessura.

Inclinação
“A falta de inclinação pode comprometer o desempenho e a durabilidade do vidro por questões relacionadas ao acúmulo de sujeira e umidade”, explica o gerentede Projetos da Divinal Vidros, Leandro Gonçalves Pedroso. Projetos com vidros autolimpantes também precisam de inclinação. “Consideramos um mínimo de 3% para evitar problemas”, revela José Guilherme Aceto, diretor da Avec Design.

Qual vidro deve ser usado?
Direto e reto: segundo a NBR 7199 — Projeto, execução e aplicações de vidros na construção civil, sempre que o produto for aplicado
em coberturas, ele deve ser laminado ou aramado. No caso dos laminados, em uma possível quebra ou trinca (durante uma chuva de granizo extremamente intensa, por exemplo), os cacos ficam retidos em sua estrutura e não se espalham pelo ambiente. Normas estrangeiras, que não são obrigatórias no Brasil, vão ainda mais longe: a americana ASTM determina o uso de vidros com espessura mínima de 10 mm e PVB duplo (0,76 mm de espessura).

Mãos na massa: os cuidados com a instalação
– Sempre faça a medição in loco — nunca tire um pedido de vidro sem ir até o local verificar se as medidas estão realmente corretas e se há como instalar o vidro através dos vãos existentes. Também veja qual maquinário e quantas pessoas serão necessários para instalar, por onde o vidro entra e por onde ele sobe etc.;
– Os esforços da estrutura não devem ser transmitidos ao vidro. “O contato entre o produto e as partes fixas deve ser intermediado por um corpo mais mole”, comenta Remy Dufrayer, da Cebrace. Materiais como EPDM (borracha de etileno-propileno) são indicados: devem ser instalados em espaços apropriados nos perfis, fazendo com que o vidro não encoste em elementos duros do conjunto;
– Folgas para dilatação do vidro e dos perfis são necessárias. No entanto, o tamanho delas vai depender do sistema construtivo utilizado. O coeficiente de dilatação linear do vidro é pequeno. Aço e alumínio dilatam muito mais e são, em grande parte dos casos, os culpados pela quebra espontânea do nosso material, ao “esmagar” o vidro.
– Testar e se certificar se todas as ancoragens mecânicas estão corretas e se não existem fraturas em pilares ou pontos de fixação.

Vedação: sua garantia é fundamental!
Um dos principais problemas em coberturas de vidro é a falta de estanquidade à água causada pela aplicação malfeita dos selantes. Por isso, alguns cuidados básicos devem ser tomados para evitar que o problema aconteça. Preencha todo o perímetro da peça, de forma a evitar acúmulo de sujeira e umidade quando o conjunto estiver pronto. Sistemas structural glazing, formados por vidros pré-colados em quadros com silicone estrutural, são uma solução recomendada para esse tipo de estrutura.

Limpeza: fundamental para as propriedades do vidro
O projeto de cobertura precisa prever pontos para serem fixados cintos de segurança e cabos usados pelos profissionais responsáveis pela limpeza. Água e sabão neutro bastam para remover impurezas. A periodicidade da tarefa vai depender da condição dos vidros. “Mas não deve ser um período muito longo. Após um ou dois anos sem limpeza, o vidro pode oxidar, perdendo o brilho”, revela José Guilherme Aceto, da Avec Design.

A estrutura que suporta o vidro não pode ser esquecida. “Se for de aço inox, é aconselhável usar apenas água”, explica João Rett, membro do Departamento Técnico da Glass Vetro.

Uma solução para aumentar a vida útil do material é a aplicação de revestimentos para proteção. A Abrasipa, por exemplo, possui o Enduro Shield, com nanotecnologia que cria uma película na superfície envidraçada, diminuindo a necessidade de limpeza sem fazê-la perder sua textura natural.

Outra possibilidade é o uso de vidros autolimpantes. Um exemplar no mercado nacional é o Bioclean, da Cebrace.

Mais algumas dicas de manutenção:
• Verificar a integridade dos apoios do vidro;
• Se a cobertura estiver localizada em regiões costeiras, buscar peças estruturais
com tratamento superficial contra oxidação;
• Dar atenção especial às borrachas de vedação, trocando aquelas que ficarem
ressequidas com o tempo para evitar vazamentos.

Conheça cases de coberturas de vidros

Shopping Flamboyant (Goiânia, GO)
Um dos mais importantes centros comerciais da capital de Goiás passou por expansão em 2014, tendo ganhado uma solução engenhosa para suas coberturas. O projeto desenvolvido pela Avec Design conta com vidros Habitat, da Cebrace, com função de proteção solar. Sobre as placas do produto, aplicaram-se telas de tecido pré-tensionado microperfuradas e motorizadas. Nos momentos de alta incidência do Sol, as telas são fechadas. Ao todo, são 2.900 m² de vidros instalados com sistema uniglazing de quadros pré-fabricados.

Shopping Metropolitano Barra (Rio de Janeiro)
Localizada na Barra da Tijuca, Zona Oeste carioca, a obra possui uma cobertura envidraçada que se destaca de longe: impossível não notar a enorme estrutura — parece uma nave espacial prestes a decolar. Um dos desafios do projeto era evitar que se criasse um efeito estufa no interior do shopping. Por isso, utilizou-se o vidro de controle solar SunGuard SNL 37, da Guardian.

Boulevard Shopping (Vila Velha, ES)
A aplicação de vidro no Boulevard Shopping prima pela beleza visual. Algumas placas dos laminados de Cool Lite com float incolor, fornecidos pela Cebrace e processados pela Viminas, ganharam PVBs opacos. Outras, PVBs comuns. Na hora da instalação, foram posicionadas de forma parecida a um tabuleiro de xadrez. Por ter vidros de controle solar, a estrutura barra o forte calor da região.

Shopping JK Iguatemi (São Paulo)
O luxuoso centro comercial na Zona Sul da cidade conta com especificação robusta: insulados de laminados 36 mm (com vidro de controle solar). No total, 3 mil m² do material fazem parte da estrutura. Na foto abaixo, é possível ver todo o trabalho para se instalar as peças, com 130 kg cada: um pórtico rolante, com ventosa basculante, as levantava. O projeto é da Avec Design.

Fábrica da Cebrace — unidade Barra Velha (Barra Velha, SC)
Por que não usar vidro em uma fábrica de vidro? A guarita da unidade fabril da Cebrace em Santa Catarina, localizada logo na entrada do empreendimento, possui cobertura com float incolor laminado (4 + 4 mm), instalado pela Vidrosistemas e elaborado pela Pilkington Brasil. “O objetivo foi criar um projeto limpo e sem caixilhos, com fixações de aço inox de uma forma atípica, somente com tirantes e cabos de aço”, explica Angelo Arruda, engenheiro e sócio-proprietário da Vidrosistemas.

Fale com eles!
Abrasipa — www.abrasipa.com.br
Avec Design — www.avec.com.br
Cebrace — www.cebrace.com.br
Divinal Vidros — www.divinalvidros.com.br
Glass Vetro — www.glassvetro.com.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Mackenzie — portal.mackenzie.br
Pilkington — www.pilkington.com/en/br
Vidrosistemas — www.vidrosistemas.com.br
Viminas — viminas.com.br
Vivix — vivixvidrosplanos.com.br

Por dentro do mundo das ferragens para vidro

Um vidraceiro não trabalha só com o vidro, mas também com as ferragens, parceiras quase inseparáveis de nosso material. São elas que permitem a fixação e a movimentação dos vidros em portas, janelas, fachadas e outras aplicações na construção civil. Apesar do grande número de opções no mercado, a escolha da ferragem deve ser feita com muito cuidado, para garantir a segurança do vidro instalado e das pessoas próximas a ele.

Por isso, conversamos com profissionais do ramo e preparamos uma reportagem especial para você, vidraceiro.Também adiantamos um pouco do que deve dizer a norma técnica para ferragens em fase de desenvolvimento. Boa leitura!

De olho nas matérias-primas

Ferragens para vidro podem ser feitas com diferentes materiais. Embora o projeto de norma em desenvolvimento (saiba mais sobre ele na página 40) não defina uma matéria-prima específica para sua fabricação, é importante conhecer o que cada uma delas tem a oferecer.

Zamac

Características: O zamac é uma liga metálica não ferrosa, com resistência mecânica similar à do latão. É hoje o material mais utilizado
na fabricação de ferragens para vidro
Aplicações: Apresenta bons resultados em ambientes internos, segundo Wellington Neves, gerente-comercial da Gold News. Nelson Libonatti, diretor-geral da Glass Vetro, acrescenta que o zamac é mais recomendado em instalações em que as ferragens não precisem suportar grandes esforços
Custo: Costuma ser bastante acessível, apenas mais caro que o polímero

Latão

Características: Marco Musolino, diretor-comercial da Metalúrgica GMS, explica que o latão é um material nobre, com excelentes
resistências mecânica e à corrosão
Aplicações: Indicado para áreas litorâneas, com maresia, e zonas industriais (também pode ser usado em aplicações internas e externas)
Custo: O mais alto do mercado — segundo Libonatti, da Glass Vetro, ele chega a ser até 15% mais caro que o aço inoxidável

Aço inoxidável

Características: Laurenil de Castro, diretora-comercial da Belga Metal, aponta que ele é considerado um material de alto padrão, com grande resistência mecânica e que dispensa a necessidade de acabamentos, já apresentando brilho característico
Aplicações: Libonatti, da Glass Vetro, indica que a aplicação depende da composição do aço inox:
• Inox 201: apesar de ser mais barato, apresenta restrições para uso em áreas externas
• Inox 304: aconselhado para uso em áreas externas
• Inox 316: composição mais resistente à maresia, ideal para áreas litorâneas
Custo: As ferragens de aço inox geralmente estão entre as mais caras no mercado, podendo custar até 20% a mais que o zamac

Polímero

Características: Ao contrário das outras matérias-primas normalmente usadas para fabricar ferragens, o polímero não é um metal, mas um material plástico
Aplicações: Max Del Olmo Filho, diretor-comercial da AL Puxadores, observa que o polímero pode ser usado tanto em aplicações internas como externas, pois não oxida.
Custo: Costuma apresentar os preços mais competitivos do mercado

Alumínio

Características: Material leve, dispensa acabamento superficial, apresentando por si só um aspecto liso e um pouco fosco. Gleibe Rodrigues, sócio-proprietário da Ferragens TQ, destaca que é possível escolher a liga e têmpera ideais do alumínio para conferir à ferragem a dureza e resistência necessárias para sua aplicação
Aplicações: Segundo Bernardo Grimberg, diretor-comercial da BonnaDio, pode ser usado em aplicações externas ou internas, apresentando boa durabilidade
Custo: As ferragens de alumínio costumam encontrar-se na média: nem caras, nem baratas

Finalizando o produto

Hoje, diferentes opções de acabamento são usadas para conferir uma aparência bela e harmoniosa às ferragens. E elas não contribuem  só para a estética do produto: segundo Edinilson Ferreira de Macedo, responsável pelo setor de Engenharia de Desenvolvimento da Metalúrgica WA, o acabamento também ajuda a preservar as peças em relação ao passar do tempo, além de protegê-las contra a  oxidação. Veja os principais acabamentos:

1) Cromado

Como é feito — Por meio de uma série de “banhos” da ferragem para recobri-la com uma camada de cromo;
Aparência — A peça cromada tem maior brilho e aspecto espelhado. Por esse motivo, as manchas causadas pelo contato e riscos ficam mais visíveis, exigindo mais cuidados em sua instalação e manutenção;
Em que materiais — Mais utilizado com latão e zamac. Não costuma ser feito com ferragens de alumínio, pois o processo para cromação desse material é mais trabalhoso, mas empresas como a Ferragens TQ já dispõem de tecnologia para isso.

2) Escovado

Como é feito — Por meio da abrasão (lixamento) da ferragem;
Aparência — A ferragem escovada tem a cor do material usado em sua fabricação, com pequenas ranhuras (linhas muito finas na mesma direção) em sua superfície;
Em que materiais — Usado normalmente em ferragens de aço inox e latão

3) Pintado

Como é feito — Com a aplicação de tinta em pó à base de epóxi e poliéster, em cabinas de pintura eletrostática;
Aparência — A pintura forma um filme rígido sobre a ferragem, permitindo que a tinta tenha ampla fixação à peça (sem escorrer) e confira a cor desejada a ela — segundo Denise Fonseca, gerente-comercial da Glasspeças, há uma ampla variedade de cores disponíveis, como preto, branco, cinza e bronze, entre outras;
Em que materiais — Bastante utilizado em ferragens de zamac. Peças de alumínio e latão também costumam receber esse acabamento.
Acetinado — Segundo Márcio Tavares, gerente-comercial da Stam, trata-se de uma variação do acabamento pintado, com a aplicação de pintura eletrostática com aspecto de aço ou alumínio fosco.

O que você encontra no mercado

As empresas especializadas em ferragens que responderam à nossa reportagem oferecem diversas soluções. Confira!

Adequação ao mercado — Uma das ações recentes da Metalúrgica WA foi a mudança do alumínio para o zamac como matéria-prima para suas ferragens. Para a empresa, o novo material permite processos produtivos mais enxutos e preços mais competitivos.

Ampla abertura — A Glass Vetro promete vários lançamentos em junho de 2016. Enquanto isso, a empresa já comercializa as dobradiças da linha Premium, disponíveis em zamac (foto), aço inox ou latão: elas proporcionam a abertura da porta para ambos os lados, em 180°.

Beleza e resistência — Um dos destaques da Gold News no mercado é a linha 48 de dobradiças. De aço inox, elas apresentam design com cantos arredondados e superfície polida. Podem ser aplicadas em diversos tipos de porta de vidro, mesmo em áreas litorâneas.

Matéria-prima diferenciada — A AL Puxadores afirma ter revolucionado o mercado nacional com a introdução das ferragens de polímero, com custos mais atrativos e acabamento diferenciado. A empresa já está preparando novas soluções para o mercado envolvendo o material.

Para vidros grandes — As dobradiças Jumbo da Belga Metal, para portas de grandes dimensões, são de aço inox e suportam até 130 kg.

Privacidade garantida Um dos lançamentos exclusivos da Ferragens TQ foi a fechadura para portas de vidro em cabinas de banheiros públicos. O produto, para portas de vidro, conta com display informando se o espaço está livre ou ocupado.

Prontas para emergência — A linha de soluções da BonnaDio inclui o kit para instalação de barras antipânico. As peças, incluindo a  fechadura na face do vidro oposta à da barra, são de aço revestido com pintura eletrostática.

Segurança extra — A Dobradiça Superior + Segurança, da Metalúrgica GMS, foi desenvolvida para uso em portas de vidro com película de segurança (também pode ser usada em outras portas). Com trava de segurança que a mantém fixa ao mancal (ferragem em que o eixo da porta é apoiado) superior, se o vidro quebrar, ela segura a porta no lugar, evitando acidentes.

Versatilidade no travamento — Uma das soluções oferecidas pela Stam é o Miolo 2002 para fechaduras. O produto tem mecanismo de lingueta com trava universal, podendo ser instalado em portas de vidro de bater ou de correr, e seu cilindro é intercambiável — ou seja, é possível trocá-lo sem precisar desmontar toda a fechadura.

Vidro em movimento — A Glasspeças possui uma linha de carrinhos Stanley com sistema de mão amiga (foto, aplicados na parte superior da porta), o qual permite a abertura e o fechamento de um sistema com uma folha de vidro fixa e até dez folhas móveis bastando mover uma das peças de vidro.

Para a proteção — A Pado oferece sua linha Glass, com fechaduras para portas e janelas de vidro. A caixa, tampa e lingueta do produto são de aço inoxidável, enquanto o cilindro é de zamac. As fechaduras estão disponíveis no padrão Blindex (com lingueta dupla ou simples) e Santa Marina — com pino. Os produtos possuem acabamento cromado, cromado acetinado, bronze oxidado e bronze.

Sem risco de contaminação

Embora ainda não seja usado para fabricação de ferragens para vidro no Brasil, o cobre antimicrobiano é apontado por Roney Margutti, gerente de Tecnologia do Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não Ferrosos no Estado de São Paulo (Siamfesp) e coordenador da Comissão de Estudo Especial de Ferragens (ABNT/CEE-188), como uma tendência a médio prazo para o mercado nacional de maçanetas, fechaduras e puxadores.

No estacionamento do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, guichês e corrimãos já foram
revestidos com cobre. “Devido ao risco de contaminação por micro-organismos, há uma iniciativa de se desenvolver produtos com esse material, para uso principalmente em espaços públicos”, explica. O cobre tem capacidade de eliminar 99,9% das bactérias de suas superfícies, reduzindo riscos de transmissão de doenças. Dentre suas características destacam-se:

• Ação bactericida contínua, ideal para evitar a contaminação de superfícies de contato em espaços públicos;
• Coloração dourada avermelhada;
• Excelente resistência mecânica e à corrosão.

Especificação: todo cuidado é pouco

A especificação de ferragens para vidro é fundamental para a segurança da instalação. As fontes consultadas para esta reportagem recomendam que sempre se deve conferir:

  • Se o produto apresenta garantia;
  • Se a fabricante das ferragens tem histórico confiável;
  • As espessuras e dimensões máximas do vidro para as quais os produtos são recomendados;
  • Qual a facilidade de reposição das ferragens, quando necessária;
  • Se a região em que o vidro será instalado requer ferragens com materiais ou acabamentos específicos.

Aprendendo a instalar corretamente

As fabricantes de ferragens são ótimas fontes para orientar os vidraceiros como instalar seus produtos. A Glass Vetro, por exemplo, realiza treinamentos em sua matriz, nas lojas franqueadas e mesmo nas instalações do cliente interessado: “Ensinamos toda a parte de aplicabilidade e instalação das ferragens no vidro, os cuidados e a verificação de normas técnicas relacionadas a esse trabalho”, aponta Nelson Libonatti.

Norma a caminho!

Embora não haja atualmente uma norma em vigor específica para ferragens para vidro, isso deve mudar em breve: um projeto de norma para elas já está sendo elaborado pela ABNT/CEE-188. “No momento, estamos na fase de testes laboratoriais”, explica Roney Margutti, coordenador da comissão. “Se tudo correr bem, devemos liberar o texto do projeto para consulta nacional em meados deste ano.”

Alguns pontos destacados pela norma são:

• A descrição e os códigos das ferragens, para facilitar a comunicação entre os elos da cadeia produtiva (fabricantes de ferragens, processadores e vidraceiros;
• As especificações para o recorte do vidro para cada uma das ferragens;
• A marcação de identificação do fabricante na ferragem;
• O desempenho mínimo esperado para as ferragens, como:
• Resistência dos parafusos de fixação;
• Resistência à corrosão do conjunto montado;
• Durabilidade das ferragens móveis;
• Verificação do escorregamento dos vidros.

Fale com eles!

ABNT — www.abnt.org.br
AL Puxadores — www.alindustria.com.br
Belga Metal — www.belgametal.com.br
BonnaDio — www.bonnadio.com.br
Ferragens TQ — ferragenstq.com.br
Glass Vetro — www.glassvetro.com.br
Glasspeças — www.glasspecas.com.br
Gold News — www.goldnews.com.br
Metalúrgica GMS — www.gms.com.br
Metalúrgica WA — www.metalurgicawa.com.br
Pado — www.pado.com.br
Siamfesp — www.siamfesp.org.br
Stam — stam.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Decisão tomada!

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Após onze meses, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) encerrou a investigação antidumping sobre a importação de espelhos não emoldurados — comumente classificados no item 7009.91.00 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) — vindos da China e do México.

O governo entendeu que houve dumping nessas importações e também dano à indústria doméstica em decorrência dessa prática e, por isso, decidiu pela aplicação de Importação direito antidumping definitivo. A informação foi comunicada na Resolução Nº 10, de 18 de fevereiro de 2016, publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 19 de fevereiro.

Na prática, para importar espelho em chapa desses dois países nos próximos cinco anos, o importador precisará pagar uma alíquota adicional que varia entre US$ 388,73 e US$ 427,43/t de acordo com o fornecedor do produto. Veja abaixo a resposta para as dúvidas mais frequentes.

Atenção!
O direito antidumping para espelhos não se aplica a alguns produtos não emoldurados. São eles:
• Bisotados (bisotê);
• Chanfrados;
• Redondos;
• Ovalados;
• Espelhos processados e acabados:
> para fabricação de embalagens cosméticas;
> de bolso;
> de bolsa;
> de mão;
> para telescópios;
> côncavos;
> convexos;
> laminados de segurança.

O que você precisa saber sobre o caso
O que é ‘dumping’?
É uma prática comercial em que uma ou mais empresas de um país vendem seus produtos, mercadorias ou serviços por preços abaixo de seu valor justo para outro país, a fim de prejudicar e eliminar os concorrentes no local. Quando a prática é comprovada, aplicam-se medidas antidumping para neutralizar os prejuízos à indústria nacional.

A quais importações o direito ‘antidumping’ de espelhos é aplicado?
A todas as transações de espelhos não emoldurados originários da China e do México cujas Declarações de Importação (DI) sejam registradas a partir de 19 de fevereiro de 2016. Contudo, há exceções (veja mais no quadro acima).

Por quanto tempo terá validade?
O prazo de aplicação desse direito é de até cinco anos

Como será recolhido?
Sob a forma de alíquota específica, fixada em dólares por tonelada. A tabela com todos os valores pode ser consultada no site da Abravidro.

Histórico do caso
23 de março de 2015 Atendendo a um pedido da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidros (Abividro), governo decide investigar a prática de dumping, o dano à indústria doméstica e a relação causal entre ambos nas exportações para o Brasil de espelhos não emoldurados da China e do México.

17 de julho de 2015 — É emitida uma determinação preliminar de que houve prática de dumping. Apesar disso, opta-se por não aplicar o direito antidumping provisório até o final das investigações.

14 de janeiro de 2016 — O prazo para o término da investigação é prorrogado por até oito meses.

19 de fevereiro de 2016 — Investigação é concluída, com a decisão pela aplicação do direito antidumping definitivo.

 

Fale com eles!
Camex — www.camex.gov.br
MDIC — www.mdic.gov.br

Está chegando a hora!

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

De 8 a 11 de junho, o Transamerica Expo Center, em São Paulo, vai se transformar, mais uma vez, no principal ponto de encontro do setor vidreiro nacional. Cerca de 12 mil profissionais e 200 marcas expositoras nacionais e estrangeiras são esperados para a 12ª Glass South America. Organizada pela NürnbergMesse Brasil, a maior feira vidreira da América Latina promete aquecer os negócios do mercado.

Para ajudar os visitantes de todo o Brasil que irão a São Paulo, além dos próprios paulistanos, O Vidroplano reuniu informações  essenciais sobre a mostra: como chegar ao pavilhão de exposições e onde estacionar seu carro, além de dicas de hospedagem e passagens aéreas.

Data e horário
De 8 a 10 de junho
Das 12 às 19 horas

Dia 11 de junho
Das 10 às 17 horas

Local
O Transamerica Expo Center está na Zona Sul de São Paulo, um dos principais centros empresariais da cidade. O espaço se localiza próximo a duas importantes vias da região: Marginal do Rio Pinheiros e Avenida Washington Luís.
Endereço
Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro, São Paulo, SP

Como chegar
‘TRANSFER’ GRATUITO
A NürnbergMesse Brasil vai fornecer um serviço de transfer gratuito para levar os visitantes ao Transamerica Expo Center. Os veículos partirão de três locais diferentes:
Linha A — Shopping Market Place
A 200 m da entrada da estação Morumbi da CPTM, na Rua João Dória, s/nº
Dias 8, 9 e 10 de junho: das 11 às 20 horas/  Dia 11 (sábado): das 9 às 18 horas
Intervalo de 20 minutos entre cada viagem

Linha B — Estação Santo Amaro da CPTM
Ao lado da estação Santo Amaro, na Avenida Padre José Maria
Dias 8, 9 e 10 de junho: das 11 às 20 horas/Dia 11 (sábado): das 9 às 18 horas
Intervalo de 20 minutos entre cada viagem

Linha C — Metrô Jabaquara
Estacionamento do supermercado Pão de Açúcar, na Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 2.022
Dias 8, 9 e 10 de junho: das 11 às 20 horas/Dia 11 (sábado): das 9 às 18 horas
Intervalo de 60 min entre cada viagem

Para quem chega de avião
Aeroporto de Congonhas
As opções para chegar ao local da feira são:
– TÁXI — O preço estimado da corrida até o Transamerica Expo Center, por táxis comuns, é de R$ 60.

– TRANSPORTE PÚBLICO (ÔNIBUS) — Na altura do número 6.973 da Avenida Washington Luís, pegar o ônibus 476A (Ipiranga/Santo Amaro) e descer no último ponto da Avenida Mário Lopes Leão. Você estará bem próximo ao Transamerica Expo Center.

Aeroporto Internacional de São Paulo (Guarulhos)
As opções para chegar ao local da feira são:
– TÁXI — O preço de tabela da corrida pela Guarucoop, empresa de táxi que opera no aeroporto, é de R$ 202,41.
– UBER — O preço estimado da corrida, pelas categorias mais simples do serviço, pode variar de R$ 90 a R$ 130, dependendo
do tráfego e horário.
– TRANSPORTE PÚBLICO (ÔNIBUS) — Você pode usar o Airport Bus Service, ônibus executivo com destino a vários pontos estratégicos da cidade. Destes, o mais próximo ao Transamerica Expo Center é o Aeroporto de Congonhas. Valor da passagem: R$ 45,50.

Transporte público
Ônibus
Linhas que passam próximo ao Transamerica Expo Center:
476A — Ipiranga/Santo Amaro
576C — Metrô Jabaquara/Terminal Santo Amaro
6200 — Terminal Bandeira/Terminal Santo Amaro
637P — Pinheiros/Terminal Santo Amaro
675N — Metrô Ana Rosa/Santo Amaro
6042 — Santo Amaro/Jd. Três Estrelas
746R — Santo Amaro/Real Parque
Valor da passagem: R$ 3,80
Para consultar os itinerários, acesse o site da SP Trans: www.sptrans.com.br

Trem Metropolitano
Linha 9 — Esmeralda (Osasco/Grajaú).
Descer na estação Santo Amaro.
Valor da passagem: R$ 3,80
Valor médio do táxi até o Transamerica Expo Center: R$ 20
Para mais informações, consulte o site da CPTM: www.cptm.sp.gov.br

Fique atento
Em São Paulo, o valor das passagens de ônibus, trem e metrô é unificado: R$ 3,80 para cada viagem.

Estacionamentos
Os participantes da feira que forem de carro até o Transamerica Expo Center terão diversas opções de estacionamento. Veja a seguir:

Transamerica Expo Center
Av. Dr. Mario Villas Boas Rodrigues, 387
Valor da diária para carros: R$ 46
Valor da diária para motos: R$ 33

Estapar
Rua Bento Branco de Andrade Filho, 947
Valor da diária para carros: R$ 46

Office Nova America
Av. das Nações Unidas, 18.801
Valor da diária para carros: R$ 46

Birmann
Rua Eng. Francisco Pita Brito, 125
Valor da diária para carros: R$ 46

Citibank Hall
Rua Bento Branco de Andrade Filho, 400
Valor da diária para carros: não informado

Eventos paralelos
Até o fechamento desta edição de O Vidroplano, a NürnbergMesse Brasil ainda não havia fechado a programação de eventos paralelos. No entanto, já adiantaram dois deles. A Arena de Gestão e Tecnologia será um espaço para apresentações curtas de temas inovadores por meio de palestras e interação. Ocorrerá ainda a estreia da feira R+T South America, evento internacional voltado ao mercado de persianas, portas, portões e proteção solar.

Viagem e hospedagem
A LT Travel Lufthansa City Center é a agência de viagens oficial da feira. Ela oferece preços especiais em passagens aéreas e hotéis.
Contatos
(11) 3125-2911
danilo@lttravel.com.br
www.lttravel.com.br

Passagens aéreas
• A Tam é a transportadora aérea oficial da Glass South America. Por meio da LT Travel, são oferecidos bilhetes com descontos especiais.
• Para a compra no site da companhia (www.tam.com.br), os participantes devem digitar o número 649107 no campo “Código Promocional”;
• Os valores estão sujeitos à disponibilidade de assentos e regras/restrições específicas de cada tarifa;
• Válido para embarque de 4 a 14 de junho em rotas operadas pela Tam em trechos que ligam cidades brasileiras a São Paulo (ida e volta).

 

Hotéis
Transamerica São Paulo
Single: R$ 669
Duplo: R$ 729
A 200 m de distância do evento

Blue Tree Premium Verbo Divino
Single: R$ 315
Duplo: R$ 360
A 2 km de distância do evento

Tryp Nações Unidas
Single: R$ 259
Duplo: R$ 309
A 3 km de distância do evento

Estanplaza International
Single: R$ 299
Duplo: R$ 349
A 3,5 km de distância do evento

Transamerica
Executive Chácara
Santo Antônio
Single: R$ 320
Duplo: R$ 360
A 3,5 km de distância do evento

Observações — Os valores são referentes à diária simples (incluem café da manhã) e estão sujeitos à alteração até a data de pagamento. Não está inclusa a alíquota de 5% do ISS por diária e por apartamento. As reservas devem ser solicitadas à LT Travel, empresa que detém as tarifas exclusivas de agência oficial.

Como se credenciar para a feira
Acesse o site oficial da feira (www.glassexpo.com.br). Na home, você verá um banner chamado “Credenciamento” no lado direito. Clique ali e siga as instruções.

Informações importantes
– É proibida a entrada de menores de dezesseis anos de idade, mesmo que acompanhados;

–  Não será permitida a entrada de pessoas usando trajes como bermuda e/ou chinelo;

–  A credencial do visitante é pessoal e intransferível. Para retirá-la, será necessário apresentar cartão de visita e documento de identidade.

Fale com eles!
Glass South America — www.glassexpo.com.br

‘A AGC tem o ‘DNA’ japonês: quando fala, faz’

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Na tarde do dia 10 de março, em um hotel próximo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, a editora de O Vidroplano, Celina Araújo,  conversou com Jean- François Heris, presidente global da divisão Building (produtos para construção civil) da AGC. Participaram também do encontro Alexandre Pestana, presidente da Abravidro, e o presidente da AGC Vidros do Brasil, Davide Cappellino. Minutos antes de dar a notícia a um grupo de 20 clientes, Heris anunciou em primeira mão a construção da segunda fábrica

da AGC no Brasil (leia mais na pág. 15), além de revelar a visão da Entrevista exclusiva: Alexandre Pestana e Celina Araújo conversaram
com Jean-François Heris e Davide Cappellino, executivos da AGC empresa sobre o mercado vidreiro nacional em meio ao momento econômico ruim.
Como o mundo todo já sabe, o Brasil passa por uma séria crise econômica. Por que a AGC irá investir no País nesse momento conturbado?
Heris – Essa decisão está totalmente alinhada com a escolha que a AGC fez cinco anos atrás de entrar no Brasil, pois acreditávamos muito no grande potencial a longo prazo deste país. E essas condições continuam. A decisão da segunda fábrica dá continuidade à nossa implementação por aqui. O Brasil está, sem dúvidas, enfrentando um momento difícil, mas a cadeia vidreira e seus empreendedores continuam criando valor e tendo um potencial importante.

Qual o balanço que a AGC faz da presença do grupo no Brasil até agora?
Heris – Obviamente, tivemos de dar os passos necessários de quem começa uma produção desse porte, enfrentando os desafios do mercado, que já teve momentos mais fáceis que outros. Tivemos também um time que trabalhou duro para alcançar as metas e clientes que apreciaram o que oferecemos. Por isso, estamos satisfeitos com nossos dois anos de produção de vidro no Brasil.
Quando a segunda planta de vocês começar a operar, a AGC irá fabricar 1.450 t de ‘float’ por dia. Vocês pretendem atingir algum mercado específico com esse aumento?
Heris – Temos objetivos de longo prazo para o Brasil e para a América do Sul, com uma fatia de mercado que seja comparável ao que temos em outras regiões, sempre em torno ou acima de 20%. A intenção é aumentar a capacidade instalada para acompanhar o crescimento de nossa participação no mercado brasileiro, pensando também na exportação para países vizinhos, acelerando nossa presença nesses lugares.

Para quais setores essa produção será direcionada?
Heris – A produção do nosso segundo forno, de 850 t por dia, vai ser focada para os produtos voltados para a construção: aplicações externas, fachadas, decoração etc. Em geral, o forno já existente vai continuar a atender o segmento automotivo. Atualmente, tem-se um momento difícil em termos de volume de vendas de carros no Brasil, mas também temos confiança de que, mais uma vez, pelos
elementos estruturais do País, o volume volte a crescer.

Vocês mencionaram que a nova fábrica será construída na Região Sudeste. Quais fatores podem determinar a escolha da cidade?
Heris – Por enquanto, ainda estamos explorando algumas opções. Claro, um candidato natural é Guaratinguetá, mas temos outras opções bastante interessantes também. Daqui a duas ou três semanas [esta entrevista foi concedida em 10 de março], vamos divulgar a localização.

A experiência de vocês deve confirmar que, no Brasil, gasta-se muito tempo para a aprovação de licenças ambientais e outros documentos necessários para o início de uma obra desse porte. A AGC já possui um cronograma do projeto?
Heris – Nosso plano é terminar a construção no final de 2018. A parte de licenciamento ambiental ainda depende
da localidade exata. Já começamos a trabalhar vários cenários e logo vamos formalizar o pedido às autoridades. Mas, na verdade, não estamos muito preocupados com essa questão. No primeiro float, a AGC já tomou uma posição de respeito muito forte às legislações ambientais, até mesmo na aplicação das melhores tecnologias disponíveis. Então, acreditamos que será um processo bastante rápido, que vai nos permitir manter nosso planejamento.

Existe algum fator que poderia atrasar o cronograma da AGC? Por exemplo, se a economia piorar ainda mais…
Heris – A AGC tem o “DNA” japonês: quando fala, faz. E faz aquilo que fala. Vocês nunca viram no passado anúncios ou boatos sobre o  segundo forno da AGC. A AGC fala só quando sabe que pode falar. E agora é pra valer.

Hoje, o Brasil possui quatro fabricantes de ‘float’, sendo que dois deles (Cebrace e Vivix) já anunciaram projetos para a construção de novas linhas — aguardam apenas um melhor momento econômico para iniciá-los. Vemos, portanto, maior competição para a manutenção ou aumento das participações de mercado. Como vocês avaliam essa situação? 
Heris – A AGC não está fazendo projetos. Os acionistas da AGC tomaram a decisão: o novo forno está financiado, decidido, até mesmo presente no site oficial do grupo. Estamos falando da realidade. Não gostamos de comentar os concorrentes. São grandes empresas que obviamente têm projetos. Mas, de qualquer jeito, estamos implementando uma decisão tomada.

Vocês acreditam que o mercado brasileiro irá comportar a quantidade de vidro fabricada se os concorrentes da AGC iniciarem seus projetos de novas fábricas nos próximos anos?
Heris – A AGC chegou no Brasil com uma proposta para nossos clientes, envolvendo produtos de alta qualidade, inovação, logística e confiabilidade. Fizemos uma promessa e queremos entregá-la. Fazemos esse investimento para que os clientes continuem a contar conosco, para que eles possam crescer junto com a AGC.

Quando a AGC acendeu seu forno, em 2013, foi anunciado que o grupo estava planejando a construção de um ‘coater’ para 2015 ou 2016. Vocês ainda querem fazer esse investimento?
Heris – Não temos decisões tomadas sobre a instalação de um coater. Estamos acompanhando muito de perto a evolução do mercado dos produtos que poderíamos produzir nesse equipamento. A AGC já tem a tecnologia em casa, nós mesmos produzimos os nossos coaters. Quando acharmos que teremos espaço para o projeto, a implementação vai ser bastante rápida.

Gostaria de deixar alguma mensagem especial para o setor vidreiro brasileiro?
Heris – O Brasil está enfrentando um momento difícil, isso é claro. Mas os brasileiros podem ter muito orgulho de sua capacidade de empreender, de trabalhar, da sociedade e também da cadeia vidreira nacional. É uma tendência natural ser exageradamente pessimista na crise e exageradamente otimista nos momentos bons. Nós achamos que todos da cadeia precisam ter confiança, orgulho daquilo que sabemos fazer, acreditar na nossa capacidade de mudar as coisas. Achamos que a retomada da economia pode acontecer bem mais rápido do que se espera.

Fale com eles!
AGC — www.agcbrasil.com

Um voto de confiança para o Brasil

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Boquiabertos. Literalmente, essa foi a reação das dezenas de empresários que ouviram em primeira mão a AGC — líder mundial na fabricação de vidro float — anunciar, no dia 10 de março, a construção de seu segundo forno no Brasil.
Tamanha surpresa se justifica: poucos dias depois de o IBGE anunciar um PIB negativo de 3,8% em 2015 e o Fundo Monetário Internacional (FMI) prever novo recuo de 3,5% para 2016, a conclusão imediata é que não seria uma boa hora para se fazer investimentos.

Talvez, aguardar uma definição, tanto política como econômica, dos novos caminhos que o País deve trilhar, correto? Não foi essa a conclusão da direção do grupo japonês, conforme explicou o presidente global da Divisão Building (produtos para construção civil), Jean-François Heris, durante entrevista exclusiva para Celina Araújo, editora de O Vidroplano. Também participaram desse encontro o presidente da AGC Vidros do Brasil, Davide Cappellino, e o presidente da Abravidro, Alexandre Pestana. A entrevista na íntegra pode ser lida a partir da página 20 desta edição.

Investimento nipônico
O investimento total na nova unidade da AGC será de R$ 700 milhões, no Sudeste do Brasil (a cidade que irá recebê-lo seria anunciada três semanas depois) e terá capacidade para fabricar 850 t de vidro plano por dia. Portanto, com o início dessas operações, a empresa vai mais que dobrar a sua produção: das atuais 600 t, passará a 1.450 t diárias. A construção tem conclusão prevista para o final de 2018 e deverá gerar cerca de mil postos de trabalho. “Os empreendedores da cadeia vidreira continuam criando negócios com potencial, por isso precisamos seguir esse caminho”, explicou Heris.

O Grupo AGC acendeu seu primeiro forno no País em setembro de 2013, em Guaratinguetá (SP). A fábrica exigiu investimento de R$ 1 bilhão, tem 750 mil m² e quinhentos funcionários.

É pra valer?
No último Simpovidro, em novembro do ano passado, Cebrace e Vivix — concorrentes da AGC — reafirmaram intenção de novos investimentos na produção de float no Brasil, mas sem definição de datas (veja o quadro na página ao lado)
Nesse cenário, muitos players do nosso mercado se perguntam se o projeto da AGC irá sair do papel no prazo estabelecido. “Não estamos fazendo projetos, os acionistas já tomaram a decisão: o novo forno está financiado, decidido, até mesmo presente no site oficial do grupo. Esta mos implementando uma decisão tomada”, afirma Heris.

Com o início desse novo forno da AGC, muda o jogo no fornecimento de vidros por aqui. Enquanto a Cebrace se manterá como líder no Brasil, a empresa japonesa terá praticamente a mesma capacidade produtiva da Guardian, que opera no
País desde 1998.

A pernambucana Vivix, que já tinha assinalado intenção da segunda planta no Sudeste, assiste agora à AGC antecipar a realização desse projeto.

O novo cenário do ‘float’ no Brasil

Cebrace
Em novembro do ano passado, durante o 12º Simpovidro, a líder na fabricação de float no Brasil anunciou a construção de uma nova linha em Caçapava (SP), denominada C6, e também o aumento da capacidade do forno em Barra Velha (SC), o C4, das atuais 600 para 900 t por dia. Na ocasião, afirmaram que essas ações dependiam da recuperação do mercado e de seu índice de crescimento.

“Nossos investimentos estão mantidos e são regularmente revisados. No momento devido, eles ocorrerão de acordo com a demanda de mercado e cenário político-econômico nacional. Há espaço para trabalhar e desenvolver nosso segmento como um todo, por isso a Cebrace continua acreditando no Brasil e na oportunidade de diferenciação”.

Reinaldo Valu e Leopoldo Castiella, diretores-executivos

Guardian
A segunda maior fabricante de vidros do Brasil não fez anúncios recentes sobre ampliação na capacidade de produção de float. Segundo  sua assessoria de imprensa, a Guardian prefere não se manifestar sobre o assunto.

Vivix
No 12º Simpovidro, a única fabricante com capital 100% nacional reafirmou que o projeto de construção de sua segunda linha estava praticamente pronto e seria executado no tempo adequado.

“A nossa decisão pela segunda planta está tomada. Acreditamos na recuperação da economia e no crescimento do setor, visto que sabemos que o consumo per capita de vidros planos no Brasil ainda é muito baixo, se comparado com alguns países da Europa e Estados Unidos. Entramos nesse mercado porque acreditamos no seu potencial, caso contrário não teríamos investido mais de R$ 1 bilhão nessa que é uma das mais modernas plantas de vidros planos do mundo. Seremos prudentes na definição da data do anúncio para a segunda planta. No momento em que nossos estudos apontarem para uma demanda que comporte mais uma planta no País, divulgaremos para o setor. Garantimos que seremos ágeis na construção da nova planta, assim como fizemos em nossa primeira fábrica. Assumiremos esse compromisso com o mercado no momento certo”
Paulo Drummond, presidente

No futuro
Na tabela abaixo, apresentamos o cenário de produção de float no Brasil, já considerando o novo forno anunciado pela AGC.

AGC
No Brasil desde: 2013
Nº de fornos: 1+ 1 previsto para final de 2018
Capacidade total: 600+850 = 1.450

Cebrace
No Brasil desde: 1974
Nº de fornos: 5
Capacidade total: 3.600

Guardian
No Brasil desde: 1998
Nº de fornos: 2
Capacidade total: 1.430

Vivix
No Brasil desde: 2014
Nº de fornos: 1
Capacidade total: 900

AGC – Nova planta em números
R$ 700 milhões de investimento

850 t de vidros por dia

140% de aumento na produção no Brasil

 

Fale com eles!
AGC — www.agcbrasil.com
Cebrace — www.cebrace.com.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Vivix — www.vivix.com.br

Compromisso com você!

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Para quem tem sede de novidades como nós, jornalistas, fazia certo tempo que o mercado não sinalizava com boas novas. Orgulhosos por termos divulgado a notícia em primeira mão, divido com vocês os bastidores de nossa reportagem de capa.

Em pleno fechamento desta edição, soubemos que haveria um anúncio importante da AGC no dia seguinte, mas sem detalhes. Era preciso decidir: seria o caso de adiar em um dia o envio da revista para a gráfica, refazendo todo o seu mapeamento original?

Os critérios para a distribuição dos espaços na revista seguem a velha e boa regra do jornalismo: qual o interesse do tema para o leitor? Com pouquíssimas referências, era difícil prever, mas resolvemos apostar na intuição de que seria algo realmente importante e deslocamos uma equipe de peso para a cobertura.

Valeu a pena! No mesmo dia, tarde da noite, nossos curtidores no Facebook souberam da novidade ao mesmo tempo que ela era anunciada a um pequeno grupo de clientes. No dia seguinte, logo de manhã, todo o mercado recebeu nossa newsletter por e-mail incluindo as primeiras informações da entrevista exclusiva que fizemos com o CEO global da empresa, que esteve no Brasil por apenas três dias.

Foi muito corrido e só deu certo porque contamos com uma equipe experiente e nota 10. Por isso, sinto uma satisfação imensa quando temos a chance de resgatar a essência do bom jornalismo: agilidade, precisão e alinhamento com o público leitor. O post daquele dia teve um número expressivo de compartilhamentos nas redes sociais, mas, se eu fosse você, daria uma boa lida com mais detalhes na reportagem das páginas a seguir.

Boa leitura,
Celina Araujo
Editora

O Brasil e o vidro em 2019!

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Alexandre_pestana_EditorialAssim como todos os integrantes de nosso mercado, confesso que fui surpreendido com o anúncio do investimento da nova linha de produção de float feito pela AGC. Passada a surpresa inicial, constatei que a entrada de novos players no vidro do Brasil está tendo consequências além daquelas imediatamente previstas.

Anteriormente, novas linhas eram construídas quando o mercado já estava maduro para absorver sua produção — tínhamos até nos acostumado à tradicional falta de matéria-prima nos momentos de demanda aquecida às vésperas do acendimento desses fornos. Agora, assim como ocorre em nossa indústria de transformação, o investimento é feito a partir de uma expectativa de consumo futuro. Portanto, num cenário de baixa atividade e sobre-oferta de vidro como o atual, a atitude da AGC pode parecer precipitada — assim como três anos atrás seria loucura imaginar uma queda tão grande como vivenciamos hoje.

Outro ponto importante é o fato de a líder mundial em fabricação de vidros decidir alinhar a sua participação de mercado ao que já tem em outras partes do mundo. Essa visão melhora a posição de nosso país no contexto vidreiro global, principalmente no acesso a novas tecnologias para aplicação do produto.

O anúncio da AGC também sinaliza um novo arranjo de forças do vidro no Brasil, com uma competição cada vez mais acirrada entre as fabricantes e, certamente, uma reavaliação mais profunda por parte de quem opera no País há mais tempo.

Conforme as manifestações de vários clientes da AGC no momento do anúncio do novo forno, a decisão da empresa vem como uma luz no fim do túnel para quem está bravamente lutando para ultrapassar os tão amargos dias atuais. Eles nos obrigaram a olhar um pouco mais à frente, nos lembrando que estão mantidos vários fundamentos que impulsionaram um crescimento vultoso de nosso mercado entre 2006 e 2013. Nosso déficit habitacional e de infraestrutura ainda é gigantesco e, portanto, temos um baixo consumo de vidro per capita comparado a outros países, o que nos leva a um enorme potencial de desenvolvimento.

Vejo que os japoneses estão se organizando para o Brasil de 2019. E você, está preparando sua empresa para quando o mercado voltar a crescer?

Produzindo mais… e gastando menos

Este texto foi originalmente publicado na edição 518 (fevereiro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Seja pela crise econômica no País ou pela redução expressiva do nível de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas, o Brasil enfrentou um grande encarecimento na área de energia em 2015. O setor industrial foi um dos mais impactados pelos preços da energia elétrica. O Departamento de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Deinfra-Fiesp) observa que a queda no consumo de eletricidade pela indústria acompanha diretamente o aumento da conta de luz — ou seja, a produção foi reduzida ao longo do ano. O segmento vidreiro não escapou desse impacto: fabricantes, processadores e até empresas de maquinários foram afetados.

Embora o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estime que o aumento das chuvas nos últimos meses possa estabilizar o fornecimento de energia do Brasil, esse ainda é um cenário incerto. Assim, cabe ao nosso setor buscar soluções para reduzir seus custos nessa área. Algumas iniciativas são apresentadas por O Vidroplano nas próximas páginas, bem como curiosidades sobre o fornecimento e consumo de energia no Brasil.

Quanto representam os gastos com energia nas empresas?
O Deinfra-Fiesp aponta que é difícil precisar a porcentagem dos custos com energia na indústria. Dependendo do tamanho e área de atuação da planta, eles podem representar menos de 10% ou mais de 50% no orçamento geral.

Impactos das altas das tarifas energéticas…

…nas fábricas
Além da eletricidade, as plantas de fabricação de vidro plano utilizam o gás natural para o aquecimento de seus fornos. Ele também ficou mais caro em 2015, após ser destinado às usinas termelétricas, acionadas para compensar a redução do nível de água nos reservatórios das hidrelétricas.

Vale destacar que a fabricação de vidro envolve um consumo expressivo de energia, afetado pelo encarecimento tanto da eletricidade como do gás natural.

…nas processadoras
A alta nas tarifas de energia teve um impacto profundo nas processadoras de vidro. “Quando houve a redução do custo da energia elétrica, o setor de vidros processados no Brasil baixou seus preços de venda e, quando fomos surpreendidos com essa alta, o mercado não conseguiu recuperar a redução nem repassar para o produto final o custo real enfrentado”, explica José Antonio Passi, diretor da processadora Divinal Vidros.

…nas empresas de maquinários
O impacto sofrido por subsidiárias de multinacionais não foi tão grande. Luiz Garcia da Silva Júnior, diretor-executivo da Lisec Sudamerica, afirma que como a empresa não fabrica suas máquinas no Brasil, ela tem poucos gastos com energia. Não é o caso de empresas que produzem os seus maquinários em território nacional: “As altas na tarifa de eletricidade aumentaram nosso custo de produção, sem possibilidade de repasse ao cliente final”, afirma Jailson Brol, engenheiro elétrico da SGlass.

 

Eficiência energética: soluções para sua empresa
A eficiência energética é o maior aproveitamento possível da energia com o menor consumo possível desta. Veja, com base em ações de companhias de nosso setor, algumas maneiras de alcançá-la em sua empresa, independente de sua área de atuação:

Ajuda especializada: serviços de consultoria para eficiência energética estão disponíveis no mercado — caso do Glaston Economy, da Glaston, que ajuda a eliminar desperdícios. As consultorias também podem ajudar o cliente na migração para o Mercado Livre de Energia (saiba mais no quadro “Mercado Livre: entenda como funciona”);

Controle das perdas no motor: dispositivos podem ajudar a reduzir desperdícios nos motores. Um deles é o soft-starter — instalado pela processadora GlassecViracon nos motores de suas autoclaves, compressores de ar e ventiladores do forno de têmpera —, que controla a tensão e corrente de partida de um motor, permitindo minimizar as perdas de potência. A processadora também instalou inversores, os quais controlam a frequência da rede que alimenta o motor e ajustam sua rotação conforme a necessidade;

Educação: conscientize seus funcionários sobre a importância da economia de energia e oriente-os para que adotem ações práticas que reduzam o consumo. Segundo Sérgio Lemos, gerente-industrial da Saint-Gobain Glass, a fabricante desenvolveu um programa de conscientização para os seus colaboradores e a estratégia tem dado certo.

Horários de funcionamento: o horário de pico (das 17 às 20 horas) é aquele em que o custo (e consumo) da energia é mais alto. Assim, utilize equipamentos como o forno de têmpera em outros horários, mais cedo ou durante a noite, como vem sendo feito pela processadora paulistana Vitron;

Iluminação: embora essa não costume ser a principal fonte de gastos numa empresa vidreira, é possível reduzir ainda mais seus custos — seja adotando o uso de lâmpadas de LED (mais eficientes que as fluorescentes), como na unidade de Caçapava (SP) da Cebrace, seja ampliando o aproveitamento da luz natural, como vem sendo feito pela União Brasileira de Vidros (UBV);

Manutenção periódica: verificar o estado de circuitos, componentes elétricos, cabos e conexões é fundamental para evitar perdas de energia. A SGlass já realiza essas manutenções em suas instalações, enquanto o plano de ações da Guardian inclui a revisão regular de compressores (equipamentos para geração de ar comprimido, para transmissão de energia às máquinas);

Renovação de equipamentos: muitas vezes, vale a pena substituir mecanismos antigos pelos mais novos, desenvolvidos para trabalhar com menos eletricidade. Empresas como a Guardian já trocaram seus motores elétricos por modelos mais eficientes, enquanto a Cebrace vem substituindo seus equipamentos de ar condicionado por opções de menor consumo de energia;

Trabalho eficiente: como destaca a Divinal Vidros, reduzir o tempo entre a retirada de uma carga e a colocação de outra na plataforma do forno de têmpera, na linha de laminação e em demais equipamentos é uma boa forma de diminuir o desperdício que ocorre quando os maquinários estão ligados mas o vidro ainda não foi colocado neles. Osvaldo Fukunaga, gerente-industrial da processadora PKO do Brasil, acrescenta que isso também aumenta a produtividade da empresa.

 

Energia solar: possibilidade de geração autossuficiente
Hoje também é possível a empresa gerar sua própria energia, por meio da instalação de sistemas solares fotovoltaicos.

Número de conexões para geração fotovoltaica distribuída no Brasil: 1.675, segundo dados da Aneel;

Critérios a serem observados para a instalação:

  • Consumo de energia pretendido;
  • Área sem sombreamento disponível para instalação do sistema;
  • Capacidade de geração de energia nessa área.

Investimento inicial: considerável — a instalação de um sistema com potência de 50 kWp, por exemplo, pode custar R$ 400 mil;

‘Payback’ (tempo de retorno do investimento): cinco a oito anos;

Vida útil dos sistemas fotovoltaicos: 25 anos;

Vantagens:

  • Segundo Nelson Colaferro, sócio-diretor da Blue Sol (desenvolvedora de projetos de engenharia nessa área), o sistema permite que a empresa gere sua própria energia durante o dia;
  • Caso o consumo nesse período seja inferior à energia gerada, aquilo que não for utilizado se torna um crédito válido por até cinco anos junto à distribuidora — ou seja, é possível consumir energia mesmo durante a noite sem precisar pagar por ela.

 

Mercado Livre: entenda como funciona
Normalmente, a eletricidade é recebida por meio do Mercado Cativo de Energia ou Ambiente de Contratação Regulada (ACR). Nele, uma distribuidora fornece a energia ao consumidor, o qual está sujeito a reajustes e bandeiras tarifárias.

Hoje, porém, é possível migrar para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), ou Mercado Livre de Energia. Nele, o consumidor pode pesquisar geradores e comerciantes, escolher aquele que oferece o preço e as condições mais atrativas e negociar os detalhes do fornecimento.

Algumas empresas do setor, como a UBV, já fizeram essa migração.

Vantagens
Leonardo Granada Midea, sócio-diretor da Prime Energy (consultora e comercializadora de energia para o ACL), aponta como principais atrativos do Mercado Livre:

  • Preços até quatro vezes menores que os repassados pelas distribuidoras no Mercado Cativo;
  • Ausência de bandeiras tarifárias (nunca há cobrança extra sobre o preço);
  • O consumidor pode escolher de quem comprar a energia e negociar o volume a ser consumido e seu preço diretamente com o fornecedor;
  • O custo de compra de energia é o mesmo nas 24 horas do dia, sem horário de pico — é possível manter os fornos de têmpera operando sem interrupções, por exemplo.

Como passar para o Mercado Livre?
Segundo o engenheiro Douglas Ludwig, diretor-executivo da consultoria Ludfor Energia, a empresa interessada em migrar para o ACL precisa:

  • Ter demanda contratada de, no mínimo, 500 kW;
  • Encaminhar os documentos necessários para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE);
  • Adequar seu sistema de medição e faturamento (SMF), cujo custo pode variar de R$ 20.000 a R$ 41.000;
  • Permanecer no Mercado Livre, após a migração, por pelo menos cinco anos.

Leonardo Midea, da Prime Energy, lembra que os gastos da passagem para o Mercado Livre são compensados pela economia nos custos de energia já no primeiro mês. Também aconselha que esse processo seja acompanhado por uma empresa de consultoria especializada, para orientar os consumidores a respeito da forma mais recomendável e segura de se trabalhar no ACL.

 

Maquinários eficientes no mercado
O uso de equipamentos eficientes é fundamental para garantir maior produtividade com menor custo de energia. Saiba o que algumas empresas que atenderam a nossa reportagem oferecem para esse objetivo:

Pré-processamento: as lapidadoras da série VE, da Glaston, podem vir com a função opcional Grind & Stop (lapida e para). Ela coloca automaticamente a esteira, o mecanismo pneumático, os mandris e as bombas de água em modo de espera por um intervalo de tempo predeterminado a partir da última peça lapidada, reduzindo assim o consumo de energia.

Laminação: nesse segmento, a Lisec destaca sua autoclave de baixa pressão. Segundo a empresa, a máquina trabalha com pressão de apenas 1 bar, garantindo economia de cerca de 40% de energia em comparação com as autoclaves tradicionais que operam com 12 ou 13 bar.

Têmpera: os fornos de têmpera da SGlass, disponíveis nos modelos Standard e Evolution, consomem pouca energia por m² de vidro temperado, por meio de seu sistema de resistências com alta eficiência. Eles possuem ainda controle automático de aquecimento e consumo via controlador lógico programável (CLP) e sistema de isolamento de fibra cerâmica, o qual evita desperdício de calor.

Por sua vez, os fornos FC500 e FC1000, da Glaston, usam um sistema para circulação de ar forçada dentro do forno, proporcionando aquecimento uniforme e veloz, além de minimizar o consumo de energia em até 30%.

Outros: a Projepack comercializa a linha Modular Glass de máquinas para embalagem do vidro. Um de seus diferenciais é a versatilidade na alimentação: ela pode funcionar tanto na eletricidade como a gás liquefeito de petróleo (GLP). Com isso, é possível alternar a fonte de energia de acordo com as necessidades da empresa e evitar o uso de eletricidade nos horários de pico.

 

Você sabe como funciona o sistema de bandeiras tarifárias?
Ele entrou em vigor em 2015 e consiste na aplicação de uma cobrança extra nas contas de eletricidade quando os custos para geração de energia estão mais altos. Desde fevereiro de 2016, os seguintes preços são considerados:

  • Bandeira verde: sem valor extra
  • Bandeira amarela: cobrança extra de R$ 1,50 para cada 100 kWh
  • Bandeira vermelha (patamar 1): cobrança extra de R$ 3,00 para cada 100 kWh
  • Bandeira vermelha (patamar 2): aplicável se o custo de geração for igual ou superior a R$ 610 para cada MWh, tem cobrança extra de R$ 4,50 para cada 100 kWh

Portanto, fique atento!
Em tempos de bandeira vermelha, economize ainda mais!

 

A alta da energia no Brasil

  • As contas de luz chegaram a um aumento médio de 50% ao longo do ano passado;
  • Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), até novembro de 2015 o consumo de energia elétrica pela indústria apresentou queda de 5,1% em relação aos doze meses anteriores;
  • No mesmo período, a tarifa energética para o setor aumentou 48,6% (sem considerar o custo adicional da aplicação da bandeira vermelha).

 

Os que mais consomem na indústria vidreira
Segundo as processadoras consultadas para essa reportagem, os fornos de têmpera e linhas de laminação estão entre os equipamentos que mais consomem energia, podendo representar mais de 50% de seus gastos nessa área.

Fale com eles!
Aneel — www.aneel.gov.br
Blue Sol — www.blue-sol.com
Cebrace — www.cebrace.com.br
Deinfra-Fiesp — www.fiesp.com.br/sobre-a-fiesp/departamentos/departamento-deinfraestrutura-deinfra
Divinal Vidros — www.divinalvidros.com.br
EPE — www.epe.gov.br
GlassecViracon — www.glassecviracon.com.br
Glaston — br.glaston.net
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Lisec — www.lisec.com
Ludfor Energia — www.ludfor.com.br
MME — www.mme.gov.br
PKO do Brasil — www.pkodobrasil.com.br
Prime Energy — www.primeenergy.com.br
Projepack — www.projepack.com.br
Saint-Gobain Glass — br.saint-gobain-glass.com
SGlass — www.sglass.com.br
UBV — www.vidrosubv.com.br
Vitron — www.vitronglass.com.br

O futuro é feito de vidro

Este texto foi originalmente publicado na edição 518 (fevereiro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

 

Um arquiteto renomado mundialmente. Uma das cidades mais reconhecidas no planeta por sua beleza natural. Uma obra que se destaca por suas formas únicas. Uma aplicação de vidro que revela toda a tecnologia do material. A soma de todos esses fatores não poderia ser menos impressionante: o Museu do Amanhã, localizado na zona portuária do Rio de Janeiro, foi inaugurado em dezembro passado e já se tornou um marco da construção nacional. Com projeto do espanhol Santiago Calatrava, que pela primeira vez assina uma obra no Brasil, o edifício também se destaca pelo uso de vidros de controle solar. Aplicados nas fachadas, eles permitem a entrada de luz natural e ainda diminuem a incidência do forte calor carioca em suas dependências.

Números do projeto

  • 338 m de comprimento
  • 20 m de altura
  • 34,6 mil m² de área
  • 15 mil m² de área construída
  • 3.800 m² de vidros
  • 55 mil t de concreto

Vidros: atenção à transparência
Ao todo, foram aplicados cerca de 3.800 m² de vidros no local. Confira alguns detalhes:

  • O material está presente nas fachadas (principal e posterior) e em esquadrias triangulares localizadas nas faces laterais do prédio;
  • São vidros temperados laminados formados por Sunguard Neutral 67 extraclear com 20 mm de espessura, da Guardian, produzidos na Europa. Tais vidros têm menos ferro, o que favorece a passagem de luz e transparência;
  • Os laminados foram instalados em perfis de alumínio criados especialmente para a obra;
  • As esquadrias são projeto da consultoria carioca QMD, tendo sido fabricadas e montadas pelo grupo português Martifer.

Calatrava: mestre de obras grandiosas
Nascido em Valência, Espanha, em 1951, Santiago Calatrava é reconhecido como um dos mais importantes arquitetos europeus das últimas décadas. Suas obras são famosas por possuírem formas únicas e ousadas, mais próximas da arte plástica do que da arquitetura comum.

Algumas de suas obras icônicas:

  • Ponte da Mulher (Buenos Aires, Argentina);
  • Gare do Oriente (Lisboa, Portugal);
  • Turning Torso (Malmö, Suécia);
  • World Trade Center PATH Station (Nova York, EUA);
  • Complexo Esportivo Olímpico (Atenas, Grécia).

Natureza artificial
A principal influência para o design criado por Calatrava veio das bromélias existentes no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, encontradas pelo arquiteto quando fazia sua pesquisa de campo na cidade. Porém, como o conceito de futuro é fundamental para o espaço (veja mais abaixo), as formas também buscam inspirações na tecnologia e na ficção científica: o prédio se assemelha a uma gigantesca nave espacial. Ao todo, possui 15 mil m² de áreaconstruída, 338 m de comprimento e 20 m de altura.

O que é o Museu do Amanhã?
Um time composto por mais de trinta consultores nacionais e estrangeiros de diversas áreas foi responsável pela criação do acervo do espaço. A exibição principal tem o objetivo de fazer o público pensar as possibilidades do amanhã por meio de vídeos, objetos e atividades interativas (que falam sobre temas como ciência, filosofia e antropologia). O local possui ainda parcerias com renomadas instituições científicas, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Massachusetts Institute of Technology (MIT).

  • Endereço: Praça Mauá, 1, Centro, Rio de Janeiro
  • Funcionamento: terça a domingo, das 12 às 19 horas
  • Ingressos: R$10 (às terças-feiras, a entrada é gratuita).

Por um amanhã sustentável
A arquitetura sustentável é parte fundamental do projeto do museu. A seguir, algumas das técnicas aplicadas.

  • Energia solar
    Mais de 5 mil painéis fotovoltaicos se movimentam de acordo com a posição do Sol e podem produzir 250 kWh/ano.
  • Redução do uso de água potável
    A água da Baía de Guanabara é captada para abastecer os espelhos d’água. Além disso, a água das chuvas serve para irrigar os jardins.
  • Espaço verde
    Assinado pelo escritório Burle Marx, o paisagismo do local conta com cerca de 6 mil m² de jardins.

Fale com eles!
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Martifer — www.martifer.com.br
QMD — www.qmdconsultoria.com.br
Santiago Calatrava — www.calatrava.com

Elegância na entrada e na saída

Este texto foi originalmente publicado na edição 518 (fevereiro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

 

Presentes em vários projetos de arquitetura, principalmente em edifícios corporativos e hospitalares, as portas automáticas de vidro se destacam pela estética clean, por ajudar na integração entre o ambiente interno e externo e até mesmo pela sustentabilidade.

A equipe de O Vidroplano conversou com empresas especializadas nesse produto. Para elas, o segmento possui enorme potencial de crescimento, mesmo em época de crise econômica. Portanto, está na hora de explorar melhor essa solução.

Para ajudá-lo, a seção “Para sua vidraçaria” deste mês mostra os benefícios do produto, apresenta os modelos disponíveis no mercado, explica as tecnologias aplicadas às portas e dá dicas espertas para a especificação, instalação e manutenção. Aproveite e use no seu negócio o que você ler a seguir!

 

Benefícios aos montes
O investimento em uma porta automática é alto, mas seus benefícios são únicos: nenhuma outra solução semelhante no mercado possui tanta tecnologia e oferece tamanha praticidade. Não faltam argumentos para convencer um cliente a comprar esse produto, como se pode ver a seguir.

Praticidade e facilidade de acesso
A característica mais óbvia das portas automáticas é dispensar a abertura e fechamento manuais. Além disso, facilitam o acesso de pessoas com necessidades especiais, algo importante para projetos em locais com grande circulação de pessoas.

Economia de energia
Em ambientes com ar condicionado, ajudam a reduzir de forma considerável os custos de energia elétrica. Como não ficam abertas a todo o momento, fazem com que a temperatura do ambiente fique estável. Isso reduz a necessidade de manutenção dos equipamentos de climatização.

Segurança e isolamento de ambientes
Possibilitam o controle de acesso por meio de sistemas como biometria, controle remoto, teclado de senha ou cartões.

Limpeza
Garantem a assepsia dos próprios vidros instalados (afinal, não são manuseados), assim como do ambiente interno. Instaladas em restaurantes, supermercados e farmácias, por exemplo, minimizam a necessidade de limpeza de gôndolas e prateleiras.
Uma solução para cada obra: como projetar
Convenceu o cliente sobre as vantagens de instalar o produto? Ótimo, então chegou a hora de especificar a porta. Anote estas dicas:

  • Dedique a máxima atenção ao momento de medir a largura e a altura dos vãos nos quais a porta será instalada. Esses dados podem ajudar na definição do modelo a ser produzido (conheça os disponíveis no quadro “Tipos de portas automáticas”);
  • A especificação do vidro também é importante. “Qualquer que seja o modelo de porta escolhido, o vidro é elemento necessário para o sistema, sejam temperados ou laminados para folhas encaixilhadas”, afirma Dante Boccuto, diretor-comercial e de Serviços da dorma+kaba no Brasil;
  • Avalie os componentes do local em que a porta será instalada. Veja se a parede é de alvenaria ou drywall, por exemplo. São essas estruturas que suportarão o peso das portas. “Devemos respeitar os limites físicos e mecânicos do equipamento”, instrui Marcelo Silveira, gerente de Negócios da divisão Security (Portas Automáticas) da Stanley.

 

Tipos de portas automáticas
Existem tipos diferentes de portas disponíveis no mercado. Conheça-os e, assim, ofereça a melhor solução para a necessidade de seu cliente.

Deslizantes
Segundo as empresas consultadas, esse é o modelo mais instalado no mercado: tem uma boa relação custo-benefício, pois ocupa menos espaço. Possui uma ou duas folhas deslizantes que correm por trás de painéis fixos ou paredes. Modelos com caixilhos podem ser equipados com dispositivo antipânico: em caso de emergência, esse sistema permite a abertura manual total das folhas móveis e fixas — recomendado para locais de grande fluxo de pessoas;

Telescópicas
Também são deslizantes, porém possuem ao menos duas folhas que se movimentam para o mesmo lado;

Pivotantes (ou com batente)
Muito utilizadas em ambientes hospitalares e laboratórios. Podem ser instaladas após a entrega da obra: basta disponibilizar uma fonte de alimentação elétrica. Mesmo com ausência de energia, a porta pode ser operada manualmente, por meio do sistema interno de molas;

‘Folding’
Não possui partes fixas: as folhas se empilham umas às outras. É indicada para locais em que não exista espaço suficiente para que as folhas se recolham.

 

Como as portas se movimentam?
Dois tipos de sensores trabalham para realizar a abertura e fechamento.

Sensores de aproximação
Funcionam em frequência de micro-ondas, semelhante ao sonar dos morcegos: emitem um sinal que reflete no usuário da porta e retorna para o sensor, acionando o movimento. “Quanto maior a frequência desse tipo de sensor, maior sua estabilidade e sensibilidade”, revela o diretor-comercial da Vipdoor Solution, Alexandre Olivieri;

Sensores de segurança
São formados por sensores fotoelétricos infravermelhos. Resumindo, eles impedem que a porta se feche caso seja detectada a presença de pessoas ou objetos em sua área de atuação.

Observação: o acionamento pode ser feito também por outros tipos de sistemas de acesso, como botoeiras, teclados e leitores de biometria, conforme explicado no item “Benefícios aos montes”.

 

Com ou sem caixilhos?
Todos os modelos citados anteriormente podem ser instalados com caixilhos (de alumínio, inox, PVC etc.) ou sem — no caso, o vidro sustenta o próprio peso. Como escolher entre um e outro? Tudo dependerá do tipo de projeto a ser executado. Uma porta de laminados, por exemplo, será tão pesada que o melhor talvez seja usar caixilhos. Mas, assim como qualquer especificação do nosso material, não há uma regra geral. Deve-se avaliar cada caso, sempre levando em conta as indicações de normas técnicas (veja mais informações no quadro “O que dizem as normas”).

 

Tecnologia de ponta
Portas automáticas incluem soluções diversas para os mais variados tipos de projeto:

  • Freios de abertura e fechamento — proporcionam mais estabilidade nos movimentos;
  • Ajuste de velocidade para abertura e fechamento;
  • Temporizador para regulagem do tempo de abertura e fechamento;
  • Baterias e nobreaks — se faltar energia elétrica, eles mantêm a porta funcionando.

 

Manutenção é tudo!
Para uma porta automática ter qualidade, a especificação e instalação devem ser muito benfeitas. “Uma porta fabricada com excelente qualidade, mas mal-instalada, vai apresentar problemas”, explica Luiz Martinez, diretor da Motiva Soluções e representante da Vipdoor Solution.

Porém, a manutenção se mostra fundamental para aumentar a vida útil do produto. “Em alguns países, é obrigatória a existência de um plano de manutenção preventiva periódica”, afirma José Mendonça de Souza, diretor-proprietário da Tecnoport, empresa catarinense que comercializa portas com tecnologia europeia. Como em nosso país não existe tal opção, recomenda-se fazer manutenção preventiva ao menos uma vez por ano.

Quem faz a manutenção?
Algumas empresas somente fabricam ou distribuem as portas, sem se responsabilizar pelos serviços de instalação e assistência técnica.

Outras verticalizam o processo: fornecem o produto e também contratos de pós-venda. Segundo Luiz Martinez, “deve-se acionar a empresa contratada, mesmo que não seja a fabricante do produto”.

Ou seja, se você, vidraceiro, vendeu a porta ao cliente, é você quem deve ser acionado para executar a manutenção. Aí está uma ótima oportunidade para diversificar seus trabalhos, gerando novas fontes de renda com a instalação e manutenção desses equipamentos ou até mesmo criando parcerias com fabricantes e distribuidoras.

 

Fique de olho!
Dicas para uma manutenção benfeita:

  • Verifique periodicamente as folhas de vidro. Veja se estão desalinhadas ou fora de prumo por conta de impactos;
  • Se não estiverem alinhadas, diga ao cliente para interromper o uso enquanto o reparo não for realizado. Um funcionamento “forçado” pode causar desgaste em roldanas e até mesmo no motor;
  • Confira o funcionamento dos sensores para garantir a segurança dos usuários;
  • Mantenha as partes mecânicas sempre limpas e lubrificadas. Isso impede o desgaste precoce dessas peças;
  • Em caso de quebra de algum item, agende visita da empresa fornecedora para avaliação. “É possível contratar outros fornecedores no caso de a fabricante não prestar serviço de manutenção”, reforça Ravena Mello Machado, arquiteta e responsável pelo setor operacional da Manuminas, empresa mineira que comercializa portas da espanhola Manusa. Com o laudo técnico em mãos, o cliente deve ser orientado a realizar os ajustes necessários ou substituir as peças por outras originais, trabalhos que podem ser feitos por sua vidraçaria.

 

O que dizem as normas
Existem duas normas nacionais específicas sobre portas automáticas:

  • ABNT 15202 — Sistemas de portas automáticas;
  • ABNT 16025 — Sistemas de portas automáticas – Requisitos e métodos de ensaios.

A última diz que só podem ser utilizados no sistema vidros de segurança, ou seja, temperados ou laminados. Se a porta contar com esquadrias, deve-se atentar para as recomendações da ABNT 10821 — Esquadrias externas para edificações.

No momento, não é exigida nenhuma certificação compulsória no Brasil para portas automáticas. Porém, é possível requerer uma com base nas normas existentes, de forma voluntária, a partir de testes realizados em laboratórios acreditados em território nacional e no exterior. Certificações estrangeiras, aliás, estão presentes por aqui principalmente nos modelos importados.

Como ter acesso às normas
Você pode adquiri-las diretamente na ABNT:
(11) 3017-3600
www.abnt.org.br
Faça esse investimento, vale a pena qualificar a sua vidraçaria!

Importante: se você possui uma micro ou pequena empresa, poderá adquirir normas técnicas por 1/3 do valor praticado, graças ao convênio entre a ABNT e o Sebrae. Saiba mais em abntcatalogo.com.br/sebrae.

Fale com eles!
dorma+kaba — www.dormakaba.com
Manuminas — www.manuminas.com.br
Stanley — www.stanleysecurity.com.br
Tecnoport — www.tecnoport.com.br
Vipdoor Solution — www.vipdoor.com.br

Agregando valor e segurança

Este texto foi originalmente publicado na edição 518 (fevereiro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

 

A processadora catarinense SVA Vidros surgiu em 2013, após atuar como vidraçaria sob o nome Têmpera Oeste. No momento da fundação da nova empresa, foram feitos grandes investimentos, incluindo a instalação de um forno horizontal com o intuito de fornecer vidros à Região Oeste do Estado de Santa Catarina. E, agora, com a conquista da chancela para temperados, do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ), a empresa dá um grande passo para a consolidação de seus negócios.

Conquistando espaço no setor
Para o seu diretor, João Henrique Paludo Bolsi, a certificação é ferramenta importante para o planejamento estratégico.

“Conquistamos mais espaço no mercado, fidelizando cada vez mais nossa carteira de clientes”, comenta, lembrando ainda que o selo permite atingir novos mercados potenciais, já que a segurança do produto é garantida.

Ao todo, quatro espessuras foram certificadas: 6, 8, 10 e 12 mm. “A chancela agrega valor aos vidros e valoriza a marca, principalmente por ser um diferencial competitivo”, afirma Bolsi. Em momento econômico difícil para o País, um diferencial desse porte se mostra fundamental para os negócios.

Adequação da produção
O processo de adequação da produção levou cerca de quatro meses, tendo sido iniciado em agosto e finalizado em dezembro de 2015. Segundo a SVA, tudo ocorreu tranquilamente, sem encontrar problemas para se alinhar às exigências. “Os ensaios de fragmentação agora são feitos diariamente”, revela Bolsi.

O diretor faz referência ainda à consultoria oferecida pela Abravidro, um dos principais fatores a permitir a conquista do selo. “O contato com a associação foi essencial. O consultor Edweiss Silva nos orientou preparando e acompanhando os processos”.

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
IFBQ — www.ifbauer.org.br
Inmetro — www.inmetro.gov.br
SVA Vidros — www.svavidros.com.br

Acontece

Este texto foi originalmente publicado na edição 518 (fevereiro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

 

Já que premiações de arquitetura estão bastante presentes na pauta deste mês, como vimos nas notas do “Mundo do Vidro”, nas páginas 38 e 39, vamos falar de outra obra em terras nacionais homenageada por júris ao redor do mundo. Lembra-se do Vitra, aquele famoso edifício revestido de vidro em São Paulo criado por Daniel Libeskind, arquiteto especialista no uso de nosso material? Ele foi escolhido como um dos 35 melhores prédios assinados por arquitetos norte-americanos em todo o mundo, segundo a entidade American-Architects. Congragulations, Mr. Libeskind!

Ainda nessa área: a Casa Cor, considerada uma das maiores mostras de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas, divulgou a data de sua histórica 30ª edição. Anote aí: de 17 de maio a 10 de julho, no Jockey Club de São Paulo. As edições de Campinas, Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais também já estão confirmadas. Confira os dias de cada uma em casa.abril.com.br/casa-cor.

Mas antes disso, há outros eventos para o setor vidreiro ficar de olho. No mês que vem, de 1º a 4 de março, também em São Paulo, a Expo Revestir vai mostrar as principais novidades em acabamentos e revestimentos. Nossa reportagem marcará presença cobrindo todas as novidades com o nosso material. E você, já se inscreveu? Não perca tempo, visite www.exporevestir.com.br.

Nova sede envidraçada da Brazilglass ganha prêmio de arquitetura

Este texto foi originalmente publicado na edição 518 (fevereiro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

 

Criado pelos arquitetos Sidonio, Lucia e Marcio Porto, o edifício da processadora Brazilglass venceu a 17ª Premiação de Arquitetura do Instituto dos Arquitetos do Brasil — Departamento Minas Gerais (IAB-MG) no ano passado. Ainda em construção no município de Guararema (SP), a obra terá revestimento de vidro em todos os lados da fachada do bloco principal (que reunirá escritórios, restaurante e showroom). Isso irá permitir a interação com a área externa de jardins e a entrada de luz solar, diminuindo a necessidade de iluminação artificial e aliviando a sensação de confinamento. Mais informações: www.brazilglass.com.br

Eastman abre inscrições para prêmio Vanceva World of Color Awards

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Criado pela Eastman para homenagear obras arquitetônicas que utilizam as películas coloridas para laminados Vanceva Color System, o prêmio bienal Vanceva World of Color Awards já aceita inscrições para a edição 2016. Arquitetos, designers de interiores, engenheiros e outros profissionais da construção civil que quiserem participar da competição podem enviar informações sobre suas obras. Mais informações: www.eastman.com
Como participar?
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 31 de março. A adesão, bem como as informações do seu projeto, devem ser enviadas pelo site: www.vanceva.com/woca

Obras nacionais envidraçadas ganham prêmio internacional de ‘design’

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Nove projetos brasileiros foram anunciados vencedores da categoria “arquitetura e design de interiores” no IF Design Award 2016. A premiação é uma das mais conceituadas do design mundial, englobando setores como produtos, comunicação e embalagens. Algumas das obras nacionais citadas possuem inspiradas aplicações de vidros e espelhos. Um dos destaques é a Glass House, de Cristina Menezes, localizada em Belo Horizonte, que ganhou paredes feitas de laminados de controle solar. A Galeria Melissa Londres (foto), loja de calçados femininos da fabricante Grendene na capital inglesa, ganhou revestimento de vidros refletivos e espelhos que ajudam a propagar as cores e luzes do ambiente. Vale citar também a Mororó House, em Campos do Jordão, SP, e sua área de piscina totalmente envidraçada, incluindo teto. A cerimônia oficial de entrega dos prêmios ocorrerá no dia 26 de fevereiro, em Munique, Alemanha. Mais informações: ifworlddesignguide.com
Projetos arquitetônicos brasileiros vencedores do iF Design Award 2016
Categoria Residencial
Arca (Atelier Marko Brajovic, RJ);
Cyrela by Pininfarina (Cyrela, SP);
Mororó House (studio mk27, SP);
Txai House (studio mk27, BA);
Vertical Itaim Building (studio mk27, SP);
Glass House (Cristina Menezes Arquitetura e Decoração, MG);
Studio Arthur Casas (Studio Arthur Casas, SP).

Categoria Exposições/Feiras
Brazil Expo Milano 2015 (Atelier Marko Brajovic & Studio Arthur Casas);

Categoria Lojas/Showrooms
Galeria Melissa Londres (Inglaterra)

Cebrace marca presença no carnaval de São Paulo pela sexta vez

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O desfile das escolas de samba do carnaval paulistano teve, mais uma vez, um toque da transparência do vidro. A Cebrace foi a principal patrocinadora da Mocidade Alegre, terceira colocada no campeonato deste ano. A parceria entre fabricante e agremiação chegou ao sexto ano. “Incentivar a escola de samba é uma forma de estimular a cultura nacional por meio da maior festa popular do Brasil”, comenta o gerente de Marketing Carlos Henrique Mattar. Por conta da parceria entre a agremiação e a companhia, profissionais de nosso setor marcaram presença no Sambódromo, curtindo a festa popular. Vale ressaltar que Solange Bichara, presidente da Mocidade Alegre, palestrou pela Cebrace no 12º Simpovidro, realizado em novembro passado. Mais informações: www.cebrace.com.br

Sincomavi-SP discute perspectivas para 2016

Este texto foi originalmente publicado na edição 518 (fevereiro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

 

No dia 2 de fevereiro, a palestra Panorama geral da economia e perspectivas para 2016 foi promovida pelo Sincomavi-SP em seu auditório, na capital paulista. A apresentação ficou a cargo de Jaime Vasconcellos, assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), e reuniu cerca de trinta participantes.

O palestrante falou sobre assuntos como o desempenho econômico brasileiro em 2015 e as perspectivas econômicas e análise de renda, emprego e crédito para 2016. Também alertou para a importância dos indicadores empresariais do varejo, os quais considera como pontos de atenção em momentos de crise.

Vasconcellos apresentou ainda dicas de estoque e promoções e comentou que, com a crise, ocorre uma seleção natural das empresas. Assim, somente as mais competentes conseguem permanecer no mercado e conquistar mais espaço nele.

Mais informações: www.sincomavi.org.br

Valor estratégico ainda maior

Este texto foi originalmente publicado na edição 518 (fevereiro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

 

O setor vidreiro já entrou em ritmo de contagem regressiva: daqui a menos de quatro meses, o Transamerica Expo Center, em São Paulo, vai receber a 12ª Glass South America. Os preparativos para a edição de 2016 da maior feira do vidro na América Latina estão a todo vapor. Afinal, são esperados 12 mil profissionais e duzentas marcas expositoras nacionais e internacionais.

O assunto é maçante e, mais do que isso, aflitivo, mas necessário: não há como não falar da crise, ainda mais em um evento em que a cadeia vidreira se reúne. No entanto, a notícia é boa. São em momentos como os da Glass, quando novidades são apresentadas e ideias são debatidas, que saídas oportunas podem surgir.

É isso o que Ligia Amorim, diretora-geral da NürnbergMesse Brasil, organizadora da mostra, fala nesta entrevista exclusiva à revista O Vidroplano. Confira nas páginas a seguir novidades sobre a Glass South America 2016.

Como está o trabalho de organização da feira?
Ligia Amorim — Com a proximidade do início do evento, intensificamos a divulgação junto aos principais players do mercado e também por meio de nossos escritórios em vários países. Nossa equipe está envolvida, dando todo o suporte para que os expositores se preparem bem para a feira, além de esclarecer todas as dúvidas dos visitantes.

Qual é a estimativa de público e quantidade de expositores?
Ligia — A expectativa é receber 12 mil profissionais qualificados do setor. Eles conhecerão, em primeira mão, os lançamentos de duzentas marcas nacionais e internacionais.

Neste ano, a Glass South America se dará em meio a um conturbado momento econômico do País. Qual será o papel da feira para fazer com que o setor vidreiro contorne esses problemas?
Ligia — A NürnbergMesse Brasil entende que feiras de negócios têm um valor estratégico ainda maior em períodos de turbulência econômica, principalmente por trazerem uma oportunidade de desenvolvimento de negócios e troca de melhores práticas entre profissionais e empresas. Por isso, reforçamos, juntamente com a Abravidro, nossa parceira exclusiva na organização da feira, o convite para que todos participem do encontro mais importante do setor vidreiro na América Latina e conheçam o que há na vanguarda da indústria.

Qual o perfil do público e expositores da mostra?
Ligia — Receberemos profissionais como arquitetos, designers, vidraceiros, membros das indústrias moveleira, automotiva e construção civil e distribuidores, entre outros. Percebemos um crescimento significativo de visitantes internacionais interessados no produto nacional, o qual é muito atrativo no exterior.

Como a inscrição ‘online’ deve ser feita?
Ligia — O credenciamento está disponível em glassexpo.com.br. Poucos dias após a abertura das inscrições, o número de participantes já é superior se comparado ao da edição anterior. Por meio do credenciamento online, foi detectado um crescimento significativo quanto ao número de visitantes com perfil de decisão, como presidentes, vice-presidentes, diretores e gerentes de empresas.

Ainda há espaço para empresas participarem como expositoras?
Ligia — Sim, ainda há como expor, mas é importante lembrar que mais de 90% da feira já foi comercializada e restam poucos espaços. Para expor na Glass South America, deve-se entrar em contato com a NürnbergMesse Brasil [veja como no quadro ao lado].

Quais dicas podem ser preciosas para os visitantes aproveitarem ao máximo a experiência da feira?
Ligia — É muito importante antecipar o credenciamento e se inscrever online. Como a feira apresentará mais de duzentas marcas, é fundamental planejar com antecedência sua visita. Diversos eventos paralelos com conteúdo de qualidade também estarão disponíveis: verifique se há interesse no assunto e faça a inscrição para garantir seu lugar.

A Glass South America é conhecida por oferecer uma sólida programação de eventos paralelos. O que está sendo preparado para este ano?
Ligia — A grade completa estará disponível, em breve, na aba Congressos no site da Glass South America (www.glassexpo.com.br). Neste ano, lançaremos a Arena de Gestão e Tecnologia, um espaço para apresentações curtas de temas inovadores por meio de palestras e interação. Além disso, por meio de uma parceria com a Landesmesse Stuttgart, ocorrerá a estreia da feira R+T South America, evento internacional voltado ao mercado de persianas, portas, portões e proteção solar.

Como será a presença de empresas expositoras estrangeiras na edição 2016 no evento?
Ligia — A mostra vai contar com expositores internacionais confirmados vindos dos Estados Unidos, Itália, Espanha, Taiwan, Turquia, Índia e Holanda, entre outros. Isso demonstra claramente que as empresas ainda enxergam o Brasil como um país de oportunidades.

Qual recado você quer deixar para o setor?
Ligia — A NürnbergMesse Brasil tem a missão de proporcionar as melhores e principais plataformas de negócios para os setores em que atua. Agradecemos aos expositores, visitantes, congressistas, parceiros e imprensa que, assim como nós, acreditam em um Brasil melhor repleto de resultados positivos e excelentes oportunidades para todos. Esperamos por vocês na 12ª edição da Glass South America.

 

Como fazer o credenciamento ‘online‘
Acesse o site oficial da feira (www.glassexpo.com.br). Na home, você verá um banner chamado Credenciamento no lado direito. Clique ali e siga as instruções.

 

Como expor na Glass
Corra, porque restam poucos espaços!
Fale com Elaine Cesário:
Tel. (11) 3205-5027
e-mailglass@nm-brasil.com.br

 

Informações importantes

  • Por se tratar de um evento de negócios, é proibida a entrada de menores de dezesseis anos de idade, mesmo que acompanhados;
  • Não será permitida a entrada de pessoas usando trajes como bermuda e/ou chinelo;
  • A credencial do visitante é pessoal e intransferível. Para retirá-la, será necessário apresentar cartão de visita e documento de identidade.

 

Fale com eles!
Glass South America — www.glassexpo.com.br
NürnbergMesse Brasil — www.nuernbergmesse-brasil.com.br

Tire o ‘S’ da ‘Crise’

Este texto foi originalmente publicado na edição 518 (fevereiro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

 

Escrito por Luiz Barbosa

“O Brasil está em crise!” Assim começamos 2016. Não vou usar o clichê que diz que a crise econômica é apenas uma crise de desconfiança, porque não é — pode ter começado dessa forma, mas os números revelam a sua verdadeira face assombrosa, ceifando o emprego de muitos e vitimando todas as classes sociais, já ascendendo ao topo da pirâmide.

Mas o que fazer? Como reagir? Sinceramente, não tenho respostas para tais perguntas e, se as tivesse, provavelmente me tornaria um bilionário oferecendo a minha receita. O que posso fazer é escrever, compartilhar o meu ponto de vista e, quem sabe, lhe inspirar.

Esteja aberto a novas ideias — As diferentes fontes de ideias e sugestões às vezes podem ter como interlocutor o mais humilde de nossos colaboradores. Podem vir também de colegas, amigos, parentes, filhos e cônjuge. Porém, para absorver todas essas preciosas fontes, é preciso estar aberto ao novo e, só então, enxergaremos oportunidades de melhorar as nossas empresas. Arregace as mangas, tenha disposição para analisar todas as áreas de seu negócio em busca de oportunidades de melhorias e você as encontrará.

Verifique quais são as suas perdas de processo — Se encontrar altos percentuais, identifique as causas e tome atitudes corretivas. Os problemas nessa área podem ter origem no leiaute da fábrica, em configurações incorretas das máquinas, no uso de insumos fora das especificações dos fabricantes, em profissionais despreparados ou destreinados etc.

Siga as especificações dos manuais dos fabricantes e realize, periodicamente, treinamentos e reciclagens — Os fabricantes de maquinários quase sempre dispõem de técnicos treinados que realizam esses treinamentos gratuitamente. Lembre-se também da importância de manter a sua equipe de vendas sempre atualizada. Ela é a linha de frente da sua empresa.

Não entre na guerra dos preços — Ela não leva a nada, é uma ilusão! Você tem um estoque cheio de produtos e quer vender tudo porque produto em estoque é dinheiro parado? Mas onde está o seu lucro? Aprenda a calcular o giro do seu estoque e não pense em volume. Você pode vender menos e lucrar muito mais.

Converse com seus clientes e fornecedores constantemente — Esteja sempre atento ao mercado. Dessa forma, será capaz de avaliar a sua empresa e tomar as decisões estratégicas para mantê-la competitiva e lucrativa.

Ainda que 2016 seja o ano da “crise”, seja criativo, tire o “S” da criSe e “crie”!

Fale com eles!
Luiz Barbosa é engenheiro civil com MBA em marketing, palestrante, e sócio-fundador da consultoria em vidro para a construção civil Ci & Lab.
www.cielab.com.br

Por dentro dos bastidores

Este texto foi originalmente publicado na edição 518 (fevereiro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

 

Normalização é um assunto sério! São as normas técnicas que definem os requisitos que garantem a qualidade e a segurança dos produtos do nosso setor. Por isso, o Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37) recebe sempre várias questões dos profissionais vidreiros sobre a elaboração e o andamento das normas, seja em palestras, em ligações recebidas na Abravidro ou mesmo por e-mail.

Assim, para a coluna deste mês, separamos as dúvidas mais frequentes e apresentamos as respostas para elas de forma clara e direta. Confira-as a seguir.

Como a elaboração de uma norma tem início?
Ela começa com uma demanda da sociedade, que é levada à ABNT. A partir de sua aprovação, o processo tem início com a formação da comissão de estudos responsável por atender à demanda: ela é composta por todas as partes interessadas, como produtores, fabricantes, consumidores e entidades neutras.

A secretaria do comitê faz, então, os convites a possíveis interessados para as reuniões que discutirão o tema e estabelecerão o conteúdo técnico da norma.

Quem pode participar da elaboração da norma?
Não há qualquer restrição: todos os interessados podem participar. Basta lembrar que a discussão deve ser baseada em argumentação técnica que estabeleça requisitos mínimos de qualidade, segurança e durabilidade do produto ou serviço.

Como participar desse processo?
Basta comparecer às reuniões: as datas, horários e locais são informados no site da Abravidro. Caso não seja possível comparecer, você pode enviar suas contribuições para o conteúdo do projeto em discussão para o e-mail cb37@abnt.org.br, e elas serão lidas e avaliadas pela comissão de estudos.

Como eu posso acompanhar o conteúdo da norma e o que está sendo discutido?
Isso é possível por meio do Livelink, ferramenta da Organização Internacional de Normalização (ISO) na qual são armazenados todos os documentos de uma comissão de estudos. Após se cadastrar na ABNT e na comissão de estudos do seu interesse, você recebe uma senha e o login para entrar no Livelink e acessar os documentos.

O que é a consulta nacional?
É um processo de avaliação do texto por parte da sociedade, após ele ser concluído por parte da comissão de estudos. A consulta é feita no site da ABNT por qualquer pessoa interessada (desde que ela esteja cadastrada no site), que pode avaliar o conteúdo da norma e aprová-lo ou sugerir alterações. Normalmente, o período de consulta é de sessenta dias.

Quem deve cumprir a norma?
Todos que estiverem comercializando, produzindo e/ou instalando os produtos considerados por ela. De acordo com o Código de defesa do consumidor, “é proibido colocar no mercado qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas vigentes”. A norma tem poder de lei: quando um acidente acontece, ela é consultada para identificar as responsabilidades pelo ocorrido. Com isso, é possível apurar quem não cumpriu as normas e possa, assim, ter causado o acidente.

Qual a diferença entre norma e manual?
Ao contrário do manual de um produto, o objetivo da norma não é apresentar as instruções de como instalar o produto, nem especificar os materiais que devem compô-lo. Seu objetivo é estabelecer requisitos mínimos de qualidade e segurança de um produto, além dos métodos de avaliação destes requisitos — em outras palavras, seu foco está no desempenho esperado pelo produto e por seus componentes.

Sabemos que os profissionais do setor têm outras questões além dessas, e que novas dúvidas estão sempre surgindo. Para esclarecê-las, entre em contato conosco: ficaremos felizes em ajudar!

 

Clélia Bassetto, consultora de Normalização da Abravidro

Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br

Eternos aprendizes!

Este texto foi originalmente publicado na edição 518 (fevereiro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

 

É um relato comum por aqui: a processadora contrata a Especialização Técnica Abravidro nas áreas de corte, lapidação, serigrafia e têmpera e os funcionários mais experientes, assim como os donos da empresa, relutam em participar do treinamento. A expectativa é que serão transmitidos conhecimentos primários, de total domínio de quem trabalha há décadas naquelas atividades. Mas logo chegam os depoimentos deles: ficaram surpresos por terem conhecido muita coisa nova e útil, o que, aliás, costuma mudar a forma como trabalham.

Isso só é possível quando, apesar da resistência inicial, nos colocamos como aprendizes, aquelas pessoas observadoras e atentas, ávidas por reconhecer algo que possa fazer alguma diferença em suas vidas.

Nesta edição, nosso convite é para que você se posicione como aprendiz em duas oportunidades: nas reportagens sobre portas automáticas e em outra, que aborda dicas para a redução de gastos com energia elétrica. Dois temas que, em tese, conhecemos bem, mas será que sabemos tudo? Será que estamos explorando todos os conceitos em nossas empresas? Posso apostar que poucos leitores responderão sim em 100% desses pontos. Por isso, recomendo que leia com atenção as matérias das páginas 23 e 42.

E com essa provocação de começo de ano, encerro esse bate-papo propondo que você olhe o seu cotidiano como um aprendiz, bastante atento aos detalhes. Tenho certeza de que uma boa revisão e muita disposição para mudança podem trazer resultados surpreendentes!

Boa leitura!

Celina Araujo
Editora