Após a conclusão da turma formada nos dias 15 e 16 de agosto (foto), a Abravidro anunciou a última data para 2024 do módulo de Planejamento, Programação, Controle da Produção e Estoques (PPCPE). As aulas serão ministradas nos dias 7 e 8 de novembro, em São Paulo, pelo instrutor técnico Cláudio Lúcio da Silva, reconhecido como um dos maiores especialistas do Brasil na área de transformação de vidros. Vale destacar que o conteúdo do treinamento é constantemente atualizado, acompanhando o cenário e as necessidades atuais do mercado. Para se inscrever, entre em contato com a Abravidro pelo telefone (11) 3873-9908 ou e-mailrsilva@abravidro.org.br.
O 2º Congresso Brasileiro de Guarda-Corpo, realizado no dia 26 de agosto no mirante Sampa Sky, no Centro Histórico de São Paulo, reuniu especialistas do setor para debater temas relacionados a guarda-corpos, como design criativo do produto, segurança e normas nas edificações. A programação foi dividida em cinco painéis, acompanhados por 218 participantes.
A Abravidro e algumas de suas entidades associadas, como a Ascevi-SC, o Sinbevidros-SP e o Sincavidro-RJ, estiveram entre os apoiadores institucionais do congresso. A associação também foi responsável pela palestra Segurança levada a sério, realizada pela analista de Normalização Clélia Bassetto, dentro do primeiro painel da programação: Clélia alertou que, segundo a norma ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações, somente vidros laminados Classe 1 (ou sistemas insulados que sejam compostos por esses laminados) podem ser usados em guarda-corpos. Além disso, caso os sistemas de fixação exijam a furação dos vidros, eles devem ser laminados compostos de temperados. Clélia ressaltou ainda que não basta usar o vidro correto no guarda-corpos: todo o sistema precisa ter um protótipo ensaiado e aprovado, e deve-se ter atenção especial com sua fixação e ancoragem.
No dia 12 de setembro, a Abravidro, em assembleia com a participação da diretoria e associados em São Paulo, e presidida por Rafael Ribeiro, colocou em debate diferentes temas e desafios relevantes para a cadeia vidreira. O novo processo de investigação antidumping de importações de float esteve entre os assuntos da pauta, assim como o 16º Simpovidro. “A Abravidro atua com o compromisso de trabalhar para o desenvolvimento do mercado; por isso, é preciso analisar os temas delicados para criarmos um ecossistema de trabalho saudável e sustentável”, afirmou Ribeiro.
A Abravidro esteve envolvida em diversas atividades pelo Brasil nos últimos meses. No dia 15 de agosto, a entidade participou de uma reunião com o senador Izalci Lucas (PL-DF) para tratar de temas de interesse da cadeia de processamento de vidros – o encontro foi realizado no gabinete do parlamentar, no Senado Federal, em Brasília (foto acima). A associação foi representada por Rafael Ribeiro, seu presidente; Iara Bentes, superintendente; Ricardo Oliveira, diretor; e por Halim José Abud Neto, advogado e consultor-jurídico. “A reunião fez parte da agenda da Abravidro para a defesa dos interesses de nossas empresas. É fundamental discutir os desafios da cadeia com o poder público na busca por soluções eficientes”, declara Ribeiro.
Foto: Divulgação Abravidro
Além da representação do setor, a entidade também segue contribuindo para levar conhecimento sobre o nosso material para a sociedade. Esse foi o objetivo de duas atividades realizadas pela associação junto à Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. No dia 2 de setembro, Clélia Bassetto, analista de Normalização, ministrou uma das palestras da programação da 36ª Semana de Engenharia da universidade paulista (foto acima). A apresentação teve como objetivo explicar a aplicação correta do vidro na construção e na arquitetura aos alunos do curso de engenharia.
Foto: Reprodução/divulgação Abravidro
Na mesma semana, de 2 a 5 de setembro, o módulo sobre vidros da 11ª edição do “Curso de Extensão Arquitetura e Construção: Materiais, Produtos e Aplicações” foi ministrado em formato online (foto acima) pela coordenadora técnica Vera Andrade, e por Débora Constantino, consultora técnica da Cebrace (parceira da Abravidro nessa iniciativa). O curso é organizado pela Mackenzie em juntamente com a entidade e outras quatro instituições: Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM) e Instituto do PVC.
De 22 a 25 de outubro, a principal feira vidreira do mundo será realizada em Düsseldorf, na Alemanha. Este ano, serão mais de 1200 marcas internacionais de 51 países expondo no gigantesco pavilhão Düsseldorf Exhibition Centre. De acordo com a organizadora MesseDüsseldorf, serão três os principais temas da mostra: Tecnologias Digitais, Economia Circular e Descarbonização – mostrando que a preocupação com a sustentabilidade do setor veio para ficar. Além dos estandes das empresas será possível conferir a tradicional programação simultânea, incluindo a Glass Technology Live, exposição sobre as futuras tecnologias do segmento; Glass Art, mostra com objetos artísticos feito de nosso material; e o Architecture Forum, que debate os desafios atuais no uso de vidro na construção, entre diversos outros eventos.
Expositores
Seguindo a tradição recente de empresas brasileiras participarem da Glasstec como expositoras, nesta edição teremos duas compatriotas: a Arbax e a Softsystem. Clique aqui para conferir a lista completa de companhias que estarão na feira.
Inscrição
A participação na Glasstec é paga – e as inscrições devem ser feitas pelo site oficial (clique aqui):
A 15ª edição da Feira Internacional da Indústria de Esquadrias (Fesqua) foi realizada de 11 a 14 de setembro, no São Paulo Expo. O evento bienal reuniu empresas apresentando soluções nas áreas de portas, janelas, fachadas, forros, portões, grades, acessórios e componentes, além de máquinas e equipamentos para a indústria de esquadrias e vidro.
Confira a seguir algumas das novidades para o nosso segmento apresentadas por lá.
A novidade da AGC foi o Sunlux Champanhe, vidro de controle solar com a tonalidade de mesmo nome. O produto permite a entrada de luz de aproximadamente 30% e bloqueia 56% do calor.
O estande da Blindex deu espaço a empresas licenciadas, como Cristal Sete, Pestana Vidros e Alumitec – esta última exibiu o Box Blindex Slim, composto por uma única folha móvel que desliza em 90º, abrindo totalmente o vão.
A Casa Mansur montou dois sistemas deslizantes da parceira chilena Ducasse Industrial: o Tauro tem aspecto sanfonado e suporta até 550 kg; o Sigma, de folhas empilháveis, permite fechamentos de mais de 20 m.
A ECG Sistemas apresentou os módulos integrados de seu software vidreiro, contemplando desde o orçamento até a área de RH. No estande estava ainda a Ascevi-SC, que divulgou seus próximos eventos e a plataforma Educavidro.
Entre os produtos da Guardian, vale destacar o recém-lançado Solar Plus G31, vidro de controle solar de alta performance, baixa reflexão e fácil processamento, ideal para obras residenciais e comerciais verticais.
O lançamento da Olgacolor foi o Levitare: segundo a empresa, é o primeiro e único caixilho flutuante do Brasil, com deslizamento por meio de levitação magnética, sem uso de roldanas, possibilitada por ímãs abaixo do trilho.
O Vidro Certo teve um estande próprio, no qual representantes da Abravidro e Abividro destacaram o Educavidro, que completou um ano de existência. A plataforma de EAD celebrou a ocasião com o lançamento de novos cursos e de um aplicativo para tornar seu acesso ainda mais fácil.
A Vivix destacou a linha Vivix Acústico de laminados com isolamento acústico superior: peças de 8 mm (4+4 mm) do produto oferecem a mesma redução de som que um monolítico de 19 mm. O laminado Performa Duo Acústico agrega também controle solar.
A WR Glass fez o pré-lançamento do Stark, novo sistema para guarda-corpos: a solução consiste em torres em formato de pinças que permitem a fixação de vidros de 12 a 20 mm de espessura, sem necessidade de furação das peças, contendo capa para o acabamento da estrutura.
Foto: Divulgação VidroSom
O 17º Seminário de Soluções Acústicas em Vidro (VidroSom) foi organizado pela Universidade do Som dentro da Fesqua, no dia 13 de setembro. Esta edição do evento, cujo tema foi Como trabalhar energeticamente os envoltórios de uma edificação: tipos de vidro, sustentabilidade e conservação de energia em fachadas, teve mais de duzentos inscritos.
Cuidar da gestão e das finanças de uma empresa não é uma tarefa simples: é preciso acompanhar atentamente tanto os indicadores internos como o cenário externo para a tomada de decisões – e todo esse cuidado se torna ainda mais importante em um mercado tão concorrido como o vidreiro. Para ajudar os gestores do nosso setor nesse trabalho, o VidroCast recebeu dois convidados especiais: Flávio Málaga, mestre e PhD em finanças, confirmado como um dos palestrantes do 16º Simpovidro (veja mais clicando aqui); e Victor Villas Casaca, presidente do Sinbevidros-SP e vice-presidente da Abravidro.
Málaga e Casaca conversaram com Iara Bentes, superintendente da Abravidro e editora de O Vidroplano, abordando tópicos como fluxo de caixa, o perigo de entrar em “guerra de preços” e as particularidades de empresas de gestão familiar. A seguir, confira alguns destaques do episódio – e assista à entrevista completa no YouTube.
Antes de entrar na parte complexa da nossa conversa, gostaria de começar com uma provocação: qual o objetivo de uma empresa? Flávio Málaga – Essa é uma pergunta cuja resposta varia de acordo com quem responde. De forma geral, independentemente do perfil da empresa, o objetivo deveria ser sempre o mesmo: os gestores-executivos entenderem o que se passa financeiramente, se é algo sustentável e, a partir daí, tomar decisões sobre o que fazer com ela, se mexe ou não na política de preços, avaliando a produtividade e a eficiência e tomando decisões com base nesses dados para manter o negócio sustentável.
Victor Casaca – Olhando para o nosso mercado, quando um investidor aporta capital, ele quer remunerar esse capital da forma mais eficiente possível – e, se estiver assumindo algum risco, ele vai querer um retorno acima do que o mercado daria para ele. Acho que o vidro, uns quarenta anos atrás, passou por uma “época de ouro”, com poucos players e margens mais atrativas, em que o controle não era tão necessário. Como todo mercado, o setor cresceu, as margens foram ficando mais apertadas e, por isso, o desenvolvimento do controle do negócio se faz essencial.
“Quando você tem a família se sustentando pelo negócio, com pessoas não preparadas para a função, isso tende a levar a conflitos societários” (Flávio Málaga)
Qual a importância do fluxo de caixa em uma empresa, em especial no caso do perfil geral das empresas vidreiras, em que o investidor é o próprio dono? FM – Como o fluxo de caixa é uma dinâmica consolidada de três atividades, é importante saber pegar essa métrica e abri-la nestas três vertentes: operacional, de investimento e de financiamento – lembrando que o fluxo de caixa da operação é o grande lastro da empresa, então é muito importante conhecer não só o fluxo consolidado, mas também as métricas separadas.
VC – As pessoas muitas vezes não entendem a variação de caixa, ou seja, por que o lucro não vira caixa, e esse é um problema muito sério em diversas empresas: “Por que o meu caixa diminuiu se o meu lucro aumentou?”. Os gestores acham que o simples aumento de vendas vai gerar caixa de alguma forma, e não é bem por aí.
Então, qual a relação entre lucratividade e política de preço? FM – A política de preço é direcionadora das receitas e da capacidade de agregar valor ao custo que você tem para fornecer um produto ou serviço. Nem todos os clientes são iguais: alguns toleram precificações maiores – alguns serviços permitem diferenciar um cliente do outro. O importante é poder calibrar a estratégia de precificação de acordo com o perfil do seu cliente, mas você também precisa conhecer seus custos. O grande problema é quando a empresa trabalha com capacidades ociosas, e isso leva a uma briga de preços no mercado: gera o vício do cliente e compromete a sustentabilidade do negócio.
VC – Essa política comercial tem reflexos péssimos para o setor como um todo. Algo que seria pontual acaba se tornando recorrente e a gente entra numa espiral negativa sem fim. E acredito que muito dessa espiral aconteça por falta de conhecimento financeiro, por querer acompanhar o concorrente até o último gole, sem entender que aquilo já virou um prejuízo. É o ego, a emoção, falando acima da razão.
O preço não deveria ser um diferencial no mercado vidreiro, considerando que as condições para as empresas são muito parecidas, mas na prática é ele que define quem ganha a venda. Como a gente faz para reverter esse cenário? FM – Não há uma resposta simples; em todo caso, você tem que olhar para dentro: onde trabalhar o seu ciclo operacional e financeiro, saber lidar com estratégias de preços pontuais para clientes específicos e extrair o máximo da eficiência da sua gestão. E, nessas horas, se tomar suas decisões às cegas, sem algo que dê algum embasamento, a chance do seu negócio ter um colapso é grande.
“Os gestores acham que o simples aumento de vendas vai gerar caixa de alguma forma, e não é bem por aí” (Victor Casaca)
A Abravidro tem uma contribuição importante nesse sentido de criar uma cultura de dados para o nosso setor no Brasil com os nossos dois levantamentos, o Panorama Abravidro e o Termômetro Abravidro, ambas fornecendo informações a se somar para a tomada de decisão do gestor. Mas vemos que nem todas as empresas contribuem para essas pesquisas ou consomem esses dados. VC – Sim, e isso é uma pena, porque são materiais muito ricos. O próprio Termômetro nos dá uma visão de curtíssimo prazo do que está acontecendo e permite ao gestor da empresa compará-la aos seus pares para identificar se ela está sendo eficiente ou não. A base para qualquer planejamento é entender o cenário em que seu negócio está inserido.
Quais são as principais diferenças entre as empresas com gestão familiar e as com gestão executiva? FM – Eu prefiro não rotular que a gestão executiva seja melhor que a familiar. Conheço muitas famílias que conseguiram tornar suas empresas uma potência. Minha recomendação para as empresas familiares é que elas tenham uma gestão cada vez mais profissionalizada, mesmo que seja feita pela própria família. Se você tem familiares que são absolutamente competentes, por que não? A questão é quando você tem a família se sustentando pelo negócio sem entender o que a operação pode gerar, com pessoas que recebem mais do que o mercado pagaria e que não estão preparadas para a função. Isso tende a levar a conflitos societários entre pais, filhos e irmãos que não se falam, e a empresa vira uma gestão pessoal de conflitos. É preciso ter em mente que o que importa é a sustentabilidade do negócio, porque é ele que sustenta a família. O segredo não é binário – entre uma gestão totalmente profissionalizada e outra totalmente familiar, há vários cenários intermediários.
Em Santa Catarina
A Ascevi e o Sindicavidros-SC organizaram três eventos diferentes em agosto. No dia 20, o Arq Design Week, organizado pelo Núcleo D na cidade de Chapecó (SC) para arquitetos, designers e construtoras, teve em sua programação a palestra Conforto acústico – luxo ou bem-estar (foto), ministrada por Edison Claro de Moraes, idealizador e professor da Universidade do Som. O encontro contou com as empresas Heydt Esquadrias e Rissi Esquadrias como anfitriãs, e com patrocínio da Ezy Color.
No dia 22, as duas entidades realizaram o Vidro Certo na Universidade, na unidade de Lages (SC) da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), com patrocínio do portal Vidro Certo e das usinas AGC, Cebrace, Guardian e Vivix. O evento recebeu 150 alunos de Arquitetura e Urbanismo da Uniplac, que acompanharam a palestra de João Carriel, gerente regional de Contas da Guardian Glass. Ali, houve ainda o lançamento do Laboratório de Eficiência Acústica e Energética, para o qual as associações entregaram protótipos e amostras para demonstração dos benefícios do vidro na arquitetura, com apoio das empresas Personal Evolution, Personal Glass e Solução Fechamentos Inteligentes.
Por fim, no dia 29, o evento Glass Talks foi levado à cidade de Blumenau (SC). Um público de 123 arquitetos e designers assistiu a uma palestra ministrada por Glória Cardoso, gerente geral de Negócios de Vidros Arquitetônicos Brasil da Pilkington Brasil. O Glass Talks teve como anfitriãs as empresas Estação do Vidro, NM Vidros e Vidraçaria Glória – todas elas licenciadas Blindex –, e contou com patrocínio de Alumitec, Construsul Balneário Camboriú, Neoklon, Roaplas e Solução Fechamentos Inteligentes.
Foto: Divulgação Sindividros-RS
No Rio Grande do Sul
O Sindividros-RS organizou em agosto a palestra O vidro em edificações de alto desempenho, ministrada pelo professor e engenheiro civil Fernando Simon Westphal em dois municípios gaúchos. No dia 19, a apresentação de Westphal foi assistida por mais de cem estudantes dos cursos de Arquitetura, Design e Engenharia Civil no Centro Universitário do Complexo de Ensino Superior de Cachoeirinha (Cesuca); no dia 20, a mesma palestra foi realizada na sede da Associação de Engenharia e Arquitetura de Canoas (Seaca) e acompanhada por cerca de quarenta profissionais, entre engenheiros, arquitetos, vidraceiros e serralheiros. Considerado uma das maiores autoridades em vidros na construção civil do País, o professor apresentou requisitos fundamentais para a especificação do material em edificações, comentando questões relacionadas à segurança, acústica, estética, temperatura e economia, entre outras.
Foto: Divulgação Adivipar-PR
No Paraná
No dia 31, a Adivipar levou o treinamento Conexão Vidro, voltado para vidraceiros e serralheiros, para a cidade de Cascavel. Lucas Bremm, ex-presidente da associação paranaense, falou aos espectadores sobre o Educavidro, plataforma de educação a distância lançada em 2023 pela Abravidro e pela Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro), destacando que os cursos são utilizados na capacitação dos colaboradores de sua empresa, a Mary Art. A programação contou ainda com palestras da analista de Normalização da Abravidro, Clélia Bassetto, que apresentou as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) relacionadas ao nosso setor; e de Juli Pereira, facilitadora, palestrante de vendas e liderança, que usou seus mais de vinte anos de experiência no setor vidreiro para trazer dicas valiosas para os participantes.
Foto: Reprodução/Divulgação Sincomavi-SP
Em São Paulo
O Sincomavi organizou dois webinários em agosto. O primeiro deles, Empoderamento do Ser (foto), foi realizado no dia 14 e contou com palestra ministrada pela consultora organizacional Susi Berbel Monteiro, vice-presidente da Associação dos Profissionais de Recursos Humanos (APRH). A apresentação indicou ao público a definição de nossas heranças comportamentais, que a palestrante apontou como sendo a chave para o sucesso ou o fracasso de nossas ações.
No dia 22, o sindicato convidou o publicitário Alexandre Robazza, gerente de Relacionamento com Clientes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), para palestrar no webinário O impacto da Inteligência Artificial para o Varejo. Robazza aconselhou as empresas a valorizarem conteúdos compartilhados em sites, artigos e blogs, e a sempre usarem palavras-chave na hora de se comunicar – dessa forma, os materiais divulgados poderão ser encontrados por aplicativos de Inteligência Artificial e, assim, receber melhor ranqueamento nas ferramentas de busca da Internet.
Fotos: Divulgação Abravid-DF
No Distrito Federal
No dia 24 de agosto, a Abravid deu início ao XII Campeonato de Futebol Society Abravid, organizado anualmente pela associação. Este ano, as equipes competidoras são das empresas Atacadão Vidros, Estrutural Vidros, Massatemper, Massavidro, Temperbrasília e Vitral (fotos). Os jogos estão sendo realizados aos sábados no espaço Futebol, Esportes e Recreação Atlética (Fera), em Brasília.
O Brasil tem uma nova tradição no quesito atrações turísticas: os mirantes envidraçados. Desde o fim de 2020, com a inauguração do Skyglass Canela (no Rio Grande do Sul), esse nicho da construção ganha cada vez mais espaço, encantando milhares de visitantes – vale incluir na lista o Sampa Sky, em São Paulo, e o Mirante das Galhetas, no Guarujá (SP), todos mostrados nas páginas de O Vidroplano. E agora, mais um exemplo incrível desse tipo de obra, que atua para reforçar o quão seguro é o vidro, está aberto ao público: o Summit BC, localizado no Balneário Camboriú (SC).
Cheia de encantos
Famosa pelas praias e vida noturna vibrante, Camboriú não ganhou o apelido de “Dubai brasileira” à toa: recebe inúmeros empreendimentos residenciais de alto luxo. E é no alto do Edifício Imperatriz, um dos icônicos espigões da cidade, que está instalado o Summit BC.
A atração conta com dois cubos suspensos a 128 m do chão, no 29º andar, oferecendo vista panorâmica deslumbrante da bela orla da cidade. Como não poderia ser diferente nesse tipo de estrutura, todas as suas paredes e piso são de vidro: a sensação é de flutuar sobre a paisagem urbana e a imensidão do oceano. Um dos cubos está voltado para o Norte, enquanto o outro tem visão para o Sul – assim, é possível apreciar diversos pontos turísticos da região, como o Molhe da Barra Sul e a Ilha das Cabras.
Experiências
Administrado pela empresa First e com projeto do engenheiro Ary Manuel Onofre, da ConstruÁgil, o espaço foi pensado para oferecer uma experiência completa ao visitante. O acesso ao mirante já é diferenciado, feito por um elevador panorâmico que oferece uma prévia da incrível vista a ser encontrada. Lá no alto, um grande lounge com o Prawer Café e um restaurante coordenado pelo chef paranaense Fabiano Gulanoski, que detém o título de embaixador do sushi no Brasil, permitem relaxar e aproveitar uma bebida ou refeição.
E, então, chega-se à atração principal. Os cubos envidraçados estão entre os mais incríveis do mundo, já que contam com 2,5 m para fora do edifício. Há, inclusive, um pedido para o Guinness World Records reconhecer a obra como a maior nesse quesito – para efeito de comparação, o Sky Deck, em Chicago, tem 1,31 m para fora, enquanto o Sampa Sky tem quase 2 m. As estruturas são feitas de temperados multilaminados (três chapas de vidro extra clear, cada uma de 10 mm de espessura, com interlayers estruturais SentryGlas, da Kuraray), fornecidos pela AGC e processados pela Linde Vidros e suportam um peso de 500 kg por m².
“O Summit BC foi projetado com os mais altos padrões de segurança e utiliza tecnologia de ponta para garantir a tranquilidade dos visitantes”, explica Daniel Vanderlinde, diretor da processadora. “Os cubos são capazes de suportar grandes cargas e impactos, proporcionando uma experiência segura e emocionante”. A escolha por chapas extra clear, muito mais transparentes que outros tipos de vidro, possibilitou uma visão perfeita da cidade.
Você é um fã do vidro? Então, coloque o Balneário Camboriú na lista de suas próximas viagens.
Ficha técnica Projeto: Summit BC Local: Balneário Camboriú (SC) Conclusão da obra: maio de 2024 Fabricante dos vidros: AGC Processadora dos vidros: Linde Vidros
Como visitar o Summit BC Localização: Avenida Atlântica, 2.554 (cobertura do Edifício Imperatriz), Centro, Balneário Camboriú (SC) Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 11 às 20 horas; sábados e domingos, das 9 às 20 horas Ingressos: podem ser adquiridos na bilheteria local ou pelo sitesummitbc.com.br
Guarda-corpos de laminados de temperados em trecho do Terminal de Passageiros 3 do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos Governador André Franco Montoro (foto: Cris Martins)
É de conhecimento de todo o mercado que o comportamento de quebra do vidro temperado, quando usado na composição de um laminado, é diferente do que deve ser encontrado em um corpo de prova. Essa informação já consta em normas internacional e europeia do temperado – e também passará a constar na norma brasileira para esse produto, a ABNT NBR 14698 — Vidro temperado.
Do exterior para o Brasil
A norma internacional de vidro temperado ISO 12540:2017 — Glass in building – Tempered soda lime silicate safety glass e a norma europeia do mesmo produto, a BS EN 12150: 2019 — Glass in building – Thermally toughened soda lime silicate safety glass, explicam que o comportamento de quebra ou fragmentação desse vidro, quando aplicado ou instalado, pode não corresponder exatamente àquele descrito na metodologia do ensaio de fragmentação, que avalia o desempenho do tratamento térmico do material devido à forma de fixação, a ações externas, à causa da quebra ou se a peça fizer parte da composição de um laminado.
No Brasil, a comissão de estudos que trabalha na revisão da ABNT NBR 14698 já aprovou a inclusão de um parágrafo com essas informações. O texto atualizado, ainda em fase de elaboração, apontará que, em caso de quebra, o temperado de segurança se fragmenta em pequenos pedaços – contudo, a fragmentação do temperado, quando utilizado na composição de um laminado, aplicado ou instalado, pode não corresponder exatamente àquela descrita no item sobre o ensaio de fragmentação, como explicado.
Diferença no comportamento de quebra não significa que laminação do temperado o torne menos seguro: retenção dos fragmentos pelo interlayer impede sua queda sobre pedestres e mantém o vão fechado (foto: Marcos Santos e Meryellen Duarte)
Por que a laminação muda esse comportamento?
“De maneira teórica, infere-se que a camada intermediária ajuda a dissipar parte da energia do vidro quebrado e a retardar a propagação da rachadura”, comenta Marcos Aceti, coordenador comercial e de Vendas Técnicas da Kuraray no Brasil. Julia Schimmelpenningh, gerente de Aplicações da Eastman para as Américas, aponta que a dissipação dessa energia pode fazer com que o padrão de quebra varie na comparação com peças não laminadas – ela ressalta, contudo que essa mudança não significa que a laminação do temperado torne o produto menos seguro: “A capacidade do laminado de reter os fragmentos e impedir que eles caiam ou voem é um dos atributos que torna esse produto desejável para qualquer envidraçamento que possa quebrar”, afirma.
Voltando à diferença no comportamento de quebra do temperado quando laminado, Eloi Bottura, cofundador da Latamglass, lista algumas das principais razões que podem explicar esse fenômeno:
Distribuição de tensões: “No temperado, a têmpera cria uma distribuição de tensões internas com compressão na superfície e tensão de tração no interior; quando o vidro é laminado, a presença do interlayer – geralmente PVB ou EVA – pode redistribuir essas tensões de maneira diferente em comparação com um vidro temperado monolítico”, observa;
Interação com a camada intermediária (interlayer): segundo Bottura, o interlayer do laminado atua como um amortecedor durante a quebra – assim, no caso de impacto, ele pode absorver parte da energia e alterar a maneira como as tensões se propagam através do vidro temperado, resultando em um padrão de quebra distinto;
Condições de fratura: a presença da camada intermediária também influencia essas condições, pois em um temperado monolítico, a fratura ocorre de maneira mais livre, enquanto em um laminado, a camada intermediária pode restringir ou modificar a propagação das trincas, afetando o padrão de fragmentação;
Resistência adicional: a estrutura composta do laminado (duas ou mais lâminas de vidro unidas por interlayer) pode conferir uma resistência adicional ao conjunto, modificando a resposta do temperado em relação a um impacto ou carga;
Espessura e dimensões: essas medidas também podem influenciar o comportamento de quebra. “Em uma composição laminada, as diferentes espessuras de cada camada de vidro podem resultar em uma resposta mecânica diferente em comparação à de um monolítico de espessura uniforme”, aponta Bottura.
Números ruins pelo mundo
Duas gigantes japonesas na fabricação de vidro viram os negócios diminuírem este ano. A AGC teve queda na ordem de 15,1 bilhões de ienes (cerca de US$ 105 milhões) na venda de vidros arquitetônicos no primeiro semestre, com o resultado ruim sendo puxado para baixo pela Europa e Américas – culpa da baixa do preço do vidro nos países europeus. Já a NSG viu seu faturamento diminuir em todas as divisões no primeiro trimestre: embora a receita geral do grupo tenha aumentado 4,1% em comparação ao ano anterior, o lucro operacional caiu 67,3%, para 4,8 bilhões de ienes (US$ 33,1 milhões). Entre as usinas que atuam no Brasil, somente AGC e NSG divulgam seus resultados.
Foto: reprodução
RETROVISOR
Multinacional chega ao Brasil
Em setembro de 1996, a revista O Vidroplano informava a chegada da Guardian ao Brasil. A multinacional norte-americana fez o lançamento da pedra fundamental de sua fábrica em Porto Real no dia 10 daquele mês. O investimento foi da ordem de US$ 120 milhões. A planta entraria em operação em 1998.
MONITORAMENTO MENSAL DO DESEMPENHO DA INDÚSTRIA DE PROCESSAMENTO DE VIDROS BRASILEIRA Desempenho – Agosto 2024
A percepção sobre o desempenho da indústria nacional de processamento de vidros foi de queda pequena nas vendas faturadas em m² em agosto de 2024 em relação a julho.
O indicador de desempenho da indústria de processamento de vidros registrou baixa de 4,9% no volume de vendas faturadas de vidros processados no mês, na comparação com julho, sem ajustes sazonais.
Metodologia
A coleta de dados foi realizada nos primeiros dias úteis deste mês, por meio de formulário online. O estudo pode ser respondido por processadoras de todo o Brasil (86 participaram desta edição).