Demandas da indústria
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou no fim de março a Agenda Legislativa da Indústria, documento construído em conjunto com entidades representativas que indica projetos considerados fundamentais para o setor produtivo. Entre as prioridades estão a regulamentação do mercado de carbono no Brasil e do “limbo previdenciário”; o fim do adicional do seguro de acidente de trabalho devido pelas empresas; e a regulamentação do trabalho multifuncional. Confira o material no QR code.
Perdendo espaço
Segundo Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, nos últimos 10 anos a indústria de transformação encolheu, em média, 1,4% ao ano. No mesmo período, o Produto Interno Bruto (PIB) nacional cresceu 0,2% ao ano. “Esse resultado se deve ao custo Brasil: antigo conjunto de ineficiências estruturais que inibem os investimentos, diminuem a competitividade das empresas e comprometem a qualidade de vida da população”, afirma o dirigente.
Desaceleração após o boom
De acordo com pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), as vendas de materiais de construção tiveram retração de 10,4% em fevereiro em relação ao mesmo mês em 2021, com leve alta de 0,3% na comparação com janeiro deste ano. Segundo as entidades, o efeito de baixa continuará a ser observado por mais alguns meses, pois reflete a base de comparação mais elevada do primeiro semestre de 2021 — quando as vendas de materiais estavam bastante aquecidas.
Lançamentos imobiliários em alta
O Indicador Abrainc-Fipe do último trimestre móvel — novembro e dezembro de 2021, além de janeiro de 2022 — aponta para a manutenção da tendência de alta nos lançamentos imobiliários. Os dados consolidam a vertente positiva do setor, o qual se manteve firme no primeiro mês do ano ancorado na performance do segmento de médio e alto padrões. Os lançamentos somaram 57.028 unidades no período, contribuindo para alta de 42% na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior. Ao longo dos últimos 12 meses, encerrados em janeiro, a alta é de 30% sobre o período precedente.
FIQUE POR DENTRO
Volta dos eventos presenciais: bom para o networking e economia
Esta edição de O Vidroplano traz na capa o anúncio da próxima edição do Simpovidro, programado para 17 a 20 de novembro, no Club Med Rio das Pedras, em Mangaratiba (RJ). E mais três eventos são citados este mês: na seção “Mundo do vidro”, veja detalhes sobre a Glass South America, agendada para o período de 29 de junho a 2 de julho, no São Paulo Expo, e a feira Saie Vetro; já na seção “Cursos e Eventos”, leia matéria sobre a Feicon.
Os eventos presenciais fazem a diferença no networking e movimentam a economia. De acordo com a Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), o setor tem a expectativa de fechar 2022 com faturamento equivalente a 85% do registrado em 2019: em fevereiro, ainda sob impacto da variante Ômicron, houve alta de 120% em relação ao mesmo mês de 2021 e apenas 37% inferior a 2019.
RETROVISOR
Aniversário e nova usina
A edição de abril de 2010 foi especial para O Vidroplano: além de celebrar os 20 anos da entidade, trazia o anúncio de que o Grupo Cornélio Brennand construiria a primeira indústria de vidros planos com capital 100% nacional — mais tarde a empresa foi batizada como Vivix, uma das quatro usinas de float com atuação no Brasil.
O texto da norma ABNT NBR 15215 — Iluminação natural está em processo de revisão, coordenado pelo Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-002). Como nosso material está sendo contemplado nas mudanças feitas no texto desse documento, conheça as novidades que devem ser incorporadas à norma.
Atualização de conhecimentos
Roberta Vieira Gonçalves de Souza, coordenadora da Comissão de Estudo de Iluminação Natural de Edificações (CE-002:135.002), relata que, desde a publicação original da ABNT NBR 15215, vários avanços foram realizados nesse segmento: novos arquivos climáticos disponíveis para diversas cidades brasileiras permitiram avaliar melhor o clima luminoso do País, assim como processos de simulação computacional garantiram que se avaliasse a iluminação de espaços internos ao longo de todo o ano. “O processo de revisão pretende incorporar novos conhecimentos e procedimentos metodológicos às normas brasileiras”, reforça Roberta.
Normas de diferentes associações internacionais vêm sendo consultadas para a revisão, como as da International Energy Agency (IEA – Agência Internacional de Energia). No Brasil, o processo acompanha ainda a revisão da análise de iluminação natural da ABNT NBR 15575 — Desempenho de edificações habitacionais, iniciada em 2020.
Avaliando o desempenho
O uso correto das superfícies envidraçadas é fundamental no processo de iluminação natural dos ambientes, pois são responsáveis pela admissão e pelo controle da iluminação externa. Com isso, parte do novo conteúdo da ABNT NBR 15215 diz respeito ao nosso material.
A transmitância de vidros será incorporada em procedimentos de avaliação da disponibilidade de luz interna, na avaliação da qualidade das vistas e na avaliação do ofuscamento advindo das aberturas. “Ambientes de maior qualidade serão aqueles que trouxerem maior número de horas em uso sem necessidade de acendimento da iluminação elétrica, pelo menos nas áreas mais próximas à abertura”, relata a coordenadora da comissão de estudo.
As partes 3 e 4 da norma trarão indicativos para a obtenção e recomendação de níveis mínimos, médios e superiores de desempenho. A correta especificação e seleção dos vidros poderá possibilitar a obtenção de maiores autonomias de iluminação natural com adequado controle de ofuscamento.
Texto de norma ISO em consulta nacional Já está em consulta nacional o Projeto ABNT NBR ISO 9050 — Vidros na construção civil – Determinação da transmissão de luz, transmissão direta solar, transmissão total de energia solar, transmissão ultravioleta e propriedades relacionadas ao vidro. O texto pode ser acessado, votado e receber sugestões de mudanças no site da ABNT até o dia 9 de maio. Para participar, é necessário ter cadastro e fazer login na página.
Depois de um começo de ano fraco, o mercado começa a ver uma pequena melhora nas vendas, a qual esperamos que se consolide nos próximos meses. O Termômetro Abravidro mostrou em março o primeiro resultado positivo do ano no volume de vendas faturadas de vidros processados. Essa foi a 3ª rodada de nosso indicador, mais um importante aliado na gestão das empresas vidreiras e acompanhamento do mercado nacional.
Se a recuperação nas vendas ainda está no campo das expectativas, a melhora na situação da pandemia é uma realidade, pelo menos no Brasil. Os eventos do setor estão sendo retomados e não poderia ser diferente com o Simpovidro, principal encontro da cadeia vidreira da América Latina. É com muita alegria que confirmamos a realização da 15ª edição para novembro deste ano, como destaca a matéria de capa desta revista. Vai ser muito bom reencontrar os amigos, colocar os assuntos em dia e acompanhar temas de interesse de todos nós no palco de palestras!
E por falar em palco, novos nomes estarão comigo na cerimônia de abertura do evento. Da última edição (realizada em 2019) para cá, as usinas passaram por mudanças de comando, incluindo algumas bem recentes. No começo de abril, Leopoldo Castiella deixou a diretoria-executiva da Cebrace — agora a composição tem a dupla Manuel Correa e Lucas Malfetano à frente dos negócios. Mas não foi somente a Cebrace que teve um abril movimentado: na AGC, as novidades foram a saída de Rafael Nunes e a aposentadoria de Fábio Oliveira, um dos primeiros colaboradores da companhia no Brasil.
Outra mudança deste mês foi vista na tabela do IPI: as alíquotas do float e do texturizado foram alteradas de 5% para 10%, conforme previsto em decreto publicado no final de 2021. Com a redução de 25% pelo Governo Federal em fevereiro deste ano, as alíquotas estão em 7,5%. O tema gerou dúvidas, mas a Abravidro buscou orientar seus associados sobre o correto entendimento das medidas vigentes. No dia 14, o Governo Federal publicou novo decreto, que trouxe novas alíquotas na Tipi, já considerando a redução de 25% e com efeitos a partir de 1º de maio. Se não houver novidades até lá, a redução das alíquotas de IPI a princípio será permanente. O tema continua em nosso radar.
Desde o ano passado, muita gente de nosso setor me perguntava a respeito da próxima edição do Simpovidro. Sei que me esquivei ao máximo pra não revelar qualquer novidade, mas era por um bom motivo! Num evento desse porte, realmente não dá pra divulgar detalhes quando tudo ainda está na fase das negociações.
Mas agora que o anúncio da 15ª edição do maior encontro vidreiro da América Latina está na capa desta edição de O Vidroplano, chega de segredos! Nesta edição, mostramos o Club Med Rio das Pedras, o resort de luxo que será a casa de nosso evento de 17 a 21 de novembro. E ao longo dos próximos meses, revelaremos os detalhes da programação do simpósio, incluindo palestrantes, atividades e tudo mais que você vai encontrar por lá.
Além do Simpovidro, a revista está cheia de reportagens especiais. A 3ª parte da série sobre maquinários para processamento (clique aqui) explica como avaliar se uma lavadora deve ser trocada por uma nova. Na seção “Para sua vidraçaria” (clique aqui), aprenda como armazenar corretamente as peças de vidro para evitar problemas na hora do trabalho. Confira ainda o papel do nosso material na medicina (clique aqui) e as funcionalidades do vidro polarizado, também conhecido como inteligente (clique aqui).
Boa leitura e, desde já, temos um encontro marcado em novembro: nos vemos no Simpovidro!
Ao longo dos anos, O Vidroplano já fez algumas matérias sobre o uso de vidros e espelhos em ambientes hospitalares, ressaltando os benefícios que os materiais oferecem a tais espaços – facilidade de limpeza, capacidade de permitir integração com áreas restritas, proteção contra raio X etc. Chegou a hora, então, de abordar o tema por outro ponto de vista: como o vidro atua dentro da medicina, nos ajudando a curar doenças? A seguir, mostramos os diversos papeis desempenhados pelo produto nesse segmento – de frascos para remédios até solução para o combate ao câncer.
Embalagem perfeita
A aplicação mais óbvia de nosso material nesse campo são frascos para remédios. O vidro oco, usado para essa função, conta com várias características que o tornam ideal para embalar medicamentos de forma segura, ajudando, inclusive, a preservar as propriedades desses produtos.
– Força: ao contrário de embalagens de perfume, por exemplo, as de remédios têm dureza superior, sendo próprias para o transporte das fábricas a farmácias, hospitais e postos de saúde;
– Não reagente: por ser um material não poroso, não reage quimicamente com o conteúdo, ao contrário de alguns tipos de plástico;
– 100% reciclável: as embalagens podem ser recicladas infinitamente sem perda na qualidade;
– Resistência à temperatura: o vidro não se deforma quando exposto a temperaturas extremas. Isso facilita seu uso por parte de organizações de ajuda humanitária mesmo em países muito frios ou quentes;
– Facilmente esterilizável: por conseguir encarar altas temperaturas, os frascos podem ser esterilizados para destruir germes e bactérias;
– Proteção contra raios ultravioleta: a tradicional cor âmbar das embalagens garante a proteção do conteúdo contra esses raios, os quais podem modificar a qualidade e eficácia dos remédios.
Ao todo, existem quatro vidros fabricados para esse setor:
– Borossilicato: é quimicamente inerte (ou seja, não reage com outros materiais) e altamente resistente, sendo capaz de comportar ácidos e bases cáusticas;
– Sódico-cálcico de uso geral: obtido a partir da adição de sódio e cálcio à sílica, usado para medicações de uso oral ou tópico (na pele);
– Sódico-cálcico comum: igual ao anterior, mas com maior resistência química;
– Sódico-cálcico com superfície tratada: igual ao anterior, mas com revestimento de enxofre, o que garante ainda mais resistência química e impede qualquer alteração na composição dos remédios que possa ser causada por mudanças na temperatura externa.
Atacando a doença
Mais do que proteger medicamentos, nosso material também atua ativamente no combate a enfermidades graves. Existe um tratamento bastante utilizado nos últimos anos contra câncer de fígado chamado radioembolização. Desenvolvido pela americana Universidade de Ciências e Tecnologia do Missouri, consiste em um processo avançado, seguro e efetivo, aplicado em fígados com tumores únicos ou multifocais.
Microesferas de vidro, com 1/3 do diâmetro de um fio de cabelo humano, são carregadas com o elemento radioisótopo Y90. Em seguida, são inseridas, via cateter, no local do tumor. Uma vez ali, sua radiação destrói o tecido maligno, sem gerar danos nos tecidos saudáveis.
Crédito: neznamov1984/stock.adobe.com
Outras possíveis aplicações dessas microesferas incluem tratamento de câncer no rim, cérebro e próstata.
Visão corrigida, dentes perfeitos e injeções
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 35 milhões de pessoas contam com algum tipo de deficiência visual no Brasil. Por isso mesmo, um dos mais populares usos do vidro na medicina está nas lentes de óculos. Elas podem ser cilíndricas, côncavas ou convexas – cada uma indicada para corrigir um problema diferente, incluindo miopia, hipermetropia e astigmatismo, dificuldades para enxergar de longe, de perto e de longe e perto, respectivamente.
Crédito: Flamingo Images/stock.adobe.com
Aparelhos ortodônticos também ganharam um toque de nosso material nas últimas décadas. Tradicionalmente feitos de metal, existe agora uma solução mais neutra do ponto de vista estético: os braquetes (aquela estrutura colada no dente) passaram a ser produzidos com porcelana monocristalina e fibra de vidro. Ficam praticamente invisíveis. Vale citar ainda outro uso do produto na odontologia, dessa vez no campo da restauração dental.
E não podemos nos esquecer da aplicação de medicamentos por meio de seringas de vidro. Usadas em diversos procedimentos clínicos, garantem segurança nos processos sem oferecer risco de reações alérgicas ou mesmo interações químicas com os remédios. Há poucas semanas, a Schott investiu mais de 70 milhões de euros em uma fábrica na Hungria para atender a demanda por itens desse tipo – as vacinas contra a Covid-19 são aplicadas assim em vários locais do mundo. Houve, inclusive, escassez de ampolas, também feitas com nosso material, para o armazenamento das vacinas. Felizmente, a indústria se recuperou a tempo.
Por isso, não tenha dúvida: vidro salva vidas! (E leia a seção “Ano Internacional do Vidro” para conhecer duas soluções envolvendo o produto que prometem revolucionar a medicina).
Crédito da imagem: iuriimotov/stock.adobe.com
Crédito da imagem de abertura: New Africa/stock.adobe.com
Quem já visitou feiras vidreiras do porte de uma Glass South America, ou mostras de arquitetura como a Casa Cor, provavelmente já se deparou com aplicações de vidros que ora estão transparentes, ora estão opacos. Trata-se dos vidros polarizados, também conhecidos como vidros inteligentes. Essa capacidade de passar de um estado a outro torna o produto uma solução extremamente interessante para diferentes segmentos. Nas próximas páginas, conheça mais sobre a tecnologia por trás do material e as oportunidades que ele oferece.
Crédito: Divulgação MDV
Como é feito?
Esse produto, que representa o equilíbrio entre a privacidade e a entrada de luz nos ambientes, “consiste num polímero de cristal líquido microencapsulado em vidro”, explica Georgios Fotopoulos, fundador da MDV Glass Vidros Inteligentes. “É importante destacar que a mágica da transformação acontece em função do processo produtivo: a laminação de dois vidros com um filme de LCD [cristal líquido] com polímeros dispersos”, aponta a arquiteta Fernanda Quintas, supervisora de Marketing e Especificação Técnica da PKO do Brasil.
Quando uma voltagem é aplicada, as moléculas se organizam em uma direção específica, tornando o vidro incolor – isso permite a passagem de luz através da peça. Ao se desligar o dispositivo, as moléculas voltam à sua condição original, deixando-o translúcido novamente.
Fotopoulos destaca que a produção não envolve uma laminação convencional. “Cada peça é montada individualmente, com uma determinada carga elétrica e requer um tempo muito maior para fabricar cada m².” Primeiro é dado um tratamento no filme de cristal líquido e montam-se os terminais elétricos. Somente após testes de acionamento, esse filme é inserido entre as duas lâminas de vidro e submetido à laminação.
Crédito: Divulgação MDV
Todos os insumos utilizados na produção do vidro polarizado – como aglutinantes, condutores e a própria película de LCD – são importados, com exceção das lâminas de vidro. “Muito cuidado com as películas inteligentes oferecidas no mercado para aplicação sobre peças de vidro. Elas prometem a mesma funcionalidade, mas têm problemas de acabamento e delaminação com muita frequência”, alerta Fábio Saliba, diretor-comercial da Intelliglass.
Atrativos
O produto pode proporcionar tanto privacidade como integração visual. Mas ele também oferece outros atrativos, destaca a arquiteta Fernanda Quintas:
– Uso racional dos espaços;
– Ambientes versáteis e tecnológicos;
– Facilidade de limpeza e manutenção;
– Alta durabilidade;
– Possibilidade de projeção de imagens quando o vidro está desligado;
– Bloqueio de até 99,6% da radiação ultravioleta, reduzindo danos à pele, móveis e tecidos, incluindo estofados, tapetes e cortinas.
Crédito: Divulgação Intelliglass
O produto também traz proteção térmica e acústica, segurança (por se tratar de um laminado, os fragmentos se mantêm presos ao interlayer em caso de quebra) e pode, quando em estado opaco, ser usado como quadro branco.
Mercado e oportunidades
Qual é a situação do produto no Brasil? Segundo Michael Lochner, gestor-comercial e de Marketing da Weiku do Brasil, a procura tem aumentado bastante. “Essa solução oferece uma ótima opção para privacidade e, por ter o vidro como principal matéria-prima, torna-se um produto de fácil aplicação e limpeza, além de ser altamente durável e sem necessidade de manutenção”, avalia. “Todas essas vantagens chamam a atenção do público em geral, que busca cada vez mais praticidade e modernidade para seus projetos.”
“Observamos uma curva ascendente acentuada. Hoje, há divisórias, portas, janelas e até barcos que já saem de fábrica com o nosso produto”, conta Saliba, da Intelliglass. Fotopoulos, da MDV, também vê aumento na procura por esses vidros, mas ressalta: “Alguns fatores limitam o crescimento mais acelerado. Por ainda serem caros para a realidade de nossa economia, são mais populares entre clientes corporativos”.
Para Fernanda Quintas, da PKO, há uma série de espaços em que a solução pode ser aplicada, como em salas de reunião e de banho, restaurantes etc. No caso de instalações em hospitais e ambientes da saúde, por exemplo, esse vidro é a solução ideal, pois sua superfície é perfeitamente lisa e não permite o acúmulo de poeira ou resíduos, resultando em melhor higienização dos locais. “Além disso, a possibilidade de manter a estética translúcida ou transparente dispensa o uso de cortinas e persianas, reduzindo o risco de infecções”, explica.
Lochner, da Weiku, concorda: “As aplicações desse produto ficam por conta da criatividade dos clientes — desde que devidamente isolado e com suas bordas protegidas, não há limitações para seu uso”.
Soluções disponíveis
Crédito: Divulgação Intelliglass
Uma das soluções no mercado brasileiro é o Intelliglass (Intelligent Glass), da empresa de mesmo nome: esse vidro é produzido no País desde 2007, com garantia de cinco anos. “Hoje estamos na 4ª geração do produto. O Intelliglass tem transparência superior e permite aos clientes escolher as espessuras e formatos, além dos tipos de acionamento: controle remoto, interruptor, smartphone, presença ou automação”, explica Saliba.
Crédito: Divulgação
O produto da MDV Glass Vidros Inteligentes nessa área é o MDV switch: “Ele oferece o menor haze [efeito leitoso] do mercado e sua laminação é feita em autoclave, o que permite maior durabilidade e melhor acabamento final”, afirma Georgios Fotopoulos. As espessuras variam de 7 a 42 mm (vidros inteligentes blindados), e as peças ainda podem ser compostas por vidros coloridos e de controle solar.
Crédito: Divulgação PKO do Brasil
A PKO conta em seu catálogo com o PKO Privacy Glass, fabricado no Brasil há mais de 10 anos. O produto está disponível nas espessuras padrões de 10 e 14 mm e nas cores incolor ou extra clear (ideal para projeção de imagens) – mas não há apenas essas opções. “É possível ainda customizar o Privacy Glass com acabamentos refletivos ou vidros coloridos, e até mesmo produzir outras composições a depender da necessidade do projeto. A exemplo do insulado, também é uma excelente solução para ambientes que necessitam de controle térmico, como saunas”, acrescenta Fernanda Quintas.
Crédito: Marketing Weiku do Brasil
A solução da Weiku do Brasil é o Switchglass. Segundo a empresa, o consumo em kW do produto é bastante reduzido. Sua programação prevê que se mantenha a privacidade em caso de falta de energia ou qualquer tipo de pane do sistema elétrico/eletrônico. “Oferecemos uma equipe de suporte remoto preparada para esclarecer todas as dúvidas, desde o orçamento até a utilização final do material”, destaca Michael Lochner.
Cuidados no manuseio
Por se tratar de uma solução tecnológica, o material requer atenção especial desde sua especificação até a instalação. “As medidas fornecidas pelo projeto devem ser precisas, pois esse vidro não é passível de retrabalho”, alerta Fotopoulos, da MDV. Ainda para essa etapa, Fernanda Quintas, da PKO, ressalta a importância de que o dimensionamento do caixilho considere folgas e calços.
O barramento de cobre presente na estrutura deve ficar escondido, para que no perfil não comprometa o visual do conjunto. Para isso, Fotopoulos explica que os perfis devem ter uma alma (parte correspondente à sua altura) suficiente para acomodar a fiação elétrica e conectores.
Fábio Saliba, da Intelliglass, alerta que, como se trata de vidros de valor mais alto, eles devem ser instalados sempre no final das obras, seguindo as orientações do fabricante. Também recomenda que as peças não tenham dimensões acima de 3 x 1,8 m.
Com relação à instalação, Fernanda lista algumas dicas:
– Em caso de possível maldimensionamento do caixilho, deve-se evitar pressão em excesso para encaixe da peça;
– Para a vedação do sistema, utilizar apenas silicone neutro, jamais silicone acético, pois este provoca delaminação.
– Já na instalação em ambientes úmidos como salas de banho, em que a peça estará exposta ao contato direto com a água, todas as bordas do produto devem estar protegidas, garantindo sua total estanquidade e ausência de danos.
Crédito da imagem de abertura: Divulgação PKO do Brasil
O evento, organizado pela Blindex no dia 30 de março, no hotel Marriott, em Guarulhos (SP), reuniu franqueados, parceiros e clientes da empresa para debater o espaço da mulher no mercado de trabalho. Glória Cardoso, gerente de Vendas & Marketing da fabricante, abriu o fórum citando que a presença feminina aumentou mais de 50% no setor da construção civil e indústria, mas ressaltou que as mulheres ainda sofrem com a desigualdade salarial, ganhando menos para exercer funções semelhantes às dos homens. Nesse sentido, Glória frisou que a Blindex conta com ações para tornar as condições das mulheres no ambiente corporativo mais justas, o que rendeu à marca o Selo Paulista da Diversidade, oferecido pelo governo de São Paulo.
A médica psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, escritora, consultora e referência nacional no tratamento de transtornos mentais, mostrou em sua palestra um panorama histórico sobre a mulher na sociedade desde a Pré-história até os dias atuais, além de apontar como o protagonismo feminino nas grandes decisões da humanidade foi sendo destruído a partir da Idade Média. O chamado “mito da beleza” influencia negativamente o aspecto psicológico, destacou a palestrante.
A segunda apresentação ficou por conta de Lorena Lima. Matriarca e empresária do grupo musical Família Lima, ela ofereceu dicas para superar os desafios surgidos em uma empresa familiar, como, por exemplo, não forçar filhos ou parentes em atividades para as quais não se sentem aptos.
No começo de abril, o Sindividros-ES reuniu-se com representantes da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) a fim de apresentar à federação as demandas do setor vidreiro no Estado. O sindicato capixaba pretende visitar todas as empresas associadas junto com a equipe de mercado da Findes, como parte de seu planejamento estratégico, para apresentar todos os serviços de saúde e segurança do trabalhador. A ajuda da federação para o processo de liberação da Carta Sindical do Sindividros-ES e o planejamento de um projeto piloto de curso de vidraceiro também foram discutidos.
Crédito da imagem de abertura: Divulgação Sindividros-ES
A multinacional alemã Tesa lançou no mercado brasileiro sua fita de dupla face acrílica transparente, disponível nas versões TESA 72775 (foto, com 0,8 mm de espessura) e TESA 72776 (com 1 mm de espessura). Segundo a empresa, as duas têm grande poder de adesão. Os produtos são indicados para colagem de materiais transparentes ou translúcidos, incluindo o vidro, garantindo visual sem deixar marcas ou danificá-lo. Outro diferencial das fitas é que elas resistem a temperaturas de até 180 °C e têm alto poder de acompanhar o alongamento térmico das peças coladas, o que evita o descolamento.
A organização da principal mostra de arquitetura e design de interiores das Américas anunciou que o evento será realizado de 5 de julho a 11 de setembro. O local permanece sendo o Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, considerado um dos mais importantes marcos arquitetônicos da capital paulista. A Casa Cor São Paulo, que completa 35 anos de existência em 2022, vai ocupar o mezanino do complexo e o terraço aberto, tendo mais de 10 mil m² de área construída. O tema dessa edição é “Infinito Particular”: os curadores da mostra convidaram os profissionais responsáveis pelos ambientes a refletir sobre a necessidade de projetar espaços que priorizem o bem-estar físico, mental e espiritual, além da harmonia, equilíbrio e conforto.
Direcionado a vidraceiros e fabricantes de esquadrias, o Guardian Plus tem como objetivo estreitar o relacionamento da marca com profissionais da cadeia vidreira, proporcionando maior valor para seus negócios. Entre os benefícios oferecidos pelo programa, estão a possibilidade de essas empresas se associar à marca Guardian, receber materiais de comunicação para suporte nas vendas — como mostruários e displays — e ter prioridade nos lançamentos de novos produtos e novidades da marca, além de poder participar de treinamentos, eventos e ações cooperadas para geração de demanda. Também está contemplado no Guardian Plus um sistema de pontos, com premiações de acordo com o volume de compra. A atriz Ellen Rocche é a estrela da campanha publicitária do programa. As inscrições passarão por análise da Guardian para aprovação.
Crédito da imagem de abertura: Divulgação Guardian
A Resolução Gecex nº 319, publicada no dia 24 de março pelo governo federal, zerou as alíquotas do Imposto de Importação incidentes sobre os bens de capital nela mencionados. Entre os produtos contemplados, estão os fornos de têmpera para vidros planos e curvos, bem como os usados para curvatura e/ou laminação de vidros automotivos – e todos encontram-se dentro da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) 8514.10.10.
Crédito da imagem de abertura: Aleksei/stock.adobe.com
Leopoldo Castiella (foto 1), que deixou a diretoria-executiva da usina após 13 anos, assumiu, em 1º de abril, o posto de head of Architectural Glass (chefe de Vidro Arquitetônico) e SBU Global e senior executive officer (diretor-executivo-sênior) do Grupo NSG. Para o lugar de Castiella, foi escolhido Lucas Malfetano (foto 2), profissional do NSG há mais de 25 anos. “A mensagem é de continuidade de tudo que estava sendo feito, mantendo-se a agenda e os projetos”, afirma Malfetano. Manuel Corrêa, também diretor-executivo da Cebrace, segue na liderança compartilhada da joint-venture, representando o grupo acionista da Saint-Gobain.
Créditos das imagens de abertura: Amorim Leite/Divulgação Cebrace
Já é possível credenciar-se (gratuitamente) no site da maior e mais importante feira do setor vidreiro da América Latina. Organizada pela NürnbergMesse Brasil e tendo a Abravidro como parceira, a Glass South America 2022 está programada para os dias 29 de junho a 2 de julho, no centro de exposições São Paulo Expo, na capital paulista. Após hiato de quatro anos devido à pandemia, a mostra terá mais de 200 marcas expondo produtos e serviços para os diferentes elos da cadeia vidreira.
Crédito da imagem de abertura: Cris Martins e Vinicius Buarque
O Vidroplano iniciou em fevereiro uma série de reportagens que ajudará as processadoras a saber quais os sinais de que seus maquinários precisam ser trocados. Este mês nossa redação contatou fabricantes para entender melhor o funcionamento das lavadoras, além de conversar com especialista no assunto.
Na reta final do processamento, a lavagem dos vidros tem a função de retirar qualquer impureza que esteja na superfície do material, principalmente as surgidas durante a lapidação ou furação — por isso, é uma etapa fundamental. A sujeira pode comprometer o resultado da têmpera, assim como o armazenamento e a instalação das peças. Se a lavadora não estiver em boas condições de uso, todo o beneficiamento pode ir literalmente por água abaixo.
Os temas da SÉRIE ESPECIAL
– Fevereiro: Mesas de corte
– Março: Lapidadoras – ABRIL: LAVADORAS
– Maio: Fornos de têmpera
Cuidados que valem dinheiro
Antes de tudo, é importante relembrar um ensinamento (de Cláudio Lúcio da Silva, instrutor técnico da Abravidro) presente na 1ª parte deste especial: as processadoras devem sempre adquirir maquinários compatíveis com seu tipo de produção – ou seja, de acordo com os mercados que atende e com os vidros que produz.
Com isso em mente, vamos às lavadoras. Segundo as fontes consultadas, esse equipamento tem durabilidade enorme. Passam dos 10 anos de vida útil, chegando até mesmo a 20 ou mais – desde que bem manuseados, claro. Para isso, manutenção é fundamental.
Yveraldo Gusmão, diretor da GR Gusmão, representante das fabricantes Lovetro (nacional) e Triulzi (italiana), reforça que certas peças precisam ser conferidas regularmente.
– Jogo de escovas — suas cerdas não podem ficar rígidas de forma a apresentar falhas no trabalho;
– Espumas de enxague — precisam estar secas quando a máquina é desligada, para evitar que apodreçam;
– Mancais — devem ser verificados e engraxados a cada seis meses, em média, para não travar as roldanas-guias, arranhando o vidro na passagem das peças.
Crédito: Thiago Borges
Motivos para a troca
Máquinas com operação, ajustes e conservação inadequados resultam em degradação precoce. Uma solução é reformar os equipamentos, colocando peças novas. “Caso o custo da reforma seja desvantajoso, ou o volume da produção seja superior ao da capacidade atual, pode-se optar pela aquisição de um maquinário novo”, aponta Cláudio Lúcio. A troca também se torna uma opção válida quando a empresa decide por maior automatização do processo ou quando o mix de vendas sofre alteração. Um exemplo desse último tópico, segundo Giorgio Martorell, gerente de Vendas da Lisec para a América Latina: “Se uma empresa passa a processar vidros low-e, ela precisará de uma lavadora com escovas mais finas, de 0,12 a 0,15 mm”.
Para Joel Martins Dias, diretor da Agmaq, o momento para a substituição é quando a lavadora não consegue mais entregar o vidro dentro das condições técnicas ideais para a sequência do beneficiamento. “Ela não pode ficar mais parada do que trabalhando”, alerta. Wagner Hubmann, diretor da Vetro Máquinas, representante da italiana SCV System no Brasil, indica outro sinal para ficar de olho: “Quando um equipamento manifesta a necessidade de manutenções frequentes e a qualidade do serviço começa a cair, é um claro indício de que sua vida útil está comprometida”.
Enrico Lancioni, gerente de Produto da Área de Lavadoras da Intermac, revela algumas situações que dão sinais de que a lavadora chegou ao limite de sua vida útil:
– Presença de corrosão nos componentes estruturais;
– Desgaste excessivo da parte mecânica;
– Motores superaquecendo devido à mecânica desgastada;
– Diminuição do desempenho da máquina;
– Diminuição da qualidade de lavagem e secagem;
– Nível de ruído excessivo durante a operação.
Crédito: Thiago Borges
A escolha ideal
Além de a produtividade ser um parâmetro essencial para a aquisição de uma nova lavadora, pois influenciará diretamente no consumo de energia e água, o layout da empresa deve ser levado em conta – é ele que define se a máquina será horizontal ou vertical. Essa definição tem relação direta com o espaço ocupado pela lavadora dentro da fábrica e a capacidade de se montar linhas de processo (ou optar somente por uma operação individual).
Denis Salvo, diretor-comercial da Glassmaq, explica a diferença: “Nos casos de processo automatizado na vertical, a lavadora desse tipo pode ser colocada no final da linha de lapidação sequencial com giro automático, para peças que não necessitam de furos ou recortes. Já na linha horizontal, pode-se otimizar a lavagem do vidro com uma mesa que sai direto da linha de furação e recorte”.
Encaixar a lavadora é quase o processo de montagem de um quebra-cabeça. Giorgio Martorell, da Lisec, exemplifica: “Linhas de laminação jumbo deverão ter lavadoras horizontais com 3.300 mm de largura; já as máquinas na saída das linhas de lapidação turnover precisam de 2.500 mm de altura”.
Veja mais características a serem levadas em conta na hora da escolha:
– Capacidade de integração com os demais processos: considerar o ajuste da altura de trabalho com as outras máquinas em linha, assim como a interface de sinais elétricos para todas elas trabalharem em segurança;
– Zona de pré-lavagem: vidros procedentes das linhas de lapidação e de furação e recorte normalmente estão em contato com alta concentração de pó. Uma lavadora com zona de pré-lavagem faz o trabalho a partir de duas câmaras: uma zona própria, para a retirada de todo esse pó; e a outra, para a limpeza geral, com água mais limpa;
– Tamanho mínimo dos vidros: voltamos à questão de usar maquinários que atendem o tipo de demanda da processadora. Lavadoras convencionais, geralmente, trabalham com vidros de tamanho mínimo de 400 x 400 mm. Alguns modelos terão problemas no transporte de peças menores, interferindo até na qualidade da lavagem;
– Serviços técnicos e remotos: diz respeito às fabricantes de lavadoras. Elas precisam oferecer suporte técnico local, além da possibilidade de atendimento remoto para realizar diagnósticos em caso de problema nos equipamentos.
Água por todos os lados
Um fator preponderante em uma lavadora, e não poderia ser diferente, é a presença constante de água em diversas partes de sua estrutura. “Os componentes sujeitos a desgaste são protegidos para não serem danificados pela água”, explica Alessandro Carriero, gerente de Produto da Área de Lavadoras da Intermac. As peças em contato direto com o líquido são de aço inox 304, material que não oxida quando exposto à umidade – até mesmo os sistemas de transporte possuem revestimentos adequados.
Mas não podemos nos esquecer de que a qualidade da água também interfere no processo e na conservação do maquinário. Para começar, não pode ser qualquer tipo, mas sim a desmineralizada. “A água precisa ser trocada a cada processo, pois os resíduos da lavagem anterior podem prejudicar não só as peças a serem trabalhadas, mas o equipamento como um todo”, alerta Gusmão. O ideal é monitorar indicadores como a temperatura, pH (para saber se está muito abrasiva) e condutividade.
As tecnologias indispensáveis
“Atualmente, as lavadoras possuem sistemas que reduzem o consumo de energia e água e emitem menos ruído no meio ambiente, além de exigir menos manutenção durante sua vida útil”, explica Joel Martins Dias, da Agmaq. Wagner Hubmann, da Vetro Máquinas, aponta os sistemas de eliminação de energia estática e dispositivos que suspendem algumas funções da máquina quando ela está ociosa como exemplos dessa preocupação sustentável das fabricantes de maquinários.
Mas há ainda vários outros requisitos fundamentais no trabalho hoje em dia. Confira alguns deles:
– Ajuste automático de velocidade das escovas;
– Sistema de aquecimento da caixa de água para a etapa de lavagem, eficaz para desengordurar as chapas;
– Pelo menos duas etapas (estágios) de caixas de água, sendo separadas em lavagem e enxague. A 3ª etapa, de pré-lavagem, é outra solução disponível;
– Sistema de secagem por ventilação forçada com filtro de entrada. “Esses ventiladores têm estrutura de sustentação separada da estrutura da lavagem”, comenta Denis Salvo, da Glassmaq;
– Zonas de lavagem e secagem em uma mesma estrutura, garantindo que não haja possibilidade de drenagem e permitindo instalação mais rápida.
O que encontrar no mercado
Conheça modelos oferecidos por alguns fabricantes de lavadoras com atuação no Brasil. Todas as empresas citadas contam com soluções para diferentes tipos de produtividade (pequeno e grande portes). Abaixo estão apenas alguns dos equipamentos comercializados por elas.
Crédito: Divulgação Agmaq
Max (Agmaq)
– Modelo vertical. Estrutura das áreas de lavagem e secagem são de aço inox;
– Caixa de água com resistência termoelétrica de 6 mil W para água quente;
– Área de secagem com duas facas de sopro em diagonal, também de aço inox.
Crédito: Divulgação Glassmaq
AWWD-H1600 (Luoyang Allwin Machinery, representada pela Glassmaq no Brasil)
– Modelo horizontal. Ideal para empresas com produção de pequeno porte;
– Sistema de transporte com roletes de borracha, próprio para ser acoplado em linha com outras máquinas;
– Tanque de aço inox para reúso da água.
Crédito: Divulgação GR Gusmão
Open Top (Lovetro, representada pela GR Gusmão)
– Modelo vertical. Indicado para empresas de pequeno e médio portes;
– Sistema de lavagem com quatro escovas (2+2), fabricadas com nylon 6.6;
– Ajuste automático da espessura dos vidros a serem lavados (de 3 a 10 mm).
Aqua Series (Intermac)
– Linha de lavadoras verticais. Disponíveis em três dimensões diferentes, podem ser combinadas para o trabalho em grandes peças;
– Sistema de pré-lavagem extrai cerca de 80% dos resíduos acumulados no vidro;
– Sistema de rolos e escovas posicionado na parte superior facilita a manutenção.
Crédito: Divulgação Lisec
VHW-F33/V6 (Lisec)
– Modelo vertical. Voltado para vidros jumbos, pode ser usado em linha ou individualmente;
– Sistema de pré-lavagem, ideal para insulados;
– Ventilador de alta pressão e bocal especialmente desenvolvido secam as chapas independentemente da velocidade de transporte.
Crédito: Divulgação Vetro Máquinas/SCV
WMH (SCV System, representada pela Vetro Máquinas)
– Modelo horizontal, equipado com sistema de quatro ou seis escovas;
– Trabalha em vidros com espessura de 3 a 20 mm;
– Sistema de pré-lavagem opcional, com tanque extra de água.
Engana-se quem pensa que armazenar vidros não requer cuidado: há uma série de danos que as peças podem sofrer se não forem guardadas da forma certa, na ordem certa e no espaço certo. Se realizada de maneira inadequada, essa atividade pode comprometer não só a integridade do produto, como também coloca em risco o vidraceiro.
Nas páginas a seguir, O Vidroplano apresenta os problemas mais frequentes causados por erros no armazenamento e indica como evitá-los.
Causas e consequências
Segundo Cláudio Lúcio da Silva, instrutor técnico da Abravidro, as avarias com maior incidência no armazenamento de vidros são batidas, riscos, lascas, manchas e quebras.
Todos esses danos estão diretamente ligados a inadequações no manuseio, acondicionamento e preservação das peças. Por exemplo:
– Riscos são frequentemente causados por sujeira entre os vidros e por intercalários inadequados (ou falta deles);
– Manchas surgem por diferentes fatores, como pela presença de umidade no ambiente de armazenamento (causando irisação) ou pelo contato direto de uma peça de vidro com outra;
– A quebra de vidros pode se dar pelo excesso de peças em um mesmo cavalete, ou pela colocação de vidros menores entre os maiores ou de tipos diferentes.
Onde guardar?
O primeiro passo para um armazenamento correto é a escolha do espaço em que vidros e espelhos serão guardados. Cláudio Lúcio recomenda: esse local precisa ser protegido de intempéries, umidade e poeira.
Também é importante que o ambiente seja mantido limpo, ventilado e isolado de produtos químicos.
Onde apoiar?
Nada de deixar os vidros encostados na parede ou no chão! As estruturas utilizadas para a colocação dos vidros são cavaletes (fixos) e carrinhos (para movimentação das peças).
Tanto os cavaletes como os carrinhos devem ter proteção emborrachada na base e no encosto em que os vidros serão apoiados. “A borracha utilizada na base deve possuir dureza maior ou igual a 70 Shore A [unidade de resistência relativa à borracha], e a do costado deve ter dureza maior ou igual a 40 Shore A”, salienta Cláudio Lúcio.
Como apoiar?
Crédito: Everart Conceito
O instrutor técnico da Abravidro lista algumas orientações essenciais:
– Deve-se evitar a distribuição desigual de peso das peças nessas estruturas;
– Recomenda-se que as peças sejam todas intercaladas, das maiores (ao fundo) para as menores (na frente), evitando misturá-las;
– Todas as peças devem ser apoiadas integralmente no costado, tanto do carrinho como no cavalete;
– Quando necessário o uso de carrinho para movimentação e deslocamento das peças de vidro de modo seguro, elas devem ser sempre colocadas deitadas (comprimento na horizontal), com o objetivo de não permitir que tombem e caiam durante o deslocamento;
– Já para o acondicionamento em cavaletes fixos, as peças de vidro nunca devem ser armazenadas na horizontal e devem estar sempre em pé (sentido do comprimento das peças de vidro).
Por fim, o instrutor técnico da Abravidro faz um alerta: “Evite construir cavaletes e carrinhos; deixe esse trabalho para os fabricantes, pois toda estrutura precisa ser calculada e testada para este tipo de utilização, solicitação e carga. Ao improvisar esses equipamentos, corre-se o risco de acidentes e perdas monetárias desnecessárias.”
“Sempre obedecemos ao limite de carga de cada equipamento e fazemos a manutenção preventiva deles. Apesar de sermos pequenos e hoje trabalharmos com vidros diretamente da fábrica para a obra, quando precisamos armazenar nossos produtos, buscamos fazer isso de forma correta”, relata Romão Neto, proprietário da vidraçaria R4 Vidros, de Salvador.
Como organizar? A falta de organização das peças armazenadas dificulta a localização e a identificação do tipo de cada uma delas, podendo levar a atrasos, erros e retrabalho. “O adequado é preservar as lógicas de agrupamento para atendimento por obra ou cliente”, aconselha Cláudio Lúcio.
A vidraçaria Fazolim Vidros, de São Bernardo do Campo, região do ABC paulista, dedicou atenção especial para planejar a organização de seu armazenamento. “Fazemos aqui a separação de cavaletes por produtos: laminados em um espaço, espelho em outro, vidros comuns em outro e assim por diante. Também separamos os materiais por ordem de serviço e prazo de entrega, tendo cavaletes específicos para a instalação do dia seguinte ou, como muitas vezes, por semana”, explica Jaqueline Fazolim, gerente de Projetos da empresa.
Gisele Muniz, proprietária e CEO da vidraçaria paulistana Everart Conceito, conta que a empresa efetua a conferência, etiquetagem e armazenamento de cada peça nos cavaletes já previamente numerados. “O fato de possuirmos cavaletes próprios e específicos já ajuda – e muito – a preservar a integridade dos produtos, os quais nós inspecionamos na retirada em distribuidores ou no ato do recebimento em nossa área produtiva.”
Como manusear?
Além de facilitar a localização dos produtos, o estoque organizado também evita práticas perigosas para a segurança dos vidraceiros: “A condição de manuseio em que um operador abre e apoia as peças na frente da pilha para que outro vidraceiro retire as que estão mais ao fundo é bastante insegura e pode provocar acidente graves”, alerta Cláudio Lúcio. “Por isso, deve-se proibir esse tipo de prática na vidraçaria.”
O instrutor técnico da Abravidro recomenda que todo o manuseio com vidro em chapa, peças temperadas ou de vidro recozido comum deve ser realizado com o uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) apropriados, incluindo:
– Capacete;
– Luvas anticorte e antiperfuração;
– Mangotes anticorte e antiperfuração;
– Caneleiras com pala frontal de proteção;
– Botas com biqueira de proteção;
– Avental anticorte e antiperfuração;
– Óculos de proteção.
Crédito: ikonoklast_hh/stock.adobe.com
Como intercalar?
Como dito no começo da reportagem, o contato direto entre as peças de vidro pode causar danos como riscos e manchas. Por isso, é preciso utilizar intercalários (também conhecidos como separadores) entre elas. Esses materiais protegem a superfície e os cantos dos vidros.
Alguns dos intercalários mais utilizados são:
– Cantoneira de papelão;
– Separadores de cortiça ou EVA;
– Película de plástico;
– Cordão de nylon (com diâmetro recomendado de 4 mm);
– Plástico bolha.
Importante: evite separadores que levam cola ou tenham pH ácido, pois eles podem causar manchas. Além disso, alguns tipos de peça requerem atenção especial:
– Para espelhos, a norma ABNT NBR 15198 — Espelhos de prata – Beneficiamento e instalação recomenda usar materiais como espuma de borracha ou fitilho plástico que não absorvam umidade, sejam macios e não ataquem as chapas;
– No caso dos vidros de controle solar, a norma ABNT NBR 16673 — Vidros revestidos para controle solar – Requisitos de processamento e manuseio orienta que materiais abrasivos que absorvem umidade ou causem danos à superfície revestida (como jornal, papelão ou produtos à base de silicone) não devem ser escolhidos como separadores.
Crédito: liyasov/stock.adobe.com
Cuidados incorporados à cultura da empresa
Romão Neto, da R4 Vidros, aponta que um desafio para o armazenamento correto dos vidros nas vidraçarias é o treinamento da equipe e a conscientização dela para que haja o cumprimento dessas práticas mesmo quando os profissionais não estiverem sendo monitorados.
A troca de experiências pode ser de grande ajuda não só para a qualificação dos funcionários, mas também para que eles ajudem a identificar formas de melhorar os processos de armazenamento na vidraçaria. Um exemplo é o da Fazolim Vidros: segundo Jaqueline, toda a organização do galpão foi feita conversando muito com os membros da equipe, de acordo com suas necessidades e com as boas práticas relacionadas à atividade. “Sempre pensamos, por exemplo, nos colaboradores que executam o processo de descarregar os caminhões. Por conta disso, otimizamos o espaço de entrega próximo à doca de forma a facilitar o acesso.”
Gisele Muniz, da Everart Conceito, conta que sua empresa se preocupa bastante com a integridade física de todos que ali trabalham. Por isso, é amplamente equipada com suportes para armazenamento de vidros e perfis de alumínio e promove treinamentos contínuos para diferentes atividades – incluindo o armazenamento. “Possuímos um lema: não passamos por cima de nossos princípios para fazer negócios. O mais importante é garantir a segurança de todos.”
Crédito da imagem de abertura: Aleksei/stock.adobe.com
A 11ª edição do Salão Itinerante de Esquadrias e Vidro foi realizada em formato presencial no Centro de Convenções de Florianópolis (CentroSul), nos dias 7 e 8 de abril. O evento recebeu cerca de 7.800 visitantes, e sua cerimônia de abertura contou com a presença de autoridades do setor vidreiro da região Sul, como Lucas Bremm Oliveira (presidente da Adivipar), Lino Rohden (presidente da Ascevi) e Rafael Ribeiro (presidente do Sindividros-RS).
A feira trouxe mais de oitenta marcas expositoras, incluindo Agmaq, Udinese e Vipel/Alump, entre outras. Em relação aos lançamentos, um dos destaques foi o sistema BigSpace, apresentado pela Steinglass no estande da Blindex Sacadas: desenvolvido para o envidraçamento de grandes vãos, ele permite fechar e recolher as folhas de vidro, garantindo um grande aproveitamento do vão.
Acústica em debate
O 14º Seminário Soluções Acústicas em Vidro (VidroSom) fez parte do segundo dia de programação do 11º Saie Vetro. O evento, que contou com o tema “Conforto acústico é a bola da vez”, teve patrocínio da Cebrace e do Grupo Saint-Gobain.
O engenheiro Nilson Viana, coordenador da consultoria técnica da Cebrace no Sul, baseou sua apresentação no papel fundamental do vidro e da esquadria no conforto acústico do ambiente. O engenheiro e professor Fernando Simon Westphal, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), abordou o uso de vidros de controle solar em edificações. Ocorreu ainda uma palestra da engenheira Michele Gleice da Silva, diretora técnica do Instituto Tecnológico da Construção Civil (Itec), que analisou aspectos práticos da utilização das normas técnicas para valorizar o seu empreendimento.
Crédito da imagem de abertura: Divulgação Saie Vetro
A 26ª Feicon foi realizada de 29 de março a 1º de abril no centro de eventos São Paulo Expo, na capital paulista. Após dois anos sem versão presencial, a maior feira do setor da construção civil na América Latina contou este ano com a participação de mais de 700 marcas nacionais e internacionais e recebeu mais de 80 mil visitantes.
Via-se o vidro em diversos estandes da mostra. Confira a seguir os destaques envolvendo nosso material — e já anote na agenda: a próxima edição do evento está marcada para 11 a 14 de abril de 2023.
AUTOMATIZAÇÃO E SEGURANÇA
Crédito: Fernando Saker
A Assa Abloy exibiu grandes portas automáticas de vidro com controle de acesso (foto 1) cuja abertura pode ser feita por diversos mecanismos, como sistema de reconhecimento facial ou leitura de QR codes. A solução conta também com sensor antiesmagamento e capacidade de suportar folhas de até 100 kg. Outra novidade da empresa é a porta corta-fogo com visor (foto 2) de vidro corta-fogo fornecido pela Vetrotech Saint-Gobain.
Crédito: Fernando Saker
O estande da Pado trouxe diversas fechaduras para vidro, como a FDV-200 (foto): digital, ela pode ser usada tanto em portas pivotantes como de correr, com possibilidade de acionamento por biometria ou senhas. A empresa também apresentou fechaduras tradicionais e elétricas, com opções para uso em vidros com recorte Blindex ou Santa Marina.
Crédito: Fernando Saker
O vidro também pôde ser visto em modelos das portas corta-fogo da Portex (foto), do grupo Zeus do Brasil. A empresa afirma contar com soluções personalizadas para cada tipo de necessidade, com certificações nacionais e internacionais, sendo a única fabricante 100% nacional de portas corta-fogo com vidro.
Crédito: Fernando Saker
A Soprano destacou sua linha de acionadores para portas automáticas de vidro (foto). Cada um oferece diferentes possibilidades para abertura de portas – tanto de correr como pivotantes –, como reconhecimento facial e de temperatura, senha numérica, cartões e sensor de movimento, entre outras.
GABINETES E ESPELHOS
Crédito: Fernando Saker
A novidade da Pettra Louças Sanitárias na Feicon 2022 foi a linha Ipanema de gabinetes de vidro (foto). Tanto as bancadas como as cubas são de vidro temperado com pintura automotiva em várias opções de cor. Todos os gabinetes da linha são fornecidos em conjunto com espelhos.
Crédito: Fernando Saker
A VB Cristais apresentou novos gabinetes com impressão de imagens aplicada na face de baixo das bancadas de vidro. As pinturas apresentam alta resistência e simulam diferentes materiais, como madeira (foto) e cimento queimado. Outro destaque da empresa é a linha de espelhos com iluminação LED acionada por sensor de aproximação.
Crédito: Fernando Saker
O gabinete GM 70 (foto), da Vmex, possui vidros com pintura em alta resolução não apenas na cuba e na bancada: a espelheira, também de vidro pintado, traz ainda o uso do nosso material nas prateleiras ao lado do espelho.
DESEMPENHO TERMOACÚSTICO
Crédito: Fernando Saker
O espaço da Atenua Som apresentou janelas antirruído da empresa. Entre elas estão as da linha Excellence (foto), proporcionando isolamento acústico de até 35 dB: outro diferencial do produto é que ele pode ser instalado pelo lado interno do ambiente, sem necessidade de troca da janela, evitando conflitos com a aparência da fachada da edificação e transtornos com reforma e sujeira.
Crédito: Fernando Saker
Presente pela primeira vez na Feicon, a Perfil Alumínio mostrou o sistema Sophia Silence (foto), lançado no ano passado. Segundo a empresa, trata-se do melhor sistema de isolamento acústico do Brasil, com atenuação sonora de até 41 dB, podendo ser usado com diferentes tipos e espessuras de vidro, conforme a necessidade do cliente.
Crédito: Fernando Saker
O destaque no estande da Rohden Vidros foi sua linha de esquadrias de alumínio com vidro insulado (foto 1), conferindo melhor desempenho térmico e acústico para os ambientes. A empresa mostrou a possibilidade de trabalhar essas esquadrias com vidros duplos aquecidos (por meio de resistores), impedindo a condensação de vapor sobre a superfície, ou com insulados com persianas internas (foto 2) fornecidas pela Screenline.
OUTRAS NOVIDADES
Crédito: Fernando Saker
A startupJuntos Somos +, que oferece o maior programa de recompensas da construção civil no Brasil, patrocinadora master da Feicon 2022, teve um estande no evento (foto 1). Entre as marcas associadas à iniciativa está a Vivix, cujos representantes também estiveram presentes no espaço (foto 2, com o apresentador Flávio Bernardo, do programa Construindo Minha Casa, à dir.): “Para nós, é de extrema importância acompanhar as ações e os benefícios que a nossa parceria com a Juntos Somos + vem promovendo para o público vidraceiro”, ressalta Izabela Zisman, gerente de Marketing da Vivix.
Crédito: Fernando Saker
Uma piscina com visor de vidro (foto) da Techpools chamou a atenção no estande da Sulfibra Group. A estrutura é feita de painéis FCM, material composto por fibra de vidro: segundo a empresa, eles oferecem alto desempenho, resistência a vazamentos e agilidade na instalação. Já o visor é de vidro laminado 10+10+10 mm fornecido pela Unividros.
Crédito: Fernando Saker
Sincomavi-SP na Feicon 2022
O sindicato paulista realizou o 16º Simpósio Sincomavi (foto 1) no dia 31 de março, dentro da Feicon. Com 155 pessoas presentes, a programação discutiu o impacto das novas gerações na forma de atendimento e abordagem do cliente em termos de exigências, poder de compra nos próximos anos e expectativas. O balanço das vendas do comércio varejista de material de construção nos últimos dois anos e as estimativas para os próximos meses também foram abordados nas palestras do evento.
Além do simpósio, o Sincomavi também foi responsável pela curadoria do Núcleo de Conteúdo da Feicon 2022 nos dias 29 e 31 de março (foto 2), e realizou 11 palestras no espaço, com público médio de 25 pessoas.
MONITORAMENTO MENSAL DO DESEMPENHO DA INDÚSTRIA DE PROCESSAMENTO DE VIDROS BRASILEIRA Desempenho – Março 2022
A percepção sobre o desempenho da indústria nacional de processamento de vidros foi de aumento importante em março de 2022, com crescimento de 10,2% no volume de vendas faturadas de vidros processados no mês, na comparação com fevereiro, sem ajustes sazonais. É o primeiro crescimento no ano – mesmo assim, o primeiro trimestre teve queda de 18,7% se considerarmos os números de dezembro de 2021, mês base para o indicador.
Além da variação percentual mês a mês, o índice de desempenho que permite a avaliação histórica do mercado passa a ser a chamada “base 100”, ao invés do modelo de pontos adotado em janeiro e fevereiro. No gráfico, o número 100 representa dezembro de 2021, mês que geralmente apresenta atividade aquecida, data da primeira pesquisa para o Termômetro. Portanto, apesar do crescimento em março, o mercado em 2022 ainda está abaixo do desempenho do final do ano passado. Houve, ainda, uma correção no resultado de fevereiro: ao invés de queda de 15,9%, tivemos decréscimo de 21,2%.
Metodologia
A coleta de dados foi realizada nos cinco primeiros dias úteis de abril, por meio de formulário online. Ainda em fase piloto, o estudo segue sendo elaborado apenas consultando-se empresas ligadas à diretoria da Abravidro (29 delas participaram).
Como visto na reportagem da seção “Aqui tem vidro”, o vidro está presente na medicina de maneira bastante diversa, sendo um material fundamental de apoio a tratamentos, ajudando efetivamente o corpo humano a se curar. Conheça dois usos que prometem revolucionar o campo da saúde – e que já são realidade.
Vidro como enxerto ósseo
Cientistas criaram o chamado “vidro bioativo”, material que se liga a tecidos vivos. Ao ser aplicado como enxerto ósseo, ele libera cálcio à medida que se degrada. Esse cálcio reage com os fluidos corporais, resultando em outro elemento, a hidroxiapatita — fosfato de cálcio utilizado em restaurações ósseas, uma vez que apresenta características semelhantes à fase mineral desses tecidos. Dessa forma, o produto acaba sendo reconhecido pelo corpo, que não o rejeita.
Vidro como tecido para cicatrizar feridas
Desenvolvido pela empresa norte-americana ETS Wound Care, o Mirragen Advanced Wound Matrix é a intervenção de última geração para o tratamento de feridas de grande porte. Funciona como um curativo adesivo feito de fibra de vidro bioativa — mesmo sendo sintético, é absorvível pelo corpo. O material tem uma estrutura semelhante à dos fios de fibrina, proteína que ajuda a criar coágulos para impedir que o sangue saia por um machucado. Por isso, quando colocado em cima de uma ferida, o Mirragen acelera o processo de cicatrização, diminuindo o período de internação de pacientes.
* Texto baseado na apresentação de Steve Jung, da empresa estadunidense Mo-Sci Corporation, durante a cerimônia oficial de abertura do Ano Internacional do Vidro, na ONU.
A presente seção, “Ano Internacional do Vidro”, celebrando a trajetória de nosso material e sua importância para a história humana, é uma contribuição de O Vidroplano ao Ano Internacional do Vidro, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2022.
Crédito da imagem de abertura: ipopba/stock.adobe.com
O Projeto ABNT NBR ISO 9050 — Vidros na construção civil – Determinação da transmissão de luz, transmissão direta solar, transmissão total de energia solar, transmissão ultravioleta e propriedades relacionadas ao vidro pode ser acessado, votado e receber sugestões de mudanças até o dia 9 de maio no site da ABNT. Essa futura norma tem como objetivo especificar a transmissão de luz e de energia da radiação solar em vidros usados em fachadas. Para participar da consulta nacional, é necessário ter cadastro e fazer login na página da ABNT.
O Decreto nº 11.047/2022, publicado no dia 14 de abril, alterou a nova Tabela do IPI (Tipi), que entrará em vigor a partir de 1º de maio. De acordo com o advogado Halim José Abud Neto, assessor jurídico da Abravidro, essa publicação não derruba a vigência do Decreto nº 10.910/2021, publicado em 23 de dezembro de 2021, que determinou a equalização das alíquotas para vidros das usinas de base (float e impresso) às dos vidros processados (temperado e laminado).
As alíquotas de IPI para vidros float, impresso, temperado e laminado em geral, a partir do dia 1º de maio de 2022, serão de 7,5%. No caso de espelhos (emoldurados e não emoldurados), a alíquota a partir da data em questão será de 11,25%.
Crédito da imagem de abertura: Katemangostar – Freepik.com
Se os eventos presenciais ganharam força total em 2022, um dos mais importantes de nosso setor não poderia ficar de fora: o Simpovidro está de volta! A 15ª edição do maior encontro vidreiro da América Latina será realizada de 17 a 20 de novembro no Club Med Rio das Pedras, localizado na cidade fluminense de Mangaratiba, a cerca de 100 km da capital. Prepare-se para dias de conteúdo profissional de primeira qualidade, networking e lazer em meio a um resort all inclusive fincado em um dos litorais mais belos do Brasil.
Reencontro
O simpósio recebe não só participantes brasileiros mas de diversas partes do mundo, todos interessados em trocar conhecimentos e fechar negócios. E a edição deste ano é especial por diversos motivos:
– É o primeiro Simpovidro depois da pandemia, marcando de vez o retorno dos eventos do setor;
– É a oportunidade perfeita para rever antigos clientes depois de muito tempo de isolamento – e também conhecer futuros parceiros;
– Após quase 20 anos, o Simpovidro volta a ser realizado no Sudeste, em um dos mais belos e luxuosos resorts da região;
– O Club Med Rio das Pedras será exclusivo para os participantes do Simpovidro. Isso significa que apenas os profissionais vidreiros e suas famílias estarão no hotel durante o encontro.
“Retomar o Simpovidro é tarefa que deixa a Abravidro muito honrada. Por isso, reencontrar todos no final do ano servirá como mais uma prova de união do setor, algo fundamental para nos preparar para mais um ciclo de crescimento”, reflete José Domingos Seixas, presidente da Abravidro.
Conheça o Club Med Rio das Pedras
Crédito: Club Med Rio das Pedras
Em estilo neocolonial e à beira de uma praia de areia dourada, esse resort está localizado em meio à Costa Verde fluminense, em plena Mata Atlântica, uma das florestas tropicais com maior biodiversidade do planeta. O Club Med possui o certificado Travellers’ Choice 2021, do site de avaliação de hotéis Trip Advisor, prêmio voltado a estabelecimentos que oferecem serviços de excelência e são bem avaliados pelos hóspedes. Além de toda a beleza natural, o local possui estrutura de primeira qualidade para seus hóspedes, contendo:
– Sistema all inclusive, com refeição e bebidas (incluindo alcoólicas) à vontade;
– 2 restaurantes, sendo um de especialidades brasileiras;
– 4 bares (além de 1 premium pago à parte e 1 exclusivo para a categoria La Réserve de acomodações);
– 4 piscinas (incluindo 1 mais afastada e exclusiva para maiores de 16 anos, chamada “piscina calma”, 1 do Mini Club e 1 exclusiva para a categoria La Réserve de acomodações);
– Modalidades esportivas como tênis, tênis de praia, futebol, handebol e vôlei, escola de tiro com arco, esqui aquático, wakeboard e caiaque;
– Recreação infantil com monitores (para crianças a partir de 4 anos).
Outro diferencial do Club Med Rio das Pedras é a localização: está a pouco mais de 100 km do Aeroporto Internacional do Galeão e do Aeroporto Santos Dumont, ambos no Rio de Janeiro. Para quem parte de São Paulo, a distância é de cerca de 400 km e o acesso de carro é fácil para quem mora nos Estados da Região Sudeste.
Acomodações
Crédito: Club Med Rio das Pedras
Os participantes poderão escolher entre três modalidades de acomodações (mais informações no sitewww.simpovidro.com.br):
– Superior: área de 27 ou 37 m², com ocupação máxima de 3 a 5 pessoas;
– Deluxe: área de 27, 37 ou 41 m², com ocupação máxima de 3 a 5 pessoas;
– La Réserve: são as acomodações mais luxuosas do Club Med Rio das Pedras. A Suíte tem 70 m² e conta com sala de estar separada, closet, banheira e varanda com vista para o mar e para a Mata Atlântica. Já a Penthouse, localizada no último andar, tem 120 m², tudo o que a Suíte reserva e ainda um ofurô conectado ao toalete. Ambas são configuradas exclusivamente com uma cama de casal, para até dois ocupantes.
Diferenciais do La Réserve:
– Piscina exclusiva com borda infinita
– Café da manhã continental servido no quarto
– Champanhe servido na taça às 18h no salão particular
– Serviço de bar e snacking privativo na conciergerie
– Minibar (bebidas não alcoólicas) reabastecido diariamente
– Wi-Fi Premium
– Roupão de banho
– Chinelos
– Toalha de praia disponível no apartamento
INSCREVA-SE, JÁ!
Basta acessar o sitewww.simpovidro.com.br e se cadastrar. As vagas são limitadas! Informações? Dúvidas?
Entre em contato com a Central de Atendimento Simpovidro pelo telefone (11) 3873-9908.
Seja apoiador do encontro!
Tenha visibilidade nacional e internacional ao atrelar sua marca ao maior encontro vidreiro da América Latina. Entre em contato com Rosana Silva pelo e-mailrsilva@abravidro.org.br ou tel. (11) 3873-9902 e veja as condições.
Crédito da imagem de abertura: Club Med Rio das Pedras