ABNT prepara normalização de fachadas-cortina

Em sua última reunião, realizada em 21 de outubro, a Comissão de Estudos de Esquadrias da ABNT inseriu em seu plano de normalização setorial a elaboração do texto base para a ABNT NBR 10821-8 — Esquadrias para edificações – Parte 8 – Esquadrias externas – Condições específicas para fachadas-cortina. Os trabalhos serão realizados ao longo de 2022, com a inclusão nessa norma de requisitos adicionais em relação aos já previstos na Parte 2 (Esquadrias externas – Requisitos e classificação) e na Parte 4 (Requisitos adicionais de desempenho).

Referências de fora
De acordo com Fabíola Rago Beltrame, diretora do Instituto Beltrame da Qualidade, Pesquisa e Certificação (Ibelq), o texto dessa nova parte da ABNT NBR 10821 terá como base a norma europeia EN 13830 (sobre o padrão de fachadas-cortina). “Acreditamos que será uma grande evolução para o setor das esquadrias no Brasil”, avalia Fabíola, também responsável por coordenar as comissões de estudo de esquadrias e guarda-corpos do Comitê Brasileiro de Esquadrias, Componentes e Ferragens em Geral (ABNT/CB-248).

A diretora do Ibelq explica ainda que a EN 13830 cita uma família de outras normas que também serão adotadas na elaboração da Parte 8 da ABNT NBR 10821, como as partes 1 e 2 da EN 14351 (sobre padrão e características de performance de janelas e portas) e a EN 16759 (sobre o desempenho mecânico da colagem em superfícies de alumínio e aço de envidraçamento colado para portas, janelas e fachadas-cortina).

Conteúdo
Tomando a EN 13830 como base, a comissão estudará a avaliação dos seguintes requisitos nas fachadas-cortina:

– Reação;

– Resistência ao fogo e propagação do fogo;

– Estanquidade à água;

– Resistência
a) ao peso próprio da esquadria;
b) às pressões de vento;
c) à carga de neve (apenas quando necessário);
d) ao impacto;
e) às cargas horizontais;
f) aos abalos sísmicos;
g) ao choque térmico;

– Desempenho acústico e térmico;

– Penetração de ar;

– Permeabilidade ao vapor de água;

– Resistência à radiação;

– Proteção contra choque elétrico;

– Durabilidade.

“Podemos ver por essa lista que algumas avaliações não são realizadas atualmente nas esquadrias e, portanto, precisam ser estudadas com bastante atenção”, destaca a coordenadora. Dessa forma, os requisitos e métodos de ensaio específicos para fachadas-cortina serão descritos na Parte 8 — contudo, aqueles que forem os mesmos para fachadas-cortina e portas e janelas poderão referenciar a Parte 3 da norma (Esquadrias externas e internas – Métodos de ensaio). Esse trecho poderá sofrer alguma revisão a fim de se inserir maiores detalhes para os ensaios nos produtos.

O meio técnico também considera que a Parte 2 (Esquadrias externas – Requisitos e classificação) pode ser completada quando se trata da avaliação das fachadas-cortinas: “Após a publicação da ABNT NBR 10821-8, a comissão de estudos pretende revisar a ABNT NBR 10821-2 e torná-la específica para esquadrias entre vãos”, informa Fabíola.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Caleidoscópio – novembro 2021

DADOS & FATOS

O boom da construção
A construção civil deverá ter, em 2021, o maior crescimento para o setor dos últimos 10 anos. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) alterou a expectativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) da área para 5% — a previsão anterior era de 4%. A evolução dos indicadores de atividade do setor em todo o País, conforme dados da Sondagem Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com apoio da CBIC, mostra que, no terceiro trimestre, o nível de atividade foi de 50,4 pontos. Indicador maior só ocorreu em 2010, quando era de 54,5 pontos.

Poderia ser ainda melhor
A melhora das atividades da construção se deve ao incremento do financiamento imobiliário, à demanda consistente, ao avanço do processo de vacinação e à continuidade de pequenas obras e reformas. Se não fossem a inflação exagerada e a falta de insumos, o crescimento dos índices seria ainda mais expressivo, avalia a CBIC.

Preocupações
Inflação e falta de insumos não atrapalham apenas a construção civil. Micros e pequenas (MPEs) indústrias apontam a falta ou o alto custo de matéria-prima como um dos principais problemas enfrentados no último ano. A informação é da edição do terceiro trimeste deste ano do Panorama da Pequena Indústria, da CNI.

 

RETROVISOR

Marcos da Abravidro
A edição de outubro de 2003 saiu recheada de novidades: além de destacar a então nova sede da Abravidro, na Rua Monte Alegre, no bairro paulistano das Perdizes, comunicou a parceria da entidade com o Instituto Falcão Bauer para ensaios de vidros e anunciou a criação do portal de notícias da associação.

 

FIQUE POR DENTRO

Gastronomia com vista proporcionada pelo vidro

Quem não gosta de apreciar um bom prato diante de uma vista panorâmica? Essa é uma mistura que não tem como dar errado e tem se tornado cada vez mais comum — já tem até nome, “rooftop”, como costumam ser chamados bares ou restaurantes em coberturas de prédios. São Paulo acaba de receber mais um, o Priceless (foto), no terraço do Edifício Alexandre Mackenzie, mais conhecido por abrigar o Shopping Light. Guarda-corpos de vidro oferecem segurança sem impedir a vista para o Theatro Municipal e Vale do Anhangabaú. Com mais vidro, o Lassù (na Zona Norte paulistana e com vista de tirar o fôlego) e os moderninhos Seen e The View — na região da Avenida Paulista — contam com paredes envidraçadas que desnudam a cidade. Todos bebem na fonte do Terraço Itália. Erguido no Centro da cidade, há décadas ele oferece pratos da alta gastronomia acompanhados da vista da metrópole — através do vidro, claro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Incertezas no caminho

domingos-nov2021A essa altura do ano passado, o setor vidreiro trabalhava freneticamente para atender a forte demanda pelo nosso material. Em 2021 não dá para reclamar, mas a performance já está diferente. A construção civil segue com ótimo ritmo de lançamentos, especialmente em São Paulo, mas a demanda já vem recuando, por conta da deterioração do cenário econômico, com inflação em alta e redução do poder de compra do consumidor.

Principal demandante de vidro, o setor da construção civil revisou para cima sua previsão de crescimento do PIB 2021. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a previsão é crescer 5%. Se confirmada, será o melhor resultado do setor em 10 anos, embora as atividades estejam de volta aos patamares de 2008. Numa sinalização para o futuro, o índice de confiança do empresário da construção para os próximos seis meses é positiva. Ainda segundo a entidade, a falta ou o alto custo da matéria-prima são os principais pontos de inquietação do setor. No que diz respeito às preocupações, podemos dizer que o mesmo vale para nós, considerando os expressivos aumentos no custo do float registrados este ano.

Enquanto o Papai Noel não vem, seguimos atuando atentos aos movimentos de mercado e aos temas que podem nos causar problemas, como a crise hídrica e seu impacto no custo e disponibilidade de energia elétrica, além de questões relacionadas a outros importantes insumos do nosso mercado. O que esperar de 2022 tem sido a grande pergunta que ouvimos por aí e é uma pergunta difícil de responder.

Outra pergunta que tem sido recorrente é sobre o 15º Simpovidro. Como anunciado em março, o evento será realizado no último trimestre de 2022. Nossa equipe já está trabalhando para que possamos, em breve, anunciar os detalhes ao mercado. O Encontro Sul-Brasileiro de Vidreiros, realizado no mês passado em Foz do Iguaçu, deu uma boa amostra da expectativa da cadeia vidreira por reuniões presenciais. Outro importante ponto de encontro dos vidreiros será a Glass South America, marcada para o final de junho. O ano que vem promete mesmo agenda cheia!

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Eastman expande seu catálogo

A Eastman comunicou em outubro que irá adquirir os negócios e ativos da Matrix Films, comerciante das películas de proteção de pintura PremiumShield. Segundo a empresa, isso expandirá sua capacidade de desenvolvimento de moldes para esses produtos, trazendo um banco de dados padronizado e também maior experiência em treinamento de instalação para seus negócios. O investimento tem como objetivo complementar a base de revendedores automotivos da Eastman na América do Norte, Europa e Oriente Médio de forma a impulsionar o crescimento em películas de proteção de pintura e películas para janelas. Os termos do acordo não foram divulgados.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Entidades mineiras retomam curso presencial

A Amvid-MG e o Sinvidro-MG realizaram, de 13 de outubro a 8 de novembro, o curso “Especialização em Instalação de Vidros Temperados e Especiais – Nível I”. O treinamento, em formato presencial, utilizou as instalações da Escola Senai Paulo de Tarso, em Belo Horizonte. A turma de alunos foi reduzida. Exigiu-se que, além do uso de máscaras durante as aulas, os participantes tivessem tomado pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19. Os organizadores manifestaram-se bastante satisfeitos e felizes com a possibilidade de retomar os cursos in loco, já que a prática acompanhada lado a lado pelo instrutor é fundamental.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sincomavi-SP participa do Feicon Live Show

No dia 5 de outubro, o Sincomavi-SP organizou o painel “Os novos cenários e desafios na gestão do varejo”, parte do 1º dia de programação do evento online Feicon Live Show. Jaime Vasconcellos, economista do sindicato, falou sobre a tendência de estabilização nas vendas do setor do varejo e da construção e o bom momento do mercado imobiliário no plano econômico, apesar da alta das taxas de juros. Ele também mencionou o aumento nos preços dos materiais de construção. Ainda em outubro, no dia 20, a entidade liderou o webinar gratuito “O Poder da Conexão”, parte das atividades do Grupo Informal de Profissionais de Recursos Humanos do Comércio de São Paulo (Grupo ConstRHuir), com palestra de Alexandre Damiani.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Grupo Biesse realiza Inside 2021

O Grupo Biesse organizou mais uma edição do Inside 2021, de 11 de outubro a 5 de novembro. O evento, realizado em formato híbrido em Pesaro, Itália, teve visitas presenciais aos showrooms da Biesse e Intermac e também webinars e demonstrações em tempo real de soluções para os participantes online, incluindo sistemas de corte a jato d’água e centros de trabalho verticais. Também em outubro, o grupo assinou contrato para a aquisição de 100% da Forvet, fabricante de máquinas automatizadas para o beneficiamento do vidro. O CEO da Biesse, Roberto Selci, considera que o investimento permitirá o trabalho com soluções industriais complementares, perfeitamente integradas às tecnologias das demais empresas do conglomerado.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sindividros-RS organiza eventos online

A 4ª edição do Vidro Delas – Encontro Feminino do Sindividros-RS foi realizada em 14 de outubro como parte do Qualividros, o programa de capacitação profissional do sindicato gaúcho. Essa foi a primeira vez que o evento, voltado para o público feminino, teve formato online. A programação incluiu palestra da designer de interiores Karen Fanti, sobre o uso do espelho na arquitetura e no design, além de seu papel na autoestima das mulheres. A coach e administradora Nubiana Oliveira, também palestrante, abordou o desenvolvimento profissional feminino. No dia 18, a entidade organizou o curso online “Atendimento – Transforme Clientes em Fãs”. Ministrado pela instrutora Angéllica Noguez, o conteúdo abordou a importância do investimento no atendimento e mostrou como traçar o perfil do cliente e as principais estratégias para transformá-los em fãs da empresa.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Abravidro participa de cerimônia de curso da Mackenzie

No dia 8 de novembro, a Universidade Presbiteriana Mackenzie realizou, no formato online, a cerimônia de encerramento do seu “8º Curso de Extensão Arquitetura e Construção: Materiais, Produtos e Aplicações”. A Abravidro, parceira nesse treinamento e responsável pelo módulo sobre vidros, foi representada na solenidade pela coordenadora técnica Vera Andrade. Em sua mensagem, a coordenadora destacou o quanto a Abravidro valoriza a iniciativa, responsável por ajudar a aproximar nosso setor dos futuros profissionais especificadores do material. Gabriela Bastos, aluna do curso, doutoranda em arquitetura e representante do corpo discente, destacou as orientações práticas e dicas para a execução das obras apresentadas nas aulas, bem como a proximidade da turma com os profissionais que ministraram o curso.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Arquitetos comentam os benefícios dos vidros de controle solar

Em outubro, O Vidroplano publicou uma matéria especial sobre o mercado de vidros de controle solar para residências. Este mês, voltamos ao tema para apresentar projetos de casas e edifícios residenciais com esses materiais espalhados pelo Brasil. Os arquitetos envolvidos explicam os motivos que levaram à escolha do produto e quais benefícios eles oferecem para as obras.

 

CASA JJ
Local: Eusébio, CE
Vidros usados: laminados 4+4 mm de Performa Duo Bronze (Vivix, processados por Amazon Temper), no fechamento frontal

arquitetura2

 

No condomínio Alphaville Eusébio, em Eusébio (CE), a arquiteta Lara Ximenes é a responsável pelo design da Casa JJ. “A fachada principal fica na direção do Sol poente, por isso a importância da utilização desse tipo de vidro, para permitir a entrada de iluminação natural ao mesmo tempo que garante o conforto térmico dos moradores”, explica a arquiteta. De acordo com Lara, a cidade se localiza próximo ao litoral cearense, tendo incidência solar elevada. Isso explica a preocupação dos clientes com esse assunto, afinal eles também participaram do processo de escolha do material a ser aplicado. Como não poderia deixar de ser, o vidro auxilia na eficiência energética do local, exigindo menor uso do sistema de refrigeração.

 

arquitetura-waveWAVE ALPHAVILLE
Local: Barueri, SP
Vidros usados: SunGuard Light Blue 52 (Guardian, processados por Tempermax), nos fechamentos dos apartamentos voltados para as sacadas

Inspirado nos arranha-céus de metrópoles internacionais como Dubai, Nova York e Miami, o Wave Alphaville aposta em formas curvas para trazer movimento e suavidade ao projeto. Criado pelo Studio Era Arquitetura, o prédio, empreendimento da Módena Cipel Incorporadora e Construtora, teve suas obras concluídas em dezembro do ano passado. Os apartamentos, de alto padrão e disponíveis em versões de até três quartos, apostam na tecnologia. Os vidros não ficam de fora dessa escolha: os de controle solar na fachada envidraçada não só barram o calor, mas também contribuem para a transparência que oferece total visão dos arredores.

 

arquitetura3CASA ONDA
Local: Castro, PR
Vidros usados: laminados 4+4 mm de Habitat (Cebrace, processados por Linde Vidros), nos fechamentos frontais e em janelas

Assinada pela arquiteta Monica Menarim Requião, do escritório Menarim Arquitetura, a residência ganhou esse nome por conta do telhado curvo que remete ao movimento da água. O projeto se inspira na arquitetura orgânica. Ao imitar formas encontradas na natureza, busca maior interação com o meio ambiente. Aqui, essa ligação é ainda mais forte, já que todas as fases da construção seguiram conceitos de sustentabilidade, fato que concedeu à obra a certificação GBC Brasil Casa, conquistada em 2018. O uso de vidros de controle solar parte desse princípio, pois ajudam a diminuir o uso de energia, graças ao menor uso de ar-condicionado, em torno de 30%. “Nós, arquitetos e urbanistas, estamos atentos ao que o mercado oferece de melhor. Conheci esses vidros em um curso de MBA em construção sustentável e eles me chamaram muito a atenção”, comenta Monica.

 

arquitetura4

CASA AZUL
Local: Sinop, MT
Vidros usados: Habitat Refletivo Champanhe (Cebrace, processados por Guaporé Vidros), nos fechamentos frontais e em janelas

Outra residência a ganhar certificação de sustentabilidade é a Casa Azul, com design de Carol Barreto. Construída em um condomínio fechado de alto padrão, recebeu o Selo Procel Edificações, outorgado pela Eletrobras e Inmetro para edificações com excelente eficiência energética. Mais uma vez, nosso material contribuiu diretamente para o feito. A versão do Habitat instalada nos vãos, juntamente com esquadrias de alumínio de acabamento amadeirado, barra 40% da entrada de calor. A versão refletiva do produto garante também maior privacidade aos moradores, limitando a visão dos interiores durante o dia. “A qualidade do conforto térmico era uma das prioridades para a busca da certificação. Como a região de Sinop é muito quente, nesse projeto foi priorizada a escolha assertiva dos materiais construtivos”, explica a arquiteta.

 

arquitetura1JR&M HOUSE
Local: Campinas, SP
Vidros usados: ClimaGuard SunLight (Guardian, processado por Cyberglass), na fachada frontal

Projeto da Uffizi Arquitetura, a JR&M House tem um total de 450 m², construídos em 2019, num extenso terreno de 900 m², no condomínio Montblanc, em Campinas (SP). A casa recebeu fechamento envidraçado do chão ao teto, ao longo de toda a extensão de sua fachada frontal. Pelo fato de vários cômodos estarem expostos à luz natural (como cozinha e salas de estar e jantar), o vidro de controle solar foi a melhor escolha para preservar o mobiliário, já que consegue reduzir a entrada dos raios ultravioleta, responsáveis por desbotar e estragar objetos e estofados. O material também evita o efeito de ofuscamento no ambiente interno e, claro, garante conforto térmico aos interiores.

 

arquitetura6CASA JD
Local: Fortaleza
Vidros usados: laminados 4+4 mm de Performa Duo Cinza (Vivix, processados por Amazon Temper), na fachada frontal

O projeto, do escritório Marcus Novais Arquitetura, buscou aliar a estética contemporânea ao alto desempenho em conforto térmico, juntamente com transparência extra para os interiores. Localizado no condomínio residencial Alphaville Fortaleza, na capital cearense, a Casa JD conta com um pano de vidro em sua parte frontal. “A escolha desses vidros foi guiada também pela necessidade estética de termos um material mais reflexivo na fachada, gerando contraste com a opacidade do restante da estrutura”, conta o arquiteto Lucas Novais. Segundo ele, os clientes se envolveram com as especificações dos diferentes elementos da casa, incluindo o vidro: “Eles entendiam ser o ponto de maior destaque da obra voltado para a rua. Em suma, a solução foi perfeita”.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

10º Encontro Sul-Brasileiro é realizado no PR

Cerca de 200 pessoas participaram da 10ª edição do Encontro Sul-Brasileiro de Vidreiros nos dias 21 a 24 de outubro, no Mabu Thermas Grand Resort, em Foz do Iguaçu (PR). O evento, organizado pela Adivipar-PR, em parceria com a Ascevi-SC e com o Sindividros-RS, foi o primeiro de grande porte de nosso setor em formato presencial desde o início da pandemia.

A programação trouxe palestras com temas variados, um espaço para exposição de produtos das empresas apoiadoras e atividades de lazer para os participantes. A seguir, O Vidroplano apresenta um apanhado desse conteúdo.

 

encontro-sul2

 

Reencontro do setor
A cerimônia de abertura, no dia 21, contou com representantes das três entidades sulistas no palco. O momento também foi marcado pela posse de Lucas Bremm de Oliveira como novo presidente da Adivipar – embora ele já desempenhasse essa função desde o ano passado, a pandemia impediu que houvesse uma solenidade oficial para isso. Oliveira falou dos seus sentimentos à frente da gestão atual e agradeceu aos antecessores, associados e à diretoria pelo apoio.

Nos discursos feitos na sequência, representantes de entidades vidreiras destacaram a emoção de participar de um evento como esse depois de tanto tempo. José Domingos Seixas, presidente da Abravidro, cumprimentou a Adivipar pela dedicação para que o encontro fosse possível.

O dirigente do Sindividros-RS, Rafael Ribeiro, destacou que o sindicato gaúcho comemora 80 anos de existência em 22 de novembro. Samir Cardoso, primeiro-tesoureiro da associação catarinense e presidente do Sindicavidros-SC, reforçou a importância da atuação das entidades sulistas em tempos de pandemia.

 

escontro-sul3

 

Da sucessão familiar à inteligência emocional
A primeira palestra, Como fazer a sucessão familiar?, foi ministrada por Loren D Angelo, diretora da Dale Carnegie em Campinas e Região de São Paulo. Loren enfatizou a importância da troca de conhecimentos entre os gestores atuais das empresas e os filhos que irão sucedê-los. Líderes eficientes são aqueles que ouvem e valorizam as opiniões dos sucessores, os quais tornam-se mais engajados com o presente e futuro das empresas quando seus pais apresentam honestidade e integridade nas atitudes.

Marcos Sousa, diretor da Superação Treinamentos e Consultoria, ao falar sobre o tema Você realmente sabe vender?, alertou que adaptar os canais de vendas aos tempos atuais é essencial. De acordo com ele, 97% dos idosos acessam a Internet, enquanto 66% dos brasileiros são ativos nas redes sociais. Por isso, é importante que as empresas se façam presentes em espaços como o WhatsApp Business e Live Commerce.

 

encontro-sul4

 

Com o tema Planejamento sucessório tributário e patrimonial, Alexandre Dangui, sócio-fundador do escritório Carminatti & Dangui Advogados Associados, apresentou uma visão geral sobre algumas soluções disponíveis na realidade brasileira para essa área. Para Dangui, não há solução mágica: cada empresa tem de escolher aquilo que é mais adequado às expectativas de seus fundadores e da realidade da companhia, verificando, entre outros pontos, se há sucessores aptos a administrá-la.

Na última palestra, Inteligência emocional e inovação, Allan Costa, cofundador da plataforma AAA Inovação, provocou a plateia a mudar seu modelo mental para abraçar mudanças e pensar sobre a essência de seus negócios de forma a deixar o cliente satisfeito. Afinal, em tempos de mudança acelerada, poucas coisas são imutáveis – e uma delas é a necessidade de ter clientes satisfeitos.

Outras atividades
Nos intervalos entre as palestras, os participantes puderam visitar uma área com estandes da Acidatos, patrocinadora master do encontro, e das demais empresas apoiadoras da iniciativa – Agmaq, Arbax, Bottero, Diamanfer, ECG Sistemas, Finoglas, Glassparts, Glasspeças, GR Gusmão, Indoor Glass, Intermac, Latamglass, Lopes Máquinas, Massfix, Muniz Representações, Sicoob, Sglass, SYM e Vetro Máquinas.

Outra atividade paralela, realizada no dia 23, foi o treinamento “Como fazer a sucessão familiar”, ministrado por Loren D Angelo. O conteúdo foi direcionado especificamente para os filhos dos empresários vidreiros na faixa de idade de 15 a 30 anos.

Houve ainda espaço para uma apresentação institucional da Abravidro. José Domingos Seixas exibiu um vídeo com as ações promovidas pela associação e reforçou a importância de os processadores participarem da pesquisa que possibilita a produção do Panorama Abravidro, estudo econômico e produtivo anual realizado pela entidade.

 

encontro-sul5

 

Hora do lazer
Se os dias do 10º Encontro Sul-Brasileiro eram dedicados à troca de conhecimentos e networking, as noites trouxeram atividades para descontração. No dia 21, houve uma apresentação de danças típicas da tríplice fronteira em que Foz do Iguaçu se encontra.

Na noite seguinte, os participantes puderam aproveitar um jantar especial de costela de dois fogos, com música ao vivo.

Já no jantar de encerramento do encontro, houve um show do Grupo Contemplação, que contou ainda com uma apresentação de dança feita pelo casal Heide e Rogério Alves, da Prisma Têmpera, associada da Adivipar.

 

encontro-sul6

Missão cumprida!
O 10º Encontro Sul-Brasileiro de Vidreiros foi encerrado com o discurso de Lucas Bremm, no qual agradeceu à comissão organizadora, bem como aos parceiros e participantes. Ao final, juntaram-se a ele no palco Rafael Ribeiro (Sindividros-RS); Samir Cardoso (Ascevi) e José Domingos Seixas para o encerramento oficial.

“Acredito que só o fato de podermos estar juntos, presencialmente, compartilhando informações e recebendo conteúdo já caracteriza uma grande vitória. Foi um lindo evento, recheado de aprendizado, emoção e oportunidades para os participantes realizarem negócios”, afirmou Oliveira para O Vidroplano.

A próxima edição do Encontro Sul-Brasileiro de Vidreiros será realizada no Rio Grande do Sul, em 2023 – a data e o local ainda serão anunciados.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Reencontro

Participar, no fim de outubro, da 10ª edição do Encontro Sul-Brasileiro de Vidreiros, em Foz do Iguaçu (PR), foi reconfortante. A sensação de que as atividades do setor retomam o “velho normal” traz maior confiança na possibilidade de uma retomada consistente de nosso segmento – ainda que as máscaras e o distanciamento continuem necessários. Clicando aqui, você confere o que de melhor aconteceu na reunião organizada pelas entidades do Sul do País, reunindo conteúdo técnico, negócios e networking num só lugar.

Ainda sobre eventos presenciais, esta edição traz a segunda parte da cobertura da Casa Cor SP, a maior mostra de arquitetura e design de interiores das Américas. Mostramos mais ambientes com soluções criativas envolvendo vidros e espelhos — e também alguns dos destaques da Casa Cor PE nesse quesito.

Não poderia deixar de comentar também a reportagem de capa deste mês, na qual explicamos o desafio de produzir vidro curvo. Você sabe como é feita a curvação das peças? As empresas com quem conversamos revelam a importância do cálculo para se chegar às medidas corretas das chapas, entre outras informações relevantes para esse trabalho.

Boa leitura!

Iara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Mirante em Nova York faz uso abundante de vidros e espelhos

O arranha-céu One Vanderbilt, localizado no coração de Manhattan, Nova York, ganhou em seu topo, no fim de outubro, uma atração que já se tornou uma das mais exuberantes da cidade. O Summit One Vanderbilt é um mirante dos mais elaborados do mundo: além de oferecer espaço para a observação da metrópole e seus arredores, conta ainda com diversas instalações funcionais, incluindo elevador panorâmico, terraço e um espaço criado por um artista multimídia que mexe com os sentidos dos visitantes.

 

vidro-em-obra2

 

Levitação e ascensão
Você se lembra do Sampa Sky, mirante paulistano que foi capa da edição de agosto de O Vidroplano? O Summit de Nova York conta com uma construção semelhante. Chamada Levitation, ela possui dois decks envidraçados que “saltam” da fachada do prédio. Estão a mais de 300 m de altura, bem em cima da Avenida Madison.

Outro ambiente de tirar o fôlego é o Ascent, o maior elevador externo do mundo totalmente feito com nosso material. O acesso a ele se dá por um terraço que se abre para os lados Sul e Oeste do edifício – de onde é possível enxergar até 128 km de distância. Ali também está o café Après servindo quitutes e drinks para combinar com a bela vista.

Tanto o Levitation como o Ascent são feitos de multilaminados com o vidro antirreflexo Clearsight, da AGC.

 

vidro-em-obra3

 

No ar
Isso tudo já transformaria a obra em um novo marco americano. Porém, o melhor ainda nem foi mencionado: a instalação Air, criada pelo renomado artista Kenzo Digital, especialista em desenvolver espaços físicos que misturam tecnologia e arte para oferecer experiências sensoriais.

O conceito da Air está presente já no solo. A entrada para o Summit pelo Grand Central Terminal, um dos principais terminais de ônibus e metrô da cidade, conta com um longo corredor no qual luzes e sons iniciam a imersão do visitante. Após entrar em um elevador todo espelhado, que sobe 91 andares em menos de um minuto, chega-se ao local chamado Transcendence.

 

vidro-em-obra4

 

São dois andares revestidos de laminados espelhados, instalados no chão, teto e colunas. Andar por ali é como flutuar em uma sala infinita: parece que existem múltiplos andares acima e abaixo de você, mas na verdade são apenas os reflexos confundindo nossa sensação espacial. “A Air é como se fosse outra dimensão, onde você descobre que o tempo se rearranja de forma fluida como o que se vê na instalação”, filosofa Kenzo. “Por meio da sobreposição de formas, esse espaço força você a estar focado no momento presente, com calma, consciência e liberdade.”

 

vidro-em-obra5

 

Ao todo, quase 1.000 m² de vidros foram usados nessa parte do Summit. As peças são formadas por uma chapa incolor + interlayer estrutural SentryGlas (da Kuraray) + uma chapa de espelho. “As bases de alumínio que suportam esses conjuntos foram desenvolvidas e produzidas especialmente para o projeto”, explica Wayne Conklin, fundador da Glass Flooring Systems, processadora que forneceu o material para a obra. A instalação foi feita pela Mistral Architectural Metal + Glass.

 

Ficha técnica
Obra: Summit One Vanderbilt
Autor do projeto: escritório de arquitetura Snøhetta
Local: Nova York
Conclusão da obra: outubro de 2021

Vidros usados nos decks de observação e no elevador: insulado de multilaminados com o antirreflexo Clearsight
Fabricante: AGC

Vidros usados na instalação Air: laminados de chapa incolor + interlayer estrutural SentryGlas + chapa de espelho
Processadora: Glass Flooring Systems
Instaladora: Mistral Architectural Metal + Glass
Fabricante do PVB: Kuraray

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conheça mais sobre vidros curvos

O desafio de produzir peças de vidro curvo é enorme, mas a beleza das peças vale o esforço – basta conferir as imagens desta reportagem e o projeto apresentado na matéria sobre uso de vidros de controle solar em residências. Este mês, O Vidroplano traz um conteúdo especial sobre esse produto, revelando alguns segredos de sua fabricação. Como é feita a curvação? Trabalhar com vidro curvo exige mais técnica? Qual a importância do cálculo para se chegar às medidas corretas das peças? Saiba tudo isso e mais a seguir.

 

escada-vidro

 

Quais são os processos de curvação?
Existem duas formas de produzir esse material:

– A quente
Nesse processo, o vidro é aquecido a altas temperaturas de duas maneiras:

-No forno próprio para a tarefa: nesse tipo de equipamento, a peça é aquecida a cerca de 580 °C, tornando-se flexível o bastante para ser conformada em moldes com o formato desejado. Assim como na têmpera (veja abaixo), o resfriamento deve ser controlado para evitar que o vidro crie tensões dentro dele – o que pode levar a quebras posteriores;

-Na têmpera: aqui a peça passa por uma célula de curvatura chamada calandra. “Primeiro, o float entra em uma seção de aquecimento, a uma temperatura de até 650 °C. Na sequência, vai para a calandra, onde é programado o raio de curvatura desejado e feito o resfriamento. Esse processo leva, em média, um minuto e meio – e o vidro já sai temperado de lá”, explica Mônica Griesang, diretora da VHM Vidros. Devido à praticidade e economia, justamente por dispensar moldes, esse é o método mais utilizado atualmente.

– A frio
Pouco utilizada no Brasil, a peça não é aquecida, já que é produzida de acordo com a temperatura ambiente – pode, inclusive, ser curvada após a têmpera. O vidro é colado ou parafusado em um caixilho — e é esse caixilho o responsável por “dobrar” nosso material mecanicamente. As peças feitas dessa forma terminam com uma curvatura pequena, com um ângulo bem aberto. Por isso, são indicadas para painéis únicos de vidros finos ou para unidades de insulados.

 

fachada-vidro

 

Cálculos perfeitos
As processadoras devem levar em consideração a própria capacidade de produção antes de aceitar pedidos de vidro curvo: sempre consulte previamente os projetos para saber se conseguirá atender as formas solicitadas. Caso tenha de criar um formato específico de peça, esse custo a mais tem de ser somado ao valor da mercadoria.

Por isso mesmo, quem trabalha com vidros curvos precisa saber alguns termos de geometria básica, relacionados a circunferências – somente assim será capaz de especificar de acordo com o que foi solicitado pelo cliente. Lembre-se: caso as peças não atendam o que foi acordado, é sua empresa que terá de arcar com os custos do retrabalho.

Listamos aqui alguns dos principais termos utilizados na produção do vidro curvo.

– Diâmetro: reta que passa pelo centro da circunferência e vai de uma extremidade à outra;

– Raio: reta que une um ponto qualquer da circunferência ao centro dela;

– Arco: pedaço da circunferência;

– Corda: reta que une dois pontos da circunferência;

– Flecha: reta que une um ponto localizado na metade da corda a um ponto localizado na metade do arco correspondente.

Desafios e como superá-los
De acordo com as empresas consultadas para esta matéria, o processamento de vidros curvos é mais difícil e técnico do que o de um sem curvatura – por diversos motivos. “O sistema de calandra exige controle maior do sistema de aquecimento e curvatura para garantir um raio uniforme”, comenta Emerson Arcenio, diretor-industrial da Vidrolar.

Mônica Griesang, da VHM, cita que o vidro curvo tem menor aproveitamento no forno de têmpera se comparado ao plano. “Além disso, o ajuste do raio não é tão simples, pois se deve realizar conferências com gabaritos, já que uma parte do ajuste se dá de forma mecânica”, afirma. Outra questão a ser levada em conta: a menor produtividade durante a fabricação do produto para projetos de construção civil. “Devido ao setup lento para o ajuste do raio de curvatura, trabalhar com muitos raios diferentes em uma única obra pode ser um empecilho”, destaca Mônica. No entanto, outros setores, como o de linha branca e refrigeração, são mais ágeis nesse sentido. “Para expositores gastronômicos, por exemplo, contamos com raios padronizados para os clientes. Como se trata de peças seriadas, isso não se torna um problema.”

Durante a fabricação, a atenção à configuração dos maquinários mostra-se como o principal segredo para o beneficiamento bem-feito. Bruna Nandi da Motta, diretora da Vipel, aponta tópicos relevantes sobre isso:

– Rolos do forno devem sempre estar extremamente limpos, para não causarem marcas nas peças;

– A regulagem das calandras precisa seguir as pressões corretas do equipamento;

 

fachada-curva

 

– A pressão de ar da calandra também deve ser regulada, para evitar problemas relacionados à fragmentação da peça;

– O excesso de temperatura pode gerar manchas como marcas do rolo.

Como alerta José Guilherme Aceto, diretor da Avec Design, o processamento também é responsável por questões que farão a diferença quando o material estiver instalado. “Um vidro malprocessado gera distorções ópticas e instabilidade mecânica, podendo quebrar espontaneamente ou com pequenos esforços”. E, além desses cuidados, não se pode esquecer da procedência do vidro a ser curvado: deve-se ficar atento em falhas na superfície das chapas, como lascas e riscos: elas podem comprometer a vida útil do produto.

 

fachada-curva-carro

 

De olho na instalação e manuseio
Aceto, da Avec Design, reforça que a complexidade segue depois do processamento. “A dificuldade se dá principalmente na instalação, seja em vãos ou caixilhos, pois requerem muita precisão dimensional.” Deve-se ter o cuidado de não deixar as peças tensionadas ao serem aplicadas – o encaixe precisa de uma folga entre o vidro e o caixilho, já que nosso material dilata quando sofre variação de temperatura. Importante reforçar que isso também ocorre em fornos e balcões refrigerados. Ou seja, nesses mobiliários, caso não haja a folga, a chapa pode se romper.

O transporte e manuseio são outros elementos do trabalho que precisam de cuidados especiais. Dependendo do tamanho das peças, equipamentos especiais são necessários, como ventosas que acompanham a curvatura dos vidros, para que não corram risco de quebras ou acidentes durante a movimentação no canteiro de obras.

 

freezer-vidro

 

Dicas preciosas para o processamento
O instrutor técnico da Abravidro, Cláudio Lúcio da Silva, também apresenta sugestões de boas práticas para a tarefa:

Curvação com têmpera:
– Enformar as peças usando o mesmo lado do vidro para cima (por exemplo, se for o lado do estanho, fazer com que todas estejam viradas do mesmo jeito). Isso trará em maior uniformidade ao resultado final em relação aos raios e curvatura;

– Ter atenção especial à planimetria dos dois sistemas de rolos (superiores e inferiores) da calandra. Se não configurados, pode resultar em raios irregulares e diferentes ou pontos de concentração de tensionamento;

– Conservar o revestimento dos rolos superiores e inferiores da calandra;

– Ter atenção especial ao posicionamento de entrada das peças no módulo de aquecimento, para que fiquem posicionadas corretamente na calandra.

Curvação sem têmpera:
– Ter atenção à limpeza do vidro;

– Usar revestimento adequado na forma de curvação, para que o vidro não tenha contato direto com o molde.

 

vidros-curvos-revista

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Esquadrias acústicas levam conforto ao cliente

Em junho deste ano, O Vidroplano publicou uma reportagem sobre a importância do conforto acústico nos ambientes e o papel que o vidro pode desempenhar para alcançá-lo. Esse é um segmento que pode ser bastante interessante para sua vidraçaria explorar – para isso, é necessário conhecer o desempenho dos produtos e os cuidados necessários para sua instalação. A seguir, conheça mais sobre o cenário das esquadrias acústicas no Brasil e algumas soluções disponíveis no mercado.

Conforto na pandemia
A preocupação com o isolamento acústico aumentou nos últimos anos – e a Covid-19 foi um fator relevante para isso. “A pandemia colocou à prova a eficiência das edificações”, afirma Lucínio Abrantes, vice-presidente de Relações Institucionais da Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal). “A necessidade de isolamento social por um longo período obrigou as pessoas a conhecer na prática a importância do desempenho do conforto acústico, lumínico, térmico e ergométrico das obras.”

Essa percepção é compartilhada por Eduardo Rosa, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Sistemas, Perfis e Componentes para Esquadrias de PVC (Aspec PVC). “A busca pela melhoria das condições de trabalho em home office tem levado ao aumento na procura por esquadrias com desempenho acústico, tanto pelas construtoras como pelo consumidor final, para trabalhos de retrofit e também novas edificações”, destaca o dirigente.

As normas técnicas são outro fator que vem contribuindo para a maior procura por essas soluções. Uma das mais importantes nesse sentido é a ABNT NBR 15575 — Edificações habitacionais – Desempenho. “Após sua publicação, as construtoras começaram a exigir mais dados técnicos e relatórios de performance das esquadrias, incluindo o desempenho acústico dos sistemas. Além disso, os consumidores passaram a buscar informações detalhadas na hora da compra”, relata Leandro Gonçalves, gerente de Projetos da Divinal Vidros.

 

para-sua-vidraçaria2

 

Segundo a engenheira civil Fabíola Rago Beltrame, diretora do Instituto Beltrame da Qualidade, Pesquisa e Certificação (Ibelq), os laboratórios do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo, e do Instituto Tecnológico em Desempenho e Construção Civil (itt Performance), no Rio Grande do Sul, já estão certificados para realizar ensaios e avaliar aspectos como ruídos de impacto e desempenho do sistema em campo, enquanto outros pelo Brasil estão a caminho de se tornar aptos para a tarefa.

Para todos os públicos?
Segundo o engenheiro Robson Campos de Souza, gerente-técnico da Associação Brasileira das Indústrias de Portas e Janelas Padronizadas (Abraesp), o mercado de construtoras e incorporadoras (que correspondia a 30% do volume de esquadrias comercializadas antes da pandemia) tem pleno conhecimento e busca atender as exigências previstas pela ABNT NBR 15575. “Já no mercado de revenda, responsável pelos 70% restantes desse volume, o total desconhecimento dessa necessidade por parte do comprador inviabiliza que o lojista recomende o melhor produto, ficando o fator preço como o ponto decisório pela escolha”, lamenta Souza.

“A questão do custo talvez ainda seja o fator que impede o uso de esquadrias acústicas em mais obras populares”, explica Lucínio Abrantes, da Afeal. “Devido ao aumento na procura por esse tipo de esquadria, os fabricantes em geral estão se adequando para atender a demanda, mas são produtos com preços diferenciados.”

Edison Claro de Moraes, diretor-proprietário da Atenua Som e vice-presidente de Relações com o Mercado da ProAcústica, aponta outra dificuldade para a adoção da solução em obras populares: “Acredito que a maior barreira para o uso de soluções acústicas em imóveis de menor custo seja o desconhecimento dos produtos e também dos malefícios da poluição sonora e seus efeitos no corpo humano”.

Moraes destaca que existem soluções disponíveis a preços mais acessíveis (veja algumas delas no item “Soluções acessíveis no mercado”), sendo importante que as empresas responsáveis por obras populares atentem nisso – afinal, ressalta, os problemas causados pela passagem de ruído para dentro do ambiente também atingem os moradores desses espaços.

 

para-sua-vidraçaria4

 

Etiqueta acústica: avanços e desafios
Uma ferramenta importante para ajudar a identificar se o sistema de vedação atingirá os níveis de desempenho exigidos na ABNT NBR 15575 é a etiqueta acústica, instituída em 2017 por meio de outra norma, a ABNT NBR 10821-4 — Esquadrias para edificações – Requisitos adicionais de desempenho. “Desde então, o desempenho acústico é um item obrigatório que deve ser avaliado e informado pelo fabricante de esquadria ao construtor e ao usuário”, frisa Fabíola Rago. “Alguns fabricantes saíram na frente, submeteram seus produtos a essa avaliação e hoje apresentam a certificação deles no âmbito do Inmetro e do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (SBAC).”

A diretora do Ibelq lamenta que ainda são poucos os fabricantes que submeteram suas esquadrias, portas e janelas ao teste de desempenho acústico. Segundo ela, um dos motivos para isso é a ainda baixa cobrança por parte dos usuários.

Vale destacar que associações como a Aspec PVC e a Afeal mantêm programas setoriais referentes a seus respectivos materiais vinculados ao Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). “No caso das esquadrias de PVC, emitimos a cada trimestre um relatório com a lista das empresas participantes, com os índices de desempenho dos perfis avaliados”, revela Eduardo Rosa, da Aspec PVC.

Já o Programa de Qualidade das Esquadrias Certificadas da Abraesp (Qualiesc) identifica em seu site os fabricantes com esquadrias detentoras de Certificado de Conformidade emitido por um Organismo de Certificação de Produto (OCP), acreditado pelo Inmetro. “Esse programa tem abrangência nacional e permite, entre outros resultados, que as esquadrias que estejam em conformidade com a ABNT NBR 10821 em relação ao desempenho acústico sejam reconhecidas e identificadas pelos consumidores e usuários, independentemente dos locais de produção e comercialização”, informa Robson Souza.

Soluções acessíveis no mercado
Os sistemas mostrados abaixo não trabalham com um único tipo ou espessura de vidro: a especificação varia de acordo com a intensidade e o tipo do ruído a ser isolado. Por exemplo, laminados costumam ser melhores contra ruídos de baixas frequências, enquanto insulados têm desempenho superior para bloquear ruídos de altas frequências.

 

para-sua-vidraçaria3

 

LINHA SLIM
Fabricante: Atenua Som
Material: alumínio
Diferenciais:
– Custo mais baixo em relação a outras esquadrias acústicas no mercado;
– Disponível também como modelo de sobrepor para janelas de correr;
– Ótimo desempenho acústico, principalmente para ruídos de alta frequência (trânsito, buzinas, música alta);
– Treinamento de venda e instalação oferecido pela Atenua Som para o trabalho com o produto.

LINHA SMART PLUS
Fabricante: Espaço Smart
Material: PVC
Diferenciais:
– Custo mais acessível, com atenuação acústica de até 35 dB;
– Feita com o sistema de perfis e reforços de aço produzidos pela Kömmerling, com opções nas cores branca, preta e amadeirada;
– Perfis um pouco menos robustos que os usuais de PVC, proporcionando maior entrada de luz e menor interferência estética nos projetos;
– Possibilidade de uso com vidros insulados e de esquadrias deslizantes com até 2,5 m de altura.

ESQUADRIAS ACÚSTICAS
Fabricante: Silence Acústica
Material: alumínio
Diferenciais:
– Possibilidade de contato direto junto à fabricante para a elaboração do sistema dentro da margem de custo e da necessidade de isolamento acústico do cliente;
– Fornecidas completas e com os insumos a serem usados na instalação, como silicone e parafusos.

 

para-sua-vidraçaria5

 

Qual o melhor material?
“Existe uma polêmica muito grande nesse mercado a respeito de qual é o melhor material em desempenho acústico: o PVC, o alumínio, o aço ou a madeira?”, relata Edison Moraes, da Atenua Som. De fato, esse assunto foi bastante debatido durante o evento “Conversa Franca VidroSom”, realizado em setembro.

Eduardo Rosa destaca que as esquadrias de PVC em geral possuem baixa transmissão acústica e também térmica. “A percepção desse desempenho tem levado ao aumento do interesse de especificadores e consumidores por esses produtos”, afirma. Moraes observa que o PVC também leva vantagem em relação às vedações.

Por outro lado, Abrantes, da Afeal, aponta que o processo de extrusão do alumínio permite a execução de detalhes nos perfis que contribuem para a estanquidade acústica e em relação ao ar e à água. “O material também oferece alta durabilidade, dispensando a necessidade de reparos periódicos para evitar corrosão ou deterioração, além de possuir diversas opções de cores e texturas”, acrescenta.

Moraes explica que o peso de materiais como o alumínio ou o aço contribui para o isolamento de ruídos devido à chamada “Lei da Massa”: segundo essa lei, quanto mais grosso o material, menor será sua vibração quando receber um som em sua superfície e, dessa forma, menor a chance de transmitir esse som. No caso da madeira, como há diversos tipos dela usados em esquadrias, sua densidade e seu desempenho acústico podem variar bastante.

Então, qual é a opção ideal? Segundo o diretor-proprietário da Atenua Som, essa não é a pergunta que deve ser feita. “Como os aspectos construtivos são predominantes para que tenhamos um bom desempenho, o mais importante é a qualidade do fabricante, não o material do perfil a ser usado”, explica.

E mais: todos os materiais que compõem o sistema precisam ter uma boa performance acústica – principalmente os vidros, os quais devem ser, de preferência, insulados e/ou laminados. Fernando Andreatta, gerente de Produtos da Espaço Smart, acrescenta: “A esquadria está sempre inserida em um contexto, por isso, em primeiro lugar, deve ser feita uma análise crítica do ambiente em que a peça será instalada”.

Preservando a qualidade do produto
Para sua vidraçaria trabalhar com esquadrias acústicas, é importante ter em mente que não basta adquirir um produto com alto desempenho – é preciso cuidar bem dele:

Antes do uso: Segundo Thomas Massami, gerente-comercial da Silence Acústica, o produto deve estar bem embalado até o momento de sua instalação, para não comprometer o acabamento ou causar o surgimento de frestas ou folgas no sistema;

No transporte: recomenda-se que as esquadrias sejam acondicionadas na carroceria do veículo de forma que garanta sua estabilidade durante o traslado;

Na instalação: Andreatta, da Espaço Smart, alerta que o vidraceiro precisa garantir que todas as juntas entre a esquadria e o vão em que ela for aplicada sejam completamente seladas, eliminando completamente qualquer fresta por onde o ruído externo pode passar.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Norma indica requisitos para instalação de espelhos

A venda e a instalação de espelhos estão entre as atividades básicas de qualquer vidraçaria. Talvez por isso, os profissionais já acostumados a realizar esse trabalho algumas vezes deixam de atentar em orientações importantes presentes na norma ABNT NBR 15198 — Espelhos de prata – Beneficiamento e instalação, o que pode levar a danos ao produto e prejuízos para a empresa.

Para evitar que isso aconteça, reveja a seguir alguns dos principais requisitos dessa norma.

De quem é a responsabilidade?
De acordo com a ABNT NBR 15198, toda e qualquer instalação de espelho devem garantir condições mínimas de resistência mecânica e segurança, sendo de responsabilidade do projetista assegurar essas condições.

Onde instalar?
A parede ou superfície em que o espelho é instalado ganha o nome de substrato: pode ser de concreto, madeira ou outros materiais.

Para que a instalação possa ser feita, o substrato deve apresentar as seguintes características:

Ter resistência suficiente para suportar o espelho;

– Ser plano, a fim de não apresentar distorção óptica;

– Possuir isolamento quanto à umidade.

Além disso, a ABNT NBR 15198 traz orientações sobre o que levar em consideração em relação ao substrato:

– Não instalar o espelho sobre paredes de concreto e reboco frescos – recomenda-se que haja, no mínimo, duas semanas de cura da superfície;

– Não instalar diretamente em paredes que contenham coluna de água quente.

Caso seja necessário utilizar madeira como substrato, a norma recomenda a utilização do tipo MDF ou similar.

Tipos de instalação
A instalação química é feita por meio de adesivos. O material precisa conter elastoméricos neutros, como silicones de cura neutra de base alcoxi sem solventes tóxicos, ou fitas dupla face isentas de solvente – nunca use colas com solventes orgânicos (como as de “sapateiro”) para esse trabalho.

Importante: os adesivos devem ser aplicados na superfície em que será feita a colagem em filetes sempre na vertical, para permitir a passagem de ar e o escoamento da umidade. Para uma perfeita adesão, é fundamental efetuar a limpeza eficiente da superfície pintada e do substrato, removendo a poeira e a oleosidade com água ou álcool isopropílico.

Outra possibilidade é a instalação mecânica do espelho, por meio do uso de ferragens como molduras, botões franceses ou presilhas. Nesse caso, um cuidado obrigatório é o uso de espaçadores (calços ou arruelas, dependendo do tipo de ferragem) feitos de borracha ou plástico, de maneira que evitem o contato direto entre o espelho e o metal e que não absorvam umidade.

Na hora da instalação
Uma etapa fundamental antes da fixação do espelho é a verificação tanto das medidas dele como das do espaço em que ele será colocado. A superfície em que a peça será fixada também precisa estar limpa e seca. E, entre dois espelhos, deve existir uma folga de, no mínimo, 1 mm.

Outro ponto importante: entre o costado do espelho e a superfície do substrato deve haver um espaçamento de 3 mm. Isso permitirá a circulação de ar atrás dele e, assim, impedirá o acúmulo de umidade e a corrosão que esta pode causar no produto.

Após a instalação
O instalador deve informar ao consumidor os cuidados básicos a serem tomados para prolongar a vida dos espelhos, indicando, por exemplo, que a limpeza de espelhos é diferente da de outros tipos de vidro:

– Ela deve ser iniciada com um espanador, para retirar a poeira depositada em sua superfície;

– Nunca utilizar produtos abrasivos, ácidos ou alcalinos;

– Não borrifar produtos de limpeza líquidos diretamente no espelho – o produto deve ser sempre aplicado no pano que será passado na peça;

– Usar pano macio e limpo, umedecido com álcool ou água morna;

– Em banheiros, em caso de lavagem de paredes, nunca jogar água ou produtos químicos de limpeza que possam escorrer por trás do espelho ou mesmo em suas bordas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Confira a segunda parte da cobertura da Casa Cor SP

TRANSPARÊNCIA, PRIVACIDADE E BELEZA
Essas três características estiveram presentes na grande divisória de vidro impresso que separa o quarto do banheiro do closet no espaço Casa A Leve, elaborado pelo escritório Gustavo Martins Arquitetura. A estrutura, fornecida pela Dimare, trouxe peças de Martelado, da Cebrace, aplicadas em esquadrias de alumínio pintadas na cor preta. O fechamento do ambiente utilizou portas de correr feitas com esquadrias da Esqualyvale e vidros temperados incolores 6 mm, também da Cebrace.

 

casa-cor2

 

LUZ NOS INTERIORES
A presença de iluminação natural marcou a Casa Olaria NJ+, do arquiteto Nildo José. Grandes portas pivotantes, com vidro de controle solar ClimaGuard Sunlight (da Guardian) temperado 10 mm incolor, permitem a entrada em todo o espaço interno da luz que banha o jardim. O Espelho Guardian 5 mm do banheiro, com formato orgânico, foi desenhado pelo próprio Nildo. Por fim, um vão em uma das paredes ganhou revestimento de temperado 10 mm com película branca fosca, de forma a deixá-lo translúcido. Os vidros foram fornecidos e instalados por Silvestre Vidros e Vidros Quitaúna.

 

casa-cor3

 

PORTAS GRANDES E BOXE AUTORAL
Os arquitetos Alexandre Gedeon e Hugo Schwarz, da InTown Arquitetura e Construção, foram os responsáveis pelo Loft do Colecionador. Ao fundo do ambiente, as portas de correr chamaram a atenção pelo tamanho: cada uma das quatro folhas tinha 3 m de altura e, juntas, somavam 7,5 m de comprimento. A estrutura, instalada pela Sá Martins, levou laminados incolores 10 mm feitos pela Viminas com vidros da Cebrace, aplicados no Sistema Chroma minimalista com pintura eletrostática na cor preto fosco, da Perfil Alumínio. No banheiro, o boxe, desenhado pela própria InTown, era feito de aço carbono e tinha vidros incolores 6 mm da Cebrace (temperados pela STA Vidros) com película de segurança. A estrutura foi fornecida pela Método Esquadrias.

 

casa-cor4

 

BELEZA ESPELHADA
Reflexos eram o principal conceito da Casa Alva, do escritório BC Arquitetos. Ao longo de toda a área de entrada, a parede revestida de espelhos 5 mm, fornecidos pela AGC e instalados pela Casa Mansur, dava a impressão de que o ambiente tinha o dobro do tamanho, graças à reflexão gerada pelo material. No fundo do local, uma área externa continha o banheiro, formado por uma grande peça de laminado 10 mm com borda antidelaminação, cuja função era isolar a parte destinada ao banho.

 

casa-cor5

 

CASA COR PE
Instalada no pavilhão externo do Shopping Center Recife até 5 de dezembro, a edição 2021 da Casa Cor PE tem como tema a necessidade de uma pausa em um mundo de excessos, cujo foco é a criação de espaços mais aconchegantes. E, claro, não poderiam faltar nossos materiais por lá. A Vivix, patrocinadora oficial do evento, forneceu vidros e espelhos para diversos ambientes. A seguir, alguns com soluções diferenciadas.

 

casa-cor6

 

BAR VIVIX, DE JAIME PORTUGAL
O espaço visualmente mais encantador da mostra usa o material em um jogo de cores. A parte externa tem cobertura do vidro de controle solar Performa Duo Azul – com o Sol do dia, as peças ficam num tom azulado, enquanto à noite se tornam transparentes. No interior, o bar se divide exatamente em duas metades: uma totalmente preta e outra totalmente branca. Para gerar o efeito desejado, o revestimento de balcões, paredes e mesas utilizou o vidro pintado Decora nessas respectivas cores. Além disso, enfeitam o local espelhos Spelia incolores e cinzas.

 

casa-cor7

 

LIVING SECO, DE VITRU ARQUITETOS
Os arquitetos Magno Costa e Thaíssa Tenório se inspiraram nas moradias rudimentares em rocha, ainda encontradas em algumas partes do mundo. Marcado por tons terrosos, o ambiente conta com espelhos Spelia incolores, os quais ajudam a refletir tais cores. Os vidros de controle solar Performa cinzas são aplicados no fechamento do jardim de inverno. Ali estão plantas do Semiárido Brasileiro – outra referência ao tema geral do ambiente.

 

casa-cor8

 

CAFÉ SANTA CLARA, DE JULIANA DJICK
Reconectar as pessoas em um momento pós-pandemia é a ideia da arquiteta Julian Djick ao construir a estrutura com uma grande varanda, toda fechada com os vidros de controle solar Performa Duo na cor cinza. Com isso, é possível tomar um café sem se sufocar com o calor da capital pernambucana. O expositor de alimentos no interior da loja tem float incolor, permitindo que os visitantes vejam o que está à venda com a transparência necessária.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Lucratividade ou rentabilidade?

Escrito por Conta Azul

Esses dois indicadores-chave do desempenho da saúde financeira de um negócio parecem sinônimos, mas há diferenças importantes entre eles.

O que é lucratividade?
É um indicador que revela quanto a empresa efetivamente ganhou em relação a tudo que recebeu – ou seja, o lucro líquido, que é o valor que sobra de fato para os sócios e acionistas após deduzir todas as despesas, impostos e demais custos envolvidos na atividade. Portanto, a lucratividade revela a eficiência operacional de um negócio, mostrando claramente se os gestores conseguem cobrir os gastos e ainda gerar um bom percentual de lucro com as vendas.

O que é rentabilidade?
É um indicador ligado a quanto de retorno um investimento é capaz de proporcionar. Permite mensurar, por exemplo, quanto uma empresa rendeu a partir do investimento inicial realizado para abri-la. Para isso, a rentabilidade é calculada com base na relação entre o lucro líquido e os investimentos realizados.

Diferenças
Ambos têm como base de comparação o lucro líquido, mas apontam para análises distintas do desempenho financeiro.

– A lucratividade depende dos custos, formação de preços e relação com a concorrência, itens que determinam se a receita das vendas será suficiente para cobrir todos os custos e ainda gerar lucro no saldo final;

– Já a rentabilidade depende da capacidade de gerar retorno a partir dos recursos investidos.

Importância dos conceitos
Avaliar só um ou outro pode fazer com que você tenha a falsa impressão de que um empreendimento é bem-sucedido. Confundir os conceitos pode ainda fazer com que o negócio aparente problemas que não possui, ou que apresente resultados nada reais. Não adianta um negócio lucrar muito se os investimentos foram imensos, da mesma forma que não é ideal ter uma ótima lucratividade se a receita não foi tão grande. A avaliação correta das duas variáveis fornece informações mais precisas, permitindo a melhor tomada de decisão.

Conta Azul é uma empresa desenvolvedora de sistemas de gestão online para pequenas e microempresas. Sua equipe é composta por especialistas do mercado B2B e pesquisadores sobre gestão, finanças, tecnologia e áreas relacionadas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 587 (novembro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.