LGPD e empresas vidreiras

Conteúdo oferecido pela Keysystems Informática

A vida conectada à Internet, ainda mais forte em época de pandemia e distanciamento social, traz-nos inúmeros benefícios: com alguns cliques em sites ou usando aplicativos, podemos comprar o que quisermos e entrar em contato com pessoas ao redor do mundo. Mas também causa preocupações: o que é feito com nossos dados disponíveis online?⁣

Em 2021, um dos grandes desafios das empresas nacionais, incluindo as que fazem parte de todos os elos da cadeia vidreira, será adequar-se à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que promete mudar nossa relação com informações pessoais coletadas virtual ou fisicamente. Mas, afinal, o que a lei determina e para que ela serve?⁣

Segurança na rede⁣
Criada em 2018, a Lei nº 13.709 entrou em vigor em 18 de setembro de 2020 – e as sanções previstas para quem não a cumprir serão aplicadas somente a partir de agosto deste ano. Qualquer atividade que reúna informações de pessoas físicas como clientes, vendedores, fornecedores, prestadores de serviço, funcionários etc. terá de se adequar à LGPD: seu objetivo é regular a forma como empresas e instituições em geral cuidam dos dados pessoais compartilhados com elas. Por exemplo: quem tem acesso a informações presentes em currículos de candidatos a vagas de emprego, documentos de colaboradores, dados de representantes, folhas de pagamento etc.; e como esses dados circulam dentro de uma organização; como são armazenados e que cuidados são tomados para evitar sua exposição e vazamento.⁣

Caindo em mãos erradas, esses dados estão sujeitos até mesmo a ser usados em fraudes e golpes. “Podem também servir para mapear o perfil de seu titular, tornando possível sua identificação”, explica Roberto de Campos, diretor da Keysystems e consultor da Abravidro. Daí a importância da lei: proteger os direitos de liberdade e privacidade dos cidadãos.⁣

Em outras palavras, todas as empresas serão afetadas, incluindo as vidreiras: das indústrias (usinas e processadoras) até as atividades de comércio, como as vidraçarias.⁣

O Brasil acompanha uma tendência global. Mais de 140 países contam com legislação semelhante – a nossa foi baseada na General Data Protection, criada pela União Europeia, sendo devidamente adaptada às necessidades brasileiras.⁣

 

O que muda para as empresas?⁣
“Quando falamos em LGPD, não fazemos referência somente a sistemas informatizados ou de armazenamento em computadores, mas também a documentos físicos que nem sempre estão nesses sistemas”, comenta Campos. Isso significa que as empresas terão de mudar totalmente a forma como encaram o assunto. Afinal, com a lei, a transparência em relação ao uso desses dados e à sua devida proteção passam a ser responsabilidade de quem os coletam. “Todas as empresas e prestadores de serviços deverão analisar quais dados pessoais circulam no desenvolvimento de suas atividades.”⁣

Um simples ato de entregar um cartão de visitas agora envolve protocolos formais. Por exemplo: quem ofereceu seus dados pessoais, a partir de agora, deverá assinar um termo de consentimento. “A pessoa deverá atestar, de forma espontânea e inequívoca, que está ciente da finalidade e da necessidade para as quais os dados serão utilizados, além de saber em que lugar e por quanto tempo serão armazenados, e também como e quando serão descartados”, afirma Campos.⁣

 

TIPOS⁣ DE DADO⁣
O artigo 5º da LGPD define os tipos de informação compartilhada:⁣

• Dado pessoal: relacionado a um indivíduo, como nome, data de nascimento, CPF, RG, CNH, carteira de trabalho, passaporte, título de eleitor, sexo, endereço, e-mail, telefone;⁣
• Dado pessoal sensível: pode gerar segregação, atos discriminatórios ou lesivos, como origem racial ou étnica, religião, opinião política, filiação sindical, filiação a seitas religiosas, filosóficas ou políticas, dados referentes à saúde, orientação sexual, dado genético ou biométrico;⁣
• Dado anonimizado: não pode ser identificado. Isso ocorre quando, na entrada do dado em um sistema, aplica-se um recurso técnico para embaralhá-lo, de tal forma que não seja possível identificar a quem pertence.

Alguns exemplos do dia a dia do vidreiro que precisarão se adequar:⁣
• Uma usina, com câmeras de segurança em suas dependências, precisará explicar aos funcionários e visitantes filmados qual a utilidade dessas imagens, qual o tempo de armazenamento delas e onde ficarão guardadas;⁣

• Uma processadora precisará da autorização por escrito de pessoas físicas na hora de pegar suas informações para qualquer tipo de cadastro, explicando de forma clara quem terá acesso a eles, onde serão armazenadas e se em algum momento poderão ser compartilhadas com outras empresas. E em relação às pessoas jurídicas? Veja o boxe na página 22;⁣

• A mesma coisa acontecerá com uma vidraçaria ao mandar um profissional na casa de um consumidor para fazer orçamentos. Como serão necessárias informações diversas para realização do serviço, incluindo endereço, telefone e nome, a empresa precisa apontar em detalhes o que será feito com os dados.⁣

Agora que ficou mais fácil visualizar a questão, aparece outra pergunta: na prática, como fazer isso tudo?

 

Estrutura dedicada
As empresas terão de se organizar internamente para dar conta da tarefa. Afinal, um ponto relevante definido pela lei são os agentes que vão cuidar dessas informações. Três figuras são criadas:

• Controlador: toma as decisões referentes ao tratamento dos dados;

• Operador: realiza esse tratamento. Será juridicamente responsável pela segurança e privacidade dos dados;

Data protection officer (DPO): interage com os cidadãos que fornecem os dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) – isso é exigido dependendo do porte da instituição e do volume de informações tratada.⁣

 

Uma ação simples como troca de cartões de visita passa a envolver protocolos formais
Uma ação simples como troca de cartões de visita passa a envolver protocolos formais

 

Como visto ao longo desta reportagem, o tratamento das informações não será algo simples, a ser feito por qualquer pessoa, de qualquer jeito. É por isso que uma consultoria especializada no assunto pode ser uma boa solução. A Keysystems Informática, empresa especialista em desenvolvimento de softwares, oferece soluções para a adequação à LGPD, sem a necessidade da troca dos sistemas já usados pelo contratante. O serviço é dividido em várias frentes:⁣

• Monitoramento dos pontos de entrada de dados: mapeamento das situações em que a empresa contratante recebe informações para serem armazenadas – seja de seus funcionários, parceiros comerciais, consumidores etc.;⁣

• Adaptação de processos: é feita todo o trâmite de documentos físicos e a adequação para a prevenção de vazamentos. Softwares, redes, sistemas e ERPs da empresa contratante são analisados com o intuito de encontrar brechas para o roubo de informações, o que é devidamente corrigido;⁣

• Criação de um comitê interno: escolhem-se os responsáveis pela análise dos dados e pelas tomadas de decisão sobre assunto. Esse comitê deverá estabelecer quem terá a função de DPO — pode ser um funcionário ou uma prestadora de serviços terceirizada (a Keysystems também oferece esse serviço);⁣

• Entrega dos novos modelos de documentos: a empresa contratante recebe os termos de consentimento, termos de políticas de privacidade e outros instrumentos jurídicos necessários que se tornarão padrão em sua atividade.

“Temos a vantagem de contar com uma equipe especializada para atender as demandas inerentes à implementação da LGPD, incluindo também um corpo jurídico”, relata Campos. “O fato de conhecermos o segmento vidreiro torna mais rápido o processo.” A Keysystems oferece ainda uma condição especial para empresas associadas à Abravidro: desconto de 15% na aquisição dos serviços.⁣

Interessados podem contatar a Keysystems pelo telefone (11) 2744-3500, pelo WhatsApp no número (11) 98199-6042 ou lgpd@keysystems.com.br

Consequências⁣
Todo cuidado será necessário na hora de aplicar as recomendações da lei. As sanções para quem não a seguir começarão a valer a partir de agosto – apesar de ações cíveis já estarem passíveis de ingresso. A LGPD prevê desde advertência simples, ou determinação para tornar a infração pública, até ações que podem prejudicar profundamente os negócios da empresa:⁣

• Multa de 2% sobre o faturamento por irregularidade, não podendo exceder o valor de R$ 50 milhões;⁣

• Bloqueio ou eliminação dos dados pessoais relacionados à irregularidade;⁣

• Suspensão parcial do funcionamento do banco de dados;⁣

• Proibição parcial ou total da atividade de tratamento de dados.⁣

As punições dependerão da gravidade e natureza das infrações e dos direitos pessoais afetados, além da boa-fé do infrator, do tipo de vantagem auferida e do grau do dano causado, entre outros tópicos.⁣

O desafio a todos os setores, inclusive o vidreiro, será grande, mas a LGPD vai permitir uma sociedade mais segura e menos invasiva na privacidade de cada um de nós.

 

E OS DADOS DE PESSOAS JURÍDICAS?⁣
Uma grande dúvida a respeito da LGPD é se ela aborda o tratamento de dados de empresas. A resposta é não: legisla apenas sobre pessoas físicas. No entanto, é preciso atenção: no exercício de suas atividades, muitas vezes uma empresa precisa ter acesso a informações pessoais de diretores, sócios, procuradores. Nesses casos, tudo passa a ser regido pelas normas da LGPD.

Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Um ano de muita expectativa

domingos-jan20212021 começou e a lista de expectativas para os seus 365 dias é extensa. A primeira delas, acho que uma unanimidade, é em relação à vacina da Covid-19, tema que tem dominado o noticiário e vai continuar sendo uma preocupação até que tenhamos doses suficientes para todos, o que ainda deve demorar.

Mas no que diz respeito ao setor vidreiro, também são muitos os assuntos que vão atrair a atenção. O processo de revisão do antidumping do float é um deles. Aberto em dezembro de 2019, deve ser concluído no primeiro trimestre. A Abravidro vem acompanhando o andamento dos trabalhos desde o início da revisão e se manifestou favorável à manutenção da medida protetiva, conforme decisão tomada por seus diretores e representantes das entidades regionais afiliadas em assembleia realizada em junho passado.

Espera-se também para os primeiros meses deste ano o anúncio de novo forno de float no Brasil. Enquanto as informações oficiais não circulam, o mercado já especula onde será, qual a sua capacidade produtiva e quando começará a obra. Trata-se de uma aposta importante e demonstra que, apesar das dificuldades, o potencial de crescimento do mercado vidreiro brasileiro continua atraindo investimentos das empresas aqui instaladas.

E se o primeiro semestre promete decisões importantes, é aguardada para o segundo uma parada para reforma a frio em um dos fornos da Cebrace. Depois do trauma de 2017, quando uma reforma em forno da Guardian deixou o mercado desabastecido, a Abravidro já deixou bem claro às usinas que é responsabilidade de todas garantir o abastecimento do mercado doméstico e que devem estar preparadas para a empreitada.

A tudo isso, soma-se um cenário de expectativas positivas para o setor da construção civil e um certo grau de incerteza trazido pelo ambiente político e pelos desdobramentos da pandemia.

Um bom ano a todos e que 2021 nos traga muito trabalho e bons resultados para o setor vidreiro!

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Confiança com cautela

Acabou o intenso ano de 2020, começou 2021, mas os desafios de O Vidroplano não mudam: levar a você informação confiável com qualidade, em todos os canais da Abravidro e em diferentes formatos: texto, vídeo e podcast.

Como visto na reportagem de capa (clique aqui), o bom momento vivido pela construção civil no semestre passado aqueceu os negócios de nossas empresas. Mas e agora? Esse crescimento pode continuar ao longo deste ano? Confira as expectativas do segmento.

A coluna “Para sua Vidraçaria” traz um assunto relevante para quem trabalha com boxes de banheiro: como evitar processos judiciais envolvendo ocorrências com esses produtos? Conversamos com um especialista na área jurídica e também com empresas que produzem kits desse item para entender todos os cuidados a serem tomados em uma situação como essa.

Você confere também um balanço da atuação do ABNT/CB-37 em 2020, um ano que se mostrou bastante produtivo no ambiente de normas. E por falar em balanço do ano, já está no ar o questionário para a elaboração do Panorama Abravidro, único estudo econômico do nosso setor. Fica aqui o convite aos processadores para que participem desta edição e nos ajudem a mensurar os resultados do ano mais atípico da história recente (para acessar o formulário, clique aqui).

Boa leitura e bons negócios a todos em 2021!

Iara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Caleidoscópio – janeiro 2021

DADOS & FATOS

Reação da indústria
Dos grandes setores da economia, é a indústria quem tem apresentado a trajetória de recuperação mais consistente, analisa o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). O segmento superou o choque da Covid-19 e continuou crescendo nos últimos meses de 2020. Em comparação, os serviços ainda não retornaram ao pré-pandemia. E o comércio varejista, que até então se saía melhor, quase parou em novembro de 2020, sob o efeito da redução do auxílio emergencial, aceleração da inflação e elevado desemprego.

Mão de obra
O informe ressalta que, embora a atividade industrial tenha reduzido seu ritmo de crescimento, o emprego no segmento continuou aumentando, com incremento de 0,4% em relação a outubro de 2020. O número de horas trabalhadas na produção cresceu 0,8% no mesmo período. Contudo, a massa salarial e o rendimento reais caíram 0,1% e 0,9%, respectivamente.

Nem tudo são flores
Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado em 18 de janeiro, o faturamento real da indústria de transformação, em novembro de 2020, registrou o primeiro recuo após seis meses seguidos de crescimento. A variação percentual do faturamento real foi de -1,2%.

Equilíbrio na venda de materiais de construção
Depois de acelerar no início da pandemia, com cinco altas seguidas, as vendas de material de construção recuaram nos últimos meses, refletindo a diminuição das reformas domésticas. Em novembro, houve queda de 0,8% frente ao mês anterior, após perda de 0,5% em outubro ante setembro. O saldo de 2020 diante de 2019, no entanto, é positivo: até novembro, elevação de 10,1%.

Recorde de alvarás para novos prédios em SP
De acordo com informações disponibilizadas pela Prefeitura de São Paulo e compiladas pela Fipe em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a capital paulista teve 984 alvarás concedidos para construção de novos empreendimentos verticais em 2020. O resultado é o mais expressivo desde que o levantamento passou a ser feito, em 2000.

 

FIQUE POR DENTRO

Vidro é tecnologia
A feira alemã Glasstec costuma apresentar o que há de mais vanguardista quando o assunto é vidro: versões ultrafinas, dobráveis e extremamente resistentes do material já foram expostas e reportadas nas páginas de O Vidroplano.

E parte dos desafios físicos e tecnológicos relacionados ao vidro tem sido explorada pelas empresas de eletrônicos. A LG mostrou na Consumer Electronic Show (CES) — maior feira de tecnologia do mundo, que neste ano aconteceu de forma digital — conceitos para modelos de tevês totalmente transparentes quando desligadas e que ainda podem ser curvadas com o toque em um botão. Por outro lado, a Apple tem avançado no desenvolvimento de modelos de celulares dobráveis — solução também já testada pela Samsung e Motorola. Nos aparelhos americanos, o mais provável é que seja aplicado o chamado Ceramic Shield, que a Apple classifica como o vidro mais resistente do mundo e que rivaliza com o Gorilla Glass, solução vitrocerâmica usada por outros fabricantes.

 

RETROVISOR

Tributo a Niemeyer
Maior nome da arquitetura brasileira e um dos grandes ícones da arquitetura moderna, Oscar Niemeyer foi homenageado na edição de janeiro de 2013, mês em que faleceu. A reportagem de capa mostrou diversos projetos do carioca que levam o vidro, como o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional (ambos em Brasília), a sede da Organização das Nações Unidas (Nova York) e o museu que tem o nome do arquiteto (Curitiba).

Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Glaston encerra operações no Brasil

Após passar, no fim de 2020, por processo de diminuição das atividades, a subsidiária brasileira da multinacional finlandesa Glaston, responsável pelo atendimento em toda a América do Sul, encerrará suas operações a partir de fevereiro. Depois desse período, as ações comerciais e de suporte aos clientes serão realizadas por meio de um departamento interno de atendimento regional, liderado pelo executivo Kimmo Kuusela. No anúncio sobre a decisão, feito por meio de um comunicado emitido no dia 5 de janeiro, a fabricante de maquinários para processamento afirma que buscará fortalecer sua rede de parcerias na região como forma de assegurar a continuidade do suporte e serviços.

Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Saiba como evitar processos judiciais envolvendo boxes de banheiro

Quem trabalha com vidro conhece bem a durabilidade do material, especialmente se for uma peça de segurança, como a temperada ou a laminada. Apesar disso, o risco de quebra do vidro aumenta caso a instalação seja feita sem seguir os requisitos das normas técnicas ou se deixe de realizar as manutenções periódicas. E, embora os números dessas ocorrências sejam extremamente baixos, uma situação como essa geralmente ganha bastante repercussão, podendo levar a processos judiciais contra a vidraçaria que instalou o sistema.

Dessa forma, é importante que sua empresa esteja preparada para lidar com isso. O Vidroplano procurou especialistas na área jurídica e empresas do setor para entender todos os cuidados a serem tomados em uma situação como essa.

Trabalho com componentes de qualidade certificada, instalação dentro das normas e manutenção preventiva são essenciais para evitar problemas com boxes de banheiro
Trabalho com componentes de qualidade certificada, instalação dentro das normas e manutenção preventiva são essenciais para evitar problemas com boxes de banheiro

 

 

Atenção ao problema

O atendimento à ocorrência informada pelo consumidor é o primeiro passo – e um dos mais importantes. “O momento de um acidente sempre é traumático para quem passa pela experiência. Com isso, a postura inicial do profissional que irá atender deverá sempre ser a da simpatia e da presteza”, sugere Vinícius Braga, diretor-comercial da Tec-Vidro.

“Quebra de boxe exige ações de natureza protocolares e humanas assim que o assunto chega ao conhecimento da empresa”, afirma Glória Cardoso, coordenadora de Marketing e Vendas da Blindex. Se a quebra tiver causado algum ferimento no usuário, a primeira ação deve ser relativa à saúde e bem-estar da pessoa.

Além da agilidade, é importante nesse momento transmitir empatia ao cliente. “O atendimento tem de ser baseado na compreensão, demonstrando ao consumidor que você está querendo entender tudo que aconteceu a fim de solucionar o problema da melhor forma possível”, recomenda Érico Miguel, diretor de Planejamento da Ideia Glass.

 

Vistoria da ocorrência

Enquanto o suporte é prestado, uma equipe deve ser enviada ao local para análise do produto e do ambiente. O objetivo, segundo Glória, é identificar a causa da quebra e, assim, alimentar o processo de melhoria contínua desses itens, evitando que novos acidentes ocorram.

Cris Martins
Cris Martins

 

O advogado Fabrício Luquetti, consultor-jurídico da Abravidro, sugere ao vidraceiro tirar fotos e recolher fragmentos do vidro durante a vistoria. “Propomos também que o fabricante/distribuidor/instalador mantenha vínculo com um engenheiro, civil ou industrial mecânico, com registro no Crea [Conselho Regional de Engenharia e Agronomia], para elaboração de um laudo ou parecer. Esse profissional poderá inclusive funcionar como assistente técnico em eventual ação judicial.”.

O ideal é que esse trabalho seja realizado pelo mesmo instalador que fez o serviço. Érico Miguel, da Ideia Glass, justifica: “O vidraceiro responsável pela instalação já foi até o local, mediu, sabe como funciona e como foi feito, qual a marca utilizada etc. É ele quem está mais apto para realizar a vistoria”.

Os fragmentos de vidro recolhidos podem ser de grande auxílio para se chegar à causa da quebra, pois “ajudam a identificar a qualidade do processo de têmpera, mostrando se está dentro dos parâmetros técnicos da norma NBR 14698 — Vidro temperado”, destaca Vinícius Braga, da Tec-Vidro. Contudo, ele ressalta que o exame não é feito pelo vidraceiro, mas sim por um profissional técnico competente em ambiente de laboratório adequado. “A quebra é o resultado final de situações que desestabilizaram o sistema. Portanto, é muito importante saber se a instalação foi feita de maneira correta e com todos os elementos projetados, sem a retirada de itens importantes.”

 

Passo a passo documentado

Tanto no atendimento da ocorrência como na vistoria, é essencial que tudo seja registrado pela vidraçaria. O ideal, orienta o consultor-jurídico da Abravidro, é que isso comece ainda na venda, mesmo que a instalação nunca venha a causar problemas ao consumidor. “Caso não haja uma resolução amigável com o usuário, o profissional estará sujeito à ação judicial na qual, possivelmente, haverá uma perícia técnica para apurar eventual falha, problema de fabricação e instalação ou mau uso”, reforça. “Por isso, sugerimos que o vidraceiro documente todo o processo – isto é, venda, revisões etc., além de registrar também a entrega do manual de uso com a orientação de manutenção periódica.”

Com esses cuidados, em caso de ação judicial, os procedimentos irão auxiliar a vidraçaria a demonstrar que sua equipe seguiu as normas técnicas e agiu com lisura e boa-fé nas fases pré-contratual, contratual e pós-contratual do serviço.

Divulgação Blindex
Divulgação Blindex

 

Vale observar que, no Estado do Rio de Janeiro, desde 2019, as empresas que vendem boxes de banheiro têm a obrigação de informar ao consumidor, no ato da compra, os tipos de vidro de segurança previstos nessa utilização, incluindo a possibilidade da aplicação de película de segurança no caso dos temperados. Para Luquetti, levar esse tipo de informação ao cliente é pertinente para qualquer vidraçaria: “Traz maior segurança jurídico-negocial às empresas, pois conseguem comprovar que orientaram corretamente o consumidor”.

Importante: certifique-se também de que o cliente conferiu os registros do atendimento e da vistoria e, se possível, peça para assinar esses documentos antes de guardá-los de forma segura e acessível, caso seja preciso recorrer a eles posteriormente. Segundo Luquetti, o prazo médio de segurança para manter esses documentos guardados é de cinco anos, lembrando que eles também podem ser arquivados (permanentemente) em meio eletrônico, por meio de processo de digitalização.

Divulgação Tec-Vidro
Divulgação Tec-Vidro

 

Produtos de qualidade fazem a diferença

Ao apurar a causa da quebra, a qualidade dos componentes usados no sistema deve ser considerada. Glória Cardoso explica: “Para que o boxe tenha o desempenho esperado pelo maior tempo possível, é fundamental que todos os itens que o componham sejam de qualidade, testados e aprovados para o fim a que se propõem”. Segundo ela, a Blindex trabalha com o conceito de produto verticalizado, ou seja, os boxes de banheiro originais da marca levam o vidro temperado Blindex e também o kit original, fabricado por algumas das empresas licenciadas da marca, facilitando assim a identificação de sua procedência.

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Braga, da Tec-Vidro, concorda: “Um boxe é composto por três elementos: o vidro, a mão de obra e o sistema, o kit. Se um deles não estiver de acordo com a norma e qualidade necessárias, o consumidor é colocado em risco durante o uso. Assim, não basta que o vidro temperado esteja devidamente certificado. Todos os componentes do sistema precisam passar pelos testes em um laboratório certificado”. Além disso, a instalação feita corretamente é determinante para a segurança do sistema, visto que a correta calibragem entre os elementos pode ser um fator crucial para evitar acidentes. É importante seguir sempre as instruções de montagem do fabricante.

Trabalhar com produtos de qualidade pode custar mais caro, porém, além de contar com a minimização de risco de ocorrências, o vidraceiro também terá à sua disposição orientações da fabricante e atividades de capacitação desenvolvidas por ela para o trabalho com seus sistemas.

 

Solução para o problema

Como no final das análises será decidido se a responsabilidade é ou não da empresa que instalou o boxe, sua vidraçaria precisa estar preparada para saber como proceder em ambas as possibilidades. “Caso se constate que o vidraceiro foi o culpado, indicamos a realização de acordo amigável junto ao consumidor”, orienta Luquetti. “Isso pode ser feito com a reposição do produto ou com a devolução do valor pago, além da reparação pelos danos causados.” O acordo ou reparação devem ser sempre documentados.

Já na hipótese de que a quebra tenha outra causa, como mau uso, o advogado sugere a elaboração de um laudo ou parecer em que a conclusão esteja devidamente registrada com fotos, análise de amostras de fragmentos e outras evidências. O documento deve ser assinado pelos profissionais que chegaram a essa conclusão e, se possível, também pelo cliente. Independentemente do que ocorra, é aconselhável que o vidraceiro sempre conte com a ajuda de uma assessoria jurídica.

 

Prevenir é sempre melhor que remediar

As orientações apresentadas até aqui mostram como a vidraçaria deve lidar com determinadas situações para evitar processos judiciais. Mas a primeira e essencial medida é evitar a quebra. Para isso, tanto o vidraceiro como o usuário final precisam estar cientes dos cuidados na instalação e da necessidade da manutenção preventiva. “É essencial que o vidraceiro explique como manusear os boxes e fale sobre a importância da manutenção preventiva, que deve ser feita periodicamente”, destaca Érico Miguel, da Ideia Glass.

Uma valorosa iniciativa nesse sentido é o De Olho no Boxe. Lançado em 2016 pela Abravidro, esse programa foi desenvolvido para apresentar o conhecimento técnico sobre a NBR 14207 — Boxes de banheiro fabricados com vidros de segurança, além de alertar sobre a obrigatoriedade da entrega do manual de uso e a necessidade de se fazer a revisão do sistema por um profissional qualificado a cada doze meses.

O menu inicial do site permite acessar a página voltada para vidraceiros ou para consumidores. Ambas têm seções com conteúdo conforme o interesse de cada perfil. Para o vidraceiro, o portal traz dicas de instalação e manutenção preventiva, além de materiais para serem baixados gratuitamente, como checklists, planilhas de controle e o Manual de utilização, limpeza e manutenção dos boxes de banheiro, que deve ser entregue ao cliente. Já para o consumidor, há a opção de envio de lembretes da data da manutenção, bem como orientações para identificar falhas no funcionamento do boxe.

Se o serviço de manutenção é bem estruturado pelas vidraçarias e divulgado adequadamente ao mercado, todos ganham: o usuário terá sua segurança renovada ao longo do tempo e o vidraceiro garantirá um encontro anual com os clientes, quando poderá apresentar novidades e fazer novos negócios.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Empresas vidreiras contam suas expectativas para 2021

De quedas históricas na produção e faturamento ao aquecimento das atividades no segundo semestre, passando ainda pela apreensão de alguma dificuldade na oferta de vidros planos e outros insumos usados pela cadeia. 2020 foi um teste duro para a economia global e para o nosso mercado não foi diferente. O próximo passo é planejar 2021 com base nas lições aprendidas. Para saber qual a expectativa das empresas vidreiras para este ano, O Vidroplano conversou com diversos segmentos do setor, incluindo usinas, fabricantes de maquinários e de acessórios. Veja também alguns dos principais indicadores da indústria e construção civil e o que eles podem revelar para o futuro próximo.

 

Confiança em alta…
Medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial vem em alta há alguns meses, mostrando que esse setor superou as principais dificuldades encontradas no início da pandemia: houve forte queda em abril, chegando a 34,5 pontos, o menor patamar da série histórica. De junho a setembro, no entanto, apresentou significativa recuperação, ficando estável em outubro. Já em dezembro, marcou 63,1 pontos, crescimento de 0,2 ponto em relação a novembro – valores acima de 50 indicam confiança do empresariado.

 

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Segundo a CNI, a indústria, de forma geral, já ultrapassou os níveis de produção pré-pandemia e deve retomar a trajetória anterior de crescimento, com aumentos graduais da produção, investimento e emprego. Outro indicador medido pela entidade, a Utilização da Capacidade Instalada permaneceu elevada, chegando a 73% em novembro, reforçando esse aquecimento.

Na comparação com outubro, o número representa baixa de 1%, mas essa foi a primeira queda após seis meses seguidos de alta – e, apesar disso, é superior a todos os novembros desde 2014. Vale levar em conta ainda que esse mês costuma ter atividade industrial reduzida. Por isso mesmo, o número alcançado pode ser comemorado.

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Construção civil
Mais uma vez de acordo com a CNI, a Utilização da Capacidade Operacional desse setor cresceu em novembro: de 61% para 63%, comparando-se com os dados de outubro. O valor é o maior desde dezembro de 2014 e indica que as construtoras estão trabalhando acima do normal para concluir obras paradas desde o início da pandemia – e esse é um bom sinal também para o mercado vidreiro, já que o nosso material entra apenas na fase final das construções.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial da Indústria da Construção também segue em alta, tendo saltado 1,2 ponto em dezembro, alcançado o total de 60,1 pontos (novamente, um número acima de 50 significa que as empresas estão confiantes para fazer negócios).

O economista Fernando Garcia, fundador da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, foi entrevistado para a edição especial do VidroCast, o podcast da Abravidro. Em sua análise, a construção civil foi um dos poucos segmentos, ao lado da agropecuária e da extração mineral, a ter reação positiva, principalmente por ser incluída entre as atividades essenciais que não precisaram parar durante o período de quarentena. “O setor já vinha numa recuperação importante da crise de 2015 e estava sendo beneficiado pela redução das taxas de juro, o que favoreceu o investimento imobiliário”, comenta.

E o que ocorrerá em 2021? “Acredito que será marcado por um crescimento muito focado na área residencial”, analisa Garcia. Sua justificativa: “Como as pessoas não estão viajando e não estão comprando automóveis, isso as faz terem mais recursos para investir em imóveis”. Por outro lado, edificações comerciais tendem a ficar paradas, “principalmente pelo fato de o comércio varejista ter sofrido perdas gigantescas de faturamento”. Para o economista, os shopping centers se esvaziaram levando à falência de lojas e, por isso, esse setor vai demorar uns dois ou três anos para voltar ao patamar bom de 2019. A construção de prédios de escritórios também deverá diminuir, já que a tendência é as empresas investirem em um modelo híbrido, com espaços menores e envolvendo o home office.

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Setor automotivo
O ano passado reservou pouca coisa boa para o mercado de veículos. O destaque está em dezembro, pico de vendas dos últimos 12 meses, atingindo volume maior que o previsto pelas montadoras, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Em relação a novembro, até então o melhor mês do ano, teve alta de 8,4%.

No entanto, 2020 representou a maior queda do setor nos últimos cinco anos. Foram 2,06 milhões de unidades vendidas de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, uma baixa de 26,2% ao se levar em conta os números de 2019. A produção também caiu bastante: 31,6% na comparação anual.

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No início de janeiro, a Anfavea apresentou as expectativas para 2021: aumento de 25% na produção e de 15% no licenciamento de veículos. Apesar de números bons, não serão suficientes para se igualar aos patamares de antes de pandemia – estes devem ser atingidos somente em 2023. E o cenário fica mais incerto com o fechamento de fábricas brasileiras de empresas multinacionais, como a Ford e a Mercedes-Benz. “Nunca foi tão difícil projetar os resultados de um ano”, explica o presidente da associação, Luiz Carlos Moraes. “Está chegando a segunda onda da Covid-19 e sabemos que a imunização pela vacina será um processo demorado. Somem-se a isso a pressão de custos, a necessidade de reformas e as surpresas desagradáveis como o aumento do ICMS paulista. Temos diante de nós um quadro que ainda inspira cautela nas previsões.”

 

Setor moveleiro
A produção de móveis em outubro (último dado disponível até o fechamento desta edição) foi 6,1% superior à de setembro. No total, foram fabricados 45,8 milhões de peças naquele mês. A indústria de transformação desse setor também pôde comemorar: aumento de 2,6% na produção em outubro.

Outro número positivo é o consumo aparente de móveis prontos: cresceu 5,8% sobre o de setembro. Claro, nem tudo é notícia boa: os acumulados do ano seguem negativos (6,5% na produção e 9,9% no consumo aparente), causados principalmente no período de início da pandemia. No entanto, o segmento demonstrou clara recuperação na reta final de 2020.

 

E o vidro?
A seguir, veja a opinião das usinas vidreiras que atuam no País. Na sequência, tem-se a análise de fabricantes de maquinários, acessórios e insumos.

 

agcO maior impacto foi no setor automotivo, com queda de 30% no volume. Construção e indústria (ramo moveleiro e de linha branca) tiveram retomadas acima do esperado, fechando o ano em volume dentro do planejado. O saldo é negativo e, por isso, lamentamos todas as dificuldades e perdas provocadas pelo cenário pandêmico. De positivo, tivemos a velocidade de reação e adaptação e o comprometimento de nossos colaboradores.
A expectativa é um 2021 aquecido no primeiro semestre, com tendência ao equilíbrio entre demanda e oferta no segundo. Para isso, serão necessários uma taxa Selic baixa, investimentos em imóveis maiores, reformas com o uso da poupança que a classe média acumulou e a manutenção da taxa de câmbio, dificultando importações.
A oferta de vidros planos aumentou significativamente no segundo semestre, devido a todos os fornos estarem em plena produção. Infelizmente, não acompanhou a alta demanda impulsionada por dois fatores: a recuperação dos volumes represados por conta da quarentena e a recomposição dos estoques de toda a cadeia, reduzidos para preservação de caixa. Esperamos melhor equilíbrio no segundo semestre, após a recuperação desses estoques, e uma demanda mais regular.
O nosso crescimento virá junto com a manutenção do crescimento da construção e da retomada da indústria automotiva. O setor vidreiro pode contribuir para o desenvolvimento do País, seja por meio do apoio ao novo marco regulatório do gás natural, melhorando a competitividade, ou com o combate à sonegação e investimentos em tecnologia, inovação e eficiência.”
Isidoro Lopes, diretor-geral da divisão de Vidros para Construção Civil e Indústria para América do Sul da AGC

cebrace

 

“O primeiro semestre foi sem precedentes na história, enquanto o segundo apontou uma retomada alinhada com o crescimento do segmento residencial. Fomos obrigados a mudar o jeito de trabalhar e de produzir, e o resultado foi a aceleração da transformação digital na Cebrace e no nosso segmento. Foi preciso resiliência e união para encontrar caminhos e soluções junto a associações, clientes e parceiros.
Com as mudanças que geraram realocação da demanda e o benefício do auxílio emergencial, os setores com maior desempenho foram realmente os ligados à construção residencial, principalmente os de reforma e decoração. Nossa expectativa é de que o mercado este ano coloque o setor em um patamar similar ao de 2019 e que haja a regularização natural do fornecimento de vidro ao longo deste ano. Foi uma situação atípica, devido ao baixo nível de estoque em consequência dos impactos da Covid-19.
Com as perspectivas de alta do PIB da construção civil, esperamos um crescimento de 5% para 2021. Mas um ano de sucesso depende de fatores que precisam ser acompanhados, como a ocupação da força de trabalho e o equilíbrio do déficit das contas públicas. Para que tenhamos níveis de crescimento semelhantes aos da década passada, os fatores macroeconômicos fazem a diferença. Alinhado a isso, é de suma importância o trabalho das normalizações e também a existência de uma reforma tributária focada na construção civil.
Confirmamos ainda a manutenção do C2 para o segundo semestre deste ano. Trata-se de uma reforma a frio, com previsão de parada de três meses. Temos acompanhado as tendências do mercado para tomar decisões de forma a antecipar as necessidades dos clientes e não impactar a produção e o fornecimento ao mercado interno. Quanto à construção do forno C6 e à continuidade da nova planta da Vasa, na Argentina, o avanço dos projetos depende do crescimento do mercado e do controle da pandemia.”
Leopoldo Castiella e Reinaldo Valu, diretores-executivos da Cebrace

 

guardian“2020 foi um ano de aprendizado. Toda a nossa equipe se reinventou para continuar atendendo os clientes, mesmo que a distância, sendo que a tecnologia e os canais digitais foram muito importantes nesse processo. E justamente esse isolamento domiciliar, somado à rápida retomada das atividades no segundo semestre, trouxe um desequilíbrio no fornecimento de insumos. Nossa expectativa é de que o reabastecimento seja normalizado ao longo de 2021.
Um dos setores com bom desempenho foi o de vidros para decoração de interiores. Com o home office, muitas pessoas passam mais tempo em suas residências e querem deixar a casa mais aconchegante. Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) mostram que a construção civil deverá ter, este ano, o maior crescimento em oito anos. O PIB desse segmento deve avançar 4%, depois de recuar 2,8% em 2020. Caso a estimativa se confirme, será a maior expansão desde 2013, o que impactará positivamente o setor vidreiro.
Um dos grandes desafios à frente é o trabalho para aumentar o consumo per capita de vidro no Brasil – gira em torno de 8 kg por ano. Esse volume é pequeno quando comparado com Europa (18 kg) e Estados Unidos (15 kg). Entendemos que isso passará pelo maior uso dos vidros de valor agregado, como os de controle solar, que correspondem a uma pequena fração do consumo total do material por aqui, mas tem grande potencial de expansão.
Em relação a novidades para 2021, anunciamos o DecoCristal Off White, novo vidro pintado na cor off white. Em fevereiro, lançaremos um novo vidro de controle solar, com desempenho e estética diferenciados.”
Renato Sivieri, diretor de Marketing da Guardian

 

saint-gobain“A pandemia nos levou a cenários nunca vivenciados e fomos obrigados a nos reinventar algumas vezes ao longo do ano, tanto no lado pessoal como no profissional. Acho que o saldo, do ponto de vista dos negócios, é positivo: nos momentos críticos, realizamos as ações necessárias para proteger nossas equipes e preservar a operação.
Na retomada vivenciada, ainda que sob o efeito da pandemia, maximizamos a produção para abastecer da melhor forma possível o mercado interno. O destaque do ano, sobretudo por conta do home office e do auxílio governamental, está nos segmentos ligados ao residencial, notadamente o de esquadrias, moveleiro e de decoração.
A expectativa para 2021 é boa, pois acreditamos na manutenção do ritmo do segundo semestre. Porém, olhamos com cautela os impactos do atual crescimento dos números da Covid-19 no solo nacional. A estabilidade do cenário macroeconômico, a redução na taxa de desemprego e, obviamente, o controle da pandemia são os fatores que irão determinar o ritmo de nosso segmento neste ano.
Dentre os grandes desafios a serem enfrentados para o crescimento contínuo, podemos indicar o aumento do consumo per capita de vidro, aliado à maior participação de produtos de valor agregado e à maior presença em aplicações nas quais o vidro ainda não é considerado, sendo substituído por outros materiais.
Por isso, o objetivo deve ser aumentar a utilização do nosso produto pelo consumidor final. Todo o setor vidreiro precisa trabalhar nesse sentido, propondo novas aplicações para os clientes e não somente competindo com o que já conhecemos.”
Pedro Matta, gerente-comercial e de Marketing da Saint-Gobain Glass

 

vivix“A sociedade foi estimulada a se reinventar e adaptar o ambiente de trabalho. Esses pontos alteraram os hábitos do consumidor final, inclusive na cadeia do vidro plano, o que trouxe uma mudança positiva. Terminamos o ano com resultados melhores do que imaginávamos para uma época de pandemia.
Com essa alteração no estilo de vida, houve uma intensa busca por melhoria dos ambientes residenciais — e isso deverá permanecer pós-pandemia. Em algumas cidades do País, também registrou-se aumento de demanda para vidros para fachadas. Além disso, a baixa taxa de juros foi um dos fatores que ajudaram a movimentar o setor imobiliário no segundo semestre.
Estamos otimistas em relação a 2021. Esperamos um início de ano ainda de forte demanda, seguido de uma acomodação natural do mercado no decorrer dos meses, porém com bom desempenho anual. Em relação ao fornecimento, acreditamos que ficará mais estável ao longo do ano, visto que, no ano passado, todas as empresas do segmento passaram por períodos longos de paradas de produção.
O grande desafio continua sendo a valorização de nosso produto e suas aplicações. Um material nobre como o vidro não deve ser tratado como commodity. De forma geral, o mercado vidreiro precisa evoluir na qualificação da cadeia como um todo, especialmente daqueles que têm o contato direto com o consumidor final.
A Vivix está finalizando os projetos e orçamentos para a construção de sua segunda planta, decisão tomada no ano passado. Em muito breve, teremos orgulho em anunciar a todo o mercado os detalhes sobre local e a data de início da obra.”
Henrique Lisboa, presidente da Vivix

 

abrasipa“Sem contar o início da pandemia, o ano foi excelente. O segundo semestre mostrou-se muito aquecido, e não só na construção civil, mas no consumo de ferramentas abrasivas em geral. Notamos urgência nas solicitações e estávamos a postos para atender de forma rápida. A expectativa para 2021 é de grande crescimento: o avanço das obras aliado à baixa taxa de juros compõe o principal cenário desse entusiasmo.”
Gabriel Leicand, diretor da Abrasipa

 

 

gusmão“Em meio àquele cenário de ‘final dos tempos’, a partir do fim de abril o mercado reagiu e começamos a trabalhar. Estávamos com o estoque abastecido para as vendas pós-carnaval e tivemos uma boa retomada. Acredito no crescimento e na continuidade da construção civil, mas temos de estar muito atentos aos movimentos que podem acontecer, apesar da positividade.”
Yveraldo Gusmão, diretor-presidente da Gusmão-GR

 

 

diamanfer“2020 foi um ano de evolução. Apesar de todos os obstáculos (pandemia, desaceleração, câmbio, falta de matéria-prima etc.), tivemos resultados satisfatórios. Normalmente já temos um aquecimento no segundo semestre, mas fomos surpreendidos a ponto de termos de contratar mão de obra e iniciar outros turnos de trabalho. Estamos com projetos de melhoria produtiva, os quais devemos concluir no primeiro semestre.”
José Pedro Ruiz, diretor-comercial da Diamanfer

 

 

kuraray“Depois do primeiro semestre desafiador, a Kuraray obteve notável recuperação, empurrada pelo crescimento do mercado de construção civil. Um dos marcos nesse período foi o envidraçamento estrutural da plataforma de vidro Skywalk, em Canela (RS). A expectativa para 2021 é aumentar nossa presença com esse tipo de instalação. Esperamos que as vacinas contra a Covid-19 contribuam para retornar à normalidade até o final deste ano.”
Otávio Akinaga, coordenador de Vendas Técnicas da Kuraray

 

 

eastman“Em 2020, a Eastman completou 100 anos de existência. A construção civil apresentou uma retomada muito forte, mas, mesmo assim, conseguimos operar nossas plantas em âmbito global, minimizando os impactos para nossos clientes. Ainda há incerteza global sobre o avanço das economias, porém, estimamos que o Brasil, pelo menos nos próximos meses, tende a manter o forte ritmo apresentado ultimamente.”
Daniel Domingos, gerente-comercial para a América Latina da Eastman

 

 

lisec“Agimos com rapidez no início da pandemia e minimizamos os impactos. Aprendemos a trabalhar de forma diferente e terminamos o ano acima da expectativa prevista no primeiro semestre. Os negócios foram bons em máquinas novas e revisadas, e também sentimos grande demanda em peças de reposição e projetos de atualização de sistemas operacionais. As perspectivas para 2021 são boas e a concretização delas dependerá da velocidade imprimida pelo governo ao plano nacional de imunização.”
Luiz Garcia, diretor da Lisec

 

 

sglass“Apesar do susto de seu primeiro impacto, com o início das paralisações por conta da pandemia, o ano de 2020 foi muito bom comparado ao anterior. Realmente, o segundo semestre nos surpreendeu e nossas vendas foram alavancadas de forma extraordinária. As expectativas para este ano são muito positivas: esperamos que haja aumento em torno de 10% a 15% em relação aos negócios do ano passado.”
Marcelo Peri Lamezon, gerente-comercial da Sglass

Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Escritório ganha cabine de vidro em mostra corporativa

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O Grupo Colinas iniciou, no dia 15 de dezembro, a 1ª Mostra Corporativa do Vale do Paraíba. O evento está sendo realizado dentro da Colinas Green Tower, primeira torre corporativa Triple A (nível máximo de qualidade, padrão de construção e de tecnologia em sistemas prediais) com certificação Leed Gold em São José dos Campos (SP). Aberta à visitação pública até o dia 15 de abril, por meio de agendamento prévio por telefone, a mostra busca apresentar a empresários e executivos o que há de mais moderno em design e estrutura para empresas e escritórios. Um dos quatro ambientes à vista, a Agência de Comunicação, conta com divisória de vidro (1) e com uma cabine cujo fechamento também foi feito com nosso material (2) – esta, pensada para reuniões de duas pessoas. Essas aplicações contribuem para manter os espaços conectados visualmente, o que deverá ser tendência em ambientes de escritório pós-pandemia. Todos os espaços foram assinados pelo escritório Patricia Penna Arquitetura & Design.

 

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Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Prêmio Saint-Gobain Asbea estende prazo de inscrição

As inscrições para o Prêmio Saint-Gobain Asbea de Arquitetura foram prorrogadas até o dia 19 de fevereiro. O prazo final para o envio dos projetos será 18h (horário de Brasília) de 5 de março. A iniciativa, apoiada mais uma vez pela Abravidro, é realizada pelo Grupo Saint-Gobain em parceria com a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea) e visa a premiar os melhores projetos e edificações com foco em conforto, inovação, sustentabilidade e arquitetura, além de mobilizar profissionais e estudantes que reconhecem a importância da construção civil para o bem-estar dos usuários.

Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Substituição tributária tem mudança no Rio Grande do Sul

No dia 29 de dezembro entrou em vigor a Lei nº 15576, que reduz para 17,5% a alíquota interna do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para alguns produtos – entre eles, o vidro. Dessa forma, as empresas localizadas em outros Estados devem estar atentas aos Índices de Valor Adicionado (IVA) ajustados de mercadorias sujeitas à substituição tributária (ST) destinadas ao mercado gaúcho. A cartilha A substituição tributária aplicada ao vidro plano, produzida pela Abravidro, já está atualizada com a nova alíquota.

Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Encontro Sul-Brasileiro tem data definida

A Adivipar anunciou este mês que o 10º Encontro Sul-Brasileiro de Vidreiros será realizado de 21 a 23 de outubro, no Mabu Thermas Grand Resort, em Foz do Iguaçu (PR). O evento, organizado pela entidade paranaense em parceria com a Ascevi-SC e Sindividros-RS, estava agendado inicialmente para 2020, mas foi adiado para este ano devido à pandemia da Covid-19. “A Adivipar formatou o encontro objetivando agregar valor para fortalecer o setor do vidro”, afirma Lucas Bremm de Oliveira, presidente da associação. “Os temas das palestras foram cuidadosamente escolhidos para oxigenar o desenvolvimento empresarial, o associativismo e a inovação. Participantes e apoiadores com toda certeza terão oportunidade de realizar ótimos negócios”.

Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Novo edifício na Faria Lima tem fachadas de controle solar

Ao custo de R$ 1,2 bilhão, o recém-finalizado Birmann 32 se torna um novo marco da arquitetura corporativa na região da Faria Lima, um dos principais centros financeiros de São Paulo e um dos mais importantes do Brasil. Fugindo da estética com fachadas de vidros refletivos, tão característica nesse tipo de empreendimento, o prédio aposta em insulados de controle solar para oferecer, ao mesmo tempo, conforto térmico e transparência aos seus usuários.

Ficha técnica
Autor do projeto: Pei Partnership Architects
Local: São Paulo
Conclusão: 2020

 

Formas angulares
Com 125 m de altura e 25 andares, o edifício está rodeado por uma grande praça, aberta ao público, de 8 mil m². Vários espaços de interação estão presentes ali, incluindo uma escultura de baleia em tamanho natural e um teatro com capacidade para 500 a 800 pessoas – pode ser reconfigurado de acordo com o evento da vez. Isso reflete a vontade do arquiteto Chien Chung Pei, do escritório Pei Partnership Architects, de integrar a obra à cidade, além de qualificar seu entorno. “A maioria dos prédios em São Paulo é fechada, com cercas ou muros. Nossa proposta não é só abrir, mas também tornar todos bem-vindos”, explica Rafael Birmann, diretor da incorporadora Faria Lima Prime Properties. “Nossa praça vai ter cadeiras soltas, programação, ativação, lugar para se sentar ao Sol e comer um sanduíche e será um lugar agradável para as pessoas.”

 

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A inspiração veio da Grã-Bretanha, mais precisamente da região da Canary Wharf, na cidade de Londres, que compreende edifícios comerciais em um ambiente propício à circulação da população. “Mexer com o conceito de tudo, transcender ferro e concreto e buscar o significado de um espaço para as pessoas e para a cidade: esse foi o grande desafio e o mais satisfatório”, comenta Birmann.

 

Um novo paradigma
Até para estar alinhado com a questão da integração dos ambientes, um dos objetivos da obra era deixar de lado os vidros espelhados, optando por uma fachada com maior transparência. Por isso, optou-se por insulados com peças de controle solar Neutral Plus 50, da linha SunGuard High Performance, da Guardian, processadas pela GlassecViracon, que proporcionam transmissão de luminosidade de 50% e redução de 60% da entrada de calor.

 

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Fachadas desse tipo são tendência cada vez maior em edifícios de escritórios, pois elas se tornam elementos essenciais para que os prédios sejam mais eficientes energeticamente, gastando menos eletricidade. A prova disso está na pré-certificação Leed Platinum, outorgada a projetos sustentáveis, recebida pelo Birmann 32 antes mesmo do término da construção. O prédio conta ainda, entre outros sistemas, com tratamento de água e esgoto com reúso, assim como reciclagem de 100% dos resíduos sólidos. A preocupação com a sustentabilidade foi tamanha que Rafael Birmann afirma que o design sempre esteve sujeito às condições técnicas de transmissão de calor e de transparência: “Ao usar insulados, conseguimos atender com margem todos os requisitos”.

 

Metamorfose: ao longo do dia e dependendo da quantidade de luz solar, o prédio fica mais ou menos transparente
Metamorfose: ao longo do dia e dependendo da quantidade de luz solar, o prédio fica mais ou menos transparente

 

Especificação técnica
Vidros da fachada: peças de controle solar Neutral Plus 50, da linha SunGuard High Performance (Guardian)
Processadora: GlassecViracon
Desenvolvedora da estrutura da fachada: Itefal
Perfis de alumínio: Aura System (desenvolvimento) e Tera Metais (fabricação)

Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

3ª live da Conexão Glass discute importância da manutenção

A NürnbergMesse Brasil, organizadora da feira Glass South America, realizou, no dia 16 de dezembro, o 3º webinar da série mensal Conexão Glass. Vinicius Braga, diretor-comercial da Tec-Vidro; Érico Miguel, diretor de Planejamento da Ideia Glass; e Rodrigo Sandim, do Jornal do Vidro, foram os convidados. A live discutiu a manutenção de boxes e sacadas.

 

Essencial para o consumidor e para o vidraceiro
Boxes e sacadas são semelhantes a um carro — disse Érico —, pois também precisam passar periodicamente por manutenções e trocas de componentes desgastados com o tempo. Para corroborar a ideia, o diretor da Ideia Glass apontou que, por exemplo, o comprador que não faz a revisão na data estipulada pela concessionária pode até mesmo perder a garantia de seu veículo. Da mesma forma, a norma NBR 14207 — Boxes de banheiro fabricados com vidros de segurança determina que o boxe deve passar por manutenção preventiva pelo menos 1 vez a cada 12 meses.

Para Vinicius, da Tec-Vidro, a baixa procura por esse serviço pode não ser causada por falta de preocupação com a segurança, mas sim por desconhecimento, cabendo aos profissionais do nosso setor conscientizar os clientes sobre a importância desse serviço. Ele acrescentou que a manutenção de sistemas envidraçados ainda é um mercado pouco explorado pelos vidraceiros, mas traz oportunidades de lucro ao mesmo tempo que envolve baixo custo aos profissionais.

Nesse sentido, Alexandre Brown, head de Portfólio da NürnbergMesse Brasil e mediador do webinar, destacou que uma ação muito positiva foi a participação da Abravidro no programa É de Casa, da Rede Globo, no início de 2020, para falar sobre a manutenção preventiva de boxes de banheiro, o que trouxe muita visibilidade ao assunto entre o público e gerou retorno na demanda por esse serviço.

Vale ressaltar que a Abravidro conta, desde 2016, com o programa De Olho no Boxe, cujo objetivo é levar informações sobre o serviço, tendo uma seção voltada para vidraceiros e outra para consumidores finais (veja mais no final da reportagem).

 

Capacitação
A necessidade de profissionais aptos a realizar manutenção de sistemas também foi discutida. Segundo Vinicius, como muitos vidraceiros ainda não têm formação adequada para a execução da tarefa, além de oferecer treinamentos para eles, é relevante a existência de um guia com o passo a passo, elaborado por fabricantes desses sistemas, para ajudá-los a identificar os aspectos essenciais de cada produto.

Érico lamentou o fato de que ainda há no Brasil empresas que não se preocupam em padronizar a produção ou disponibilizar componentes separados em caso de desgastes, obrigando o vidraceiro ou o cliente final a comprar o kit completo pela segunda vez. Para ele, todos os elos do mercado precisam estar mais empenhados em resolver os problemas do consumidor de forma que o deixe realmente satisfeito.

 

2020: desafios e oportunidades
Com relação aos impactos da pandemia no mercado de kits, os convidados consideraram que houve tanto aspectos negativos como positivos. A paralisação na produção nos primeiros 60 dias foi considerada ruim, pois muitos trabalhadores no final da cadeia da construção civil, como pedreiros, empreiteiros e vidraceiros, que ainda precisavam finalizar obras, ficaram sem acesso aos insumos necessários.

Com relação às matérias-primas, de acordo com Vinicius, não houve grande dificuldade com o fornecimento de alumínio, mas outros materiais usados nos perfis estiveram em falta, como o plástico e o nylon.

Por outro lado, Érico citou que a maior permanência de boa parte da população em suas casas a levou a prestar mais atenção nos problemas de funcionamento em seus boxes e outras aplicações de vidro, como portas, o que aumentou a demanda por kits e, consequentemente, pela manutenção deles.

 

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Novidades para a Glass 2021
Tanto a Ideia Glass como a Tec-Vidro anunciaram que terão novidades na edição 2021 da Glass South America. A primeira terá três lançamentos na feira, nas áreas de boxes de banheiro e portas de vidro; já a segunda adiantou que o sistema OrbiTec de movimentação para folhas de vidro usado atualmente em seu Kit Sacada será implementado também em outras soluções.

 

De Olho no Boxe
A Abravidro criou o programa De Olho no Boxe para conscientizar vidraceiros e consumidores sobre a importância da manutenção preventiva anual de boxes de banheiro, conforme determina a norma NBR 14207.

No site oficial do programa (www.deolhonoboxe.com.br), diversos materiais e informações estão disponíveis, incluindo:

Manual de utilização, limpeza e manutenção dos boxes de banheiro: disponível para download, ele traz orientações para a conservação do boxe e a identificação de falhas de funcionamento – saliente-se que, segundo a NBR 14207, o vidraceiro é obrigado a entregar o manual ao cliente;

Ferramenta de lembrete de manutenção: aqui o consumidor cadastra a data da instalação ou da última verificação e, no momento certo, recebe um lembrete, via e-mail, avisando que o produto precisa ser revisado por um profissional;

Dicas: como verificar se o produto está bem instalado e seguro;

Relação de vidraçarias: fornecedores que executam manutenção e instalação de boxe.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Pesquisa para o Panorama Abravidro 2021 já está aberta!

Analisar o intenso 2020 sob a ótica do setor vidreiro será primordial para se traçar um caminho a ser trilhado pelos negócios de nossas empresas no futuro próximo. O aquecimento do mercado no último semestre vai nos levar ao crescimento na produção e faturamento em 2021? Quais foram os tipos de vidro mais consumidos nesse ano de pandemia? Qual estratégia de vendas seria possível criar com base nesses dados?

É para jogar luz em questões como essas que existe o Panorama Abravidro. Publicado anualmente desde 2012 pela associação, ele é o único estudo econômico sobre a produção vidreira nacional. A pesquisa para a edição 2021 do documento que trará os números referentes ao ano passado já começou – e é muito importante que todos os processadores contribuam para a sua elaboração, pois ele é feito com base nas informações fornecidas por esse segmento.

Instrumento de planejamento
Os dados levantados pelo Panorama podem ser usados em diferentes frentes. Uma delas é no planejamento das empresas, servindo como ferramenta para definir ações ao longo do ano e comparar os resultados de sua companhia com o desempenho do mercado como um todo. Entre os indicadores disponíveis no estudo estão:

– Produção em m²;

– Faturamento do setor;

– Produtividade dos trabalhadores;

– Evolução do preço médio dos vidros temperado e laminado;

– Capacidade nominal produtiva das plantas de float instaladas no País;

– Balança comercial de vidros, entre diversos outros tópicos.

Outra frente de extrema relevância está no fato de o estudo permitir à Abravidro saber quais são os principais problemas do mercado brasileiro, assim como refletir a respeito das ações necessárias para resolvê-los. Dessa forma, é possível solicitar medidas que atendam nossas empresas de forma específica junto ao governo federal.

Por que participar?
Quanto mais processadores responderem à pesquisa, mais precisos serão os dados presentes no estudo. Isso porque, com uma amostragem maior, pode-se visualizar mais claramente a situação do mercado, identificar se ele está em crescimento ou queda, saber as dificuldades enfrentadas pelos empresários na rotina de trabalho e, assim, preparar movimentos para superá-las.

Sigilo absoluto
As informações enviadas pelas empresas são confidenciais. Quando você responder ao questionário, os dados serão diretamente à GPM Consultoria, que atua na elaboração do estudo desde sua primeira edição. Os economistas responsáveis pela análise das informações já assinaram um termo de confidencialidade, registrado em cartório, assumindo que apenas os números consolidados e agregados são compartilhados com a equipe da Abravidro e tornados públicos, sem distinguir uma empresa da outra. Em caso de dúvidas, eles estão à disposição pelo e-mail panoramaabravidro@gmail.com.

Como participar?
Quem já participou do Panorama Abravidro em outras edições sabe que é um processo rápido, fácil e totalmente seguro. Basta preencher o questionário na plataforma online Survey Monkey, especializada em pesquisas para coleta de dados. As perguntas podem ser acessadas pelo link pt.surveymonkey.com/r/panoramaabravidro2021

Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conheça os ensaios de ciclos dos boxes de banheiro

Um dos ensaios para boxes previstos na norma NBR 14207 — Boxes de banheiro fabricados com vidro de segurança é o de ciclos. Ele é bastante importante, pois avalia até três aspectos diferentes: os esforços de abertura e fechamento do sistema, o comportamento dele em relação à repetição desse ciclo, e, em alguns casos, a resistência ao deslocamento.

Veja a seguir as etapas desse ensaio e qual o desempenho esperado para a aprovação do produto. Vale destacar que o modelo de boxe submetido à avaliação pela norma só é aprovado quando todos os corpos de prova ensaiados atenderem as especificações de cada ensaio.

 

Preparação do corpo de prova
O boxe deve ser instalado seguindo as orientações do fabricante, utilizando roldanas ou dobradiças previamente submetidas ao ensaio de corrosão por névoa salina e que não tenham apresentado qualquer característica que altere a sua finalidade de uso (por exemplo, oxidação vermelha).

Os aparelhos necessários para a realização da análise são:

– Um dinamômetro com resolução de 1 N para aplicar os esforços de abertura e fechamento no puxador da porta;

– Um sistema que promova repetidamente ações de abertura e fechamento da folha a ser ensaiada e que possua um contador de ciclos;

– Um relógio comparador (deflectômetro), com resolução de 0,1 mm.

 

Primeira etapa: esforços de abertura e fechamento
Após a montagem do boxe, o dinamômetro é utilizado para aplicar três esforços de abertura e três de fechamento no puxador da porta ou na posição equivalente.

A média dos valores das três medições é o esforço necessário para movimentar a porta do boxe, que não pode exceder 50 N.

 

Segunda etapa: repetição dos ciclos
Um sistema é instalado no puxador da porta para promover repetidamente ações de abertura e fechamento da folha a ser ensaiada. Esse aparelho precisa ter um contador de ciclos, o qual deve ser regulado para uma frequência de, aproximadamente, 600 ciclos completos por hora.

– Se o modelo de boxe de banheiro for de duas portas, o ensaio é realizado na que apresenta o maior comprimento.

– Portas com folhas de abrir (pivotantes) são ensaiadas até um ângulo de abertura de 90 graus.

A medição do esforço necessário para abertura e fechamento é realizada no início do ciclo e nos intervalos de 3 mil, 6 mil e ao final dos 15 mil ciclos determinados pela norma.

Para aprovação nessa etapa, as partes móveis (isto é, o conjunto da porta compreendido pelo vidro, dobradiça e/ou roldanas) devem atender as seguintes condições:

a) os esforços aceitáveis para abertura e fechamento do boxe devem ser de, no máximo, 50 N;

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b) o vidro não pode se soltar ou quebrar durante o ensaio de ciclo.

 

Terceira etapa: resistência ao deslocamento
Para modelos de boxe de canto é aplicado outro teste após o ensaio de ciclo, para avaliar sua resistência ao deslocamento. Ele é realizado medindo a altura central do boxe com as portas fechadas e depois com elas abertas (no eixo do encontro dos dois perfis perpendiculares), utilizando um deflectômetro.

No total, são efetuadas seis leituras com um intervalo de três minutos entre elas. Ao final, encontra-se o deslocamento calculando a diferença entre as leituras iniciais (com as portas abertas) e finais (fechadas).

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Para que seja aprovado, o deslocamento vertical do boxe de canto (movimentação do perfil superior) não pode exceder 8,8 mm. Além disso, o vidro não pode encostar no chão, mesmo que o deslocamento seja inferior a essa medida.

Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Relembre os principais trabalhos do ABNT/CB-37 em 2020

Nem a pandemia foi capaz de frear as atividades do Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37) em 2020. O balanço do ano tem publicação de novas normas relacionadas ao nosso setor, revisão e aprimoramento de textos técnicos por meio de reuniões online e a disseminação de conhecimento junto à sociedade em lives. Reveja os principais trabalhos desenvolvidos no período.

 

Normas publicadas
No dia 11 de fevereiro, a ABNT publicou a NBR 16823 — Qualificação e certificação do vidraceiro – Perfil profissional. Bastante esperada pelo setor – foi até capa de O Vidroplano daquele mês –, ela define os parâmetros e requisitos para a qualificação dos vidraceiros, permitindo que esses profissionais exerçam seus trabalhos com qualidade e segurança.

Mais para o final do ano, no dia 12 de novembro, foi a vez da NBR 16918 — Vidro termoendurecido, documento que reúne as características desse tipo de vidro, como tensão máxima admissível, tolerâncias permitidas para os aspectos dimensionais, defeitos visuais, empenamento e comportamento de quebra, entre outros. Os ensaios para avaliação do produto também são estabelecidos nessa publicação, incluindo os de fragmentação, avaliação de defeitos e medição de empenamento.

É preciso citar também a nova Emenda 1 para a NBR 16023 — Vidros revestidos para controle solar – Requisitos, classificação e métodos de ensaio, que esclarece pontos a respeito da homogeneidade de cor dos vidros e explica como devem ser avaliados.

 

Nova revisão…
Uma das principais normas para o nosso setor entrou em processo de revisão em 2020. Em novembro, o ABNT/CB-37 promoveu a primeira reunião online para atualização da NBR 14698 — Vidro temperado. Entre os principais pontos que vêm sendo debatidos estão as tolerâncias de fabricação e de qualidade mínimas aceitáveis para os produtos, bem como o aprofundamento em assuntos como anisotropia, qualidade óptica e tolerância de esquadro.

 

…e continuidade de trabalhos
Avançou bastante no ano passado a revisão da NBR 14697 — Vidro laminado. O ABNT/CB-37 está finalizando a avaliação do texto referente aos ensaios de radiação para os laminados, além de analisar as mudanças definidas para os testes de classificação de segurança para essas peças.

 

Levando o conhecimento adiante
Uma das primeiras atividades de divulgação das normas no ano passado se deu com a participação da Abravidro no programa É de Casa, da TV Globo. Vera Andrade, coordenadora técnica da associação, falou ali sobre as determinações da NBR 14207 — Boxes de banheiro fabricados com vidro de segurança para a instalação, uso e manutenção do vidro nesses compartimentos. Em 5 de março, quando a quarentena ainda não tinha sido anunciada no Brasil, Clélia Bassetto, analista de Normalização ministrou palestra para 50 alunos do “Curso Técnico em Produção de Vidro”, na Escola Técnica Estadual Presidente Vargas, em Mogi das Cruzes (SP), sobre as aplicações do material na construção civil.

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Com a pandemia, os eventos presenciais deram lugar a ações online. Clélia realizou em setembro outra palestra para o mesmo curso e também participou de lives organizadas pela Cebrace e pela Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal). Em outubro, Vera abordou as normas relacionadas ao vidro durante o módulo sobre o material no curso de extensão “Arquitetura e Construção: Materiais, Produtos e Aplicações”, da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

 

Participe você também!
As reuniões do ABNT/CB-37 continuam sendo realizadas – devido à pandemia, elas agora são em formato 100% remoto. O comitê convida a todos os interessados que participem: isso permite que as discussões contem com opiniões e experiências diferentes, fazendo com que as normas se tornem cada vez mais abrangentes, além de possibilitar a todos um aprendizado maior sobre as realidades diferentes dos processadores e vidraceiros pelo Brasil.

Para ter acesso às reuniões, basta enviar um e-mail para cb37@abnt.org.br dizendo que você tem interesse em participar das reuniões e fazer seu cadastro junto à Abravidro para receber os convites com as informações de cada reunião, como local, data, pauta da discussão e o link para a participação remota.

Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conheça as certificações disponíveis para processadoras vidreiras

De tempos em tempos, O Vidroplano reforça junto aos processadores a importância da certificação de seus vidros temperados junto ao Inmetro. Outros processos realizados nas empresas de beneficiamento de vidros, assim como diferentes aspectos de seu funcionamento, também contam com certificações disponíveis. Conheça quais são a seguir.

 

Variedade
O Inmetro atua na certificação de vidros temperados com base nas determinações presentes na Portaria Inmetro nº 327/2007. Por sua vez, a Organização Mundial de Padronização (ISO – International Organization for Standardization) conta com quatro certificações distintas que podem ser aplicadas às processadoras vidreiras:

ISO 9001 — Sistema de Gestão da Qualidade

ISO 27001 — Gestão da Segurança da Informação

ISO 45001 — Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional

ISO 14001 — Sistema de Gestão Ambiental

Como os nomes apontam, enquanto o objetivo principal do Inmetro é avaliar a qualidade do produto fabricado e comercializado, as demais certificações dizem respeito à gestão das empresas, cada uma com determinado foco, como a qualidade, segurança de dados, questões ambientais, saúde e segurança dos colaboradores. Esses aspectos são observados independentemente dos produtos ou serviços praticados. Dessa forma, as certificações ISO também estão disponíveis para as beneficiadoras que não trabalham com têmpera.

“Essas normas possuem exigências pensadas para garantir melhor desempenho nas atividades de modo que as partes envolvidas tenham resultados diferenciados e, com isso, as empresas se mantenham sustentáveis”, ressalta Edweiss Silva, consultor da Abravidro para certificação do vidro temperado pelo Inmetro. “Um bom exemplo é a ISO 9001, utilizada em mais de 170 países.”

 

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Mais credibilidade
Todas as certificações mencionadas são voluntárias. Porém, é importante avaliar quais as exigências do segmento e dos clientes aos quais a processadora deseja atender, a fim de definir as mais adequadas e que garantirão a melhor oportunidade na hora de fazer negócios. Embora elas não sejam obrigatórias, alguns setores podem exigi-las para que a empresa possa fornecer produtos para determinado projeto.

Vale destacar ainda que uma mesma beneficiadora pode obter mais de uma – e, segundo Edweiss, isso traz diversas vantagens estratégicas. “Além de maior visibilidade pelo consumidor, seja final ou intermediário, a contratação de outras certificações pelo mesmo organismo reduz significativamente os custos envolvidos, pela possibilidade de os eventos serem planejados para a realização simultânea dos processos.”

 

Para vidros automotivos
Se sua empresa trabalha com vidros automotivos, atenção: as portarias Inmetro MDIC nº 156/2009 e MDIC nº 157/2009 determinam a obrigatoriedade de que os produtos sejam certificados.

 

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Essas publicações exigem que o fabricante tenha um sistema de gestão que garanta a qualidade dos vidros em relação ao atendimento às exigências das normas técnicas. Edweiss informa que, além disso, caso a empresa tenha interesse em fornecer os produtos para montadoras de veículos, outras certificações poderão ser exigidas, como a do Departamento de Transporte [DOT], no caso dos Estados Unidos; a da Comissão Econômica para a Europa [ECE] para os países desse continente; e a do Sistema de Certificação Compulsória de Produtos [CCC], na China, sendo que cada uma dessas tem particularidades específicas para seu mercado.

No Brasil, a certificação para empresas do segmento automotivo é a IATF 16949 — Sistemas de Gestão de Qualidade no Setor Automotivo, desenvolvida pela Força Tarefa Automotiva Internacional (International Automotive Task Force – IATF). Ela é bem similar à norma ISO 9001, porém com exigências adicionais e bem específicas.

 

Quem cuida das certificações?
O Inmetro é o órgão que regulamenta todas as certificações no Brasil, criando as regras e aprovando os organismos responsáveis pelas avaliações e emissão dos certificados.

 

Tempo e preparativos necessários
Em média, cada certificação pode ser obtida em um período de dois a quatro meses, dependendo da disponibilidade do organismo e logística. Para isso, as beneficiadoras já devem contar com um sistema de gestão devidamente implementado.

Antes de procurar o Organismo de Certificação, é importante que a empresa trabalhe junto a um profissional ou grupo de consultoria especializado na área pretendida. No caso dos temperados, a Abravidro oferece essa consultoria com um valor exclusivo para seus associados. Edweiss é o responsável por acompanhar todos os procedimentos, auxiliando as processadoras no que for necessário para se adequar a esses requisitos.

Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Como seguir relevante digitalmente

Escrito por Fernando Faiad Soni

Após meses de isolamento social, as pessoas se acostumaram, ainda mais, a consumir informação o tempo todo e a se organizar dentro de comunidades virtuais. Por isso mesmo, ficou difícil conquistar a tão desejada lembrança de marca. Pensando nisso, fica o questionamento: como prender a atenção do público?

Estamos na década do social marketing, rumo a um mercado conduzido por pessoas e não mais por empresas. Também conhecido como marketing interativo, esse conceito reúne práticas e técnicas que visam a incentivar a interação do público com sua empresa. É uma estratégia extremamente assertiva para aumentar o engajamento e, assim, aproximar o cliente final da marca – afinal, os consumidores desejam interatividade desde que as empresas se humanizem e estejam dispostas a resolver os seus problemas. E vale reforçar: as pessoas estão cada dia mais sedentas por relacionamentos, principalmente após um longo período de pandemia.

Confira três dicas para dar início a uma estratégia de social marketing em seu negócio:

 

– Entenda o tom de voz da sua marca
Tom de voz é a personalidade que sua empresa expressa por meio dos canais de comunicação. Mais do que apenas comunicar, é preciso saber a forma certa de ganhar a atenção do público. Isso passa por entendê-lo. Seu cliente é mais paciente ou dinâmico? Precisa de explicações em detalhes ou você pode ir direto ao ponto? Quais são os valores que o guiam?

 

– O básico funciona
Ainda não sabe como atrair as pessoas por meio de lives, podcasts e outros produtos interativos mais complexos? Comece com enquetes e caixas de perguntas no Instagram. O básico funciona e pode ser um ótimo teste para saber como o público pensa e o que ele espera de você.

 

– Para vender mais, pare de vender
Ao invés de empurrar produtos, comece a oferecer conteúdo relevante. Esclareça dúvidas, divulgue os resultados dos seus serviços e fale sobre assuntos que possam trazer informações úteis para os clientes.

 

Fernando Faiad Soni é sócio-fundador da Stardust Digital e especialista em social marketing e estratégias de venda

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.