Seguindo em frente

O terceiro trimestre do ano já passou da metade e ainda estamos em busca dos resultados que a expectativa positiva do começo do ano prometia. A construção civil caminha lentamente e as reformas ainda são bem mais numerosas que as novas obras, também mais frequentes no segmento residencial que no comercial.

Enquanto isso, o mercado segue tentando se manter viável, enfrentando adversidades como a sobreoferta de matéria-prima, a baixa demanda, a informalidade crescente e políticas comerciais irresponsáveis por parte de alguns players.

Mas não estamos parados vendo a vida passar e esperando tempos melhores. Seguimos trabalhando, atuando nas frentes em que podemos. Uma delas é o CB-37 e sua intensa agenda de reuniões. Resultado disso é que a ABNT está avaliando textos que irão a consulta pública: a emenda da norma de vidros de controle solar e a aguardada norma de vidraceiros, que vai trazer algumas diretrizes importantes para a atividade que é fundamental para o nosso setor.

Temos acompanhado também as discussões em torno do novo modelo regulatório do Inmetro, tema que muito nos interessa. O órgão vem anunciando mudanças que estima implementar até dezembro de 2021. Entre as novidades estão menos burocracia e maior responsabilidade para a indústria, que deve ganhar em competitividade. O setor produtivo tem acompanhado com atenção as movimentações nesse sentido e a Abravidro também está engajada nisso. A conferir!

editorialJosé Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Caleidoscópio

DADOS & FATOS

Queda na criatividade
O Brasil perdeu duas posições no Índice Global de Inovação, principal ranking mundial sobre criatividade na indústria. O País é agora o 66º entre 129 países, ficando atrás do Chile (51º), Costa Rica (55º) e México (56º), por exemplo. A Suíça lidera a lista, os Estados Unidos estão em 3º lugar e a China ocupa a 14ª posição.

China

Por mais competitividade
O governo estabeleceu como meta que o Brasil melhore dez posições, até 2022, no índice de inovação do Relatório Global de Competitividade, publicado pelo FMI. Estamos na 72ª colocação entre 140 países.

Montadoras comemoram julho
A produção automotiva cresceu em julho, se comparada ao mesmo período em 2018: 8,4% mais veículos e alta de 23,3% nos caminhões. Também houve aumento nos emplacamentos. É o melhor julho desde 2014 para veículos e caminhões. As informações são da Anfavea, associação das montadoras, consumidoras do nosso material.

Equipamentos vidreiros
De acordo com a Gimav, entidade das empresas italianas produtoras de maquinários para o vidro, a indústria de máquinas para vidros planos na Itália cresceu 2,08% em 2018. O Brasil é o 4º maior importador dos equipamentos.

A finlandesa Glaston, por sua vez, divulgou que suas vendas mundiais aumentaram 5,5% no segundo trimestre deste ano.

 

FIQUE POR DENTRO

Vidro e Olimpíadas
Acompanhou o bom desempenho brasileiro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, agora em agosto? Foi um belo aperitivo para as Olimpíadas do ano que vem. Por falar nisso, o Comitê Olímpico Internacional (COI), organizador do evento, celebrou seu 125º aniversário este ano inaugurando a sua nova sede em Lausanne, Suíça. A Olympic House, como é chamada, tem design futurista e uma fachada dupla de vidro, cada uma delas com 194 chapas. A fachada interior tem 2.300 m² e é fixada com juntas de silicone. Já a exterior tem 3.100 m² e suas chapas estão dispostas como se fossem brises.

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Tóquio 2020
A edição do próximo ano dos jogos terá vidro! A Musashino Forest Sports Plaza, primeira estrutura a ficar pronta, tem fachada feita com o nosso material. A estrutura receberá partidas de badminton e lutas de esgrima.

Em 2008
Já faz tempo, mais de dez anos. Mas as Olimpíadas de Pequim, em 2008, abusaram do vidro de tal forma que foram capa de O Vidroplano de agosto daquele ano. Os estádios de Tianjin e Shenyang, apelidado de “Coroa de Cristal” (foto), o Velódromo de Laoshan e a Arena de Esgrima foram algumas das construções com (muito!) vidro.

 

RETROVISOR

Em agosto de 1995,
a edição 272 de O Vidroplano trazia em sua capa uma novidade que até hoje impacta o setor: o lançamento do 1º Simpovidro, que seria realizado no fim daquele ano no Rio de Janeiro.
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Hoje o evento está consolidado
como o principal encontro vidreiro da América Latina!

Aquela edição também marcava
a inauguração de um novo projeto gráfico para a revista.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Saiba como usar transfer para o Simpovidro!

Você vai de avião para o maior encontro do setor vidreiro na América Latina, a ser realizado de 7 a 10 de novembro no Enotel Porto de Galinhas (PE)? Pois fique tranquilo! A Abravidro disponibiliza serviço de transfer de ida e volta entre o Aeroporto do Recife e o resort cinco estrelas, casa do Simpovidro deste ano.

Vai de traslado?
Envie horários, datas, códigos das reservas e números dos voos e dos bilhetes para o e-mail logistica@simpovidro.com.br

No dia da sua chegada no Recife, a equipe do Simpovidro estará lhe esperando na área de desembarque

Também avisaremos com antecedência o horário do seu transfer de retorno para o aeroporto

Vai de carro?
Sem problema! Envie para o e-mail logistica@simpovidro.com.br o modelo do veículo, cor e placa para a liberação do acesso ao hotel

 

INSCREVA-SE ANTES E PARCELE!
Basta acessar o site www.simpovidro.com.br e se cadastrar! Quem se inscreve em agosto pode parcelar em 4x!
Informações? Dúvidas?
Central de Atendimento Simpovidro
(11) 3873-9908

 

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Não perca a chance de pagar menos. A Latam, maior companhia aérea do Brasil, é parceira da Abravidro e os inscritos no Simpovidro têm desconto exclusivo na compra das passagens aéreas para o evento:
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ATENÇÃO!
– O uso é exclusivo para os participantes do 14º Simpovidro;
– Válido para embarques de 4 a 13 de novembro no trecho Brasil (qualquer cidade) — Recife — Brasil (qualquer cidade);
– Não se aplica a menores de doze anos e tarifas Mega Promo.

patrocinadores

apoiadores

institucional

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Turomas inaugura centro de inovação na Espanha

A Turomas, fabricante espanhola de máquinas para processamento, inaugurou, no dia 27 de julho, seu Centro de Inovação e Desenvolvimentos Especiais (Cidet), no município de Rubielos de Mora, na Espanha. O espaço é considerado pela empresa como o alicerce para seu projeto de expansão, dedicado às pesquisas, design e desenvolvimento de novas máquinas, softwares e outras soluções. Na cerimônia, o vice-presidente da Turomas, Álvaro Tomás, falou também sobre o mercado latino-americano, considerado um dos mais estratégicos relacionados com seu plano de expansão: a empresa já conta com uma sucursal em São Paulo e uma em Santiago, no Chile, e abrirá a terceira em Bogotá, na Colômbia, por volta de novembro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Workshop apresenta certificações de acabamentos para esquadrias

O Instituto Beltrame da Qualidade, Pesquisa e Certificação (Ibelq) e a Associação Brasileira das Indústrias de Portas e Janelas Padronizadas (Abraesp) realizaram, no dia 31 de julho, o Workshop Qualicoat, Qualanod e Qualisteelcoat. O evento, que teve a Abravidro entre seus apoiadores institucionais, apresentou aos participantes os selos internacionais de certificação Qualicoat (para esquadrias de alumínio pintado), Qualanod (para esquadrias de alumínio anodizado) e Qualisteelcoat (para esquadrias de aço pintado), todos de origem suíça. Eles estarão disponíveis no Brasil em breve — a equipe de inspeção do Ibelq e o laboratório Equilam já foram avaliados para atuar nessa área.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Viminas abre showroom no ES

A processadora capixaba Viminas inaugurou, no final de junho, um showroom (foto) em sua matriz, na cidade de Serra (ES). Nele, além de possibilidades de aplicação para os produtos da empresa, também é possível para os clientes, parceiros, funcionários e demais visitantes conferir a história da empresa e os prêmios conquistados por ela. O novo espaço veio ao encontro dos planos da Viminas para o segundo semestre de 2019: finalizar a ampliação de seu parque industrial com a construção de mais um galpão e a inclusão de novas máquinas para beneficiamento.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Netflix ganha série sobre vidro

Nosso material é o centro das atenções da série canadense Vidrados (Blown Away), que estreou na plataforma de streaming Netflix no dia 12 de julho. Trata-se de um reality show em que dez mestres artesãos se enfrentam em uma competição de esculturas de vidro. A primeira temporada traz dez episódios. Ao final, o campeão da competição receberá US$ 60 mil em prêmios.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Avec Design e Unividros levam transparência a hospital

O hospital A. C. Camargo Cancer Center, em São Paulo, passou recentemente por grande reforma e ganhou vidros na área do elevador e escadas. O trabalho foi realizado pela Avec Design, com nosso material tendo sido fornecido pela Unividros. O fechamento do espaço (foto) é de temperados laminados incolores 12 mm com interlayer estrutural SentryGlas, da Kuraray, sendo várias dessas peças curvas, com fixação por bottons. A torre do elevador também é composta por essa especificação. Já os degraus da escada ganharam temperados multilaminados 30 mm, com sistema spider (de aço inox) de dois pontos para fixação. Até a cobertura da área leva o material: temperado laminado de controle solar 12 mm, fixado com o sistema Ecoglazing de vidro encapsulado em silicone, desenvolvido pela própria Avec Design.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Abividro lança campanha sobre o vidro

A Abividro lançou a campanha “Vidro. Para os vidrados no mundo”. Desenvolvida pela agência de comunicação Iris Worldwide, a iniciativa visa a apresentar o posicionamento da indústria vidreira e reforçar a relação que as pessoas sempre tiveram com o nosso material no dia a dia. O carro chefe da campanha é um vídeo que traz o ponto de vista do material no seu relacionamento com o usuário final. A trilha sonora original foi composta e executada apenas com a reprodução do som de vidros — os músicos usaram desde lâmpadas até uma harmônica de taças. “Criar essa conexão emocional foi fundamental para contar a história do vidro de uma forma muito particular. Estamos felizes com o resultado”, afirma Lucien Belmonte, superintendente-geral da Abividro. A campanha entrou no ar online em 15 de julho e se estenderá até 2020.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura abre inscrições

O Grupo Saint-Gobain lançou este mês a 7ª edição do Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura — Habitat Sustentável. O objetivo da premiação, que conta com apoio institucional da Abravidro, é reconhecer projetos de arquitetura que se destacaram na proposição de soluções para o conforto do ambiente, bem como a inovação e sustentabilidade da obra. As inscrições já estão abertas e serão aceitas até o dia 11 de novembro. Os participantes poderão inscrever seus projetos em categorias voltadas para profissionais e para estudantes de arquitetura.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sindividros-RS empossa nova diretoria

A nova diretoria do Sindividros-RS foi empossada no dia 1º de agosto, durante a 22ª Feira Internacional da Construção (Construsul). Rafael Ribeiro (foto, terceiro da dir. para a esq.) foi reeleito como presidente da gestão até o dia 31 de julho de 2022.

Diretoria do Sindividros-RS 2019-2022
Presidente
Rafael G. A. Ribeiro

Vice-presidente
Gilberto Ribeiro

Secretário
José A. G. Paycorich Júnior

Tesoureiro
José Antônio G. Paycorich

Suplentes
Carlos Heinen Filho
Herberto Heinen
Leonir Nicaretta

Conselho fiscal
Jaime Schaeffer
Marco Aurélio De Bastiani
Werner Jorge Roeben
Ana Paula Schulke (suplente)
Andreas Weimer (suplente)
Gildasio Araujo Ribeiro (suplente)

Delegados representantes junto à Abravidro e Fiergs
Gilberto Ribeiro
Rafael G. A. Ribeiro
Herberto Heinen (suplente)
José Antônio G. Paycorich (suplente)

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sinbevidros-SP elege nova diretoria

No dia 25 de julho, o Sinbevidros-SP elegeu sua nova diretoria. Alfredo dos Anjos Martins (foto) permanece no posto de presidente da entidade até 2023.

Diretoria do Sinbevidros-SP 2019-2023
Presidente
Alfredo dos Anjos Martins

Primeiro-vice-presidente
Victor Villas Casaca

Segundo-vice-presidente
Irineu Alves Marcelino

Primeira-secretária
Ana Lúcia de Souza

Segundo-secretário
Marcelo Kairis Antonio

Primeira-tesoureira
Juliana Schunck da Silva Murad

Segundo-tesoureiro
André Catini Teodoro da Silva

Conselho fiscal
Gustavo Pais Cardoso Silva
Pedro Luiz Musumeci
Vinicius Moreira Silveira
Ana Lúcia de Souza (suplente)
Fábio Luiz Sant’Anna de Oliveira (suplente)
Marcelo de Sousa Monteiro (suplente)

Delegados representantes junto à Fiesp
Alexandre Eugênio Serpa
Alfredo dos Anjos Martins
Irineu Alves Marcelino (suplente)
Victor Villas Casaca (suplente)

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Agosto sem preconceito

Você é daqueles que acham que agosto é tempo de desgosto ou que o mês é o mais arrastado do ano? Por aqui, não temos preconceito com ele e preparamos uma edição bem-recheada de assuntos de interesse da comunidade vidreira.

Nossa matéria de capa trata do corte perfeito e como atingi-lo. Você vai saber como conseguir o melhor resultado — manual ou automático — dessa que é uma das atividades essenciais do processamento de vidros.

Outro destaque é o envidraçamento de sacadas. Uma das principais aplicações do nosso material, ela requer atenção em cada uma das etapas dos projetos para que seja feita de forma correta e eficiente, proporcionando um sistema seguro para o usuário. A norma técnica referente a essa aplicação também está referida em nossas páginas. E por falar em norma, vai a consulta pública a mudança proposta no texto sobre vidros de controle solar. A emenda aborda a variação da cor nas peças. Saiba mais clicando aqui.

O uso de cavaletes no transporte de cargas de vidro também está na pauta deste mês. Além da Vivix e AGC, que já usam essa modalidade, a Cebrace anunciou que até o fim do ano também fará a substituição dos colares, possibilitando rastreabilidade dos pedidos.

Nesta edição, passamos a publicar em O Vidroplano a seção “Caleidoscópio”. Nela, você encontrará uma miscelânea de assuntos: dados que de alguma forma estão relacionados ao setor, destaques sobre a aplicação de nosso material em algum contexto específico e também um resgate de fatos vidreiros históricos.

Boa leitura e bom agosto para você!

iaraIara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Fazendo o corte do vidro com qualidade

Um dos momentos mais importantes no trabalho com o vidro é o corte. Na beneficiadora, é a primeira atividade do pré-processamento, antes de as chapas serem encaminhadas para a têmpera ou laminação. Na vidraçaria, é o início das atividades para se atender um pedido de cliente. Isso mostra que, se não for feito da forma correta, todos os processos seguintes sofrerão consequências graves.

O Vidroplano conversou com especialistas e empresas de maquinários e insumos para entender como se faz um corte preciso e eficaz.

Automático ou manual?
Segundo o instrutor técnico da Abravidro, Cláudio Lúcio da Silva, é importante definir o nível de automatização do processo:

Automático: após a programação, a máquina executa a totalidade das operações — manuseio, limpeza, posicionamento, preparação, corte, etiquetagem, destaque e coleta de aparas e cacos, por exemplo;
Semiautomático: grande parte das operações é executada por máquinas;
Semimanual: grande parte das operações é executada por operadores;
Manual: a totalidade das operações é executada por operadores.

cutting a glass

Modernidade disponível no mercado
Como mostrado na reportagem Tecnologia aplicada ao vidro (em O Vidroplano nº 520; leia ela clicando aqui), existem linhas de pré-processamento totalmente integradas, as quais dispensam a interação humana graças à utilização de robôs e esteiras de movimentação. É possível ainda encontrar soluções mistas, com os operadores movimentando as peças da saída da mesa de corte até a área de lapidação. “O processo de corte deve ser adequado às necessidades de produtividade, compatibilizando a capacidade de produzir e o custo máximo operacional”, explica Cláudio Lúcio. Tudo depende do porte da empresa e do volume de vidro processado.

As mesas de corte são divididas em dois grupos — as que trabalham com vidro monolítico e as próprias para laminados. A tecnologia atual desses equipamentos ajuda a tornar a atividade mais veloz. Segundo a empresa italiana Macotec, um laminado pode ser cortado em apenas quinze segundos usando o modelo Strato Active. “As tecnologias mais inovadoras contemplam mesas com carregamento automático e destaque sem a necessidade da ação humana. E não podemos deixar de mencionar as que utilizam jato d’água, cada dia mais introduzidas no mercado”, analisa Yveraldo Gusmão, diretor da Gusmão-GR, representante da Macotec no Brasil.

Com a plataforma EVO, a também italiana Bottero oferece a possibilidade de equipar as máquinas com duas ferramentas adicionais além daquelas de corte. Com isso, podem realizar incisão a laser ou etiquetagem da peça. Cada vez mais, os processos se integram e se comunicam entre si, trocando informações para maior eficácia na produção, seguindo assim os conceitos da Indústria 4.0.

Existem ainda mesas que trabalham em vidros ultrafinos (de menos de 1 mm de espessura) e grossos (25 mm) sem necessidade de troca de ferramentas, como as fabricadas pela espanhola Turomas — elas utilizam a tecnologia patenteada 4tool. Cada maquinário possui quatro ferramentas com roletes, sistema de lubrificação e cilindro de pressão independentes.

A importância dos insumos

Não adianta comprar maquinários de qualidade se não usar insumos de qualidade. “O que se vê muito no Brasil e no mundo é a utilização de produtos destinados a outros fins apenas por serem baratos. Isso pode gerar manchas no vidro ou espelho, delaminação etc.”, revela Nilton Batista, diretor-geral da Support Glass, empresa que representa marcas estrangeiras de insumos. “A escolha correta é fundamental para se obter um bom desempenho, ajudando a máquina a ter atividade plena para a qual foi projetada”, comenta Ricardo Costa, diretor-comercial da Glassparts, que também comercializa insumos de companhias de fora do País.

Para essa atividade, o óleo e o rodízio de corte são os mais relevantes.

Óleo: usado para o destaque mais rápido ou quando o processo demanda mais tempo na mesa de destaque. Podem ser de vários tipos, como evaporativos e biodegradáveis, entre outros. Ele penetra no corte criando um filme muito fino nas laterais do vidro após a passagem do rodízio. Atenção: o excesso de óleo na linha de marcação significa que o produto é muito espesso e terá problemas de evaporação — ou, então, é a mesa que está malregulada.

óleo
Rodízio: é a peça que passa em cima da face do vidro para cortá-lo. Existe um ângulo correto de rodízio para cada espessura do nosso material, assim como tipos específicos para corte linear ou modelado.

rodízios

O uso de insumos não recomendados pode resultar em diversos problemas, incluindo:

– A marcação dos rodízios pode ficar serrilhada ou com ondulações, causando dificuldades na hora do destaque;
– Se o corte não ficar reto como deveria, mais rebolos serão usados no momento da lapidação, mais energia elétrica será consumida e mais partículas de vidro serão produzidas para serem floculadas na regeneração de água;
– Além de gerar mais gastos, o nível de retrabalho e perdas de produção também poderá aumentar.

Peças perfeitas
O processo de destaque, como já visto, depende muito da forma como o vidro é cortado. “Elementos como a correta lubrificação e a regulagem da pressão dos equipamentos são fatores determinantes para se obter o entalhe adequado à espessura do vidro, proporcionando assim um destaque suave, sem quebras ou desvios de linha de produção”, alerta Ricardo Costa, da Glassparts.

A atividade tem um aspecto manual, com operadores para realizá-la. Alicates podem ser utilizados para auxiliar o trabalho em peças de maior espessura — alguns deles contam com regulagem para que o corte se abra de forma lenta e precisa. No entanto, existem no mercado mesas de pré-destaque automáticas, com sistemas pneumáticos.

Softwares para melhor aproveitamento
Programas para otimização do processo são capazes de oferecer a capacidade de planejamento semanais e até mensais dos planos de corte durante os turnos de trabalho. Eles contam com catálogos de formas, além de permitir que operadores entrem com dados específicos para peças de formatos únicos via AutoCAD. Com isso, diminui-se o tempo de ciclo da máquina. “Os softwares proporcionam ainda o gerenciamento de todas as áreas que envolvem estoque, recorte de ferragem e gestão dos retalhos. Isso tudo contribui para a melhora da eficiência”, afirma Moreno Magon, vice-presidente de Vendas e Serviços da Glaston para a América do Sul.

A solução também existe para os vidraceiros. Programas com mapas e planos de corte reduzem o desperdício de matéria-prima, além de gerar, consequentemente, aumento de produtividade.

E o corte manual?
Atenção, vidraceiros: os equipamentos usados devem ser escolhidos corretamente para o serviço ser bem-feito.

Cortadores: há modelos com especificações próprias para diferentes espessuras das chapas. Por isso, deve-se consultar os fabricantes das ferramentas para saber se funcionarão de acordo;

cortador
Lubrificante: deve ser usado um óleo apropriado, o que fará com que o cortador tenha maior durabilidade, além de resultar em corte mais suave e destaque preciso. Importante: nunca utilize querosene como lubrificante. Ele pode provocar manchas nos vidros e espelhos e também impede que o cortador entalhe as chapas corretamente, podendo ocasionar quebras no momento do destaque.

Não faça isso!
O instrutor técnico Cláudio Lúcio aponta os principais erros cometidos no processo de corte:

Layout da seção inadequado para as necessidades de custo operacional máximo ou em desacordo com as normas vigentes de segurança

– Especificação e utilização de EPIs incompatíveis para o nível dos riscos inerentes à operação de manuseio, corte e destaque de vidro

– Falta de adoção e implementação de um sistema de gestão adequado, eficaz e eficiente nos processos do sistema produtivo

– Utilização de mão de obra sem a devida capacitação

– Falta de manutenção preditiva (com foco na redução de custos de manutenção), preventiva e corretiva, sejam planejadas ou não, em

máquinas, equipamentos e utilidades

– Uso inadequado dos parâmetros técnicos de processo para o correto corte e destaque

– Desconhecimento dos limites técnicos para a confecção do plano de corte, tendo como resultado o aumento do custo do sistema produtivo, assim como reclamações de clientes e devoluções de produtos

– Utilização de óleo diesel, querosene ou fórmulas caseiras no lugar de óleo de corte

– Emprego de técnicas de destaque e manuseio equivocadas, que resultam em perdas, retrabalhos e quebras

– Falta de ferramentas e insumos próprios para essas atividades

– Aquisição de máquina de corte sem a prévia análise e conhecimento da variação dimensional e capacidade dos maquinários em atender clientes, produtos e mercados

Uma boa forma de aprender a maneira correta de cortar o vidro está na Especialização Técnica Abravidro. O curso, ministrado pelo próprio Cláudio Lúcio, ajuda as empresas a evitar o desperdício de materiais e insumos. Para mais informações, entre em contato pelo e-mail abravidro@abravidro.org.br ou telefone (11) 3873-9908.

 

Corte com jato d’água

boxe jato dagua
Vidros para decoração, com formas únicas e diferenciadas, podem ser cortados com equipamentos que utilizam jato d’água. O sistema funciona da seguinte maneira: a água é pressurizada e, em seguida, forçada através de um orifício minúsculo (com cerca de 0,3 mm de diâmetro), atingindo de três a quatro vezes a velocidade do som (800 a 1.000 m/s). “O jato corta por abrasão e desgaste. No caso do vidro, o corte é resultado da erosão/remoção de pequenas porções do material devido ao impacto das partículas abrasivas acrescentadas à água. O corte é perfeito e preciso, não sendo necessário acabamento adicional”, explica Nilton Batista, da Support Glass. A aparência do vidro cortado dessa forma difere da resultante do processo comum com lapidação: possui um aspecto jateado nas bordas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Cavaletes como principal modelo para entregas no Brasil

A Cebrace, líder de mercado em nosso setor, anunciou que passará a utilizar cavaletes, ao invés de colares, para entregar pedidos aos seus clientes. Assim, junta-se a outras usinas que já utilizam esse formato, que começou a ser usado em nosso país na década de 1990, quando do início do fornecimento de vidros jumbo a granel (em grandes quantidades, sem embalagens fracionadas). Mas, afinal, quais as vantagens disso para os clientes e para as próprias fábricas de vidro?

O que são?
Os cavaletes são estruturas metálicas, revestidas de borracha, que acomodam os vidros durante o transporte. Essas embalagens não interferem na produção: no momento da expedição, as pilhas de vidros são retiradas dos locais em que ficam armazenadas e colocadas nelas. Depois, são içadas para serem fixadas na carroceria dos caminhões.

Já os colares são molduras de aço, nas quais as chapas são encaixadas juntas e paralelas. Normalmente, a carga é enviada em vários colares unidos por uma brida de metal.

Mudanças
A substituição feita pela Cebrace se dará gradativamente e deve ser concluída até o final deste ano. “Isso ocorre por duas demandas: a primeira é a necessidade de maior controle de entrada e saída com uma gestão moderna e mais fluida”, explica o gerente de Logística, Valdimir Silva. “A segunda ocorre devido à nossa estratégia de consolidar internamente os pilares da Indústria 4.0.“

A ligação com a Indústria 4.0, cujo principal conceito é a interação de processos, vem do principal benefício dessa modalidade: a possibilidade de rastreabilidade dos cavaletes, graças a sistemas de código de barras. Isso é feito mediante uso de tecnologia IoT (Internet das Coisas). Por meio da instalação de um dispositivo no cavalete, torna-se possível gerar dados e acompanhar sua movimentação. Assim, o serviço de entrega é totalmente monitorado e rastreado, com controle e acompanhamento da origem até o destino.

Diferentes percepções
A AGC aposta nesse formato desde a inauguração de sua primeira planta no Brasil, em 2014. Na época, o fato foi até divulgado como um diferencial de sua operação. “Acreditamos que o sistema é mais seguro e torna a atividade de expedição mais ágil. Com ele, é possível transportar maior tonelagem de vidro em um mesmo bloco”, comenta Monica Gomes, gerente de Produção da companhia. Ainda segundo ela, o volume de expedição em cavaletes atualmente gira em torno de 83% do total de suas operações.

A Saint-Gobain Glass utiliza ambos os modelos, dependendo do produto a ser entregue. “O aproveitamento da carga e o tempo de carregamento são mais vantajosos com colares”, afirma o coordenador de Logística, Vlademir Alberto. “O uso do cavalete se dá exclusivamente quando utilizamos caixas de madeira, cuja manipulação requer maior cuidado pelo risco de quebras e acomodação no veículo”. A usina chegou a desenvolver um método de carregamento em que se torna possível o envio de caixas e colares em um único bloco, otimizando o frete.

Por sua vez, a Vivix usa apenas cavaletes. “São mais resistentes, evitando assim quebras durante a entrega. É um tipo de embalagem que contribui para a redução dos índices de avarias”, analisa o gerente-sênior de Operações, Francisco Conte. “Nossos clientes demonstram preferência por esse formato, visto que proporciona maior segurança.”

Contatada pela reportagem de O Vidroplano, a Guardian preferiu não participar da matéria.

O que dizem as processadoras?
Talvez as mais interessadas nessa questão sejam as beneficiadoras de nosso material — afinal, a forma como os pedidos são entregues influencia diretamente o seu trabalho. Para Ricardo de Oliveira, diretor da Vitral (DF), os cavaletes são, sim, melhores. “Eles tornam-se mais vantajosos para nós, pois facilitam bastante a retirada e chegada dos vidros”, explica.

A mesma opinião tem a Viprado (RS). “O transporte do vidro é uma arte que requer muita técnica e cuidados, sejam eles nas fábricas ou nos transformadores”, analisa o diretor-industrial, Rudimar Pedroni. Segundo ele, é necessário o uso de escada para o destravamento dos colares e maior esforço físico em relação à retirada da ferragem. “Quando recebemos vidros em cavaletes, temos segurança e um risco ergonômico próximo de zero”, comenta Pedroni, que complementa: “Na nossa visão, o uso de cavaletes deveria ser prática única para os descarregamentos convencionais.”

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Fim dos colares?
Dadas as vantagens do formato, fica a dúvida: os cavaletes se tornarão o padrão da indústria brasileira daqui para frente? “Cada vez mais, é importante ter o controle e a rastreabilidade das embalagens, algo diferente do que os colares oferecem, pois funcionam como se fossem ‘vasilhames’ no mercado vidreiro”, analisa Monica Gomes, da AGC.

Para a Saint-Gobain Glass, mais que uma mudança de padrão, o que está acontecendo é uma adequação. “Existe um movimento de maior uso dos cavaletes pelo fato de que boa parte da oferta se faz agora em caixas de madeira, como nos produtos importados”, comenta Vlademir Alberto, revelando que a usina seguirá com oferta mista dos dois sistemas.

“Assim como em outros setores, a logística reversa dos equipamentos passou a ser um dos grandes desafios”, comenta Valdimir Silva, da Cebrace. “Com o crescimento das vendas a granel, houve a necessidade de maior investimento em cavaletes.” Se a pergunta do título desta matéria será respondida, só o futuro dirá. No entanto, o setor caminha para confirmá-la.

 

Quais os benefícios dos cavaletes?
Além da importante questão da rastreabilidade, existem outras vantagens em relação aos colares:

– Com o uso de códigos de barras, é possível organizar as entregas por meio da localização dessas embalagens, utilizando as que estão mais próximas aos clientes e poupando fretes desnecessários;
– Melhor gestão do dimensionamento do parque fabril;
– Possibilidade de serem remontados na armazenagem, ocupando menos espaço;
– Segurança nas atividades de preparação, carregamento e descarregamento;
– Redução de movimentações das chapas e ganho de produtividade, já que o manuseio demandará menos mão de obra e tempo.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Norma para vidros de controle solar ganha novo conteúdo

A comissão de estudos de vidros e suas aplicações na construção civil do ABNT/CB-37, sediado na Abravidro, desenvolveu uma emenda para a NBR 16023 — Vidros revestidos para controle solar – Requisitos, classificação e métodos de ensaio a respeito de um aspecto da fabricação do produto: a variação da cor nas peças.

Atualização necessária
Segundo Luiz Barbosa, gerente técnico de Vendas da Vivix e coordenador da comissão de estudos, da publicação da norma até o momento houve um amadurecimento do segmento no que diz respeito à especificação e aplicação desse tipo de vidro. Isso explica a necessidade de atualizar o índice de homogeneidade — agora chamado de índice de variação espacial de cor. “Como a norma tratava do tema de maneira muito genérica, dava margem para dúvidas e variadas interpretações”, explica.

O que foi alterado?

NBR 16023-1
O texto deixa mais claro que variações de cor existem e são inerentes ao processo de fabricação — algo que não é exclusivo dos vidros, mas de qualquer material. “O documento cria regras de como as tolerâncias podem ser definidas e aferidas a partir da necessidade de cada projeto. Expõe, de maneira didática, a metodologia de avaliação de cor entre chapas”, revela Barbosa. “A partir disso, é possível entender como funcionam as coordenadas que determinam os tons dos vidros de controle solar e a forma como as medições devem ocorrer”. A variação possível deverá ser informada pelo fabricante quando solicitada pelo processador.

“Como resultado, a emenda permitirá tratar cada projeto de maneira única, dentro das suas especificidades e características técnicas, as quais demandam diferentes condições de tolerâncias dos índices de variação espacial de cor”, afirma Barbosa.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Os cuidados que o vidraceiro deve tomar no envidraçamento de sacadas

A instalação de envidraçamento de sacadas é bastante frequente no Brasil — tanto é que nosso país foi o primeiro no mundo a ter uma norma técnica para sua fabricação e instalação, a NBR 16259 — Sistemas de envidraçamento de sacadas – Requisitos e métodos de ensaio, publicada em 2014 pela ABNT (conheça mais sobre o documento clicando aqui). Esses sistemas, bastante atrativos para o consumidor final, aliam transparência, integração com o espaço externo e proteção do ambiente contra a ação de chuvas e ventos.

Trabalhar com o produto abre muitas oportunidades de negócios para o vidraceiro, mas este, como fornecedor, precisa ter uma série de cuidados para que a instalação ofereça a segurança necessária e o bom funcionamento.

Planejamento e documentação
De acordo com Gabriel Batista, diretor do Grupo Setor Vidreiro, frequentemente cabe ao próprio vidraceiro a responsabilidade pelo projeto de sacada. “Na realidade atual, o mercado ainda carece de engenheiros ou arquitetos que projetem a aplicação do sistema”, diz ele.

Isso, porém, não significa que a participação desses profissionais esteja dispensada: a NBR 16259 recomenda que o fornecedor emita para o contratante a documentação de responsabilidade técnica do projeto e execução do sistema de envidraçamento, devidamente registrado em órgão competente. Se houver necessidade, o cliente poderá exigir que o documento seja emitido. Ele pode ser a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), fornecida por um profissional vinculado ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), ou o Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), assinado por um profissional vinculado ao Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). Embora a norma não coloque como obrigatória a emissão desses documentos, é bastante comum o cliente exigi-los. Então, vale a pena estar preparado.

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Vendendo o envidraçamento de sacada
Sérgio Reino Júnior, professor do “Curso de Vidraceiro”, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em São Paulo, recomenda que o vidraceiro verifique junto ao cliente as normas do condomínio em que a instalação será feita para definir os detalhes do projeto. “Também é importante informar ao contratante como será a obra e o resultado final, apresentando amostras de perfis e fotos de trabalhos anteriores”, acrescenta. Após a definição desses detalhes, não deixe de documentar a venda com um contrato em que tudo que foi acordado esteja registrado.

Conhecendo o ambiente
Antes de firmar a proposta comercial, é aconselhável visitar o local. “Há detalhes que podem passar despercebidos pelos compradores, mas que podem resultar em custos extras para o vidraceiro”, alerta Gabriel, do Setor Vidreiro.

Alguns pontos que o instalador deve verificar nessa etapa são:
– Dimensões, prumo e nível do vão;
– Alinhamento entre as bases superior e inferior do vão;
– Quantas aberturas o sistema terá e onde elas estarão;
– Se será possível os painéis fazerem os percursos idealizados na abertura e fechamento do sistema;
– Presença de eventuais obstáculos;
– Diferença de aberturas no vão em que o sistema será instalado;
– Caixas destinadas para aparelhos de ar condicionado.

Você está capacitado para o trabalho?
Ainda não é exigido que o instalador comprove certificação. Apesar disso, Gabriel alerta: “É muito comum vidraceiros de longa data acreditarem que, por sua experiência com outros serviços, consigam instalar e garantir a integridade do envidraçamento de sacadas. Isso é um equívoco, pois esse tipo de sistema exige qualificação própria”.

Por isso, é importante que o profissional busque participar de algum curso voltado para o trabalho com esse produto.

Vale também consultar as fabricantes dos sistemas. Além de tirar dúvidas sobre seus produtos, algumas vezes elas também oferecem palestras e atividades para a capacitação dos vidraceiros nessa área.

Falando em fabricantes, aliás, não deixe de ler e seguir as orientações dos manuais de instrução fornecidos junto com seus produtos: esses materiais são imprescindíveis para uma instalação de qualidade.

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Proteção para o trabalhador
O uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) é indispensável. Não deixe de usar os seguintes itens:

– Bota de segurança;
– Capacete (com prendedor de queixo);
– Protetor auricular;
– Óculos de proteção;
– Luvas e mangotes de segurança;
– Cinto de segurança;
– Talabarte (dispositivo de conexão para sustentar ou limitar a posição do trabalhador);
– Linha de vida ou corda apropriada.

Sérgio, do Senai, ressalta que todos os EPIs precisam ter Certificado de Aprovação (CA). Por sua vez, Gabriel, do Setor Vidreiro, acrescenta que é importante também isolar o local abaixo da obra para evitar que a eventual queda de algum objeto possa atingir quem estiver ali.

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Teste do produto
Antes da instalação, o envidraçamento de sacada completo — incluindo os vidros que serão usados — precisa ser aprovado em ensaios realizados em laboratório (veja mais clicando aqui).

Muitas vezes, é a fabricante dos perfis que vai atrás dessa aprovação. Apesar disso, Sérgio ressalta que o próprio vidraceiro pode contratar um laboratório credenciado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para fazer esses ensaios, caso queira verificar se o produto apresenta o desempenho esperado nas condições específicas do projeto.

Após a instalação
A responsabilidade da vidraçaria em relação ao sistema não termina com a conclusão das obras. Nesse momento, cabe ao vidraceiro entregar ao cliente o manual de uso e de manutenção do produto, bem como a ART ou o RRT da instalação.

O profissional também deve estar disponível para resolver problemas que possam aparecer no envidraçamento: o Código de Defesa do Consumidor determina a garantia legal de três meses contados a partir do recebimento para vícios aparentes (isto é, em caso de problemas perceptíveis visualmente) ou a partir do momento em que o defeito é identificado (para vícios não aparentes). Esse prazo é somado ao tempo de garantia contratual do produto.

“O vidraceiro só se isenta dessas responsabilidades se, mesmo após informar ao cliente sobre os períodos de revisões preventivas e orientá-lo sobre a importância das manutenções corretivas ao primeiro sinal de defeito, ele se recusar a fazer essas manutenções. Mas tudo precisa ser documentado”, salienta Gabriel.

Manutenção
A NBR 16259 recomenda que, após a instalação, o vidraceiro entregue para o cliente um manual de uso, manutenção e limpeza. E sugere conteúdo sobre a limpeza e conservação do sistema, incluindo as guarnições de borracha e escovas:

– Utilizar solução de água e detergente neutro, a 5%, com auxílio de pano macio;
– O intervalo de tempo mínimo sugerido para a limpeza é a cada doze meses em zona urbana ou rural, e a cada seis meses em zona litorânea ou industrial;
– Recomenda-se também a limpeza constante dos trilhos, para não comprometer o desempenho das roldanas.

Sérgio ressalta ainda que o vidraceiro deve aconselhar o cliente a contratar a revisão do sistema uma vez por ano. “É na manutenção preventiva que se identificam possíveis erros de utilização e se permite que os problemas sejam corrigidos para evitar desgaste e quebras”, explica o professor do Senai.

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As etapas do envidraçamento de sacada
1- VENDA
2- MEDIÇÃO
3- PROJETO
4- USINAGEM DE PERFIS
5- COLAGEM DOS PERFIS
6- ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE
7- INSTALAÇÃO
8- MANUTENÇÕES PERIÓDICAS

 

Fique atento!
Vidro lascado deve ser substituído porque corre risco de quebra;

Em caso de mau funcionamento ou quebra de algum componente, deve-se interromper o uso do sistema e solicitar a manutenção do produto;

Nunca bata no vidro com objetos rígidos, pontiagudos ou de metal;

Não deixe crianças desacompanhadas utilizarem o sistema.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conheça as regras da norma para envidraçamento de sacadas

A norma NBR 16259 — Sistemas de envidraçamento de sacadas – Requisitos e métodos de ensaio define esse produto como um sistema “composto por painéis deslizantes, pivotantes e/ou fixos de vidro de segurança, que tem como objetivo possibilitar a proteção parcial contra intempéries de uma sacada ou varanda”. Como visto na seção “Para sua vidraçaria”, ele é um dos tipos de aplicação mais populares com nosso material e requer cuidados especiais em sua especificação e instalação (veja mais clicando aqui). Para isso, é preciso seguir atentamente as orientações presentes nessa norma, publicada pela ABNT em 2014.

Tipos de vidro permitidos
– Laminado
– Temperado

O vidro utilizado deve atender os valores de pressão de vento da região do País em que será instalado, além das características da edificação, de forma que seja aprovado nos ensaios estabelecidos pela norma.

Atenção ao peso do sistema
Todo projeto de envidraçamento de sacadas deve sempre considerar:

– O cálculo estrutural do prédio;
– A carga extra na área de recolhimento dos painéis quando o sistema está aberto (ela é um ponto crítico);
– As cargas adicionais que a sacada suportará depois de fechada (como a colocação de móveis nela).

Para edifícios em que o sistema será instalado em múltiplos apartamentos, após fazer as avaliações com relação ao acréscimo do peso do sistema sobre a edificação, é necessário ainda multiplicar o resultado pelo número de unidades a serem construídas em todo o prédio, para saber a carga extra total que a estrutura terá de suportar.

Pressão de vento
A NBR 16259 contém um requisito sobre a resistência do sistema às cargas de vento. Para isso, o projeto e a instalação devem sempre considerar:

– A região do Brasil em que está localizada a obra;
– A quantidade de pavimentos ou altura do prédio.

Com esses dados, é possível calcular a força realizada pelo vento para a especificação do sistema na obra. A variação nessa pressão determina, por exemplo, a espessura do vidro, o tipo do perfil e a forma de ancoragem do sistema à edificação.

Ensaios
Antes de ser instalado, o sistema completo para o envidraçamento de sacada, incluindo os vidros, precisa ser ensaiado em laboratório e aprovado nos seguintes requisitos:

– Comportamento sob ações repetidas de abertura e fechamento;
– Impacto de corpo mole;
– Resistência às cargas uniformemente distribuídas para simular a ação do vento;
– Resistência à corrosão.

 

Se já houver guarda-corpos na sacada, posso fazer o envidraçamento sobre ele?
Pode! Nesse caso, há duas diferenças em relação ao envidraçamento convencional (do piso ao teto), para as quais o instalador precisa estar atento:

– Quando um sistema de envidraçamento de sacadas for instalado sobre guarda-corpos, o fabricante desse sistema assume a responsabilidade da conformidade dos guarda-corpos existentes em relação à norma NBR 14718 — Guarda-corpos para edificações;
O conjunto deve atender todos os requisitos da NBR 16259 e o ensaio de resistência a cargas uniformemente distribuídas deve ser realizado no sistema completo formado pelo envidraçamento e guarda-corpos.

Vale observar que, conforme indicado na norma (página 3, item 3.11), o envidraçamento de sacada não exerce as funções de guarda-corpos ou de estanquidade (isto é, bloqueio da passagem de ar ou água), sendo unicamente um sistema auxiliar do fechamento do vão.

 

Como saber mais sobre as normas para vidros?
A Abravidro sedia o Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB37) e está à disposição para esclarecer dúvidas e fornecer as informações corretas sobre as determinações das normas técnicas para o uso do nosso material:

Telefone: (11) 3873-9908
E-mail: cb37@abnt.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Custo x investimento

Escrito por Eunice Vitiello

Custo e investimento não são a mesma coisa. No entanto, é muito comum confundi-los, principalmente na hora de precificar ou decidir sobre uma compra. É importante todo gestor ou empreendedor criar uma planilha para visualizar as movimentações da sua empresa ou mesmo ter um sistema que faça isso — existem muitos disponíveis no mercado. Nessa visão, é preciso ter claro o quanto de dinheiro entra na empresa, o custo para a produção do produto ou realização de um serviço, os encargos e, somente ao final, o lucro do sócio.

Custos
Envolvem a aquisição do consumidor, compra de matéria-prima, materiais de consumo e de apoio, salários, contas de água, luz, telefone, aluguel, deslocamentos, transporte, hospedagem e viagens — tudo que incide diretamente sobre o preço do produto, podendo variar de acordo com o setor.

Investimentos
É tudo aquilo que irá gerar receita, melhorar o desempenho, diminuir custos, atrair novos clientes e manter os talentos na empresa. Fazem parte deles: maquinários, softwares, aplicativos, cursos, equipamentos de tecnologia, Internet, sistemas de logística, divulgação, eventos, conteúdos e ações de relacionamento.

Resultados
E como se calcula isso? De forma geral, depois de alocar as receitas, deduzimos os custos. A partir do primeiro resultado, avaliamos a inclusão dos investimentos, tendo em mente o tempo de retorno desse valor. Após a dedução dos investimentos, temos o valor do caixa, uma parcela reservada para outras movimentações, que evita a recorrência a bancos, algo que pode gerar endividamento. O terceiro valor é o lucro, de onde você vislumbra sua retirada, que pode variar a cada mês. Com esses cálculos, você será capaz de ver claramente o panorama da sua empresa, evitando surpresas e falta de recursos.

Eunice Vitiello
é sócia-proprietária da Imprenditore Gestão Estratégica Empresarial e atua como estrategista em gestão de negócios, marketing e planejamento estratégico.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

AGC apresenta nova gerente de Marketing no Brasil

A executiva Maria Luiza Ciorlia foi anunciada este mês como a nova gerente de Marketing da AGC no Brasil. Com dezoito anos de experiência nessa área e nas de inteligência de mercado, produto e planejamento estratégico, em indústrias de materiais de construção como Votorantim Cimentos e Bostik, ela agora ingressa na multinacional vidreira. Maria Luiza vai apoiar Franco Faldini, diretor de Marketing e Vendas na América do Sul, no desenvolvimento do plano estratégico de médio e longo prazos e na divisão de comunicação. Espera-se aumentar a visibilidade da marca AGC no nosso setor e junto aos consumidores e especificadores.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Abravidro contribui para formação do setor

Mais uma turma do módulo de Planejamento, Programação, Controle da Produção e Estoque (PPCPE), braço da Especialização Técnica Abravidro, foi formada nos dias 25 e 26 de julho. Profissionais de várias partes do Brasil foram à sede da associação, em São Paulo, para acompanhar as aulas ministradas pelo instrutor técnico Cláudio Lúcio da Silva, reconhecido nacionalmente como um dos maiores especialistas do País na área de transformação de vidros.

Engana-se quem pensa que não vale a pena participar do curso se algum representante da processadora já tiver feito parte de outra turma: “Faço questão de sempre trazer alguma novidade ou atualização ao conteúdo. Assim, mesmo que você assista a todos os treinamentos, sempre vai ter algum ponto diferente relacionado com o que ocorre no mercado vidreiro para auxiliar o pessoal”, explica Cláudio Lúcio.

Resultados a curto prazo
O conteúdo do PPCPE traz resultados já a curto prazo. “Se o conteúdo sobre plano de corte apresentado no curso for aplicado nas empresas dos participantes, por exemplo, eles devem conseguir uma redução de custo nessa atividade ainda nos primeiros dias”, afirma Cláudio Lúcio.

O instrutor técnico da Abravidro ressalta que o melhor momento para aprender esse conteúdo é exatamente agora, quando o mercado ainda se encontra retraído. “Isso permite que você prepare sua processadora e faça a revisão dos processos para estar pronto para atender as demandas quando o mercado estiver aquecido.”

Sobre o PPCPE
Lançado em 2016, o módulo de PPCPE é um treinamento da Especialização Técnica Abravidro — ela também oferece capacitações nas áreas de corte, lapidação, serigrafia e têmpera. Primeiro curso de planejamento e controle da produção (PCP) pensado especificamente para as necessidades das empresas vidreiras, ele possui metodologia exclusiva. Seu conteúdo inclui métodos, ferramentas e boas práticas para aumentar a eficiência na programação da produção, realização de pedidos e controle de estoques em curto espaço de tempo.

O treinamento já formou cerca de 250 participantes de 144 empresas de 19 Estados do Brasil e também da Bolívia e do Paraguai.

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Por dentro das normas

A analista de Normalização da Abravidro, Clélia Bassetto, palestrou em 11 de julho para a nova turma do “Curso do Vidraceiro”, realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP). A profissional apresentou informações sobre as normas técnicas do setor e a importância da aplicação correta de suas diretrizes no dia a dia de uma vidraçaria.

Nos dias 13 e 30 de julho, Clélia realizou apresentações para a turma do curso gratuito de “Técnicas para Instalação de Boxes de Vidros para Banheiros”, patrocinado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Ela abordou os tipos de vidro permitidos, de acordo com a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações e NBR 14207 — Boxes de banheiro fabricados com vidro de segurança.

Em ambas as ocasiões, também foram apresentados os programas De Olho no Boxe e #TamoJuntoVidraceiro, criados pela Abravidro.

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Levando o vidro aos futuros profissionais
De 19 a 23 de julho, alunos de graduação em especialidades como edificações, transporte e obras de terra, hidráulica e saneamento ambiental da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec-SP) participaram da primeira edição do curso de extensão “Materiais e Produtos: Aplicação na Construção Civil e Meio Ambiente”. A primeira aula ficou por conta de Vera Andrade (foto). Coordenadora técnica da Abravidro, ela falou sobre a fabricação e diversos tipos de nosso material, bem como as regras de aplicação conforme as normas. Já nos dias 22 e 23, o treinamento foi ministrado por Danila Ferrari, consultora técnica da Cebrace, parceira da associação nessa iniciativa.

O curso de extensão universitária é uma parceria entre a Fatec-SP, Abravidro e mais quatro entidades: Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira Construção Metálica (Abcem) e o Instituto Brasileiro do PVC (IPVC). O objetivo do treinamento é levar conhecimentos aprofundados aos futuros profissionais sobre os materiais representados pelas entidades e os benefícios que eles têm a oferecer.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Mansão em Los Angeles destaca-se com paredes envidraçadas

Los Angeles, na Califórnia, Estados Unidos, é o lar dos principais estúdios de cinema do mundo, assim como de inúmeras estrelas da Sétima Arte. A cidade respira glamour em regiões como Hollywood e Beverly Hills. Por isso, é bem comum ver por lá projetos arquitetônicos residenciais de grande porte. Agora, com a recente finalização da Orum Residence, isso chega a um novo patamar: a mansão paira sobre o nobre bairro de Bel Air, utilizando as tecnologias mais modernas em caixilhos para suas paredes envidraçadas e fazendo com que a obra se integre aos arredores.

Ficha técnica
Autor do projeto: escritório de arquitetura SPF Architects
Local: Los Angeles, Estados Unidos
Conclusão: fevereiro de 2019

Visão de cima
A casa, com quase 2 mil m² de área e localizada em uma colina destacada da região, tem formato semelhante ao de uma hélice de três pás, que não só permite, mas maximiza vistas inigualáveis de Los Angeles. É possível admirar a paisagem independentemente de onde a pessoa esteja dentro da estrutura — ou mesmo nos jardins e piscinas do imóvel.

“O cliente queria uma residência luxuosa em que pudesse fazer eventos e hospedar vários membros de sua família, mas também queria algo aconchegante. Para isso, era preciso que os espaços fluíssem uns para os outros com facilidade”, explica o arquiteto Zoltan Pali, fundador do escritório SPF Architects, responsável pelo projeto. A solução, portanto, foi distribuir os cômodos pelas três “hastes” da hélice a partir de um lobby central, em que está uma escada feita de vidro e aço usada para acessar os dois andares acima do solo.

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Janelas para a metrópole
As luzes de Los Angeles são bastante dinâmicas: o centro é formado por arranha-céus iluminados e o pôr-do-sol mistura as cores laranja e roxa no céu, isso sem falar no píer de Santa Mônica e sua roda-gigante que pode ser vista de longe, a agitação da Hollywood Boulevard etc. E a ideia da SPF foi trazer isso tudo para dentro da Orum. “Como a obra é posicionada bem acima da cidade sem impedimentos visuais, queríamos que ela capturasse esse espírito. Os grandes painéis de vidro proporcionam aos moradores uma forte conexão com seu entorno”, comenta a diretora-criativa Judit Fekete, também fundadora da empresa.

Para facilitar essa interação, as paredes dos andares acima do solo são envidraçadas com ultra-clear, conhecido pelo termo low-iron por possuir menor teor de ferro, permitindo maior passagem de luz. Mas também há peças com películas refletivas e opacas, o que faz a fachada misturar diferentes estéticas. Nesses fechamentos, aplicaram-se sistemas de correr anodizados, fabricados pela companhia suíça Sky-Frame. Alguns deles são motorizados, como os da entrada e da suíte principal, incluindo ainda uma parte curva. Já as estruturas fixas foram produzidas pela alemã Schüco e pela canadense Glasbox.

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Especificação técnica
Vidros usados: Ultra-clear (low-iron, com baixo teor de ferro), nos fechamentos dos andares superiores e também em divisórias e guarda-corpos internos
Fabricante dos perfis motorizados dos fechamentos: Sky-Frame
Fabricantes dos perfis fixos dos fechamentos: Schüco e Glasbox

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A grandiosidade da Orum
Além de quatro quartos, sendo dois deles suítes especiais, a casa possui:
– Sala de cinema;
– Academia, SPA e sauna;
– Duas lareiras;
– Adega para mil garrafas;
– Piscina com iluminação de LED;
– Garagem que se transforma em área de eventos;
– Residência para convidados e caseiros, que inclui quatro quartos, quatro banheiros, cozinha, garagem e acesso exclusivo.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

V1 Vidros recebe certificação para temperados

Ter o controle dos processos industriais é o sonho de qualquer empresa vidreira. Afinal, o correto beneficiamento do vidro temperado garante a segurança do material e a confiança do cliente. Partindo dessa premissa, no mês passado, a V1 Vidros concluiu a certificação Inmetro para o produto, conquistando o selo para suas peças nas espessuras de 6, 8 e 10 mm.

Mas, afinal, quais são as vantagens concretas dessa chancela para a companhia? Para saber, conversamos com Marcelo Duarte de Melo, diretor-geral da processadora.

Motivos para se certificar

“Sem dúvida, a padronização da fabricação está sendo fundamental para a melhoria de nossos produtos”, explica Melo. Com as atividades sendo feitas sem improviso, é possível diminuir o retrabalho e até mesmo o desperdício de insumos. Outras razões indicadas por ele são:

– Crescimento profissional dos colaboradores, dentro e fora da organização;
– Abertura de novos mercados, já que existem clientes que só compram de empresas certificadas;
– Transmissão de credibilidade ao setor e aos consumidores.

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Processo rápido

Engana-se quem acha que a operação precisa “parar” para se adequar às qualificações exigidas pela portaria Inmetro que trata dos temperados. As eventuais correções são feitas enquanto a produção segue normalmente. “Foi tudo tranquilo: tivemos uma consultoria especializada que nos acompanhou todo o tempo, inclusive com a fundamental participação da Abravidro para isso acontecer”, conta o diretor-geral. “A análise dos ensaios foi realizada em apenas trinta dias.” Ao todo, foram necessários apenas cinco meses para a V1 Vidros receber a chancela.

Isso mostra como a certificação é fácil e pode ser aplicada em qualquer tipo de indústria vidreira.

Conheça mais a V1 Vidros
A empresa começou a operar no setor em 2002, passando a fabricar temperados em 2009. Em 2016, fez um investimento significativo em equipamentos e tecnologias adequadas para a produção e também inaugurou uma nova sede.

Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Entidades realizam eventos em cinco Estados do País

Ascevi-SC, em Criciúma, Barra Velha e Tubarão
Três cidades, três eventos
A Ascevi organizou atividades em diferentes cidades de Santa Catarina. No dia 13 de julho, o Qualifique e Sirva-se, em Criciúma, contou com cem participantes. Vera Andrade, coordenadora técnica da Abravidro, palestrou sobre a dinâmica do Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37) e o tipo de vidro correto para cada aplicação conforme as orientações da norma NBR 7199 — Projeto, execução e aplicações de vidros na construção civil (foto). A iniciativa teve apoio das empresas ECG Sistemas, Metal Glass Ferragens e Real Vidros, e patrocínio das usinas AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass e Vivix.

No dia 24 de julho, 22 associados da associação foram à fábrica da Cebrace em Barra Velha — a visita técnica se deu em parceria com o Sindicavidros-SC. Já em 1º de agosto, as duas entidades promoveram a edição de Tubarão do Archiglass, evento voltado para arquitetos, engenheiros, designers, técnicos em edificações, construtoras e incorporadoras.

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Sincomavi-SP, em São Paulo
Novos tempos para as relações de trabalho
Em 23 de julho, a palestra Transformações nas relações de trabalho foi ministrada aos 28 espectadores presentes pela psicóloga Nina de Oliveira. Especialista em treinamento e gestão de pessoas, ela abordou o cenário atual do mundo corporativo e seus desafios para se adaptar e humanizar, buscando mais tolerância ao risco e ao erro para atingir os resultados, além de explicar as novas competências exigidas para executivos e líderes.

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Adivipar-PR, em Umuarama
Alcançando novos espaços
Pela primeira vez, a região da cidade de Umuarama recebeu o Workshop Adivipar para Vidraceiros. O evento, realizado em 26 de julho, reuniu 160 pessoas e teve patrocínio das usinas AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass e Vivix e apoio das empresas ECG Sistemas, Lopes Máquinas, Metalkit e Vibox. A programação contou com a participação de representantes das patrocinadoras (foto), realizando breves apresentações mediadas por Lucas Bremm, vice-presidente da Adivipar, e respondendo às questões da plateia. Houve também a palestra Seja extraordinário, do escritor e conferencista Marcos Sousa, diretor da Superação Treinamentos e Consultoria.

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Sindividros-ES, em Vila Velha
Dicas para vender vidros com valor agregado
A primeira Oficina do Vidro do ano foi promovida em 27 de julho, em Vila Velha. Reuniu 84 participantes e contou com apoio da Abividro e Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). Gabriel Batista, diretor e sócio-fundador do portal Setor Vidreiro, palestrou sobre o tema Como vender mais vidro. Para ajudar o público a entender melhor as dicas apresentadas, ele organizou dinâmicas de grupo ao longo da oficina, formando equipes como se fossem empresas e clientes para que os primeiros tentassem convencer os segundos a comprar vidros com valor agregado. A iniciativa foi patrocinada pela AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass e Vivix.

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Sindividros-RS, em Porto Alegre
Do envidraçamento de sacadas ao conforto acústico
O curso “Envidraçamento de Sacadas” foi realizado no dia 27 de julho: na aula, o instrutor Dilceu Schmidt ensinou a medir vão e calcular folgas para a instalação do sistema, além de detalhar o passo a passo para a colagem dos vidros e montagem dos kits.

O sindicato gaúcho também esteve presente na 22ª edição da Feira Internacional da Construção (Construsul), promovida de 30 de julho a 2 de agosto em Porto Alegre. Além de apoiar o evento e ter um estande próprio nele, o Sindividros-RS também organizou para mais de cem participantes a palestra Acústica e conforto em vidros para as edificações (foto), ministrada por Edison Claro de Moraes, presidente-executivo da Associação Brasileira para a Qualidade Acústica (ProAcústica) — a apresentação, parte do programa Qualividros, teve patrocínio da AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass e Vivix.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 560 (agosto de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.