Experiência do cliente dá lucro

Escrito por Fernando Coelho

Vejo alguns empresários reclamando de vendas e do fluxo de clientes em suas lojas. Porém, esses mesmos empreendedores desconsideram dois fatores relevantes para atração, conversão e fidelização do consumidor: a motivação do seu time de vendas e a experiência do consumidor.

Time feliz faz o cliente feliz
Isso só acontecerá quando pessoas e processos estiverem sistematicamente alinhados com o objetivo central do negócio. Segundo um estudo publicado pela Forrester Consulting em 2018, empresas que investem na experiência do cliente possuem duas vezes mais lucros que os concorrentes do mesmo setor que não têm o mesmo cuidado. O relatório revelou ainda que apenas 31% das companhias brasileiras estão hoje centradas em fornecer uma boa percepção à clientela.

Hoje, a competitividade não está mais no produto, preço, ponto de venda ou publicidade. Essas variáveis são mínimas, ouso, inclusive, dizer que são obrigação. O que fará de fato a diferença é focar em três tipos de experiências:

– Entrada: como o cliente é recebido, abordado e conduzido. É importante conhecer a jornada de compra e os fatores que o motivam e o levam à tomada de decisão. É preciso analisar também cada ponto de contato dele com a sua linha de frente e ambiente do negócio (aqui valem experiências sonoras, físicas, humanas, tecnológicas e processuais).

– Saída: como é fechado o processo de venda. Nesse momento, é indispensável reforçar os valores do seu negócio e do que foi entregue de positivo ao cliente. Gosto de citar a Azul Linhas Aéreas que sempre, ao final de um voo, fortalece o seu processo de pontualidade com a clássica frase “A Azul, cumprindo com o seu compromisso, está chegando ao seu destino antes do horário previsto”.

– Enamoramento: como se busca a fidelização. Após a entrega de um serviço, é preciso monitorar o nível de satisfação e constantemente fazer-se ser lembrado por meio de ações de marketing de relacionamento. E, aqui, faço um alerta especial, você não precisa ser um gigante do setor aéreo. Exemplo simples: meu dentista sempre manda mensagem no WhatsApp, algo como “paciente quando some, dá até medo. Você está escovando os dentes? Está na hora de marcar o seu retorno ao consultório”.

fernandoFernando Coelho é mestre em ciências da educação, MBA em marketing e especialista em administração estratégica, além de consultor independente.

Este texto foi originalmente publicado na edição 558 (junho de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Em busca de equilíbrio

O mercado vidreiro segue apreensivo sobre os rumos da economia brasileira e seus impactos na construção civil e em nossa cadeia. O ano já está na metade e os resultados seguem aquém da expectativa de recuperação que se tinha logo após as eleições e mesmo nos primeiros meses de 2019.

Num cenário em que a demanda por vidro segue baixa e a capacidade instalada para produção de vidros planos é a maior de nossa história, a preocupação óbvia é com a sobreoferta e o efeito devastador que ela pode ter nos preços. Em todos os elos da cadeia, o que vemos são preços em queda livre preocupando a todos. Isso sem falar no fantasma da informalidade, que não deixa de assombrar quem trabalha dentro da lei. Não podemos nos esquecer de 2016, quando enfrentamos situação semelhante. É nesses cenários de crise que nosso mercado vive seus piores momentos.

A Abravidro realizou uma assembleia extraordinária no começo deste mês, da qual participaram os representantes das usinas de base. Na pauta, o principal assunto foi o compromisso de encontrar o equilíbrio na oferta de vidro no mercado doméstico para estancar o problema. Falamos da importância de buscar o aumento das exportações como alternativa para escoar excedentes e até mesmo de ajustes na produção das usinas, de modo a minimizar os estragos do excesso de vidro. É assustador ver como em pouco mais de um ano saímos da falta de matéria-prima para o atual volume avassalador, aí incluídas as importações em altos níveis.

Em tempos como esse, é fundamental que tenhamos todos, usinas e processadores, uma postura responsável frente aos desafios, para que nosso mercado possa se manter saudável apesar das adversidades enfrentadas nesse que é, sem dúvida, um dos piores momentos vividos pelo mercado vidreiro nacional. É assim que devemos agir e é isso que devemos cobrar de nossos parceiros se quisermos seguir na trajetória de recuperação que começava a se desenhar para o setor, como mostram os dados do Panorama Abravidro. Sigamos firmes e fortes para atravessar a tempestade e reencontrar os bons ventos.

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 558 (junho de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Torre Space Needle ganha piso e fechamento de vidro

Seattle não seria a mesma sem a Space Needle. Construída em 1962 para a Feira Mundial daquele ano, a torre é parada obrigatória para turistas: seus 184 m de altura dominam a paisagem e oferecem uma visão de 360 graus da cidade. Com o passar dos anos, transformou-se em símbolo local, tendo aparecido em inúmeros filmes e séries de televisão.

A estrutura, cujas formas futuristas parecem uma nave espacial, passou por grande reforma no ano passado — e uma das principais mudanças no projeto foi a instalação de vidros no observatório. Com isso, a construção agora conta com transparência total para melhor aproveitamento da paisagem ao redor e ainda confere segurança total aos visitantes.

Ficha técnica
Autor do projeto: escritório de arquitetura Olson Kundig
Local: Seattle, Estados Unidos
Conclusão: agosto de 2018

Rejuvenescimento de um marco

Before and After Upper Atmos (Outer Deck) Photo credit Space Needle LLC and Olson Kund
A renovação da obra girou em torno do desafio de como mantê-la relevante para a população pelos próximos cinquenta anos. O escritório de arquitetura Olson Kundig teve a tarefa de casar a viabilidade estrutural do novo projeto com os desejos dos visitantes por algo diferente do que já existia. Além disso, houve uma imposição do órgão local de preservação do patrimônio público: a icônica aparência externa não poderia ser alterada. Por isso, a solução foi apostar no uso de vidro estrutural.

Visão total

Guests take a selfie on the Space Needle’s open-air observation deck, located 520-feet in the air
A parte externa do deque de observação leva a aplicação de nosso material a níveis extremos. As paredes são inclinadas, feitas de laminados triplos ultra clear (com baixo teor de ferro) de 45 mm de espessura no total, com interlayers SentryGlas, da Trosifol. Cada placa tem mais de 3 m de altura e é fixada somente pelo lado inferior — os cantos superiores estão ligados por presilhas à placa ao lado. O objetivo, claro, é permitir uma visão da cidade sem qualquer obstrução de ferragens ou reflexos indesejados. Nessa área, ficam bancos também construídos com laminados triplos para os visitantes descansarem e aproveitarem a vista.

Andando sobre Seattle

Before and After Upper Atmos (Outer Deck) Photo credit Space Needle LLC and Olson Kund

O deque inferior é tão impressionante quanto: chamado de The Loupe (a lupa), tem piso envidraçado feito de insulados de laminados, com mais de 60 mm de espessura. Mais uma forma encontrada para explorar as paisagens da cidade. “Esse projeto é uma reflexão do desempenho do vidro e dos interlayers, pois nos deu a habilidade de desconstruir a distinção entre ambiente interno e externo. Era uma obra perfeita para impulsionar o vidro a seus limites tecnológicos”, comenta o arquiteto Blair Payson, do Olson Kundig, em reportagem do site Glass on Web.

Especificação técnica

Space Needle profile. Courtsey of Chad Copeland
Vidros usados:
– No deque de observação: laminados ultra clear de 45 mm de espessura no total, com interlayers SentryGlas, da Trosifol
– No piso do deque inferior: insulados de laminados ultra clear (duas chapas de 6 mm + espaçador de 20 mm + três chapas de 10 mm + chapa de sacrifício de 6 mm), com interlayers SentryGlas. (A chapa de sacrifício é usada na parte superior de um piso — em caso de quebra, ela não afeta a estrutura total.)
Processadores: Pulp Studio e Thiele Glas
Consultor de envidraçamento: Front Inc.

Este texto foi originalmente publicado na edição 558 (junho de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Entidades promovem eventos em MG, RJ e SC

Sincavidro-RJ, em Volta Redonda e Macaé
Discutindo o vidro na arquitetura moderna por todo o Rio
O ciclo de palestras “O Vidro na Arquitetura Moderna”, organizado pelo portal Arquitetosecia e pelo Instituto do Vidro, do Sincavidro, segue percorrendo diferentes cidades no Estado do Rio de Janeiro. No dia 21 de maio, o evento foi realizado em Volta Redonda; em 5 de junho, em Macaé (foto). Ambos somaram 180 participantes e, além da palestra do Instituto do Vidro, também levaram apresentações de representantes das empresas dormakaba, Saint-Gobain Glass, TTR Vidros e Vivix, apoiadoras do ciclo de palestras. A meta do Sincavidro é atingir mais de mil profissionais fluminenses em 2019.

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Amvid-MG, em Belo Horizonte
Formando os especificadores de amanhã
Nos dias 27 e 29 de maio, o Sinvidro-MG e a Amvid participaram novamente do Programa Futuros Engenheiros, em conjunto com o Senai do Sistema Fiemg, organizando as aulas sobre vidro. A turma, composta por 24 estudantes de engenharia, recebeu no treinamento informações sobre o vidro plano, seus tipos e suas principais aplicações na construção civil, além das normas técnicas e de noções de projeto de sistemas com nosso material. A Amvid e o Sinvidro-MG também levaram o grupo para uma visita técnica a uma processadora de Belo Horizonte no dia 13 de junho.

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Ascevi-SC, em Blumenau
Das normas técnicas aos negócios digitais
A Ascevi e o Sindicavidros-SC promoveram o primeiro Qualifique e Sirva-se do ano no dia 8 de junho, em Blumenau. O evento, que reuniu, aproximadamente, cem pessoas, teve apoio do Sebrae e das empresas ECG Sistemas, Metal Glass e Polividros. Sua programação incluiu a palestra Atualização das normas da ABNT, ministrada pela auditora de qualidade Franciny Marques. “Quando o profissional não aceita um trabalho porque as normas técnicas não estão sendo seguidas, ele tem um prejuízo calculável: a perda daquela obra; mas quando ele aceita executar um trabalho mesmo sabendo das irregularidades, ele pode ter prejuízos imensuráveis e desencadear várias questões jurídicas”, ela enfatizou. Por sua vez, Valéria Chaussard, sócia-proprietária da Beecomm Negócios Digitais e consultora de marketing digital do Sebrae, falou sobre o tema Como vender mais no WhatsApp e nas redes sociais, fornecendo dicas fundamentais aos profissionais sobre como promover suas marcas no meio digital e realizar mais vendas. O curso foi concluído com um almoço servido aos participantes.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 558 (junho de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Abravidro realiza palestras em cursos de qualificação

Conscientizar a sociedade sobre a importância do cumprimento das normas técnicas vidreiras é uma das principais bandeiras da Abravidro. São várias as iniciativas nesse sentido, como a parceria com o Corpo de Bombeiros em diferentes Estados brasileiros para a inclusão dos conteúdos desses documentos nas instruções técnicas da corporação. Os programas De Olho no Boxe e #TamoJuntoVidraceiro, que divulgam de forma acessível essas informações, também possuem esse propósito. Outro trabalho relevante é a participação da entidade em treinamentos de qualificação e cursos de Ensino Superior, como os ocorridos nos últimos meses.

Elo com o cliente final
No dia 29 de abril, a analista de Normalização da Abravidro, Clélia Bassetto, palestrou para a turma do “Curso do Vidraceiro”, realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP). Na ocasião, foram abordadas a principal norma de nosso setor, a NBR 7199 —Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações, e a NBR 14207 — Boxes de banheiro fabricados com vidros de segurança. “A qualificação dos vidraceiros é essencial para o mercado, pois são eles que fazem a ponte entre nosso setor e o consumidor”, explica Clélia. “De posse do conhecimento técnico, eles passam a trabalhar com respaldo, garantindo a segurança dos usuários de produtos com vidro e fazendo com que os clientes confiem em nosso material.”

Educando o futuro da construção

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Em 29 de maio, a analista ministrou palestras para algumas turmas do “Curso de Construção de Edifícios”, organizado pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec-SP). O convite partiu de uma aluna que já havia presenciado uma apresentação da entidade. Clélia falou sobre os diversos tipos de vidro e suas características, com foco nas aplicações dos de segurança (laminado, temperado e aramado) de acordo com a NBR 7199. Também foram comentadas as tecnologias modernas do material, as quais permitem controle de luminosidade, conforto térmico, conforto acústico e economia de energia, entre outros benefícios.

Próximas reuniões!
A Abravidro é sede do Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37), órgão responsável pela produção e revisão das normas vidreiras. Confira quais serão os temas dos próximos encontros, a serem realizados na própria Abravidro, em São Paulo (Avenida Francisco Matarazzo, 1.752, conjunto 615, bairro da Água Branca). Lembre-se: qualquer profissional vidreiro pode participar, inclusive via Internet! Para isso:

– Envie um e-mail para cb37@abnt.org.br dizendo que tem interesse em participar de forma remota das reuniões;
– Você receberá um convite com um link para acesso à ferramenta;
– Faça o download da ferramenta e pronto! Certifique-se de que seu computador tenha câmera, microfone, caixas de som e Internet de qualidade.

Revisão da NBR 14697 — Vidro laminado
– 3/7 (9 às 11 horas)
– 7/8 (9 às 11 horas)

Projeto de norma para vidro termoendurecido
– 3/7 (11 às 13 horas)
– 7/8 (11 às 13 horas)

NBR 16023 — Vidros revestidos de controle solar
– 3/7 (14 às 17 horas)
– 7/8 (14 às 17 horas)

Este texto foi originalmente publicado na edição 558 (junho de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

14º Simpovidro terá atividades especiais para crianças

O Simpovidro, maior encontro vidreiro da América Latina,  sempre notabilizou-se por incentivar a presença dos familiares dos profissionais vidreiros. Além das palestras com renomados nomes do management nacional, uma das marcas do simpósio é o lazer, que inclui, claro, programação exclusiva para os pequenos. A seguir, confira o que o Enotel Porto de Galinhas reserva para eles durante a edição 2019 do encontro, a ser realizada de 7 a 10 de novembro. Vale lembrar: a inscrição é gratuita para crianças de até doze anos.

Variedade

As atividades, sempre conduzidas por monitores, ocuparão o horário das 9 às 22h30. Para facilitar a interação, as crianças serão divididas em dois grupos: um formado por crianças de 4 a 7 anos e outro de 8 a 12 anos. A programação inclui, entre outras coisas:

– Jogos recreativos;
– Esportes (como futebol e minigolfe);
– Refeições no restaurante Siri, com temática infantil;
– Teatro.

Duas áreas importantes também merecem ser citadas: o parque aquático infantil e a brinquedoteca. Além disso, existe um espaço teen, voltado para adolescentes, com salão de jogos. Ou seja, ninguém ficará parado ao longo do evento!

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INSCREVA-SE, JÁ!
Basta acessar o site www.simpovidro.com.br e se cadastrar!
Informações? Dúvidas?
Entre em contato com a Central de Atendimento Simpovidro pelo telefone (11) 3873-9908

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Passagens aéreas com desconto!
A Latam, maior companhia aérea do Brasil, é parceira da Abravidro e os inscritos no Simpovidro terão desconto exclusivo na compra das passagens aéreas para o evento:

– Até 18% nas tarifas comuns;
– Até 5% nas tarifas promocionais.

Para utilizar o benefício, siga os passos abaixo:
– Compre os bilhetes pelo site www.latam.com;
– Insira o código promocional E0ECH (numeral zero) no campo indicado.

Fique atento!
– O uso é exclusivo para os participantes do 14º Simpovidro;
– Válido para embarques de 4 a 13 de novembro no trecho Brasil (qualquer cidade) — Recife — Brasil (qualquer cidade);
– Não se aplica a menores de doze anos e a tarifas Mega Promo.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 558 (junho de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Cebrace comemora 45 anos com anúncios sobre seus fornos

A Cebrace completou 45 anos de sua fundação em maio. E a usina usou a data especial para celebrar o futuro: no evento de aniversário, que reuniu clientes e colaboradores, anunciou que recebeu a liberação ambiental para a construção do forno C6, a ser erguido em Caçapava (SP), e também para o reparo do C2, localizado na mesma cidade.

Em entrevista exclusiva a O Vidroplano, em setembro do ano passado, os diretores-executivos da empresa, Leopoldo Castiella e Reinaldo Valu, já haviam comentado sobre os dois projetos. Ainda não existe data para o início das obras da nova planta: a Cebrace irá acompanhar as demandas do mercado para determinar o momento mais oportuno para a construção. A reforma do C2, no entanto, está programada para começar em 2020.

Festa
A comemoração ocorreu no dia 23 de maio, na Sala São Paulo, uma das principais casas de concertos do País. Os cerca de oitenta convidados participaram de um coquetel, no qual discursaram Castiella, Valu e o gerente-comercial Flavio Alves Vanderlei. Foi apresentado ainda um vídeo comemorativo, relembrando a trajetória da usina, seguido de um brinde especial. Para fechar a noite, uma apresentação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), sob a regência do maestro Jaime Martín.

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Linha do tempo
Confira os principais fatos da história da empresa, uma joint-venture dos grupos NSG/Pilkington e Saint-Gobain:

1974 — Fundada em 14 de maio, com o nome de Cebrace — Companhia Brasileira de Cristal, em Jacareí (SP)

1982 — Em novembro, começam as atividades da primeira linha de vidro float do Brasil, o C1, em Jacareí

1989 — Inauguração do C2, em Caçapava, e início da produção do Antélio, primeiro vidro nacional de proteção solar

1996 — Início das operações do C3, em Jacareí

1998 — Inaugurada a linha de espelhos Mirage, em Caçapava

2004 — Forno C4, em Barra Velha (SC), é aceso

2008 — Reformulação da logomarca da empresa

2012 — Inauguração do C5, em Jacareí, e lançamento da linha Habitat, formada por vidros de proteção solar voltados para o uso em residências

2013 — A primeira linha de espelhos da América Latina capaz de produzir em tamanho jumbo é inaugurada em Caçapava. Em Jacareí, começa a operação do maior coater dos grupos NSG/Pilkington e Saint-Gobain

2016 — Lançamento da marca Vivânce, que reúne os vidros e espelhos da usina voltados para o setor de decoração

2018 — Lançamento da Linha BR, formada por vidros de controle solar feitos especialmente para atender o mercado brasileiro de arquitetura

Este texto foi originalmente publicado na edição 558 (junho de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Próxima parada: Finlândia

Junho chegou e, como acontece a cada dois anos, é tempo de GPD, o principal evento científico sobre o nosso material no mundo. Em 2017, eu era recém-chegada à Abravidro quando embarquei para Tampere, na Finlândia. Sigo agora para lá para minha segunda participação. Assim, mais uma vez, farei a cobertura exclusiva para nossos canais e, claro, para as páginas de O Vidroplano. A programação é intensa e extensa, com mais de duzentas apresentações em dois dias e meio, e o desafio será trazer para os profissionais vidreiros do Brasil os principais destaques do evento. Não perca!

Outro evento tradicional do calendário setorial, a China Glass foi realizada no final de maio e recebeu um grupo expressivo de empresários brasileiros, sempre atentos aos lançamentos e tendências do mercado. São eles que contam pra gente o que viram por lá.

Por falar em cobertura de eventos, nesta edição trazemos os destaques em vidro encontrados na Casa Cor São Paulo, uma das principais mostras de design de interiores do País que segue em destaque até o final do mês de julho no Jockey Clube da capital paulista. Novamente, nosso material marca presença em soluções que buscam praticidade, beleza e outras de suas variadas características.

Também são inspiradoras as imagens do Space Needle, prédio que é um cartão-postal da cidade americana de Seattle. Reformado recentemente, ele recorreu ao vidro para tornar o local ainda mais propício para admirar a vista da cidade.

Mas nem só de beleza é composta a revista de junho. O armazenamento do nosso material em vidraçarias e em obras requer cuidados especiais. Saiba mais sobre o tema nesta edição. Além disso, você confere a programação de cursos e eventos do setor, em especial aqueles oferecidos pelas entidades regionais vidreiras.Conteúdo interessante é o que não falta, né?

Boa leitura!

iaraIara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 558 (junho de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Casa Cor 2019 traz ambientes com vidros e espelhos em destaque

Até 4 de agosto, o Jockey Club de São Paulo recebe a 33ª edição da Casa Cor São Paulo, uma das maiores mostras de arquitetura, decoração e design de interiores das Américas. Este ano, cerca de oitenta ambientes foram construídos por profissionais brasileiros renomados.

Em relação ao nosso material, o evento está bem-servido. Mesmo não tendo a abundância de vidros e espelhos vista na edição passada, diversas soluções especiais estão aplicadas, algumas delas fugindo do uso básico em revestimento ou boxes de banheiro, por exemplo. Confira a seguir os destaques da mostra.

 

Boas-vindas espelhadas
Logo ao entrar no Jockey Club, os visitantes deparam-se com um espaço inteiramente revestido com espelhos (foto): trata-se da bilheteria, localizada no Foyer Bienvenue, do escritório Piloni Arquitetura. As peças são da Guardian, na cor prata, e também fazem parte da composição da divisória na saída do ambiente, o qual traz ainda a mesa Bar Elis, da fabricante de móveis Breton, feita inteiramente de vidro float 15 mm lapidado e colado.

 

Inusitada e aconchegante
O arquiteto Olegário de Sá batizou o ambiente assinado por ele como Cozy House — casa aconchegante, em inglês. Além de aconchegante, ela tem um visual ousado, com sua fachada revestida com o sistema de envidraçamento C.Glass (foto), do TG Group: perfis de vidros com superfície impressa, autoportantes, dispensando o uso de caixilharia por já contar com estrutura própria de fixação. O mesmo sistema também foi aplicado nas divisórias do banheiro.

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Para apreciar o dia com conforto
Quem quiser parar para uma refeição tem no Café com Terraço o lugar certo. O espaço, projetado pela arquiteta Jóia Bergamo, conta com uma área externa de, aproximadamente, 30 m² todo envidraçada, com laminados 10 mm de controle solar Sunlight, da Guardian, processados pela Tempermax aplicados no teto e no fechamento lateral dela (foto). Com isso, é possível apreciar a natureza e a decoração do ambiente sem se preocupar com o calor fora dele. Vale destacar ainda as grandes portas automatizadas com vidros serigrafados pela Cinex, na entrada do refeitório.

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Proteção contra “espiadinhas”
Usar o Banheiro Voyeur, feito em parceria pelos escritórios Unik Arquitetura e Estúdio Aker, pode parecer constrangedor — as portas das cabines são de vidro transparente. Mas calma: ao fechá-las, tornam-se opacas (foto) — cortesia da Intelliglass, que aplica no meio dos laminados um display de cristal líquido que permite a mudança de estado dos vidros por meio de corrente elétrica. O ambiente traz também um painel de 2,25 m² composto de espelhos Eus, trabalhados pela designer Jacqueline Terpins. Com centros côncavos em cada peça, conferem um aspecto visual bastante interessante.

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Nada a esconder
Basta passar em frente ao Lite, ambiente desenvolvido pelo escritório Duda Porto Arquitetura, para enxergar o que está do lado de dentro. Isso porque sua fachada é totalmente transparente (foto), composta de temperados 10 mm grandes, com 3,85 m de largura e também de altura. As peças, da Cebrace, foram processadas pela Têmpera New Box e instaladas com esquadrias de alumínio da linha Floating da Inovar, algumas fixas e outras como grandes portas de correr. No banheiro, chama atenção o espelho Cebrace beneficiado pela New Box, com 1,35 m de largura e 2,75 m de altura. Caso não tenha reconhecido, este é o espaço que está na capa desta O Vidroplano (só que visto pelo lado de fora)!

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Espaços duplicados
O Estúdio Plural, de Fernando Piva, aposta nos espelhos em diversas partes do ambiente para trabalhar com reflexos. Na região do quarto, um espelho prata (com película levemente azulada) está instalado na parede da cama — o uso de distanciadores dá a impressão de que a peça flutua. No banheiro (foto), o boxe de laminado oferece transparência e segurança, enquanto o espelho no teto, colado com polímero especial, deixa a sensação de um pé-direito maior. Vale citar também um armário da Kitchens, com ferragens da Cinex, totalmente envidraçado. Os vidros foram fornecidos pela Vivix e instalados pela Vidros Queiroz.

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Banheiros refletivos
Reflexos também estão no centro da criação do WC Linha, da Trad Dalberto Arquitetura. O corredor de entrada é revestido de espelhos cristal 5 mm, ajudando a ampliar o espaço. Na área das pias, mais espelhos: em formato oval, estão instalados em cima de uma estrutura metálica. As portas dos banheiros ganharam temperados 8 mm, com aplicação de película jateada (pelo lado de dentro da peça). Nossos materiais foram processados pela Marcetex Vidros e as esquadrias fornecidas pela J.Brigate Esquadrias.

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Integração de materiais
Em homenagem à renomada escola alemã de artes Bauhaus, o Linie Lounge, de Patrícia Hagobian, destaca-se logo na entrada por uma grande mesa de centro retangular (modelo Noa, da Dunelli) com tampo de vidro grosso (15 mm). O mobiliário utilizado mistura de matérias-primas bem diferentes: sua base, por exemplo, é de couro natural. Há ainda dois grandes armários envidraçados, da Florense. Um tem porta pivotante de incolor refletivo 4 mm, com perfil preto. O outro conta com portas de correr, sem trilho na parte inferior, também usando incolor refletivo 4 mm.

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Espelhos com um toque especial
Sustentabilidade é o principal conceito do Loft Refúgio, da Consuelo Jorge Arquitetos. Ali foram usados materiais naturais que pudessem ser reaproveitados, como pedras nacionais, fibras e laminados de bambu. Quem rouba a atenção, no entanto, são duas peças enormes de espelho Bronze Lino 4 mm (foto), com um padrão de linhas em sua superfície que ajuda a criar uma estética única. Para embelezar o ambiente, ainda tem um armário envidraçado, produzido pela Kitchens, com temperado incolor 4 mm. Os vidros aplicados no espaço foram processados pela Cinex.

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Decoração transparente
O Coral Hotel, de Pedro Lázaro, não tem muitas aplicações de vidro, mas uma delas impressiona. Logo na entrada, há uma peça de multilaminado (quinze camadas) com uma flauta no interior — o instrumento está totalmente dentro desse bloco de vidro. O item mostra como nosso material pode ser utilizado de formas inovadoras na decoração de ambientes, fugindo das tradicionais aplicações em interiores.

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Campinas Decor: peças de valor agregado em destaque
A edição 2019 da mostra Campinas Decor, realizada em Campinas (SP) de 26 de abril a 16 de junho, contou com a Guardian entre seus patrocinadores — e com produtos diferenciados da fabricante em inúmeros ambientes. Um deles é o Cocktail Bar Manhattan (1), da arquiteta Adriana Bellão, que tem o fundo do grande armário atrás do balcão todo revestido com o espelho Guardian Evolution, o qual conta com uma camada protetora especial que o torna altamente resistente contra manchas e oxidação.

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Já no projeto Startup (2) da designer de interiores Alessandra Scatolin, foram utilizados vidros Reflect Guardian no teto, cujo espelhamento bronze forma um interessante contraste com as plantas naturais suspensas e controlam a passagem de luz e calor para dentro do ambiente.

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Em ambos os casos, as peças foram fornecidas pela Cyberglass.

 

RioMar Casa: bronze é a cor mais quente
O Shopping RioMar, no Recife, recebeu, de 25 de abril a 26 de maio, a 4ª edição da RioMar Casa. Uma tendência percebida em alguns ambientes é o uso de peças na cor bronze, como visto, por exemplo, na Barbearia Shop (1). Assinado pelo designer de interiores Tony Pedrosa, o espaço conta com vitrine de vidro de controle solar Performa bronze e espelhos da mesma cor, ambos produtos fabricados pela Vivix.

Processed with RNI Films. Preset 'Agfacolor XP 160 Vibrant'

Ela também marcou presença no Banheiro do Casal (2), de Camila Bittencourt, com o Performa bronze temperado 8 mm contribuindo para a privacidade nos boxes e diversos espelhos pelo ambiente, em sintonia com os tons mais quentes escolhidos pela arquiteta.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 558 (junho de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Brasileiros visitam a China Glass 2019

A 30ª edição da China Glass, uma das maiores e mais importantes feiras vidreiras do mundo, foi realizada em Pequim, de 22 a 25 de maio, no centro de eventos New China International Exhibition Center (NCIEC). Os números do evento impressionam: ele ocupou uma área de 106.800 m² e reuniu mais de novecentas empresas de cerca de trinta países — incluindo Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, entre outras nações.

Apesar da distância física em relação ao Brasil, é tradição a ida de profissionais do nosso país para conhecer as soluções desenvolvidas por empresas renomadas e novos players. A seguir, veja impressões sobre a mostra.

Tecnologia de ponta
Quem passou por essa edição da China Glass saiu satisfeito com o que viu. “A feira a cada ano mostra estar evoluindo na opção de produtos oferecidos, com participação cada vez maior de expositores de outros países”, avalia Valcione Bertoli, gerente da processadora catarinense Rohden Vidros, empresa que visita o evento desde 2010.

Segundo Valcione, houve um aumento perceptível de brasileiros na feira pela primeira vez. Um deles é Lucas Bremm, diretor-comercial da paranaense MaryArt e vice-presidente da Adivipar-PR. “Tivemos a nítida impressão de que, hoje, a China não chama atenção apenas pelo custo baixo de produtos, mas sim pela confiabilidade de máquinas inteligentes, preparadas para trabalho com produtos especiais, como vidros low-e”, destaca Bremm.

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Soluções para automação também foram apreciadas por Emerson Arcenio, diretor-industrial da Vidrolar e primeiro-vice-presidente da Abravidro. “A tecnologia se faz presente em várias aplicações, de robôs a sistemas de alimentação de máquinas”, comenta.

Anúncios e negócios pelos pavilhões
Do lado de alguns expositores com atuação no Brasil, a feira também foi bastante positiva. A italiana Bottero aproveitou o espaço para apresentar sua nova identidade visual, enfatizando sua natureza dual (a multinacional atua tanto no mercado de vidro plano como no de vidro oco). Por sua vez, a espanhola Turomas teve suas expectativas superadas: o primeiro dia de feira, sozinho, registrou um aumento de, aproximadamente, 20% de visitas ao seu estande em comparação com o contabilizado na edição de 2015 inteira.

O grupo norte-americano Ferro, proprietário da empresa Dip-Tech, celebrou seus cem anos de existência na feira, além de apresentar soluções para os mercados arquitetônico (como novas tintas metalizadas) e automotivo. A italiana Intermac levou ao evento maquinários para processamento que incluem conceitos da Indústria 4.0. Além dela, 27 empresas do “país da bota” ocuparam o espaço de mais de mil m² dedicado à Associação Italiana de Fornecedores de Máquinas, Acessórios e Produtos Especiais para o Processamento de Vidro (Gimav), incluindo CMS, Fenzi, Forel, Keraglass e Schiatti Angelo.

Este texto foi originalmente publicado na edição 558 (junho de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Norma aponta quais os tipos de vidro permitidos em boxes de banheiro

Um dos produtos mais populares de nosso mercado, o boxe com vidro ajuda a remodelar a estética de um banheiro, permitindo abordagens inovadoras na decoração e arquitetura desse ambiente. Porém, nada disso vale se o vidro aplicado não for o correto segundo as normas técnicas vidreiras.

O documento que regulamenta esse sistema, a NBR 14207 — Boxes de banheiro fabricados com vidros de segurança, é bem claro em relação ao que pode ser instalado para garantir o bem-estar de todos os usuários (seu próprio nome já indica as determinações). Para acabar com todas as dúvidas, confira quais os tipos permitidos pelo documento.

Temperado
O vidro passa por um processo de aquecimento e resfriamento rápido (a têmpera). Assim, torna-se até cinco vezes mais forte que o float comum. Além disso, ao quebrar, a peça é fragmentada em pedaços pequenos não pontiagudos, o que diminui a possibilidade de o usuário se cortar com os cacos.

Laminado
Basicamente um “sanduíche” de vidro, ele é composto por duas ou mais lâminas de vidro fortemente interligadas por uma ou mais camadas intermediárias (interlayers). Em caso de quebra, os cacos ficam presos nessa camada intermediária, evitando a formação de cacos que possam causar ferimentos.

Temperado com película de segurança
Os temperados de boxe (peças móveis e também as fixas) podem receber uma película de segurança. Porém, ela deve ser aplicada antes de sua instalação na estrutura. A fabricante da película deve garantir que, em caso de quebra, ela suporte pelo menos um movimento completo de abertura e fechamento da porta. Os fragmentos também devem permanecer presos à estrutura por, pelo menos, duas horas após a quebra.

Fique De Olho no Boxe!
O programa da Abravidro foi criado para apresentar informações didáticas sobre o produto, além de alertar sobre a importância da manutenção preventiva anual. No site da iniciativa (www.deolhonoboxe.com.br), é possível baixar materiais de apoio, como o Manual de utilização, limpeza e manutenção dos boxes de banheiro, planilhas de checklist, cartazes para o vidraceiro colocar em seu negócio e muito mais.

Este texto foi originalmente publicado na edição 558 (junho de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Curso da Universidade do Som aborda desempenho acústico de esquadrias

A Universidade do Som promoveu em São Paulo, no dia 17 de maio, o curso “Acústica de Esquadrias na Prática”. Entre outros assuntos, os 28 participantes aprenderam sobre conceitos teóricos de acústica, procedimentos, cálculos e interpretação dos resultados para ensaios de esquadrias e as referências da norma NBR 15575 — Edificações habitacionais – Desempenho. Também pôde-se ver, em laboratório, uma demonstração prática do desempenho de esquadrias com vidros. Segundo a equipe da Universidade do Som, que já prepara uma nova turma para o dia 28 de junho, foram esclarecidas dúvidas de situações que os alunos enfrentam no dia a dia.

Este texto foi originalmente publicado na edição 558 (junho de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Pernambuco ganhará novo parque de energia solar

A cidade pernambucana de São José do Belmonte receberá o maior complexo solar fotovoltaico do Brasil e um dos maiores do mundo, fruto do acordo fechado entre o governo do Estado e a empresa Solatio Energia. Com investimento de R$ 3,5 bilhões, o empreendimento terá sete usinas, distribuídas em 2.270 ha, com capacidade instalada para gerar 1,1 GW — o que permitiria fornecer energia elétrica para 670 mil residências —, e deve entrar em operação comercial em 2021, com plena operação em 2022. Estima-se que, aproximadamente, mil postos de trabalho diretos serão gerados durante a fase de construção.

Este texto foi originalmente publicado na edição 558 (junho de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Como manter vidros e espelhos bem preservados durante o armazenamento?

Quando pensamos em cuidados com os vidros, é comum considerar o manuseio, transporte e instalação deles. O armazenamento pode ser visto com menos importância — afinal, se as peças estão paradas, não há nada com que se preocupar, certo?

Errado: é necessário estar atento com as condições do espaço onde os produtos serão colocados para impedir diferentes tipos de dano nas peças. O Vidroplano apresenta algumas dicas para garantir que a qualidade dos vidros e espelhos permaneça preservada dentro da sua vidraçaria e no local da obra.

O ambiente ideal
O primeiro passo para manter os materiais intactos é cuidar do espaço voltado para o armazenamento deles. Segundo Edweiss Silva, consultor da Abravidro, o ambiente precisa estar sempre:

– Limpo;
– Ventilado;
– Seco;
– Isolado de produtos químicos;
– Livre de poeira ou material particulado, como grãos de areia ou pó de vidro

Onde colocar?
No local de armazenamento, são necessárias estruturas nas quais os vidros e espelhos serão apoiados. Cavaletes e carrinhos são as mais comuns, embora o mercado conte com soluções mais compactas, como paliteiros e classificadores. “Existe hoje uma necessidade de administrar mais e melhor o armazenamento, pela grande diversidade de produtos e de medidas, mas tudo isso exige muitas vezes espaço físico e facilidade de acesso”, aponta Gabriel Alves de Andrade, diretor da Agmaq. Ronaldo Gomes, gerente de Vendas da Italotec, acrescenta: “Os vidraceiros costumam armazenar pequenas quantidades de vidros, porém em grande variedade de tipos e de espessura. Com isso, torna-se essencial otimizar o espaço.”

Seja qual for o equipamento disponível, a norma NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações define que as peças devem ser apoiadas em material que não danifique suas bordas, como borracha, madeira ou feltro, com inclinação de 4 a 6 graus em relação à vertical.

Separadores: aliados contra riscos

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Também conhecidos como intercalários, esses materiais protegem a superfície e os cantos das chapas, impedindo o surgimento de arranhões ou trincas causados pelo contato direto entre elas ou por materiais particulados como o pó de vidro.

Há uma grande variedade de opções no mercado:

– cantoneiras de papelão;
– perfis de plástico ou polietileno expandido;
– filmes plásticos;
– calços de papelão ondulado, cortiça ou EVA;
– barbante de algodão.

Porém, diversos casos exigem separadores específicos: “Devemos ter cuidado especial com materiais que utilizam cola ou tenham um pH ácido, pois podem causar manchas”, aconselha Edweiss, da Abravidro. Anteo Olivatto Junior, proprietário da C&A Embalagens, recomenda: “É importante que a superfície do vidro não esteja úmida ou com camada de pó no momento da aplicação desses materiais, pois isso compromete a fixação.”

A C&A Embalagens fabrica calços de papelão (utilizados no centro do vidro e nas laterais), separadores emborrachados (aplicados na superfície) e cantoneiras de papelão. No caso dessas últimas, Anteo alerta: “Para espelhos, por exemplo, existe cantoneira específica de 4 mm. Se for utilizada uma com espessura maior, não dará a proteção adequada.”

Casos especiais

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– Para espelhos, a NBR 15198 — Espelhos de prata — Beneficiamento e instalação define como ideal usar materiais que não absorvam umidade, sejam macios e não ataquem as chapas, como espuma de borracha ou fitilho plástico;
– Para vidros de controle solar, a NBR 16673 — Vidros revestidos para controle solar – Requisitos de processamento e manuseio recomenda não escolher como separador nenhum material abrasivo que absorva umidade ou que cause danos à superfície revestida, como jornal, papelão ou produtos à base de silicone.

Evitando a irisação
Um dos grandes inimigos do vidraceiro no armazenamento é a umidade do ambiente: ela pode causar o fenômeno de irisação, um tipo de corrosão na superfície do vidro formando manchas semelhantes a um arco-íris.

“O empilhamento inadequado das peças é o principal fator para as condições de irisação, pois se elas estiverem expostas à umidade, pode haver condensação entre as lâminas, e a água que se forma entre as chapas inicia essa reação química de corrosão”, explica Cláudio Lúcio da Silva, instrutor-técnico da Abravidro.

Para impedir que isso aconteça, ele apresenta algumas orientações:

– O local de armazenamento deve ser:
* Coberto;
* Emparedado;
* Com piso;
* Isolado do ambiente externo e de agentes químicos, ambientais e intempéries (como chuvas).
– As peças de vidro devem sempre estar em cavaletes ou carrinhos adequados, revestidos de forração ou emborrachados.
– Nunca deixar os vidros empilhados na horizontal (com uma das faces voltada para baixo), pois isso facilita a irisação e vários outros riscos.

Nas obras

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Frequentemente vidros e espelhos precisam ser armazenados na própria obra, em que as condições do ambiente tendem a ser mais difíceis. “Nos locais onde não há como controlar a umidade, seria preferível não deixar as peças ali e contratar um espaço adequado próximo à obra, tirando-as de lá apenas no momento da instalação”, avalia Cláudio Lúcio. Se isso não for possível, os vidros devem ser totalmente embrulhados em pacotes com lona ou filmes plásticos, juntamente com sacos dessecantes (compostos por uma formulação que atrai e retém as moléculas de água).

Edweiss ressalta que não há uma determinação específica para o tempo que os materiais podem ficar estocados nas obras: “O vidraceiro e o cliente devem definir, de comum acordo, o prazo máximo e as condições das peças.”

Vale observar que, no caso de espelhos, eles não devem ser acondicionados junto a materiais como cimento, cal, cola, gesso etc. Além disso, nada de encostá-los na parede ou em madeiras improvisadas: o uso de cavaletes é obrigatório.

Soluções diferenciadas para o armazenamento

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Os classificadores automáticos da Italotec (foto) têm versões de pequeno porte com sistema pneumático: “Além de ocupar menos espaço na vidraçaria, facilitam a identificação e a separação dos magazines [divisões do classificador em que cada conjunto de vidros é colocado], dando mais agilidade para as atividades na empresa”, afirma Ronaldo Gomes, gerente de Vendas da empresa.

 

Soluções diferenciadas para o armazenamento

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A Agmaq conta com uma linha ampla de paliteiros, classificadores, cavaletes fixos para chapas e peças, e gabinetes para peças padrão (foto). “Projetamos todos esses sistemas utilizando o que existe de mais moderno na engenharia, para oferecer produtos com um custo justo e que tragam total segurança no processo”, explica Gabriel Alves de Andrade, diretor da fabricante.

 

O que dizem as normas
É possível encontrar orientações sobre armazenamento de vidros e espelhos em algumas normas, como a NBR 7199, NBR 15198 e NBR 16673, já citadas na reportagem. Confira:

– Cada unidade de acondicionamento deve identificar o tipo de vidro e suas dimensões, bem como conter símbolos convencionais de manuseio, proteção contra umidade e choques mecânicos;

– Recomenda-se que os vidros sejam empilhados de acordo com seu tipo (ou seja, temperados com temperados, float com float etc.);

– Cada pilha apoiada não deve ultrapassar as seguintes espessuras totais (isto é, somando as de cada peça):
Float, de controle solar ou espelho: 600 mm
Laminado: 600 mm
Temperado: 800 mm
Insulado: 300 mm
Impresso: 300 mm

– Quando as peças tiverem tamanhos diferentes, as suas superfícies e bordas devem ser protegidas de forma que se evitem pontos de pressão entre uma peça e outra;

– O armazenamento e a retirada dos vidros em cavaletes de dois lados devem acontecer de forma alternada entre os lados: coloca-se uma peça de um lado, a peça seguinte do outro lado, e assim sucessivamente, a fim de reduzir os riscos de acidentes;

– Não se deve misturar espelhos beneficiados e peças apenas cortadas, para que possíveis fragmentos destas últimas não contaminem os primeiros;

– Recomenda-se que o revestimento dos vidros de controle solar monolíticos seja protegido por uma embalagem protetora dos resíduos da obra, como poeira, umidade e detritos;

– Após seu processamento, as peças de controle solar devem ser mantidas com separadores até o momento da instalação.

Este texto foi originalmente publicado na edição 558 (junho de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Panorama Abravidro 2019

En un esfuerzo inédito para mapear las acciones del sector vidriero nacional, Abravidro creó en 2012 el Panorama Abravidro. El documento, editado por la entidad, se publica anualmente. El Panorama Abravidro incluye datos actualizados del mercado brasileño, incluyendo informaciones sobre las industrias de base y transformación, así como los números del consumo aparente de vidrio en el país, la capacidad nominal de producción de vidrios planos de las fábricas, balanza comercial internacional, entre otras.

Para llegar a los datos divulgados en el documento, Abravidro invita a las empresas a participar en una investigación. Los resultados son consolidados por la GPM Consultoria Econômica, contratada para averiguar las informaciones del sector y relacionarlas con la Pesquisa Industrial Anual (Encuesta Industrial Anual) del IBGE, cifras oficiales de importación y exportación del gobierno, además de declaraciones de la industria de base a la revista O Vidroplano.

Panorama Abravidro 2019

In an unprecedented effort to map the actions of the national flat glass sector, Abravidro created Panorama Abravidro in 2012. The document, edited by the entity, is published every year. It brings updated data of the Brazilian market, including information on the base and transformation industries, as well as the numbers of the apparent consumption of glass in Brazil, nominal capacity of production of flat glass in the factories, international trade balance, among others.

In order to reach the data disclosed in the document, Abravidro invites companies to participate in a survey. The results are consolidated by GPM Consultoria Econômica, hired to calculate the information of the sector and relate it to the IBGE’s Pesquisa Industrial Anual (Annual Industrial Survey), to official import and export figures from the government, as well as to statements from the base industry to the O Vidroplano magazine.