O tempo voa!

Há um ano, a UBV anunciava o encerramento de suas atividades, surpreendendo o mercado vidreiro. O Vidroplano de abril de 2018 trazia o assunto na capa, além de uma entrevista que explicava a decisão da companhia. E eis que, de lá pra cá, já se passaram doze meses, entremeados por acontecimentos variados, um deles no sentido oposto: o décimo forno nacional de float acaba de entrar em operação no País. Esses marcos nos ajudam a perceber como os dias passam rápido, não é? Aliás, como está o mercado de vidro impresso hoje? Veja clicando aqui.

E como o tempo não para, registramos o que movimentou o setor este mês, incluindo aquisições entre empresas de maquinários, os cinco anos da Vivix e mais uma edição do Prêmio Saint-Gobain. Também são notícia os eventos promovidos pelas entidades regionais e o calendário com os destaques para os próximos meses. Por falar nisso, o 14º Simpovidro é um deles. Já garantiu sua vaga no principal encontro da comunidade vidreira da América Latina?

Você pode conferir ainda uma matéria sobre o preparo necessário para o içamento de vidros em obras, com todos os cuidados e dicas para sua vidraçaria não ter problemas caso precise realizar esse tipo de operação. E na matéria de capa, você vai ver as peculiaridades do uso do nosso material em aquários, piscinas e pisos, em outro texto cheio de informação técnica.

Boa leitura!

iaraIara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Apreensão no ar

domingosO mês de abril começou com o acendimento do novo forno da AGC em Guaratinguetá (SP), instalação que vai mais que dobrar a capacidade da usina vidreira. O que poderia ser sinônimo de celebração vem causando preocupação no mercado. Isso porque o novo forno começa a operar num momento em que a demanda está aquém do desejado e do necessário para consumir todo o volume de vidro produzido hoje no Brasil.

O cenário traz à memória momentos recentes de demanda fraca em que o que se viu foi uma guerra de preços da qual o nosso mercado ainda não se recuperou. A destruição de valor, tanto de nossa matéria-prima como do vidro processado, é um caminho sem volta e o risco de que venha a se repetir deixa todos nós em estado de alerta. E tudo isso num momento de frustração de expectativas em relação à retomada da economia, sucessivas revisões para baixo da previsão do PIB e outras más notícias.

Guerra de preços e informalidade têm tido um papel extremamente destrutivo em toda a cadeia vidreira e a Abravidro trabalha incansavelmente no sentido contrário, sempre buscando o crescimento e desenvolvimento de nosso mercado e seu potencial, atenta ao que pode movimentar o setor e trazer resultados positivos.

E é por isso que seguimos coletando dados dos processadores em atuação em nosso país para o Panorama Abravidro 2019. A pesquisa é um importante monitor da atividade vidreira no Brasil, registrando a radiografia do setor desde 2012. O material tem sido uma importante referência para os diversos atores do mercado vidreiro, trazendo os melhores dados disponíveis. A participação de todos é fundamental para que tenhamos números sólidos e robustos. Conto com a sua participação!

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Produção mais que dobrada

Conforma prometido, a AGC acendeu seu segundo forno no Brasil no dia 1º de abril, localizado em seu complexo fabril em Guaratinguetá (SP). Segundo a multinacional, ele tem capacidade para produzir 850 t de vidro por dia (incluindo peças extra clear), com espessuras de 1,6 a 19 mm, e aumenta sua capacidade produtiva em 140%: atualmente, a empresa entrega ao mercado 600 t de vidro por dia, número que deve passar para 1.450 t diárias.

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sustentabilidade premiada

Os vencedores do 6º Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura – Habitat Sustentável foram anunciados em cerimônia realizada no dia 14 de março, em São Paulo. A iniciativa, que teve a Abravidro entre seus apoiadores, reconheceu ao todo 25 trabalhos entre as categorias Profissional e Estudante. O projeto envidraçado do Sesc Avenida Paulista, do escritório Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados, foi um dos destaques da premiação: eleito como Melhor Projeto da Edição e também primeiro lugar na categoria Profissional – Modalidade Edificação Institucional. “O prêmio extrapola os objetivos do grupo de promover o conforto, a inovação e sustentabilidade não só em nossa oferta de soluções, mas também em edificações projetadas a partir desses valores que são imutáveis para nós”, comentou Thierry Fournier, CEO Brasil e América Latina da Saint-Gobain.

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Parceria para a educação do setor

A analista de Normalização da Abravidro, Clélia Bassetto, palestrou no dia 28 de março para a turma do 3º semestre do “Curso Técnico em Produção de Vidro”, ministrado pelo Centro Paula Souza (CPS). A apresentação, realizada na Escola Técnica Estadual Presidente Vargas, de Mogi das Cruzes, faz parte de uma série de palestras que a Abravidro e o CPS pretendem organizar em parceria, contribuindo para a formação dos estudantes. Clélia falou aos alunos sobre diversos tipos de vidro, enfatizando os de segurança (laminado, temperado e aramado) e suas aplicações.

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Segurança levada a sério

Em guarda-corpos, use apenas os vidros permitidos pela norma

Guarda-corpos são sistemas bastante populares na construção. Têm como principal função garantir a proteção das pessoas ao seu redor contra o risco de queda acidental. Seu uso é obrigatório em locais com desnível maior que 1 m entre o piso em que se encontram as pessoas e o patamar abaixo.

Para garantir que o sistema proporcione segurança, é indispensável conhecer e seguir as determinações das normas técnicas aplicáveis ao sistema: além de especificar as condições mínimas de resistência e segurança, elas também dão respaldo em caso de qualquer problema.

A seguir, veja o que as normas dizem sobre a aplicação de vidros em guarda-corpos e saiba como obter mais informações em caso de dúvidas.

Que vidro usar?

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A NBR 14718 — Guarda-corpos para edificação chama em seu texto a NBR 7199 —Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações, que estabelece os tipos de vidro a serem aplicados em guarda-corpos para edificação (a regra é a mesma independente se ele é residencial ou comercial, interno ou externo):
– Laminado (também pode ser laminado temperado);
– Aramado

A aplicação do vidro insulado (duplo) em guarda-corpos é permitida desde que composto pelos vidros laminado ou aramado.

ATENÇÃO! Embora o vidro temperado seja considerado de segurança, ele não pode ser usado em guarda-corpos. Em caso de quebra, é fundamental que o vidro aplicado mantenha o espaço seguro e que o vão permaneça fechado até que o painel seja substituído — e isso só é possível devido às camadas intermediárias (interlayers) dos laminados ou à rede metálica de malha quadriculada incorporada à massa dos aramados.

Em sistemas de guarda-corpos em que o vidro é fixado por ferragens, como botões, torres ou spiders, o laminado não pode ser composto por peças float (vidro comum): elas não têm resistência mecânica suficiente para suportar apertos de ferragens. Nesses casos, use sempre o laminado temperado, laminado composto de vidros temperados.

Qual a espessura correta?
A determinação da espessura adequada do vidro a ser aplicado em guarda-corpos depende de vários fatores, como o tipo de sistema (forma de fixação do vidro), dimensão da peça e, principalmente, pela aprovação nos ensaios previstos na norma NBR 14718.

Não basta escolher o vidro certo
Segundo a NBR 14718, é obrigatório que o protótipo do sistema a ser instalado (incluindo o vidro) seja testado e aprovado nos seguintes ensaios:
– Esforço estático horizontal
– Esforço estático vertical
– Resistência a impactos

 

Como saber mais sobre as normas para vidros?
A Abravidro, que sedia o Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB37) desde 1998, está à disposição para esclarecer dúvidas e fornecer as informações corretas sobre as determinações das normas para o uso do nosso material:
Telefone: (11) 3873-9908 | cb37@abnt.org.br

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Sala de aula cheia!

Primeira turma do PPCPE em 2019 recebe alunos de dentro e fora do Brasil

Um grupo de 27 profissionais participou do módulo de Planejamento, Programação, Controle da Produção e Estoques (PPCPE) da Especialização Técnica Abravidro, aplicado na sede da associação nos dias 21 e 22 de março. A diversidade dos alunos chamou atenção, com pessoas de diversos Estados do País, como Mato Grosso, Piauí, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Houve até dois participantes vindos do Paraguai especialmente para acompanhar o treinamento!

Cláudio Lúcio da Silva, instrutor técnico do PPCPE e reconhecido nacionalmente como um dos maiores especialistas do Brasil na área de transformação de vidros, mostrou nas aulas como ter maior controle de produção, redução de perdas e acidentes, diminuição de custos operacionais, planejamento com planos de contingência e domínio sobre a capacidade de produção.

A turma foi unânime ao considerar as lições aprendidas extremamente valiosas. “Todas as informações compartilhadas pelo professor já serão colocadas em prática na nossa empresa para melhorar sua produtividade e torná-la mais rentável”, afirmou Federico Bordón, da paraguaia Agpar. Por sua vez, Vinícius Silveira, diretor da Primo Vidros (Itapetininga, SP), testemunha: “Fiz o primeiro PPCPE em 2016; depois, enviei a minha equipe de gestores também para o curso. Agora, voltamos juntos. Agradeço tanto à Abravidro, pelo trabalho que exerce, como ao professor Cláudio, que levou uma mudança muito significativa para a nossa empresa”.

Anote na agenda!
Se você perdeu a oportunidade de participar dessa turma de PPCPE, temos uma boa notícia: a Abravidro realizará o curso novamente no mês de julho. As inscrições já estão abertas, então aproveite a chance e não deixe para se registrar na última hora:

Data: 25 e 26 de julho
Local: sede da Abravidro — Comercial Casa das Caldeiras, Avenida Francisco Matarazzo, 1.752, sala 615, Água Branca, São Paulo
Inscrições e mais informações: pelo telefone (11) 3873-9908, abravidro@abravidro.org.br ou www.abravidro.org.br/treinamentos/ppcpe-inscricao

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Para além dos reflexos

Farol Santander, em São Paulo, recebe exposição com instalação multissensorial feita de espelhos

O Edifício Altino Arantes, conhecido pela maioria da população paulistana como o “prédio do Banespa”, ganhou, no ano passado, o centro cultural Farol Santander, local destinado para receber mostras de arte dos mais variados tipos. Para comemorar o 1º aniversário do espaço, foi criada a exposição Além do Infinito, que abriga, até 5 de maio, duas obras interativas e multissensoriais. Uma delas, chamada Beyond Infinity, combina múltiplas peças de espelho, luzes, música e formas geométricas.

Ficha técnica
Autor do projeto: Serge Salat
Local: São Paulo
Conclusão: janeiro de 2019

Entrando em novas dimensões

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A instalação já passeou pelo mundo anteriormente. Sua estreia se deu em 2011, na capital chinesa Xangai, tendo sido apresentada posteriormente em outras cidades do país asiático.

A versão brasileira ocupa um dos andares do Farol Santander. Ao todo, foram aplicadas 550 peças de espelhos, que cobrem chão, paredes e teto do ambiente. A estrutura é completamente fechada, o que faz o visitante ter a sensação de entrar física e simbolicamente em uma dimensão paralela.

A ficção científica é uma grande inspiração para o artista francês Serge Salat: a obra evoca questões metafísicas de filmes como 2001 — Uma Odisseia no Espaço (1968) e Interestelar (2014). No entanto, existem outras influências, como a cultura oriental e os conceitos de multiverso da física quântica (um conjunto hipotético de universos possíveis baseados em diferentes linhas temporais). Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Salat comenta que “a instalação, na verdade, é sobre um espaço sagrado, uma viagem no tempo e no espaço para se chegar ao mundo divino”.

Portas para as percepções

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A estrutura teve de ser adaptada para a exposição paulistana. Foram criadas duas salas retangulares, separadas por um espaço de concreto do próprio edifício, nas quais estão estruturas de alumínio, semelhantes a colmeias, também revestidas de espelhos.

O grande diferencial da obra é o jogo de luzes existente. Tons amarelos, azuis e brancos refletem nas superfícies espelhadas, recriando as cores do pôr do sol e do céu à noite. Juntando todos esses elementos, cria-se uma sensação única: para quem observa, é como se as salas fossem infinitas, sem limitações ou tamanho definido. Existe ainda música clássica atuando como trilha sonora do espaço. Tudo para transformar as reflexões de nosso material em arte.

Exposição Além do Infinito
Data: até 5 de maio
Horário: de terça-feira a sábado, das 9 às 20 horas; domingo, das 9 às 19 horas
Local: Rua João Brícola, 24, Centro
Ingressos: R$ 20 (inclui visitação completa ao Farol Santander)

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Norma de vidros resistentes ao fogo é revisada

Nova versão da NBR 14.925, publicada no final de março pela ABNT, pretende aumentar uso desse material no Brasil

A revisão da NBR 14.925 — Elementos construtivos envidraçados resistentes ao fogo para compartimentação já está disponível. Publicado pela ABNT no final de março, o novo texto utilizou como base o documento europeu de classificação de resistência ao fogo (EN 13501-2) e traz diversas novidades, incluindo a inserção de um vidro intermediário, tendo a possibilidade, com isso, de garantir o aumento do uso desse tipo de material em nosso país.

Escopo maior
O conceito “redução de radiação” pode ser considerado como o ponto mais importante da nova versão, explica Paulo Penna de Moraes, gerente técnico comercial da Vetrotech Saint-Gobain para a América Latina e secretário da comissão de estudo que revisou a norma. “Antes, existiam somente as classificações para-chamas (conhecida pela sigla E) e corta-fogo (EI), elementos que se posicionam nos extremos em uma escala de transmissão de calor.”

Os vidros E resistem ao fogo, mas não funcionam como barreira ao calor. Os EI garantem integridade e também isolamento térmico — no entanto, são pesados e caros, inviabilizando sua utilização em muitos projetos.

Solução ampla
Para resolver a questão, o documento se iguala à situação europeia e passa a considerar um vidro intermediário, o EW, conhecido como “redutor de radiação”. Com ele, itens compostos de materiais combustíveis a mais de 1 m de distância do envidraçamento não entrarão em ignição espontânea.

“Essa característica garante o melhor custo-benefício entre as classificações e permitirá uma grande versatilidade no uso em compartimentações. Basta aplicar pequenas e simples adaptações no projeto arquitetônico”, destaca Moraes.

 

OUTRAS MUDANÇAS
Vale citar mais novidades da norma revisada:

– Utilização das mesmas siglas utilizadas no texto europeu para definir os critérios de classificação, facilitando assim o intercâmbio de informações de produtos importados e evitando erros gerados por questões de linguagem;

– Inclusão da exigência de ensaio em sistema único e indissociável. Ou seja, o relatório de ensaio homologa o conjunto como um todo (vidros + esquadrias + vedações + fitas intumescentes etc.) e não suas partes independentes;

– Inclusão das dimensões dos corpos de prova e o campo de aplicação real de um ensaio;

– Inclusão da curva “tempo x temperatura de fogo externo”, utilizada para ensaios de elementos, que serão atacados por incêndios localizados, no lado externo da edificação.

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Qualificação por todos os lados

Entidades regionais levam eventos a profissionais de MG, RJ, RS e SP

 

Sindividros-RS, em Porto Alegre

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Para as profissionais do nosso segmento
No dia 15 de março, o sindicato gaúcho realizou a 2ª edição do evento Vidro Delas – Encontro Feminino do Sindividros-RS. A iniciativa, parte do projeto Qualividros – Qualificar para Transformar, reuniu 150 mulheres ligadas ao setor vidreiro e foi desenvolvida em parceria com diversas empresas da região. As apresentações abordaram temas variados, como o potencial para a decoração e revestimento de interiores com vidros e espelhos, um case da trajetória da Mentah (empresa de canudos reutilizáveis de vidro) e a palestra Mulher, seja a sua melhor versão hoje, com a consultora empresarial Adriana Motta, abordando assuntos importantes do universo feminino de maneira bem-humorada e realista, além de propor caminhos a serem trilhados na vida pessoal e na carreira.

 

Sincomavi-SP, em São Paulo

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Mantendo o estoque sob controle
O Sincomavi organizou em sua sede o curso “Armazenamento e Controle de Estoque”, de 18 a 20 de março. O docente foi o consultor Douglas Almeida, membro do Comitê de Investimento em Fundo da Federação Brasileira de Bancos para Startups Paulistas e Banca de Projetos de Fintech. Os principais pontos abordados no treinamento foram a importância da gestão de estoque como estratégia de vendas e a prevenção de perdas, ponto ainda pouco aprofundado nas empresas do segmento.

 

Amvid-MG, em Belo Horizonte

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Do vidro temperado à qualidade das esquadrias
No dia 20 de março, com 124 participantes e apoio de entidades como a Amvid e a Abravidro, o 2º Seminário de Vidros e Esquadrias – Soluções Especiais para Edificações: Inovação, Especificação e Desempenho foi preparado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) e pelo Sindicato das Indústrias de Beneficiamento e Transformação de Vidros e Cristais Planos do Estado de Minas Gerais (Sinvidro-MG). Clélia Bassetto (foto), analista de Normalização da Abravidro, ministrou duas palestras na programação: Vidro temperado – Saiba o que exigir e onde aplicar e Vidros especiais para ambientes internos: acabamento diferenciado para construções de todos os padrões. Outras apresentações no evento abordaram temas como desempenho acústico, vidros de controle solar, qualidade das esquadrias e desempenho, requisitos e especificação de guarda-corpos com alumínio.

 

Sincavidro-RJ, em Niterói (RJ)

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Aproximando o vidro da arquitetura
Este ano, o Instituto do Vidro, do Sincavidro, está participando da realização do evento O Vidro na Arquitetura Moderna em parceria com o portal Arquitetosecia. A iniciativa teve início com um ciclo de palestras no dia 26 de março, reunindo sessenta profissionais de arquitetura e engenharia na Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Niterói (Ademi-Niterói). As apresentações aprofundaram conhecimentos em normas técnicas, possibilidades da utilização do vidro e aspectos práticos do mercado.

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Inspiração envidraçada

A marca de design autoral MUMA disponibilizou este ano peças elaboradas pelo arquiteto e designer Diogo Tomazzi inspiradas na versatilidade do vidro. Entre elas, estão o espelho Alma (capa), com espelho bronze 4 mm e estrutura de barra de latão polido com verniz, e a mesa lateral Vetro (foto 2), que remete à decoração dos anos 1970, com base transparente de vidro incolor 10 mm e tampo arredondado de vidro bronze 10 mm. Os produtos foram feitos em edição limitada e estão disponíveis no site www.muma.com.br e em lojas no Recife e em São Paulo.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Decoração com transparências e reflexos

Expo Revestir 2019 mostra novidades do mercado com vidros e espelhos

A 17ª edição da Expo Revestir, feira internacional para a área de revestimentos e arquitetura, realizada de 12 a 15 de março, no centro de eventos Transamerica Expo Center, em São Paulo, contou com cerca de 250 expositores e recebeu em torno de 62 mil visitantes.

A presença de soluções envolvendo vidros e espelhos foi mais tímida este ano em relação a edições anteriores. Apesar disso, alguns estandes apresentaram novidades bastante interessantes para o nosso setor. Conheça-as a seguir!

 

Robustas e coloridas
A cuba Jaspe, da Astra, agora está disponível nas cores dourada e azul-marinho: elas são de vidro temperado (12 mm) e têm 42 cm de diâmetro. A empresa também lançou três modelos da linha Olimpo de espelhos, com iluminação LED embutida e acionada por toque.

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Da acústica à praticidade
Um dos destaques da Atenua Som foi a janela Slidlux , com fecho magnético e uso mínimo de materiais para sua aplicação. Além de apresentar alta durabilidade e impedir a passagem de água, vento e poeira quando fechado, o produto oferece isolamento acústico de até 34 db.

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A Ideia Glass marcou presença no estande da marca, com a exposição de alguns de seus produtos já conhecidos, como o kit Flex (foto 2) para portas e boxes de vidro, com portas sanfonadas sem trilho superior, para melhor aproveitamento do vão.

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Casas de vidro
Assim como em 2018, a Cebrace montou dois estandes. A usina apresentou seu portfólio aplicando os produtos na própria estrutura desses espaços, demonstrando as possibilidades que cada item oferece. Na área dedicada à linha Vivânce de vidros e espelhos decorativos, toda revestida com peças laqueadas pretas, vermelhas e brancas, visitantes fizeram fila para a Instalação Instagramável (foto 1): uma cabine fotográfica com um hexagrama de espelhos multiplicando a imagem do visitante e criando um efeito visualmente único. Já o estande para os produtos de controle solar da Habitat tinha o aspecto de um grande cubo envidraçado, com fachada de Habitat neutro incolor (foto 2).

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Múltiplos formatos
A Colormix exibiu cinco novas opções de revestimento com espelhos na linha Mirror. Os formatos disponíveis, todos feitos com espelhos prata, vão de retângulos a hexágonos e incluem o Mirror Buxton , com design diferenciado.

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Reflexo, luz e nitidez
A novidade da Roca para o nosso setor, a linha de espelhos Iridia, foi destacada pela empresa não só no estande, mas também na sua cabine no projeto Reflexos, montada fora dos pavilhões da Expo Revestir para convidar os visitantes a tirar fotos e selfies com um olhar inusitado e divertido sobre os produtos. Além de contar com iluminação LED (cuja intensidade pode ser controlada pelo usuário), o Iridia também tem função para desembaçamento da superfície.
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Um laminado, duas imagens
A aposta da Weiku do Brasil para 2019 é a linha wGlass Design: a solução é composta por um vidro laminado, fabricado com duas chapas de espessuras de 4 a 12 mm, personalizado com a aplicação de imagens ou tecidos entre as duas lâminas. É possível até mesmo aplicar duas opções diferentes no mesmo produto, de acordo com a face visualizada. Além da função decorativa, as peças da wGlass Design podem ser usadas para separar ambientes sem perder a identidade visual proposta para cada um deles.

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Simpovidro com as melhores condições!

Garanta inscrição até o final de abril para maior parcelamento

Já confirmou sua presença no maior evento vidreiro da América Latina? Se ainda não, chegou a hora: fazendo a inscrição até o final de abril, você conseguirá parcelar em 8 vezes! O simpósio será realizado este ano de 7 a 10 de novembro no Enotel Porto de Galinhas, em Ipojuca (PE), região considerada um paraíso natural brasileiro. E uma melhor condição de pagamento não é a única vantagem de participar do encontro. Veja a seguir!

INSCREVA-SE, JÁ!
Basta acessar o site www.simpovidro.com.br e se cadastrar!
Informações? Dúvidas?
Entre em contato com a Central de Atendimento Simpovidro pelo telefone (11) 3873-9908.

Conhece o Enotel Porto de Galinhas?

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Esse resort 5 estrelas está à beira das areias brancas de Porto de Galinhas, uma das praias brasileiras mais belas e famosas. O espaço oferece estrutura de excelência, incluindo:
– Sistema all inclusive (refeições, petiscos e bebidas à vontade durante todo o dia)
– 8 restaurantes — cinco são temáticos (cozinhas portuguesa, regional, oriental, italiana e rodízio de pizzas) e um é infantil
– 6 bares
– 3 mil m² de piscinas para crianças e adultos, incluindo rio lento
– Spa
– Quadras de tênis, futebol e vôlei
– Centro fitness
– Espaço para recreação infantil com monitores

Passagens aéreas com desconto
A Latam, maior companhia aérea do Brasil, é parceira da Abravidro e quem se beneficia disso é você! Os inscritos no Simpovidro terão desconto exclusivo na aquisição das passagens aéreas para o evento.

Compre os bilhetes pelo site www.latam.com e insira o código promocional E0ECH (numeral zero) no campo indicado. Você terá desconto de:
– Até 18% nas tarifas comuns
– Até 5% nas tarifas promocionais

PARA UTILIZAR O BENEFÍCIO, FIQUE ATENTO:
– O uso é exclusivo para os participantes do 14º Simpovidro;
– Ele é válido para embarques de 4 a 13 de novembro no trecho Brasil (qualquer cidade) — Recife — Brasil (qualquer cidade);
– Não se aplica a menores de doze anos e a tarifas Mega Promo.

Quer ser apoiador do Simpovidro?
Faça como dezessete grandes empresas do setor vidreiro nacional e estrangeiro e torne-se apoiador do simpósio! Até o momento, apoiam o evento: Abrasipa, Arbax, BL Glass, Bottero, Diamanfer, Dip-Tech, Eastman, Glass Control, Glassparts, Glass South America, Glaston, GR Gusmão, Keraglass, Kuraray, Lisec, Screenline e Vetro Máquinas.

Entre em contato com Rosana Silva pelo e-mail rsilva@abravidro.org.br ou tel. (11) 3873-9908.

 

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A vantagem da Indústria 4.0

Escrito por Neto Angel

A imagem de que robôs e inteligência artificial irão extinguir postos de trabalho é injustificada. As transformações da Indústria 4.0 tornam possível o trabalho, lado a lado, de humanos e máquinas de maneiras novas e altamente produtivas. Afinal, essas tecnologias permitem agilizar, coletar e compreender dados de diversas fontes (como sensores em rede, equipamentos de produção e sistemas de gerenciamento de clientes), melhorando a tomada de decisões das empresas em tempo real.

Os líderes devem ajudar seus gerentes e funcionários a antecipar a mudança para se entusiasmarem com o aprendizado de novas habilidades. Por isso, é importante estar atento a alguns conceitos que poderão beneficiar as empresas daqui para o futuro:

Robôs autônomos
A maior adversária de uma organização talvez seja ela mesma, graças a erros na execução de pedidos e não cumprimento de prazos. Os concorrentes, ao contrário, mais ajudam que atrapalham, pois são os responsáveis por forçar as empresas a inovar e a crescer.

Simulação avançada
Será usada nas operações da fábrica para alavancar dados, espelhando o mundo físico no virtual. Isso inclui máquinas, produtos e humanos, além de permitir que os operadores testem e otimizem configurações em um modelo virtual primeiro.

Integração horizontal e vertical
Redes de integração de dados universais aumentam a conectividade entre departamentos, fornecedores e parceiros, resolvendo a falta de comunicação na empresa.

Nuvem híbrida e virtualização
À medida que os dados aumentam, o armazenamento local não será suficiente, o que nos leva aos cloud services e à virtualização. Elementos de análise de dados de alta velocidade permitem o compartilhamento de conhecimento. Os serviços avançados de nuvem também permitirão estratégias de previsão e prevenção antecipadas.

Realidade aumentada
Essa tecnologia ganhará mais tração à medida que os aplicativos de realidade aumentada para negócios e indústria forem desenvolvidos. Por exemplo, na Indústria 4.0, pode ajudar a localizar rapidamente as peças em um armazém.

Neto Angel
é consultor e especialista em growth hacker, tendo expertises em marketing, SEO, branding, ADS e performance.

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Sem conclusão prevista

A obra do muro de vidro da Raia Olímpica da Universidade de São Paulo (USP) completou um ano no dia 4 de abril. A construção, que teria 2,2 km de extensão, encontra-se paralisada, à espera de ajustes no projeto de instalação, desde o final de dezembro, sem previsão de retomada. Um dos principais contratempos enfrentados foi a série de quebras de painéis, bastante divulgadas pela imprensa, cujas causas ainda não foram descobertas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Como está o mercado de vidro impresso?

A situação desse produto um ano após o fechamento da UBV

No dia 3 de abril de 2018, o setor vidreiro foi pego de surpresa com o anúncio do encerramento das atividades da União Brasileira de Vidros (UBV), a então maior fabricante de vidros impressos do Brasil, com sessenta anos de história. Hoje, com somente a Saint-Gobain Glass fabricando o produto no País, como está se saindo esse mercado? Relembre a seguir os motivos pelos quais a UBV fechou e confira qual o futuro da aplicação desse item na arquitetura e decoração.

Um ano depois

Como ficou o setor ao longo desse tempo? “Em termos práticos, o mercado se manteve”, explica Pedro Matta, gerente-comercial e de Marketing da Saint-Gobain Glass. “Tivemos contratempos com relação ao nível de serviço, uma vez que nossos estoques foram consumidos em velocidade maior que o reabastecimento.” No entanto, a usina afirma ter buscado produtos em outras fontes do grupo, conseguindo atender os clientes de forma regular.

Os negócios no início de 2019 mostraram-se bons até o mês passado, quando ocorreu uma queda importante nas vendas. “Um pouco por conta do mercado, outro tanto por conta da oferta de vidros importados”, explica Matta. “Entendemos que neste ano ainda haverá ajustes entre oferta e demanda, com um cenário em que o vidro acompanhe o ritmo da economia do País.”

Ciclo de demanda

Nos últimos anos, o vidro impresso tem sido mais usado em revestimentos na arquitetura e decoração. Inclusive, existe a percepção, por parte de alguns profissionais vidreiros, de que há um encolhimento desse setor no mundo. No entanto, para a Saint-Gobain Glass, vivemos um momento de transição no uso desse item. Matta afirma: “Não esperamos crescimento em comparação a 2018, tampouco; com os elementos que temos até agora, há motivo para acreditar em queda forte”.

mobiliárioContratempos

No final do ano passado, alguns clientes comentaram a respeito de problemas pontuais nas peças de 8 mm da SGG. Segundo a empresa, isso aconteceu devido a uma contaminação da matéria-prima, descoberta somente após a entrega dos produtos. “Uma vez que a questão fora identificada, estabeleceram-se todas as ações para controle. Agora já temos de volta os níveis de qualidade desejados”, garante o executivo.

Futuro do impresso

Na edição de 2017 da Casa Cor São Paulo, a mostra voltada para decoração e arquitetura apresentou diversos ambientes com soluções de vidro impresso, principalmente em mobiliários. Em 2018, porém, o material pouco foi visto no evento. Afinal, qual será o futuro do produto nesses nichos tão relevantes para nosso setor? “São ramos que crescem seu interesse à medida que se tornam conhecedores dessas alternativas”, analisa Matta. “Com uma nova equipe dedicada ao tema, estamos concentrando esforços para tornar essa oferta mais conhecida. Dentro desse escopo, temos ainda o suporte técnico que vai ajudar a proporcionar o encontro da melhor solução para cada projeto.”

Crescimento ou estagnação?

Muitos desses prognósticos vão depender, na verdade, da situação econômica brasileira ao longo de 2019. “Com o País na atual situação, a indústria nacional perde força e competitividade”, reflete Matta. “O desemprego assusta muito e, com ele, o baixo consumo das famílias brasileiras não ajuda nesse processo necessário de retomada. Assumimos uma postura de otimismo, mas o momento requer atenção.”

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O fim da UBV

Desde 2017, executivos da usina avaliavam a situação da empresa, pois a vida útil de seu forno se esgotaria em 2018. Reformar o equipamento para um novo ciclo de produção custaria de R$ 15 a 20 milhões. Além disso, chegou-se à conclusão de que seria necessário um crescimento de 30% no volume de vendas para a usina retomar uma situação financeira estável. As baixas perspectivas de melhoras para a construção civil em curto prazo mostravam que isso era algo pouco provável. Assim, foi decidido não realizar os reparos e encerrar a produção.

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Habitação e previdência em foco

No dia 2 de abril, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) realizou em São Paulo o fórum “100 Dias de Governo – Impactos para a Habitação”, que contou com cerca de 500 participantes e teve apoio institucional da Abravidro. A proposta de discutir os primeiros três meses do governo colocou em foco a reforma da Previdência, a favor da qual a entidade lançou um manifesto por sua aprovação, apoiado por 35 entidades da cadeia da construção civil. O fórum contou com representantes das esferas federal, estadual e municipal.

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Parte do mesmo grupo

A aquisição da Bystronic Glass pela Glaston, anunciada em janeiro, foi concluída no dia 1º de abril. Segundo a empresa finlandesa, a equipe de vendas e serviços continuará a atender e apoiar os clientes em seu negócio, e sua rede de contatos de vendas e serviços permanecerão os mesmos. Futuras alterações possíveis serão comunicadas separadamente aos consumidores.

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Rumo à Indústria 4.0

Este mês, a Vivix completou cinco anos de existência. Além de celebrar a ocasião, os executivos da usina de base continuam em uma busca incessante para ela se consolidar como uma indústria 4.0: para isso, estão investindo fortemente em automação e tecnologia da informação em todos os seus processos de produção. Segundo a empresa, os níveis de automação e sensoriamento do processo fabril já alcançam 90%.

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Contratempos no abastecimento de barrilha

Um deslizamento na Rodovia Rio-Santos vem limitando a passagem de caminhões pelo Km 116, entre os municípios paulistas de São Sebastião e Caraguatatuba: desde o acidente, em 11 de março, apenas veículos pesando até 23 toneladas podiam trafegar no trecho, comprometendo o transporte da barrilha (matéria-prima usada na fabricação do vidro) importada da Espanha, Estados Unidos e Turquia via porto de São Sebastião às fábricas da AGC e Cebrace na região. No dia 6 de abril, o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) ampliou o limite de carga para até 45 t. Segundo o órgão, os trabalhos de recuperação devem durar três meses.

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Erguidos com segurança

Entenda quando o içamento de vidros é necessário e quais são os cuidados indispensáveis

Quando uma instalação é feita em alturas muito elevadas, o tamanho ou o peso dos painéis podem impedir que eles sejam levados até o espaço em que serão aplicados por escada ou elevador — esta última opção nem mesmo existe em edifícios mais antigos. Nesses casos, as peças precisam ser erguidas pela parte externa da obra, serviço conhecido como içamento.

Por ser uma atividade complexa, ela só pode ser realizada se o profissional tiver o conhecimento e os equipamentos necessários para subir o vidro com segurança, avaliando sempre o melhor modo de fazê-la. Será que sua vidraçaria está preparada para isso? Descubra a seguir!

Com grandes alturas, vêm grandes responsabilidades

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Giovane Moreira, diretor-proprietário da paulistana Vidro Jumbo, explica: “O içamento sempre se faz necessário quando as peças a serem instaladas não entram pelas portas e janelas, como em condomínios verticais, além de casos em que a aplicação é feita em alturas que dificultam seu transporte de forma manual.” De acordo com Sandro Rensi, diretor-executivo da Steinglass, de São José (SC), essa não é uma atividade normal do dia a dia de uma vidraçaria. “Como o custo é alto e a responsabilidade é muito grande, o vidraceiro deve avaliar bem essa opção. Porém, como há casos em que o içamento é inevitável, é preciso estar preparado para essa possibilidade”, afirma.

Por haver uma série de riscos, como o da queda da carga, os critérios para autorização desse serviço são bastante rígidos. “Nos içamentos em edifícios, a grande maioria exige documentação completa”, comenta Moreira. Segundo ele, a empresa precisa apresentar:

Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) para a operação, emitida pelo engenheiro civil ou técnico em edificações responsável pela obra;
ART ou termo de responsabilidade atestando a segurança dos equipamentos usados para o trabalho;
– Certificados de treinamento para serviços contemplados pela Norma Regulamentadora Nº 35 — Trabalho em altura (NR-35) e de Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) para os profissionais envolvidos na ação;
– Certificado de manutenção técnica obrigatória de acordo com a Norma Regulamentadora Nº 12 — Máquinas e equipamentos (NR-12).

Além disso, o colaborador responsável por controlar os equipamentos deve ter habilitação para operá-los, obtida após aprovação em treinamento.

Máquinas para o içamento
O esforço para erguer os vidros é executado por guinchos elétricos acoplados a guindastes ou a caminhões munck (que contam com grua em sua carroceria para elevação e movimentação de cargas pesadas). Embora esses equipamentos costumem ser grandes, opções mais compactas já estão disponíveis no mercado, como os miniguindastes aranhas, que são menores e alcançam qualquer espaço confinado e de difícil acesso. Contudo, independente do tamanho da máquina a ser usada, Jefferson Candeo, diretor da Guindaste Aranha, alerta: “Sejam elas adquiridas ou somente alugadas pelo vidraceiro ou instalador, precisam antes ter passado pela manutenção técnica obrigatória exigida pelo plano de manutenção de sua fabricante, conforme determina a NR-12.”

EPIs: não saia da vidraçaria sem eles!

Compliance with safety rules at the construction site
Como em toda atividade realizada pelos vidraceiros, o uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) é indispensável. Para o içamento de vidro, não deixe de usar:

– Capacete;
– Luvas;
– Mangotes;
– Óculos de proteção;
– Botas;
– Cinto de segurança conectado a dispositivo de ancoragem (para os profissionais descarregando e instalando os painéis no patamar superior)

Como prender o vidro ao guincho?

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Rensi, da Steinglass, explica que há três formas mais comuns:

– Com corda-guia ou cintas de reboque;
– Com ventosas hidráulicas;
– Içando o cavalete inteiro em que se encontram as chapas de vidro.

Para Moreira, da Vidro Jumbo, a amarração dos vidros é o item em que o vidraceiro deve ter maior cuidado. “É preciso estar atento à incidência de ventos, possibilidade de chuva, condição geral dos equipamentos e qualquer outro fator que possa impactar a segurança do trabalho”, ressalta.

A carga somente é desatada quando já estiver devidamente baixada no patamar em que será instalada. Para isso, Rensi aconselha que, antes de descarregar as peças, sejam colocadas proteções em suas bordas e o local esteja limpo e preparado para o armazenamento delas.

Preparo jumbo para vidros jumbo

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Moreira alerta que o trabalho com peças de grandes dimensões tem diferenças em relação às de tamanhos convencionais. “As medidas maiores requerem uma preparação para viabilizar sua chegada à obra. Além disso, o número de colaboradores é maior e os equipamentos utilizados precisam ser capazes de suportar cargas que podem chegar a 1.200 kg”, enfatiza.

Checklist para o içamento

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Sandro Rensi, da Steinglass, lista alguns itens essenciais:

– Avaliar a real necessidade desse tipo de trabalho;
– Ter autorização tanto dos proprietários, síndicos e gerentes como dos órgãos públicos;
– Ter as licenças e pessoal treinado e preparado para o serviço;
– Verificar de antemão a carga limite suportada por cada equipamento;
– Informar-se sobre as condições meteorológicas no dia da instalação;
– Realizar o serviço sempre com calma e cuidado.

Candeo, da Aranha, acrescenta a importância de operar sempre com máquinas de qualidade certificada: “Assim, o vidraceiro ganha tempo, segurança e eficiência na obra e evita retrabalhos, acidentes e excesso de mão de obra improdutiva, além de passar ao contratante do serviço uma imagem de desenvolvimento e tecnologia.”

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Tradição que se rende à modernidade

Palácio do século 17 localizado em Paris recebe auditório com fachadas duplas de vidro

O Institut de France é uma entidade secular: desde 1795 administra centenas de instituições científicas e fundações de belas artes francesas, incluindo museus, castelos e palácios. O suntuoso prédio em que está sediado, na capital do país, é ainda mais antigo, sendo datado do século 17. A construção é um clássico do barroco parisiense — e acaba de ser renovada graças à tecnologia vidreira, ganhando recentemente um moderno auditório com fachadas duplas feitas com laminados gigantes de mais de 5 m de altura.

Ficha técnica
Autor do projeto: Atelier Marc Barani
Local: Paris, França
Conclusão: fevereiro de 2019

Deixa o Sol entrar

Auditorium de l'Institut de France, Paris
O espaço, com capacidade para 350 pessoas, leva em conta fatores estéticos pretendidos pelo autor do projeto, o arquiteto francês Marc Barani, como claridade e transparência. Por conta disso, o vidro extra clear foi o material escolhido para revestir as fachadas.

Com baixo teor de ferro em sua composição, possui massa sem o tom esverdeado tradicional do float comum, permitindo maior passagem de luz natural para os interiores. Para garantir o controle da iluminação, cortinas são usadas nas paredes. O resultado garante uma estética diferenciada, misturando a luminosidade artificial com a vinda de fora. Assim, a eficiência energética do prédio é favorecida, tornando-o mais agradável para seus frequentadores.

Segurança em dobro

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O visitante também pode ficar tranquilo em relação à segurança e ao conforto acústico do auditório. A obra conta com uma estrutura complexa e moderna, já mostrada nas páginas de O Vidroplano em algumas construções recentes: as fachadas duplas. Literalmente, trata-se de duas paredes envidraçadas separadas por uma pequena distância. Como o espaço receberá apresentações artísticas de variados tipos, isso ajudará a isolar acusticamente o ambiente.

A processadora espanhola Tvitec usou PVBs estruturais Sentryglas, fabricados pela multinacional Kuraray, para oferecer a resistência necessária aos laminados, de mais de 5 m de altura, contra possíveis atos de vandalismo.

Especificação técnica
Vidros usados:
Fachada interna: laminados extra clear 10 + 12,2 mm de espessura, com duas camadas de PVB;
Fachada externa: laminados extra clear 15 + 15.2 mm de espessura, com duas camadas de SentryGlas (0,89 mm cada).
Processadora: Tvitec

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Resistência transparente

Conheça os detalhes sobre a aplicação do material em aquários, piscinas e pisos

Aquários, piscinas e pisos envidraçados são uma prova da força de nosso material. Ao ser instalado nessas construções, ele tem a função de resistir a pressões e cargas enormes, garantindo a solidez estrutural e oferecendo segurança aos usuários. Isso só é possível, no entanto, se forem usados os vidros indicados nas normas técnicas, além de se tomar os cuidados necessários na hora de calcular a espessura das peças e escolher os selantes.

Para esta reportagem, O Vidroplano conversou com processadoras, especialistas em projetos envidraçados e fornecedores de insumos para entender como deve ser feito o trabalho com essas estruturas.

O que as normas indicam?
A principal norma vidreira, a NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações, classifica alguns usos como instalações especiais, casos em que o material é submetido a grandes esforços de resistência. Entre elas estão os pisos, visores de piscina e aquários.

O único tipo de vidro que pode ser aplicado nesses casos é o laminado, formado por duas ou mais lâminas fortemente interligadas por uma ou mais camadas intermediárias (interlayer). Em caso de quebra, seus cacos permanecem presos a essa camada, impedindo a abertura do vão, reduzindo o risco de acidentes e ferimentos e mantendo a área fechada e segura até que a substituição da peça seja realizada.

 

Visão subaquática
Projeto: piscina em Santos (SP)
Na cidade do litoral paulista, a Vidrosistemas projetou um visor de piscina feito de temperado laminado, com espessura total de 40 mm. O vidro utilizado foi o extra clear, para garantir visão total da água para quem está fora.

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Cálculo correto
“O cálculo é um dos pontos-chave para essas aplicações”, explica Angelo Arruda, diretor técnico da processadora Vidrosistemas. “Ele deve ser feito com ferramentas de dimensionamento estrutural adequadas, como os chamados softwares de elementos finitos, sistemas que simulam como um produto reage às forças do mundo real.”

“A NBR 7199 não considera uma fórmula de cálculo para essa aplicação. Por isso, é preciso contar com profissionais especializados, como consultores independentes ou com o apoio dos fornecedores”, comenta Rebeca Andrade, especificadora técnica da beneficiadora PKO do Brasil, uma das empresas que oferecem suporte técnico para o cálculo.

A Cebrace tem uma ferramenta online gratuita, bastante usada por nosso setor para isso, que tem versões para pisos (no link bit.ly/CálculoPiso) e visores de piscina (bit.ly/CálculoVisor).

 

Visibilidade com segurança

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Projeto: Aquário de Belo Horizonte
A Avec Design foi responsável pela obra, inaugurada em 2010, para a qual desenvolveu 42 visores de temperados laminados triplos, em duas espessuras diferentes (33 e 39 mm), cada uma para situações específicas de pressão da água. Um dos segredos do projeto está nos interlayers. Escolheu-se o SentryGlas Plus, da Kuraray, que permitiu redução da espessura dos conjuntos e, consequentemente, do peso deles, viabilizando os processos industriais e logísticos. Para efeito de comparação: se tivesse sido aplicado PVB comum, seriam necessárias cinco camadas de vidro (50 mm no total) para obter o mesmo desempenho estrutural. O material foi temperado pela Cyberglass e laminado pela Terra de Santa Cruz.

 

O papel do selante

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A escolha do produto dependerá de sua finalidade:

– Vedar o sistema de envidraçamento;
– Executar uma função estrutural.

“Em pisos, o projeto das juntas está mais ligado ao seu dimensionamento e ao modo como os corpos de apoio são compostos, pois a questão tátil é muito relevante”, analisa o arquiteto Felipe Aceto Ferraz, diretor técnico operacional da Avec Design. “Já em situação de juntas submersas, a durabilidade e a garantia do fornecedor nessas condições ganham importância superior”.

Vale lembrar que existem produtos específicos para o contato com água. “Além de vazamentos, o selante mal-especificado e mal-aplicado pode gerar delaminação do vidro”, aponta Angelo Arruda, da Vidrosistemas.

Pelo fato de essas estruturas contarem com laminados, é importante ressaltar que o tipo de selante escolhido influencia na estabilidade do conjunto. “Os produtos de cura neutra minimizam o risco de interação com o PVB, embora os testes de compatibilidade antes da aplicação sejam sempre recomendados”, explica Daniel Domingos, gerente de Contas para a América Latina da Eastman.

 

Transparência elevada
Projeto: Sundial Bridge (Redding, Estados Unidos)
Localizada no Turtle Bay Exploration Park, na cidade americana de Redding, estado da Califórnia, a ponte é obra do renomado arquiteto espanhol Santiago Calatrava — o mesmo responsável por criar as formas do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. A estrutura recebeu piso de laminados triplos (10+10+10 mm) com PVBs Vanceva, da Eastman, incolores e na cor branca. À noite, luzes especiais iluminam os vidros. Quem processou o vidro foi a empresa Oldclastle Glass.

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Dicas para especificar pisos
– Distribuição das cargas: um espaço destinado à exposição de objetos pesados, como automóveis e mobiliários, é diferente de um para a passagem de pessoas. Por isso, é preciso checar de antemão as cargas que o piso suportará. Eventualidades, como a queda de um objeto pesado ou a pressão do vento também devem ser consideradas;

– Tipos de apoio: a NBR 7199 diz o seguinte sobre o assunto:
* O apoio nas bordas precisa ser de uma vez e meia a espessura total do nosso material;
* Utilizar calços de fundo e laterais, de forma que o vidro não toque diretamente na estrutura que o sustenta.

– Dimensões e fixação: é necessário saber o tamanho das peças e o número de lados de cada uma a serem fixados;

– Aderência: em alguns casos, podem ser aplicados vidros impressos ou películas antiderrapantes para que o piso não fique escorregadio.

Toyota TBN showroom, Bangkok, Thailand 16

Dicas para especificar piscinas e aquários
– Posição da peça em relação ao nível da água: isso vai definir o tipo de pressão a que o vidro estará submetido. José Carlos Alcon, consultor-sênior da Kuraray, explica: “A pressão da água exercida não é linear, diferente da do vento, que se distribui igualmente por todo o painel. Conforme aumenta a profundidade, maior a pressão”. Por isso, um aquário de zoológico não pode ser calculado da mesma maneira que uma piscina, por exemplo;

– Dimensões e fixação: é necessário saber o tamanho das peças e o número de lados de cada uma a serem fixados;

– Empenamento: mesmo suportando a pressão da água, nosso material pode sofrer com o empenamento, principalmente quando suas bordas superiores estão livres de apoio. Dessa forma, como alerta Alcon, o ideal é seguir a regra da redundância: “Em um exemplo genérico, se a aplicação de dois vidros é indicada para um projeto, você adiciona o terceiro para diminuir a deflexão das chapas”.

Piscina sul terrazzo

Como manter as estruturas bem-cuidadas?
Como aponta o gerente de Projetos da beneficiadora Divinal Vidros, Leandro Gonçalves Pedroso, um plano de manutenção periódica é essencial para essas construções. Deve-se seguir algumas recomendações básicas:

– Checagem das juntas de vedação, para ver se não existe infiltração, no caso das piscinas e aquários;

– Checagem das estruturas de ancoragem, para ver se a estrutura segue oferecendo segurança, no caso dos pisos;

– Limpeza, conforme padrão estabelecido pelo fabricante do produto. Água e sabão neutro são os produtos mais indicados.

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.