4.0 na prática

Em maio do ano passado, a capa de O Vidroplano afirmava: “O futuro do setor vidreiro é digital”. A reportagem especial daquele mês falava sobre a Indústria 4.0, um dos principais assuntos de qualquer grande evento mundial do setor, como o fórum Glass Performance Days (GPD) e a feira Glasstec, mas ainda pouco discutido (e aplicado) no Brasil.

Por isso, a revista volta ao tema com o intuito de mostrar, na prática, os efeitos positivos dessa tecnologia na produção vidreira. Conversamos com processadoras estrangeiras que já usam maquinários 4.0 para entender como é o trabalho na era da “indústria digital”.

Aldeia global
No fim de 2018, a Glaston atingiu o número de cem têmperas e linhas de laminação (de 38 países diferentes) utilizando seus maquinários com base de dados integrada na nuvem. No total, já foram coletadas informações sobre mais de 1 milhão de carregamentos em fornos. Esses números mostram o real objetivo da Indústria 4.0: criar uma “comunidade industrial global” na qual todos os membros possam trocar experiências e se beneficiar mutuamente.

Em artigo para o Glastory, site de conteúdo vidreiro da Glaston, o gerente de Digitalização da empresa, Kai Knuutila, escreve: “Para esses processadores, quanto mais estão inseridos nesse conceito, mais podem aprender sobre fazer seus maquinários rodarem de forma inteligente, encontrando jeitos de aumentar a produtividade e a qualidade. Em resumo, conseguem tomar melhores decisões de negócios que levam a maior lucratividade”.

 

Relembrando: os conceitos básicos da Indústria 4.0
– Usa maquinários e sistemas conectados por soluções digitais;
– Isso permite a coleta, troca e rastreamento de dados, facilitando a gestão da produção (essa conexão é a definição do termo Internet das Coisas);
– Com isso, as empresas podem fazer a sintonia fina de seus processos, alcançando melhores resultados com a mesma quantidade de recursos, ou até menos;
– O controle das máquinas é online, sem entrada manual de dados e menor intervenção humana.

Industrial engineer manager using tablet control automation robo

Há demanda para o 4.0 no vidro brasileiro?
Como vimos na matéria Qual o segredo para a produtividade?, publicada no mês passado nas páginas de O Vidroplano, a baixa eficiência no processo produtivo é o calcanhar de aquiles de nossas empresas: deixamos de ganhar dinheiro — e, ainda por cima, gastamos mais do que o necessário — graças a gargalos na produção. É aqui que entra o conceito 4.0 para solucionar esses problemas.

Temos três pilares para sua implementação”, explica Osvaldo Lahoz Maia, gerente de Inovação e Tecnologia do Senai-SP: “A tecnologia, que está se tornando commodity, cada vez mais barata; o capital humano, parte essencial; e a mudança de pensamento de plataforma de negócio”.

 

Economia gigantesca
De acordo com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a estimativa anual de redução de custos industriais no Brasil, com a migração da indústria para o conceito 4.0, será de, no mínimo, R$ 73 bilhões/ano.

 

O que nossas empresas devem fazer?
Se o nível dos benefícios gerais da Indústria 4.0 (melhor produtividade, menos desperdício de recursos) será grande ou pequeno, vai depender das necessidades e da situação do parque fabril de cada processadora. “Assim como na medicina, não existe um único remédio e dose para todos os sintomas”, justifica Cláudio Henrique Goldbach, diretor da Associação Brasileira de Internet Industrial. “Os resultados em uma situação dificilmente podem ser replicados em outro cliente.” Por isso, analisar o assunto por meio de números exatos não é o caminho.

Os interessados em entrar no mundo 4.0 podem seguir quatro passos apontados pelo profissional:

1 — Mapear uma grande dor de cabeça que pareça ser possível de se resolver com uma tecnologia 4.0;
2 — Identificar um fornecedor/provedor/startup/parceiro ágil que possa fazer um piloto, uma prova de conceito que traga um rápido ganho;
3 — Aumentar a robustez da solução a fim de maximizar esses ganhos;
4 — Recomeçar o ciclo.

brasil-NOVA

Goldbach também é CEO da Termica Solutions, empresa com experiência na área térmica industrial que desenvolve sistemas para a “digitalização” de equipamentos como fornos, estufas e aquecedores, fazendo-os interagir com pessoas e outras máquinas inteligentes. Em nosso setor, a companhia “digitalizou” um forno contínuo de têmpera há quinze meses em empresa localizada no Estado de São Paulo. Assim, foi possível obter dados para maximizar a produção, reduzindo as quebras. “Esse é só o primeiro passo de uma longa jornada digital. Nosso objetivo é chegar a um sistema térmico autônomo, em que o equipamento reconheça a carga e se ajuste ao melhor processo térmico possível, baseado no aprendizado do histórico da produção”, explica Goldbach.

Sobre o último ponto, Maia dá o seguinte exemplo: uma empresa que vende turbina, hoje, na verdade vende horas voadas. Outra que comercializa pneus entrega quilômetros rodados. Ou seja: deve-se olhar para além do produto fabricado no que ele representa para o cliente. “É possível implementar soluções de manufatura enxuta nas pequenas empresas, conseguindo aumentar, em média, 30% da produtividade. Esse é um bom caminho para as companhias, pois começam a organizar seus sistemas produtivos com baixo custo. Assim, os empresários vão entender o mundo da Indústria 4.0 a partir de soluções mais simples”, analisa.

Europa, América do Norte e Ásia são os líderes mundiais em relação ao uso desses conceitos. No entanto, para países menos desenvolvidos, como o Brasil e outros da América do Sul, isso também é algo viável. Um exemplo é a Tecnoglass, da Colômbia, que irá digitalizar sua fábrica até o fim deste ano, usando soluções da Bottero. A fabricante italiana de maquinários, aliás, possui equipamentos com realidade aumentada : alguns processos e manutenções podem ser geridos ao se apontar a câmera de um tablet para a máquina. É nesse tipo de tecnologia que o setor vidreiro deverá começar a apostar, para assim não ficar para trás frente à concorrência global.

 

ESTUDOS DE CASO
A seguir, veja dois exemplos de benefícios reais que as processadoras podem conseguir ao entrar no mundo digital.

Empresa:
Glas Gasperlmair (Wagrain, Áustria)
Fornecedora da tecnologia: Lisec
A processadora utiliza softwares de capacidade de planejamento e monitoração da produção. O projeto, desde a instalação, passando por acompanhamento e sintonia fina dos processos, durou menos de dois anos.
Novos parâmetros produtivos — Ao lado de um sistema de código de barras para rastreamento dos produtos, os sistemas oferecem maior eficiência: antes de sua instalação, eram feitas cerca de 7 mil peças por dia; após, 11 mil, um salto de mais de 50%.
Menor desperdício de recursos — Mesmo fabricando mais vidro, a produção tornou-se mais tranquila. O nível de descarte (peças quebradas ou de qualidade abaixo do padrão) passou de 2,6% para 1,4%, significando menos dinheiro gasto com matéria-prima, energia elétrica e mão de obra fazendo retrabalho.
Eficiência na entrega — A empresa agora consegue atender 99,6% dos pedidos no prazo.
Segurança no trabalho — Até mesmo o índice de acidentes foi afetado positivamente, caindo cerca de 90%.

case_gasperlmair

Empresa:
TAV — Tout L’Art Du Verre (comuna de Treize Septiers, em Nantes, França)
Fornecedora da tecnologia: Intermac
Construída recentemente, a planta dessa processadora francesa foi pensada desde o início do projeto para reunir soluções 4.0 em todos os seus processos.
Como é sua produção e quais os benefícios alcançados:
Maquinários conectados — O layout está totalmente integrado:
Classificador dinâmico para alimentação das máquinas => mesas de corte (para float e laminados) => lapidadora bilateral => CNC horizontal conectado a um robô antropomórfico = > CNC vertical com carregador automático. Isso traz benefícios em três frentes diferentes:
* Elimina o tempo perdido transferindo as peças de vidro de uma máquina para outra;
* Acaba com o uso de carrinhos para o transporte de vidro dentro da fábrica;
* Minimiza o manuseio do vidro por funcionários.

caseTAV

Ferramentas para simulação de processos e produtos — Esses softwares permitem estudar formas para ganhar produtividade antes de aplicá-las na prática, evitando situações de “tentativa e erro” que podem gerar perda de insumos.
Rastreabilidade preventiva — Garante maior controle em relação à qualidade do vidro, incluindo propriedades físicas e ópticas.
Flexibilidade produtiva — Graças a esses sistemas, é possível saber quanto tempo um pedido levará para ficar pronto, ao mesmo tempo que se otimiza esse prazo para atender demandas urgentes. Além disso, permite mudar o foco da produção rapidamente, sem perder tempo com configuração de setups para novos tipos de vidro a serem beneficiados.

Este texto foi originalmente publicado na edição 555 (março de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Processador, o setor vidreiro conta com você

A Abravidro já começou a preparar a edição deste ano do Panorama Abravidro, o único estudo econômico sobre a produção do setor vidreiro nacional. Publicado anualmente desde 2012, o documento é feito com base nas informações fornecidas pelos processadores de todo o País e é de grande importância para a tomada de decisões estratégicas de todo o mercado.

Com isso, é fundamental que os beneficiadores participem da pesquisa para a elaboração do documento. Além de ajudar os tomadores de decisão nas empresas e os especialistas do vidro plano no Brasil e exterior a conhecerem a situação do segmento, esses dados permitem fazer demandas ao governo em prol de toda a cadeia.

Vale destacar que o Panorama Abravidro é conhecido pela confidencialidade dos dados e pela presença de economistas renomados na avaliação das informações.

Sigilo absoluto
– O questionário para a pesquisa está na plataforma online para coleta de dados Survey Monkey. As perguntas podem ser acessadas pelo link pt.surveymonkey.com/r/PanoramaAbravidro
– A análise é feita pelos economistas Sérgio Goldbaum e Euclides Pedrozo, da GPM Consultoria — são os mesmos profissionais responsáveis pelas edições anteriores do estudo. Eles contam com um e-mail exclusivo para esclarecer dúvidas dos participantes: panoramaabravidro@gmail.com.
– As informações individuais de cada empresa não passam por qualquer funcionário ou diretor da Abravidro. Somente a GPM Consultoria tem acesso ao conteúdo enviado pela plataforma Survey Monkey e ao e-mail acima.
– Os profissionais da GPM Consultoria envolvidos na elaboração do estudo assinaram um termo de confidencialidade, registrado em cartório, assumindo que apenas os números consolidados e agregados são tornados públicos, sem distinguir uma empresa da outra.

Por que participar?
Referência para tomada de decisões
Com base nos dados recebidos para o Panorama Abravidro, todos os números essenciais do mercado são apresentados, como o consumo de vidros planos, a capacidade nominal produtiva, a produtividade da indústria, o faturamento de vidros processados e o número de profissionais empregados no mercado de transformação. Dessa forma, os processadores e demais empresas envolvidos com o segmento podem definir suas ações para o ano. E, quanto mais empresas participarem, mais precisos serão os dados presentes na publicação.

Conquista de melhorias para todo o setor
As informações do Panorama Abravidro são usadas pela Abravidro para entender quais os principais problemas do setor e as medidas necessárias para resolvê-los. Para que a associação possa pleitear com o governo melhorias para o mercado, ela precisa apresentar dados sólidos, o que reforça o aspecto essencial da pesquisa. Um exemplo disso pôde ser visto em 2012: com a primeira edição do estudo em mãos, representantes da Abravidro foram a Brasília solicitar uma redução do Imposto sobre produtos industrializados (IPI) dos vidros processados. Na mesma ocasião, a entidade também viu a oportunidade de pleitear a desoneração da folha de pagamentos para o setor, que acabou sendo aplicada pelo governo.

Este texto foi originalmente publicado na edição 555 (março de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Competitividade nas pequenas empresas

Escrito por Julio Cesar Santos

Você conhece os seus concorrentes? Eles são, muitas vezes, algo mais conceitual que a empresa do seu bairro que vende os mesmos produtos. Por exemplo, qual a concorrência de um piloto de Fórmula 1? Os demais membros do grid de largada ou o cronômetro?

No mundo moderno, em que a competitividade é abundante, faz-se necessário que os pequenos empresários identifiquem os verdadeiros adversários no mercado.

A importância de olhar para si mesmo
A maior adversária de uma organização talvez seja ela mesma, graças a erros na execução de pedidos e não cumprimento de prazos. Os concorrentes, ao contrário, mais ajudam que atrapalham, pois são os responsáveis por forçar as empresas a inovar e a crescer.

O fator cliente
Na economia moderna, o cliente é o rei. Por isso, é possível afirmar que os consumidores apaixonados ou rancorosos são oponentes das empresas, pois podem construir ou destruir a imagem delas e de seus produtos. Sendo assim, com a competitividade avassaladora entre as organizações (sejam de pequeno, médio ou grande porte), mais do que nunca é necessário apostar no associativismo, para que empresas busquem juntas benefícios para seu setor.

Competição globalizada
Numa economia globalizada, na qual o mundo empresarial está baseado na inovação constante, os adversários são inusitados. As telecomunicações concorrem com as passagens aéreas, a televisão com o varejo e os computadores com os despachantes. Portanto, deve-se ficar atento a outros setores que podem roubar seus clientes.

Em resumo, hoje vivenciamos o momento da “gestão compartilhada” entre aqueles que antes eram inimigos nos negócios. O melhor exemplo disso são as redes de compras formadas por pequenos supermercados, farmácias ou padarias. Diante disso, empresários precisam entender que é preciso se unir a fim de poder competir com o mundo todo — esse, sim, o maior concorrente de qualquer negócio.

Julio-Cesar-S-SantosJulio Cesar Santos
Possui MBA em marketing no mercado globalizado e complementação pedagógica, é consultor, palestrante, articulista e escritor de livros sobre gestão, como Estratégia: o jogo nas empresas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 555 (março de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Em compasso de espera

Março já está chegando ao fim e os números da economia brasileira seguem aquém do esperado. Dados divulgados na segunda quinzena do mês mostram que a atividade econômica começou o ano em queda, reforçando outros resultados que mostravam que não só a construção civil caminha com resultados ruins neste começo de ano.

As expectativas positivas para o ano vão aos poucos se dissipando e as incertezas ganham espaço no horizonte. Quando direcionamos o olhar especificamente para o nosso setor, a situação não é muito diferente. A oferta de matéria-prima parece estabilizada e a demanda ainda é insuficiente para movimentar o mercado. Para completar o cenário, temos tido aumento no volume de vidros importados e estamos a poucos dias do início da operação do segundo forno da AGC, que irá somar ao menos 20 mil toneladas de vidro ao mês à capacidade instalada do mercado brasileiro.

Esses foram alguns dos assuntos tratados pela diretoria da Abravidro com os executivos das usinas de base em assembleia realizada na entidade no mês de março. As impressões gerais, de parte dos dois elos da cadeia, são de que o governo federal precisa avançar em sua agenda de reformas para dar ao mercado a segurança necessária para a retomada dos investimentos. A preocupação com as empresas que atuam na informalidade e os prejuízos que trazem ao segmento vidreiro também estiveram na pauta da reunião e são um assunto permanente na agenda de trabalho da associação.

E enquanto aguardamos o desenrolar de 2019, já iniciamos a coleta de dados para o Panorama Abravidro, único estudo econômico de nosso setor. Iniciado em 2012, o levantamento, retrato do mercado vidreiro nacional, permite-nos acompanhar os principais números da indústria de transformação de vidros planos no Brasil: faturamento, consumo, preço médio, mão de obra empregada e produtividade, além da balança comercial. A pesquisa traz ainda um termômetro em relação ao ano vigente, para mensurar expectativa de faturamento, geração de empregos, intenção de investimento e grau de endividamento. Os dados são tratados de forma confidencial pela consultoria contratada e são fundamentais para quem atua em nosso setor. Conto com a sua participação!

domingosJosé Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 555 (março de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Sempre ao seu lado

Em março de 2018, a Abravidro lançava a campanha #TamoJuntoVidraceiro. A iniciativa foi desenvolvida com dois grandes objetivos: orientar os processadores sobre as boas práticas que devem ser adotadas com os vidraceiros quanto a questões como atendimento, política comercial e orientações técnicas; e informar, e também incentivar, esses dois elos da cadeia no cumprimento das normas técnicas para o trabalho com o vidro.

Um ano depois, a ação vem tendo boa receptividade não só por vidraçarias e processadoras, mas também pelas usinas de base e entidades ligadas ao setor. Foi, inclusive, o destaque do estande da Abravidro na edição do ano passado da feira Glass South America, a maior do setor vidreiro da América Latina.

Por isso, confira a seguir alguns exemplos de como a campanha atingiu diversos nichos da nossa cadeia ao longo dos últimos doze meses.

basaltovidros

Levando o conhecimento adiante
Este mês, a Têmpera Basalto Vidros, de Maringá (PR), usou seu perfil no Instagram para mostrar a seus seguidores a tabela Que vidro usar?, um dos materiais da campanha. “Temos fornecido, principalmente por meio das redes sociais e aplicativos de comunicação, conteúdos de apoio como os oferecidos pela iniciativa”, conta Anderson de Oliveira Silva, gerente-comercial e de Marketing da processadora.

Jaime de Paula Peicher, diretor da Têmpera Basalto Vidros e presidente da Adivipar-PR, considera que o #TamoJuntoVidraceiro traz conteúdos indispensáveis para a qualificação do setor: “A informação e o conhecimento são a chave para o real desenvolvimento frente às dificuldades de retomada de crescimento. Nesse sentido, a ação é de grande ajuda, pois tem uma linguagem simplificada que consegue atingir todos os envolvidos no segmento, desde os responsáveis pelo processamento até os instaladores”.

vidrosbelem

Recepcionando os consumidores
A Vidros Belem, na cidade do Rio de Janeiro, tem uma versão grande da tabela Que vidro usar? afixada bem na entrada da empresa. “Esse é um trabalho que precisa ser bastante divulgado. Com a tabela, nossos clientes já conferem logo no atendimento qual é o vidro certo para a aplicação de que precisam”, comenta Antonio Skardanas, sócio-diretor da empresa e presidente do Sincavidro-RJ. Ele acrescenta que também já distribuiu os materiais da campanha para seus consumidores. Dessa forma, eles conseguem falar com arquitetos e outros especificadores tendo em mãos as informações necessárias para garantir não a escolha mais fácil, mas sim a correta.

Além das fronteiras do vidro
Quem também se interessou pela campanha foi a engenheira Fabíola Rago Beltrame, diretora do Instituto Beltrame de Qualidade, Pesquisa e Certificação (Ibelq): após ter contato com os materiais na sede da Abravidro, ela pretende utilizá-los nas apresentações do Ibelq e nas aulas na universidade em que leciona. “Informar sobre qual o tipo de vidro ideal para cada aplicação é o começo para a conscientização da escolha correta da esquadria e dos fechamentos dos vãos. Por isso, é muito importante que a campanha atinja a todos — estudantes, técnicos, arquitetos, engenheiros, construtores, projetistas, decoradores, universidades, corretores de imóveis e consumidor final. Só tenho a parabenizar a Abravidro por essa ação”, afirma.

De um elo a outro
“Quando tive o primeiro contato com o #TamoJuntoVidraceiro, achei que veio atender uma das principais demandas do nosso setor vidreiro: capacitar e colaborar para o mercado de uma forma didática e interessante”, explica Luciana Teixeira, coordenadora da Rede Habitat, da Cebrace. É por isso que a usina vidreira faz uso dos materiais da campanha como consulta nas palestras concedidas a vidraceiros e também em casos de dúvidas de alguns funcionários.

Segundo Luciana, a Cebrace acredita que, quanto mais a informação circular, de forma que seja “palatável” por todos, maior é a colaboração para o desenvolvimento do setor vidreiro no Brasil.

Os outros materiais da campanha
Site
O Portal Abravidro tem uma área dedicada às informações do #TamoJuntoVidraceiro.
Cartilha Aplicação do vidro na construção civil
Apresenta dados sobre os principais tipos de vidro e suas aplicações, conforme a norma NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações.
Boas práticas para processadores de vidros
Em formato de cartaz, para ser impresso e afixado na área de atendimento das processadoras, esse material indica as boas práticas que devem ser mantidas pelas empresas no relacionamento com os vidraceiros.

Este texto foi originalmente publicado na edição 555 (março de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Trabalho sob controle

O objetivo do trabalho de todo vidraceiro é entregar a obra ao cliente com “chave de ouro”. Ou seja, oferecendo qualidade impecável, dentro do prazo e atendendo as expectativas do usuário. Para que isso seja possível, não basta ter bons profissionais e aplicar os vidros corretamente segundo as normas técnicas: a fórmula para o sucesso começa ainda no planejamento dos pedidos.

Sua empresa está preparada para garantir a organização das etapas de trabalho e, com isso, satisfazer o consumidor? Nas próximas páginas, O Vidroplano apresenta algumas dicas para ajudar você a ter um funcionamento natural e sem sustos.

Ordem para o progresso
Para Leandro Venske, sócio-administrador da Alumiville Alumínios, de Araquari (SC), toda etapa da produção precisa ser devidamente planejada, desde um simples orçamento até uma instalação. “Quanto melhor for desenhado, melhor o resultado, seja para os colaboradores que ali trabalham, para o proprietário ou para o cliente”, avalia.

A organização do funcionamento de uma vidraçaria depende de uma comunicação interna bem-estruturada. Esse é um dos pontos priorizados no trabalho da A Confiança Vidros de Segurança, de Juiz de Fora (MG). “Temos uma agenda compartilhada entre toda a equipe, possibilitando o estudo de cada instalação e suas particularidades, além de facilitar a separação do material”, comenta José César Salomão Colucci, proprietário e gerente da empresa.

Antes de dar início às atividades, vale a pena checar todos os elementos necessários para a realização. “Fazemos checklist em todos os setores, do administrativo às áreas de vendas e de instalação”, informa Janaína Dassi, gestora-administrativa da NatuVidros, de Itapetininga (SP). “Um dia antes do trabalho, um responsável separa e confere tudo que cada dupla vai levar e, no dia seguinte, cada dupla recebe sua ordem de serviço listando tudo que precisa ser usado naquela determinada obra. Antes de sair, os profissionais conferem novamente se tudo está ‘OK’”

Uma técnica para organizar um projeto sugerida por Enio Pinto, gerente de Relacionamento com o Cliente e especialista em empreendedorismo do Sebrae, é a 5W2H, na qual cada letra diz respeito a um termo em inglês:

What: o que precisa ser feito;
Who: quem vai fazer o que precisa ser feito;
Why: por que precisa ser feito;
When: quando (ou até quando) precisa ser feito;
Where: onde precisa ser feito;
How: como deve ser feito;
How much: quanto vai custar.

“Pequenos empreendimentos, utilizando essa técnica, conseguem elaborar um planejamento bastante pragmático e objetivo para nortear o processo”, explica.

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Tudo começa com uma ideia
Qualquer tipo de empreendimento precisa que o empresário prepare-se para fazer o negócio andar. Segundo Enio Pinto, do Sebrae, um dos maiores erros nesse momento é a dificuldade no estabelecimento de objetivos — se eles não estão bem-definidos, fica complicado nortear qual a situação desejada e o que é preciso fazer para alcançá-la. Enio sugere dividir o termo “metas” em cinco qualidades para serem analisadas — como se fossem um acróstico (composição feita quase sempre a partir das letras iniciais de uma palavra):

Mensurável: você tem de conseguir medir para saber se foi atingida ou não;
Específica: tem de ser clara, estar bem-definida;
Temporal: é preciso determinar um prazo limite para ser realizada;
Alcançável: deve-se verificar se a vidraçaria é capaz de cumpri-la;
Significado: tem de ter um grande sentido para sua organização.

No momento em que sua vidraçaria tiver uma meta com essas cinco características, torna-se muito mais simples definir um planejamento que garanta a mudança da situação atual para a pretendida.

Preparado para imprevistos
Um bom plano de ações é fundamental para um trabalho de qualidade, mas só ele não é suficiente: ao colocá-lo em prática, o controle do andamento do projeto necessita de atenção essencial. “As atividades precisam ser acompanhadas e monitoradas sistematicamente, pois existem mudanças de contextos que precisam ser consideradas”, aponta Enio Pinto, do Sebrae. “Antes do computador, eu falava que as coisas tinham de ser feitas a lápis, porque você precisa estar constantemente apagando e refazendo para atingir a meta.”

Além de verificar a necessidade de mudanças no processo, o vidraceiro também deve checar constantemente o cronograma para a entrega da obra. Se as etapas são alcançadas dentro dele, é sinal de que a equipe está no caminho certo. Caso contrário, cabe identificar o que está atrasando o trabalho e definir a melhor forma para solucionar o problema.

Para ajudar no controle de suas atividades, a A Confiança Vidros de Segurança usa um aplicativo comercial que possibilita o acompanhamento do serviço que está sendo prestado e, se o cliente for antigo, do que já foi feito. “Essa ferramenta nos permite atualizar e gerar ordens de serviço que acompanhamos até a finalização da obra. Também solicitamos fotos das instalações acabadas para controle e estudo de novos projetos”, conta César Colucci.

De forma semelhante, a NatuVidros faz uso de relatórios gerados por um software de gestão da empresa para a elaboração de projetos, orçamentos, atendimento ao cliente, compra de material, instalação e até pós-venda, enquanto as atividades da Alumiville Alumínios são apoiadas em planilhas de controles financeiro, levantamento de custos e controle de prazos de entrega.

Investindo na qualidade do negócio
A qualificação do vidraceiro faz toda diferença para garantir uma estruturação eficiente dos seus trabalhos. Mas engana-se quem pensa que fazer um curso vai torná-lo preparado pelo resto da vida: a capacitação deve ser encarada como um processo constante. “Acredito que, tanto na região em que atuamos como no resto do País, o que precisamos é de educação”, avalia Leandro Venske, da Alumiville Alumínios. “Acesso à informação todos temos. Porém, poucos fazem uso dela por não entender que seja tão importante conhecer quais regulamentos regem uma empresa que trabalha com vidros e esquadrias e a que riscos o vidraceiro expõe a si mesmo, aos colegas de trabalho e aos clientes.”

Janaína Dassi, da NatuVidros, concorda: “Nunca saberemos o suficiente. Por isso, buscamos sempre aprender algo novo todos os dias e investimos constantemente em treinamentos. Também adquirimos dois softwares que nos auxiliam principalmente na administração dos processos, desde o primeiro contato com o cliente até a entrega final e pós-venda da obra”.

Considerando a formação de profissionais e a adoção de softwares e ferramentas de apoio no planejamento e no controle das atividades, de quanto capital uma vidraçaria pequena precisa para dar conta desses investimentos? Enio Pinto, do Sebrae, responde: “É muito difícil estabelecer um valor em relação a isso, pois vai depender do porte dela e do perfil do empreendedor, entre outros fatores. Costumo dizer que o capital fica em segundo plano se você tem uma boa ideia de negócio. Hoje, o mercado tem muito mais empresas com recursos para investir num bom empreendimento como um sócio ou investidor do que de fato empreendedores com bons modelos de negócio. Desenvolvendo isso, o capital virá naturalmente.”

As vidraçarias que conseguem trabalhar dessa forma, priorizando a organização e o controle de suas atividades, conseguem fornecer um trabalho com excelência aos seus clientes e prosperar. César Colucci, da A Confiança Vidros de Segurança, bem define: “O funcionamento prazeroso de um negócio só é atingido quando somos capazes de determinar planos inteligentes e factíveis”.

Man giving presentation in lecture hall at university.

Ao fazer negócios, não se esqueça!
O Vidroplano perguntou às vidraçarias consultadas para a reportagem quais são as boas práticas essenciais para garantir a entrega da obra com chave de ouro ao seu cliente, desde o fechamento do pedido até a finalização do serviço. Estes foram os pontos destacados:

– Tratar cada cliente como único, dando atenção às suas especificidades;
– Ter clareza do que está sendo negociado, sem deixar espaço para dúvidas;
– Fazer orçamento com uma margem adequada;
– Criar parceria com bons fornecedores que tenham o mesmo respeito e comprometimento;
– Checar o pedido antes de enviá-lo para a processadora e conferir o material recebido;
– Preparar o cliente para receber a equipe de instalação;
– Ser pontual tanto ao chegar à obra como ao entregá-la;
– Garantir qualidade e segurança na instalação;
– Oferecer pós-venda ágil e com toda a documentação pertinente.

Este texto foi originalmente publicado na edição 555 (março de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conhecimento técnico é no GPD 2019

A cidade finlandesa de Tampere será mais uma vez a capital mundial do conhecimento vidreiro. De 26 a 28 de junho, a edição 2019 do Glass Performance Days (GPD), o mais conceituado congresso de nosso setor, promete reunir profissionais de toda a cadeia para debater as tecnologias usadas pelo mercado, técnicas de processamento mais eficazes e novos tipos de instalação. Quem está interessado na vanguarda do vidro deve fazer da Finlândia a sua estadia daqui a poucos meses.

Conteúdo único

Como em todas as edições, a programação do GPD este ano será massiva: quase 180 apresentações técnicas e mais de 150 palestrantes (a lista completa está em bit.ly/GPD_palestras). Isso sem falar nos mais de quinze workshops (veja mais a seguir) e o Step Change, programa dedicado a startups voltadas para o setor, com foco na divulgação de projetos inovadores.

Para conferir todo esse conteúdo, a Glaston, organizadora do encontro, espera número recorde de participantes brasileiros e da América do Sul: mais de vinte profissionais. Para ajudar nisso, o braço nacional da companhia preparou uma surpresa para os brasileiros interessados — saiba o que é no campo “Como se inscrever”.

Workshops: aprendizado na prática

Como já se tornou tradição no congresso, as oficinas a respeito de técnicas e campos específicos da indústria (como processamento, têmpera, insulados, fachadas e energia fotovoltaica, por exemplo) começam no dia 25, antes mesmo do início oficial do evento. Cada workshop tem de quatro a oito horas de duração, reunindo grupos pequenos, de cinco a no máximo vinte pessoas. A participação neles deve ser confirmada no momento da inscrição para o fórum.

Como se inscrever

hands of business person working on computer

Brasileiros com interesse em visitar o GPD, atenção: quem entrar em contato com a Glaston até o fim de março ganhará a inscrição gratuita para o evento. Para mais informações, fale com Carolina Toffoli pelo e-mail carolina.toffoli@glaston.net ou telefone (11) 4061-6511.

Para aqueles que não conseguirem, o processo para se cadastrar é simples. Basta acessar o link bit.ly/GPD_2019 e preencher as informações solicitadas (importante: o site oficial do evento está em inglês). O valor*, em euros, muda conforme a data em que for realizada:

– Até 30 de abril: € 950

– A partir de 1º de maio: € 1.250

*devem ser inclusos nos valores acima o imposto VAT (Value Added Tax), de 24%, e uma taxa de serviço de € 35.

O cadastramento inclui:

– Acesso a todas as sessões de palestras e exposições

– Bolsa e material de conferência

– Almoço e café durante os dias de conferência

– Acesso à feira Glass Expo

– Acesso às festas Get Together e de encerramento (com exceção do jantar Conference Dinner, que tem cobrança de taxa adicional)

– Traslado para o pavilhão de conferências e eventos noturnos

Obs.: inscrições como grupo geram descontos especiais. Contate os organizadores no e-mail gpd2019@tavicon.fi ou telefone +358-3-2330400 para mais informações.

Passagens aéreas

Quem viajar para o GPD terá de fazer escala em outra cidade europeia: não há voo direto para a Finlândia. Em cotação feita no dia 15 de março, os voos mais baratos de ida e volta custavam R$ 5.336.

hotel reception, check-in desk office, hostel

Hospedagem

A organização do congresso tem parcerias com hotéis de Tampere para oferecer descontos aos visitantes. Vale salientar que o próprio participante deve contatar os empreendimentos da lista abaixo — a estadia neles inclui traslado para o pavilhão de conferências. Mais informações sobre como conseguir os preços especiais no link bit.ly/GPD_hotéis

Scandic Tampere Koskipuisto

Quarto simples: € 115

Quarto duplo: € 135

Holiday Inn Tampere Central Station

Quarto simples: € 119

Quarto duplo: € 139

Original Sokos Hotel Ilves

Quarto simples: € 117 a € 137

Quarto superior: € 137 a € 157

Original Sokos Hotel Villa

Quarto simples: € 117 a € 137

Quarto superior: € 127 a € 157

Solo Sokos Hotel Torni

Quarto simples: € 125 a € 145

Radisson Blu Grand Hotel Tammer

Quarto simples: € 125 a € 135

Quarto superior: € 155 a € 175

Lapland Hotels Tampere

Quarto simples: € 129 a € 144

Obs.: Todas as estadias incluem café da manhã. O valor do imposto VAT já está somado ao valor mostrado.

Este texto foi originalmente publicado na edição 555 (março de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Voe pagando menos

A Abravidro é parceira da Latam, a maior companhia aérea do Brasil. E quem se beneficia disso são os participantes do Simpovidro! Os inscritos na edição 2019 do maior encontro vidreiro da América Latina terão desconto exclusivo na compra das passagens aéreas. O evento será realizado este ano no Enotel Porto de Galinhas, em Ipojuca (PE), região considerada um paraíso natural brasileiro.

Desconto pra você!

Comprando pela Latam, sua passagem aérea terá desconto de:

– Até 18% nas tarifas comuns

– Até 5% nas tarifas promocionais

Como aproveitar o benefício

Os inscritos precisam adquirir seus bilhetes pelo site www.latam.com e inserir o código promocional E0ECH (numeral zero) no campo indicado, conforme a imagem abaixo.

Passagens_aéreas_latam

Para utilizar o benefício, fique atento às regras:

– Exclusivo para os participantes do 14º Simpovidro;

– Válido para embarques de 4 a 13 de novembro no trecho Brasil (qualquer cidade) — Recife — Brasil (qualquer cidade);

– Não se aplica a menores de doze anos e tarifas Mega Promo.

Onde fica o hotel?

O Enotel Porto de Galinhas está localizado a 60 km do Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife, de onde sairão todos os transfers para o evento. Importante: para a Abravidro providenciar os detalhes do transporte aeroporto–hotel–aeroporto, envie os dados dos seus voos para o e-mail logistica@simpovidro.com.br.

Inscreva-se, já!

Basta acessar o site www.simpovidro.com.br e se cadastrar!

Informações? Dúvidas? Entre em contato com a Central de Atendimento Simpovidro pelo telefone (11) 3873-9908.

Conheça o Enotel Porto de Galinhas!

Esse resort 5 estrelas está à beira das areias brancas de Porto de Galinhas, praia famosa pelas piscinas de águas claras e mornas, formadas entre os corais de sua costa. O espaço oferece estrutura de excelência aos hóspedes, incluindo:

– Sistema all inclusive (refeições, petiscos e bebidas à vontade durante todo o dia)

– 8 restaurantes — cinco temáticos (cozinhas portuguesa, regional, oriental, italiana e rodízio de pizzas) e um infantil

– 6 bares

– 3 mil m² de piscinas para crianças e adultos, incluindo rio lento

– Spa

– Quadras de tênis, futebol e vôlei

– Centro fitness

– Espaço para recreação infantil com monitores

Quer apoiar o 14º Simpovidro?

Entre em contato agora mesmo com a Abravidro pelo telefone (11) 3873-9908.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 555 (março de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Agenda dinâmica

Com o passar das semanas, mais e mais eventos vêm sendo anunciados para profissionais vidreiros em diversas partes do Brasil — e fora dele também! Enquanto esta edição de O Vidroplano era finalizada, as entidades regionais de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo realizavam suas atividades — na próxima edição, falaremos sobre cada uma delas. Por ora, saiba como foi o curso sobre gestão e marketing realizado na capital paulista e confira a agenda de eventos, incluindo a 14ª edição do Simpovidro (veja mais sobre o maior encontro do setor vidreiro no Brasil clicando aqui).

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Sincomavi-SP, em São Paulo

Teoria e prática na gestão e no marketing

O Sincomavi realizou, de 18 a 20 de fevereiro, o curso “Gestão e Marketing na Prática para Aumentar suas Vendas”. Vitor Peixoto, diretor da empresa Multipliko, responsável pelas aulas, abordou o uso de softwares em vendas e a elaboração do marketing na Internet com base em dados reais do programa de gestão.

Além do conteúdo conceitual, os participantes gostaram especialmente das atividades práticas realizadas no último dia do treinamento, elaboradas pelo docente para fixar o conhecimento adquirido nas aulas.

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Portas, vitrines e divisórias dentro da norma

Divulgar o que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) diz sobre o vidro sempre foi prioridade para a Abravidro — desde 1998, a associação sedia o Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37), responsável pelas normas técnicas para o nosso material. O cumprimento delas pelos profissionais é fundamental para que todo o trabalho seja executado de forma correta. Por isso, para facilitar o entendimento sobre as normas, esta nova seção de O Vidroplano trará explicações simples e diretas para os leitores. Para começar, abordamos um dos usos mais comuns envolvendo o material, que é sua aplicação em portas, divisórias e vitrines. Você sabe que tipos de vidro podem ser instalados nesses casos? Confira!

O que a norma diz?

De acordo com a NBR 7199 —Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações, os tipos de vidro permitidos para uso em portas, vitrines e divisórias dependem da altura em que serão instalados:

MG_5575

Abaixo de 1,10 m em relação ao piso

Apenas vidros de segurança são permitidos, independente do pavimento em que estejam instalados. Nesse caso, você pode usar o vidro

– Temperado;

– Laminado;

– Aramado;

– Insulado (composto com os vidros listados acima).

MG_9099

Acima de 1,10 m em relação ao piso

São permitidos os seguintes tipos

– Temperado;

– Laminado;

– Aramado;

Float;

– Impresso;

– Insulado (composto com os vidros listados acima).

Mas, cuidado: os vidros float e impresso só podem ser aplicados nesse caso se a peça for encaixilhada ou colada em todo o perímetro.

ATENÇÃO: caso não haja divisão na altura das portas, vitrines ou divisórias, a regra a ser seguida é a que for mais restritiva, ou seja, a instalação deverá ser toda composta com os vidros de segurança.

Como saber mais sobre as normas para vidros?

É só procurar a Abravidro:

Telefone: (11) 3873-9908 | cb37@abnt.org.br

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Espelho é arte

O centro cultural Farol Santander, no Edifício Altino Arantes, em São Paulo, recebe até 5 de maio a exposição multissensorial Além do Infinito. Lá, os visitantes podem ver a obra Up There, da artista Regina Silveira, e a instalação Beyond Infinity, do arquiteto francês Serge Salat, ambas com espelhos como destaque. A mostra funciona de terça-feira a sábado, das 9 às 20 h, e de domingo, das 9 às 19 h. Os ingressos custam R$ 20 e também dão acesso à programação completa do edifício paulistano, considerado um dos mais altos do País.

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Vem aí a norma sobre termoendurecidos

O termoendurecido, assim como o temperado, é um vidro tratado termicamente para adquirir resistência mecânica superior à do float comum — por volta de duas a duas vezes e meia maior, número variável de acordo com a espessura. Além disso, os dois tipos também precisam passar pelos processos de pré-processamento (corte, lapidação, furação, lavagem etc.) antes de irem ao forno.

No entanto, a semelhança acaba por aí. Diferente do temperado, o termoendurecido não pode ser considerado vidro de segurança, sendo normalmente utilizado na composição de laminados ou insulados. Por isso, o Comitê Brasileiros de Vidros Planos (ABNT/CB-37), órgão sediado na Abravidro e responsável pela confecção das normas vidreiras, trabalha na produção de um texto para criar parâmetros para esse produto, ainda pouco aplicado em nosso país.

Reuniões a todo vapor

Baseada no documento europeu EN 1863, publicado em 2011, a versão brasileira abordará as tolerâncias aceitáveis em relação às características físicas das peças, incluindo:

– Tolerâncias dimensionais;

– Empenamento local e total;

Edge kink (elevação de bordas), efeito típico de vidros termicamente tratados em fornos horizontais.

Outro assunto relevante que constará na norma é o ensaio de fragmentação. O temperado, quando quebrado, divide-se em pequenos pedaços arredondados e pouco cortantes, garantindo maior segurança para o usuário. O termoendurecido, por sua vez, tende a se fragmentar em pedaços maiores, mais parecidos com os do float, embora existam algumas características que determinam a qualidade do processo.

A comissão de estudos que cuida desse projeto estuda ainda incluir a questão dos defeitos visuais que podem surgir após o tratamento térmico, requisito não abordado pela norma EN.

Participe da próxima reunião!

No dia 10 de abril, das 16h às 18h, a sede da Abravidro, em São Paulo, receberá o próximo encontro da comissão. Se você não estiver na cidade, não tem problema: a participação remota pela Internet estará disponível.

– Envie um e-mail para cb37@abnt.org.br dizendo que tem interesse em fazer parte das reuniões;

– Você receberá um convite com um link para acesso à ferramenta para participação remota;

– Faça o download da ferramenta e certifique-se de que seu computador tenha câmera, microfone, caixas de som e Internet de banda larga de qualidade.

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Proteção contra a luz

Em fevereiro, a Eastman assinou um acordo de desenvolvimento e licenciamento com a empresa HPO USA, que desenvolve tecnologias para proteger a retina humana da chamada luz azul ou visível de alta energia (danosa para a visão). Com a parceria, a tecnologia de filtro seletivo de luz azul passará a ser incorporada aos filmes e interlayers fabricados pela Eastman para os setores automotivo, eletrônico e arquitetônico, somando-se aos benefícios que já eram oferecidos pelos seus produtos e trazendo uma camada adicional de proteção para os olhos e pele dos consumidores.

Este texto foi originalmente publicado na edição 555 (março de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Uma casa de vidro e concreto para a arte

Os museus não são mais os mesmos de antigamente. Os prédios mais recentes deixaram de ter a aparência clássica, marcada pela arquitetura dos séculos 18 e 19, e ganharam formas mais simples, porém não menos atraentes. Agora, são amplos, clean e até mesmo futuristas — como é o caso de um dos principais exemplos dessa estética no mundo, o Museu do Amanhã, erguido no Rio de Janeiro, capa de O Vidroplano em fevereiro de 2016.

O Norval Foundation é outro prédio a seguir esse conceito moderno de museu. Mais parecido com um galpão do que um espaço para abrigar obras de arte, usa materiais como vidro, concreto e granito com o intuito de se destacar a distância em meio às colinas da Constantiaberg Mountain, formação rochosa localizada na Cidade do Cabo, capital legislativa da África do Sul.

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Ficha técnica

Autora do projeto: dhk Architects

Local: Cidade do Cabo, África do Sul

Conclusão: abril de 2018

Suporte transparente

A grande fachada envidraçada é constituída de temperados laminados com função estrutural, ou seja: totalmente com nosso material, incluindo as colunas de sustentação — que também têm placas laminadas. As peças são fixadas umas às outras por ferragens do tipo spider.

A obra como um todo é um jogo de contradições: seu formato retangular, com paredes grossas, dá a sensação de enclausuramento, ao mesmo tempo que a fachada integra o edifício ao ambiente natural, formado por colinas, vinhedos e brejos. Para reforçar essa noção, as galerias e espaços de circulação são voltados para esse lado da obra.

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Conceitos elaborados

Criado pelo escritório sul-africano dhk Architects, o edifício tem duas finalidades: proteger o acervo e maximizar a visão que os visitantes têm das paisagens ao redor.

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Quem entra no museu será guiado por um restaurante e uma loja até chegar à recepção, que direciona para o átrio central, onde é possível acessar as diferentes salas de exposição. Um terraço corre por toda a extensão do prédio, conectando-o aos jardins — outra prova de que a integração é uma constante em cada pedaço do projeto. O espaço contém ainda um anfiteatro, escritórios, biblioteca, bar, playground para crianças e área para piquenique.

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Especificação técnica

Vidros usados nas fachadas: temperados laminados estruturais, fixados por sistema spider

Este texto foi originalmente publicado na edição 555 (março de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Informação e inspiração

Na edição deste mês, O Vidroplano volta a um tema que tem merecido grande atenção em nossas páginas: Indústria 4.0 e seu impacto no dia a dia das empresas. A nova revolução industrial promete ganhos de inteligência, tempo e produtividade, além de economia a quem utilizar seus recursos na sua produção. Desta vez, fomos em busca de casos de sucesso de uso dessa tecnologia na cadeia vidreira. Hoje, todos os fabricantes de equipamentos para processamento de vidro contam com soluções que prometem ganhos no processo produtivo. Entenda o que a Indústria 4.0 pode fazer pela sua empresa clicando aqui.

Se a tecnologia pode ser a grande aliada dos temperadores, o planejamento é o melhor amigo dos vidraceiros. Veja como o seu trabalho pode ter um resultado melhor com planos bem-definidos e um processo produtivo orientado para o bom atendimento clicando aqui.

E as normas técnicas, assunto de interesse de processadores e vidraceiros, passam a ser abordadas de forma detalhada na seção “Por dentro das normas”. A ideia é fazer um guia detalhado sobre os principais aspectos de normas que são essenciais para os profissionais do mercado vidreiro.

Falando em conhecimento, saiba tudo sobre o GPD 2019, principal evento científico do nosso setor, que será realizado em junho na cidade finlandesa de Tampere. Tem condição especial para quem buscar informações ainda em março, não perca essa oportunidade.

Outro evento de destaque no calendário deste ano é o Simpovidro. Já garantiu sua inscrição? Os participantes contam com condições especiais para a compra de passagens aéreas, veja clicando aqui.

Boa leitura!

Iara Bentes

Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 555 (março de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Miami dentro do escritório

As margens do rio Miami — localizado na metrópole famosa por ser destino de inúmeros turistas brasileiros — são espaços bastante valorizados: reúnem diversos arranha-céus, empreendimentos imobiliários caros e hotéis de luxo. Pois foi nesse local que a construtora GLF resolveu construir sua nova sede. A opção por utilizar vidro nas fachadas levou em conta a riqueza encontrada ao redor: nosso material ofereceu uma estética sofisticada e ainda permitiu a integração dos escritórios à bela vista do entorno, além de oferecer resistência aos ventos poderosos que frequentemente atingem a região.

Ficha técnica

Autora do projeto: Oppenheim Architecture

Local: Miami, Estados Unidos

Conclusão: segundo semestre de 2017

Peças de montar

O projeto consiste em um complexo multidisciplinar que inclui estúdios de trabalho, salas de conferência e lounges. Um dos focos do escritório Oppenheim Architecture era criar espaços comuns abertos, interligando os diferentes blocos, os quais poderiam ser aproveitados pelos usuários a qualquer momento.

Chad Oppenheim GLF Headquarters

E o termo “bloco” não é usado à toa: o prédio parece ser feito por grandes contêineres retangulares encaixados uns em cima dos outros. O efeito tridimensional causado, já que os quatro andares são assimétricos, confere um espírito arrojado e moderno ao empreendimento.

Beleza reforçada

Chad Oppenheim GLF Headquarters

A combinação entre vidro, aço e concreto das fachadas é responsável por um aspecto clean, dialogando com a estética das demais construções da região. Nosso material destaca-se por levar todo esse ambiente externo para dentro dos escritórios, permitindo aos funcionários da GLF estar em contato direto com luz solar a todo o momento.

Chad Oppenheim GLF Headquarters

No entanto, o vidro tem outra função bastante relevante. A Flórida, Estado americano em que Miami se localiza, é rota de tempestades de grande proporção — em outubro de 2018, por exemplo, o furação Michael trouxe à cidade ventos de até 250 km/h. Para oferecer a segurança necessária aos usuários e à estrutura como um todo, foram instaladas peças laminadas robustas, com 15 mm de espessura e 3,6 m de altura, resistentes a impactos e também a furacões.

Chad Oppenheim GLF Headquarters

Especificação técnica

Vidros usados nas fachadas: laminados 15 mm, resistentes a impactos e a furacões

Especificador: Glasstech

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À escolha do freguês

A Lisec tem à disposição do mercado uma ferramenta online para a configuração de produtos: no site www.lisec.com/configurator, clientes podem configurar as máquinas de acordo com suas preferências e necessidades individuais. O primeiro produto disponível no configurador é a linha de processamento SplitFin (imagem). Outros itens do catálogo da fabricante serão adicionados continuamente a ele. Assim que o usuário estiver satisfeito com sua linha montada, ele pode receber um resumo por e-mail, incluindo informações técnicas detalhadas e uma imagem prévia de seu projeto.

Este texto foi originalmente publicado na edição 555 (março de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Parceria internacional

A espanhola Turomas, fabricante de máquinas para beneficiamento do vidro, e a alemã A+W, desenvolvedora de softwares para empresas de nosso setor, anunciaram este mês um acordo de cooperação. Com ele, a A+W passa a ser a fornecedora oficial do programa de otimização incluído nas máquinas de corte da Turomas para vidros monolíticos e laminados.

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