Para novas cores e espaçamentos

O Grupo Fenzi teve dois grandes lançamentos entre maio e junho: o primeiro foi a linha de tintas monocomponentes Aquaglass NG. X para vidros, desenvolvida especificamente para a decoração de painéis de grandes dimensões, oferecendo inúmeras cores e efeitos para customização. Segundo a multinacional, elas garantem adesão superior à superfície do vidro, resistência química aprimorada, alta estabilidade e durabilidade, além de sua fabricação à base d’água ser sustentável.

A outra novidade foi o espaçador Multitech G (foto), para fabricação de vidros insulados, apresentado como a melhor opção no mercado em termos de desempenho térmico. Outras vantagens são seu design elegante e a transparência de sua barreira de múltiplas camadas, permitindo manter a cor original do perfil em todos os lados.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vidros blindados em revisão

Atualmente, existe apenas uma norma para blindagem: a NBR 15000 — Blindagens para impactos balísticos – Classificação e critérios de avaliação, que também define os requisitos para os vidros blindados. No entanto, essa situação mudará em breve, pois o documento está passando por um processo de revisão, além de ser desmembrado em diferentes seções. A comissão de estudos responsável pelo projeto trabalha para elaborar uma família de normas, tratando assim dos diversos produtos que oferecem proteção. Inclusive, a parte 2 desse documento — Classificação, requisitos e métodos de ensaio para materiais — já está finalizada para ser enviada para consulta nacional.

Mudanças
A revisão da NBR 15000 pretende torná-la mais adequada ao momento atual do mercado, conforme explica o coordenador da Comissão de Estudo Especial de Sistemas de Blindagem (ABNT/CEE-161), general Paulo Benedito Pacheco: “Apesar de ter sido elaborada com muita atenção e seriedade em 2005, a norma vinha apresentando algumas deficiências que, mesmo não prejudicando o desempenho final dos produtos, criavam uma série de dificuldades e contratempos aos fabricantes e órgãos fiscalizadores”.

Um dos focos das mudanças estava nos ensaios. Dessa forma, estabeleceram-se procedimentos executáveis sem fazer com que esses produtos perdessem características de proteção ao consumidor final. Foram introduzidos também tópicos para auxiliar na elaboração desses ensaios. Com isso, a repetição dos testes em qualquer laboratório será mais simples.

Sequência do trabalho
A parte 1 da norma — Terminologia — está sendo produzida com o objetivo de tratar de todos os termos técnicos que serão citados nessa família de normas. Entre os temas a serem abordados, estão os coletes à prova de balas, escudos e capacetes balísticos, blindagem de imóveis e proteções transportáveis, sistemas de proteção blindados, produtos acabados e partes de produtos blindados. Assim que ficar pronta, será enviada para consulta nacional juntamente com a parte 2.

Os demais documentos, que visam especificamente a cada produto, oferecerão aos órgãos de fiscalização e controle condições mais favoráveis para o cumprimento de suas missões. “Com essas condições, é plausível esperar que os produtos garantirão mais segurança aos usuários, o que é, sem dúvidas, algo que todos os participantes desse mercado desejam”, comenta o general Pacheco.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conectando o vidro a mentes criativas

Durante a Glass South America 2018, a Saint-Gobain Glass apresentou o Atrium, um canal de soluções com vidros impressos e meio de contato direto entre arquitetos, designers e beneficiadores. Porém, mais informações só vieram após o evento: a ferramenta é uma plataforma de relacionamentos e negócios para integrar a cadeia vidreira com outros profissionais da construção. Além de possibilitar a troca de informações e conhecimento, ainda permitirá que uma equipe de suporte técnico presencial e online indique as melhores possibilidades de uso do vidro impresso. Parte da iniciativa envolveu o lançamento da Capitel, uma revista digital ligada à plataforma. O hotsite do Atrium entrará no ar em breve e ficará disponível a todos os interessados, segundo a usina vidreira.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Grande linha para grandes insulados

A B’Jumbo XXL, linha para a produção automática de vidros insulados colocada no mercado este ano pela Bystronic, impressiona pelo tamanho: tem 165 m de comprimento e permite trabalhar com peças de até 18 m de largura e 3,3 de altura. A solução vem ao encontro da tendência arquitetônica do uso de painéis cada vez maiores em fachadas. Já instalada na beneficiadora alemã Thiele Glas (foto), a linha vem equipada com um robô para remoção de cantos, uma lavadora, seis estações para inspeção e posicionamento das molduras, um mecanismo para selagem e várias correias transportadoras, entre outros itens. De acordo com a fabricante, apesar das dimensões, a B’Jumbo XXL pode ser instalada em empresas com área convencional em seu chão de fábrica.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Estreitando laços com a energia solar

José Domingos Seixas, presidente da Abravidro, esteve presente na cerimônia de posse do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), principal entidade nacional desse setor. O evento, realizado no dia 4 de julho na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, empossou a diretoria eleita para os próximos dois anos (2018 a 2020). Ronaldo Koloszuk (foto) é o presidente da nova formação do conselho.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Pauta positiva

O mercado vidreiro vem enfrentando algumas turbulências nos últimos tempos (veja o editorial do presidente da Abravidro sobre o tema clicando aqui). E, em momentos difíceis, é especialmente importante não nos deixarmos contaminar pelo negativismo que as dificuldades trazem à tona. Por isso, nesta edição de O Vidroplano trazemos algumas matérias inspiradoras para quem quer se destacar e garantir seu espaço no mercado.

A equipe de reportagem esteve na Casa Cor São Paulo para ver o nosso material em uso na maior exposição de decoração do País. Acessando ela aqui, você verá que o vidro voltou a ter destaque na mostra, marcando forte presença em diversos ambientes — sala de estar, cozinha, banheiro etc. — e demonstrando sua versatilidade e o valor que confere aos espaços.

Outra matéria cheia de boas ideias para replicar mostra as diferentes aplicações para os vidros curvos e seus processos de produção. Esse material especial chama atenção e pode ser o principal diferencial de um projeto.

A pauta de julho fica mais completa com dicas sobre como fazer um orçamento corretamente e proporcionar ganhos tanto ao vidraceiro como ao cliente. O orçamento, fundamental para garantir a competitividade de uma empresa, deve considerar uma série de componentes que nem sempre são levados em conta na hora de passar o preço de um produto ou serviço ao consumidor. Será que é o caso da sua empresa?

Iara_okBoa leitura!

Um abraço,

Iara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Em busca do equilíbrio

Neste mês de julho, a Abravidro realizou uma assembleia-geral extraordinária para discutir o momento pelo qual o setor vidreiro vem passando. A reunião teve quórum altíssimo, com presença de representantes de diversos Estados, e foi intensa, pois incluiu a avaliação de dados do segmento – ou de outros que o impactam diretamente, no Brasil e no mundo.

A restrição de oferta que ainda afeta alguns processadores esteve na pauta, assim como o direito antidumping vigente, que sobretaxa importações de vidro originário da Arábia Saudita, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos da América e México. Foi consenso entre os presentes que questionar o antidumping neste momento não é a solução para os problemas do nosso setor. Vivemos em um ambiente absolutamente competitivo, com quatro usinas atuando no País, nove fornos ativos e mais um que deve entrar em operação nos próximos doze meses, acrescentando novecentas toneladas/dia à capacidade instalada da indústria nacional.

É nosso papel exigir das usinas o pleno atendimento ao mercado doméstico, já que elas têm plenas condições para isso. Mas vale uma provocação: na busca pelo equilíbrio entre oferta e demanda, o que é pior, abundância ou restrição de vidro? Há pouco mais de um ano, sentimos na pele o impacto do excesso de matéria-prima: política predatória de preços, com os menores valores históricos do vidro.

E em meio a tudo isso, temos de buscar garantir a rentabilidade de nossas empresas, num cenário em que a informalidade cresce a cada dia, assim como outras formas de concorrência desleal. Em outros tempos, a alta rentabilidade de nossos negócios encobria erros e problemas. Agora vivemos um outro momento, em que é necessário termos uma gestão de excelência, atenta e profissional, sem espaço para erros de estratégia.

Não são poucos os desafios colocados para os profissionais vidreiros. Cabe a nós trabalhar e pressionar para que as questões estruturais sejam resolvidas e tenhamos matéria-prima para trabalhar, mas também buscar o que de melhor pode ser feito no âmbito de nossas empresas, como nosso compromisso e contribuição para um mercado justo e próspero.

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro
seixas@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Curvas de transparência

Um produto versátil, que pode ser produzido de diferentes formas (a depender do porte da processadora envolvida), sendo instalado em diversas soluções arquitetônicas e decorativas. Esses são os vidros curvos, uma solução por vezes deixada de lado pelas empresas vidreiras, mas com capacidade para estar mais presente na construção civil.

Como é a produção desse material? Quais as dificuldades para trabalhar com esse item? Quais os cuidados a serem seguidos no processamento e instalação? Confira as respostas a seguir, além de exemplos de aplicação em obras.

Empreendimento residencial em Concórdia (SC): guarda-corpos com vidros de segurança (laminado de temperado 6+6 mm) processados pela Vipel e fornecidos pela Cebrace

 

Qual a demanda para curvos?

Enorme. A aplicação desse produto está crescendo, algo diferente do que acontecia há algum tempo, como explica Andirás Carneiro de Mendonça, da processadora Bisotê Vidros: “É possível dizer que o curvo ainda seja um produto novo em nosso mercado, pois durante muito tempo foi fornecido por poucas empresas, sempre sendo usado no campo da refrigeração”.

A própria tecnologia vidreira e o maior acesso a maquinários de curvatura permitiram esse crescimento. “Cada vez mais esse material tem entrado em diversos projetos, saindo daquela típica aplicação em mobiliários de lanchonetes, restaurantes e supermercados. Com a melhora nos métodos produtivos e maior atenção à segurança dos produtos, estamos vendo seu uso na arquitetura e em construções residenciais e comerciais”, analisa Rafael Nandi da Motta, diretor da processadora Vipel.

Sistemas para estruturas envidraçadas pequenas, como sacadas e boxes de banheiro, também estão na mira das empresas vidreiras. A Ideia Glass, por exemplo, lançou na feira Glass South America 2018, em maio, uma versão curva do boxe Kit Certo, mostrando que os clientes se interessam por soluções que fujam do óbvio.

Vitrine pode ser curva? A de uma loja localizada no Shopping Rio Sul, no bairro de Botafogo, Rio Janeiro, mostra que sim. Desenvolvida pela Vidros Belém, a estrutura foi instalada pela Darda Prestação de Serviços

 

 

Os métodos de curvatura
Cada técnica necessita de maquinários diferentes. Empresas nacionais produzem fornos para curvatura — a Sglass, por exemplo, fabrica equipamentos para atender vidros curvos pré-cozidos e temperados, em espessuras de 3,15 a 19 mm.

O diretor de Negócios da Glaston, Miika Äppelqvist, explica em artigo para o Glastory, site de conteúdo técnico vidreiro da empresa, as diferenças entre os quatro métodos existentes.

Têmpera
– O vidro é aquecido até mais de 630 ºC e, então, é dobrado de acordo com o raio desejado, em uma seção da processadora própria para essa tarefa;
– O vidro pode ser torcido em duas direções: longitudinal (no sentido do comprimento) e transversal (largura). Vale considerar que a curvatura longitudinal oferece maior qualidade óptica;
– O ângulo máximo de curvatura é, geralmente, de ¼ de um círculo;
– Na sequência, a peça é temperada, tornando-se um vidro de segurança;
– Indicado principalmente para a produção de formas cilíndricas.

Curvação a quente
– O vidro é colocado em moldes com a forma desejada para a peça, e é aquecido a 580-600 ºC;
– A gravidade faz com que o material se ajuste ao molde. Pode haver um auxílio mecânico para forçar o vidro a tomar o formato necessário;
– Permite a criação de dobras com ângulos mais fechados e formas variadas, que não sejam necessariamente cilíndricas;
– Importante: esse processo não aumenta a resistência mecânica do vidro, como faz a têmpera. Em aplicações arquitetônicas, é preciso laminar o material.

Curvação a frio
– Feita sem a necessidade de aquecimento, em temperatura ambiente;
– O vidro é colocado em um molde com o formato desejado. Este faz a dobra do material mecanicamente;
– O ângulo da curvatura é bem aberto, ou seja, a curvatura é bem pequena;
– Indicado para painéis únicos de vidros finos ou unidades de insulados;
– Pode ser realizado após a têmpera.

Curvatura com laminação
– Combina processo a frio com laminação tradicional;
– Monta-se o sanduíche de vidro e interlayer, que é encaixado em um molde para ser dobrado a frio;
– Somente após isso a peça é laminada na autoclave;
– Garante maior qualidade óptica ao material e permite a criação de formas mais flexíveis;
– Porém, é demorado e mais caro.

Em Salvador, um escritório de advocacia optou por curvos temperados (10 mm) para criar diferentes áreas de trabalho em formato cilíndrico. As ferragens usadas são da Glass Vetro e os vidros foram processados pela Unividros

 

Onde pode ser instalado?

Para Antônio Skardanas, sócio da processadora carioca Vidros Belém, algumas aplicações estão mais na moda do que outras: “O vidro curvo é muito utilizado em vitrines de lojas, fachadas e até em quiosques das praias do Rio de Janeiro. Facilita para o produto ser também um material de segurança, caso seja temperado ou laminado”. Orlando Pedro Nascimento, diretor da processadora Unividros, sugere outros usos: “Os profissionais de engenharia e arquitetura estão aproveitando ao máximo as potencialidades da matéria-prima, com destaque para aplicações em guarda-corpos de escadas monumentais e caracóis.”

Outras formas de se aplicar os curvos:

FECHAMENTOS
– Fachadas
– Vitrines
– Sistemas de sacada
– Janelas

MÓVEIS E MOBILIÁRIOS
– Mesas
– Aparadores
– Eletrodomésticos
– Mostruários
– Armários

USO ESTRUTURAL
– Guarda-corpos
– Divisórias
– Boxe de banheiro
– Visores de aquários e piscinas

 

Todas as sacadas do Hotel Blue Tree Premium, no Rio de Janeiro, acompanham o desenho ondulado da fachada. Para isso ser possível, os guarda-corpos receberam curvos laminados 8+8 mm (com interlayer SentryGlas), fornecidos pela Unividros

 

Por uma especificação e beneficiamento sem problemas

Termos importantes
Para trabalhar com curvos, é necessário saber alguns termos básicos de geometria em relação a circunferências. Eles serão muito úteis na hora dos cálculos para a especificação e beneficiamento do produto.

Diâmetro: reta que passa pelo centro da circunferência e vai de uma extremidade à outra;
Raio: reta que une um ponto qualquer da circunferência ao centro dela;
Arco: pedaço da circunferência;
Corda: reta que une dois pontos da circunferência;
Flecha: reta que une um ponto localizado na metade da corda a um ponto localizado na metade do arco correspondente.

Atenção às formas
Parece óbvio dizer, mas as processadoras devem lembrar do que elas são capazes de produzir antes de aceitar pedidos de clientes. “Análises e consultas preliminares em relação aos projetos são primordiais, a fim de ajustar as limitações e formas disponíveis para atendimento aos pedidos”, explica Luiz Hamilton da Silva, gerente-comercial da Bend Glass. Nesse momento, abrem-se novas oportunidades de negócio: “Caso tenhamos de desenvolver algum formato específico, o custo é repassado ao valor da mercadoria”.

Cálculos perfeitos
A especificação é um momento de extrema importância para os curvos. Diversas medidas precisam estar de acordo com o projeto do arquiteto ou engenheiro, como raio, perímetro, arco, corda e flecha. Caso alguma informação esteja incorreta, as peças não atenderão o pedido do cliente.

Float de qualidade
Utilizar uma matéria-prima livre de distorções ópticas ou falhas em sua superfície (como lascas e riscos) permitirá um processamento correto, criando curvos que responderão bem às questões mecânicas durante a instalação.

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A nova sede carioca do Infoglobo, empresa do Grupo Globo de comunicações, foi inaugurada no ano passado. Um de seus destaques arquitetônicos é seu revestimento externo de vidros azuis. Uma escada existente ali, de curvos temperados laminados 10+10 mm (com interlayer SentryGlas), segue a estética visual do prédio. A estrutura foi instalada pela Arte Tubos, com vidros processados pela Unividros

 

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Alemanha, aí vamos nós!

Daqui a poucos meses, uma tradição vidreira vai se repetir: como acontece a cada dois anos, a cidade alemã de Düsseldorf receberá a Glasstec, a principal mostra de nosso setor no planeta. Em outubro, empresas e profissionais de todo o mundo se reunirão por lá para discutir tendências em produtos, maquinários e processos. Se você planeja visitar a feira, não deixe de conferir este guia especial para encontrar todas as informações sobre o evento — como se credenciar, mapa do pavilhão, passagens aéreas, hospedagem e muito mais.

Quando?
23 a 26 de outubro

Onde?
Düsseldorf Exhibition Centre, em Düsseldorf, Alemanha

Quem organiza?
A Glasstec é organizada pela Messe Düsseldorf. No Brasil, quem representa o evento é a Emme, braço nacional da empresa alemã. “A feira é uma excelente oportunidade para profissionais vidreiros do mundo todo conhecerem tecnologias inovadoras, que muitas vezes já estão sendo aplicadas na indústria, além de trocar experiências, o que acredito ser o mais enriquecedor”, comenta Malu Sevieri, gerente da Emme.

Temas quentes desta edição
– Indústria 4.0
– Vidro fino
– Fachadas e vidro inteligente
– Artesanato e design de interiores

Use o app da Glasstec!
app_glasstec
Os organizadores prepararam um aplicativo exclusivo, em inglês e alemão, que irá ajudar os visitantes. Seu conteúdo inclui:

– Informações gerais sobre a feira;
– Programação dos eventos paralelos;
– Mapa interativo dos pavilhões;
– Dados das empresas expositoras e seus produtos.

O download é gratuito e pode ser feito por usuários de smartphones e tablets na App Store ou Google Play.

Glasstec em números
Para quem tem dúvidas se vale a pena visitar a feira, confira os dados da edição de 2016. Cada vez mais, o evento se torna internacional, com enormes possibilidades para a criação de novos contatos e parcerias comerciais.

1.237 marcas expositoras de 52 países
40.105 visitantes de 121 países
Feedback positivo: 96% dos participantes (expositores e visitantes) ficaram satisfeitos com as oportunidades de negócios oferecidas pela feira

Credenciamento
É necessário preencher um cadastro antes de comprar os ingressos (basta entrar no link bit.ly/GlasstecCredenciamento e seguir as instruções, em inglês). Os valores variam de acordo com a quantidade de dias que o visitante deseja permanecer no evento.

Um dia: € 38 (R$ 173; compra pelo site); € 53 (R$ 241; compra no local)
Dois dias: € 58 (R$ 264; compra pelo site); € 76 (R$ 345; compra no local)
Todos os dias: € 90 (R$ 409; compra pelo site); € 110 (R$ 501; compra no local)

Obs.: cotação do dólar em 2 de julho

Local da Glasstec: grandiosidade
O Düsseldorf Exhibition Centre está em meio a um complexo com outros espaços voltados para eventos. Ao todo, a Glasstec ocupará nove pavilhões, divididos tematicamente como pode ser visto no mapa.

9 e 10: Produtos e aplicações
11, 12, 14 a 17: Processamento e tecnologia
14: Análises, testes e softwares
12 a 16: Produção de vidro e tecnologia

Empresa brasileira na feira? Tem, sim!
Três companhias nacionais estarão expondo na Glasstec pela primeira vez. São elas: Adezan (especialista em soluções de logística, embalagem e transporte para vidro), MAP — Materiais de Alta Performance (insumos) e Sglass (maquinários para processamento). “Como a empresa está expandindo sua área de atuação no mercado internacional, chegou o momento de apresentarmos nossos equipamentos e diferenciais no maior e mais importante evento do segmento do vidro no mundo”, explica Sandro Eduardo Henriques, diretor da Sglass. Para César Zanchet Filho, gerente internacional da Adezan, a feira reúne as principais novidades do setor. “Vamos para lá, pois é um local em que nossos clientes também estarão”, revela.

Programação simultânea também é destaque
glass technology live
A Glasstec não é apenas exposição de produtos. O evento também é reconhecido por ter diversas mostras simultâneas que abordam diferentes aspectos do trabalho com vidro. Algumas das principais são:

Glass Technology Live: sempre um destaque da feira, apresenta inovações tecnológicas na produção e instalação do vidro. Mais de 70% das soluções expostas serão protótipos, projetos de pesquisa universitária e experimentos que podem se transformar no futuro de nosso setor em pouco tempo;
Craft Center: espaço para atividades práticas sobre aplicação do vidro, contará com demonstrações ao vivo sobre estocagem, corte, lapidação e colagem;
Glass Art: nosso material representado em peças artísticas criadas por renomados artistas internacionais;
International Architecture Congress: simpósio voltado para arquitetos debaterá o tema Perspectivas: nova arquitetura em vidro.

Hospedagem e passagens aéreas
A Seiva Business Travel, agência de viagens parceira da Emme Promotion, montou pacotes especiais para os visitantes brasileiros que pretendem visitar a Alemanha. Confira os valores abaixo:

Todos os pacotes incluem:
– Passagem aérea de ida e volta para Düsseldorf em classe econômica;
– Três noites de hospedagem em Düsseldorf no hotel escolhido;
– Credenciamento para todos os dias da Glasstec;
– Seguro de viagem com cobertura médico-hospitalar de US$ 60 mil.

Kastens Hotel (4 estrelas)
– Inclui café da manhã e Internet
– A 7,2 km do local da feira
Preços por pessoa: US$ 2.538 (R$ 9.927; apto. individual); US$ 2.126 (R$ 8.316; apto. duplo)

Holiday Inn Express City North Hotel (3 estrelas)
– Inclui café da manhã e Internet
– A 4,2 km do local da feira
Preços por pessoa: US$ 2.461 (R$ 9.626; apto. individual); US$ 1.999 (R$ 7.819; apto. duplo)

Radisson Blue Scandinavia Hotel (4 estrelas)
– Inclui café da manhã e Internet
– A 4 km do local da feira
Preços por pessoa: US$ 3.128 (R$ 12.235; apto. individual) US$ 2.406 (R$ 9.411; apto. duplo)

Nikko Düsseldorf Hotel (4 estrelas)
– Inclui Internet
– A 5,5 km do local da feira
Preços por pessoa: US$ 2.616 (R$ 10.232; apto. individual) US$ 2.110 (R$ 8.253; apto. duplo)

Obs.: cotação do dólar em 2 de julho

Observações
Os valores estão expressos em dólares e estão sujeitos à cotação do momento da compra e a reajustes sem prévio aviso em função da política comercial dos fornecedores.

Os pacotes não incluem:
– Traslados aeroporto-hotel-aeroporto e hotel-feira-hotel;
– Passeios ou tours não informados;
– Despesas extras e particulares;
– Refeições não mencionadas;
– Qualquer item não descrito acima.

As formas de pagamento são:
– Faturado para empresa com vencimento para 15 dias;
– Parcelado em até 4x sem juros em boleto bancário;
– Parcelado em até 5x sem juros no cartão de crédito.

Mais informações
www.seivaturismo.com.br
Tel. (11) 2973-6469
vinicius@seivaturismo.com.br

Outra possibilidade é pesquisar na Düsseldorf Tourismus, agência oficial de turismo da cidade alemã, que também mantém parceria com a Messe Düsseldorf para oferecer passagens aéreas (no link bit.ly/GlasstecVoos) e hospedagem (bit.ly/GlasstecHotéis).

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

O retorno dos grandes painéis

A 32ª edição da Casa Cor São Paulo, maior mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas, encontra-se em seus últimos dias: aberta no dia 22 de maio, ela será encerrada em 29 de julho. E, se em anos anteriores o uso de vidros e espelhos foi mais pontual, em 2018 eles foram verdadeiros protagonistas no evento, com grandes painéis em aplicações tão diversificadas quanto chamativas.

Isso faz todo o sentido, uma vez que o tema da mostra este ano (Casa viva) tem o objetivo de ressaltar a harmonia entre o homem e a natureza — afinal, qual forma poderia ser melhor para isso do que produtos que permitem visibilidade plena do lado de fora ou que a refletem para o lado de dentro?

A seguir, veja alguns dos destaques envidraçados da Casa Cor 2018. E, se chegar ao final querendo mais, é só clicar aqui e conferir uma galeria cheia de fotos desses e outros ambientes!

Inclusão de toda a equipe
vp_templocoworking_opção1Um ambiente de trabalho acolhedor pode contribuir muito para o rendimento dos funcionários. E o Templo Coworking, de Camila Bevilacqua e Fernando Brandão, é o espaço perfeito nesse sentido, graças ao uso de peças variadas da Cebrace. Brises de laminados incolores 4+4 mm (foto) trazem o aproveitamento pleno da iluminação natural para os dias de Sol (se chover, eles bloqueiam a água devido às variações em seu espaçamento), enquanto espelhos prata 4 mm fazem o local parecer ainda mais extenso. Nosso material também se faz presente nas divisórias de temperado 8 mm nos dois lados da grande mesa, levando aos cubículos e à sala do café.

 

Sim, vidro e água combinam!
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Um dos ambientes mais grandiosos da mostra este ano sem dúvidas foi A Cisterna de Deca: projetada pelo escritório Tenório Studio, ocupava duas salas e uma área extensa entre elas. O uso do vidro foi tão grandioso quanto a área do local, incluindo uma parede com cascata artificial feita com um único painel incolor 10 mm (foto), com 3,7 m de largura e 4,5 m de altura! A vidraçaria Starke Glas foi responsável por essas e todas as outras aplicações do nosso material neste ambiente, incluindo o teto todo revestido com espelhos fumê 6 mm nas grandes rampas entre uma ala e outra, refletindo o espelho d’água com a logomarca da Deca logo abaixo.

 

Vista para dentro, calor para fora
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A Casa do Escritor, elaborada por Jóia Bergamo, possui fachada toda feita com painéis de Vivix Performa (foto), vidro de controle solar lançado este ano pela Vivix. Além de integrar as áreas internas e externas do ambiente, o produto contribuiu para seu conforto térmico, bloqueando até 63% da entrada de calor.

 

Um só com a natureza
vp_refúgiourbano_opção2O Refúgio Urbano, de Marina Linhares, usou nosso material para uma integração plena entre o ambiente e a vegetação ao seu redor. Quase todo o fechamento do espaço foi feito com grandes painéis laminados 5+5 mm, da Cebrace, e houve ainda um piso com temperados laminados 10+10+10 mm, da mesma fabricante, permitindo apreciar as belas plantas abaixo do piso (foto). A instalação foi feita pela Vidro Laser.

 

Jogo de imagens com espelhos
nova_foto_MG_9673A Sala de Jantar, de Naomi Abe, usa Espelho Guardian prata 5 mm, fornecidos pela Silvestre Vidros, de forma bastante diferente. As paredes do ambiente são revestidas com esse material (foto). Porém, na frente delas, existem outras paredes, feitas de cerâmica, totalmente vazadas. Os buracos permitem ver os espelhos na parte de trás — com isso, um jogo de reflexões ajuda a ampliar o espaço.

 

O exterior dentro de casa
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Luz do Sol, ventilação e contato com a natureza: a Villa Olivo Todeschini, de João Armentano, baseia-se nessas características, alcançadas pelo abundante uso de vidro. Os dois lados do espaço contam com fechamentos de laminado incolor 4+4 mm (foto), ambos oferecendo vista para jardins. A suíte, que também recebe iluminação natural, tem painel de Reflect Guardian 4 mm com TV embutida, além de revestimento de Espelho Guardian 4 mm atrás da cama. Por fim, um armário com portas envidraçadas enfeita o closet. A instalação de nosso material ficou por conta da Artecor.

 

_MG_9476Grandiosidade em todos os cantos
O ambiente criado por Debora Aguiar, a Casa Cosentino, não é apenas um dos maiores da mostra, como também reúne diferentes aplicações envidraçadas (com matéria-prima da Cebrace, processada e instalada pela Cinex). Caixilhos pivotantes gigantes (foto), com laminado de Habitat neutro incolor 10 mm, estão instalados na saída para a piscina. Ao lado, uma grande sala tem espelhos extra clear 6 mm instalados nas paredes. Na entrada, a porta pivotante modelo Ampezzo Cadore recebe refletivo bronze. Na sequência, está a suíte, com porta revestida de acidato e espelho bronze 4 mm (mesma especificação das portas deslizantes da adega).

 

Vidro em todos os andares
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Dado Castello Branco apostou no uso estrutural de nosso material para a Casa do Relógio. O térreo do ambiente ganhou fechamentos de laminados aplicados no sistema de correr para grandes vãos da Lumisystem chamado Onix Minimalista, feito de alumínio e com trilhos embutidos no chão (foto). Esses vidros foram fornecidos pela Guardian e processados pela Artecor. No 1º andar, além de um guarda-corpo de laminado que protege a sacada, o destaque são dois armários da linha Crystal Case, fabricado pela Ornare com vidro fumê lapidado.

 

Sofisticação com transparência
leriadbontempo2Antes de entrar no Le Riad Bontempo, de Roberto Migotto, o visitante já consegue apreciar uma grande instalação envidraçada: o sistema de correr que funciona como parede da cozinha (foto). Ali estão laminados de Habitat neutro incolor 10 mm — mesma especificação usada nas portas que dão para a piscina. No banheiro, mais aplicações: espelho 6 mm nas pias, temperado extra clear 10 mm no boxe e laminados 10 mm com PVB leitoso em divisórias. A Cebrace forneceu os materiais e a Vidroart os processou.

 

De São Paulo a Campinas
Outra mostra realizada no Estado de São Paulo foi a 23ª Campinas Decor, de 27 de abril a 16 de junho. O evento foi sediado na Fazenda Argentina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com mais de quarenta ambientes, diversos deles trazendo o vidro como um material de destaque. Veja alguns deles a seguir:

vp_campinas-loftUm espaço batizado como Loft de Vidro não poderia deixar de marcar presença em O Vidroplano, certo? Assinado por Gal Nunes, ele é um sistema sustentável de 250 m² de área, construído em contêineres marítimos, todo revestido com peças de Habitat Neutro Incolor, da Cebrace, responsáveis pela redução da entrada de calor no ambiente e pela economia de energia de até 30%.

Ambientes IzildaVidros de controle solar também estavam no Estar do Restaurante, elaborado pelas arquitetas Izilda Moraes, Adriana Abdalla e Milene Ferrari. Nele, o uso do Habitat Refletivo Champanhe, da Cebrace, permitiu a redução de mais de 50% da entrada de calor, além de contribuir para um espaço confortável e aconchegante com a tonalidade escolhida para esse projeto.

vp_campinas-vidacãoJá no espaço Vida de Cão, do arquiteto Beto Tozi, um dos destaques é o vidro Aramado, da Saint-Gobain Glass, na área da suíte. Com ele, quarto e banheiro são divididos de forma a deixar o ambiente mais leve, permitindo a passagem de luz entre eles, sem deixar de conferir privacidade e segurança aos seus usuários.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Com elas, todos saem ganhando!

Um dos principais objetivos da campanha #TamoJuntoVidraceiro, lançada este ano pela Abravidro, é orientar os processadores para as boas práticas que devem adotar no relacionamento com os vidraceiros. Há uma série de cuidados a serem tomados em relação ao atendimento, política comercial e cumprimento de normas, além de orientações técnicas para ajudar no trabalho desses profissionais.

“O desenvolvimento da cadeia vidreira depende de que todos os elos trabalhem lado a lado, cooperando entre si. Caso contrário, é o vidro que acaba desvalorizado no mercado e todos saímos perdendo”, avalia o presidente da Abravidro, José Domingos Seixas.

A seguir, O Vidroplano apresenta as oito boas práticas listadas pela campanha e explica como cada uma delas contribui tanto para o trabalho do vidraceiro como para o do processador. Confira!

1. Ter uma política comercial, com preços diferenciados e que não gere concorrência com os vidraceiros
Havendo uma política comercial justa entre processadores e vidraceiros, o relacionamento comercial entre as duas partes fica mais transparente e sustentável ao longo do tempo, gerando confiança entre elas. Com isso, o processador consegue a fidelização de seu cliente vidraceiro enquanto este não precisará se preocupar com a concorrência de seu próprio fornecedor, e, assim, o crescimento de todos é viabilizado.

2. Oferecer atendimento de qualidade, cumprindo os prazos e condições combinados
Ninguém gosta de se sentir ignorado quando vai a qualquer estabelecimento comercial, certo? Assim, um bom atendimento é o primeiro passo para conquistar seu consumidor.

Ao cumprir os prazos e condições combinados com o vidraceiro, você aumenta a confiabilidade da sua empresa e contribui para uma reação positiva em cadeia que chegará até o usuário final.

3. Produzir produtos conforme as normas vigentes
Hoje, não há mais espaço no mercado para os negócios que não cumprem as determinações das normas técnicas. É fundamental segui-las para garantir que o produto vendido ao vidraceiro ofereça a segurança e a qualidade necessárias para a aplicação pretendida.

4. Aplicar a identificação do fabricante nos vidros temperados produzidos
Além de ser um requisito da NBR 14698 — Vidro temperado, cujo cumprimento é obrigatório para todos os fabricantes, a identificação do produtor impressa no vidro traz mais segurança para o processador, pois, além de divulgar a sua marca, diferencia seu produto perante um vidro comum e a concorrência. Essa marcação ainda o resguarda em caso de reclamação, evitando que a empresa seja responsabilizada por algum vidro que não seja dela.

5. Verificar qual será a aplicação do vidro solicitado ao receber um pedido, de modo a garantir que o material encomendado esteja em conformidade com as normas vigentes
O processador que identifica erros na especificação e orienta sobre o tipo de vidro correto garante a segurança na aplicação do produto e ajuda o vidraceiro a evitar problemas com o cliente após a instalação do vidro. Além de tudo isso, ainda reforça sua imagem como um fornecedor confiável e parceiro para esses profissionais.

6. Orientar seus clientes sobre o tipo de vidro correto para cada aplicação de acordo com as normas técnicas
Assim como a prática anterior, essa é fundamental para estreitar os laços entre processador e vidraceiro, mostrando que sua empresa não está preocupada só em efetuar uma venda, e também para garantir que os produtos adquiridos pelo vidraceiro serão aplicados corretamente, evitando problemas que possam comprometer a imagem do nosso material.

7. Disseminar conteúdo sobre normas técnicas relacionadas à aplicação de vidro na construção civil
As determinações das normas técnicas devem ser transmitidas e multiplicadas por todos da cadeia vidreira para promover sempre o uso do tipo de vidro correto e, consequentemente, a segurança das instalações e a comercialização de produtos com maior valor agregado.

Para isso, as empresas podem disponibilizar seu acervo de normas para consultas na área de atendimento. Vale a pena ainda orientar os vidraceiros sempre que eles tiverem dúvidas no projeto e também fornecer para eles os materiais da campanha #TamoJuntoVidraceiro (o download deles é gratuito e pode ser feito inúmeras vezes). Muitas entidades regionais também têm atuado nessa frente com palestras sobre o assunto em seus eventos.

8. Orientar sobre as condições para o transporte do vidro com segurança
Existem defeitos que podem surgir nas peças exatamente durante o transporte do nosso material. Outro perigo da falta de cuidados nessa etapa é o de acidentes de trânsito. Por isso, indicar os procedimentos corretos ajuda a conservar a integridade do vidro e a evitar que o consumidor final, insatisfeito com problemas no produto, desista do uso dele em sua obra presente e em qualquer projeto futuro.

Sempre por dentro das normas
Para facilitar o entendimento de quando um determinado vidro pode ou não pode ser aplicado na construção civil, a Abravidro desenvolveu dois materiais que fazem parte do #TamoJuntoVidraceiro:

Cartilha Aplicação do vidro na construção civil: apresenta os principais tipos de vidro (com destaque para os de segurança) e onde podem ser instalados;
Tabela Que vidro usar?: permite consultas rápidas sobre o vidro correto para cada uso.

Ambos foram desenvolvidos seguindo as determinações da norma ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações e estão disponíveis na página da campanha. É só acessar, fazer o download e disponibilizá-los para os seus clientes. O mercado agradece!

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Como aprender com a concorrência?

Escrito por Flávio Ítavo

Deixar de aprender com o que está ao redor é um erro primordial. Uma das competências básicas de gestão está em aprender com a concorrência.

O nome disso é benchmarking, processo pelo qual se estabelecem parâmetros, com base nos concorrentes, que permitem traçar metas e planejar ações. Entre as pequenas e médias empresas, há uma defasagem nesse quesito. Mesmo assim, dá para todas estarem atentas ao assunto, basta focar em quatro frentes:

Benchmarking estratégico
Buscar conhecimento das posições competitivas de sua empresa em relação ao mercado/concorrência;

Benchmarking de práticas aplicadas
Analisar competências relacionadas à eficiência da produção e lead time (ciclo produtivo). Se sua empresa não consegue estabelecer uma cultura de produtividade, custos e prazos que se encontre dentro daquilo que o mercado exige, você logo estará fora do negócio;

Benchmarking financeiro
Comparar o desempenho financeiro de sua companhia com o dos outros. A maior dificuldade aqui está no fato de que boa parte das empresas pequenas e médias, ao contrário das grandes de capital aberto, não divulga dados como esses. Entretanto, com profissionais e recursos adequados, é possível apurar informações para o estudo;

Benchmarking de índices de satisfação do consumidor
Saber quem é a empresa líder do mercado em satisfação do cliente e posicionar os objetivos de sua empresa acima desses patamares. Você nunca errará atingindo os melhores índices de satisfação dos consumidores. Uma dica para empresas pequenas, que não possuem verbas destinadas para pesquisas desse tipo: acompanhe o índice inverso, ou seja, os números e índices de reclamações dos concorrentes. Essas são informações fáceis de serem conseguidas na Internet, por exemplo. A partir daí, tenha certeza de que os seus números sejam muito menores que os deles.

flavioitalo cópiaFlávio Ítavo
Executivo com experiência em empresas multinacionais e nacionais de grande porte. É um dos maiores especialistas em turnaround no Brasil, focando seus esforços na recuperação de grandes empresas e readequação aos novos tempos do mercado.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vários públicos, um único material

Entidades vidreiras regionais apresentaram as características e os potenciais do vidro a diversos públicos-alvo, incluindo profissionais vidreiros e beneficiadores de nosso material. Veja a seguir quais foram esses eventos e anote na agenda os que serão organizados nos próximos dias!

 

Sindividros-RS, em Porto Alegre
vp_sindividrosrs-1_okDa gestão à instalação
O Sindividros-RS organizou mais dois cursos do projeto Qualividros – Qualificar para Transformar na capital gaúcha. O primeiro, nos dias 15 e 16 de junho, foi o treinamento Gestão de Vidraçaria, ministrado por Gabriel Batista, diretor do Grupo Setor Vidreiro. As aulas, elaboradas para ajudar os vidraceiros a prosperar em seu negócio, abordaram temas como o estabelecimento de objetivos do negócio, desenvolvimento de um plano de ações para atingi-los, organização de recursos e coordenação dos trabalhos de equipe, entre outras ações importantes.

Já no dia 30, mais uma turma foi formada no curso Envidraçamento de Sacada, patrocinado pelas usinas vidreiras AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass e Vivix. Na ocasião, o instrutor Dilceu Schmidt apresentou conhecimentos teóricos para essa atividade e, depois, permitiu que os alunos os colocassem em prática montando e desmontando um protótipo de sistema de envidraçamento de sacada.

 

Ascevi-SC, em Florianópolis
vp_asceviCapacitação com descontração
A 7ª edição do Qualifique e Sirva-se em Florianópolis foi organizada pela Ascevi no dia 23 de junho, em parceria com o Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vidro, Espelho e Cristais em Santa Catarina (Sindicavidros). Mais de 150 pessoas acompanharam a palestra do consultor José Renato, especializado em liderança, recursos humanos, marketing e vendas, com o tema Aumente suas vendas com criatividade. A programação também incluiu apresentações de representantes da AGC, Cebrace, Saint-Gobain Glass e Vivix (patrocinadoras, juntamente com a Guardian), e um espaço para exposição de novidades e catálogos das empresas ECG Sistemas, Real Vidros e Soluções Sacadas, apoiadoras do treinamento.

O evento foi concluído com o costumeiro almoço, trazendo não só descontração, mas também oportunidades para troca de ideias e networking entre os participantes.

 

Amvid-MG, em Belo Horizonte
vp_amvidSolução para múltiplos problemas
No dia 28 de junho, a Amvid participou da programação do 1º Seminário Nau Una de Tecnologia de Materiais de Construção, organizado pela Faculdade Una no Teatro ICBEU. A associação foi responsável por duas das palestras apresentadas aos 65 participantes, ambas por Paulo Sérgio Mattos, proprietário da Projecção Consultoria: a primeira delas destacou os vidros pintados como uma solução para revestimento e decoração, enquanto a segunda chamou a atenção para os vidros de controle solar, insulados e laminados. O palestrante não deixou de enfatizar que é possível resolver mais de um problema ao mesmo tempo com a combinação de diferentes tipos de vidro (como um laminado com peças coloridas ou de controle solar), o que permite conseguir, simultaneamente, benefícios de conforto térmico e acústico, segurança e estética.

 

Abravid-DF, em Guará (DF)
vp_abravidNormas em foco
A analista de Normalização da Abravidro, Clélia Bassetto, palestrou sobre as normas técnicas para o vidro plano no curso sobre o tema promovido pela Abravid no dia 29 de junho, na sede do Sebrae, no Guará (DF). Além de comentar as determinações de algumas das principais normas para o setor, como a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações, Clélia salientou a importância do cumprimento delas para o uso do nosso material, de modo a garantir segurança e bom desempenho em cada tipo de aplicação.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Bom para todo mundo

Responda rápido: sua vidraçaria tem dificuldades para fechar negócios? Ou você consegue trabalho e, entretanto, no fim do mês as contas não fecham? Se sua empresa sofre com esses problemas, há boas chances de que a causa venha de uma das primeiras (e mais importantes) etapas do trabalho: o orçamento. Na prática, essa atividade não envolve apenas avaliar o custo do serviço, mas também ter cuidado com imprevistos e ofertar valores condizentes para o cliente.

Como alinhar tudo isso para todos saírem ganhando? Para responder a essa pergunta, O Vidroplano conversou com especialistas e profissionais do setor. Veja, nas próximas páginas, as dicas que eles têm a oferecer e alguns sistemas disponíveis para facilitar a tarefa.

Atenção antes, sem prejuízos depois
Para Sérgio Reino Júnior, professor do curso de vidraceiro do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), ainda há quem não perceba a importância de um orçamento benfeito. “Muitos vidraceiros o fazem de qualquer maneira ou nem o entregam para os clientes”, explica. “E isso é um problema, pois a falta de um documento expresso, claro e objetivo em relação aos serviços prestados pode gerar dúvidas quanto ao que será executado, fazendo com que o cliente não entenda quais tarefas foram realmente contratadas.”

Para fazer corretamente esse trabalho, uma visita técnica ao local da obra é fundamental. “Somente assim o profissional pode analisar pontos como o espaço físico para a movimentação do vidro, o estado da alvenaria e as ferragens específicas necessárias para as condições do local”, aponta Vitor Maione Samos, diretor do Sincomavi. Sem a visita, o vidraceiro não tem como levar em conta os ajustes necessários ao preço, e os custos adicionais podem acabar sobrando para ele.

Lidando com o imprevisível
Young couple calculating budget

Devem ser incluídos ainda os custos impossíveis de serem avaliados antes do trabalho. “Há casos em que você precisa retornar devido algum contratempo, como a quebra inesperada de um item, ou até a ausência de algum material não identificado com antecedência”, avisa Gisele Muniz, proprietária da vidraçaria Everart, de São Paulo.

Como se prevenir para não sair no prejuízo? Gisele aconselha que o vidraceiro já contabilize eventuais custos extras ao fazer o cálculo. Para isso, Vitor Samos, do Sincomavi, sugere a contagem de uma margem de erro de 10% antes do envio da proposta.

Definindo o lucro
“Depois de tudo isso, já posso fechar o orçamento, certo?” Não, ainda falta definir a margem de lucro, ou seja, quanto sua empresa ganhará com o serviço. Esse é um elemento muito importante. Afinal, é ele que permitirá que a vidraçaria possa continuar na ativa.

Segundo Gisele, não há uma fórmula única para definir a margem. “Cada projeto tem suas particularidades; um simples puxador ou fechadura a mais podem comprometer consideravelmente o lucro, dependendo do projeto e produto aplicado”, avalia a empresária.

Vector illustration of check listO que considerar para o orçamento?
– Todos os materiais a serem usados entram no cálculo: isso inclui ferragens, adesivos, selantes, acessórios e o próprio vidro. Mas há outros elementos que precisam ser levados em conta para ter o preço final:
– Distância entre a vidraçaria e o local da obra (e o combustível gasto para o deslocamento);
– Espaço físico da obra (pé-direito, presença ou não de elevadores e escadas etc.);
– Situação da alvenaria, pintura, gesso e revestimentos sobre os quais o vidro será instalado;
– Período para liberação da medição final;
– Necessidade de fazer modelos para peças fora de esquadro, com furos ou recortes especiais;
– Encargos com nota fiscal;
– Tarifas de cartão de crédito (quando houver esse meio de recebimento);
– Pagamento da equipe que fará a instalação.

Pela sustentabilidade de todos
Por mais incrível que pareça, há vidraçarias que fazem trabalhos sem qualquer lucro ou até com prejuízo, somente para oferecer o preço mais baixo possível no mercado e evitar que o cliente feche negócio com outra empresa.

Esse tipo de prática prejudica não apenas o fornecedor, mas também o mercado inteiro, incluindo o próprio consumidor final. “Preço baixo demais não é bom para ninguém, pois força o vidraceiro a diminuir o tempo de execução da obra para poder trabalhar mais e ganhar a mesma coisa se tivesse uma margem de lucro justa”, alerta Reino Júnior, do Senai. “Isso compromete a qualidade do serviço, do acabamento, do pós-venda e da atenção necessária com o cliente.”

Para o professor, a melhor forma de conquistar o cliente é apresentar a proposta de preço com clareza e objetividade quanto à qualidade do serviço e do material a ser utilizado, mostrando que o valor calculado é justo. Gisele acrescenta que mais vale ser reconhecido como um profissional que oferece valor agregado do que alguém com preço mais barato a qualquer custo, sacrificando a qualidade e a segurança da instalação.

Vidraceiro também é cliente!
O preço dos vidros e demais insumos usados no serviço do instalador faz diferença no valor final. Assim, é importante conhecer os fornecedores de quem sua empresa compra os materiais. “Problemas com o produto comprometem a credibilidade e a margem de lucro das vidraçarias, pois geram despesas com logística e mão de obra que não estavam no orçamento”, ressalta Samos, do Sincomavi.

Reino Junior, do Senai, aconselha o vidraceiro a verificar quais são os documentos necessários para se cadastrar com o fornecedor e ter acesso a preços mais vantajosos. E, assim como você precisa ser um parceiro do seu cliente, tenha certeza de que as empresas com quem trabalha estão do seu lado, oferecendo produtos e atendimento de qualidade, preços justos e prazos cumpridos.

Tecnologia a seu favor
Hoje, há diversos softwares disponíveis para ajudar as vidraçarias a elaborar seus orçamentos. E, em um mercado em que tempo é dinheiro, dispensar essas ferramentas já não é mais uma opção: elas ajudam a economizar tempo nessa atividade, dão uma noção mais precisa dos custos diretos e indiretos e podem oferecer vários outros benefícios.

Vale a pena dedicar tempo para pesquisar esses sistemas e identificar qual atende melhor as suas necessidades. Conheça alguns deles a seguir.

vp_software-glasscontrolGlasscontrol versão Vidraçaria e Distribuição
Fabricante: SF Informática
Desenvolvido para: gerar orçamento para o cliente e pedido para a têmpera automaticamente, com base nas informações sobre as medidas do vão, tipo de vidro, ferragens e alumínios do projeto
Vantagens:
– Sistema online em constante evolução;
– 100% desenvolvido com foco no segmento vidreiro e suas necessidades;
– Fácil de utilizar;
– Treinamento oferecido pela fabricante do sistema;
– Facilita o e-commerce com a têmpera pela comunicação com o software da mesma empresa desenvolvido para processadores.

vp_software-systemglassToolGlass
Fabricante: System Glass
Desenvolvido para: cuidar de toda a gestão da vidraçaria, incluindo a elaboração de orçamentos
Vantagens:
– Flexibilidade para a definição dos projetos;
– Possibilidade de elaborar diversos orçamentos a partir de um único modelo de projeto (com a inclusão de alterações na própria tela de venda);
– Requer apenas conhecimentos básicos de informática;
– Treinamento online ou por videoaulas;
– Além do orçamento, também atua em todas as outras etapas da gestão da vidraçaria.

vp_software-webg3WebG3
Fabricante: Fortmax Sistemas
Desenvolvido para: padronizar preços e propostas para seus clientes, além de controlar o desperdício de material, evitando a compra de peças desnecessárias ou com medidas erradas, uma vez que o programa calcula o material a ser utilizado para cada obra, assim como as medidas do vidro e suas respectivas furações para ferragens
Vantagens:
– Controle total da empresa, desde o primeiro atendimento de uma solicitação de orçamento, até o faturamento e entrega completa da obra;
– Conta com projetos prontos para orçamentos, corte e furação das peças de vidro;
– Sistema online que pode ser acessado na obra do cliente;
– Treinamento remoto, além dos manuais e vídeos tutoriais disponíveis no próprio sistema;
– Suporte técnico por telefone, e-mail e WhatsApp.

vp_software-wvetroWVetro Evolution
Fabricante: WVetro
Desenvolvido para: calcular e levantar materiais para entrega de um orçamento rápido e bem-apresentável ao cliente, além de ajudar na gestão da empresa (com controle das movimentações financeiras, notas fiscais eletrônicas, estoque, produção e compras)
Vantagens:
– Plataforma intuitiva (fácil de utilizar);
– Agilidade nos processos;
– Suporte técnico;
– Treinamentos personalizados para a vidraçaria.

Negociações às claras
People shaking handsUma vez que o orçamento tenha sido definido, é hora de mostrá-lo ao comprador. Este pode concordar ou não com ele. Algumas dicas para essa conversa:

Por dentro do produto: conhecer o que está vendendo e as formas de aplicá-lo é fundamental para transmitir confiança e justificar o preço;

Sem espaço para dúvidas: faça o cliente saber exatamente pelo que estará pagando caso concorde com a proposta;

“Do que você precisa?”: tenha sempre em mente que o consumidor também deve ficar satisfeito com o que é oferecido. Identifique qual é a necessidade dele e qual produto o atenderá da melhor forma — vale a pena também oferecer mais de uma opção e deixar que ele avalie e tome a decisão;

O tempo não para: a negociação não gira apenas em torno do preço, mas também do prazo. Ninguém gosta de esperar, mas é pior quando a promessa recebida não é cumprida. Por isso, não defina o fim do serviço para um limite que você sabe ser inviável.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Britânica, transparente e moderna!

Na América do Norte e Europa, as universidades são bem parecidas umas com as outras. Geralmente, estão instaladas em prédios históricos, a maioria de estilo vitoriano (construções marcadas pela presença de torres, muitas janelas, simetria e ângulos retos). Se você não se lembra do formato desses edifícios, recorde-se de filmes que se passam nesses locais, como Uma mente brilhante, gravado em Princeton, ou A rede social, rodado em Harvard, ambas nos Estados Unidos. Porém, há poucos anos surgiu uma obra para sacudir essa mesmice: o novo campus da Sheffield Hallam University, na Inglaterra, usou a tecnologia vidreira para dar um ar de modernidade a esse tipo de projeto.

Ficha técnica
Autor do projeto: escritório Bond Bryan Architects
Local: Charles Street, Sheffield, Inglaterra
Área: 9,5 mil m²
Conclusão: 2015

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Estrutura multividro
Pode até parecer chavão dizer que determinada obra eleva o uso do vidro — afinal, existem várias desse tipo pelo mundo. Mas esse prédio merece o elogio: é quase um mostruário de várias possibilidades que nosso material oferece a arquitetos e engenheiros.

A fachada se divide em duas partes. A primeira reveste o edifício, sendo formada por insulados com propriedades térmicas especiais, para garantir o conforto necessário aos estudantes, principalmente durante o rigoroso inverno britânico.

A segunda parece um conjunto de brises (quebra-sóis), mas muito mais complexo: é uma enorme estrutura ancorada no exterior do imóvel, formada por vidros autoportantes extra clear com sistema de iluminação de LED — tudo fornecido pela Lumaglass, empresa vidreira da Escócia.

Algumas peças autoportantes são jateadas, outras permaneceram transparentes e a parte final ganhou as lâmpadas de LED. Essa junção criou um visual bastante peculiar: vista de longe, a obra parece um código de barras gigante — efeito pretendido pelos arquitetos para fazer a construção se destacar em meio ao ambiente urbano.

As luzes são controladas por um sistema de gerenciamento de bateria, que monitora o estado e a carga delas, evitando assim panes no funcionamento.

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Integração à comunidade
A construção recebe a Faculdade de Desenvolvimento e Sociedade, criada para treinar professores e pesquisar assuntos relacionados a artes, ciências sociais e educação. O campus foi idealizado com a intenção de ser um espaço para a comunidade local. Isso fica explícito quando se percebe a reordenação das vias ao redor.

A Charles Street, rua ao lado do prédio, tornou-se exclusiva para pedestres, ganhando bancos e iluminação. Quem está andando pelos arredores pode ainda atravessar o complexo a pé, passando pelo átrio com cobertura envidraçada que liga as duas partes do edifício.

Outra curiosidade que mostra a preocupação da universidade em se integrar à cidade são os conceitos de sustentabilidade aplicados ao projeto, incluindo sistemas de reaproveitamento de água e um grande jardim coberto em parte do telhado, cujo acesso se dá por dentro do edifício.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Arco-íris francês

Pense num edifício envidraçado. Talvez você tenha imaginado panos de vidros enormes na fachada, refletindo os arredores — a estética típica dos projetos com nosso material em grandes cidades. Porém, lá em Bordeuax, conhecida como uma das capitais do vinho na França, o Arc en Ciel (literalmente “arco-íris”, em francês) aposta nas cores como elemento visual e em um formato arredondado, dando novo fôlego ao conceito de obra comercial e residencial com vidro. A seguir, confira como o uso inteligente de PVBs coloridos alterou para melhor a paisagem de um bairro essencialmente residencial.

Ficha técnica
Autor do projeto: escritório Bernard Buhler Agency
Local: Grand Parc, Bordeaux, França
Área: 4,3 mil m²
Conclusão: 2010

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Modernização
O projeto é fruto de um processo de renovação do bairro de Grand Parc. Localizado próximo a um shopping center, foi concebido como um ponto de convergência urbano, representando o tráfego de carros, trens e pessoas dos arredores. Seu caráter misto lhe permite comportar cerca de quarenta apartamentos, além de escritórios. Segundo o arquiteto francês Bernard Buhler, responsável pelo design do edifício, é dividido em três partes distintas:

– O térreo é cercado por uma estrutura de metal (atrás do prédio há um estacionamento para trinta automóveis);
– O 1º andar, ambiente todo fechado com vidros incolores, é destinado aos escritórios, sendo também espaço de transição entre a rua e as habitações acima;
– Os demais andares são exclusivos para os apartamentos.

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Fachada multicores
Do 2º ao 6º andar, está o que salta aos olhos de quem passa nas ruas da vizinhança: a fachada cheia de cores, formada por laminados processados com Vanceva, a linha de PVBs coloridos da Eastman.

A instalação dos vidros seguiu ideias únicas e bastante inovadoras. Nosso material não fecha totalmente os vãos: ele está instalado verticalmente de forma a permitir a entrada de luz natural e a ventilação em abundância nos corredores que dão acesso às moradias. Esses corredores foram pensados para servir como local de circulação e ponto de encontro dos moradores, transformando o prédio em uma pequena comunidade pronta para a interação entre as pessoas.

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Relevo de caixas
Como se não bastasse o caleidoscópio de cores, a fachada também foi criada com base em conceitos ousados para dar tridimensionalidade ao projeto. Grandes caixas de concreto (com fechamento de vidro serigrafado) se projetam para fora em determinados pontos dos andares. O objetivo, segundo o arquiteto Buhler, é fornecer uma quebra no ritmo visual da estrutura.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.