Atenua Som cria aplicativo para medição de ruídos

Especialista em soluções para conforto acústico com vidros, a Atenua Som desenvolveu o Sonômetro para aparelhos mobile com o objetivo de ajudar seus clientes a entender como o som funciona. Disponível gratuitamente para dispositivos móveis Android e iOS, o aplicativo capta ruídos pelo microfone do aparelho celular, exibindo na tela os valores em decibel e os comparando com outros sons de mesma intensidade. O objetivo é fazer com que os clientes entendam os diferentes níveis de barulho, sabendo se o ruído no local em que mora ou trabalha é o permitido pela norma técnica NBR 10151 — Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando ao conforto da comunidade.

Mais informações: atenuasom.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Grupo Saint-Gobain adquire empresa de selantes Tekbond

A transação foi anunciada ao mercado no fim de julho. As linhas de produtos da Tekbond — colas instantâneas, selantes, travas químicas e silicones, entre outros — serão integradas à atividade de Materiais de Alta Performance da multinacional francesa. Com isso, a companhia pretende reforçar sua presença no mercado brasileiro. A operação ainda aguarda aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Essa é a segunda compra feita pelo grupo no setor de abrasivos e selantes este ano: em fevereiro, ele adquiriu a Adespec.

Mais informações: www.saint-gobain.com.br e www.tekbond.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Espelhos refletem a beleza da Mostra Artefacto

A edição 2017 do evento, voltado para decoração de interiores, está presente em várias lojas da fabricante de móveis Artefacto espalhadas pelo Brasil, reunindo ambientes criados por renomados profissionais utilizando itens da empresa. Em São Paulo, na Rua Haddock Lobo, o destaque é o loft criado pelo arquiteto Francisco Cálio, com integração máxima dos ambientes. Ali, foi usado Espelho Guardian bronze no quarto. A loja localizada no D&D Shopping recebeu também um loft, desenvolvido pela designer Jóia Bergamo e inspirado no estilista Valdemar Iódice, com espelhos (tradicional e bronze), além de float, da Guardian (foto). A mostra estará aberta até janeiro de 2018.

Mais informações: artefacto.com.br, www.calio.com.br, joiabergamo.com.br e www.guardianbrasil.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vidros contra o Sol na Casa Cor Paraná 2017

De 4 de junho a 16 de julho, o Jockey Club de Curitiba recebeu a Casa Cor Paraná 2017. A exposição de arquitetura e design contou com vidros de controle solar LightBlue 52, que compõem a Linha Residence da Guardian, em cinco ambientes. A Churrasqueira Gourmet, assinada por Maria Alice Crippa e Gustavo Assis, ganhou porta (com três folhas de vidro) e fechamento envidraçado. Na Cozinha Living Bar, de Carlos Navero, o produto está na porta de correr que dá acesso ao deck (foto).

Mais informações: casacor.abril.com.br/mostras/parana, www.crippaeassis.com.br e www.guardianbrasil.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Energia solar fará parte do programa Minha Casa, Minha Vida

Um estudo desenvolvido pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) para implementação desse tipo de tecnologia no programa de moradia Minha Casa, Minha Vida será transformado em portaria — que determinará que, a partir de 2018, as unidades habitacionais sejam entregues com painéis fotovoltaicos. A confirmação foi dada pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo, durante anúncio realizado à imprensa em São Paulo, em julho. Esses equipamentos costumam usar vidros especiais em sua composição e, com a portaria, abre-se um importante mercado para as empresas vidreiras. A iniciativa é fruto de análises de viabilidade e de modelos de negócio desenvolvidas por meio de um protocolo de intenções assinado em 2016 entre o Ministério das Cidades, Ministério do Trabalho e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Para Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da Absolar, a energia solar, que é uma tecnologia renovável, limpa e de baixo impacto ambiental, hoje já está acessível a todas as faixas de renda. Segundo ele, com um sistema de dois módulos e um microinversor, será possível reduzir em até 70% os gastos com a conta de energia da população de baixa renda.

Mais informações: www.absolar.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vidro da Onyx que produz energia solar chega ao Brasil

A GeoDesign Internacional se tornou representante da espanhola Onyx Solar, fabricante do vidro fotovoltaico (foto). Com isso, a empresa nacional passa a distribuir o produto no País. Formado por placas de vidro laminadas com células solares, ele pode ser aplicado em fachadas ou coberturas.

Mais informações: vidrofv.geodesign.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Primeira fazenda solar do Brasil reforça potencial fotovoltaico do País

A cidade de João Pinheiro (MG) recebeu a primeira fazenda solar brasileira (foto), administrada pela Empresa Brasileira de Energia Solar (Ebes), sob concessão da Cemig. Esse empreendimento envolve um modelo de assinatura: os interessados em utilizar energia limpa, mais barata que a comum, pagam por planos de consumo. A eletricidade vem de usinas solares construídas pela Ebes, como a existente na cidade mineira.

Mais informações: fazendasolar.com e ebes.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Aquisições movem setor vidreiro mundial

Negócios de grande porte também viraram notícia recentemente fora do Brasil. A italiana Intermac, divisão do grupo Biesse para equipamentos de processamento, irá adquirir 60% da Movetro, fabricante de maquinários para movimentação do vidro, além de comprar a Montresor, especializada em lapidadoras. A aquisição será concluída no fim de agosto e ainda não foram reveladas informações sobre como ficarão as representações das empresas pelo mundo. Passando para a Ásia, a israelense Dip-Tech, uma das principais produtoras de tecnologia para impressão digital, foi adquirida pela companhia norte-americana Ferro Corporation. “Estamos animados para, com a união de nossos times, desenvolver e oferecer produtos e soluções avançadas ao mercado mundial”, comentou o diretor-executivo da Dip-Tech, Alon Lumbroso.

Mais informações: www.intermac.com e www.dip-tech.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Novo produto da Saint-Gobain Glass é inspirado no fundo do mar

A fabricante de vidros impressos lançou o SGG Marine (foto), indicado para residências. Com desenhos de cavalos-marinhos que permitem a passagem de luz natural, o produto está disponível nas espessuras de 3, 4 e 8 mm (esta última, a partir do final deste ano), nas versões incolor, cinza, bronze, azul e verde. “Ele já tem sido comercializado junto aos mercados da Colômbia e do México, onde é amplamente utilizado por vidraceiros e caixilheiros”, afirma Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da companhia.

Mais informações: br.saint-gobain-glass.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

‘App’ oficial e pacotes de hospedagem são as novidades da Vitrum 2017

A 20ª edição da Vitrum, uma das mais tradicionais feiras do setor vidreiro mundial, será realizada de 3 a 6 de outubro na Itália, no centro de exibições Rho Fiera Milano, próximo a Milão — as inscrições devem ser feitas no site do evento. A organização lançou recentemente o Vitrum App, programa para celulares para dispositivos iOS e Android, disponível em inglês. Com ele, os visitantes poderão localizar expositores e eventos simultâneos. Outra novidade é a parceria com a agência de turismo italiana MiCodmc. Além de poder agendar sua viagem e deslocamento para Milão, a empresa também oferece tours e excursões — basta entrar em contato pelo e-mail bit2017@micodmc.it.

Mais informações: www.vitrum-milano.com/en

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Acontece

O único curso vidreiro de PCP voltou! Anote na agenda: em 19 e 20 de outubro, a sede da Abravidro vai receber o módulo de Planejamento, Programação, Controle da Produção e Estoques (PPCPE). Ficou interessado? Entre em contato com Rosana Silva pelo tel. (11) 3873-9908 ou e-mail rsilva@abravidro.org.br.

Visitou o nosso site no começo deste mês? Noticiamos a entrada em vigor da Portaria Nº 55, sobre fabricação de blindagens balísticas. E o que o setor vidreiro tem a ver com isso? O texto não fala sobre vidro, mas proíbe o reaproveitamento de materiais (incluindo o nosso). Fabrica vidro blindado? Então, fique de olho!

Lá na China, uma ponte de vidro sobre o rio Amarelo está fazendo sucesso. A estrutura era de madeira e teve todos os painéis trocados por placas de temperados laminados, com desenhos impressos. Ou seja, pode andar em cima dela sem medo de ser feliz! Confira mais informações no www.abravidro.org.br/blog.

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Qualificação de Nordeste a Sul

Não faltaram oportunidades de qualificação ao longo do mês passado para o profissional vidreiro nos Estados do Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Os cursos abordaram temas como competências comportamentais, aumento de vendas e instalação de espelhos e peles de vidro.

 

vp_sincomaviSincomavi, em São Paulo
Conhecendo o conceito de competências comportamentais
O Sincomavi reuniu 51 pessoas no seu auditório, no dia 12 de julho, para a palestra Competências comportamentais: desenvolvendo respostas espontâneo-criativas, ministrada pelo psicólogo e consultor empresarial Yudi Yozo. Com atividades práticas, explicou-se o conceito de competências comportamentais, além de indicar o que é preciso para se desenvolver gerando autoconfiança e motivação.

 

 

vp_sindividros-esSindividros-ES, em Cachoeiro de Itapemirim (ES)
Escolha sua capacitação!
Cerca de oitenta vidraceiros estiveram na Oficina do Vidro em Cachoeiro de Itapemirim, nos dias 14 e 15. Todos puderam escolher de qual curso participar: Treinamento de Vendas, Envidraçamento de Sacada ou Curso de Fachada Pele de Vidro. O evento contou com o patrocínio de AGC, Alclean, Cebrace, Guardian, Perfil Alumínios do Brasil, Saint-Gobain Glass, Tec-Vidro, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix.

 

 

vp_asceviAscevi, em Chapecó (SC)
Evento conhecido, cidade nova
O Oeste Catarinense recebeu, no dia 15, o Qualifique e Sirva-se. A anfitriã foi a cidade de Chapecó. José Renato da Silva, consultor do Sebrae-SC, falou a 140 participantes sobre o tema Aumente suas vendas com criatividade. O treinamento foi patrocinado pela AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, Real Vidros, UBV e Vivix, com apoio da Diamanfer, ECG Sistemas, Mauriglass, Solução Sacadas, SVA Vidros e Vipel, além da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e do Sebrae.

 

 

vp_sindividros-rsSindividros-RS, em Porto Alegre
Segurança no trabalho com espelhos
Também no dia 15, o Sindividros-RS organizou na capital gaúcha o curso Instalação de Espelho, parte do projeto Qualividros — Qualificar para Transformar. A aula teve patrocínio das usinas vidreiras AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, UBV e Vivix. O conteúdo incluiu a apresentação de equipamentos de segurança e a lista dos cuidados necessários para o transporte e a instalação seguros de espelhos.

 

 

vp_adevibaseAdevibase, em Aracaju
O passo a passo das peles de vidro
A edição mais recente do curso Instalação de Pele de Vidro foi realizada na capital sergipana, nos dias 21 e 22 de julho, com o patrocínio da AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, UBV e Vivix e o apoio da Perfil Alumínio. O instrutor técnico Jonas Vieira ministrou, ao mesmo tempo, aulas teóricas e práticas, o que aumentou ainda mais o interesse dos alunos. O conteúdo incluiu tipologias e configurações para o sistema, esquemas de montagem, instalação da estrutura, colagem e aplicação do vidro.

 

Fale com eles!
Adevibase-BA/SE — www.adevibase.org.br
Ascevi-SC — www.ascevi.com.br
Sincomavi-SP — www.sincomavi.org.br
Sindividros-ES — www.sindividros-es.com.br
Sindividros-RS — www.sindividrosrs.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Palavra do leitor

Que vidro usar em um guarda-corpos?
Estou instalando guarda-corpos no 24º andar de um prédio. Existe alguma norma que exija que, por questões de segurança, o vidro usado na estrutura seja laminado? O fornecedor insiste que não há a necessidade de ele ser laminado.
Renata Calfat
S&A Arq
São Paulo

De acordo com a norma técnica NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações, o vidro para guarda-corpos só pode ser utilizado laminado ou aramado. O vidro temperado não pode ser aplicado nesse caso, pois, se quebrar, ele estilhaça e o vão fica totalmente aberto. O laminado, apesar de quebrado, permite que os fragmentos fiquem aderidos a uma camada intermediária entre os vidros, preservando o fechamento do vão e impedindo a queda de corpos e objetos. Informação importante: a NBR 14718 — Guarda-corpos para edificação, que estabelece os requisitos para guarda-corpos, faz referência à NBR 7199 para guarda-corpos com vidros.
Clélia Bassetto
Analista de Normalização da Abravidro
(11) 3873-9908

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Barreira transparente

De acordo com a Prefeitura paulistana, todos os dias, cerca de 3 milhões de pessoas passam ao lado da Cidade Universitária da Universidade de São Paulo (USP), na Marginal do Pinheiros, mas boa parte delas nunca viu a instituição por dentro. Afinal, o grande muro de concreto que cerca a Raia Olímpica da USP isola o campus dos seus arredores. Porém, essa barreira está prestes a ser derrubada: o prefeito da cidade, João Doria, anunciou a substituição da atual estrutura por um muro de painéis de vidro.

Participação do setor vidreiro
vp_vidroemobra2 cópiaPara essa obra, a Guardian doará cerca de 15 mil m² de vidros float (10 mm), nas cores incolor e verde, com índice de reflexão de apenas 8%, e a Tempermax irá temperar o material gratuitamente. O projeto e laudo dos painéis têm a assinatura da Ci&Lab, consultoria em vidros. Todos os custos serão bancados pelas empresas participantes do projeto.

“É uma honra para a Guardian participar dessa iniciativa que presenteia a cidade de São Paulo com uma obra que será a vitrine da USP”, afirma Renato Sivieri, diretor de Marketing da empresa. O uso do vidro em um projeto tão grande (2,2 km de extensão) reforça a sua posição como um dos materiais que melhor representam a modernidade da construção civil.

Dos estudos à inauguração
Uma das preocupações do projeto, assinado pela designer de interiores Jóia Bergamo, foi garantir que o vidro proporcionasse o mesmo desempenho que o concreto para barrar a poluição sonora — algo que foi comprovado após estudos realizados pela universidade.

A previsão é que a obra tenha início em setembro e seja inaugurada no ano que vem, dia 25 de janeiro, aniversário da cidade.

Fale com eles!
Ci&Lab — www.cielab.com.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Jóia Bergamo — joiabergamo.com.br
Tempermax — tempermax.com.br
USP — www.usp.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Participar da elaboração das normas ficou mais fácil!

Em julho, o Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37) e a Abravidro introduziram uma nova forma de participação nas reuniões da comissão de estudos que trabalha para a criação da norma dos vidraceiros. Profissionais de todo o Brasil agora podem fazer parte do debate, em tempo real, via Internet. A ferramenta que possibilita a participação remota foi disponibilizada pela ABNT, em atendimento a uma demanda antiga de vários setores da sociedade. Outras comissões também irão permitir a cooperação de empresas de várias regiões do País, como a que cuida da revisão da NBR 14697 — Vidro laminado e a do projeto do texto de vidro termoendurecido.

Ampliando a discussão
Desde 2016, quando a Abravidro iniciou o trabalho para a elaboração da norma de qualificação dos vidraceiros, temos visto crescimento no número de participantes. Com a novidade do acesso pela Internet, tivemos na reunião do mês passado trinta participantes de forma remota, além dos presentes na sede da Abravidro. “A busca para ampliar a participação de pessoas e empresas na elaboração das normas sempre foi uma bandeira da Abravidro e do CB-37”, comenta Clélia Bassetto, analista de Normalização da entidade. Para ela, com mais profissionais participando dos processos, a conscientização sobre a aplicação das normas técnicas também aumenta, trazendo mais segurança. É importante destacar a contribuição do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que tem a tarefa de elaborar um perfil profissional.

vidraceiroPara a coordenadora-técnica da Abravidro, Vera Andrade, o novo formato fluiu da melhor maneira possível. “Todos os participantes online tiveram a oportunidade de falar e apresentar suas posições em relação aos temas abordados.”

A tecnologia foi usada por profissionais da Bahia, Brasília, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e interior de São Paulo, entre outras regiões, alguns deles pela primeira vez participando da elaboração de uma norma. Também vale destacar a importância do grupo da Comissão de Estudos que tem participado presencialmente desde o início, contribuindo para a evolução do projeto, para o engajamento dos profissionais do setor e na divulgação do trabalho.

Alinhando o conteúdo
Neste ano, já foram realizadas seis reuniões com a participação de vidraceiros, processadores e instrutores de cursos — mesmo número de encontros do ano passado. A norma vai definir os parâmetros e requisitos para qualificar a profissão de vidraceiro. Isso permitirá que ele exerça seu trabalho com qualidade, dignidade, segurança e credibilidade por parte dos clientes. No momento, está sendo feita a estruturação do texto para se definir o tipo de conteúdo que fará parte de sua versão final.

Os padrões de desempenho também são discutidos, incluindo, por exemplo, a capacidade de identificar a necessidade de manutenção em instalações e de realizá-las.

Como participar das reuniões de normas pela Internet
onlineNão está em São Paulo durante os encontros da comissão de estudos? Não tem problema: agora, profissionais de qualquer lugar do Brasil podem participar em tempo real pela Internet.

Para isso, siga os passos abaixo:
– Envie um e-mail para cb37@abnt.org.br dizendo que tem interesse em fazer parte das reuniões;
– Você receberá um convite com um link para acesso à ferramenta;
– Faça o download da ferramenta e pronto!

Importante
Certifique-se de que seu computador tenha:
– Câmara
– Microfone
– Caixas de som
– Internet de banda larga de qualidade

Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Trabalhando para encantar

Escrevo esta carta de Florianópolis, onde estou com parte da equipe de produção do 13º Simpovidro para uma visita técnica ao hotel que será a casa do evento. Estamos trabalhando intensamente para garantir o sucesso de mais uma edição do maior encontro vidreiro do País.

Quem participa de um congresso como esse, na maioria das vezes, não faz ideia do trabalho de bastidores feito pelos organizadores para que tudo se concretize como o previsto. São meses de planejamento, dedicação, muitas reuniões e acertos de detalhes para que tudo seja perfeito no período em que todos estarão aqui! Em meio a tudo isso, não deixo de me surpreender a cada dia com a receptividade do mercado ao nosso simpósio.

E, por falar em mercado, nas próximas páginas você vai poder ler sobre as aquisições, lançamentos e movimentações que agitaram nosso setor nos últimos dias.

Outros assuntos em destaque são a reforma do polêmico muro da Raia Olímpica da USP — que vai ser substituído por um projeto que se transformará em uma excelente vitrine para o nosso material —, o vidro plumbífero e a participação online nas reuniões de normas técnicas, além da matéria de capa sobre esquadrias para nosso material.

Boa leitura!

Um abraço,

Iara Bentes
Editora de O Vidroplano

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Esquadrias de ontem, hoje e amanhã

Não foi só o vidro que se desenvolveu e agregou funções ao longo dos anos. As esquadrias, parceiras inseparáveis do material, também se transformaram. Produzidas com novas matérias-primas, ganharam tecnologias que oferecem conforto térmico e acústico, sendo encaradas como elemento estético de uma obra.

Para entender essa evolução, conheça, a seguir, soluções antigas e modernas em esquadrias, tendências atuais e o futuro desses produtos, além de identificar o papel do vidro nesse desenvolvimento.

Ontem: um passeio pela história das esquadrias
ontem3Período colonial (séc. 16 a 19) — No Brasil, portas e janelas eram, geralmente, de madeira e fechadas com uma espécie de tranca chamada taramela

Revolução Industrial (séc. 19) — Surgem novos métodos de produção em escala. No final desse século, a extração do alumínio foi simplificada. Isso tornou o material perfeito para a indústria, graças à sua resistência e maleabilidade

Início do séc. 20 — Esquadrias de aço eram muito utilizadas nessa época. Porém, eram pesadas e enferrujavam com facilidade

Década de 1920 — O grupo americano Alcoa colocou no mercado as primeiras esquadrias residenciais feitas de alumínio. Eram leves e tinham custo acessível

Década de 1950 — A Pilkington desenvolveu o processo de produção do vidro float. A partir daí, o setor vidreiro incentiva os avanços no mercado de esquadrias

A partir da década de 1960 — Surgem diversos tipos de produto, incluindo sistemas para fachadas totalmente envidraçadas, como o cortina, stick e grid. Mais recentemente, o sistema unitizado permitiu um design clean e minimalista

A partir da década de 1980 — Esquadrias de PVC começaram a ser usadas no País (no princípio, apenas em edifícios com necessidade de desempenho). O material se difundiu aos poucos, sendo cada vez mais aplicado

Nos últimos anos — A evolução também ocorreu nas ferragens e acessórios, como a criação de gaxetas para fixação e vedação do vidro (substituindo a massa de vidraceiro) e a disponibilização de maior variedade de cores

 

Hoje: as tendências do mercado
O mercado desses produtos possue uma divisão básica: “Costuma-se separar as linhas de esquadrias em duas classificações principais: residencial e comercial”, descreve Kléber Vinícius Paulino, técnico em Projetos da Brazilglass. O que se aplica a um segmento pode perfeitamente ser usado também no outro — as esquadrias minimalistas, por exemplo, são aplicadas tanto em casas de alto padrão como em fachadas de prédios. Por isso, veja a seguir as principais tendências atuais:

padronizadasEsquadrias padronizadas — “Muitos consumidores preferem a comodidade de adquirir um produto pronto para ser instalado”, comenta Alberto Gomes Ruiz, gerente nacional de Vendas Segmento Varejo da Sasazaki. Esse tipo de esquadria vem de fábrica com pintura especial e é disponível em diversas medidas, acabamentos, acessórios e tipos de vidro. A Sasazaki oferece, entre outros, janelas e portas com o Sistema de Proteção Acústica Sound Block (foto), que garante nível A de eficiência em conforto acústico.

grandesvãosPara grandes vãos — Já existem esquadrias que suportam chapas de vidros enormes, incluindo as jumbo. O segredo é utilizar o peso do nosso material a seu favor, fazendo-o atuar como elemento estrutural. A linha de portas de correr Max Slider (foto), de PVC, da Weiku, por exemplo, pode ser instalada em vãos com até 4,5 m de altura;

Acústicas — O vidro não atua sozinho para barrar o barulho. Sem a esquadria, não há conforto acústico. Por isso, o desenvolvimento e acústicapesquisa de soluções nesse sentido cresceram. “Isso é a resposta para os níveis crescentes de exigência dos usuários, colocando nosso país em alinhamento tecnológico com as nações mais desenvolvidas”, destaca Aparecido Bonifácio, gerente-industrial da Atenua Som. A empresa possui soluções para janelas e portas antirruídos (foto). Recentemente, foi lançada a janela de sobreposição FIT, com função antirruído e fabricada sob medida para ser instalada do lado de dentro do ambiente;

Minimalismo — “Esse conceito tem perfis menos aparentes”, explica Gustavo Morales minimalistaCampos, diretor-comercial da Schüco. “Por ficarem embutidos na estrutura, proporcionam ganho de visibilidade entre ambientes, livres de interferências visuais”. As fachadas unitizadas são o exemplo mais comum. Funcionam quase como blocos de montar: primeiro, são instaladas as ancoragens que irão suportar os quadros de alumínio e, em seguida, são encaixados os módulos com vidro. Vale citar ainda outros produtos, como o sistema panorâmico ASS 39 PD (foto), da Schüco, e os caixilhos de correr, da suíça Vitrocsa, que usa vidros insulados.

O papel do vidro

kommerling_foto premidoorComo visto no histórico presente na reportagem, mais adiante, nosso material tem importância no desenvolvimento dos produtos. “A própria evolução da qualidade do vidro trouxe inovações em tipologias diferenciadas para as esquadrias”, afirma Michael Lochner, gerente de Marketing da Weiku. “No caso da acústica, uma janela com vidro de valor agregado, seja laminado ou insulado, possui desempenho superior ao vidro monolítico, mais utilizado no mercado”, aponta Leonardo Arantes, gerente de Produtos do segmento de arquitetura da Guardian. O vidro define:

– A abrangência de aplicação da esquadria;
– O tipo de esquadria a ser utilizado;
– O desempenho no isolamento térmico e acústico;
– A capacidade de comunicação visual entre interior e exterior.

Etiqueta de desempenho: como funciona?
etiqueta-acústica2Em fevereiro deste ano, foi publicada a revisão da norma NBR 10821. O novo texto estabelece o uso obrigatório, a partir deste ano, de uma etiqueta de desempenho acústico para o produto. O desempenho térmico também será avaliado, mas por uma etiqueta de uso opcional.

Como isso pode ajudar o setor? Para Tônia Lima, diretora-comercial da Kömmerling, “além de fazer o mercado desenvolver novos produtos, esse conceito vai criar uma conduta de compra consciente e segura para o consumidor final. Assim, apenas fornecedores comprometidos com a excelência da qualidade vão se firmar”. Isso permitirá ainda a personalização do atendimento, principalmente pelo fato de que as regiões do Brasil exigem especificações técnicas diferentes.

Classificação do desempenho térmico, segundo a NBR 10821:
Categoria A: redução sonora maior ou igual a 30 dB
Categoria B: redução sonora maior ou igual a 24 dB e menor que 30 dB
Categoria C: redução sonora maior ou igual a 18 dB e menor que 24 dB
Categoria D: redução sonora menor que 18 dB

E quanto aos vidraceiros?
ASS 39 PD.NIA tecnologia ofereceu ferramentas a esses profissionais, como softwares para produção e planos de corte.

“Os sistemas de esquadrias permitem que o vidraceiro combine soluções”, revela Paulino, da Brazilglass. A própria empresa começou como vidraçaria há mais de três décadas, transformando-se em fabricante de esquadrias de alumínio anos depois.

“Não podemos dizer que o trabalho ficou fácil, mas mais dinâmico, já que a variedade de tipologias de vidros aumentou”, analisa Lochner, da Weiku. Por isso, cabe ao vidraceiro:

– Conhecer as várias possibilidades do produto com que trabalha;
– Indicar diferentes soluções para o cliente, agregando valor à demanda do consumidor e ao seu próprio trabalho.

Amanhã: o que esperar para o futuro?

Cubo Show: projeto da Atenua Som no Shopping da Bahia, em Salvador, feito de esquadrias acústicas com LEDs.
Cubo Show: projeto da Atenua Som no Shopping da Bahia, em Salvador, feito de esquadrias acústicas com LEDs.

 

A literatura técnica tem grande influência na criação de novas soluções. “As normas mais recentes, principalmente a NBR 15575 — Edificações habitacionais – Desempenho, vieram para melhorar os produtos e devem gerar importantes avanços”, comenta o diretor da Avec Design, José Guilherme Aceto. O texto introduziu o conceito de desempenho para esquadrias, tema aprofundado na NBR 10821 — Esquadrias externas para edificações, revisada recentemente.

De acordo com as empresas consultadas para esta reportagem, as soluções do futuro incluirão:

– Sistemas para permitir a instalação de vidros fotovoltaicos;
– Sistemas de grelhas de ventilação inteligentes para recanalizar o ar quente, não permitindo, assim, que ele entre para o interior da fachada;
– Incrementos tecnológicos que facilitem a vida do indivíduo, como acesso à Internet, controle digital e automação;
– Novas formas, geometrias e volumetria;
– Iluminação em LED, entre outros.

Fale com eles!
Atenua Som — atenuasom.com.br
Avec Design — www.avec.com.br
Brazilglass — www.brazilglass.com.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Kömmerling — www.kommerling.com.br
Sasazaki — www.sasazaki.com.br
Schüco — www.schueco.com/web2/br
Vitrocsa — www.vitrocsabrasil.com
Weiku — www.weiku.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

As lições de um mestre do jornalismo econômico

A programação de palestras com alguns dos mais renomados nomes do management nacional é tradição no Simpovidro — e já podemos anunciar que a 13ª edição do maior encontro do setor vidreiro no Brasil não será exceção. O primeiro conferencista confirmado para o evento é ninguém menos que o jornalista Carlos Alberto Sardenberg, comentarista econômico da rádio CBN, do noticiário Jornal das Dez do canal televisivo Globonews, e do Jornal da Globo, da TV Globo.

O tema da apresentação de Sardenberg ainda será anunciado, assim como os nomes dos demais palestrantes do Simpovidro. Acompanhe o hotsite do simpósio para ficar por dentro de todas as novidades do encontro!

Currículo de peso
Jornalista desde 1969, Carlos Alberto Sardenberg é um nome reconhecido nacionalmente no setor econômico. De 1985 a 1987, foi coordenador de Comunicação Social do Ministério do Planejamento, ocasião em que participou do lançamento e divulgação do Plano Cruzado. Foi também repórter, redator e editor em alguns dos principais veículos brasileiros, como os jornais O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil e Folha de S. Paulo, e as revistas Veja e IstoÉ.

Voe para o 13º Simpovidro com desconto!
Simpovidro_passagensaereasUma importante novidade aos participantes: a Abravidro fechou uma parceria com a companhia aérea Latam, a transportadora oficial do evento!

Quem comprar as passagens aéreas com a empresa terá descontos exclusivos nos embarques de 6 a 15 de novembro de 2017:

Até 20% nas tarifas disponíveis;
10% nas tarifas promocionais.

Mas, atenção, o benefício não se aplica a crianças de até 12 anos e bilhetes Mega Promo.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Mantendo o vidro no lugar

Tanto selantes como adesivos são produtos comuns no trabalho de todo vidraceiro durante a instalação do nosso material nas obras. Por fazer parte desse dia a dia, muitos profissionais podem pensar que já conhecem bem esses produtos e sabem exatamente como usá-los — mas, como esta seção mostra a cada mês, a atualização do conhecimento e o aprendizado constante são peças fundamentais para evitar aplicações erradas e os problemas que elas trarão a médio e longo prazos.

O Vidroplano conversou com especialistas e profissionais do setor para reunir informações e dicas para o uso de cada tipo de produto. A seguir, veja um pouco mais sobre esses materiais.

Adesivo
Adesivo

Adesivo X selante líquidos
Em primeiro lugar, é importante reforçar que selantes e adesivos líquidos são produtos com funções diferentes. Jordana Barros, gerente de Negócios da Adespec, explica cada um:

Adesivo — Sua função é unir uma superfície à outra. Por conta disso, são produtos mais rígidos;

Selante — É utilizado principalmente para vedar lacunas que existem entre as superfícies, tornando-as impermeáveis. Geralmente, são mais flexíveis e com resistência inferior à dos adesivos.

Selante
Selante

Mas ainda há confusões sobre esses termos no nosso setor. “No mercado de fachadas, o material industrial de silicone usado para colar vidro e alumínio é conhecido genericamente por ‘selante estrutural’, um termo errado, pois o correto, nesse caso, seria ‘adesivo estrutural’”, explica Thiago Samora, gerente técnico da Sika.

Por dentro dos componentes
porque

Outro ponto para o qual o vidraceiro precisa estar atento é o tipo de componente usado na fabricação dos adesivos e selantes: dependendo do material, ele pode ser mais vantajoso para certo tipo de trabalho — ou, ao contrário, trazer problemas em vez de soluções.

– Silicone
Fernando Martins, especialista técnico da Dow Corning, destaca que adesivos ou selantes de silicone não são afetados por raios ultravioleta e são resistentes à água e a altas temperaturas;

– Poliuretano
Produtos feitos com esse material têm alta resistência mecânica (a forças e pressões), mas não suportam raios ultravioleta, temperaturas acima de 100 ºC ou produtos químicos. De acordo com Adriana Martinelli Catelli de Souza, coordenadora do curso de engenharia de materiais do Centro Universitário FEI, a cura do poliuretano normalmente é mais rápida que a do silicone;

– Híbrido
Segundo Eduardo Mano, gerente de Marketing da Tekbond, adesivos híbridos fazem parte de uma categoria mais recente, reunindo características do silicone e do poliuretano em um único produto — apresentam resistência mecânica mais alta que a do silicone e podem ser aplicados em áreas expostas a raios ultravioleta;

– Acrílico
Jorge Luis Alday, diretor da Alpatechno, aponta que, embora selantes com esse material sejam usados para vedações internas, de pequenas fendas, são produtos não recomendados para o setor vidreiro, pois não têm boa adesão sobre o vidro;

– Polímero de MS
Para Alday, soluções com esse componente têm grande versatilidade e excelente resposta como adesivos flexíveis. Por conta desse desempenho, elas são bastante usadas no Brasil para a fixação de espelhos;

– Pesilox
Desenvolvido pela Adespec, funciona como adesivo e selante, também combinando características do silicone e do poliuretano. “Ele pode aderir a diversos tipos de substrato sem precisar do uso de primers [produto para aumentar a adesão durante a colagem do vidro ou espelho]”, indica Jordana Barros.

Visores de piscina: evite selantes de silicone nessa aplicação
Visores de piscina: evite selantes de silicone nessa aplicação

Muitas opções, uma única escolha
Com tantas composições diferentes, como o vidraceiro pode escolher a solução mais adequada para sua necessidade? Mauro Medeiros, gerente de Contas de Selantes da Momentive, responde: “Para essa decisão, é preciso levar em conta se o produto será usado em ambiente interno ou externo, quais substratos em que o vidro será instalado e as características do componente do material escolhido”.

Medeiros aponta alguns exemplos de aplicação do vidro:

Visores de piscina — Selantes de silicone não são indicados, pois o material não foi desenvolvido para ficar submerso 100% do tempo;
Envidraçamento de sacada — Embora o silicone neutro comum possa ser usado se o vidro for encaixilhado, o estrutural é sempre recomendado para janelas, por oferecer maior robustez e adesão à estrutura;

Boxes de banheiro: além de vedar o sistema, silicone acético evita a proliferação de fungos
Boxes de banheiro: além de vedar o sistema, silicone acético evita a proliferação de fungos

Boxes de banheiro — Nesse caso, o silicone acético é indicado, por conter fungicida em sua composição;
Colagem estrutural de vidro em fachada — A NBR 15737 — Perfis de alumínio e suas ligas com acabamento superficial — Colagem de vidros com selante estrutural estabelece que silicones estruturais podem ser usados;
Juntas de dilatação (dispositivos para absorver a dilatação térmica das estruturas em contato com eles) — Recomenda-se o silicone neutro, cuja capacidade de movimento costuma ficar entre 35% e 50%. O poliuretano também é uma boa opção.

Basta desenrolar para fixar
Além dos adesivos líquidos, também é possível fixar vidros e espelhos com fitas de dupla face. “Mesmo em peles de vidro, seu uso é contemplado pela norma NBR 15919 — Perfis de alumínio e suas ligas com acabamento superficial — Colagem de vidros com fita dupla face estrutural de espuma acrílica para construção civil”, afirma Laureano Silva, gerente de Negócios da Adere. Além de proporcionar rapidez e maior produtividade, por não precisar de tempo de cura, elas também são recicláveis e resistentes a dilatações térmicas e intempéries.

Dupla face: ela não precisa de tempo de cura
Dupla face: ela não precisa de tempo de cura

O uso de fitas de dupla face é recomendado para a fixação de vidros ou espelhos em superfícies planas. Victor Hugo Busato, engenheiro de Aplicação da 3M, explica: “Onde não houver planicidade entre o vidro ou espelho e a parede ou estrutura, ou ainda caso a parede seja muito rugosa ou porosa, a fita de dupla face poderá não ter contato suficiente para suportar o esforço”.

Com relação especificamente a espelhos, há um cuidado adicional: embora as fitas de dupla face não provoquem manchas neles, recomenda-se verificar se há algum solvente residual ou outro componente químico que possam atacar e alterar visualmente sua superfície. É necessário, ainda, que sua fixação permita a circulação de ar entre a parede e o espelho, evitando sua oxidação.

Se surgirem dúvidas, a consulta à fabricante do produto é fundamental para evitar erros.

Cuidados para a colagem com fitas
Para trabalhos com esses produtos, há alguns procedimentos que precisam ser seguidos:

– Observar as dimensões e peso da peça a ser fixada para realizar os cálculos necessários — Luís Claudio Gandolphi, gerente técnico da Adere, explica que a regra para fixações estáticas com fitas de dupla face é utilizar 55 cm²/kg;
– Limpar a peça e o substrato com álcool isopropílico;
– Aplicar a fita de forma contínua em todo o contorno da peça, evitando o contato direto das mãos nas partes adesivas;
– Busato, da 3M, sugere, para aumentar o nível da fixação, o uso de primer ou outro promotor de adesão tanto no vidro ou espelho como no substrato em que ele será fixado;
– Pressionar a fita com firmeza em ambos os lados, para remover bolhas de ar e aumentar a área de contato da fita;
– Após posicionar a peça, evitar removê-la ou reposicioná-la antes da ancoragem total.

Neutro ou acético?
Ao procurar selantes de silicone, você vai encontrar em sua embalagem a informação se ele é neutro ou acético. Entenda a diferença:

Acético
– O silicone acético libera ácido acético durante a cura, explica Adriana Catelli de Souza, do Centro Universitário FEI. Thiago Samora, da Sika, destaca que esse ácido pode iniciar um processo de corrosão caso o produto seja aplicado em metais;
– Segundo Eduardo Mano, da Tekbond, os selantes feitos desse material são normalmente os indicados para trabalhos de vidro com vidro;
– Ele também é a opção recomendada para boxes de banheiro (pela presença de fungicida em sua composição).

Neutro
– Libera como subproduto de sua cura uma molécula de caráter neutro, sem potencial de causar corrosão nos substratos;
– Produtos com esse componente são mais versáteis e indicados para vedação em geral;
– “Havendo dúvidas sobre os diferentes tipos de substrato em que o produto será aplicado, opte pelo silicone neutro”, aconselha Adriana.

Controle sobre a cura
Na hora de escolher o adesivo ou selante para sua obra, você já deve ter reparado que eles são vendidos em uma única embalagem ou com duas latas e em bisnagas separadas. No primeiro caso, você adquiriu um produto monocomponente. tempodecuraNo segundo, um bicomponente. Fernando Martins, da Dow Corning, explica cada um:

– Monocomponente
Já é fornecido pronto para o uso. Sua cura ocorre pelo contato com a umidade atmosférica.

– Bicomponente
É composto de duas partes: uma, com a fórmula básica, e a outra, com o catalisador. A cura tem início quando ambas são combinadas. Apesar do trabalho da mistura, os bicomponentes costumam ter cura mais rápida que os monocomponentes.

Levando as normas aos vidraceiros
vp_senai1Como foi comentado no começo da reportagem, é importante que os vidraceiros estejam sempre atualizando seus conhecimentos por meio de treinamentos. Um deles é o Curso do Vidraceiro, realizado pela Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo, na cidade de São Paulo.

A Abravidro contribuiu para a capacitação de duas turmas desse curso. Nos dias 3 e 5 de agosto, Clélia Bassetto, analista de Normalização da associação, palestrou aos alunos sobre as principais normas técnicas para a instalação de vidros e suas determinações para garantir um trabalho com segurança e qualidade.

Fale com eles!
3M — www.3m.com.br
Adere — www.adere.com.br
Adespec — www.adespec.com.br
Alpatechno — www.alpatechno.com.br
Dow Corning — www.dowcorning.com/pt_BR/content/brasil
FEI — www.fei.edu.br
Momentive — www.momentive.com
Sika — bra.sika.com
Tekbond — www.tekbond.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Proteção nos hospitais

A radiação é uma grande aliada da medicina contemporânea: com ela, é possível realizar uma série de exames — radioterapia, mamografia e tomografia, entre outros. Porém, a exposição excessiva a ela pode causar sérios problemas de saúde, inclusive câncer.

Como, então, usá-la sem colocar os pacientes, médicos e operadores dos equipamentos em perigo? É aí que entram materiais especiais para barrá-la, entre os quais está o vidro plumbífero. A seguir, conheça um pouco mais sobre esse produto e o seu funcionamento.

Diferença vinda de berço
Andreia Santana, especificadora técnica da processadora PKO do Brasil, de Mogi das Cruzes (SP), explica que o plumbífero distingue-se de outros tipos de vidro já em seu processo de fabricação. “Diferente do float, produzido pela flotação [na qual a mistura das matérias-primas é fundida e derramada em uma piscina de estanho líquido], ele é fabricado por meio de estiramento vertical”, diz ela. Nesse processo, a chapa é fisgada por uma longa isca, à qual adere, sendo então esticada verticalmente com o uso de roletes.

Outra mudança na fabricação do vidro plumbífero é a adição do chumbo na massa (daí sua designação: chumbo, em latim, é plumbum). “Pela sua alta densidade, ele é capaz de barrar a radiação”, explica Andreia. Dessa forma, o produto final é transparente o suficiente para garantir a integração visual, ao mesmo tempo que oferece proteção radiológica de alta qualidade para aplicações médicas, técnicas e de pesquisa, com alta eficiência de blindagem contra os raios X.

Plumbífero em biombo: material precisa ser bem-instalado no sitema blindado, para não haver pontos de fuga da radiação
Plumbífero em biombo: material precisa ser bem-instalado no sitema blindado, para não haver pontos de fuga da radiação

Trabalho correto, segurança garantida
Se a especificação ou instalação do plumbífero não forem benfeitas pela empresa de blindagem radiológica, a radiação pode passar de um ambiente para outro. Para Claudemir Lopes, sócio-proprietário do Grupo GRX São Paulo, um dos cuidados fundamentais é garantir que a peça encomendada atenda a norma ABNT NBR IEC 61331 — Dispositivos de proteção contra radiação-X para fins de diagnóstico médico e tenha a espessura correta para a barreira a ser instalada. Essa medida é determinada pelo projeto de radioproteção.

Na instalação e manutenção das peças, fique atento:

– As bordas do vidro precisam estar revestidas pelas blindagens existentes do sistema, sejam elas de chumbo ou de argamassa baritada (mais densa que a comum, especial para proteção radiológica), para que não haja pontos de fuga de radiação;
– A instalação deve ser feita com calços e folgas adequados, como qualquer outro vidro;
– Para a limpeza, use apenas água, um detergente suave e um pano macio — caso seja necessário desinfetá-lo, consulte a fornecedora para saber que produtos podem ser usados;
– Nunca exponha o vidro plumbífero a mudanças de temperatura ou umidade;
– Use apenas selante neutro e substâncias alcalinas durante a instalação;
– Atenção às etiquetas adesivas: elas podem causar descoloração se o adesivo reagir à superfície do vidro;
– Não use produtos abrasivos ou pontiagudos na superfície do material.

Disponibilidade no mercado

Corning Med-S separando ambientes: material americano é beneficiado pela PKO do Brasil no País
Corning Med-S separando ambientes: material americano é beneficiado pela PKO do Brasil no País

O vidro plumbífero ainda não é produzido no Brasil. Apesar disso, a Schott, que conta com unidades no País, tem um produto nessa área, o RD 50, fabricado no exterior. Segundo a empresa, ele pode ser disponibilizado em diferentes versões — incluindo formas curvadas, peças com furações específicas, bordas trabalhadas e serigrafia.

Outros fabricantes de países como Alemanha, China e Estados Unidos também fornecem esse material para empresas brasileiras especializadas em proteção radiológica, como o Grupo GRX São Paulo. “Normalmente, esse produto já é beneficiado antes da importação”, observa Claudemir Lopes.

Em 2017, a PKO firmou parceria com a americana Corning para oferecer seu vidro plumbífero, o Corning Med-X, para pronta entrega em território nacional. “Com isso, os custos para compra foram reduzidos de maneira significativa, além de o produto poder ser fornecido com prazos menores”, afirma Andreia Santana. Com o beneficiamento feito no País, também é possível laminar duas peças para projetos que exijam maior proteção, ou montá-las em unidades insuladas para agregar isolamento térmico e acústico às suas outras qualidades.

Onde usar?

RD 50, da Schott: produto pode ser fornecido curvo, serigrafado e com furações
RD 50, da Schott: produto pode ser fornecido curvo, serigrafado e com furações

Não faltam espaços em que o uso de vidros plumbíferos é necessário. Segundo Jacqueline Nascimento, assistente de Vendas da Schott, as áreas para suas aplicações incluem:

– Janelas de observação e de intercomunicação;
– Vidros hospitalares panorâmicos;
– Paredes de proteção móveis;
– Painéis protetores para sistemas de check-up;
– Painéis protetores nas estações de trabalho de mamografia;
– Salas de raios X ou tomografia;
– Visores para laboratórios;
– Lentes de segurança para óculos de proteção.

Seu uso não é restrito a ambientes hospitalares, veterinários ou odontológicos. Esse vidro é um componente fundamental, por exemplo, em equipamentos de detecção de raios X em aeroportos.

Plumbífero x visor multicristal
Andreia Santana reforça a importância de se escolher o vidro plumbífero para blindagem radiológica em vez dos chamados visores multicristais, feitos unindo diversas peças comuns de vidro. “Como o visor multicristal não é eficiente para blindagem de radiações ionizantes diretas — somente indiretas —, dependendo da posição e distância do equipamento, a radiação vai ultrapassar a barreira”, explica. Além disso, a técnica da PKO lembra que a NBR IEC 61331 estabelece que as placas de vidro para proteção radiológica devem ter transparência maior do que 85% e conter chumbo na proporção de, no mínimo, 22% de sua espessura, condições não atingidas por esses visores.

Fale com eles!
Corning — www.corning.com
GRX São Paulo — www.grxsp.com.br
PKO do Brasil — site.pkodobrasil.com.br
Schott — www.schott.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Paixão e torcida não são suficientes

Escrito por Flavio Paim

Assim como para as vitórias do time de futebol, o empresário brasileiro também torce para o sucesso do seu negócio. O problema é quando começa a agir apenas como um torcedor no comando da empresa, atuando de forma impulsiva e esperando que os resultados ocorram de uma semana para a outra, de “um jogo para outro”.

Ame seu negócio
Ser apaixonado pelo próprio negócio torna os desafios diários mais fáceis de serem superados. Se a equipe de colaboradores “torce” para o sucesso, o grau de engajamento será muito maior.

Mas isso não é tudo
Porém, apenas paixão e torcida não são suficientes. Elas podem tornar o processo decisório de uma empresa algo viciado, com alta possibilidade de que atitudes equivocadas sejam tomadas. Por mais apaixonado que o gestor seja, é essencial ter um processo gerencial pautado pela racionalidade, utilizando-se de toda a técnica administrativa disponível e aplicável à realidade de seu segmento.

Agregando valor
Em um mercado cada vez mais competitivo, empresas que pretendem se manter relevantes necessitam desenvolver uma forte capacidade de agregar valor não só em produtos e serviços, mas também em suas práticas de gestão. Assim, alcançará seus objetivos por meio do entendimento dos desejos e necessidades do consumidor, gerando estratégias relevantes para o negócio e para o mercado como um todo.

Profissionalismo é a chave
Resultados duradouros não acontecem da noite para o dia. É essencial que o responsável pelo negócio busque transcender a dimensão passional e torcedora quanto ao seu negócio, tratando-o de maneira absolutamente profissional e estratégica.

Fale com ele!
Flávio Paim cópiaFlavio Paim é administrador e consultor empresarial. Possui MBA em marketing e sólida experiência nas áreas de gestão, comercial e marketing.
www.flaviopaim.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Adesão e engajamento

DomingosDas 12 edições do Simpovidro já realizadas, lembro-me de estar presente em dez delas. Sempre que pude, quis participar com minha família, por acreditar que é um importante momento de reunião de toda a cadeia vidreira, além de uma oportunidade de acesso a conteúdos que são úteis, de alguma forma, em minha empresa.

Agora que caminhamos para a 13ª edição, meu envolvimento com o simpósio está sendo bem diferente, com a possibilidade de acompanhar todas as etapas desde o começo. E, como presidente da Abravidro, posso dizer que é muito gratificante ver a receptividade do mercado ao nosso evento. Em pouco menos de um mês do lançamento, já registrávamos mais de duzentos inscritos, de mais de sessenta empresas do Brasil e do exterior, e dezesseis empresas apoiadoras.

Outro número positivo que vale comemorar é o de pessoas que participaram remotamente da reunião de discussão da norma do vidraceiro, realizada no final de julho, na sede da Abravidro: trinta profissionais acompanharam o debate pela Internet. A participação online nos encontros sobre normas sempre foi um desejo de nossa equipe técnica, por seu potencial de envolver mais pessoas e expandir o universo de contribuições na construção dos padrões que vão reger o mercado. A partir de agora, a intenção é que a interatividade esteja disponível em todas as reuniões do ANBT/CB-37.

Enquanto isso, os números da economia brasileira, em especial do vidro, continuam pouco favoráveis. A construção civil atravessa um momento delicado, com recuo de investimentos tanto no setor público como no privado, tendo reflexos diretos em nosso segmento. Nesse cenário, a informalidade vem crescendo dia a dia, o que não é bom para os negócios. A Abravidro, exercendo seu papel de defender os legítimos direitos e interesses do mercado, segue atenta e vigilante para que isso não prejudique ainda mais a cadeia vidreira nacional.

Este texto foi originalmente publicado na edição 536 (agosto de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.