Ambientes da Campinas Decor 2017 colocam vidro em destaque

A 22ª edição da Campinas Decor, mostra de decoração, arquitetura e paisagismo do interior paulista, apresentou aplicações de vidros e espelhos, fornecidos pela Cebrace, em vários ambientes. O Bistrô e Café (foto), de Pablo César, teve fachada de Habitat Refletivo Champanhe, além de adega e mesas com tampo de extra clear, da linha Vivânce. O Design Thinking, de Beto Tozi, e o Espaço Quattor, de Juliana Le Grazie, utilizaram Habitat Refletivo Champanhe 8 mm em seus fechamentos. A Garagem de Estar, de Adriana Bellão, contou com espelho incolor, também da linha Vivânce, na composição de uma ampla estante.

Mais informações: www.campinasdecor2017.com.br e www.cebrace.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

PPCPE pelo Brasil

Amvid, Ascevi e Sindividros-RS levaram o módulo de Planejamento, Programação, Controle da Produção e Estoques (PPCPE) da Especialização Técnica Abravidro para seus Estados nos meses de junho e julho, em parceria com a associação nacional. Uma edição do módulo em São Paulo, na sede da própria Abravidro, também foi realizada. Além disso, outras atividades ocorreram nesses Estados, assim como no Paraná. Veja mais a seguir!

 

PPCPE em turnê pelo Brasil!
Em cerca de um mês, nada menos que quatro Estados receberam o curso de PPCPE, módulo que tem como objetivo preparar os profissionais para repensar a estrutura de suas empresas, incluindo processos como a esquematização do atendimento, estoque e logística. Essa turnê da Especialização Técnica Abravidro teve início na própria sede da associação, em São Paulo, nos dias 8 e 9 de junho. De lá, Cláudio Lúcio da Silva, instrutor técnico e professor do treinamento, passou pela sede da Ascevi, em Florianópolis, nos dias 22 e 23, seguindo para o Centro de Liderança Empresarial da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), com a Amvid, em Belo Horizonte, nos dias 29 e 30, e, finalmente, chegando a Porto Alegre para realizar as aulas na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) com o Sindividros-RS, em 7 e 8 de julho.

Em todos os locais, a opinião dos alunos foi unânime: os conhecimentos passados no treinamento superaram suas expectativas — eles agora se consideram mais confiantes e bem-preparados para aumentar a eficiência do planejamento de negócios e do controle da produção de suas empresas.

 

vp_ascevi-scAscevi, em Florianópolis
Prontos para os próximos três anos!
No dia 7 de junho, a Ascevi realizou, em sua sede, a cerimônia de posse de sua nova diretoria. A gestão, que estará à frente da entidade de 3 de julho de 2017 a 14 de fevereiro de 2020, tem como presidente o empresário Lino Rohden, da Rohden Portas. Seu objetivo, enfatiza, é dar continuidade ao processo de descentralização da gestão da entidade, ampliando a participação das empresas vidreiras do interior do Estado.

NOVA DIRETORIA DA ASCEVI 2017-2020

DIRETORIA-EXECUTIVA
Presidente
Lino Rohden
Vice-presidente
Leonardo Oliveira da Costa
Primeiro-secretário
Daniel Alvino
Segundo-secretário
Wilson Roberto Holtrup
Primeiro-tesoureiro
Samir Cardoso
Segunda-tesoureira
Geizi Cardoso
Diretor-social
André Athayde de Oliveira Souza
Diretora de Marketing
Shahla Costa Othman
Conselheiros fiscais
Altemir Zamparetti
Alexandre Athayde de Oliveira Souza
Rafael Nandi da Motta
João de Campos (suplente)
Luiz Jaison Lessa (suplente)
Valmor Matheussi (suplente)

DIRETORES-REGIONAIS
Grande Florianópolis
Sandro Henrique Rensi
Sul
Tiago Mendes de Oliveira
Planalto Serrano
Jairo de Oliveira Souza
Vale do Itajaí
Marcelo Luiz Mangolt
Oeste
João Henrique Paludo Bolsi
Norte
Mauro Wagner

 

vp_sincomavi-spSincomavi-SP, em São Paulo
Liderando os líderes para o sucesso
Em sua sede, no dia 23 de junho, o Sincomavi-SP organizou o curso Liderança com Foco em Resultados. A instrutora Nidelci de Oliveira apresentou aos participantes o novo perfil de líder, com seus desafios, características e estilos. Ela também lembrou a importância de que esse líder saiba usar a comunicação como ferramenta poderosa e deu dicas para a formação de equipes de alto desempenho.

 

 

vp_sindividros-rsSindividros-RS, em Porto Alegre
Instalação com segurança
Mais uma turma do treinamento de Sacada Europeia foi formada pelo Sindividros-RS, no dia 24 de junho. O curso, ministrado pelo instrutor técnico Dilceu Schmidt, no Milão Hotel, na capital gaúcha, foi o primeiro do programa Qualividros – Qualificar para Transformar a contar com equipamentos de proteção individual (EPIs) para a parte prática da aula, reforçando a importância de seu uso no dia a dia. A aula foi patrocinada pelas usinas vidreiras AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix.

 

 

vp_adivipar-prAdivipar, em Londrina (PR)
Conhecimento e confraternização
No dia 30 de junho, a Adivipar levou seu tradicional Treinamento para Vidraceiros a Londrina, na churrascaria Chimarrão Grill, onde reuniu cerca de 150 participantes. Além de palestras do professor e consultor empresarial Júlio Reis, o evento também teve apresentações das usinas AGC, Cebrace, Guardian, UBV e Vivix (patrocinadoras do curso juntamente com a Saint-Gobain Glass) e um espaço com estandes das seis fabricantes vidreiras e das empresas apoiadoras Irmac Distribuidora, Lopes Máquinas e Smart Glass. Após o treinamento, um jantar foi servido aos participantes.

 

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
Adivipar-PR — www.adivipar.com.br
Amvid-MG — www.amvid.org.br
Ascevi-SC — www.ascevi.com.br
Sincomavi-SP — www.sincomavi.org.br
Sindividros-RS — www.sindividrosrs.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Evento apresenta vidros e espelhos a arquitetos

A Dunelli Casa, divisão da empresa de decoração Dunelli, promoveu, em junho, em São Paulo, a palestra Mitos e verdades sobre vidros e espelhos, ministrada por Vanessa Gonsalez, diretora-comercial da fabricante de móveis de vidro Vidrotec, e Líuam Cardoso, gerente de Marketing da Guardian. Ambos falaram para arquitetos e decoradores sobre os produtos indicados para cada projeto.

Mais informações: www.dunelli.com.br, www.guardianbrasil.com.br e www.vidrotec.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Glass South America tem novo ‘site’

A NürnbergMesse Brasil, organizadora da Glass South America, a maior feira do segmento vidreiro da América Latina, divulgou a nova identidade visual do site da mostra, com leiaute que se adequa ao formato da tela em que é exibido. No novo portal, é possível selecionar os expositores e produtos. O evento acontecerá de 9 a 12 de maio de 2018, no São Paulo Expo.

Mais informações: www.glassexpo.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

AGC contribui para peça teatral e lança nova campanha

Em maio, a AGC forneceu laminados incolores para a Companhia de Teatro Heliópolis, que os empregou na Casa de Teatro Maria José de Carvalho, na capital paulista, para compor o cenário da peça Sutil e violento (foto) — exibida até 27 de agosto — e ser a estrutura permanente do teatro, que até então era fechado por cortinas pretas. Segundo a empresa, o trabalho da companhia vai ao encontro de sua política de apoio à cultura. A AGC lançou ainda, no mesmo período, a campanha de marketing para a linha de espelhos Mirox Premium, com o slogan “Espelhos AGC. O melhor olhar sobre você”.

Mais informações: www.agcbrasil.com e www.ciadeteatroheliopolis.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Acontece

Novidades na Sasazaki: a empresa lançou duas linhas de portas e janelas. A Kompacta, de aço, e a AlumiSlim, de alumínio. Ambas já vêm com pintura de acabamento na cor branca, vidros instalados (lisos ou impressos, dependendo do produto) e opções de modelos com grade. Anotou a dica?

Por falar em lançamentos, a Soprano está divulgando os novos acessórios para suas fechaduras Eletroímã, incluindo botoeira de saída e controle de acesso. A melhor parte é que a empresa tem um kit especial para instalação da Eletroímã em portas de vidro de até 150 kg!

Por fim, deixamos aqui nossos parabéns para a Viminas! Em maio e junho, a processadora capixaba conquistou os troféus Art et Décor (foto) — destinado às melhores empresas e profissionais da arquitetura e decoração do Espírito Santo — e Marcas Ícones, para as marcas mais lembradas pelos consumidores do Estado, sendo premiada nas categorias Beneficiadora de Vidro e Indústria de Vidro Temperado, respectivamente. Bom trabalho, pessoal!

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.vp_acontece-viminas

Chegando em ritmo acelerado

A partir deste mês, assumo o papel de editora de O Vidroplano. Estou muito feliz com a oportunidade de fazer parte do time que trabalha para levar até você o melhor conteúdo sobre o setor vidreiro! Seguimos com o objetivo de fazer uma revista cuja leitura é essencial para todos os profissionais que atuam em nosso setor!

Na redação da revista e na sede da Abravidro, corremos bastante para colocar na rua a 13ª edição do Simpovidro, que este ano será realizado no Costão do Santinho Resort, em Florianópolis. Você encontra as principais informações sobre o evento nas próximas páginas e já pode garantir sua inscrição no site www.simpovidro.com.br, aproveitando as melhores condições de pagamento para o primeiro mês de venda. Não fique de fora!

Os detalhes da edição de 25 anos do Glass Performance Days (GPD), maior evento técnico do setor que ocorreu no final de junho, na Finlândia, com cobertura exclusiva de O Vidroplano para o Brasil, também estão em destaque — para acompanhá-la, clique aqui.

E ainda tem matérias sobre os desafios e novos recursos para executar projetos clean e dicas de como projetar o vidro conforme o sistema construtivo, seja alvenaria, aço ou madeira. Simplesmente indispensável!

Boa leitura!

Iara Bentes
Editora

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Hora de arregaçar as mangas!

O Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37) está trabalhando, desde junho, em dois novos projetos: a revisão da norma sobre vidros laminados e a criação do texto a respeito de vidros termoendurecidos. As reuniões já começaram — temos realizado encontros separados para cada atividade no mesmo dia, como forma de aproveitar a presença dos participantes para a elaboração dos textos.

Laminados em revisão
O objetivo da revisão da norma NBR 14697 — Vidro laminado é atualizar o texto e deixá-lo em concordância com a revisão publicada pela Organização Internacional de Normalização (ISO).

Já estamos na terceira reunião para essa atividade. Durante as discussões, diversos pontos modificados na norma internacional estão sendo analisados e outros requisitos podem ser incorporados à NBR 14697. Um ponto muito importante é que esse trabalho servirá como base para a certificação do vidro laminado, tema que será discutido na sequência.

Nova norma para termoendurecidos
O vidro termoendurecido também ganhará uma norma brasileira. Conhecido ainda como semitemperado, esse material passa por um tratamento térmico semelhante ao dos vidros temperados, sendo duas vezes mais resistente que o float.

A elaboração de uma norma para eles, com base na europeia EN 1863, é uma demanda vinda do próprio setor vidreiro nacional. Com ela, será possível determinar, entre outros aspectos, as características do produto, sua forma de processamento e a metodologia de avaliação da sua qualidade.

Após a avaliação do texto base inicial, a comissão irá determinar os pontos que precisam ser revisados e adequados.

CleliaClélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro

Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Quem não se preparar vai ficar para trás

Iara Bentes, superintendente da Abravidro e editora de O Vidroplano, e Celina Araújo, que deixou os cargos no final de junho, conversaram com os brasileiros que viajaram para a Finlândia. Confira a seguir os depoimentos.

Charlie“Essa foi a primeira vez que participei do GPD. Chamou a atenção a experiência dos palestrantes, trazendo mais informações para testarmos na fábrica, evoluir o nosso processo e entregar um produto da melhor qualidade. O networking é impressionante: tivemos reuniões com empresas que querem ser nossos parceiros.”
Charlie Ang, gerente de Compras e Planejamento da PKO do Brasil

Eloi“As palestras estão relacionadas à parte prática. O que mais impressionou foi a questão da automatização que os equipamentos vão sofrer com a Internet das Coisas, e também as startups, empresas inovadoras apresentando novos produtos. A evolução vai chegar muito rápido ao nosso mercado e ninguém vai escapar dela.”
Eloi Bottura, gerente de Serviços na América Latina da Glaston Brasil

Franklin“Essa foi a terceira vez que fui ao GPD. Alguns assuntos foram tratados antes, mas agora de forma mais objetiva, como a anisotropia. Houve também novidades em engenharia de fachadas. Infelizmente, não tivemos nenhum especificador de vidro do Brasil, sendo que o GPD é dedicado a pessoas que desenvolvem esse trabalho.”
Franklin Marques, diretor-industrial da Brazilglass

José Carlos Jeronymo - Glaston“De todas as edições do GPD das quais participei, essa foi a que mais teve pessoas da América do Sul. Aqui é onde se debate em nível mundial os rumos para onde caminha o mercado. O que levo daqui é a importância de se melhorar a qualidade do vidro no nosso país. Temos de sair da mesmice e ir para o valor agregado.”
José Carlos Jeronymo, diretor-comercial da Glaston Brasil

Moreno“Tive orgulho de presenciar as startups. Isso é revolucionário para o setor, pois traz vida nova aos negócios. Alguns amigos levaram seus filhos, e essa sucessão nas empresas é fundamental para sobreviver nesse momento difícil. É hora de criar algo novo, até gerar um mercado que hoje não existe.”
Moreno Magon, vice-presidente de Vendas e Serviços da Glaston para a América do Sul

Osvaldo Hiroshi Fukunaga - PKO“Fui ao GPD pela primeira vez. Nas apresentações sobre vidros temperados, consegui entender a parte teórica do processo — até então, só conhecia a prática. Esse contato com outras empresas, tecnologias e conhecimentos é enriquecedor. Volto agora, sem dúvida, mais informado ao Brasil.”
Osvaldo Hiroshi Fukunaga, gerente-industrial da PKO do Brasil

Raimundo Calixto RCM Engenharia de estruturas“Contando este ano, já estive sete vezes no GPD. O meu papel é tentar retirar o básico do básico, pois considero que, em muitas ocasiões no Brasil, esse tratamento é feito de forma muito pouco aprofundada. Destaco as novas tecnologias desenvolvidas por centros acadêmicos.”
Raimundo Calixto de Melo Neto, diretor da RCM Engenharia de Estruturas

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Transparência e reflexão com requinte

A Casa Cor São Paulo 2017, realizada no Jockey Club de São Paulo, acabou no dia 23 de julho. E, mesmo se você não pôde visitar a maior mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas, bastou ter acompanhado a revista O Vidroplano para conferir alguns destaques no uso do nosso material: a edição do mês passado (junho de 2017) mostrou oito ambientes que se destacaram graças à presença de vidros. Este mês, aprecie mais algumas aplicações que contribuíram para a sensação de amplitude e sofisticação das áreas.

ESPAÇOS ESPELHADOS

vp_jardimbilheterialuxúriaJardim de reflexos
Logo ao chegar no Jockey Club, o visitante já dava de cara com diversas estruturas de face espelhada. Essa era a primeira parte do Jardim e Bilheteria da Luxúria, de José Marton. Ao entrar no espaço, mais espelhos cobriam paredes e divisórias inteiras (foto). Todas as peças eram incolores da linha Vivix Spelia, da Vivix, instalados pelo PS do Vidro. Mais informações: vivixvidrosplanos.com.br, www.martonestudio.com.br e www.psdovidro.com.br

 

 

vp_casadamataPrivacidade elevada ao cubo
Para acessar o banheiro na Casa da Mata, de Olegário de Sá e Gilberto Cioni, era necessário entrar em um cubo revestido com peças refletivas SunGuard Neutral 14 (8 mm), da Guardian (foto). A face do cubo voltada para a cama tinha um televisor plano logo atrás do vidro refletivo. A instalação foi feita pela Silvestre Vidros. Mais informações: www.guardianbrasil.com.br, www.saecioni.com.br e www.silvestrevidros.com.br

 

 

TRANSPARÊNCIA E INTEGRAÇÃO

vp_tartuferiaCozinheiros à vista!
Na Tartuferia, de Gustavo Jansen, as estantes com prateleiras de vidro (15 mm) e fundo de laminado (10 mm), faziam a integração entre cozinha e demais ambientes (foto). As estantes tinham vidros da Vivix, fornecidos pelo PS do Vidro. Mais informações: vivixvidrosplanos.com.br, www.psdovidro.com.br e (11) 98604-0090 (Gustavo Jansen)

 

 

 

restaurante_casacorRefeições em meio à luz natural
Um ambiente transparente para refeições, que se aproveita da luz natural. O Restaurante Casa Cor, de Patrizia Genovese e Guilherme Longo, tinha fachadas, janelas (foto) e porta de correr da entrada feitos de temperados (10 mm), com lapidação especial, fornecidos pela Vidro Laser. As mesas e estantes (estas de float 19 mm) eram da fabricante de móveis Breton. Mais informações: www.vidrolaser.com.br e www.breton.com.br

 

 

vp_casaniwaDo teto ao assento
Interior e exterior se misturavam na Casa Niwa, de Paloma Yamagata, Aldi Flosi e Bruno Rangel, do escritório Yamagata Arquitetura. Esse efeito foi obtido pelas amplas aplicações de vidro, dos laminados (6 mm) revestindo parte do teto aos temperados (8 mm) pivotantes (foto) compondo a fachada, todos fornecidos pela vidraçaria Vidrolopes. Outro destaque era a Namoradeira Palito, peça especial da marca de móveis Glass11 em parceria com a Galeria Nicoli, feita com vidro incolor (19 mm) para o assento e pernas, com encostos de peças de madeira. Mais informações: galerianicoli.com.br, www.glass11.com.br, www.vidrolopes.com.br e www.yamagataarquitetura.com.br

 

Fale com eles!
Casa Cor SP — casacor.abril.com.br/mostras/sao-paulo

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

O futuro do vidro é agora

A grade oficial de palestras, da edição 2017 do Glass Performance Days (GPD), incluiu cerca de 140 apresentações sobre temas variados, de processamento de vidros a técnicas de instalação, passando ainda por exemplos de projetos ao redor do mundo. Entre os assuntos que tomaram conta das discussões, destacam-se o uso de vidro estrutural, a ocorrência de anisotropia na têmpera e o conceito de “envidraçamento inteligente”, tema que promete dominar os debates sobre fachadas com o material daqui em diante. Veja a seguir um resumo das principais palestras.

Oferecendo novas experiências aos usuários — A era das telas
Michael Robinson, CEO e diretor de Design da ED Design, explicou que a tendência para o futuro no uso do vidro é o material contribuir para uma melhor experiência do usuário, proporcionando a ele tecnologia e sensações. Isso irá ocorrer por meio do conceito de realidade aumentada — que permite uso de interfaces para promover a interação com produtos e locais. Pensando nessa tecnologia, cortinas de vidro em carros, salas, aviões e outros espaços poderiam servir como tela para notícias, previsão do tempo e outras informações a serem mostradas.
Ideia chave: o vidro do futuro precisará trazer tecnologia em todos os seus pequenos detalhes. Se você não fizer isso, outros farão e tomarão seu lugar no mercado.

Barbara SiebertEspecificação em condições extremas
O vidro usado em construções sob condições climáticas extremas em locais de difícil acesso, como montanhas ou regiões costeiras, foi o tema da engenheira Barbara Siebert, do escritório Dr. Siebert Consulting Engineers. Barbara comentou as variadas dificuldades encontradas nos projetos, incluindo a logística para transporte das peças — em alguns casos, foram levadas de helicóptero até os canteiros — e como encarar fatores que podem diminuir o desempenho de nosso material (umidade, corrosão, neve). Em uma estação de esqui e observação na montanha Nebelhorn, na Alemanha, por exemplo, foram aplicados vidros triplos com interlayers especiais para resistir à força do vento.
Ideia chave: não existem fatores climáticos ou relativos ao local de um projeto que impeçam o uso do vidro.

Selantes estruturais e a transparência total
A arquiteta Lisa Rammig, membro do escritório inglês Eckersley O’Callaghan, revelou detalhes da construção do escorregador de vidro que fez sucesso na Glasstec, a maior feira do setor vidreiro do mundo, em setembro do ano passado. A estrutura era formada por uma única peça de vidro curvo com 9 m de extensão, fixada a uma escada de 4 m de altura. Não existiam fixações mecânicas: somente selantes estruturais faziam o escorregador parar em pé. A capa da edição de outubro de 2016 de O Vidroplano mostrou essa obra, está lembrado?
Ideia chave: selantes se tornaram elementos essenciais para estruturas que zelam pela transparência máxima.

Envidraçamento em camadas
Um conceito inovador foi mostrado por Martien Teich, da Seele. As closed cavity facades são fachadas duplas usadas em edifícios com grande necessidade de proteção térmica e sonora, além de oferecer total transparência. São feitas com um fechamento de vidro externo e outro interno. O espaço entre ambos os fechamentos é selado — o conceito é semelhante ao do vidro insulado. Assim, diminui a necessidade de manutenção, permitindo ainda a integração de elementos sombreadores.
Ideia chave: em fechamentos de vidro, não existe a necessidade de se ficar preso a conceitos antigos, os quais oferecem pouca eficiência energética.

Tomas LenkimasFotovoltaicos em fachadas aliam eficiência e estética
Como promover o equilíbrio entre a estética e a eficiência de fachadas de vidro com BIPV (painéis solares integrados à construção)? Erika Saretta, mestra-assistente da Universidade de Ciências Aplicadas e Artes do Sul da Suíça, indicou soluções arquitetônicas já existentes, além de apresentar opções de tratamento dos painéis para esse resultado. O assunto também foi abordado por Tomas Lenkimas. Chefe do departamento de pesquisa e desenvolvimento da processadora Glassbel, ele apresentou a sede da empresa na Lituânia, com fachada dupla e uso de painéis fotovoltaicos, e também detalhou o desempenho do prédio em relação às expectativas, seu impacto ambiental, custos e aprendizados com o projeto.
Ideia chave: os fotovoltaicos precisam se tornar, cada vez mais, uma opção viável para arquitetos e engenheiros.

Controle da anisotropia
A anisotropia é uma característica óptica do vidro temperado que resulta em um efeito de manchas coloridas na superfície das chapas. Essa é uma característica do processo de têmpera que parecia ser impossível de evitar. No entanto, uma esperança nesse sentido foi divulgada. Em sua palestra, Francis Serruys, gerente-sênior da Saint-Gobain Glass Solutions, comentou sobre um equipamento capaz de visualizar e medir o nível de anisotropia dos vidros. Isso irá permitir o controle desse efeito até então pouco estudado.
Ideia chave: a busca pela qualidade do produto deve ser uma constante em nosso mercado.

Stephen Selkowitz‘Fachadas inteligentes’: a revolução na arquitetura
A evolução do uso do vidro em fachadas ao longo dos últimos anos foi o tema de Stephen Selkowitz, consultor do Lawrence Berkeley National Laboratory. Seu objetivo era entender quais fatores guiarão o envidraçamento nas próximas décadas. O conceito de “fachada inteligente” será uma constante cada vez mais presente, segundo Selkowitz, seja para oferecer conforto aos ocupantes de um edifício ou para fornecer energia (com a integração de painéis fotovoltaicos nas estruturas). Além disso, nosso material será encarado como um elemento dinâmico da construção, ao invés de algo estático. A maior aplicação de vidros tecnológicos já está se tornando uma realidade — um exemplo disso é que, neste ano, os vidros low-e, com baixa emissividade, representarão cerca de 90% da fatia de mercado nos EUA.
Ideia chave: o vidro deixou de ser um mero elemento de fechamento faz tempo.

A segurança dos laminados
Sandro Casaccio, da Kuraray, detalhou as diferentes formas de aplicação dos laminados, principalmente os com películas especiais de segurança. Além de apontar os benefícios de PVBs acústicos e quais estruturas podem receber esse tipo de vidro (como coberturas e claraboias), mostrou projetos ao redor do mundo, com destaque para três deles. No New York Pierhouse, em Nova York, o uso de laminado acústico permitiu a criação de uma fachada transparente em um empreendimento residencial. Também nos Estados Unidos, a Porsche Design Tower, localizada em Miami, possui o interlayer Ionoplast, produzido pela Kuraray, que é capaz de fazer o vidro resistir a furacões. Já o prédio da AIDA Entertainment Building, na Alemanha, ganhou PVBs coloridos, dando vida às cerca de quinhentas peças de vidro da fachada. Julia Schimmelpennnigh, da Eastman, que também falou sobre laminados em sua palestra, apresentou dados sobre testes realizados nesse tipo de vidro, chegando à conclusão de que o PVB estrutural é menos suscetível à delaminação e manchas nas bordas do vidro do que o PVB comum.
Ideia chave: interlayers especiais permitem aplicações diferenciadas do vidro laminado.

Vidro e a busca pelo diferente
Marcin Brzezicki, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Wroclaw (Polônia) abordou as tendências no design de fachadas transparentes. Para ele, os arquitetos agora buscam alternativas artísticas, próximas da escultura. Foram mostradas obras com inovações, como pele de vidro com formações geométricas tridimensionais e brises (quebra-sóis) com o material. Na edição de maio deste ano de O Vidroplano, foi citada a nova sede da empresa de cosméticos Natura, em São Paulo, que também ganhou brises envidraçados. A arquitetura nacional está de olho no que se torna padrão lá fora.
Ideia chave: nossas empresas devem trabalhar próximas de arquitetos e engenheiros para criar soluções de aplicação.

Fale com eles!
GPD — www.gpd.fi

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Cobertura ‘online’ do GPD 2017

O Portal Abravidro e nossas redes sociais levaram ao setor vidreiro nacional informações em primeira mão do Glass Performance Days (GPD) 2017. A cobertura fez sucesso: recebemos comentários no Facebook sobre o fórum e até mesmo a respeito de um dos temas mais debatidos na Finlândia — a anisotropia. Veja abaixo alguns deles. A reportagem completa sobre o GPD está nesta edição (para lê-la, clique aqui).

Excelentes informações na cobertura de vocês sobre o GPD 2017!
Felipe Durães
Art Final Soluções em Vidro
Rio de Janeiro

Lembro-me de que, quando apareceram no Brasil os primeiros fornos horizontais, na década de 1990, observei que o fenômeno anisotrópico estava literalmente invisível. Pesquisando e comparando entre fornos horizontais, verticais e sopradores de bicos de borracha, alumínio etc., cheguei à conclusão de que a diferença estava no uso de sopradores em forma de lábio, substituindo os tradicionais bicos de borracha ou de alumínio com boca de diâmetro 4 mm, para sopragem do ar temperador. Espero, em breve, comparar e ver se existem outras novidades sobre o assunto. Nunca se deve parar de pesquisar, entender e crescer profissionalmente. Por sinal, ao longo do tempo, incluí sopradores de lábio em fornos verticais e o resultado foi o esperado, sem anisotropia!
Francois Willemin
Fortaleza

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Prepare-se para o 13º Simpovidro!

A 13ª edição do maior encontro do setor vidreiro do Brasil já tem data e local para acontecer: o Simpovidro será realizado de 9 a 12 de novembro, no Costão do Santinho Resort, em Florianópolis. Como de costume, o espaço é um resort all inclusive com certificado de excelência do Trip Advisor — um dos sites mais conceituados do mundo em análise de hotéis — e já foi eleito várias vezes, em diferentes prêmios, como o melhor resort de praia do Brasil.

A temática do evento terá como base o Oscar, a badalada festa hollywoodiana. Afinal, em meio às dificuldades enfrentadas pelo País, os empreendedores e profissionais do nosso setor merecem ser reconhecidos por continuarem investindo, gerando empregos e dando sua contribuição para a economia nacional. Esse empenho ficou claro durante a última edição do Simpovidro: em 2015, mesmo com o cenário de instabilidade econômica do País, o simpósio conseguiu reunir 814 participantes. A seguir, conheça um pouco mais sobre o local e os passos para se inscrever no evento. E não deixe de acompanhar o hotsite do Simpovidro, pois mais informações serão divulgadas nos próximos meses.

piscina


Conheça a ‘casa’ do 13º Simpovidro

O Costão do Santinho Resort está localizado em Florianópolis, a 44 km de distância do Aeroporto Internacional de Florianópolis – Hercílio Luz e a apenas 35 km do centro da cidade. O resort conta com:

– Um complexo aquático com 9 piscinas na área social, uma delas com borda infinita e vista para o mar;
– 5 restaurantes;
– 4 bares;
– Atividades de recreação organizadas por monitores para adultos e crianças;
– Uma das mais completas infraestruturas para a prática esportiva em resorts do Brasil, em diversas modalidades;
– Costão Spa, com diversas opções de tratamento para relaxamento, emagrecimento ou embelezamento;
– Espaços dedicados para as crianças, como o Costão Kids, Costão Games e Costão Baby.

Acomodações
Uma série de acomodações estarão disponíveis nas seguintes áreas:

Superior 1 dormitório (1)VILAS PORTUGUESAS — São 14 prédios, dentro do resort, cuja construção lembra aspectos históricos da colonização açoriana local em sua arquitetura com tijolos aparentes, arcos e aberturas coloridas. Cada vila tem apartamentos nas versões Standard e Superior (esta última com opções de um, dois ou três dormitórios).

Suíte JúniorHOTEL INTERNACIONAL — Localizado bem em frente à praia do Santinho. Ele terá algumas de suas suítes à disposição dos participantes do Simpovidro, na opção Júnior.

 

Conheça os apoiadores do simpósio (até agora!)
Ao que parece, o sucesso do Simpovidro 2015 se repetirá neste ano. As cotas de apoio mal foram liberadas e diversas empresas demonstraram interesse em participar do encontro. Até o fechamento desta edição de O Vidroplano, nove empresas já estavam confirmadas como apoiadoras oficiais. Quer que sua empresa também apoie o Simpovidro? Fale com a Abravidro no tel. (11) 3873-9908.

apoiadores
Por dentro do Simpovidro
– Objetivo: aliar atualização sobre o mercado, networking e lazer em um ambiente descontraído;

– Apresentações: o Simpovidro sempre reúne palestrantes renomados, entre grandes personalidades da área de gestão e líderes de nosso setor, para relatar suas experiências em conferências enriquecedoras e cheias de criatividade;

– Área de exposição: o simpósio também dedica um espaço para as empresas apoiadoras apresentarem seus produtos, uma boa forma de profissionais do setor conhecerem novidades e fecharem negócios;

– Por que participar: o evento é uma oportunidade valiosa para se relacionar com atuais ou futuros clientes, trocar informações e fechar negócios, além de se atualizar sobre as tendências em um ambiente diferenciado e desfrutar de momentos de lazer.

Inscreva-se já!
As inscrições para o 13º Simpovidro são feitas pelo hotsite www.simpovidro.com.br

DESCONTOS ESPECIAIS:
20% para os associados da Abravidro
15% para as empresas afiliadas às entidades regionais
Veja a tabela de preços no hotsite do Simpovidro.

Central de Atendimento Simpovidro
Dúvidas sobre o simpósio? Ligue para (11) 3670-1388

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
Simpovidro — www.simpovidro.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Vem aí mais um Simpovidro!

domingosÉ com muita alegria que anunciamos a 13ª edição do Simpovidro, o maior encontro vidreiro do Brasil! Em um ano de crise como o que estamos vivendo, nós, da Abravidro, entendemos que a sua realização se torna ainda mais importante e necessária.

Nosso simpósio reúne, a cada dois anos, os maiores empresários da cadeia vidreira de todas as regiões do País, em uma excelente oportunidade de networking e interatividade, em meio a um ambiente propício para a geração de negócios. Este ano não será diferente!

Se, em 2015, buscamos inspiração no circo para nos reinventarmos em meio ao caos político e econômico, agora o evento será realizado com o propósito de reconhecer o segmento, que vem lutando bravamente contra o desaquecimento do nosso mercado. Por isso, nos basearemos no Oscar, a badalada festa anual do cinema.

O encontro será mais curto, com duração de três dias, mas estamos trabalhando para oferecer uma programação de excelência, como já é tradição no Simpovidro. Há anos, frequento o simpósio com a minha família e estou muito feliz em poder participar como organizador desta vez. Acompanhei de perto as visitas técnicas para a escolha do local e as negociações para podermos oferecer as melhores condições de inscrição. Chegamos a considerar fazê-lo nos arredores de São Paulo, já que o Estado concentra parte expressiva dos participantes, mas o custo para se fazer um evento no padrão do nosso na região era inviável.

Por isso, deixamos a Bahia, que acolheu as últimas quatro edições do Simpovidro, e seguimos para Santa Catarina, no belíssimo Costão do Santinho Resort. No momento, estamos focados na seleção de palestrantes de alto nível para, mais uma vez, levar conteúdo de qualidade aos participantes.

Agora, contamos com o envolvimento de cada um de vocês para fazer desta edição mais um sucesso de público!

José Domingos Seixas
Presidente da Abravidro

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Você já aplica indicadores de desempenho?

Escrito por Edweiss Silva

Os indicadores-chave de desempenho, também chamados simplesmente de indicadores de desempenho e gestão, são ferramentas que medem o nível de eficiência de uma empresa ou de um determinado processo. Eles são essenciais para qualquer tipo e tamanho de negócio: grande parte das pequenas e microempresas que vão à falência nos dois primeiros anos de vida sofre com a escolha incorreta do indicador.

O sucesso de um negócio depende de o gestor saber se a saúde da empresa está boa ou ruim. Assim, conseguirá tomar decisões focadas na resolução dos problemas. Vale lembrar: apesar da situação econômica em que vivemos, uma empresa certamente irá sobreviver quando apresentar resultado operacional.

O gestor deve escolher os indicadores mais apropriados para o seu negócio. Alguns exemplos:

– Novos clientes: monitorar o número de novos consumidores que participaram do faturamento, além de reduzir o grau de dependência de clientes específicos;

– Gastos de fabricação: controlar os custos de produção ou a participação deles nas despesas gerais da empresa;

– Qualidade: analisar o índice de qualidade dos produtos;

– Faturamento: controlar o percentual do aumento do faturamento.

No processo de certificação do vidro temperado, por exemplo, alguns indicadores são essenciais, como a qualidade dos fornecedores e produtos e a satisfação do clientes.

Conclusão: gestão é a soma da atividade de escolher os indicadores e analisá-los. Com pelo menos trinta minutos por semana com sua equipe, sua empresa poderá obter novos e melhores resultados!

ed cópiaFale com eles!
Edweiss Silva é tecnólogo em gestão da qualidade, consultor da Abravidro para Certificação Inmetro responsável por auxiliar na preparação das empresas para esse processo. esilva@abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

‘Cabe a nós atuar pelo desenvolvimento do nosso mercado’

Há pouco mais de dois meses na Abravidro, Iara Bentes já teve tempo para conhecer mais de perto as características do mercado vidreiro. Nascida em Brasília, está em São Paulo há sete anos e traz no currículo passagens pelo Ministério da Educação e Confederação Nacional da Indústria (CNI), além da indústria farmacêutica e outra associação setorial. Agora, nos cargos de superintendente da Abravidro e editora de O Vidroplano, seus desafios são outros: “Vivemos um momento difícil, sim, mas a Abravidro tem o papel fundamental de organizar o setor e ajudá-lo a atravessar esses tempos de adversidade”, comenta. A seguir, veja a entrevista exclusiva com Iara e conheça sua visão sobre o período atual do mercado e as ações da entidade.

Qual é o seu maior desafio na Abravidro?
Iara Bentes — Num curto intervalo de tempo, o setor vidreiro passou de seu apogeu, com mercado intensamente comprador, muitas obras e investimentos, para um momento de queda vertiginosa. Eu não vim aqui para reinventar a roda. Tem muita coisa boa sendo feita e minha ideia é dar prosseguimento a isso, somando novos projetos a essa pauta já tão qualificada da Abravidro.

Como a incerteza política e econômica atrapalha os planos para a retomada do crescimento do setor?
Iara — Vivemos um momento muito inglório em todos os aspectos. Como cidadão, a gente se vê desconsolado com essa realidade de escândalos quase que diários. Para o empresariado não é diferente, não se tem nenhuma certeza de que vamos sair dessa crise, principalmente pela sucessão de denúncias que contaminam o ambiente de negócios e impactam diretamente o dia a dia das empresas. Estamos em um setor no qual o desenvolvimento vem com grandes obras e investimentos — e o momento não está propício para isso.

_MG_9444Esse momento turbulento impacta os pleitos da Abravidro que envolvem o governo federal, como a questão da neutralidade do ‘IPI’?
Iara — Já temos uma solicitação de reunião em Brasília para abordar a questão da neutralidade do Imposto sobre produtos industrializados, o IPI. Nós avaliamos essas questões independentemente do cenário político, afinal, por mais que a crise exista e preocupe a todos, ela não pode ser paralisante.

De que modo a Abravidro pode trabalhar para que o segmento retome seu rumo em meio à crise?
Iara — Como entidade associativa e representativa, estamos aqui para dar voz aos pleitos de nossos associados. Em tempos de crise, cabe a nós estar especialmente atentos a toda e qualquer oportunidade de atuar em favor do desenvolvimento do nosso mercado.

Agora que já está inserida no setor vidreiro há mais de dois meses, qual a sua visão de nosso mercado?
Iara — Esses dois meses foram intensos e muito ricos. Sou jornalista e é uma característica dessa profissão a facilidade de mergulhar para aprender sobre algo novo. Tive ainda a oportunidade única e fundamental de ter feito a transição junto com Celina Araújo [que deixou os cargos de superintendente e editora de O Vidroplano em 30 de junho], que me permitiu adquirir conteúdo rápido e em profundidade. Vejo o mercado atravessando um momento difícil, buscando se reinventar e ter excelência em seus processos para passar de pé pela tempestade. Não tem sido fácil, há muitas dificuldades no caminho: aumento de preços da matéria-prima, atuação predatória das grandes distribuidoras e crise econômica e política.

_MG_9356A Abravidro está lançando a 13ª edição do Simpovidro, o maior simpósio vidreiro brasileiro. Como está a preparação do evento?
Iara — Estou chegando à entidade em ano de Simpovidro, que conta com enorme prestígio no mercado. É um evento em que todo mundo quer estar, que dá um norte para o setor e ajuda as empresas a repensar seus negócios. Por conta da crise, tivemos de rever alguns fatores no modelo: este ano, o simpósio tem um dia a menos e a expectativa de público é um pouco diferente da média dos últimos anos. Mas estamos trabalhando para fazer um evento com o mesmo padrão de qualidade de edições anteriores.

Como é assumir também o cargo de editora da revista ‘O Vidroplano’?
Iara — Não há dúvidas de que O Vidroplano — e todo o conteúdo produzido pela Abravidro — é o melhor sobre o setor vidreiro no Brasil. Vamos continuar trabalhando para fazer uma revista contemporânea, tanto visualmente como em termos de linguagem. Temos buscado também atrair os vidraceiros, com a coluna “Para sua vidraçaria”. É importante olhar para esse profissional, um parceiro essencial da cadeia. Sem ele, o processador não tem como escoar sua produção. Nada mais natural que a Abravidro direcione um conteúdo e informações para o vidraceiro fazer um trabalho ainda melhor.

_MG_9589Como foi a experiência de participar do Glass Performance Days (GPD) 2017, na Finlândia?
Iara — O que mais me impressionou no GPD foram a qualidade e o volume de conteúdo. Foram dois dias de programação muito intensa, com pessoas que são referência nas áreas em que trabalham. Infelizmente, a adesão de profissionais brasileiros, tanto da indústria processadora como de especificadores, ainda fica muito abaixo do esperado.

Gostaria de deixar uma mensagem ao setor vidreiro?
Iara — Minha mensagem é de que eu e a equipe da Abravidro estamos à disposição para trabalhar pelo setor. Quero trabalhar junto, buscar novos projetos e também continuar com o que está funcionando muito bem.

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Conhecimento: a chave para o futuro do setor

Quem está atento aos movimentos do setor deveria ter visitado a cidade de Tampere, na Finlândia, de 28 a 30 de junho, para participar do Glass Performance Days (GPD) 2017. O fórum, organizado bienalmente pela Glaston, forneceu o melhor conteúdo técnico vidreiro do mundo, contando com palestras que analisaram questões relevantes e atuais para o processamento, especificação e instalação de vidros. A convite da Glaston, Iara Bentes, superintendente da Abravidro e editora de O Vidroplano, e Celina Araújo, que deixou os cargos no final de junho, participaram do evento — elas foram nossas correspondentes. Confira, nas próximas páginas, um resumo dos melhores momentos do GPD.

Interatividade: nova casa e ‘networking’
pavilhãoA estreia da nova casa do GPD, o pavilhão de exposições Tähtiareena, foi um dos pontos altos do evento. Montada como se fosse um único grande espaço, compreendia o palco principal, salas para palestras e feira, tudo para gerar contato entre os participantes.

Outro elemento de interação: num mural de vidro inspirado na estética do grafite, criado para comemorar os 25 anos do fórum, era possível escrever mensagens em homenagem à data. Além disso, foi desenvolvido um aplicativo oficial para aparelhos móveis, incluindo informações como detalhes da programação.

Panorama do vidro no mundo
bernardA cerimônia de abertura oficial, na tarde do dia 28, começou animada, com show de percussão e pirotecnia. Primeiro a discursar, Jorma Vitkala, chairman do comitê organizador do GPD, apresentou as novidades para essa edição, como o Step Change, programa voltado para criar parcerias entre grandes empresários e startups vidreiras. Citou ainda números sobre os 25 anos: desde 1992, foram mais de 3 mil palestras e 10 mil páginas de documentos técnicos. Vitkala foi surpreendido com uma homenagem pelos anos à frente do evento, recebendo prêmios de entidades e mensagens de empresários de vários lugares do planeta.

Outras personalidades vidreiras falaram, mas nenhuma gerou tanta reflexão como o consultor Bernard Savaëte, da BJS Différences. Motivo: ele ofereceu um panorama completo sobre as mudanças no setor ocorridas nas últimas décadas:

– De 150 linhas de float no início da década de 1990, passamos para cerca de 500;
– Com mais empresas, ocorreu a pulverização dos fabricantes pelo mundo;
– Antes, 60% da produção vinha dos EUA, Europa e Japão;
– Agora, as três regiões possuem menos de 20% do total.

Na análise dos novos produtores, a Vivix foi mencionada pela operação no Brasil. Outra constatação foi o crescimento da importância dos elos finais da cadeia para os negócios. Savaëte, no entanto, entende que o setor como um todo precisa crescer ainda mais na questão de pesquisa e desenvolvimento, fazendo com que tecnologias de ponta, como a dos vidros com revestimento, sejam um diferencial para as empresas.

Um passeio pela fábrica
visitaDesde o início do evento, os participantes podiam visitar o laboratório de pesquisa e desenvolvimento da Glaston. Ali, era possível conferir o forno de têmpera Glaston Air, no qual o vidro flutua em um colchão de ar, assim como o modelo da linha FC, com a tecnologia iLook para controle da anisotropia (veja mais sobre o tema clicando aqui).

Mais confraternização
A noite de quinta-feira, dia 29, contou com o tradicional conference dinner, um jantar especial oferecido pelos organizadores aos convidados. Todos fizeram o tradicional brinde do GPD: vodka finlandesa servida dentro de uma casca de ovo. A música brasileira fez parte do encontro, com versões de clássicos da bossa nova.

Encerramento com conteúdo
encerramentoDurante a cerimônia de encerramento, Stephanie Hughes, fundadora e CEO do escritório de arquitetura Akka Architects, falou da importância de um espaço como o GPD, que favorece a interação entre as pessoas com o objetivo de promover inovação. A palestra deu a todos um gostinho do conteúdo de seu livro Architecting interations — How to innovate through interactions.

Tradição brasileira
A única revista a representar o mercado brasileiro no fórum era O Vidroplano! A edição de junho estava nas press tables, espaços para os veículos do setor vidreiro de todo o mundo.

Fale com eles!
GPD — www.gpd.fi

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Uma arquitetura cada vez mais transparente

Foi-se a arquitetura de estéticas mirabolantes, cheias de detalhes. Vivemos hoje uma época de minimalismo: menos é mais. E, graças à evolução da tecnologia vidreira, o vidro está no centro desse estilo. Um marco desse conceito é a loja da fabricante de eletrônicos Apple, em Xangai, China. O projeto é quase 100% sem interferência visual de ferragens, com painéis de vidro curvos de 12,5 m. A boa notícia é que a estética clean se torna realidade também no Brasil. O Vidroplano conversou com especialistas para entender os desafios dessas obras formadas por vidros maiores, de menos emendas e de poucas ferragens aparentes.

Tecnologia que gera tendência
Um dos grandes desafios dos projetos clean é conseguir aliar a transparência do vidro com alto desempenho. “Com a inovação da indústria vidreira, buscamos nos manter em constante evolução para atender as transformações do mercado”, comenta Estefânia Oliveira, analista de Marketing da AGC.

Na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na capital paulista, a transparência vem do vidro estrutural, que tem o objetivo de segurar o peso da marquise. Colunas e vigas em balanço e teto sção feitos de laminados de temperados planos e curvos. A obra é da Avec Design.
Na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na capital paulista, a transparência vem do vidro estrutural, que tem o objetivo de segurar o peso da marquise. Colunas e vigas em balanço e teto sção feitos de laminados de temperados planos e curvos. A obra é da Avec Design.

A tendência atual na arquitetura envolve duas constantes: aumento dos vãos transparentes, além da diminuição e ocultação dos sistemas de fixação.

“O aumento da tecnologia na fabricação dos vidros temperados e laminados permitiu aos projetistas serem mais arrojados nos projetos”, analisa o diretor técnico da Brazilglass, Luiz Barbosa. A opinião é compartilhada por José Guilherme Aceto, diretor da Avec Design: “A disponibilização da matéria-prima em grandes medidas, como o vidro jumbo, e novos equipamentos para beneficiamento nos colocaram em condições de realizar obras mais modernas”.

Vidro estrutural: ideal para todo tipo de projeto
O vidro estrutural é uma ótima aposta para oferecer maior transparência, pois suporta os esforços de vento e o próprio peso da estrutura envidraçada. Ele dispensa o encaixilhamento e sempre deve contar com placas temperadas e laminadas. Pode ser usado como pilares, colunas ou vigas, entre outras formas. “É importante que o projetista saiba calcular todos os esforços solicitantes inerentes a cada projeto”, explica Cintya Mourão, sócia-proprietária do Ci & Lab Projetos e Consultoria.

E não são apenas grandes obras que recebem vidro estrutural. Um simples guarda-corpos engastado, que não usa ferragens para se manter em pé, está dentro do conceito. Martin Mittelstaedt, diretor-operacional da Q-Railing, comenta: “A tendência atual nos guarda-corpos é utilizar somente vidro, deixando de lado montantes e postes”.

6473 cópia
Em Bruxelas, na Bélgica, o vidro na fachada do centro de convenções Square-Brussels Meeting Centre permite total visão da estrutura entrelaçada de cabos na parte interna do edifício. Foi usado estraclear Planibel Clearvision, da AGC

 

Selantes e ‘interlayers’: transparência e segurança
Já que o conceito clean envolve menos ferragens, os selantes e os interlayers (camadas intermediárias dos laminados) se tornam essenciais para a transparência, garantindo vedação e firmeza do sistema.

“Os melhores selantes são os de silicone, com durabilidade e estabilidade”, afirma Aceto, da Avec Design. O sistema de pele de vidro para fachadas structural glazing se baseia nesse produto: as placas de vidro são coladas a quadros com silicone estrutural.

Em relação aos interlayers, existem os que oferecem rigidez aos laminados — como os já populares SentryGlas, da Kuraray, e Saflex, da Eastman. “Esse tipo de interlayer estrutural é perfeito para vencer grandes vãos livres, o que significa vidros mais finos com maior resistência”, analisa José Carlos Alcon, consultor-sênior da Kuraray.

Os selantes devem sempre ser compatíveis com os interlayers, para evitar que os componentes de um agridam o outro.

O projeto da Vidroforte para a passarela sobre a Avenida Chucri Zaidan, em São Paulo, levou em conta a necessidade de rigidez e entrada de luz natural na estrutura. Laminados de temperados de 12 e 16 mm, feitos com Habitat, da Cebrace, oferecem ainda controle solar
O projeto da Vidroforte para a passarela sobre a Avenida Chucri Zaidan, em São Paulo, levou em conta a necessidade de rigidez e entrada de luz natural na estrutura.
Laminados de temperados de 12 e 16 mm, feitos com Habitat, da Cebrace, oferecem ainda controle solar


O que as normas dizem

A NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações deve ser consultada em todas as obras. Ela indica o tipo de vidro a ser usado (laminado, temperado, aramado etc.) em cada aplicação (fachadas, coberturas, claraboias, divisórias, guarda-corpos, portas etc.).

Atenção ao beneficiamento
Julia Schimmelpenningh, gerente global de Aplicações da Eastman, chama a atenção para fatores do processamento do vidro que farão a diferença para uma obra clean segura e benfeita.
TÊMPERA — O processo precisa ser consistente e bem-monitorado. Os desvios na fabricação podem levar à distorção óptica, padrões de onda de rolos na superfície das chapas e curvatura da peça, o que afetará a transparência do vidro. Luiz Augusto Soares, da Vidroforte, reforça: “Com bons parâmetros de qualidade no processo, esses problemas não acontecem”;
LAMINAÇÃO — O vidro deve ser bem-adaptado ao tamanho em que será laminado e ter alinhamento adequado na borda. Trabalhe com películas de PVB com certificados de conformidade e que possam ser rastreadas por lotes, indicando assim o histórico de produção.

Guarda-corpos engastados, que não usam ferragens para se manter em pé, precisam ser ancorados corretamente
Guarda-corpos engastados, que não usam ferragens para
se manter em pé, precisam ser ancorados corretamente


Vidraceiro, atenção ao tipo de vidro e à instalação!

CÁLCULOS EXATOS — “A espessura do vidro depende do tamanho da peça e do local de aplicação”, reforça Ana Carolina Granado, coordenadora de Mercado da Cebrace. “Além disso, é preciso analisar a pressão do vento na estrutura envidraçada”. Leonardo Arantes, gerente de Produtos de Arquitetura da Guardian, lembra: “Em razão das diferenças entre as regiões do Brasil, teremos diferentes níveis de resistência que a estrutura vidro+alumínio deverá suportar”. Vale lembrar que a Cebrace oferece um software online para o cálculo de espessura (www.cebrace.com.br/CalculoEspessura);
CONTROLE DO SOL — A questão térmica é uma dificuldade a ser encarada em estruturas externas como passarelas e claraboias. Uma solução nesses casos é indicar o uso do vidro de controle solar, que barra a entrada do calor sem abdicar da transparência;
PENSE NO SISTEMA COMO UM TODO — “O vidro deve ser especificado como um sistema, nunca isoladamente”, alerta Viviane Moscoso, gerente de Produtos da Vivix. Isso inclui elementos de fixação, selantes, ferragens e todos os componentes;
AJUDA MECÂNICA — O peso de uma chapa de vidro jumbo ou com dimensões maiores do que as comuns irá dificultar a instalação manual. O ideal é utilizar pórticos, ventosas hidráulicas e automóveis de transporte. E tem mais: quem for instalar não pode ficar sem EPIs como capacete, luvas, mangotes anticorte, botas e óculos de segurança;
ANCORAGEM DOS PERFIS — “Também é fundamental a fixação correta dos perfis de base que irão receber os vidros”, relembra Martin Mittelstaedt, da Q-Railing, “principalmente a utilização de ancoragens adequadas recomendadas pelo fabricante”.

Fale com eles!
AGC — www.agcbrasil.com
Avec Design — www.avec.com.br
Brazilglass — www.brazilglass.com.br
Cebrace — www.cebrace.com.br
Ci & Lab — www.cielab.com.br
Eastman — www.br.eastman.com
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Kuraray — www.kuraray.com.br
Laminar Vidros — (21) 3214-0700
Pilkington — www.pilkington.com/pt-br/br
Q-Railing — www.q-railing.com/pt-br
Vidroforte — www.vidroforte.com.br
Vivix — www.vivix.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a edição digital da revista

Adequando o vidro ao sistema construtivo

Conhecer bem o vidro é fundamental para qualquer vidraceiro, mas não é só dele, ou com ele, que vivem esses profissionais. Para garantir instalação segura e de qualidade, é preciso avaliar o sistema construtivo em que ela será feita. Cada material tem suas próprias características e elas precisam ser levadas em conta tanto no projeto como na instalação propriamente dita.

Infelizmente, ainda há quem se preocupe apenas com as medidas das peças e com os modelos dos perfis e ferragens, sem considerar o material em que os vidros serão instalados, e isso pode comprometer a integridade da estrutura. Para evitar esse problema nos trabalhos da sua vidraçaria, conheça um pouco mais sobre os principais sistemas construtivos para a instalação do vidro e os cuidados que cada um exige para o nosso material.

Preparando-se para cada caso
Primeiro, é fundamental conhecer o material em que o vidro será aplicado, ensina o engenheiro civil Wellington Castro. “Durante a fixação”, justifica o profissional, “podemos encontrar materiais ocos, maciços ou porosos, e isso influencia diretamente na escolha dos elementos responsáveis pela instalação”. É com base nessas informações que o profissional consegue especificar a fixação ideal, definindo os tipos de parafuso e bucha para uma ancoragem mecânica ou observando se o melhor é usar a ancoragem química (que leva silicone).

“O profissional vidreiro”, alerta o engenheiro e consultor Wagner Gerone, “deve estar sempre em contato com o responsável da obra para obter todos os dados necessários para que a instalação seja feita dentro das normas”.

Duas características a que é preciso estar atento:

Dilatação — É a expansão do material em resposta ao aumento de temperatura;

Umidade — Pode causar oxidação em metais, “inchaços” na madeira ou danos no reboco de uma alvenaria.

Seja qual for o sistema construtivo, a necessidade de calços entre o vidro e o substrato precisa ser sempre lembrada, com a colocação de algum elemento elástico nas bordas de cada peça em contato com o sistema. “A temperatura, o tipo de substrato em que o vidro será instalado e a qualidade dos itens usados na obra também podem interferir na instalação a médio e longo prazos”, acrescenta a engenheira de materiais Jordana Barros, gerente de Negócios da Adespec. Outro ponto importante é o uso de folgas. “Os riscos mais comuns podem ocorrer por não usar a folga recomendada de 2 mm”, afirma Thaís Barreto, consultora-técnica da Cebrace. “Assim, ao dilatar, o material acaba trincando ou quebrando.”

Em caso de dúvidas, vale procurar algum serviço de consultoria técnica, como o realizado pela Saint-Gobain Glass. “Assim, evitam-se transtornos futuros como acidentes e retrabalhos durante a obra ou após a entrega para o cliente”, explica Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da empresa.

vp_vidraçaria-alvenaria
Alvenaria: atenção às dilatações
Considere a cura do cimento e concreto — A princípio, não existe nenhuma restrição em relação ao uso do vidro em alvenaria. Porém, Eduardo Bellini Ferreira, da EESC-USP, observa: “Além da dilatação térmica, alvenarias também expandem durante a cura de cimentos e concretos, o que pode agir por meses ou anos, em intensidade que depende do tipo de argamassa e da forma como esses materiais são preparados e arranjados geometricamente”.

Direto na estrutura, não! — Ferreira considera problemático o engastamento do vidro em estrutura de alvenaria (ou seja, sua soldagem direto na estrutura). Segundo ele, a instalação deve sempre considerar a possibilidade de amortecimento das dilatações por meio do uso de ferragens, vedações e calços.

vp_vidraçaria-açoPor dentro do aço (e de outros metais)
É aço ou não é? — De acordo com Wellington Castro, antes de realizar a instalação é fundamental verificar se o material em que o vidro será colocado é realmente aço ou de outro tipo de metal. “Há casos em que a aplicação é de ferro fundido ou de outras ligas metálicas, como o metalon, cada qual com seu próprio coeficiente de dilatação”, acrescenta. Um exemplo importante é o do alumínio, metal bastante usado na fabricação de caixilhos, mas com coeficiente de dilatação duas vezes maior do que o do aço. Com isso, quando esses caixilhos são usados em coberturas expostas à alta temperatura causada pelo Sol, a quebra dos vidros acaba sendo comum.

Para evitar vibrações — Seja o sistema construtivo de aço ou outro metal, Castro também ressalta que a espessura do vidro e o calço devem ser avaliados para impedir que a vibração do metal seja transferida ao vidro.

Atenção ao silicone — “Ele deve ser neutro, pois, durante o processo de cura, o silicone acético libera ao ambiente o ácido acético, o qual consegue corroer metais e pode comprometer a estrutura”, completa.

conservatoryMadeira: pouco recomendável para vidros parafusados
Umidade é um fator complicador — “Vãos de madeira exigem um estudo preliminar mais apurado, pois existem muitos tipos de madeira e, em geral, ela é um material que absorve umidade”, explica Wagner Gerone. “Assim, com o tempo, a madeira pode ‘inchar’, e isso compromete toda a instalação.”

Dilatação térmica — Outro obstáculo na instalação do vidro em madeira é a dilatação térmica. José Guilherme Aceto, diretor da Avec Design, salienta que isso torna pouco recomendável o uso de vidros parafusados nela: “Como o coeficiente de dilatação da madeira é maior do que o do vidro, há o perigo de a estrutura crescer e aumentar a tensão sobre os furos, principalmente nas instalações expostas ao Sol”.

Silicone é o caminho — Para amenizar os efeitos da dilatação, Aceto indica a colagem do vidro com silicone como solução ideal para esse sistema construtivo, pois as ligações mais elásticas impedem que nosso material sofra todas as tensões da estrutura. Mesmo assim, a preparação da superfície da madeira é recomendável antes da aplicação das peças.

Sem estresse: não submeta o vidro a tensões!
Print“Temos de lembrar que o vidro nunca deve ser sujeitado a tensões de tração. Se elas forem altas o suficiente, ele vai quebrar e precisar ser reposto, podendo ainda causar acidentes e ferimentos”, avisa Eduardo Bellini Ferreira, professor do Departamento de Engenharia de Materiais da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo (EESC-USP). Ele lembra ainda que, mesmo que inicialmente nosso material não esteja sofrendo qualquer tensão aparente, ela pode acontecer por várias razões, como, por exemplo:

– Pela deformação da estrutura e do próprio vidro devido ao seu peso;
– Por variações de temperatura;
– Por vibrações causadas pela ação do vento ou de tráfego nos arredores;
– Por seu uso repetido (como na abertura e fechamento de janelas);
– Por choques mecânicos (como o contato direto com seus usuários) ou térmicos (como o contato com líquidos muito quentes ou muito frios).

“A especificação de vidros, bem como o sistema de esquadria, dependem de onde e como serão aplicados, ou seja, cada projeto deverá ser avaliado de forma individualizada”, reforça Leonardo Arantes, gerente de Produtos da Guardian. É nessa etapa que também são analisados os recursos que podem ser usados para evitar as tensões sobre o vidro: “A NBR 7199 aponta que, no caso do vidro laminado, por exemplo, as gaxetas, calços e silicone devem ser neutros em relação à camada intermediária do vidro laminado, enquanto a instalação de vidro temperado com ferragens deve trazer um material isolante entre ambos, que não escoe com o tempo”, explica Wellington Castro.

O que é coeficiente de dilatação linear?
Trata-se de um valor constante da variação do comprimento de um corpo — ou seja, do quanto ele “cresce” — quando aquecido. Cada material tem seu próprio coeficiente: submetidos a uma mesma variação de temperatura, materiais diferentes têm dilatações ou “crescimentos” diferentes. Aceto, da Avec Design, apresenta abaixo alguns desses valores:

PrintVidro: 0,9 x 10-6
Aço: 1,2 x 10-6
Alvenaria: 1,2 x 10-6
Alumínio: 2,4 x 10-6
Madeira (valor médio): 3 x 10-6

Conhecer o coeficiente de dilatação linear de cada material é muito importante: se a diferença entre os coeficientes do substrato e do vidro for grande, a tensão que ele causará sobre o nosso material será maior, havendo assim o risco de sua quebra.

De olho nas normas
NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações: “Essa norma dá os parâmetros de avaliação do projeto e da instalação do vidro, como os cálculos para a espessura da peça e o tipo correto de vidro a ser instalado em cada caso”, explica Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro. Segundo ela, a NBR 7199 também reforça a importância da vedação correta e determina que as peças de vidro devem ser colocadas de tal forma que não sofram esforços oriundos de dilatação, contração, torção, vibração ou deformação da estrutura.

NBR 10821 — Esquadrias para edificações: esse texto técnico é importante para se conhecer o desempenho adequado que as esquadrias (já com os vidros) devem apresentar no sistema construtivo, como a estanqueidade e a resistência à pressão do vento.

NBR 15575 — Edificações habitacionais — Desempenho: a norma indica os requisitos para a edificação como um todo e inclui diversos aspectos que precisam ser levados em conta quando o vidro é instalado no substrato, como os desempenhos térmico e acústico.

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
Adespec — www.adespec.com.br
Avec Design — www.avec.com.br
Cebrace — www.cebrace.com.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
EESC-USP — www.eesc.usp.br
Saint-Gobain Glass — br.saint-gobain-glass.com
Wagner Gerone — (11) 99481-1016
Wellington Castro — wellcastro@hotmail.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 535 (julho de 2017) da revista O Vidroplano.