Prepare-se para mudanças nos guarda-corpos

Neste mês, a coluna “Falando em normas” mostra o andamento da revisão da NBR 14718 — Guarda-corpos para edificações. Veja a seguir as principais mudanças a serem inseridas no texto do documento.

Maior abrangência
A versão revisada da norma irá incluir aplicações de guarda-corpos em locais com grande fluxo de pessoas, como shopping centers, aeroportos, estádios e ginásios esportivos. Isso implica na inclusão de novos valores de cargas para avaliação dessas instalações — afinal, deverão ser ainda mais resistentes quando instalados nesses espaços.

Atualização de requisitos
A comissão de estudos pesquisou normas internacionais com o intuito de atualizar os parâmetros do documento nacional, por exemplo, com relação à deflexão no ensaio de esforço horizontal. Na norma atual, os guarda-corpos não podem ter uma deflexão maior que 20 mm, na proposta de alteração, o limite para a deflexão é 25 mm.

Ainda sobre o ensaio de esforço horizontal, verificou-se a necessidade de reavaliar sua metodologia, especialmente nos guarda-corpos de vidros estruturais (onde o vidro é fixado apenas na parte inferior). Com este objetivo, a comissão de estudos, realizou o ensaio de esforço horizontal no Laboratório da Falcão Bauer, em um sistema de guarda-corpos estrutural, fornecido pela Tec-Vidro, para que os técnicos avaliassem os procedimentos a serem adotados para uniformizar a metodologia dos ensaios realizados tanto em obra como nos laboratórios.

A revisão do texto está sendo realizada pela comissão de estudos especial de esquadrias, coordenada por Fabiola Rago, com participação da Abravidro desde o início do processo. Participe também, veja a agenda de reuniões do nosso site http://abravidro.org.br/normas-tecnicas/agenda-de-reunioes/

 

Os vidros permitidos em guarda-corpos
A NBR 14718 faz referência à NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações para estabelecer o tipo de vidro a ser utilizado. São eles:

Laminado: também pode ser temperado laminado. Em caso de quebra, os cacos permanecerão presos à camada intermediária, impedindo a abertura do vão;

Aramado: vidro impresso translúcido que tem uma rede metálica de malha quadriculada incorporada à sua massa. Essa rede segura os estilhaços de vidro caso ele se quebre.

* A NBR 7199 também permite a aplicação de insulados, desde que composto por laminado ou aramado.

 

Clelia
Clélia Bassetto
, analista de Normalização da Abravidro

Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Nova diretoria da Abravidro

Pelas redes sociais:

Parabéns e muito sucesso!
Alcides Casaca

Parabéns, Domingos, e sucesso a todos os integrantes dessa associação tão importante no segmento do vidro.
Deivison Costa, Divibras

Parabéns, Domingos Seixas. Bom trabalho à frente dessa casa.
Edilson Santos

Parabéns, Domingos! Você sempre foi um homem justo e merece tudo de bom em sua vida. Que Deus o abençoe sempre.
Jefferson William, Icomon Tecnologia Ltda

Looking forward to strengthen our collaboration!
Laura Biason, Gimav

Parabéns, Domingos. Sucesso!
Marcos Alcino Lima Barbosa

Domingos, parabéns! Desejo que essa nova empreitada em sua vida seja tão vitoriosa como é a sua administração na Cyberglass. A Abravidro está em boas mãos. Você tem competência, honestidade e garra para alcançar o melhor nessa nova fase. Você merece esse lugar que passa a ocupar!
Moises Saldanha Cabral, Brazilglass

Parabéns à Abravidro por tudo que tem feito pelo mercado vidreiro.
Ricardo Câmara, Central do Vidraceiro

Domingos, parabéns! Não haveria melhor escolha! Que você possa dar o seu melhor, como em tudo que se compromete a fazer!
Rodrigo Adão, MGA Glass Equipamentos Logísticos

 

Por ‘e-mail’:

Meus cumprimentos ao Sr. José Domingos Seixas por sua eleição à presidência da Abravidro. Desejo sucesso em sua gestão. Aproveitando, agradeço ao Sr. Alexandre Pestana pelo excelente desempenho durante seu período frente à instituição. Abraços a todos!
José Hélcio Alves
Minas Laminação Beneficiamento e Comércio de Vidros

 

Homenagem à Celina Araújo
Seguidores da página da Abravidro no Facebook comentaram durante a transmissão ao vivo do evento.

Que emoção, Celina! Parabéns!
Ingrid Zambrana, Tarkett

Celina Araújo, você é merecedora dessa homenagem!
Isabela Cristina da Silva, MG

 

Nova sede da Natura, em SP
Adorei a nota sobre a nova sede da Natura, em São Paulo [publicada na edição de maio de 2017]! Ficou maravilhosa! Não é à toa que O Vidroplano é referência no setor vidreiro. Arrasou!
Acácia Franco
Departamento de Vendas da ArqGlass
Mogi das Cruzes (SP)

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Acontece

Tonia Lima é a nova diretora-geral do setor de perfis de PVC da Kömmerling no Brasil. De acordo com a executiva, seu trabalho estará pautado na evolução do que já vinha sendo feito por seu antecessor no cargo, Oliver Legge. Seja bem-vinda!

Quem também recebe nossas boas-vindas é Philipe Dias, novo diretor de Recursos Humanos da Guardian para a América do Sul. Ele se concentrará em projetar estratégias regionais para apoiar a demanda de longo prazo por novos talentos.

Lembra da reportagem sobre fotovoltaicos da edição de abril deste ano de O Vidroplano? Uma das obras mostradas na matéria, um empreendimento da construtora Inovalli, também contou com a participação da SolarVolt. Eles são os responsáveis por toda a instalação. Parabéns, colegas, ficou belíssimo!

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Tecglass lança impressora digital para vidros

A Tecglass, do Grupo Fenzi, acaba de apresentar um novo modelo de impressora digital para vidros, o Single Pass, que imprime 1 m² a cada oito segundos, com qualidade de 1.440 dpi (a mais alta do mercado, segundo empresa). O produto é indicado para trabalhos de impressão em massa. Mais informações: www.tecglassdigital.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Grupo Saint-Gobain e GBC Brasil apresentam tendências para sustentabilidade

No dia 11 de maio, o Grupo Saint-Gobain (GSB) e o Green Building Council Brasil receberam representantes da imprensa brasileira no Centro de Pesquisa & Desenvolvimento do Grupo Saint-Gobain, em Capivari (SP), para o Evento Construção Sustentável. O objetivo do encontro foi apresentar as tendências e inovações para tornar os edifícios mais sustentáveis e econômicos no consumo de energia, sem deixar de lado o conforto. As soluções aplicadas no próprio centro de P&D, que recebeu em março a certificação Leed, puderam ser vistas pessoalmente pelos visitantes, como o vidro eletrocrômico SageGlass (conheça mais sobre ele na edição de fevereiro de 2017 de O Vidroplano) aplicado em suas duas fachadas: sua transparência pode ser alterada por meio de um comando eletrônico, o que permite o bloqueio de cerca de 75% da entrada de calor. Mais informações: www.gbcbrasil.com.br e www.saint-gobain.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

EnerSolar + Brasil traz inovação para fachadas fotovoltaicas

No 7º Ecoenergy, congresso realizado dentro da feira EnerSolar + Brasil, de 23 a 25 de maio, em São Paulo, a Sunew apresentou sua linha de filmes fotovoltaicos orgânicos (OPV) Sunew Glass. O produto tem diferentes opções de cores e pode ser laminado nos vidros de fachadas (mesmo em peças curvas) ou adesivado em sua face interna. Mais informações: www.enersolarbrasil.com.br e sunew.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

AGC e PKO levam vidros especiais para Feira Hospitalar

De 16 a 19 de maio, em São Paulo, a Feira Hospitalar 2017 contou com o estande H+, formado por um grupo de empresas, incluindo a AGC e PKO do Brasil. O destaque era o Antibactéria, vidro da AGC distribuído pela PKO que elimina 99,9% das bactérias. A beneficiadora também apresentou o vidro privativo Privacy Glass. Mais informações: www.agcbrasil.com e www.pkodobrasil.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Brasileiros visitam a China Glass 2017

A 28ª China Glass, realizada de 24 a 27 de maio em Pequim, contou com brasileiros entre os visitantes, incluindo a processadora Primo Vidros, de Itapetininga (SP). O sócio-diretor Vinicius Silveira (na foto, à esq.) considera sua participação muito produtiva, pois o evento contou com uma exposição muito forte de linhas para insulados e laminação. Também foram à feira representantes da Rohden Vidros (Taió, SC), Sglass (Apucarana, PR), Tecnovidro (Farroupilha, RS), Vidros Belém (Rio de Janeiro) e Vidros Copelli (Jundiaí, SP). Mais informações: www.chinaglass-expo.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Arbax lança mola para piso

A Arbax, fabricante de rebolos e acessórios, colocou no mercado a Action, sua primeira mola para piso, para portas de vidro com até 1 m de largura, 2,1 m de altura e peso de 100 kg. Além de ser compacta, tem um amortecedor incorporado que prolonga ou libera a pressão externa causada por pessoas ou por ventos fortes.

Mais informações: www.arbax.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Segunda unidade da AGC tem conclusão prevista para 2019

A nova planta da AGC no Brasil, cuja construção foi anunciada no começo de 2016, deve ser concluída em 2019, na cidade de Guaratinguetá (SP), onde também está localizada a sua primeira unidade. O anúncio foi feito durante a visita do CEO da multinacional, o japonês Takuya Shimamura (foto), ao País, nos dias 24 e 25 de maio. Com o novo forno, a AGC passará a produzir diariamente 1.450 t de vidro plano, 850 a mais do que a atual capacidade da usina.

Mais informações: www.agcbrasil.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Ideia Glass recebe patente de prolongador para vidros

O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) concedeu em abril a patente do Prolongador Maxx Regulável para a Ideia Glass. Com isso, não será mais permitido que outras empresas vendam o produto sem autorização. O prolongador é indicado para guarda-corpos, escadas de vidro e corrimões, permitindo regulagem da distância entre o vidro e a parede, mesmo após a furação. Mais informações: www.ideiaglass.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Aprendendo a pôr a mão na massa

Em maio, as atividades de qualificação vidreira se concentraram nos Estados da Bahia e de Santa Catarina, com treinamentos incluindo dicas sobre vendas, novidades do setor e instalação de peles de vidro. Veja mais sobre esses eventos a seguir!

 

vp_ascevi 2Ascevi-SC, em Tubarão e Florianópolis
Aprendizado e confraternização em um só lugar
A Ascevi promoveu dois eventos, patrocinados pela AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix. No dia 18, organizou-se o ArchiGlass 2017 (foto de abertura), evento para arquitetos, engenheiros, designers e profissionais da construção civil. Os mais de cem participantes acompanharam o debate sobre tendências, normas e aplicações do vidro nos segmentos em que estão envolvidos.

No dia 20, a entidade realizou, em Tubarão, o 3º Qualifique e Sirva-se (foto), reunindo 151 participantes. O tema da palestra principal foi Aumente suas vendas com criatividade: José Renato da Silva, consultor do Sebrae/SC, mostrou que o negócio não pode prosperar se o profissional não estiver disposto a inovar na forma de atuação.

 

vp_adevibaseAdevibase-BA/SE, em Santo Antônio de Jesus (BA)
Pele de vidro na prática
As aulas da primeira turma do curso Pele de Vidro da Adevibase em 2017 foram realizadas no Hotel Palace Parati, em Santo Antônio de Jesus (BA), com patrocínio das usinas vidreiras AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, UBV e Vivix.

O evento contou com o apoio da empresa Perfil Alumínio do Brasil. O instrutor-técnico Jonas Vieira apresentou as tipologias e configurações de fachadas de vidro, normas técnicas para a instalação e esquemas de montagem, entre outros tópicos. O conteúdo teórico foi mostrado em conjunto com atividades práticas.

 

Fale com eles!
Adevibase-BA/SE — www.adevibase.org.br
Ascevi-SC — www.ascevi.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Um novo nome para um velho conhecido

No começo de maio, a Saint-Gobain Glass anunciou uma mudança na forma de chamar seus produtos: a empresa não se refere mais a eles como vidros impressos, mas sim como vidros texturizados.

Mas por que essa mudança foi feita? De que forma isso interfere no mercado? E, afinal, por qual nome o consumidor deve chamar esse vidro? O Vidroplano conversou com representantes das duas principais fabricantes de vidros impressos no País para esclarecer essas e outras dúvidas para o setor.

Um produto, três denominações
Essa não é a primeira vez que esse vidro ganha nome diferente. Décadas atrás, principalmente nos anos 1980 e 1990, ele era chamado de “vidro fantasia”, por conta do aspecto visual que seus relevos traziam às peças. Inclusive, ainda hoje é possível encontrar vidraçarias e profissionais que usam o termo. Com o tempo, “vidro impresso” passou a ser usado como o padrão da indústria, refletindo o processo de impressão da textura feito na massa do vidro.

vp_vidroimpresso1APor que a mudança?
O coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass, Gabriel Zanatta, explica os motivos que levaram a empresa a escolher a nova terminologia: “Mesmo antes de adotarmos essa nomenclatura em alguns testes junto aos clientes e especificadores, já havíamos reparado na sua fácil compreensão, pois esse nome se liga à principal característica desses vidros, a textura”. Ainda segundo Zanatta, os clientes frequentemente associavam o termo “impresso” a um float com um adesivo (feito em impressora) colado, o que dificultava na hora de realizar negócios.

O termo “vidro texturizado” substituirá “vidro impresso” no Brasil?
Não no caso da União Brasileira de Vidros (UBV): “Impressão é o nome do processo de fabricação do nosso produto, então não vemos necessidade de adotar um novo termo para se referir ao mesmo processo de produção”, aponta Diego Mota, gestor de Marketing da usina vidreira. “São justamente os relevos impressos sobre uma das faces do vidro que caracterizam os produtos fabricados há sessenta anos pela UBV.”

vp_vidroimpresso2Vale lembrar que o termo “vidro impresso” é utilizado em materiais técnicos no País, como o Manual técnico do vidro plano para edificações, lançado recentemente pela Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), e a norma específica sobre esse produto, a NBR NM 297 — Vidro impresso, publicada pela ABNT. O nome aparece ainda em partes da NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações, o mais importante texto normativo do setor vidreiro.

Como fica agora?
Considerando as normas e demais textos técnicos no Brasil, a nomenclatura oficial permanece sendo “vidro impresso”. Apesar disso, assim como muitas empresas ainda usam o termo “vidro fantasia”, nada impede que processadores, vidraceiros e especificadores acabem adotando o nome criado pela Saint-Gobain Glass. “Com essa nomenclatura mais moderna, inicia-se uma nova era na indústria, com um melhor entendimento do conceito do vidro texturizado, ao mesmo tempo que ele passa a ser mais acessível aos especificadores e consumidores nas mais diferentes soluções de mercado”, opina Zanatta. E você, gostou do nome “vidro texturizado”? Vai adotar?

Fale com eles!
Saint-Gobain Glass — br.saint-gobain-glass.com
UBV — www.vidrosubv.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Despedida

Querida O Vidroplano, como nasci em berço de vidro, você faz parte da minha vida há muito mais de catorze anos. No começo éramos bem distantes. Depois, fiz uma colaboração internacional (com o texto enviado via fax!) e, mais à frente, fui fonte numa de suas reportagens. Mas nos aproximamos de verdade quando olhei em você profundamente e acreditei que poderia ir muito além.

E então, em setembro de 2003, assinei esta coluna pela primeira vez. Juntas, celebramos seus cinquenta anos, suas quinhentas edições, dois novos projetos gráficos, versão digital, outra pra celular… E várias histórias — algumas deliciosas, outras nem tanto. Muita gente importante já brigou comigo por sua causa e, nesses momentos, confirmei que você tinha alcançado aquele patamar maior que eu tinha sonhado. No entanto, confesso que a melhor parte de nossa parceria é saber que milhares de leitores tiveram suas vidas profissionais melhoradas graças a você.

Nossa relação já precisou de uma revisão, há uns quatro anos. Naquela época, foi difícil compreender que eu não poderia mais cuidar de cada detalhe seu, era preciso dividi-la com outras pessoas que também têm por você um carinho enorme. O destino nos reservou uma temporada no hospital justamente em seu fechamento, provando que a mudança era possível e necessária.

E chegamos aqui, novamente num momento de revisão. Meu coração pede que eu siga novos caminhos, onde não poderei tê-la sob minhas asas. Deixo-a em excelentes mãos, cheia de gratidão a todos que nos acompanharam até aqui. Despeço-me muito orgulhosa de nossa história, com a certeza de que vai dar tudo certo — para mim e para você!

Com todo o meu amor,

Celina-Celina Araujo
A sua editora pela última edição

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Simplicidade sem perder a elegância

O que é essencial para ter uma boa qualidade de vida? Essa reflexão é proposta pela 31ª edição da Casa Cor, realizada no Jockey Club de São Paulo. Este ano, a maior mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas tem o tema O design mais próximo das pessoas.

A presença do nosso material na mostra é marcada pela criatividade e uso de diversas soluções vidreiras: de espelhos cortados em formatos diferenciados a vidros aramados e impressos, oferecendo textura aos ambientes. Veja a seguir a primeira parte dos destaques do evento — e não deixe de conferir esta mesma seção na edição de julho da revista O Vidroplano para conhecer outros espaços criativos e originais. A Casa Cor SP 2017 vai até 23 de julho, funcionando da terça-feira a domingo (e feriados), das 12 às 21 horas.

 

PORTAS DE GRANDES DIMENSÕES

espac¦ºo_convidados2Boas-vindas em tamanho jumbo
O convite à visita ao Espaço dos Convidados, de Denise Barretto, fica claro já em sua porta de entrada (foto), com três folhas de correr tamanho jumbo, totalizando 7,4 m de comprimento por 4,3 m de altura. Cada folha pesa cerca de 350 kg e é composta de laminado 8+8 mm, emoldurado pela esquadria Feal Slim 120, da Tecnofeal. Os vidros foram fornecidos pela processadora paulista GlassecViracon. Mais informações: www.denisebarretto.com.br, www.glassecviracon.com.br e www.tecnofeal.com.br

 

Transparência que integra ambientes
casa_sustentável1De longe, já é possível ver toda a beleza e imponência da Casa Sustentável, criada por Mariana Crego, graças às portas envidraçadas que formam o espaço (foto), com 2,65 m de altura, fazendo com que a luz natural inunde o interior. As estruturas são de peças temperadas de Habitat neutro incolor 8 e 10 mm, da Cebrace, processadas pela Divinal Vidros. As esquadrias de PVC foram fabricadas pela EBL. Mais informações: marianacrego.com.br, www.cebrace.com.br, www.divinalvidros.com.br e www.ebldobrasil.com.br

 

 

CRIATIVIDADE COM VIDRO

casa_brasil1Espaço e transparência para as refeições
Na Casa Brasil, de Leo Romano, duas peças da obra Mesa de Jantar Pi, da designer Jacqueline Terpins, foram juntadas para formar um único e grandioso mobiliário transparente (foto): ele é inteiramente composto de vidros float 15 mm, inclusive suas pernas. Mais informações: www.leoromano.com.br e www.terpins.com

 

 

Banho de vaidade sem culpa
casa_cosmopolita2Vidros e espelhos encontram-se por toda parte na Casa Cosmopolita Cosentino, da designer de interiores Paola Ribeiro, mas é no banheiro que eles reforçam seu potencial para a criatividade. Nele, a área da banheira mostra como nossos materiais podem agregar sofisticação a qualquer espaço, com paredes inteiramente revestidas com espelhos Guardian prata e teto de vidro (foto) para integração com o espaço externo. Os espelhos foram fornecidos pela vidraçaria PS do Vidro e instalados pela Vidraçaria Criativa, enquanto a cobertura de vidro ficou a cargo da Gattai. Mais informações: www.criativavidracaria.com.br, www.gattai.com.br, www.guardian.com.br, www.paolaribeiro.com.br e www.psdovidro.com.br

 

estu¦üdio_bossa1Diversão envidraçada
Quem pensa que o bom e velho pebolim não combina com espaços sofisticados definitivamente não visitou o Estúdio Bossa, projetado pelo arquiteto Marlon Gama: a bela mesa para o jogo (foto), fabricada pela Teckell e fornecida pela Casual Móveis, tem seus pequenos “craques” de madeira apoiados em vidros curvos extra clear, com 15 mm de espessura, nas suas laterais. O tampo da mesa também é de extra clear. Mais informações: www.casualmoveis.com.br, www.marlongama.com.br e www.teckell.com

 

Tijolo de vidro
lavabo_deca2Apesar de pequeno, o Lavabo Deca, de Lucas Coelho, traz um uso inusitado de espelhos. O material é usado como revestimento de uma das paredes. Até aí, nada de mais, certo? A diferença está no modo: o designer de interiores usou azulejos feitos com espelhos bisotados, o Tijolo Mirror Bronze, da Colormix. Cada peça possui 7,5 x 15 cm, com espessura de 8 mm. Mais informações: contato@lucascoelhointeriores.com e colormix.com.br

 

 

UM TOQUE DE TEXTURA

sui¦üte_master1Quarto com sensações variadas
Os arquitetos Thiago Manarelli e Ana Paula Guimarães fizeram da Suíte Master um espaço marcado por texturas. Na entrada do closet, está instalado um painel articulável de espelhos 5 mm (foto), da Inovart, que ajudam na reflexão do ambiente. Dentro do espaço, tem um armário com prateleiras de temperados 4 mm, construído pela Florense. A iluminação de LED embutida nos perfis de alumínio oferecem cor ao nosso material. No banheiro, o destaque fica para as divisórias de aramado 7 mm — fornecidas pela Inovart —, uma solução diferente para fornecer privacidade aos usuários. Mais informações: www.mgarquitetos.com, www.florense.com.br/pt e www.marcenariainovart.com.br

 

Espelhos, impressos e ‘float’ em um só lugar
cozinha_urbana1Tem textura de todos os tipos na Cozinha Urbana, de Patrícia Pasquini. Ao entrar no espaço e olhar para o lado esquerdo, o visitante verá espelhos bronze 6 mm da linha Vivânce, da Cebrace, revestindo uma parede (foto). A arquiteta usou peças cortadas em formas variadas, trazendo tridimensionalidade à estrutura. Mais à frente, está um armário, sobre a pia, com portas de impresso incolor 4 mm. Ao lado, outro armário enfeita o espaço — este é inteiro feito com nosso material, incluindo portas e prateleiras. Ambos os mobiliários foram fornecidos pela Florense. Mais informações: www.patriciapasquini.com.br, www.cebrace.com.br e www.florense.com.br/pt

 

Fale com eles!
Casa Cor SP — casacor.abril.com.br/mostras/sao-paulo

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Ações para o setor voltar a crescer

A noite de 19 de maio marcou o início de um novo período na história da Abravidro. A diretoria-executiva para o triênio 2017-2020 foi empossada em evento realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. O novo presidente, José Domingos Seixas, industrial da processadora paulistana Cyberglass, terá a missão de liderar a entidade pelos próximos três anos e já revelou ações práticas que podem contribuir para mais um ciclo de desenvolvimento do setor.

alexandreAgradecimentos e reflexões
Despedindo-se da presidência após dois mandatos consecutivos (de 2011 a 2017), o discurso de Alexandre Pestana rememorou momentos distintos deste período — do incrível aumento do consumo de vidro no começo da década à atual retração do mercado. Além de agradecer pelo apoio que teve de todos os elos do setor, Pestana ressaltou os esforços da associação para o desenvolvimento vidreiro nas questões técnica e tributária e também na organização da cadeia produtiva. Às usinas de base, direcionou uma reclamação: a grande concentração de volumes de vidro está sendo distribuída por poucos atacadistas, sem qualquer agregação de valor. “A indústria de transformação não precisa de atravessadores. Vocês, usinas de base, sempre nos atenderam diretamente e, neste momento de crise, isso não deve mudar”, afirmou.

Novo modelo de gestão
domingosNa sequência, José Domingos Seixas anunciou um novo modelo de gestão colaborativa e compartilhada. “A Abravidro cresceu tanto que nossas ações não podem se restringir à disponibilidade do principal líder”, explicou. Por isso, os vice-presidentes da entidade também participarão da supervisão dos projetos, melhorando ainda mais a capacidade de resposta às demandas do mercado.

Domingos comentou os diversos pleitos a serem conduzidos pela associação, como a neutralização do Imposto sobre produtos industrializados (IPI) do vidro processado. Medidas contra os conglomerados de empresas de pequeno porte (EPPs) e as indústrias travestidas de comércio também devem ser tomadas em breve. “No momento em que perdemos todas as referências de conduta, precisamos moralizar o setor, pois a competência precisa suplantar a deslealdade”, afirmou o dirigente. Mais detalhes sobre o novo presidente e seus futuros projetos estão na entrevista nesta edição.

Surpresas e emoção
Alexandre Pestana foi homenageado com duas lembranças: o álbum Retratos da presidência, com imagens do período, e o livro Sem medo de obstáculos – exemplar único contendo seus editoriais na revista O Vidroplano e discursos feitos ao longo dos dois mandatos. Cada membro da diretoria do triênio 2014-2017 recebeu peças de cristal com suas imagens gravadas em três dimensões.

Na despedida da superintendente e editora de O Vidroplano, Celina Araújo, que deixa a Abravidro no dia 30 de junho, foi produzida uma revista estilizada (A dama de vidro) que conta sua atuação nestes catorze anos na entidade.

Ana Cristina Pestana, esposa de Alexandre Pestana, também recebeu lembrança em reconhecimento ao apoio da família durante o mandato de seu marido. A homenagem foi entregue por Gláucia Seixas Guerrero, sobrinha de José Domingos Seixas.

Nova superintendente
Iara Bentes, nova superintendente da Abravidro, foi apresentada ao mercado no evento. Jornalista brasiliense, ela tem passagens pelo Ministério da Educação e Confederação Nacional das Indústrias (CNI). Iara também assume como editora de O Vidroplano a partir da edição de julho de 2017.

 

Diretoria-executiva para o triênio 2017-2020
Presidente
José Domingos Seixas

Primeiro-vice-presidente
Emerson Arcênio

Segundo-vice-presidente
Rafael Gustavo Araújo Ribeiro

Terceiro-vice-presidente
Alexandre Pestana

Diretores
Adiney Jaime de Oliveira
Alfredo dos Anjos Martins
Antônio Skardanas
Luiz Carlos Mossin
Marcus Aurelius de Andrade Pezotti
Maurício Silva Ribeiro
Rafael Nandi da Motta
Ricardo de Oliveira
Rogério Eduardo Ferreira de Oliveira
Vinícius Silveira Marques
Vítor Maione Samos
Walter Luiz Araújo Guarino
Conselheiros fiscais
Leonardo Bráz Vieira Santos
Rosemari Bremm Oliveira
Sandro Henrique Rensi

Conselheiros fiscais suplentes
João Roberto Musumeci
Victor Villas Casaca
Arisson Rodrigues Ferreira

Gestor do ABNT/CB-37
Aldo Machado Simões

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Que tal mudar os paradigmas de sua empresa?

Escrito por Cláudio Lúcio da Silva

As novas realidades que a conjuntura econômica e política, os fornecedores, a concorrência e o mercado consumidor têm exigido das empresas vidreiras requerem uma forte mudança de paradigmas. Empresas com grandes dificuldades em gestão optam por estratégias do tipo cópia, ou estratégias extravagantes, tresloucadas e desconectadas da realidade do setor. Isso pode incentivar as estratégias de atuação camicases e autodestrutivas para a empresa e para o mercado local.

Não se faz qualquer tipo de gestão dos custos da empresa ou qualquer tipo de controle rigoroso dos custos. Não se estabelecem suas próprias estratégias de atuação do negócio e suas prioridades competitivas. Nesse panorama, a cada nova crise que ocorrer, menos empresas irão sobreviver.

É urgente que os agentes de atuação do mercado vidreiro ajustem seus atuais paradigmas.

O segredo do sucesso não é prever o futuro, mas criar uma organização que prosperará em um futuro que não pode ser previsto” (Michael Hammer).

Paradigma antigo: É preciso ter ideias novas.
Novo paradigma: É preciso escapar das ideias antigas.

Paradigma antigo: Tudo se consegue resolvendo problemas.
Novo paradigma: Tudo se consegue explorando oportunidades.

Paradigma antigo: A empresa maior vence a menor.
Novo paradigma: A empresa mais ágil vence a mais lenta.

Paradigma antigo: Fuja das ameaças.
Novo paradigma: Transforme ameaças em oportunidades.

Paradigma antigo: Essa crise vai passar, vai sim.
Novo paradigma: Essa crise vai passar e, depois que ela passar, vem outra pior. É preciso olhar a turbulência como coisa natural. A transição é contínua.

Paradigma antigo: Nosso lema é não aceitar devolução.
Novo paradigma: Se o cliente não gostou, não houve negócio.

Paradigma antigo: O cliente não perdoa o erro da empresa.
Novo paradigma: O imperdoável para o cliente não é o erro, mas a maneira como a empresa reage ao erro.

O pior é quando se passa por uma experiência sem nada aprender e nada esquecer!

Fale com eles!
Cláudio Lúcio da Silva ministra os módulos da Especialização Técnica Abravidro. É expert em transformação de vidros, com experiência em modelagem, implantação e gestão de processos industriais. claudiolucio.s@hotmail.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Pensadas para olhar e admirar

As primeiras vitrinas como são hoje conhecidas surgiram na Europa durante o período da rainha Vitória (1832-1895), do Reino Unido, elaboradas como janelas que mostravam as mercadorias ao público passante. Desde então, elas sofreram uma série de evoluções, tornaram-se um elemento constante na arquitetura urbana, mas ainda é nelas que as pessoas veem o que há de novo ou as opções mais atrativas e, se gostarem do que viram, entram na loja para conhecer mais e possivelmente fazer uma compra.

Quando bem-escolhido, o vidro de uma vitrina consegue valorizar ainda mais os produtos expostos e, assim, aumentar as oportunidades de vendas do estabelecimento. Assim, quando um cliente procurar sua vidraçaria para instalar uma vitrina, que tal mostrar para ele as vantagens que um produto de valor agregado oferece? Acredite: com isso, ele sairá ganhando. E você também!

Fundamental para as vendas
“Em média, 70% das decisões de compras ocorrem na vitrina, pois ela é o primeiro impacto e contato com o consumidor”, observa Heloisa Omine, professora de Comunicação no Ponto de Venda da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). “E, mesmo quando a loja está fechada, a vitrina continua a expor e atrair o consumidor.” A arquiteta Marina Debasa, sócia do escritório Arquitetude, acrescenta que a transparência dessas estruturas permite que as pessoas vejam as peças em diferentes ângulos e se interessem por seus detalhes sem que seja preciso tocar nelas.

E onde o vidro entra? Viviane Moscoso, gerente de Produtos da Vivix, responde: “Uma boa vitrina tem como papel atrair os clientes, e a função do vidro é utilizar a transparência para gerar proximidade entre o consumidor e o produto”. Outros benefícios trazidos pelo material são a segurança contra furtos e a estanqueidade do ambiente.

Mas é só isso que um vidro traz? Tudo depende do tipo escolhido.

vp_vidraçaria-extraclear cópia‘Extra clear’: cores sem nenhuma distorção
Uma opção bastante recomendada para esse tipo de aplicação é o vidro extra clear. Leandro Gonçalves, gerente de Projetos da processadora Divinal Vidros, explica: “Por se tratar de um produto com baixo teor de ferro em sua composição, o extra clear tem um aspecto menos esverdeado que o incolor comum, trazendo uma excelente oportunidade de valorizar as cores e aparência real do produto exposto”.

 

Antirreflexo: visibilidade garantida a qualquer hora
vp_vidraçaria-antirreflexo cópia“Um vidro incolor apresenta, em média, 8% de reflexão de luz — ainda que baixa, ela pode comprometer a visualização dos produtos, dependendo da orientação da vitrina e da incidência de luz sobre ela”, afirma Luiz Barbosa, diretor da Ci & Lab, empresa de projetos e consultoria para vidros, esquadrias e fachadas e parceira da processadora Brazilglass, de Ribeirão Pires (SP).

Para evitar esse problema, o mercado já dispõe de vidros com baixa reflexão, ou antirreflexo: mesmo laminado, ele pode ter reflexão luminosa menor que 2%, maximizando a visualização dos produtos expostos nas vitrinas.

Loja de vidroLaminados: proteção reforçada
De acordo com a norma ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações, apenas vidros temperados, aramados ou laminados podem ser aplicados em vitrinas. Dentre eles, os temperados podem parecer a melhor opção pelo preço, mas deixam o vão aberto em caso de quebra.

Por isso, Viviane Moscoso, da Vivix, aconselha o uso de laminados ou multilaminados, compostos de duas ou mais lâminas de vidro intercaladas por películas ou resinas para a adesão entre as camadas. “Em caso de quebra”, diz ela, “como a camada intermediária mantém os fragmentos no lugar até que sua troca possa ser feita, os produtos da vitrina ficam protegidos”.

 

vp_vidrac¦ºaria-instalac¦ºa¦âoVidro sem interferência
Um dos desafios ao planejar uma vitrina é permitir que o máximo do seu vão seja transparente, o que pode ser comprometido pelas emendas entre as peças de vidro.

Para evitar esse problema, Ana Granado, coordenadora de Mercado da Cebrace, aconselha: “O vidraceiro pode, junto com um arquiteto, desenvolver um projeto para a vitrina e dimensionar o tamanho das peças maiores, usar acessórios que suportem esta aplicação com pouca interferência no acabamento final, e fazer o acabamento das emendas com perfeição.”

Renato Sivieri, diretor de Marketing da Guardian, lembra que o uso de chapas de grandes dimensões já é comum para vidraceiros. Mas alerta: “As especificações de cada vitrina devem ser analisadas individualmente.”

 

vp_vidrac¦ºaria-iluminac¦ºa¦âoLuz para o vidro
Vidros especiais garantem maior visibilidade, mas a iluminação para o lado de dentro da vitrina também é importante para
destacar os produtos expostos. A professora Heloisa Omine, da ESPM, indica como pontos fundamentais:

– Que ela permita flexibilidade;
– Que seja pensada de acordo com o tema da vitrina (se ele precisa de iluminação geral, focal em pontos específicos ou mesmo teatral);
– Que permita a boa visualização dos produtos que o lojista pretende enfatizar.

Uma solução indicada pela professora é a iluminação por meio de LED, mais sustentável e duradoura. “As fitas de LED podem ser usadas para iluminar prateleiras, displays ou mesmo para que o espaço da vitrina seja percebido como um grande cubo mágico, capturando o olhar de quem passa pela sua frente”, acrescenta.

O que encontrar no mercado?
Não faltam produtos no Brasil para elaborar e instalar vitrinas especiais. Conheça alguns deles a seguir.

Nome: Planibel Clearvision
Produto: vidro extra clear
Empresa: AGC
Diferenciais:
– Permite 92% de transmissão de luz e a visibilidade das cores sem nenhuma distorção;
– Transparência e visibilidade se mantêm mesmo quando o vidro é usado com espessuras de até 19 mm.

Nome: Temperado Blindex
Produto: vidro temperado
Empresa: Blindex
Diferenciais:
– Fácil de limpar;
– Conta com padrões modernos e exclusivos;
– Melhora a acústica do ambiente;
– Disponível em versão lisa, impressa ou serigrafada.

Nome: Diamant
Produto: vidro extra clear
Empresa: Cebrace
Diferenciais:
– Não interfere na cor das roupas e objetos da vitrina, proporcionando uma visão muito mais clara e neutra.

Nome: Optiview
Produto: vidro antirreflexo
Empresa: Cebrace
Diferenciais:
– Camada de produtos químicos em uma das faces do vidro o torna capaz de reduzir a reflexão em quase 80%;
– Bloqueia raios ultravioleta, que podem desbotar e ressecar os tecidos e produtos expostos na vitrina.

Nome: Saflex e Vanceva
Produto: películas de PVB
Empresa: Eastman
Diferenciais:
– A linha Saflex oferece proteção extra contra danos e passagem de ruídos, enquanto a Vanceva conta com opções variadas de cores para ressaltar a aparência da vitrina;
– Ambas filtram 99% dos raios ultravioleta.

Nome: UltraClear
Produto: vidro extra clear
Empresa: Guardian
Diferenciais:
– Alta transparência e transmissão de luz.

Nome: TG System
Produto: sistema de envidraçamento estrutural
Empresa: Pilkington
Diferenciais:
– Diminui a necessidade de alvenaria para a instalação da vitrina.

Nome: Vidro Antivandalismo
Produto: vidro multilaminado
Empresa: PKO do Brasil
Diferenciais:
– Laminado com película estrutural;
– Suporta até setenta machadadas e marteladas sem se quebrar totalmente.

Nome: Vivix Lamina
Produto: vidro laminado
Empresa: Vivix
Diferenciais:
– Saído já laminado diretamente da fábrica;
– Disponível em espessuras de 10 e 12 mm.

A chave para uma boa vitrina é VOCÊ!
Com vidros especiais para o projeto de vitrina do seu cliente, a qualidade da obra está garantida, certo?

Errado! “A forma de instalação interfere diretamente na qualidade e segurança do produto”, aponta Glória Cardoso, coordenadora de Marketing da Pilkington. Ana Granado, da Cebrace, destaca que os acessórios utilizados, o tipo de instalação, o dimensionamento das peças de vidro e o acabamento nas junções são alguns itens essenciais para um resultado final satisfatório.

É aí que você entra, vidraceiro: cabe ao profissional analisar o projeto, indicar a melhor solução de envidraçamento e estar atento ao que deve ser feito para uma instalação não só benfeita, mas que ajude a destacar a vitrina.

Algumas dicas para isso são:

analiseANALISE TODOS OS RISCOS PARA O PROJETO: Leandro Gonçalves, da Divinal Vidros, observa que, para instalar uma vitrina exposta diretamente para a rua, por exemplo, a possibilidade de quebra que poderá causar acidentes às pessoas próximas a ela precisa ser considerada. É fundamental também checar se todos os componentes do sistema são compatíveis com o vidro, qual a melhor forma de ancoragem para sua fixação na obra e se será preciso fazer alguma intervenção na alvenaria;

atualizadoESTEJA SEMPRE ATUALIZADO: conheça as características de cada produto para poder indicar ao comprador seus benefícios e como ele contribui para o projeto da vitrina. “A boa informação é sempre a melhor estratégia de convencimento”, afirma Renato Sivieri, da Guardian;

melhorPARA SER O MELHOR, TRABALHE COM O MELHOR: Glória Cardoso, da Pilkington, alerta que o vidraceiro deve evitar composições de produtos não testados, que podem causar desconforto para o cliente após a instalação;

protejaPROTEJA OS VIDROS: segundo Luiz Barbosa, da Ci & Lab, a Brazilglass alerta que, caso os vidros sejam encaixilhados, o uso de calços de borracha e a vedação nas bordas e laterais são fundamentais para evitar o contato direto entre o vidro e os perfis. Já em casos em que uma peça de vidro está ao lado da outra, a processadora indica que deve haver um espaço entre suas bordas, preenchido com silicone incolor neutro;

incrementeINCREMENTE O PROJETO: quem disse que a área de exposição da loja só pode levar vidros na vitrina? Marina Debasa, do escritório Arquitetude, sugere o uso de prateleiras de vidro para destacar ainda mais os produtos;

posvendaDEDIQUE-SE AO PÓS-VENDA: suas oportunidades de negócios não acabam com o fim da instalação da vitrina. Lembre ao seu cliente que ela precisa passar periodicamente por manutenção e limpeza para garantir sua durabilidade.

 

Fale com eles!
AGC — www.agcbrasil.com
Arquitetude — arquitetude.com.br
Blindex — www.blindex.com.br
Brazilglass — www.brazilglass.com.br
Cebrace — www.cebrace.com.br
Ci & Lab — www.cielab.com.br
Divinal Vidros — www.divinalvidros.com.br
Eastman — www.br.eastman.com
ESPM — www.espm.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Pilkington — www.pilkington.com/pt-br/br
PKO do Brasil — www.pkodobrasil.com.br
Vivix — vivixvidrosplanos.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

‘A competitividade às escuras precisa se transformar em parceria’

Empossado em cerimônia realizada no dia 19 de maio, o novo presidente da Abravidro, José Domingos Seixas, assumiu oficialmente o cargo em 1º de junho. Portanto, ele começa a pôr em prática seus planos para os próximos três anos na maior entidade vidreira do Brasil.

A equipe de O Vidroplano conversou com Domingos para conhecê-lo melhor e saber de seus projetos e visão de mercado. “Meu foco principal é unir não apenas processadores e distribuidores, mas também usinas de base e vidraceiros”, comentou. Veja a seguir a íntegra da entrevista.

Para começar, gostaríamos de saber um pouco sobre sua trajetória no setor.
José Domingos Seixas — Nossa empresa completa 92 anos em 2017 — foi fundada pelo meu avô, com o nome de Seixas e Cia. Há doze anos mudamos o nome para Cyberglass e meus sobrinhos Rodrigo e Gláucia já representam a quarta geração no negócio, o que me dá muito orgulho. Trabalho no vidro há 46 anos, iniciei com meu pai, naquela época em que se carregava vidro na mão e se cortava com diamante. Vivenciei toda a mudança de nosso mercado quanto ao acesso à matéria-prima, formação das indústrias de processamento, aumento do consumo de vidro e, agora, esse momento de retração.

Com toda essa experiência, o que o motivou a aceitar o convite para ser o presidente da Abravidro?
_MG_5767Domingos — Foi algo muito pessoal, despertado pela minha aproximação dos sindicatos e também de Alexandre Pestana, pessoa que admiro muito. Eu já admirava o trabalho de seu antecessor, Wilson Farhat Júnior, e quando me aproximei da entidade, vi que era um trabalho tremendamente dedicado, honesto e árduo. A capacidade da Abravidro de contribuir com o desenvolvimento de nosso setor me motivou muito.

Quais são seus principais objetivos como presidente da Abravidro?
Domingos — Meu foco principal é unir não apenas processadores e distribuidores, mas também usinas de base e vidraceiros. Existe uma competitividade às escuras que eu gostaria que se transformasse em parceria. Este é meu maior objetivo: fazer com que essa união promova desenvolvimento do mercado. Afinal, formamos uma cadeia produtiva, em que um elo depende do outro, temos de somar para que todos ganhem.

Você assume a Abravidro em um momento muito difícil do setor. Vimos o consumo de vidro aumentar nos últimos anos, assim como a capacidade instalada em todos os elos da cadeia. No entanto, ocorreu uma queda abrupta da demanda pelo material a partir de 2015. O que o segmento precisa fazer nesse momento de baixa atividade?
Domingos — Ninguém tem a solução para a crise, mas vejo que precisamos nos movimentar e nos mobilizar para viabilizar a nossa atividade apesar da crise. Existe uma política de governo que não está clara, de impostos malcobrados em nosso setor, gerando um desequilíbrio muito grande e estimulando a competição desleal, portanto, essa será uma grande prioridade.

Por outro lado, acredito que a crise não é só econômica — é política e social também e a Abravidro tem muito a contribuir com educação, disseminando conhecimento em várias frentes de trabalho. Estou aqui para representar uma classe e, junto com a diretoria, buscar não apenas uma, mas várias soluções. Vou acompanhar os projetos pessoalmente, mas diante da grande extensão do trabalho da Abravidro, estou dividindo tarefas para que não fique tudo concentrado apenas no presidente. Para isso conto também com nossa nova superintendente Iara Bentes, que em tão pouco tempo já se mostrou capaz e envolvida com a Abravidro.

Sobre a questão tributária no setor vidreiro, que você acaba de mencionar, o que pode ser melhorado?
_MG_6030Domingos — O modelo tributário do vidro plano é um pouco deturpado, sujeito a interpretações que geram competição desleal, dificultam a fiscalização e estimulam a informalidade. O ideal para nossa categoria seria o sistema monofásico, em que todos os impostos seriam recolhidos pelo primeiro elo da cadeira produtiva, logo no fornecimento da matéria-prima. Tentamos por um momento levar isso até Brasília, mas nos deparamos com inviabilidade técnica de implementação. Hoje, estamos pleiteando a equalização do Imposto sobre produtos industrializados (IPI). A ideia é aumentar a alíquota desse imposto na base e reduzir o porcentual na indústria de transformação, estimulando a completa formalização das operações e proporcionando facilidade de controle do mercado. Nesse momento, é nisso que a Abravidro está trabalhando, junto com a Abividro, representante das usinas de base.

Outro ponto relevante é a organização da cadeia produtiva vidreira. No modelo clássico, temos a usina de base fazendo a fusão do vidro e produzindo a matéria-prima. Depois, vem a indústria de transformação e, por fim, seus clientes — vidraceiros, construtoras, indústria automobilística, moveleira e de linha branca. Essa organização, atualmente, não é seguida à risca. Como o senhor vê isso?
Domingos — As usinas de base trataram o mercado de forma deturpada. No passado, elas não tiveram armas suficientes para lidar com a importação de vidro e uma fórmula criada para combater essa importação foi dar poderes a alguns — que se transformaram em grandes distribuidores de nosso produto, meros intermediários que não agregaram valor a essas operações. Isso fez com que os processadores de vidro perdessem poder de negociação, tanto na relação das usinas com o mercado como do próprio mercado com seus clientes. E os negócios se tornaram muito predatórios, ainda mais com a retração do consumo.

A Abravidro tem concentrado energias na divulgação de conteúdo técnico, assim como na formação de novos treinamentos para a cadeia produtiva. Quais serão os planos nesse sentido para seu mandato?
_MG_5767Domingos — Como já coloquei, temos grandes planos ligados à educação. A Abravidro tem feito muita coisa, mas ainda assim está cheia de projetos na gaveta. Nos próximos três anos, temos de colocá-los em prática — são quase noventa iniciativas diferentes a serem levadas adiante. Esse é meu maior objetivo: manter as rotinas e colocar em prática tudo aquilo que já foi planejado. Vamos profissionalizar cada vez mais nosso setor e isso inclui principalmente a participação dos vidraceiros, profissionais fundamentais para essa evolução.

Por falar em vidraceiros, como você enxerga o trabalho deles nos próximos anos?
Domingos — No discurso de posse, mencionei que hoje o vidraceiro está tão técnico e provido do conhecimento de normas que é preciso trazê-lo para perto de nós para discutir práticas e melhores caminhos na utilização do vidro. Penso que, no futuro, aqueles que não tiverem alto nível técnico estarão fora do mercado. Precisamos construir um setor em que não haja espaço para amadorismo em todos os elos da cadeia produtiva.

Que mensagem você deixa para os leitores de ‘O Vidroplano’?
Domingos — A minha mensagem é de colaboração. Farei uma gestão participativa, mantendo a transparência característica da Abravidro e ampliando canais com as empresas associadas. Não são apenas os 23 da diretoria que devem carregar essa classe pra frente, mas, sim, todas as mais de duzentas empresas associadas à Abravidro. Estamos abertos a todos.

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Oportunismo e insensibilidade

domingosConfesso que gostaria de abordar outro assunto neste primeiro editorial. No entanto, mal a nova diretoria da Abravidro assumiu e já temos pela frente um velho e conhecido problema. Inesperadamente, fomos surpreendidos pelo anúncio de um novo reajuste de preços de nossa matéria-prima, teoricamente vigente a partir do início de julho. Dessa vez, a justificativa foi o aumento do gás natural, o que não explica muita coisa, pois, ano passado, esse valor caiu e não obtivemos redução de valores.

A novidade revoltou a classe vidreira, por uma série de razões. A principal delas é bastante óbvia: o mercado está absurdamente retraído, com sobreoferta de produtos, ociosidade e grande competitividade, num ambiente refratário à absorção desse reajuste pela ponta final. Estamos cientes de que todos — usinas de base, processadores e varejistas — estão trabalhando com margens muito achatadas e precisam recompor seus custos. No entanto, há alguns anos estamos sofrendo com o sobe e desce dos preços da matéria-prima, obtendo um resultado já conhecido: muita turbulência e prejuízo, principalmente porque somos obrigados a investir pesado em estoque no período pré-aumento e tudo retrocede semanas depois.

Somado a tudo isso, as usinas de base concentram o fornecimento de grandes volumes de matéria-prima em clientes intitulados distribuidores que, ao atuar como meros atravessadores, estimulam a informalidade e muitas outras distorções — no final, a conta do aumento do preço do vidro ficará no bolso dos processadores.

Não precisamos ser profundos conhecedores de nosso setor para concluir que o cenário favorece a quebra de muitas indústrias transformadoras no Brasil. Com o objetivo de melhorar seus resultados no curtíssimo prazo, as usinas esqueceram de avaliar o que vem depois, numa atitude que classifico como oportunista e insensível, pois pode custar a perenidade de empreendedores que estão batalhando muito para se manter vivos. Só posso garantir uma coisa: a Abravidro não vai ficar de braços cruzados.

José Domingos Seixas, presidente da Abravidro

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Proteção contra fogo? O vidro também oferece!

Fogo versus vidro: quem vence essa batalha? O mito antigo de que o vidro é frágil contra o fogo acabou faz tempo: a tecnologia da indústria permite que nosso material funcione como uma barreira segura contra chamas. Isso quer dizer que contra incêndios ele é um ótimo remédio. Por isso, O Vidroplano mostra as principais características dos vidros resistentes ao fogo e os diferentes tipos existentes no mercado. Veja ainda quais são as fabricantes que oferecem o produto no Brasil e como ele deve ser usado em projetos na construção civil.

O que é?
Os vidros resistentes ao fogo, conhecidos pela sigla VRF, têm como objetivo bloquear o curso de chamas, gases e fumaça em casos de incêndio. Assim, permitem a evacuação segura do local. Esse material, dependendo de sua composição, pode resistir de 15 a 120 minutos e sua aplicação varia de acordo com a necessidade do ambiente. Para efeito de comparação, um vidro float comum normalmente resiste somente de 3 a 5 minutos nas mesmas condições.

Como o vidro não combate o fogo, mas, sim, retarda sua ação, os bombeiros devem sempre ser chamados em situações de incêndios.

 

Quais os tipos?
Os vidros são identificados pelas normas de acordo com seu desempenho. Cada um é indicado para diferentes tipos de uso. Ao todo, são três classificações:

Classe E
– Também chamado de para-chamas;
– Principal característica: integridade;
– Impede a progressão das chamas, fumaças e gases tóxicos;
– Não bloqueia a radiação do calor, por isso é restrito a locais em que não haverá fluxo de pessoas, nem próximo a materiais combustíveis;
– Modo de fabricação semelhante ao do float, passando em seguida pelo processo de têmpera;
– Composição química com coeficiente de expansão térmica bem inferior ao do float. Isso garante que a peça não se quebre quando exposta a elevados diferenciais de temperatura.

Classe EW
– Também chamado de para-chamas redutor de radiação térmica;
– Principais características: integridade e controle de radiação;
– Impede a progressão das chamas, fumaças e gases tóxicos;
– Reduz a radiação de calor no lado protegido, garantindo uma temperatura confortável ao ser humano e impedindo a ignição de materiais combustíveis a uma distância de 1,5 m do vidro;
– Modo de fabricação depende do modelo: pode ser tanto semelhante ao do float, passando em seguida pelo processo de têmpera, como do laminado ou insulado;

Classe EI
– Também chamado de corta-fogo;
– Principais características: integridade e isolamento;
– Impede a progressão das chamas, fumaças e gases tóxicos;
– Bloqueia a radiação de calor;
– Opção com maior desempenho;
– Modo de fabricação, dependendo do fabricante, é parecido ao do laminado;
– É feito com temperados intercalados com gel intumescente, cuja característica é reagir e se expandir em contato com altas temperaturas. Ele é o responsável por isolar o ambiente do calor.

 

Qual tipo de projeto pode usar esses vidros?
escada internaEm qualquer projeto que necessite de compartimentação (divisão de um espaço sem separá-los por completo) para efeito de incêndio, seja comercial ou corporativo. “É uma excelente opção para não se perder os efeitos visuais de amplitude e iluminação promovidos pela transparência do produto, se comparado com as alternativas opacas”, explica Paulo de Moraes, gerente-técnico e comercial para América do Sul da Vetrotech Saint-Gobain.

Confira algumas sugestões de uso:

Porta corta-fogo: aplicação frequente, mas normalmente oferecida ao mercado na versão metálica, que não proporciona possibilidades arquitetônicas. Quando feita de vidro, oferece valor agregado, além de alto desempenho, beleza e segurança. Essas portas podem ser inteiramente feitas com nosso material ou ter apenas visores envidraçados — as normas indicam o tamanho permitido para os visores (confira detalhes no final da reportagem);

Fachadas: nessas estruturas, os vidros evitam que as chamas atinjam andares superiores, por exemplo. Para a utilização do vidro corta-fogo em fachadas, a peça precisa ter uma camada adicional de laminação, evitando assim reações químicas influenciadas pela radiação solar;

Saídas de emergência: corredores para evacuação rápida de pessoas também podem levar os vidros, de forma a isolar o ambiente não só do fogo, mas também de fumaça e gases tóxicos;

Proteção de itens frágeis: outra aplicação importante é na proteção de peças que não podem correr o risco de serem destruídas — ou que não resistiriam aos efeitos de proteções ativas como os sprinklers (sistemas instalados em tetos que descarregam água) —, incluindo obras de arte, documentos, livros e servidores;

Outras soluções diversas: telhados, janelas, fechamento de átrios, portas deslizantes, hall de elevadores etc.

Mas e as lareiras?
Lareiras estão na moda em residências de luxo, servindo também como elemento de decoração. Por isso, o vidro é um material constantemente aplicado nessas estruturas. Assim, basta usar um para-chamas ou corta-fogo e está tudo certo, correto? Errado.
O vidro próprio para esse tipo de aplicação é o cerâmico, também chamado de vitrocerâmico. Por ter coeficiente de expansão térmica praticamente nulo, ele irradia o calor gerado pelo fogo, auxiliando no processo de combustão. O mesmo vale para churrasqueiras, estruturas que também precisam de irradiação.
Portanto, já sabe: nada de para-chamas ou corta-fogo em lareiras.

 

Como deve ser feita a instalação?
Vidraceiro, fique ligado: a instalação desses sistemas deve obedecer a regras. Quando for solicitado para instalações assim, consulte caixilheiros especializados nessas soluções. Geralmente, trata-se de projetos de grande porte, no qual arquitetos ou engenheiros estão envolvidos diretamente.

Os fabricantes de perfis exigem conhecimento técnico específico para o trabalho com esse tipo de solução. Essas empresas podem oferecer treinamentos para permitir que o profissional vidreiro esteja apto a realizá-lo. Carlos Montibeller, coordenador de Vendas de Produtos Especiais da Pilkington, alerta: “O produto precisa ser instalado como solução completa, sempre acompanhado da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e certificado do vidro em conformidade com as normas”. A ART é um documento que define, para efeitos legais, os responsáveis-técnicos pela execução de serviços e obras registrados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).

 

Produtos encontrados no Brasil
De acordo com as empresas consultadas, todos os produtos são fabricados fora do País e importados conforme demanda dos clientes.

AGC: Pyropane (para-chamas) e Pyrobel-Pyrobelite (corta-fogo).

Pilkington: Pyroclear (para-chamas) e Pyrostop (corta-fogo).

Schott: Schott Pyran (para-chamas) e Schott Pyranova (corta-fogo).

Vetrotech Saint-Gobain: Pyroswiss, Keralite, Vetroflam e Contraflam Lite (para-chamas) e Contraflam (corta-fogo).

 

Atenção aos acessórios e esquadrias!
bancoNão é somente o vidro que precisa ter características especiais, mas também todos os elementos usados no conjunto. “As paredes, caixilhos, materiais de isolamento e demais componentes precisam ser adequados para terem o mesmo tempo de resistência ao fogo”, revela Fernanda Roveri, engenheira de Vendas da Schott. A certificação de ensaio deve, inclusive, conter a descrição completa de cada componente utilizado, com dimensões e material de fabricação.

Perfis devem ser feitos de aço carbono, aço 1010, 1020, inox, alumínio ou até madeira: tudo vai depender do tipo de sistema instalado e da quantidade de tempo necessária para a resistência ao fogo. É a velha máxima: cada projeto precisa de uma solução específica. Os perfis também precisam ser tubulares, com os canais preenchidos com fibra cerâmica.

Acessórios usados
– caixilhos;
– fitas cerâmicas;
– vedadores entumecentes;
– parafusos de fixação;
– silicones, entre outros.

Os bombeiros precisam aprovar projetos com esse vidro?
“Como todo produto que oferece proteção ativa ou passiva contra incêndio”, explica Paulo de Moraes, da Vetrotech Saint-Gobain, “sua aplicação depende da análise e aprovação do Corpo de Bombeiros do Estado em que se dará a aplicação.” Os oficiais da corporação analisam se a classificação e o tempo de resistência da solução apresentada são adequados aos requerimentos do espaço. Após a aprovação do projeto em si, são verificadas as certificações dos produtos a serem instalados. Com isso, garante-se que o desempenho do sistema seja comprovado por ensaios, estando em conformidade com as normas técnicas.

 

O que as normas dizem?
teste“O elemento construtivo como um todo deve ser avaliado quando a questão diz respeito à resistência ao fogo. A norma brasileira, que trata desse assunto, destaca essa abordagem”, explica Antônio Fernando Berto, do Laboratório de Segurança ao Fogo e a Explosões do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Portanto, o vidro sozinho não é analisado, mas, sim, o conjunto completo — no caso de uma porta, por exemplo, todos os seus componentes, incluindo esquadrias, parafusos, entre outros, são ensaiados. “Não se deve lidar de forma isolada com um tema tão sensível, uma vez que, no caso de um incêndio, o sistema inteiro será colocado à prova, não somente o vidro”, opina Franco Faldini, diretor de Vendas e Marketing da AGC na América do Sul.

Portanto, devem ser exigidos certificados do sistema inteiro, inclusive das dimensões ensaiadas, nunca certificados isolados de cada componente.

A NBR 11742 — Porta corta-fogo para saída de emergência passou por recente revisão e em breve entrará em consulta nacional. A nova versão do documento agora possui requisitos específicos sobre o emprego de VRF nas portas corta-fogo, sendo dividido em duas categorias:

Visores, cuja área de vidro está limitada a 0,10 m² da porta;
Área de vidro não limitada, com dimensões condicionadas pelas características e limitações construtivas do vidro.

Outra norma sendo revisada é a NBR 14925 — Unidades envidraçadas resistentes ao fogo para uso em edificações (essa trata somente do uso de vidros). O trabalho visa a deixar os requisitos nacionais de acordo com os presentes em normas estrangeiras, definindo questões como composição das instalações e respectivas classificações de resistência ao fogo.

 

Fale com eles!
AGC — www.agcbrasil.com
IPT — www.ipt.br
Pilkington — www.pilkington.com/pt-br/br
Schott — www.schott.com
Vetrotech Saint-Gobain — www.vetrotech.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.