Em tempos de recessão econômica e concorrência acirrada, quem tem conhecimentos para aprimorar seus produtos e serviços e planejar suas estratégias comerciais é rei. Felizmente, não faltarão oportunidades este ano para que profissionais vidreiros de várias regiões do País possam correr atrás dessa bagagem. Uma delas já foi realizada em São Paulo: confira a seguir os conselhos apresentados nela e os cursos e palestras anunciados em vários Estados para os próximos meses.
Das normas técnicas ao ‘marketing’ digital
Até o fechamento desta edição, nove oportunidades de capacitação haviam sido anunciadas para os Estados de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Este ano, além de treinamentos para atividades como instalação de sacadas, orçamentos e projetos, haverá cursos com novas temáticas, como os de tendências do marketing digital para vidraçarias e o detalhamento das normas técnicas para a aplicação de vidro plano na arquitetura e na construção civil. Confira!
Sincomavi-SP, em São Paulo Perspectivas para a economia em foco
No dia 6 de fevereiro, aproximadamente trinta pessoas estiveram presentes no auditório do Sincomavi, em São Paulo, para assistir à palestra Cenários e perspectivas econômicas em 2017. A apresentação foi feita por Jaime Vasconcellos, assessor-econômico da Federação do Comércio, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que explicou que a expectativa para as condições econômicas do País é de uma recuperação lenta, dentro de três a cinco anos. Dessa forma, Vasconcellos aconselhou aos empresários e comerciantes que ajam com muita cautela e revejam seus planos para investimentos, além de dar dicas para enxugar despesas.
Gol de placa
Na abertura do Campeonato Paulista, Corinthians e São Bento, de Sorocaba, se enfrentaram. Na camisa do Bentão estava a marca da processadora Tempermax, que há cinco anos patrocina o clube. Desde então, ele voltou à elite da competição paulista e conquistou o acesso à Série C do Brasileiro. Fica o estímulo para mais ações de incentivo ao esporte em nosso setor!
Mais vidro na Torre Eiffel
Do interior de São Paulo para a França. Um dos principais cartões portais do mundo está prestes a se tornar ainda mais atrativo para os amantes do vidro. A Torre Eiffel, em Paris, receberá uma parede de vidro à prova de balas com 2,5 m de altura ao seu redor. A estrutura substitui as cercas de metal instaladas no ano passado. O objetivo é garantir a segurança do monumento, visitado por seis milhões de pessoas anualmente. Vale ressaltar que nosso material já está presente na torre no formato de piso e guarda-corpo.
Novas opções de ‘cooktops’
Uma novidade no mercado envolvendo o vidro: a Franke lançou quatro modelos de cooktops que integram a linha Glass, feita de temperado. A linha foi criada com base em pesquisa realizada com consumidores brasileiros e tem como um de seus destaques a maior potência. Além disso, possuem base esmaltada e botões removíveis.
A Loctite, empresa atuante na área de adesivos, lançou recentemente o epóxi bicomponente Loctite Durepoxi Líquido. O produto é indicado para reparos em vidros e pode tanto ser usado por profissionais vidreiros como pelo consumidor final. Além de apresentar acabamento mais fino e transparente em relação a outros adesivos existentes no mercado, o que impede a formação de grumos ou manchas, possui outro diferencial relevante: uma fórmula extraforte, cuja secagem acontece cerca de dez minutos após a aplicação. Segundo a empresa, devem-se misturar partes iguais das duas bisnagas da embalagem até formar um gel homogêneo, que deve ser utilizado em local ventilado, sem contato com a pele. Atenção: as superfícies das partes do vidro a serem coladas precisam estar limpas e secas. Mais informações: www.loctite.com.br
No dia 27 de janeiro, a consultora de Normalização da Abravidro, Clélia Bassetto, palestrou para cerca de oitenta oficiais do Corpo de Bombeiros de Fortaleza, das áreas de avaliação de projetos e vistoria de edificações sobre os vidros de segurança e sua aplicação na construção civil. As principais normas relacionadas ao tema foram apresentadas, incluindo a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações. Clélia enfatizou também ali a importância da inclusão dessa norma às instruções técnicas dos Bombeiros em todos os Estados do País. Além dela, estiveram presentes no encontro a gerente de Produtos da Vivix, Viviane Moscoso, e o consultor da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), Luiz Jorge Pinheiro.
Alunos do Senai, em São Paulo, também assistiram à palestra No dia 6 de fevereiro, em São Paulo, Clélia falou no Curso do Vidraceiro, ministrado na Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo. Seu tema foi dividido em duas partes. Na primeira, os estudantes aprenderam detalhes das normas de produto, incluindo a de temperados e laminados. Na sequência, foi a hora de se conhecer as normas de aplicação, com ênfase na NBR 7199. O programa De Olho no Boxe (www.deolhonoboxe.com.br), específico para a manutenção dos boxes de banheiro, também foi abordado.
No começo de fevereiro, o mercado foi surpreendido com a notícia da compra, pelo Grupo Saint-Gobain, da fabricante de adesivos e selantes Adespec. Esta — localizada em Taboão da Serra, Região Metropolitana de São Paulo — tem atuação forte no setor vidreiro e se caracteriza por desenvolver produtos em parceria com as usinas de base. Além disso, atua nos segmentos de construção civil e industrial.
De acordo com as informações divulgadas, o negócio da Adespec será conduzido pela Weber, empresa da Saint-Gobain pertencente ao ramo de argamassas e impermeabilizantes, produtora da linha Quartzolit. Segundo a multinacional francesa, a transação vai ao encontro da estratégia do grupo de ampliar seus ativos industriais no Brasil.
O Grupo Saint-Gobain atua no País há oitenta anos. Dono de um grande portfólio de empresas no setor de construção civil, são dele marcas como Brasilit (telhas e placas cimentícias), Isover (materiais para isolamento térmico e acústico), Norton (abrasivos), e Placo (drywall), entre outras.
Vale ressaltar ainda que a Saint-Gobain integra a joint venture que forma a Cebrace e é proprietária da Saint-Gobain Glass.
Apoiada pela Cebrace e Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), a mostra No lugar mesmo: uma antologia de Ana Maria Tavares exibe mais de 160 obras da artista mineira. Aberta ao pública até 10 de abril, a exposição pode ser vista na Pinacoteca de São Paulo. Um de seus destaques é a chamada Exit III com Parede Niemeyer (Estação Luz) — trata-se de uma estrutura composta por Espelhos Cebrace 6 mm de 2 x 3,2 m, colados sobre quadros de madeira suportados por estrutura metálica. O trabalho foi projetado especialmente para o Octógono da Pinacoteca, onde seis paredes foram transformadas em mosaicos espelhados, cada qual com 6 m de largura e 12,8 m de altura. “O espelho é o lugar onde projetamos nossas expectativas e desejos”, define Ana Maria. Segundo a artista, o material permite aos visitantes a experiência de se verem expostos, além de possibilitar uma visão fragmentada e inovadora do mundo.
Mostra ‘No lugar mesmo: uma antologia de Ana Maria Tavares’ Quando: até 10 de abril Local: Praça da Luz, 2, São Paulo Mais informações:pinacoteca.org.br e (11) 3324-1000
Vidro blindado
Gostaria de obter informações sobre composições e espessuras de vidros blindados. Tulhio Manaus, AM
A NBR 15000 — Blindagens para impactos balísticos – Classificação e critérios de avaliação não especifica espessura, número de camadas ou tipo de material a ser usado em sua montagem. Apenas aponta o desempenho que devem apresentar com relação à resistência balística. A matéria de capa da edição 507 deO Vidroplano(março de 2015) traz um completo guia sobre vidros blindados. Acesse agora: www.abravidro.org.br/o-vidroplano/edicoes-anteriores/ Clélia Bassetto Consultora de Normalização da Abravidro (11) 3873-9908
Medida máxima de ‘maxim-ar’
A NBR 7199 estabelece limitação de medida para janela ‘maxim-ar’? Márcia Garibaldi, RS
A NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações não fala de limitações na medida do vidro. Para as estruturas como a maxim-ar, existe limitação de área do vidro quando for aplicado float ou impresso. Ele deve ser encaixilhado ou colado em todo o perímetro, sua área não pode exceder 0,64 m² e, quando a instalação for acima do 1º pavimento, a projeção máxima é limitada a 250 mm da face da fachada ou da aba de proteção. Vera Andrade Coordenadora técnica da Abravidro. (11) 3873-9908
Este texto foi originalmente publicado na edição 530 (fevereiro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.
Os trabalhos da comissão de estudos que tem o objetivo de criar a norma voltada para vidraceiros começaram no meio do ano passado. As reuniões mensais contam com a participação de vidraceiros, processadores, instrutores de cursos (inclusive do Senai), além de outros profissionais. Mas vale ressaltar: maior presença do vidraceiro é de suma importância para esse trabalho, pois serão definidos todos os parâmetros e requisitos que irão qualificar essa profissão, fazendo com que ele exerça seu trabalho com qualidade e segurança.
Construção do conteúdo
No momento, estamos na fase de estruturação da norma. Ou seja, definindo o tipo de conteúdo que ela terá. Ainda serão feitas muitas reuniões e debates nesse sentido, de forma a gerar os requisitos básicos necessários para que o vidraceiro possa entregar produtos de excelência aos clientes.
A ideia é não tornar o texto muito longo. Porém, não vamos deixar de dar enfoque às normas técnicas já existentes relacionadas ao vidro e à segurança do trabalho. Estamos levando em conta a criação de “categorias” ou “especialidades”, uma vez que existem tipos diferentes de instalações e trabalhos exercidos pelo vidraceiro, com graus de dificuldade variados e necessidade de conhecimentos técnicos específicos.
Acredito que essa norma será um divisor de águas em nosso mercado. A partir da sua publicação, teremos o fim da presença de curiosos que se passam por profissionais, colocando em risco milhares de usuários. Assim, essas pessoas não vão conseguir atender os requisitos da profissão. Elas são responsáveis por destruir anos de estudos dedicados pelas fábricas para o desenvolvimento e lançamento de novos produtos, além de depor contra os bons vidraceiros. Com esse trabalho, será possível elevar o vidraceiro ao patamar que ele merece, nivelando todo o setor por cima.
Vamos participar!
Gostaríamos que mais vidraceiros participassem das reuniões. Por isso, fica o convite a todos. Se não for possível ir aos encontros, envie e-mail para cb37@abnt.org.br com sugestões para serem debatidas. Quem participar desse processo com certeza sairá na frente da concorrência quando o documento for publicado pela ABNT.
Próximas reuniões! 21 de março, às 9 horas
Senai Tatuapé
Rua Teixeira de Melo, 106
São Paulo
22 de março, às 9 horas
Senai Tatuapé
Rua Teixeira de Melo, 106
São Paulo
18 de abril, às 9 horas
Sede da Abravidro
Avenida Francisco Matarazzo,
1.752, sala 615 – São Paulo
16 de maio, às 9 horas
Sede da Abravidro
Avenida Francisco Matarazzo,
1.752, sala 615 – São Paulo
Nunca é cedo demais para uma empresa investir em qualidade e garantir a segurança de seus produtos. Esse é o caso da EM Vidros, localizada na cidade de Raposa (MA): já no seu primeiro ano de atuação, ela recebeu a certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ) para seus vidros temperados de 6, 8 e 10 mm.
Em busca da diferenciação
Eric Rodrigues Murad, diretor da EM Vidros, explica que a processadora é focada no oferecimento de soluções em qualidade, segurança, prazo e custo para seus clientes. “Nossa indústria foi projetada para ser uma das mais modernas da região, possuindo equipamentos de ponta para o beneficiamento e transformação do vidro, com monitoramento informatizado dos processos, passando pelos departamentos técnicos, de venda, produção e administrativo”, comenta.
Dessa forma, a empresa buscou desde o início desenvolver seus processos e procedimentos para a têmpera do vidro de maneira a atender as normas de qualidade para o produto. “A certificação reitera o nosso compromisso de oferecer produtos que atendam as expectativas dos nossos clientes e possam trazer a segurança de que foram fabricados com o mais alto padrão de excelência”, afirma Murad.
Aliada de peso
O apoio oferecido pela Abravidro, por meio do consultor para Certificação Inmetro, Edweiss Silva, foi fundamental para preparar a empresa. “Não tivemos dificuldades ao longo do nosso processo de certificação e de renovação por conta do acompanhamento da Abravidro”, conta o diretor da empresa. “Fomos orientados durante todo esse período.”
A união faz a força
Além da orientação da Abravidro, Murad destaca a importância dos funcionários da EM Vidros nesse processo: “Todos estavam envolvidos e tinham consciência da importância da certificação.” Esse engajamento refletiu no próprio trabalho da equipe, cujos processos internos apresentaram uma melhora expressiva.
Retorno garantido
Desde que recebeu a chancela do Inmetro e IFBQ, a EM Vidros aumentou sua produtividade e o valor agregado de seu produto. Por isso, aproveita para reforçar para seus clientes a importância e as vantagens do uso de vidros temperados certificados. Outro benefício é a possibilidade de vender o produto por meio do cartão BNDES — a certificação é obrigatória para sua aceitação.
O próximo passo, anuncia Murad, é a busca pela certificação ISO 9001.
De acordo com a Lei 8.078, do Código de defesa do consumidor, é proibido fornecer produtos ou serviços que não estejam de acordo com as normas técnicas criadas pelos órgãos oficiais competentes.
No nosso setor, antigamente, era muito comum ouvirmos falar que a responsabilidade pela qualidade dos produtos era dos inspetores de recebimento, produção e inspeção final. Ou seja, somente dos colaboradores que faziam parte do departamento de controle da qualidade. Esse pensamento, claro, está errado!
Ao perceber isso, as empresas começaram a investir na qualificação dos seus funcionários: os profissionais envolvidos em todas as etapas de produção devem responder pela qualidade do que é entregue ao cliente.
Se em sua empresa isso não estiver acontecendo, cuidado! Se na época em que o dinheiro entrava fácil essa missão já era válida, ela se torna mais necessária diante da situação do mercado. Por isso, veja algumas dicas:
Respeite as normas técnicas! Elas são o principal parâmetro de qualidade a ser seguido. Fique atento também às características dos pedidos feitos pelos clientes;
Já pensou em se certificar? O processo de certificação do Inmetro para o vidro temperado garante a excelência da produção, fazendo com que a segurança de seus produtos seja chancelada e as perdas com problemas no processo diminuídas;
Não se esqueça dos ensaios de segurança. Os testes aplicados ao vidro temperado, como os de choque mecânico e térmico e de fragmentação, demonstram se o produto possui bom desempenho;
Repetir os ensaios é fundamental. A realização diária do ensaio de fragmentação e planicidade, por exemplo, é uma exigência para a empresa ter o selo do Inmetro. Mesmo se sua processadora não for certificada, é totalmente recomendado que crie o hábito da verificação periódica para confirmar se os produtos atendem os parâmetros exigidos;
Atenção ao dimensionamento do vidro. A norma do temperado especifica os limites mínimos e máximos para a dimensão das peças.
Se sua empresa ainda não tiver o selo do Inmetro para os vidros temperados, acesse agora mesmo o site da Abravidro (www.abravidro.org.br) e veja como fazer para conquistar a chancela.
Fale com eles! Edweiss Silva é consultor da Abravidro para certificação do vidro temperado e responsável por acompanhar a preparação das empresas para a auditoria do Inmetro. esilva@abravidro.org.br
A arquitetura nacional sofreu uma grande perda em janeiro deste ano: faleceu Carlos Bratke, um dos grandes nomes desse segmento, aos 74 anos. Autor de inúmeros projetos premiados, diversos deles trazendo o vidro como elemento de destaque, Bratke deixou um grande legado na maior metrópole do País, São Paulo.
O “dono” da avenida
Segundo o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), a região da avenida Luís Carlos Berrini, na Zona Sul de São Paulo, recebeu mais de sessenta obras assinadas por ele — incluindo todos os edifícios mostrados nas páginas desta reportagem, repletos do nosso material.
Currículo de respeito Profissão vem de berço: Carlos Bratke é filho do consagrado arquiteto urbanista Oswaldo Bratke Mestre do ofício: além de arquiteto e urbanista, Bratke foi professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Faculdade de Arquitetura do Centro Universitário Belas Artes Relevância entre os colegas: seu extenso currículo traz ainda períodos como presidente da Fundação Bienal de São Paulo (1999 — 2002) e do Instituto de Arquitetos do Brasil (1992 e 1993).
Não há dúvidas de que seus projetos transformaram a região que, a partir da década de 1990, tornou-se um dos maiores e mais valorizados centros comerciais da cidade. Ruth Verde Zein, professora de Arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, destacou em reportagem feita pelo portal UOL que, quando o arquiteto começou sua carreira, o eixo comercial de São Paulo concentrava-se na Região Central e na Avenida Paulista. “Hoje, há múltiplas centralidades na cidade, e a construção dos prédios na Berrini foi um marco para que isso acontecesse”, aponta.
Vidro ganhou a sua admiração
Por mais estranho que possa parecer, o arquiteto demorou a adotar o vidro como um elemento de destaque em seus projetos. Em depoimento ao portal iG, em 2014, ele disse que no início de sua carreira preocupava-se com a quantidade de luz do Sol que poderia entrar através do nosso material e aquecer os ambientes.
Felizmente, a evolução constante do vidro, que com o passar do tempo trouxe ainda mais qualidades agregadas, conquistou Bratke: “Do ponto de vista tecnológico, o vidro é o material com mais condições de se desenvolver”, disse, em 2005, à revista PROJETOdesign.
Assim, a arquitetura brutalista (conhecida pelo uso amplo de concreto aparente) foi perdendo espaço nos trabalhos de Bratke e dando lugar cada vez mais às grandes torres de aço e vidro, que hoje conferem uma identidade visual única à Zona Sul paulistana. A prova disso está logo abaixo.
Abraço colorido Obra: Edifício Jacarandá Ano de conclusão: 2015 Vidros: de controle solar (algumas peças laminadas com películas coloridas de PVB, da Eastman), em tons variados de verde, amarelo e cinza Fornecedores: Cebrace (fabricante) e GlassecViracon (processadora) Diferenciais: a fachada do edifício consiste em um bloco retangular entre duas lâminas curvas. A pele de vidro revestindo toda essa estrutura não só confere um aspecto multicolorido à obra, mas também contribui para o controle térmico e de luminosidade em seu interior.
Um prédio de dois formatos e duas cores Obra: Centro Empresarial e Cultural João Domingues de Araújo Ano de conclusão: 2005 Vidros: laminados de controle solar 4+4 mm azuis (Cool Lite Azul 114AI + PVB incolor + vidro incolor), laminados de controle solar 4+4 mm brancos (Optiwhite extra clear + PVB branco Pure White + vidro incolor), e laminados 5+5 mm incolores Fornecedor: Pilkington Diferenciais: a estrutura da obra lembra um prisma retangular que teve seu interior e a área central de suas laterais removidos, encaixando-se em seu lugar um “cilindro” revestido por laminados de controle solar azuis, dando-lhe um aspecto espelhado, enquanto os trechos da estrutura retangular alternam essas peças com laminados brancos.
Cubo de vidro Obra: Edifício Irene de Azevedo Soares Cury Ano de conclusão: 2013 Vidros: laminados de controle solar 4+4 mm prata (Cool Lite Prata 125PN + PVB incolor + vidro incolor), e temperados laminados 16 mm Fornecedor: Pilkington Diferenciais: o hall de entrada do prédio é revestido com temperados laminados incolores, estruturados com ferragens e cabos de aço inox. Assentado sobre essa base, há um grande bloco de escritórios, de formato quase cúbico, com suas quatro faces laterais revestidas por vidros laminados de controle solar — a disposição das estruturas permitiu um melhor aproveitamento do espaço mesmo com a limitação de sua altura.
Boas-vindas ao verde (mas não ao calor) Obra: Edifício Attilio Tinelli Ano de conclusão: 2001 Vidros: refletivos 8 mm azuis e prata Fornecedor: GlassecViracon Diferenciais: a fachada do prédio passa a impressão de ter sido desmontada, com a possibilidade de “encaixá-la” novamente. O conforto térmico é garantido pela pele de vidro composta por peças azuis e prata, fixadas na obra com silicone estrutural.
Para deixar a luz entrar Obra: Edifício Padre Antonio Ano de conclusão: 2013 Vidros: laminados transparentes e opacos Fornecedor: Pilkington Diferenciais: a alternância entre peças transparentes e opacas revestindo todas as quatro fachadas da obra garantiram um aspecto visual próprio. Além disso, a pele de vidro permite grande aproveitamento da iluminação natural no interior do prédio durante boa parte do dia.
Desde o final de janeiro, está disponível na Internet um abaixo-assinado organizado por Cirilo Paes direcionado à Abravidro e ao portal Setor Vidreiro. Diante disso, muitos queriam saber minha opinião sobre esse manifesto “contra” nossa entidade. Achei a pergunta curiosa, sinal de que a pessoa não tinha lido o conteúdo com atenção. Aproveitei a oportunidade e coloquei o assunto em discussão na última Assembleia Geral da Abravidro. Ao projetarmos na tela cada uma das cinco reivindicações do abaixo-assinado, a reação dos diretores e conselheiros foi a mesma: “Mas isso é tudo que sempre defendemos!”
Exatamente! O cumprimento das normas, os treinamentos técnicos e a organização de nossa cadeia produtiva sempre foram nossa prioridade. A boa notícia é que está surgindo um grupo no varejo vidreiro disposto a defender esses mesmos temas. Como já disse várias vezes, uma rede varejista organizada, responsável e formal é condição fundamental para o desenvolvimento de nosso mercado. Distante de qualquer ufanismo, o motivo é simples: são os vidraceiros que apresentam nosso produto ao seu usuário e atuam como grandes influenciadores de compra. É por meio deles que os consumidores vão conhecer — e viabilizar — a aplicação de vidro com seu potencial máximo de segurança, conforto, estética e sustentabilidade.
Portanto, vejo essa iniciativa como um dos efeitos positivos da crise — afinal, num momento de mercado retraído, o esperado é que o instinto de sobrevivência prevaleça e se abra mão de condições essenciais, como aquelas enumeradas no manifesto. No entanto, diante das dificuldades, começam a ganhar força os profissionais dispostos a pensar diferente, avaliando os resultados no médio prazo.
Gabriel Batista, do portal Setor Vidreiro, escreveu que, nas horas difíceis, precisamos dialogar como uma família. Concordo plenamente e faço um reforço ao convite para que mais pessoas participem do abaixo-assinado. Até o fechamento desta edição, estávamos com cerca de 400 assinaturas, mas eu gostaria que tivéssemos muito mais profissionais comprometidos em trabalhar num patamar superior.
O fornecimento e instalação de portas de vidro, mesmo aquelas de grandes dimensões, são trabalhos bastante comuns para vidraceiros. Hoje, eles contam com uma grande variedade de opções com nosso material, além de inúmeras ferragens e acessórios para diferentes tamanhos. Mas, por mais que possa parecer uma atividade corriqueira, todo cuidado é pouco, pois qualquer erro na hora de especificar o vidro trará consequências, seja impedindo que a porta se encaixe no vão, ou tornando-a pesada demais para as ferragens de fixação. E, quando o projeto do cliente envolve uma porta que foge do padrão de mercado, com tamanhos maiores, os riscos aumentam.
A seguir, saiba os cuidados que devem ser tomados na hora de dimensionar uma porta de vidro, conheça as normas para esse trabalho e confira soluções para projetos que fogem do tamanho convencional.
Altura nem um pouco desprezível Onde: residência em São Paulo, projetada pelo arquiteto João Armentano Portas: de correr, com quase 5 m de altura, sustentadas por esquadrias de alumínio da Linha Infinite Fornecedores: Conlumi (processamento dos vidros) e Viametal (esquadrias)
Sem limites, mas com conhecimento Embora grande parte das portas de vidro não costume ter altura acima de 2,4 m ou largura maior que 1,2 m, Simone Campolongo, gerente-comercial da processadora Brazilglass, aponta que não há limitações para seu tamanho “desde que sua instalação seja apropriada para suas dimensões e peso”.
Levando grandes recepções ao público Quando: 2016 Onde: ambiente Loja Casa Cor (do arquiteto Gustavo Calazans), na Casa Cor São Paulo Portas: de correr, temperada, cada uma com 3 m de largura e 2,3 m de altura, com caixilhos da linha Gold IV Fornecedores: Cebrace (fabricante), Pacaembu Vidros (processadora) e Alcoa (esquadrias)
Para isso, ela explica que o especificador deve seguir as determinações e cálculos contidos na norma NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações, cujo texto revisado foi publicado do no ano passado (leia a reportagem de capa da edição de agosto de 2016), como sua resistência à pressão de ventos, principalmente no caso de portas encaixilhadas em dois a quatro lados.
Para portas com fixação pontual (em dobradiças ou roldanas) Angelo Arruda, diretor da Vidrosistemas, avisa que os cálculos para especificação do vidro devem ser feitos por meio de softwares específicos para esse trabalho, como os desenvolvidos pela norte-americana ANSYS. Quanto às estruturas de fixação, ele aconselha consultar as fabricantes de ferragens: “Essas empresas já têm as dimensões e peso máximos que seus produtos são capazes de suportar padronizados e definidos.”
Além disso, preste atenção no tipo de vidro a ser usado. Alexandre Olivieri, diretor-comercial da Vipdoor, lembra que portas de vidro laminado precisam ser encaixilhadas ou ter suas bordas protegidas.
Porta à frente do seu tempo Quando: 2002 Onde: residência em Sorocaba (SP) Porta: pivotante, de temperado incolor 10 mm, com duas folhas móveis (cada uma com 1,5 m de largura e 2,5 m de altura) e fixação com pivotantes de aço inox (inexistentes no mercado nacional na época) Fornecedores: Angelo Arruda (projeto e execução)
Portas pivotantes – Sem esquecer as folgas: William Castro, gerente de Produto na linha de Door Control da dormakaba, explica: “As dimensões das portas são definidas conforme o vão disponível que se queira fechar com uma porta, seja de vidro ou outro material”. A largura e altura de uma porta pivotante são calculadas pela medição horizontal e vertical do vão, subtraindo de cada uma as folgas preestabelecidas.
– Atenção às limitações das ferragens: As fabricantes de dobradiças e demais ferragens apresentam aos clientes os limites de tamanho e peso que elas conseguem suportar. Além disso, Castro aconselha: “Toda porta de vidro com largura maior que 1,2 m deve ter um perfil de proteção encaixado em sua parte inferior em toda a sua extensão, por questões de segurança, enquanto para vidros com largura maior que 1,4 m e altura acima de 3 m, é recomendável encaixar esse perfil também na parte superior da porta”.
– Não é só uma questão de seguir as regras: Claudio Passi, diretor-geral da Conlumi, lembra a importância de obedecer as indicações presentes na NBR 7199, bem como as orientações das fabricantes das ferragens aplicadas, não é simplesmente um cumprimento de regra, mas uma questão de funcionalidade. “Não seria interessante ter uma porta gigantesca e seu sistema de funcionamento emperrar para abri-la ou fechá-la”, comenta.
Portas de correr – Anote a fórmula — José Guilherme Aceto, diretor da Avec Design, aponta que, para portas de correr apoiadas em dois lados (no piso e no trilho superior), a espessura dos vidros é calculada da seguinte forma:
e = (L x √P)/6,3
e = espessura (em mm) L = altura –> borda livre maior (em m) P = pressão de ventos (em Pa)
Obs.: segundo a NBR 7199, após o cálculo da espessura, deve-se fazer a validação da “flecha” do vidro e conferir se os valores encontrados atendem aos critérios admissíveis.
– Os desafios: Nas portas de correr, Aceto aponta que os problemas de estanquidade (capacidade de impedir a entrada) de água, resistência a ventos, estética e segurança são comuns. Por isso, mesmo para aplicações de vidro temperado, ele aconselha: “Usamos o sistema de vidro encapsulado em silicone, ou VES, para garantir a proteção das bordas, acoplamento perfeito entre os vidros e sua vedação inclusive acústica, além de agregar beleza ao conjunto”.
Vedação garantida Onde: apartamento duplex, em São Paulo Porta: de correr, com temperados 10 mm, cada um com 2,4 m de altura encaixilhados com sistema VES Fornecedores: Avec Design (sistema VES e instalação)
Portas automáticas – Alcance do sensor: A altura é uma das principais preocupações ao especificar vidros para portas automáticas: “Se a porta for mais alta do que o alcance do sensor para sua abertura e fechamento, ele não vai detectar crianças, carrinhos ou as pernas das pessoas em movimento”, explica o engenheiro Pedro Paulo Skrobot, da Prime Portas.
– Conhecendo seus limites: O alcance do sensor varia de acordo com a fabricante do sistema das portas automáticas — dessa forma, a arquiteta Ravena Mello, responsável pela área comercial da Manuminas, alerta que o acompanhamento da empresa de automação contratada é fundamental durante sua instalação.
– Fique atento à norma: Vale lembrar que portas automáticas contam com uma norma própria da ABNT, a NBR 16025 — Sistemas de portas automáticas – Requisitos e métodos de ensaio. Ela aponta que apenas vidros temperados ou laminados podem ser usados nessas portas, mas não determina o tamanho ou espessura das folhas. “O que predomina na especificação, além da altura, é o peso das folhas móveis que o sistema consegue suportar”, comenta Alexandre Souza, diretor-executivo da Edlei.
‘Parede móvel’ de vidro Onde: residência em São Paulo Porta: automática, com três folhas de temperado, cada qual com 1,9 m de largura Fornecedores: Vipdoor (especificação e desenvolvimento do sistema de porta automática)
Ferragens para grandes dimensões: sim, elas existem! Um dos desafios para quem pretende instalar portas de grandes dimensões é encontrar ferragens que atendam o seu projeto. “Caso a porta seja de temperado 10 mm, por exemplo, o mercado geralmente trabalha com vidros com altura entre 2,2 e 2,4 m, e largura de, no máximo, 1,2 m”, comenta Angelo Arruda, diretor da Vidrosistemas. “Por isso, as ferragens padronizadas são fabricadas para uso com essas dimensões, podendo não suportar vidros maiores.”
Essa dificuldade também é apontada por João Rett, técnico da Glass Vetro, cujas ferragens são voltadas para portas de tamanho padrão. Felizmente para quem quer uma porta fora do convencional, ele ressalta: “No Brasil, há vários fabricantes de ferragens de tamanhos e capacidades diferentes.”
Esse é o caso da Glasspeças, por exemplo. Segundo Cirilo Paes, responsável técnico da empresa, embora suas ferragens para portas grandes atendam dimensões máximas de 1,4 x 3 m, ela pode desenvolver produtos especiais para vidros com outras dimensões e espessuras, a pedido do cliente.
Seja como for, o mercado já dispõe de ferragens capazes de suportar portas de peso e tamanho acima dos convencionais. Confira algumas delas a seguir.
Sistema Mundus Empresa: dormakaba Para portas: pivotantes, de até 200 kg
Sistema para portas pivotantes Empresa: Glass Vetro Para portas: pivotantes, de até 130 kg
Dobradiças 1101PG e 1103PG Empresa: Glasspeças Para portas: pivotantes, de até 1,4 x 3 m e espessura de 10 mm
Saiba o peso do seu vidro
Você se lembra do cálculo usado para descobrir quanto pesa cada peça de vidro plano? Siga sempre a fórmula abaixo:
Peso (em kg) = 2,5 x área (em m²) x espessura (em mm)
Como exemplo, uma peça de vidro com área de 3 m² e espessura de 10 mm pesará 2,5 x 3 x 10 = 75 kg.
Vidros privativos, que são transparentes e passam a ser translúcidos ou vice-versa, já são usados no Brasil há bastante tempo. Estão presentes em ambientes modernos, sejam lojas de grife ou residências de alto padrão, e também em mostras de arquitetura e design. Agora, mais uma opção semelhante está disponível no mercado nacional: o vidro termocrômico, que usa apenas o calor da luz solar para mudar sua estética, sem intervenção humana.
O que é?
O vidro termocrômico deve ser laminado ou insulado de laminado. Em ambas as especificações, nosso material recebe uma película de PVB com tecnologia especial termocrômica, que altera sua cor devido à mudança de temperatura.
Como funciona?
– Quando a luz solar entra em contato com o vidro, a película absorve o calor, ficando mais escura. Quanto mais intensa e direta a incidência da luz (ou seja, quanto mais ensolarado o dia), mais escura ela se torna. A transmissão de luz visível para dentro das edificações irá variar de 4 a quase 60% com a tecnologia, dependendo da cor dos vidros usados e da composição do laminado;
– Conforme o Sol se move no céu ao longo do dia, o vidro irá se esfriar, fazendo com que a película volte a ficar clara. À noite e em dias nublados, a película se mantém transparente.
Benefícios variados para os empreendimentos
– Sem gastos extras com eletricidade: ao contrário de outras tecnologias que permitem ao vidro se tornar privativo (veja mais no boxe no final da matéria), o vidro termocrômico não envolve nenhuma intervenção manual, mecânica ou elétrica, pois funciona exclusivamente pela luz solar;
– Iluminação natural: a transparência se adapta às diferentes condições climáticas durante todo o ano. Isso garante a presença de luz natural nos ambientes em que está instalado. O resultado é o menor uso de lâmpadas e outro importante benefício, abordado no próximo tópico;
– Bem-estar dos ocupantes: a presença de luz natural em edifícios também melhora a saúde dos usuários: afeta de forma positiva o humor e o metabolismo, assim como a qualidade do sono.
Já disponível no Brasil
A tecnologia chegou faz pouco tempo em nosso País. A empresa responsável por comercializar o produto é a GeoDesign Internacional, que representa a americana Pleotint, fabricante e patenteadora do vidro termocrômico nos Estados Unidos, Europa e Japão. A linha de vidros da Pleotint se chama Suntuitive e possui cinco cores diferentes: clear, Azuria (tom esverdeado), Optiblue (azulado), Solarbronze (bronze) e Solargray (cinza).
Para Reinaldo Escada Chohfi, sócio-gerente e managing partner da GeoDesign, a versatilidade desse item é um diferencial que pode conquistar o mercado brasileiro. “O Suntuitive se adapta naturalmente e passivamente ao longo do dia, todos os dias do ano, equilibrando o calor e o brilho que entra no edifício”, revela. “Além disso, é um produto que não requer manutenção, nem conexões elétricas ou fiação”.
Segundo dados da empresa, baseados em estudo do Lawrence Berkeley National Laboratory, laboratório da Universidade de Berkeley, na Califórnia (EUA), o uso do vidro termocrômico pode gerar uma economia anual de energia de 20 a 43% nas edificações.
Na pesquisa realizada pela reportagem de O Vidroplano, foram encontradas outras desenvolvedoras da tecnologia, incluindo a israelense Smart Films International (SFI) e a canadense Prelco. “O vidro termocrômico possui diferentes alternativas de especificação, principalmente na questão da localização geográfica dos projetos”, explica Erez Baron, diretor da SFI, recomendando o uso principalmente em locais com grande incidência solar. “Além do termocrômico, oferecemos outras soluções para vidros privativos. Nossas tecnologias são licenciadas a empresas parceiras”, comenta.
Ainda não há previsão da atuação de ambas companhias no Brasil.
Tipos de aplicação Desde que seja laminado ou insulado de laminado, o vidro termocrômico não possui restrição de uso. Pode ser usado encaixilhado e com qualquer tipo de esquadria, seja ela deslizante, fixa, entre outras. Vale lembrar que, para aumentar seu desempenho térmico, pode ser especificado junto de placas low-e (com baixa emissividade).
Tecnologias semelhantes PDLC
O nome vem da expressão em inglês polymer dispersed liquid crystals (cristal líquido disperso em polímeros). Consiste em um laminado com película formada por partículas suspensas de cristal líquido. Por meio de uma corrente elétrica, acionada por interruptores ou controles remotos, essas partículas se organizam em direções específicas, tornando o vidro transparente. Sem eletricidade, elas “repousam” e a peça volta à sua condição original, totalmente translúcida.
Algumas empresas oferecem essa solução no Brasil, incluindo:
– Divinal Vidros, com o produto Smart Glass, disponível nas cores branco, cinza e superclear;
– Intelligglass, com soluções em três cores: transparente, cinza e bronze;
– PKO, com o produto Privacy Glass;
– A israelense Gauzy.
Centro de Pesquisa & Desenvolvimento do Grupo Saint-Gobain no Brasil
Eletrocrômico
Também ativo com estímulo elétrico, esse tipo de vidro se altera de transparente para uma cor escura, porém não completamente translúcida. A mudança acontece ao longo de alguns segundos ou minutos — ao contrário do PDLC, que é instantânea. O Centro de Pesquisa & Desenvolvimento do Grupo Saint-Gobain no Brasil, localizado em Capivari (SP), possui fachadas com o vidro eletrocrômico SageGlass. A comercialização do produto em nosso País está sendo avaliada. Um dos seus diferenciais é o fato de possuir sensores que captam a iluminação e fazem com que o vidro se adeque às alterações de luminosidade ao longo do dia. “Isso também pode ser feito manualmente. Portanto, é um vidro com funcionalidade customizada”, explica Pedro Matta, gerente de Marketing da Cebrace, que é joint-venture entre a Saint-Gobain e o grupo NSG/Pilkington.
Confortos térmico e acústico, iluminação natural, economia de energia nas construções. Tudo isso é fornecido pelos vidros insulados — e, ainda assim, pouco são usados no Brasil. Por quê? Em parte, pela existência de “mitos” sobre eles. Os insulados, conhecidos também como vidros duplos, são muito eficientes em qualquer lugar do País, do frio Sul ao quente Norte, seja em prédios ou residências. É hora de agirmos para mudar esse cenário e emplacar mais obras com esse material que possui alto valor agregado. Confira a seguir o que o setor precisa fazer para popularizar o produto, incluindo dicas sobre esquadrias e novas tendências em tecnologia.
Perfeito para os climas do Brasil
O maior mito referente aos insulados é que eles são apenas para locais com clima frio. Na Europa e América do Norte, duas regiões com invernos rigorosos, as janelas das residências, incluindo apartamentos, possuem o material como padrão. Mas a solução serve para várias situações.
O São Paulo Corporate Towers recebeu vidros da GlassecViracon nas fachadas. Ao todo são 41 mil m² de insulados de temperados laminados com tecnologia de controle solar
“O insulado deve ser usado quando há grande diferença de temperatura entre o ambiente interno e externo”, explica o professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Fernando Westphal. “Também é indicado para projetos com grande área envidraçada sujeita à radiação solar intensa”, acrescenta Westphal, que também é engenheiro e sócio-fundador da ENE Consultores.
Como lembra o gerente de Desenvolvimento de Mercado da Cebrace, Remy Dufrayer, o insulado reduz o efeito de parede fria (quando se sente frio ao se aproximar de um vidro durante dias gelados) e também de parede quente (a sensação de calor sentida perto de vidros num dia quente). Em outras palavras, a troca de temperatura entre os ambientes é reduzida. Assim, cria-se conforto térmico, tema que será abordado com detalhes mais adiante.
“Estamos em um país tropical”, lembra Claudia Mitne, diretora de Marketing e Produtos da processadora GlassecViracon. “Nossa arquitetura gosta de grandes panos envidraçados. Por isso, são desafios para se trabalhar ao mesmo tempo: barrar a entrada de calor, filtrar a luz natural, baixar o reflexo indesejável no ambiente interno e ainda contar com cores ou aspectos originais dos vidros. Ao especificar um insulado, você opta pela solução mais ‘verde’ disponível no mercado brasileiro.”
Por dentro de um insulado
O material é formado por duas ou mais placas de vidro paralelas (daí ser chamado de vidro duplo, triplo etc.). Essas placas são separadas por um espaçador, com as bordas hermeticamente seladas. Com isso, forma-se uma câmara estanque no interior
– Vedação primária: feita com butil, tem função impermeabilizante, impedindo a transmissão de gases e vapores de umidade;
– Perfil: elemento estrutural que dá a espessura da câmara e garante a estabilidade mecânica do sistema;
– Peneira molecular: dessecante concentrado, absorve a umidade dentro da câmara. Garante que o ar ali fique sempre seco e não embace com a diferença de temperatura entre o exterior e o ambiente interno dos edifícios;
– Vedação secundária: feita com polissulfeto ou silicone estrutural, tem função impermeabilizante, impedindo a transmissão de gases e reforçando a estabilidade mecânica do sistema, além de melhorar o desempenho térmico.
Conforto térmico com economia Por si só, um vidro duplo já oferece conforto térmico. Afinal, todo o calor que passa do exterior para o interior perde energia ao encontrar a camada de ar do conjunto. Mas existem segredos para aumentar o desempenho e poupar dinheiro. “O uso de vidro de
O campus da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em Porto Alegre, é projeto da AT Arquitetura. As fachadas do edifício possuem insulados laminados NP50 da Guardian.
controle solar em unidades insuladas pode ter um impacto significativo também no consumo de energia”, explica Gustavo Calegari, coordenador de Marketing da Guardian. “O investimento em envidraçamento trará economia ano a ano, pela redução do uso de sistemas de refrigeração.” Essa é uma ótima solução, já que o preço da energia elétrica não para de aumentar — e no verão sempre se usa mais eletricidade, devido ao ar-condicionado e outros tipos de climatizador.
Para a fabricante de esquadrias Weiku, o investimento feito na aplicação de insulados, com perfis apropriados, paga-se em três a cinco anos (o cálculo exato depende de vários fatores, como a quantidade usada de vidro, a temperatura média do local etc.).
É preciso vender o peixe
Outro motivo da pouca aplicação dos insulados é a falta de conhecimento. O que fazer para mais pessoas conhecerem os benefícios do produto?
– Levar conhecimento técnico: “Precisamos fazer um trabalho de conscientização em toda a cadeia do vidro plano”, opina o professor Fernando Westphal. Matheus Oliveira, do Departamento de Marketing da AGC, concorda: “É necessário um trabalho técnico junto dos especificadores, trazendo informações sobre as possibilidades de aplicação, vantagens e potencial do produto”;
– Possibilidades financeiras: “O segredo é ganhar o cliente por meio de exemplos que demonstrem, em números, a economia na conta de energia elétrica quando utilizados insulados nas fachadas comerciais ou residenciais. Algumas empresas já fizeram isso e o payback, o pagamento do investimento, é surpreendente”, indica Viviane Moscoso, gerente de Produtos da Vivix;
– Normas técnicas: Elas também são relevantes para esse processo de popularização. A NBR 16.015 — Vidro insulado – Características, requisitos e métodos de ensaio trata da qualidade dos insumos e do produto final. Outra norma, a NBR 15.575 — Desempenho de edificações habitacionais, também ajudou a divulgar a importância de requisitos de desempenho. Mas o trabalho não pode parar. “Precisamos aumentar o nível do desempenho brasileiro, assim como já aconteceu na maioria dos países desenvolvidos e em alguns mais próximos como Argentina, Chile e México”, comenta Giorgio Martorell, do setor de vendas da Lisec. A consultora de Normalização da Abravidro, Clélia Bassetto, lembra que “a evolução das normas é algo comum e esperado no mercado. Com isso, os produtos se tornam cada vez mais bem-desenvolvidos”;
– Produtos de qualidade: Para Martorell, da Lisec, “quando o consumidor final entender que existem opções de diferentes níveis térmicos para janelas, por exemplo, eles começarão a exigir maior valor agregado, os custos de fabricação serão mais competitivos e todos os membros da cadeia produtiva se beneficiarão”.
Em Blumenau (SC), o Hotel Plaza ganhou insulados com esquadrias especiais da Weiku. O empreendimento está à beira de uma das principais e mais movimentadas ruas da cidade. Assim, a escolha pelo material conferiu conforto acústico aos hóspedes.
Conforto acústico e a importância das esquadrias Outro dos principais benefícios dos insulados é o conforto acústico. Porém, atenção: “Isso ocorre somente se o vidro for utilizado numa esquadria que seja feita para esse fim. Sozinho, o vidro não vai salvar o desempenho de uma peça com problemas”, reforça Nicole Fischer, da Atenua Som.
Não se compra o vidro sozinho, mas um conjunto completo. Nosso material sempre estará associado a um elemento de fixação. O diretor da Atenua Som, Edison Claro de Moraes, especialista na questão, apresenta alguns dados:
– Considerando uma porta de insulado com desempenho acústico de 35 dB: se a vedação do conjunto for malfeita e deixar uma fresta de 1 mm, o desempenho cai para 25 dB;
– Se no mesmo local for instalada uma porta de 25 dB de desempenho, também com a fresta de 1 mm, o desempenho passa a ser de 23 dB.
Ou seja, soluções mais caras (como a do primeiro exemplo) podem não oferecer o retorno esperado se um detalhe muitas vezes subestimado, como a vedação das esquadrias, não for benfeito. Lembre-se, insulados não são apenas o vidro, são o conjunto inteiro.
Por isso, a importância do selante também deve ser levada em conta. Afinal, como reforça Nilton Batista, diretor da Süpport Glass, empresa que representa os produtos químicos da Kömmerling em nosso país, ele é muito mais que aquele “material pegajoso e preto”. Explica Batista: “Ao usar um produto inferior ou silicone que não sejam compatíveis com o primeiro selante, a unidade muito provavelmente terá problemas, pois o silicone irá atacar esse selante. Uma falha como essa pode custar tempo e dinheiro, e o pior: vai danificar a sua marca e a reputação da indústria em geral.”
Por falar em esquadrias, fabricantes do produto desenvolvem projetos sob medida para atender as características necessárias de cada projeto, como é o caso da Weiku. “O cliente que, por exemplo, optou em um primeiro momento por um vidro simples, posteriormente pode realizar a troca por insulados, tendo apenas de realizar uma mudança nas baguetes das esquadrias”, comenta o membro do departamento de marketing da empresa, Tarso Marco Cardoso, fazendo referência aos elementos que fixam os vidros na esquadria.
“O conforto acústico fornecido pelos insulados cabe principalmente em obras residenciais, que sofrem de forma constante com o barulho indesejado do ambiente externo, incluindo trânsito, aviões, helicópteros, bares, restaurantes, construções, movimentação de caçambas etc.”, reforça Giorgio Martorell, da Lisec.
Com o maior uso de panos de vidros em casas (em janelas e sacadas), o produto vai não só garantir a maior integração visual com o ambiente ao redor, mas também a tranquilidade da atenuação sonora.
Residência no Guarujá, litoral de São Paulo, ganhou portas deslizantes na sacada com insulados. A instalação foi realizada pela Atenua Som.
Tendências nos insulados Com a maior opção da arquitetura pelo minimalismo, incluindo janelas e portas com pouco perfil aparente, os insulados se firmam como importante opção. Por isso, vamos entender melhor sobre o estado da atual tecnologia do produto.
– Perfis:“Nos perfis espaçadores, a tecnologia avançou dos de alumínio anodizado aos do tipo warm edge, de aço inoxidável e polímero plástico”, explica a assistente comercial da Fenzi, Ayelen Hampel. Por conta da matéria-prima, reduzem a transferência de calor por meio da esquadria, aumentando a eficácia energética;
– Especificações diferentes: Outra opção para a especificação do produto é usar vidros resistentes ao fogo. “É uma tendência que tem sido bastante requisitada pelos bombeiros ultimamente”, revela Fernanda Roveri, do Escritório de Vendas Internacionais da Schott. São classificados em dois tipos: para-chama, que isola fumaças, gases tóxicos e chamas, e corta-fogo, que também inibe a irradiação do calor;
– Entre os vidros: Micropersianas entre os vidros, instaladas nas câmaras de ar, são outra tendência cada vez mais usada, ajudando no controle de luminosidade e privacidade. Giovanni Quarti, da Forel, aponta o uso de gases nobres, como argônio e criptônio, no interior das câmaras, aumentando o desempenho dos conjuntos. “Vale citar ainda o desenvolvimento da qualidade dos selantes, principalmente na questão da resistência às mudanças climáticas”, afirma;
– Para a produção: Novidades também são encontradas nos maquinários para produção dos vidros. A Lisec, por exemplo, investe em uma linha compacta de baixo custo, desenvolvida para mercados emergentes, chamada base. Um diferencial da linha TPA é o fato de trabalhar com espaçadores termoplásticos e dispensar a necessidade de compra de perfis de várias larguras, pois a própria máquina define essa medida (até 20 mm). A Forel, outra fabricante de maquinários, possui uma linha completa instalada na fábrica da Divinal Vidros, em Jaguaré (SP).
Neste mês de fevereiro, a dormakaba anunciou que assinou um contrato para adquirir os negócios de segurança mecânica da Stanley Black & Decker. A transação, no valor total de US$ 725 milhões, engloba a GMT, divisão sediada na China e conhecida por suas dobradiças de piso para portas de vidro, e a Stanley Commercial Hardware, cujos produtos incluem fechaduras eletrônicas e dobradiças.
“Com essa aquisição, nossa empresa se torna um dos três principais fornecedores no mercado norte-americano, com portfólio completo de sistemas de fechamento de portas e soluções de controle de acesso a nossos clientes”, afirma Riet Cadonau, diretor-executivo da dormakaba. Segundo ele, a transação se baseia na própria fusão vivida pela empresa, o que permitiu seu crescimento no mercado mundial.
A multinacional espera concluir a operação ainda no primeiro trimestre de 2017, enquanto espera que a integração operacional completa aconteça em até três anos. Não está incluída no acordo a empresa de fechaduras de segurança Sargent and Greenleaf, que também faz parte dos itens de segurança mecânica da Stanley Black & Decker.
Todos do setor vidreiro sabemos dos tempos difíceis pelos quais passa a construção civil nacional. Em um cenário como esse, o desafio não é apenas atrair novos clientes, mas também formar relacionamentos duradouros e cada vez mais próximos daqueles que a empresa já tem.
Produtos de qualidade, profissionais de atendimento bem-preparados e um serviço de e-commerce bem-organizado ajudam a atingir esse objetivo. Mas é possível ir muito além. Seja por meio de inovações tecnológicas ou da criatividade, empresas da construção civil já adotam iniciativas para mostrar atividades ao cliente e mantê-lo envolvido com sua equipe e suas obras.
Conheça algumas delas a seguir.
Drones: dos campos de batalha para a construção civil Os drones são aparelhos voadores controlados a distância. Embora tenham surgido como equipamentos militares, hoje já são usados por algumas construtoras para captar imagens das regiões em que suas obras serão construídas. A curitibana Swell Construções e Incorporações usou um equipamento do tipo pela primeira vez em 2013, para fotografar e filmar uma edificação. “Essa tecnologia dá muito mais vida ao projeto”, afirma Leonardo Pissetti, diretor de Incorporações da empresa. “Os drones permitem que os clientes possam ter uma noção da altura e da vista que terão em seus apartamentos, conhecer os arredores e acompanhar a evolução física da construção em 360 graus”. Pissetti, no entanto, alerta: para usá-los, é necessário seguir as regulamentações estabelecidas pela Aeronáutica.
‘Time-lapse’: meses resumidos num piscar de olhos
Nem todas as ferramentas mostram o andamento de uma obra em tempo real. A técnica de filmagem time-lapse é uma delas. Quando o vídeo é reproduzido, parece que o movimento mostrado é acelerado. Com isso, usando o exemplo das construtoras, meses de atividades em uma obra são comprimidos em poucos minutos, mostrando ao espectador de forma rápida, e ainda assim detalhada, todo o período filmado.
O time-lapse é uma ferramenta de grande ajuda para mostrar as etapas do trabalho, os materiais utilizados e os impactos sobre a obra. “Alguns de nossos clientes usam esse recurso e divulgam o vídeo para o mercado e parceiros do negócio”, observa Claudia Mitne, diretora de Marketing e Produtos da GlassecViracon.
Esse foi o caso do Grupo JCPM, responsável pela construção do RioMar Shopping Fortaleza, na capital cearense: a obra, que tem vidros fornecidos pela GlassecViracon, é mostrada em todas as suas etapas — terraplenagem do terreno, montagem do “esqueleto” da estrutura e o projeto pronto e em funcionamento. Tudo isso dura pouco mais de um minuto!
Transmissão ‘online’: visão perfeita onde estiver Há também construtoras que instalam câmaras em pontos diferentes da obra para transmitir seu avanço pela Internet em tempo real. Uma experiência notável foi realizada na construção do Allianz Parque, arena multiuso do Palmeiras, em São Paulo: a WTorre chegou a criar um site para mostrar o andamento dos trabalhos. A iniciativa, voltada para os torcedores do time de futebol, permitiu que milhares de pessoas acompanhassem a execução das atividades, com toda a transparência e sem precisar sair de casa.
Também vale para o vidro!
Todas essas ferramentas têm ajudado construtoras a se aproximar de clientes — mas será que funcionariam para uma empresa vidreira? A Guardian usou drones para as fotos da galeria de obras mostrada em seu estande na feira vidreira Glass South America 2016. As imagens oferecem visão panorâmica dos edifícios. O objetivo era mostrar aos visitantes do evento como construções com vidros de controle solar se destacam no meio em que se encontram.
Além de proporcionar essa visão aos seus clientes, a Guardian também destacou na galeria o processador dos vidros em cada obra — assim, essas empresas ganham visibilidade e a fabricante estreita seu relacionamento com elas.
“Diferenciais tecnológicos sempre agregam valor aos projetos, serviços e produtos”, aponta Osvaldo Wertheim, integrante da Vice-presidência de Tecnologia e Qualidade do Sindicato da Habitação (Secovi-SP). “Nós entregamos edifícios e as processadoras fornecem vidros, mas somos todos prestadores de serviço e, para nos mantermos ‘vivos’, é preciso sempre atender as demandas dos clientes e inovar.”
Com ou sem tecnologia, uma coisa é certa: credibilidade, inovação e transparência são as chaves para estreitar relacionamentos. “Colocando-se no lugar do cliente, você sempre quer saber com quem está lidando”, lembra Leonardo Pissetti, da Swell. “Por isso, cada vez que uma empresa consegue melhorar sua comunicação e dar transparência ao trabalho, sempre estará saindo na frente”.
Depois de anos seguidos com capas maravilhosas trazendo exemplos de vidro bem-especificados para as mais variadas aplicações, este mês O Vidroplano faz uma provocação ao mostrar o problema logo de cara. Quer conhecer uma possível solução? Então vá direto à nossa reportagem de capa e conheça os detalhes do vidro termocrômico, uma novidade tecnológica que acaba de chegar ao Brasil.
E o insulado, você conhece? Provavelmente sim, mas são poucos os que conseguem emplacar obras com esse material. Muito comum em refrigeradores industriais e janelas acústicas no Brasil, sabemos que esse vidro exige diferenciais para ser instalado, mas é no diferente que a gente precisa se concentrar nesse momento de mercado mais retraído, certo?
Por outro lado, garanto que você já vendeu portas de grandes dimensões. A tendência dos projetos arquitetônicos mudou, a indústria vidreira se modernizou e elas passaram a ser mais comuns em nosso cotidiano. Mas será que também fizemos uma revisão em nossos parâmetros para que a segurança permaneça a mesma de antes? Vale a pena dar uma olhada nisso e reciclar seus conhecimentos.
Para finalizar, recomendo revisitar conosco a carreira do arquiteto Carlos Bratke, que faleceu em janeiro. O Brasil perdeu um profissional muito comprometido em romper padrões e criar novas referências que muito influenciaram o nosso mercado do vidro. Uma pena!