Como estará o vidro em 2017?

Para dizer o mínimo, 2016 foi um período bastante difícil para o setor vidreiro nacional. Ao mesmo tempo que digeríamos a redução de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) e de 9,9% do consumo de vidros planos em relação ao ano anterior, seguimos com baixo desempenho econômico — as estimativas são de queda de 3,5%. Se não bastasse, vivemos em meio a um caos político que permanece mesmo após a queda da ex-presidente Dilma Rousseff.

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Sérgio Goldbaum, da GPM: “A evolução da economia brasileira depende do acerto político”

Diante disso, é natural o temor de que 2017 repita o mesmo cenário. “Não estamos exagerando ao afirmar que a evolução da economia brasileira, mais do que nunca, depende do acerto político entre os vários setores da sociedade”, ressalta o economista Sérgio Goldbaum, professor da Escola de Administração e Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP) e sócio da GPM Consultoria Econômica. “O momento é de cautela e de muita observação ao debate sobre as reformas (em especial a da Previdência), mas existe, sim, a possibilidade, não desprezível, de alguma retomada da economia a partir do segundo semestre de 2017”, complementa.

Setor vidreiro
“É preocupante a sobreoferta na usina de base. Ela possui capacidade produtiva superior ao consumo atual e dificuldade de promover ajustes, tanto para reduzir sua produção como para exportar excedente”, afirma Alexandre Pestana, presidente da Abravidro. Ele avalia também os demais elos da cadeia produtiva: “A indústria de transformação fez muitos investimentos, está com alto nível de endividamento e capacidade ociosa, ocasionando uma competição destrutiva com a perigosa deterioração das margens. O varejo se desorganizou e muitos sucumbem às dificuldades do momento”.

Apesar disso, o dirigente da Abravidro acredita que ações individuais de cada empresa podem fazer a diferença. “Precisamos tornar nossas empresas mais eficientes e produtivas, ter custos menores e entregar um produto e serviço de qualidade cada vez maior”, afirma.

Para termos ideia do que aguarda nosso mercado este ano, O Vidroplano entrevistou todas as usinas vidreiras do Brasil sobre seus planos e perspectivas para 2017. Responderam às mesmas perguntas Franco Faldini, gerente-executivo de Vendas e Marketing da AGC do Brasil; Flávio Alves Vanderlei, gerente-comercial da Cebrace; Juan Carlos de Abreu, diretor de Marketing da Guardian; Marcelo Machado, gerente-geral da Saint-Gobain Glass; Sérgio Minerbo, presidente da União Brasileira de Vidros (UBV); e Henrique Lisboa, diretor-comercial e de Marketing da Vivix. Pestana analisou cada um dos temas a partir das respostas dos executivos. Confira o resultado a seguir.

 

Expectativas para 2017
Quais são as expectativas da empresa para o mercado vidreiro nacional em 2017? Estima-se que haverá crescimento, estagnação ou queda no consumo de vidros planos?

Alexandre_pestana_EditorialPalavra de presidente
Nota-se um consenso entre os executivos das usinas vidreiras de que este ano será similar ao anterior e, se houver crescimento, ele será tímido e restrito ao segundo semestre. Os economistas Sérgio Goldbaum e Euclides Pedrozo Jr., sócios da GPM, destacam o ambiente de incertezas e a dependência de reformas e mudanças regulatórias para o Brasil — e para o vidro — reencontrar o crescimento sustentável. Os termos “desafio” e “atenção” resumem o ano que começa.

 

Faldinii (AGC)
Franco Faldinii (AGC)

Faldini (AGC): “A AGC acredita que o ano de 2017 continuará trazendo desafios relativos à demanda, mas estamos confiantes que haverá crescimento no setor, considerando as estimativas de crescimento do PIB do País, em torno de 1%”.

Vanderlei (Cebrace)
Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)

Vanderlei (Cebrace): “Em 2016, a situação econômica de nosso país teve grande influência das incertezas políticas, as quais continuam influenciando o ambiente econômico deste ano. Nesse sentido, ainda estimamos ter um primeiro semestre de crescimento quase nulo e uma sinalização de retomada a partir do segundo semestre. Esperamos que o crescimento da economia, mesmo que pequeno, acompanhe as expectativas informadas pelos órgãos competentes e seja refletido para todos os segmentos”.

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Juan Carlos Abreu (Guardian)

Abreu (Guardian): “Assim como foi em 2016, acreditamos que este ano será de desafios para o mercado. Como o setor depende da economia do País para se recuperar, o que deve acontecer a médio e longo prazos, vejo de forma conservadora uma melhora significativa no curto prazo. Para 2017, continuaremos aprimorando os processos, aumentando a eficiência e desenvolvendo produtos e serviços para as necessidades do mercado, criando valor para a sociedade e clientes e dando suporte aos parceiros para que prosperem.”

Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)
Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)

Machado (Saint-Gobain Glass): “O ano de 2016 foi difícil em comparação com 2015. A instabilidade política e a crise econômica se refletiram nos negócios e reduziram significativamente os investimentos de uma forma geral. No entanto, sempre acreditamos no desenvolvimento do setor, já que o mercado vidreiro é muito maduro e já passou por outras dificuldades, sempre se reerguendo. Para 2017, mesmo com tantas incertezas, não é possível desanimar. Precisamos continuar a acreditar no País e saber que a recuperação também depende das empresas, as quais devem aproveitar o momento para desenvolver novos canais”.

Sérgio Minerbo (UBV)
Sérgio Minerbo (UBV)


Minerbo (UBV):
“Iniciamos o ano com duas boas notícias: a inflação abaixo do teto da meta e a redução da taxa Selic [Sistema Especial de Liquidação e Custódia]. São indicadores importantes que, mais do que representar um ponto de vista econômico, sinalizam otimismo, e isso é sentido pelo consumidor. Inicialmente, acreditamos em um 2017 similar a 2016, ou seja, sem grandes mudanças nem para pior, nem melhor. Mas sempre gosto de lembrar que existe demanda reprimida no segmento da construção, e isso pode ser um fator surpresa positivo”.

Henrique Lisboa (Vivix)
Henrique Lisboa (Vivix)

Lisboa (Vivix): “Em nossas projeções, acreditamos que o mercado de vidros planos apresentará, em 2017, um resultado semelhante ao de 2016. E entendemos que o seu crescimento será gradativo a partir de 2018. Deveremos ter em mente que será um ano desafiador e que exigirá de toda a cadeia vidreira melhor planejamento, gestão responsável e criatividade. Continuaremos fazendo a nossa parte e buscando alternativas que minimizem o efeito do atual cenário”.

 

Expectativas para 2017

  • Produto Interno Bruto (PIB): crescimento de 0,5%
  • Produção industrial: crescimento de 1%
  • Inflação oficial (IPCA): 4,8%

Fonte: Focus – Relatório de Mercado, publicado pelo Banco Central do Brasil em 13 de janeiro de 2017

 

Valor agregado
O Panorama Abravidro 2016 mostrou que a participação dos vidros processados dentro do total consumido cresceu em 2015. Qual a avaliação sobre isso e a expectativa para 2017?

Alexandre_pestana_EditorialPalavra de presidente
Essa questão é estratégica nas cadeias mundiais de vidro plano. A participação de vidros de alto desempenho no Brasil é baixa, com potencial de crescimento mesmo em momentos adversos. Sempre se pode substituir um vidro comum por um temperado ou laminado e provar ao consumidor que um vidro de controle solar trará muito mais conforto e economia para sua casa.

Franco Faldinii (AGC)
Franco Faldinii (AGC)

Faldini (AGC): “Fica evidente que o vidro de maior valor agregado está ganhando mais espaço no mercado. Isso mantém o setor aquecido mesmo com a retração do consumo de vidros e possibilita também um equilíbrio na rentabilidade das empresas que atuam com esse segmento”.

Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)
Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)

Vanderlei (Cebrace): “Temos visto em alguns segmentos uma capacidade instalada muito superior à demanda, gerando assim uma competição que deteriora as margens dos vários elos da cadeia — isto é, processadores, distribuidores, vidraceiros”.

 

Juan Carlos Abreu (Guardian)
Juan Carlos Abreu (Guardian)

Abreu (Guardian): “O mercado em recessão ajuda o Brasil a se profissionalizar, desenvolvendo-se rápido. Com isso, a demanda por produtos processados deve continuar sua tendência mesmo que pressionado pelas condições de mercado. Isso demonstra a necessidade de investir em produtos e em treinamento da cadeia”.

Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)
Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)

Machado (Saint-Gobain Glass): “No mercado de vidros impressos, o consumo de vidros processados é muito utilizado para decoração. Acreditamos que o brasileiro está percebendo as vantagens estéticas e funcionais da aplicação dos vidros nos ambientes internos”.

Sérgio Minerbo (UBV)
Sérgio Minerbo (UBV)

Minerbo (UBV): “Temos visão similar. Nossos vidros de 7, 8 e 10 mm são processados e a venda dessas famílias se manteve mais estável, embora em volumes inferiores aos anos anteriores. Para 2017, acreditamos na manutenção do crescimento dos processados em relação ao montante de vidro plano consumido no País”.

Henrique Lisboa (Vivix)
Henrique Lisboa (Vivix)

Lisboa (Vivix): “As aplicações dos processados no Brasil ainda são bastante primárias. Há um baixo conhecimento sobre os benefícios desses produtos. Para o crescimento significativo do consumo, serão necessários investimentos em divulgação e em capacitação para a cadeia”.

 

Consumo de vidros laminados entre 2009 e 2015: aumento de 120%
Fonte: Panorama Abravidro 2016

O setor vidreiro no Brasil em 2015
Em relação ao ano anterior:

  • Capacidade nominal de produção: 6.950 t
  • Consumo total de vidros planos: queda de 9,9%
  • Consumo per capita de vidros planos: queda de 10,7%
  • Faturamento de vidros processados não automotivos: queda de 17%
  • Empregos na indústria de transformação: redução de 12,8% (mais de 4 mil vagas)

Fonte: Panorama Abravidro 2016

 

Intenção de investimentos
Há previsão de novos investimentos por parte de sua empresa neste ano?

Alexandre_pestana_EditorialPalavra de presidente
Como era previsto, a maioria dos investimentos em 2017 estará direcionada para serviços, ampliação de mix e aprimoramento dos processos internos das usinas de base. Diferente dos últimos anos, o foco é qualitativo e não mais em aumento quantitativo de capacidade produtiva. Como o Brasil tem como principal fragilidade sua capacidade competitiva e baixa produtividade, atacar esses pontos será a melhor forma de reverter o atual momento.

Franco Faldinii (AGC)
Franco Faldinii (AGC)

Faldini (AGC): “Em 2016, a AGC anunciou a construção de um forno, proporcionando mais que dobrar a capacidade diária de produção de vidro. A obra, já em andamento, é uma das grandes prioridades da AGC em 2017 e 2018”.

 

Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)
Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)

Vanderlei (Cebrace): “A Cebrace realizou investimentos em capacidade e em modernização de seu parque industrial, no sentido de bem-atender o mercado e ajudá-lo a evoluir. Em 2017, o foco estará em novos produtos e em projetos especiais, buscando oferecer alternativas para que nossos clientes sejam ainda mais competitivos”.

Juan Carlos Abreu (Guardian)
Juan Carlos Abreu (Guardian)

Abreu (Guardian): “Sim, temos previsão de continuar com os investimos em 2017. Eles serão divulgados no momento oportuno.”

 

Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)
Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)

Machado (Saint-Gobain Glass): “Sim, a Saint-Gobain Glass continuará com nosso plano de investir fortemente em nossos recursos humanos. Também investiremos para melhorar a produtividade e inovar com novos produtos, de modo a apresentar sempre as melhores alternativas aos nossos clientes”.

Sérgio Minerbo (UBV)
Sérgio Minerbo (UBV)

Minerbo (UBV): “Planejamos investir em melhorias operacionais que se traduzirão em qualidade e aspectos visuais, homogeneidade das texturas etc.”

 

Henrique Lisboa (Vivix)
Henrique Lisboa (Vivix)

Lisboa (Vivix): “Dando continuidade ao nosso planejamento de ampliação do portfólio de produtos, lançaremos, no segundo semestre, a nossa linha de vidros de controle solar”.

 

 

Como preparar a empresa vidreira para 2017?
Para Pedrozo Jr. e Goldbaum, da GPM Consultoria Econômica, a retomada do crescimento do mercado de vidros planos depende da evolução dos setores que fazem uso do material, como o de construção civil, automotivo e de eletrodomésticos. Portanto, para que se faça um bom planejamento, recomendam:

  • Acompanhar a conjuntura econômica e política do País;
  • Procurar novos mercados em potencial;
  • Defender o mercado doméstico contra a concorrência desleal;
  • Articular-se com outros segmentos da indústria na defesa dos interesses do setor, de maneira republicana e sem prejudicar a concorrência no setor.

 

Segmentação de mercado
Dentre os segmentos que mais utilizam vidro, há algum deles que a empresa considera estratégico para 2017? Em caso positivo, qual deles e por quê?

Palavra de presidente
Alexandre_pestana_EditorialConforme colocado pelos economistas da GPM, a construção civil tem as expectativas mais pessimistas se comparadas com as dos outros setores, enquanto a produção automotiva caiu mais de 34% nos últimos dois anos — o que sugere uma recuperação lenta e gradual. Precisamos voltar nossa atenção aos consumidores de vidro que possuem capacidade de recuperação mais rápida, como os de pequenas obras e reformas, decoração e uso interno nas habitações.

Franco Faldinii (AGC)
Franco Faldinii (AGC)

Faldini (AGC): “A AGC continuará com a sua estratégia voltada para o desenvolvimento dos vidros de valor agregado, como os vidros para decoração, movelaria e linha branca, além de novidades em vidros refletivos. O automotivo também é uma das forças estratégicas da empresa e estamos esperando grandes oportunidades com a retomada de crescimento da indústria”.

Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)
Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)

Vanderlei (Cebrace): “Devido à participação na utilização de vidro em nosso mercado, a construção civil sempre terá um foco especial para os nossos projetos. Porém, estamos frequentemente procurando desenvolver os demais mercados com soluções inovadoras, para que a participação destes evolua”.

Juan Carlos Abreu (Guardian)
Juan Carlos Abreu (Guardian)

Abreu (Guardian): “Neste momento de crise, precisamos estar atentos a todas as oportunidades. Apesar do momento ruim da construção civil, esta continuará sendo uma das nossas prioridades. Além disso, estamos trabalhando para ampliar a presença da Guardian nos segmentos moveleiro e de decoração. Para atender esse importante nicho, em 2016, nacionalizamos a produção do vidro DecoCristal — e a expectativa é dobrar sua produção nos próximos cinco anos.”

Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)
Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)

Machado (Saint-Gobain Glass): “Acreditamos no potencial de crescimento do segmento de decoração para 2017. Isso porque é um mercado grandioso, com infinitas possibilidades e que tem no vidro impresso uma opção versátil, que pode ser utilizada das mais diferentes formas, agregando beleza e sofisticação aos ambientes”.

Sérgio Minerbo (UBV)
Sérgio Minerbo (UBV)

Minerbo (UBV): “Praticamente, toda a nossa venda é para o segmento da construção civil e movelaria. Portanto, é para eles que olhamos com mais foco. Mas a economia está toda interligada, com diferentes velocidades de reação. Sem construção civil, não tem demanda para móveis, não tem decoração, não tem linha branca. No limite, não tem garagem para guardar o automóvel!”.

Henrique Lisboa (Vivix)
Henrique Lisboa (Vivix)

Lisboa (Vivix): “Todo o nosso mix de produtos tem a sua importância e, com exceção do automotivo, estamos desenvolvendo ações voltadas para esses segmentos”.

 

 

Construção civil
Em 2016

  • Índice de Atividade da Construção Imobiliária: -13,4% em relação a 2015 [1]
  • Vendas do comércio varejista de material de construção: -11,5% no acumulado de doze meses até novembro [2]
  • Custo Unitário Básico (Cub) médio Brasil (dezembro/2015 a novembro/2016): alta de 5,74% [3]

Cenário para 2017
Segundo Pedrozo Jr. e Goldbaum, da GPM Consultoria Econômica:

  • O setor deve retomar o crescimento, mas a médio prazo;
  • O envolvimento de parte das grandes empreiteiras nas investigações da Lava Jato e as altas taxas de juros no País impedem uma reação mais rápida.

Fontes:
[1] Tendências e Neoway Criactive
[2] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
[3] Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC)

 

Lançamentos de produtos
Há planos para o desenvolvimento ou lançamento de novos produtos no Brasil este ano? Se sim, quais são?

Alexandre_pestana_EditorialPalavra de presidente
Mesmo com a atual redução da área consumida de vidro, o potencial latente para produtos mais sofisticados é gigante e aproveitá-lo é a melhor forma de atenuar os efeitos da crise.

Franco Faldinii (AGC)
Franco Faldinii (AGC)

Faldini (AGC): “Temos grandes novidades para os nossos clientes em 2017. Novos produtos, novas tecnologias para a linha de vidros refletivos e grandes lançamentos em vidros decorativos. Teremos mais detalhes assim que finalizarmos as campanhas para divulgação”.

Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)
Flávio Alves Vanderlei (Cebrace)

Vanderlei (Cebrace): “Sim, temos várias previsões de lançamentos para este ano, como produtos de proteção solar, vidros diferenciados para aplicação na construção civil e também novos produtos para o mercado de decoração e para linha branca”.

Juan Carlos Abreu (Guardian)
Juan Carlos Abreu (Guardian)

Abreu (Guardian): “Estamos trabalhando para sempre oferecer respostas às necessidades do nosso mercado, evoluindo em produto e serviço. Em breve, anunciaremos nossas novidades.”

Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)
Marcelo Machado (Saint-Gobain Glass)

Machado (Saint-Gobain Glass): “A Saint-Gobain Glass trabalha com um portfólio diversificado, mas continuamos sempre atentos acompanhando as tendências da arquitetura e procurando novos nichos de mercado para esse produto tão nobre e valorizado que é o vidro. No momento, ainda não temos a previsão de lançamento de produtos para este ano, mas nossas pesquisas e estudos sobre o assunto continuam em constante andamento”.

Sérgio Minerbo (UBV)
Sérgio Minerbo (UBV)

Minerbo (UBV): “Queremos fortalecer a presença dos produtos consagrados e consolidar o Mini-Boreal 7/8 mm, lançado no ano passado e que tem sido um impulsionador de vendas”.

Henrique Lisboa (Vivix)
Henrique Lisboa (Vivix)

Lisboa (Vivix): “Como citado anteriormente, ampliaremos o nosso portfólio de produtos com o lançamento dos vidros de controle solar”.

 

 

Setor automotivo

Em 2016

  • Produção automotiva (janeiro a novembro): queda de 11,2% [1]
  • Vendas de automóveis: queda de 20,47% [2]

Cenário para 2017
Para Pedrozo Jr. e Goldbaum, da GPM Consultoria Econômica:

  • A redução dos juros pode influenciar o aumento na demanda de automóveis, mas ele também depende da diminuição do desemprego;
  • A produção e as vendas no setor automotivo podem se estabilizar nos próximos meses, mas de forma lenta e gradual.

Fontes:
[1] Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea)
[2] Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave)

 

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Este texto foi originalmente publicado na edição 529 (janeiro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Tá na hora de mostrar o vidro

Todo vidraceiro tem um objetivo principal: fazer boas vendas. E o local em que trabalha é uma das principais ferramentas para essa tarefa, embora muitos profissionais se esqueçam disso. O cliente é conquistado por uma loja bem-arrumada, limpa, com produtos visíveis e em ordem. Um espaço de exposição, conhecidos pelo termo em inglês showroom, é um belo diferencial.

Conversamos com especialistas em marketing e do setor vidreiro para entender como usar essa ferramenta em benefício dos negócios. Além disso, levantamos exemplos do Sudeste, Sul e Centro-Oeste do País para você ver, na prática, como funciona um showroom.

Dividros, Divinópolis (MG)Tradição em ‘showroom’ Esse é um termo bem conhecido pela Dividros: a empresa inaugurou o seu primeiro showroom em 1988. “Nós nos preocupamos em atender de forma diferenciada, fora do formato tradicional de balcão, muito comum àquela época”, relembra o responsável pelo setor de marketing e negócios, Adriano Morato. “Foi um grande diferencial para os clientes, os quais passaram a ver o produto ao seu alcance”;  Resultado positivo nas vendas “O consumidor busca segurança em seu fornecedor. Nosso showroom atrai clientes com obras maiores e, consequentemente, essa segurança que oferecemos faz com que o valor investido por eles seja maior”;  Manutenção periódica Pelo menos a cada três meses, a Dividros altera a disposição do showroom. “As ferragens e acessórios, sem dúvida, são os itens que mais se renovam”, conta Morato.
Dividros, Divinópolis (MG)
Tradição em ‘showroom’
Esse é um termo bem conhecido pela Dividros: a empresa inaugurou o seu primeiro showroom em 1988. “Nós nos preocupamos em atender de forma diferenciada, fora do formato tradicional de balcão, muito comum àquela época”, relembra o responsável pelo setor de marketing e negócios, Adriano Morato. “Foi um grande diferencial para os clientes, os quais passaram a ver o produto ao seu alcance”. O projeto do novo espaço da empresa, que ainda não está finalizado, é das arquitetas Miriane Araújo de Oliveira e Luciane Araújo;
Resultado positivo nas vendas
“O consumidor busca segurança em seu fornecedor. Nosso showroom atrai clientes com obras maiores e, consequentemente, essa segurança que oferecemos faz com que o valor investido por eles seja maior”;
Manutenção periódica
Pelo menos a cada três meses, a Dividros altera a disposição do showroom. “As ferragens e acessórios, sem dúvida, são os itens que mais se renovam”, conta Morato.

Cuide bem do ponto de venda

“A correria do dia a dia e o acúmulo de trabalho acabam atrapalhando, e o empreendedor fica sem tempo para pensar a gestão da loja”, comenta José Carlos de Araújo, diretor da Escola de Varejo Anamaco, iniciativa da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). Porém, o fato é que, ao deixar de lado a aparência e a organização de seu espaço, o vidraceiro perde oportunidades de negócio.

Segundo o professor Alan Jezovsek Kuhar, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), uma loja tem pelo menos três dimensões independentes que se complementam:

Espaço multiuso: além de ser o local em que o profissional se relaciona com clientes e potenciais consumidores, é um ambiente de trabalho;

Fluxo de venda: a loja deve ser organizada para o consumidor entender o processo de compra e venda. Não há segredo nisso:

• Na entrada, normalmente, se tem uma vitrina mostrando produtos;

• Na sequência, estão balcões para a apresentação das mercadorias;

• Por fim, ficam os caixas.

Essa disposição faz o consumidor visualizar o que o vidraceiro oferta, compreender e conversar com ele a fim de fechar negócio e pagar pelo serviço, seguindo uma ordem lógica;

Comunicação não verbal: todo ambiente passa uma série de impressões aos consumidores, fazendo-os se sentir mais confortáveis ou incomodados. Prateleiras desarrumadas mostram desorganização, assim como lâmpadas queimadas denotam desleixo.

Vidraçaria Global, Águas Claras (DF) Falando com clareza ao consumidor “Pela dificuldade de conseguirmos mostrar uma obra feita, já que é inviável um cliente abrir sua casa para outra pessoa visualizar um sistema, acabamos disponibilizando o produto montado para melhor entendimento de sua funcionalidade”, relata Daniel Estrela de Oliveira, sócio-proprietário da Vidraçaria Global;   Solução para espaços pequenos A empresa teve de se esmerar para apresentar seus carros-chefes — em geral, produtos de grandes dimensões voltados para o envidraçamento de ambientes, como kit sacada e fachada glazing, entre outros. A solução foi inteligente: instalá-los ao redor do escritório, para que não sejam apenas mostruários, mas também itens funcionais.   :Crescimento em meio à crise “Sinceramente, não posso dizer que as vendas eram ruins antes dos mostruários”, comenta Oliveira. Porém, a evolução foi grande para a empresa, mesmo em época de crise — o showroom deles foi montado em maio de 2015. “Com o aumento das vendas, a equipe teve de aumentar. Éramos sete colaboradores e hoje estamos com onze”.
Vidraçaria Global, Águas Claras (DF)
Falando com clareza ao consumidor
“Pela dificuldade de conseguirmos mostrar uma obra feita, já que é inviável um cliente abrir sua casa para outra pessoa visualizar um sistema, acabamos disponibilizando o produto montado para melhor entendimento de sua funcionalidade”, relata Daniel Estrela de Oliveira, sócio-proprietário da Vidraçaria Global;
Solução para espaços pequenos
A empresa teve de se esmerar para apresentar seus carros-chefes — em geral, produtos de grandes dimensões voltados para o envidraçamento de ambientes, como kit sacada e fachada glazing, entre outros. A solução foi inteligente: instalá-los ao redor do escritório, para que não sejam apenas mostruários, mas também itens funcionais.
Crescimento em meio à crise
“Sinceramente, não posso dizer que as vendas eram ruins antes dos mostruários”, comenta Oliveira. Porém, a evolução foi grande para a empresa, mesmo em época de crise — o showroom deles foi montado em maio de 2015. “Com o aumento das vendas, a equipe teve de aumentar. Éramos sete colaboradores e hoje estamos com onze”.

Primeiros passos para montar um ‘showroom’

  • Investimento: um showroom demanda dinheiro e espaço — mas o retorno compensará, mesmo que em longo prazo. O local se tornará um ponto de contato com muitos consumidores. Nem sempre a venda será imediata, mas quando alguém precisar de um vidraceiro, com certeza vai se lembrar de seu ambiente;
  • Entenda seu público: quais os itens que você mais vende? Talvez seja o boxe de banheiro ou guarda-corpos. Deixe expostas soluções diferenciadas ou novidades em relação a esses produtos — uma ferragem nova, mais luxuosa, pode chamar a atenção do consumidor;
  • Pesquise os concorrentes: você sabe quantas vidraçarias existem em seu bairro? Quantas possuem showroom? O que elas fazem no espaço para cativar o cliente? Ao juntar informações sobre os concorrentes, você saberá traçar o melhor plano para a instalação de seu showroom;
  • Capacitação: treine seus funcionários caso tenha uma equipe. “Educação, conhecimento sobre aquilo que vende e bom humor são a base de tudo”, revela Araújo, da Anamaco. “Bom atendimento na hora da troca de produto ou manutenção também é importante. O cliente agradece a atenção e isso contribui para sua fidelização”;
  • Mudanças periódicas: Para o professor Alan, o comerciante precisa encontrar uma boa disposição dos móveis. Após isso, deve evitar mudar a estrutura constantemente. “Entretanto, é importante mudar os produtos expostos, com o intuito de permitir aos clientes perceberem que existem outros itens à venda”, afirma.
colorvidros
Color Vidros, São Paulo
O produto na prática
“Quando percebemos que o cliente não conseguia entender a qualidade e a variedade das tintas que oferecemos, resolvemos mostrar isso com detalhes em nosso espaço interno”, conta o diretor-comercial Vitor Maione. No showroom, o cliente visualiza a aplicação das tintas, além de sentir pelo tato a textura delas;
Maiores vendas de valor agregado
Segundo Maione, a falta de informação sobre o produto pode fazer o cliente deixar de comprar um item de valor agregado. “Após demonstrarmos o material recomendado para o seu projeto, na maioria das vezes, ele acaba preferindo fechar negócio em cima desse produto, o qual tem o preço mais elevado”;
Planejando o espaço
A Color Vidros não contratou arquiteto ou decorador para projetar o espaço. “Tínhamos pouco recurso para esse investimento e fizemos de acordo com o nosso conhecimento”. Para Maione, é importante se colocar na posição do cliente. “Como você gosta de ser tratado? O que faz você se sentir seguro em uma compra?”.

A estrela da loja: dicas de manutenção

“O showroom bem-montado é aquele que dá a sensação de conforto e bem-estar”, explica o professor da ESPM, Alan Kuhar. Não se esqueça: o objetivo do espaço é comunicar ao consumidor o que o vidraceiro está vendendo.

Existe uma relação direta entre o tempo que o consumidor fica na loja e a venda: quanto mais ele permanecer na loja, maior a chance de fazer negócio. Para deixar seu showroom agradável à clientela, confira as dicas de Kuhar:

  • Iluminação é fundamental: muitos varejistas economizam na iluminação — afinal, a redução de custos é sentida de forma clara na conta de energia elétrica. Porém, não percebem o quanto deixam de faturar, já que ambientes bem-iluminados transmitem conforto e permitem ao consumidor ver com detalhes os produtos oferecidos. Iluminação também é importante para ajudar os clientes a ter contato com a coloração correta dos vidros e espelhos;
  • Não se esqueça da limpeza: lojas de varejo normalmente têm portas abertas, permitindo a entrada de pó e sujeira, assim como circulação de pessoas. Dessa forma, a limpeza deve acontecer quase que continuamente. Afinal, como o vidro passa a sensação de estética clean, rebuscada, a última coisa que o cliente quer ver é um mostruário sujo;
  • Disposição do espaço: a maioria das pessoas se sente confortável em ambientes simétricos e proporcionais. Dedique atenção à organização dos móveis e demais estruturas da vidraçaria. Produtos bem-organizados e apresentados por categorias, tamanhos e cores facilitam a escolha do cliente.

Dicas de outras áreas do setor

Não são apenas os vidraceiros que podem investir em showrooms em nosso mercado. Processadoras, fabricantes de ferragens e de tintas, instaladores etc. também se beneficiam com essa estrutura. A Vipel, processadora de Tubarão (SC), por exemplo, possui um.

vipel1“Em 2014, tivemos uma experiência interessante na feira do setor vidreiro Glass South America, onde criamos um espaço integrado para a mostra. Após o evento, trouxemos esse mesmo espaço, que havia sido montado em São Paulo, e o remontamos aqui”, comenta o responsável pelo setor de marketing, Antônio Moreno. A Vipel não tinha uma área pronta para receber o showroom e, por isso, precisou ser criativa — e ao mesmo tempo cautelosa, pois já havia feito um alto investimento para a referida feira.

“Mais do que vender, estimulamos nossos consultores e vendedores a fazer parcerias com os clientes para oferecer soluções”, afirma Moreno.

Retok’s, Porto Alegre  Pedido dos clientes  “Percebemos a necessidade de criar um espaço desse após conversas com clientes e arquitetos”, revela o proprietário de Retok’s, Cláudio Corrêa Irmão. “Eles sentiam necessidade de visualizar o produto”;  Resultados imediatos  A partir da inauguração do showroom, novos clientes apareceram, segundo a empresa. “A pessoa grava melhor aquilo que vê. Assim tivemos um aumento nas vendas”, afirma Cláudio;  Parcerias com fornecedores  Criar parcerias com fabricantes e fornecedores é uma ótima saída para o investimento diminuir, basta analisar a própria Retok’s. Os vidros expostos, por exemplo, são da processadora Personal Glass. Em relação aos boxes, apenas agregaram-se os novos modelos que surgem no mercado.

Retok’s, Porto Alegre
Pedido dos clientes
“Percebemos a necessidade de criar um espaço desse após conversas com clientes e arquitetos”, revela o proprietário de Retok’s, Cláudio Corrêa Irmão. “Eles sentiam necessidade de visualizar o produto”;
Resultados imediatos
A partir da inauguração do showroom, novos clientes apareceram, segundo a empresa. “A pessoa grava melhor aquilo que vê. Assim tivemos um aumento nas vendas”, afirma Cláudio;
Parcerias com fornecedores
Criar parcerias com fabricantes e fornecedores é uma ótima saída para o investimento diminuir, basta analisar a própria Retok’s. Os vidros expostos, por exemplo, são da processadora Personal Glass. Em relação aos boxes, apenas agregaram-se os novos modelos que surgem no mercado.

AnamacoEscola de Varejo Anamaco: qualificação para o ramo de varejo

O vidraceiro interessado em aprender mais sobre seu ponto de venda e como realizar bons negócios aproveitando esse espaço tem a Escola do Varejo Anamaco (EVA) como ferramenta. Com o intuito de qualificar lojistas de material de construção, a Anamaco criou a iniciativa. Além de oferecer cursos (a distância, nas empresas ou presenciais) e certificação aos participantes, a iniciativa se destaca por possuir uma loja modelo completa. Lá é possível aprender merchandising, arrumação de loja, gestão e estrutura comercial e precificação, entre outros temas. José Carlos de Araújo, diretor da EVA, esclarece: “Como queremos promover uma ampla prestação de serviços aos lojistas por meio da educação, trazemos os melhores profissionais do setor para compartilhar as mais modernas técnicas, proporcionando a melhoria dos processos de vendas e operação”.

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Anamaco

Color Vidros

Dividros

ESPM

Retok’s

Vidraçaria Global

Vipel

Este texto foi originalmente publicado na edição 529 (janeiro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Obra-prima renovada pelo vidro

São Conrado é um dos bairros nobres da Zona Sul carioca, localizado entre sua bela orla e a icônica Pedra da Gávea, ponto turístico da cidade. Como se a beleza natural não bastasse, a região abriga o antigo Hotel Nacional, um dos marcos da arquitetura brasileira. Projetado por Oscar Niemeyer em forma cilíndrica, o prédio é todo revestido por vidro desde sua fundação, em 1972.

Hotel NacionalNo entanto, nenhum hóspede usufruía a estonteante vista proporcionada por sua fachada envidraçada desde 1995, quando o hotel fechou as portas. Foram necessários 21 anos para que, em 15 de dezembro, essa joia brasileira voltasse a hospedar — agora sob o comando do grupo hoteleiro espanhol Meliá, com o nome Hotel Gran Meliá Nacional Rio de Janeiro.

Antes disso, foi necessário que o prédio passasse por um amplo retrofit, nome que os arquitetos dão ao processo de modernização de uma obra a fim de atualizá-la. Seus vidros antigos da fachada foram trocados por vidros de controle solar da Cebrace, processados pela Disvidro. O grande desafio das empresas envolvidas era manter as características originais do projeto de Oscar Niemeyer tombado desde 1998 como patrimônio do município do Rio de Janeiro.

 

Reforma
Hotel NacionalO novo projeto do hotel tem o arquiteto Marcos Leite Bastos como autor. A construtora Orca também participou como responsável pela execução. Manter a estética visual criada por Niemeyer, incluindo a integração com o bairro, estava entre as metas do projeto.

“Esse prédio, como foi projetado, não se encaixaria em nenhum outro local do mundo. Ele é cilíndrico para que os olhos o atravessem e o vejam diante dos morros como parte da paisagem”, explicou Bastos ao jornal O Globo no fim de 2016. “Os cálculos arquitetônicos foram feitos pensando na linha do horizonte, de modo que, de qualquer parte da recepção, fosse possível ver o mar à meia-distância entre o piso e o teto. Tudo isso que o Niemeyer pensou está sendo mantido, mas estamos colocando materiais novos e modernos”, concluiu.

 

2MG_7558Escolha dos vidros
A QMD Consultoria preparou o projeto da fachada baseado em três pilares:

– Estética diferenciada;
– Proteção contra os raios solares;
– Luminosidade natural sem ofuscamento.

Para encontrar a melhor especificação que atendesse todos esses quesitos ao mesmo tempo, foram realizadas diversas simulações de desempenho energético, analisando também a economia que os vidros poderiam trazer ao empreendimento em relação ao uso de ar condicionado e conforto térmico e acústico. “Ainda fizemos inúmeros protótipos, de forma a aprovar os vidros pelo lado externo, visto que o empreendimento é um retrofit e as características visuais da fachada deveriam ser mantidas”, explica Igor Alvim, da QMD.

 

Interior envidraçadoApartamento Supreme II
Por dentro, o hotel também está recheado com o material, fornecido pela Cebrace, processado pela Disvidro e instalado pela CHB Alumínio:

– A academia e o spa possuem fechamento de laminado incolor 12 mm (300 m² no total). A mesma especificação está nos guarda-corpos da esplanada e do mirante, localizados no topo do prédio;
– Os guarda-corpos das escadas de acesso de vestiários e banheiros na área da piscina ganharam laminados incolores 10 mm;
– Na escada em caracol da piscina, foram instalados guarda-corpos com 100 m² de temperado laminado incolor 10 mm;
– Um dos bares do hotel, o Roof Top Bar, está no 33º andar. Voltado para a badalação, com música e iluminação especial, ele é cercado por vidros que desempenham a função de isolamento acústico.

 

Hotel NacionalEspecificação do vidro
Laminados de Cool Lite ST (6 mm + 5 mm de float bronze)
Fornecedor: Cebrace
Processador: Disvidro
Quantidade: 12 mil m²
Principais benefícios: redução do calor em 63% e transmissão luminosa de 25%. Isso garante menor uso de sistemas de ar condicionado e iluminação artificial.

 

Por dentro da instalação
A técnica escolhida para a instalação da fachada foi o sistema unitizado. Composto por frames (módulos) de alumínio nos quais o vidro é encaixado e colado com silicone estrutural, esse sistema é bastante versátil e possibilita a construção de fachadas planas, com ângulos e curvas, como é o caso do hotel. Outra vantagem é a rapidez com que ele pode ser instalado. Segundo Igor Alvim, diretor técnico da QMD, o sistema permite que as obras cumpram os cronogramas previstos pelas equipes de planejamento.

 

2MG_7619okCuriosidades desse clássico carioca
Único hotel de Niemeyer — Não há nenhum outro hotel no mundo com a assinatura de Oscar Niemeyer, o mais famoso arquiteto brasileiro, essencial para a consolidação da arquitetura moderna. Até por isso, quando o prédio foi leiloado pela prefeitura carioca, uma das condições impostas era a de que ele permanecesse como um hotel. A obra ainda contou com o paisagismo de Roberto Burle Marx.

Era pra ser maior — O projeto inicial previa a construção de um edifício de 55 andares. No entanto, mais tarde, optou-se por parar a obra no 34º pavimento.

Reduto da alta sociedade — De 1972 até 1995, a elite carioca frequentava assiduamente o empreendimento. O local deu lugar a festas antológicas e recebeu celebridades como a atriz e cantora norte-americana Liza Minneli e B.B. King, mais famoso guitarrista de blues da história. Também foi sede do conceituado Free Jazz Festival.

Prepare o bolso — O hotel tem 413 quartos com vista para a Praia de São Conrado, Rocinha e Pedra da Gávea. Existem diversas classificações: o preço médio de uma diária é de R$ 800.

 

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CHB Alumínio
Cebrace
Disvidro
Gran Meliá Nacional
QMD Consultoria

Este texto foi originalmente publicado na edição 529 (janeiro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Colhendo os frutos da certificação

Produção aperfeiçoada e clientes satisfeitos! Esse é o resultado da certificação do vidro temperado do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ) para a Arque Glass. A processadora de Maringá (PR) ostenta o selo, que aprova a segurança do produto, nas espessuras de 6, 8 e 10 mm.

Busca pela padronização
Há 22 anos atuando no mercado vidreiro, a Arque Glass possui clientes em toda a Região do Noroeste do Paraná, oferecendo diversos tipos de vidro — incluindo curvos, pintados e serigrafados. Segundo Hugo Koshimae Jo, engenheiro de produção e responsável pelo setor de qualidade, a opção por se certificar nasceu da vontade de melhorar a fabricação. “Com isso, podemos fazer nosso trabalho mais próximo da excelência, estando em constante aperfeiçoamento para levar novidades ao mercado”, relata.

O processo para adequar a empresa durou cerca de seis meses e envolveu todos os colaboradores. “Foi bem trabalhoso, rigoroso e sistêmico. Mas todas as dificuldades foram sanadas graças ao excelente apoio da Abravidro e sua consultoria”, explica o engenheiro de produção.

Para além do Brasil
Segundo a processadora, depois de alguns meses da conquista do selo, os frutos gerados pela certificação já são colhidos. Além da produção padronizada, com menor desperdício de insumos, o que resulta em economia, a satisfação do consumidor garante mais negócios a serem feitos. “Alguns clientes até conseguiram um nicho de exportação graças à nossa certificação”, revela Hugo.

Fale com eles!
Arque Glass — www.arqueglass.com.br
Abravidro — www.abravidro.org.br
IFBQ — www.ifbauer.org.br
Inmetro — www.inmetro.gov.br

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Você está planejando corretamente a produção da sua empresa?

Para uma processadora crescer e ser rentável, o único meio conhecido é aumentar a produtividade. No entanto, com a concorrência acirrada, a relação entre custo, lucro e preço mudou: hoje, o cliente dita os preços, cuja tendência é sempre baixar. Assim, para que os investidores tenham lucro, é preciso baixar os custos operacionais (soma dos gastos fixos e variáveis envolvidos na produção). Para reduzi-los, quebras, retrabalhos e reparos precisam ser minimizados ou eliminados. É importante fazer certo da primeira vez e sempre!

Máquinas e equipamentos: pense bem antes de escolher os seus
Um dos problemas das empresas vidreiras é que, na ansiedade de resolver a baixa produtividade, competitividade e lucratividade, querem reverter anos de falta de planejamento do sistema produtivo num passe de mágica. Frequentemente, apostam em tecnologias novas e grandiosas, mas a falta de preparo resulta na compra de máquinas e equipamentos inadequados e na complicação do processo. Seria muito melhor escolher algo mais simples e efetivo.

Se vai investir em nova tecnologia, sistema, máquina ou equipamento:

  • Entenda quais as reais necessidades da empresa e dos clientes;
  • Estabeleça os requisitos primordiais e desejáveis para atender essas necessidades;
  • Defina o desempenho técnico mínimo necessário para ter o retorno do investimento;
  • Planeje todas as etapas: aquisição, logística, instalação, start-up, validações, treinamentos e capacitações não só dos operadores, mas também dos responsáveis pela manutenção;
  • Estude como fazer a gestão desse novo sistema, máquina, processo ou equipamento;
  • Lembre-se de que todo investimento deve se pagar, sempre.

Comece a aumentar sua produtividade reduzindo as perdas
A sequência correta de ações para aumentar a produtividade da empresa é a seguinte:

  1. Redução das perdas;
  2. Aumento do tempo de operação;
  3. Aumento da velocidade de processamento.

Alguns invertem essa sequência — e, pior, esperam ter bons resultados. Aumentar a velocidade das máquinas, sem atuar primeiro nos demais problemas, aumenta a velocidade em que as perdas ocorrem, as paradas não programadas e a degradação das máquinas.

Programa de TPM: vale a pena conhecer
Uma das formas mais eficazes de recuperação e preservação das condições originais de um sistema, máquina ou equipamento é o programa de Manutenção Produtiva Total (TPM – Total Productive Maintenance). Ele ajuda a garantir que seus maquinários e equipamentos continuem com o desempenho original. Apesar de não ser uma novidade em outras indústrias, esse programa ainda é pouco conhecido e aplicado nas empresas vidreiras.

Claudio (tratada) cópiaFale com eles!
Cláudio Lúcio da Silva ministra os módulos da Especialização Técnica Abravidro. É expert em transformação de vidros, com experiência em modelagem, implantação e gestão de processos industriais. claudiolucio.s@hotmail.com

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Acontece

Parabéns para a GlassecViracon! A processadora recebeu o 1º Prêmio Agruparh de Boas Práticas em Gestão de Pessoas realizado no mês passado (foto acima). A empresa venceu na categoria Treinamento e Desenvolvimento por conta de seu projeto Escola do Vidro, programa de capacitação técnica dos colaboradores.

Outra empresa que merece ser cumprimentada é a Glaston. O grupo finlandês fechou a venda de um forno de têmpera da série FC para a processadora chilena Comercial Dialum, localizada em Santiago. Esse é o maior forno da fabricante de maquinários na América do Sul. Que 2017 siga tendo bons negócios para todos nós!

vp_vidrotilPara finalizar, alguns lançamentos interessantes envolvendo o nosso material: a Vidrotil, fabricante de revestimentos de vidro, lançou em parceria com a Concresteel a linha Celestia (foto ao lado) para pisos, paredes e bordas de piscina. Ela combina concreto e grânulos de vidro colorido, transparente ou opaco. A Franke colocou no mercado quatro modelos de cooktops. Os produtos fazem parte da linha Glass, feita de vidro temperado.

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Empresas vidreiras são premiadas no Top of Mind

A cerimônia da 19ª edição do prêmio Top of Mind, voltado para o mercado nacional de arquitetura e decoração, foi realizada no dia 15 de dezembro no Espaço Apas, em São Paulo. Diversas empresas do setor vidreiro estiveram entre as vencedoras: pelo 14º ano consecutivo, a Guardian foi premiada como a melhor marca de espelhos. O prêmio é concedido pela revista Casa & Mercado a partir de pesquisa feita pelo Datafolha. Mais informações: www.casaemercado.com.br

Vencedores do Top of Mind 2016:
Marca de boxe: Blindex
Marca de fechaduras, maçanetas e ferragens: La Fonte
Marca de porta automática: dormakaba
Marca de pastilha de vidro: Vidrotil
Marca de espelho: Guardian
Marca de vidro em geral: Blindex e Guardian

Este texto foi originalmente publicado na edição 529 (janeiro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Palavra do leitor

Cadastre-se no ‘De Olho no Boxe’!
Tenho uma vidraçaria e gostaria de saber como divulgá-la no site De Olho no Boxe para ela aparecer na área do consumidor, na seção “Encontre um vidraceiro” (http://www.deolhonoboxe.com.br/consumidor/encontre-um-vidraceiro/). Há algum custo?
Regiane Porto
ManuVi D’Coração de Vidros e Espelhos
Itaquacetuba, SP

Para divulgar, preencha o formulário disponível em “Cadastre-se e ganhe clientes”, na área para vidraceiros (www.deolhonoboxe.com.br/vidraceiro/cadastre-se-e-ganhe-clientes/). Esse cadastro é gratuito.
Rosana Silva
Gerente de Atendimento da Abravidro
(11) 3873-9908
www.abravidro.org.br

Desempenho acústico do vidro
Sou estudante de Arquitetura e Urbanismo. Estou fazendo uma escola de dança para meu trabalho e meu orientador sugeriu que as salas fossem de vidro. Há algum material com informações sobre vidros acústicos?
Angeline Mendes
São Paulo, SP

Temos um material que contribuirá para o seu trabalho: trata-se da série de suplementos Caixa Acústica, cujas três partes podem ser acessadas gratuitamente em abravidro.org.br/o-vidroplano/edicoes-anteriores/. Na página, procure pelas edições de março, abril e maio de 2015.
Vera Andrade
Coordenadora técnica da Abravidro
(11) 3873-9908
www.abravidro.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 529 (janeiro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Estrategicamente ligados a você!

Espero que tenha tido férias neste verão e, na volta ao trabalho, esteja com as energias renovadas para os desafios que teremos pela frente. Foi pensando neles que produzimos a atual edição de O Vidroplano.

Em duas reportagens de peso, registramos as expectativas de nosso mercado para 2017 e também lhe damos dicas importantes para mudar a sua loja e turbinar as vendas. Afinal, alguns detalhes simples podem trazer grandes resultados.

Este ano também traz uma marca muito especial para O Vidroplano, basta observar um detalhe desta capa: “Ano 60”. Em 2017 chegamos ao nosso sexagenário cheios de história, experiência e, principalmente, muita motivação para estarmos sempre alinhados a você, nosso leitor.

É hora de renovarmos o compromisso de nos mantermos como a publicação líder do setor vidreiro no Brasil. A responsabilidade é grande: precisamos permanecer na vanguarda da comunicação com nosso mercado, trazer notícias em primeira mão de maneira fácil de entender, estar em canais diversificados e também cada vez mais acessíveis. Em resumo, ficarmos estrategicamente ligados a você!

Com tudo isso e muito mais em mente, fechamos esta edição cheios de energia para dar ao vidro tudo que ele merece!

Celina Araujo, editora de 'O Vidroplano' e superintendente da Abravidro Grande abraço,
Celina Araujo
Editora

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 529 (janeiro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Exposição nos EUA apresenta inovações tecnológicas do vidro

A edição de 2017 da Consumer Electronics Show (CES), mostra global de eletrônica e tecnologia realizada anualmente em Las Vegas, Estados Unidos, aconteceu nos dias 9 a 12 de janeiro. O vidro foi um componente fundamental em vários produtos mostrados no evento, da área automotiva ao revestimento de superfícies.

vp_ces-tellusUma das maiores novidades foi o Asola Automobile Solar Glass Roof (1), teto solar de laminado temperado desenvolvido por uma divisão da multinacional Tellus Power: voltado para veículos elétricos, ele conta com células fotovoltaicas entre suas camadas, ajudando a carregar a bateria para funcionamento do carro e de dispositivos como smartphones, além de aumentar o conforto térmico em seu interior e reduzir as emissões de carbono.

vp_ces-hudwayTambém para automóveis, o Hudway Glass (2), acessório produzido pela norte-americana Hudway, projeta as instruções de navegadores para smartphones em uma pequena tela de vidro colocada na frente do para-brisa — com isso, o motorista pode ter acesso às informações sem desviar a atenção do trânsito.

MOnA- RHP-SunbeamA Corning, conhecida fabricante estadunidense de vidros de valor agregado, levou alguns de seus produtos consagrados. Entre eles, o Willow Glass (3), vidro ultrafino e extremamente leve para laminação de superfícies de materiais como aço, madeira e plástico: sua composição especial as protege de riscos e danos químicos, além de apresentar ótima clareza óptica e poder ser decorado com técnicas como a impressão digital.

Mais informações: www.ces.tech

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Bosch lança família de niveladores a ‘laser’

Aprimorando sua linha de medição, a Bosch acaba de lançar modelos de niveladores a laser, usados por vidraceiros para alinhamento das peças e da superfície para a instalação correta do vidro. Um dos destaques — informa a empresa — é o GCL 2-15 G, primeiro no Brasil com laser verde, quatro vezes mais visível, além de dois pontos de prumo para alinhamentos do chão para o teto. Todos os novos produtos têm trava de pêndulo (para garantir vida útil longa do produto), entrada para tripé e proteção contra pó e respingo de água, entre outros diferenciais. Mais informações: www.boschferramentas.com.br

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Garantia de segurança

Fundada em 2001, a Vidrage iniciou seu caminho no setor como uma vidraçaria. Aos poucos, foi ampliando sua área de trabalho até chegar ao processamento de nosso material, atendendo clientes do Norte catarinense. Em dezembro de 2016, deu outro passo importante em sua trajetória: conquistou a certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ) para seus vidros temperados, após cerca de dois meses de adequação da produção.

Preparando a empresa
A certificação começa com a visita dos auditores de Inmetro e IFBQ à empresa que solicita o selo. Com a Vidrage não foi diferente. “Eles conhecem nosso funcionamento e produção para poder avaliar o que precisa ser melhorado ou mantido”, afirma Daniel Bello, membro do setor de compras da empresa.

A partir daí, foram apontadas as adequações necessárias ao chão de fábrica — as mudanças se mostram necessárias para que o vidro seja processado seguindo todos os parâmetros das normas técnicas. Após as modificações, foram realizados ensaios (como os de fragmentação e empenamento, entre outros) usando os vidros produzidos sob esses novos parâmetros. Se os materiais forem aprovados, a empresa conquista a chancela. “A Abravidro foi de extrema importância desde o início, estando presente em todos os processos”, recorda Bello. O selo está presente nos temperados com espessura de 6, 8 e 10 mm.

Benefícios para todos
O feedback positivo dos clientes já pôde ser visto, mesmo após tão pouco tempo de conquista. Comenta Bello: “A certificação faz a diferença também para os negócios deles, funcionando como uma garantia de segurança”. E vem mais coisa boa por aí, pois a empresa quer continuar a seguir as boas práticas de produção. “Vamos procurar sempre produzir com qualidade e excelência, aproveitando ao máximo a tecnologia existente para que o resultado seja o melhor possível.”

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
IFBQ — www.ifbauer.org.br
Inmetro — www.inmetro.gov.br
Vidrage — www.vidrage.com.br

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Padronização que garante o sucesso

Imagine se o número de retrabalho de sua processadora caísse quase 80% e o prazo de produção fosse reduzido em 40%. Mágica? Muito pelo contrário. A resposta é mais simples do que parece: certificação de vidros temperados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ). Esses números são reais: pertencem à MS Vidros, de Palhoça (SC), e foram alcançados após a empresa concluir o processo de certificação dos vidros de espessuras de 6, 8, 10 e 12 mm.

Aposta na segurança
A processadora atua no setor vidreiro desde 1998, oferecendo produtos para vidraçarias, fábricas de esquadrias, setor de móveis e decorações e construção civil. Sua sede é própria e tem área total de 7 mil m². Há ainda a filial de Porto Alegre, inaugurada em 2010. Aproximadamente, sessenta funcionários se distribuem entre as duas unidades.

Desde sua fundação, o volume de negócios aumentou gradativamente. “Em 2010, o crescimento das vendas foi acelerado e nosso planejamento não acompanhou o mesmo ritmo, o que entendemos ser natural, pois o que acontece rápido demais tem grandes chances de não ter sido projetado antes”, relata a gerente-comercial e da Qualidade, Franciny Marques Bronaut. “Nunca tivemos dúvidas quanto à qualidade e segurança dos nossos produtos. Porém, para atendermos a demanda, sofríamos com retrabalhos e reposições e, como consequência, tínhamos uma gradativa queda na margem de lucro para comportar a elevação dos custos.”

Selo contra a crise
Em 2015, a recessão econômica deixou a empresa em alerta: era necessário parar e analisar os resultados! Relata a gerente: “Precisávamos de uma reengenharia e de uma mudança radical que requeria controles, medições, organização, padronização, responsabilidades, resultados satisfatórios, ações corretivas, preventivas e, o mais difícil: envolvimento de todos os funcionários”.

Foi então que surgiu a ideia de certificar o vidro temperado. O processo teve início em abril de 2015 e, em agosto do mesmo ano, a processadora passou pela auditoria obrigatória sem qualquer inconformidade. “A Abravidro, nossa parceira, nos deu todo o suporte para a interpretação da Portaria 327 do Inmetro, documento imprescindível para se alcançar a chancela”, afirma Franciny.

Controle da produção
Desde então, a MS Vidros criou o hábito de controlar todos os seus processos e medir o desempenho de máquinas, funcionários e fornecedores, com parâmetros de desvios aceitáveis. Todas as normas vidreiras da ABNT são seguidas na íntegra e, para o que não é regulamentado, a empresa criou suas próprias regras internas — 11 manuais da qualidade descrevem a ordem e como tudo deve acontecer e há 21 formulários de controle.

Foram preparados também documentos especiais para os clientes contendo informações sobre condições de venda, normas e os certificados conquistados pela MS Vidros até o momento. “O trabalho padronizado, com regras claras, facilitou nosso dia a dia: sabemos para onde estamos indo e como devemos ir”, comenta Jaqueline Sotero, vendedora interna.

Resultados que impressionam
“Os resultados que obtivemos são fantásticos! Sem dúvidas, fizemos bom uso da oportunidade da certificação voluntaria”, define Franciny. “É gratificante ver tamanha evolução”, orgulha-se a presidente da empresa, Marlene Alves de Farias. “Os resultados positivos foram além do aguardado. Ver a geração jovem liderando, os funcionários envolvidos e a empresa organizada é prazeroso e me faz entender nossa missão.” O quadro de colaboradores também sofreu mudanças, caindo 42%, graças à padronização das etapas, o que permite uma equipe mais enxuta para realizar os processos.

Para este ano, o projeto da MS Vidros é o credenciamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para assim oferecer aos seus clientes mais uma modalidade de pagamento, e iniciar o processo de certificação ISO 9001.

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
IFBQ — www.ifbauer.org.br
Inmetro — www.inmetro.gov.br
MS Vidros — www.msvidros.com.br

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As expectativas e a realidade

Alexandre_pestana_EditorialO mês de janeiro denota sempre o início de um novo ciclo, quando naturalmente avaliamos cenários e definimos tendências. Como mostra nossa reportagem de capa, as expectativas não são de recuperação do nível de atividade em nosso setor. Com os indicadores macroeconômicos instáveis e intimamente ligados às definições do Congresso Nacional, acredito que tenhamos um 2017 com desempenho muito próximo ao do ano passado. Portanto, o desafio é atravessarmos mais um período de estagnação e ainda assim mantermos nossas empresas saudáveis.

Atingir esse objetivo requer muito trabalho e decisões assertivas, a partir de tudo que já aprendemos com essa crise prolongada e, obviamente, sem repetirmos os erros já cometidos. Infelizmente, não é tão óbvio assim. Boas estratégias e as tais decisões assertivas requerem o mínimo de estabilidade e previsibilidade para trabalhar — algo muito raro no setor vidreiro ultimamente.

Afinal, enquanto tivermos promoções que vão e voltam, comunicados ao mercado que não são honrados por seus autores e completa distorção do papel de cada operador dessa cadeia produtiva, o que está difícil certamente será piorado.

Janeiro mal começou e já nos deparamos com propostas de venda de matéria-prima envolvendo uma simples troca de nota fiscal na porta da usina de base — uma operação ilegal e inadmissível. Num momento de crise e de baixo consumo, concentrar grandes volumes em poucos clientes é solução imediatista, com sérios danos ao nosso segmento. A irresponsabilidade e a ansiedade por resultados de curto prazo fizeram do vidro uma moeda especulativa, cuja consequência é a total destruição de valor da cadeia.

O momento não é favorável para a maior parte do empresariado brasileiro. Dinamismo, boa gestão, reposicionamento de produtos e boas negociações são essenciais para a sobrevivência de nossas empresas, mas nossa competência precisa estar aliada à responsabilidade de agentes estratégicos.

Este texto foi originalmente publicado na edição 529 (janeiro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Processador, sua colaboração é mais do que necessária!

Indicadores e tendências de mercado nunca foram tão estratégicos para os gestores das empresas como nos últimos tempos. Em meio às incertezas político-econômicas pelas quais passamos (leia a reportagem clicando aqui), decisões bem-embasadas fazem toda a diferença.

Desde 2012, a Abravidro publica anualmente o Panorama Abravidro, o único estudo econômico e produtivo do setor vidreiro nacional — considerado a maior referência de mercado do nosso material e consultado durante todo o ano por quem tem o poder de decisão nas empresas e especialistas da cadeia do vidro plano no Brasil.

Neste sexto ano consecutivo da pesquisa, serão mantidos os pilares já consagrados desse trabalho: confidencialidade dos dados, economistas renomados na avaliação das informações e ampla participação dos processadores de vidro.

Montagem_Panoramas cópia“É extremamente importante que as indústrias de transformação de vidro participem da pesquisa, pois, a partir dela, a associação leva novas demandas ao governo, como ocorreu nos últimos anos”, ressalta Alexandre Pestana, presidente da Abravidro. Conheça mais detalhes:

 

Qual a importância do ‘Panorama Abravidro’?
Para as empresas

  • Compreensão das perspectivas futuras;
  • Referência para a análise de viabilidade de investimentos;
  • Identificação de mercados a serem explorados;
  • Mais qualidade na definição de estratégias e ações a serem tomadas.

 

Para o mercado em geral

  • Base de referência para identificação dos problemas do setor e encaminhamentos de pleitos ao governo nas mais diversas áreas: tributária, trabalhista e defesa comercial, entre outras.

 

Como os dados são coletados e quem os avalia?
O questionário para a pesquisa encontra-se na Survey Monkey, plataforma online para coleta de dados de forma segura e prática. As perguntas podem ser acessadas pelo link pt.surveymonkey.com/s/panoramaabravidro. A análise é feita pelos economistas Sérgio Goldbaum e Euclides Pedrozo, da GPM Consultoria — os mesmos das edições anteriores. Eles contam com um e-mail exclusivo para responder dúvidas dos participantes: panoramaabravidro@gmail.com.


A Abravidro tem como acessar as informações enviadas pelas empresas?
Não. Apenas a GPM Consultoria tem acesso aos dados enviados pela plataforma Survey Monkey e ao e-mail de contato com as empresas participantes. Portanto, as informações individuais não passam por qualquer funcionário ou diretor da Abravidro. Inclusive, os profissionais da GPM Consultoria envolvidos na elaboração do Panorama Abravidro 2017 assinaram um termo de confidencialidade registrado em cartório assumindo que apenas os números consolidados e agregados são tornados públicos, sem distinguir uma empresa da outra.


Até quando posso preencher e enviar o questionário?
O prazo final para participação é o dia 24 de fevereiro.


Quando o ‘Panorama Abravidro 2017’ será lançado?

O estudo será parte da edição nº 433 de O Vidroplano, a ser publicada em maio;
Além da versão impressa, a publicação também fica disponível no aplicativo da revista O Vidroplano para celulares e também no site da Abravidro, em www.abravidro.org.br/mercado/panorama-abravidro.


Sua marca ao lado do ‘Panorama Abravidro 2017’!
As empresas que quiserem atrelar sua marca a essa publicação especial contam com oportunidades limitadas. Por se tratar de um projeto exclusivo, material de consulta acessado o ano todo por um público diferenciado, a Abravidro oferece apenas quatro cotas de participação publicitária.

Para mais informações, fale com Rosana Silva, gerente de Atendimento da Abravidro, pelo telefone (11) 3873-9908 ou rsilva@abravidro.org.br.

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
GPM Consultoria — panoramaabravidro@gmail.com

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Cebrace começa a distribuir vidro impresso

Desde o dia 1º de janeiro, a Cebrace é a distribuidora exclusiva dos vidros impressos da Saint-Gobain Glass para os Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O acordo foi anunciado no fim de dezembro. Vale lembrar que a Cebrace é uma joint-venture entre os grupos japonês NSG/Pilkington e o francês Saint-Gobain.

Atendendo à demanda
Segundo a fabricante, o objetivo da novidade é criar novas soluções para os consumidores. “Esse formato é uma maneira de atender de forma mais ampla as demandas dos clientes e aumentar o leque de produtos oferecido pela Cebrace”, analisa o gerente-comercial Flavio Alves Vanderlei. “Isso também nos diferencia no mercado por meio do fortalecimento das duas marcas envolvidas.”

A parceria se dá nesses quatro Estados (SP, PR, SC e RS) por uma questão estratégica: a proximidade com as unidades fabris da Cebrace localizadas em Barra Velha (SC) e Caçapava e Jacareí (SP).

Cebrace_SGGTrabalhando em conjunto
Durante o período de mudança para o novo modelo de vendas, as equipes comerciais das duas fabricantes irão organizar, em conjunto, visitas aos clientes com o intuito de esclarecer dúvidas. “A transição será concluída da forma mais rápida possível”, avisa Vanderlei. “As equipes de ambas as empresas estão empenhadas e têm tido grande aceitação dos consumidores, tornando o processo tranquilo e eficaz.”

Compras: como serão feitas?
Até o momento, a Cebrace é a única fabricante de vidros do Brasil a comercializar seus produtos via e-commerce (www.cebrace.com.br/Ecommerce). Com isso, os clientes de SP, PR, SC e RS interessados em vidro impresso poderão realizar pedidos, a qualquer momento, por meio desse canal. Além disso, estará disponível ainda o suporte de vendas pelo telefone 0800-72-84376. “Os canais são os mesmos que a Cebrace já disponibilizava”, afirma Vanderlei.

Fale com eles!
Cebrace — www.cebrace.com.br
Saint-Gobain Glass — www.saint-gobain.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 529 (janeiro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Texto sobre vidros para sistemas de prateleiras em consulta nacional

Após um minucioso trabalho realizado pela comissão de estudos, o projeto de revisão da ABNT NBR 14564 — Vidros para sistemas de prateleiras – Requisitos e métodos de ensaio está em consulta nacional. Esse processo vai até o dia 13 de fevereiro. Portanto, se tiver interesse em checar os detalhes das mudanças feitas no texto da norma, a hora é agora!

Renovação de conteúdo
As normas são instrumentos dinâmicos e devem retratar as necessidades crescentes do mercado. Por isso, precisam sempre ser atualizadas de acordo com a demanda do setor vidreiro. A revisão da NBR 14564 vai ao encontro desse pensamento, fazendo parte da revisão sistemática da ABNT para a atualização do acervo das normas brasileiras.

Vários tópicos relevantes foram abordados ao longo das reuniões. Vale destacar as condições de apoio para o vidro, a estabilidade vertical e horizontal da peça, o acabamento das bordas e cantos e o contato com outros materiais.

As tolerâncias dimensionais diferenciadas para encaixe e peças sobrepostas também ganharam espaço. A determinação da espessura do vidro leva em conta a superfície da peça (se está totalmente apoiada ou não), assim como os diferentes formatos e tipos de fixação.

Ressaltam-se ainda no documento os requisitos para os ensaios de desempenho, assim como o manuseio, armazenamento e transporte dos produtos.

Trabalhos finais
Após a consulta nacional, a comissão tem a tarefa de avaliar as observações de todos os participantes do processo para poder liberar o texto final para publicação na ABNT.

Como faço para consultar a norma?
É simples! Basta acessar o site da ABNT pelo link www.abntonline.com.br/consultanacional.

 

Wagner Domingues, coordenador da comissão de estudos

Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br

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Canal do Serralheiro lança ‘software’ gratuito para cálculo de esquadrias

No final de 2016, o portal Canal do Serralheiro lançou a Web Serralheiro, ferramenta gratuita e online para cálculo de esquadrias de alumínio. O objetivo do software é ajudar os profissionais iniciantes nessa área com o orçamento e levantamento de materiais, otimizando o tempo de trabalho e aumentando a produtividade. O Web Serralheiro permite calcular medidas, quantidades e aproveitamentos de perfis e componentes de diversos modelos de esquadrias cadastrados, além de gerar relatórios dos croquis, cortes, compras e aproveitamentos de barras por obra. “Como o sistema é 100% móvel, o usuário pode acessar os dados de suas obras em qualquer dispositivo e continuar o seu trabalho normalmente, igual se faz com os e-mails”, explica Alexandre Araujo, sócio-fundador do Canal do Serralheiro. Mais informações: www.canaldoserralheiro.com.br e www.webserralheiro.com.br

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Mexicana Vitro anuncia nova aquisição

A Vitro, usina vidreira sediada no México, anunciou no dia 19 de dezembro a aquisição dos negócios de vidros automotivos da Pittsburgh Glass Works (PGW), divisão do grupo norte-americano LKQ Corporation. A transação foi efetivada pelo valor aproximado de US$ 310 milhões e, com ela, a Vitro recebe sete plantas de produção e dois fornos de float nos Estados Unidos, uma planta na Polônia e participação em duas joint ventures — uma localizada na América do Norte e a outra na China. “Continuaremos fortalecendo nossa divisão de vidro automotivo, cumprindo assim nosso compromisso de criar valor para nossos acionistas”, comentou o presidente do conselho de administração da Vitro, Adrián Sada González. Mais informações: www.vitro.com

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Fenzi e Gusmão Representações anunciam parceria para venda de impressoras no Brasil

Em dezembro, a Fenzi anunciou uma nova parceria com a Gusmão Representações: desde setembro, a distribuidora passou a comercializar as máquinas de impressão digital da Tecglass no mercado brasileiro. Vale ressaltar que a Tecglass foi adquirida pela Fenzi em 2016. “A Gusmão já tem uma parceria com a Fenzi há dezoito anos na distribuição de insumos para vidro insulado e essas máquinas para impressão e serigrafia são itens importantes agregados ao nosso portfólio”, avalia Yveraldo Gusmão, diretor da Gusmão Representações.

Fenzi em festa!
Antes, em outubro, a Fenzi South America reuniu mais de 120 clientes, colaboradores e amigos da Argentina, Brasil, Chile e Uruguai para comemorar seus 20 anos. A celebração aconteceu em Buenos Aires. Mais informações: www.fenzigroup.com, www.gusmao.com.br e www.tecglassdigital.com

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Amvid-MG promove curso, palestras e visita técnica no final de 2016

vp_amvid1As últimas semanas de 2016 foram repletas de atividades promovidas pela Amvid. No dia 9 de dezembro, a associação formou a última turma do ano no curso de Especialização em Instalação de Vidros — Nível I: Sistemas de Baixa Complexidade (foto ao lado).

As aulas, iniciadas no dia 7 de novembro, na Escola Senai Paulo de Tarso, em Belo Horizonte, trataram de instalações básicas de estruturas como boxes de banheiro, janelas de correr e fechamento de vãos de acordo com as normas técnicas.

Palestras da Abravidro e visita à Cebrace
A Amvid, juntamente com o Sindicato das Indústrias de Beneficiamento e Transformação de Vidros e Cristais Planos do Estado de Minas Gerais (Sinvidro-MG) e o Sindicato Atacadista e Varejista de Vidros e Cristais Planos do Estado de Minas Gerais (Vidrosind-MG), promoveu atividades para os alunos dos cursos de arquitetura e engenharia civil do Centro Universitário Newton Paiva.

vp_amvid2Nos dias 8 e 9 de novembro, a associação convidou Vera Andrade, coordenadora técnica da Abravidro, para participar da Semana de Engenharia e Arquitetura (foto ao lado). Vera realizou palestras sobre dois temas no eventoO vidro e suas aplicações na construção civil e Vidros agregam segurança e conforto. Em ambas destacou a importância das normas técnicas na especificação e instalação correta do material, além de apresentar o programa De Olho no Boxe e a revista O Vidroplano.

No dia 18 do mesmo mês, a Amvid levou 28 alunos de engenharia civil à fábrica da Cebrace em Caçapava (SP), onde também puderam conhecer o processo de fabricação do vidro e a diferença entre cada linha de produtos oferecidos pela indústria (Foto destacada no início da reportagem).

Mais informações: www.abravidro.org.br, www.amvid.org.br, www.cebrace.com.br e www.newtonpaiva.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 529 (janeiro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui